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UNIVERSIDADE FEDERAL E PERNAMBUCO CENTRO ACADÊMICO DO AGRESTE CURSO DE DESIGN ILUMINAÇÃO NATURAL PARA RESIDÊNCIA POPULAR SISTEMA NATILUM Gustavo Adolfo Vasconcelos de Melo CARUARU 2015

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  • UNIVERSIDADE FEDERAL E PERNAMBUCO

    CENTRO ACADÊMICO DO AGRESTE

    CURSO DE DESIGN

    ILUMINAÇÃO NATURAL PARA RESIDÊNCIA POPULAR

    SISTEMA NATILUM

    Gustavo Adolfo Vasconcelos de Melo

    CARUARU

    2015

  • GUSTAVO ADOLFO VASCONCELOS DE MELO

    ILUMINAÇÃO NATURAL PARA RESIDÊNCIA POPULAR

    SISTEMA NATILUM

    Monografia apresentada à Universidade

    Federal de Pernambuco, Centro Acadêmico do

    Agreste como parte dos requisitos para a

    obtenção do título de bacharel em Design.

    Orientador: Prof. MSc. Sílvio Diniz de

    Lourenço Junior

    CARUARU

    2015

  • Catalogação na fonte: Bibliotecária - Simone Xavier CRB/4-1242

    M528i Melo, Gustavo Adolfo Vasconcelos de.

    Iluminação natural para residência popular: Sistema Natilum. / Gustavo Adolfo Vasconcelos de Melo. - 2015.

    121f. il. ; 30 cm. Orientador: Sílvio Diniz de Lourenço Júnior Monografia (Trabalho de Conclusão de Curso) – Universidade Federal de

    Pernambuco, CAA, Design, 2015. Inclui referências bibliográficas 1. Sustentabilidade. 2. Iluminação natural. 3. Projetos. 4. Estratégia. 5. Energia –

    Eficiência. I. Lourenço Júnior, Sílvio Diniz (Orientador). II. Título.

    740 CDD (23. ed.) UFPE (CAA 2015-305)

  • UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO ACADÊMICO DO AGRESTE

    NÚCLEO DE DESIGN

    PARECER DE COMISSÃO EXAMINADORA

    DE DEFESA DE PROJETO DE

    GRADUAÇÃO EM DESIGN DE

    GUSTAVO ADOLFO VASCONCELOS DE MELO

    Iluminação natural para residência popular - Sistema Natilum

    A comissão examinadora, composta pelos membros abaixo, sob a presidência

    do primeiro, considera o aluno GUSTAVO ADOLPHO VASCONCELOS DE MELO

    APROVADA(O).

    Caruaru, 16 de dezembro de 2015.

    Professor MSc. Silvio Diniz de Lourenço Junior

    Professor Dr. Danilo Émmerson Nascimento Silva

    Professor MSc. Antônio Luís de Oliveira Filho

  • Dedicatória

    Dedico este projeto de graduação

    em design a todos nós habitantes de

    um planeta que aparentemente é

    infinito, porém quando olhamos o

    nosso entorno, vemos a infinidade do

    espaço que nos mostra a nossa

    finidade.

  • Agradecimentos

    “Quem agradece estende ao outro um atestado de carinho, respeito por ter sido

    fruto de uma boa intenção”.

    Agradeço aos meus pais, José Rodrigues e Maria Iolanda, que tanto me apoiam

    nos meus objetivos, incentivando a continuar essa nova jornada profissional.

    A minha esposa Magdala pela sua paciência e carinho, ao filho Valdeci e minha

    nora Adriana e a netinha querida Heloísa, que era minha companheira nos testes com o

    modelo desenvolvido realizados em sua residência.

    A minha sogra dona Marly que diz ter vontade em fazer Design, porém ia deixa

    para a próxima vida. Aos meus cunhados e cunhadas, incentivando e confiando no

    projeto novo de vida. A Mestra em Linguista Maria José Pereira e ao Dr. João Paulo,

    que auxiliaram nas correções do projeto.

    Aos amigos do trabalho, em especial dona Maria José Lira Pereira, Laura Leite,

    Josenildo Henrique, Silvinha, Rosangela, entre outro, que ajudaram quando precisava

    me ausentar para cumprir com as tarefas do curso.

    Aos colegas de aula, que são amigos para sempre. Gente boa, companheiros,

    sempre apoiando e despejando o carinho que só os amigos têm um pelo outro.

    Aos professores do Campus do Agreste, que alguns, muitos mais jovens que eu,

    tiveram a paciência de me auxiliar nesse novo curso, que para mim é uma mudança de

    180° na profissão, pois estou me aposentando e não quero ficar parado. À banca,

    composta pelos professores Doutor Danilo Émmerson Nascimento Silva, e Mestres

    Antônio Luís de Oliveira Filho e orientador Sílvio Diniz de Loureço Junior que se

    tornou um amigo ao longo desses anos de estudos prazerosos, e que possamos continuar

    a realizar projetos inovadores valorizando essa Universidade tão importante para todos

    nós brasileiros.

    A lista de agradecimento é grande, não daria para enumerar todos que me

    auxiliaram nessa empreitada, porém não se sintam esquecidos, todos vocês foram

    fundamentais para que eu pudesse concluir esse projeto de vida.

    E finalmente agradeço aquele que é a Inteligência Suprema Causa primeira de

    todas as coisas, pois nada acontece sem Ele.

  • Epígrafe

    É triste pensar que a

    natureza fala e que o gênero

    humano não a ouve...

    Victor Hugo

  • RESUMO

    Com a crescente sinalização de degradações dos ecossistemas planetário, que aponta

    para possível mudança ligada à vida de forma geral, discutida no âmbito

    científico/econômico e exposto a sociedade por meio de conferências, artigos

    científicos, seminários, entre outros, os riscos de continuar a destruição desses habitats

    pelo mau uso das riquezas naturais, objetivou o estudo e o desenvolvimento de um

    produto dentro do sistema de iluminação natural para residência popular, aproveitando a

    luz natural e que tenha baixo custo de produção e manutenção. Foi utilizada a

    metodologia Funcionalista e Estruturalista para fazer o recorte na sociedade e analisar as

    que estão situadas na base da pirâmide social, e a metodologia de Lourenço Jr, para

    desenvolver o modelo funcional do Sistema de Iluminação Natural, usando componente

    baixo custo e encontrados no mercado local. A Norma da ABNT NBR 5413/92

    estabelece que os cômodos de uma residência necessitem de 100 lx a 200 lx, durante o

    período de testes que foi de março a setembro, os resultados das medições com o

    luxímetro foram satisfatórios, pois no período de inverno onde há menor intensidade de

    luz, foram coletados 100 lx com cobertura de nuvens e no período com pouca ou

    nenhuma cobertura de nuvens atingiu o valor de 3880 lx. A partir dos resultados

    exposto acima, o objetivo de atender as faixas de baixa renda com um produto

    satisfatório economicamente pela economia de energia através do uso da luz natural nos

    ambientes residencial e também pelo baixo custo de produção e manutenção, foi

    alcançado.

    PALAVRAS CHAVES: Sustentabilidade; Luz natural; Eficiência energética;

    Estratégia de projeto.

  • ABSTRACT

    With increasing signal degradation of the planetary ecosystem, which points to possible

    changes linked to life in general, discussed in the scientific / economic context and

    exposed to society through conferences, scientific articles, seminars, among others, the

    risks of continuing to destruction of these habitats for the misuse of natural resources,

    aimed to study and development of a product within the daylighting system for popular

    residence, taking advantage of natural light and has low production cost and

    maintenance. The Functionalist and structuralist approach to the cutout in the

    community and to examine those located at the base of the social pyramid was used,

    and the method of Lawrence Jr, to develop the working model of the Natural Lighting

    System, using component inexpensive and found at local market. The ABNT NBR

    5413/92 states that the rooms of a residence require 100 lx 200 lx during the test period

    which was from March to September, the measurement results with the light meter were

    satisfactory, as in the winter period where there is less light intensity, they collected 100

    lx with cloud cover and the period with little or no cloud cover amounted to 3880 lx.

    From the results above, in order to meet the low-income groups with a satisfactory

    product cost through electricity savings through the use of natural light in residential

    environments and also by the low cost of production and maintenance, it has been

    achieved.

    KEYWORDS: Sustainability; Natural light; Energy efficiency; Strategy project.

  • LISTA DE FIGURA

    Figura 1: Evolução ergonômica - primeiros caminhões. ............................................................................ 26

    Figura 2: Evolução ergonômica - caminhões atuais. .................................................................................. 27

    Figura 3: Projeto padrão de casa popular - Caixa Econômica Federal. ...................................................... 29

    Figura 4: Classificação dos municípios no IDHM 2013. ............................................................................ 31

    Figura 5: Projeto de casa popular de plástico e aço. Ambiente externo e interno. ..................................... 32

    Figura 6: Projeto de casa popular eficiente. Desenvolvido no Centro de Tecnologia da UFSM. ............... 32

    Figura 7: Projeto de casa popular com componentes modulares. Vistas externas e internas. .................... 33

    Figura 8: Solstício e equinócio para os hemisférios Norte e Sul. ............................................................... 36

    Figura 9: Distribuição da luz solar entre a linha do equador e trópico de capricórnio. .............................. 36

    Figura 10: Atlas Solarimétrico do Brasil 2000. .......................................................................................... 37

    Figura 11: Lei de reflexão e refração da luz. .............................................................................................. 38

    Figura 12: Lente divergente bicôncava. ..................................................................................................... 39

    Figura 13: Representação de um espelho divergente .................................................................................. 39

    Figura 14: Espelho convergente. ................................................................................................................ 40

    Figura 15: Representação de um espelho convergente. .............................................................................. 40

    Figura 16: Sistema Himawari. .................................................................................................................... 46

    Figura 17: Representação do funcionamento do Sistema Himawari. ......................................................... 46

    Figura 18: Sistema Himawari com seis lentes. ........................................................................................... 47

    Figura 19: Sistema Himawari com cento e oito lentes. .............................................................................. 47

    Figura 20: Representação do Sistema Parans - Demonstração do funcionamento. .................................... 48

    Figura 21: Sistema Parans. ......................................................................................................................... 48

    Figura 22: Sistema Sunlight. ...................................................................................................................... 49

    Figura 23: Sistema Solartube. ..................................................................................................................... 49

    Figura 24: Detalhe da luz dispersa no ambiente. ........................................................................................ 50

    Figura 25: Módulos do Sistema Solartube.................................................................................................. 50

    Figura 26: Sistema Daylightig - Iluminação do ambiente interno. ............................................................. 51

    Figura 27: Sistema Daylighting com exaustor. ........................................................................................... 51

    Figura 28: Sistema Velux - Tubo flexível. ................................................................................................. 52

    Figura 29: Representação do Sistema Velux - Equipamento instalado. ..................................................... 52

    Figura 30: Sistema Velux - detalhe do difusor da luz solar. ....................................................................... 53

    Figura 31: Sistema Light Pipe - Sistema computacional de captação da luz solar. .................................... 54

    Figura 32: Camada externa de tecido de fibra tensionada. ......................................................................... 54

    Figura 33: Vista superior do tubo com hastes radial. ................................................................................. 54

    Figura 34: Vista do tubo dentro do edifício. ............................................................................................... 55

    Figura 35: Modelo do coletor solar A. ....................................................................................................... 71

    Figura 36: Modelo do coletor solar B. Vista isométrica. ............................................................................ 71

    Figura 37: Modelo do coletor solar B - Vista do topo. ............................................................................... 71

    Figura 38: Modelo do coletor solar C. ........................................................................................................ 72

    Figura 39: Modelo do coletor solar D. ....................................................................................................... 73

    Figura 40: Modelo do coletor solar E. Vista lateral. ................................................................................... 73

    Figura 41: Modelo do coletor solar E. Vista superior. ................................................................................ 73

    Figura 42: Prisma simples. ......................................................................................................................... 74

    Figura 43: Prisma duplo. ............................................................................................................................ 74

    Figura 44: Garrafa PET. ............................................................................................................................. 74

    Figura 45: Curva de PVC 45°. .................................................................................................................... 75

    Figura 46: Modelo 01 do suporte do coletor solar. ..................................................................................... 75

    Figura 47: Modelo 02 do suporte coletor solar. .......................................................................................... 75

    Figura 48: Modelo 01. ................................................................................................................................ 82

    Figura 49: Modelo 01 - Vista do topo. ....................................................................................................... 82

    Figura 50: Modelo 02 - junção dupla de 75mm em PVC. .......................................................................... 82

    Figura 51: Modelo 03 - tubo de 75mm em PVC. ....................................................................................... 83

    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o_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813182file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813183file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813184file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813185file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813186file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813187file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813188file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813189file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813190file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813191file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813192file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813193file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813194file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813195file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813196file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813197file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813198file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813199file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813200

  • Figura 52: Modelo 04 - tubo de 150mm em PVC com aberturas hexagonais. ........................................... 90

    Figura 53: Modelo 04 - Vista de topo. ........................................................................................................ 90

    Figura 54: Modelo 05 com duas junções dupla de 75mm em PVC com tinta metálica prata. ................... 90

    Figura 55: Modelo 06 com tubo de 150mm em PVC e aberturas de 75mm em PVC. ............................... 91

    Figura 56: Vista dos modelos sendo testados. ............................................................................................ 91

    Figura 57: Revestimento interno com emborrachado e papel alumínio. .................................................... 93

    Figura 58: Revestimento interno com TNT metálico. ................................................................................ 93

    Figura 59: Revestimento metálico com fita adesiva B.O.P.P. .................................................................... 94

    Figura 60: Luminária plafon – Modelo 01 . ............................................................................................... 95

    Figura 61: Modelo plafon - Modelo 02. ..................................................................................................... 95

    Figura 62: Luminária artesanal em PET. .................................................................................................... 95

    Figura 63: Modelo definitivo do Sistema Natilum. ................................................................................... 97

    Figura 64: Representação do Sistema Nátilum. .......................................................................................... 98

    Figura 65: Representação explodida do Sistema Natilum. ......................................................................... 99

    Figura 66: Suporte metálico da luminária Plafon modificado. ................................................................. 100

    Figura 67: Sequencia Fibonace................................................................................................................. 100

    Figura 68: Refletor - Entradas laterais da cúpula. .................................................................................... 101

    Figura 69: Representação em 3D do Sistema Natilum. ............................................................................ 104

    file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813201file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813202file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813203file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813204file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813205file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813206file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813207file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813208file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813209file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813210file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813211file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813212file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813213file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813214file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813215file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813216file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813217file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813218

  • LISTA DE TABELAS

    Tabela 1: Dados da radiação solar diária, médias mensais para diversas localidades do mundo. .............. 21

    Tabela 2: Classificação dos municípios no IDHM 2013. ........................................................................... 30

    Tabela 3: Pontuação referente a análise dos sistemas de iluminação natural do mercado. ......................... 56

    Tabela 4: Módulo de captação da luz. ........................................................................................................ 61

    Tabela 5: Módulo de condução da luz solar. .............................................................................................. 62

    Tabela 6: Módulo de dispersão da luz solar. .............................................................................................. 63

    Tabela 7: Módulo de acessórios. ................................................................................................................ 64

    Tabela 8: Avaliação dos componentes do módulo de captação da luz solar. ............................................. 65

    Tabela 9: Avaliação dos componentes do módulo de condução da luz solar. ............................................ 65

    Tabela 10: Avaliação dos componentes do módulo de dispersão da luz solar. .......................................... 66

    Tabela 11: Avaliação dos componentes do módulo de acessórios. ............................................................ 66

    Tabela 12: Avaliação dos materiais do módulo de captação da luz solar. .................................................. 68

    Tabela 13: Avaliação dos materiais do módulo de condução da luz solar.................................................. 69

    Tabela 14: Avaliação dos materiais do módulo de dispersão da luz solar. ................................................. 69

    Tabela 15: Avaliação dos materiais do módulo acessórios. ....................................................................... 69

    Tabela 16: Avaliação dos modelos de captação da luz solar. ..................................................................... 92

    Tabela 17: Avaliação do condutor de luz solar........................................................................................... 94

    Tabela 18: Avaliação do difusor da luz solar. ............................................................................................ 96

  • LISTA DE GRAFICO

    Gráfico 1: Crescimento do volume dos oceanos devido ao aquecimento global. ....................................... 17

    Gráfico 2: Déficit habitacional brasileiro. .................................................................................................. 28

    Gráfico 3: Identificação do gênero do usuário. .......................................................................................... 42

    Gráfico 4: Estado civil do usuário. ............................................................................................................. 42

    Gráfico 5: Faixa etária do usuário. ............................................................................................................. 43

    Gráfico 6: Escolaridade do usuário. ........................................................................................................... 43

    Gráfico 7: Ocupação do usuário. ................................................................................................................ 43

    Gráfico 8: Nível econômico do usuário. ..................................................................................................... 44

    Gráfico 9: Profissão do usuário. ................................................................................................................. 44

    Gráfico 10: Religião do usuário.................................................................................................................. 44

    Gráfico 11: Tecnologia conhecida pelo usuário. ........................................................................................ 45

    Gráfico 12: Parâmetros de avaliação dos sistemas de iluminação natural do mercado. ............................. 56

    Gráfico 13: Medição 1 do ambiente em 12/07/2014. ................................................................................. 76

    Gráfico 14: Medição 1 saída do tubo em 12/07/2014. ................................................................................ 76

    Gráfico 15: Medição 2 do ambiente em 12/07/2014. ................................................................................. 77

    Gráfico 16: Medição 2 saída do tubo em 12/07/2014. ................................................................................ 77

    Gráfico 17: Medição 3 do ambiente em 12/07/2014. ................................................................................. 77

    Gráfico 18: Medição 3 saída do tubo em 12/07/2014. ................................................................................ 78

    Gráfico 19: Medição 4 do ambiente em 12/07/2014. ................................................................................. 78

    Gráfico 20: Medição 4 saída do tubo em 12/07/2014. ................................................................................ 78

    Gráfico 21: Medição 5 do ambiente em 12/07/2014. ................................................................................. 79

    Gráfico 22: Medição 5 saída do tubo em 12/07/2014. ................................................................................ 79

    Gráfico 23: Medição 6 do ambiente em 12/07/2014. ................................................................................. 79

    Gráfico 24: Medição 6 saída do tubo em 12/07/2014. ................................................................................ 80

    Gráfico 25: Medição 7 do ambiente em 12/07/2014. ................................................................................. 80

    Gráfico 26: Medição 7 saída do tubo em 12/07/2014. ................................................................................ 80

    Gráfico 27: Medição 8 do ambiente em 12/07/2014. ................................................................................. 81

    Gráfico 28: Medição 8 saída do tubo em 12/07/2014. ................................................................................ 81

    Gráfico 29: Medição 1 do ambiente em 01/03/2015. ................................................................................. 84

    Gráfico 30: Medição 1 saída do tubo em 01/03/2015 ................................................................................. 84

    Gráfico 31: Medição 2 do ambiente em 01/03/2015. ................................................................................. 85

    Gráfico 32: Medição 2 saída do tubo em 01/03/2015. ................................................................................ 85

    Gráfico 33: Medição 3 do ambiente em 01/03/2015. ................................................................................. 86

    Gráfico 34: Medição 3 saída do tubo em 01/03/2015. ................................................................................ 86

    Gráfico 35: Medição 4 do ambiente em 01/03/2015. ................................................................................. 87

    Gráfico 36: Medição 4 saída do tubo em 01/03/2015. ................................................................................ 87

    Gráfico 37: Medição 5 do ambiente em 01/03/2015. ................................................................................. 88

    Gráfico 38: Medição 5 saída do tubo em 01/03/2015. ................................................................................ 88

    Gráfico 39: Medição 6 do ambiente em 01/03/2015. ................................................................................. 89

    Gráfico 40: Medição 6 saída do tubo em 01/03/2015. ................................................................................ 89

    Gráfico 41: Normas ABNT-NBR 5413-92 para iluminação de interiores. .............................................. 101

    Gráfico 42: Resultado das medições em lux no ambiente. ....................................................................... 103

    Gráfico 43: Resultados das medições em lux na saída do Sistema Natilum. ............................................ 103

    file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813020file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813021file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813022file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813023file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813024file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813025file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813026file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813027file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813028file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813029file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813030file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813031file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813032file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813033file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813034file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813035file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813036file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813037file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813038file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813039file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813040file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813041file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813042file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813043file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813044file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813045file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813046file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813047file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813048file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813049file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813050file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813051file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813052file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813053file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813054file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813055file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813056file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813057file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813058file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813059file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813060file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813061file:///D:/gustavo/Documents/8º%20Período_Design/DEZ_2014_projeto/Pranchas/Depósito%20na%20biblioteca%20CAA/Natilum_PósDefesa_Depósito.docx%23_Toc445813062

  • Sumário

    1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................... 16

    1.1 Objetivos.......................................................................................................................................... 18

    1.1.1 Geral ......................................................................................................................................... 18

    1.1.3 Específicos ................................................................................................................................. 18

    1.2 Objeto de estudo ............................................................................................................................... 18

    1.3 Justificativa ....................................................................................................................................... 18

    1.4 Metodologia ...................................................................................................................................... 19

    2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .......................................................................................................... 21

    2.1 Conceito de Sustentabilidade ............................................................................................................ 22

    2.2 Conceito de Usabilidade ................................................................................................................... 26

    2.3 Habitações Populares ........................................................................................................................ 28

    2.4 Cores e o Psicodinamismo na Comunicação ........................................................................................ 33

    2.5 Trajetória do Sol na Região Nordeste do Brasil .......................................................................... 35

    2.6 Refração e Reflexão da Luz em Espelhos Côncavos e Convexos, Espelhos Planos e Lentes .......... 38

    3 ELABORAÇÃO DO PROJETO - ESTRATÉGIA ................................................................................. 40

    3.1 Identificação dos Usuários................................................................................................................ 41

    4 REQUISITOS .......................................................................................................................................... 45

    4.1 Análise de Similares ......................................................................................................................... 45

    4.2 Sistema Himawari ............................................................................................................................ 45

    4.3 O sistema Sunlight Direct ................................................................................................................. 48

    4.4 Solartube ........................................................................................................................................... 49

    4.5 Velux ................................................................................................................................................ 52

    4.6 Solar Light Pipe ................................................................................................................................ 53

    4.7 Comparação dos Similares ............................................................................................................ 55

    4.8 Diretrizes Gerais ............................................................................................................................... 56

    4.9 Conhecimento do Mercado ............................................................................................................... 57

    4.10 Escopo ............................................................................................................................................ 59

    a) Especificações funcionais ................................................................................................................... 59

    b) Conteúdos Necessários ....................................................................................................................... 59

    5 ESTRUTURA ......................................................................................................................................... 60

    5.1 Modularização .................................................................................................................................. 60

    5.2 Componentes .................................................................................................................................... 60

    5.3 Pesquisas de Componentes ............................................................................................................... 61

    a) Módulo de Captação da Luz Solar ................................................................................................. 61

    5.4 Avaliação dos Componentes ............................................................................................................ 65

  • 5.5 Materiais ........................................................................................................................................... 67

    a) Modulo de Captação da Luz Solar ............................................................................................ 67

    b) Modulo de Condução da Luz Solar ........................................................................................... 67

    c) Módulo de Dispersão da Luz Solar ................................................................................................ 67

    c) Módulo de Acessórios ............................................................................................................... 68

    5.6 Avaliação dos Materiais ................................................................................................................... 68

    6 ESQUELETO .......................................................................................................................................... 69

    6.1 Geração de Alternativas Captação da Luz Solar .............................................................................. 70

    6.1.1 Modelo de captação da luz solar A ........................................................................................... 70

    6.1.2 Modelo de Captação da Luz Solar B ......................................................................................... 71

    6.1.3 Modelo de Captação da Luz Solar C ......................................................................................... 72

    6.1.4 Modelo de Captação da Luz Solar D ......................................................................................... 72

    6.1.5 Modelo de Captação da Luz Solar E ......................................................................................... 73

    6.1.6 Anexos: ...................................................................................................................................... 74

    6.2 Comparativo dos Modelos do Sistema de Iluminação Natural – Captação da Luz Solar ................. 75

    6.3 Imagens dos Modelos ....................................................................................................................... 81

    6.4 Comparativo dos Modelos do Sistema de Iluminação Natural – Captação da Luz Solar ................. 83

    6.5 Imagens dos Modelos ....................................................................................................................... 89

    6.6 Avaliação da Captação da Luz Solar ................................................................................................ 92

    6.7 Geração de alternativas condutor de luz – Ø75mm e Ø150mm ....................................................... 92

    6.7.1 Modelo com revestimento de papel alumínio ............................................................................ 92

    6.7.2 Modelo com revestimento de TNT metálico prata .................................................................... 93

    6.7.3 Modelo com revestimento de tinta metálica prata ..................................................................... 93

    6.7.4 Avaliação da bitola do tubo e seu revestimento......................................................................... 94

    6.8 Geração de Alternativas Difusor da Luz ...................................................................................... 95

    6.8.1 Modelo tipo plafon ................................................................................................................... 95

    6.8.2 Modelo com utilização de garrafa PET ..................................................................................... 95

    6.8.3 Avaliação do difusor da luz solar .............................................................................................. 96

    A luminária de PET apresenta uma dificuldade em encontra-lo no mercado, pois é um produto artesanal,

    não existindo no comércio com abrangência. ............................................................................................. 96

    7 SUPERFÍCIE .......................................................................................................................................... 96

    7.1 Seleção de alternativas ..................................................................................................................... 96

    7.2 Avaliação e Performance do Produto ............................................................................................. 101

    7.2.1 Medição em 11 de julho de 2015 ............................................................................................. 102

    7.2.2 Medição em 14 de agosto de 2015 .......................................................................................... 102

    7.2.3 Medição em 02 de setembro de 2015 ...................................................................................... 102

    7.2.4 Medição em 20 de setembro de 2015 ...................................................................................... 102

    8 CONCLUSÃO ....................................................................................................................................... 104

    REFERENCIAS ....................................................................................................................................... 106

  • ANEXOS .................................................................................................................................................. 109

  • 16

    1 INTRODUÇÃO

    O campo da pesquisa acadêmica, como fonte geradora de tecnologia de ponta,

    vem assumindo um papel de relevância no desenvolvimento do “conhecimento verde”.

    Esse destaque vem da conscientização das mudanças nos ecossistemas do Planeta o qual

    foi apontado nos encontros de cúpula ocorridos a partir da década de 1970, iniciado na

    cidade de Estocolmo, Suécia em 1972.

    Nos encontros1 seguintes, na Convenção de Viena para Proteção da Camada de

    Ozônio Viena em 1985, o Protocolo de Montreal, 1987, na Conferência das Nações

    Unidas sobre Ambiente e Desenvolvimento – ECO’92, Rio de Janeiro, 1992, na

    Conferência das Nações Unidas em Istambul, 1996, no Japão, o Protocolo de Kyoto em

    1997, o conceito de sustentabilidade foi sendo construído na perspectiva de se chegar

    aos seres humanos e estes, por sua vez, pudesse assumir como premissa na defesa da

    vida do planeta terra, caso contrário, à própria humanidade pereceria, e o planeta

    continua ajustando-se, como sempre fez ao longo dos seus 4,5 bilhões de anos.

    Na atualidade, a visão sobre sustentabilidade é bem mais ampla. Segundo

    Manzini (2008) “A sustentabilidade ambiental é um objetivo a ser atingido e não, como

    hoje muitas vezes é entendido, uma direção a ser seguida”. Para que de fato algo

    represente a sustentabilidade é necessário apresentar em seu desenvolvimento e

    aplicação, processos que garantam a economia de energia, o cuidado com o descarte, o

    uso dos recursos naturais de forma que a natureza consiga repô-los ao ambiente, e que

    as classes sociais não consumam as riquezas naturais além de seus limites, evitando

    assim, que as sociedades futuras não percam suas riquezas naturais, e não tenham o

    direito de transmiti-las para seus descendentes.

    Um dos problemas identificados pela comunidade científica é a utilização de

    energia a partir de uma matriz energética que se baseia, atualmente, em combustíveis

    fósseis, geradores do efeito estufa, aumentando assim, a temperatura do planeta, além

    dos parâmetros estabelecidos pela natureza.

    Nesse sentido, com a elevação da temperatura no planeta, decorrente do aumento dos

    gases do efeito estufa, ocorre o derretimento das calotas de gelo por todo o planeta,

    provocando o crescimento do nível do mar, gerando, dessa forma, várias consequências

    e, uma delas, é a inundação de cidades costeiras.

    1 Fonte: www.direitoshumanos.usp.br/index.php/Meio-Ambiente/declaracao-estocolmo-sobre-o-

    ambiente-humano.html

  • 17

    O gráfico 01 a seguir demonstra que, desde 1910, o nível do mar vem se

    elevando e, este, por sua vez, não parou.

    Para Manzini (2008) “é importante, portanto, introduzir e integrar as questões e

    os requisitos ambientais desde o início do processo de desenvolvimento de um produto

    ou de serviço”. Essa tomada de decisão no foco da sustentabilidade, por parte do

    designer, deve ser considerada como a premissa mais relevante.

    O Projeto da Casa Popular Sustentável desenvolvido pelo Laboratório Sendes

    da Universidade Federal de Pernambuco/Centro Acadêmico do Agreste, na cidade de

    Caruaru, Pernambuco tem, como um de seus propósitos, o de contribuir para o

    progresso de uma sociedade saudável introduzindo as questões ambientais no

    desenvolvimento projetual.

    Esse projeto de pesquisa traz, como problema prático, o desenvolvimento de

    um sistema de captação e iluminação para casas populares, uma vez que, os recursos

    tecnológicos existentes, atualmente no mercado, são inacessíveis, tanto financeira

    quanto tecnologicamente para as classes populares de baixa renda.

    O problema apresentado nessa pesquisa direciona a um questionamento

    considerado relevante: como projetar produtos dentro de um sistema de iluminação

    natural, com baixo custo, uma vez que, a iluminação natural aproveita a luz provinda do

    sol com o objetivo de iluminar os ambientes internos de edificações? Nessa perspectiva,

    a redução no consumo de energia elétrica contribuirá para que o conceito de

    sustentabilidade venha fazer parte das famílias de baixa renda, e essas, por sua vez,

    possam usufruir também, de produtos que, por ventura, venham ajudá-las no que se

    refere às questões socioeconômicas.

    Fonte: wwwp.fc.unesp.br/~lavarda/procie/dez14/luciana

    Gráfico 1: Crescimento do volume dos oceanos devido ao aquecimento

    global.

  • 18

    1.1 Objetivos

    1.1.1 Geral

    Desenvolver um produto dentro do sistema de iluminação para residências

    populares, aproveitando a luz natural e que tenha baixo custo de produção e

    manutenção.

    1.1.3 Específicos

    1. Mapear sistemas de iluminação natural;

    2. Identificar requisitos para o desenvolvimento de um sistema de iluminação

    natural de baixo custo de produção e manutenção;

    3. Descrever projetos de residências populares para auxiliar durante o

    desenvolvimento dos produtos do sistema de iluminação natural;

    1.2 Objeto de estudo

    Produtos para sistema de iluminação natural, em especial, um produto que

    colete a luz, em seguida transfira-a para o ambiente, fazendo com que este a receba de

    forma igual e bem distribuída.

    1.3 Justificativa

    O presente trabalho tem como proposta desenvolver um sistema relacionado à

    utilização de energias alternativas, o qual é um tema recorrente na mídia internacional,

    motivado pelas notícias sobre o desequilíbrio ecológico, destacando-se o conceito da

    iluminação natural de ambientes residenciais. Escolheu-se esse tema, uma vez que pode

    contribuir tanto na aprendizagem como profissional do Design, tanto quanto na

    utilização do conceito iluminação natural e nas técnicas de desenvolvimento de

    produtos.

    Outro aspecto motivador no desenvolvimento desse projeto é a sua aplicação

    para atender a uma população em pleno crescimento, a classe C, a qual entre 1992 e

    2009, saiu dos 32,5% para 50,5%, representando mais da metade da população

    brasileira, de acordo com a divulgação realizada pela Fundação Getúlio Vargas com

    base nos dados da Pesquisa Nacional de Amostragem por Domicílio do IBGE (2010).

    Colaborando assim com meios para que essa população contribua na redução desses

  • 19

    efeitos destruidores da natureza e auxiliando-os na economia de energia pela

    substituição parcial da iluminação artificial pela natural.

    Após realizar uma pesquisa sincrônica, há no mercado vários modelos de

    sistemas de iluminação natural, tais como: i) A Velux com sede no norte de

    Copenhague, EU; ii) A Solartube que tem sede nos Estados Unidos da América e

    comercializado aqui no Brasil pela empresa Naturalux no Rio de Janeiro; iii) A

    SunDolier com sede em Boulder, Colorado, EUA. Verifica-se que todos esses produtos

    não são produzidos aqui no Brasil e por isso os custos de aquisição dos mesmos se torna

    inviável para atender a uma população de baixa renda a qual o projeto se propõe a

    atingir. O desenvolvimento de produtos que tenha produção local vem contribuir na

    utilização de sistemas de iluminação natural pelas classes sociais de baixa renda.

    Assim, desenvolver equipamentos capazes de captar esse manancial gratuito

    provindo do sol e utilizá-lo como fonte de iluminação em ambientes residenciais e

    comerciais é e será uma das inúmeras atribuições dos Designers. Tais produtos devem

    ser acessíveis para todas as classes sociais, mantendo qualidade e funcionalidade,

    justificando-se o presente estudo para desenvolver produtos que proporciona baixo

    impacto na vida do planeta.

    1.4 Metodologia

    Essa pesquisa está baseada, segundo Marconi e Lakatos (2010), no método

    funcionalista que considera a sociedade formada por partes compostas por grupos

    diferenciados, inter-relacionados e interdependentes, com funções específicas de seus

    componentes e grupos. Desse modo, estuda como funcionam os grupos na sociedade.

    Este método auxilia o recorte realizado na pesquisa, que direciona o desenvolvimento

    de produtos para as classes sociais de baixa renda avaliando qual a interferência das

    ações desses grupos no funcionamento da sociedade. De mesmo modo também se

    enquadra como método estruturalista, pois este é realizado a partir da investigação de

    um fenômeno concreto para, assim, fazer-se a abstração pela construção de modelos

    representativos do objeto de estudo e, em seguida, aplicar o modelo desenvolvido com

    base na nova realidade em que se fundamenta a pesquisa. Para o desenvolvimento dos

    modelos funcionais, foi utilizada a metodologia de Lourenço Jr. (2008), a qual consiste

    em cinco etapas: a primeira conhecida por estratégia, onde é apresentado o projeto a ser

    desenvolvido, e consiste na pesquisa de várias informações de produtos, similares que

  • 20

    auxiliem na fundamentação no desenvolvimento da outas etapas do projeto; a segunda

    denomina-se requisitos, momento em que o designer transforma as informações

    coletadas na etapa anterior em requisitos projetuais servindo de diretrizes fundamentais

    para o projeto; a terceira etapa chama-se estrutura. E nesse ponto ocorre à busca de

    informações técnicas das diversas partes dos componentes existentes no projeto; a

    quarta etapa, esqueleto, a qual consiste no desenvolvimento formal do projeto e suas

    especificações e, por fim, a quinta etapa, superfície, onde se realiza o desenvolvimento

    das pranchas de apresentação do produto final e o modelo funcional. Com os dados

    obtidos, foi feita uma investigação na região onde se aplicou o projeto, a partir de

    análises sincrônicas e diacrônicas dos produtos existentes no mercado. Dados foram

    coletados, analisados e tomaram-se as decisões, por parte da equipe técnica, como

    também a definição do objeto de estudo. Iniciou-se, assim, o desenvolvimento dos

    produtos de iluminação natural em residências populares.Foi aplicado um questionário

    de múltipla escolha na comunidade do Projeto Minha Casa Minha Vida, na cidade da

    Vitória de Santo Antão em Pernambuco. A coleta dos dados proporciona informações

    sobre o sexo, faixa etária, estado civil, bem como nível social (Escolaridade, ocupação),

    o nível econômico, a profissão. Questiona também sobre estilo de vida, personalidade,

    religião e preferência esportiva. Finaliza com tecnologia conhecida sobre o tema do

    projeto e se há alguma experiência no uso de algum produto relacionado e a expectativa

    no desenvolvimento do projeto. A partir da aplicação do questionário foi possível

    estabelecer algumas diretrizes para o desenvolvimento do modelo funcional.

    Em momento posterior foi realizado o Focus Groups que foi dividido em duas

    partes, onde a primeira foi realizada uma dinâmica que tem por objetivo relaxar as

    pessoas e desloca-las do seu dia-a-dia. Na segunda parte ouve dois grupos de perguntas,

    o primeiro relacionado a questões gerais de uma residência ideal e na segunda, as

    questões foram específica sobre a iluminação dos ambientes residencial, o consumo de

    energia elétrica para iluminá-la e sugerindo a utilização de iluminação natural. Nesse

    momento os dados trouxeram informações mais pontuais sobre a expectativa de se

    utilizar um produto que atenda as necessidades de iluminação e reduza os custos do

    consumo de energia elétrica.

    A humanidade parou numa bifurcação, mostrando dois caminhos possíveis de

    serem seguidos, que são: o uso desenfreado dos bens naturais e o aproveitamento desses

    bens de forma sustentável. É uma escolha individual e também coletiva, pois não basta

    conscientizar-se é preciso atitude. Se escolher o abuso das riquezas naturais, as

  • 21

    previsões tendem a levar os seres humano a um futuro bem próximo de grandes

    dificuldades para sobreviver. Se for ao contrário, a utilização coerente dos bens

    advindos da Natureza, respeitando a resiliência dos ecossistemas, o futuro será menos

    sombrio e com maior expectativa de uma vida melhor para todas as pessoas,

    independente de sua posição social.

    2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

    O Nordeste brasileiro é a região que recebe ao longo do ano mais irradiação

    provinda do Sol.

    Segundo estudos realizados pelo professor e pesquisador Chigueru Tiba do

    Grupo Fontes Alternativas de Energia (FAE), do Departamento de Energia Nuclear da

    Universidade Federal de Pernambuco, a região nordeste brasileiro é comparável às

    melhores localidades no mundo como: Dongola, localizado no deserto arábico, no

    Sudão, e a região de Dagget fica no deserto de Mojav, Califórnia, Estados Unidos da

    América. De acordo com a tabela 1 coletada do Atlas Solarimétrico do Brasil (2000)

    verifica-se que os índices de radiações solares em MJ/m² (Megajoule por metro

    quadrado – unidade de medida de energia, usada para aferir a incidência de radiação

    solar) são semelhantes. Outro aspecto conclusivo desse estudo diz respeito à pouca

    variação sazonal de cobertura das nuvens no nordeste, mantendo a região mais expostas

    aos raios solares. Destacaram-se as médias anuais de ambas as regiões em vermelhos.

    Tabela 1: Dados da radiação solar diária, médias mensais para diversas localidades do mundo.

    Localidade Latitude Hh(mínimo)

    MJ/m2

    Hh(máximo)

    MJ/m2

    Hh(anual)

    MJ/m2

    Hh(max)/Hh(min)

    Dongola-Sudão 19º10’ 19,1(Dez) 27,7(Mai) 23,8 1,4

    Dagget - USA 34º52’ 7,8 (Dez) 31,3(Jun) 20,9 4,0

    Belém–PA-BR 1º27’ 14,2 (Dez) 19,9 (Ago) 17,5 1,4

    Floriano- PI- BR 6º46’ 17,0 (Fev) 22,5(Set) 19,7 1,3

    Petrolin- PE- BR 9°23’ 16,2(Jun) 22,7 (Out) 19,7 1,4

    B. J. da Lapa – BA 13°15’ 15,9 (Jun) 21,1 (Out) 19,7 1,3

    Cuiabá- MT- BR 15°33’ 14,7(Jun) 20,2 (Out) 18,0 1,4

    B. Horizonte-MG-

    Brasil 19°56’ 13,8(Jun) 18,6(Out) 16,4 1,3

    Curitiba-PR-BR 25°26’ 9,7(Jun) 19,4(Jan) 14,2 2,0

    P. Alegre-RS- Brasil 30°1’ 8,3(Jun) 22,1(Dez) 15,0 2,7

    Fonte: Atlas Solarimétrico do

    Brasil (2000)

  • 22

    Nas regiões Norte, Centro-oeste, Sudeste e Sul ocorrem períodos maiores de

    cobertura por nuvens, devido à influência da selva amazônica no Centro-oeste e Sudeste

    e no Sul pelas frentes frias.

    Na região Nordeste como foi exposto acima há um grande potencial de

    utilização de um sistema de iluminação natural praticamente o ano todo aproveitando a

    luz diurna e assim economizando energia a qual pode ser utilizada nas indústrias, no

    comércio e serviços, mesmo no trimestre que vai de maio a julho que é o período na

    região que ocorrem maior cobertura de nuvens que fica entre 14 a 18 MJ/m² de acordo

    com as cartas 3,5 de abril, 3,6 de maio 3,7 de junho e 3,8 de julho, consecutivamente

    nas páginas 41, 43, 45 e 47 do Atlas Solarimétrico dos Brasil (2000). Mede a radiação

    solar global diária, média mensal.

    Outro aspecto que se destaca na utilização de um sistema de iluminação natural

    são os benefícios trazidos pelos raios UV à saúde humana.

    Na I Conferência Latino-América de Construção Sustentável e X Encontro Sustentável

    de Tecnologia do Ambiente Construído (2004), foi destacado o principal benefício da

    exposição da luz natural, ou seja, a produção da Vitamina D, pois em decorrência da

    falta dessa substância no organismo, o cálcio não é devidamente absorvido pelo

    organismo.

    No entanto, a professora Dra. Cláudia Naves David Amorim alerta quanto à

    exposição da luz natural nos ambientes residenciais, afirmando que:

    A disponibilidade da luz natural na região tropical é muito grande, e esta

    deve ser usada de forma criteriosa. O desafio, portanto, é equilibrar

    sabiamente o ingresso da luz difusa, bloqueando o calor gerado pela luz solar

    direta, evitando problemas de conforto térmico. (I Conferência Latino-

    Americana de Construção Sustentável e X Encontro Sustentável de

    Tecnologia do Ambiente Construído, 2004).

    Nesse sentido, a exposição direta poderá levar ao surgimento de doenças

    relacionadas com a pele que é o maior órgão do nosso corpo e o de maior exposição ao

    sol.

    2.1 Conceito de Sustentabilidade

    A vida para se estabelecer em um determinado habitat realiza trocas com esse

    mesmo habitat, garantindo sua permanência e prosperidade. É a lei estabelecida pela

  • 23

    Natureza: todos os seres buscam adaptar-se no seu nicho para assim extrair o melhor do

    ambiente.

    A história da influência do homem na Terra, remonta há muitos milênios atrás.

    Ela traduz a interferência gradual e progressiva aos ambientes ecológicos ao redor de

    todo o planeta. Tem inicio há pelo menos seis milhões de anos. O registro fóssil da

    presença do homem no planeta se dá a partir da descoberta de fragmentos de um crânio

    denominado “Crânio Toumai” no deserto de Chade, na África.

    Este espécime, como boa parte dos seres vivos, eram extrativistas,

    sobrevivendo do que encontravam. Porém os hominídeos trazia em seus genes um

    potencial que o diferenciava de todas as outras, os germes da inteligência e do

    raciocínio lógico. Fazendo deles ao longo da evolução o ser mais poderoso entre todos

    os outros, capaz de modificar todo o Planeta e até mesmo o destruí-lo.

    Seguem-se os milênios capacitando-os através das tentativas, mostrando os

    erros e acertos, e chegamos a um período das descobertas ou grades navegações

    realizadas pelos europeus no período que compreende os séculos XV a XVII dC. Agora

    os locais de exploração expandem-se para além das fronteiras conhecidas por essa

    humanidade jovem e pouco sábia quanto às relações existentes entre si e a natureza.

    Como exemplo temos os nossos patrícios, os Portugueses. No ano de 1.500 da Era

    Cristã descobrem as terras ao qual mais tarde torna-se a Nação Brasileira, o então

    escrivão Pero Vaz de Caminha, faz uma descrição daquilo que ele via, representando as

    riquezas infinitas em uma carta ao Rei de Portugal com o seguinte destaque:

    “Esta terra, Senhor, parece-me que, da ponta que mais contra o sul vimos, até

    à outra ponta que contra o norte vem, de que nós deste porto houvemos vista,

    será tamanha que haverá nela bem vinte ou vinte e cinco léguas de costa.

    Traz ao longo do mar em algumas partes grandes barreiras, umas vermelhas,

    e outras brancas; e a terra de cima toda chã e muito cheia de grandes

    arvoredos. De ponta a ponta é toda praia [...] muito chã e muito formosa. Pelo

    sertão nos pareceu, vista do mar, muito grande; porque a estender olhos, não

    podíamos ver senão terra e arvoredos terra que nos parecia muito extensa.

    Até agora não pudemos saber se há ouro ou prata nela, ou outra coisa de

    metal, ou ferro; nem lha vimos. Contudo a terra em si é de muito bons ares

    frescos e temperados como os de Entre-Douro-e-Minho, porque neste tempo

    d'agora assim os achávamos como os de lá. Águas são muitas; infinitas. Em

    tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo; por

    causa das águas que tem!”

    (Fonte:http://educaterra.terra.com.br/voltaire/500br/carta_caminha.html)

    Havia ai um grande potencial de exploração das riquezas naturais justificando

    o projeto das grandes navegações que foram planejadas.

  • 24

    Porém, os dois períodos mais significativos com relação à interferência

    humana ao meio ambiente, os quais aceleraram as modificações dos habitats terráqueos,

    se deram a partir da Revolução Industrial do Século 18, na Inglaterra, devido as grandes

    reservas de carvão mineral, um combustível impulsionador das máquinas; e, o outro,

    que se relaciona com as duas grandes Guerras Mundiais: de 1914 a 1918 (1ª Guerra); e,

    de 1939 a 1945 (2ª Guerra). Foram nesses momentos que o intelecto humano

    estimulado pelas circunstâncias que cada momento estabeleceu, elaborou diversos

    produtos para atender aos anseios humanos. O mundo passou a ser globalizado, as

    máquinas de transporte encurtavam as distâncias e todo o planeta passou a ser explorado

    cada vez mais, sem nenhuma preocupação com a diversidade da vida.

    Foi quando em 1968, numa pequena vila na cidade de Roma, na Itália,

    políticos, físicos, empresários e cientistas, juntaram-se para tratar do desenvolvimento

    sustentável do planeta. Quatro anos mais tarde levantaram para a Humanidade, com a

    assistência do Instituto de Tecnologia de Massachusetts – M I T, um alerta que se a

    população mundial continuasse a consumir no ritmo acelerado que estava os recursos

    naturais se esgotariam em menos de 100 anos.

    Com esse alerta foram gerados vários encontros dos representantes mundiais e

    a ONU promoveu na sua 21ª Reunião Planetária uma discursão sobre o tema

    sustentabilidade.

    Na 21º Reunião Planetária a 16 de junho de 1972, em Estocolmo, na Suécia,

    patrocinada pela ONU, a Conferência com o tema sobre o Meio Ambiente, atenta à

    necessidade de aplicar critérios e de princípios comuns a fim de oferecer aos povos do

    planeta guia comum para preservar e melhorar o meio ambiente humano. Destacam-se

    dois trechos transcritos a seguir, que são o item 03 e o princípio 02 da Declaração de

    Estocolmo sobre o Ambiente Humano, como indicativo de haver uma preocupação com

    a interferência humana e suas possíveis consequências danosas à vida como um todo:

    “O homem deve fazer constante avaliação de sua experiência e continuar

    descobrindo, inventando, criando e progredindo. Hoje em dia, a capacidade

    do homem de transformar o que o cerca, utilizada com discernimento, pode

    levar a todos os povos os benefícios do desenvolvimento e oferecer-lhes a

    oportunidade de enobrecer sua existência. Aplicado errônea e

    imprudentemente, o mesmo poder pode causar danos incalculáveis ao ser

    humano e a seu meio ambiente.

    Os recursos naturais da terra incluídos o ar, a água, a terra, a flora e a fauna e

    especialmente amostras representativas dos ecossistemas naturais devem ser

    preservados em benefício das gerações presentes e futuras, mediante uma

  • 25

    cuidadosa planificação ou ordenamento. Item 03 e princípio 02 – Declaração

    de Estocolmo. (Fonte:http://www.direitoshumano.usp.br/index.php/Meio-

    Ambiente/declaracao-de-estocolmo-sobre-o-ambiente-humano.html)

    Dessa forma, verifica-se que os ecossistemas já estavam sendo tão devastados

    que acendeu a luz de alerta para as potências mundiais em reverem seu modo de atuar

    na Natureza, uma vez que não era tão infinita como disse Pero Vaz de Caminha em sua

    carta ao Rei D. Manuel de Portugal em 1.500 d.C. sobre as Terras de Vera Cruz.

    Em 1992 no Brasil, a Eco-92 realizada na cidade do Rio de Janeiro, resultou

    em um marco na relação Humanidade e o Planeta, pois nela a comunidade política

    internacional admitiu claramente que era preciso conciliar o desenvolvimento

    socioeconômico com a utilização dos recursos da natureza.

    Assim, a indústria teve que repensar o seu modo produtivo, e rever seus

    requisitos do desenvolvimento de seus produtos. No dizer de Manzini (2008) há três

    princípios importantes para garantir a sustentabilidade ambiental, os quais são: 1 - A

    resiliência dos ecossistemas planetários, a capacidade de regenerar-se após interferência

    destruidora; 2 - O não empobrecimento do capital natural, os quais serão transmitidos às

    gerações futuras; 3 - O último de caráter ético é a equidade, onde cada pessoa tem

    direito ao mesmo espaço ambiental, significando a mesma disponibilidade dos recursos

    naturais da Terra.

    Ainda mais, que a sustentabilidade ambiental é um objetivo a ser atingido e não

    uma direção a ser seguida. Dentro desse conceito “sustentabilidade ambiental” muitas

    indústrias maquiam seus produtos e modos operacionais para apresentar-se como

    indústria verde amiga da Natureza. Aquelas que aplicam o conceito de sustentabilidade

    em seus produtos e serviços estabelecem requisitos baseados em certificações

    internacionais, tais como a “Certificação LEED, Certificação Pharos” entre outras.

    Segundo Bonsiepe (2011) é necessário usar o conceito humanismo nos projetos

    de forma a interpretar as necessidades e os anseios de populações economicamente

    menos favorecidas com propostas acessíveis a esse recorte da sociedade, também fosse

    emancipadora reduzindo o domínio das ditas classes sociais economicamente altas. É

    necessário que se tenha autonomia para decidir sobre seu futuro, dessa forma os

    designers devem enfrentar através de sua produção esse conflito social, proporcionando

    soluções que atendam a sociedade como um todo.

  • 26

    A Humanidade não tem mais tempo para saber se vai ou não cuidar de seu

    planeta, não há mais tempo para essas discursões. Ou se torna cooperadora da Natureza

    ou será extinta, pois o planeta irá continuar. A premissa agora é desenvolver produtos

    que atenda ao conceito de sustentabilidade.

    Outro aspecto importante abordado a seguir refere-se à usabilidade.

    2.2 Conceito de Usabilidade

    A indústria desenvolvia seus projetos de produtos e lançava-os no mercado

    com o foco nos aspectos técnicos e funcionais. Tal proposta gerava insatisfação nos

    consumidores que os utilizavam causando desconforto e até mesmo lesões no

    organismo. Segundo Iida (2005) [...] “usabilidade significa facilidade e comodidade no

    uso dos produtos, tanto no ambiente doméstico como no profissional”. Essa facilidade

    decorre de um projeto que tem além dos aspectos técnicos e funcionais outros dois tão

    importantes quanto os anteriores os quais são a ergonomia e o design.

    A Ergonomia, segundo a Associação Internacional de Ergonomia (IEA), é o

    estudo que promove o entendimento das interações entre os seres humanos e outros

    elementos ou sistemas e à aplicação de teorias, princípios, dados e métodos a projetos a

    fim de otimizar o bem estar humano e o desempenho global do sistema. O Design como

    sendo uma atividade projetual, abordando os aspectos, funcionais, estéticos e simbólicos

    coordena, integra e articula todos os aspectos acima citados, de uma maneira ou de

    outra, participam no processo constitutivo da forma do produto.

    Atualmente, verifica-se essa aplicação nos produtos de grandes marcas, por

    exemplo, nos automóveis e nos veículos de trabalho, como mostra as figuras 1 e 2.

    Fonte: http://chong.zxq.net/ancestry/prt1/FamilyChong_Plow.htm. Acesso

    em 30 de janeiro de 2014.

    Figura 1: Evolução ergonômica - primeiros caminhões.

    http://chong.zxq.net/ancestry/prt1/FamilyChong_Plow.htm

  • 27

    De acordo com a nona reportagem “Por que é legal ser motorista” veiculada no

    site da Agência CNT de Notícias, em 15 de maio de 20142, um dos pontos indicados na

    matéria é o fato de que a cabine é muito mais que isso, ou seja, ela é a casa e o escritório

    do motorista. É justamente por essa razão que, cada vez mais, os novos modelos trazem

    uma boleia extremamente equipada com diversos instrumentos, softwares e estruturas

    buscando garantir mais conforto e possibilidades de trabalho com mais qualidade de

    vida.

    Quem vivenciou dirigir um caminhão no passado, como mostra a figura 1,

    onde só havia comandos e indicadores essenciais para dirigir o veículo, pode perceber

    hoje que, pela evolução das tecnologias, os caminhões possuem computadores

    demonstrando o desempenho durante a viagem, programas de desempenho para o

    percurso, piloto automático e sistemas de comunicação global por meio de smartphones

    ou rádio, facilitando a dirigibilidade e o bem estar do condutor.

    Outra preocupação apontada na reportagem anterior mencionada com a

    ergonomia mostra a preocupação com a qualidade de vida do motorista, isto é, melhor

    qualidade na execução de suas funções ao transportar os produtos de um ponto ao outro,

    pois, conforme a matéria, segundo alguns fabricantes, outras prioridades centram-se no

    conforto ergonômico e no aumento da segurança, pois estas permitem que o foco do

    condutor seja única e exclusivamente, a estrada.

    Comparando as duas cabines apresentadas nas figuras 1 e 2, vê-se o quanto

    evoluiu o conceito de usabilidade. A avaliação de usabilidade dever ser criteriosa,

    aplicando-se alguns princípios que.

    Segundo Iida (2005):

    2 Fonte: http://www.cnt.org.br/Paginas/Agencia_Noticia.aspx?noticia=tecnologia-caminhoes-conforto-

    gps-qualificacao-atualizacao-economia-15052014.

    Fonte: http://blogdocaminhoneiro.com/2013/08/daf-apresenta-a-evolucao-

    das-suas-operacoes-na-expofenabrave/. Acesso em 30 de janeiro de 2014.

    Figura 2: Evolução ergonômica - caminhões atuais.

  • 28

    [...] o produto deve evidenciar claramente a sua função [...], como sendo, as

    operações semelhantes devem ser realizadas de mesma forma, garantindo

    uma transferência positiva da experiência anterior, respeitando também os

    limites de capacidade do usuário quando operando o produto, além do mais,

    deve ser compatível com os conhecimentos cultural do consumidor para

    executar determinados comandos, por exemplo: as cores verde, amarelo e

    vermelho como sinal de livre para o verde, atenção para o amarelo e cuidado

    para o vermelho; os produtos devem prever os erros de seu manuseio; e

    informar ao usuário os resultados de sua ação, caso erre mostrar o erro e

    direcionar a prática correta, evitando desperdício de tempo e desgaste do

    próprio produto.

    Produtos classificados como artefatos instrumentais ou artefatos semióticos

    sem o emprego da usabilidade no desenvolvimento dos mesmos, poderá por parte do

    consumidor ser desprezado devido a não facilidade de uso, com consequência a falta de

    interação.

    2.3 Habitações Populares

    Segundo o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), o déficit

    habitacional no Brasil reduziu 12% desde quando foram iniciadas a sua verificação

    conforme observado no gráfico 02.

    Essa redução ocorreu pelo fato das autoridades públicas federais

    implementarem programas de residências populares, financiados pelo OGU (Orçamento

    Geral da União). Segundo a Gerência de Apoio ao Desenvolvimento Urbano da Caixa

    Econômica Federal (2007), essas habitações devem ter custo baixo de produção para

    atender, principalmente, as classes sociais de baixa renda, sem esse tipo de programa

    não teriam condições de adquirir, pelo sistema bancário, financiamento, devido às

    exigências do mercado brasileiro.

    Fonte:

    http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_cont

    ent&view=article&id=18179. Acesso em 30 de janeiro de

    2014.

    Gráfico 2: Déficit h