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Campina Verde

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  • ZONEAMENTO AGRCOLA DO MUNICPIO DE CAMPINA VERDE - MG,UTILIZANDO TCNICAS DE SENSORIAMENTO REMOTO E SISTEMA DE

    INFORMAO GEOGRFICA

    Jose Benjamin Severino FrancoRoberto Rosa

    Universidade Federal de UberlandiaDepartamento de Geografia

    [email protected]

    Abstract. The present work had as objective to make an agricultural zoning of theCampina Verde - MG, using techiniques of remote sensing and geographical informationsystem. To reach such an objective the following thematic maps they were generated:soils, use of the land/vegetation cover and slope of the land. The crossing of these mapspropitiated the necessary information for the elaboration of the map of agricultural zoningof the Campina Verde. The categories of use of the recommended eart represent the endproduct.

    Keywords: Remote Sensing, Geographical Information System, Agricultural Zoning

    1 - IntroduoA deficincia de informaes de forma mais especfica, sobre os recursos naturais, e a

    atual forma de explorao destes recursos em alguns municpios da Regio do Tringulo Mineiro,mais especificamente do Municpio de Campina Verde - MG, nos remete a uma reflexo sobre anecessidade de se elaborar um mapeamento se no detalhado, que pelo menos fornea subsdios afuturos planos de desenvolvimento do municpio.

    A escassez de informaes sobre os recursos naturais e a maneira como estes recursos soexplorados no municpio suscitou a elaborao de um Zoneamento Agrcola, sobre o referidomunicpio, uma vez que sua economia basicamente calcada na produo agropecuria.

    No possvel propor um projeto de desenvolvimento desconhecendo as caractersticas,tanto fsicas quanto sociais do local. Esta proposta de zoneamento agrcola, tem por objetivomostrar com mais clareza, a potencialidade das terras do municpio e possivelmente uma melhoriasignificativa quanto sua explorao atual, bem como adequar o uso dos recursos naturais deforma a incrementar e melhorar as condies econmicas e o progresso social da populao.

    Face ao exposto, este trabalho tem como objetivo conhecer o espao rural do municpiode Campina Verde, atravs do mapeamento de seus aspectos fsicos, e da elaborao de umzoneamento agrcola. Convm destacar que o zoneamento proposto no tem por objetivo indicarreas potenciais para culturas individuais e sim sugerir usos mais gerais e adequados.

  • 2 - Material e Mtodos

    2.1 - Localizao e Caracterizao da reaO municpio de Campina Verde - MG, localiza-se no Tringulo Mineiro e faz parte da

    Microrregio Pontal do Tringulo Mineiro. Seu territrio cobre uma rea de 3.706 km 2 e em1991 possuia uma populao de 20.057 habitantes dos quais 13.476 residentes na sede municipal.Geograficamente situa-se entre as coordenadas 491700 - 501500 de longitude oeste e190900 - 194700 de latitude sul.

    A sede municipal est distante da capital mineira 676 km, estando tambm a 625 Km deSo Paulo, 670 Km de Braslia e a 148 Km de Uberlndia. A malha rodoviria que serve omunicpio composta pelas seguintes rodovias: MG- 497, que liga Uberlndia a Iturama sendoasfaltada no trecho compreendido entre Uberlndia e Campina Verde; a BR - 364, que corta omunicpio no sentido leste-oeste no asfaltada e torna-se intransitvel no perodo chuvoso; umapequena faixa sudoeste do municpio cortada pela MG - 255, que liga Frutal a Iturama. Fazemainda parte de malha rodoviria as estradas municipais, que interligam as rodovias principais, bemcomo a zona rural sede do municpio.

    O clima do Municpio de Campina Verde caracterizado por apresentar totaispluviomtricos mdios anuais, entre 1.200 a 1.500 mm e segundo a classificao de Kppen dotipo Aw, ou seja, clima tropical quente e mido. O perodo seco de abril a setembro e a estaoseca coincide com o ms mais frio. As temperaturas mdias anuais oscilam entre 22 e 24C. Atemperatura mdia anual de todos os meses do ano superior a 18C, sendo que a temperaturamxima pode ultrapassar os 35C. A amplitude trmica anual (diferena entre a temperaturamdia do ms mais quente - outubro - e a do ms mais frio - junho - de 5 a 7C(EPAMIG,1982).

    2.2 - MateriaisPara a realizao deste trabalho utilizou-se de produtos cartogrficos, equipamentos e

    softwares existentes no Laboratrio de Cartografia e Sensoriamento Remoto, bem como noLaboratrio de Geoprocessamento do Departamento de Geografia da Universidade Federal deUberlndia.

    Os produtos cartogrficos e imagens de satlites utilizados foram:a) Cartas Topogrficas - Levantadas e editadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica(IBGE), na escala 1:100.000, apresentadas na Tabela 1;b) Mapas Geolgico, Geomorfolgico e de Solos do Projeto RADAMBRASIL, Folha SE-22/Goinia, na escala 1:1.000.000, 1983;c) Imagens de Satlite TM/Landsat - Composio colorida, em papel, na escala 1:100.000,

    descritas na Tabela 2.

  • Tabela 1 - Cartas Topogrficas

    CDIGO NOMENCLATURA DATA

    SE-22-Z-C-II Cachoeira Porto Feliz 1979SE-22-Z-C-V Iturama 1979SE-22-Z-C-III Gurinhat 1979SE-22-Z-C-VI Riolndia 1979SE-22-Z-D-I Serra de So Loureno 1979

    SE-22-Z-D-IV Campina Verde 1979

    Tabela 2 - Imagens do satlite LANDSAT - TM

    RBITA PONTO QUADRANTE BANDAS DATA (DIA/MES/ANO)

    222 73 D 2B3G4R 10/nov/1996222 74 B 2B3G4R 26/nov/1996221 73 C+ 2B3G4R 31/ago/1996

    Os equipamentos utilizados foram:a) Estaes de trabalho SUN Microsystems; b) Micro-computadores Pentium; c) Mesas

    digitalizadoras; d) Impressoras jato de tinta e a laser; e) Ploters: f) Receptor GPS.Os Softwares utilizados foram:

    a) o GRASS (Geographic Resources Analysis Support Sistem): b) o AUTOCAD (DesenhoAuxiliado por Computador).

    O GRASS um sistema de informao geogrfica, e um sistema de processamento deimagens desenvolvido pelo Laboratrio de Pesquisa do Corpo de Engenheiros do Exrcito Norte-Americano (USA/CERL), para uso em atividades de planejamento ambiental e gerenciamento derecursos naturais. A verso 4.0 deste software, colocada disposio dos usurios em 1991, composta por uma srie de programas com a finalidade de digitalizar mapas, processar imagensobtidas por satlites, integrar informaes de diferentes mapas, efetuar anlises geogrficas,visualizar e imprimir os dados (mapas) resultantes.

    AUTOCAD um software grfico criado pela empresa norte-americana AutoDESKINC, que se inclui na classe dos CADs (Desenho Auxiliado por Computador), ou seja, umaferramenta utilizada no desenho digital; e apesar de apresentar algumas restries quanto atribuio de determinadas informaes s entidades espaciais, permite a representao precisa dediversos dados e informaes geogrficas, possibilitando assim a sua utilizao em conjunto comos SIGs (Sistemas de Informaes Geogrficas).

  • 2.3 - Mtodos Os mapas elaborados no presente trabalho foram: declividade, solos, uso da ter ra e

    cobertura vegetal. O mapa de declividade foi elaborado a partir das cartas topogrficas, na escalade 1:100.000, com equidistncia entre as curvas de nvel de 50 m, segundo metodologia propostapor DE BIASI (1970). O mapa de solos teve como base o mapa de solos elaborado pelo ProjetoRADAMBRASIL, na escala de 1:1.000.000, adaptado a escala de 1:100.000 com auxilio deimagens TM/LANDSAT, visando melhorar o limite das diferentes unidades, onde mantivemos ascategorias definidas pelo Projeto RADAMBRASIL. O mapa de uso da terra e cobertura vegetalfoi elaborado a partir da interpretao visual de imagens TM/LANDSAT, na escala de 1:100.000, semelhana de trabalhos realizados por LOMBARDO et alli (1978), LIMA et alli (1989),complementado com trabalhos de campo. O cruzamento destes mapas com o software GRASSnos possibilitou a gerao do mapa de zoneamento agrcola do municpio de Campina Verde.

    3 - Resultados e Discusso3.1 - SolosOs diferentes tipos de solos encontrados no municpio de Campina Verde com o uso da

    metodologia descrita anteriormente foram: Podzlico Vermelho Amarelo (PV), LatossoloVermelho Escuro (LE), Latossolo Roxo (LR), Solo Litlico (RD) e o Solo Hidromrfico (SH),constitudo aqui por outros dois tipos diferentes de solo - Glei pouco mido (HGPe) e SoloAluvial (Ad), conforme Fitura 1. A Tabela 3 mostra a rea e a percentagem de ocorrncia destestipos de solo no municpio.

    Tabela 3 - rea ocupada pelos diferentes tipos de solos

    Tipo de Solo km 2 %

    Podzlico Vermelho Amarelo (PV) 1.798,9 48,5Latossolo Vermelho Escuro (LE) 1.705,9 46,0Latossolo Roxo (LR) 162,5 4,4Solo Litlico ( RD) 5,7 0,2Solo Hidromrfico (SH), 33,0 0,9

    TOTAL 3.706,0 100,0

    O solo Podzlico Vermelho Amarelo (PV) ocupa uma rea de 1.798,9 km 2 o querepresenta 48,5% da rea total do municpio. Segundo SIQUEIRA (1996) este solo apresenta ohorizonte B textural com fertilidade natural mdia a alta e saturao de bases superior a 50% -eutrfico. O distrfico diferencia-se por apresentar saturao de bases inferior a 50%.Caracteriza-se por apresentar acmulo de argila translocada dos horizontes superficiais, estando

  • geralmente suas unidades revestidas por pelculas de argila (cerosidade), que podem serobservadas pelo aspecto brilhante e ceroso.

    Os solos Podzlicos Vermelho-Amarelos so poucos utilizados com agricultura, sendomais usados com pastagens de capim-colonio, capim-jaragu e capim-gordura. Atualmente sobreestes solos predomina a brachiria.

    Ocupando uma rea de 1.705,9 Km2, o que perfaz 46,0% da rea do municpio, oLatossolo Vermelho-Escuro (LE), apresenta-se como um solo mineral, no hidromrfo,caracterizando-se pela presena de um horizonte B latosslico. um solo profundo,acentuadamente drenado. Apresenta textura muito argilosa, podendo ser epilico com baixasaturao de bases.

    O latossolo Roxo (LR) ocorre no municpio prximo ao rio Verde, ribeiro Inhumas,ribeiro do Bonito e rio da Prata, onde ocorre o basalto, que d origem a esse tipo de solo. Estesolo caracteriza-se por apresentar horizonte B latosslico, no hidromrfo. Apresenta ainda coresavermelhadas, elevados teores de ferro, textura normalmente muito argilosa tanto no horizonte Aquanto no B. No municpio ocupa uma rea de 162,5 km2.

    Figura 1 - Mapa de Solos

  • Em uma pequena faixa na poro norte-noroeste do municpio aparece o Solo Litlico(RD), ocupando uma rea de 5,7 km2. De acordo com o RADAMBRASIL (1983) este soloapresenta-se cascalhento e no cascalhento com textura mdia, onde predomina o relevo forteondulado, com solo subdominante Podzlico Vermelho-Amarelo Eutrfico, textura variando dearenosa a mdia em relevo ondulado.Solo Hidromrfico (SH) ocorre em trechos do Rio Arantes e Rio Verde ocupando uma rea de33,0 km2. Esto inseridos neste tipo de solo, outras duas unidades: Glei Pouco Hmico eutrfico(HGPe) e Solo Aluvial Distrfico (Ad).

    3.2 - DeclividadeA declividade do terreno um importante ponto de apoio em estudos de potencialidade de

    uso agrcola de uma determinada rea, principalmente quando correlaciona-se a outros tipos defenmenos geogrficos inerentes topografia.

    O mapa da declividade (Figura 2) foi gerado a partir do mapa base elaborado a partir dascartas topogrficas editadas pelo IBGE na escala 1:100.000 com equidistncia entre as curvas denvel de 50 metros, de onde foram extradas as curvas de nvel e o limite do municpio. Para DEBIASI (1970), a escolha das classes de declividade depende do uso do mapa.

    Como o objetivo do presente trabalho a elaborao de um zoneamento agrcola, asclasses de declividade foram definidas de acordo com as declividades crticas para determinadosusos da terra, uma vez que a declividade um dos fatores que determinam esse uso.

    So cinco as categorias de declividade adotadas para este mapa, conforme Tabela 4.Neste quadro esto contidas as reas ocupadas por cada uma das categorias bem como suapercentagem.

    Tabela 4 - rea ocupada pelas categorias de declividade

    Categorias rea (Km2) %

    < 2% 1.399,2 37,82 - 5 % 1.172,5 31,65 - 8% 643,3 17,48 - 15% 201,6 5,4>15% 289,4 7,8

    TOTAL 3.706,0 100,0

  • As duas primeiras categorias apresentadas no Tabela 4, ocupam uma rea de 2.571,7 km 2,o equivalente a 69,4% da rea. Assim, podemos observar que o relevo predominante nomunicpio pode ser caracterizado como suave a suavemente ondulado.

    Figura 2 - Mapa de Declividade

    3.3 - O uso da terra/cobertura vegetalDa cobertura vegetal original pouco resta no municpio de Campina Verde. Esta porm

    condicionada pelo relevo e pelos solos. As reas recobertas pelos solos mais profundosapresentam vegetao de cerrado, enquanto as reas dissecadas apresentam remanescentes dafloresta tropical subcaduciflia e caduciflia, variao esta que depende da capacidade dearmazenamento de gua nos solos.

    Dada a grande extenso do municpio e a variedade de ambientes ecolgicos que nele soencontrados , foram identificados as principais formaes vegetais existentes na regio, como asformaes florestais (Subpereniflia, Subcaduciflia, Caduciflia e Xeromorfa), as formaescampestres (Cerrados e Campos Cerrados) e as comunidades hidrfilas (Veredas).

  • Este mapa (Figura 3) foi elaborado a partir de imagens TM/Landsat. A Tabela 5 mostra adistribuio espacial de cada uma das classes de uso existentes no municpio, bem como rea epercentagem ocupadas por cada uma delas.

    Tabela 5 - rea das classes de uso da terra/cobertura vegetal

    Classe rea (Km 2 ) %

    Agricultura 17,1 0,5Mata/Cerrado 63,4 1,7Cerrado 79,8 2,2Patagem Melhorada 28,6 0,7Pastagem Degradada/outros 3.513,2 94,79rea Urbana 3,9 0,11

    TOTAL 3.706,0 100,0

    Figura 3 - Mapa de Uso da Terra e Cobertura Vegetal

  • A classe agricultura aqui representada, ocupa uma rea de 17,1km 2, o equivalente a 0,5 %da rea do municpio, e possui uma distribuio espacial irregular. Esta rea no representa atotalidade da rea ocupada no municpio com agricultura, pois conforme j foi ditoanteriormente, devido escala do mapa, as pequenas reas que so plantadas anualmente comolavoura de subsistncia por exemplo, no esto mapeadas.

    A categoria Mata/cerrado ocupa uma rea de 63,4km2 e compreende a classe decobertura vegetal de porte arbreo representada pelos diversos tipos fisionmicos encontrados naregio do cerrado, tais como a mata mesoftica (de galeria e de encosta) e a mata xeromrfica(cerrado). SCHIAVINI & ARAJO apud ROSA (1995) salienta que a mata mesofticaapresenta um alto teor de umidade em seu interior, o que propicia a presena de pteridfitas,brifitas, algas e fungos. As rvores possuem um altura mdia de vinte metros, com umacobertura total da ordem de 100%, e devido a esse sombreamneto no existe estrato herbceo-graminoso.

    O cerrado ocupa uma rea de 79,8 km2, e a categoria que possui uma distribuioespacial mais homognea. uma vegetao natural de porte mdio a baixo (arbreo e arbustivo),que ocorre principalmente nos interflvios. rvores e arbustos possuem geralmente troncos egalhos retorcidos, cascas espessas, apresentando ainda trs estratos distintos: estrato superiorcom rvores esparsas chegando a 6m de altura. O estrato intermedirio composto por arbustos decasca grossa, e o inferior graminide e pouco denso onde o solo pode apresentar-se desprotegidode vegetao. As rvores so atrofiadas em decorrncia das repetidas queimadas, ataques deinsetos, deficincias nutricionais dos solos e da escassez sazonal de gua (GOEDERT,1986).

    Pastagem Melhorada: esta categoria ocupa uma rea de 28,6 km2, o que corresponde a0,7 % da rea do municpio. Est distribuda espacialmente de forma esparsa.

    A categoria Pastagem degradada/outros ocupa a maior rea entre as classes (3.513,2km2), e nela esto contidas as pastagens degradadas, os campos sujos, as reas ocupadas pelaagricultura de subsistncia assim como as pequenas reservas de vegetao natural que no forammapeadas devido a escala do mapa. Esta categoria representa 94,8 % da rea do municpio.

    3.4 - Zoneamento AgrcolaO mapa de zoneamento agrcola (Figura 4), foi elaborado a partir do cruzamento feito

    entre os mapas de declividade X solos e uso da terra/cobertura vegetal, cruzamento este realizadocom auxlio do software GRASS.

    No referido mapa conseguimos identificar as seguintes categorias: - reas indicadas paraculturas anuais (arroz, milho, feijo, etc), reas indicadas para pastagem plantada, reas indicadaspara culturas perenes, reas indicadas para pastagens naturais e/ou silvicultura com espciesnativas ou exticas (pinus e eucalptus), reas indicadas para preservao permanente reasurbanas (Tabela 6).

    Ao analisar as categorias existentes no mapa de avaliao (Tabela 7), pode-se observarque as reas indicadas s culturas anuais (arroz, milho, feijo, etc.) representam 36,6% da rea do

  • municpio. So terras sem problemas de conservao de solo, praticamente planas, com declivesmenores que 2%, tendo como embasamento rochas das Formaes Marlia, Adamantina e SerraGeral.

    Tabela 6 - Cruzamento entre os mapas de declividade X solos e uso da terra/coberturavegetal

    Cruzamentos Categorias

    D (< 2%) AND S (LR,LE e PV) Indicadas p/ culturas anuaisD (2-5%) AND S (LR,LE e PV) Indicadas p/ pastagem plantadaD (5-8%) AND S (LR,LE e PV) Indicadas p/ culturas perenesD (8-15%) AND S (LR,LE e PV) Indicadas p/ pastagens naturais e/ou silviculturaD (> 15%) OR S (SH,RD,LR,LE e PV)OR U (Mata/cerrado)

    Indicadas p/ preservao permanente

    U (rea urbana) rea urbana

    D - Declividade S - Solo U - Uso da terra/cobertura vegetal

    Tabela 7 - rea ocupada por cada categoria proposta na avaliao

    Categorias rea (Km 2 ) %

    Indicada p/ culturas anuais 1.357,8 36,6Indicada p/ pastagem plantada 1.153,0 31,1Indicada p/ culturas perenes 197,0 5,3Indicada p/ pastagens naturais e/ou silvicultura 629,0 17,0Indicada p/ preservao permanente 365,3 9,9Indicada p/ rea urbana 3,9 0,1

    TOTAL 3.706,0 100,0

    Ocorrem na rea ocupada pela categoria culturas anuais os seguintes tipos de solos:Latossolo Roxo, Latossolo Vermelho-Escuro e Podzlico Vermelho-Amarelo. Esta categoria noapresenta nenhum tipo de restrio quanto ao uso do solo.

    As reas indicadas para pastagem plantada ocupa uma rea de 1.153,0km 2,correspondente a 31,1% da rea do municpio. Esta categoria foi gerada a partir do cruzamentodos mesmos tipos de solo que a categoria anterior, porm, com declividade de 2 a 5%. Estadeclividade no representa fator que restrinja o uso do solo tambm, assim como a subsequente,uma vez que as mesmas foram geradas do cruzamento dos mesmos tipos de solos, porm com adeclividade diferente.

  • As reas indicadas para culturas perenes (caf, fruticultura, seringueira), so terras comproblemas simples de conservao do solo, produtivas, com declives entre (5 - 8%), bemdrenadas, facilmente trabalhveis.

    Pastagem natural/silvicultura so rea com declividade entre (8 - 15%). Localizam-se emrelevo que varia de mediano a muito dissecado possuindo, por isso, algumas restries quanto mecanizao. Ocupam 17% da rea do municpio, o que corresponde a 629,0Km 2.

    As reas indicadas preservao permanente apresentam uma declividade maior que 15%e solos do tipo hidromrfico, litlico, latossolo roxo, latossolo vermelho-escuro e podzlicovermelho-amarelo. Esto includos nessa categoria as reas referentes categoria mata/cerradodo Mapa de Uso da Terra. Ocupam uma rea de 365,3 Km2 correspondente a 9,9% da rea domunicpio.

    As rea indicadas para a rea urbana est relacionada categoria rea Urbana do Mapade Uso da Terra. Ocupam 3,9Km2, correspondente a 0,1% da rea do municpio.

    O zoneamento agrcola para o municpio representa o nosso produto final, gerado com oemprego de dados obtidos por sensores remotos, documentos cartogrficos e integrados por meiode um sistema de informao geogrfica.

    Figura 4 - Mapa do Zoneamento Agrcola

  • 4 - Concluses e RecomendaesA metodologia utilizada durante a realizao deste trabalho, no que se refere ao

    mapeamento dos aspectos fsicos do Municpio de Campina Verde; e a elaborao do zoneamentoagrcola, utilizando as tcnicas antes preconizadas, mostrou-se bastante satisfatria.

    Observando-se a distribuio espacial das unidades do meio fsico do municpio mapeadasneste trabalho, em sntese; podemos concluir que:

    - predominam no municpio, dois tipos de solos: o Podzlico Vermelho Amarelo (PV) e oLatossolo Vermelho Escuro (LE), ocupando respectivamente 48,5% e 46,0% de seu territrio;

    - 69,4% das terras do municpio possuem uma declividade de no mximo 5%;- 61,7% do municpio encontra-se em uma altitude que oscila entre 450 e 550m;- a rea ocupada com pastagem degradada/outros representa 94,8% da rea em estudo.

    Dentro do possvel, recomenda-se que a mesma seja economicamente, melhor explorada;Analisando o mapa de avaliao das terras nota-se que certas reas no tiveram um

    acrscimo considervel, apenas so potenciais para outro uso agrcola. Como exemplo podemoscitar as reas ocupadas com agricultura e pastagem melhorada.

    Referncias Bibliogrficas

    DE BIASI, M. Cartas de declividade : Confeco e utilizao. So Paulo: Instituto deGeografia/USP, Geomorfologia , 21, 1970.

    EPAMIG. Atlas Climatolgico de Minas Gerais . Belo Horizonte, 1982.

    GOEDERT, W. J. Solos dos cerrados - Tecnologias e estratgias de manejo . So Paulo:EMBRAPA/NOBEL, 1986.

    LIMA, S.C.; ROSA, R.; FELTRAN FILHO, A. Mapeamento do uso do solo no municpio deUberlndia - MG, atravs de imagens TM/LANDSAT. Sociedade & Natureza, 1(2), EDUFU,1989.

    LOMBARDO, M.A.; NOVO, E.M.L.M.; FORESTI, C. Uso da terra no vale do Paraba,atravs de dados de sensoriamento remoto . So Jos dos Campos (SP, INPE, 1978(Relatrio Final)

    SIQUEIRA, C. A. Ensaio Metodolgico de Cartografia Digital Aplicada aos Condicionantesdo Meio Fsico da Mesorregio do Tringulo Mineiro . Uberlndia: DEGEO/UFU, 1996.(Monografia, Bacharelado).

    RADAMBRASIL. Levantamento de recursos naturais. Rio de Janeiro: Ministrio das Minas eEnergia, Folha SE - 22/Goinia, v.31, 1983.

    ROSA, R. O Uso de SIGs para o Zoneamento: uma abordagem metodolgica . So Paulo:FFLCH/USP, 1995. (Tese, Doutoramento).

    Espaol:

    English:

    ndice:

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    retornar: ff: ABAL Statistical Yearbook 1997imprime:

    tt: Anurio Estadistico ABAL 1997 ABAL Statistical Yearbook 1997 gg: Anurio Estadistico ABAL 1997ggg: ABAL Statistical Yearbook 1997 ffff: ABAL Statistical Yearbook 1997 Anurio Estadistico ABAL 1997retorna:

    dddd: ABAL Statistical Yearbook 1997 Anurio Estadistico ABAL 1997print16:

    fig1:

    FIG3:

    FIG1: TAB5:

    FIG2:

    FIG4: TAB1:

    TAB6: TAB2:

    TAB7: botao_sumario: sumario: Sumriocb: Anais IX Simpsio Brasileiro de Sensoriamento Remoto, Santos, Brasil, 11-18 setembro 1998, INPE, p. 561-572.

    561: 561562: 562563: 563564: 564565: 565566: 566567: 567568: 568569: 569570: 570571: 571572: 572