manual de biossegurança de medicina veterinária 2015

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  • 7/25/2019 Manual de Biossegurana de Medicina Veterinria 2015

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    MANUAL DE BIOSSEGURANA

    MEDICINA VETERINRIA

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    CENTRO UNIVERSITRIO CESMAC

    Dr. Joo Rodrigues Sampaio Filho

    REITOR

    Prof. Dr. Douglas Apratto Tenrio

    VICE-REITOR

    Profa. Esp. Daniela Pereira do Nascimento

    SECRETRIA ACADMICA

    Profa. Ma. Alice Cristina Oliveira Azevedo

    COORDENADORA DO CURSO DE MEDICINA VETERINRIA

    COMISSO DE BIOSSEGURANA DO CENTRO UNIVERSITRIO CESMAC

    Prof. Me. Jos Andreey Almeida Teles

    PRESIDENTE

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    AUTORES:

    Profa. Ma. Beatriz Jatob Pimentel (Curso de EnfermagemPalmeira dos ndios)Profa. Dra. Carmen Silvia Tavares de Santana (Curso de Farmcia)

    Profa. Ma. Daniela Cristina de Souza Arajo (Curso de Nutrio)

    Profa. Ma. Edriane Teixeira da Silva (Curso de Farmcia)

    Profa. Ma. IzabelleQuintiliano Montenegro Bomfim (Curso de Fisioterapia)

    Prof. Esp. Jair Fa (Curso de Biomedicina)

    Prof. Me. Jos Andreey Almeida Teles (Curso de Medicina Veterinria)

    Profa. Esp. Maria Clia Albuquerque Torres (Curso de Enfermagem)

    Profa. Ma. Maria da Glria Freitas (Curso de Enfermagem)

    Profa. Dra. Sonia Maria Soares Ferreira (Curso de Odontologia)

    REVISO TCNICA:

    Profa. Ma. Daniela Cristina de Souza Arajo (Curso de Nutrio)

    Profa.Ma. IzabelleQuintiliano Montenegro Bomfim (Curso de Fisioterapia)Prof. Me. Jos Andreey Almeida Teles (Curso de Medicina Veterinria)

    Prof. Me. Marclio Otvio Brando Peixoto (Curso de Odontologia)

    Profa.Ma. Maria da Glria Freitas (Curso de Enfermagem)

    Profa. Me. Yskara Veruska Ribeiro Barros (Curso de Biomedicina)

    MACEI/AL2015

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    APRESENTAO

    Biossegurana um conjunto de procedimentos, aes, tcnicas,

    metodologias, equipamentos e dispositivos capazes de eliminar ou minimizar riscos

    inerentes as atividades de pesquisa, produo, ensino, desenvolvimento tecnolgico

    e prestao de servios, que podem comprometer a sade do homem, dos animais,

    do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos.

    A responsabilidade do Mdico Veterinrio no diferente da responsabilidade

    de qualquer outro profissional de sade. A implantao de medidas de

    biossegurana na medicina veterinria visa realizar um diagnstico dos possveis

    riscos encontrados nos diferentes ambientes, apresentado as formas de reconhec-

    los e evit-los.

    Um programa de biossegurana torna-se eficiente, na prtica diria, quando

    est embasado em documentos cientficos, normativos e legislaes pertinentes,

    visando interdisciplinaridade, aes educativas e aplicao de conhecimentos que

    possam influenciar nos hbitos, comportamentos e sentimentos, no desenvolvimentodas atividades.

    imprescindvel a todos que fazem parte do Curso de Medicina Veterinria,

    docentes, discentes, funcionrios e equipes tcnicas da Clnica e da Fazenda

    Escola, o conhecimento e a compreenso deste manual para que se possa seguir

    suas recomendaes e contribuir com a implantao e implementao de boas

    prticas de biossegurana.

    Prof. Ma. Alice Cristina Oliveira Azevedo

    Coordenadora do Curso de Medicina Veterinria

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    SUMRIO

    Introduo 05

    Captulo 01Funes da Comisso de Biossegurana 07

    Captulo 02Higienizao das mos 09

    Captulo 03

    Equipamento de segurana 14

    Captulo 04Imunizao 24

    Captulo 05Acidente com material biolgico 27

    Captulo 06Gerenciamento dos resduos slidos da FCBS 34

    Captulo 07Normas de Biossegurana em Medicina Veterinria 40

    7.1 Ambiente Clnico Veterinrio 40

    7.2 Cuidados com o instrumental e equipamentos 43

    7.3 Classificaes dos artigos, segundo Spaulding 47

    7.4 Indicadores de esterilizao 51

    Captulo 08Desinfeco

    52

    Captulo 09Armazenamento

    53

    Captulo 10Normas de preveno nas clnicas e laboratrios do curso de medicina

    veterinria

    54

    Referncias 57

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    INTRODUO

    Os profissionais de sade, ao longo de sua histria tm enfrentado vrios

    desafios. Desde os primeiros relatos da Sndrome da Imunodeficincia adquirida,

    expondo a fragilidade e possibilidade de transmisso de doenas em nvel

    ocupacional, tm sido obrigados a repensar suas prticas de controle de contaminao

    cruzada. A partir de ento, os diversos tipos de hepatites virais e outras doenas

    passveis de transmisso no ambiente de trabalho passaram a merecer destaque e

    esta preocupao tem se traduzido em medidas de reduo de riscos. Isso trouxe a

    necessidade de se discutir e adotar mecanismos de proteo, tanto para os

    profissionais envolvidos no atendimento em sade, quanto para os usurios.

    As principais estratgias para a reduo das infeces adquiridas no ambiente

    de trabalho so a preveno da exposio a materiais biolgicos potencialmente

    infecciosos, bem como a proteo atravs da imunizao. A combinao de

    procedimentos padro, mudanas na prtica de trabalho, uso dos diversos recursos

    tecnolgicos e educao continuada so as melhores alternativas para reduzir

    exposies ocupacionais. Normas e procedimentos que facilitem pronta comunicao,

    avaliao, aconselhamento, tratamento e acompanhamento dos acidentes de trabalho

    com material biolgico deve estar disponvel para os profissionais de sade. Essas

    normas devem estar de acordo com as exigncias federais, estaduais e municipais.

    Diante do exposto, faz-se necessria uma rotina clara e objetiva, seguida por

    todos os profissionais envolvidos no atendimento em sade buscando manter a cadeia

    assptica, no intuito de minimizar a contaminao cruzada e os riscos de acidente.

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    CAPTULO 01

    FUNES DA COMISSO DE BIOSSEGURANA (CBIOSS)

    A CBIOSS do Centro Universitrio Cesmac composta por professores dos

    cursos que compem o Ncleo da Sade. Esta comisso deve trabalhar para atingir

    o objetivo principal que preservar a segurana de toda comunidade pertencente

    instituio, principalmente na prestao de servios sociedade.

    FUNES

    Trabalhar em parceria com a Comisso Interna de Preveno de Acidentes(CIPA) e o Servio Especializado em Engenharia de Segurana e Medicina doTrabalho (SESMT) buscando condies seguras de trabalho para toda a

    equipe;

    Normatizar os cuidados de Biossegurana nas clnicas e laboratrios;

    Elaborar, implantar e avaliar periodicamente o Plano de Gerenciamento deResduos de Servios de Sade (PGRSS);

    Elaborar e implantar um protocolo de reduo de acidentes com materialqumico e biolgico;

    Elaborar um programa de controle de infeces visando proteger pacientes ea equipe de sade (professores, estudantes e funcionrios) do risco detransmisso de doenas infecciosas nas clnicas dos cursos da rea da sadedo Centro Universitrio Cesmac;

    Implantar um protocolo de assistncia ao discente acidentado;

    Supervisionar os Laboratrios, Clnicas e a Central de Material Esterilizado,pertencentes ao Centro Universitrio Cesmac;

    Capacitar discentes, docentes e funcionrios, no tocante s atividades

    desenvolvidas pela CBIOSS;

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    Sensibilizar e acompanhar os discentes no tocante a preveno de doenasatravs de vacinao;

    Implementar a coleta seletiva de lixo na instituio.O Programa de Controle de Infeces visa:

    Difundir entre todos os membros da

    equipe de sade o conceito deprecaues padro, que assume que

    qualquer contato com fluidos corpreos

    infeccioso e requer que todo profissional

    sujeito ao contato direto com eles se

    proteja;

    Revisar anualmente os manuais de biossegurana;

    Reduzir o nmero de micro-organismos patognicos encontrados no ambiente

    de trabalho e, consequentemente, contaminao cruzada;

    Sensibilizar a equipe de sade quanto importncia de, consistentemente,

    aplicar as tcnicas adequadas de controle de infeco;

    Estabelecer estratgias de promoo sade dos pacientes e da equipe de

    sade;

    Promover a vacinao para alunos e colaboradores dos cursos do Ncleo da

    Sade;

    Atender s exigncias dos regulamentos governamentais locais, estaduais e

    federais.

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    CAPTULO 02

    HIGIENIZAO DAS MOS

    Lavar as mos frequentemente , isoladamente, a ao mais importante para a

    preveno do risco de transmisso de micro-organismos para clientes, pacientes e

    profissionais de sade.

    O mtodo adequado para lavagem das mos depende do tipo de procedimento

    a ser realizado.

    As mos devem ser lavadas:

    - Antes e aps atividades que eventualmente possam contamin-las;

    - Ao incio e trmino do turno de trabalho entre o atendimento a cada paciente;

    - Antes de calar luvas e aps a remoo das mesmas;

    - Quando as mos forem contaminadas (manipulao de material biolgicoe/ou qumico) em caso de acidente.

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    LEMBRETES TCNICOS:

    1. O uso de luvas no exclui a lavagem das mos;

    2. Mantenha as unhas to curtas quanto possvel e remova todos os

    adornos antes da lavagem das mos;

    3. Utilize tcnicas que tratem todas as partes da mo igualmente;

    4. Realize o procedimento de lavagem de mos a cada atividade;

    5. Lave as mos em uma pia distinta daquela usada para a lavagem do

    instrumental.

    Para anti-sepsia das mos ou da rea operatria antes de procedimentos

    cirrgicos, as preparaes contendo digluconato de clorexidina a 2% ou 4%,

    polivinilpirrolidona-iodo PVP-I (soluo aquosa, soluo alcolica, soluo

    degermante, todas a 10%, com 1% de iodo ativo), e lcool isoproplico a 70% so

    indicadas para anti-sepsia das mos e rea operatria com o objetivo de eliminar a

    microbiota transitria e reduzir a microbiota residente por um perodo de tempo

    adequado para prevenir introduo de micro-organismos na ferida cirrgica.

    Caso as luvas sejam rasgadas ou puncionadasdurante o procedimento, elas

    devero ser removidas imediatamente e as mos rigorosamente lavadas, e

    novamente enluvadas, antes de completar o procedimento. Aps completar o

    atendimento, realize todas as etapas de avaliao e tratamento de acidentes de

    trabalho com material biolgico, conforme fluxograma para acidentes (Fig. 01, p. 25).

    Profissionais com leses nas mos ou dermatites devem abster-se, at o

    desaparecimento das leses, de cuidar de clientes e de manipular instrumentos e

    aparelhos potencialmente contaminados. Contudo, em casos especiais estes devem

    ser cobertos com curativos antes do calamento das luvas.

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    As superfcies das bancadas de trabalho so limpas e descontaminadas com

    hipoclorito a 2% ou lcool a 70%, antes e aps os trabalhos e sempre aps algum

    respingo ou derramamento, sobretudo no caso de material biolgico potencialmente

    contaminado e substncias qumicas.

    Procedimento de lavagem das mos

    Colocar-se junto a pia exclusiva para lavagem das mos, obedecendo sequncia

    TCNICA DE HIGIENIZAO DAS MOS

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    Na ausnc ia de p ia com gu a e sabo r ealiza r an ti -sep si a

    com lc oo l e tlico a 70% .

    Fonte: Manual Tcnico de Higienizao das Mos em Servios de Sade: 2007.

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    CAPTULO 03

    EQUIPAMENTOS DE SEGURANA

    Equipamentos de Proteo Individual EPIs

    So elementos de conteno de uso individual utilizados para proteger o

    profissional do contato com agentes biolgicos, qumicos e fsicos no ambiente de

    trabalho. Servem, tambm, para evitar a contaminao do material em experimento

    ou em produo. Desta forma, a utilizao do equipamento de proteo individual

    torna-se obrigatria durante todo atendimento/procedimento.

    Os equipamentos de proteo individuais e coletivos so considerados

    elementos de conteno primria ou barreiras primrias. E podem reduzir oueliminar a exposio da equipe, de outras pessoas e do meio ambiente aos agentes

    potencialmente perigosos.

    3.1 Luvas

    As luvas devem ser utilizadas para prevenir a contaminao da pele, das

    mos e antebraos com material biolgico, durante a prestao de cuidados e na

    manipulao de instrumentos e superfcies. Deve ser usado um par de luvas

    exclusivo por usurio, descartando-o aps o uso.

    O uso das luvas no elimina a necessidade de lavar as mos. A higienizao

    das mos (captulo 2) deve ser realizada antes e depois do uso das luvas, uma vez

    que estas podem apresentar pequenos defeitos, no aparentes ou serem rasgadas

    durante o uso, provocando contaminao das mos durante a sua remoo. Alm

    disso, os micro-organismos multiplicam-se rapidamente em ambientes midos.

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    TIPOS DE LUVAS INDICAO DE USO

    Luvas de ltex

    Contato com membranas mucosas, leses e emprocedimentos que no requeiram o uso de luvasestreis.

    Luvas de ltex estril

    Procedimentos cirrgicos.

    Luvas de vinil

    No contm ltex, so transparentes e sem amido,por isso antialrgica.

    Luvas de borracha

    Para servios gerais, tais como processos delimpeza de instrumentos e descontaminao;

    Essas luvas podem ser descontaminadas porimerso em soluo de hipoclorito a 0,1% por

    12h; Aps lavar, enxaguar e secar para areutilizao; Devem ser descartadas quando apresentamqualquer evidncia de deteriorao.

    Luvas de borrachanitrlica

    So as mais resistentes que as luvas de borrachas.Devem ser utilizadas para o manuseio de cidosminerais (HCl, HNO3, H2SO4), produtos casticos(NaOH), e solventes orgnicos (tolueno, benzeno,hexano).

    So as mais resistentes das luvas de borrachas.Devem ser utilizadas para manuseio de cidosminerais (HCl, HNO3, H2SO4), produtos casticos

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    (NaOH), e solventes orgnicos (tolueno, benzeno,hexano).

    TIPOS DE LUVAS INDICAO DE USO

    Luvas de cloreto de

    vinila (PVC)

    Manuseio de produtos qumicos como cidos,amonacos, lcoois, cetonas e leos.

    Luca de Malha de Ao

    Proteo contra materiais cortantes, utilizadas em:

    Indstria Alimentcia, Frigorficos, Abatedouros,Cozinha Industrial, Restaurantes e Corte de Faca.

    Luvas de fio de kevlartricotado

    Manipulao de trabalhos com temperaturas at250C.

    Luvas trmicas de nylon

    Atividades leves e sem contato com objetosmolhados em ambientes de baixa temperatura (at -35C).

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    Luvas de raspa de courocano longo

    Para manipulao de animais que ofeream risco deperfurao por garras, unhas ou bico.

    Notas:

    Sempre verificar a integridade fsica das luvas antes de cal-las;

    No lavar ou desinfetar luvas de procedimento ou cirrgicas para reutilizao.

    O processo de lavagem pode ocasionar dilatao dos poros e aumentar a

    permeabilidade da luva, alm disso, agentes desinfetantes podem causardeteriorao;

    As luvas no devem ser utilizadas fora do local de trabalho (clnicas,

    consultrios, laboratrios e blocos cirrgicos) a no ser para o transporte de

    materiais biolgicos, qumicos, estreis ou de resduos;

    Nunca tocar objetos de uso comum ou que esto fora do campo de trabalho

    (caneta, fichas dos usurios, maanetas, telefones) quando estiver de luvas e

    manuseando material biolgico potencialmente contaminado ou substnciasqumicas.

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    LEMBRETES TCNICOS:

    1. Retire as luvas imediatamente aps o trmino do procedimento;

    2. No toque na parte externa das luvas ao remov-las;

    3. As luvas no protegem de perfuraes de agulhas, mas est comprovado

    que elas podem diminuir a penetrao de sangue em at 50% de seu

    volume;

    4. Ateno especial deve ser dada possibilidade de desenvolvimento de

    reao de hipersensibilidade s luvas de ltex. Neste caso,devem ser

    utilizadas as luvas de vinil.

    3.2 Mscaras

    EPI indicado para a proteo das vias respiratrias e mucosa oral durante a

    realizao de procedimentos com produtos qumicos e em que haja possibilidade de

    respingos ou aspirao de agentes patgenos eventualmente presentes no sangue e

    outros fluidos corpreos. A mscara deve ser escolhida de modo a permitir proteoadequada. Portanto, use apenas mscara de tripla proteo e quando do atendimento

    de pacientes com infeco ativa, particularmente tuberculose, devem ser usadas

    mscaras especiais, tipo N95 (refere-se capacidade para filtrar partculas maiores

    que 0,3m com uma eficincia de 95%), N99 ou N100.

    Os profissionais que trabalham com amostras potencialmente contaminadas

    com agentes biolgicos classe 3 (Mycobacterium tuberculosis ou Histoplasma

    capsulatum, por exemplo), devem utilizar mscaras com sistema de filtrao queretenha no mnimo 95% das partculas menores que 0,3m.

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    LEMBRETES TCNICOS:

    TIPOS DE MSCARAS INDICAO DE USO

    Mscara de TNT(Tecido No Tecido)

    Composta por grnulos de resina de polipropilenounidos por processo trmico. um material inerte eque funciona como barreira contra passagem demicro-organismos. A eficincia de RetenoBacteriana (EFB) de 99,8%.Devem ser descartadas aps o uso.

    Mscara N95

    Para proteo das vias respiratrias em ambienteshospitalares contra presena de aerodispersides epreveno de disseminao de alguns agentes detransmisso por via respiratria, como oMycobacterium tuberculosis, o vrus do Sarampo, e ovrus da H1N1/Gripe tipo A

    Mscara para inalao

    Mascara de inalao em polipropileno.Aps sua utilizao, lavar com gua e sabo e cidoperactico a 1% em imerso em 15 min, enxaguar esecar.

    1. Nunca deixar a mscara pendurada no pescoo ou ouvido;

    2. Descartar em recipiente apropriado, aps o uso e sempre que

    estiver visivelmente contaminada ou mida;

    3. No guardar em bolsos ou gavetas;

    4. Evitar toc-la aps a sua colocao.

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    LEMBRETES TCNICOS:

    3.4 Jaleco

    TIPOS DE JALECO INDICAO DE USO

    Jaleco de algodo ou

    material sinttico

    um protetor da roupa e da pele que deve serutilizado exclusivamente em ambiente laboral, paraprevenir a contaminao por exposio a agentesbiolgicos e qumicos. O jaleco deve ter colarinho alto

    e mangas longas, podendo ser de algodo ou dematerial sinttico.Deve ser transportado em sacos impermeveis elavado separadamente das roupas de uso pessoal.

    Jaleco de TNT

    Oferece proteo ao usurio criando uma barreiracontra contaminao cruzada, poluio ambiente efluidos corpreos, alm de higienizao em locaisque necessitem de cuidados especiais. Descartvel

    aps cada uso.

    1. A roupa branca no substitui o uso do jaleco;

    2. A troca deste EPI deve ser diria e sempre que for contaminado

    por fluidos corpreos;

    3. No circule nas dependncias externas clnica ou laboratrio com o

    jaleco;

    4. Remova-o ao sair da clnica, laboratrio ou consultrio.

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    3.5 Avental

    AVENTAL INDICAO DE USO

    Avental plstico

    normalmente utilizado para lavagem de material eno atendimento de animais de grande porte.- Deve ser lavado com gua e sabo edescontaminado atravs de frico com soluo dehipoclorito a 0,1% ou lcool etlico a 70%;- So descartados quando apresentam qualquer

    evidncia de deteriorao.

    3.6 Gorro

    GORRO INDICAO DE USO

    Gorro descartvelsanfonado

    Deve ser utilizado no ambiente laboral. Proporcionauma barreira efetiva para o profissional e usurio.Protege contra respingos e aerossis. Confeccionado

    em TNT.Os cabelos devem estar presos e o gorro cobrindotodo o cabelo e as orelhas. Para retir-lo, puxe pelaparte superior central, descartando-a em recipienteapropriado.

    3.7 Calados fechados

    CALADO FECHADO INDICAO DE USO

    Sapato fechado tipotnis

    Devem ser utilizados para proteo dos ps no

    ambiente laboral durante suas atividades. obrigatria a utilizao de calados fechados tipotnis.

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    3.8 Pro p

    PRO P INDICAO DE USO

    Pro p em TNT

    Habitualmente compostos por material permevel,usados com sandlias e sapatos abertos nopermitem proteo adequada e so proibidos noslaboratrios e clnicas,sendo permitido seu usoapenas em ambientes cirrgicos e no Centro deMaterial Esterilizado (CME).

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    CAPTULO 04

    IMUNIZAO

    As imunizaes reduzem o risco de infeco e, por conseguinte, protegem, no

    apenas a sade dos componentes da equipe, mas tambm a de seus clientes e

    familiares.

    Todos os componentes dos cursos do Ncleo da Sade do Centro Universitrio

    Cesmac devem ser vacinados contra hepatite B, trplice viral (sarampo, caxumba e

    rubola) e a dupla adulto dT (difteria e ttano).

    Todos os alunos de graduao e ps-graduao devero iniciar o esquema de

    vacinao o mais precocemente possvel, uma vez que obrigatria a apresentao

    do carto de vacinao com o esquema vacinal completo antes do primeiro dia de

    atividade clnica ou de ingresso no campo de estgio.

    A avaliao e comprovao sorolgica de imunidade para hepatite B so

    obrigatrias para todos os membros da equipe dos cursos do Ncleo da Sade do

    Centro Universitrio Cesmac.

    De acordo com a nota tcnica de agosto de 2005 do Projeto de Vigilncia

    Epidemiolgica da Secretaria de Estado da Sade, est contra-indicado o uso da

    vacina BCG para profissionais de sade. Os cuidados de proteo, neste caso,

    resumem-se a duas esferas principais: controle ambiental e proteo individual.

    Para hepatite B recomendado o esquema vacinal com uma srie de trs

    doses da vacina em intervalos de zero, um e seis meses.Para confirmao desta

    resposta vacinal deve ser realizado o teste sorolgico anti-HBs, um a dois meses

    aps a ltima dose, com intervalo mximo de seis meses. Neste teste deve ser

    detectada a presena de anticorpos protetores com ttulos acima de 10 UI/mL.

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    Tabela 01 - Esquema vacinal pr-exposio para profissionais da sade

    SITUAO DO PROFISSIONAL ESQUEMA VACINAL

    1. Nunca vacinado, presumidamentesusceptvel

    0, 1 e 6 meses, dose habitual

    2. Sorologia (anti-HBs) negativa 1 a 2meses aps a terceira dose

    Repetir esquema acima

    3. Sorologia (anti-HBs) negativa 1 a 2

    meses aps a terceira dose do segundoesquema

    No vacinar mais, considerar susceptvel

    no respondedor

    4. Sorologia (anti-HBs) negativa, passadomuito tempo aps a terceira dose doprimeiro esquema

    Aplicar uma dose e repetir a sorologia umms aps, caso positiva considerar

    vacinado, caso negativa completar oesquema como em 2

    Fonte: Manual do Centro de Referncia para Imunobiolgicos Especiais, 2006.

    A CBIOSS do Centro Universitrio Cesmac com base e m normatizaes

    do Ministrio da Sade, recomenda que nos casos de esquema vacinal interrompido

    no h necessidade de recome-lo, mas apenas dar seguimento ao mesmo.

    Profissionais que tenham parado o esquema vacinal para hepatite B aps a 1

    dose devero realizar a 2 dose logo que possvel e a 3 dose deve ser realizada

    com um intervalo de 2 meses da dose anterior. No caso de acidentes com material

    biolgico envolvendo pessoas com esquema incompleto de vacinao, recomenda-se a comprovao da resposta vacinal atravs da realizao do anti-HBs.

    O Ncleo da Sade do Centro Universitrio Cesmac dispe de uma sala de

    vacinao localizada na Unidade Docente Assistencial do Curso de Enfermagem

    (UDA), que funciona de segunda a sexta-feira em horrio integral, com objetivo de

    vacinar e acompanhar os discentes, docentes e funcionrios do Ncleo da Sade e

    a comunidade da rea de abrangncia da UDA.

    A CBIOSS com o apoio das Coordenaes dos cursos far oacompanhamento e busca ativa dos casos de abandono ao esquema vacinal com

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    base nos relatrios mensais produzidos pela UDA.

    Em caso de dvidas sobre o esquema de imunizao, consultar a CBIOSS e a

    UDA.

    Tabela 02Recomendaes para profilaxia de hepatite B aps exposio ocupacional

    a material biolgico.

    SITUAO VACINALE SOROLGICA DOPROFISSIONAL DESADE EXPOSTO

    PACIENTE-FONTE:

    AGHBSPOSITIVO

    AGHBSNEGATIVO

    AGHBSDESCONHECIDO

    OU NOTESTADO

    No-vacinadoIGHAHAB +

    Iniciar vacinaoIniciar

    VacinaoIniciar Vacinao

    Com vacinaoincompleta

    IGHAHAB +completarvacinao

    Completarvacinao

    Completarvacinao

    Previamente vacinado

    Com resposta vacinalconhecida e adequada(> 10UI/mL)

    Nenhumamedida

    especfica

    Nenhumamedida

    especfica

    Nenhuma medidaespecfica

    Sem resposta vacinalaps 1a srie (3 doses)

    IGHAHAB +1adose da vacina

    contra hepatite Bou IGHAHB (2x)2

    Iniciar novasrie de vacina

    (3 doses)

    Iniciar nova sriede vacina (3

    doses)

    Sem resposta vacinalaps 2a srie (6 doses) IGHAHB (2x)2

    Nenhumamedida

    especficaIGHAHB (2x)2

    Fonte: Ministrio da Sade (2003). Adaptado de Brasil (2003).

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    A melho r p rofi lax ia para a expo sio o cu pacio nal com material

    bi olg ic o o r esp eito s n ormas d e bi os segur ana.

    CAPTULO 05

    ACIDENTES COM MATERIAL BIOLGICO

    A exposio a material biolgico (sangue ou outros lquidos orgnicos

    potencialmente contaminados) pode resultar em infeco por patgenos como o

    vrus da imunodeficincia humana e os vrus das hepatites B e C.

    Os acidentes ocorrem habitualmente atravs de ferimentos com agulhas,

    material ou instrumentos cortantes (acidentes perc utneos); ou a partir do contato

    direto da mucosa ocular, nasal, oral e pele no ntegra com sangue ou materiais

    orgnicos contaminados. So, portanto, potencialmente prevenveis.

    Exposio ocupacional a material biolgico: Contato de mucosas e pele no

    ntegra ou acidente percutneo com sangue ou qualquer outro material biolgico

    potencialmente infectante (smen, secreo vaginal, nasal e saliva, lquor, lquidosinovial, peritoneal, pericrdico e amnitico).

    As exposies ocupacionais podem ser:

    Exposies percutneas: leses provocadas por instrumentos perfurantes

    e/ou cortantes (agulhas, bisturi, vidrarias);

    Exposies em mucosas: respingos em olhos, nariz, boca e genitlia;

    Exposies em pele no-ntegra: dermatites.

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    Fatores de risco para ocorrncia de infeco

    - A patogenicidade do agente infeccioso;

    - O volume e o material biolgico envolvido;

    - A carga viral/bacteriana da fonte de infeco;

    - A forma de exposio;

    - A susceptibilidade do profissional de sade.

    Fluidos biolgicos de risco para determinadas patologias:

    Hepatite B e C: o sangue o fluido corpreo que contm a concentrao mais alta

    do vrus da hepatite B (HBV) e o veculo de transmisso mais importante em

    estabelecimentos de sade. O HBsAg (antgeno de superfcie da hepatite B) tambm

    encontrado em vrios outros fluidos corpreos incluindo: smen, secreo vaginal,

    leite materno, lquido cefalorraquidiano, lquido sinovial, lavados nasofarngeos,

    saliva.

    HIV: sangue, lquido orgnico contendo sangue visvel e lquidos orgnicos

    potencialmente infectantes (smen, secreo vaginal, lquor e lquidos peritoneal,

    pleural, sinovial, pericrdico e amnitico).

    Materiais biolgicos considerados potencialmente no-infectantes:

    Hepatite B e C: escarro, suor, lgrima, urina e vmitos, exceto se tiver sangue.

    HIV: fezes, secreo nasal, saliva, escarro, suor, lgrima, urina e vmitos, exceto se

    tiver sangue.

    Cuidados ao manusear material perfurocortante e biolgico:

    - Ter mxima ateno durante a realizao de procedimentos invasivos;

    - Jamais utilizar os dedos como anteparo durante a realizao de

    procedimentos que envolvam material perfurocortante;

    - Nunca reencapar, entortar, quebrar ou desconectar a agulha da seringa;

    - No utilizar agulhas para fixar papis;

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    - Descartar agulhas, scalps, lminas de bisturi e vidrarias, mesmo que

    estreis, em recipientes rgidos;

    - Utilizar os EPIs prprios para o procedimento;

    - Usar sapatos fechados de couro ou material sinttico.

    Procedimentos recomendados ps-exposio a material biolgico

    - Aps exposio em pele ntegra, lavar o local com gua e sabo ou

    soluo antissptica com detergente (PVPI, clorexidina) abundantemente.

    O contato com pele ntegra minimiza a situao de risco;

    - Nas exposies de mucosas, deve-se lavar exaustivamente com gua ou

    soluo salina fisiolgica;

    - Se o acidente for percutneo, lavar imediatamente o local com gua e sabo ou soluoantissptica com detergente (PVPI, clorexidina). No fazer espremedura do local ferido, pois

    favorece um aumento da rea exposta;

    - No devem ser realizados procedimentos que aumentem a rea exposta,

    tais como cortes e injees locais. A utilizao de solues irritantes (ter,

    hipoclorito de sdio) tambm est contra-indicada.

    Avaliao do acidente

    Deve ocorrer imediatamente aps o fato e, inicialmente, basear-se em uma

    adequada anamnese, caracterizao do paciente fonte, anlise do risco, notificaodo acidente e orientao de manejo e medidas de cuidado com o local exposto.

    A exposio ocupacional a material biolgico deve ser avaliada quanto ao

    potencial de transmisso de HIV, HBV e HCV com base nos seguintes critrios:

    Tipo de exposio;

    Tipo e quantidade de fluido e tecido;

    Situao sorolgica da fonte;

    Situao sorolgica do acidentado; Susceptibilidade do profissional exposto.

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    Figura 01Fluxograma de acidentes envolvendo alunos e material biolgico

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    LEMBRETES TCNICOS:

    Status sorolgico da fonte (origem do acidente)

    O paciente-fonte dever ser avaliado quanto infeco pelo HIV, Hepatite B e

    C, no momento da ocorrncia do acidente.

    Quando a fonte conhecida Caso a fonte seja conhecida, mas sem informao de seu status sorolgico,

    necessrio realizao de exames diagnsticos.

    Caso haja recusa ou impossibilidade de realizar os testes, considerar o

    diagnstico mdico, sintomas e histria de situao de risco para aquisio

    de HIV, HBC e HCV.

    Quando a fonte desconhecidaLevar em conta a probabilidade clnica e epidemiolgica de infeco pelo HIV, HCV,

    HBVprevalncia de infeco naquela populao, local onde o material perfurante

    foi encontrado (emergncia, bloco cirrgico, dilise), procedimento ao qual ele

    esteve associado, presena ou no de sangue, etc.

    Quando no houver informaes sobre a fonte, o setor mdico doHEHA orientar sobre a realizao de quimioprofilaxia

    A expo sio oc up acio nal ao vru s HIV deve s er tr atada como

    emergnc ia mdic a, uma vez que a qu im iop rof i l axia deve s er in iciado o

    mais prec oc emen te pos svel, quando in dic ada, idealmente atduas

    ho ras aps o acid ente e, no mxim o, at72 ho ras .

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    Situao sorolgica do acidentado

    Verificar realizao de vacinao para hepatite B;

    Comprovar a imunidade atravs do Anti-HBs;

    Realizar sorologia do acidentado para HIV, HBV e HCV.

    Manejo frente ao acidente com material biolgico

    A conduta com relao ao paciente acidentado ser definida pelo setor

    mdico do HEHA

    Paciente-fonte HIV positivo

    Um paciente-fonte considerado infectado pelo HIV quando h

    documentao de exames Anti-HIV positivo.

    Conduta: anlise do acidente e indicao de quimioprofilaxia anti-retroviral (ARV).

    Paciente-fonte HIV negativo

    Envolve a existncia de documentao laboratorial disponvel e recente (at

    60 dias para o HIV) ou no momento do acidente, atravs do teste convencional ou

    do teste rpido. No est indicada a quimioprofilaxia anti-retroviral.

    Paciente-fonte com situao sorolgica desconhecida

    Um paciente-fonte com situao sorolgica desconhecida deve, sempre que

    possvel, ser testado para o vrus HIV, depois de obtido o seu consentimento, deve-

    se colher tambm sorologia para HBV e HCV.

    Paciente-fonte desconhecido

    Na impossibilidade de se colher a sorologia do paciente-fonte ou de no se

    conhecer o mesmo (por exemplo, acidente com agulha encontrada no lixo),

    recomenda-se a avaliao do risco de infeco pelo HIV, levando-se em conta o tipo

    de exposio, dados clnicos e epidemiolgicos.

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    Indicao de Profilaxia Ps-Exposio (PPE)

    Quando indicada, a PPE dever ser iniciada o mais rpido possvel,

    preferencialmente, nas primeiras duas horas aps o acidente. A durao da

    quimioprofilaxia de 28 dias. Atualmente, existem diferentes medicamentos anti-

    retrovirais potencialmente teis, embora nem todos indicados para PPE, com

    atuaes em diferentes fases do ciclo de replicao viral do HIV.Mulheres em idade frtil: oferecer o teste de gravidez para aquelas que no sabem

    informar sobre a possibilidade de gestao em curso.

    Na dvid a so bre o t ipo de ac iden te, melhor comear a p rofi lax ia e

    po ster io rm ent e reavaliar a manut eno ou m ud ana do tratam ento .

    impo ssvel afirm ar qu e o p rofis sio nal ou aluno s e infecto u em servio s e

    o acid ente ocu pacional no fo r d evidamente no t i f icado, portanto, medidas

    que v iabi l izem esse procedimento devem ser implementadas em todos o s

    ser vios de s ade.

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    CAPTULO 06

    GERENCIAMENTO DOS RESDUOS SLIDOS

    Resduo de Servio de Sade (RSS) o produto residual, no utilizvel,

    resultante das atividades exercidas por estabelecimentos prestadores de servios desade, que, por suas caractersticas, necessita de processos diferenciados em seu

    manejo, exigindo ou no tratamento prvio sua disposio final.

    A RDC/ANVISA n 306, de 07 de dezembro de 2004, estabelece que todo

    gerador responsvel desde a gerao at o destino final dos resduos. O gestor

    deve implantar um Plano de Gerenciamento de Resduos de Servios de Sade, que

    descreva as aes relativas ao manejo dos resduos slidos, contemplando os

    aspectos referentes gerao, segregao, acondicionamento, coleta,armazenamento, transporte, tratamento e disposio final, bem como as aes de

    proteo sade pblica e ao meio ambiente.

    A cpia do PGRSS da Instituio est disponvel para consulta das

    autoridades sanitrias ou ambientais, dos funcionrios, dos pacientes e do pblico

    em geral na Comisso de Biossegurana do Cesmac.

    CLASSIFICAO DOS RESDUOS GERADOS NA INSTITUIO

    Os RSS so classificados pela ANVISA na Resoluo RDC n 306, de 07 de

    dezembro de 2004, conforme disponvel no anexo 01.

    Na instituio os resduos gerados esto relacionados no quadro 01.

    Grupo A - Resduos com a possvel presena de agentes biolgicos que, por suas

    caractersticas, podem apresentar risco de infeco.

    Grupo B -Resduos contendo substncias qumicas que podem apresentar risco

    sade pblica ou ao meio ambiente, dependendo de suas caractersticas de

    inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade.

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    Grupo D -Resduos que no apresentem risco biolgico, qumico ou radiolgico

    sade ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resduos domiciliares.

    Grupo E -Materiais perfurocortantes ou escarificantes.

    Quadro 01Resduos gerados na instituio conforme o grupo de classificao da

    RDC/ANVISA 306 de 2004.

    Grupo A

    A1 - Culturas e estoques de micro-organismos; descarte de vacinas demicro-organismos vivos ou atenuados; meios de cultura e instrumentaisutilizados para transferncia, inoculao ou mistura de culturas; sobras deamostras de laboratrio contendo sangue ou lquidos corpreos,recipientes e materiais resultantes do processo de assistncia sade,contendo sangue ou lquidos corpreos na forma livre.

    A3 - Peas anatmicas (membros) do ser humano.

    A4 - Sobras de amostras de laboratrio e seus recipientes contendo

    fezes, urina e secrees, provenientes de pacientes que no contenhame nem sejam suspeitos de conter agentes Classe de Risco 4, e nemapresentem relevncia epidemiolgica e risco de disseminao, ou micro-organismo causador de doena emergente que se torneepidemiologicamente importante ou cujo mecanismo de transmisso sejadesconhecido ou com suspeita de contaminao com prons; recipientese materiais resultantes do processo de assistncia sade, que nocontenha sangue ou lquidos corpreos na forma livre; peas anatmicas(rgos e tecidos) e outros resduos provenientes de procedimentoscirrgicos ou de estudos antomo-patolgicos ou de confirmaodiagnstica.

    Grupo

    B

    Resduos de saneantes, desinfetantes, desinfestantes; resduos contendometais pesados; reagentes para laboratrio, inclusive os recipientescontaminados por estes; efluentes de processadores de imagem(reveladores e fixadores); efluentes dos equipamentos automatizadosutilizados em anlises clnicas; demais produtos considerados perigosos,conforme classificao da NBR 10.004 da ABNT (txicos, corrosivos,inflamveis e reativos).

    Grupo

    D

    Papel de uso sanitrio e fralda, absorventes higinicos, peasdescartveis de vesturio, resto alimentar de paciente, material utilizadoem anti-sepsia e hemostasia de venclises, equipo de soro e outrossimilares no classificados como A1; sobras de alimentos e do preparo dealimentos; resto alimentar de refeitrio; resduos provenientes das reasadministrativas; resduos de varrio, flores, podas e jardins; resduos degesso provenientes de assistncia sade.

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    Grupo

    E

    Lminas de barbear, agulhas, escalpes, ampolas de vidro, brocas, limasendodnticas, pontas diamantadas, lminas de bisturi, lancetas; tuboscapilares; micropipetas; lminas e lamnulas; esptulas; e todos osutenslios de vidro quebrados no laboratrio (pipetas, tubos de coletasangunea e placas de Petri) e outros similares.

    Fonte: RDC/ANVISA 306 de 2004.

    ACONDICIONAMENTO E TRATAMENTO

    GRUPO A

    Os resduos do Grupo A, ou de risco biolgico so embalados em sacos para

    autoclavao ou, se no necessitarem de tratamento prvio, em sacos plsticos, de

    cor branca, apresentando o smbolo internacional de risco biolgico. Utilizar at 2/3

    da capacidade mxima do saco, para poder oferecer mais espao para o

    fechamento adequado e, assim, maior segurana. Fechar bem os sacos, de forma

    a no permitir o derramamento de seu contedo. Uma vez fechados, precisam ser

    mantidos ntegros at o processamento ou destinao final do resduo. No se

    admite abertura ou rompimento de saco contendo resduo com risco biolgico sem

    prvio tratamento. Todos os contentores (lixeiras) para resduos devem possuir

    tampas e serem lavados pelo menos uma vez por semana ou sempre que houvervazamento do saco contendo resduos.

    GRUPO B

    Alguns resduos no precisam ser segregados e acondicionados, pois, podem

    ser descartados sem oferecer perigo ao meio ambiente. Os resduos cidos ou

    bsicos, aps serem neutralizados para valores de pH entre 6 e 8 devem ser

    diludos, podendo ser descartados na pia, exceto os que contm fluoreto e metais

    pesados. Papel de filtro contendo resduos qumicos, borra de metais pesados, papel

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    indicador, etc., devem ser colocados em recipientes compatveis de plstico.

    Para coleta e armazenamento de resduos qumicos produzidos em

    laboratrios necessrio dispor de recipientes de tipos e tamanhos adequados. Os

    recipientes coletores devem ser de material estvel e com tampas que permitam boa

    vedao. Tais recipientes alm de apresentarem rtulos com caracterizao

    detalhada de seu contedo (MERCK, 1996), devem ser classificados conforme

    descrito no quadro 02.

    Quadro 02 - Classificao dos Recipientes para acondicionamentos dos resduos

    gerados.

    RECIPIENTES ACONDICIONAMENTO DE

    A Solventes orgnicos e solues orgnicas no halogenadas;

    B Solventes orgnicos e solues orgnicas halogenadas. Nopode ser de alumnio;

    CResduos slidos de produtos qumicos orgnicos que soacondicionados em sacos plsticos ou barricas originais dofabricante;

    DSolues salinas; nestes recipientes deve-se manter o pHentre 6 e 8;

    E

    Resduos inorgnicos txicos, como por exemplo, sais demetais pesados e suas solues; descartar em frascosresistentes ao rompimento com identificao clara e visvel

    (consultar padro de sua instituio ou legislao especfica);

    FCompostos combustveis txicos; acondicionados em frascosresistentes ao rompimento com alta vedao e identificaoclara e visvel;

    G Mercrio e resduos de seus sais inorgnicos;

    HResduos de sais metlicos regenerveis; cada metal deveser recolhido separadamente;

    I Slidos inorgnicos;

    J Coletor de Vidro quebrado (vidros especiais), vidro incolor deBoro-silicato

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    K Coletor de Vidro comum (mbar).

    Fonte: Manual para Gerenciamento de Resduos Qumicos, 2008.

    Antes de serem acondicionados nos recipientes, alguns resduos tm de ser

    inativados, segundo metodologia descrita no Manual de Gerenciamento de Resduos

    Qumicos da Instituio.

    GRUPO D

    Devem ser acondicionados de acordo com as orientaes dos servios locais de limpeza

    urbana, utilizando-se sacos impermeveis, contidos em recipientes identificados.

    Para os resduos do Grupo D, destinados reciclagem ou reutilizao, foi adotada a

    seguinte identificao:

    I - verderesduos reciclveis;

    II - marromresduos no reciclveis.

    Para outras formas de segregao, acondicionamento dos resduos e identificao

    dos recipientes consultar o PGRSS.

    GRUPO E

    Os materiais perfurocortantes devem ser descartados separadamente, no

    local de sua gerao, imediatamente aps o uso ou necessidade de descarte, em

    recipientes rgidos, resistentes punctura, ruptura e vazamento, com tampa,

    identificados com smbolo internacional de risco biolgico, acrescido da inscrio de

    PERFUROCORTANTE, sendo expressamente proibido o esvaziamento desses

    recipientes para o seu reaproveitamento. As agulhas descartveis devem ser

    desprezadas juntamente com as seringas, quando descartveis, sendo proibido

    reencap-las, se necessria a sua retirada manualmente utilizar uma pina.

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    Os recipientes devem ser descartados quando o preenchimento atingir 2/3 de

    sua capacidade ou o nvel de preenchimento ficar a 5 cm de distncia da boca do

    recipiente.

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    CAPTULO 07

    NORMAS DE BIOSSEGURANA EM MEDICINA VETERINRIA

    7.1 AMBIENTE CLNICO-VETERINRIO:

    muito importante preparar o ambiente antes de iniciar o atendimento. O

    planejamento evitar, por exemplo, o contato da mo enluvada com materiais e

    equipamentos.

    Determinadas superfcies, especialmente as de toque frequente (negatoscpio,

    recipientes de gaze, algodo, maanetas, etc.) podem servir como reservatrio de

    agentes infectantes, uma vez que da, os micro-organismos podem ser transferidos

    para nariz, boca, olhos ou outra parte do corpo muito facilmente. A infeco acidental

    de clientes ou pacientes ocorre principalmente atravs do contato com as mos

    enluvadas do profissional.

    A limpeza e desinfeco de instrumentos e ambientes de uma forma em geral

    constituem etapas importantes na minimizao do risco. Estes procedimentos

    reduzem significativamente, a contaminao e infeco cruzadas.

    Classificao dos Ambientes

    reas no crticas - so aquelas no ocupadas no atendimento dos clientes ou as

    quais estes no tm acesso. Essas reas exigem limpeza constante com gua e

    sabo com poder desinfetante.

    reas semi-crticas - so aquelas vedadas s pessoas estranhas s atividades

    desenvolvidas. Ex: lavanderia, laboratrios, biotrio, salas de raio-X. Estas, devido

    ao seu nvel crtico, exigem limpeza e desinfeco um pouco mais eficiente que as

    reas anteriores.

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    reas crticas - so aquelas destinadas assistncia direta ao paciente, exigindo

    rigorosa desinfeco. Ex: clnica de pequenos e grandes animais domsticos ou

    silvestres (antes de cada atendimento), setor de esterilizao e salas de cirurgia.

    Segundo o Centro de Controles e Preveno de Doenas dos Estados

    Unidos, existem duas categorias de superfcies:

    - Superfcie de contato clnico: apresenta um alto potencial de

    contaminao/infeco direta a partir de artigos contaminados seja por aerossis

    gerados durante o procedimento ou pelo contato das mos enluvadas do

    profissional. Essas superfcies podem, mais tarde, facilitar a contaminao de outros

    instrumentos, equipamentos, luvas e at mesmo infectar mos.

    - Superfcies domsticas:estas no entram em contato com clientes, pacientes,instrumentos ou equipamentos usados durante os procedimentos clnicos. Portanto,

    essas superfcies tm um risco limitado de transmisso de infeces. Como o caso

    de paredes, pisos e pias.

    Para desinfeco de bancadas, mveis e equipamentos com superfcies

    metlicas adequado a frico com lcool etlico a 70% com tempo de exposio de

    10 minutos, conforme descrito na norma Processamento de Artigos e Superfcies em

    Estabelecimentos de Sade MS/94. A operao deve ser repetida at completar o

    tempo de ao. Friccionar, deixar secar e repetir trs vezes a aplicao, at

    completar o tempo de ao de 10 minutos.

    Para as superfcies de contato clnico que no possam ser descontaminadas

    facilmente, indica-se o revestimento com materiais descartveis.

    Todas as superfcies que so passveis de contaminao e, ao mesmo tempo,

    de difcil descontaminao devem ser cobertas. Incluem-se:

    - puxadores de portas e gavetas de armrios;- tubo, ala e disparador do raio-X;

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    - filme radiogrfico;

    - interruptores de equipamentos laboratoriais de uma forma em geral;

    - interruptores de negatoscpio;

    - hastes e dispositivos de apoio em equipamentos laboratoriais.

    A cobertura deve ser feita com material impermevel (folhas de alumnio,

    capas plsticas, etc.) a qual se descarta aps o atendimento de cada paciente. Ascoberturas de alumnio, por serem passveis de esterilizao, devem ser utilizadas

    nos procedimentos cirrgicos.

    O uso adequado das coberturas depende dos passos descritos abaixo:

    A colocao da cobertura limpa deve ser realizada preferencialmente

    com luvas de procedimento.

    Aps o uso, a remoo da cobertura utilizada, deve ser realizada com

    luvas grossas de borracha.

    Quanto limpeza de paredes e pisos recomenda-se o uso de gua e sabo.

    Usar hipoclorito de sdio a 1%, em todas as superfcies domsticas no metlicas.

    Pisos e bancadas devem ser limpos diariamente antes e ao final das atividades e as

    demais superfcies, gavetas, mobilirios, entre outros, devem ser limpos uma vez por

    semana ou em uma periodicidade menor se for o caso.

    Lembretes tcnicos

    - Superfcies contaminadas por qualquer tipo de material biolgico devem ser

    submetidas ao processo de descontaminao imediatamente utilizando produtos

    desinfetantes. A primeira etapa da descontaminao a limpeza, pois a maioria dos

    desinfetantes no atua na presena de matria orgnica.

    - Existindo aparelhos condicionadores de ar, estes no devem ser usados

    ininterruptamente. O ambiente necessita de ventilao natural. Os filtros devem ser

    substitudos por outros limpos ou lavados semanalmente.

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    - As roupas, tecidos e correlatos que estejam contaminados com material biolgico

    devem ser manipulados com a mnima agitao possvel e acondicionados em sacos

    plsticos para serem enviados para lavagem.

    - O material descartvel utilizado (gaze, algodo, esparadrapo, luvas e outros) deve

    ser desprezado em sacos de lixo branco leitoso com o smbolo de resduo infectante.

    - Os coletores especficos para descarte de material perfurocortante no devem ser

    preenchidos acima do limite de 2/3 de sua capacidade total e devem ser colocados

    sempre prximos do local onde so realizados os procedimentos.

    - Para os resduos de servios de sade a Resoluo RDC n 306 de 07 de

    Dezembro de 2004 publicado no DOU de 10/12/2004 ANVISA/MS deve serrigorosamente seguida, de acordo com o programa de gerenciamento de resduos

    slidos de sade, descrito em captulo especfico.

    7.2 CUIDADOS COM O INSTRUMENTAL E EQUIPAMENTOS

    As etapas para o reprocessamento do instrumental contaminado so as

    seguintes:

    7.2.1. Limpeza dos instrumentos

    Qualquer que seja o processo de esterilizao ou descontaminao a ser

    submetido um determinado artigo, a primeira etapa a qual inclusive garantir a

    eficcia do processo, a limpeza.

    Limpeza constitui-se como sendo a remoo de qualquer sujidade de artigos

    e/ou superfcies, devendo ser realizada imediatamente antes da esterilizao ou

    descontaminao, pois permite o contato adequado entre os artigos e os agentesqumicos e fsicos. Falhas nesse processo facilitam o crescimento de micro-

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    organismos e subsequente contaminao de objetos e superfcies ou infeco de

    quem os manipula.

    Durante a limpeza dos instrumentos, visando a reduo de riscos

    ocupacionais, o uso de equipamento de proteo individual (EPI) obrigatrio:

    avental impermevel, luvas de limpeza, culos de proteo, mscaras e botas.

    7.2.2 Imerso

    O objetivo desta etapa a remoo da sujidade e resduos orgnicos

    utilizando detergentes enzimticos. Atualmente, os detergentes enzimticos tm se

    destacado na limpeza dos instrumentos cirrgicos. Essas enzimas podem identificar,

    dissolver e digerir sujeiras especficas. A enzima amilase tem atividade sobre os

    carboidratos, a lipase sobre as gorduras, e a protease sobre as protenas. Existem

    produtos que podem ter uma ou mais enzimas combinadas para alcanar esses

    objetivos. Aps a diluio, deve-se deixar o instrumental totalmente imerso na

    soluo por 03 minutos, depois enxaguar copiosamente com gua, dispensando a

    limpeza mecnica.

    7.2.3 Enxgue

    O enxgue pode ser realizado de diferentes maneiras conforme a etapa da

    descontaminao, o tipo de tratamento do material e seu destino.

    1. Para o enxgue aps a limpeza, a gua deve ser potvel e corrente.

    2. Para o enxgue aps esterilizao a frio com soluo qumica, a gua deve

    ser esterilizada.

    3. Para o enxgue aps descontaminao:

    a) A gua deve ser potvel e corrente se a desinfeco for com o objetivo de

    manuseio e uso seguro de material no crtico.

    b) A gua deve ser esterilizada, se o material for de uso crtico.

    Observao: No se esquecer de fazer a inspeo visual para verificar a

    eficcia do processo de limpeza. Caso seja necessrio, proceder novamente

    com a limpeza ou substituio do artigo.

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    7.2.4 SecagemA secagem dos artigos visa evitar a interferncia da umidade nos processos

    de empacotamento e posteriormente a formao de condensado de vapor que surge

    com a esterilizao. A secagem pode ser feita em estufa de secagem regulada

    conforme o tipo de material; ao ar ambiente, em bandeja coberta e com a superfcie

    forrada com pano estril; e por um pano limpo e seco.

    7.2.5 Empacotamento

    Aps a limpeza e secagem do instrumental, este deve ser acondicionado para

    posterior esterilizao. O empacotamento deve observar o mtodo de esterilizao a

    ser empregado:

    7.2.5.1 Em autoclave ser aceito:

    - Papel de celulose alvejado e plstico de polipropileno. Apresenta-se como folha de

    papel ou envelope com diversas medidas. Deve ser isento de furos, rasgos ou

    orifcios e livre de manchas. Possui caractersticas gerais como porosidade: 65s

    (mnima) a 105s (mxima); gramatura: 60g/m2 para o papel e 54g/m2 para o filme

    plstico. A embalagem deve ser de uso nico.

    - Fibra de celulose, fibra de polipropileno em camadas triplas ou a combinao dasduas. Apresenta-se em folhas de diversas cores e tamanhos. Os pacotes feitos com

    esse tipo de embalagem devem ser duplos. A barreira externa apenas mantm a

    esterilidade do pacote interno. A gramatura deve ser em torno de 60g/m. As caixas

    metlicas devem pesar no mximo 7,5Kg e conter toalha absorvente no seu interior

    para evitar a formao do condensado de vapor. A embalagem no deve conter

    ruptura em sua integridade fsica e deve ser de uso nico.

    - Papel crepado (celulose quimicamente tratada). Apresenta-se em bobinas ou

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    folhas. isento de furos, rasgos ou orifcios e livre de manchas. A embalagem

    no dever conter ruptura em sua integridade fsica e deve ser de uso nico. O

    empacotamento deve ser realizado com folha dupla.

    Observao: O tecido de algodo apesar de ser aceito como pacote para uso

    em autoclave deve ser lavado e hidratado para esterilizao e re-esterilizao e

    no deve ser utilizado quando estiver com desgaste, furos, cerzidos ou

    remendos.

    7.2.5.2 Em lquidos esterilizantes:recipientes de plstico com tampa.

    Lembrete tcnico

    - Usar luvas grossas de borracha durante todos os procedimentos dedescontaminao.

    7.2.6 Esterilizao

    Esterilizao o processo que promove a eliminao ou destruio da

    maioria das formas de micro-organismos presentes, incluindo esporos bacterianos

    resistentes. Pode dar por processo fsico ou qumico. O processo de esterilizao

    indicado para todos os artigos mdico-hospitalares que entrem em contato diretocom fluidos biolgicos, com tecidos estreis, ou com membranas mucosas.

    O processo de esterilizao de artigos um dos mtodos mais eficientes de

    controle de infeco e o seu uso deve ser recomendado na rotina mdico-

    veterinria.

    A esterilizao por mtodos fsicos deve ser a de escolha em medicina

    veterinria, preferencialmente pelo uso de vapor saturado (autoclaves). Esse

    processo possui fases de remoo do ar, penetrao do vapor e secagem. Aremoo do ar diferencia os tipos de autoclaves. Os ciclos de esterilizao so

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    orientados de acordo com as especificaes do fabricante.

    7.3 Classificaes dos artigos, segundo Spaulding

    Artigos crticos - so aqueles que penetram nos tecidos sub-epiteliais e mucosa,

    sistema vascular ou outros rgos isentos de microbiota prpria. Ex: instrumentos de

    corte ou ponta; outros artigos cirrgicos (pinas, afastadores, fios de sutura,

    catteres, drenos etc.); solues injetveis. Processo: esterilizao.

    Artigos semi-crticos - so aqueles que entram em contato com a mucosa ntegra

    e/ou pele no ntegra. Ex: material para exame clnico (pina, sonda, abre-boca,

    lminas de depilao, trictomos, termmetro, etc.).

    Processo: preferencialmente esterilizao ou desinfeco de alto nvel.

    Artigos no crticos - so aqueles que entram em contato com a pele ntegra ou

    no entram em contato direto com o cliente. Ex.: estetoscpio, superfcie de

    armrios e bancadas, aparelho de raios-X, etc..

    Processo: desinfeco de nvel intermedirio.

    Alguns cuidados devem ser levados em considerao ao preparar e

    transportar artigos a autoclavetais como:

    1. Materiais articulados e com dobradias devem ser colocados em suportes

    apropriados de forma a permanecerem abertos.

    2. Material cirrgico no deve ser empilhado ou acondicionado em caixas.

    3. Caixas abertas de instrumentais devem ser colocadas longitudinalmente na cesta

    da autoclave, sem empilhar. Caixas metlicas agem como retentores do calor

    auxiliando na secagem do material. No entanto produzem mais condensado quandono embalados adequadamente e no auxiliam na revaporizao final. Caixas

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    plsticas agem como isoladores e resfriam rapidamente. O contato com superfcies

    ou ambientes mais frios provoca formao rpida de condensado. Tanto caixas

    metlicas quanto plsticas no devem ser esterilizadas em autoclaves de gravidade.

    Deve ser preferida a esterilizao por pr-vcuo ou pulso gravitacional. O ar difcil

    de ser removido destes "containers" e a adio de tempo de exposio no ir

    auxiliar na remoo do ar.

    4. Os tipos de embalagens devero ser escolhidos de acordo com a capacidade da

    autoclave.

    a) Algumas embalagens no tecidos assim como as de algodo so absorventes e

    permitem que o condensado se espalhe por uma rea maior para revaporizao e

    secagem.

    b) Coberturas feitas de materiais no absorventes como polipropileno ou tecidos no

    tecidos (TNT) de 100% de polister no espalham a umidade. Quando usados para

    bandejas ou bacias deve ser assegurado que a disposio do material na autoclave

    permitir a drenagem do condensado. Se houver objetos pesados em bandejas,

    estes devem ser envoltos em material absorvente antes de serem colocados nas

    mesmas.

    c) Os artigos aps a esterilizao no devem ser tocados ou movidos. Devem

    permanecer de 30 a 60 minutos em temperatura ambiente. Durante este tempo eles

    devem ser deixados na mquina se no houver prateleira ou cesto removvel ou, em

    havendo cesto, devem ficar no mesmo em local onde no haja correntes de ar. Se

    um material mido ou morno for colocado em um lugar mais frio, como recipientes

    plsticos o vapor ainda existente poder condensar em gua e molhar o pacote.

    No h benefcio em fechar novamente a autoclave aps a abertura para secar

    melhor. Isto apenas aumentar o tempo necessrio para o resfriamento natural.

    d) Alguns "containers" rgidos e no tecidos secam melhor quando um papelabsorvente colocado na base para absorver a umidade.

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    e) Os materiais e embalagens no devem tocar as paredes da cmara para evitar

    condensao.

    f) No preencha com carga mais do que 70% do interior da cmara. Pode ser

    necessria a colocao de um absorvente na prateleira da mquina.

    O uso de estufas como mtodo fsico de esterilizao tem algumas

    vantagens, tais como ser mais seguro para metais e espelhos, no danificarinstrumentos de corte e no formar ferrugem. Porm existem algumas desvantagens

    como possuir ciclo longo de esterilizao, pequena penetrao em materiais mais

    densos e destruio de materiais sensveis ao calor. O maior problema relacionado

    com a estufa que a penetrao de calor difcil, lenta e distribui-se de forma

    heterognea.

    As embalagens preconizadas para uso em estufa so: caixas de ao inox ou

    alumnio e polmeros resistentes a altas temperaturas.Observao: importante lembrar que o tempo de esterilizao s deve ser

    contabilizado a partir do momento em que a temperatura recomendada seja

    atingida.

    A esterilizao qumica, indicada para uso nos artigos termossensveis ser

    realizada utilizando o lcool 70% ou o hipoclorito de sdio 1%. O artigo deve

    permanecer em contato com o produto durante 10 horas, quando se pretende

    esterilizar, e durante 30 minutos, quando o objetivo final a desinfeco.

    fundamental seguir as instrues do fabricante.

    Vencido o tempo de esterilizao, o material dever ser colocado em

    recipiente de metal esterilizado para lavagem com soro fisiolgico ou gua

    esterilizada.

    O quadro 1 apresenta a indicao dos mtodos de descontaminao de acordo

    com os diferentes tipos de materiais e instrumentais reutilizveis.

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    Observao: aps a autoclavao pode ocorrer formao de crostas nas

    paredes dos tubos que contm cogulos. Nesse caso, melhor descart-los,

    pois essas crostas s saem com solues cidas, o que torna a limpeza

    trabalhosa e dispendiosa. Depois de descontaminadas, as vidrarias devem ser

    lavadas com detergente neutro, enxaguadas em gua corrente e depois em

    gua destilada. Seque-as em estufa. Para nova utilizao, as vidrarias limpas

    devem ser esterilizadas em autoclave.

    Quadro 1 Procedimentos de desinfeco de materiais e instrumentalreutilizveis

    MATERIAL DESCONTAMINAO

    Vidrarias (pipetas, bqueres, bales,tubos, etc.)

    Deixar em imerso em hipoclorito a 1%por 24 horas em recipientes com tampa,de paredes rgidas e resistente autoclavao;

    Drenar e descartar o hipoclorito na redede esgoto com a torneira aberta paradiluir o mesmo;Colocar por fora do recipiente a fita deidentificao de esterilizao eencaminhar para autoclavao.

    Placas de vidro, tubos de cultura, outrasvidrarias com crescimento em meios decultivo, sangue total, soro ou cogulos

    Acondicionar em caixa de metal comtampa resistente autoclavao;Colocar por fora da caixa a fita deidentificao de esterilizao eencaminhar para autoclavao.

    Pipetas de volume fixo ou ajustvel Desinfeco da superfcie externa einterna da ponta com lcool etlico 70%.

    TermmetrosDeixar imerso em lcool etlico 70% porpelo menos 30 minutos.

    Instrumental e utenslios metlicos emgeral

    Desinfetar com gaze e lcool etlico 70%ou outro desinfetante no oxidante.Empacotar, colar fita de identificao deesterilizao e enviar autoclave.

    Luvas reutilizveis, culos de proteo eprotetor facial

    Deixar imerso em hipoclorito a 1% porpelo menos 30 minutos, lavando em

    seguida com detergente neutro e gua.

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    7.4 Indicadores de Esterilizao

    A eficincia do processo de esterilizao deve ser comprovada atravs dos

    mtodos mecnicos, qumicos e biolgicos:

    - Monitoramento fsico: monitores de tempo, temperatura, presso.

    -Testes qumicos: Existem diversos tipos de indicadores qumicos.

    7.4.1 Externos -indicam que o vapor entrou em contato com a superfcie exposta.

    Devem ser colocadas em todos os pacotes em todos os processos fitas ou etiquetas

    adesivas compostas por substncia qumica termossensvel, pois ao retirarem-se as

    embalagens da autoclave o indicador dever apresentar mudana de colorao.

    7.4.2 Interno -comprovam que o vapor penetrou no interior da embalagem. Tiras de

    papel impregnadas com tinta em concentrao graduada com substncia qumica

    termossensvel que ao ser retirada da autoclave dever apresentar colorao de

    marrom escuro a preto. Pode ser utilizado ainda um integrador qumico-reagente que

    consiste em um agente qumico liberado gradativamente na medida em que ocorre a

    combinao dos parmetros de temperatura, umidade e tempo de exposio.

    Indicada para colocao em pacotes de difcil acesso do vapor.

    -Testes biolgicos: so utilizados para monitorar o processo de esterilizao,

    consistindo na colocao de uma populao padronizada de micro-organismos

    viveis (esporulados) conhecidos por sua resistncia ao modo de esterilizao a

    ser monitorado. Para o forno ou a estufa, recomendado o uso de tubos com

    Bacillus subtillise para a autoclave, B. stearothermophylus. As recomendaes

    sobre a frequncia dos testes biolgicos variam muito de acordo com diferentes

    instituies e, portanto a mesma deve ser definida pela poltica de cada uma.

    aconselhvel o uso sempre que houver na carga materiais implantveis.

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    CAPTULO 08

    Desinfeco

    Desinfeco o processo que envolve o uso de agentes qumicos em objetos

    inanimados como superfcies de trabalho, pisos ou equipamentos e que consiste na

    eliminao de microorganismos no formadores de esporos.

    Os agentes qumicos mais indicados para a desinfeco de ambientes

    laboratoriais em medicina veterinria so:

    a) soluo de hipoclorito de sdio a 1%;

    b) lcool etlico 70% para superfcies metlicas ou itens no autoclavveis;

    Observao: a utilizao de ceras no piso favorece a aderncia de

    contaminantes e torna o piso escorregadio causando acidentes, portanto no se

    deve permitir passar cera no piso de clnicas, laboratrios e salas cirrgicas. Em

    ambientes laboratoriais, deve-se utilizar vassoura do tipo esfrego ou rodo com

    pano umedecido em desinfetante, pois o uso de vassoura comum ressuspende

    partculas infectantes. Filtros sujos de ar condicionado podem causar, alm de

    alergias respiratrias, infeces pulmonares graves, por isso devem ser lavadossemanalmente.

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    CAPTULO 09

    Armazenamento

    Os artigos esterilizados devem ser armazenados em condies adequadas

    evitando contaminao. O local de estocagem deve ser limpo, protegido do meio

    externo e utilizado exclusivamente para este fim. Nessas condies, a esterilidade do

    instrumental preservada sendo que a validade ser determinada de acordo com o

    tipo de embalagem utilizada e mtodo de esterilizao. Ultrapassado este perodo, o

    instrumental dever ser novamente submetido a todas as etapas de tratamento.

    Lembretes tcnicos:

    - Todos os instrumentos que suportem calor devem ser autoclavados;

    - obrigatria a verificao do correto funcionamento, atravs dos testes qumicos

    colocados internamente nos pacotes para cada carga;

    - No permitido manipular artigos potencialmente infectantes com as mos

    desprotegidas, devendo-se, portanto usar luvas de borracha grossa durante as etapas

    de descontaminao e luvas de procedimentos ou cirrgicas quando do atendimento

    clnico;

    - Deve-se datar e identificar o tipo de esterilizao que foi utilizado. Em caso de falhana esterilizao, esta informao facilitar o reprocessamento do artigo;

    - Ao examinar cada pacote que ser submetido esterilizao, caso exista qualquer

    alterao nos mesmos, como rasgos ou perfuraes, os artigos devem ser novamente

    empacotados e esterilizados;

    - Os artigos devem ser armazenados em locais secos como armrios fechados.

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    CAPTULO 10

    NORMAS DE PREVENO NAS CLNICAS E LABORATRIOS DO

    CURSO DE MEDICINA VETERINRIA

    A. Medidas de proteo pessoal

    Utilizao de gorro, mscara, culos de proteo, luvas descartveis,

    cirrgicas ou de procedimento, sapatos fechados e avental (alm do uniforme branco

    total) para o atendimento e/ou orientao de procedimentos clnicos.

    Obs: terminantemente proibido o uso de mscara, luvas e avental fora das clnicase laboratrios.

    B. Rotina para procedimentos clnicos

    1. Lavar as mos;2. Colocar gorro, mscara, culos de proteo e avental e luvas de

    procedimento ou cirrgicas conforme o tipo de procedimento;3. Envolver as superfcies de toque frequente com coberturas descartveis (usar

    luvas de procedimento);4. Remover as luvas de procedimento;5. Instrumentos esterilizados devem ser mantidos na embalagem ou em caixas

    fechadas at o momento do uso;6. Colocar instrumentos estreis na bandeja esterilizada (sem entrar em contato

    manual);7. Atender ao paciente.

    PROCEDIMENTOS NO INCIO DO ATENDIMENTO

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    1. Retirar e descartar as luvas;2. Lavar as mos;3. Colocar luva de procedimentos ou cirrgica conforme o tipo de trabalho;4. Remover os instrumentos cortantes e colocar no recipiente de paredes

    resistentes;

    5. Desinfetar as superfcies;6. Colocar o instrumental contaminado em recipientes contendo soluodescontaminante por 10 minutos;

    7. Na rea de expurgo lavar, secar e embalar os instrumentos usando luvagrossa de borracha;

    8. Atender o novo paciente.

    1. Retirar as luvas;2. Repetir os procedimentos da etapa entre pacientes3. Retirar o avental e coloc-lo em um saco plstico impermevel para

    transport-lo;4. Lavar as mos.

    Lembretes tcnicos:

    Quando do atendimento de animais de companhia (caninos e felinos domsticos),

    assim como de animais silvestres (nativos ou exticos) e de animais de produo

    obrigatrio o uso de equipamentos de proteo individual e de conteno especiais,

    tais como:

    - Cachimbo permite a conteno de algumas espcies de animais pelo lbio

    superior ou pelo maxilar;

    - Gancho para serpente utilizado na manipulao das diversas espcies de

    cobra;

    - Pu tipo de peneira usado na conteno de algumas espcies de animais

    PROCEDIMENTOS ENTRE PACIENTES

    PROCEDIMENTOS NO FINAL DO DIA

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    silvestres;

    - Focinheiraaplicado na conteno de ces e gatos;

    - Cordanormalmente aplicado na conteno de animais de produo e de grande

    porte;

    - Luvas de raspa de couro cano longo utilizado na manipulao de animais que

    ofeream risco de perfurao por garras, unhas ou bico.

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