ef desporto deficientes filipe

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  • 7/25/2019 EF Desporto Deficientes Filipe

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    Agrupamento de Escolas Dr. Mrio Sacramento

    Disciplina de Educao Fsica

    Desporto Adaptado

    Filipe Martinho Ferreira, N11, 11 B

    Maio 2016

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    ndice

    Introduo ..................................................................................................................................... 3

    Desporto Adaptado: Conceitos e Benefcios ................................................................................. 4

    Desporto Adaptado: um pouco de histria. .................................................................................. 6

    No Mundo .................................................................................................................................. 6

    Em Portugal ............................................................................................................................... 9

    Portugal nos Jogos Paraolmpicos ............................................................................................... 11

    Desporto Adaptado: Modalidades. ............................................................................................. 12

    Atletismo ................................................................................................................................. 12

    Basquetebol em cadeira de rodas ........................................................................................... 13

    Boccia ...................................................................................................................................... 14

    Ciclismo ................................................................................................................................... 15

    Futebol de 5 e Futebol de 7 .................................................................................................... 16

    Goalball ................................................................................................................................... 17

    Equitao ................................................................................................................................ 18

    Remo ....................................................................................................................................... 19

    Vela .......................................................................................................................................... 20

    Natao ................................................................................................................................... 21Curiosidades ................................................................................................................................ 23

    Concluso ................................................................................................................................ 26

    Bibliografia .................................................................................................................................. 27

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    Introduo

    As pessoas com deficincia tm no s que superar as incapacidades e os handicaps

    das suas prprias deficincias, como tambm ultrapassar as dificuldades que surgem com as

    relaes humanas ou com outros tipos de constrangimentos que possam surgir na sua vida

    quotidiana. O desporto deve ocupar um lugar de destaque na vida destas pessoas pois

    promove o seu desenvolvimento pessoal e a sua autonomia. O desporto adaptado, criado para

    ir ao encontro das necessidades nicas de indivduos com algum tipo de deficincia, um meio

    crucial para a sua reabilitao fsica, psicolgica e social.

    Neste trabalho de pesquisa, abordar-se-o os seguintes tpicos:

    Conceito e benefcios do Desporto Adaptado;

    Origem e evoluo dos Jogos Paraolmpicos;Participao portuguesa nos Jogos Paraolmpicos;

    Descrio de algumas das modalidades do Desporto Adaptado com representao nos

    Jogos Paraolmpicos;

    Apresentao de algumas curiosidades/notcias que destacam o envolvimento e

    empenho dos Portugueses nas Paraolmpiadas.

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    Desporto Adaptado: Conceitos e Benefcios

    Entende-se por Atividade Fsica (AF) qualquer movimento corporal produzido pela

    contraco muscular com o consumo significativo de energia. As categorias da Actividade

    Fsica incluem: trabalho; tarefas de vida diria, lazer, manuteno e a competio.

    Atividade Fsica Adaptada (AFA) no mais do que que adaptar a actividade fsica ao

    indivduo. Esta adaptao ser obviamente mais necessria em populaes especiais (idosos,

    grvidas, pessoas com deficincia, diabticos, etc.). A AFA inclui simultaneamente a profisso,

    um campo de estudo, e uma prtica que fornece respostas para os muitos problemas

    associados a assuntos da actividade fsica, tanto em contextos segregados como inclusivos,

    sublinhando e congregando todas as formas de participao desportiva de qualquer indivduo,

    mesmo tendo fortes limitaes da capacidade de movimento, seja o objetivo educativo,recreativo, competitivo ou teraputico. (Freire, 2010). A Actividade fsica para pessoas com

    deficincia , fundamentalmente, uma forma de educao do potencial motor existente

    atravs da adaptao de actividades de acordo com as necessidades do indivduo em causa.

    Mas adaptar o qu? A Atividade Fsica, o jogo, as modalidades, mtodos e tcnicas de ensino.

    Mas porqu? Porque necessrio considerar a diferena. Mas para qu? Para garantir

    acessibilidade, isto , permitir que todos participem dentro das suas possibilidades Mas

    adaptar como? Adaptar as situaes em funo da especificidade de cada um, tendo em

    ateno: motivao; emoo; nvel de realizao; nvel de compreenso (Moreira, ).

    Figura 1 - Atividade Fsica Adaptada.

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    O Desporto Adaptado (DA), tambm designado por desporto para deficientes, suporta

    uma gama completa de atividades desportivas, adaptadas s capacidades de cada indivduo,

    praticadas por atletas com deficincia e que englobam o desporto recreativo, competitivo e

    paraolmpico. Inclui o desporto praticado por pessoas sem deficincia que modificado e

    adaptado para incluir atletas com deficincia

    O desporto para deficientes encontra-se organizado por grupos de deficincia com

    caractersticas etiolgicas semelhantes e no por modalidades desportivas, como acontece no

    desporto em geral. A cada um dos grupos de deficincia corresponde uma Federao

    Internacional que responsvel pelo desenvolvimento da actividade desportiva nessa rea de

    deficincia e pela regulamentao e organizao das competies internacionais e nacionais,

    em colaborao com pases membros ou organizaes que os representem.

    A prtica desportiva regular proporciona condies para uma boa performance nogeral e os benefcios da actividade fsica so essencialmente importantes para pessoas com

    deficincia motoras, intelectuais e de desenvolvimento (Freire 2010)

    O desporto para os deficientes no tem s a componente teraputica. um meio que

    permite a estes atletas atingirem nveis elevados de aptido fsica. Adicionalmente motiva-os a

    alcanar o seu mximo potencial, desenvolve o esprito competitivo, a autodisciplina e auto-

    respeito. muito vantajoso para o processo de reabilitao e integrao social, uma vez que

    facilita a aceitao individual e social da deficincia.

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    Desporto Adaptado: um pouco de histria.

    No Mundo

    Em 1888, surgiu em Berlim, uma das primeiras organizaes desportivas para

    deficientes, o Sports Club for the Deaf .

    Com a I Guerra Mundial e o consequente aumento do nmero de pessoas deficientes,

    o desporto sofreu uma grande expanso, introduzindo jogos e actividades desportivas com

    regras adaptadas s necessidades dos praticantes.

    Em 1922, foi criada na Blgica aFdration Sportif ds Sourds .

    Em 1924, imediatamente aps a realizao dos Jogos Mundiais para os Surdos, em

    Paris, E. Ruben Alcais e Antoine Dresse fundaram oComit Internacional ds Sports ds Sourd

    (International Commitee of Silent Sport ), imediatamente aps a realizao dos Jogos Mundiais

    para os Surdos, em Paris.

    Em 1932, em Glasgow, nasceu a British Society of One-armed Golfers .

    O fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) foi um marco para a evoluo do

    desporto adaptado para pessoas com deficincia. O ps-guerra deixou muitos soldadosmutilados, com distrbios motores, visuais e auditivos. Os mtodos tradicionais de reabilitao

    no davam respostas s necessidades mdicas e psicolgicas dos traumatizados de guerra. A

    grande maioria destes deficientes tinha leses ao nvel da coluna vertebral, estando em muitos

    dos casos dependentes da cadeira de rodas. Os governos dos seus pases foram obrigados a

    tomar uma sria de providncias para garantirem a qualidade de vida dessas pessoas e muitos

    passaram a ter acesso a prticas desportivas e atividades fsicas adaptadas de modo a

    minimizar as consequncias adversas que a guerra teve para elas.

    Em 1944, foi inaugurado em Inglaterra o primeiro centro de tratamento de pessoas

    com leses, o Hospital de Stoke Mandeville da responsabilidade de Sir Ludwig Guttmann que

    reconhecia, reconhecia o valor teraputico, recreativo, psicolgico e como meio de

    reintegrao na sociedade do Desporto adaptado.

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    Figura 2 - Sir Ludwig Guttmann (1889-1980).

    Figura 3 - Hospital de Stoke Mandeville.

    Em 1945, surgiu a American Athletic Association of the Deaf , a mais antiga

    organizao desportiva para deficientes dos Estados Unidos da Amrica. Hoje em dia organiza

    torneios regionais e nacionais em Basquetebol e Softball e coordena toda a participaoamericana nos Jogos Mundiais e Pan-Americanos para surdos.

    A 21 de Julho de 1948, realizaram-se os primeiros jogos de Stoke Mandeville para

    paralisados. Em 1952, foi criado a International Stoke Mandeville Games Federation (ISMGF)

    que se ocupava do desporto para paraplgicos. Nos anos seguintes desenvolveram-se o Tnis

    de Mesa e o Lanamento do Dardo. Na dcada de 60, surgiram a Esgrima, o Snooker, a

    Natao e a Halterofilia.

    Em 1951, o Comit Olmpico Internacional (COI) reconheceu oficialmente o ICSS como

    sendo o responsvel, a nvel mundial, pelo desporto para deficientes auditivos.

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    Subsequentemente, a designao ICSS foi substituda International Comitte of Sport for the

    Deaf (ICSD).

    Os primeiros Jogos Paralmpicos realizaram-se em 1960, em Roma e contaram com a

    participao de 400 atletas, em representao de 23 pases.

    Em 1968, formou-se nos Estados Unidos aquele que viria ser o maior movimento

    mundial desportivo para deficientes intelectuais de todo o mundo: o Special Olympics (SO). O

    SO promove a prtica desportiva para deficientes intelectuais de Natao, Atletismo, Ciclismo,

    Futebol, Basquetebol, Ginstica, e outras modalidades.

    Portugal participou pela primeira vez nas IV Paraolimpadas, em Heidelberg, na

    Alemanha, em 1972.

    Em 1976, o Comit Olmpico Internacional autorizou que as Paraolimpadas se passem

    a designar por Jogos Olmpicos para Deficientes. Foi neste ano que se realizaram os primeiros jogos Paraolmpicos de Inverno na Sucia.

    Em 1978, foi criada aAssociao Internacional de Desporto e Recreao para Paralisia

    Cerebral (CP-ISRA).

    As VI Paraolimpadas tiveram lugar na Holanda, em 1980, e ficaram marcadas pela

    incluso de atletas com Paralisia Cerebral.

    Em 1981, foi criada a Associao Internacional para Cegos (IBSA) e a Federao

    Internacional de Desporto para Deficientes Intelectuais (INAS-FID).

    As VII Paraolimpadas de Vero de 1984 foram realizadas em Stoke Mandeville, na Gr-

    Bretanha (atletas em cadeira de rodas) e em Nova Iorque, nos Estados Unidos (atletas com

    paralisia cerebral, deficincias visuais, amputados e Les autres - distrofias musculares,

    esclerose mltipla, nanismo, ou outros).

    Em 1988, a ISMGF passou a chamar-seInternational Stoke Mandeville Wheelchair

    Sport Federation (ISMWSF) de forma a englobar todos os atletas em cadeira de rodas com

    deficincias motoras distintas. Foi tambm em 1988 que o Conselho da Europa se pronunciou

    sobre o livre acesso ao desporto a todos os indivduos, independentemente da sua condio,

    sexo, idade, etnia ou classe social, atravs da Carta Europeia de Desporto para Todos , sobre o

    livre acesso ao desporto a todos os indivduos.

    Em 1989, foi formado o Comit Paraolmpico Internacional responsvel pelos Jogos

    Paraolmpicos e pelos Jogos Internacionais. Os Jogos Paralmpicos passaram a realizar-se no

    mesmo ano e no mesmo local que os Jogos Olmpicos. A sua organizao passou a obedecer ao

    seguinte organograma : o Comit Paraolmpico Internacional o organismo mximo e dele

    derivam outros organismos responsveis por cada deficincia: ISMWSF, ISOD, AssociaoInternacional de Desporto e Recreao para paralisia Cerebral (CP-ISRA), IBSA e INAS-FID. Cada

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    um destes organismos responsvel por uma classificao desportiva dos seus praticantes de

    maneira a criar um sistema justo para cada deficincia, para que a vitria ou derrota estejam

    exclusivamente relacionadas com o esforo, dedicao e treino (Freire, 2010).

    Em 1994, as Naes Unidas apresentam as Normas sobre Igualdade de

    Oportunidades para as Pessoas com Deficincia (Resoluo 48/96) onde fazem referncia s

    reas fundamentais para a igualdade de oportunidades, sendo elas a acessibilidade, a

    educao, o emprego, a manuteno de rendimentos e segurana social, a vida familiar e

    dignidade pessoal, a cultura, a religio, as actividades recreativas e o desporto.

    Em 1999 foi fundado o Comit Paralmpico Europeu.

    Em 2004, ISMWSF uniu-se ISOD e, juntas, criaram a Federao Internacional de

    Desporto para a Deficincia Motora (IWAS).

    Em Portugal

    Em Portugal, e at meados dos anos 70, os deficientes apenas participavam muito

    esporadicamente em encontros desportivos (Freire, 2010). A Guerra colonial gerou um grande

    nmero de deficientes que comearam a ocupar os seus tempos livros com a prtica

    Desportiva, nomeadamente no Centro de Medicina de Reabilitao de Alcoito.

    O Hospital de Alcoito e o Hospital Ortopdico de Santana participaram, com uma

    equipa de Basquetebol em Cadeira de Rodas, nos IV Jogos Paralmpicos (1972) e nos Jogos

    Internacionais de Stoke Mandeville (1973).

    O 25 de Abril de 1974 foi indubitavelmente um marco importante na massificao do

    Desporto adaptado em Portugal. Comeou a falar-se no direito prtica desportiva para as

    pessoas com deficincia, que viria, mais tarde, a ser promulgado na Constituio da RepblicaPortuguesa. No seu artigo N 79 de 1976, a Constituio da Repblica Portuguesa consagra

    direito de todo o cidado cultura fsica e ao desporto. Preconiza-se o princpio do

    universalidade no acesso prtica desportiva, incumbindo ao Estado em colaborao com as

    escolas, as associaes e colectividades desportivas, promover, estimular, orientar e apoiar a

    prtica e a difuso da cultura fsica e do desporto.

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    Figura 4 Artigo 74 da Constituio da Repblica Portuguesa de 1976.

    Em 1977, a Direco Geral de Desportos, actualmente Instituto do Desporto de

    Portugal (IDP), criou um sector dedicado aos deficientes. Neste mesmo ano, surgiu o

    Secretariado Nacional de Reabilitao (SNR), (Decreto-Lei n.346/77), com o objetivo de serum instrumento do Governo para a implementao de uma poltica nacional de habilitao,

    reabilitao e integrao social das pessoas com deficincia.

    Em 1979, formado um grupo de trabalho para a elaborao dos estatutos da

    Federao Portuguesa de Desporto para Pessoas com Deficincia (FPDD). A 7 de dezembro de

    1988, a FPDD foi legalmente constituda. Destinada a pessoas com uma ou mais formas de

    deficincia, competia-lhe a promoo e desenvolvimento de diversas modalidades

    desportivas.

    Em 1982, foram retomadas as competies internacionais com a participao da

    Associao Portuguesa de Paralisia Cerebral nos Jogos Mundiais para a Paralisia Cerebral e a

    conquista da primeira medalha internacional.

    Em 1983, O MovimentoSpecial Olympics surgiu em Portugal. Com origem nos Estados

    Unidos, este movimento promovia a prtica desportiva para deficientes intelectuais incluindo

    modalidades como a Natao, o Atletismo, o Ciclismo, o Futebol, o Basquetebol, Ginstica, etc.

    Nas VII Paraolimpadas de Vero de 1984, realizadas em Stoke Mandeville, Portugal

    conquistou as primeiras medalhas paralmpicas, participando futuramente em todas as outras

    edies.

    Em 1995 foi reconhecido aos atletas deficientes o direito ao Estatuto de Alta

    Competio e concedido FPDD o Estatuto de Utilidade Pblica Desportiva. A FDPP possui

    como membros diversas Associaes Nacionais de Desporto por Deficincia (ANDD):

    Associao Nacional de Desporto para Deficientes Visuais (ANDDVIS);

    Associao Nacional de Desporto para a Deficincia Intelectual (ANDDI);

    Associao Nacional de Desporto para a Deficincia Motora (ANDDEMOTO;

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    Liga Portuguesa de Desporto para Surdos (LPDS);

    Paralisia Cerebral Associao Nacional de Desporto (PC-AND).

    Em1996, atletas Paraolmpicos foram, pela primeira, no projecto de preparao

    Atlanta 96.

    Em 1997, depois de Atlanta, reconhecido aos atletas deficientes o direito a prmios

    pecunirios .

    Portugal nos Jogos Paraolmpicos

    A primeira participao Portuguesa nos Jogos Paraolmpicos ocorreu em 1972, em

    Heidelberg, na Alemanha. Desta participao no foi possvel obter os dados referentes aos

    atletas participantes, sabendo-se apenas que praticavam a modalidade Basquetebol em

    cadeira de rodas. Na Tabela 1 pode ver-se um breve resumo das participaes Portuguesas nos

    Jogos Paralmpicos at hoje.

    Tabela 1 Participao Portuguesa nos Jogos Paralmpicos. Paraolimpadas Modalidades N de Atletas Medalhas

    1972, Heidelberg Basquetebol em Cadeirade Rodas

    No disponvel -

    1984, Nova Iorque eStoke - Mandeville

    AtletismoBocciaCiclismoFutebol de 7Tnis de mesa

    29

    Ouro - 4Prata - 3Bronze - 7

    1988, SEUL AtletismoBoccia

    13 Ouro - 3Prata - 5Bronze - 6

    1992, Barcelona AtletismoBocciaFutebol de 7Natao

    29Ouro - 3Prata - 3Bronze - 3

    1996, Atlanta AtletismoBocciaFutebol de 7Natao

    35Ouro - 6Prata - 4Bronze - 4

    2000, Sidney AtletismoBasquetebolBocciaFutebol de 7NataoTnis de mesa

    52

    Ouro - 6Prata - 5Bronze - 4

    2004, Atenas AtletismoBasquetebolBocciaFutebol de 7Natao

    41

    Ouro - 2Prata - 5Bronze - 5

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    Tabela 1 Participao Portuguesa nos Jogos Paralmpicos. Paraolimpadas Modalidades N de Atletas Medalhas

    2008, Pequim AtletismoBocciaCiclismoEquitaoNataoRemoVela

    35

    Ouro - 1Prata - 4

    Bronze - 2

    2012, Londres AtletismoBocciaEquitaoNataoRemo

    30Ouro - 0Prata - 1

    Bronze - 2

    Desporto Adaptado: Modalidades.

    O Desporto adaptado est cada vez desenvolvido. Independentemente da sua

    deficincia, qualquer pessoa pode e deve praticar Vo surgindo novas modalidades onde os

    atletas podem melhorar as suas condies de vida, praticar de forma livre e at mesmo

    competir.

    Atualmente, em competies paraolmpicas, existem 19 modalidades de desporto

    adaptado: Atletismo ; Basquetebol em cadeira de rodas ; Boccia ; Ciclismo ; Hipismo ; Esgrima

    em cadeira de rodas ; Futebol de 5 para cegos ; Futebol de 7 para cegos ; Goalball ;

    Halterofilismo ; Judo ; Natao ; Rugby em cadeira de rodas ; Tnis de Mesa ; Tnis em cadeira

    de rodas ; Tiro ; Tiro com Arco ; Vela e Voleibol .

    Seguidamente, apresentarei de forma breve algumas das modalidades.

    Atletismo

    A prtica desta modalidade est aberta a atletas com deficincias motora, intelectual,

    visual e auditiva e, paralisia cerebral em provas masculinas e femininas. Os atletas competem

    de acordo com as classificaes desportivas segregadas, ou seja agrupadas por rea de

    deficincia, de forma a haver equilbrio na competio, e contam com recursos como cadeiras

    de rodas, prteses ou at mesmo outro atleta com o papel de guia.

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    13 Figura 5 Atletismo.

    Basquetebol em cadeira de rodas

    O Basquetebol em cadeira de rodas pode ser praticado por atletas com deficincias

    motoras de ambos os sexos. jogado por duas equipas de cinco jogadores cada, aplicando-se

    as regras da Federao Internacional de Basquetebol conjugadas com as adaptaes previstas

    pela Federao Internacional de Basquetebol em Cadeira de Rodas. O jogo decorre num

    campo de basquetebol convencional, respeitando todas as marcaes e medidas do mesmo.

    Figura 6 Basquetebol em cadeira de rodas.

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    Boccia

    O Boccia, desporto com influncias do jogo tradicional Petanca, tornou-se uma

    modalidade Paralmpica em 1984, nos jogos de Nova Iorque. a modalidade principal para

    atletas portadores de paralisia cerebral.

    um desporto indoor, de preciso, em que so arremessadas bolas, seis de couro

    azuis e seis vermelhas, com o objectivo de as colocar o mais perto possvel de uma bola branca

    designada por jack ou bola alvo. permitido o uso das mos, dos ps ou de instrumentos de

    auxlio (em atletas com grande comprometimento nos membros superiores e inferiores). Pode

    ser disputada de forma individual, pares ou por equipas.

    Antes de comear a partida, o rbitro sorteia, atravs de moeda ao ar, a escolha da cor

    das bolas com que cada equipa vai. O lado que escolhe as vermelhas inicia a disputa, jogandoprimeiro o jack e uma bola vermelha. Depois a vez da bola azul entrar em aco. A partir

    da, os adversrios revezam-se a cada lance para ver quem consegue posicionar as bolas o mais

    perto possvel do jack. As partidas ocorrem em quadras cobertas, planas e com demarcaes

    no piso. A rea de jogo mede 6m de largura por 12,5m de comprimento. Para ganhar um

    ponto, o atleta tem de jogar a bola o mais prximo possvel do jack. Caso este mesmo

    jogador tenha colocado outras bolas mais prximas do alvo, cada uma delas tambm vale um

    ponto. Se duas bolas de cores diferentes ficarem mesma distncia do jack, os dois lados

    recebem um ponto. Vence quem acumula a maior pontuao.

    Os jogadores de Boccia podem ser classificados em quatro classes:

    BC1: Os atletas desta classe podem competir com o auxlio de assistentes, que

    devem permanecer fora da rea de jogo do atleta. O assistente pode apenas

    estabilizar ou ajustar a cadeira do jogador e entregar a bola a pedido.

    BC2: Os jogadores desta classe no podem receber assistncia.

    BC3: Esta classe destina-se a jogadores com caractersticas funcionais mais

    limitadas. Devido sua incapacidade de arremessar as bolas, os atletas destaclasse, utilizam dispositivos auxiliares, calhas, capacetes com ponteiros e so

    auxiliados sempre por um acompanhante que deve manter-se sempre de

    costas para a rea de jogo. Se esta regra for quebrada o jogador sofrer

    penalizaes.

    BC4: Esta classe inclui os jogadores com outras deficincias locomotoras, mas

    que so totalmente autnomos relativamente funcionalidade exigida pelo

    jogo no podendo, por isso, podem receber auxlio.

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    Figura 7 Boccia.

    Ciclismo

    Nesta modalidade, participam todas as deficincias.

    As regras esto de acordo com as da Unio Internacional de Ciclismo, mas com

    adaptaes referentes segurana e classificao dos atletas. As bicicletas podem ser de

    modelos convencionais ou triciclos para a paralisia cerebral, conforme o grau de leso. O

    ciclista cego compete com uma bicicleta dupla, conhecida como tandem, com um guia no

    banco da frente dando a direco. Para as cadeiras de rodas, a bicicleta pedalada com as

    mos (handbike). As provas que participam so de veldromo, estrada e contra-relgio.

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    16 Figura 8 Ciclismo.

    Futebol de 5 e Futebol de 7

    Para a Deficincia Intelectual e Auditiva, as regras so as mesmas que so praticadas

    no Futebol de 5 e de 7 regular, com a excepo que para a deficincia auditiva as faltas so

    assinaladas atravs de sinais visuais (bandeiras).

    Nos Jogos Paralmpicos, o futebol de cinco exclusivo para deficientes visuais. As

    partidas normalmente so num campo de futsal adaptado. O guarda-redes tem viso total e

    no pode ter participado de competies oficiais da FIFA nos ltimos cinco anos. Junto slinhas laterais, so colocadas tabelas que impedem que a bola saia do campo. Cada equipa

    formada por cinco jogadores. A bola tem guizos internos para que os atletas consigam localiz-

    la. O jogo tem duas partes de 25 minutos cada e um intervalo de 10 minutos.

    Nos Jogos Paralmpicos, ofutebol de sete praticado por atletas do sexo masculino,

    com paralisia cerebral. As regras so da FIFA, mas com algumas adaptaes feitas pela

    Associao Internacional de Desporto e Recreao para atletas com Paralisia Cerebral (CP-

    ISRA). O campo tem no mximo 75m x 55m, com balizas de 5m x 2m. A partida tem a duraode 60 minutos, divididos em dois tempos de 30, com um intervalo de 15 minutos.

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    Figura 9 Futebol de 5 e de 7.

    Goalball

    O Goalball foi criado e desenvolvido exclusivamente para pessoas com deficincia

    visual. O terreno de jogo tem as mesmas dimenses do de voleibol (9m de largura por 18m de

    comprimento). O jogo tem a durao total de 24 minutos, com duas partes de 12 minutos.

    Cada equipa constituda por trs jogadores titulares e trs suplentes. A bola utilizada pesa

    1250g e tem um dispositivo sonoro interno que em contacto com o solo permite aos jogadores

    detectar a sua trajetria. O objectivo de cada equipa marcar golos na baliza do adversrio.

    Como o Goalball um desporto baseado nas percees tctil e auditiva, o ambiente no

    ginsio durante a partida deve ser de silncio.

    Nesta modalidade os atletas deficientes visuais das classes B1, B2 e B3, competem

    juntos, os jogadores tm de usar tampes oculares e viseiras opacas para garantir que todos os

    participantes competem em termos de igualdade.

    Os atletas so classificados em trs categorias: B1, B2 e B3.

    B1 Cego total: Com nenhuma percepo luminosa em ambos os olhos at apercepo de luz, mas com incapacidade de reconhecer o formato de uma mo a qualquer

    distncia ou direco;

    B2 Com alguma percepo de vultos : Da capacidade em reconhecer a forma de uma

    mo at a acuidade visual de 2/60 ou campo visual inferior a 5 graus;

    B3 Conseguem definir imagens: Acuidade visual de 2/60 a 6/60 ou campo visual

    entre 5 e 20 graus.

    Figura 10 Goalball.

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    Equitao

    A equitao adaptada um desporto praticado por atletas com deficincia

    motora, visual e intelectual. Para praticar esta modalidade, os atletas devem

    enquadrar-se nos critrios mnimos de incapacidade, conforme definido pelo Comit

    Paralmpico Equestre Internacional (IPEC).

    Os atletas competem em duas provas de Paradressage (a vertente de

    competio da equitao teraputica), uma prova de campeonato, de movimentos

    predefinidos, e uma prova livre acompanhada de msica. Existe tambm uma prova

    em equipa para trs ou quatro atletas. Os concorrentes so avaliados de acordo com a

    exibio das capacidades de equitao enquanto montam o respectivo cavalo e usam

    uma srie de ordens de passo, trote e meio galope.

    As provas de Paradressage ) so mistas e os atletas so agrupados de acordo

    com o seu perfil de capacidades funcionais em quatro graus diferentes: Grau 1,que

    pressupe exerccios a passo e/trote; Grau 2, que exige um pouco mais de trote e

    algumas figuras de picadeiro com maior nvel de dificuldade; Grau 3, que requer

    exerccios nos trs andamentos (passo, trote e galope); Grau 4, que pressupe o

    trabalho em duas pistas, com dificuldade considervel, onde a exigncia em termos de

    equitao maior.A edio de 1996 dos Jogos Paralmpicos, realizada em Atlanta, foi a primeira a receber

    provas equestres. Atualmente, so 40 os pases com representao nesta modalidade

    paralmpica. A estreia de Portugal na equitao adaptada deu-se em Atenas 2004 com o atleta

    Carlos Pereira. Sara Duarte estreou-se em Pequim 2008. Ana Mota Veiga conseguiu pela

    primeira vez estar presente nos Jogos Paralmpicos que se vo realizareste ano no Rio de

    Janeiro, ocupando assim a nica vaga existente para a modalidade de equitao. Este

    apuramento foi conseguido atravs de uma realocao pedida pelo Comit Paralmpico de

    Portugal em representao da Federao Equestre Portuguesa e aprovada pelo International

    Paralympic Committee.

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    Figura 11 Ana Mota Veiga

    Remo

    O Remo Adaptado (Pararremo) praticado por pessoas com deficincia fsica, motora,

    mental ou visual. A prtica feita em barcos especialmente concebidos e adaptados a cada

    incapacidade.

    O remo parte integrante do programa dos Jogos Paraolmpicos e, sob a gide da

    Federao Internacional, so atribudos anualmente os ttulos mundiais das diferentes classes

    da vertente adaptada. A distncia oficial para a competio de 1000 metros e as categorias,

    para ambos os sexos, so definidas com base com o grau de mobilidade e tipo de deficincia

    em: LTA (legs, trunk and arms) remadores que utilizam as pernas o tronco e os braos; TA

    (trunk and arms) - remadores que utilizam o tronco e os braos; AS (arms and shoulders)

    remadores que utilizam os braos); LTAI (legs, trunk, arms and Intelectual Disability)

    remadores com perturbao intelectual que utilizam as pernas, o tronco e os braos.

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    Portugal esteve representado, pela primeira vez, nos Jogos de Paraolmpicos de 2012

    pela remadora Filomena Franco

    Figura 12 Filomena Franco.

    Vela

    A vela como actividade fsica um desporto com caractersticas muito prprias que

    desenvolve capacidades variadas transmitindo ao praticante confiana e autonomia suficientes

    para ultrapassar situaes difceis que possam surgir no dia-a-dia. Em Portugal, mais

    especificamente no Funchal e em Cascais, existem dois projectos Vela para Todos e VelaSem Limites os quais se dedicam prtica da vela por portadores de deficincia.

    Comparativamente vela tradicional, os barcos de vela adaptada tm de ser mais

    seguros e no podem virar. A prtica da modalidade exige um menor esforo fsico, mas em

    termos tericos, tcnicos e tcticos muito semelhante vela tradicional.

    Os Jogos Paralmpicos de 2008 marcaram a primeira participao portuguesa na

    competio em vela adaptada. Bento Amaral e Lusa Silvano garantiram o apuramento no

    Campeonato do Mundo de Vela Adaptada de 2007, que se realizou em Rochester, nos EUA, e

    no qual se classificaram em 13 lugar.

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    A B

    Figura 13 Vela adaptada (A) e Bento Amaral (B).

    Natao

    A Natao Adaptada uma modalidade paralmpica direcionada a todas as reas de

    deficincia. As provas das diversas distncias e estilos so agrupadas consoante a rea de

    deficincia de cada atleta.

    O atleta submetido a uma classificao, que proceder a anlise de resduos

    musculares por meio de testes de fora muscular; mobilidade articular e testes motores

    (realizados dentro da gua). Vale a regra de que quanto maior a deficincia, menor o nmero

    da classe. As classes comeam com a letra S (swimming) e o atleta pode ter classificaes

    diferentes para o nado peito (SB) e o medley (SM): Nadadores com limitaes motoras (S1 a

    S10 / SB1 a SB9 / SM1 a SM10); Nadadores com deficincia visual (S11, SB11, SM11 S12, SB12,

    SM12 S13, SB13, SM13); e, Nadadores com deficincia mental (S14, SB14, SM14).

    A modalidade pode sofrer determinadas adaptaes nas partidas, viragens e chegadas,

    tendo em conta o regulamento da Federao Internacional de Natao Adaptada, como o

    caso dos atletas com defi cincia visual, estes recebem um aviso do tapper, por meio de um

    basto com uma ponta de espuma. A partida tambm pode ser feita na gua, no caso de

    atletas de classes mais baixas, que no conseguem sair do bloco.

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    Nelson Lopes, da classe S4, garantiu os mnimos nos 50m costas para os Jogos

    Paralmpicos de 2016, no ltimo dia de competio do Campeonato do Mundo de Natao

    Adaptada que est a decorrer em Glasgow. David Carreira, da classe S8, tambm garantiu hoje

    os mnimos para os Jogos Paralmpicos do Rio de Janeiro nos 100m mariposa.

    (A) (B)

    Figura 14 Nelson Lopes (A) e David Carreira (B).

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    Curiosidades

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    Seleo de Boccia conquistaouro no Dubai

    A Seleo Nacional de Boccia

    BC1/BC2 conquistou a medalha deouro no Open Mundial de Fazza2016, que est a decorrer no Dubai,ao vencer na final a China por 6-5.

    20-05-2014

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    Concluso

    A evoluo positiva da prtica de desporto adaptado por pessoas com deficincia, aos

    nveis competitivo, teraputico, educativo e recreativo, felizmente uma realidade

    incontornvel.A oportunidade da prtica desportiva por pessoas com deficincia e portanto com

    necessidades especiais extremamente profcua na medida em que promove a sua qualidade

    de vida. Permite-lhes minimizar os problemas psicomotores que afetam o seu

    desenvolvimento pessoal, aumentar a sua autoestima, testar os seus limites e potencialidades,

    prevenir sintomas/debilidades secundrios e promover a sua integrao social e demonstrar

    perante a sociedade que deficincia no sinnimo de incapacidade.

    A realizao deste trabalho de pesquisa foi bastante gratificante. Devo confessar queembora me considere um amante do desporto, foi com surpresa que deparei com uma grande

    evoluo no que se refere ao leque amplo de modalidades desportivas adaptadas e

    participao empenhada dos atletas portugueses ao nvel europeu e mundial. Devo dizer que

    admiro todas estas pessoas, muitas vezes com deficincias extremamente graves, que lutam e

    se empenham por levar ao mximo as suas potencialidades. claro que haveria muito mais a

    explorar e muitos mais detalhes a descrever, mas penso que este trabalho responde de forma

    clara ao desafio.

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    do basquetebol em cadeira de rodas. Tese de Mestrado em Exerccio Sade em Populaes

    Especiais. Faculdade de Cincias do Desporto e Educao Fsica. Universidade de Coimbra.

    Moreira, Snia. (2004). Atividade Fsica Adaptada. Diversidades. Ano 2. Nmero 4. pp: 11

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