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Manual de Internet

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  • Ruy Pedro

    2009

  • Internet

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    1. INTRODUO

    OO QQUUEE AA IINNTTEERRNNEETT??

    A Internet uma gigantesca rede de computadores, espalhados por todo o mundo, ligados entre si. Esta enorme rede global de telecomunicaes, interliga (p ela obedincia a um conjunto de regras e protocolos) milhes de redes de computadores espalhadas por toda a face da terra ( que utilizam um conjunto de diferentes tecnologias) nas quais reside informao diversificada e actualizada (que podemos consultar em tempo real) e que nos possibilita tambm comunicar em directo ou em diferido, transferir ficheiros ou partilhar informao, visionar contedos multimdia, visitar e adquirir produtos e servios em lojas e at mesmo termos existncia e identidade prpria em redes sociais e mundos virtuais.

    Fig. 1 - Logotipos de alguns mundos virtuais e redes socias na Internet

    Em rigor, Internet uma infra - estrutura informtica e de telecomunicaes que d suporte a toda uma srie de servios , entre os quais a World Wide Web (

    mais conhecida por Web pginas de informao multimdia, em hiper texto - sistema de escrita no sequ encial em que a informao se ramifica e permite ao utilizador escolher o caminho que deseja seguir), o correio electrnico (e - mail) ou as mensagens instantneas (messenger) . A importncia da Web to grande que muitos utilizad ores confundem Web com Internet mas o que certo que a Internet uma rede de computadores com diferentes servios e em que a Web um deles.

    A Internet uma rede aberta porque qualquer computador (pessoal ou profissional) pode obter a ela acesso, em qualquer parte do planeta e a qualquer hora. Aberta tambm porque qualquer utilizador pode no s consultar e receber informao mas tambm participar activamente na criao de contedos: blogues, vdeos, fotos, estudos, msicas, notcias, opinies, etc..

    Essa informao encontra- se o rganizada em locais virtuais website (local na web) ou site (locai ) . Podemos definir site como um conjunto de pginas html e/ou outros ficheiros multimdia relacionados e armazenados no sistema de ficheiros de um servidor. A primeira pgina de um site, a quela a que o utilizador acede em primeiro lugar denominada, normalmente, de home page que, tal como as demais pginas existentes no site, pode conter ligaes para outras pginas hiper ligaes (links ou

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    hyperlinks). Clicando sobre essas hiper ligaes o utilizador vai de pgina em pgina, de local virtual em local virtual e de computador em computador.

    AA IInntteerrnneett pprroopprriieeddaaddee ddee qquueemm??

    Uma das primeiras questes que todos colocamos quando nos iniciamos no mundo da Internet a de querer saber quem o A resposta : ningum!

    backbones( 1) criados no incio pelo governo americano e, depois, ao longo dos ltimos anos, por empresas e alguns particulares,

    menor porte de uma forma mais ou menos anrquica. esse facto que permite a existncia da Internet (a interligao das diversas redes) e tambm porque cada uma

    odas as redes. Os proprietrios das pequenas redes, conscientes das vantagens da sua interligao permitem assim que as estas sejam partilhadas por todos.

    QQuueemm ppaaggaa aa IInntteerrnneett??

    Outra das primeiras questes que todos colocamos a de querer saber quem paga toda esta tecnologia que utilizamos? Ns. No por forma directa mas sim atravs do contrato que cada um estabeleceu com o Internet Service Provider ( ISP - entidade que lhe fornece o acesso Internet).

    Tais pagamentos possibilitam que essas entidades instalem servidores e linhas de acesso de comunicao internacional para que possamos aceder a servidores instalados em qualquer parte do mundo, independentemente da hora e dos operadores a que esses computadores pertenam.

    Porm, a maior parte dos contedos disponibilizados na Internet bem como o

    ( 1) Num contexto de redes de computadores, o backbone (espinha dorsal numa

    traduo literal) designa o esquema de ligaes centrais de um sistema mais amplo, tipicamente de elevado desempenho. Por exemplo, os operadores de telecomunicaes mantm sistemas internos de elevadssimo desempenho para comutar os diferentes tipos e fluxos de dados (voz, imagem, texto, etc). Na Internet, numa rede de escala planetria, podem- se encontrar, hierarquicamente divididos, vrios backbones: os de ligao intercontinental, que derivam nos backbones internacionais, que por sua vez derivam nos backbones nacionais. Neste nvel encontram- se, tipicamente, vrias empresas que exploram o acesso s telecomunicaes e que so, portanto, consideradas a periferia do backbone nacional.

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    correio electrnico so gratuitos, apesar de muitos desses recursos poderem gerar receita para algum. Os principais modelos de angariao de receita na Internet so a publicidade e os servios de valor acrescentado.

    A publicidade a forma mais comum de subsidiar contedos, seguindo o mesmo modelo da publicidade convencional que passa nas televises e nas rdios: os anunciantes pagam uma importncia acordada em funo do nmero de acessos s pginas onde essa publicidade est inserida.

    Fig. 2 - Publicidade na Pgina do Jornal Sol on line Fig. 3 - Publicidade na pgina do Dirio de Coimbra on line

    Aparece tambm com alguma frequncia uma outra forma de fornecimento de servios grtis, que normalmente utiliza duas verses da mesma informao: uma gratuita, com contedo ou de funcionalidade reduzida (mas que poder ser suficiente para os nossos objectivos) e outra, mais completa ou com maior nmero de funcionalidades, que paga por quem dele p recisa (ver Fig. 4, Fig. 5 e Fig. 6).

    Fig. 4 - A leitura na integra das notc ias do Jornal as Beiras on - line implica o pagamento de uma assinatura.

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    Fig. 5 O a cesso leitura on - line da edio i mpressa do Jornal Expresso condicionado ao pagamento de uma

    assinatura (ver Fig. 6).

    Fig. 6 - Pgina com as condies de assinatura da verso em pdf da edio impressa do

    Semanrio Expresso.

    PPRREECCIISSOO MMEESSMMOO DDAA IINNTTEERRNNEETT??

    Internet? A resposta inequivocamente SIM! A menos que tenha desistido d a vida, o que sinceramente no acredito.

    e vida onde o decurso do tempo uma conquista e no uma perda. No nos podemos deixar atemorizar pelo que novo e desconhecido para ns sob pena de nos radicalizarmos e nos fecharmos a novas ideias. Se a vida uma luta cons tante, ento esta aprendizagem no mais do que uma d as pequenas lutas que travamos para nos tentarmos manter confortavelmente tona da gua. E que ningum ouse invocar que j no tem idade para aprender novas tecnologias. A idade um conceito que o hom em criou mas que no existe! Pessoalmente, eu no tenho idade: tenho vida!

    H pouco mais de cinco anos poucas pessoas tinham telemvel e as que o tinham era mais por uma questo de estatuto do que por necessidade. Hoje o telemvel tornou- se uma necessidade.

    Com a Internet passa- se algo idntico. Hoje em dia h cada vez mais coisas

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    que esto disponveis e podem ser feitas atravs da Internet e, algumas delas s mesmo atravs da Internet. Dou- lhe um exemplo de um servio disponibilizado recentemente que contm informao de que s poder dispor acedendo pela Internet: http://www.precoscombustiveis.dgge.pt/. Esta pgina disponibiliza on- line o preo dos combustveis praticado em Portugal em todos os postos abastecedores. Informao ao Consumidor disponvel no site da Direco- Geral de Energia e Geologia do Ministrio da Economia e da Inovao.

    A Internet, sobretudo a parte da Internet a que chamamos simplesmente Web, pode ser vista como um novo meio de informa o e de comunicao que engloba recursos de vrios outros meios tradicionais de comunicao como os jornais e revistas, a televiso, a rdio e o telefone mas, contrariamente a estes meios tradicionais de comunicao, com caractersticas interactivas.

    Fig. 7 - Se dos que no pode passar sem telemvel saiba que, tambm a partir dele, pode aceder Internet

    Voltando questo inicial podemos afirmar que na verdade poder passar sem a

    Internet, da mesma forma que poder passa r sim o telemvel, mas certamente no vai querer porque a Internet lhe permite poupar imenso tempo e proporcionar - lhe a comodidade de, do seu sof, poder resolver inmeras tarefas do quotidiano que, sem ela, implicariam no mnimo deslocaes, esperas, filas. Falamos por exemplo de poder gerir a sua conta bancria distncia, entregar as suas declaraes de impostos, etc.

    A Internet, sem dvida alguma, est no hall das ltimas grandes descobertas tecnolgicas realizadas pelo homem.

    A rede mundial de comput adores possui caractersticas impressionantes: instantnea; tem um alcance mundial; possui o maior acervo de informaes do mundo; descentralizada, flexvel e adaptvel a um nvel surpreendente.

    Como j deixamos dito, qualquer um de ns pode construir uma presena a ctiva neste espao informtico e transmitir, com opes de se manter no anonimato ou no, a

    http://www.precoscombustiveis.dgge.pt/
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    sua mensagem para o mundo numa fraco de segundos. A Internet tambm facilitadora, no sentido de que a pessoa pode efectuar

    negcios sem mesmo se dar ao trabalho de sair de casa. E no s ist o. Hoje possvel, inclusive, casar- se por meio apenas de um computador conectado

    rede (ver Fig. 8).

    Fig. 8 Que mais nos ter para oferecer no futuro o Simplex? (Imagem de uma notcia no Site do Jornal de

    Notcias - http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Nacional/Interior.aspx?content_id=1134853)

    Esta evoluo chega a ser assustadora.. . Por outro lado, assistimos tambm diariamente

    suas tristes consequncias que se tem revelado estar muito para alm da disseminao de vrus informticos: aumento e difuso da prostituio, da mentira, do roubo, dos vcios, explorao de menores, etc., etc. .

    Conclumos, ento, que a Internet no melhor nem pior do que nada que existe no mundo. Simplesmente ela segue o seu curso natural, como um instrumento aberto, democrtico, ecltico e universal.

    Para inverter e impedir a continuidade dos malefcios que emergem deste

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    maravilhoso mundo tecnolgico e, principalmente, impedir que eles afectem ou influenciem as nossas crianas e jovens, pensamos logo em medidas fiscalizadoras e restritivas como a colocao de filtros e limites de acesso a contedos, para alm de exigirmos que o estado exera de uma forma mais efectiva o seu dever de policiamento para a segurana dos cidados. Esquecemos contudo que, tal como no mundo real dos nossos dias, de onde este m undo virtual da Internet afinal emana, o que precisa ser transformado no a m quina, mas o homem.

    Num contexto religioso, independentemente do seu credo, diria mesmo que n o h promessa de salvao para as mquinas, mas unicamente para o homem. No paraso no encontraremos produtos tecnolgicos ungidos e consagrados, como tambm no inferno no haver produtos de perdio. Como tud o o que existe na face da terra h o trigo e o joio . Cabe a cada um de ns , como pessoas livres mas simultaneamente influenciadoras da sua micro sociedade, saber fazer as escolhas mais correctas de acordo com os seus padres ticos e culturais.

    MMAASS AAFFIINNAALL CCOOMMOO NNAASSCCEEUU AA IINNTTEERRNNEETT??

    Para encontrar a resposta, vamos voltar um pouco atrs no tempo. Segundo um artigo do New York Times, na sua edio de 29/06/2007 (pode

    ler na ntegra o artigo em: http://select.nytimes.com/mem/tnt.html?pagewanted=1&tntget=2007/06/29/arts/design/29sa

    ck.html&tntemail0=y&emc=tnt sendo preciso efectuar uma inscrio para ter acesso ao contedo) os portugueses h 500 anos inventaram uma verso da Internet.

    Fig. 9 - Mapa das Descobertas

    O artigo descreve a exposio sobre os Descobrimentos portugueses que se encontrava patente em Washington. Deixamos aqui um excerto desse texto:

    http://select.nytimes.com/mem/tnt.html?pagewanted=1&tntget=2007/06/29/arts/design/29sack.html&tntemail0=y&emc=tnthttp://select.nytimes.com/mem/tnt.html?pagewanted=1&tntget=2007/06/29/arts/design/29sack.html&tntemail0=y&emc=tnt
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    Portugal, Conquering and Also Conquered By HOLLAND COTTER WASHINGTON, June 22 A little- known fact: A version of the Internet was invented in Portugal 500 years ago by a bunch of sailors with names like P edro, Vasco and Bartolomeu. The technology was crude. Links were unstable. Response time was glacial. (A message sent on their network might take a year to land.) They put up with it all. They were hungry to gain access to the world.

    treasury, radiates like a compass and seems as rich with potential information as the World Wide Web.

    Depois deste episdio voltemos realidade e vejamos como de facto nasceu a

    Inernet: no final da Segunda Guerra Mundial, entre 4 e 11 de Fevereiro de 1945, quando as foras armadas russas tinham atingido o Rio Oder (na fronteira entre a Polnia e a Alemanha) e os e xrcitos dos USA e de Inglaterra se encontravam perto das margens do rio Reno - fronteira entre a Frana e Alemanha - os presidentes dos governos dos pases aliados reuniram- se em Yalta na pennsula russa da Crimeia.

    Fig. 10 - Churchill, Roosvelt, Stalin na Conferncia de Yalta

    Nessa reunio Roosevelt, Churchill e Stalin estabeleceram as regras para a diviso do territrio alemo e do territrio dos aliados da Alemanha na Europa de Leste.

    Roosevelt e Churchil aperceberam- se que o poder do exrcito Russo era muito superior ao do poder conjunto dos ex rcitos dos USA e da Inglaterra. N o final da

    Considera-

    a Rssia de aliado a inimigo. A deno - se em aces de

    espionagem em que ambas as partes procuravam atingir um estado de equilbrio militar que tornasse invivel o ataque de uma outra.

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    2. A ORIGEM DA INTERNET

    Em 4 de Outubro de 1957 a Rssia lanou para o espao exterior Terra o primeiro satlite artificial na histria da humanidade.

    O satlite denominava- se Sputnik, completava uma rbita em volta da Terra em cada 90 minutos e emitia s inais rdio nas frequncias de 20 MHz e 40 MHz que eram audveis por qualquer pessoa que possusse um receptor rdio.

    Fig. 11 - Fotografia do Satlite Sputnik

    Os Estados Unidos estavam assim confrontados com um avano visvel da

    tecnologia sovitica e esse facto, aliado ao crescente poderio nuclear russo (no esqueamos o famoso incidente da colocao de msseis nucleares Russos em Cuba, verificado anos mais tarde e que quase nos levou a uma guerra nuclear) fez crescer junto das autoridades americanas o receio por um ataque nuclear e a inevitvel destruio de comunicaes e da cadeia de comando.

    Por isso, quando a Guerra Fria pairava no ar, grandes computadores espalhados pelos Estados Unidos armazenavam informaes militares estratgicas (evitando assim que a informao se concentrasse num nico local) em funo do perigo de um ataque nuclear sovitico.

    Surgiu assim a ideia de interligar os vrios centros de computao de modo a que o sistema de informaes norte- americano continuasse a funcionar mesmo que um desses centros, ou a interligao entre dois deles, fosse destrudo.

    Como reaco a este avano tecnolgico Russo o presidente dos USA, Eisenhower, criou, em Outubro de 1957, a DARPA (Defense Advanced Reasearch Project Agency) ou como ficou depois simplesmente conhecida, a ARPA (Advanced Reasearch Project Agency).

    O ob jectivo principal da ARPA era o desenvolvimento de programas respeitantes aos satlites e ao espao.

    A criao da NASA (National Aeronautics & Space Admi nistration) no vero de 1958, parecia retirar ARPA razo para a sua existncia.

    No entanto, em 1961 a Universidade da Califrnia (UCLA) em Santa Brbara,

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    herdou da Fora A rea um enorme computador IBM: o Q- 32. Este facto iria permitir ARPA orientar a sua investigao para a rea da recm

    nascida Informtica. Para dirigir e coordenar o Command and Control Research (CCR) foi contratado o psiclogo Joseph Licklider que era um especialista em computadores j com reputao internacional.

    Fig. 12 - Joseph C. R. Licklider

    No CCR o trabalho baseava - (processamento de dados por lotes e em tempo diferido) . Este processo que satisfazia a maioria das necessidades de clculo no se adequava comuni cao interactiva com computadores nem transmisso de dados entre eles.

    Licklider criou ento o IPTO (Information Processing Techniques Office) orientado para a comunicao interactiva e transmisso de dados. Para a comunicao rpida entre as equipas de investigadores era necessria a construo de uma rede (NET) pelo que a investigao, no mbito da ARPA, foi orientada para a construo de redes de comunicao de dados.

    Em 1965 Licklider deixou a ARPA, mas a sua orientao foi continuada pelo seu sucessor Robert Taylor, tambm psiclogo. Dispondo de um oramento de 19 milhes de dlares, Taylor iniciou o financiamento da primeira rede de computadores.

    A tarefa no era fcil. J existiam redes de computadores desenvolvidas pelos fabricantes, mas cada um deles impunha as suas normas e utilizava linguagens de comunicao incompatveis com as dos restantes. Por outro lado a rede deveria oferecer confiana aos utilizadores, isto , as mensagens deveriam chegar intactas aos receptores quaisquer que fossem os acidentes encontrados no seu percurso entre o emissor e o receptor.

    A soluo proposta para o problema compreendia por um lado a utilizao de redes do tipo distribudo nas quais era possvel ligar um receptor e um emissor utilizando vrios percursos. Se um n da rede avariasse, a mensagem deveria continuar o seu percurso utilizando outro caminho disponvel.

    Alguns anos antes o norte - americano Paul Baran e o ingls Donald Davies tinham imaginado um sistema de comutao por pacotes que resolveria o p roblema. Uma

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    que seriam conteria o endereo do emissor, o endereo do receptor, o nmero de ordem do

    poderia reconstituir, localmente, a mensagem original.

    Para aliviar o trabalho dos computadores foi decidido construir computadores intermeCada computador seria assim ligado rede atravs de um computador intermedirio denominado IMP (Interface Message Processor).

    Para que todos os computadores pudessem comunicar era necessrio criar um protocolo de comunicaes que regulasse o intercmbio de mensagens. Os primeiros protocolos construdos foram o Telnet (ligao interactiva de um terminal com um computador remoto) e o FTP (File Transfer Protocol - Protocolo para a Transferncia de Ficheiros entre Computadores).

    As denominaes originais dos protocolos eram DEL (Decode/Encode Language ou linguagem de codificao/descodificao) e NIL (Network Interchange Language ou linguagem de intercmbio na rede) .

    A primeira rede de computadores foi con struda entre a Universidade da Califrnia (Los Angeles), o SRI (Stanford Research Institute), Universidade de Utah e a Universidade da Califrnia (Santa Brbara).

    ARPANET. Os estudantes destas quatro Universidades criaram um grupo de trabalho que

    auto- denominaram Network Working Group (NWG) . Entre esses estudantes existia um

    este novo tipo de comunicaes. O NWG desenvolveu um Network Control Protocol (NCP) que podia ser

    as comutava e controlava o fluxo das mensagens. A primeira rede passou a ter a sua

    Fig. 13 - Vinton G. Cerf

    A ARPANET utilizava a rede telefnica normal atravs do sistema de aluguer de

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    circuitos. Os iniciais quatro ns da rede forma ampl iados para trinta em Agosto de 1972. Considera- se esta data como o marco para incio da actividade da primeira comunidade virtual.

    Fig. 14 - Os primeiros 4 ns da ARPA Network

    Paralelamente foram construdas outras redes nos U SA, em Inglaterra e

    nomeadamente em Frana onde no mbito do projecto Cyclades, concebido por Louis Pouzin, foi construda a TRANSPAC um n desta rede foi instalado em Portugal, na cidade de Lisboa.

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    3. A INTERNET ( INTERCONNECTED NETWOR KS)

    No incio a a ctividade principal que se desenvolvia na comunidade virtual da ARPANET era, o actualmente, banal correio electrnico ou e - mail. As discusses

    e milhares de mensagens pessoais circulavam entre os membros da comunidade acelerando o desenvolvimento de programas utilitrios que simplificavam a utilizao deste instrumento nunca antes utilizado.

    A importncia da ARPANET era tal que, em 1972, foi rebaptizada DARPANET em que o D significava Defense e lembrava que a re de dependia do Pentgono o qual financiava os investimentos para a ligao entre computadores geograficamente afastados de modo a ser permitido o seu acesso remoto e a partilha de fontes de dados.

    Surge ento a ideia da criao de uma (rede internacional) e de uma (conexo de redes regionais e nacionais nos USA que no comunicavam entre elas) . Destas expresses resultaria a sua futura denominao .

    Entre 1973 e 1978 uma equipa de investigadore s coordenada por Vinton Cerf no SRI(Stanford) e Robert Kahn na DARPA desenvolveram um protocolo que assegurava a inter operacionalidade e interligao de redes diversas de computadores.

    Este protocolo denominou- se TCP/IP (Transmission Control Protocol e I nternet Protocol) que substituiu totalmente o NCP em 1983.

    Entretanto o controlo da ARPANET foi transferido, em 1 de Julho de 1975, para a US Defense Communications Agency conhecida pela sigla DISA (Defense Information Sistems Agency). A operacionalidade e controlo da ARPANET eram ento totalmente executados pela Secretaria de Estado da Defesa dos USA.

    A DARPA financiou tambm projectos que permitissem a utilizao da tcnica de comutao de pacotes para navios no mar e unidades mveis terrestres que di spusessem de meios rdio. Este financiamento deu origem construo da rede local Ethernet que para alm da utilizao do rdio tambm suportava a transmisso por cabos coaxiais.

    No princpio do ano de 1980 a ARPANET foi dividida em duas redes. A MILNET que servia as necessidades militares e a ARPANET que suportava a investigao. O Departamento de Defesa coordenava, controlava e financiava o desenvolvimento de ambas as redes.

    A NSF National Science Foundation, criada em 1975, no via com bons olhos o domnio dos militares sobre as redes de comunicao de dados e decidiu construir a sua prpria rede denominada CSNET (Computer Science Network) , com o objectivo de interligar todos os laboratrios de Informtica dos USA. Entre 1975 e 1985 forma criadas

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    vrias redes de comunicao de dados utilizando fontes de financiamento diferentes, p. ex. UUCP, USENET, BITNET, ... .

    Em Julho de 1977, Vinton Cerf e Robert Kahn realizaram uma demonstrao do protocolo TCP/IP utilizando trs redes ARPANET RPNET STATNET.

    Considera- se que foi nessa demonstrao que nasceu a Internet. Em 1990, o Departamento de Defesa dos USA desmantelou a ARPANET a qual

    foi substituda pela rede da NSF, rebaptizada NSFNET que se popularizou, em todo o mundo, com a denominao Internet.

    WWOORRLLDD WWIIDDEE WWEEBB ((WWWWWW))

    A importncia da Web de tal ordem que, para muitos, chega a ser confundida com a prpria Internet.

    A WWW ( World Wide Web que cobre todo o mundo) , um espao virtual que per mite a troca de informao na Internet. Surgiu h 1 9 anos, pela mo e voz de dois engenheiros do CERN (European Center of Nuclear Research) : Robert Caillaiu e o fsico Tim Berners - Lee.

    Nascido na Inglaterra, graduou- se no Queen's College na Universidade de Oxford, Inglaterra, em 1976. A construiu seu primeiro computador. Em 1984, obteve um cargo no CERN, o European Particle Physics Laboratory, como engenheiro de software. Procurando um meio de melhorar as comunicaes entre a comunidade do Energy Physics, Berners- Lee escreveu uma proposta em 1990 para um projecto de hipertexto.

    Fig. 15 - Tim Berners- Lee

    A princpio, tal como anos antes acontecera com a Internet, s o meio acadmico tomou conhecimento desta importante descoberta. Berners- Lee e os companheiros haviam

    e documentos, imagens, ou seja, informao. Depois de quase dois anos, entre apresentao de propostas e experincias, o mundo inteiro conheceu a Web durante o m s de Agosto de 1991 e hoje tida como algo que revolucionou o modo como as pessoas se divertem, fazem negcios, estudam, trocam ideias e se socializam. E muito ainda est por conhecer...

    O conceito de web ou teia representa exactamente o que a Internet : uma grande teia de cabos e de comunicaes via satlite ligando servidores e computadores de todo o mundo entre si atravs do padro de comunicao da Internet.

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    A World Wide Web (Web ou WWW) fornece - lhe uma interface grfica, fcil de navegar, para localizar documentos na Internet. Estes documentos, assim como as

    A Web permite- -

    imaginar a Web como uma grande biblioteca. Os locai s na Web so como livros e as

    Estas pginas podem conter notcias, imagens, filmes, sons e ainda todo um mundo tridimensional sobre qualquer assunto. Estas pginas esto localizadas em computadores situados em qualquer parte do planeta. Ao ligar - se Web, tem igualmente acesso a informaes em todo o mundo, e tudo isso, normalmente, ao custo de uma chamada local ou, agora na era da banda larga, a troco de uma assinatura mensal de custo relativamente reduzido.

    A ideia da constituio de uma teia mundial circulava h muito entre a comunidade cientfica mundial.

    Desde os anos 80 que Tim Berners - Lee trabalhava numa soluo para gerir toda a informao do CERN - um sistema que pudesse ligar os vrios documentos que existiam.

    Oficialmente, a WWW surge em 1991, quando o primeiro sistema de hipertexto posto disposio da comunidade cientfica via Internet mas, na origem desta aventura do hipertexto est Vannevar Bush, ex- presidente do Massachusetts Institute of Technology (MIT) e ex - director do Office of Scientific Research and Development nos Estados Unidos, no tempo da II Guerra Mundial.

    Fig. 16 Vannevar Bush

    Bush tinha escrito em Julho de 1945 um artigo na revista de Boston The Atlanti c Monthly (vol. 176, n.1) que ficaria clebre. Levava o ttulo de As we may think (leia - o em http://www.theatlantic.com/unbound/flashbks/computer/bushf.htm).

    Ele concebera uma mquina foto electromecnica designada por Memex que conseguia produzir referncias cruzadas (links) entre documentos microfilmados, atravs de um proc esso de cdigo binrio, de foto clulas e de fotografia instantnea.

    Ao longo de dcadas, este projecto de Bush influenciaria muita gente, nomeadamente o jovem Ted Nelson (Theodor Holm Nelson) em meados d e 60.

    http://www.theatlantic.com/unbound/flashbks/computer/bushf.htm
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    Fig. 17 Ted Nelson

    Na cabea do jovem Teodoro dos anos 60 estava Xanadu - o nome de cdigo para o seu sistema de mult imdia, que pretendia ser uma forma (nova) de escrita, em que nada se perdia (funcionando como uma memria literria viva) e em que tudo est ava interligado com tudo (nos dois sentidos) - e este tra nsformou- se no, at data, mais ambicioso (e ainda inacabado em termos comerciais) desafio ao domnio do papel impresso, ao paradigma de Gutenberg.

    Ted considera o triunfo das letras impressas - como estas que o leitor est a ler - como a nossa condenao a uma ditadura, a uma forma de estruturar espacialmente de um modo linear o nosso pensamento, que algo, por natureza, no sequencial.

    Escapar sina do papel tem sido a sua batalha de muitos anos, desde que inventou o termo hipertexto quando ainda tirava um mestrado em sociologia em Harvard (perto de Boston, nos Estados Unidos) no princpio dos anos 60... qua ndo ainda no se sonhava sequer com computadores pessoais.

    Ted daria a conhecer publicamente o conceito em 1965 numa Conferncia da Association for Computing Machinery (ACM) , que a inda hoje rene a comun idade da

    A sua comunicao A file structure for the complex, the changing and the indeterminate faria algum furor.

    de Stanford, que ainda hoje vive em So Franc isco, demonstraria nos anos 60 a criao de um espao de trabalho colaborativo (porque resultante de contedos de diferentes provenincias imagine um livro cujas pginas so simultaneamente pginas de outros livros) inspirado nas ideias de Bush e que bap tizou de NLS (ou oN Line System - sitema online).

    Fig. 18 - Doug Engelbart Fig. 19 - O primeiro rato

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    Hoje, o comum dos mortais utilizadores da World Wide Web associa o hipertexto (em termos simples, a possibilidade automtica que o leitor obtm do seu browser de passar de um assunto para outro atravs de ligaes ou links, como se popularizou no original em lngua inglesa, algo que no se consegue fazer numa revista impressa) ao sistema concebido pelo ingls Tim Berners- Lee em 1989 no Laboratrio Europeu de Fsica das Partculas (mais conhecido por CERN) na Sua, que trouxe

    Contudo, na verdade Berners- Lee inspirou- se em Xa nadu!

    -, afirmou o ingls criador da WWW no seu livro

    Weaving the Web, publicado em 1999 Ted Nelson diria, numa crtica branda, que Berners- Lee fez d o conceito

    . Queria assim afirmar que Berners- Lee, ao simplificar, amputou o hipertexto da sua ambio de derrotar o paradigma do papel impresso. literatura electrnica, com a massificao da Web, desenvolveu- se rapidamente na ltima dcada, mas f - , clama Ted Nelson. A Web transformou o hipertexto numa ferramenta unvoca (os links obrigam - nos a um processo de saltar de uma pgina para outra na programao em HTML) que, por vezes, noz faz perder o fio meada. Ultimamente, inclusive, tem havido uma aproximao grfica e de formatao de contedos escandalosamente a imitar o papel

    meou com o prprio conceito de

    - se em mente o que ele considera paradigma de Gutenberg e o seu desafio de muitos anos para derrotar o domnio do papel impresso: a nossa condenao ditadura que estrutura espacialmente de modo linear o nosso pensamento).

    Anos mais tarde, Berners- Lee explica o sonho: espao comum para troca de informaes. A sua universalidade essenci al: o facto de um link de hipertexto poder apontar para qualquer coisa, seja pessoal, local ou global,

    '. Alm da vertente mais prtica, o conceito, confessa Berners - Lee, apontava

    tambm para questes de ordem sociolgica: nto em que a Web estivesse a funcionar em pleno... podamos usar os computadores para nos analisarmos, perceber o que estvamos a fazer, qual o nosso lugar no mundo e como poderamos

    . Quanto ao nome, nada mais simples. A expli cao foi novamente na primeira

  • Internet

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    pessoa do singular: pensei em 'mine of information' (MOI, um pouco egosta) ou The Information Mine

    .

    OOSS PPRRIIMMEEIIRROOSS BBRROOWWSSEERRSS

    Descoberto o hipertexto, era agora necessrio comear a desenvolver interfaces mais amigveis para o utilizador.

    Comeam ento a surgir os browsers (programas de navegao na web) . O primeiro browser utilizado foi o LYNX mas apenas permitia a transferncia de

    textos. Em 1990, Tim Berners Lee desenvolve o WYSIWYG (What You See Is What

    You Get) . Nesse mesmo ano, Berners- Lee desenvolve o primeiro Gui Br owse e chama-lhe world wide web (mais tarde o nome muda para Nexus, para evitar confuse s com a World Wide Web) . Corria no NeXT.

    Pei Wei ( http://www.xcf.berkeley.edu/~wei/ ) , estudante da Universidade de Berkeley, escreve, meses mais tarde, o ViolaWWW para Unix, baseado na linguagem Viola p or el e desenvolvida.

    Alguns estudantes de Helsnquia desenvolvem o Erwise, tambm para Unix. E, nos Estados Unidos, foi desenvolvido o Midas. Mas, sem dvida, o Viola foi na altura o melhor programa de navegao para a Web, chegando a ser utilizado e re comendado pelo prprio CERN.

    No NCSA, Marc Andreesen (futuro fundador da Netscape) mostra ao colega David Tompsom o Viola e o Midas. A partir da desenvolvem um n ovo sistema o MOSAIC - para o PC e dele derivaram, entre outros os populares Netscape e Internet Explorer.

    Do ponto de vista tcnico menos sofisticado do que Viola, mas nenhum browser como o Mosaic era de to fcil utilizao. Andreessen e Tompsom desenvolveram alguns parmetros, no tratamento de imagens, que permitiram tornar as pginas Web mais atractivas.

    Para qualquer principiante, o Mosaic era a forma mais simples de navegar na Net. Torna- se, por isso, um dos principais responsveis pela exploso da Web.

    AA DDIIVVUULLGGAAOO DDAA WWEEBB

    A princpio, apenas algumas instituies, em especial universidades e centros de investigao, aderem Web. Faltava criar sistemas de interface mais amigveis, para que o grande pblico pudesse navegar vontade na Net. Surgem ento, em 1992, os

    http://www.xcf.berkeley.edu/~wei/
  • Internet

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    primeiros browsers (programas de navegao) , o que permite que comecem a aparece r os primeiros sites. No incio de 1993 estavam recenseadas 50 pginas Web.

    Nesse mesmo ano, o CERN liberta a WWW e prescinde do pagamento de quaisquer direitos. que ela se tornasse univers , explica Be rners- Lee que acrescenta ainda: questo de lgica... no se pode propor que algo se torne num espao universal... e

    '. Estava criado o conceito da auto - estrada da informao, um espao virtual, livre e

    ao qual que todos pudessem aceder. O ano de 1993 termina com 200 sites na Web. Nesse mesmo ano, Berners- Lee e colegas fundam o W3C ( World Wide Web

    Consortium) , uma espcie de centro regulador da Web. Entretanto, Marc Andreesen, que ao se rvio da NCSA (National Center for

    Supercomputing Applications) tinha criado o Mosaic, funda a Netscape. Dava - se ento incio segunda parte da revoluo chamada WWW. R apidamente, as grandes empresas mundiais se apercebem das potencialidades da Web para a divulgao de produtos e servios.

    Pouco a pouco, a Web comea a impor - se. O utilizador da Net passa a incluir na sua rotina diria (alm da consulta do correio electrnico) a visita a um qualquer site. Comea a onda da divulgao e criao das homepages.

    A WWW estava, no entanto, circunscrita ao meio informtico. S com o aperfeioamento dos browsers da Netscape que a Web se estende a outros sectores.

    Em 1995, o gigante Microsoft acorda e entra na corrida dos browsers com o Internet Explorer. parte as guerras de palavras e mesmo jurdicas, neste ano que a Web se comea a impor e a chegar maior parte dos utilizadores mundiais. Qualquer empresa que no tenha um site oficial na Net rapidamente ganha o rtulo de antiquada.

    Com o crescimento da Web, surge a necessidade de desenvolver novas tecnologias, aparecem tambm novas ideias de negcios, que levam criao de novos conceitos e novos postos de trabalho.

    A nova economia chegara!

    OO FFUUTTUURROO

    Passados pouco mais de 18 anos sobre o nascimento da We b, h questes que se comeam a colocar. Se no incio a ideia era tornar a informao acessv el a todos, o mundo apercebe- se agora precisamente da necessidade de regular alguns procedimentos.

    A comear pela prpria qualidade dos sites. inegvel a mais - valia que a Web

  • Internet

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    trouxe em termos de divulgao e acesso a material, mas comea a sentir - se a necessidade de fazer a triagem entre o que tem e no tem qualidade.

    Os governos comeam a estar atentos para os perigos que a W eb comporta (veja - se a sua utilizao por grupos terroristas, os crimes de violao informtica, as redes de pedofilia, a transmisso de contedos no aconselhveis a menores de idade) . Cada vez mais so necessrias leis universais que regulamentem a utilizao da Web.

    O comrcio electrnico, que permite ao consumidor co mparar preos automaticamente e comprar com todas as comodidades, gera ainda desconfiana.

    Porm, veio a lume recentemente que as empresas pouco apostaram em mecanismo de segurana e privacidade e o boom esperado do comrcio ele ctrnico (ainda que muito significativo j nos dias de hoje) tarda em surgir.

    O prprio conceito de e - democracia, ou seja, o governo mais prximo dos cidados, comea agora a dar os primeiros passos. Muito timidamente diga - se. A exemplo disso veja- se, em P ortugal, as expectativas criadas em torno do Programa SIMPLEX e do e - government como instrumentos de uma simplificao e modernizao administrativa. Na verdade, pese embora os benefcios j trazidos comunidade com as medidas e as inovaes j adoptadas e os resultados prticos que as empresas e o cidado comum obtm, muito h ainda a esperar uma vez que ainda hoje incontornvel a necessidade de o cidado perder o seu tempo nos balces de atendimento das reparties pblicas.

    Se olharmos para a realidad e actual (a nvel da aldeia global em que o mundo se converteu) o prprio mentor da World Wide Web admite: a incrvel riqueza de material que existe... a sua variedade e as mltiplas formas em que pode ser usada. Mas tenho consci ncia de que grande parte do sonho que a World Wide Web ainda no foi implementada. Por exemplo, ainda so poucas as pessoas que tm o hbito de colocar os seus pensamentos e preocupaes na Web. E muitos dos links perdem- .

    Mas... ainda s passaram pou co mais de dez oito anos. A Web uma jovem com to do um mundo ainda por descobrir!

  • Internet

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    4. DO JURSSICO (DA INT ERNET) AOS NOSSOS DI AS

    A seguir procuramos apresentar, resumidamente, a cronologia de alguns dos factos

    mais marcantes da recente histria da Internet. Tal como em muitas outras revolues cientficas, sempre muito difcil definir o

    momento exacto em que tudo comeou. Algumas datas so, contudo, consensuais e dificilmente quem quer que queira estudar o fenmeno da Web as pode ignorar:

    Fig. 20 Vannevar Bush

    1945

    um dispositivo, de nome Memex, que permite criar links entre documentos microfilmados, numa micro ficha. Esse artigo pode ser lido em: http://www.theatlantic.com/unbound/flashbks/computer/bushf.htm

    Fig. 21 - Logotipo da DARPA

    1957 Em Outubro de 1957 o presidente Eisenhower criou a DARPA (Defense Advanced Reasearch Project Agency) ou como ficou depois simplesmente conhecida, a ARPA ( Advanced Reasearch Project Agency). O seu principal objectivo era o desenvolvimento de programas respeitantes aos satlites e ao espao.

    Fig. 22 - Doug Engelbart

    1960 Doug Engelbart (o criador do rato) desenvolve um prottipo (oNL ine System) que permite editar hipertexto. O grupo de pesquisa da Rand Corporation especializado em assuntos militares, desenvolve estratgias em caso de ataque nuclear.

    Fig. 23 - Ted Nelson

    1965

    Ted Nelson refere- se ao termo H ipertexto no decorrer de uma conferncia em Nova Iorque da Association for Computing Machinery. Os conceitos hipertexto e hipermedia seriam mais tarde a base do protocolo HTML e da world Wide Web.

    1968 A ARPA lana o concurso para a construo de uma r ede de computadores que pudesse servir de modelo a uma infra -estrutura capaz de resistir a um ataque nuclear.

    1969 ARPANET Nos Estados Unidos criada uma rede interligando computadores de quatro Universidades Americanas.

  • Internet

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    Fig. 24 - Ray Tomlinson

    1971 O e - mail foi descoberto em 1971 por um engenheiro informtico chamado Ray Tomlinson que trabalhava na Bolt Beranek & Newman (BBN). Tomlinson desenvolveu um programa chamado SNDMSG (send message envia mensagem) que j continha os princpios bsicos do e- mail: enviava um texto para uma caixa postal de outra pessoa.

    Fig. 25 - Vinton Cerf

    1972 Aos 29 anos o americano Vinton Cerf, mais tarde conhecido como o pai da Internet, eleito presidente do recm criad o International Network Working Group (Grupo de Trabalho da Rede Internacional ou INWG). O INWG o primeiro rgo a controlar a rede em expanso.

    efectuada a primeira demonstrao pblica da Arpanet interligando 40 mquinas e o Terminal Interface Proce ssor (TIP), organizada por Robert Kann em Washington, D.C.

    A arroba (@) passa a ser utilizada para a comunicao via e -mail.

    1973 O University College de Londres e o Royal Radar Establishment

    da Noruega ligam- se rede ARPANET.

    criado o protocolo de t ransferncia de ficheiros FTP.

    1974 O nmero de instituies participantes da Arpanet sobe para 40. A troca de mensagens e de arquivos torna - se realidade.

    A BBN abre a Telenet (servio comercial de acesso rede dos Estados Unidos), primeira verso com ercial da Arpanet.

    Vinton Cerf e Robert Kahn publicam um estudo sobre os TCP (Transmission Control Protocol) e IP (Internet Protocol), linguagem utilizada pela rede ou protocolo de comunicao da Internet. Usam o termo Internet (Interconnected Networks) pela primeira vez.

    1976 O americano Mike Lesk da At&t, desenvolve o software UUCP

    (Unix to Unix CoPy), permitindo que duas mquinas comuniquem por meio de um modem e uma linha telefnica.

    1977 Surge a Uunet, primeira rede mundial baseada no uso d e linhas telefnicas.

    Nasce a Satnet, primeira rede de satlites, ligando os Estados Unidos Europa. O correio electrnico fornecido a mais de cem pesquisadores em cincias da computao.

    Fig. 26 - Al Gore

    1978 O futuro vice - presidente dos EUA, Albert Gore (Albert Arnold Gore Jr.) -

    criada a primeira rede de comunicao BBS.

  • Internet

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    1979 Nasce a Unix User Network, a Usenet.

    Fig. 27 - Tim Berners- Lee

    1980 Tim Berners- Lee escreve um ensaio sobre hipertexto e criao de links.

    A Darpa (Defense Advanced Research Projects Agency) decide abrir a todos os interessados os protocolos TCP/IP, gratuitamente.

    1981 A Arpanet tem j 213 servidores. A rede universitria, Bitnet sistema listserv, permitindo que mais de 4.000 fruns virtuais sejam criados

    1982 Surge a definio de Internet. O Departamento de Defesa dos EUA ( DoD), que tutela a ARPA, declara o TCP/IP (Transmission Control Protocol / Internet Protocol) como norma.

    A Eunet (European Unix Network) criada para fornecer e -mail e servios de Usenet.

    So estabelecidas conexes iniciais entre a Holanda, Dinamarca, Sucia e Reino Unido.

    Fig. 28 - Willian Gibson

    1984

    Cerca de mil o nmero estimado de servidores da Internet.

    estabelecida a Junet (Japan Unix Network ).

    registrado o primeiro domnio pontocom, da empr esa de informtica Symbolics.com

    Fig. 29 - Logotipo da AOL

    1985 Fundada a American on Line, empresa que se tornar no maior provedor mundial de acesso Internet.

    Fig. 30 - Robert Morris

    1988 Em 1 de Nov embro, Robert Morris, estudante da Universidade

    temporariamente 6.000 dos 60 mil servidores ento ligados rede.

    A Internet comea preocupar- se com privacidade e segurana. Surgem palavras como "hacker"

    A equipa Computer Emergency Response Team ( CERT) formada para solucionar o incidente criado pelo Worm.

    fundado o Prodigy, servio on line.

    criado o IRC (Internet Relay Chat).

  • Internet

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    Fig. 31 - Tim Berners- Lee

    1989 Surge o primeiro fornecedor comercial de acesso Internet (ISP).

    O ingls Tim Berners- Lee, fsico do laboratrio europeu CERN (Centre Europen por la Recherche Nuclaire ou European Center of Nuclear Research) desenvolve e pe a circular na intranet do CERN uma proposta sobre "Gesto da Informao".

    Fig. 32 - Logotipo do CERN

    1990 O CERN autoriza Berners- Lee a continuar os estudos e a construir um sistema de hipertexto para a gesto da informao do centro. O projecto um padro de comunicao que ficar conhecido como Word Wide Web e que permite a utilizao da rede de forma intuitiva e prtica.

    Em Outubro criado o 1. browser.

    Fig. 33 - criada a World Wide

    Web

    1991

    Tim Berners- Lee e Robert Cailliau anunciam formalmente o seu projecto World Wide Web, sistema de hipertextos que funciona a partir de links clicveis que levam a outros sites. O WWW facilitou a navegao pela rede. O primeiro servidor da Web instalado no CERN, onde Berners- Lee trabalhava.

    Fig. 34 - Mark McCahill

    O americano Mark McCahill lidera uma equipe da Universidade de Minnesota e cria o navegador de Internet Gopher.

    O Gopher o precursor dos actuais navegadores.

    Fig. 35 - logotipo da ISOC

    1992 criada a ISOC (Internet Society) sob a presidncia de Vinton Cerf a organizao que passa a definir os padres mundiais para o desenvolvimento da Internet.

    Fig. 36 - Marc Andreessen

    Fig. 37 - Imagem do Mosaic

    1993

    Marc Andreessen, de 23 anos e outros desenvolvem e apresentam em 1993 a verso experimental do Mosaic, o primeiro browser (visualizador / navegador) grfico da Internet que serve de base para os n avegadores actuais. Dois anos depois, lanar o Netscape.

    A Casa Branca e as Naes Unidas inauguram pginas na Internet.

    O CERN anuncia que a World Wide Web pode ser usada gratuitamente por toda a gente. Disponibilizada a linguagem HTML que permite a qualquer pessoa criar pginas e sites na Web.

  • Internet

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    Fig. 38 - Logotipo do Yahoo!

    Fig. 39 - Verso 1 do Netscape Navigator

    1994 Jerry Yang e Dav id Filo criam o Yahoo ! , um dos mais populares motores de busca da Internet.

    Marc Andreesen e Jim Clark fundam a empresa Netscape Communications e lanam o navegador Netscape Navigator que nos anos seguintes ser o preferido do pblico.

    Um show dos Rolling Stones transmitido pela web.

    A rede inicia a era dos banners.

    A Telepac comea a comercializar o acesso Internet em Portugal.

    Fig. 40 - Logotipo da Amazon.com

    1995 Em 1 de Julho lanada a livraria on - line Amazon.com A Microsoft lana o seu navegador de Internet(o Internet Explorer

    Fig. 41 - O Duke, a mascote do

    Java.

    O Vaticano entra na Web. A Sun Microsystems lana a linguagem " Java" para programao na Internet: WORA (Write Once, Run Anywhere .

    A operao Home Front liga soldados nos campos de batalha s suas famlias em casa, via Internet.

    Fig. 42 - Logotipo da MSNBC

    1996 A Microsoft e a rede de TV NBC inauguram a MSNBC, primeira organizao noticiosa na Internet.

    A Lei norte - americana da Decncia nas Comunicaes probe a distribuio de materiais indecentes via Internet vindo contudo a ser considerada inconstitucional em 1997.

    1997 Incio da tecnologia streaming (vdeo).

    Fig. 43 - Verso inicial do Google

    1998 A Microsoft lana o Windows 98 que inclui de raiz o Internet Explorer.

    Larry Page e Sergey Brin, dois estudantes Ph. D de Stanford, criam o Google.

    Fig. 44 - Napster

    1999 Shawn Fanning, um universitrio norte- americano cria, o Napster.

  • Internet

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    Fig. 45 - Logotipo da AOL TIME

    WARNER

    2000 AOL Time Warner: A AOL Amrica On- Line funde- se com o grupo Time Warner no maior negcio financeiro da Histria. Esta fuso indica que a Internet tornar - se- no mais importante meio de comunicao do mundo.

    o seu pice em 2000 . Iniciada em 1995 quando a Netscape fez uma IPO (sigla em ingls para oferta pblica inicial de a ces), a bolha g erou milhes de dlares em investimentos na internet e colaborou para o desenvolvimento de novas tecnologias e sites a ctualmente conceituados, como o Google.

    Apesar de a bolha ser hoje sinnimo de fracasso [estoirou em 2001, levando diversos empresrios falncia], foi no entanto essencial para a popularizao da internet.

    O Napster continua a proporcionar a partilha de msicas em mp3 entre utilizadores e infringe as leis dos direitos de autor. A indstria fonogrfica estremece com a queda das vendas e bandas como os Metallica levantam- se contra os seus fs por se sentirem lesados.

    2001 O Atentado ao WTC traz recorde de audincia na web.

    Fig. 46 - Logotipo Wi- Fi

    2002 Incio do Wi - Fi (internet banda larga sem fio)

    Fig. 47 - Mozilla Firefox

    Fig. 48 - Lotipo do iTunes

    2003 Mozilla desenvolve o browser gratuito Firefox.

    Apple lana o iTunes, loja virtual de msica.

    A Associao da Indstria de Gravadoras Norte- Americanas inicia os processos contra internautas que fazem download de msicas ilegalmente.

    Fig. 49 - A Web 2.0 e exemplos

    da Web Social

    2006 Embora no chegue aos extremos do final do sculo XX, o ano

    logia, entre , a segunda gerao

    de servios baseados na internet.

    ao fenmeno , como prova o sucesso de sites de comunicaes sociais como o Orkut, o Lin kedIn, o MySpace, o YouTube e o Facebook.

    - se como plvora, at as empresas j tm seus prprios blogs corporativos para promover os seus produtos.

  • Internet

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    OO IINNCCIIOO DDAA IINNTTEERRNNEETT EEMM PPOORRTTUUGGAALL

    A Internet transforma- se um sistema mundial, pblico, de redes de computadores,

    uma rede de redes ao qual qualquer pessoa ou computador, previamente autorizado, pode ligar- se. Obtida a ligao o sistema permite a transferncia de informao en tre computadores. A infra- estrutura utilizada pela Internet a rede mundial de telecomunicaes.

    nas Universidades e em algumas empresas. As primeiras utilizaes eram realizadas com terminais ligados por linha telefnica a Universidades Europeias e a Universidades nos USA. A sua utilizao restringia- se, na maioria dos casos, a consultas documentais e ao envio e recepo de correio electrnico (e - mail).

    existncia de um grupo denominado PUUG ( Portuguese Unix Users Group) e, a partir de 1986, na recm criada FCCN (Fundao para o Clculo Cientfico Nacional que, mais tarde, passaria a utilizar a d esignao de Fundao para a Computao Cientfica Nacional).

    Fig. 50 - Logotipo da FCCN

    A partir de 1991 o uso da Internet generaliza - se em todas as Universidades Portuguesas atravs da criao da RCCN (Rede da Comunidade Cientfica Nacional) .

    A implementao da RCNN foi um marco decisivo no desenvolvimento da utilizao da Internet e no alargamento das ligaes em rede em Portugal, tendo alargado a sua extenso ao longo dos anos. A corroborar este facto est o surgimento, em 1997 , da RCTS (Rede Cincia, Tecnologia e Sociedade) como extenso da RCNN.

    Tambm a criao de um ISP (Internet Service Provider) em Portugal a partir de 1994 (a Telepac) popularizou o uso da Internet.

    Os rgos de comunicao social, que nela encontraram uma nova ferramenta de informao, de trabalho e alargamento de mercados, passaram, em 1995, a difundir a existncia e utilidade da Internet. Esta difuso provocou uma exploso da utilizao da Internet em Portugal.

    De recordar dois factos marcantes ocorridos em incios de 1995 e que muito contriburam para a popularizao do Internet no nosso pas. Referimo- nos em primeiro lugar ao incio ocorrido em Abril do servio de acesso Internet com WWW da Telepac

  • Internet

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    e abertura dos dois primeiros pontos de acesso em Lisboa e Porto. Ento as velocidades de acesso mximas eram 14.400 bps.

    Dias depois, concretamente a 19 de Abril foi lanado o livro os recm

    iniciados na Internet.

    Fig. 51 - Deputado Jos Magalhes

    mesma maneira que em quase todo o mundo. Primeiro, foi um privilgio de acadmicos, cientistas e pouco mais. Depois, comearam a surgir os acessos pblicos, seguindo o exemplo internacional. No princpio muito localizados, restritos s grandes metrpoles e com pouca capacidade.

    Foi s com a entrada em cena da Tel epac como ISP que a Internet no nosso pas se tornou num fenmeno verdadeiramente nacional e generalizado.

    Estavamos no ano de 1994 e o resto, como se costuma dizer, j faz parte da histria. E se verdade que os portugueses podero ter comeado como os outros pases europeus designadamente, o facto que o crescimento da adeso Internet foi notvel nos ltimos anos.

    A Internet generalizou- se. O passo fundamental para a implementao da Internet a uma escala generalizada,

    como uma ferramenta ao alcance de todos, foi de facto o lanamento do Netpac pela Telepac.

    Com o lanamento do NETPAC, desde 29 de Maro de 1995, a Telepac apostou em definitivo na banalizao do acesso Internet

    Fig. 52 - NetMan

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    O pacote Netpac acendeu o rastilho da bomba que iria vulgarizar o acesso Iuma caixinha onde j estava tudo o que era necessrio para uma ligao pessoal Internet e com a possibilidade de carregamento nas caixas Multibanco?

    Fig. 53 - Instrues para a recarga do Netpac

    Foi sem dvida este um dos factores preponderantes para o grande aumento de utilizadores da Internet em Portugal.

    Tambm a entrada no mercado de novos ISP para alm da Telepac e o fornecimento de acessos gratuitos foi outra determinante do desenvolvimento.

    Recordamos aqui alguns deles: A IP iniciou a actividade em 1995 e foi construindo a segunda maior rede de

    acesso Internet em Portugal at ter sido adquirida por volta do ano 2000 pelo grupo Sonae. Dispunha de ligaes exteriores Europa e aos EUA, para maior rapidez e redundncia no fluxo de dados internacionais, e estava ligada ao PIX ( Portuguese Internet Exchange), local onde efectua troca de tr fego com os maiores operadores de Internet em Portugal.

    Fig. 54 - Logotipo da IP

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    A empresa disponibilizava acesso pago, quer para o mercado empresarial quer para o mercado individual. A oferta inclua os habituais pacotes pr - pagos, de que o Netpac da Telepac foi o pioneiro (o da IP chamava- se Domus), com a variante do pagamento, numa das variantes do produto, tambm poder ser efectuado por carto de crdito.

    A NovisGrupo Sonae, estabeleceu uma estratgia de conquista do mercado Internet baseada em duas vertentes: o mercado das empresas (e acessoriamente, o mercado dos acessos individuais pagos) e o mercado individual.

    Fig. 55 - Logotipo da Novis

    empresa que se havia tornado, ao cabo de uma labuta de 4 anos, o principal concorrente da Telepac a empresa de comunicaes de dados da PT.

    A Novis lanou o servio Clix, O Clix era o servio de Inte rnet gratuito da Novis. Inclua as mesmas

    caractersticas de todos os servios de Internet, a comear por contas de correio electrnico gratuitas, servidores de news e chat prprios e espao em disco para a criao de stios pessoais, para alm do incontor nvel portal que inclua um til acesso a uma verso da Enciclopdia Verbo.

    Fig. 56 - Logotipo do Clix

    nmero nacional nico de acesso Internet veio possibi litar o acesso global e em condies idnticas para todos os utilizadores do pas. Longe vo os tempos em que s os privilegiados habitantes dos grandes centros urbanos possuam o luxo de um acesso local Internet.

    Os operadores que no incio do ano de 2 001 esto directamente ligados ao PIX (Portuguese Internet Exchange) nacional - ponto focal onde convergem todas as comunicaes de dados so a Telepac, a KpnQwest , a Esotrica, a SIBS, a Eastcnica, a FCCN, a Teleweb, a Global One, a ONI, a Telecel, a Maxitel e a Novis (atravs da IP Global). A escolha de um deste operadores garantia taxas de transmisso mais rpidas dos dados entre clientes de operadores distintos ligados ao PIX (Ex.: correio electrnico).

  • Internet

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    Fig. 57 - FCCN - Fundao para a Computao

    Cientfica Nacional

    Fig. 58 - GLOBAL ONE Comunicaes, S.A.,

    Fig. 59 - Eunet Portugal Telecomunicaes, Lda. Fig. 60 - Comnet - Transferncia Internacional de

    Dados, SA

    Fig. 61 - IP Global- Informtica e Telecomunicaes,SA Fig. 62 - Telepac - Servios de Telecomunicaes, SA

  • Internet

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    Fig. 63 - Esotrica - Novas Tecnologias de Informao, SA

    Fig. 64 IBM Global Network

    Fig. 65 - KPNQwest Portugal Fig. 66 - OniTelecom - Infocomunicaes, SA

    Hoje em dia, a rede de POP s cobre todo o territrio nacional, continental e

    insular. Em termos de hardware, estes POP s evoluram ao longo dos anos de molde a permitirem acessos de acordo com os mais recentes desenvolvimento tecnolgicos. Assim inicialmente equipados com modems analgicos com velocidades de 14.400 bps, passaram rapidamente 28.800 bps, 33.600 bps e 56.400 Kbs. Por fim chegaram tambm os acessos RDIS e as velocidades de transmisso aumentaram.

    Hoje estamos numa nova fase, em que praticamente desapareceram os acessos por dial-up com larguras de banda mui to pequenas e em que se passa a utilizar o acesso por banda larga, fixa e mvel, ADSL, Wi - Fi e Cabo ADSL e Cabo (TV por Cabo). As principais operadoras telefnicas nacionais procuram tambm conquistar o seu nicho de mercado

  • Internet

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    possibilitando a utilizao da banda larga( 2) mvel o que confere uma enorme liberdade ao utilizador, podendo este aceder Internet de qualquer lugar em que se encontre desde que esse mesmo lugar tenha cobertura para a rede de telemvel o que, nos dias de hoje , em todas as operadoras superior a 99,5% do territrio nacional.

    Fig. 67 - Oferta de Internet Mvel da Optimus

    Fig. 68 - Internet Mvel da Vodafone Fig. 69 - Internet Mvel da TMN

    , portanto, um a realidade que a Internet em Portugal est a crescer a bom

    ritmo e no fica de fora das inovaes tecnolgicas internacionais. Uma simples busca

    significativa em termos de contedo. Os mais importantes jornais tm edies dirias na rede, o comrcio virtual comea, como em todo o mundo, finalmente a mexer ainda que a actual situao de recesso econmica tenha profundos reflexos negativos tambm nesta rea.

    2 O termo Banda Larga quando referido velocidade de acesso Internet significa coisas

    diferentes para diferentes pessoas. Desde h alguns anos que 256 Kbps a velocidade ainda entendida como o mnimo para ser

    considerada banda larga de acordo com a OCDE ( http://www.ocde.org/sti/ict/broadband ). Contudo nos EUA a FCC (entidade que regula as telecomunicaes) define banda larga como

    qualquer velocidade de acesso Internet igual ou superior a 768 Kbps. Em Portugal, em 2008, quer os operadores que oferecem ligaes por cabo quer os que

    trabalham com tecnologia ADSL, definem o valor mnimo de banda larga em 512 Kbps, que a velocidade mais baixa dos seus diversos tarifrios.

    http://www.ocde.org/sti/ict/broadband
  • Internet

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    5. OS SERVIOS DA INTERNET

    Ao entrar na Internet pela primeira vez o utilizador costuma perguntar: mas para

    que serve esta tal de Internet? No fcil responder esta pergunta, pois, so muitos os servios e a cada dia surgem novos, mas vamos citar alguns dos mais importan tes:

    SITES DE INFORMAO:

    Um site um conjunto de informaes pblicas armazenado num computador servidor da Internet. O utilizador pode solicitar estas informaes ao servidor sempre que quiser. Existem sites de notcias, de empresas, de revistas, de o rganizaes, de governos, etc. Imagine a Internet como uma grande biblioteca e os sites como livros, que apesar de estarem espalhados pelo mundo, podem ser abertos no monitor do seu computador a qualquer momento.

    CORREIO ELECTRNICO:

    Os servios de corre io da Internet imitam o correio convencional. Quando escrevemos uma mensagem esta enviada para o endereo do destinatrio. A mensagem viaja pela Internet e chega at a caixa de correio do destinatrio, que nada mais do que um espao de memria num servidor da Internet. A mensagem fica l at que o destinatrio a solicite.

    CHAT: um dos servios mais populares da Internet (curiosamente, no Brasil designado por bate- papo) . Vrias pessoas entram numa sala virtual e trocam mensagens em tempo real (mens agens que podem assumir a forma de texto escrito, voz ou de imagem ou todas estas formas em simultneo)

    GRUPOS DE DISCUSSO:

    A ideia dos grupos reunir pessoas com interesses comuns que querem trocar informaes sobre um determinado assunto, mas esto separadas por enormes distncias. Cada membro envia mensagens para os outros membros e l as mensagens que os demais enviam para o grupo. Os fruns de discusso e as listas de discusso tambm funcionam de modo parecido.

    SERVIO MENSAGEIRO

    (M ESSENGER):

    O servio de troca de mensagens mais popular o ICQ, que foi o pioneiro nesta rea e depois foi copiado por muitos dos seus concorrentes, como o Windows Messenger por exemplo. O servio mensageiro (do ICQ, Windows Messenger, Yahoo Messenger, AOL Messenger, etc., etc.) avisa o utilizador quando os seus amigos se ligam Internet. Esta ideia simples tornou- se muito popular, pois permite, sabendo o utilizador que os

    mensagens em tempo real.

    COMRCIO ELECTRNICO:

    O utilizador consulta o catlogo de uma loja virtual, obtm as informaes sobre o produto que deseja e ento faz a encomenda pela Internet. O pagamento feito de vrios modos, geralmente com cartes de crdito. A encomend a entregue na casa do utilizador.

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    6. COMO FUNCIONA A INTE RNET

    Quando o seu computador est ligado Internet pode obter em instantes uma informao que est armazenada no outro lado do mundo. Vamos tentar entender o caminho que a informao percorre para ir do computador domstico ao servidor de Internet e vice- versa.

    SOFTWARE CLIENTE: Para ter acesso Internet num computador preciso instalar nele software que permita a comunicao entre o computador e os servidores da Internet. Fundamentalmente so necessrios dois programas : o navegador (browser) e o software de correio. Mais frente falaremos do browser Microsoft Internet Explorer e do programa de gesto de correio electrnico Microsoft Outlook Express.

    MODEM: Este aparelho transforma os sinais de computador em sinais que passam por linhas telefnicas ou outras linhas de dados.

    LINHA: O modem ligado a uma linha de transmisso que geralmente a linha telefnica normal. Tambm se podem utilizar os cabos das TVs por cabo para fazer ligaes Internet. As empresas que precisem de um maior volume de trfego de dados podem optar por outras tecnologias de transmisso, mais rpidas, mais seguras e geralmente mais caras.

    PROVEDOR: ou Internet Service Provider ou Provedor de Servios de Internet , ou simplesmente Provedor, uma empresa com computadores ligados o tempo inteiro Internet e que tem como funo bsica dar acesso Internet aos seus clientes. Como ? Pela linha telefnica (ou cabo de TV) o computador do cliente comunica com o computad or do provedor e pede uma informao. O computador do provedor comunica com os servidores da Internet e consegue a informao solicitada pelo cliente. O provedor funciona como um intermedirio entre o utilizador e os servidores da Internet. H provedores para todos os gostos. Desde os pequenos que s tm clientes numa cidade (ainda que nos dias de hoje tenham cada vez maiores dificuldades em subsistirem mas, recordamo- nos de, h poucos anos, existirem alguns pequenos Service Providers designadamente na cidade de Coimbra), aos que tm uma expresso nacional e ainda os gigantes que actuam em cidades do mundo inteiro. H provedores que cobram pelos servios e h provedores que fornecem acesso grtis. O utilizador deve ser cuidadoso na escolha do seu provedor. D eve conferir os servios que ele oferece, quanto cobra por isso, com que qualidade atende os clientes, etc. Mudar de provedor no prtico, por isso melhor escolher bem para evitar os transtornos da mudana.

    BACKBONE: A palavra backbone significa espinha dorsal. Backbones so grandes estruturas de telecomunicaes que interligam os servidores de Internet espalhados por diferentes cidades e pases. Os backbones da Internet so mantidos por grandes empresas.

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    SERVIDORES DE INTERNET:

    So computadores, geralmente de grande porte, que armazenam informao e a entregam a outros computadores da rede. Se a informao for pblica qualquer computador que a solicitar ser atendido. Se a informao for reservada ser necessrio identificar- se para que seja verific ado se tem ou no direito a ter acesso a tal informao. o caso do contedo das caixas de correio electrnico. S o dono de uma caixa de correio, depois de se autenticar atravs do seu nome de utilizador e pela digitao da palavra passe, para poder ler o seu contedo.

    PROTOCOLO TCP/IP:

    A Internet rene computadores do mundo todo, produzidos por diferentes fabricantes com diferentes tecnologias. Com tanta variedade seria muito difcil fazer estas mquinas comunicarem entre si. Imagine reunir pessoas do mundo todo numa sala, cada um falando na sua lngua. Para evitar a confuso completa, nas reunies internacionais escolhe- se uma lngua padro que todos devem falar. Na Internet foi feito algo semelhante. Foi criado um conjunto de normas de comunicao que ficou conhecido como protocolo TCP/IP (Transfer Control Protocol Internet Protocol). O protocolo TCP/IP o padro que todos seguem para poderem comunicar na Internet. Este protocolo no propriedade de nenhuma firma ou governo. Existem comisses internacionais de estudiosos que discutem o protocolo TCP/IP e sugerem melhorias. Estas comisses buscam o melhor para todos, sem favorecer irregularmente nenhum grupo ou empresa.

    ENDEREO IP: Cada computador ligado Internet tem um nmero que o identifica. Este nmero nico e serve para localizar o computador na rede. Podemos comparar o endereo IP com o Cdigo Postal ou ainda com os nmeros de telefone. Os endereos IP so nmeros como este: 209.125.28.143.

    CCOOMMOO FFOORRMMAADDOO OO EENNDDEERREEOO IIPP

    O endereo IP (ou somente IP), como j foi dito, um nmero. Este nmero composto de 32 bits "divididos" por pontos em quatro grupos de

    8 bits. BIT e BYTE Os computadores "entendem" de impulsos elctricos, positivos ou negativos, que

    so representados por 1 e 0, respec tivamente (linguagem binria). A cada impulso elctrico, damos o nome de Bit (BInary digiT). Um conjunto de 8 bits reunidos como uma nica unidade forma um Byte.

    Os bytes representam todos os sinais, todas as letras (maisculas e minsculas), sinais de pontuao, acentos, sinais especiais e at sinais que no podemos ver, mas que servem para comandar o computador e so enviados pelo teclado.

    Para que isto acontea, os computadores utilizam uma tabela que combina nmeros binrios com smbolos: a tabela ASCII (American Standard Code for Information Interchange). Nesta tabela, cada byte representa um carcter ou um sinal (ver o nosso

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    Manual de Introduo Linguagem HTML, pg. 29). Para os computadores, representar 256 nmeros binrios suficiente. Por isso,

    como os bytes possuem 8 bits, basta fazer os clculos: Como um bit representa 2 valores (1 ou 0) e um byte representa 8 bits, basta fazer 2 (do bit) elevado a 8 (do byte) que igual a 256.

    A partir da, foram criados vrios termos para um entendimento melh or sobre a capacidade de armazenamento de dados nos computadores.

    So eles: 1 Byte - 8 bits 1 Kilobyte ou Kbyte (KB) - 1024 bytes 1 Megabyte ou Mbyte (MB) - 1024 Kbytes 1 Gigabyte ou Gbyte (GB) - 1024 Mbytes 1 Terabyte ou Tbyte (TB) - 1024 Gbytes

    Os endereos IP so na verdade, divididos em dois. A primeira parte contm a identificao da rede de computadores em que est a ser usado. A segunda parte identifica os computadores desta rede. Isso permite que um computador seja identificvel dentro de uma determinada rede, num lugar onde h vrias.

    Quando nos ligamos Internet, o Service Provider atribui ao computador um endereo IP (que a maioria dos provedores muda sempre que se estabelece a ligao, sendo por isso designado por IP Dinmico), de forma a que o com putador seja o nico em toda a Internet a usar este nmero naquele momento.

    Para manter os endereos IP nicos, foi criado uma espcie de Ordem. No caso da Internet, a ordem usada a ICANN ( Internet Corporation for

    Assigned Names and Numbers) - http://w ww.icann.org. A ICANN o rgo mundial responsvel por estabelecer regras do uso da Internet. uma entidade sem fins lucrativos e de mbito internacional, responsvel pela distribuio de nmeros de

    ficaes de protocolo, pelo controle do sistema de nomes de domnios de primeiro nvel com cdigos genricos (gTLD) e de pases (ccTLD) e com funes de administrao central da rede de servidores. Estes servios eram originalmente prestados, mediante contrato com o governo dos EUA, pela IANA ( Internet Assigned Numbers Authority) http://www.iana.org.

    A ICANN hoje cumpre a funo da IANA.

    Fig. 70 - Logotipo da ICANN Fig. 71 - Logotipo da IANA Fig. 72 - Logotipo da FCCN

    Em Portugal a FCCN ( Fundao para a Computao Cientfica Nacional) tem

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    vindo a garantir desde 1991, o servio de registo dos domnios Internet especficos de Portugal, isto , aqueles que se encontram registados imed iatamente abaixo do domnio de topo PT.

    Na rede da sua empresa por exemplo, os IP's so distribudos pelo administrador de rede, de modo a que cada computador possua um nmero exclusivo.

    Repare que tanto para a Internet como para redes, os endereos IP s o usados de forma semelhante. Para que no haja conflitos, a IANA criou os seguintes grupos de IP's para serem usados em redes, mas que no podem ser usados na Internet:

    Grupo A: de 10.0.0.0 at 10.255.255.255 Grupo B: de 172.16.0.0 at 172.31.255.255 Grupo C: de 192.168.0.0 at 192.168.255.255

    Dever estar a interrogar- se o porqu destes 3 grupos. Os IP's so divididos em trs classes: A, B e C. Os endereos da classe A so usados para um pequeno nmero de redes onde

    cada rede possui um nmero grande d e computadores. Estes computadores usam o primeiro byte do Endereo IP como identificador de rede e os bytes restantes como identificador de computadores da rede.

    J os endereos IP da classe B so usados nos casos de nmero de redes e de computadores em cada rede quase iguais. Estes usam os dois primeiros bytes do Endereo IP para identificar a rede e os restantes para identificar os computadores.

    Os endereos IP da classe C so usados nos casos de um grande nmero de redes, mas com poucos computadores em cada rede. Neste caso, so utilizados os trs primeiros bytes para a identificao da rede e o ltimo byte para identificao do computador da rede.

    Para identificar a classe que est a ser usada, usam - se mscaras de sub - rede. Se por exemplo um byte usa do para identificao da rede, tal byte na mscara

    de sub- rede ser 255. Mas se um byte usado para identificao de um computador e no de uma

    rede, o seu valor na mscara de sub - rede 0 (zero). Analise com ateno os exemplos da tabela que apresentamos a seguir para

    entender melhor as classes e as mscaras de sub - rede: CLASSE ENDEREO IP IDENTIFICADOR DA REDE IDENTIFICADOR DO COMPUTADOR MSCARA DE SUB- REDE

    A 10.2.68.12 10 2.68.12 255.0.0.0

    B 172.31.101.25 172.31 101.25 255.255.0.0

    C 192.168.0.10 192.168.0 10 255.255.255.0

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    IIPP EESSTTTTIICCOO EE DDIINNMMIICCOO

    IP esttico (ou fixo) um nmero atribudo a um computador, e que nunca muda, ou seja, sempre que esse computador for usado ter sempre o mesmo IP. No caso do acesso Internet via ADSL por exemplo , algumas empresas atribuem um IP esttico aos seus assinantes. Assim, sempre que um assinante se ligar, usar o mesmo IP. Essa prtica cada vez mais rara entre os provedores de acesso, por uma srie de factores, onde se incluem os problemas de segurana . Na verdade um computador pode facilmente ser encontrado e invadido por um hacker se tiver IP esttico.

    J o IP dinmico um nmero de endereo IP que dado a um computador e que sempre diferente de cada vez que este se liga rede. Por exemplo, se e u liguei agora o meu computador rede, - lhe atribudo um endereo IP. Logo que eu termine essa ligao esse endereo (se no houver outro disponvel) atribudo a outro computador que entretanto se ligou rede. Quando eu voltar a ligar o meu computador rede, ser - lhe- atribudo um outro IP de entre os que esto disponveis no momento.

    DDHHCCPP

    O mtodo mais usado para a distribuio de IP's dinmicos a tecnologia DHCP (Dynamic Host Configuration Program). Funciona da seguinte maneira: um servidor de rede tem uma certa quantidade de IP's para distribuir aos computadores ligados si pela rede e faz isso de acordo e pela ordem de acesso dos computadores mesma. Fica claro que com este mtodo, o servidor o responsvel pela distribuio e controle dos IP's da rede.

    DDOOMMNNIIOO

    Como dissemos atrs, para que o site esteja disponvel necessrio que o servidor possua um endereo (IP) fixo.

    Neste caso, usado um IP esttico. Mas perguntar talvez: como se no sei qual esse endereo IP e o que eu

    digito s implesmente www.nomedosite.pt ? Atravs do domnio, que consiste numa forma mais fcil de aceder a sites do que

    pelo seu IP. O domnio como um "nome" dado a um IP. Sendo assim, quando digitamos no browser "www.nomedosite.pt" um servidor na rede do seu p rovedor, chamado DNS (Domain Name System - Sistema de Nomes de Domnios) verifica numa

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    base de dados qual o IP deste site e direcciona o seu computador para ele. O sistema de domnios (Domain Names System ou DNS) faz corresponder a um

    nmero de srie (Int ernet Protocol Address ou IP) atribudo a cada mquina ligada net (IP esttico) ou a cada ligao ao fornecedor de acesso (IP dinmico) um nome alfanumrico, para que o referido endereo seja mais facilmente memorizvel e, logo, mais fcil de usar.

    Os nomes de domnio podem conter 37 caracteres (26 letras, 10 algarismos e

    , em alfabeto oriental (chins, japons e coreano) podendo o nmero total de caracteres ascender aos 40.282

    O sistema DNS possui uma hierarquia interessante, semelhante a uma rvore (termo conhecido por programadores). Se por exemplo, o site www.nomedosite.pt pedido, o sistema envia esse pedido a um servidor re sponsvel por terminaes "pt" o que proporciona agilidade nas buscas de IP's.

    UURRLL

    URL (Uniform Resource Locator), um endereo nico na Internet composto pelo nome do ficheiro, directrio, nome do servidor e o protocolo usado para o obter.

    Os clientes comunicam com o servidor atravs de l igaes TCP/IP estabelecidas com uma porta que, no caso do protocolo http ( HyperText Tranfer Protocol) a porta 80. As informaes so estruturadas na forma de documentos em hipertexto e multimdia, independentes e relacionados entre si atravs de hiperlinks. A estrutura de um URL a seguinte:

    http://www.turismodecoimbra.pt/pt/monumentos/se- velha.html

    http:/ - o protocolo em que vai ser efectuada a transaco entre o cliente e o s ervidor.

    HTTP o protocolo criado para transportar pginas na Web. Outros protocolos utilizados pelos browsers so: ftp:// (para transferncia de ficheiros), news:// (para grupos de discusso), gopher:// (para gopher) e mailto: (para correio electrnico) .

    www.turismodecoimbra.pt - o nome do servidor

    /pt/monumentos/ - o directrio onde esto os ficheiros

    se- velha.html - o nome do ficheiro. html indica que uma pgina da Web, mas pode ser um ficheiro de texto (.txt), uma pgina escrita numa linguagem como por exemplo Java Server Pages(.jsp) , Active Server Pages (.asp) , Personal Home Page/ .php) ou ainda uma imagem (.gif ou .jpg) ou de qualquer outro tipo.

    http://www.turismodecoimbra.pt/pt/monumentos/se-velha.html
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    Este endereo nico (no esquecer que afinal de contas correspond e a um

    toda a Internet.

    HHAARRDDWWAARREE

    Se possui um computador j tem a maior parte do que precisa para estabelecer uma ligao Internet.

    Em meados doa anos 90, quando surgiram o s primeiros acessos comerciais

    modem que interligava o computador com as linhas telefnicas Estes modems que ainda hoje existem (embora seja hoje j pouco usual aceder

    por esses meios em plena era da ligao em banda larga) apresentavam - se em trs formatos:

    internos - uma placa que se colocava numa slot da motherboard no interior da caixa do computador de secret ria;

    externos externos caixa do computador e ligados a est a por um cabo de rede;

    PC Card Utilizados para introduzir numa abertura prpria dos computadores portteis.

    Fig. 73 - Modem Interno Fig. 74 - Modem externo Fig. 75 - Placa PMCIA com modem

    Os modernos computadores portteis e de secretria possuem j as ligaes necessrias ao acesso Internet de banda larga. Estas consistem em portas USB (tomadas onde se ligam pen drives, ratos, discos externos, etc.) e/ou numa ligao de rede integrada (com ou sem fios ou at ambas).

    No PC moderno a porta USB e a porta de rede tipo RJ45 so tudo o que necessrio para ligar um modem de acesso Internet de banda larga quer este seja para acesso via cabo, ADSL ou rede celular.

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    Fig. 76 - Portas RJ45 e USB num computador porttil

    Todos estes novos tipos de modem so, normalmente, fornecidos pela empresa a

    quem contratamos a prestao do servio de ac esso Internet. As operadoras de televiso por cabo fornecem o acesso Internet atravs do mesmo cabo que usamos para ver televiso mas usam para isso um modem especfico (cable modem ou seja um modem especifico para o servio de sinal por cabo) e o mesmo acontece com o acesso tipo ADSL que usa a rede telefnica convencion al mas que permite, contrariamente ao antigo sistema de ligaes analgicas, que usemos em simultneo o

    Fig. 77 - Modem de Cabo (Zon TVCABO)

    Fig. 78 - Modem ADSL Fig. 79 Modem ADSL (meo)

    Tambm, como j referimos atrs as operadoras de telemvel permitem que se aceda Internet atravs das suas redes usando neste caso um modem de pequenas dimenses (os primeiros pareciam pequenos sabonetes e os de ltima tecnologia assemelham- se a pen drives USB mas ligeiramente maiores).

    Fig. 80 Modem para Internet mvel

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    Poder tambm aceder Internet atravs de una ligao Wi- Fi( 3) .

    Fig. 81 - Smbolos identificadores de redes e equipamentos com tecnologia Wi- Fi

    Se esse acesso for feito fora de casa (e cada vez mais h locais que

    disponibilizam esse acesso como hotis, restaurantes, centros de congressos, centros comerciais, jardins pblicos, esplanadas, escolas e universidades, bibliotecas, etc., etc.) diz- se que estamos a aceder atravs de Hotspot sem fios. Uma das vantagens dos acessos Wi- Fi no exterior que estes so muitas vezes gratuitos ao cont rrio do acesso atravs da rede celular (a mesma dos telemveis) que paga.

    Fig. 82 - Alguns smbolos identificadores de zonas Wi- Fi (Hotspots)

    3 Wi- Fi o termo que designa uma forma de li gao de computadores (e dispositivos portteis)

    em rede sem necessidade de conectar quaisquer cabos. Por isso referimo - nos tambm a elas com o seu termo em ingls: wireless, ou seja, sem fios. Estas redes so cada vez mais utilizadas em ambientes domsticos pois permitem facilmente integrar na rede consolas de jogo, computadores portteis, o Magalhes e outros notebooks que podem ser utilizados em qualquer diviso da casa, na varanda ou at no jardim.

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    Os dispositivos que permitem o acesso dentro de casa Internet atravs de uma rede chamam- se routers e, no caso de uma rede Wireless, um router sem fios, como o que apresentamos na Fig. 83, um equipamento D - Link DIR- 655 com capacidade de fornecer acesso com e sem fios de ltima gerao, cumprindo a norma 802.11n)

    Fig. 83 - Router Wireless

    SSOOFFTTWWAARREE

    Qualquer que seja o dispositivo que utilize para aceder Internet vai precisar de software.

    Para tirar partido de tudo o que a Internet oferece precisamos sobretudo de duas aplicaes:

    Um navegador (tambm designado por explorador mas, usa - se mais o

    termo em ingls browser); e Um programa de correio electrnico (ou e - mail como designado

    normalmente).

    Convm recordar que, contrariamente ao browser, o programa de correio electrnico no fundamental para a sua utilizao da Internet. Na verdade hoje vulgar efectuar a gesto do correio utilizando o browser para aceder directamente caixa de correio do servidor(refiro - me s cen tenas de mensagens que recebemos com publicidade e spam) tanto mais ainda que acedendo por browser ao nosso servidor de correio electrnico podemos receber, uma vez que dessa forma podemos aceder ao nosso correio electrnico e aos nossos contactos a partir de qualquer computador independentemente do local onde nos encontremos.

    Outros programas podero vir eventualmente a despertar o seu interesse, como

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    por exemplo uma aplicao para enviar e receber mensagens instantneas e para usar a Internet para telefonar s com voz ou at com voz e imagem.

    BBRROOWWSSEERR

    Para poder aceder aos contedos disponibilizados por qualquer site atravs do

    protocolo http necessrio um browser - software capaz de ler e interpretar a informao disponibilizada no servidor.

    Ainda que hoje as pginas disponibilizadas possam ser escritas ou fazer uso de inmeros recursos de diferentes tecnologias e linguagens de programao, de base temos sempre a linguagem HTML.

    OO qquuee aa lliinngguuaaggeemm HHTTMMLL??

    HTML um acrnimo de HyperText Markup Language (Linguagem de Anotao de Hipertexto). uma linguagem de programao muito simples, utilizada para criar documentos hipertexto e que pode ser utilizada em diferentes plataformas. Isto significa que podemos escrever cdigos- fonte HTML sem nos preocuparmos com a questo de saber em que computador e por que sistema operativo o documento ir ser visualizado.

    A estrutura do seu cdigo baseia - se na insero de palavras reservadas entre um

    Assim, no incio do comando temos a palavra reser vada inserida entre chaves e no final, no local do texto onde o comando deixa de actuar existe uma chave idntica mas que contm uma barra significando que o comando anterior termina ali.

    Por exemplo, exemplo significa que a palavra exemplo ir ap arecer no texto a negrito (Bold). Por esta razo, a linguagem foi denominada anotada (markup language) .

    HTML uma linguagem interpretada. O interpretador o browser, que converte os comandos anotados na representao grfica de objectos estruturados (textos e imagens).

    Uma analogia que deve ajudar ao entendimento a da linguagem PostScript, que

    papel. A linguagem HTML faz algo parecido - explica ao browser como uma pgina Web deve ser vista no monitor.

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    OO qquuee uumm ddooccuummeennttoo hhiippeerrtteexxttoo??

    Um documento hipertexto constitudo de trechos de texto, muito parecidos com aqueles que podemos produzir em qualquer editor de texto. Na verdade, se quisermos produzir pginas codificadas em HTML, basta utilizarmos um editor de textos como por exemplo o Bloco de Notas (Notepa d). muito trabalhoso programar desta forma, mas certamente possvel faz- lo.

    O que diferencia um documento hipertexto de um documento comum? a

    partes desse ou de outros documentos. Esta ligao chamada link de hipertexto ou, simplesmente, link. Ao pressionar o boto esquerdo do rato (clicar) num link , o programa HTML encarrega- se de desviar a sua leitura para um novo trecho do documento ou para um novo documento, relacionado com o assunto apontado por aquela ligao.

    Uma maneira fcil de entender um link imaginar o que acontece quando clicamos num cone presente por exemplo no ambiente de trabalho, como por exemplo o Word. Esta aco executa imediatamente um comando que abre o Word sem que tenhamos de ter procurado o respectivo ficheiro executvel que est algures num directrio do seu disco rgido. Utilizmos assim um atalho para o tal ficheiro executvel. Atrs do palco, nos bastidores, o que est a acontecer de facto que o programador estabeleceu uma ligao (link) entre o cone e a localizao do ficheiro executvel do

    ambiente de trabalho. Da mesma maneira, se escrever um link em HTML este resultar numa aco de

    outro documento, sem a necessidade de o utilizador ter de encontra essa referncia cruzada.

    QQuuaaiiss ooss pprriinncciippaaiiss rreeccuurrssooss ddaa lliinngguuaaggeemm HHTTMMLL??

    Os principais recursos da linguagem de programao HTML so a manipulao de strings (poro de um programa informtico que reproduz uma sequncia ou cadeia de caracteres) e de imagens. No caso das strings, a HTML permite manipular os seus atributos (negrito, itlico, corpo da fonte, espaamento, paragrafo) e sua posio relativa na pgina (diagramao). No caso de imagens possvel determinar apena s sua posio. A HTML permite definir tambm ncoras e links de hipertexto e de hiperimagem.

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    pprreecciissoo tteerr MMuuiittooss ccoonnhheecciimmeennttooss ppaarraa pprrooggrraammaarr ppggiinnaass HHTTMMLL??

    Em princpio no precisa ter muitos conhecimentos de informtica ou ser um programador (ainda que ajude e muito), para conseguir programar em HTML.

    Contudo dever ser detentor de alguns conhecimentos bsicos e principalmente ter uma boa experincia com a utilizao de programas em ambientes grficos (Windows, System 7 etc.).

    O que preciso saber, ou aprender, o manuseio de uma srie de programas que so necessrios e usados no desenvolvimento deste trabalho. Assim ter de aprender a aceder Internet, usar um editor HTML (ou, ao menos, um editor de textos) e fazer ilustraes electrnicas para criar as imagens que embelezaro as suas pginas Web. Nesta tarefa dever ser capaz de utilizar um scanner e saber retocar imagens.

    Quais so os outros conhecimentos que precisa ter para poder programar em HTML?

    Principalmente os das tcnicas da programao visual e do design grfico. Ser mais fcil produzir boas pginas Web se for um artista grfico ou programador visual. Isto mais importante do que o extenso conhecimento de informtica.

    Lembre- se tambm: as pginas Web, normalmente as pginas de apresenta o, so o carto de visita de todo site. Se esta pgina for visualmente atraente e esteticamente bem- feita, altamente provvel que esse site seja mais visitado do que outros.

    Se tenciona ser um web designer, certamente que os seus clientes vo exigir muito da sua competncia criativa. Para eles, a Web uma nova arma de marketing e o seu apelo publicitrio ser tanto ou mais eficaz quanto maior o nmero de pessoas que visitem os sites criados por si.

    Existem normas para projectar boas pginas Web? No, mas pode aprender muito examinando pginas feitas por outros designers e

    o seu cdigo - fonte HTML. Examine as nuances utilizadas para criar certos efeitos visuais e aprenda a

    utiliz- los tambm. Dever ter bom domnio do uso de programas de ilustrao elect rnica. Programas

    de ilustrao, como CorelDRAW, Illustrator e Photoshop, sero os seus companheiros de cabeceira. Se souber explorar os seus efeitos especiais, estar produzindo excelentes pginas Web.

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    OO QQUUEE UUMM BBRROOWWSSEERR WWEEBB??

    Os utilizadores (ou deverei

    Estes programas foram denominados Net browsers (navegadores, visionadores de

    pginas Web ou paginadores). Actualmente, os programas browsers mais utili zados so o Internet Explorer e o Mozilla Firefox. Todos eles dependem, no seu funcionamento, de interfaces grficas ou sistemas operativos grficos. Na plataforma Unix so ainda utilizados browsers de texto (Lynx, por exemplo), mas esto a cair em desuso.

    CCOOMMOO AACCEEDDEEMMOOSS AA UUMM SSIITTEE??

    Existem duas maneiras de aceder a um site: escrevendo no browser o endereo

    URL desejado ou, estando a visionar uma qualquer pgina, efectuando um clique com o boto do esquerdo do rato num link de hipertexto existente na pgina que est a ser visionada. Ao efectuar esta operao, o computador enviar uma mensagem ao seu provedor de acesso, o qual, por sua vez, far a ligao ao endereo URL desejado. A

    - se para ele atravs de uma pgina de apresenta o. A pgina de apresentao, assim como qualquer pgina Web, um documento

    hipertexto, codificado em HTML. U