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CENTRO UNIVERSITÁRIO DA GRANDE DOURADOS ROBINSON LUIS DE ARAUJO O APÓSTOLO PAULO E O LÍDER DE HOJE

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DA GRANDE DOURADOS

ROBINSON LUIS DE ARAUJO

O APÓSTOLO PAULO E O LÍDER DE HOJE

Dourados 2010

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DA GRANDE DOURADOS

ROBINSON LUIS DE ARAUJO

O APÓSTOLO PAULO E O LÍDER DE HOJE

Trabalho apresentado na Disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso do ano de 2010, Curso de Bacharel em Teologia da Faculdade UNIGRAN – Centro Universitário da Grande Dourados

Professor: Mestre Armindo Edegar Hein

Dourados2010

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O APÓSTOLO PAULO E O LÍDER DE HOJE

Robinson Luis de Araujoi

RESUMO

O presente trabalho objetivou realizar uma investigação bibliográfica, na perspectiva de comparar o apóstolo Paulo com os Líderes e Pastores de hoje. Tem-se vivido os últimos dias, como a própria Palavra nos afirma, mas nem por isso, os líderes tem que deixar a sã doutrina. O rebanho tem sofrido, pois estão mais interessados em apascentar a si mesmos do que as ovelhas. Quando estudamos o comportamento do apóstolo Paulo com referencia as suas atitudes em relação ao evangelho de Cristo, percebe-se que os pastores e líderes de hoje estão bem aquém deste grande mestre. Um homem culto e estudado, porém, deu lugar ao chamado de Deus. Hoje existem homens estudados, mas que tem a preocupação maior em agradar ao coração dos próprios homens e não o de Deus, por medo de perder seus salários, por não terem uma profissão definida. Não quer dizer que os pastores e líderes em nossos dias não possam se sustentar da obra, podem e devem, mas com a responsabilidade de Paulo, para não ser pesado a igreja. Deus procura homens compromissados com o Seu reino, que estejam dispostos a serem meros instrumentos em Suas mãos.

PALAVRAS-CHAVE: Pastorear, Liderar e Preço.

ABSTRACT

The present work performed a literature search in anticipation of the Paul Apostle compare with the leaders and pastors today. Has lived the last days, as the Word tells us, but even so, the leaders have to leave sound doctrine. The herd has suffered, because they are more interested in themselves than to feed the sheep. When studying the behavior of the Paul apostle in reference to its attitude toward the gospel of Christ, we find that pastors and leaders of today are well short of this great master. An educated man and studied, however, gave rise to the call of God. Today there are men studied, but which has the greatest concern to please the hearts of the men themselves and not God, for fear of losing their wages by not having a defined profession. Not to say that pastors and leaders today can not sustain itself the work can and should, but with the responsibility of Paul, not to be weighed the church. God finds men committed to his kingdom, who are willing to be mere instruments in His hands.

KEY WORDS: Shepherding, Leadership and Price

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Introdução

Certamente Paulo foi o maior mestre da fé cristã depois do próprio Senhor Jesus Cristo.

Chamado e dirigido pelo Espírito Santo para proclamar o Evangelho aos gentios, esse grande

teólogo expôs as profundidades da fé cristã de uma maneira que se mostra fundamental para a

Igreja de Jesus Cristo através dos séculos. Seu total compromisso com o Evangelho de Cristo

crucificado permanece como um exemplo para todos os líderes de todas as épocas. Seu desejo

de preservar a verdade contra todas as heresias ou qualquer coisa que tentasse fazer o direito à

salvação somente pela graça brilha através de todos os seus escritos.

Certamente, não é isto que tem acompanhado o Ministério de alguns Líderes e Pastores em

nossos dias. O que tem sido quase via de regra para muitos que estão na frente do rebanho e

infelizmente receberão as palavras de Cristo nos últimos dias, conforme Mateus 7:22-23 que

diz:

Muitos naquele dia hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos os demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então lhes direi explicitamente: Nunca vos conheci. Apartem-vos de mim, os que praticais a iniquidade.

Discorreremos pelas linhas de nosso trabalho, através da metodologia de Pesquisa

Bibliográfica, textos que nos mostrarão quem era e o que fez o apóstolo Paulo, bem como, os

Líderes de hoje tem agido a frente das pessoas que Deus as tem confiado.

Quem foi o Apóstolo Paulo

Segundo Sanders (1988), Paulo era Judeu, fariseu, encontrado pela primeira vez no livro dos

Atos com seu nome hebraico – Saulo. Nasceu em Tarso, Cilícia, cidade localizada na Ásia

Menor (atualmente sul da Turquia). Provavelmente nasceu uns dez anos depois de Cristo, pois

é mencionado como um “jovem” na ocasião do apedrejamento de Estevão. Seu pai sem

dúvida era judeu, mas comprou ou recebeu cidadania romana. Por essa razão, Paulo mais

tarde utilizou-se desse direito por nascimento. Por isso apelou para ser julgado em Roma pelo

próprio imperador César. “Quando o estavam amarrando com correias, disse Paulo ao

centurião presente: ser-vos-á porventura licito açoitar um cidadão romano, sem estar

condenado?” (At 22:25). Paulo era tão zeloso da Lei e de sua fé que, em certa época de sua

vida, provavelmente no início da adolescência, viajou para Jerusalém onde foi aluno do mais

famoso rabino de sua época. Posteriormente, disse aos lideres judeus: “E nesta cidade criado

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aos pés de Gamaliel, instruído conforme as verdades da lei de nossos pais, zeloso de Deus,

como todos vós hoje são” (At. 22:3).

Conforme Sanders (1988), todos os mestres judaicos exerciam determinada função para

sobreviver; por isso, não é de admirar que esse líder religioso altamente educado aprendesse

também uma profissão com seu pai. Paulo era fabricante de tendas “E, posto que eram do

mesmo ofício, passou a morar com eles, e trabalhava; pois a profissão deles era fazer tendas”

(At. 18:3), ocasionalmente a Bíblia menciona como exerceu essa função para se sustentar “e

nos afadigamos, trabalhando com as nossas próprias mãos. Quando somos injuriados,

bendizemos; quando perseguidos, suportamos” (I Cor. 4:12); “nem jamais comemos pão, de

graça, à custa de outrem; pelo contrário, em labor e fadiga, de noite e de dia, trabalhamos, a

fim de não sermos pesados a nenhum de vós” (II Ts. 3:8). Existem amplas evidências nessas e

em outras passagens de que ele trabalhava, para não impor um jugo sobre as pessoas entre as

quais desejava proclamar o evangelho de Cristo:

Se anuncio o evangelho, não tenho do que me gloriar, pois sobre mim pesa essa obrigação; porque ai de mim se não pregar o evangelho! Se o faço de livre vontade, tenho galardão; mas, se constrangido, é, então, a responsabilidade de despenseiro que me está confiada. Nesse caso, qual é o meu galardão? É que, evangelizando, proponha de graça o evangelho, para não me valer do direito que ele me da. Por que sendo livre de todos, fiz-me escravo de todos, a fim de ganhar o maior número possível (I Cor. 9:16-19).

Para Sanders (1988), com a educação que possuía e a profissão de aceitação universal, é bem

provável que Paulo já tivesse viajado bastante antes de se tornar cristão. Com certeza era

fluente nas línguas grega, hebraica, latina e aramaica. Paulo era uma pessoa que estudava e

conhecia as Leis e as línguas.

Segundo Sanders (1988), Paulo, ainda sendo Saulo tem um encontro com o Senhor, dessa

forma, ele foi escolhido pelo próprio Deus. Ananias impôs as mãos sobre ele, ocasião em que

sua visão foi restaurada. Imediatamente ele recebeu o Espírito Santo e foi batizado. Ele ainda

ficou vários dias na companhia dos cristãos de Damasco, sem dúvida para aprender o máximo

que podia sobre Jesus. Seu extraordinário entendimento teológico somado à mudança total de

sua perspectiva sobre Cristo, permitiu que confundisse os judeus que habitavam em Damasco.

A extraordinária rapidez de mudança no coração de Paulo e a velocidade com que entendeu

as Escrituras sob uma nova luz e começou a pregar o Evangelho de Cristo proporcionam a

mais dramática evidência da obra do Espírito Santo em sua vida, depois do encontro que teve

com Cristo na estrada de Damasco. Ele próprio contou de sua experiência de conversão em

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duas ocasiões posteriores. Na primeira instância em Atos 22, quando foi preso em Jerusalém e

pediu para falar com a multidão. Na Segunda, em Atos 26, quando fazia sua defesa diante do

rei Agrípa.

A rapidez com que Paulo dedicou-se a viajar pelos territórios gentílicos é mais uma indicação

de que o Espírito Santo o guiava em direção ao seu chamado, ou seja, o de apóstolo entre os

gentios. Ele mencionava em suas cartas seu compromisso especial com Deus, para ser um

ministro entre os povos. Paulo pregava em qualquer lugar onde tivessem uma oportunidade.

Paulo era uma pessoa que viajava muito, prova disso, quando estudamos os resultados do

trabalho dele durante essas viagens, que variava de lugar para lugar, sendo elas mencionadas

como: A primeira viagem, segunda viagem e terceira viagem.

Conforme Sanders (1988), apenas alguns dos ensinos de Paulo foram mencionados aqui. O

que motivou o apóstolo em seu ensino foi a sua experiência pessoal na estrada de Damasco.

Enquanto refletia sobre o que acontecera ali, chegara à conclusão de que aquela luminosidade

o deixara cego a fim de que pudesse contemplar o poder de Deus. Jesus tinha essa glória,

portanto era o Senhor, um ponto que enfatiza várias vezes, inclusive ao aplicar a Cristo

declarações e idéias atribuídas a Yahweh no Antigo Testamento. O apóstolo reconheceu que,

embora fosse judeu, precisava de salvação e perdão do pecado, e tais dádivas só podiam ser

encontradas no sacrifício de Cristo, que morreu em seu lugar na cruz. Esta grande mensagem

era para todas as pessoas, independentemente de raça ou antecedentes.

O seu principal ensinamento era que, não importava ser judeu ou gentio, o Senhor não fará

distinção entre os pecadores. Sendo que, para ele, havia apenas uma resposta para essa

questão, e ele a encontrara na pessoa de Jesus. Aonde quer que fosse, Paulo proclamava a

Cristo. O Filho de Deus era a resposta para a situação de todas as pessoas, não somente para

os judeus, mas também os gentios. Todos estão debaixo do julgamento de Deus e precisam de

salvação, redenção e perdão.

Segundo Sanders (1988), o acesso a essa obra salvadora de Cristo na cruz era, para o apóstolo,

inteiramente pela graça de Deus. Se a redenção fosse alcançada por meio da obediência à Lei,

seria possível que as pessoas se orgulhassem de ter alcançado a própria salvação; Paulo,

porém, tinha plena convicção de que era obra de Deus por seu povo e uma demonstração da

sua graça (seu amor e misericórdia imerecidos) em favor do seu povo.

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Certamente Paulo foi o maior mestre da fé cristã depois do próprio Senhor Jesus Cristo.

Chamado e dirigido pelo Espírito santo para proclamar o Evangelho aos gentios, esse grande

teólogo expôs as profundidades da fé cristã de uma maneira que se mostra fundamental para a

Igreja de Jesus Cristo através dos séculos. Seu total compromisso com o Evangelho de Cristo

crucificado permanece como um exemplo para todos os líderes de todas as épocas. Seu desejo

de preservar a verdade contra todas as heresias ou qualquer coisa que tentasse fazer o direito à

salvação somente pela graça brilha através de todos os seus escritos. Seu profundo zelo pela

aplicação da verdade do Evangelho na vida do crente levou-o a escrever páginas sobre como

deve viver o autêntico cristianismo no meio de uma sociedade pagã. Tudo isso só seria

alcançado por meio do Espírito Santo, que vive no interior do crente para realizar os

propósitos do Pai. Seu profundo amor pelos irmãos na fé e a maneira que sofria e entristecia-

se com os pecados sofrimentos deles são vistos não somente no mundo como escreveu sobre

os crentes, ou seja, com grande carinho e encorajamento, mas também em suas repetidas

referências às orações que fazia por eles.

Sua profunda convicção de que todos pecaram e estão debaixo do julgamento de Deus e sua

preocupação para que homens e mulheres ao redor do mundo encontrassem a salvação de que

precisavam tão desesperadamente levaram Paulo a responde ao chamado para pregar o

Evangelho aos gentios. Para o apóstolo, Cristo era a única resposta, era o foco e o poder da

vida de Paulo e, acima de tudo, aquele que morreu para que ele recebesse o perdão e

encontrasse a justificação e a vida eterna no último dia.

Em todas as cartas paulinas, temos o Apóstolo Paulo como exemplo de um bom Ministro,

sendo um exemplo a ser seguido.

Os Líderes de Hoje

A Palavra de Deus, tanto no antigo e no Novo Testamento, nos traz informações e

ensinamentos de como um líder deve se comportar, vejamos:

Veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: Filho do homem, profetiza contra os pastores de Israel; profetiza, e dize-lhes: Assim diz o Senhor Deus: Ai dos pastores de Israel que se apascentam a si mesmos! Não apascentarão os pastores as ovelhas? Comeis a gordura, vestis-vos da lã e degolais o cevado; mas não apascentais as ovelhas. A fraca não fortalecestes, a doente não curastes, a quebrada não ligastes, a desgarrada não tornastes a trazer e a perdida não buscastes; mais dominais sobre elas com rigor e dureza. Assim se espalharam, por não haver pastor, e se tornaram pasto para todas as feras do campo. As minhas ovelhas andam desgarradas por todos

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os montes, e por todo o elevado outeiro; as minhas ovelhas andam espalhadas por toda a terra, sem haver quem as procure, ou quem as busque. Portanto, ó pastores, ouvi a palavra do Senhor: Tão certo como eu vivo, diz o Senhor Deus, visto que as minhas ovelhas foram entregues à rapina, e se tornaram pasto para todas as feras do campo, por não haver pastor, e que os meus pastores não procuram as minhas ovelhas, pois se apascentam a si mesmos, e não apascentam as minhas ovelhas; - portanto, ó pastores, ouvi a palavra do Senhor: Assim diz o Senhor Deus: Eis que eu estou contra os pastores, e deles demandarei as minhas ovelhas; porei termo no seu pastoreio, e não se apascentarão mais a si mesmos; livrarei as minhas ovelhas da sua boca, para que já não lhes sirvam de pastor. (Ezequiel 34:1-10).

Segundo Stowell (2000), o que se precisamos entender, é que os pastores e líderes de hoje,

precisam voltar ao primeiro amor, aquele mesmo amor que contagiara Paulo na estrada para

Damasco. Paulo tinha vida e vivia o que pregava. O principal elemento de nossa eficiência

não é tanto o que dizemos, mas o que as pessoas vêem em nossa vida. Quando elas não mais

estão dispostas ou aptas a ouvir o que temos a dizer, pode contar que ainda observarão como

vivemos.

Para Stowell (2000), outra qualidade que Paulo expressava era a sensibilidade que tinha com

as pessoas. O amor pastoral não apenas deve ter substancia e sequência, mas também deve ser

administrado com sensibilidade. O caráter é aquilo por que seremos responsabilizados. As

credenciais não serão levadas em conta no dia em que estivermos diante do Senhor. O caráter

só é forjado por um progressivo e sincero relacionamento com Jesus. As credenciais podem

ser adquiridas à parte de Cristo. Como o exemplo pode-se citar: Pastores que foram presos por

transportarem armas, roubos, furtos, tráfico de drogas, prostituição, estupro e dentre outros,

nos deixa claro a falta de caráter em parte dos líderes de hoje.

Segundo Campanha (1995), atualmente, há milhões de lideres no mundo simplesmente

falando com as paredes, vivendo e esperando o dia de sua morte. Há milhões de pastores e

líderes nas igrejas, ocupando um espaço inutilmente. Se desaparecerem, ninguém perceberá.

A crise espiritual advém do fato de que toda a estrutura de uma vida espiritual firme esta

baseada em fundamentação teórica passada através do tempo pelos pregadores e líderes de

igrejas.

Conforme Campanha (1995), Líderes, entendam que firmeza é uma questão de conteúdo.

Você não será respeitado porque possui um título. O título pode durar um tempo, mas a

tristeza certamente vem quando os seus liderados descobrem que você não tem conteúdo. Para

ser um verdadeiro líder em nossos tempos, a firmeza dentro da Palavra de Deus é algo

intocável, a falta de conteúdo, principalmente nas mensagens, é algo assustador. Estão

preocupados com o que as pessoas acham, ao invés do que esta escrito.

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Para Campanha (1995), Deus precisa de líderes que O sigam fielmente, consigam ver o que

Ele quer e façam o que Ele deseja. Líderes que estejam dispostos a pagar o preço de fazer as

coisas certas. Deus precisa de líderes que façam a coisa certa, como elas devem ser, custe o

que custar. O preço é alto, mas a satisfação por fazer aquilo que Deus quer é muitas vezes

maior. Segundo Fisher (1999), Paulo foi exemplo, morreu por amor e fidelidade ao evangelho

de Cristo, pagou o preço, mas não teve medo! Mas o que se vê hoje, são líderes e pastores

sem compromisso com o preço a ser pago em favor do mundo. Nossa identidade precisa

encher-se do conteúdo cristão, isto é, deve estar enraizada em Deus, formada por Cristo, a fim

de receber o poder do Espírito Santo.

Segundo Fisher (1999), não basta ser culturalmente sensível ou até mesmo ter compaixão

avassaladora pelos perdidos. Necessitamos de pastores que entendam os tempos e as normas

bíblicas. Particularmente, precisamos de líderes evangélicos com uma profunda compreensão

da idéia bíblica sobre a igreja. Ajustá-la a uma nova era não é um assunto tão fácil. É, na

verdade, o seu problema contínuo. Certamente o evangelho deve ser contextualizado; Paulo

ensinou-nos assim. Ele se fez de tudo para todos, a fim, de ganhar alguns. Sendo assim, os

pastores contemporâneos não foram devidamente treinados para exercer o ministério em um

mundo como este.

Para Steuernagel, Barbosa (2003), o Líder vive a expectativa de que a maior obra que Deus

quer realizar é aquela que Ele fará através dele, enquanto que a maior obra que Deus deseja

realizar é aquela que Ele fará nele. Enquanto os esforços do líder voltam-se ao fazer, os olhos

de Deus residem no ser.

Segundo Steuernagel, Barbosa (2003), fomos chamados para pastorear, para conduzir homens

e mulheres a Cristo, a se conformarem à imagem dEle. Esta é a nossa tarefa, é para isso que

nos preparamos, estudamos e ministramos. Para ver pessoas sendo cada vez mais semelhantes

ao Filho de Deus, refletindo a Sua glória, sua humanidade perfeita. Diante disso, liderar torna-

se a arte de usar as capacidades dadas por Deus para influenciar um grupo específico de

pessoas na direção dos propósitos de Deus para as suas vidas. Hoje, portanto, os líderes

carecem tomar Jesus como modelo de sua vida. Paulo foi exemplo, chamado para um grupo

de pessoas, como os gentios.

i Graduando do Curso de Bacharelado em Teologia na modalidade CEAD, pela Universidade da Grande Dourados – UNIGRAN. Dourados - MS.

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Segundo Fields (2006), uma grande parte dos pastores tem esquecido que a essência do

Evangelho está alicerçada nos propósitos inseridos no Novo Testamento, sendo: amar a Deus,

amar ao próximo, evangelizar, ensinar e batizar. Se você é um líder que pratica os propósitos,

atrairá as pessoas em vez de forçá-las. Forçá-las a fazer o que você deseja é difícil, cansativo e

nada recompensador. O líder que tenta forçar as pessoas no caminho correto, encontra

resistência. Você terá mais sucesso conduzindo os outros na direção certa por meio das suas

próprias ações. Seu exemplo despertará neles o desejo de imitar suas atitudes. Todos

observam os líderes! Não posso falar a respeito do valor de fazer parte de um pequeno grupo,

por exemplo, se eu mesmo não fizer parte de um. Não posso falar da importância de servir se

não arrumar as cadeiras ou recolher os papeis do chão no fim de cada programa. Os líderes

praticam os valores importantes e fornecem um exemplo vivo da declaração de propósito.

Segundo Peterson, Dawn (2001), o que queremos é ter vida correta e forte, cheia de fé,

esperança e amor. E isso implica, é claro, que todas as nossas palavras precisam ser vividas. O

que dizemos e o que vivemos andam sempre juntos. Ensinamos quando estamos em silencio,

tanto quanto o fazemos enquanto falamos. Transmitimos ensinamentos com a mesma eficácia

enquanto oramos e enquanto pregamos. Muitos líderes se preocupam com a aparência de

como se vestir, falar, se portar para ter simpatia. Isso não é tudo, tem que ter vida exemplar.

Como é difícil, como pastores, ouvirmos comentários de pessoas acusando outros líderes, por

viverem diferente do que pregam.

Para Peterson, Dawn (2001), há várias maneiras, melhores, de se conhecer a vontade de Deus.

É claro que o primeiro modo á através da Palavra de Deus, pois Ele jamais se contradiz. Além

disso, muitas vezes nós fazemos as perguntas erradas quando queremos saber a vontade de

Deus para a nossa vida pessoal. Deveríamos, em lugar de buscar apenas a nossa vida pessoal,

ver o que Deus esta fazendo no mundo e passar a fazer parte de Seu projeto. Sabemos que

Deus quer que amemos o próximo e cuidemos dele em suas necessidades particulares,

alimentemos os famintos, vistamos os nus, abriguemos os sem-teto, construamos a paz,

asseguremos que a justiça seja feita e espalhemos as boas-novas da salvação em Cristo. Essas

são as instruções que Deus deu a Seu povo. Além disso, há mais dois elementos em qualquer

busca da vontade de Deus: humildade e tranquilidade. Precisamos estar livres da pressão que

nos enche de medo para satisfazer os propósitos de Deus

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Segundo Peterson, dawn (2001), o propósito de Deus é de ter uma grande família, de muitos

filhos, semelhantes a Jesus, para a Sua glória e Paulo entendia muito bem. Por isso mesmo ele

trabalhava, não importava as condições e consequências, mas devemos ter em mente e em

outras palavras: os propósitos de Deus serão cumpridos, quer você participe ou não, mas

talvez o cumprimento deles seja exatamente o motivo pelo qual você se encontre no lugar

onde está. Isso afasta de nós a carga que sempre gera pânico e temor.

O Apóstolo Paulo era submisso às escrituras, conforme encontramos em II Timóteo 3:16-17:

Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda a boa obra.

Sendo assim, Paulo não foi um pensador independente, decifrando a palavra por sua própria

conta, nem tão pouco um teórico a procura de verdades definidas. Seu pensamente estava

cativo a tudo o que Deus revelara na Palavra. Com isso, ele não demonstrava qualquer traço

de orgulho, pois todos os seus processos mentais eram dominados e obedientes a revelação de

Deus ao que estava escrito nas escrituras. Ele não usava a mente para descobrir as coisas, para

adquirir o tipo de conhecimento que implica poder. Não aplicava a sua mente em

esquadrinhar as fronteiras do pensamento, a derrotar a ignorância e a colocar-se como um

mestre de mentes.

Uma outra característica do apóstolo Paulo era a percepção que ele tinha do seu ministério,

como ele mesmo escreve a Timóteo: “Evidentemente, grande é o ministério da piedade.” (II

Tm. 3:16). Ele abraça o ministério com sofreguidão. Sente-se confortável com ele, tem prazer,

aceita sua presença. Para ele, o ministério não é aquilo que sobra depois de nos esforçarmos

para racionalizar todas as coisas sós, mas. Sim, parte integrante da própria natureza de Deus e

de Suas obras.

Outra evidencia do Apóstolo Paulo, era a sua preocupação apaixonada pela comunidade e

com isso, ele demonstra que os pastores/líderes devem envolver a Teologia com base em seus

relacionamentos. Desta forma, a Teologia pastoral não se interessa por verdades abstratas de

um lado e por necessidades individuais de outro lado, mas busca a formação da comunidade

pelo Espírito Santo em Cristo.

Para Peterson (2006), o que temos que entender, é que nem todos dentro de uma igreja são

chamados ou tem a vocação de ser um pastor. E é nestas situações que com alguma frequência

certas pessoas se manifestam com algum novo projeto para melhorar as coisas. Elas querem

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purificar a igreja. Propõem torná-la algo que proclame ao mundo a beleza atraente do Reino.

Com poucas exceções, essas pessoas são, ou logo se tornam, hereges, tomando apenas a

porção do Evangelho que são capazes de administrar e aplicar as pessoas a sua volta, tentando

construir uma versão de igreja que é tão bem comportada e tão eficientemente organizada que

não tem necessidade de Deus. O que se não deve permitir é que uma vocação interfira no

trabalho de Deus, assuma o trabalho de Deus, quer seja positiva ou negativa.

Segundo Peterson (2000), existe três atividades pastorais tão básicas, tão críticas, que

determinam a forma de todas as outras: oração, leitura da Bíblia e orientações espirituais.

Além de básicas, essas tarefas são silenciosas, não chamam a atenção, de modo que, muitas

vezes são negligenciadas. É mais fácil tratar das necessidades humanas em massa, no

invólucro sagrado do púlpito do que enfrentá-las sozinho, no relacionamento íntimo de uma

visita pastoral.

Segundo Peterson (2003), a era atual, porém, pouco encoraja os pastores a manterem contato

com sua herança bíblica. Não se dá valor ao trabalho silencioso que desenvolve sistemas de

raízes espirituais e confere estabilidade à comunidade. É necessário firmar os pés,

teimosamente para conduzir um ministério que é, em sua maior parte, improvisado, pois para

realizá-lo não é preciso estar atualizado nem em sintonia com o que acontece no mundo.

Para Peterson (2003), em nossos dias, há pastores demais seguindo esse tipo de procedimento:

estrutura montada de qualquer jeito, juntada às pressas, com desespero, a partir de qualquer

material disponível provindo de faculdades, lê livros campeões de venda e da ultima pesquisa

de opinião sobre o que o povo deseja. O que não se deve fazer de jeito algum é vagar por aí

tentando encontrar outros matérias para construirmos nosso ministério. A edificação tem de

ocorrer no terreno bíblico, a fundação tem que ser composta por pedras bíblicas.

Considerações Finais.

Em nossos dias, ser um líder ou até mesmo um pastor, não é tarefa fácil. Existem pessoas que

acha que é fácil, estão ali procurando o reconhecimento pessoal, tentando ser simpático com

todas as pessoas em sua volta, esquecendo do compromisso e da responsabilidade de quem ele

é. Se julgam escolhidas por Deus, mas não passam de meros aproveitadores da situação que

os levaram a estar no lugar de um.

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Sabedor que o mundo em que vivemos hoje, seja totalmente diferente do mundo em que o

apóstolo Paulo viveu no começo da Igreja de Jesus Cristo, não justifica a diferença do Líder

de hoje, comparado com a época do apóstolo, pois o Senhor Jesus não mudou, sendo Ele o

mesmo ontem, hoje e eternamente.

É lamentável vermos que Líderes – não generalizo a todos, sendo, também, um número não

insignificante – estão totalmente desinteressados pela obra do Senhor Jesus Cristo, quando

visam em suas Igrejas como uma empresa que tem que dar lucro. Outros totalmente

despreparados para estarem na frente de Ministérios, ridicularizando a obra de nosso Deus,

que foi confiado a essas pessoas. Mas que sejam sabedores que arcarão com a consequência

de serem mordomos despreparados e não zelosos pela obra do senhor.

A falta de compromisso das pessoas que se intitulam cristãs com o Evangelho de Cristo, é

algo assustador também. Tive a oportunidade de, durante a pesquisa para elaboração deste

trabalho, andar em várias Igrejas de diferentes denominações, e ver que muitas delas se

assemelham a meros clubes, lotados de sócios, que não se preocupam com o andamento da

mesma. Que líderes em diferentes momentos do culto, tende a fazer menção de dizimar

dinheiro, dar, dar e dar.... como que tivessem de pagar a mensalidade.

Líderes que vão empurrando o seu ministério com “a barriga”, pois o medo de perderem seu

salário por falar a verdade que Cristo quer que preguemos, é grande e lamentável. Pregam o

que as pessoas querem ouvir, e deixam de falar o que as pessoas realmente precisam ouvir.

Deixam totalmente o exemplo do apóstolo Paulo de lado, quando o mesmo dizia trabalhar

para não ser pesado a Igreja. Vemos Líderes gordos, sugando a gordura de suas ovelhas,

enquanto estas estão raquíticas, necessitando de cuidados dos seus pastores.

Deve-se ter em mente que somos o sal da terra e a luz do mundo. Sendo assim, não devemos

deixar que o sabor do sal suma ou que a luz se apague, pois para que mais serve, senão para

ser lançado fora e pisado? Principalmente na posição de Líderes, as pessoas estão procurando

se espelhar em nossas vidas, e o que temos a oferecer?

Vivemos uma crise de identidade, onde a Igreja de Cristo tem caído em descrédito dia a pois

dia, tem sido ridicularizada pelo mundo e pelo próprio Diabo, em virtude das falhas que

Líderes tem levado a Igreja a cometer. Podemos imaginar que a Igreja tem sido ridicularizada

por ela mesma.

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A exploração da fé das pessoas, oferecendo um evangelho podre e barato, onde troca-se

favores e “curas” por dinheiro, às vezes fazendo-se verdadeiras peças teatrais, para ludibriar

as pessoas, em busca de dinheiro. Cristo não trocou em nenhum momento em Seu Ministério,

cura por dinheiro, libertação por dinheiro, ou algo assim parecido.

Deve-se, como Líderes, pedir perdão a Deus, pelos pecados que se leva a Sua Igreja cometer,

se arrependerem, deixando as coisas velhas para trás e levando a Igreja ao verdadeiro amor e

adoração a que Deus é merecedor.

Um dia Jesus Cristo virá ao mundo para buscar a Sua noiva, e Seus líderes deverão apresentá-

la adornada e pura, não com vestidos pretos, negros ou manchados, mas com a brancura que

só o Senhor é digno de receber.

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