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GLOBAL PERSPECTIVES AND INSIGHTS Framework de Auditoria de Inteligência Artificial do The IIA Aplicações Práticas, Parte A Edição Especial

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GLOBAL PERSPECTIVES

AND INSIGHTS Framework de Auditoria de Inteligência Artificial do The IIA

Aplicações Práticas, Parte A

Edição Especial

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globaliia.org

Global Perspectives: Artificial Intelligence II

As opiniões expressas no Global Perspectives and Insights não são necessariamente aquelas dos

contribuintes individuais ou dos funcionários dos contribuintes.

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Global Perspectives: Inteligência Artificial II

1 globaliia.org

Índice

Introdução .................................................................................................................................................................... 2

Framework de Auditoria de IA do The IIA ..................................................................................................................... 2

Estratégia de IA ............................................................................................................................................................. 3

Ciber-Resiliência ...................................................................................................... Error! Bookmark not defined. Competências de IA ............................................................................................................................................... 4

Governança ................................................................................................................................................................... 5

Prestação de Contas, Responsabilidade e Supervisão ........................................................................................... 5

Reguladores ........................................................................................... 5 Órgão de Governança/Conselho/Comitê de Auditoria ......................... 6 Alta Administração .................................. Error! Bookmark not defined. Primeira Linha de Defesa ......................... Error! Bookmark not defined. Segunda Linha de Defesa......................... Error! Bookmark not defined. Terceira Linha de Defesa ......................... Error! Bookmark not defined. Auditoria Externa ..................................... Error! Bookmark not defined.

Conformidade Regulatória ...................................................................................... Error! Bookmark not defined.

Arquitetura e Infraestrutura de Dados ....................................................................................................................... 10

Qualidade dos Dados ...................................................................................................... Error! Bookmark not defined.

Ações Corretivas do Facebook ........................................................................................ Error! Bookmark not defined.

Usando as Normas para Auditar a IA .......................................................................................................................... 13

Reflexões de Encerramento ............................................................................................ Error! Bookmark not defined.

Conselho Consultivo

Nur Hayati Baharuddin, CIA, CCSA,

CFSA, CGAP, CRMA – IIA–Malásia

Lesedi Lesetedi, CIA, QIAL –

IIA Federação Africana

Hans Nieuwlands, CIA, CCSA, CGAP –

IIA–Países Baixos

Karem Obeid, CIA, CCSA, CRMA –

IIA–Emirados Árabes Unidos

Carolyn Saint, CIA, CRMA, CPA –

IIA–América do Norte

Ana Cristina Zambrano Preciado,

CIA, CCSA, CRMA – IIA–Colômbia

Edições Anteriores

Para acessar as edições anteriores do

Global Perspectives and Insights,

acesse www.theiia.org/gpi.

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Global Perspectives: Inteligência Artificial II

Introdução Um novo projeto do Google chamado AutoML promete levar a Inteligência

Artificial (IA) — um termo amplo que se refere a tecnologias que tornam as

máquinas "inteligentes" - a outro nível. O ML, abreviação de "machine

learning", refere-se a algoritmos de computador que analisam os dados para

aprender a executar tarefas. O AutoML é um algoritmo de machine learning

que aprende a construir outros algoritmos de machine learning.

O engenheiro do Google Jeff Dean descreve o projeto como uma forma para as

empresas construírem sistemas com IA, mesmo se não tiverem muito

conhecimento. Apenas alguns milhares de empresas hoje em dia têm os

talentos certos para desenvolver a IA, ele estima, mas muitas outras têm os

dados necessários. "Queremos ir de milhares para milhões de organizações

solucionando problemas de machine learning", contou ao The New York Times.

O Google é uma das muitas organizações que investem em pesquisas e

aplicações de IA para automatizar, aumentar ou replicar a inteligência humana

- a análise humana e/ou tomada de decisões. Seguindo o caminho de criação

desbravado pela ciência da computação, a Microsoft revelou recentemente

uma ferramenta que ajuda programadores a desenvolver "redes neurais

profundas", um tipo de algoritmo de computador que elimina "muito do

trabalho braçal", de acordo com Joseph Sirosh, um vice-presidente da

Microsoft, no The Times. Esse foco sobre facilitar iniciativas organizacionais de

IA significa que é ainda mais crítico que a profissão de auditoria interna

prepare-se, agora, para a IA.

Há muitos outros termos relativos à IA além do machine learning, como deep

learning, reconhecimento de imagens, processamento de linguagem natural,

computação cognitiva, amplificação de inteligência, cognição aumentada,

inteligência aumentada por máquina e inteligência aumentada. A IA, conforme

usada no Framework de Auditoria de IA (Framework) do The IIA, engloba todos

esses conceitos.

O Framework de Auditoria de IA do The IIA Conforme explicado em Inteligência Artificial – Considerações para a Profissão

de Auditoria Interna, o papel da auditoria interna na IA é "ajudar a organização

a avaliar, entender e comunicar até que nível a inteligência artificial terá efeito

(negativo ou positivo) sobre a habilidade da organização de agregar valor a

curto, médio e longo prazo."

Para ajudar a auditoria interna a cumprir com esse papel, os auditores internos

podem alavancar o Framework de Auditoria de IA do The IIA durante a

prestação de serviços de consultoria, avaliação ou uma combinação deles em

relação à IA, conforme apropriado para a organização. O Framework inclui três

componentes amplos - Estratégia de IA, Governança e o Fator Humano - e sete

elementos: Ciber-Resiliência; Competências de IA; Qualidade dos Dados;

Arquitetura e Infraestrutura de Dados; Mensuração do Desempenho; Ética e a

Caixa Preta.

Observação: Este é o segundo

relatório de uma série de três

partes. Para mais informações,

consulte o primeiro relatório:

Inteligência Artificial –

Considerações para a Profissão

de Auditoria Interna.

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A auditoria interna deve considerar diversos objetivos de trabalho ou de

controle, atividades ou procedimentos na implementação do Framework e na

prestação de serviços de auditoria interna de consultoria, avaliação ou uma

combinação deles, quanto às atividades de IA da organização. Objetivos

relevantes e atividades ou procedimentos que abordem a Estratégia

(elementos Ciber-Resiliência e Competências de IA) e a Governança (elementos

Arquitetura e Infraestrutura de Dados e Qualidade dos Dados) do Framework

são oferecidos neste documento. Objetivos relevantes e atividades ou

procedimentos que abordem a Governança (elemento Mensuração do

Desempenho) e o Fator Humano (elementos Ética e Caixa Preta) serão

apresentados na Parte III desta série de três partes.

Estratégia de IA A Estratégia de IA de cada organização será única, com base em sua abordagem

à capitalização das oportunidades que a IA oferece. A estratégia de IA de uma

organização pode ser uma extensão óbvia da estratégia digital geral ou de big

data da organização. A estratégia de IA deve articular claramente o resultado

pretendido das atividades de IA. As estratégias de IA devem ser desenvolvidas

em colaboração entre os líderes de negócio da empresa que possam articular o

resultado pretendido das atividades de IA e como esses resultados se

relacionam às metas da organização, e líderes de tecnologia que entendam as

capacidades tecnológicas de IA da organização, suas limitações e aspirações.

Tanto os líderes de negócio quanto os de tecnologia também precisam estar

envolvidos na gestão da execução da estratégia de IA.

A IA depende do big data, então, a estratégia de big data da organização deve

estar plenamente desenvolvida e implementada antes de considerar a IA. De

fato, a IA pode ajudar as organizações a obter insights sobre o big data.

Conforme descrito no Global Technology Audit Guide do The IIA: Entendendo e

Auditando o Big Data, ao usar esses insights, "a organização pode tomar

melhores decisões, buscar novos clientes de formas criativas e diferenciadas,

atender os clientes existentes com um modelo de entrega focado e melhorado,

único ao indivíduo, e oferecer novos serviços e capacidades que

verdadeiramente diferenciem a empresa de seus concorrentes." Organizações

que capitalizam em cima das oportunidades de IA podem desenvolver uma

vantagem competitiva duradoura e a estratégia de IA deve ser desenvolvida e

implementada em cima de uma base de ciber-resiliência e competências de IA.

Ciber-Resiliência A habilidade da organização de resistir, reagir e se recuperar de ciberataques,

incluindo o mau uso proposital das tecnologias de IA da organização para fins

negativos, está se tornando cada vez mais importante (veja as Ações Corretivas

do Facebook, na página 12). Os CAEs precisam desenvolver logo competências

de cibersegurança em suas equipes, monitorar continuamente os riscos de

IA/cibersegurança e comunicar à gerência executiva e ao conselho o nível de

risco à organização e os esforços para lidar com tais riscos.

Antes que a auditoria interna

tente avaliar a estratégia de IA

da organização, ela deve

determinar sua própria

estratégia de cobertura da IA,

incluindo o tópico em sua

avaliação de riscos e

considerando se a IA deve ser

incluída no plano de auditoria

com base em riscos.

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Global Perspectives: Inteligência Artificial II

Competências de IA

Conforme observado em Inteligência Artificial – Considerações para a

Profissão de Auditoria Interna, a oferta de profissionais de tecnologia

talentosos com conhecimento de IA é alegadamente pequena. Mesmo se

projetos como o AutoML (p. 2) forem bem-sucedidos, permitindo que as

empresas desenvolvam sistemas com IA mesmo sem grande experiência, as

empresas ainda precisam preencher uma lacuna de conhecimento com

profissionais que tenham amplo entendimento de IA, mesmo que não

consigam "fazer" IA. Os profissionais precisam:

Saber como a IA funciona.

Entender os riscos e oportunidades que a IA apresenta.

Determinar se os resultados da IA são os esperados.

Ser capazes de recomendar ou realizar ações corretivas, se necessário.

Tais competências serão necessárias na auditoria interna e na primeira e segunda

linhas de defesa. A alta administração e o conselho também devem saber como a

IA funciona e entender os riscos e oportunidades que a IA apresenta.

A auditoria interna também deve ter a capacidade de terminar se fornecedores

externos de tecnologias de IA são competentes.

Objetivos e Atividades ou Procedimentos Relevantes à Estratégia de IA

Objetivo(s) do Trabalho ou de Controle Atividades ou Procedimentos

Estar envolvido ativamente em projetos de IA desde o início, oferecer consultoria e insights que contribuam para uma implementação de sucesso.

Comparecer às reuniões da equipe do projeto de IA.

A organização tem uma estratégia definida de IA.

Determinar se a estratégia de IA foi documentada e, se sim, verificar que a estratégia: Articula os resultados pretendidos das atividades de IA (objetivos estratégicos). Articula, em alto nível, como os objetivos de IA serão atingidos (plano estratégico).

Prestar avaliação sobre a prontidão e resposta a ciberameaças.

Alavancar uma estrutura estabelecida de cibersegurança, trabalhar em colaboração com TI e outras partes, para garantir que defesas e respostas eficazes estejam em prática.

Há recursos suficientes (equipe e orçamento) para implementar a estratégia de IA.

Revisar o processo de definição das necessidades de equipe e orçamento em apoio à IA.

Orientar se a estratégia considera adequadamente as ameaças e oportunidades de IA.

Revisar quaisquer avaliações existentes de ameaças e oportunidades de IA. Se não houver avaliações, fazer recomendações para o futuro (como a organização poderia se planejar para identificar ameaças e oportunidades de IA).

Os objetivos relevantes e

atividades ou procedimentos

identificados pelo The IIA não

incluem um plano de

auditoria previsto, mas são

exemplos que devem ser úteis

na identificação dos objetivos

do trabalho ou de controle e

na condução dos trabalhos de

auditoria de IA.

Trabalhos de auditoria de IA

devem estar em conformidade

com a Norma 2200 do IIA:

Planejamento do Trabalho de

Auditoria. Os planos de

auditoria de IA e objetivos e

procedimentos do trabalho de

IA devem sempre ser

personalizados para atender às

necessidades da organização.

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Governança A governança de IA refere-se às estruturas, processos e procedimentos

implementados para orientar, gerenciar e monitorar as atividades de IA da

organização. A estrutura e formalidade da governança variarão de acordo com

as características específicas da organização. A governança de AI:

Estabelece prestação de contas, responsabilidade e supervisão.

Ajuda a garantir que aqueles com responsabilidades de IA tenham as

habilidades e experiência necessárias.

Ajuda a garantir que as atividades de IA e as decisões e ações relativas à IA

sejam consistentes com os valores da organização e com suas

responsabilidades éticas, sociais e legais.

Políticas e procedimentos de IA devem ser estabelecidos para todo o ciclo de

vida da IA - dos insumos aos produtos. Políticas e procedimentos também

devem ser estabelecidos para o treinamento, a mensuração do desempenho e

o reporte.

Prestação de Contas, Responsabilidade e Supervisão

A IA tem o potencial de fazer um grande bem e um grande mal. No fim das

contas, as partes interessadas provavelmente considerarão o conselho e os

executivos seniores responsáveis (responsabilizáveis) pelos resultados de IA da

organização. Ao avaliar a governança de IA, os auditores internos podem

alavancar o modelo das três linhas de defesa. As três linhas de defesa, assim

como a alta administração, o órgão de governança, os auditores externos e

reguladores, têm papéis na IA. Os auditores internos devem entender o papel

de cada parte e como a auditoria interna interage com cada papel.

Reguladores Os reguladores informam e controlam atividades específicas (como banking,

saúde ou segurança de alimentos) nos níveis nacional, regional/estadual e

local. Os reguladores "informam" por meio de atividades como condução de

pesquisas, participação no desenvolvimento de normas e orientações, e

comunicação com as partes interessadas. Os reguladores "controlam" por meio

de atividades como supervisão e definição e aplicação de regulamentos.

Conforme observado na Declaração de Posicionamento do The IIA: As Três

Linhas de Defesa no Gerenciamento de Riscos e Controle Eficazes, os

reguladores às vezes definem requisitos com o objetivo de fortalecer os

controles de uma organização e, em outros casos, desempenham uma função

independente e objetiva para avaliar o todo ou parte da primeira, segunda ou

terceira linha de defesa no que tange a esses requisitos.

Até hoje, não há regulamentos dedicados exclusivamente à IA. No entanto,

partes de regulamentos existentes podem ser especialmente relevantes às

atividades de IA e os reguladores e órgãos normativos de todo o mundo

sinalizaram sua preocupação por meio de pesquisas, documentos para discussão,

recomendações e orientações (consulte Conformidade Regulatória na página 7).

“O Framework de Auditoria de

Inteligência Artificial do The

IIA é uma ferramenta prática

para ajudar a auditoria

interna a prestar avaliação

independente sobre os

processos de gerenciamento

de riscos, controle e

governança da IA.”

Nur Hayati Baharuddin, Membro, IIA–Malásia

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Reguladores já reconhecem a importância das auditorias de IA. Por exemplo,

em sua orientação sobre o Uso de Softwares Prontos em Dispositivos Médicos,

a U.S. Food and Drug Administration reconhece a importância da auditoria de

softwares prontos (OTS) baseados em conhecimento (por exemplo, inteligência

artificial, sistemas especializados e softwares de rede neural), declarando que

espera-se que o fabricante ofereça avaliação “de que as metodologias de

desenvolvimento de produtos usadas pelo desenvolvedor do Software OTS

sejam apropriadas e suficientes para o uso pretendido…” e “recomenda que

isso inclua uma auditoria do desenvolvimento e metodologias do fabricante do

Software OST usadas na construção do Software OTS. Essa auditoria deve

avaliar precisamente a documentação de desenvolvimento e qualificação

gerada para o Software OTS.”

Os auditores devem se manter informados do trabalho dos reguladores e

órgãos normativos na área de IA, orientar a administração e o conselho sobre

questões importantes e avaliar se os objetivos de controle regulatório da

organização refletem os regulamentos, normas e orientações emergentes.

Órgão de Governança/Conselho/Comitê de Auditoria O conselho é responsável pela supervisão final das atividades de IA da

organização. O conselho deve estar envolvido com a alta administração na

definição da estratégia de IA da organização.

A auditoria interna deve entender e estar bem informada sobre a IA, no geral, e

sobre as atividades de IA da organização, especificamente. Além de prestar

avaliação sobre as atividades de IA, a auditoria interna deve oferecer

orientações e insights para ajudar a garantir que o conselho esteja preparado

para seu papel.

Alta Administração Trabalhando com o conselho, a alta administração define a estratégia de IA da

organização. A alta administração também define objetivos de IA e desenvolve

planos para implementar a estratégia de IA.

A auditoria interna deve estar representada na equipe da alta administração e

deve se manter informada sobre as atividades de IA da alta administração.

Quanto ao gerenciamento de riscos, governança e controles de IA, a auditoria

interna deve ser conselheira confiável da alta administração.

Primeira Linha de Defesa Gerentes operacionais devem ter propriedade e gerenciar os riscos de IA

diariamente. A auditoria interna deve avaliar as políticas e procedimentos de IA

no nível operacional, verificando se os objetivos de controle são adequados e

estão em prática como desejado.

Segunda Linha de Defesa Compliance, ética, gerenciamento de riscos e privacidade/segurança da

informação são algumas das funções da segunda linha de defesa que

provavelmente supervisionarão algum aspecto dos riscos de IA. A auditoria

interna deve avaliar as políticas e procedimentos de IA da segunda linha de

“Além de prestar avaliação

sobre as atividades de IA, a

auditoria interna deve

garantir que os comitês de

auditoria e conselhos estejam

preparados para entender

seu papel em navegar os

benefícios e riscos associados

à IA em suas empresas.”

Carolyn Saint, CAE, University of Virginia

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defesa, verificando se os objetivos de controle são adequados e estão em

prática como desejado.

Terceira Linha de Defesa A auditoria interna deve prestar avaliação independente sobre os riscos,

governança e controles de IA. O Framework de Auditoria de IA do The IIA pode

facilitar esse papel. Os reguladores e órgãos normativos reconheceram o

potencial da IA no gerenciamento de riscos e conformidade. De acordo com o

relatório Artificial intelligence and machine learning in financial services, do

Financial Stabilities Board (FSB), “o uso da IA e do machine learning nos

serviços financeiros pode trazer benefícios fundamentais para a estabilidade

financeira, na forma de maior eficiência na provisão de serviços financeiros e

vigilância de riscos sistêmicos regulatórios… As aplicações internas (back-office)

da IA e do machine learning poderiam melhorar o gerenciamento de riscos, a

detecção de fraudes e a conformidade com requisitos regulatórios,

potencialmente a custos menores.” De forma parecida, os departamentos mais

avançados de auditoria interna começarão a usar algoritmos para alimentar

suas iniciativas de monitoramento contínuo e auditoria contínua, ganhando

eficácia e eficiência.

Auditoria Externa Auditores externos são terceiros sem qualquer interesse pessoal na

organização, que opinam se as demonstrações financeiras são preparadas de

acordo com as estruturas e/ou regulamentos de reporte financeiro aplicáveis.

Quanto à IA, os auditores externos provavelmente se concentrarão nos

resultados – por exemplo, os algoritmos por trás do modelo de

gerenciamento ou valorização de riscos, e se esses algoritmos têm impacto

significante sobre as demonstrações financeiras da organização.

Conformidade Regulatória

Os regulamentos geralmente se atrasam em relação às mudanças tecnológicas e a

IA não é exceção. No entanto, conforme reportado pelo The Hill, o CEO da Tesla,

Elon Musk, alertou a National Governors Association (EUA) de que serão

O Modelo das Três Linhas de Defesa

“O uso emergente da IA exige

que a auditoria aborde,

especificamente, a lógica

usada no desenvolvimento

dos algoritmos.”

Hans Nieuwlands, CEO, IIA–Países Baixos

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necessários regulamentos mais cedo ou mais tarde. Além disso, regulamentos de

privacidade, como a lei americana Health Insurance Portability and Accountability

Act de 1996 (HIPAA) e o General Data Protection Regulation (GDPR) da União

Europeia, válida a partir de Maio de 2018, podem complicar a implantação da IA.

Ambos os regulamentos protegem informações pessoalmente identificáveis, que,

normalmente, são entradas das tecnologias de IA.

Por exemplo, a Regra de Privacidade da HIPAA “define normas nacionais para

a proteção de informações de saúde, aplicadas a três tipos de entidades

cobertas: planos de saúde, clearinghouses de saúde e operadoras de saúde

que conduzam certas transações de saúde eletronicamente [ênfase

acrescentada].” E, de acordo com o relatório Artificial intelligence and

machine learning in financial services do FSB, “diversas seções da GDPR são

especialmente relevantes à IA: o Artigo 11 aborda o direito a “uma explicação

sobre a decisão atingida após avaliação [algorítmica]”; o Artigo 9 proíbe o

processamento de “categorias especiais [sensíveis] de dados pessoais”; o

Artigo 22 aborda o direito qualificado de um envolvido de não se sujeitar a

uma decisão com consequências legais ou significantes baseada

exclusivamente no processamento automatizado; e o Artigo 24 declara que

as decisões não devem ser baseadas em categorias especiais de dados

pessoais.

Outras preocupações regulatórias geralmente reconhecidas incluem a

conformidade com leis antidiscriminação e responsabilidades legais,

especialmente quanto a terceiros que prestem serviços de IA à organização.

O FSB resumiu as preocupações sobre terceiros, dizendo que “muitos

prestadores atuais de IA e machine learning em serviços financeiros podem

estar fora do perímetro regulatório ou podem não estar familiarizados com

leis e regulamentos aplicáveis. Em casos em que instituições financeiras

dependam de prestadores externos de serviços de IA ou machine learning

para funções críticas e em que as regras de terceirização possam não existir

ou ser entendidas, esses serviços e prestadores podem não estar sujeitos a

supervisão e monitoramento. De forma parecida, se os prestadores de tais

ferramentas começarem a prestar serviços financeiros a instituições ou

clientes de varejo, isso poderia acarretar a ocorrência de atividades

financeiras fora do perímetro regulatório.”

As organizações não devem esperar até que o ambiente regulatório alcance o

ambiente tecnológico. Mesmo se os regulamentos existentes não abordarem a

IA especificamente, à letra da lei, as organizações devem se perguntar se suas

atividades de IA são consistentes com o espírito das leis existentes. Uma

abordagem é fazer análises de cenários e de “e se?”, para determinar se as

atividades de IA poderiam, potencialmente, ser usadas para atividades

maliciosas ou criminosas, ou se poderiam resultar em consequências não

intencionais que causem danos. Os responsáveis pela governança também

deve considerar que as atividades de IA podem, potencialmente, prejudicar os

controles internos, se a IA aprender a sobrescrever as regras estabelecidas ou

se os sistemas de IA aprenderem a se comunicar uns com os outros e

“trabalhar” juntos sem o conhecimento da organização. Uma abordagem

proativa à consideração do espírito das leis existentes ajudará as organizações

a serem ágeis, conforme novos regulamentos são criados e entram em vigor.

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Objetivos e Atividades ou Procedimentos Relevantes à Governança de IA

Objetivo(s) do Trabalho ou de Controle Atividades ou Procedimentos

Prestar avaliação de que estruturas de governança de IA foram estabelecidas, documentadas e estão em prática como definido.

Revise modelos de negócio e a estrutura organizacional; determine se os modelos de negócio e estrutura organizacional refletem a estratégia de IA da organização. Revise as políticas e procedimentos de IA; determine se as políticas e procedimentos organizacionais identificam claramente os papéis e responsabilidades de IA relativos à estratégia, governança, arquitetura de dados, qualidade dos dados, imperativos éticos e mensuração do desempenho de IA.

Avaliar se aqueles com responsabilidades de IA têm as competências necessárias para ser bem-sucedidos. Por exemplo, os responsáveis pelos imperativos éticos devem ser competentes em avaliar o comportamento ético dos que fornecem as entradas humanas à IA e devem ser independentes da atividade de IA.

Entreviste as pessoas com responsabilidades de IA. Revise descrições de cargos de IA, habilidades exigidas, etc., e verifique se os responsáveis têm as qualificações declaradas.

Prestar avaliação de que políticas e procedimentos de IA foram estabelecidos e documentados.

Revise as políticas e procedimentos de IA e determine se abordam suficientemente os riscos de IA.

Determine se as políticas e procedimentos possibilitam análises periódicas de "e se" ou planejamento de cenários.

Prestar avaliação de que os rastros de auditoria da atividade de IA oferecem informações suficientes para entender quais decisões de IA foram tomadas e por quê.

Revise os rastros de auditoria de IA. Determine se os rastros de auditoria oferecem informações suficientes para entender quais decisões foram tomadas e por quê.

Prestar avaliação de que políticas e procedimentos tenham sido implementados e estejam funcionando como definido, e de que os funcionários estejam em conformidade.

Observe os funcionários na implementação de procedimentos de IA.

Revise relatórios do canal de ajuda/denúncia e acompanhe quaisquer relatórios alegando não conformidade ou atividades maliciosas relativas à IA.

Entreviste uma amostra aleatória de funcionários e determine se têm conhecimento das políticas e procedimentos de IA.

Identifique e revise as políticas e procedimentos de acesso à IA.

Avalie as políticas de acesso e teste os controles de acesso. Avalie se os objetivos de controle regulatório refletem os regulamentos, normas e orientações emergentes.

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Arquitetura e Infraestrutura de Dados A arquitetura e a infraestrutura de dados de IA provavelmente serão as

mesmas, ou praticamente as mesmas, que a arquitetura e a infraestrutura de

dados para lidar com o big data. Isso inclui considerações quanto a:

Forma de acesso aos dados (metadados, taxonomia, identificadores únicos

e conveções de nomenclatura).

Privacidade e segurança da informação ao longo do ciclo de vida dos dados

(coleta, uso, armazenamento e destruição dos dados).

Papéis e responsabilidades quanto à propriedade e uso dos dados ao longo

do ciclo de vida dos dados.

De acordo com o InfoWorld, as organizações devem se concentrar em três

áreas principais de desenvolvimento de software para garantir o sucesso da

integração da IA:

Integração dos dados - dados de diversas fontes devem ser integrados antes

que a IA possa ser incorporada aos aplicativos e sistemas da organização.

Modernização dos aplicativos - atualizações de software precisarão ser

feitas regularmente. Atualizações frequentes e menos intensivas devem

substituir as atualizações esporádicas e mais intensivas, que retardam ou

interrompem os sistemas.

Educação dos funcionários - desenvolvedores de software, gerentes de

projeto e outros funcionários de tecnologia precisam se manter

atualizados quanto ao machine learning e todo aspecto do "conjunto"

tecnológico (o software e componentes que executam a IA).

Além disso, os dados devem ser conciliados, de modo que nuances como

arredondamentos, dados demográficos e outras variáveis sejam regularizados

antes da entrada.

Objetivos e Atividades ou Procedimentos Relevantes à Arquitetura e Infraestrutura de Dados

Objetivo(s) do Trabalho ou de Controle Atividades ou Procedimentos

Prestar avaliação de que a organização é ciber-resiliente. A ciber-resiliência inclui, mas não se limita à cibersegurança. A ciber-resiliência engloba a segurança (resistência), reação e recuperação.

Entender e auditar o big data (consulte o Guia Prático do The IIA: Entendendo e Auditando o Big Data).

Avaliar se a organização está se preparando para atingir a conformidade com os novos regulamentos tecnológicos, como o General Data Protection Regulation (GDPR) da UE.

Avaliar se os protocolos de recuperação após desastres da organização incluem falhas de IA, incluindo o colapso dos controles que mantêm as regras definidas pela governança de IA.

Prestar avaliação de que a infraestrutura de dados tem a capacidade de acomodar o porte e complexidade da atividade de IA definidos na estratégia de IA.

Avaliar se a infraestrutura é capaz de lidar com dados estruturados e não estruturados.

Prestar avaliação de que a organização estabeleceu uma taxonomia de dados. Avaliar a qualidade, integralidade e consistência do uso da taxonomia de dados em toda a organização.

Avaliar se a taxonomia é robusta o suficiente para acomodar o porte e complexidade das atividades de IA.

“A Infraestrutura e

Arquitetura de Dados e a

Qualidade dos Dados estão

frequentemente

interligadas. Objetivos

relevantes de trabalho ou de

controle e atividades e

procedimentos de uma área

podem ter interseções ou

impacto sobre os objetivos,

atividades e procedimentos

da outra área.”

Lesedi Lesetedi,

Vice-Diretora Executiva (Vice-CEO) – Serviços Estratégicos

e Corporativos

Botswana College of Distance & Open Learning (BOCODOL)

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Qualidade dos Dados São críticas a integralidade, precisão e confiabilidade dos dados com base nos quais os algoritmos de IA são desenvolvidos. Para que a IA seja bem-sucedida, as empresas precisam acessar enormes quantidades de dados de alta qualidade - dados bem definidos e em formatos padronizados. Muitas vezes, os sistemas não se comunicam entre si ou fazem-no por meio de add-ons ou personalizações complicadas. A forma como esses dados são conciliados, sintetizados e validados também é crítica, visto que os sistemas que não se comunicam entre si ou que o fazem por meio de add-ons ou personalizações complicadas podem atrapalhar as atividades de IA da organização.

Além de dados bem definidos em formatos padronizados (dados estruturados), as tecnologias de IA podem ser dependentes de dados não estruturados (como publicações em redes sociais). Conforme descrito no Global Technology Audit Guide do The IIA: Entendendo e Auditando o Big Data, os dados não estruturados são "tipicamente mais difíceis de gerir, devido à sua natureza evolutiva e imprevisível, e são normalmente obtidos de fontes de dados amplas e diversas, frequentemente externas. Consequentemente, novas soluções foram desenvolvidas para gerenciar e analisar esses dados."

Ironicamente, as organizações podem recorrer ao machine learning - uma forma de IA - para melhorar a qualidade dos dados. Por exemplo, podem existir múltiplas versões do nome de um fornecedor entre as diversas unidades de negócio da organização, bancos de dados e planilhas. Um programa de computador poderia escanear e conciliar todas as variações do nome em uma questão de horas ou minutos.

Objetivos e Atividades ou Procedimentos Relevantes à Qualidade dos Dados

Objetivo(s) do Trabalho ou de Controle Atividades ou Procedimentos

Prestar avaliação sobre a confiabilidade dos algoritmos básicos da IA e dos dados nos quais os algoritmos são baseados.

Obter uma amostra dos dados originais inseridos na IA. Verificar se a organização implementou metodologias para validar os resultados da IA em comparação com resultados reais do mundo real, e se políticas e procedimentos estão em prática para mensurar, monitorar, escalonar e retificar continuamente as inconsistências entre os dois.

Prestar avaliação de que os dados são conciliados e regularizados para maximizar a precisão.

Verificar se a organização tem políticas e procedimentos em prática para mensurar, monitorar, escalonar e retificar continuamente a precisão dos dados e problemas de integridade dos dados. Confirmar se a organização está seguindo e monitorando consistentemente uma estrutura formal de conciliação de dados, que inclua uma justificativa para diferentes metodologias e resultados, caso existam.

Prestar avaliação de que os dados agregados estão completos. Verificar se a organização tem políticas e procedimentos em prática para limitar a parcialidade na entrada de dados.

Prestar avaliação de que a integridade dos dados é mensurada e monitorada e que quaisquer exceções materiais que impactem a tomada de decisões sejam identificadas e explicadas. Isso deve ser feito, sejam as exceções definidas por humanos ou pela IA

Revisar as métricas de IA e relatórios de métricas. Avaliar se os responsáveis pela tomada de decisões receberam e consideraram as explicações sobre as exceções materiais relativas à qualidade dos dados.

A auditoria interna também

deve examinar como os

dados usados nos relatórios

de auditoria interna foram

conciliados, sintetizados e

validados.

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Global Perspectives: Inteligência Artificial II

Ações Corretivas do Facebook Os desafios do Facebook com a IA foram amplamente reportados. O gigante das redes sociais sofreu com o

escrutínio acerca de como suas tecnologias à base de algoritmos foram usadas - ou mal usadas - para fins maliciosos.

Cronograma das Principais Preocupações:

No Outono de 2016, a ProPublica reportou que os anunciantes poderam usar as ferramentas de ad-targeting do

Facebook para excluir certas raças — uma violação em potencial dos regulamentos federais habitacionais e de

direitos civis.

Em Setembro de 2017:

o O Facebook divulgou que donos de contas falsas de origem na Rússia compraram uma quantidade

considerável de anúncios sobre questões polêmicas antes das eleições presidenciais de 2016.

o A ProPublica reportou que as ferramentas de ad-targeting do Facebook permitiam que os anunciantes

atingissem “haters” étnicos autoproclamados.

Em Outubro de 2017, preocupações sobre notícias falsas ressurgiram quando o Facebook (e o Google)

publicaram informações falsas sobre o tiroteio em massa em Las Vegas.

Em depoimento a um subcomitê judiciário do Senado no fim de Outubro, o Facebook declarou que o alcance

dos anúncios contratados na Rússia foi muito maior do que identificaram inicialmente, atingindo 126 milhões de

americanos antes e durante as eleições presidenciais de 2016.

Resposta do Facebook

Em uma publicação de 20 de Setembro de 2017, a Chief Operating Officer do Facebook, Sheryl Sandberg, anunciou

três ações corretivas:

1. O Facebook está esclarecendo suas políticas de publicidade e aperfeiçoando seus processos de aplicação, para

garantir que conteúdos que vão contra as normas da comunidade do Facebook não possam ser usados em

anúncios. (Políticas e procedimentos estão ligados ao componente Governança do Framework. Entre outras

coisas, a Governança de IA deve estabelecer prestação de contas e supervisão da aplicação das políticas.)

2. O Facebook está aumentando a "revisão e supervisão humanas" de seus processos automatizados. (A revisão e

supervisão humanas estão ligadas ao componente Ética do Framework. Entre outras coisas, a Ética aborda se os

resultados de IA refletem o objetivo original e se as saídas de IA estão sendo usadas legal, ética e

responsavelmente.)

3. O Facebook está trabalhando em um programa que encorajará os usuários da plataforma a reportar possíveis

abusos em seus sistemas de anúncio. (Sistemas de reporte estão ligados ao componente de Mensuração do

Desempenho do Framework. Sistemas de reporte ajudam a administração a monitorar o desempenho das

atividades de IA. A Mensuração do Desempenho será abordada em um relatório futuro do Global Perspectives

and Insights.)

Ao utilizar o Framework de Auditoria de IA do The IIA, os auditores internos podem prestar serviços de avaliação e

consultoria, para ajudar as organizações a separar a verdade da ficção e abordar riscos de reporte, operações e

conformidade associados à IA.

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Global Perspectives: Artificial Intelligence II

Usando as Normas para Auditar a IA Os auditores internos devem estar em conformidade com todas as normas do

IIA aplicáveis durante o planejamento ou condução de trabalhos de IA. As

principais normas do IIA, especialmente relevantes à IA, estão destacadas na

barra lateral, mas outras também podem ser aplicáveis.

Cada norma é complementada por um Guia de Implantação. Guias de

implantação auxiliam os auditores internos na aplicação das Normas.

Coletivamente, tratam da abordagem, metodologias e considerações da

auditoria interna, mas não detalham processos ou procedimentos.

Reflexões de Encerramento O Framework de Auditoria de Inteligência Artificial do The IIA ajudará

auditores internos a abordar serviços de consultoria e avaliação de IA de

forma sistemática e disciplinada. Sendo as tecnologias e atividades de IA da

organização desenvolvidas internamente, por meio de uma tecnologia

facilitadora como o AutoML, ou por terceiros, a auditoria interna deve estar

preparada para orientar o conselho e a alta administração, coordenar

esforços com a primeira e segunda linhas de defesa e prestar avaliação do

gerenciamento de riscos, governança e controles da IA.

Este relatório é a Parte II de uma série de três partes. Ele apresenta sugestões

para implementar os componentes Estratégia de IA e Governança do

Framework de Auditoria de IA do The IIA. A Parte III trará mais sugestões para

implementação do componente Governança e do componente Fator

Humano.

Foco de Auditoria

Principais Normas do IIA

As Normas Internacionais para a Prática Profissional de Auditoria Interna do The IIA incluem diversas normas especialmente relevantes para a IA, incluindo:

Norma 1210 do IIA: Proficiência

Norma 2010 do IIA: Planejamento

Norma 2030 do IIA: Gerenciamento de Recursos

Norma 2100 do IIA: Natureza do Trabalho

Norma 2110 do IIA: Governança

Norma 2130 do IIA: Controle

Norma 2200 do IIA: Planejamento do Trabalho

Norma 2201 do IIA: Considerações sobre o Planejamento

Norma 2210 do IIA: Objetivos do Trabalho

Norma 2220 do IIA: Escopo do Trabalho

Norma 2230 do IIA: Alocação de Recursos para o Trabalho

Norma 2240 do IIA: Programa de Trabalho

Norma 2310 do IIA: Identificação das Informações

Sobre o The IIA The Institute of Internal Auditors (The IIA) é o mais reconhecido advogado, educador e fornecedor de normas, orientações e certificações da profissão de auditoria interna. Fundado em 1941, o The IIA atende, atualmente, mais de 190.000 membros de mais de 170 países e territórios. A sede global da associação fica em Lake Mary, na Flórida, EUA. Para mais informações, visite www.globaliia.org.

Isenção de Responsabilidade As opiniões expressas no Global Perspectives and Insights não são necessariamente as dos contribuintes individuais ou dos funcionários dos contribuintes.

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