islã - alex · antes do advento do islã, os árabes não formavam uma unidade política coerente....
TRANSCRIPT
Islã
Antes do advento do islã, os árabes não formavam uma unidade política coerente. Nos inícios do século VI a Arábia posiciona-se em torno de dois impérios que se defrontam. A oeste, Bizâncio, cristã e herdeira de Roma, dominava o norte de África, a Palestina, a Síria, a Anatólia, a Grécia e o Sul da Itália.
A Leste, o Império Persa Sassânida ocupa uma área que corresponde aos atuais Iraque e Irã e tinha como religião oficial o zoroastrismo, mas nele também viviam cristãos, judeus e maniqueus. A base desta sociedade era a tribo que reunia descendentes de um mesmo antepassado.
A base desta sociedade era a tribo, que reunia descendentes de um mesmo antepassado. Uma tribo era composta por vários clãs. Algumas tribos eram sedentárias e outras eram nômades. As tribos viviam em guerra constante.
A Arábia era a terra do politeísmo, mas também viviam nela comunidades monoteístas. Tribos judaicas, talvez chegadas à península Arábica após a destruição do Segundo Templo em 70, formavam comunidades.
Em 570 ou 571 da era cristã, nasce
em Meca um homem que viria a
alterar a história da Arábia e do
Mundo. O seu nome era Maomé
(Muhammad).
O Islamismo é uma religião abraâmica monoteísta articulada pelo Alcorão, texto considerado como a palavra literal de Deus, e pelos ensinamentos e exemplos normativos (a chamada suna) de Maomé, considerado o último profeta de Deus.
Os muçulmanos acreditam que Deus é único e incomparável, e o propósito da existência é adorá-Lo. Acreditam que o islã é a versão completa de uma fé primordial que foi revelada em muitas épocas e lugares anteriores, incluindo por meio de Abraão, Moisés e Jesus, que eles consideram profetas.
Seguidores do Islã afirmam que as mensagens e revelações anteriores foram parcialmente alteradas ou corrompidas ao longo do tempo, mas consideram o Alcorão como uma versão inalterada da revelação de Deus.
Os conceitos e as práticas religiosas incluem os cinco pilares do Islã, que são conceitos e atos básicos e obrigatórios de culto, e a prática da lei islâmica, que atinge praticamente todos os aspectos da vida e da sociedade.
Os 5 pilares do Islamismo
Fé - professar e aceitar o credo;
Oração - orar cinco vezes ao longo do dia;
Caridade - pagar dádivas rituais;
Jejum - observar as obrigações do Ramadã;
Peregrinação - fazer a peregrinação a Meca.
A maioria dos muçulmanos pertence a uma das duas principais denominações; com 80% a 90% sendo sunitas e 10% a 20% sendo xiitas.
Os sunitas formam o maior ramo do Islã, ao qual no ano de 2006 pertenciam 84% do total dos muçulmanos. A maioria acredita que o nome deriva da palavra Suna, que se refere aos preceitos estabelecidos no século VIII baseados nos ensinamentos de Maomé e dos quatro califas ortodoxos.
Os xiitas consideram Ali, o genro e primo do profeta Maomé, como o seu sucessor legítimo e consideram ilegítimos os três califas sunitas que assumiram a liderança muçulmana após a morte de Maomé. O nome "xiitas" é a variação de "Shiat Ali" ("partido de Ali").
Depois da morte de Maomé, em 632, muitos acreditavam que ele havia escolhido como seu herdeiro e sucessor o seu genro e primo Ali ibn Abu Talib. Logo após o falecimento, a escolha do novo califa foi organizada, mas,
enquanto Ali e sua família aprontavam o enterro de Maomé, alguns sahaba, companheiros do Profeta, elegeram o novo governante da comunidade islâmica. Sendo assim, Abu Bakr foi designado o novo califa.
O Ibadismo é uma variante do Islã distinta do Sunismo e do Xiismo. Esta vertente é a forma predominante do islamismo no Omã e Zanzibar, existindo comunidades de fiéis também na Argélia, na Tunísia, na Líbia e na África Oriental como um todo.
Após a morte do terceiro califa, Otman, gerou-se uma disputa em torno de quem deveria ser o novo líder da comunidade muçulmana. Dois homens reclamavam essa dignidade:
Ali, primo do profeta Maomé e esposo de sua filha Fátima, e Muawiyah, governador de Damasco e primo do último califa.
O Califado Rashidun, também conhecido como Califado bem guiado ou, em muitas línguas europeias, Califado Ortodoxo, foi um império árabe islâmico fundado em 632, após a morte de Maomé, que durou até 661.
CALIFADO RASHIDUN
• 632 - 634 Abu Bakr
• 634 - 644 Omar
• 644 - 656 Otman
• 656 - 661 Ali
z
Califado Rashidun
O Califado Omíada (661-750) foi o segundo dos quatro principais califados islâmicos estabelecidos após a morte de Maomé. O califado era centrado na dinastia Omíada, originários de Meca, Arábia Saudita .
A família omíada havia chegado ao poder durante o governo do terceiro califa, Otman, mas o regime omíada foi fundado por Muawiya I, governador de longa data da Síria, após o fim da 1a Guerra Civil Islâmica em 661.
A Síria permaneceu como a principal base de poder dos Omíadas, com Damasco como sua capital. Os Omíadas continuaram as conquistas, incorporando o Cáucaso, a Transoxiana, Sinde, Magrebe e a península Ibérica .
Expansão do Islã
O Califado Abássida, foi o terceiro califado islâmico. Ele foi governado pela dinastia Abássida de califas, que construíram sua capital em Bagdá após terem destronado o Califado Omíada, cuja capital era Damasco, com exceção da região de al-Andalus.
O Califado Abássida foi fundado pelos descendentes do profeta islâmico Abbas ibn Abd al-Muttalib, o tio mais jovem de Maomé, em Harran, em 750 d.C., e mudou a sua capital em 762 para Bagdá.
O centro da cultura islâmica transferiu-se para o mundo persa no Iraque. Com a mudança da capital, de Damasco para Bagdá, os abássidas promoveram uma fusão dinâmica das culturas persa e semita.
Prosperou por dois séculos, mas vagarosamente entrou em declínio com a ascensão do exército turco que eles mesmos haviam criado, os mamelucos.
Menos de 150 anos após tomarem o poder da Pérsia, os califas foram forçados a cedê-lo para para emires dinásticos locais. O califado também perdeu as províncias para um príncipe omíada, para os Aglábidas e para o Califado Fatímida.
O Califado Fatímida foi um califado formado com a ascensão da dinastia dos Fatímidas, uma dinastia xiita ismailita constituída por catorze califas, que reinou na África do Norte entre 909 e 1048 e no Egito entre 969 e 1171.
As origens da dinastia fatímida situa-se no ismailismo, uma corrente xiita que considerava Ismail como o sétimo imã xiita. Os fatímidas alegavam ser descendentes de Fátima, filha de Maomé e do seu marido Ali, daí a designação de Fatímidas.