INVENTÁRIO DE GASES DE EFEITO ESTUFA: UMA FERRAMENTA DE GESTÃO PARA EMPRESAS AMBIENTALMENTE RESPONSÁVEIS
GREENHOUSE GAS INVENTORS: A MANAGEMENT TOOL FOR ENVIRONMENTALLY RESPONSIBLE BUSINESSES
Ana Lúcia de Souza Andrade – [email protected] em Administração – Unisalesiano
Daniela da Silva Atanásio – [email protected] Pedagoga – Faculdade Auxilium de Lins - FAL
Prof. Dr. Hemerson Fernandes Calgaro – Unisalesiano [email protected]
RESUMO
As mudanças climáticas percebidas ao longo das últimas décadas, levaram a comunidade internacional liderada pela Organização das Nações Unidas à realização de Conferências tendo como tema o meio ambiente, bem como à elaboração de protocolos, como o Protocolo de Quioto resultante da ECO 92 realizada no Rio de Janeiro, cujo objetivo foi a redução dos gases de efeito estufa de forma a amenizar a temperatura terrestre. Deste modo, surgiram metodologias capazes de identificar, quantificar e gerir a emissão destes gases provocados pelas atividades antropogênicas. Uma destas metodologias é o GHG Protocol, reconhecida internacionalmente e compatível com a International Organization for Standardization (ISO) e com as metodologias de quantificação do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC).
Palavras-chave: Gases. Calculadora. Estufa. Quioto. Emissão. Efeito. Inventário.
ABSTRACT
The climatic changes perceived over the last decades have led the international community led by the United Nations Organization to hold Conferences involving the environment and consequently the elaboration of protocols such as the Kyoto Protocol resulting from ECO 92, held in Rio de Janeiro, Whose objective was the reduction of greenhouse gases in order to soften the earth's temperature. Thus, methodologies have emerged capable of identifying, quantifying and managing the emission of these gases caused by anthropogenic activities. One of these methodologies is the GHG Protocol, internationally recognized and compatible with the International Organization for Standardization (ISO) and with the methodologies of quantification of the Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC).
Keywords: Gases. Calculator. Greenhouse. Kyoto. Emission. Effect. Inventor.
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INTRODUÇÃO
As atividades antropogênicas conduziram as condições climáticas do planeta
a níveis preocupantes gerando um alerta que levou a ONU – Organização das
Nações Unidas organizar diversos eventos de proteção ao meio ambiente, a fim de
abordar temas como as mudanças climáticas, dos quais chefes de estado de todo o
mundo participaram em discussões e construções de normas internacionais
buscando a melhoria da qualidade de vida no Planeta.
Uma das normas criadas, o Protocolo de Quioto estabeleceu metas de
redução de gases de efeito estufa de até 5,2% em relação aos níveis de 1990, a fim
de mitigar do aquecimento global e buscando reduzir a temperatura global entre
1,4°C e 5,8 °C até 2100. Foi com base no Protocolo de Quioto e outras normas
nacionais e internacionais, que surgiram os inventários de gases de efeito estufa -
GEE.
Nesse sentido, o presente trabalho, tem por finalidade apresentar a
metodologia GHG Protocol indicada para identificar, quantificar e gerir as fontes de
emissão dos GEE trazendo um caso real de aplicação pelo Sistema Unimed.
1 O PROTOCOLO DE QUIOTO: FATOR GERADOR PARA O SURGIMENTO DOS INVENTÁRIOS DE GEE
Diante da crescente preocupação com as alterações climáticas e o aumento
de temperatura da superfície da Terra, cujos registros indicam o crescimento de
0,74º C desde 1800, foi criado o Protocolo de Quioto. Este é um acordo internacional
estabelecido para a redução das emissões de gases produzidos por ação
antropogênica, os quais agravam o efeito estufa. O acordo foi consequência de
vários eventos, dentre os quais estão a Conferência de Toronto em 1988 e a
Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, mais conhecida
como ECO 92, realizada no Rio de Janeiro, em junho de 1992. Com vigência de
2008 a 2012, a proposta do Protocolo de Quioto foi a redução da emissões de gases
de efeito estufa em, pelo menos, 5,2% em relação aos níveis de 1990. As metas de
redução não eram homogêneas a todos os países, em razão dos diferentes níveis
de desenvolvimento. Porém, o protocolo trouxe algumas ações básicas:
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Reformar os setores de energia e transportes;
Promover o uso de fontes energéticas renováveis;
Eliminar mecanismos financeiros e de mercado inapropriados aos fins da
Convenção;
Limitar as emissões de metano no gerenciamento de resíduos e dos sistemas
energéticos;
Proteger florestas e outros sumidouros de carbono.
A partir do Protocolo de Quioto surgiram diversas normas estabelecendo
padrões confiáveis, com medidas de incentivo para o desenvolvimento de práticas
ambientalmente responsáveis nacional e internacionalmente, passando exigir tanto
das empresas privadas como das entidades públicas, o efetivo desenvolvimento de
projetos e de práticas que contribuam, especialmente com a redução de GEE,
fazendo surgir as metodologias para emissão de Inventários de Gases de Efeito
Estufa.
Os gases regulados pelo Protocolo de Quioto, são: CO², CH4, N²O, HFCs,
PFCs, SF6.
2 GHG PROTOCOL: UMA FERRAMENTA PARA MENSURAÇÃO DOS GEE
Em 1998, foi criada a ferramenta mais utilizada atualmente por empresas e
governos para entender, quantificar e gerenciar suas emissões de gases de efeito
estufa - GEE: o The Greenhouse Gas Protocol – A Corporate Accounting and
Reporting Standard (O Protocolo de Gases de Efeito Estufa – Um Padrão
Corporativo de Contabilização e Reporte) ou simplesmente GHG Protocol. Revisada
em 2004, é uma das metodologias internacionais existentes para a realização de
inventários de GEE. De acordo, com a publicação Especificações do Programa
Brasileiro GHG Protocol, essa metodologia foi desenvolvida pelo World Resources
Institute (WRI) em associação com o World Business Council for Sustainable
Development (WBCSD), além de ter sido resultante de parcerias multi-stakeholder
com empresas, organizações não governamentais (ONGs), governo e outras
conveniadas ao WRI e ao WBCSD. Suas características destacam-se pelo fato de
oferecer uma estrutura para contabilização de GEE, flexibilidade e neutralidade em
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termos de políticas ou programas. Além de ser compatível com a International
Organization for Standardization (ISO) e com as metodologias de quantificação do
Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC). Sua aplicação no
Brasil, a partir do início do Programa Brasileiro GHG Protocol em 2008, acontece de
modo adaptado ao contexto nacional. Além disso, as informações geradas podem
ser aplicadas aos relatórios e questionários de iniciativas como Carbon Disclosure
Project, Índice Bovespa de Sustentabilidade Empresarial (ISE) e Global Reporting
Initiative (GRI).
A metodologia indica três escopos para a classificação das fontes de
emissão. O escopo 1 (um) são identificadas as fontes diretas (Combustão móvel;
combustão estacionária; equipamento de refrigeração e ar-condicionado; emissões
fugitivas e processos); o Escopo 2 (dois) identifica-se as fontes indiretas (energia
elétrica e térmica consumidas pela empresa) e o Escopo 3 (três) são identificadas as
fontes existentes na cadeia de valor, as quais envolvem fornecedores,
colaboradores, entre outros. Segundo as diretrizes do Programa Brasileiro GHG
Protocol, o relato de emissões do terceiro escopo é opcional, uma vez que as
mesmas ocorrem em fontes que não pertencem ou não são controladas pela
empresa, porém são uma consequência de suas atividades.
Ainda de acordo com as diretrizes do Programa Brasileiro GHG Protocol, 5
(cinco) princípios deverão ser obedecidos durante a produção do Inventário:
a) Relevância: as informações geradas pelo Inventário deverão servir interna e
externamente para tomada de decisões;
b) Integralidade: todas as fontes de emissão deverão ser contabilizadas dentro
do limite do Inventário conforme estabelecido;
c) Consistência: as informações deverão ser rigorosamente compiladas dentro
do limite do Inventário a fim de dar credibilidade às mesmas, e caso haja
mudança nos limites pré-estabelecidos, deve ser transparentemente
documentado e justificado.
d) Transparência: as informações sobre processos e limitações do Inventário
deverão ser reveladas com transparência de forma clara, neutra e
compreensível, com base em documentação e arquivos claros;
e) Exatidão: os dados deverão ser suficientemente precisos.
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3 A METODOLOGIA GHG PROTOCOL UTILIZADA PELO SISTEMA UNIMED
Em 2011, a Unimed do Brasil, lançou o Programa Carbono Neutro, cuja
finalidade é reduzir o aumento excessivo dos gases de efeito estufa (CO², CH4, N²O,
HFCs, PFCs, SF6) por meio da gestão de baixo carbono nas operações das
Unimeds. A principal ferramenta – calculadora de CO² - baseada no Greenhouse
Gas Protocol, permite que cada Unimed do Sistema produza seu Inventário de
Emissão de Gases de Efeito Estufa (IEGEE), identificando e quantificando suas
emissões, possibilitando o monitoramento e a definição de metas de mitigação ou
planejamento de neutralização.
3.1 A CALCULADORA DE CO² DO SISTEMA UNIMED
A Ferramenta de desenvolvimento de Inventário de Emissões de Gases de
Efeito Estufa do Sistema Unimed é uma estratégia de inovação tecnológica, capaz
de proporcionar competitividade e eficácia na gestão de carbono da organização. O
sistema possibilita a gestão dos GEE da empresa, com destaque para a promoção
da autonomia no desenvolvimento de IEGEE, a padronização dos cálculos para
EGEE – Emissões de Gases de Efeito Estufa e do relatório e a promoção da
sustentabilidade no gerenciamento das EGEE.
Para dar conta disto fazem parte do sistema itens como: ferramentas de
identificação do limite organizacional; de quantificação das emissões para
combustão móvel, estacionária, fuga de emissões, viagens aéreas e resíduos;
geração de gráficos; conversão das emissões em número de mudas de espécies
nativas; geração do relatório; banco de dados e; conversão para GJ - Gigajoule
(padrão GRI).
Destacam-se a sistematização do processo de desenvolvimento do inventário
de EGEE, idealizado nos padrões da ISO 14064-1, GHG Protocol e IPCC; a
inserção dos dados de atividade e a realização da quantificação das emissões
mensal, semanal ou diariamente; a geração de gráficos; a exportação dos relatórios
nos formatos PDF e HTML; o armazenamento das informações em bancos de
dados; conjugada a organização das informações de forma a facilitar sua gestão; a
rastreabilidade das informações e adequação ao perfil da organização.
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A ferramenta para desenvolvimento de inventários de EGEE pode ser
acessada via site da Unimed do Brasil, através de login e senha.
Figura 2: Página de acesso ao Sistema Carbono Neutro – Calculadora de CO² do
Sistema Unimed
Fonte: Unimed do Brasil, 2017
Após login realizado, defini-se o ano e tipo do inventário (corporativo ou de
evento). Prosseguindo, é necessário verificar os dados de cadastro da organização
e na tela inicial pode-se ter acesso a todos os recursos da Ferramenta:
I - Cadastro das unidades na qual farão seus inventários;
II - Inserção de fontes de emissões para os setores: combustão móvel direta e
indireta, combustão estacionária direta e indireta, equipamentos de refrigeração e ar
condicionado, consumo de energia elétrica, viagens aéreas, trajeto dos
colaboradores e resíduos sólidos orgânicos, resíduos sólidos reciclados e
incineração de resíduos; a possibilidade de centralização dos inventários;
III - Quantificação das emissões, onde as fontes de emissões previamente
informadas são relacionadas no respectivo escopo e setor para a inserção dos
dados de atividade e quantificação automática;
IV - Relatório do inventário, onde pode ser inserido as informações
complementares para a finalização do inventário de EGEE.
É possível ainda acessar a quantidade de espécies a serem plantadas e a
área para compensar as emissões quantificadas.
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3.2 A ELABORAÇÃO DO INVNETÁRIO UTILIZANDO A CALCULDORA DE CO²
Primeiramente, identificam-se as fontes de emissão com a participação das
áreas envolvidas na empresa. Todas as fontes são cadastradas na calculadora, em
seus respectivos escopos conforme demonstrado na imagem abaixo:
Figura 3: Tela para cadastro das fontes de emissão de GEE
Fonte: Unimed do Brasil, 2017
Com registros diários e/ou mensais e o apoio de planilhas, cada fonte é
quantificada de acordo com a unidade de medida disponível (kg; litros; Km; m³) e
informada na calculadora, conforme escopo ao qual pertence:
Figura 4 : Tela para a quantificação das fontes de emissão de GEE
Fonte: Unimed do Brasil, 2017
As fontes informadas em cada escopo para o Sistema Unimed são:
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Escopo 1 - Combustão Estacionária Direta: gerador de energia, fogão de
cozinha, aquecedor (unidade de medida: m3, litros ou kg); Combustão Móvel Direta:
veículos da diretoria (Unidade de medida: litros, KM, m3); Equipamento de
Refrigeração e Ar Condicionado gás refrigerante – HCFC-22 (R-22) – (Unidade de
medida: gramas); Fugitivas: Extintor de Incêndio de dióxido de carbono CO2 ou
óxido nitroso N2O (unidade de medida: kg); Processos uso de acetileno em solda
(Unidade de Medida: Kg).
Escopo 2 - Compra de Energia Elétrica (Unidade de medida: Kwh).
Escopo 3 - Combustão Estacionária Indireta: gerador de energia, fogão de
cozinha, aquecedor fora da organização (unidade de medida: m3, litros ou kg)
(combustível: GLP e Diesel); Combustão Móvel Indireta (carros dos colaboradores e
taxis); Resíduos Incinerados (Resíduos da Saúde e Resíduos Perigosos) (unidade
de medida: kg) Área da saúde: gases, esparadrapos, tecido contaminado, seringa,
entre outros. Resíduo perigoso: medicamentos, reagentes, entre outros; Resíduos
Recicláveis – Somente deve ser inserido a quantidade de resíduo reciclado (kg);
Resíduos Sólidos Orgânicos (unidade de medida: kg); Viagens Aéreas (selecionar
Aeroporto de partida e Aeroporto de chegada, com ou sem escala.
Os passos seguintes finalizarão o Inventário com informações gerais sobre a
Unimed e os limites definidos para produção do Inventário:
Figura 5: Tela de acesso para emissão do inventário de GEE
Fonte: Unimed do Brasil, 2017
1 - Inventário: De acordo com o Programa Brasileiro GHG Protocol, para ser
considerado completo “requer o relato mínimo de emissões dos Escopos 1 e 2”,
sendo pelo menos 1 item do Escopo 1 e o item disponível no Escopo 2 (energia
Elétrica);
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2 - Inventário verificado: Primeira Parte: quando a própria Unimed verifica/audita o relatório (uma outra
área);
Terceira Parte: verificado por outra empresa ou Organismo Verificador;
Terceira Parte Acreditada: verificado por outra empresa ou Organismo
Verificador aptos a verificar inventários de GEE no âmbito do Programa Brasileiro
GHG Protocol (baseado em normas);
3 – Período do Inventário: ano inventariado;
4 - Responsável: Nome do responsável pelo preenchimento do inventário;
5 - Entidade Legal Inventariada: Nome da Unimed e, se algum recurso
próprio foi inserido no relatório;
6 - Organograma (Não obrigatório): organograma da Unimed, arquivo em
imagem;
7 - Descrição da Organização: Descrição da Unimed que está fazendo o
inventário;
8 - Limite organizacional: Indicar as unidades que estão contempladas pelo
inventário;
9 - Limites operacionais: Selecionar os escopos quantificados na
ferramenta;
11 - Apresentação de indicadores importantes: Espaço livre para a Unimed
inserir a quantidade de emissões em tCO2e (toneladas de CO² equivalente) dividida
pelo número de colaboradores na Unimed em 31/12 do ano anterior (emissões per
capta);
12 - Descrição de qualquer exclusão específica de fontes ou operações de GEE: Espaço livre para a Unimed informar qualquer fonte de emissão que
tenham identificado mas que, por qualquer motivo, não tenham conseguido
quantificar.;
13 - Informações sobre a qualidade do inventário: Segundo a metodologia
GHG Protocol é a “Medida em que um inventário fornece um relato fiel, verdadeiro e
justo das emissões de GEE de uma organização”. Deverá ser informado como foi o
processo de coleta das informações podendo indicar os nomes das pessoas e
departamentos envolvidos na coleta;
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14 - Informações sobre as incertezas associadas ao inventário: Caso a
Unimed queira registrar alguma incerteza sobre o inventário. Ex: a “Fonte X foi uma
estimativa”;
15 - Descrição de programas ou estratégias de redução/gerenciamento de GEE: Inserir informações sobre qualquer ação ou projeto para redução ou
gerenciamento das fontes de emissões, assim como ações de mitigação das
emissões (plantio, por exemplo);
16 - Ano Base: Inserir aqui o ano base para comparação. Ou seja, qual o ano
em que a Unimed preencheu o inventário pela primeira vez.
Após o preenchimento dos campos acima, o responsável pela elaboração
finaliza o inventário, gerando o documento completo, onde constam além das
informações inseridas, gráficos referentes às emissões, as fórmulas utilizadas para a
quantificação dos gases, e a quantidade de mudas de árvores indicada para plantio
a fim de neutralizar as referidas emissões.
A partir da quantidade indicada, a Unimed procura parcerias para
realizar a neutralização conforme indicado pelo Inventário. Desde que iniciou a
quantificação de carbono, a Unimed Lins já realizou parcerias com a Secretaria
Municipal de Meio Ambiente local, empresas e instituições viabilizando o plantio de
diversas árvores nativas. O Inventário ano base 2016, apontou o total de 70 mudas
para o plantio.
Atualmente, a emissão do Inventário Corporativo das Emissões de
Gases de Efeito Estufa, é um requisito básico para a obtenção do Selo Unimed de
Governança e Sustentabilidade, conferido às Unimeds que promovem ações
socialmente responsáveis, e que assimilam o conceito da gestão sustentável, dentro
de critérios orientados pelo Instituto Ethos de Responsabilidade Social Empresarial,
que tem em sua missão a busca de parcerias para a construção de uma sociedade
mais justa e sustentável.
A Unimed Lins, emite o Inventário Corporativo das Emissões de Gases de
Efeito Estufa desde 2013, e é certificada há 12 anos com o Selo Unimed.
CONCLUSÃO
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A elaboração de inventários é o primeiro passo que uma empresa ou
instituição pode dar para contribuir com a redução das emissões de gases de efeito
estufa – GEE e combater as mudanças climáticas. Fazendo o diagnóstico das fontes
de emissão, é possível estabelecer metas e estratégias para a gestão das emissões.
A elaboração do Inventário implica em proceder de forma que haja transparência e
confiabilidade nas informações, pois estas servirão para a tomada de decisão para a
própria empresa e também para outros interessados. Além disso, a prática
demonstra a responsabilidade da empresa com a resolução de problemas que
preocupam a sociedade como um todo e torna transparente e público seu
compromisso, haja vista que o Sistema Unimed, maior experiência cooperativista
mundial no ramo de saúde adotou a metodologia GHG Protocol e desenvolveu sua
própria ferramenta para todo o sistema: a Calculadora de CO².
Os inventários de GEE, também permitem uma visão sobre oportunidades de
novos negócios no mercado de carbono, atrai novos investimentos, e ainda auxiliam
no planejamento de processos que garantam eficiência econômica, energética ou
operacional.
REFERÊNCIAS
Hawken, Paul; Lovins, Amory; Lovins, L. Hunter. Capitalismo Natural: criando a próxima Revolução Industrial. Tradução de Luiz A. de Araújo e Maria Luiza Felizardo. São Paulo: Cultrix, 2014
IEM – INSTITUTO EMPRESARIAL DO MINHO. Inventário Emissões GEE - O que é um Inventário de Emissões de GEE?. Disponível em: <http://www.iem-carbonosocial.com/directorio-conteudos/conteudo/8-o-que-e-um-inventario-de-emissoes-de-gee>. Acesso em: 29 mai. 2017
Monzoni, Mario. et al. Especificações do Programa Brasileiro GHG Protocol: contabilização, quantificação e publicação de inventários corporativos de Emissões de Gases de Efeito Estufa. 2ª ed. Word Resources Institute.
Peres, Claudia de Alcântara. Direito Ambiental Internacional. 1ª ed. São Paulo: Know How, 2012.
_______. O Meio Ambiente e a Humanidade. 1ª ed. São Paulo: Know How, 2013.
UNIMED DO BRASIL. Calculadora de CO2. Disponível em <http://www.sistemassobmedida.com.br/sites/unimed/acesso.php> Acesso em: 10 mai. 2017
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UNIMED DO BRASIL. Programa Carbono Neutro Unimed. São Paulo, 2011. Disponível em <http://www.unimed.coop.br/pctr/index.jsp?cd_secao=67577&cd_materia=399114> Acesso em: 10 mai. 2017.
Wikipedia, Protocolo de Quioto. Disponível em <https://pt.wikipedia.org/wiki/Protocolo_de_Quioto>. Acesso em: 29 mai. 2017.
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