conquering the studio: a time for research

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Conquering the studio: a time for research Projecto de Pesquisa 2014 ballet contemporâneo do norte Research In Natura microescalas-som-movimento Time Lee Meir Mala Kline Artistic Community Jared Gradinger Nameless Bear Me Conquering Robert Clark

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Projecto de Pesquisa 2014 || Conquering the studio: a time for research || Ballet Contemporâneo do Norte

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Page 1: Conquering the studio: a time for research

Conquering the studio:a time for researchProjecto de Pesquisa 2014ballet contemporâneo do norte

Research

In Natura

microescalas-som-movimento

Time

Lee Meir

Mala Kline

Artistic Community

Jared Gradinger

Nameless

Bear Me

Conquering

Robert Clark

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Pesquisa # 1 Nameless Natures | 3 a 13 de Fevereiro 2014Joana von Mayer Trindade convida Lee Meir (DE/IL) Pesquisa # 2 bear me | 17 a 22 de Fevereiro 2014Cristina Planas Leitão convida Mala Kline (SI/BE) Pesquisa # 3 Microcosmos | 22 de Março a 4 de Abril 2014Pedro Rosa convida Jared Gradinger (DE/USA) Pesquisa # 4 In Natura | 17 a 26 de Junho 2014Andreas Dyrdal convida Robert Clark (UK)

FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICAConceito e coordenação geral | Cristina Planas LeitãoProjeto desenvolvido em colaboração com | Joana von Mayer Trindade, Pedro RosaProdução | Ballet Contemporâneo do NorteArtistas iniciadores | Andreas Dyrdal, Cristina Planas Leitão, Joana von Mayer Trindade, Pedro RosaArtistas convidados | Jared Gradinger, Lee Meir, Mala Kline, Robert ClarkCom a participação dos intérpretes do BCN | André Mendes, Bruno Senune, Camila Neves, Flávio Robrigues, Susana Otero

Apoios

mala voadora

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Conquering the studio: a time for researchProjecto de Pesquisa 2014 Em 2014, Cristina Planas Leitão, propõe ao bcn – ballet contemporâneo do norte, realizar um período de pes-quisa aprofundada, convidando para colaborarem na elaboração do projeto Joana von Mayer Trindade, Pedro Rosa e Andreas Dyrdal, criadores com um trajeto iniciado no campo da criação coreográfica, desenvolvendo assim as suas práticas e abordando questões e temáticas próximas aos seus universos criativos,Nesta edição do projeto de pesquisa Conquering the studio: a time for research, cada um destes criadores, de modo a tornar o processo de investigação mais estimulante e enriquecedor, tem a oportunidade de convidar um artista conhecido internacionalmente, que os inspire e desafie em cada uma das suas pesquisas. Estes artistas-convidados terão como função servir de mentores/parceiros durante este período de trabalho, abrindo novas perspectivas e criando novas relações.Para completar este contexto de trabalho, uma parte do período de investigação será aberto aos restantes mem-bros da companhia e a outros participantes da comunidade artística local, tornando-o mais horizontal, permi-tindo outro tipo de trocas e práticas, e providenciando um desenvolvimento mais crítico do trabalho. DESCRIÇÃO DO PROJETONos dias que correm há a necessidade de se ser intérprete e criador em simultâneo. Não há espaço nem lugar para uma transição suave ou pensada mas sim a ideia de agarrar toda e qualquer oportunidade que surja. A maioria dos artistas deixa de lado a pesquisa sobre o seu próprio trabalho por ter que ocupar o dia com outras actividades que gerem maior sustentabilidade.Como podemos então crescer como artistas, coreógrafos ou intérpretes? Como pode então a qualidade da dança contemporânea crescer na cidade/ país onde vivemos?A sociedade contemporânea é orientada para o consumo rápido de produtos, o que se reflete também nas artes e em particular na dança contemporânea não havendo espaço nem tempo para os jovens artistas/coreógrafos se envolverem em períodos de pesquisa artística aprofundada, de modo a enriquecerem o seu universo artístico e desenvolverem práticas mais experimentais.O projeto Conquering the studio: a time for research também compreende a participação de outros quatro artistas-convidados, internacionalmente reconhecidos, cada um escolhido e convidado por um dos artis-tas iniciadores do projeto, entendendo essas participações como uma forma de mentoring/coaching, abrin-do assim a possibilidade de criação de novos fluxos e conexões, estimulação e provocação, confrontação, desafio e enriquecimento.

Cristina Planas Leitão

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Pesquisa # 1 de Joana von Mayer TrindadeNameless Natures

Datas | 3 a 13 de Fevereiro de 2014 (de 2ª a 6ª)

Artista convidada | Lee Meir (Israel | Alemanha)

Horário da pesquisa aberta ao público10:00 – 13:00 | Pesquisa orientada por Lee Meir e Joana von Mayer Trindade para toda a companhia e aberta ao público

14:00 – 18 :00 | Pesquisa com Lee Meir e Joana von Mayer Trindade Nota: Reservada aos criadores.

Localização: Antigo Matadouro Municipal de Santa Maria da Feira

Workshop: aberto a toda a comunidade artística orientado por Lee Meir Sábado, 8 de Fevereiro de 2014 - 11:00 às 13:00 e 14:00 Às 17:00Localização: Mala Voadora - Porto

© Kerem Gelebek

SOBRE A PESQUISA“I am framing a state that is not yet there, a contradiction (a paradox: to see and not to see, visible and invisible), stating and performing what I do not yet have framed from within. To frame the dark, to frame obscurity, to frame an image, to frame a presence that speaks about this need to not know, to deviate (or hide) from. How to explode a composition? How to explode the framing of the frames, and of the framers? From the essay written by me: What is to compose, how to find the essential meaning of composing in performance, from the planes where chaos is con-fronted? What is the Chaos within Composition, The Silence within the composition, even the thought of the chaotic within Composition? A danced/performance of these three elements: Thought, Silence, Chaos, in the act and in the gesture of constant slight changes. As such, the seeded act (in this study) is one of existence, resist-ance, persistence, distance, unframed insistence into the unknown, into voluntary blindness. Through this resistance the impossibility to understand is framed as non sight into what can not see.” - Joana von Mayer Trindade

Para me acompanhar nesta pesquisa convidei a coreógrafa e performer Lee-Meir (IRS/DE) que conheci no con-texto da Universidade das Artes de Berlim, HZT. Pretendo trabalhar num espírito de colaboração e cocriação, nesse sentido Lee-Meir é a escolha acertada uma vez que enquanto performer tem uma presença complexa e inteligente e como coreógrafa tem vindo a afirmar o seu trabalho de uma forma muito consistente. Acredito existir uma base sólida de trabalho de ambas as partes para que a pesquisa seja rica, desafiante e intensa para todos os envolvidos.” - Joana von Mayer Trindade

SOBRE O WORKSHOP ORIENTADO POR LEE MEIR: O meu trabalho explora noções de paradoxo, fricção e tensões multimodais através de uma prática que consiste na utilização de múltiplas tarefas como um meio básico para gerar material. Através disto, tento examinar o surgimento, a produção e a transformação de significados. Combinando texto falado e movimento, iremos abordar relações entre a linguagem verbal e a fisicalidade, de modo a observar paradoxos corporais que emergem e coexis-tem ao mesmo tempo e dentro do mesmo organismo. - Lee Meir

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JOANA VON MAYER TRINDADE Coreógrafa, Performer e Professora, Membro e co-fundadora com Hugo Calhim Cristovão da NuIsIs ZoBoP. Licenciada em Psicologia, Universidade do Porto. Mestrado SODA (Solo/Dance/Authorship) na Universidade das Artes de Berlin (HZT). Curso de Interpretes de Dança Contemporânea (1999), Forum Dança. Curso “Essais” (2006) no CNDC d’ Angers/Emmanuelle Huynh. Como interprete/ criadora trabalhou com Antonio Carallo, Wil Swanson, Paulo Henrique, Olga Roriz, Sónia Baptista, Filipe Viegas, Ana Clara Guerra Marques, Ana Trincão, Deborah Hay, Emmanuelle Huynh, Eric Didry, Danya Hammoud e Isabelle Schad. Enquanto criadora destaca o solo “Conquest”, coreo-grafia de Deborah Hay e com adaptação coreográfica e interpretação de Joana von Mayer Trindade, Projecto criado no âmbito do Ciclo | ‘Improvisações/Colaborações’ - Fundação de Serralves, Porto. Da sua

LEE MEIR (IL/ DE 1984) coreógrafa, performer e figurinista. O seu mais recente trabalho inclui: UPDOWNANDAROUND/ Translation included, Soli deo Gloria, Solo for voice 87 re-played. O seu trabalho tem sido apresentado em teatros e festivais, tais como: Tanz im August (Berlim), Tanzquartier (Viena), Brighton Festival (UK), and Pavillon Noir (Aix-en-Provence). Em Setembro de 2011, o solo Translation included, recebeu o 1º prémio para jovens coreógrafos na Bienal de Israel. Em 2013, completou a licenciatura em coreografia na Inter Univercity centre for dance, Berlim – HZT. Lee Meir aborda coreografia como Espaço que continuamente se redefine através de um corpo vivo em acção.

autoria destaca as peças: “Between Being and Becoming” para a companhia Edge em residência no “The Place--Contemporary Dance Scholl of London, “She Will Not Live” conjuntamente com Hugo Calhim Cristovão (apresentações ZDB Lisboa e CNDC Angers), “VELEDA” conjuntamente com Hugo Calhim Cristovão (apresentações em Lisboa, Guimarães, Viana do Castelo, Ílhavo, Sobral de Monte Agraço, Alcanena - Festival Materiais Diversos e Porto - Festival Trama 2010/Fundação de Serralves entre outros…), “ZOS (She will Not Live)” de Joana von Mayer e Hugo Calhim Cristovão, estreia Uferstudios/HZT (Inter-University Centre for Dance Berlin) e posteriormente apresentado na PT13 (Plataforma das Artes Portuguesas/Montemor-o-Novo/ Maio 2013).

*A pesquisa Nameless Natures irá desenvolver-se a longo prazo num solo com o mesmo nome a ser apresentado ainda em fase de processo no dia 21 de Fevereiro 2014, no espaço AGORA, no contexto : Foreplay- Performance Series, Agora thinks Performance Art, Berlim.

© Hugo Calhim Cristovão

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Pesquisa # 2 de Cristina Planas Leitãobear me

Datas | 17 a 21 de Fevereiro de 2014

Artista convidada | Mala Kline (Eslovénia/ Bruxelas)

Horário da pesquisa aberta ao público10:00 – 13:00 | Pesquisa orientada por Mala Kline para toda a companhia e aberta ao público

14:00 – 18:00 | Pesquisa com Mala Kline e Cristina Planas Leitão.Nota: reservada aos criadores

Localização: Antigo Matadouro Municipal de Santa Maria da Feira

Workshop aberto a toda a comunidade artística orientado por Mala KlineSábado, 22 de Fevereiro de 201411:00 às 13:00 e 14:00 às 17:00Localização: Mala Voadora - Porto

“O urso polar esta classificado com uma espécie vulnerável e em declínio apesar de ser o maior carnívoro terrestre conhecido. Entre as ameaças que atingem o urso estão o desenvolvimento da região com a exploração de petróleo e gás natural. Por centenas de anos, o urso polar têm sido uma figura chave na vida cultural, espiritual e material dos povos indígenas do Ártico. A sua aparência branca é o resultado da luz a ser refletida pelos pelos transparentes. O urso polar é um animal solitário, excepto na época reprodutiva, e não é territorialista, vivendo numa área de vida sem limites definidos e que se sobrepõe extensivamente com as áreas de outros indivíduos. Com a sua gordura corporal fornecendo flutuabilidade, ele nada em estilo cão. Ao caminhar, o urso polar tende a ter um ar desajeitado. Os esquimós têm muitas lendas sobre ursos polares, em que os ursos são seres humanos quando dentro das suas casas e colocam as peles quando vão para fora. A postura quase humana quando em pé e sentado, contribuiu para a crença de que os espíritos dos seres humanos e ursos eram intercambiáveis.”

bear me | the bear and the me | me as a bear | the bear and then me | to bear... | two bears | Too bare | to bear | Bear me

“Para a minha pesquisa decidi convidar a Mala Kline uma vez que é uma das coreógrafas e intérpretes da atualidade que mais admiro. Fiquei completamente fascinada com a sua capacidade de transformação e persuasão no solo EDEN. A minha pesquisa BearMe terá como possível produto final um solo sobre a solidão na sociedade contemporânea abordado todos os seus aspectos desde os sociais aos mais pessoais. Será um solo interpretado por mim onde o maior desafio será expor a minha complexidade como performer num solo profundamente emocional mas racionalmente composto. Como tal, pareceu-me natural convidar a Mala Kline, um camaleão de palco e uma coreógrafa experiente dedicada desde há muitos anos à investigação coreográfica. As peças da Mala Kline são baseadas em premissas teóricas e pesquisa profunda da performance em si. Como intérprete, Mala é dotada de uma grande capacidade filosófica e é uma artista inteligente que tem uma extrema capacidade em palco de abrir espaços e proporcionar imagens, desenvolvendo uma abordagem cénica única, que é, na sua complexidade, capaz de uma enorme amplitude de transformações entre o caos e uma estrutura emocionalmente precisa.” – Cristina Planas Leitão

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Mala Kline (SLO/BE). Licenciada em filosofia e literatura comparativa pela Universidade de Ljubljana e Mestrada em teatro pela DasArts em Amesterdão.O seu trabalho baseia-se na tecnologia dos sonhos – uma prática criativa e performativa assente na performance afectiva e transformadora da imagem.Fundou “EMANAT – institute for affirmation of contemporary dance” na Eslovénia, “SOI - Slovenia for dissemination of dream and imagery work”, e recentemente “DREAMLAB – mobile laboratory for research and development of imagery and dream work as related to performing arts practices.” Atualmente estuda na School of Images (NYC) e está a escrever a sua tese de Doutora-mento no Departamento de Filosofia da Universidade de Ljubljana, sobre ética nas artes performativas em colaboração com o programa de pós-mestrado A-pass (Bruxelas).Tem recebido grandes prémios na área da dança contemporânea na Eslovénia: Golden

CRISTINA PLANAS LEITÃO (Porto – PT, 1983)Licenciou-se em Dança pela ArtEZ (NL) em 2006 tendo tido, anteriormente, uma breve passagem pelo Curso de Medicina da Universidade do Porto. De 2006-11 trabalhou como intérprete, assistente coreográfica e ensaiadora para Gabriella Maiorino e a casa de produção Dansmakers Amsterdam (NL). Em 2008, recebeu o 3º prémio coreográfico para o solo Skinned, na Estónia, atribuído por Wim Vandekeybus. Em 2009, recebeu a bolsa DanceWEB, tendo como mentores Philipp Gehmacher e Christine de Smedt. Em 2010, foi convidada para o Projecto “50 days in Costa Rica” com David Zambrano, onde adquiriu as competências necessárias para leccionar as técnicas de “Flying Low” e “Passing Through” que desde então tem leccionado internacionalmente. Com Jasmina Krizaj estabelece C J, com quem criou a The Very Delicious Piece em 2011/12 que esteve em di-gressão em Portugal, Eslovénia, Alemanha, Holanda, Áustria e Londres, no prestigiado The Place, contando com mais de 20 apresentações públicas. Em 2013, a peça foi escolhida para o Festival Gibanica que nomeia as melhores peças eslovenas da época anterior. C J continua o seu processo artístico com a criação The Very Boring Piece, apoiada pelo Dansateliers Rotterdam & Hellerau, Dresden, entre outros, a estrear em Setembro de 2014.Em 2013 trabalha ainda como intérprete para Isabelle Schad (DE) em Experience # 1 na Fundação de Serralves, Porto. De Setembro a Dezembro do mesmo ano integra o elenco do bcn – ballet contemporâneo do norte para a criação de NIL-CITY de Flávio Rodrigues, entre outros projetos.Desde 2012 é Artista Associada e colaboradora artística da direção da Companhia Instável, Porto (PT), bem como a ensaiadora do programa Shelters do coreógrafo Hofesh Shechter.

*A pesquisa bear me irá desenvolver-se a longo prazo num solo com o mesmo nome a estrear nos dias 24 & 25 de Abril de 2014 no Teatro do Campo Alegre, no Ciclo Palcos Instáveis, no contexto de artista associado à Companhia Instável.

Sobre a Worshop orientado por Mala Kline: “PRESENCING + DREAMWORK”“This movement-oriented work trains your ability to be and create in the present and to consciously and intentionally work with your presence through your body and imagination in relation to space.The work consists of:- Becoming aware of and releasing tensions in your body to make your body more available and open for the work with your imagination- Work on embodiment based on your inner imagery to develop specific kinds of presence and imaginary bodies- Developing movement vocabulary of specific imaginary embodiments- Exploring the relation of the body and space and within this the difference between real space as architecture and imaginary place as a possible fictive space within the real space- Practicing to shift your attention between in and out, self and the other, body and space - Practicing improvisation and real-time composition within the framework of a specific (dream) score”

Bird Award (Zlata Ptica), Triton Award (Povodni Moz) e recentemente o Award of Ksenja Hribar para coreografia.Entre 1993 3 2002 foi intérprete de En-Knap (Companhia Eslovena de Iztok Kovač) e em 1999 e 2006/07 foi ainda intérprete de Wim Vandekeybus/ Ultima Vez em Inasmuch as life is borrowed e Spiegel.

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Pesquisa # 3 de Pedro RosaMicrocosmos

Datas | 24 a 28 de Março de 2014 com Jared Gradinger, Pedro Rosa e Ghuna X & 31

de Março a 4 de Abril de 2014 apenas com Pedro Rosa e Ghuna X

Artista convidado | Jared Gradinger (USA/ DE)

Formato10:00-11:30 | Aula orientada por Jared Gradinger para toda a companhia e aberta ao público11:30-13:00 & 14:00-18:00 | Pesquisa orientada por Jared Gradinger e Pedro Rosa para toda a companhia e aberta ao público, com a participação de Pedro Augusto/ Ghuna X (música)Localização: Antigo Matadouro Municipal de Santa Maria da Feira

Workshop: aberto a toda a comunidade artística orientado por Jared GradingerSábado, 22 de Março de 2014das11:00 às 13:00 e das 14:00 às 17:00Localização: Mala Voadora - Porto

Este laboratório centra-se no cruzamento de uma pes-quisa sonora e física, onde a noção de microcosmos (ou a intensidade das micro-escalas) serve de mote para uma exploração de universos invisíveis. Através de processos de ampliação, amplificação, escala, relação, as pesquisas com os corpos sonoros e humanos iram alimentar-se mu-tuamente, produzindo e dando visibilidade a processos microscópicos que normalmente escapam ao nosso cam-po de percepção/acção quotidiano. Desta forma a pesquisa aproxima-se de uma poética que ligue as dimensões inti-mas, interpessoais, sociais do ser humano e as suas ligações ao tempo, ao espaço e a outros ecossistemas silenciosos que o envolvem. Os corpos e o som serão as lentes de po-derosos microscópios, gerando turbilhões amplificados a partir dos elementos e fenómenos (quase) invisíveis do real. Microcosmos pretende iniciar uma pesquisa pro-funda e multidisciplinar. Neste sentido procurei colaboradores artísticos com quem não tivesse colaborado no passado mas cujo trabalho artístico que desenvolvem valorizasse essa vertente experimental aprofundada, que procura abordar noções fundamentais relacionadas com o interior, a inteligência e o sentido do corpo. Desta forma, o trabalho de Jared Gradinger (que trabalha frequentemente em dupla com Angela Schubot) destaca-se de forma singular pela frescura e intensidade da sua pesquisa, tão específica e circunscrita como aberta e reve-ladora. Colaborando regularmente com artistas de outras áreas, esta dupla tem revelado grande sensibilidade e audácia na exploração de um vocabulário pessoal e no desenvolvimento de um universo criativo extremamente estimulante. No campo da experimentação sonora também o trabalho de Pedro Augusto aka Ghuna X se tem evidenciado nos últimos anos. Explorando uma linguagem de cruzamentos na música electrónica, tem vindo a desenvolver vários projectos ligados às artes performativas, tendo colaborado com criadores como João Galante e Ana Borralho, Joclécio Azevedo e Vera Mota. Ao convidar este artistas para este projecto de pesquisa pretendo que trabalhemos de uma forma horizontal enquanto pares, procurando através do cruzamento das diversas ex-periências e práticas artísticas explorar várias perspectivas sobre as temáticas abordadas e tornando este processo artisticamente enriquecedor para todos os intervenientes. – Pedro Rosa

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Sobre o workshop orientado por Jared Gradinger

On becoming XExistem inúmeras formas de existir com o outro se partirmos do principio que o nosso corpo não termina na nossa pela.Partindo da prática artística que desenvolvo em colaboração com Angela Schubot, e que se centra numa fisicalidade intensa que negoceia constantemente com um discurso filosófico e muitas vezes até esotérico, proponho a exploração de diferentes pos-sibilidades de interação física, diferentes formas de coexistência. Neste workshop utilizaremos a respiração como uma força unificadora, o processo central do dueto “What they are instead of ”, para criar a base da exploração que nos permita encontra outras possibilidades de interagir, de habitar e de viver o corpo de uma forma permeável e mutante.

JARED GRADINGER (USA/DE) – Performer, Coreógrafo.Jared é um performer, criador e curador sediado em Berlim desde 2002. É um dos membros fundadores da companhia Constanza Macras/Dorky Park. Em 2006 co-meçou a colaborar com Pictoplasma, criando diversas performances e intervenções para os seus festivais e exposições. Em 2008 iniciou a sua relação enquanto curador com Les Grandes Traversees, em Bourdeus, criando o festival em 3 partes How Do You Are. Em 2008 iniciou uma colaboração de longa duração com Jeremy Wade. Desde 2009 tem desenvolvido consistentemente o seu trabalho artístico em parceria com Angela Schubot. Juntos criaram desde então 4 performances de longa duração que continuam a circular internacionalmente, tendo já passado por numerosos festivais como o ImpulsTanz Viena, o Tanz im August Berlim ou o Jose Limon Festival México. Recentemente o prestigiado teatro Hebbel am Ufer, em Berlim, programou uma retrospectiva do seu trabalho.O ponto central da sua pesquisa é o esbatimento das fronteiras do corpo, que pro-curam colapsar através de uma união incondicional dos corpos geradora de uma nova identidade compósita, que ultrapassa os limites de cada indivíduo.Jared trabalhou também com William Forsythe, Meg Stuart, Margret Sara Gudjonsdottir, Jill Emerson, John Zorn entre outros.

PEDRO ROSA (Horta - PT, 1983) – Coreógrafo, Intérprete, Formador.Estudou dança no Balleteatro e licenciou-se em Dança/Coreografia na ArtEZ School of Dance, em Arnhem, na Holanda. Dançou em peças de Né Barros, Victor Hugo Pontes, David Brandstaeter e Malgven Gerbes, Joclécio Azevedo, Katharina Horn e Simone Truong, entre outros. Como coreógrafo criou “88888”, “New Bodies for Invisible People”, “Do outro lado espera a sombra” (Prémio LABJOVEM 2009) e “Hyper Nova Utopic Empire”, uma performance transdisciplinar inspirada no conceito de ficção científica. Em 2013 dirigiu “A Construção”, um projeto de dança na comunidade do Ballet Contemporâneo do Norte com reclusas do Estabelecimento Prisional Especial de Santa Cruz do Bispo. Desde 2008 colabora proximamente com o Balleteatro, tendo leccionado nos cursos profissionais de Dança e Teatro, assim como no Serviço Educativo. Foi também Artista Associado do Balleteatro em 2009 e 2011. Em 2012 foi bolseiro da Gulbenkian no programa DanceWEB em Viena, Áustria. Em 2013 integrou a equipa artística do Ballet Contemporâneo do Norte.Em 2014 irá estrear PLAY GAME, um projeto de performance interativa e escrita não-linear para smartphone, criado em colaboração com o dramaturgo Jorge Palinhos.

PEDRO AUGUSTO/GHUNA X Pedro Augusto, Leiria 1983. Tem desenvolvido actividades regular nas áreas da música electrónica (performativa), sonoplastia e produção (mistura e masterização), sob o alter-ego de Ghuna X. Já trabalhou com artistas e entidades nos mais diversos contextos, revelando uma faceta altamente versá-til e sempre experimental. Colaborou com Black Bombaim, Ana Deus, Alexandre Soares, Jonathan Saldanha, Vera Mota, Nuno Moura, Henrique Fernandes, etc., em diversos concertos e edições fo-nográficas. Desenvolveu bandas sonoras originais para espetáculos da Marionet, de Ana Borralho & João Galante, Joclécio Azevedo, etc., e cinema.

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Pesquisa # 4 de Andreas DyrdalIn Natura

Datas | 17 a 23 de Junho de 2014 com Robert Clark e Andreas Dyrdal & 24 a 26 de Junho de 2014 apenas com Andreas Dyrdal

Artista convidado | Robert Clark (UK)

Formato10:00-13:00 | Pesquisa orientada por Robert Clark para toda a companhia e aberta a comunidade artística

14:00-18:00 | Pesquisa com Robert Clark e Andreas DyrdalNota: reservado aos criadores.

Localização: Antigo Matadouro Municipal de Santa Maria da Feira

Workshop: aberto a toda a comunidade artísticaDomingo, 22 de Junho de 2014 - 11:00 às 13:00 e 14:00 às 17:00Localização: Mala Voadora - Porto

In Natura” (latin for: nature) is a phrase used within science to describe processes where test-objects are subjected to conditions present in a non-laboratory environment, subjecting the test-objects to forces that cannot be controlled, expected or pre-anticipated”.

We will in this research consider the relation between the making of dance and movement, and the environments they are made in. If we were to consider a majority of dance making in scientific terms, along the lines of statement above, could the test-object of dance hypothetically be read as the dancer, the movement and/or the idea? and the “in natura”-environment as anything but the stage or the studio?

If all we’d have to do was to move our ideas/dancers/movements out of the studio to subject them to “in natura”-conditions, then how exactly is the studio our controlled laboratory? And how far do we have to go to reach the “in natura”-environment? Where is it? And where is nor? What if it’s exactly vice versa? What if the studio in the first place is the “in natura”-environment? Then where is our laboratory of dance?_____

“Robert Clark e eu, conhecemo-nos desde Londres onde ambos estudámos entre 2000 e 2003 na Laban Center London. Desde logo tornamo-nos os dois conscientes das ferramentas complementares que ambos utilizamos quando abordamos uma ideia o que nos levou a reunir durante vários anos e tornando-se muito importante no meu desenvolvimento como artista. Robert Clark é alguém que alimenta a minha pesquisa, desafiando tanto a abordagem física como conceptual do meu próprio trabalho. Ele entra no trabalho sem qualquer preconceito e como tal, reconheço a sua colaboração como algo de grande valor para o meu desenvolvimento.” – Andreas Dyrdal

Sobre o workshop orientado por Robert Clark: The Sensitisation Dance“This workshop focuses on the process of re-acquainting ourselves with the body as a site for being and feeling; sensitizing ourselves to what the body in action or movement means to others and how we can access and use that meaning. Work-ing with the sensations that arise from our body and by appropriating some of the methodology used by actors, we will work to include ‘the emotional’ as a layer of information that is integral to the process of creating movement, rather than attempting to abstract and distance ourselves from this as we dance.

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ROBERT CLARK (UK)Como coreógrafo, Robert procura estender o seu interesse colaborativo através do foco nos processos de comunicação com um estilo indefinido. Com a sua equipa, trabalha a partir de um ponto de partida conceptual e por um mé-todo que melhor expressa esta exploração de estudo direto e metáfora. Em 2013, Robert foi escolhido para ser Work Place artist at The Place, Londres, tornando-se um Artista Residente na Greenwich Dance Agency no ano an-terior. O seu desenvolvimento coreográfico é apoiado pelo Escalator Dance programa no Este da Inglaterra. Em 2003, Robert recebeu o prémio Simone Michelle Choreography Award e no ano seguinte o Dance U.K Choreographic Observership para trabalhar com a coreógrafa Siobhan Davies. Recentemente, foi convidado a coreografar para o SEAD (Salzburg Experimental Academy of Dance) 2013-14, London Contemporary Dance School (2012), University of Bedfordshire (2012) e Beyond Front@ uma colaboração europeia que esta atualmente em digressão até 2014. O seu trabalho tem vindo a ser apresentado em festivais, tais como, Nottdance, Springloaded, Pulse, Front@, Tanztage e Bmotion entre outros. Como intérprete, Robert trabalhou com Soit/Hans van der Broek, Sasha Waltz and guests, Charles Linehan, Vincent Dance Theatre e Cie Felix Ruckert entre outros. Robert iniciou os seus estudos na Trinity Laban, Londres Ba (hons), antes de os completar na London Contemporary Dance School com a companhia Edge.

ANDREAS DYRDAL (NO/PT)Iniciou seus estudos de dança contemporânea com 18 anos na escola de dança local. Completou a sua formação profissional em dança contemporânea entre 2000-2004 no Laban, em Londres, onde foi agraciado com o Prêmio Simone Michelle para o seu portfólio coreográfico. Em 2003/2004 dançou para a companhia da escola - Transitions Dance Company. Após a sua formação, Andreas Dyrdal apresentou a sua primeira criação profissional “this is where you end and I begin” em Fevereiro de 2005, no Festival Resolution! no Robin Howard Theatre, em Londres. Em março do mesmo ano, passou cinco meses em Portugal a convite de Miguel Pereira, como intérprete de “Corpo de Baile”. Em Portugal, dirigiu e apresentou um total de 7 obras para o palco e 4 intervenções, incluindo o projeto transdisciplinar eDGe, em colaboração com as artistas digitais Tiago Dionísio e Rudolfo Quintas, em 2007, e a comissão artística “ponto amarelo em fundo preto (com observador)” para o Ballet Contemporâneo Do Norte em

2011. A sua obra mais conhecida “Knowing/Andreas” foi criada em 2007 tendo sido apresentada em vários teatros e festivais em Portugal e no estrangeiro.Como intérprete, tem trabalhado em vários projetos performativos incluindo, entre outros, obras de Miguel Pereira, Ana Borralho & João Galante, Performance Ilho Media, Né Barros, Azevedo Joclécio, Joana Providência, Ballet Contemporâneo Do Norte, Pedro Rosa e Teatro Experimental do Porto (Cláudio Silva). Tem também sido assistente de Miguel Pereira em diversas criações no período de 2007-2009. Em 2008 Andreas Dyrdal recebeu a prestigiada bolsa DanceWebEurope durante o Impulstanz em Viena. Andreas Dyrdal vive e trabalha entre Bergen/Noruega e Porto/Portugal, trabalhando extensivamente como professor de dança, dando aulas para profissionais e estudantes de dança, além de seu trabalho como criador/intérprete. Está envolvido em organização de atividades para os artistas profissionais de dança do Porto, e é membro no conselho de programação do Cornerteateret na Noruega.

The research “In Natura” is part of the larger project “Notes on Nature” by Andreas Dyrdal to be premiered in Bergen, Norway, autumn of 2014.

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DATAS PROJETOS DE PESQUISA CONQUERING THE STUDIO: A TIME FOR RESEARCH

Pesquisa # 1 de Joana von Mayer Trindade | Nameless NaturesArtista convidada | Lee Meir (Alemanha/ Israel)Datas | 3 a 13 de Fevereiro de 2014 (de 2ª a 6ª)Horário da pesquisa aberta ao público10:00 – 13:00 | Pesquisa orientada por Lee MeirLocalização: Antigo Matadouro Municipal de Santa Maria da Feira

Workshop: aberto a toda a comunidade artística orientado por Lee MeirSábado, 8 de Fevereiro de 2014 – 11:00 às 13:00 e 14:00 às 17:00Localização:Mala Voadora - Porto

Pesquisa # 2 de Cristina Planas Leitão | bear meArtista convidada | Mala Kline (Eslovénia/ Bruxelas)Datas | 17 a 21 de Fevereiro de 2014Horário da pesquisa aberta ao público10:00 – 13:00 | Pesquisa orientada por Mala KlineLocalização: Antigo Matadouro Municipal de Santa Maria da Feira

Workshop: aberto a toda a comunidade artística orientado por Mala KlineSábado, 22 de Fevereiro de 2014 - 11:00 às 13:00 e 14:00 às 17:00Localização: Mala Voadora - Porto

Pesquisa # 3 de Pedro Rosa | MicrocosmosArtista convidado | Jared Gradinger (Estados Unidos da América / Alemanha)Datas | 24 a 28 de Março de 2014 com Jared Gradinger, Pedro Rosa e Ghuna X & 31 de Março a 4 de Abril de 2014 apenas com Pedro Rosa e Ghuna XHorário da pesquisa aberta ao público10:00-11:30 | Aula orientada por Jared Gradinger para toda a companhia e aberta ao público11:30-13:00 & 14:00-18:00 | Pesquisa orientada por Jared Gradinger e Pedro Rosa para toda a companhia e aberta ao público, com a participação de Pedro Augusto/ Ghuna X (música)Localização: Antigo Matadouro Municipal de Santa Maria da Feira

Workshop aberto a toda a comunidade artística orientado por Jared GradingerSábado, 22 de Março de 2014 – das 11:00 às 13:00 e das 14:00 às 17:00Localização: Mala Voadora - Porto

Pesquisa # 4 de Andreas Dyrdal | In NaturaArtista convidado | Robert Clark (Reino Unido)Datas | 17 a 23 de Junho de 2014 com Robert Clark e Andreas Dyrdal & 24 a 26 de Junho de 2014 apenas com Andreas DyrdalHorário da pesquisa aberta ao público10:00-13:00 | Pesquisa orientada por Robert Clark para toda a companhia e aberta a comunidade artística Localização: Antigo Matadouro Municipal de Santa Maria da Feira

Workshop aberto a toda a comunidade artística orientado por Robert ClarkDomingo, 22 de Junho de 2014 - 11:00 às 13:00 e 14:00 às 17:00

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CUSTOS DE PARTICIPAÇÃO • Participação nas pesquisas diárias 10:00-13:00 = 9€ cada sessão• Participação nas pesquisas diárias 14:00-18:00 = 9€ cada sessão• Workshop orientado por cada artista convidado (11:00-17:00) = 20€

• Participação nas pesquisas diárias 10:00-13:00 ou 14:00-18:00 = 6€ cada sessão para compradores do cartão de aulas do bcn (cada cartão corresponde a 10 aulas na companhia, sendo que para estre projeto, serão carimbadas duas aulas por sessão) Custo de 1 cartão de 10 aulas regulares = 30€

INSCRIÇÕESA inscrição deverá ser efetuada através do email [email protected] através do envio de comprovativo de transferência bancária.Nota: vagas para inscrições limitadas à lotação do espaço.

MÉTODO DE PAGAMENTOO pagamento deverá ser efetuado por transferência bancária para o seguinte NIB:NIB: 0033 0000 0011 9136 2740 5

LOCALIZAÇÃO & MAPAS:Antigo Matadouro Municipal de Santa Maria da Feira - Rua Joana Forjaz Pereira, Santa Maria da Feira.Mala Voadora – Rua do Almada, Porto

CONTACTOS:+351 936 222 978+351 220 102 [email protected]

BALLET CONTEMPORÂNEO DO NORTEFormado em 1995, o BCN tem vindo a desenvolver uma extensa atividade na área da Dança Contemporânea. O Ballet Contemporâneo do Norte é um lugar de criação e experimentação, diálogo e discussão, intercâmbio de ideias e saber, tendo sempre como pano de fundo a Arte em geral e a Dança em particular. O Ballet Contemporâneo do Norte desde 2007 reside em Santa-Maria da Feira com o apoio do Município local e da Feira Viva E.M. Em 2013 começou com uma nova equipa na expectativa de dar mais um salto na sua carreira, encetando um novo ciclo na sua vida.

BALLET CONTEMPORÂNEO DO NORTEDirecção artística: Susana OteroIntérpretes: André Mendes, Bruno Senune, Camila Neves, Flávio Rodrigues e Susana OteroProdução executiva: Joana FerreiraGestão executiva: Mauro RodriguesCoordenação técnica: João TeixeiraDesign: Eduardo Ferreira

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