calor profundo e superficial

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CALOR SUPERFICIAL Profº Ms. Getúlio Vargas do Nascimento Júnior

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CALOR SUPERFICIAL

Profº Ms. Getúlio Vargas do Nascimento Júnior

TERAPIA POR CALOR SUPERFICIAL

• BANHO DE PARAFINA:• CONCEITO:Forma de calor superficial que utiliza a parafina

misturada com óleo mineral a uma temperatura de 52 à 54°C, com fins terapêuticos.

• EFEITOS: analgésico, relaxante, umidificante, flexibilizante vasodilatador (hiperemia), aumenta o fluxo sanguíneo.

• TEMPO: de 15 à 20 minutos• INDICAÇÕES: artrose, parestesia, bursite, tendinite, entorse,

fibrose, contraturas, pré-cinesioterapia.• CONTRA-INDICAÇÕES: perda de sensibilidade, áreas

isquêmicas e hemorrágicas, processo inflamatório agudo, feridas ou cortes na pele, estados febris, edema antes de 48 horas pós traumatismo.

• MÉTODOS: método do mergulho, do pincel e do enfaixamento.

TERAPIA POR CALOR SUPERFICIAL

• FORNO DE BIER:• CONCEITO: calor superficial produzido através de resistências

elétricas.• EFEITOS: hiperemia, vasodilatação, aumento do metabolismo,

analgésico, descontraturante, relaxante, regenerador tecidual • TEMPO DE APLICAÇÃO: 30 minutos• TÉCNICA DE APLICAÇÃO: despir a área a ser tratada, retirar

objetos metálicos, colocar o gabinete sobre a área a ser tratada, colocar um cobertor para evitar as perdas de calor, questionar o paciente sobre a sensação de calor.

• INDICAÇÕES: artrose, contusões, contratura, distensão, entorse, fibrose, pós-gesso, pré-cinesioterapia.

• CONTRA-INDICAÇÕES: perda de sensibilidade, áreas anestesiadas, transtornos circulatórios graves, processo inflamatório agudo, estados febris, período menstrual (caso a aplicação seja lombar), infecção urinária ou renal (idem), gestante (ibidem).

TERAPIA POR CALOR SUPERFICIAL

• COMPRESSAS QUENTES:• CONCEITO: bolsas de água quente (termogel).• EFEITOS: ação sedante, aumento da circulação

sanguínea, aumento do metabolismo celular.• INDICAÇÕES: entorses, torcicolos, câimbras,

cólicas vicerais, furúnculos e abscessos.• CONTRA-INDICAÇÕES: bursites agudas,

edemas, feridas abertas, tumores malignos, distúrbios de sensibilidade, traumatismos agudos, processos hemorrágicos, varizes.

TERAPIA POR CALOR SUPERFICIAL

• BANHOS TÉRMICOS:

• CONCEITO: terapia por água morna (37 à 38°C), com quase toda a superfície corporal submersa.

• EFEITOS: relaxante.

• INDICAÇÕES: estresse muscular, tensão emocional, contraturas musculares e insônia moderada.

TERAPIA POR CALOR SUPERFICIAL

• TURBILHÃO:• CONCEITO: é uma forma de hidroterapia, com a água de forma

turbilhonada, a uma pressão e temperatura pré-estabelecida com finalidade terapêutica.

• EFEITOS: estimula a circulação, tonificar os músculos, vasodilatação, aumento da circulação, diminuição da pressão arterial, aumento do metabolismo, sedante e analgesia.

• TIPOS DE TURBILHÃO: para MMSS, MMII e de corpo inteiro.• TEMPO: em torno de 35 minutos.• CUIDADOS: PA, não deixar o paciente sozinho, evitar anti-

septicos espumantes, micoses e fazer a assepsia após o uso.• INDICAÇÕES: artrose, anquilose, atrofias, contusões,

contraturas, coto doloroso, distensão, espasticidade, fibrose, edemas, pós-gesso, paresias, pré-cinesioterapia.

• CONTRA-INDICAÇÕES: estados febris, processo inflamatório agudo, doenças contagiosas.

TERAPIA POR CALOR SUPERFICIAL

• FOTOTERAPIA• FÍSICA ÓPTICA:• REFRAÇÃO: • A luz se desvia quando passa de um meio menos

denso à outro de maior densidade . • Os raios se desviam com diferentes intensidades

segundo as longitudes de onde e as densidades relativas dos meios .

• Os raios de longitude de onda curta se desviam mais que os raios de longitude de onda larga e quanto maior for a diferença das densidades maior será a refração.

TERAPIA POR CALOR SUPERFICIAL

• REFLEXÃO: • Quando um raio incide sobre um novo

meio pode ser refletido e o ângulo que forma o raio incidente é igual ao ângulo que é produzido pelo raio refletido .

• Quando vários raios paralelos incidem sobre uma superfície côncava, os raios refletidos se convergem para o lado oposto.

TERAPIA POR CALOR SUPERFICIAL

• ABSORÇÃO:

• Quando os raios incidem sobre a superfície de um novo meio, alguns deles são absorvidos por este meio.

• A proporção dos raios absorvidos depende da natureza do meio, da longitude de onda dos raios e do ÂNGULO de incidência na superfície .

TERAPIA POR CALOR SUPERFICIAL

• LEI DOS QUADRADOS INVERSOS: • A intensidade dos raios de uma fonte luminosa

puntiforme varia inversamente com o quadrado da distancia da fonte.

• Os raios que provém de uma fonte luminosa divergem , a a dois metros da fonte estarão o dobro mais separados do que se estivesem a um metro de distância do ponto luminoso.

• Portanto, a intensidade dos raios a 2 metros de distância da fonte é de ¼ da intensidade na distância de um metro.

RAIOS INFRAVERMELHOS

• O calor radiante é o calor transmitido através do ar pela porção infravermelha do espectro luminoso.

• São ondas eletromagnéticas cuja longitude de onda está entre 4000 000 à 7700 A .

• São emitidos por um corpo quente e quanto maior a temperatura do corpo emissor, menor será a longitude de onda dos raios emitidos . Em fisioterapia a radiação IV é produzida principalmente por lâmpadas .

• Os raios se propagam até que algum meio os absorva e , quando isto acontece há uma produção de calor .

RAIOS INFRAVERMELHOS

• EFEITOS FISIOLÓGICOS DA RADIAÇÃO INFRAVERMELHA

• Aumento do metabolismo (aumento da demanda de O2 e nutrientes);

• Vasodilatação - Arteriolas e capilares são dilatados devido a estimulação das terminações nervosas e em decôrrencia da liberação de substâncias vasoativas simultaneamente.

• A hiperemia cutânea é provocada pela vasodilatação e desaparece logo após o término da terapia;

• Efeito sedativo sobre as terminações nervosas sensitivas;

• Diminuição do tônus muscular; • Aumento da sudorese

RAIOS INFRAVERMELHOS

• EFEITOS TERAPÊUTICOS

• Analgesia;

• Relaxamento muscular;

• Anti-inflamatório - aumento do fluxo sangüíneo , aumenta o número de células de defesa , aumentando a eliminação de resíduos tóxicos da inflamação.

RAIOS INFRAVERMELHOS

TÉCNICAS DE APLICAÇÃO • Posição do paciente deve ser sempre o mais

relaxada possível , somente com a área a ser tratada em exposição , o restante das áreas corporais devem ser mantidas protegidas . Devemos também proteger os olhos do paciente.

• A distância foco-pele deve sempre respeitar a tolerância do paciente , administrando um calor confortável , isso ocorre com 30 a 40 cm de distância do emissor da pele do paciente.

• Tempo de aplicação : 15 a 20 min

RAIOS INFRAVERMELHOS

• INDICAÇÃO • acne vulgar;• furúnculos;• sinosites;• traumatismos superficiais (fase crônica);• mialgias - contraturas musculo-esqueléticas

(em músculos superficiais);• pré cinesioterapia ou massoterapia • CONTRA – INDICAÇÃO • Déficit de sensibilidade térmica

RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA

• Descoberta em 1801 por Ritter e Wollaston. Derivada do espectro eletromagnético, situada acima da violeta ( abaixo de 4000 A) .

• A fonte mais poderosa de produção é o Sol. Enquanto o IV produz uma alteração térmica a energia produzida pelo UV produz alterações físicas, químicas e histológicas de evidência incontestável .

RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA

• A radiação UV abrange a região de comprimento de onda de 400 a 100 nm .

• Os efeitos por ela produzidos variam de acordo com o comprimento de onda e por esta razão o espectro da radiação UV é subdividido em três regiões:

• 1- UVA: 400 – 320 nm • 2- UVB: 320 – 290 nm • 3- UVC: 290 – 200 nm

RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA

• PRODUÇÃO DA RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA • A radiação ultravioleta é produzida artificialmente pela

passagem de uma corrente elétrica através de um gás, comumente o mercúrio vaporizado . Os átomos de mercúrio tornam-se excitados pelas colisões com os elétrons que fluem entre os eletrodos da lâmpada .

• Estes elétrons excitados retornam a estados eletrônicos particulares no átomo de mercúrio, e com isso liberam parte da energia antes por eles absorvida na forma de radiação dos tipos ultravioleta, visível e infravermelha.

RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA

• Outro meio comum de produção da radiação ultravioleta é com o uso de lâmpadas, ou tubos fluorescentes.

• Uma lâmpada fluorescente é uma lâmpada de vapor de mercúrio de baixa pressão, que possui um revestimento de fósforo aplicado no interior do tubo de vidro .

• Em caso de baixas pressões de vapor de mercúrio, ocorre uma linha espectral predominante no comprimento de onda de 253,7nm , e a radiação deste comprimento de onda é eficientemente absorvida pelo fósforo .

RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA

• Isto resulta na reemissão da radiação de comprimentos de onda mais longos pelo fenômeno da fluorescência .

• A faixa de comprimentos de onda da radiação fluorescente será uma propriedade da natureza química material contendo fósforo.

• Existem materiais de fósforo que produzem sua radiação fluorescente principalmente na região visível (para finalidades de iluminação artificial ), e nas regiões de UVA ou UVB.

RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA

• EFEITOS BIOLÓGICOS DA RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA

• Efeitos sobre a pele: • ERITEMA• Decorrente da dilatação dos vasos sangüíneos

dérmicos superficiais, é um dos mais comuns e mais evidentes da exposição a radiação UV .

• A possibilidade de ocorrência do eritema é o principal fator limitante da exposição que pode ser oferecida durante a fototerapia.

RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA

• Comumente o eritema ocorre somente no tratamento com UVB , pois a pele à de 100 à 1000 vezes mais sensível ao UVB em comparação com o UVA.

• O mecanismo de instalação do eritema após a aplicação de radiação UV não foi totalmente esclarecida.

• Sabe-se que o eritema decorrida da exposição ao UVB é mediado pelo menos em parte pela liberação de substâncias vasoativas como as prostagladinas , que se difundem e atuam nos vasos sangüíneos démicos .

RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA

• O eritema pode ser explicada também pelo efeito lesivo ao DNA causada pela radiação UV. Em seguida a exposição a RUV a formação da hiperemia leva de 2 a 4 horas , embora muitas vezes a formação da eritema seja imediata.

• Existe uma dose mínima para a formação de eritema conhecida como MED

RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA

• Existem 4 tipos de eritema: • 1- Eritema de 1o grau > Vermelhidão

ligeira da pele sem aparecimento de irritação e dor, desaparece em no máximo 24hs;

• 2- Eritema de 2o grau > Vermelhidão cutânea mais acentuada acompanhada de ligeira irritação da pele, desaparece em 2 ou 3 dd;

RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA

• 3- Eritema de 3o grau > Vermelhidão cutânea intensa, apele fica quente, dolorida e com edema , desaparece após uma semana;

• 4- Eritema de 4o grau > Semelhante ao anterior só que mais grave . Há também formação de bolhas d’água.

RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA

• Existem adaptações fisiológicas na pele para diminuir os danos causados pela RUV, como o espessamento do extrato córneo , que tem o intuito de estabelecer uma proteção contra os efeitos da RUV. Deste modo vão ser necessárias doses mais intensas para produzir um novo eritema.

RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA

• DESCAMAÇÃO

• Ocorre após o aparecimento do eritema , é um desprendimento das células cutâneas superficiais mortas.

RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA

• BRONZEAMENTO • Outra conseqüência da exposição RUV é

a pigmentação prolongada da pele, conhecida como bronzeamento , ou pigmentação melanínica .

• A pigmentação melanínica da pele pode ser de 2 tipos ( constitutiva e aumento reversível no bronzeamento em resposta à RUV.

RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA

• Os indivíduos podem ser divididos segundo sua resposta eritêmica e pigmentar à exposição a luz solar natural.

• Este sistema de tipos de pele é utilizado amplamente na escolha da dose inicial da RUV na início do tratamento fototerápico.

RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA

• As categorias de pele são : • Grupo I - Sempre se queima, nunca se

bronzeia • Grupo II - Sempre se queima , às vezes

se bronzeia • Grupo III - Algumas vezes se queima ,

sempre se bronzeia • Grupo IV - Nunca se queima, sempre se

bronzeia

RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA

• HIPERPLASIA

• Além do bronzeamento, a pele é capaz se outra resposta adaptativa , talvez ainda mais importante, que limita os danos decorrentes de nova (ou mais intensa) exposição à RUV – espessamento ou hiperplasia epidermica .

RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA

• Este efeito começa a ocorrer 72 hs após a exposição, é um resultado de um aumento na velocidade de divisão das células epidérmicas basais, e termina resultando num espessamento tanto da epiderme quanto do extrato córneo , que persiste por várias semanas .

• Este processo adaptativo ocorre em todos os tipos de pele , sendo o principal fator de proteção dos indivíduos que se bronzeiam pouco quando expostos à luz solar ( tipos de pele I e II ) .

RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA

• Os processos adaptativos do bronzeamento e da hiperplasia epidérmica ocorrentes durante o tratamento de fototerapia significam que para que seja mantida uma dosagem efetiva de RUV no local alvo da pele a dose de exposição à superfície cutânea deve ser gradualmente aumentada .

RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA

• PRODUÇÃO DE VITAMINA D• A pele absorve a RUV na luz solar e converte os

percursores do esterol na pele, como o 7 desidrocolesterol, até vitamina D3 .

• A vitamina D3, por sua vez é transformada pelo fígado e rins em metabólitos biologicamente ativos , então estes metabólitos atuam sobre a mucosa intestinal, facilitando a absorção do cálcio, e sobre os ossos, facilitando as trocas de cálcio.

RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA

• CÂNCER DE PELE

• Todos os tipos de CA de pele estão ligados a exposição à RUV , esta exposição é considerada um fator etiológico importante para o CA de pele.

RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA

• TRATAMENTO

• No tratamento de doenças da pele é muito freqüente o uso da RUV .

• Muitas vezes a RUV é usada em combinação com agentes de uso tópico.

RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA

• AFECÇÕES QUE SÃO TRATADAS PELA FOTOTERAPIA ULTRAVIOLETA

• Psoriase • Acne • Vitiligo • Úlceras de decúbito • Raquitismo • Desinfecção do ar

RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA

• DOSAGEM • É um dos aspectos mais delicados da

administração da radiação UV. • Primeiramente devido a variável de

sensibilidade das pessoas e segundo pelas modificações da intensidade produzida pelo aparelho que fica reduzida com o tempo ( de 3 a 6 meses o aparelho deve ser avaliado para se verificar a intensidade da dose que está sendo fornecida e área que está sendo irradiada)

RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA

• As doses podem ser :

• Doses sub-eritemica : Irradiação insuficiente para provocar vermelhidão na pele.

• Dose eritema mínimo : Irradiação que provoca pequena vermelhidão na pele e que não é seguida de descamação.

RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA

• Dose eritema de 1o grau : Irradiação que provoca uma reação um pouco maior do que a que a anterior , associada a pequena descamação fina.

• Dose eritema de 3o grau : Irradiação que provoca uma reação aumentada seguida de edema e formação de bolhas de água . Verifica-se aqui uma reação destrutiva.

RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA

• TESTE DE SAIDMAN

• Teste sensitométrico para determinar a dosagem da RUV.

• Pega-se um pedaço de tecido de cor escura onde são feitos de 5 à 10 orifícios de mais ou menos 2 cm de diâmetro .

RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA

• Coloca-se o aparelho a uma distância determinada ( 75 cm da pele) . Antes de iniciar a contagem do tempo deve-se aquecer o aparelho , no início do teste todos os orifícios devem estar descobertos e expostos a RUV por 15 Seg , e acada 5 Seg um orifício é vedado .

• A reação da pele é examinada após 24 hs. O eritema mais discreto será registrado como D E M , que será a dose terapêutica a ser usada.

RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA

• TÉCNICAS DE APLICAÇÃO • 1- A área a ser tratada deve estar limpa • 2- Paciente e terapêuta devem estar

protegidos da fonte UV • 3- Os olhos devem estar protegidos por

gaze umedecida • 4- Conhecer a dose DEM do paciente • 5- A distancia da fonte de UV do paciente

deve ser medida não estimada