guia do utilizador - tansportes para todos

Editorial pág. 1

Conclusões Seminário

As Autarquias com responsabilidade

Instituições Solidárias

Empresários Solidários

Aprender a Conduzir

As Empresas ao Serviço da Mobilidade

As Empresas Transformadoras

Turismo Adaptado

As Empresas Adaptadoras

Ligações Úteis

Agradecimentos

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15

Ficha técnica:

Autoria: Associação Jovem ValorCoordenador: Francisco Pereira Grafismo: Associação Jovem ValorMaquetagem: Associação Jovem Valor Fotografia: Nuno Almeida eFarinho Lopes Digitalização e tratamento de imagem: Francisco PereiraRevisão: Florbela Silva Pereira Impressão: Associação Jovem ValorEncadernação: Associação Jovem Valor

Copyright: Associação Jovem Valor Dez2006

Este GUIA foi integralmente concebido, maquetado, paginado e impresso por associados voluntários da Associação Jovem Valor -AJO V - no ano de 2006.

Este GUIA épropriedade da Associação Jovem Valor.É expressamente proibida a reprodução, fotocópia ou excerto deste GUIA, sem adevida autorização da Associação Jovem Valor.

utonomia, escolha de vida,

participação activa nas

actividades familiares,

SOCIaIS, profissionais, culturais,

desportivas ... Os transportes são um

instrumento real de independência e de

inserção, tanto ao transportar as pessoas

com deficiência com o sendo elas a

conduzirem-nos.

Na seq uência do Sem inário/Debate

realizado em Março último, foram-nos

transmitidas algumas das maiores

preocupações dos Cidadãos com

N ecess idades E spec iais, nesta matéria.Foi com o intuito de dar algumas

respostas aos CNE's e suas famílias, mas

tam bém às Organizações que lhes

prestam apoio que a Associação Jovem

Valor, com o apoio do Secretariado

Nacional para a Reabilitação e

lntegração das Pessoas com Deficiência,

lançou mãos à obra para editareste Guia.

A s d i fi c u Id a d e s p a ra co Iig i r o

existente, a nível nacional, foram muitas,

porquanto foi nossa intenção informar

com o maior rigor das capacidades das

Autarquias, das Instituições e das

Empresas para responder a este direito

básico que é o Transporte, que se quer,

para Todos.

1

Grande parte das autarquias está,

ainda, em fase de requalificação do

parque dos transportes urbanos, tantas

vezes da responsabilidade de entidades

privadas.As Instituições, têm como prioridade

a resposta aos seus utentes debatendo-se

com um a escassez de meios hum anos e

materiais que as incapacita de

desenvolver um trabalho social fora da

sua área de influência. Outras há, que,

pela sua dimensão e estrutura orgânica,

possibilitam a quem a elas recorra

algumas respostas pontuais a esta

necessidade.

Apraz-nos registar a preocupação

gradual das Empresas - apostando na

qualidade - no transporte das pessoas

com mobilidade condicionada, bem

como no acompanhamento das

inovações tecnológicas para a adaptação

dos transportes, sejam eles empresariais

ou pessoaIS.Se este Guia vier a servir de motor de

arranque para a concretização de um

mais abrangente, com o alto patrocínio

do Governo, congregando todos os

parceiros sociais, a Associação Jovem

Valor dá o seu esforço por bem

empregue. Bem-Hajam!

01 TRANSPORTEIE

A AUTONOMIA

A

r nITO~I~[t _

"O'~ ~o"~n~ ~ a Ç;,dad~" - 'ii'RANSPOR'ii'IU PARA 'ii'ODCH

Conclusões

:=

Mais especificamente, discutiu-se essa

acessibilidade universal aplicada ao sistema de

transportes, nomeadamente os públicos.

Fazendo-se uma rápida análise dos seus pontos

fortes e fracos, avaliados na óptica da «primeira

pessoa» pelos oradores que usualm ente deles são

utentes. Gerando-se o consenso de que apesar da

sua evidente e incontornável utilidade, há

também grande espaço para melhoramentos de

forma que estes serviços se tornem mais eficazes

perante os seus utilizadores. Aqui o exemplo

mais citado foi o da CARRIS (transporte

especial).

participantes e consequente debate alargado ao

auditório, sublinhou-se dum modo geral a

necessidade dum modelo universal de

acessibilidade aplicável à generalidade da

sociedade, de forma a servir eficaz e

eficientemente a mobilidade de qualquer

indivíduo, quer seja portador de deficiência quer

não. Isto, em vez de soluções pontuais de

amplitude demasiado específica destinadas a

resolver, muitas vezes de forma posterior, certas

inadequações resultantes da confrontação duma

determ inada desvantagem inerente a um grupo

de cidadãos com a sua vida social quotidiana. Ou

seja, salientou-se a importância de se pensar uma

sociedade que de raiz esteja já preparada para

aceitar e lidar com todo o tipo de diferença; ao

invés de uma em que se procura apenas remediar

cada problema por si só, o que obviamente torna a

aplicação de qualquer solução muito mais

morosa, complicada e ineficiente para todos.

Sendo que uma mobilidade sem restrições é uma

das condições fundam entais para a cidadania

activa e plena de qualquer pessoa.

c

A Sessão de Abertura contou com a presença da

Senhora Secretária de Estado Adjunta e da

Reabilitação, do representante do Secretário de

Estado da Juventude e do Desporto, da Senhora

Governadora C ivil de Lisboa, do Presidente da

Direcção Nacional da Associação dos

Deficientes das Forças Armadas e do Presidente

da Direcção da Associação Jovem Valor.

onscientes da dificuldade com que as

pessoas com deficiência, e/ou

mobilidade reduzida, se deparam

todos os dias para exercerem um direito tão

básico como o de sair de casa, a Associação

Jovem Valor decidiu levar a cabo um projecto

durante este ano sobre os transportes públicos

para as pessoas com mobilidade reduzida, pelo

que em 29 de Março do corrente ano organizou no

Auditório Coronel Jorge Maurício, no Edifício

A DFA, em Lisboa um Sem ináriolDebate

incidindo sobre a problemática daAcessibilidade

Universal, tendo por lema «OS JOVENS E A

CIDADE Transportes Para Todos».

O I painel ficou subordinado a« M O BILIDAD E

- UM DIREITO E UM DEVER», moderado por

Ana Paula Lima Honório, com a participação de

Nelson Moniz (CEM/AJOV), João Paulo

Martins (AJOV), José Pavoeiro (ADFA), Carla

Ferreira (Montijo), Odete Fiuza (ACAPO),

Patrícia Almeida (APS) e José Augusto Metelo

Lino (PAI), no papel de oradores. Aqui, através

das experiências de vida no espaço onde habitam

e se movem re latadas por cada um dos

Após uma breve pausa para café, deu-se início

aos trabalhos, cumprindo o programa proposto a

saber:

No último painel sobre a temática «O PAPEL

DAS PROVEDORIAS DOS

TRANSPORTES PÚBLICOS», moderado por

Artur José Caldeira Vil ares, deu-se o inédito

encontro histórico entre três Provedores,

Sendo que o problema mais apontado foi a

difícil articulação entre o actual sistema de

horários e possibilidade de marcações com a

satisfação dos utentes em geral, isto gerando

neste serviço um défice de eficácia (na óptica

dos utilizadores).

Por fim, a Sessão de Encerramento contou como

convidados com os representantes da Secretária de

Estado dos Transportes e da Secretária Nacional

para a Reabilitação e Integração das Pessoas com

Deficiência e as presenças do Presidente da

Direcção da Federação Nacional das Associações

Juvenis e o Presidente da Mesa da Assembleia

GeraldaAssociaçãoJovem Valor.

3

O provedor da CP para CNE's aproveitou ainda

para referir que cerca de 95% das questões que

recebem são questões relacionadas com as

estações, o que não é responsabilidade da CP mas

sim da Refer, deixando a menção da necessidade de

se criar a figura do Provedor da Refer.

Ao longo da sessão, foram abordadas questões

como o facto de as máquinas de venda de bilhetes

não estarem preparadas para cidadãos cegos, de os

elevadores estarem frequentemente em

manutenção ou avariados, de ainda existirem

plataformas que não estão preparadas para cadeiras

de rodas ou que não têm sinalização adequada.

António Neves aproveitou para anunciarque a CP

criou o SIM - Serviço Integrado de Mobilidade,

com a linha n.O 800746746, em que a pessoa com

deficiência e/ou mobilidade reduzida pode ligar e,

por exemplo, comprar um bilhete para o dia

seguinte, explicando todas as suas condições e em

que o operador está preparado para lhe dar todas as

informações sobre o comboio. De seguida, o cal!

center informa o departamento adequado e, no dia

seguinte, está um funcionário da CP para

acompanharo utente.

nomeadamente António Quaresma (Provedor da

Carris), Guilherme da Palma Carlos (Provedor do

Metropolitano de Lisboa), António Neves

(Provedor da CP para clientes com necessidades

especiais), não tendo comparecido Rute Oliveira

(Groundforce Portugal).

No 11 painel com o tema «AS

ACESSIBILIDADES NO QUADRO

LEGISLATIVO - DAS EXPECTATIVAS À

REALIDADE» participaram CarJos Pereira

(SNRIPD), Pedro Moutinho (Assessor para a

Mobilidade da CM de Lisboa), Arménio

Sequeira (Departamento de Reabilitação e

Inserção Social ISPA) e Julieta Sanches

(Presidente da CERCILIS), sendo moderados

por Manuel Lopes Dias. Uma vez mais

reforçou-se a ideia da universalidade no acesso

à m ob ilidade, desta vez apo iada pela legislação

existente e em exemplos mais abrangentes de

cada orador. Portugal é um dos países com

melhor legislação sobre acessibilidades, no

entanto a prática não corresponde de todo à

realidade expressa nas várias leis. CarJos

Pereira referiu-se à cidade de Barcelona que é

um exemplo a nível europeu, com a

ap resentação de um video referente à

acessibilidade utilizando transportes

adaptados. Arm énio Sequeira referiu ter o

ISPA apresentado em 2003 "Ano Europeu das

Pessoas com Deficiência", uma petição ao

pariam ento com doze mil assinaturas com

especial ênfase para as acessibilidades.

Finalmente, Julieta Sanches considerou o

abismo entre a legislação e a sua aplicação

ape lando para o seu cum prim ento.

111

A autarquia encontra-se emprocesso de aquisição de umautocarro adaptado a todos oscidadãos. Este autocarro destinar

se-á a apoiar iniciativas próprias daautarquia e de agentes dacom unidade, sem fins lucrativos eque desenvolvam acções nosdom ínios da Educação, AcçãoSocial, Juventude, Cultura eDesporto e possuirá 2 lugaresadaptados a cadeira de rodas.

stes autocarros realizam o percurso denom inado por Linha Azu 1.Efectuam o trajecto dentro da cidade. Os autocarro são adaptados comram pa de acesso.

STUB - autocarros eléctricos da Câmara Municipal deBragança

E

No concelho de C oim bra ostransportes que existem paraPessoas com Mobilidade

Condicionada pertencem aos SMTUC

Serviços M unicipalizados de TransportesUrbanos de Coimbra, e consistem nos

autocarros das carreiras regulares destesServiços e em m ini autocarros adaptados parapessoas com mobilidade condicionada.

os pedidos de marcação para transportes ocasionaisdeverão ser feitos para a Secção de Trafego:te!. 239 801100 (ext. 337) - ou para o Centro de Controleda Rede (SAE/CCR): te!. 239 441 964 - com umaantecedência mínima de 48 horas e com as seguintesindicações: Identificação, numero de telefone do utente,origem, destino, hora a que pretende atingir esse destino ese utiliza ou não cadeira de rodas durante o trajecto.=-

A Câmara Municipal deÉvora dispõe de umautocarro adaptado e

acessível a todos denom inado "Lojados Sonhos", que se traduz numCentro de Recursos Itinerante, quetem com o objectivo colocar aoserviço da com unidade, umequipamento devidamenteapetrechado, nomeadamente na áreadas novas tecnologias, para odesenvolvimento de projectossócio-culturais e educativos.

A autarquia tem desde 2004, uma viatura adaptada, cuja gestão éassegurada pela APPACDM de Setúbal. Para além de assegurar o

transporte de alunos do 1°, 2° e 3° Ciclos do Ensino Básico, nos •percursos necessários até aos estabelecimentos de ensino, pode assegurar •

pedidos da comunidade, nomeadamente de munícipes com mobilidadecondicionada.

A autarquia pretende promover acordos de colaboração para o transporte de "'.pessoas com mobilidade reduzida e contemplar na negociação com operadoresde transportes públicos a sua acessibilidade para todos.

..•..•

~~.PONT A

r DELGADACâmara Municipal

dispõem de autocarros de pisorebaixado que circulam nas linhas 9,15,19,24,35,36,41,45,46,51,54,59,71,77,92,93 e 96.

Os autocarros integram ainda de umnovo sistema de aviso sonoro queinforma os passageiros da próximaparagem e, quando estacionado naparagem, informa ainda a linha doautocarro e destino do mesmo, o que

permite ás pessoas com deficiênciavisual um a melhor orientação.

5

Grande 25,1749-099 Lisboa.Funciona ainda o serviço de transporte

especialm ente adaptado, denom inado"Porta a Porta", da responsabilidade daCarris, efectuado por M ini-Bus, comcapacidade para 7 lugares sentados e 4para cadeiras de rodas, que asseguramdiariamente e apenas na cidade, umserviço ao dom icílio das 7H 00 às 22H 00.

Circulam diariam ente três autocarros de

manhã e três à tarde, em três percursosdiferentes. As reservas têm de ser feitas

com três a quatro dias de antecedênciapelo telefone 21 3613141

oS STCP possuem uma "Redede Acesso Fácil", que dispõede 175 autocarros adaptados

com ram pa para acesso de cadeira derodas. Estas viaturas estão identificadas

por autocolantes que indicam aperm issão de entrada das cadeiras edistribuem-se pelas seguintes linhas /destino nO1,5,6,7,20,26,34,37,38,39,49,58,78,79 e ainda uma linha ZonaHistórica.

Para além destas viaturas os STCP

E xiste um transporte municipaldenom inado Transporte EscolarA daptado, que procura dar

resposta às necessidades dos m unícipesportadores de deficiência residentes nacidade de Lisboa, assegurandodiariam ente o transporte dos utentescasa/escola/casa, dando prioridade aoapoio das crianças e jovens estudantes(em idade escolar e maiores de 6 anos) noseu transporte diário.Para usufruir deste serviço deve ser feitoum pedido por escrito para a CâmaraMunicipal de Lisboa - Departamento deAcção-Social , Edifício do Campo

A Câmara Municipal de Ponta Delgada, tem concessionado,desde 2003, o serviço de transporte terrestre de passageiros emmini bus dentro da cidade, que se desenvolve em três

linhas/circuitos, que funcionam das07hOO às 19h30 .As viaturas em causa dispõem de espaço para transporte de pessoas em

cadeiras de rodas, estando as mesmas equipadas com rampas de acesso.

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stv@ appacdm -viana.ptTe!.: +351 258806400

Fax: +351258806401

A APPACDM de Évora (Instituição Particular de Solidariedade Social), ciente do seu papelna integração das pessoas com deficiência, coloca à disposição das mesmas, mediante

marcação prévia, com uma antecedência de, pelo menos, 72HOO (setenta e duas horas),

transporte adaptado, sempre que a disponibilidade o permita. O pagamento deverá ser acordado

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Agradecimentos

A Associação Jovem Valor faz questão de agradecer a algumas das pessoas, Insti

tuições, Autarquias e Empresas cuja disponibilidade, empenho e trabalho contri

buíram decisivamente para a produção deste GUIA, e sem as quais ele ficaria

mais pobre. Ente elas e correndo o risco de algumas omissões injustas salienta

mos as APPACDM's de Viana do Castelo (Manuel Domingos e Júlio Viana) e

Évora (Silvino Costa). Nuno Almeida e Farinho Lopes pela cedência das fotogra

fias, André Manzoni pela pesquisa, Nelson Moniz e Bruno Maria pelo elaboração

das conclusões do Seminário e Filomena Beleza pela disponibilidade.

ASSOCIAÇÃO JOVEM VALOR

R. de Marte, n° 3 - r Frente (endereço provisório)2635-577 RIO DE MOURO

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