escrita filmica da história
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GUYNN, Willian. Writing History in Film. New York, Routledge, 2006. pp. !"0
#radu$%o de &ennison de 'li(eira ! UF)R
*ntrodu$%o+ enarando o etiismo dos -istoriadores
)ara a maioria dos antroplogos /e a maioria dos -istoriadores, somente a pala(raesrita pro(1 o tipo de distaniamento e disiplina ue uma a3ordagem ient45ia reuer. pro7e$%o de um 5ilme etnogr85io, em partiular para um p93lio mais amplo, : no mel-ordos asos uma (ulgari;a$%o e n%o tem propsito ient45io 7usti5i8(el. p.
a3ordagem dos -istoriadores para estes admitidamente indignos o37etos /5ilmeonsiste em desarnar os erros e a3usos da representa$%o -istria+ distor$%o daronologia -istria no interesse da estrutura dram8tia, simpli5ia$%o de e(entosomplees? n%o -8 distin$%o real a ser 5eita entre os 5ilmes ue ees mais s:rias.p. 2.
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de ue a linguagem do 5ilme tem sua prpria Iinonsi1niaJ ue reuer an8lise -istria egeralmente 5al-a em onsiderar a espei5iidade da m4dia 5ilme e omo os produtores de5ilmes se apropriam e trans5ormam os digos inematogr85ios. p. O
s atitudes negati(as dos -istoriadores 5rente aos 5ilmes s%o 5undadas no ue
Rosenstone identi5ia serem dois pressupostos pro3lem8tios+ P. Que a pr8tia orrenteda -istria esrita : o 9nio meio poss4(el de se entender a rela$%o do passado om opresente? 2P. -istria esrita : um espel-o da realidade. )orue eles s%o treinados emum modo de disurso no ual todos os dados /inlusi(e (isuais s%o representados(er3almente e interpretados eem uatro IestruturasJ dein(estiga$%o+ 5ilme omo (e4ulo para a representa$%o -istria? 5ilme om uma 5ontematerial de e(id1nia -istria para a -istria soial e ultural? doument8rios inteirosomo 5onte de e(id1nia -istria? e a -istria da media audio(isual omo ind9stria e omoarte. Domparati(amente = an8lise de Car Ferro, a de 'Donnor : mais inlusi(a.p. .
@le ita o ineasta e -istoriador &aniel Walkowit; na ela3ora$%o de seu 5ilmeCodeladores de #roy, um estudo da (ida dos metal9rgios amerianos em meados dos:ulo V*V /)A, OLO+
@u estou menos preoupado om a autentiidade dos detal-esde uma ena por ees soiais uee
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Cesmo se os mais reentes desen(ol(imentos na -istria 54lmia tendem a en5ati;aro estudo dos sistemas de produ$%o, onte
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real.#eoria liter8ria tam3:m analisa estrat:gias de representa$%o para determinar se a n%o5i$%o tem sua prpria pr8tia narrati(a.p.20.
semiologia do inema o5eree um instrumento para desre(er a di5eren$a entre anarrati(a esrita e a audio(isual e determinar se a m4dia 5ilme, a ual 5ailmente e
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Narrati(a : a estrutura essenial de todo disurso -istrio. )ara Rioeur aarater4stia narrati(a da -istria n%o ontradi; a distin$%o epistemolgia entre -istria e5ri$%o? ao in(:s, ela lama ao -istorigra5o a estudar o desen(ol(imento da narra$%o-istria, e suas liga$>es om a arte narrati(a em geral.). 0.
Quatro uest>es esseniais a respeito da nature;a da narrati(a -istria
H8 uma arater4stia espeial no estatuto narrati(o da -istria
&e aordo om a arateri;a$%o proposta por Gerard Genette, o -istoriador tomauma posi$%o narrati(a ue : e
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' on-eimento indireto imp>em limites estritos no ue a -istria : apa; de sa3erso3re o passado+ INs n%o podemos atingir o passado diretamente, mas somente atra(:sdos tra$os, intelig4(eis para ns, do ue 5oi deies da linguagem+ uma 5un$%oordin8ria /l:gein para in5ormar, interrogar, persuadir, ordenar, prometer, et. e uma 5un$%oart4stia, a ual produ; tra3al-os /poiein. primeira pertene = retria -o7e, dir4amosao in(:s, pragm8tia a segunda a poesia. Cais ainda, po:sis, a ual designa aprodu$%o de tra3al-os, : ligada ao ato riati(o da mimesis, ue :, Ia simula$%o de e(entos
e a$>es imagin8riosJ. ).X6.
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#eorias da 5i$%o, #eorias da n%o!5i$%o
Genette o3ser(a ue : este ondiionalismo est:tio, uma (e; ue : 3aseado nopra;er ue o tees terias, ue 5a; do leitor o 8r3ritro do(alor est:tio+ I@u onsidero liter8rio ualuer tees propriamente teriasGenette n%o pensa assim, e para suportar sua proposi$%o ele apela para o senso omum+I pior pintura, a pior sonata, o pior soneto permaneem pintura, m9sia ou poesia pelasimples ra;%o de ue eles n%o podem ser ualuer outra oisa.J ). XL
Genette mant:m duas lasses tradiionais de pr8tia liter8ria+ 5i$%o e poesia. )oroutro lado ele adiiona uma tereira lasse de pratia liter8ria+ o disurso n%o 5iional ueele nomeia di$%o. Finalmente, Genette mira em sua prpria disiplina, narratologia, uen%o tem sido s83ia o su5iiente para reon-eer seus 5raassos e 5al-as de (is%o e tem
tomado uma posi$%o elitista em 5ae das narrati(as 5atuais.p.XL
)ara Ham39rguer, Idelara$>es realistasJ est%o su3metidas aos onstrangimentosda o3ser(a$%o direta /em oposi$%o =s o3ser(a$>es imaginadas do narrador 5iional. 'personagem -istrio pode ser o su7eito da a$%o narrati(a, mas omo leitores n%o estamosdos seus estados interiores de esp4rito.p.
'utro aspeto de5inidor da 5i$%o : ue ela ria uma ilus%o de ees realistasJ, 3aseadas em o3ser(a$%o doumentada, e5ortaleido para representar a (ida em seus detal-es perept4(eis. #al semel-an$a n%opode ser produ;ida em uma narrati(a -istria porue o passado :, por de5ini$%o, o uen%o pode mais ser pere3ido. ' -istoriador n%o 5a; sua narrati(a omo se ele pudesseI(erJ o ampo perept4(el dos e(entos? ao in(:s, ele dei5ra digos e interpretae(id1nias. )..
-a(e para a distin$%o entre disursos 5atuais e 5iionais repousa na no$%o deearle de responsa3ilidade ou irresponsa3ilidade do autor em rela$%o ao seu teesimagin8rias.p.X.
Fi$%o e n%o!5i$%o n%o podem sempre serem distinguidas em termos de suasprprias representa$>es. ). L.
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H8 sem d9(ida graus de di5eren$a entre a imers%o no modelo 5iional, em oposi$%oao modelo -istrio, e sem d9(ida as di5eren$as tem a (er om a manuten$%o de umaerta distnia r4tia. Dontudo, -ae55er nos di;, o proesso 38sio de representa$%o : omesmo. ' autor e o leitor /ou o ineasta e o espetador 7untos onstroem um mundo
disursi(o ue : signi5iati(o na medida em ue emula a oer1nia do mundo e nospermite imergir ns mesmos nele. ). O.
pr8tia da n%o!5i$%o
Genette oloa partiular 1n5ase em uatro ategorias narrati(as ue elepre(iamente desre(e e analisa em sua o3ra &isurso Narrati(o+ a ordem em ue e(entoss%o reontados? a (eloidade na ual os e(entos s%o ontados?o modo de narra$%o? e ossinais da (o; do narrador. ).6.
)ara Rigney o sentido de um e(ento e a rela$%o intelig4(el entre e(entos n%o s%o
dados pelos dados -istrios? ao in(:s, : o ato da narra$%o, se reali;ada por testemun-asontemporneas ou -istoriadores analisando os e(entos retrospeti(amente, ue produ;sentido e oneta um on7unto de e(entos numa se1nia ausal. ).6X
Rigney utili;a as ategorias narrati(as ue Genette prop>em em Narrati(e&isourse, aima. )rimeiro, : a ordem de representa$%o. o esta3eleer uma ordemnarrati(a, o -istoriador arran7a os e(entos em uma adeia de disurso e assim 5a;endoimp>em uma Irela$%o onte
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omparati(a de (8rios teesprolongadas, 5ilmagens atra(:s de teidos ou outros 5iltros dieg:tios, moldam a 5orma
pela ual ns (emos o mundo da narrati(a enuanto dei
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Quinto, -8 o poder do 5ilme em IitarJ outros te