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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE ITUVERAVA
FACULDADE DE FILOSOFIA CIÊNCIAS E LETRAS
Aluízio Lima Fernandes
Cristiano Gomes Da Silva
Diego Vieira Calzada
Júlio Cesar Araújo
Kaio Cesar Vicente Vieira
Luciano Freire Lopes
Vinicius Manochio Da Silva
Wallan Dias Esbrólia De Assis
DESENVOLVIMENTO DE UMA CÉLULA ELETROQUÍMICA DE
DESPRENDIMENTO DE HIDROGÊNIO (H2) EM MEIO AQUOSO PARA
ALIMENTAR UM MOTOR DO TIPO CICLO OTTO.
ITUVERAVA
2018
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ALUÍZIO LIMA FERNANDES
CRISTIANO GOMES DA SILVA
DIEGO VIEIRA CALZADA
JULIO CESAR ARAUJO
KAIO CESAR VICENTE VIEIRA
LUCIANO FREIRE LOPES
VINICIUS MANOCHIO DA SILVA
WALLAN DIAS ESBROLIA DE ASSIS
DESENVOLVIMENTO DE UMA CÉLULA ELETROQUÍMICA DE
DESPRENDIMENTO DE HIDROGÊNIO (H2) EM MEIO AQUOSO PARA
ALIMENTAR UM MOTOR DO TIPO CICLO OTTO.
Trabalho de conclusão de curso apresentado à
Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de
Ituverava, para obtenção do título de Bacharel
em Engenharia Mecânica.
Orientadora: Dr. Raul S. Figueiredo
ITUVERAVA
2018
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ALUÍZIO LIMA FERNANDES
CRISTIANO GOMES DA SILVA
DIEGO VIEIRA CALZADA
JULIO CESAR ARAUJO
KAIO CESAR VICENTE VIEIRA
LUCIANO FREIRE LOPES
VINICIUS MANOCHIO DA SILVA
WALLAN DIAS ESBROLIA DE ASSIS
DESENVOLVIMENTO DE UMA CÉLULA ELETROQUÍMICA DE
DESPRENDIMENTO DE HIDROGÊNIO (H2) EM MEIO AQUOSO PARA
ALIMENTAR UM MOTOR DO TIPO CICLO OTTO.
Trabalho de conclusão de curso apresentado à
Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de
Ituverava, para obtenção do título de bacharel
em Engenharia Mecânica.
Ituverava, _____/_____/_____
ORIENTADOR(a): _________________________________________________
Dr. Raul S. Figueiredo
EXAMINADOR(a):_________________________________________________
Msc. Rodrigo Ricardo
EXAMINADOR(a)_________________________________________________
Msc. Ciro Sergio Abe
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AGRADECIMENTOS
Agradecemos primeiramente a Deus, por nos acompanhar a cada minuto nesta nossa
jornada, dando-nos forças para superação de cada limite imposto nas dificuldades enfrentadas.
À Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ituverava, sua Direção e administração
pela oportunidade de realizarmos o curso.
Ao nosso orientador Prof. Pós Doutor Raul S. Figueiredo, pelo suporte, orientação,
apoio e confiança.
Aos nossos pais, por todo o incentivo, dedicação e carinho.
A todos os professores, por nos proporcionarem о conhecimento necessário para esta
nossa nova empreitada e pela dedicação e paciência com cada um de nós.
Em especial ao Sr. Josué, pela sabedoria e auxílio para o desenvolvimento e conclusão
deste projeto idealizado.
E a todos que direta ou indiretamente fizeram parte da nossa formação, nosso sincero
obrigado.
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“A tarefa não é tanto ver aquilo que ninguém viu, mas
pensar o que ninguém ainda pensou sobre aquilo que todo
mundo vê.”
(Arthur Schopenhauer)
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RESUMO
Este trabalho teve o objetivo de desenvolver e construir uma célula eletroquímica para
desprendimento de hidrogênio em seu estado gasoso para alimentação de um motor a
combustão, ciclo Otto de quatro tempos. Para a geração do gás H2 foi utilizado como
eletrólito um composto de KOH (hidróxido de potássio) para o processo de eletrólise. A
estrutura da célula foi confeccionada em aço carbono 1045, funcionando como um cátodo e
no interior da tampa de vedação, hastes e arruelas em aço inoxidável, funcionando com
ânodo. Com a injeção do gás H2 com a gasolina, foi adotado como parâmetro o tempo de
consumo de uma determinada quantidade de combustível em cinco testes distintos, com
inserção só de gasolina e gasolina e gás H2. Com os resultados, foi permitido avaliar uma
melhor eficiência ao funcionamento do motor com a inserção H2, além de uma melhora na
temperatura dos componentes do motor. Com estes resultados, o gás H2 demonstra a
capacidade de melhorar e diminuir o consumo de combustíveis fósseis tão comumente
utilizados.
Palavras Chave: Hidrogênio. Ciclo Otto. Gás H2. Eletrólito. Cátodo. Ânodo.
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SUMMARY
This work had the objective of developing and constructing an electrochemical cell for the
evolution of hydrogen in its gaseous state to feed a combustion engine, Otto cycle of four
times. For the generation of H2 gas, a KOH (potassium hydroxide) compound was used as the
electrolyte for the electrolysis process. The cell structure was made of carbon steel 1045,
functioning as a cathode and inside the sealing cap, stainless steel rods and washers, working
with anode. With the injection of H2 gas with gasoline, the time of consumption of a certain
amount of fuel in 05 different tests was adopted as parameter, with insertion only of gasoline
and gasoline and H2 gas. With the results, it was possible to evaluate a better efficiency in the
operation of the engine with the H2 insert, in addition to an improvement in the temperature
of the engine components. With these results, the H2 gas demonstrates the ability to improve
and reduce the consumption of fossil fuels so commonly used.
Keywords: Hydrogen. Otto Cycle. H2 Gas. Electrolyte. Cathode. Anode.
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1-Motor antes e depois da retifica. .............................................................................. 28
Tabela 2- Tabela com dados dos testes.................................................................................... 33
Tabela 3- Tabela de Temperaturas .......................................................................................... 33
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1-Processo de Eletrólise. Fonte: Site Portal São Francisco, 2018 ............................... 17
Figura 2- Vista um alternador por partes. Fonte: Blog Mix Auto 2018 .................................. 21
Figura 3- Motor tipo Otto para a injeção do gás Hidrogênio. Fonte: Os Autores ................... 23
Figura 4- Seringa utilizada. Fonte: Os autores ........................................................................ 23
Figura 5- Célula eletroquímica. Fonte: Os Autores ................................................................ 24
Figura 6- Bateria utilizada. Fonte: Os Autores ........................................................................ 24
Figura 7- Alternador utilizado.Fonte: Os Autores ................................................................... 25
Figura 8- Abraçadeira com parafuso utilizada. Fonte: Os Autores ......................................... 25
Figura 9- Válvula tecalon utilizada. Fonte: Os autores ........................................................... 26
Figura 10- Nível utilizado. Fonte: Os Autores ........................................................................ 26
Figura 11- Borbulhador utilizado. Fonte: Os autores ............................................................. 27
Figura 12- Termômetro digital utilizado. Fonte: Os Autores .................................................. 28
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 11
1 OBJETIVO GERAL .......................................................................................................... 14
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .......................................................................................... 15
2.1 Eletrólise ........................................................................................................................... 15
2.2 Leis da Eletrólise .............................................................................................................. 15
2.3 Tipos de Eletrólise ........................................................................................................... 16
2.3.1 Eletrólise Ígnea .............................................................................................................. 16
2.3.2 Eletrólise aquosa ............................................................................................................ 16
2.4 Células Eletroquímicas..................................................................................................... 17
2.5 Motor a combustão interna ............................................................................................. 18
2.6 Carburador ....................................................................................................................... 19
2.5 Alternador ........................................................................................................................ 20
2.6 Bateria .............................................................................................................................. 21
2.7 Razão estequiométrica .................................................................................................... 22
3 MATERIAL E MÉTODO ................................................................................................. 23
3.1 A Célula ............................................................................................................................ 29
3.2 Cálculos utilizados no teste ............................................................................................. 30
3.3 Metodologia Aplicada ...................................................................................................... 32
CONCLUSÃO ......................................................................................................................... 34
APÊNDICE I ........................................................................................................................... 37
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11
INTRODUÇÃO
O desenvolvimento tecnológico caminhou de forma aceitável e rápida, causando um
grande impacto na quantidade de energia exigida para todos os aparatos tecnológicos. A
aceitação destes produtos tem movimentado as fornecedoras de energia elétrica de modo a
garantir a energia necessária e aproveitar das diferentes maneiras de sua obtenção
(GOLDEMBERG. J, 2000).
Várias maneiras são descritas na literatura como alternativas de obtenção da energia
elétrica e mecânica. A energia elétrica pode ser obtida através do movimento de um motor
elétrico possuidor de um eixo no sentido radial. Ao eixo do motor, pode se utilizar de
mecanismos capazes de absorver as energias mecânicas: vento, mares, máquinas térmicas,
hídricas etc. (DUPONT; GRASSI; ROMITI, 2015).
De maneira que o eixo absorva a energia mecânica exercida pelas diferentes fontes
energéticas, o mecanismo impulsiona o “motor elétrico” fornecendo movimento. Com a
rotação do eixo preso ao motor, o campo magnético, gerado pelo material ferroso magnético
do eixo, propicia o movimento dos elétrons no material metálico de boa condutividade
elétrica (cobre), que se encontra envolto do eixo e a uma distância mínima gerando a corrente
elétrica (FARIAS; SELLITTO, 2011, p. 4).
Outra alternativa é a energia elétrica e ou térmica gerar energia mecânica. Utilizando o
sistema inverso da geração de corrente elétrica, a mesma pode ser utilizada para geração de
energia mecânica. A dificuldade das transformações energéticas, porém está na ineficiência
do sistema e na dificuldade do aproveitamento máximo da combustão dos combustíveis.
Os combustíveis possuem classificações, conforme descreve (DIAS, 201-):
1o) Sólido: Combustível que é utilizado, por exemplo, em motores de combustão
externa, na forma de um pó bastante fino. Alguns exemplos de combustíveis sólidos
são a madeira e o carvão;
2o) Líquidos: Combustíveis ideais, por exemplo, para o uso em motores de
combustão interna. Boa parte dos combustíveis nesse estado físico é obtida a partir
da destilação do petróleo. Alguns exemplos são:
Álcool; Gasolina; Óleo diesel
3o) Gasosos: São combustíveis utilizados em câmaras internas, por exemplo.
Geralmente são misturas de duas ou mais substâncias gasosas. Alguns exemplos são:
Metano; Hidrogênio; Gás natural
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12
Estes combustíveis sofrem uma reação conhecida como Combustão e liberam energia.
Combustão é uma reação química exotérmica entre uma substância (o combustível) e um gás
(o comburente), geralmente o oxigênio, que, por sua vez, libera calor, água e gases. Durante a
reação de combustão, são formados diversos produtos resultantes da combinação dos átomos
dos reagentes.
O Calor é aproveitado devido à expansão dos gases que se encontram em um sistema
fechado, assim sendo há o aumento da pressão, essa mudança física e química transfere
energia para as paredes do sistema podendo ser aproveitada. Essa energia é absorvida na
forma de movimento pelo sistema móvel transformando energia térmica em energia mecânica
(MONTICELLI; GARCIA, 1999).
Dos diferentes tipos de combustíveis, os mais utilizados para nos automóveis, por
exemplo, são os líquidos e gasosos.
Os combustíveis líquidos são consolidados devido à sua produção em larga escala,
fácil armazenamento e as reações são de fácil controle. Os combustíveis líquidos mais
utilizados em transportes terrestres são o Diesel, Gasolina e Etanol (DIONYSIO;
MEIRELLES, 2010).
Os gasosos têm sido utilizados em pequena escala, devido, a competitividade de sua
utilização, difícil armazenamento e as reações são de difícil controle quando se iniciam,
podendo causar danos irreparáveis.
Os combustíveis são constituídos, sobretudo de hidrogênio e carbono na sua base
molecular. Combustíveis contendo mais átomos de H2 podem ser melhores aproveitados
devido ao maior poder calorífico do H2 aproximadamente de 28700 Kcal/kg enquanto o
carbono é de 8140 Kcal/kg, por isso, quanto mais rico em hidrogênio for o combustível, maior
será o seu poder calorífico (SOUZA, 1999). Diante destes fatos, entende-se que o H2 é um
combustível muito promissor e versátil. Abundante nas moléculas da água, este pode ser
aproveitado como fonte de energia. A limitação deste gás está no seu armazenamento. Devido
a baixa densidade, volatilidade, alta inflamabilidade e tamanho atômico, este se torna um
combustível de extrema complexidade e de difícil utilização como meio de geração de energia
mecânica através da combustão. Assim sendo, uma alternativa é utilizá-lo e produzi-lo in situ
pela decomposição de uma solução aquosa e este já ser direcionado para as câmaras de
combustão, sem prévio armazenamento.
Utilizando uma solução aquosa contento cátions e aníons para diminuir a queda
ôhmica do sistema, a solução pode ser eletrolisada a uma corrente constante o qual no anodo
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ocorrerá o desprendimento do gás Oxigênio (O2) e no catodo o desprendimento do gás
hidrogênio(H2), de acordo com a reação 1:
2H2O + e = 2H2 + O2 (1)
Levando em conta que a reação de combustão do H2 tem como produto H2O (reação
2), esse combustível torna-se promissor e objetivo desse estudo.
2H2 + O2 = 2H2O (2)
Motores do tipo Otto podem ser facilmente adaptados para receber combustíveis
gasosos, como o H2.
O combustível gasoso produzido in situ garante uma alimentação segura e contínua
sem muita adaptação de cilindros e tubulações para o combustível gasoso.
A geração do H2 pode ser realizada em Células eletroquímicas que serão instaladas
próximo ao motor. Por serem versáteis nas configurações, as células poderão ser fixadas em
qualquer espaço da região frontal do veículo, garantido uma proximidade do sistema gerador
de H2 (célula) e consumidor de H2 (Motor).
A célula é constituída de dois compartimentos, nos quais as reações ocorrem no
anodo, que pode ser um eletrodo do tipo DSA ou material inoxidável e no catodo que, neste
caso, tem propriedades inoxidáveis, favorecendo a reação de redução da água devido à
presença do Ni contido em sua composição.
A alimentação dos combustíveis é realizada utilizando o sistema original do motor,
com um pequeno orifício para a entrada do gás H2 no coletor. A câmara de combustão é
alimentada pelo combustível liquido e o gasoso de forma simultânea, aumentando-se a
proporção do combustível gasoso aos poucos para acompanhar o desempenho do motor.
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14
1 OBJETIVO GERAL
A proposta deste trabalho consiste em realizar o funcionamento de um motor de ciclo
Otto, utilizando como combustíveis a gasolina e o hidrogênio gerado in situ utilizando uma
célula eletroquímica.
Após os testes do motor, o mesmo será acoplado ao veículo e testado de maneira a
alcançar o máximo rendimento e maior autonomia de combustível, revelando assim a melhor
proporção dos combustíveis.
Vislumbra-se uma autonomia 30% maior utilizando o hidrogênio neste sistema, ou
seja, o automóvel que antes oferecia 10 km por litro de gasolina, agora oferecerá 13 km por
litro gasolina/hidrogênio.
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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 Eletrólise
Segundo o site Toda Matéria (1999), o processo de eletrólise parte da dispersão de
uma corrente elétrica que percorre a solução aquosa envolvida, proporcionando uma reação
química não espontânea, ocasionando em uma reação de oxirredução proveniente de uma
fonte de energia como um gerador elétrico.
Para o processo em si acontecer, a corrente envolvida deve ser corrente contínua (CC)
e com uma voltagem de alimentação correlata.
Com a aplicação da corrente elétrica, ocorre um processo químico, onde os íons
presentes na solução aquosa conduzem a corrente elétrica.
Grandes indústrias de produção de metais como Alumínio, Cobre eletrolítico e
Químicas para obtenção de Soda cáustica, Cloro e Gás flúor utilizam-se de processos
eletrolíticos.
2.2 Leis da Eletrólise
Segundo o físico e químico inglês Michael Faraday (1791-1867), em seu livro
constante de Faraday, a eletrólise é baseada em duas leis, e a primeira Lei tem o seguinte
enunciado: “A massa de um elemento, depositada durante o processo de eletrólise, é
diretamente proporcional à quantidade de eletricidade que atravessa a célula eletrolítica”.
Q = i . t
Onde:
Q: carga elétrica (C)
i: intensidade da corrente elétrica (A)
t: intervalo de tempo da passagem da corrente elétrica (s)
Já a segunda Lei da Eletrólise diz o seguinte: “As massas de vários elementos, quando
depositadas durante a eletrólise pela mesma quantidade de eletricidade são diretamente
proporcionais aos respectivos equivalentes químicos”.
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16
M = K . E
Onde:
M: massa da substância
K: constante de proporcionalidade
E: equivalente-grama da substância
2.3 Tipos de Eletrólise
2.3.1 Eletrólise Ígnea
A eletrólise ígnea consiste na fusão de um sal metálico. A cuba de fusão pode ser
utilizada como anodo e um eletrodo de um metal inerte pode ser usado como catodo. Ao
aplicar a CC no sal metálico fundido, o metal presente deposita-se no catodo, podendo
posteriormente ser lingotado. Este é um tipo de reação bastante utilizada pela indústria,
destacando-se na produção de metais como, por exemplo, o alumínio a partir da bauxita.
2.3.2 Eletrólise aquosa
Segundo o site “Estudo Prático, 2014, Na eletrólise aquosa, a passagem elétrica ocorre
através de um líquido condutor. Nesta forma de eletrólise, somente um dos cátions e um dos
ânions participam da reação. A soda cáustica, o gás hidrogênio e o gás cloro são produzidos
na eletrólise do cloreto de sódio em meio aquoso.
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17
Figura 1- Processo de Eletrólise.
Fonte: Site Portal São Francisco, 2018
2.4 Células Eletroquímicas
As células eletroquímicas são dispositivos capazes de transformar a energia elétrica
em reações químicas. Esse sistema eletroquímico é composto por dois eletrodos, anodo (+) e
catodo (-) e uma solução condutora (eletrólito). Quando os eletrodos estão em meio a solução,
reações químicas podem ser realizadas utilizando a corrente elétrica contínua (CC), que causa
a desestabilização das moléculas, quebrando-as e formando novos produtos. Sabendo que a
movimentação dos elétrons ocorre do anodo para o catodo, é possível direcionar as reações
em sentidos diferentes e, até mesmo, controlá-las.
Os eletrodos são constituídos de materiais bons condutores e resistentes quimicamente
ou não. Quando se desejam apenas reações no eletrólito, os eletrodos participam da reação
apenas como receptores e doadores de elétrons, não alterando as suas características. O
eletrodo negativo (ânodo) é o lado que as reações ocorrem ganhando os elétrons. O catodo,
lado positivo, é o local que as reações ocorrem perdendo elétrons. Tendo um sistema que
ganha e perde elétrons, tem-se assim uma célula eletroquímica. Neste caso, os eletrodos são
inertes quimicamente forçando o eletrólito a reagir, liberando gases em cada face dos
eletrodos. Neste caso a área dos eletrodos será a limitante das reações, podendo, no aumento
da área, melhorar a formação dos produtos nos eletrodos como, por exemplo, os gases H2.
O anodo utilizado é uma DSA de Ti e Ru. O DSA é um filme de Ti e Ru na proporção
de 70/30, que é crescido via decomposição térmica de soluções orgânicas, contento os metais
desejados em uma base metálica. Este eletrodo é encontrado comercialmente e muito utilizado
pela indústria de cloro/soda.
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18
O aço inoxidável é uma alternativa como eletrodo para redução de cátions presentes
nas soluções. O aço é resistente quimicamente e por conter Ni em sua composição pode
favorecer a geração do hidrogênio devido ser considerado um bom catalisador para esse tipo
de reação.
2.5 Motor a combustão interna
Para o site Mundo Educação, 1999: Motores a combustão interna são máquinas
térmicas capazes de transformar a energia química da combustão em térmica e,
consequentemente, em energia mecânica, respeitando os ciclos termodinâmicos.
A combustão por sua vez é definida como “a oxidação rápida de substâncias gerando
uma quantidade de calor e luz”, de acordo com dicionário Webster apud Turns, Sthephen R.
2013.
A combustão interna pode acontecer de duas maneiras diferentes, sendo ela com ou
sem centelha. Como se tratará de um sistema do tipo Otto, neste caso, será exposto apenas
sobre a centelha, pois é o que diz respeito ao motor utilizado no trabalho em questão.
Neste processo está presente o combustível, neste caso o etanol ou a gasolina, o
oxigênio que, por sua vez, atua como comburente. Sob condições de alta pressão e o disparo
da centelha elétrica acontece a explosão desta mistura, que nada mais significa o aumento de
pressão e temperatura que ocasiona expansão do volume interno dos gases, movimentando o
pistão, que gera o trabalho mecânico.
Um grande problema dos motores a combustão é o seu rendimento, considerada a
potência produzida no interior dos cilindros pela potência produzida no eixo ou nas rodas,
neste caso. Parte dessa energia gerada é perdida ao longo deste percurso. Isso acontece por
vários fatores, tais como o atrito, calor, ruído, etc.
Segundo Tillmann 2013 , considera-se que o rendimento de um motor do ciclo tto
com alimentação por gasolina é em média, de 21 a 25 , enquanto o rendimento de um motor
do ciclo Diesel pode atingir mais de 35%.
A energia total desenvolvida pela combustão da gasolina no motor de ciclo Otto
distribui-se do seguinte modo:
32% sob forma de calor gasto pelo sistema de arrefecimento dos cilindros;
35% sob forma de calor retirado pelos gases de escape;
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19
8% sob forma de energia mecânica absorvida pelos atritos internos do motor;
25% sob forma de energia mecânica disponível na extremidade do virabrequim.
Atualmente profissionais da área buscam desenvolver componentes que minimizam
essas perdas e aumente o rendimento do motor em questão.
Um outro problema que existe em motores a combustão é um fator conhecido como
“autoignição”. Esse fenômeno acontece porque parte do combustível não-consumido sofre
reações rápidas de oxidação em diversos pontos, por causa do aumento de temperatura e
pressão, ocasionando uma espécie de ruído metálico, indesejável no motor, conhecido pelos
mecânicos como “batida de pino”. Por outro lado, a autoignição em motores de ciclo Diesel é
vital para seu funcionamento, conforme diz Stephen R. Turns (2013). Todavia não se entrará
neste assunto, pois o objetivo do trabalho é o funcionamento de um motor utilizando o
Hidrogênio como um de seus combustíveis.
Carburador
O carburador é um componente mecânico responsável pela mistura ar/combustível de
um veículo automotor.
Atualmente foi substituído pelo sistema de injeção eletrônica, porém ele já teve seus
dias de glória.
Foi desenvolvido por dois cientistas húngaros Donát Bánki e János Csonka em 1883 e,
desde lá, o carburador passou por uma série de mudanças, visando cada vez mais a melhora
em seu desempenho.
Segundo o site Webmotors, 2008, “ no início, o carburador constituía-se por um tubo
ligado a um pequeno reservatório de combustível, com uma borboleta para regular a
passagem do ar, o qual arrastava o combustível da cuba para dentro do motor.”
O grande problema é que na época em que fora desenvolvido, não havia o suporte da
informática, não existiam sensores ou sequer dispositivos eletrônicos capazes de realizar uma
leitura, por exemplo, da qualidade dos gases de escape para se admitir uma quantidade quase
perfeita de combustível. Toda regulagem deste equipamento era feita por meios manuais,
através de componentes, por exemplo, como os giclês.
Os giclês são o conjunto dos orifícios que dosam a passagem do combustível ou ar,
quando esse vai para a câmara de carburação. Através deles consegue-se controlar a
aceleração e até mesmo o consumo de combustível. Os carburadores possuem vários giclês,
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sendo cada um com sua função, como, por exemplo, os giclês de ar e combustível da marcha
lenta, localizados na parte superior do carburador, também existem o giclê principal, o qual
atua controlando a vazão de combustível da cuba do carburador, entre outros.
Alternador
Segundo o site Industria Hoje, 2014: O alternador tem a função de transformar a
energia mecânica em energia elétrica. O mesmo se dá por indução eletromagnética, na qual o
campo magnético criado permite o movimento dos elétrons, gerando a corrente elétrica pelo
rotor, o que proporciona a corrente alternada. Ao final por completo de cada giro, o ciclo se
repete.
A obra de (PEREIRA, 2012, p.19-20) deixa claro que o alternador é composto por:
Polia: polia tem a função mecânica de transmitir o torque do motor do veículo
para o eixo do rotor por meio da correia.
Mancais: s mancais são responsáveis pela sustentação do eixo do rotor. lém
disso, funcionam como um escudo que protege o sistema interno do alternador
contra a entrada de resíduos e objetos estranhos que poderiam danificá-lo.
Rolamentos: s rolamentos possibilitam ao alternador atingir altas rotaç es sem
que haja ruídos, aquecimento ou desgaste prematuro de seus componentes. s
rolamentos são indispensáveis para o bom funcionamento do alternador.
Rotor: no rotor que começa o processo de produção de energia elétrica.
Construído sobre um eixo de aço, possui em seu interior uma bobina de cobre fixada
em seu eixo. No momento em que a chave de ignição é ligada, o rotor, por meio do
coletor, recebe da bateria uma corrente elétrica. Essa corrente, por sua vez, produz o
campo magnético que é potencializado pela construção das garras polares de aço.
Este campo magnético é que induzirá a produção de corrente elétrica no estator.
quantidade de voltas e o diâmetro dos fios da bobina definem a pot ncia que varia
de acordo com a necessidade de corrente elétrica de cada aplicação.
Estator: No estator é produzida a energia elétrica necessária ao funcionamento do
veículo. s bobinas de fios de cobre são fixadas sobre um n cleo constituído de aço.
corrente elétrica nos fios do estator é induzida pelo campo magnético do rotor.
Regulador: Por meio dos contatos das escovas de carvão com o coletor, o regulador
monitora e regula eletronicamente a tensão do alternador, adequando os níveis de
tensão e corrente s condiç es ideais para o bom funcionamento do alternador.
tensão necessária produção de corrente deve estar de acordo com o sistema elétrico
do alternador, caso contrário todo o sistema pode ser danificado.
Retificador: tensão e corrente produzidas no alternador são alternadas e não
servem para alimentar os equipamentos elétricos do veículo, nem para carregar a
bateria, assim é necessário que sejam retificadas e filtradas. Também conhecida
como placa de diodos, o conjunto retificador tem a função de transformar corrente e
tensão alternadas em contínuas. s conjuntos retificadores, em sua maioria, são
equipados com diodos enner que protegem os equipamentos elétricos das cargas de
retorno e são montados de forma a bloquear correntes reversas, impedindo que a
bateria se descarregue.
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Figura 2 - Vista um alternador por partes
Fonte: Blog Mix Auto 2018
2.6 Bateria
A bateria é uma célula elétrica, que produz eletricidade derivada de uma reação
química. Consiste em uma ou mais células interligadas em série e/ou paralelo, em que suas
células são constituídas de um eletrodo negativo (Ânodo), um eletrólito que conduz os íons,
um condutor de íons (Separador) e um eletrodo positivo (Cátodo).
A bateria surgiu por volta dos anos de 1800, quando físico e cientista italiano
Alessandro Giuseppe Antonio Anastasio Volta entendeu que os metais, de maneira individual,
seriam promotores de corrente elétrica. Por causa deste raciocinio ele desenvolveu um
dispositivo, atualmente conhecida como “pilha” que entregava uma corrente elétrica muito
maior do que o modelo utilizado na época, neste caso o experimento com animais
(CARNEIRO, R. L. et al, 2017).
Porem foi 1859 que surgiu a primeira bateria de chumbo, atualmente utilizada nos
automóveis. Gaston Plant, engenheiro frânces foi o primeiro que teve brilhante idéia de tomar
duas placas de chumbo formato espiral, separadas por tiras de borrachas e mergulha-las em
uma solução aquosa de ácido sulfúrico. (ANJOS, T. A.).
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2.7 Razão estequiométrica
A relação de ar/combustível é dada pela massa do combustível queimado no processo,
com a quantidade de ar absorvido ao mesmo tempo, para que o mesmo ocorra. A
estequiometria significa que todos os hidrocarbonetos constituintes da massa de combustível,
foram convertidos juntamente com o oxigênio, em Água (H2O) e Dióxido de Carbono (CO2),
segundo PULKRABEK (2003), em uma combustão rica, ou seja, ideal.
O Fator Lambda é o responsável pela aferição da mistura admitida em cada cilindro
relacionando os diferentes tipos de misturas.
Onde:
λ – Fator Lambda
A: ar atmosférico
F: combustível admitido pelo motor;
at: é a relação real de massa de ar e combustível que está sendo admitida pelo motor kg/kg;
st: é a relação de massa ideal de combustível e ar estequiométrico kg/kg;
Para que uma mistura rica aconteça, o combustível admitido deve ser maior que o
comburente r admitido assim: λ<1 . nde não ocorre uma combustão completa,
caracterizado pelo fato de uma parte do combustível não ser totalmente queimado.
Já para a mistura pobre, o combustível deve ser menor que o comburente (Ar), assim:
λ>1 . Nesta, há uma quantidade maior de oxig nio que o necessário, o que também
proporciona uma ineficiência em sua queima.
Para Ribbens 1998 , a mistura ideal é igual a λ=1 , que significa que a mistura atual
e ideal estão uniformes, o que proporciona uma conversão total da mistura em energia.
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3 MATERIAL E MÉTODO
Nos experimentos foram utilizados os seguintes componentes:
O motor utilizado foi um GM 1.4 (Chevette) carburado, os testes foram realizados
para a aferição do consumo de combustível com admissão do comburente ar e com admissão
do combustível hidrogênio na combustão. Nesta etapa, foi possível comparar o funcionamento
do motor com os combustíveis.
Figura 3 - Motor tipo Otto para a injeção do gás Hidrogênio
Fonte: Os Autores
Para os testes, o volume da cuba do carburador e a mangueira de alimentação do
reservatório de combustível foi mensurado por intermédio de uma seringa com capacidade de
100ml aferida utilizando um balão volumétrico.
Figura 4 - Seringa utilizada
Fonte: Os autores
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Sabendo-se o volume da cuba e da mangueira de alimentação do reservatório de
combustível, foi possível iniciar os testes com a quantidade correta de combustível a ser
utilizada, considerando o necessário para alimentação das mesmas.
Para o teste de admissão do hidrogênio, confeccionou-se a célula eletroquímica capaz
de gerar gás H2via do processo de eletrólise.
Figura 5 - Célula eletroquímica.
Fonte: Os Autores
A célula eletroquímica apresentada na figura 5 foi construída de aço 1045, mas seus
eletrodos internos soldados a tampa de fechamento foram construídos em aço inoxidável,
material este capaz de conduzir a CC e garantir a inércia química.
A fonte de corrente se dá através foi uma Bateria alimentada com 12v e capacidade de
60Ah da marca American Racing alimentada pelo alternador do motor.
Figura 6 - Bateria utilizada
Fonte: Os Autores
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A bateria é interligada ao alternador com capacidade de até 32Ah para sua
realimentação elétrica, neste caso a bateria é recarregada a todo momento em que o sistema
está em funcionamento.
Figura 7 - Alternador utilizado
Fonte: Os Autores
Para a sua ligação junto à célula, os terminais sofrem a descarga elétrica sendo um
deles uma abraçadeira de 2” com parafuso.
Figura 8 - Abraçadeira com parafuso utilizada
Fonte: Os Autores
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Com o alternador alimentando a bateria e o sistema todo em funcionamento, há
produção de gás hidrogênio pela célula geradora alimentada pela bateria. O gás produzido é
direcionado ao carburador utilizando Tecalon de distribuição instalado no motor.
Figura 9 - Válvula tecalon utilizada
Fonte: Os autores
Ao sistema de válvulas um nível caseiro com mangueira de PVC transparente, com ø
interno de 7,5mm, e escala em polegadas foi utilizado para aferição da vazão na produção do
gás.
Figura 10 - Nível utilizado
Fonte: Os Autores
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Ao final da aferição com o nível, o sistema de distribuição do gás gerado é acoplado
ao Borbulhador apresentado na figura 11 com capacidade de 300mililitros com o propósito de
dispersar qualquer retorno de chamas no sistema.
Figura 11 - Borbulhador utilizado
Fonte: Os autores
Após ser ligado ao borbulhador, o sistema de válvulas é admitido à cuba, direcionando
cada cm³ de gás gerado ao sistema.
A temperatura do motor foi aferida nos ensaios que utilizaram apenas a gasolina e a
mistura gasolina/H2. A comparação ocorreu sempre ao final do 4º ciclo de cada segmento.
Para isso utilizamos um Termômetro digital com marcador a laser Mt-350 – Minipa, com as
seguintes configurações:
Alcance: - 30 °C á 550 °C;
Exatidão: 2 °C em - 30 °C p/a 100 °C, 2% lendo de 101°C p/a 550 °C;
Emissividade Fixa: Ɛ = 0,95;
Campo de Visão: 100mm ø a 1000mm;
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Figura 12 - Termômetro digital utilizado
Fonte: Os Autores
Configuração do motor
Por se tratar de um motor já desgastado pelo seu uso, algumas manutenções foram
necessárias para garantir o bom funcionamento do motor. A tabela 1 apresenta os ajustes
realizados no motor.
Tabela 1-Medidas antes e após a retifica do motor.
Fonte: elaborado pelos autores.
Os experimentos ocorreram no motor ciclo Otto ano 1982, carburado com quatro
cilindros, que trabalha em 4 tempos (admissão, compressão, explosão e escape). Por se tratar
Componentes Original Retificado
Cilindro 82mm 83mm
Eixo do Virabrequim 50,263mm 51,013mm
Colo da Biela 45,234mm 45,984mm
Deslocamento do Pistão 66,2mm 66,2mm
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de um sistema de combustão antigo, foram necessários alguns reparos, para garantir o bom
funcionamento e o melhor aproveitamento do sistema.
3.1 A Célula
A célula é o sistema que foi adotado para a realização dos ensaios na geração do gás
H2.
Como a célula possuía duas partes, o corpo e a tampa foram confeccionados a partir
de dois tarugos cilíndricos de aço 1045.
No tarugo destinado ao corpo da célula, foi realizado o processo de usinagem. A
usinagem consistiu na remoção de uma quantidade de material do centro do tarugo criando
um sistema capaz de armazenar um volume de solução e manter a resistência mecânica do
corpo da célula. O próprio corpo da célula servirá como eletrodo, sendo que a reação ocorrerá
nas paredes internas da célula usinada. Como as reações geram gases, a célula necessita ser
fechada. O fechamento da célula ocorreu através da confecção de uma tampa também do aço
1045 de modo a não permitir que os gases gerados escapem. Como o corpo da célula e a
tampa são os eletrodos, uma bucha em nylon foi produzida. A bucha serviu como isolante
elétrico entre o corpo da célula e a tampa e formou um sistema de vedação mais eficiente,
permitindo a aplicação de CC sem causar risco de fechamento do circuito.
Como a tampa é um dos eletrodos e o material utilizado foi o aço 1045, material este
pouco inerte quimicamente, foi necessário aumentar a área superficial deste eletrodo
utilizando um material inerte quimicamente, neste caso utilizou o aço inoxidável, favorecendo
a reação desejada. O aumento de área se deu através da soldagem de três hastes, formando um
tripé e, entre o tripé, três arruelas foram soldadas espaçadas uma da outra. .
Furos não passantes foram realizados na parte inferior e superior da célula para
garantir uma melhor condutividade elétrica no sistema eletroquímico.
Um furo na tampa de vedação foi realizado para o direcionamento do gás hidrogênio
gerado até o motor.
A célula desenvolvida possui as seguintes dimensões:
Corpo em Aço 1045:
187mm de Comprimento;
Ø externo de 63,4mm;
Ø interno de 49,90mm;
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Furo externo superior com ø de 6mm e profundidade de 7,5mm;
Furo externo inferior com ø de 6mm e profundidade de 5mm;
Canal interno com profundidade de 100,4mm;
Bucha em Nylon:
Ø parte superior de encaixe a tampa de 61,5mm;
Ø parte inferior de encaixe ao corpo de 49,7mm;
Estrutura interna em Aço Inox:
Ø externo das arruelas de inox de 33,15mm;
Ø interno das arruelas de inox de 16,74mm;
Espessura das arruelas de inox de 3,20mm;
Comprimento da estrutura de inox depois de soldada aos pinos da estrutura de 74,05mm;
Tampa em Aço 1045:
Ø externo de 63,5mm;
Ø interno de 45,50mm;
Altura de 29,10 mm;
3.2 Cálculos utilizados no teste
Vazão e Volume na produção de hidrogênio
Para calcularmos o volume de produção, medimos o diâmetro interno do bocal da
mangueira de PVC transparente do nível e a variação de altura do mesmo, usando as seguintes
fórmulas e dados:
Onde:
Q – Vazão em cm³/s
V – Volume em cm³
t – Tempo em s
Onde:
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31
V – Volume em cm³
r – Raio em cm
h – Altura em cm
π – Constante que representa o valor da razão entre a circunferência de qualquer círculo e seu
diâmetro
Onde:
A – Área em cm²
r – Raio em cm
π – Constante que representa o valor da razão entre a circunferência de qualquer círculo e seu
diâmetro
Aplicação
Ø int. (Mangueira de PVC Nível) – 7,5mm ou 0,75cm
r int. (Mangueira de PVC Nível) – 3,75mm ou 0,375cm
Escala de altura no Nível em Polegadas – 25,4mm ou 2,54cm
Para a área:
Para o volume:
Atingiu-se uma altura favorável em um espaço de tempo muito curto, com apenas 22s
e se estabilizando, assim:
Altura – 28”
Tempo – 22s
1”------------- 2,54cm
28”------------ X
X = 71,12cm
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Para a vazão:
3.3 Metodologia Aplicada
A solução utilizada foi de 5,6g de hidróxido de potássio (KHO) em 200 mililitros de
água destilada, do qual, após totalmente dissolvidos, foram utilizados 100 mililitros para o
processo de eletrólise na célula.
As medidas da vazão de saída na produção de H2 utilizaram-se de um nível constituído
de uma mangueira de PVC transparente com ø interno de 7,5mm, com uma escala em
polegadas.
Os testes foram realizados ao conectar os eletrodos da bateria ao alternador para que o
mesmo a alimentasse durante os testes.
O anodo (Polo negativo) foi ligado no contato superior da célula e interligado no polo
respectivo da bateria.
Já o catodo (Polo positivo) foi ligado na parte inferior de célula, onde no mesmo fio
foi interligado um disjuntor com capacidade de 70A na bateria, para que tivesse um melhor
controle e segurança na hora de ligar a célula durante os testes.
Para coletar o gás gerado na solução de H2 pelo processo da eletrólise, usou-se uma
mangueira tecalon de ø interno de 5mm, saindo da tampa da célula e entrando diretamente em
um Borbulhador com capacidade de 300 mililitros para lavagem dos gases que saem da célula
e, ao mesmo tempo, evitando um retrocesso das chamas, advindas do coletor de admissão.
O gás lavado no Borbulhador foi admitido diretamente na cuba e mangueira de
alimentação do reservatório de combustível com capacidade interna de ambos de 65 mililitros,
o qual o mesmo obedecendo a seu papel, se misturou ao combustível fóssil utilizado, neste
caso a gasolina.
Para os respectivos testes, a gasolina utilizada foi a aditivada.
Foram Realizados 05 testes com alimentação apenas de gasolina e 05 com alimentação
de gasolina e gás hidrogênio gerados pela célula.
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Em cada teste foi utilizado um volume de 165 mililitros (65mililitros para alimentação
da cuba e da mangueira do reservatório de combustível, e os outros 100 mililitros para o
funcionamento do motor), em que foi aferido o tempo de funcionamento do motor com
aspiração de todo o combustível, e posteriormente seu afogamento com eliminação total dos
gases gerados e do combustível restante na cuba.
Tabela 2 - Tabela com dados dos testes
Testes Gasolina Gas.+HHO
Efic.
HHO/Combustível
Afog. Motor
(Gas.)
Afog. Motor
(HHO)
Efic.
HHO/Afog.
Motor
1º 02:24 02:48 14,29% 05:33 05:47 4,03%
2º 02:36 02:47 6,59% 05:49 06:09 5,42%
3º 02:41 02:48 4,17% 05:48 06:16 7,45%
4º 02:52 03:06 7,53% 05:47 06:44 14,11%
5º 02:53 03:15 11,28% 05:52 06:40 12,00%
Médias 02:41 02:56 8,82% 05:45 06:19 8,81%
Fonte: Os Autores
A última linha da tabela apresenta o tempo aferido em minutos. No quarto teste de
cada grupo, aferiu-se a temperatura utilizando de um Termômetro digital com marcador a
laser Mt-350 – Minipa, e obtiveram-se os seguintes resultados:
Tabela 3 - Tabela de Temperaturas
Temperatura Motor
Gasolina Gas.+HHO
Virabrequim 68,5°C Virabrequim 67°C
Carter 64,5°C Carter 65°C
Cabeçote 71,5°C Cabeçote 64,5°C
Fonte: Os Autores
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CONCLUSÃO
O H2 como combustível apresentou melhoria gradativa ao longo dos testes. O bom
desempenho é tratado pelo maior poder calorífico do H2 e favorecendo a combustão por se
tratar de um combustível gasoso. Segundo o site Canal Rural, em (2017) foram vendidos 3,43
bilhões de litros de gasolina do tipo C, uma grande quantidade de gases nocivos para a
atmosfera foram expelidos.
Sabendo estes números, qualquer diminuição da quantidade dos gases do efeito estufa,
é um resultado satisfatório.
Com o rendimento melhorado de 8,82% na combustão mista (Gasolina/ H2), um
volume aproximado de 343 milhões de litros de gasolina seriam economizados e assim
diminuindo em 8,2 x108 kg de CO2 emitidos na atmosfera.
Tratando-se de alternativas que minimizem o efeito estufa, este trabalho demostra que
a geração de H2 in situ é uma garantia para contribuir com o planeta.
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REFERÊNCIAS
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em: <https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/acumuladores-chumbo.htm>. Acesso em
16 dez. 2018.
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Agricultura/Cana. 04 abr. 2016. Disponível em: <https://canalrural.uol.com.br/noticias/brasil-
registra-consumo-recorde-etanol-fevereiro-73440/>. Acesso em 28 nov. 2018.
CAMARGO, A. L. B. Desenvolvimento sustentável: dimensões e desafios. Campinas:
Papirus, 2003.
CARNEIRO, R. L. et al. spectos essenciais das aterias Chumbo- cido e Princípios Físico-
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CARVALHO JÚNIOR, J. A., McQUAY, M. Q.Princípios de Combustão Aplicada, Editora
da UFSC, 2007
CUNHA, R. A energia limpa do desenvolvimento. Maringá: Ensol, 2006.
DIAS, D.L. Os combustíveis são substâncias que, ao reagirem com o oxigênio, sofrem uma
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APÊNDICE I
Tomaram-se certos cuidados com as ações neste trabalho, pois por englobar o termo
eficiência, modificações estridentes comprometeriam os resultados, gerariam riscos de
segurança, por exemplo, aumentar o número de bobinas no alternador, que consequentemente
aumentaria a corrente elétrica da célula, o qual resultaria em maior produção de Hidrogênio,
porém aumentaria a temperatura de trabalho da célula, e ao falar-se de combustível, sabe-se
que necessita de extrema cautela.