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EM 1ª série | Volume 1 | História Manual do Professor Autores: Edriano Abreu e Regiane Mouton.

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Page 1: Manual do Professor · 2019. 3. 18. · intuito de solidificar o ensino apresentado, além de verificar a compreensão do aluno em relação aos temas abordados em cada capítulo

EM 1ª série | Volume 1 | História

Manual do Professor

Autores: Edriano Abreu e Regiane Mouton.

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Page 2: Manual do Professor · 2019. 3. 18. · intuito de solidificar o ensino apresentado, além de verificar a compreensão do aluno em relação aos temas abordados em cada capítulo

2 Coleção EM1Coleção EM1

C689 Coleção Ensino Médio 1ª série: - Belo Horizonte: Bernoulli Sistema de Ensino, 2018. 158 p.: il.

Ensino para ingresso ao Nível Superior. Grupo Bernoulli.

1. História I - Título II - Bernoulli Sistema de Ensino III - V. 1

CDU - 37CDD - 370

Centro de Distribuição:

Rua José Maria de Lacerda, 1 900 Cidade Industrial Galpão 01 - Armazém 05 Contagem - MGCEP: 32.210-120

Endereço para correspondência:

Rua Diorita, 43, PradoBelo Horizonte - MGCEP: 30.411-084www.bernoulli.com.br/sistema 31.3029.4949

Fotografias, gráficos, mapas e outros tipos de ilustrações presentes em exercícios de vestibulares e Enem podem ter sido adaptados por questões estéticas ou para melhor visualização.

Coleção Ensino Médio 1ª série – Volume 1 é uma publicação da Editora DRP Ltda. Todos os direitos reservados. Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

SAC: [email protected]

AutorESHistória: Edriano Abreu, Regiani Mouton

ADminiStrAtivoGerente Administrativo: Vítor LealCoordenadora técnico-Administrativa: Thamirys Alcântara Coordenadora de Projetos: Juliene SouzaAnalistas técnico-Administrativas: Ana Clara Pereira, Bárbara Câmara, Lorena KnuppAssistentes técnico-Administrativos: Danielle Nunes, David Duarte, Fernanda de Souza,

Priscila Cabral, Raphaella HamziAuxiliares de Escritório: Ana da Silva, Sandra Maria MoreiraEncarregado de Serviços Gerais e manutenção: Rogério Brito

ComErCiAlGerente Comercial: Carlos Augusto AbreuCoordenador Comercial: Rafael CurySupervisora Administrativo-Comercial: Mariana GonçalvesConsultores Comerciais: Adalberto de Oliveira, Carlos Eduardo Oliveira, Cláudia Amoedo,

Eduardo Medeiros, Guilherme Ferreira, Luiz Felipe Godoy, Ricardo Ricato, Robson Correia, Rossano Rodrigues, Simone Costa

Analistas Comerciais: Alan Charles Gonçalves, Cecília Paranhos, Rafaela RibeiroAssistentes Comerciais: Laura Caroline Tomé, Melissa Turci

oPErAçõESGerente de operações: Bárbara AndradeCoordenadora de operações: Karine ArcanjoSupervisora de Atendimento: Vanessa VianaAnalista de Controle e Planejamento: Vinícius AmaralAnalistas de operações: Adriana Martins, Ludymilla BarrosoAssistentes de operações: Amanda Aurélio, Amanda Ragonezi, Ana Maciel, Ariane Simim,

Elizabeth Lima, Eysla Marques, Flora Freitas, Iara Ferreira, Luiza Ribeiro, Mariana Girardi, Renata Magalhães, Viviane Rosa

Coordenadora de Expedição: Janaína CostaSupervisor de Expedição: Bruno Oliveiralíder de Expedição: Ângelo Everton PereiraAnalista de Expedição: Luís XavierAnalista de Estoque: Felipe LagesAssistentes de Expedição: Eliseu Silveira, Helen Leon, João Ricardo dos Santos,

Pedro Henrique Braga, Sandro Luiz QueirogaAuxiliares de Expedição: Admilson Ferreira, Marcos Dionísio, Ricardo Pereira, Samuel PenaSeparador: Vander Soares

SuPortE PEDAGóGiCoGerente de Suporte Pedagógico: Renata GazzinelliAssessoras Pedagógicas Estratégicas: Madresilva Magalhães, Priscila BoyGestores de Conteúdo: Luciano Carielo, Marinette FreitasConsultores Pedagógicos: Adriene Domingues, Camila Ramos, Claudete Marcellino,

Daniella Lopes, Denise Almeida, Eugênia Alves, Francisco Foureaux, Heloísa Baldo, Leonardo Ferreira, Paulo Rogedo, Soraya Oliveira

Analista de Conteúdo Pedagógico: Paula VilelaAnalista de Suporte Pedagógico: Caio PontesAnalista técnico-Pedagógica: Graziene de AraújoAssistente técnico-Pedagógica: Werlayne BastosAssistentes técnico-Administrativas: Aline Freitas, Lívia Espírito Santo

tECnoloGiA EDuCACionAlGerente de tecnologia Educacional: Alex Rosalíder de Desenvolvimento de novas tecnologias: Carlos Augusto PinheiroCoordenadora Pedagógica de tecnologia Educacional: Luiza WinterCoordenador de tecnologia Educacional: Eric LongoCoordenadora de Atendimento de tecnologia Educacional: Rebeca MayrinkAnalista de Suporte de tecnologia Educacional: Alexandre PaivaAssistentes de tecnologia Educacional: Augusto Alvarenga, Naiara MonteiroDesigner de interação: Marcelo CostaDesigners instrucionais: David Luiz Prado, Diego Dias, Fernando Paim, Ludilan Marzano,

Mariana Oliveira, Marianna DrumondDesigner de vídeo: Thais MeloEditora Audiovisual: Marina Ansalonirevisor: Josélio VerteloDiagramadores: Izabela Brant, Raony Abade

ProDuçãoGerente de Produção: Luciene FernandesAnalista de Processos Editoriais: Letícia OliveiraAssistente de Produção Editorial: Thais Melgaço

núcleo PedagógicoGestores Pedagógicos: Amanda Zanetti, Vicente Omar TorresCoordenadora Geral de Produção: Juliana RibasCoordenadoras de Produção Pedagógica: Drielen dos Santos, Isabela Lélis, Lílian Sabino,

Marilene Fernanda Guerra, Thaísa Lagoeiro, Vanessa Santos, Wanelza Teixeira

Analistas Pedagógicos: Amanda Birindiba, Átila Camargos, Bruno Amorim, Bruno Constâncio, Daniel Menezes, Daniel Pragana, Daniel Pretti, Dário Mendes, Deborah Carvalho, Joana Leite, Joyce Martins, Juliana Fonseca, Luana Vieira, Lucas Maranhão, Mariana Campos, Mariana Cruz, Marina Rodrigues, Paulo Caminha, Paulo Vaz, Raquel Raad, Stênio Vinícios de Medeiros, Taciana Macêdo, Tatiana Bacelar, Thalassa Kalil, Thamires Rodrigues, Vladimir Avelar

Assistente de tecnologia Educacional: Numiá GomesAssistentes de Produção Editorial: Carolina Silva, Suzelainne de Souza

Produção EditorialGestora de Produção Editorial: Thalita NigriCoordenadores de núcleo: Étore Moreira, Gabriela Garzon, Isabela DutraCoordenadora de iconografia: Viviane FonsecaPesquisadores iconográficos: Camila Gonçalves, Débora Nigri, Eloine Reis, Fabíola Paiva,

Guilherme Rodrigues, Núbia Santiagorevisores: Ana Maria Oliveira, Gabrielle Ruas, Lucas Santiago, Luciana Lopes, Natália Lima,

Tathiana OliveiraArte-Finalistas: Cleber Monteiro, Gabriel Alves, Kátia SilvaDiagramadores: Camila Meireles, Isabela Diniz, Kênia Sandy Ferreira, Lorrane Amorim,

Naianne Rabelo, Webster Pereirailustradores: Rodrigo Almeida, Rubens Lima

Produção GráficaGestor de Produção Gráfica: Wellington SeabraAnalista de Produção Gráfica: Marcelo CorreaAssistente de Produção Gráfica: Patrícia ÁureaAnalistas de Editoração: Gleiton Bastos, Karla Cunha, Pablo Assunção, Taiana Amorimrevisora de Produção Gráfica: Lorena Coelho

Coordenador do PSm: Wilson BittencourtAnalistas de Processos Editoriais: Augusto Figueiredo, Izabela Lopes, Lucas RoqueArte-Finalista: Larissa AssisDiagramadores: Anna Carolina Moreira, Maycon Portugal, Rafael Guisoli, Raquel Lopes,

Wallace Weberilustradores: Carina Queiroga, Hector Ivo Oliveirarevisores: João Miranda, Luísa Guerra, Marina Oliveira

ConSElHo DirEtorDiretor Administrativo-Financeiro: Rodrigo Fernandes DomingosDiretor de Ensino: Rommel Fernandes DomingosDiretor Pedagógico: Paulo RibeiroDiretor Pedagógico Executivo: Marcos Raggazzi

DirEçãoDiretor Executivo: Tiago Bossi

Expediente

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Manual do Professor

3Bernoulli Sistema de Ensino

ApresentaçãoCaro professor,

Ninguém ignora a impossibilidade do estudo completo de todo o passado da humanidade. Essa pretensão, porém, não faz parte da proposta do material de História desta Coleção. O que se pretende é uma análise das estruturas políticas, sociais e econômicas que foram impactantes para a constituição do mundo ocidental, sem abandonar a integração aos mais variados espaços geográficos do planeta.

Apesar da influência do mundo europeu na construção de nossa identidade, desde a Antiguidade até a crise atual, sabe-se que outros elementos históricos foram também significativos para a formação do que hoje somos. Assim, este material ressalta as contribuições de regiões como os continentes africano e americano, no contexto pré-colonial, para a formação da sociedade contemporânea.

Desse modo, esta Coleção firma nossos pés em um solo seguro diante das propostas curriculares que servem de orientação para processos seletivos como o Enem e os vestibulares tradicionais em todo o país. Porém, cabe ressaltar que nossa proposta de aprendizagem não se limita a habilitar alunos a um bom desempenho em provas de seleção, mas sim assegurar a compreensão do conhecimento da História nacional e mundial em quaisquer circunstâncias, contribuindo para uma percepção crítica da sociedade.

Apoiando-se nessas coordenadas, o texto elaborado busca dialogar de modo claro e objetivo com o aluno, sem se afastar da necessidade de aprofundar temas relevantes. Assim, a leitura do texto principal é permeada por propostas de reflexão, de relações com o cotidiano e de análises historiográficas, quando relevantes. Em linguagem clara, fundamental para todos os alunos, mistura-se uma abordagem comprometida com o inovador, seja no tempo passado ou no presente.

Cabe ressaltar que todo o conteúdo é acompanhado de Exercícios de aprendizagem e propostos, com o intuito de solidificar o ensino apresentado, além de verificar a compreensão do aluno em relação aos temas abordados em cada capítulo.

Esperamos que o material seja útil para que a experiência em sala se transforme em momentos ricos na construção da memória daqueles em quem confiamos o futuro.

Atenciosamente,

Os autores

Novidades 2018O Bernoulli Sistema de Ensino tem sua atividade pautada na busca constante da excelência. Por isso,

trabalhamos sempre atentos à evolução do mercado e com empenho para oferecer as melhores soluções educacionais aos nossos parceiros. Em 2017, iniciamos o nosso atendimento ao segmento da Educação Infantil com o material didático para 4 e 5 anos, que já é sucesso nas escolas, trazendo ainda mais inovação e qualidade para as práticas escolares. Em 2018, é hora de estendermos nossa atuação às outras crianças desse segmento: as de 2 e 3 anos, que poderão vivenciar práticas lúdicas e pedagogicamente ricas.

Nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, a novidade é a parceria firmada para oferta de uma coleção de livros literários totalmente alinhada aos temas trabalhados nos livros do 1º ao 5º ano. As obras são voltadas para o desenvolvimento de temas transversais, como respeito a diferenças, sustentabilidade, cidadania e manifestações culturais. Além disso, atendendo aos pedidos de nossos parceiros, passamos a oferecer o livro de Língua Inglesa para o 1º ano, que foi construído com o mesmo rigor de qualidade e com mais ludicidade ainda, em consonância com a proposta pedagógica da Educação Infantil e com a dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental.

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4 Coleção EM1

Nos Anos Finais do Ensino Fundamental, a grande novidade fica a cargo da Coleção de Arte para o 6º até o 9º ano, que apresenta uma abordagem integrada das quatro linguagens artísticas (artes visuais, música, teatro e dança), de forma a desenvolver a sensibilidade, criticidade, criatividade, bem como a fruição estética, entrelaçando a esses aspectos práticas de criação e produção artísticas, incitando nos alunos e nos professores um olhar reflexivo e curioso. Contamos também com um novo livro de Biologia para atender às escolas que trabalham separadamente esse componente curricular no 9º ano do Ensino Fundamental, uma solução totalmente integrada às temáticas e ao projeto editorial da Coleção Ensino Fundamental Anos Finais. Temas como a Bioquímica, a Biotecnologia, a Ecologia, a Evolução são destaques no conteúdo programático dessa obra, que tem como objetivo a retomada de assuntos trabalhados ao longo do Ensino Fundamental e a introdução de tópicos relevantes para a preparação dos alunos que em breve ingressarão no Ensino Médio.

No Ensino Médio, as novidades estão no campo da tecnologia, com a disponibilização do Meu Bernoulli também para a 1ª e a 2ª série. Além disso, será disponibilizado um novo formato de e-book, mais leve, com novas funcionalidades e recursos de acessibilidade. Quem já conhece sabe que o Meu Bernoulli é uma plataforma digital de aprendizagem inovadora capaz de trazer grandes benefícios para a comunidade escolar. Além de todas as funcionalidades que o Meu Bernoulli já apresenta, os parceiros que adquirirem os Simulados Enem terão, a partir deste ano, acesso a todas as provas comentadas.

A inovação também está presente no Bernoulli TV! A partir de agora, os vídeos estarão disponíveis no app e em maior variedade, de modo a apresentar a resolução de questões para novas disciplinas das Coleções 6V, 4V e 2V, Ensino Médio (1ª e 2ª séries) e também para a Coleção do 9º ano do Ensino Fundamental. Além disso, estarão disponíveis a resolução de todos os Simulados Enem e Ensino Médio (1ª e 2ª séries) logo após a aplicação das provas e os áudios para as disciplinas de Língua Inglesa e Língua Espanhola.

E ainda tem mais: alinhado com um mundo cada vez mais digital, o Bernoulli Sistema de Ensino passa a integrar os seus objetos de aprendizagem (games, animações, simuladores e vídeos) às Coleções, de modo que eles possam ser acessados através de QR codes e códigos impressos nos materiais físicos. Com isso, o conteúdo estará sempre à mão, podendo ser acessado por meio de smartphones e tablets, onde o aluno estiver, tornando a aprendizagem ainda mais interativa e instigante!

Como você poderá comprovar, o Bernoulli Sistema de Ensino não para! Estamos sempre à frente a fim de trazer o que há de melhor para que sua escola continue sempre conosco.

Fundamentação teóricaDesde o século XIX, quando a História foi introduzida no currículo escolar brasileiro, diversas abordagens

e interpretações vêm se sucedendo, sendo algumas pertinentes e outras rapidamente descartadas. Os professores, por sua vez, sempre se questionaram sobre o que ensinar e como ensinar História.

Na década de 1980, teve início uma discussão que resultou em uma nova proposta em relação ao ensino da História, abandonando de vez a preocupação de fazer com que o aluno simplesmente decorasse fatos e datas.

A própria transformação do perfil do aluno, habituado agora com novas tecnologias de comunicação que se tornaram importantes canais de informação e de formação cultural, provocou essa necessidade de discussão e desenvolvimento de novas possibilidades de ensino, permitindo a constituição do que chamamos “saber escolar”.

Diversas tendências historiográficas passaram a influenciar as propostas curriculares que refletiram a preocupação dos estudiosos em apresentar novas problemáticas e temas de estudo voltados para a História social, cultural e do cotidiano, que substituíram as abordagens baseadas nos eventos políticos ou nas análises econômicas estruturais. Essa nova postura evidenciou a possibilidade de múltiplas abordagens históricas.

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Manual do Professor

5Bernoulli Sistema de Ensino

As décadas de 1980 e 1990 foram ricas em novas propostas e questionamentos. Alguns consideraram a impossibilidade de ensino de toda a História da humanidade em todos os tempos, havendo a necessidade de uma seleção de temas. Outros questionaram como se deveria começar o ensino: pela História do Brasil ou pela História Geral? Optou-se, nesse caso, por uma ordenação sequencial e processual que permitisse intercalar os conteúdos em um processo contínuo da Antiguidade até os nossos dias. A abordagem eurocêntrica passou a ser muito contestada e, por isso, surgiu a opção de se iniciar o estudo da História pelos povos da América. Outra possibilidade foi introduzir conteúdos relacionados à História local ou regional. Houve quem preferisse trabalhar o conteúdo histórico por temas, com o desenvolvimento das propostas curriculares por eixos temáticos.

O que percebemos é que esse debate é permanente e está longe de chegar a um consenso, já que acreditamos na necessidade de adaptar a teoria à prática da sala de aula e que existem muitas maneiras de se estudar o passado, conforme o que está explicitado nos Parâmetros Curriculares Nacionais. Por isso, procuramos conciliar as diversas tendências, tanto no aspecto de seleção e abordagem dos conteúdos quanto na elaboração das baterias de exercícios que, dada a importância de considerar o aluno como participante ativo do processo de construção do conhecimento, apresentam, inicialmente, questões que exigem menos habilidade (identificar, citar, caracterizar, conceituar, etc.) e, posteriormente, com aquelas que solicitam atitudes intelectuais mais complexas (comparar, analisar, relacionar, criticar, concluir, etc.).

O conteúdo abordado ao longo do ano letivo foi selecionado levando-se em consideração a sua relevância para a formação do aluno enquanto cidadão, mas, também, de acordo com as necessidades práticas para a sua formação acadêmica. Esse conteúdo foi desenvolvido respeitando-se o processo histórico temporal, o que não nos impede de analisar a realidade atual por meio de documentos escritos, figurados e de outras fontes documentais. Procuramos inserir recortes e abordagens diferenciadas da História, voltadas para a história das mentalidades, a história do cotidiano, a história cultural e outras, não privilegiando nenhuma.

Compreendemos a necessidade de se estabelecer uma interação entre a teoria (saber acadêmico) e a prática pedagógica (saber escolar), evitando o distanciamento entre o currículo formal – elaborado por especialistas e instituições – e o currículo real, que efetivamente se concretiza na escola e na sala de aula, a partir de uma realidade que, muitas vezes, dificulta o desenvolvimento de estratégias mais elaboradas. Por isso, procuramos apresentar um material didático que permite ao docente utilizar-se da estratégia mais adequada para a sua realidade.

O que consideramos de real importância é desenvolver no aluno habilidades que lhe permitam ler, analisar, contextualizar e interpretar as diversas fontes e testemunhos do passado, capacitando-o a compreender o universo de informações que se processam no cotidiano, permitindo que ele se situe na sociedade contemporânea para melhor compreendê-la.

Nessa perspectiva, cabe ao docente também fazer suas escolhas pedagógicas.

Estrutura da ColeçãoOs conteúdos da Coleção são apresentados por frentes, sendo cada frente dividida em capítulos.

O fato de a Coleção ser dividida em frentes não significa que os conteúdos devem ser trabalhados de forma fragmentada, ao contrário, deve-se buscar constante articulação entre eles.

Igualmente, é importante atentar para o fato de que não se pretende esgotar os conteúdos a cada volume da Coleção. Assim, em muitos casos, os conteúdos são retomados de forma mais aprofundada em volumes seguintes.

Essa estrutura da Coleção pretende garantir que os alunos tenham contato com vários assuntos ao mesmo tempo no decorrer do ano, em um movimento espiralado de aprendizagem.

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6 Coleção EM1

Estrutura do livroCada capítulo é permeado por seções que visam fornecer outras abordagens sobre o assunto / conteúdo.

A seguir, são apresentadas as seções que compõem o capítulo para que você, professor, entenda de que forma pode trabalhá-las para obter o melhor rendimento em sala de aula e também como pode orientar os alunos para o estudo autônomo.

1) Texto introdutório

O texto introdutório tem uma temática que estimula os alunos a se envolverem com a situação-problema que serve como ponto de partida para o conteúdo. No momento de sua leitura, aproveite para ativar o conhecimento prévio dos alunos acerca do assunto, o que pode ocorrer em uma pequena discussão, com uma troca de ideias entre todos, inclusive você, professor.

Esse texto pode ser lido coletivamente, em sala, no início do trabalho com o capítulo, ou pode-se solicitar aos alunos que o leiam previamente em casa para que possam trazer para a sala de aula informações sobre o assunto pesquisadas em outras fontes.

2) Exercícios de aprendizagem

Esses exercícios foram distribuídos ao longo do capítulo para que você, professor, possa fazer a fixação do conteúdo por item. Devem ser resolvidos em sala de aula, pois dessa forma você poderá verificar o grau de assimilação do conteúdo trabalhado, podendo retomá-lo, caso seja necessário, a fim de obter um melhor resultado. Desse modo, você evita a surpresa de só descobrir as lacunas de aprendizagem no final do capítulo, quando vários itens de naturezas diferentes e também com graus de dificuldade diferentes já tiverem sido abordados.

3) Exercícios propostos

Essa seção, que reúne um grande número de exercícios de múltipla escolha e questões discursivas, foi planejada para que o aluno trabalhe de forma autônoma, resgatando todo o conteúdo estudado ao longo do capítulo. Incentive os alunos a fazerem os exercícios em casa e a trazerem para a sala de aula as dúvidas surgidas durante a resolução.

4) Cotidiano

Essa seção procura levar o aluno a perceber a relação existente entre o conteúdo estudado e o cotidiano no qual ele está inserido ou ainda a relação que tal conteúdo mantém com a realidade. É importante que você, professor, encontre um momento para apresentar essa seção aos alunos, instigando-os a falar sobre outras situações vivenciadas que sirvam de exemplo a ser compartilhado em sala de aula.

5) Para refletir

Essa seção oferece uma oportunidade para promover um momento de reflexão e um espaço para exposição de pontos de vista sobre determinado questionamento. Pode-se, em algumas ocasiões, propor a formação de duplas ou grupos para que os alunos troquem opiniões entre si. Assim, você pode variar as formas de se trabalhar a seção, numa atividade individual, em duplas, em grupos ou, coletivamente, envolvendo a turma e você, professor.

6) Leitura complementar

Os capítulos oferecem leituras complementares ao conteúdo, que podem despertar a curiosidade do aluno para pesquisar em outras fontes. Cabe a você, professor, promover um espaço de leitura em sala de aula ou convidar o aluno a realizar essas leituras em casa. É fundamental chamar a atenção do aluno para esses textos, pois, além de conscientizá-lo de que a leitura, de forma geral, é uma fonte inesgotável de informação, é bom que ele saiba que a familiaridade com textos como os disponibilizados pode ser de grande valia em processos seletivos e avaliações.

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Manual do Professor

7Bernoulli Sistema de Ensino

7) Seção Enem

As questões que compõem essa seção são criteriosamente selecionadas das provas do Enem ou dos Simulados elaborados pelo Bernoulli Sistema de Ensino. Explique para os alunos as habilidades cobradas em cada uma das questões. Isso é importante para que eles se familiarizem com a forma como os conteúdos são avaliados no exame nacional.

8) Tá na mídia

Essa seção oferece sugestões de filmes, livros, sites, músicas, entre outras mídias que abordem o tema de forma diferente daquela tratada no material didático, mas com uma relação estreita com ele. Incentive o aluno a ler as sinopses a fim de entender o porquê da sugestão. Aproveite as sugestões da seção para planejar atividades em sala de aula, como uma “sessão de cinema” com o filme indicado ou a audição de uma música.

9) QR Code – Como acessar

O QR Code é um código de acesso aos objetos de aprendizagem do Bernoulli Digital. Para baixar o conteúdo, é necessário que você tenha disponível no seu dispositivo um leitor de QR Codes, que você pode encontrar nas stores (Google Play e App Store). Baixe o app, escaneie o código com a câmera e tenha acesso ao nosso conteúdo.

10) Bernoulli TV

Essa seção disponibiliza resoluções das questões em vídeo. Baixe o app do Bernoulli TV ou acesse tv.bernoulli.com.br e digite o código alfanumérico da questão para assistir à resolução. Estão disponíveis também vídeos que abordam o conteúdo trabalhado nos módulos (que antes constavam no Bernoulli Digital). Além disso, o Bernoulli TV agora conta com os vídeos das línguas estrangeiras.

Matriz de referência EnemCiências Humanas e suas TecnologiasEixos cognitivos (comuns a todas as áreas de conhecimento)

I. Dominar linguagens (DL): dominar a norma culta da Língua Portuguesa e fazer uso das linguagens matemática, artística e científica e das Línguas Espanhola e Inglesa.

II. Compreender fenômenos (CF): construir e aplicar conceitos das várias áreas do conhecimento para a compreensão de fenômenos naturais, de processos histórico-geográficos, da produção tecnológica e das manifestações artísticas.

III. Enfrentar situações-problema (SP): selecionar, organizar, relacionar, interpretar dados e informações representados de diferentes formas, para tomar decisões e enfrentar situações-problema.

IV. Construir argumentação (CA): relacionar informações, representadas em diferentes formas, e conhecimentos disponíveis em situações concretas, para construir argumentação consistente.

V. Elaborar propostas (EP): recorrer aos conhecimentos desenvolvidos na escola para elaboração de propostas de intervenção solidária na realidade, respeitando os valores humanos e considerando a diversidade sociocultural.

Habilidades e competências

Competência de área 1 – Compreender os elementos culturais que constituem as identidades.

H1 – Interpretar historicamente e / ou geograficamente fontes documentais acerca de aspectos da cultura.H2 – Analisar a produção da memória pelas sociedades humanas.H3 – Associar as manifestações culturais do presente aos seus processos históricos.H4 – Comparar pontos de vista expressos em diferentes fontes sobre determinado aspecto da cultura.H5 – Identificar as manifestações ou representações da diversidade do patrimônio cultural e artístico em diferentes sociedades.

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8 Coleção EM1

Competência de área 2 – Compreender as transformações dos espaços geográficos como produto das relações socioeconômicas e culturais de poder.

H6 – Interpretar diferentes representações gráficas e cartográficas dos espaços geográficos.H7 – Identificar os significados histórico-geográficos das relações de poder entre as nações.H8 – Analisar a ação dos Estados Nacionais no que se refere à dinâmica dos fluxos populacionais e ao enfrentamento de problemas de ordem econômico-social.H9 – Comparar o significado histórico-geográfico das organizações políticas e socioeconômicas em escala local, regional ou mundial.H10 – Reconhecer a dinâmica da organização dos movimentos sociais e a importância da participação da coletividade na transformação da realidade histórico-geográfica.

Competência de área 3 – Compreender a produção e o papel histórico das instituições sociais, políticas e econômicas, associando-as aos diferentes grupos, conflitos e movimentos sociais.

H11 – Identificar registros de práticas de grupos sociais no tempo e no espaço.H12 – Analisar o papel da Justiça como instituição na organização das sociedades.H13 – Analisar a atuação dos movimentos sociais que contribuíram para mudanças ou rupturas em processos de disputa pelo poder.H14 – Comparar diferentes pontos de vista, presentes em textos analíticos e interpretativos, sobre situação ou fatos de natureza histórico-geográfica acerca das instituições sociais, políticas e econômicas.H15 – Avaliar criticamente conflitos culturais, sociais, políticos, econômicos ou ambientais ao longo da história.

Competência de área 4 – Entender as transformações técnicas e tecnológicas e seu impacto nos processos de produção, no desenvolvimento do conhecimento e na vida social.

H16 – Identificar registros sobre o papel das técnicas e tecnologias na organização do trabalho e / ou da vida social.H17 – Analisar fatores que explicam o impacto das novas tecnologias no processo de territorialização da produção.H18 – Analisar diferentes processos de produção ou circulação de riquezas e suas implicações socioespaciais.H19 – Reconhecer as transformações técnicas e tecnológicas que determinam as várias formas de uso e apropriação dos espaços rural e urbano.H20 – Selecionar argumentos favoráveis ou contrários às modificações impostas pelas novas tecnologias à vida social e ao mundo do trabalho.

Competência de área 5 – Utilizar os conhecimentos históricos para compreender e valorizar os fundamentos da cidadania e da democracia, favorecendo uma atuação consciente do indivíduo na sociedade.

H21 – Identificar o papel dos meios de comunicação na construção da vida social.H22 – Analisar as lutas sociais e conquistas obtidas no que se refere às mudanças nas legislações ou nas políticas públicas.H23 – Analisar a importância dos valores éticos na estruturação política das sociedades.H24 – Relacionar cidadania e democracia na organização das sociedades.H25 – Identificar estratégias que promovam formas de inclusão social.

Competência de área 6 – Compreender a sociedade e a natureza, reconhecendo suas interações no espaço em diferentes contextos históricos e geográficos.

H26 – Identificar em fontes diversas o processo de ocupação dos meios físicos e as relações da vida humana com a paisagem.

H27 – Analisar de maneira crítica as interações da sociedade com o meio físico, levando em consideração aspectos históricos e / ou geográficos.

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Manual do Professor

9Bernoulli Sistema de Ensino

H28 – Relacionar o uso das tecnologias com os impactos socioambientais em diferentes contextos histórico--geográficos.

H29 – Reconhecer a função dos recursos naturais na produção do espaço geográfico, relacionando-os com as mudanças provocadas pelas ações humanas.

H30 – Avaliar as relações entre preservação e degradação da vida no planeta nas diferentes escalas.

Planejamento anual*Disciplina: HISTÓRIA

sÉRiE: 1ª

sEGMEnTO: EM

FRENTE CAPÍTulo VolumE TÍTulo

A

1 1 • As civilizações clássicas: Grécia e Roma

2 1 • Formação, apogeu e crise do sistema feudal

3 1 • Organização dos Estados Nacionais

4 2 • Absolutismo e mercantilismo

5 2 • Renascimento

6 2 • Reforma e Contrarreforma

7 3 • Revolução Inglesa

8 3 • Iluminismo e Revolução Americana

9 3 • Revolução Francesa

10 4 • Período Napoleônico, Congresso de Viena e Revoluções liberais

11 4 • Revolução Industrial e movimento operário

12 4 • Independência da América Espanhola

B

1 1 • Expansão Marítima e América Espanhola

2 1 • América Inglesa

3 2 • Implantação do sistema colonial no Brasil

4 2 • Povos africanos

5 3 • Brasil Colônia: economia açucareira e atividades econômicas complementares

6 3 • Brasil Colônia: invasões estrangeiras

7 4 • Brasil Colônia: bandeirantismo, mineração e Período Pombalino

8 4 • Rebeliões nativistas, separatistas, Período Joanino e Independência do Brasil

* Conteúdo programático sujeito a alteração. / O conteúdo completo de História do EM 1ª e 2ª série está disponível no final do Manual do Professor.

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10 Coleção EM1

Planejamento do volumeDisciplina: HISTÓRIA

sÉRiE: 1ª

sEGMEnTO: EM

vOluME: 1

FRENTE CAPÍTulo TÍTuloSugESTõES dE ESTRATégiAS

A

1 • As civilizações clássicas: Grécia e Roma • Aula expositiva

• Aplicação de exercícios

• Resolução de exercícios

• Aula prática

• Debate

• Aula multimídia

• Discussão em grupos

• Filmes

2 • Formação, apogeu e crise do sistema feudal

3 • Organização dos Estados Nacionais

B

1 • Expansão Marítima e América Espanhola

2 • América Inglesa

Orientações para composição de carga horária

Para otimizar o uso do material, sugerimos uma composição de carga horária em que se deve observar

o seguinte:

Considere que o ano letivo tenha, em média, 36 semanas letivas. Como na Coleção EM1 o conteúdo

de cada disciplina é apresentado em 4 volumes, recomendamos dedicar 9 semanas letivas ao estudo de

cada volume.

O conteúdo de História está distribuído em duas frentes (A e B). A Frente A possui 3 capítulos por volume,

e a Frente B, 2 capítulos.

Sugerimos, então, a seguinte carga horária semanal por frente:

Frente A: 2 aulas por semana.

Frente B: 1 aula por semana.

Carga total semanal da disciplina: 3 aulas por semana.

Para calcular o número médio de aulas por capítulo, basta considerar a carga horária de 9 semanas

(no caso da Frente A, 18 aulas – 9x2 –; no caso da Frente B, 9 aulas – 9x1) e dividi-la pelo número de

capítulos (no caso da Frente A, 3 capítulos por volume, e no da Frente B, 2 capítulos).

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Manual do Professor

11Bernoulli Sistema de Ensino

Sugestão de distribuição de conteúdoTrimestral

TrimesTre CAPÍTulo

1º trimestre

1º mês• A1 – As civilizações clássicas: Grécia e Roma• B1 – Expansão Marítima e América Espanhola

2º mês• A2 – Formação, apogeu e crise do sistema feudal• A3 – Organização dos Estados Nacionais• B2 – América Inglesa

3º mês• A4 – Absolutismo e mercantilismo• A5 – Renascimento• B3 – Implantação do sistema colonial no Brasil

2º trimestre

1º mês• A6 – Reforma e Contrarreforma• B4 – Povos africanos

2º mês

• A7 – Revolução Inglesa• A8 – Iluminismo e Revolução Americana• B5 – Brasil colônia: economia açucareira e atividades econômicas comple-

mentares

3º mês• A9 – Revolução Francesa• B6 – Brasil colônia: invasões estrangeiras

3º trimestre

1º mês• A10 – Período Napoleônico, Congresso de Viena e Revoluções liberais• B7 – Brasil Colônia: bandeirantismo, mineração e Período Pombalino

2º mês• A11 – Revolução Industrial e movimento operário• B8 – Rebeliões nativistas, separatistas, Período Joanino e Independência

do Brasil

3º mês• A12 – Independência da América Espanhola• B8 – Rebeliões nativistas, separatistas, Período Joanino e Independência

do Brasil

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12 Coleção EM1

BimestralBimESTRE CAPÍTulo

1º bimestre

1º mês• A1 – As civilizações clássicas: Grécia e Roma• B1 – Expansão Marítima e América Espanhola

2º mês• A2 – Formação, apogeu e crise do sistema feudal• A3 – Organização dos Estados Nacionais• B2 – América Inglesa

2º bimestre

1º mês• A4 – Absolutismo e mercantilismo• B3 – Implantação do sistema colonial no Brasil

2º mês• A5 – Renascimento• A6 – Reforma e Contrarreforma• B4 – Povos africanos

3º bimestre

1º mês• A7 – Revolução Inglesa• B5 – Brasil Colônia: economia açucareira e atividades econômicas complementares

2º mês• A8 – Iluminismo e Revolução Americana• A9 – Revolução Francesa• B6 – Brasil Colônia: invasões estrangeiras

4º bimestre

1º mês• A10 – Período Napoleônico, Congresso de Viena e Revoluções liberais• B7 – Brasil Colônia: bandeirantismo, mineração e Período Pombalino

2º mês

• A11 – Revolução Industrial e movimento operário• A12 – Independência da América Espanhola• B8 – Rebeliões nativistas, separatistas, Período Joanino e Independência

do Brasil

Orientações e sugestõesCapítulo A1: As civilizações clássicas: Grécia e Roma

Faça a introdução ao capítulo explicando os motivos de iniciarmos nossos estudos de História Geral, enfatizando os principais aspectos da civilização grega e da civilização romana. Explique que essas civilizações deixaram um importante legado que está nas raízes da civilização europeia ocidental, cujas influências são visíveis na cultura contemporânea.

Ao iniciar o estudo das duas civilizações, dê ênfase à localização geográfica que, especialmente no caso grego, muito influenciou a política, a economia e a cultura desses povos.

No estudo da organização política de Esparta e Atenas, o aluno deve saber elaborar com clareza os conceitos de oligarquia e de democracia; de cidadania e de escravismo.

A seção Cotidiano oferece uma possibilidade de reflexão a respeito da prática democrática contemporânea e o paralelo com a democracia grega.

Sempre é interessante motivar os alunos para o conhecimento de alguns aspectos da cultura grega. A mitologia grega oferece oportunidades para pesquisas, que podem ser bem interessantes, a respeito dos deuses, semideuses e heróis. Na Internet, os alunos podem encontrar vasto material, assim como existem excelentes livros e revistas sobre o assunto. Se houver tempo, solicite que algumas dessas histórias sejam apresentadas ou mesmo dramatizadas em sala.

No estudo sobre a civilização romana, é importante enfatizar as lutas entre patrícios e plebeus e a expansão romana, que resultou nas lutas sociais e na ascensão dos militares ao poder. Enfatize o surgimento do cristianismo e sua influência no Império Romano.

Professor, por meio da videoaula apresentada nesse capítulo, aborde com os alunos algumas características e diferenças das divindades idolatradas pelos povos romanos e pelos gregos e instigue-os a descobrir algumas semelhanças entre as duas crenças.

É importante que os alunos compreendam os fatores que contribuíram para a decadência do Império Romano e a movimentação dos chamados “povos bárbaros” para o interior de seu território. Explore o mapa das invasões germânicas no Império Romano do Ocidente, explicando a permanência do Império Romano do Oriente.

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Manual do Professor

13Bernoulli Sistema de Ensino

Capítulo A2: Formação, apogeu e crise do sistema feudalEsse capítulo é o mais complexo do volume 1 e precisa ser trabalhado com mais cuidado, uma vez que

envolve muitos conceitos. Após a leitura do texto de introdução, inicie o capítulo fazendo uma reflexão a respeito da importância do tempo para a História, uma vez que o processo histórico, ao contrário do tempo físico, apresenta-se aos estudiosos como descontínuo, não linear e, embora em permanente mudança, é marcado por avanços e recuos, por rupturas bruscas ou longos períodos de estagnação.

Mostre que, tradicionalmente, usamos a periodização de origem ou base europeia que divide a História em períodos ou Idades: Idade Antiga, Idade Média, Idade Moderna e Idade Contemporânea. Nesse ponto, seria interessante que você fizesse a linha do tempo no quadro, datando e citando os fatos que delimitam cada Idade. Deixe claro que a periodização, por mais rigorosa que seja, é uma convenção criada pelos estudiosos, não sendo, pois, uma expressão objetiva da realidade. Apresente aos alunos a periodização da Idade Média representada no texto, enfatizando a terminologia “Alta Idade Média” e “Baixa Idade Média”.

O estudo das invasões bárbaras e da consequente formação dos reinos bárbaros deve levar o aluno a compreender que a população europeia foi obrigada a se adaptar a essa diferente estrutura, formando uma nova cultura.

O estudo das invasões muçulmanas do século VIII permite o estabelecimento da relação com o presente, por meio da análise das ações dos diversos grupos islâmicos no Oriente e nos países ocidentais capitalistas, e até o questionamento de como será o futuro dos povos árabes.

É importante que os alunos compreendam que a estrutura política, econômica e social que se estabeleceu na Europa e que denominamos feudalismo foi o resultado de um processo de transformações cujas origens mais remotas se ligam às ruínas do Império Romano (crise do século III), à constituição dos reinos romano-germânicos (séculos V e VI), às invasões dos muçulmanos (século VIII) e normandas (século IX) para, então, estabilizar-se por volta do ano 1000 (séculos X-XI).

Ao trabalhar com os alunos a caracterização política do feudalismo, enfatize que o costume de distribuição de terras, já utilizado pelos romanos e depois pelos reis germânicos, contribuiu para o enfraquecimento do poder real e a fragmentação política, já que os senhores feudais tornaram-se a maior autoridade em seus feudos. Certifique-se de que os alunos compreenderam o funcionamento do sistema de suserania e vassalagem. Reforce a ideia de que a doação de terras ocorria somente entre os nobres. Os alunos costumam confundir “vassalo” com “servo”. Deixe bem clara a diferença. Reforce o conceito de “poder descentralizado”.

Inicie o item 4.2 (Aspectos socioeconômicos do feudalismo e o poder da Igreja) propondo uma discussão a partir das seguintes questões: Quem tem direito à terra? Aquele que pode comprá-la, aquele que nela trabalha, fazendo-a produzir, ou ambos, desde que a riqueza produzida seja distribuída de maneira mais igualitária? A partir dessa discussão, trabalhe as características da sociedade estamental e a posição do camponês nessa realidade.

O item 5, A Baixa Idade Média e a crise do feudalismo (século XI-XV), deve ser trabalhado levando-se em conta as mudanças que tiveram lugar na Europa Ocidental a partir do ano 1000 e que deram início ao processo de superação do feudalismo. É fundamental a discussão de três aspectos básicos:

• as relações entre o renascimento comercial e o desenvolvimento urbano;• a complementariedade entre o desenvolvimento comercial urbano e a sociedade agrária feudal;• a análise da camada burguesa, suas origens, características e atributos que irão diferenciá-la das

outras camadas da sociedade medieval. Em relação ao estudo das Cruzadas, é importante enfatizar a natureza do movimento como expressão da

força da Igreja e de seu papel hegemônico na sociedade feudal, assim como as consequências socioeconômicas por elas produzidas.

Com o auxílio da videoaula apresentada nesse capítulo, ressalte com seus estudantes o papel desempenhado pelas Cruzadas para expansão do comércio internacional na Baixa Idade Média e como a duração do evento contribuiu para integrar o mundo conhecido na época.

Capítulo A3: Organização dos Estados NacionaisEsse capítulo trata da complementação do processo de centralização do poder político, iniciado na Baixa

Idade Média. Inicie o estudo fazendo uma reflexão sobre o que vem a ser uma nação, suas características e a importância

da formação da nacionalidade. Utilize o texto de introdução do capítulo.Faça uma análise do processo de enfraquecimento dos senhores feudais e, ao mesmo tempo, enfatize

a insatisfação da burguesia com a descentralização e os obstáculos que tal situação impunha às atividades comerciais.

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14 Coleção EM1

É importante que os alunos saibam estabelecer o relacionamento entre a aliança burguesia / rei, a centralização política e o nacionalismo, como fatores de fortalecimento do poder real.

Quanto ao processo de formação das monarquias ibéricas, da monarquia francesa e da monarquia inglesa, reforce os seguintes aspectos:

• relacionamento entre a Guerra dos Cem Anos e a formação do Estado francês e do Estado inglês;• importância da Magna Carta como fator limitador do poder real na Inglaterra;• relacionamento entre a Guerra de Reconquista e formação do Estado português e do Estado espanhol.

Utilize a videoaula para discutir a consolidação desses Estados e, além do aspecto bélico, apresente aos alunos características dos mouros que influenciaram a cultura Ibérica.

Capítulo B1: Expansão Marítima e América Espanhola Nesse capítulo, analisam-se os fatores que contribuíram para a expansão europeia a partir do século XV

e os seus impactos. Inicie a aula, professor, falando sobre o verbo viajar. A busca de experiências agradáveis e difíceis dos alunos contribui para uma boa relação com esse tema. Pergunte se algum aluno já realizou uma viagem de barco e peça informações sobre a experiência. A partir desse ponto, relacione as dificuldades atuais com as situações vivenciadas pelos navegadores no século XV, buscando ressaltar os problemas das viagens, como falta de comida, calmarias, ataques e crenças que compunham o imaginário europeu.

Após essa fase inicial, professor, analise o papel português nas expedições pelo Atlântico no contexto, tanto quanto a atuação de países como Espanha e França. Cabe a você avançar na compreensão do tema, promovendo vínculos com o contexto da Idade Moderna europeia, ou seja, o fortalecimento dos Estados Nacionais e as inovações culturais do Renascimento.

Na segunda parte do capítulo, é feito o estudo da América Espanhola. Inicie a explicação a partir do contato das civilizações indígenas com os europeus, analisando as características dos povos pré-colombianos. O encontro entre espanhóis e os nativos do continente americano revelou um alto nível de desenvolvimento dos povos locais. Analise com os estudantes a videoaula sobre as Civilizações Pré-Colombianas e resgate a importância das tecnologias e dos conhecimentos elaborados por esses indígenas. Como instrumento para memorização do conteúdo, lembre os alunos dos alimentos das civilizações indígenas e, caso possa, leve chocolate para dividir entre os alunos como uma alusão aos povos astecas. Em seguida, deverão ser analisadas as características da complexa rede socioadministrativa fundada pelos espanhóis na região americana. O traço mercantilista do domínio ibérico e seus impactos devem orientar a sua abordagem, professor, já que os fatores econômicos foram impulsionadores do processo da conquista e da colonização.

Como sugestão final, realize um júri simulado, tratando da chegada dos espanhóis na América e seu impacto para os povos indígenas, confrontando as variações do conceito de civilização. Um grupo poderá defender as ideias de Bartolomeu de Las Casas, famoso defensor dos índios, e outro grupo poderá defender os princípios de Sepúlveda, responsável por propagar a ideia da Guerra Justa contra os nativos.

Capítulo B2: América Inglesa Nesse capítulo, são definidas as principais características da colonização inglesa na América durante a Idade

Moderna. Para estimular os alunos para o estudo do tema, professor, inicie o assunto tratando da influência estadunidense em nosso cotidiano. A participação dos alunos é fundamental nessa fase. Enfatize os aspectos culturais, tecnológicos e culinários, já que o tema se aproxima do universo cotidiano dos alunos. Não se esqueça de vincular a discussão com o tema do capítulo, já que será abordado o surgimento da sociedade que um dia irradiou os aspectos apresentados anteriormente em virtude da influência contemporânea exercida.

Apresente, então, os fatores que impulsionaram os britânicos a aportar em solo americano, destacando a perseguição religiosa aos puritanos. Em seguida, defina os traços peculiares da colonização inglesa, buscando distingui-la do domínio ibérico na região. A videoaula apresentada no material aborda as características singulares da colonização inglesa e o perfil das treze colônias estadunidenses. Com auxílio do vídeo, aborde com seus alunos conceitos centrais que nortearam o perfil de cada região. Destaque, ainda, os principais traços das colônias do norte, também conhecidas por Nova Inglaterra, em virtude da autonomia dos colonizadores, fato fundamental para o processo emancipatório ocorrido no século XVIII.

Também é fundamental que você diferencie a Nova Inglaterra das colônias da região sul, principalmente para a compreensão da Guerra de Secessão ocorrida no século XIX, que será abordada em capítulos futuros. Por fim, analise o comércio triangular realizado pelas 13 colônias, ressaltado a excessiva autonomia econômica de que os colonos usufruíam.

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15Bernoulli Sistema de Ensino

Comentário e resolução de questõesCAPÍTULO – A1As civilizações clássicas: grécia e Roma

Exercícios de aprendizagem

Questão 01Comentário: A cidade-estado de Esparta surgiu da dominação da população local pelos dórios, povo que invadiu o Peloponeso por volta do século XII a.C. Como eram numericamente inferiores em relação aos habitantes nativos, os dórios foram obrigados a impor uma organização social rígida, por meio da qual poderiam manter a situação privilegiada que a dominação militar lhes proporcionava. Todas as instituições sociais e políticas espartanas atendiam aos interesses do dominador e à necessidade de perpetuar a dominação.

Como o poder em Esparta ficou reservado a uma minoria aristocrática (esparciatas), a estrutura de governo da pólis ficou conhecida como “Oligarquia”, que quer dizer “governo de poucos”. Os demais segmentos (periecos e hilotas) ficavam afastados das decisões políticas. Dessa forma, Esparta organizou-se em uma oligarquia aristocrática, cujo poder derivava de um exército altamente disciplinado e de uma educação, entre os filhos da elite esparciata, que desde a primeira infância cultivava o amor à pólis.

Questão 02Comentário: Os gregos consideravam a existência de indivíduos inferiores que deveriam ser usados para os trabalhos manuais, no campo ou na cidade, já que não estariam aptos a realizar outras atividades. Por outro lado, o trabalho escravo daria aos “bem-nascidos” tempo suficiente para se dedicarem ao exército, ao governo da pólis, às artes e à Filosofia. O grego desprezava o trabalho manual, que, durante muito tempo, foi associado à escravidão. Outra justificativa é o fato de os homens inferiores terem maior força física que os superiores (cujos dotes são intelectuais), sendo, portanto, mais aptos a trabalhos braçais que os demais homens.

Questão 03Comentário:

A) Clístenes transformou o Tribunal Popular (Heliae), composto de cidadãos escolhidos por sorteio, no órgão supremo do Judiciário. Ampliou o número de participantes da Bulé, que se transformou no Conselho dos Quinhentos, cuja principal prerrogativa era a elaboração de projetos de leis a serem votadas pela Eclésia, assembleia composta por todos os cidadãos atenienses. Uma importante medida tomada por Clístenes foi a criação da Lei do Ostracismo, que determinava o banimento por 10 anos de qualquer cidadão cuja ação estivesse colocando em risco a democracia de Atenas.

B) As reformas de Clístenes popularizaram e fortaleceram as instituições democráticas atenienses, garantindo a efetiva participação política da maioria do demos (a pequena fatia da população de Atenas que possuía cidadania), diminuindo, assim, o poder da aristocracia tradicional dos eupátridas. As reformas de Clístenes não alteraram, porém, a opressão e a exploração a que estavam submetidos os camponeses pobres e os trabalhadores assalariados urbanos. A exploração dos trabalhadores escravos não foi modificada e as mulheres e os metecos continuaram excluídos de qualquer direito político.

Questão 04Comentário:

A) Nos primeiros séculos da história de Atenas, eram considerados cidadãos – ou seja, aqueles que possuíam plenos direitos políticos – somente os eupátridas, os bem- -nascidos ou nobres, os donos da terra e os descendentes dos antigos habitantes da cidade. Após a reforma implantada por Péricles, no século V, passaram a ser considerados cidadãos somente os homens livres, filhos de pai e de mãe atenienses, ou seja, estavam excluídos as mulheres, os escravos, os estrangeiros e seus filhos, mesmo os nascidos na pólis.

B) No Brasil, o exercício da cidadania plena significa ter direitos civis, políticos e sociais. Ser cidadão é ter o direito à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade perante a lei, isto é, ter direitos civis. É também participar no destino da sociedade, votar, ser votado, o que significa ter direitos políticos. Estes ganham maior significado e asseguram a democracia com o exercício dos direitos sociais, que são aqueles que garantem a participação do indivíduo na riqueza coletiva: direito à educação, ao trabalho, ao salário justo, à saúde, a uma velhice tranquila. O exercício pleno da cidadania implica a conquista desses direitos.

Questão 05Comentário: O texto deve apresentar um paralelo entre as cidades, destacando aspectos como a localização geográfica, a organização social e a organização política.

Questão 06Comentário:

A) Alexandre, o Grande, foi rei da Macedônia. Ao assumir o trono, deu continuidade à política expansionista de seu pai, Felipe II, criando um grande império que se estendeu da Grécia até os limites da Índia, passando pelo Egito, pela Mesopotâmia e ocupando a Ásia Central, próximo ao Afeganistão.

B) Um dos resultados da expansão macedônica foi a fusão de duas grandes culturas – a grega e a persa – originando uma cultura universal denominada “cultura helenística”. Esta era a mistura de influências da cultura oriental (a ideia do rei-deus; o zoroastrismo; o conhecimento científico) com a cultura grega (língua, valores filosóficos, padrões artísticos), tendo influenciado a evolução da civilização romana.

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16 Coleção EM1

Questão 07Comentário:A) Os jogos olímpicos eram grandes espetáculos com

significado religioso. Eles aconteciam na cidade de Olímpia e eram celebrações em honra aos deuses, principalmente a Zeus. Além disso, essas manifestações esportivas serviam para os gregos celebrarem o ideal estético da beleza por meio da exibição dos corpos dos atletas e para dar vazão às rivalidades e ao gosto pelas lutas.

B) O teatro na Grécia Antiga possuía uma função didática de ensinar e problematizar costumes. Os temas abordados relacionavam-se ao cotidiano, à política e às personalidades importantes, que eram alvos das sátiras. Nas tragédias, eram abordados temas grandiosos, com heróis e heroínas que lutavam contra as instituições sociais e o destino implacável. As apresentações teatrais eram vistas por centenas de espectadores e chegavam a durar o dia inteiro.

Questão 08Comentário: A) Seria interessante que o aluno fizesse o paralelo entre o mito

grego original e a releitura contemporânea. B) Uma sugestão é a leitura da mitologia dos povos escandinavos,

que apresenta vínculos com sua cultura guerreira. Nela, há belas histórias de deuses (como Odin, Thor, Frei e Freia) e heróis (Siegfried e Hagbard, por exemplo) bem conhecidos na atualidade.

Questão 09Comentário: O aluno deverá escolher três instituições e caracterizá-las. Exemplos:

Senado: no Período Republicano, tornou-se o órgão máximo dentre todas as instituições políticas. Manteve suas funções legislativas e controlava toda a administração e as finanças, além de decidir pela guerra ou pela paz. A ele estavam subordinados os demais cargos e instituições.

Consulado: formado por dois cônsules, que eram os principais magistrados da República. Um cuidava dos assuntos internos e o outro se incumbia das guerras e das relações estrangeiras.

Assembleias (centurial, curial e tribal): encarregavam-se da nomeação de representantes a cargos públicos e da ratificação das leis.

Questão 10Comentário:

Patrícios Plebeus Clientes Escravos

Formavam a nobreza proprietária de terras e dominavam as institui-ções políticas republicanas.

Eram os pequenos agricultores, comercian-tes, pastores e artesãos. Eram livres, porém não participavam do Senado e não podiam formar famílias legalmente reconhecidas.

Como não podiam pos-suir proprie-dades, traba-lhavam nas propriedades dos patrí-cios, sendo submissos a eles.

Prisioneiros de guerra ou endividados, eram vistos como simples instrumentos de trabalho, sem nenhum direito polí-tico.

Questão 11Comentário: A transição da República para o Império em Roma foi marcada por transformações e crises políticas e econômicas. Na República, o órgão de governo mais importante era o Senado, que possuía funções legislativas e controlava toda a administração e as finanças. No século I a.C., o Império Romano entrou em crise, como resultado do processo de expansão. Os comandantes dos exércitos, fortalecidos pelas conquistas, passaram a disputar o poder, encaminhando a história política romana no sentido do estabelecimento de um governo pessoal e autoritário. Tais governos tomaram forma com a organização dos triunviratos – o primeiro composto por César, Crasso e Pompeu, e o segundo, por Marco Antônio, Otávio e Lépido –, formas de governo personalistas em que os principais generais retiraram o poder do Senado e da aristocracia, concentrando-o em si, o que provocou a frequente disputa política e militar entre os membros de cada triunvirato.

Também a economia sofreu transformações com o desenvolvimento das manufaturas e do comércio. Houve a ampliação das propriedades territoriais, com a anexação de terras tomadas aos vencidos e a aquisição de propriedades nas províncias romanas. Dessa forma, no século I a.C., o Império Romano viveu um período de transição com transformações que se consolidaram no Império.

Questão 12Comentário:

A) Augusto adotou medidas que resultaram na prosperidade econômica, na estabilidade político-social e na pacificação interna e externa de todo o mundo romano. Podemos citar como exemplos:

• a ampliação da prática de distribuição do trigo à população urbana. Augusto apaziguou a plebe com a política do “pão e circo”, acabando com as agitações sociais;

• a profissionalização dos militares;

• o desenvolvimento do comércio com a abertura de novos mercados (terras conquistadas);

• o uso do latim como língua oficial do Império;

• a circulação de uma moeda universal de ouro e prata;

• a construção e aperfeiçoamento de portos e estradas;

• o respeito às leis, às instituições, às línguas, aos costumes e aos cultos dos povos conquistados pelo Estado Romano.

B) A Monarquia e a República.

Questão 13Comentário:

A) Os cristãos passaram a ser perseguidos no período do Império Romano porque sua religião era vista como subversiva, muito diferente do que se praticava na época, pregando atitudes contrárias àquelas praticadas pelos romanos. Era pacifista, monoteísta, pregava a igualdade entre os homens e não reconhecia a divindade do imperador, entre outras atitudes. Assim, o culto cristão passou a ser visto como ameaçador ao poder imperial e à ordem social no Império.

B) Os cristãos eram martirizados com a fogueira e, principalmente, lançados às feras na arena do Coliseu para o entretenimento de milhares de pessoas no contexto da política de pão e circo.

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Manual do Professor

17Bernoulli Sistema de Ensino

Questão 14Comentário:

A) A cultura que mais influenciou Roma foi a grega helenística. Com a conquista do Império Macedônico, a cultura grega absorveu traços das culturas orientais, ao mesmo tempo que se universalizava pelo mundo conhecido, originando-se, assim, a cultura helenística. Ao conquistar a Grécia, Roma sofreu forte influência do helenismo. Os romanos souberam usar as influências culturais dos povos que dominavam, produzindo criações que ressaltavam a grandiosidade de seu Estado. Na arquitetura, por exemplo, absorveram técnicas como o emprego do arco, da abóboda e do teto curvo. Destacaram-se pela construção de aquedutos e grandes arenas públicas de jogos, como o Coliseu. A arquitetura romana ainda hoje influencia a arte da construção no mundo ocidental.

B) Três características da cultura romana:• Fortemente influenciada pela cultura grega helenística;• Altamente militarizada, o que explica a grande

valorização dada ao deus da guerra Marte;• Marcada pela valorização da literatura, destacando-se

Virgílio, autor do poema épico Eneida, e Ovídio, autor da coleção de poemas As Metamorfoses.

Exercícios propostos

Questão 01 – Letra AComentário: Na democracia ateniense, o papel mais importante era reservado aos cidadãos, ou seja, àqueles que possuíam direitos políticos. No início da história de Atenas, esses direitos não eram iguais, uma vez que alguns cidadãos possuíam maiores prerrogativas do que outros. A cidadania completa, com todos os direitos políticos, foi, durante muito tempo, exclusiva dos eupátridas, os bem-nascidos ou nobres, donos da terra e descendentes dos antigos habitantes. Portanto, a alternativa correta é a letra A.

Questão 02 – Letra CComentário: Até o século VII a.C., predominava, na maioria das cidades gregas, o regime aristocrático, em que os nobres eram a única classe hegemônica e tinham sua legitimidade política assegurada pela principal fonte de riqueza: a propriedade fundiária. No entanto, a expansão do comércio e da urbanização fragilizou o regime aristocrático, uma vez que, cada vez mais, a riqueza obtida por meio do negócio também passou a conferir legitimidade política aos “novos ricos”, que reivindicaram para si o direito de participar das decisões da cidade.

Questão 03 – Letra AComentário: A questão aborda a relação entre a escravidão e a cidadania na Antiguidade. A partir da leitura dos trechos da obra de Aristóteles, fica clara a associação entre a posse de escravos e a participação na vida pública. O homem que possuísse escravos e fosse, portanto, livre, poderia dedicar seu tempo à discussão e resolução dos problemas relativos à pólis. Tal relação aparece precisamente descrita na alternativa correta. As demais alternativas, além de apresentarem equívocos a respeito da comparação entre a escravidão moderna e antiga, não abordam o tema principal dos textos, a relação entre a posse de escravos e a cidadania.

Questão 04 – Letra DComentário: Conforme apresentado na alternativa D, o discurso de Péricles caracteriza o que a democracia ateniense tinha de singular em relação aos regimes políticos de outras cidades gregas: a lógica da igualdade (o que invalida a letra B) e a primazia da vida pública. O estadista grego ainda salienta que o direito à participação não é definido pela renda, o que contraria a alternativa A. Por fim, vale lembrar que esse princípio da isonomia era restrito àqueles que eram considerados cidadãos, ou seja, homens atenienses livres, não incluindo mulheres, estrangeiros ou escravos (ao contrário do que aponta a letra C).

Questão 05 – Letra CComentário: Entre as cidades-estado da Grécia Antiga, destacaram-se especialmente duas: Atenas e Esparta. Havia considerável discrepância entre ambas: no âmbito político, conforme explícito na letra C, enquanto Atenas desenvolveu a democracia direta, em que a cidadania se estendia a todos os homens adultos atenienses; Esparta seguia o regime oligárquico, em que os direitos políticos se restringiam aos guerreiros espartanos. No plano econômico, Atenas era marcada pelo comércio intenso, enquanto Esparta era predominantemente agrícola (ou seja, o oposto do que é afirmado na letra D). No que se refere às características socioculturais, os espartanos eram desde a infância para a vida militar, enquanto os atenienses se voltavam para as atividades artísticas e intelectuais (o que contraria as letras B e E). Vale ressaltar que, embora muitas vezes possa parecer o contrário ao aluno devido às características sociais das cidades, as mulheres espartanas eram mais livres do que as atenienses (o que invalida, por fim, a letra A).

Questão 06 – Letra AComentário: Os gregos absorveram elementos dos povos com os quais entravam em contato, como os egípcios e os fenícios, desde o período arcaico, com a fundação de várias colônias nas diferentes regiões da bacia do Mediterrâneo. Sempre demonstraram a preocupação em conhecer mais e melhor o ser humano, valorizando suas realizações. Seus deuses eram projeções dos seres humanos, tinham atitudes e sentimentos humanos. A religiosidade grega era permeada de festas e rituais que reforçavam a solidariedade social, unindo os habitantes de cada pólis por meio da consolidação da identidade do ser grego. Assim, como afirma a alternativa A, a cultura grega foi influenciada pelas suas crenças religiosas.

Questão 07 – Letra BComentário: A República transformou o Senado no órgão máximo dentre todas as instituições políticas, uma vez que manteve suas funções legislativas e passou a controlar toda a administração e as finanças, além de decidir pela guerra ou pela paz, a ele se subordinando os demais cargos e instituições. No início, os senadores eram os chefes de famílias patrícias. Como afirma corretamente a alternativa B, o poder se completava com os cônsules, os principais magistrados do Período Republicano, e as Assembleias, encarregadas da nomeação de representantes a cargos públicos e da ratificação das leis. Mulheres, crianças e escravos não eram considerados cidadãos.

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18 Coleção EM1

Questão 08 – Letra CComentário: O órgão máximo entre todas as instituições políticas do Período Republicano romano foi o Senado, que exercia as funções legislativas e controlava toda a administração e as finanças, além de decidir pela guerra ou pela paz. Todos os demais cargos e instituições estavam a ele subordinados. Complementando esse poder, estavam os cônsules (Consulado), que eram os dois principais magistrados da República. Um deles cuidava dos assuntos internos e o outro se incumbia das guerras e das relações estrangeiras. No caso de perigo extremo, um dos cônsules poderia ser indicado pelo Senado para atuar por seis meses como ditador, com poderes absolutos.

Questão 09 – Letra EComentário: A vitória de Otávio sobre Marco Antônio e Cleópatra na Batalha de Ácio, em 31 a.C., inaugurou um novo período da história de Roma, denominado Império ou Principado. O governo de Otávio Augusto (27 a.C.–14 d.C.) caracterizou-se pela adoção de medidas que resultaram na prosperidade econômica, na estabilidade político-social e na pacificação interna e externa de todo o mundo romano e por grandes realizações intelectuais, fato destacado corretamente na alternativa E. Esse período ficou conhecido como a Paz Romana.

Questão 10 – Letra B Comentário: Em 123 a. C., Caio Graco, que havia sido eleito Tribuno da Plebe, propôs algumas medidas reformistas visando atender aos interesses das camadas populares que viviam em uma situação calamitosa. Entre essas propostas estava a aprovação da Lei Frumentária, determinando o subsídio ao trigo, que deveria ser vendido à população a preços baixos ou, eventualmente, ser distribuído gratuitamente.

Questão 11 – Letra C Comentário: Por promoverem uma vasta expansão territorial, os romanos precisavam criar estratégias administrativas capazes de manter seus novos domínios. Para isso, se valeram de três princípios: “dividir para governar, fundar colônias e construir estradas”. Além disso, Roma criou instituições nos territórios conquistados que ficariam encarregadas de recolher tributos dos novos cidadãos, de forma a possuir recursos suficientes para sustentar o império.

Questão 12 – Letra B Comentário: A letra B está correta, pois as afirmativas II, III, e IV apresentam informações verdadeiras sobre o aumento do número de escravos com a expansão, os cargos magistrados e as lutas dos plebeus por conquistas. Há erro nos itens I – uma vez que não contempla os plebeus na estrutura social romana – e V – pois a expansão territorial, além de beneficiar patrícios em detrimento dos plebeus, também provocou um fenômeno contrário ao proposto pelo item: as colônias que passaram a fornecer produtos para Roma.

Questão 13 – Letra C Comentário: A partir da etimologia da palavra “idiota”, a questão aborda a concepção de política dos gregos na Antiguidade. A alternativa correta, C, é a que descreve o valor dado pelos habitantes das cidades-estado para a participação ativa dos cidadãos na resolução dos problemas da pólis. As alternativas incorretas propõem uma interpretação literal do texto, fugindo à questão central que é a importância da atividade política.

Questão 14 – Letra E Comentário: Marco Antônio se aliou a Cleópatra com o intuito de se valer das riquezas do Egito para combater Júlio Cesar. Cleópatra, por sua vez, forneceu os recursos necessários em troca de alguns territórios, que seriam repassados para seus filhos: Armênia, Média, Pártia, Cirenaica, Líbia, Fenícia, Síria e Cilícia.

Questão 15Comentário: No século VII a. C., Atenas vivia uma crise social. Sólon propôs reformas que ampliaram a participação política em Atenas: instituiu a Seisachteia – formalizando o fim da escravidão de atenienses por dívidas –, que atingia principalmente a população pobre; estabeleceu a divisão censitária dos cidadãos em quatro tribos, determinando que cada um pudesse participar das instituições de acordo com os seus rendimentos; e criou a Eclésia, da qual participavam todos os homens livres atenienses. Outra medida foi a abolição do código de Dracon, conjunto de leis bastante severas que previa, por exemplo, a pena de morte.

Questão 16Comentário:

A) A Guerra do Peloponeso foi um conflito ocorrido entre 431 a.C e 404 a. C., envolvendo as cidades de Esparta – Liga do Peloponeso – e Atenas – Liga de Delos –, mas que acabou se transformando em um confronto entre as diferentes concepções de organização política e social das poleis gregas. Terminou com a derrota de Atenas.

B) A guerra envolveu todo o mundo grego, o qual se dividiu em cidades que apoiavam Atenas ou Esparta, provocando o enfraquecimento geral da Península Grega, inclusive de Esparta que, mesmo saindo vitoriosa da guerra, estava esgotada, tornando-se incapaz de sustentar sua hegemonia por longo tempo. As poleis tornaram-se presa fácil para os macedônios, que, aproveitando-se da decadência e da desunião dos gregos, formaram um grande exército, derrotando-os em 338 a.C., na Batalha de Queroneia, anexando o território da Península Grega ao Império Macedônico.

Questão 17 Comentário: Os alunos poderão mencionar que a religião grega era cívica, politeísta, antropomórfica, humanista e que possuía rituais de sacrifício.

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Manual do Professor

19Bernoulli Sistema de Ensino

Questão 18Comentário:

O aluno deverá escolher heranças greco-romanas presentes ainda hoje, por exemplo:• a democracia, que hoje é o modelo político predominante

do mundo ocidental; • desenvolvimento do conhecimento científico e filosófico,

como a Medicina, a Matemática e a História; • adoção do cristianismo, que se tornou a base das religiões

ocidentais.• influência do direito civil romano na elaboração das leis que

fundamentam as constituições contemporâneas;• formação das línguas latinas, como o português, o francês,

o italiano.

Questão 19Comentário: No campo do Direito, por exemplo, Roma desenvolveu uma teoria jurídica geral eficiente, uma vez que os romanos, com sua capacidade de incorporar elementos culturais de outros povos, souberam assimilar elementos jurídicos dos conquistados. Na Engenharia, o Império Romano realizou diversas obras públicas grandiosas que simbolizavam o poder de Roma, como aquedutos, longas estradas e arenas. Além disso, esses monumentos possuíam elementos de tendências artísticas de vários povos, revelando o cosmopolitismo dos romanos. Em sua relação com a sociedade civil, o Império Romano disponibilizava serviços diversos para a população, especialmente de entretenimento, como jogos e banhos termais (momento em que os romanos revelavam uma veneração ao corpo). Nesse contexto de estabilidade, conhecida como “pax romana”, os romanos garantiam a ordem interna com o “pão e circo” e mantinham estáveis as suas fronteiras contra as incursões de grupos germânicos.

Questão 20Comentário:A) O poema épico Ilíada, de Homero, foi inspirado na guerra

de Troia e seu título faz referência ao nome dado pelos gregos à cidade de Troia: Ílion.

B) Diferença: para os gregos, a história estava relacionada ao relato dos fatos ocorridos, enquanto a poesia épica podia também narrar fatos que poderiam acontecer.

Semelhança: os dois gêneros eram utilizados para afirmação da superioridade e identidade grega, distinguindo seus hábitos dos demais.

Seção Enem

Questão 01 – Letra CEixo cognitivo: IV

Competência de área: 5

Habilidade: 24

Comentário: Na pólis grega, a existência da ágora é marcante para a democracia. É na praça pública que ocorre o exercício de cidadania nos séculos VI e V a.C. no mundo grego. Na ágora, os cidadãos gregos encontram oportunidade de discutir os temas políticos da cidade-estado e podem, coletivamente, deliberar sobre o cotidiano da comunidade. Sem um espaço público para a realização da discussão, seria impossível o fazer democrático nos moldes da democracia participativa e direta dos Gregos.

Questão 02 – Letra AEixo cognitivo: IV

Competência de área: 5

Habilidade: 24

Comentário: Isonomia: igualdade de todos perante a lei. Uma das características da cidadania grega era a isonomia (iso = igualdade / nomos = lei), a ideia de que todos os cidadãos eram iguais perante a lei. A partir das reformas feitas por Clístenes no século VI a.C., as leis passaram a ser escritas, saindo do campo da oralidade, tornando-se fixas e permanentes. Isso é importante para que o governo garanta aos cidadãos os mesmos direitos, ao mesmo tempo que sua aplicação se dá sem distinção.

Questão 03 – Letra B Eixo cognitivo: II

Competência de área: 5

Habilidade: 22

Comentário: A elaboração de leis escritas na Antiguidade tinha como objetivo garantir, aos grupos sociais livres, regras que pudessem evitar ações abusivas dos grupos aristocráticos. Elaborar leis, além de evitar abusos, garantiria a existência de regras responsáveis pela maior participação dos grupos excluídos nas decisões políticas, possibilitando a ampliação da cidadania.

Questão 04 – Letra EEixo cognitivo: I

Competência de área: 1

Habilidade: 1

Comentário: Observa-se, no moisaco, figuras de animais de diversas localidades, o que nos leva a relacioná-las aos territórios conquistados ao longo da trajetória histórica romana, dada a sua política expansionista, que já se notava no contexto da consolidação da organização republicana. Nesse período, Roma deu início a uma política externa de dominação que permitiu aos romanos dominarem boa parte da Europa, da Ásia e da África, garantindo a difusão e a continuidade da cultura romana e transformando a cidade em um grande império.

Questão 05 – Letra A Eixo cognitivo: I

Competência de área: 5

Habilidade: 24

Comentário: A questão aborda a democracia na Grécia Antiga, especificamente no período clássico. A democracia grega é bem conhecida por permitir a participação direta dos cidadãos, o que torna a alternativa A correta. As alternativas B e C são anacrônicas, uma vez que tratam de uma instituição (sindicato) e uma teoria política (socialismo) inexistentes na Antiguidade clássica. As alternativas D e E tratam de sistemas políticos representativos, incompatíveis com a organização política grega, que não envolvia a atuação de representantes dos cidadãos nas decisões políticas da pólis.

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Questão 06 – Letra B Eixo cognitivo: I

Competência de área: 3

Habilidade: 11

Comentário: O tema dessa questão é a escravidão no mundo antigo. As alternativas incorretas mencionam o antigo caráter étnico da escravidão ou o restringem a atividades chamadas de desqualificadas. Sabe-se que a escravidão em Roma não esteve vinculada a uma questão étnica, como aquela a que foi submetido o africano na Idade Moderna. O escravo, na sociedade romana, poderia executar as mais diversas tarefas, não ficando relegado apenas ao trabalho manual. Foi comum a existência de escravos professores, médicos e artistas. Dessa forma, a letra B é a alternativa correta.

Questão 07 – Letra B Eixo cognitivo: II

Competência de área: 1

Habilidade: 2

Comentário: Assim como afirma a alternativa correta, letra B, o Período Helenístico, compreendido entre os séculos III a II a.C, abrange o momento da expansão territorial e cultural da Grécia, que se deu especialmente pelo Oriente. Mesmo após a declínio do poder das cidades-estado, a cultura helênica se manteve preservada. O principal responsável por essa expansão foi Alexandre, o Grande, imperador da Macedônia. Durante essa expansão, Alexandre derrotou os persas e atingiu a região da Índia, fundando uma série de cidades que levavam o seu nome, entre elas, a mais célebre, Alexandria do Egito.

Questão 08 – Letra D Eixo cognitivo: III Competência de área: 1 Habilidade: 3 Comentário: Assim como afirma a alternativa correta, letra D, a questão pretende demonstrar a contribuição das leis romanas para as noções de Direito contemporâneo. Tal contribuição só foi possível a partir do momento em que as leis passaram a ser codificadas, facilitando, desse modo, a perpetuação de seu legado. A questão ressalta, ainda, a presença das continuidades na História, reforçando o caráter duradouro de alguns costumes e tradições.

CAPÍTULO – A2Formação, apogeu e crise do sistema feudal

Exercícios de aprendizagem

Questão 01Comentário: Podem ser citados os argumentos seguintes:• No período compreendido entre os séculos III e VII, ocorreu

uma mudança de mentalidade na população, resultante das transformações provocadas na Europa Ocidental pelas invasões germânicas. Nesse período, o modo de ver o mundo típico da sociedade romana, marcada pela urbanização, cosmopolitismo, militarismo e racionalismo, transformou-se em uma mentalidade marcada pelo agrarismo, misticismo e tradicionalismo da sociedade medieval.

• Houve um processo de aculturação entre os diversos povos em contato no período da crise do Império Romano, processo que resultou no surgimento de uma nova cultura, diferente das culturas romana e germânica, compreendida como uma fusão entre elas, com elementos importantes de ambas.

• Os homens do século VII tinham uma nova postura vivencial em relação à religiosidade. As religiões tradicionais (ligadas a aspectos da natureza) dos povos germânicos sofreram forte pressão da religião católica romana, de modo que, progressivamente, os germânicos adotaram os rituais católicos, mesclando-os às práticas tradicionais durante o processo de aculturação mencionado.

Questão 02Comentário: Muçulmano é todo indivíduo que professa o islamismo. Como o centro original do islamismo é a Arábia, muitas vezes se imagina que todos os árabes são muçulmanos ou, então, que todos os muçulmanos têm de ser árabes. Esse é um erro que precisa ser evitado, pois nem todo árabe é muçulmano e, para ser muçulmano, não há necessidade de ser árabe. Como demonstrado no gráfico, no mundo atual, há um enorme contingente de muçulmanos entre os turcos, os iranianos, os iraquianos, os africanos, os habitantes dos Estados que formavam a ex-União Soviética e mesmo entre os indianos e os chineses.

Questão 03Comentário: Maomé, o fundador do islamismo, deu início ao processo de expansão territorial dos árabes muçulmanos. Após sua morte, essa expansão foi continuada pelos Califas, “os sucessores do Profeta”, primeiramente no Oriente e em seguida no Ocidente, com a ocupação do norte da África e da Europa, através da Península Ibérica. Esse fato explica a presença de muçulmanos em várias regiões e o número significativo de seguidores dessa religião na atualidade.

Questão 04Comentário:

A) O texto se refere à Alta Idade Média, período marcado pela estruturação do feudalismo.

B) Como as invasões normandas do século IX agravaram a situação de insegurança e medo das populações que viviam nos reinos bárbaros, os reis intensificaram o costume germânico (beneficium) de doação de terras, em troca de fidelidade e defesa contra os ataques vikings, contratando laços de suserania e vassalagem com os nobres. Na medida em que o rei dividiu as terras, acabou também dividindo seu poder político, pois os senhores feudais passaram a exercer, em seus feudos, direitos que cabiam ao rei, como a administração da justiça e a cobrança das obrigações servis sobre os servos, impondo às populações que viviam em suas terras um poder local.

C) Descentralização do poder dos reis em benefício dos senhores feudais.

Questão 05Comentário: Podem ser citados os seguintes fatores:

• o cessar das invasões, que possibilitou um clima de segurança, contribuindo para o fortalecimento do comércio e das comunicações entre as regiões;

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Manual do Professor

21Bernoulli Sistema de Ensino

• o crescimento da população, que ampliou a força de trabalho e impeliu o aumento da produção agrícola;

• a melhoria das técnicas agrícolas, que permitiu a ampliação da área cultivada e a obtenção de colheitas mais abundantes, reforçando o crescimento demográfico verificado no período.

Questão 06Comentário: Fatores como o fim das invasões, o desenvolvimento de novas técnicas agrícolas, com a consequente expansão da produção de alimentos e incremento demográfico, criaram um ambiente favorável à expansão do comércio a partir do século XI. Nesse contexto, cada vez mais camponeses buscaram as cidades como alternativa à vida no campo, que, mesmo com a expansão da área cultivada (por meio da derrubada de florestas, drenagem de pântanos e outros artifícios), não se mostrava capaz de suportar o grande crescimento populacional que se dava no período. Esse momento também foi marcado pelo crescimento urbano, pois, nas cidades, as pessoas poderiam exercer diversas atividades, como o artesanato e o comércio. Os mercadores buscavam segurança para suas atividades junto aos castelos e cidades fortificadas (burgos). Com o tempo, essa população tendeu a crescer e novas muralhas precisaram ser construídas, surgindo, assim, um novo burgo (foris-burgo), sendo seus habitantes chamados de burgueses, ou seja, comerciantes.

Questão 07Comentário:A) Expedições militares organizadas pelos cristãos do Ocidente

com o objetivo de expulsar os muçulmanos dos lugares santos na Palestina.

B) O grande interesse dos comerciantes, principalmente os italianos, em viabilizar, por meio das Cruzadas, a reabertura comercial do Mar Mediterrâneo, que estava sob o controle dos muçulmanos. Os italianos passariam, assim, a controlar o lucrativo comércio dos produtos orientais (com destaque para as especiarias) na Europa.

Questão 08Comentário: A doutrina do justo preço, imposta pela Igreja Católica, condenava o lucro como pecado de usura. Isso significa que nenhuma mercadoria poderia ser vendida por um preço maior que o seu valor, acrescentado por uma pequena soma correspondente ao trabalho de transformação. A ideia de lucro implicava um preço bem maior do que o valor real da mercadoria e o menor pagamento de salário.

Questão 09Comentário:A) O aumento populacional da Europa não foi acompanhado, na

mesma proporção, pelo aumento da produção de alimentos que não foi suficiente para atender às necessidades de consumo. Tal situação, agravada por desequilíbrios ecológicos decorrentes da expansão da área de cultivo na Europa, resultou no aumento dos preços, em longos períodos de escassez e na desnutrição da imensa maioria da população. Entre 1315 e 1317, ocorreu a Grande Fome, quando regiões da Europa tiveram um índice de mortalidade que atingiu um quinto da população.

Nesse período, houve a disseminação da peste bubônica (Peste Negra), que se propagou com rapidez e dizimou entre um terço e metade da população. O alto índice de mortalidade reduziu a mão de obra e valorizou o trabalho rural, fazendo com que os senhores feudais concedessem cada vez menos liberdade para os servos. Esse fato ocasionou a eclosão de várias revoltas camponesas, que foram sufocadas com violência. Todos esses fatores justificam a expressão “crise dos séculos XIV e XV”.

B) A tentativa, pelos senhores feudais, de restabelecer a exploração sobre os camponeses, de maneiras já não usuais nos séculos XIV e XV, por meio da retomada de taxas e obrigações caídas em desuso e da retirada de concessões já feitas.

C) Os nobres reagiram com violência às revoltas camponesas, massacrando, humilhando e matando seus líderes, a fim de gerar um clima de medo entre os revoltosos.

Questão 10Comentário: O renascimento comercial resultou na formação de uma classe de comerciantes, a burguesia, e no surgimento de um novo ideal de vida, fundamentado na valorização do luxo e do conforto. Essa nova mentalidade justificou a preocupação do burguês em trabalhar intensamente e aumentar cada vez mais seus negócios e seus lucros, com o objetivo de enriquecer cada vez mais. Essa nova mentalidade era incompatível com as instituições feudais, que se caracterizavam pelo tradicionalismo, pela hierarquia e pelo imobilismo. Ao mesmo tempo, as crises do século XIV contribuíram para o surgimento de uma sociedade baseada no trabalho assalariado.

Essa realidade resultou no enfraquecimento progressivo dos senhores feudais e no fortalecimento do poder dos reis, que receberam o apoio da burguesia no processo de centralização política que se concretizou na formação dos Estados Nacionais.

Exercícios propostos

Questão 01 – Letra CComentário: No sistema feudal, a terra era o principal fator determinante das relações socioeconômicas da Idade Média, sendo ela fonte de sobrevivência, riqueza e poder. Assim, a concentração fundiária criava laços próprios de dependência entre aqueles que possuíam terras (clero e nobreza) e os que não as detinham (camponeses). As relações de trabalho eram de servidão, em que o camponês vivia e trabalhava nas terras do nobre em troca de proteção, enquanto este dependia da produção servil para a subsistência. Difere-se do modelo capitalista, no qual a força de trabalho deixa de ser um instrumento direto para a subsistência e passa a ser uma mercadoria a ser vendida para o proprietário dos meios de produção, que se vale da mão de obra que contrata por meio de salários, para obter lucros.

Questão 02 – Letra DComentário: Até o século XI, a economia da Europa Ocidental era fundamentalmente de subsistência. Quando havia comércio, geralmente as mercadorias eram negociadas por escambo. A partir dessa época, a circulação monetária se revigora e passa a contribuir significativamente para o desenvolvimento comercial europeu, por servir como medida comum de valor entre os produtos em negociação.

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Questão 03 – Letra CComentário: O exercício segue a linha historiográfica que defende que o desenvolvimento do comércio e a urbanização minaram o sistema feudal. As novas relações de trabalho, baseadas no salário, e as oportunidades de enriquecimento oferecidas pelo comércio nas cidades fizeram muitos camponeses emigrarem dos campos. Essa situação acabou enfraquecendo os nobres, uma vez que estes dependiam do trabalho servil e passaram a ter dificuldades de manter os camponeses em seus domínios.

Questão 04 – Letra EComentário: As corporações de ofício tinham o objetivo de impedir a concorrência entre os produtores. Para tanto, tinha-se o acordo de que nenhum habitante da cidade podia praticar um ofício se não pertencesse à respectiva corporação e somente os produtos dos membros da corporação podiam ser vendidos no mercado. A concorrência entre produtores e comerciantes, baseada na livre oferta de preços, era proibida e as atividades lucrativas eram condenadas.

Questão 05 – Letra CComentário: As feiras promoveram a ligação entre as frentes de comércio setentrional e meridional da Europa, por meio de rotas terrestres que permitiam aos mercadores comercializarem os mais diversos produtos. Essas rotas de comércio cruzavam-se dentro da Europa e tornou-se comum o encontro de mercadores em caravanas que estacionavam para comprar e vender seus produtos. Com o tempo, o interior do continente foi sendo lentamente unido por uma rede comercial que não cessava de se expandir. As feiras passaram a ter um funcionamento regular, nas mesmas regiões, com a duração de algumas semanas, quando eram negociados tecidos, couros e peles, cavalos, vacas, trigo, arenques, sal, drogas medicinais, especiarias, açúcar e outros produtos. Justifica-se, portanto, a opção C como correta.

Questão 06 – Letra AComentário: A expansão muçulmana influenciou a dinâmica mercantil da Europa com o Oriente. Rotas comerciais foram abertas, especialmente no noroeste europeu e na Espanha muçulmana, onde produtos eram adquiridos por mercadores francos e judeus. Enquanto os muçulmanos compravam madeira, peles e metais do Ocidente, este importava especiarias e ouro.

Questão 07 – Letra BComentário: O regime feudal apoiava-se no sistema de suserania e vassalagem, baseado na concessão e na posse dos feudos. Como afirma corretamente a alternativa B, os senhores feudais eram ligados por um complexo sistema de obrigações e tradições. A concessão de um feudo era feita por meio de uma solenidade que compreendia três cerimônias. Primeiro, o vassalo prestava a homenagem, colocando-se de joelhos, com a cabeça descoberta e sem espada, pondo suas mãos entre as mãos do suserano e, reconhecendo-se a ele subordinado, afirmava sua intenção de servi-lo durante toda a vida, defendendo-o contra “todos os homens que possam nascer ou morrer”.

Para indicar que aceitava o vassalo, o senhor fazia-o ficar em pé e beijava-o na boca. A homenagem era seguida do juramento de fidelidade: de pé, o vassalo jurava sobre a Bíblia ou relíquias de santos, completa fidelidade e lealdade ao seu senhor, confirmando o seu compromisso. O terceiro ato era a investidura, em que o vassalo obtinha os direitos de seu feudo por meio da entrega, pelo senhor, de um objeto simbólico que podia ser um bastão, um punhado de terra, uma lança, ou mesmo uma bandeira.

Questão 08 – Letra CComentário: O período denominado Alta Idade Média é caracterizado pela progressiva desintegração do escravismo como resultado de transformações que corresponderam à crise do Mundo Antigo, desdobrada em duas etapas. Na primeira, deu-se a desestruturação do Império Romano do Ocidente e as migrações bárbaras e, na segunda, a formação dos Reinos Romano-Germânicos ou Reinos Bárbaros. As invasões que tiveram início no século V foram, na realidade, apenas o incidente final de um longo processo de desintegração do Império Romano que, desde o século III, já apresentava sinais evidentes de decadência. Em grande parte, essa crise foi provocada pelo expansionismo territorial, que alargou demais as fronteiras do Império e gerou uma série de problemas políticos, econômicos e sociais que os romanos não conseguiram resolver. Podemos dizer que o império foi vítima de seu próprio gigantismo. Do lado de fora dessa imensa fronteira, havia um mundo hostil, com vários povos que exerciam uma forte pressão sobre ela. A princípio, a migração dos germânicos para dentro das fronteiras do império realizou-se de maneira pacífica. No entanto, no século V, os povos germânicos invadiram de forma violenta o Império Romano do Ocidente, culminando com a sua desintegração. Justifica-se, portanto, a opção C como correta.

Questão 09 – Letra EComentário: A cavalaria estava fortemente ligada à Igreja Católica. Apesar da origem bárbara da cultura guerreira, a Igreja soube ritualizar e dotar os cavaleiros de valores morais cristãos, submetendo a cavalaria ao papa. No texto da questão, é notável a importância da religião no ritual e na formação do cavaleiro durante a Idade Média europeia.

Questão 10 – Letra DComentário: A controversa concepção de que a Idade Média foi um período de escassa produção intelectual e cultural pode ser desmentida recorrendo-se a inúmeros fatos. Entre esses exemplos históricos, pode-se mencionar o trabalho dos monges copistas, que reproduziam obras religiosas e trabalhos da Antiguidade clássica em livros que ainda eram adornados com ilustrações coloridas denominadas iluminuras (tinham esse nome porque “iluminavam” o livro).

Questão 11 – Letra EComentário: A crise do século XIV abalou as instituições feudais, modificando as bases da produção. Com as revoltas camponesas, a servidão, principal forma de trabalho durante a Idade Média, entrou em decadência, sendo substituída por novas relações de trabalho e produção, como o trabalho livre e assalariado e o arrendamento de terras.

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23Bernoulli Sistema de Ensino

Questão 12 – Letra EComentário: A força da religião não foi o único fator determinante das Cruzadas. Os senhores feudais viviam em guerras entre si, que foram agravadas com o crescimento da população na Europa Ocidental e com a persistência do direito de primogenitura, em que os filhos mais novos dos nobres não tinham direito à herança. Esses nobres deserdados viam com muito interesse a possibilidade de conquistar e saquear terras em outras regiões. Havia também um apelo de ordem prática, já que as terras no Oriente poderiam suprir as necessidades da população pobre em recursos alimentares.

Havia também o interesse econômico das cidades mediterrâneas, que viam a oportunidade de obter vantagens com o transporte dos cruzados e de seus equipamentos. Do ponto de vista econômico, as Cruzadas foram importantes por terem liberado o Mar Mediterrâneo, que estava sob domínio muçulmano desde o século VIII, tornando possível novamente o comércio entre o Oriente e o Ocidente. Portanto, a alternativa E está correta.

Questão 13 – Letra AComentário: O texto faz referência ao contexto de instabilidade marcado pelas incursões de “povos bárbaros” no século X, protagonizadas por vikings, magiares e muçulmanos (sarracenos). Essa situação de devastações acentuou a descentralização política, contribuindo para a consolidação do feudalismo na Europa Ocidental.

Questão 14 – Letra DComentário: O texto apresenta um conflito simbólico entre o tempo religioso, dominante durante a Idade Média, e o tempo leigo, que começava a se impor perante o primeiro a partir do século XI. Isso comprova que as concepções de tempo e de trabalho também se encontravam inseridas num contexto de transição, em que alguns valores do capitalismo começavam, aos poucos, a ganhar espaço no mundo feudal.

Questão 15 – Letra DComentário: No texto, o papa Inocêncio faz uso de uma analogia, em que o papado é representado pelo Sol, que governa as almas, e o rei é representado pela Lua, que governa os corpos. Essa analogia ilustra a subordinação da política à religião, que legitima o poder real.

Questão 16Comentário:

A) Durante a Idade Média, houve um importante avanço nas técnicas agrícolas, como a invenção do arado de ferro. A cultura medieval também foi significativa, com destaque para a arquitetura, com a construção de castelos e catedrais; para a literatura, com autores como Dante Alighieri e o desenvolvimento da escolástica.

B) A alquimia, prática que deu origem à Química, é hoje associada à bruxaria, à Inquisição – que julgava quem questionasse as verdades da Igreja Católica – e à servidão, relação de trabalho em que os camponeses estavam submetidos aos senhores de terra.

Questão 17Comentário:

A) O texto apresenta um caso que se insere no contexto de renascimento comercial iniciado na Europa Ocidental a partir do século XI. O ofício de mercador demandava a aprendizagem de conhecimentos específicos, relacionados a algumas noções de economia (pesos e medidas, conversão de moedas, etc.). Tratava-se de uma preparação diferente da de um lavrador, cujo trabalho se orientava pelo conhecimento das manifestações da natureza (clima, períodos de descanso da terra, etc.).

B) Entre as características, o aluno poderá citar:

• aumento das atividades mercantis, marcado pelo surgimento de novas rotas comerciais, o desenvolvimento de feiras e a criação de corporações de ofício e da Liga Hanseática.

• transformações do espaço urbano, com o alargamento das estradas de acesso; mudança do estilo arquitetônico, marcada pelo alvorecer da estética gótica; e aumento do número de residências;

• transformação cultural, com a difusão da prática da leitura e da escrita e da criação de universidades.

Questão 18Comentário:

A) Sobre os aspectos urbanísticos, pode ser destacado o surgimento dos burgos com o chamado renascimento urbano. Essas cidades medievais deviam oferecer segurança aos habitantes e, por isso, geralmente, eram cercadas de muralhas. Além disso, elas se caracterizavam pelas ruas estreitas e pelas condições inadequadas de higiene.

B) Sobre os aspectos sociais, pode ser destacada a predominância dos homens livres, como os burgueses e outros trabalhadores urbanos, entre eles os antigos servos, que fugiam da exploração dos feudos. Inicialmente, essas cidades estavam sujeitas às regras feudais, ou seja, ao poder da nobreza e do clero.

C) Sobre a organização do trabalho, deve-se destacar a formação das corporações de ofício, que reuniam todos aqueles que desempenhavam um mesmo tipo de trabalho em uma determinada cidade. Os artesãos estabeleciam as regras para a produção artesanal, regulamentando a qualidade e controlando o mercado.

Questão 19Comentário:

A) A Igreja era grande detentora de terras, portanto era um poderoso senhor feudal e administrava vastos territórios, exercendo a justiça e cobrando impostos.

B) Os reis contribuíram para a expansão da fé cristã, por exemplo, ao enviar religiosos para promover a conversão dos pagãos, organizando e participando do movimento das Cruzadas para combater aqueles considerados infiéis.

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24 Coleção EM1

Questão 20Comentário:

A) Embora, inicialmente, as incursões normandas tivessem provocado um medo generalizado na Europa, posteriormente, o continente passou por uma intensificação dos contatos inter-regionais e por um desenvolvimento das atividades econômicas, com o estabelecimento de relações com as regiões ao norte (região de onde proviam os próprios normandos) e com o sul (de onde italianos consolidaram laços comerciais com o Oriente). Essa conjuntura foi fundamental para o desenvolvimento de feiras e rotas de comércio ao longo da Baixa Idade Média.

B) Devido à crise econômica, vem sendo comum, em alguns países europeus, uma série de ações de restrição à entrada de imigrantes. Essas medidas são acompanhadas por uma xenofobia, que vê no estrangeiro um elemento que prejudica o país. Portanto, esse é um caso do atual “entrincheiramento” europeu nos tempos atuais.

Seção Enem

Questão 01 – Letra DEixo cognitivo: V

Competência de área: 6

Habilidade: 27

Comentário: A imagem apresentada pela questão faz alusão ao trabalho dos camponeses no século XV e às condições climáticas europeias, destacando as atividades mais adequadas, bem como as dificuldades relativas às estações do ano.

Questão 02 – Letra AEixo cognitivo: V

Competência de área: 3

Habilidade: 15

Comentário: O texto enfatiza as características da sociedade feudal, marcada por uma estrutura tipicamente estamental, com a apresentação das funções de cada estrato social. Um dos principais objetivos de tal ideologia, baseada no pensamento do clero medieval, era justificar as desigualdades sociais, muitas vezes contestadas pelas revoltas camponesas.

Questão 03 – Letra BEixo cognitivo: I

Competência de área: 4

Habilidade: 16

Comentário: A questão aborda as transformações ocorridas na Idade Média, com destaque para o renascimento urbano. Nesse contexto, marcado pelo aumento da produção artesanal e do comércio, intensificou-se a divisão do trabalho. Ganha destaque, então, nas cidades europeias da Baixa Idade Média, a figura do intelectual e erudito, responsável por ensinar e escrever.

Questão 04 – Letra AEixo cognitivo: IV

Competência de área: 4

Habilidade: 19

Comentário: O item aborda o Período Medieval e as transformações sociais existentes na Baixa Idade Média. A ideia central é analisar as mudanças nas funções dos muros e portais existentes nas cidades medievais, que, até então, serviam para a proteção dos núcleos urbanos. A partir do novo cenário, essas proteções eram utilizadas como pontos de passagem, visto que a dinâmica comercial exigia esse tipo de estrutura para atender às demandas da classe burguesa em fortalecimento. Justifica-se, portanto, a opção A como correta.

Questão 05 – Letra DEixo cognitivo: V

Competência de área: 3

Habilidade: 15

Comentário: O item analisa a história da disseminação do consumo do café. A análise central é a chegada do café na Europa e o modo como os clérigos reagiram à bebida. A postura de rejeição e batismo do café enfatiza a associação que o europeu estabeleceu da bebida com outros elementos religiosos. No caso, o café estava associado às regiões predominantemente islâmicas, conforme a opção D assinala.

Questão 06 – Letra DEixo cognitivo: IV

Competência de área: 3

Habilidade: 14

Comentário: A questão apresenta visões distintas sobre o evento das Cruzadas. Nos dois textos, são contrapostas duas visões: a dos cristãos e a dos árabes. Em ambos os casos, são relatadas a intolerância e a violência, como no tratamento dado às mulheres e às crianças. Levando-se em conta que a única afirmativa que apresenta erro é a III, a letra D é a alternativa correta.

Questão 07 – Letra EEixo cognitivo: IV

Competência de área: 3

Habilidade: 14

Comentário: A questão aborda, a partir de dois documentos de temporalidades distintas, a relação entre fé e razão. Assim como afirma a alternativa correta, letra E, em ambos os casos, é possível notar a tentativa de conciliação entre esses dois pontos. No primeiro, o papa João Paulo II afirma que a razão pode ser “mais segura e perspicaz com o apoio que recebe da fé”. Já Tomás de Aquino ficou conhecido como um dos principais pensadores da Idade Média, ao tentar articular as relações entre a fé e a razão, fornecendo as bases para a Escolástica.

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25Bernoulli Sistema de Ensino

Questão 08 – Letra AEixo cognitivo: I

Competência de área: 1

Habilidade: 1

Comentário: A questão procura desmitificar a ideia de que os muçulmanos teriam uma atitude hostil e agressiva contra os cristãos. Quando estudamos o islamismo, verificamos que o conteúdo da fé islâmica é relativamente simples. O princípio básico é a crença em Deus e esse Deus deseja que os homens sejam bondosos para com os seus semelhantes, clementes para com os devedores, honestos e capazes de perdoar. Contrariamente à crença geral, o islamismo está bem longe de ser um culto rigidamente formalista e mecânico. Confere tanta importância à pureza do coração e à prática das boas ações quanto o cristianismo e o judaísmo, importantes fontes religiosas do Islã. Justifica-se, portanto, a alternativa A.

Questão 09 – Letra EEixo cognitivo: I

Competência de área: 1

Habilidade: 1

Comentário: Sustentando um preceito de São Jerônimo, de que um monge deve meditar mais do que ensinar, os mosteiros mantinham elementos de grande fervor religioso. Neles, vigorava a supremacia das coisas espirituais e da vida eterna sobre as coisas materiais e a vida terrena. Um importante trabalho realizado dentro dos mosteiros era o do monge copista que, sozinho, poderia passar mais de um ano para copiar a Bíblia. Assim, como aborda a alternativa E, o trabalho era valorizado por algumas ordens religiosas, mesmo que as pessoas que se dedicavam a ele fossem socialmente inferiorizadas pela Igreja no contexto retratado.

CAPÍTULO – A3organização dos Estados Nacionais

Exercícios de aprendizagem

Questão 01Comentário:

A) Político: a flexibilização progressiva dos laços de servidão dos camponeses em relação aos senhores, a menor necessidade da proteção daqueles em relação aos senhores feudais e o crescimento da importância política, econômica e social das cidades são fatores que fragilizaram o poder político da nobreza feudal, que se via desprovida da base social desse poder. A insatisfação da burguesia com a permanência das estruturas feudais e com a descentralização do poder foi outro fator para fragilizar a aristocracia feudal.

B) Econômico: o desenvolvimento do comércio, que modificou o padrão de riqueza de terra para dinheiro, já que a nobreza não controlava o comércio e nem a emissão de moedas.

C) Militar: as guerras que aconteceram na Baixa Idade Média – Cruzadas, Guerra dos Cem Anos e Guerra das Duas Rosas – que destruíram os exércitos feudais e devastaram as grandes casas aristocráticas.

Questão 02Comentário: Podem ser citados os fatores seguintes:• A existência de muitas moedas diferentes no mesmo reino,

correspondendo aos diferentes feudos, com valores e pesos muito complicados, o que dificultava o câmbio de um feudo para outro.

• O desinteresse dos senhores feudais em proteger as caravanas comerciais que eram vítimas de assaltos constantes.

• A existência de muitas barreiras alfandegárias e a imposição de elevadas taxas aos produtos que entravam e saíam dos feudos, tornando o comércio muito caro.

Questão 03Comentário: O desejo da burguesia em obter uma situação concreta de favorecimento do comércio que realizava fez com que ela apoiasse o rei por meio de empréstimos. Isso permitiu a formação de exércitos nacionais, a contratação de funcionários, a unificação da moeda, a imposição de impostos e a elaboração de leis únicas para todo o território nacional. Em troca, a burguesia recebia privilégios econômicos e incentivos comerciais. A aliança da burguesia com o rei contribuiu para a centralização do poder político.

Questão 04Comentário:

A) Estado centralizado que se estabeleceu na Europa, a partir do século XI, decorrente do declínio do feudalismo e caracterizado pela supremacia do rei e de sua burocracia pública nos assuntos de Estado, com progressiva monopolização da justiça e do uso da violência.

B) Portugal, Espanha, França e Inglaterra.

C) • Justiça uniforme: existência de um código de leis únicas que deveriam ser aplicadas e obedecidas por toda a população.

• Território bem definido: espaço territorial limitado por fronteiras (país).

• Exército nacional: exército único, cujos soldados são contratados e pagos pelo Estado, comandado pelo rei e fiel a ele.

• Assembleia: formada por todos os segmentos sociais e convocada periodicamente (o intervalo variou de acordo com a região e o período) para auxiliar o rei na elaboração das leis.

• Burocracia própria: estruturação de um corpo de funcionários letrados especializados na administração do Estado.

• Moeda padronizada: moeda única emitida pelo Estado, de ampla circulação no território nacional.

Questão 05Comentário: O fato de a Igreja ainda controlar grandes extensões de terras lhe dava enormes poderes políticos, que se concentravam nas mãos do papa, o qual interferia nos assuntos internos dos Estados e cobrava impostos à revelia do rei. A Igreja tornou-se rival política do soberano porque exercia um poder supranacional sobre os Estados.

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Questão 06Comentário:

A) A Guerra de Reconquista foi a luta dos cristãos da Península Ibérica para recuperar os territórios ocupados pelos muçulmanos, tendo se estendido, de forma descontínua, do século VIII ao século XV.

B) A Guerra de Reconquista teve início em 711, quando os muçulmanos atravessaram o Estreito de Gibraltar e invadiram a Península Ibérica, e terminou em 1492, com a tomada do Reino de Granada, ao sul da Espanha, e a expulsão definitiva dos muçulmanos.

C) A principal consequência da Guerra de Reconquista foi a formação das monarquias ibéricas (Portugal e Espanha). Também pode ser citada como consequência a significativa influência cultural dos mouros na sociedade e na cultura ibérica nos séculos posteriores.

Questão 07Comentário:

• A influência das Cruzadas e a promessa do papa Alexandre II de conceder indulgência a quem ajudasse os cristãos ibéricos na luta contra os mouros.

• O casamento entre Fernando de Aragão e Isabel de Castela, os Reis Católicos, que unificou a maior parte do território espanhol.

Questão 08Comentário: • O processo de reconquista na Península Ibérica;• A conquista de independência do Condado Portucalense em

relação ao reino de Leão.

Questão 09Comentário: A) Dos vários reinos germânicos que se estabeleceram na

Europa no início da Idade Média, os francos foram os únicos que conseguiram formar um reino bem-sucedido e extenso. Essa unidade dos francos ainda faria surgir um grande império por meio de novas conquistas territoriais: o Império Carolíngio, governado por Carlos Magno, seu soberano de maior expressão. Podemos dizer que o reino dos francos e, posteriormente, o Império Carolíngio lançaram os fundamentos da França moderna.

B) Após a morte de Carlos Magno, seus três netos assinaram o Tratado de Verdun, que dividiu o Império Carolíngio em três partes. As duas porções maiores formaram os reinos da França Oriental e da França Ocidental, que correspondem, de modo geral, aos atuais territórios da Alemanha e da França. Uma faixa larga de terra entre as duas porções formou um reino intermediário, que incluía os atuais territórios da Bélgica, Holanda, Alsácia e Lorena.

C) A Guerra dos Cem Anos (1337-1453) desenvolveu-se em território francês e caracterizou-se pelas disputas entre os nobres franceses e ingleses pelo controle político da região. A derrota dos ingleses em 1450 determinou o fim da guerra e o fortalecimento da dinastia de Valois, consolidando a monarquia nacional francesa.

Questão 10Comentário: A Magna Carta estabeleceu que o rei somente poderia criar novos impostos com a aprovação do Parlamento, representante dos interesses da nação.

O rei também não poderia decretar a prisão arbitrária de nenhum cidadão. As penas determinadas a um indivíduo deveriam ser estabelecidas após um julgamento legal dos seus pares ou de acordo com as leis do país.

Exercícios propostos

Questão 01 – Letra CComentário: Diante da crise do Sistema feudal, os senhores feudais enfrentaram uma grande dificuldade em conter as revoltas camponesas e manter seus privilégios. Desse modo, o processo de formação dos Estados Nacionais modernos ficou marcado pelo enfraquecimento do poder político da nobreza e, ao mesmo tempo, pelo fortalecimento do poder do monarca, que contou com o apoio dos nobres ao reafirmar seus privilégios, como cargos políticos e isenção de impostos.

Questão 02 – Letra AComentário: Entre as transformações econômicas ocorridas ao longo da desagregação do Sistema feudal, está o desenvolvimento do comércio e da urbanização. A burguesia, ligada às atividades econômicas, interessava-se em colocar um fim aos particularismos regionais, que dificultavam as transações comerciais, como os impostos pagos para trafegar nos feudos. Além disso, a fragmentação feudal impunha uma diversidade de sistemas de pesos, medidas e moedas, o que também se tornava um obstáculo para as relações comerciais. Desse modo, a centralização do poder, como afirma corretamente a letra A, permitiria a unidade em todos esses aspectos, inclusive em relação às leis e à língua, contribuindo com a organização das sociedades na Idade Moderna e com os anseios dos grupos mercantis emergentes.

Questão 03 – Letra BComentário: O processo de formação dos Estados nacionais ibéricos ficou marcado pela luta entre os reinos cristãos contra os mouros (muçulmanos), que chegaram à Península Ibérica no século VIII. Esse conflito ficou conhecido como a Guerra de Reconquista e só se encerrou em 1492, quando os muçulmanos foram expulsos do território.

Questão 04 – Letra EComentário: As transformações ocorridas na Baixa Idade Média contribuíram para o declínio dos particularismos feudais em detrimento do fortalecimento da autoridade real, que se tornou uma solução para contornar a crise que marcou esse contexto. Em outras palavras, a Crise do Sistema Feudal, caracterizada por guerras, revoltas camponesas e peste negra, está diretamente relacionada ao processo de formação dos Estados Nacionais Modernos. Desse modo, a alternativa que contempla essa relação é a letra E.

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27Bernoulli Sistema de Ensino

Questão 05 – Letra DComentário: Em 1215, os nobres ingleses obrigaram o rei Ricardo Coração de Leão, João Sem-Terra, a assinar a Magna Carta, considerada peça fundamental das liberdades inglesas, que impunha uma série de restrições à ação política do soberano. Como Henrique II, filho e sucessor de João Sem-Terra, desrespeitou a Magna Carta, teve início novamente o conflito entre a nobreza feudal e o rei, que foi obrigado a aceitar a convocação de uma Assembleia ou Parlamento, composto não apenas por nobres e elementos do alto clero, mas também por dois cavaleiros de cada condado e dois cidadãos de cada uma das cidades mais importantes em 1265. Portanto, a afirmativa D está correta.

Questão 06 – Letra AComentário: A Magna Carta é considerada um dos documentos legais mais importantes da Modernidade e peça fundamental das liberdades inglesas porque garantia a todos os indivíduos livres o julgamento de acordo com as leis britânicas.

Questão 07 – Letra DComentário: O processo de formação de Portugal e Espanha, como monarquias centralizadas, está relacionado ao conflito entre cristãos e muçulmanos, conhecido como Guerra de Reconquista, como destaca corretamente a letra D. Os reinos cristãos da Península Ibérica iniciaram esse conflito visando à recuperação da região conquistada pelos árabes muçulmanos no século VIII. Essa guerra terminou em 1492, quando os mouros foram definitivamente expulsos da península. As demais alternativas apresentam informações que não se relacionam com esse processo dos Estados ibéricos. As Grandes Navegações foram realizadas quando os Estados Ibéricos já tinham se consolidado, o que invalida a letra A. Já a letra B aborda a peste negra, que assolou, sobretudo, a Europa Ocidental e que não está diretamente relacionada ao processo de centralização das monarquias ibéricas. A letra C apresenta uma informação falsa, pois, no século XIX, Portugal e Espanha já eram Estados Nacionais consolidados desde a transição da Idade Média para a Moderna. Por fim, a letra E refere-se a um evento relacionado à história da Inglaterra e a França (Guerra dos Cem Anos).

Questão 08 – Letra BComentário: No século XIV, Inglaterra e França iniciaram um longo conflito que ficou conhecido como a Guerra dos Cem Anos (1337 e 1453). As origens desse conflito estavam relacionadas às disputas territoriais e às rivalidades comerciais na região de Flandres, que era um importante centro produtor de tecidos de lã. A matéria- -prima utilizada nessa atividade vinha da Inglaterra, contudo, no início do século XIV, os reis franceses passaram a demonstrar um grande interesse em estabelecer o monopólio comercial dos tecidos daquela região, o que prejudicaria as exportações inglesas. Esse fator gerou uma grande tensão entre os ingleses e franceses, contribuindo significativamente para a eclosão da guerra.

Questão 09 – Letra BComentário: O tema dessa questão é a Revolução de Avis. No contexto da formação do Estado português, tal evento esteve vinculado à morte de D. Fernando I, último rei da dinastia Borgonha, dando início a uma crise sucessória. O fato de a herdeira do trono ser casada com o rei João de Castela poderia levar Portugal a unir-se ao reino de Castela e a dominá-lo.

Parte da tradicional nobreza portuguesa era favorável à união com Castela e era apoiada pela viúva do rei, Dona Leonor Teles. Opunha-se a essa possibilidade uma facção formada pela burguesia, pela pequena nobreza e pela população urbana (a arraia-miúda). Esses grupos defendiam a ascensão ao trono de D. João I, irmão ilegítimo de D. Fernando. Contando com o apoio financeiro dos comerciantes, o Exército, liderado por D. João I, chefe da ordem militar de Avis, derrotou as forças inimigas na Batalha de Aljubarrota, em 1385. Assim, a alternativa que melhor contempla a Revolução de Avis é a B.

Questão 10 – Letra DComentário: A luta pela expulsão dos mouros da região da Península Ibérica foi fundamental para a formação dos reinos que deram origem ao Estado espanhol. A partir desses conflitos surgiam os reinos de Leão, Navarra, Castela e Aragão. Esse longo processo finalizou-se com a união dos Reis Católicos, Fernando de Aragão e Isabel de Castela. Com a centralização da monarquia espanhola católica foi criado um corpo de funcionários originários da nobreza, que apoiou o poder real em troca de privilégios, pensões e cargos políticos. Portanto, pode-se afirmar que a monarquia espanhola foi formada a partir de uma aliança marcada pelo predomínio de valores católicos e aristocráticos, como afirma corretamente a letra D.

Questão 11– Letra AComentário: Os processos de unificação política ocorridos em Portugal e Espanha originaram-se, fundamentalmente, da necessidade que os nobres tiveram de se unir na luta contra os muçulmanos, que expandiram seus territórios até a Península Ibérica no século VIII. Da aliança entre os reis católicos de Leão, Castela e Aragão surgiu, após a guerra, o Estado espanhol e, por conta do apoio dado a Leão e Castela, o nobre francês Henrique Borgonha recebeu as terras do Condado Portucalense, que anos mais tarde se tornaria independente, formando o Reino de Portugal.

Questão 12 – Letra EComentário: Ao apoiar os reis no processo de centralização política, a burguesia desejava que fossem tomadas medidas que favorecessem a atividade comercial, como a unificação das moedas e dos pesos e medidas e a eliminação das barreiras alfandegárias entre os feudos, o que significava a eliminação dos pedágios dentro do território nacional. Essa cobrança encarecia as mercadorias, dificultando a comercialização.

Questão 13 – Letra BComentário: A questão aborda os principais fatores que propiciaram a formação dos Estados Modernos. As alternativas corretas mencionam os conflitos entre a nobreza europeia, a retomada jurídica que favoreceu a centralização, a partir de uma legislação unificada, e os interesses do grupo dos mercadores. A alternativa incorreta, letra B, afirma equivocadamente a existência do apoio dos camponeses durante o processo. Sabe-se que o rearranjo do aparato estatal proporcionou a manutenção da situação de submissão do campesinato.

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28 Coleção EM1

Questão 14 – Letra BComentário: Essa questão trata de vários aspectos relativos à formação do Estado Moderno. Entre eles, estão citadas corretamente a manutenção de costumes herdados do mundo feudal, a unificação tardia da Alemanha e da Itália, a obra de Maquiavel e a relação entre o Estado inglês e o desenvolvimento comercial. A alternativa incorreta, letra B, afirma que esse Estado impediu a unificação dos mercados, o que é falso, já que a unificação política veio acompanhada da unificação econômica, com o fim das barreiras de origem feudal e a adoção das práticas mercantilistas.

Questão 15 – Letra AComentário: O processo de centralização do poder político ocorreu de acordo com a realidade vivida em cada território, o que o tornou bastante heterogêneo. As crises do século XIV tornaram a situação dos camponeses ainda mais grave, com a imposição de obrigações mais pesadas, uma vez que não havia mão de obra suficiente para o trabalho agrícola. Os camponeses revoltaram-se e passaram a ameaçar os nobres, que precisaram pedir ajuda ao rei. Apesar de receber apoio da burguesia, o rei também buscou apoio dos nobres, especialmente nos casos de guerra, reafirmando seus privilégios ou modificando o tipo de vantagens que lhes seria concedido.

Questão 16Comentário: O conflito histórico é a Querela das Investiduras, movimento no qual a Igreja Católica protestava contra a nomeação de bispos e de papas pelo imperador do Sacro Império Romano Germânico. No século X, os imperadores germânicos permitiram-se escolher diretamente 12 papas e excluírem cinco. Vigorava um quadro de supremacia do poder temporal sobre o espiritual. A Igreja iniciou uma tentativa de contrariar essa tendência e de reforçar o seu próprio poder.

Questão 17 Comentário: A dinastia Capetíngia, originada com Hugo Capeto no século X, iniciou o processo de centralização do poder monárquico na França. O reino dos Capetíngios sinalizou a constituição de uma nova forma de Estado, diferente das monarquias feudais, as quais eram caracterizadas pelos particularismos regionais, que se sobrepunham à figura do rei, cujo poder era até então mais simbólico do que soberano. Já com a centralização monárquica, o poder real é realmente efetivo, uma vez que o rei passa a ser o centro das decisões, convergindo para o que foi chamado de regime absolutista.

Questão 18 Comentário:

A) A obra de Pieter Brueghel, Triunfo da Morte, retrata o contexto em que a peste negra assolou a Europa. Esse fato faz parte do cenário da Crise do Sistema Feudal.

B) A centralização do poder monárquico foi a solução encontrada diante dessa desagregação do mundo feudal. A nobreza fragilizada e com sérias dificuldades de controlar as revoltas camponesas e de reafirmar seu poder político, passou a desejar que a figura do monarca fosse reabilitada e, junto dela, as funções de convocação de um único Exército. Desse modo, seria possível reprimir com sucesso as insurreições. Além disso, a nobreza esperava que esse apoio ao rei garantiria a manutenção dos privilégios aristocráticos e a reorganização econômica da sociedade.

Questão 19 Comentário: O aluno deve escolher uma característica da Inquisição na Europa Moderna, como a perseguição sistemática às práticas judaicas, protestantes, islâmicas, bem como às heresias, feitiçarias, bruxarias e práticas consideradas crimes morais. Além disso, houve processos de investigação, sentenças públicas, dentre outras.

Questão 20 Comentário:

A) As três esferas de poder indicadas no texto eram: poder local, que era exercido pela nobreza; o poder Estado-Nação, que era exercido pelo rei; e o poder supranacional, que era exercido pela Igreja, representada pelo papa.

B) Com o processo de formação dos Estados Modernos, iniciado na Baixa Idade Média, ocorreu a centralização do poder nas mãos dos monarcas europeus e a consequente redução dos poderes locais. Em alguns dos reinos formados, o poder real se sobrepunha inclusive ao poder supranacional da Igreja, como foi o caso da Inglaterra, em que o rei inglês (Henrique VIII) rompeu com o papado, tornando-se chefe da Igreja nesse reino. Portanto, pode-se afirmar que a esfera de poder que se sobrepôs às demais é o Estado-Nação.

Seção Enem

Questão 01 – Letra DEixo cognitivo: V

Competência de área: 3

Habilidade: 23

Comentário: Locke compreende que o Estado é responsável pela garantia da proteção, conforto, justiça e paz aos indivíduos, no momento em que estes concordam em viver em sociedade. No momento de organização dos Estados nacionais, o monarca promovia a unificação do Estado por meio da padronização das normas e regras de funcionamento da sociedade, a fim de garantir a segurança dos indivíduos e a ordem. Logo, deveria haver um consenso entre os indivíduos (“concordar com outras pessoas em juntar-se e unir-se”) com relação ao respeito a tais regras e normas, com o objetivo de efetivação do funcionamento do Estado. As demais alternativas contradizem aspectos fundamentais do texto, uma vez que Locke explicita que os direitos individuais (como a propriedade) são mantidos e garantidos pelo Estado.

Questão 02 – Letra C Eixo cognitivo: V

Competência de área: 3

Habilidade: 15

Comentário: A questão trata do caráter estamental da sociedade do Antigo Regime. A referência aos músicos da Corte demonstra que mesmo artistas que desfrutavam de certa proximidade com círculos de poder encontravam-se, do ponto de vista social, na mesma condição que a dos demais segmentos do Terceiro Estado, afirmativa que torna a letra C correta.

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Manual do Professor

29Bernoulli Sistema de Ensino

Questão 03 – Letra DEixo cognitivo: I

Competência de área: 3

Habilidade: 11

Comentário: A insatisfação da burguesia emergente com relação à permanência das estruturas feudais e à descentralização do poder, consideradas desfavoráveis à atividade comercial, e o desejo de ordem e segurança capaz de facilitar o desenvolvimento comercial, levaram a burguesia a ver no rei, que durante a Idade Média estivera fraco e impotente, um aliado em potencial para a realização dos seus objetivos. Por isso, estabeleceu-se uma aliança entre a burguesia e o rei, que pôde, então, aos poucos, ver o poder novamente centralizado em suas mãos. Entretanto, devemos observar que a aliança entre a burguesia e o rei não era restrita. Em diversos momentos, o rei foi obrigado a buscar apoio nos nobres, especialmente em casos de guerras, reafirmando os seus privilégios ou apenas modificando o tipo de vantagens que lhes seriam concedidas. A nobreza sempre ocupava os altos cargos políticos, diplomáticos, militares e eclesiásticos, além de ser isenta do pagamento de impostos. Portanto, a classe dominante durante toda a primeira fase da época moderna foi a aristocracia feudal, como afirma o historiador Perry Anderson, o que significa a não participação das classes populares no processo de fortalecimento do poder real. Portanto, justifica-se a alternativa D como uma contradição da tese do autor.

Questão 04 – Letra AEixo cognitivo: I

Competência de área: 3

Habilidade: 11

Comentário: O início da Idade Moderna está ligado a um processo geral de transformações na estrutura da sociedade europeia ocidental. Na verdade, a Idade Moderna foi uma época de transição na qual se podia identificar a coexistência do velho com o novo. Assim, era velho tudo o que era feudal e novo tudo o que era capitalista. É a passagem do feudalismo para o capitalismo (transição). No aspecto social, a Idade Moderna caracterizou-se pela afirmação da burguesia como grupo econômico, no entanto, clero e nobreza ainda tinham posição de prestígio, assegurada pela posse da terra, e estiveram juntos em defesa de seus interesses. Politicamente, a descentralização feudal foi substituída pelo fortalecimento do poder do rei com o apoio desses grupos, como afirma corretamente a alternativa A.

Questão 05 – Letra EEixo cognitivo: I

Competência de área: 1

Habilidade: 1

Comentário: Quando o processo de centralização política teve início e os Estados Nacionais começaram a surgir, a Igreja Católica ainda detinha enormes poderes políticos concentrados na figura dos papas, os quais interferiam nos assuntos internos dos Estados, cobravam impostos à revelia do rei, exercendo um poder supranacional sobre os Estados. Dessa forma, o ideal de centralização política do final da Idade Média gerou conflitos entre os reis e os papas, tendo o soberano percebido que a consolidação de seu poder só iria ocorrer quando fosse eliminada a enorme influência do papado nos Estados Nacionais.

O próprio Renascimento Cultural contribuiu para a contestação das “verdades estabelecidas” e o desenvolvimento de uma consciência crítica entre os fiéis. Humanistas importantes criticaram o poder da Igreja e propuseram a modificação das práticas eclesiásticas com a promoção de uma reforma interna, realizada pelos próprios membros da Igreja. A Bula Unam Sanctam foi uma resposta do papa Bonifácio VIII, que pretendia reafirmar o poder da Igreja, fato destacado corretamente na alternativa E.

CAPÍTULO – B1Expansão marítima e América Espanhola

Exercícios de aprendizagem

Questão 01Comentário: A Europa apresentava uma estrutura profundamente rural, apesar do fortalecimento dos grupos urbanos, após o renascimento das cidades, durante a Baixa Idade Média. Assim, a classe burguesa convivia com a massa camponesa, ainda dominada socialmente por uma nobreza hegemônica e protegida pela estrutura do Estado absolutista. Em termos culturais, prevaleciam as inovações do movimento renascentista, responsáveis pela transição da mentalidade medieval para a mentalidade moderna.

Questão 02Comentário:

A) Expansão Marítima.

B) O Estado se envolveu no processo expansionista com o intuito de garantir o fortalecimento de suas instituições, principalmente pela obtenção de territórios e o aumento do entesouramento por meio do comércio e de práticas extrativistas. Os setores mercantilistas (classe burguesa) se envolveram nas grandes navegações para ampliar as práticas do comércio, principalmente de especiarias, interessados em garantir o enriquecimento e uma maior atuação no cenário social. Já o corpo eclesiástico tinha como intenção principal a expansão da fé católica.

Questão 03Comentário: Entre os fatores principais, podem ser citados:

• Estado Nacional unificado;

• troca de experiências marítimas no centro náutico de Sagres;

• localização geográfica;

• conhecimento de técnicas de navegação em virtude do contato com os árabes;

• apoio do Estado após a Revolução de Avis (1337).

Questão 04Comentário: 3 – 5 – 4 – 1 – 2

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Questão 05Comentário: A Espanha havia encerrado a Guerra de Reconquista, evento importante para a consolidação do Estado espanhol. Essa guerra se caracterizou pela expulsão dos árabes da Península Ibérica, sendo fundamental para o fortalecimento da Coroa espanhola, além de se constituir importante elemento de identidade nacional.

Questão 06Comentário:

A) Os países foram Portugal e Espanha.

B) Unilateral, pois os portugueses e espanhóis reservavam para si o direito de converter os povos conquistados às suas crenças e de se apropriarem das terras descobertas, desconsiderando ou aniquilando as demais culturas.

C) Para os europeus, o sentido de “descobrimento” associava-se aos propósitos da expansão marítimo-comercial, que tinha por finalidade buscar mercadorias diretamente nas fontes de produção que fossem valorizadas no mercado europeu. A ocupação econômica por meio da colonização transformava as novas terras em mercados complementares às economias metropolitanas, utilizando-se, para tanto, de formas variadas de trabalho compulsório. Atualmente, a ideia de “descobrimento” por parte dos europeus é contestada partindo do pressuposto de que as populações indígenas que aqui viviam não eram autóctones, já que teriam migrado da Ásia para a América. Dessa forma, a ideia de “descobrimento”, tal como é comumente veiculada, pode ser considerada manifestação de eurocentrismo.

Questão 07Comentário: O aluno pode argumentar quaisquer das três opções, exigindo apenas uma boa justificativa para a definição utilizada.

Destaca-se na argumentação:• Descoberta: o uso deste termo considera o mundo até então

conhecido pelos europeus. Por isso é um ponto de vista europeu e limitado, já que não leva em conta a existência cultural indígena.

• Encontro: a chegada à América representa um contato de duas civilizações que realizaram trocas culturais. Este termo é considerado mais adequado, já que afirma a cultura e a participação indígena no processo.

• Conquista: termo que dá destaque ao domínio militar e cultural do Velho Mundo, que prevaleceu na relação com os povos nativos da América.

Questão 08Comentário:

1272: Início da viagem de Marco Polo (seus registros foram importantes para a construção do imaginário do homem moderno a respeito das navegações e descobertas territoriais).

1383: Revolução de Avis (unificação precoce do Estado Nacional português, que favoreceu o seu pioneirismo no expansionismo marítimo).

1415: Conquista de Ceuta (África) pelos portugueses (primeiro entreposto africano dominado pelos lusitanos.)

1419: Portugueses conquistam a Ilha da Madeira (África).

1434: Portugueses ultrapassam o Cabo Bojador (com a viagem realizada por Gil Eanes, os portugueses aumentaram o contato com mercadores no continente africano).

1453: Tomada de Constantinopla pelos turcos (o feito significou o fechamento do Mediterrâneo, que levou a intensificação da busca por novas rotas marítimas para a Ásia).

1482: Construção da fortaleza de São Jorge da Mina, na África (consolidação do projeto português de inserção no tráfico de africanos escravizados).

1488: Portugueses ultrapassam o Cabo das Tormentas, limite sul da África (com a viagem de Bartolomeu Dias, os portugueses reafirmam o projeto de alcançar a Ásia por meio de uma nova rota marítima).

1492: Unificação do Estado Nacional espanhol / chegada dos espanhóis à América.

1493: Assinatura da Bula Intercoetera pelo papa espanhol Alexandre VI (concessão dos territórios a oeste das Ilhas de Cabo Verde na África aos espanhóis).

1494: Assinatura do Tratado de Tordesilhas (ampliação das possessões portugueses a oeste das Ilhas Cabo Verde).

1498: Portugueses alcançam a região de Calicute, atual Índia (com a viagem de Vasco da Gama, os portugueses superaram a dependência das rotas mediterrânicas e consolidaram sua hegemonia no comércio de especiarias com as Índias).

1500: Chegada dos portugueses ao litoral brasileiro (viagem de Pedro Álvares Cabral).

Questão 09Comentário: 2 – 1 – 4 – 3

Questão 10Comentário: A sociedade colonial espanhola era marcada por quatro importantes grupos:

Chapetones: espanhóis que migravam para a América. Compunham a elite e apresentavam considerável atuação política.

Criollos: descendentes de espanhóis nascidos na América. Eram marginalizados politicamente, apesar de muitos serem detentores de recursos econômicos.

Índios: nativos pouco valorizados na estrutura social e explorados pelo modelo econômico imposto pelos espanhóis.

Escravos negros: presentes apenas em algumas áreas da América, como algumas ilhas do Caribe e no norte da América do Sul. Eles eram explorados no sistema de agricultura de exportação.

Questão 11Comentário: Mita: trabalho compulsório indígena, sendo o trabalhador escolhido por sorteio. O trabalho era remunerado e temporário. A mita já era utilizada pelos índios antes da chegada dos espanhóis na região da América, porém houve uma adaptação desse trabalho pelos espanhóis.

Encomienda: de origem espanhola, a encomienda também representava um trabalho compulsório indígena. Sua principal característica era a existência de uma relação de troca: o espanhol prometia evangelização e proteção às comunidades nativas, mas exigia como compensação o trabalho forçado dos índios.

Questão 12Comentário:

Mudanças empreendidas:

• criação de companhias de comércio para garantir o monopólio dos produtos coloniais;

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Manual do Professor

31Bernoulli Sistema de Ensino

• maior intervenção da metrópole nos assuntos coloniais para reduzir a influência estrangeira via contrabando e racionalizar as estruturas administrativas da região;

• redução da força dos cabildos e nomeação de espanhóis para as Audiências, o que permitiria uma melhor fiscalização das articulações locais que pudessem favorecer atividades contrabandistas;

• aumento dos impostos para melhorar a receita do Estado espanhol.

Objetivo:

As reformas bourbônicas buscavam modernizar o sistema colonial espanhol, fortalecendo a monarquia e o controle sobre as colônias. No entanto, o maior controle das áreas coloniais pela Espanha contribuiu para uma reação emancipacionista que culminou nos processos de independência no início do século XIX.

Exercícios propostos Questão 01 – Letra BComentário: O texto destaca a partilha do mundo entre os reinos ibéricos. A linha imaginária de Tordesilhas, localizada “a trezentas e setenta léguas da ilha de Cabo Verde em direção à parte do poente”, foi considerada referência para a ocupação do continente americano a partir de 1494 até o século XVIII. Portanto, o documento refere-se ao Tratado de Tordesilhas, como indica a letra B.

Questão 02 – Letra BComentário: A Expansão Marítima espanhola, iniciada com Cristóvão Colombo em 1492, resultou na conquista de grande parte do continente americano. A principal atividade desenvolvida pelos colonizadores foi a mineração, responsável pela colonização efetiva das terras americanas, destacando-se as regiões do México, abundante em ouro, e a região do Peru, abundante em prata. Desse modo, a única alternativa que apresenta informações corretas sobre o processo das Grandes Navegações é a letra B.

Questão 03 – Letra AComentário: O imaginário europeu oriundo do mundo medieval influenciou de modo intenso os agentes que participaram do processo da Expansão Marítima. A crença na existência de monstros, de sereias, de terras paradisíacas e de povos exóticos representa alguns dos elementos que tanto contribuíram para narrativas semelhantes ao texto de introdução. Assim, a opção A atende melhor ao objetivo da questão.

Questão 04 – Letra CComentário: A clássica obra Os Lusíadas de Camões tem como temática central a narrativa da Expansão Marítima portuguesa, mais precisamente, da viagem de Vasco da Gama ao Oriente. Os trechos do poema buscam comparar tal viagem com os feitos navais da Antiguidade com os episódios portugueses, ressaltando o perfil ímpar e emblemático da navegação lusitana no Período Moderno.

Questão 05Comentário:

A) Colombo está entre aqueles europeus que se lançaram às conquistas além-mar no século XV. Para os europeus, Colombo é um herói, pois o seu grande feito, a descoberta da América, significou a acumulação de riquezas.

Para os nativos do novo continente “descoberto”, Colombo representa “simbolicamente” a destruição e o extermínio que viria com a colonização europeia.

B) Colombo foi um representante de uma Europa conquistadora. A expansão europeia, da qual ele foi um dos protagonistas, foi fundamental para a alavancada da expansão comercial. Além disso, sua chegada à América marcou o início do contato com os povos nativos, resultando, após um processo dramático e trágico, na conquista e colonização desses grupos.

Questão 06 – Letra CComentário: A questão tem como objetivo aferir o conhecimento do aluno a respeito das consequências cartográficas do advento da Expansão Marítima. A resposta correta, letra C, busca lembrar a ampliação do mapa-múndi, que passa a ser compreendido de modo racional, seguindo as descobertas dos navegadores dos séculos XV e XVI. Como resultado das mudanças, as crenças e interpretações errôneas de terras distantes são desmistificadas pelo novo conhecimento adquirido.

Questão 07 – Letra BComentário: Na fase de transição da Idade Média para a Moderna, havia uma mescla entre elementos do período anterior e da era seguinte. Havia, nessa época, Cristóvão Colombo, por exemplo, que personificava o homem da modernidade, capaz de buscar na Expansão Marítima as regiões distantes fornecedoras de riquezas; como também o homem medieval, orientado pelas lendas de viajantes, como Marco Polo. Isso explica a excessiva presença de elementos místicos na viagem do descobrimento, indicando a transição do homem medieval para o homem moderno.

Assim, podemos dizer que a Expansão Marítima, um evento inaugurador da Idade Moderna, foi estimulada e orientada, entre outros fatores, pelas crenças da cultura medieval.

Questão 08 – Soma = 85Comentário: As afirmativas corretas são: 01, 04, 16 e 64. Elas apresentam informações pertinentes sobre o processo de conquista e colonização da América Espanhola, que foi liderado e organizado pelo Estado, caracterizado pela centralização do poder monárquico. As demais afirmativas apresentam dados equivocados. A 02 afirma que os representantes dos vice-reinos e das capitanias gerais eram escolhidos pelos órgãos administrativos locais, mas, na realidade, essa determinação vinha da Coroa Espanhola. Os nativos sofreram muito com o processo de colonização, milhões deles foram dizimados e seus costumes combatidos pelos colonizadores, o que invalida o número 08. Por fim, também está errado o comentário do número 32, já que os nativos não foram considerados vassalos do rei espanhol, muito menos tinham os mesmos direitos que a elite econômica colonial (os criollos).

Questão 09 – Letra DComentário: Localizados em um território marcado por um relevo acidentado e tendo como principal atividade econômica a agricultura, os incas desenvolveram técnicas que facilitaram e aumentaram a produtividade agrícola, como o sistema de irrigação, o conhecimento dos solos e da hibridização de sementes. Além disso, destaca-se o sistema de cultivo em degraus (andenes), terraços horizontais construídos nas encostas das montanhas, pelo qual também se aproveitava melhor a água da chuva e evitava o processo de erosão do solo. Além disso, a eficiência dessa economia estava ligada à existência de estradas e trilhas que garantiam a distribuição dos produtos cultivados em uma vasta região do império.

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Questão 10 – Letra DComentário: A questão retrata uma das civilizações pré- -colombianas. A resposta errada é a letra D, já que todos os povos nativos da América se caracterizavam pela aplicação de estruturas religiosas politeístas. As outras opções são verdadeiras.

Questão 11 Comentário:

A) Las Casas defende a ideia de que os indígenas representavam uma civilização, com hábitos e costumes culturalmente constituídos, além de significativa organização política. É interessante notar, contudo, que o valor atribuído por Las Casas para defender a cultura indígena se baseia em semelhanças ou proximidades com a cultura europeia e não na diversidade desses povos.

B) A Igreja Católica envolveu-se no projeto de colonização com o interesse de expandir o cristianismo para outros continentes. Por meio da catequização dos nativos, a Igreja contribuiu para um maior controle dos diversos grupos étnicos indígenas, viabilizando, assim, a colonização. Em alguns momentos, contudo, vozes de missionários colidiram com o interesse dos colonizadores, como a de Las Casas, que condenava a escravidão indígena.

Questão 12 – Letra EComentário: O marco inicial do expansionismo luso ocorreu em 1415 com a conquista de Ceuta, ao norte do continente africano. Considerada um grande centro econômico, os portugueses garantiram um rápido enriquecimento com saques de riquezas, além do controle das atividades mercantis da região. Ao mesmo tempo, essa etapa foi importante para a Coroa portuguesa do ponto de vista religioso, já que, como o próprio texto informa, essa conquista permitiria aos portugueses uma maior proteção contra “os ataques muçulmanos à cristandade da Península Ibérica”.

Questão 13 – Letra DComentário: No contexto das Grandes Navegações, na Idade Moderna, ocorreu uma acumulação de riquezas dos reinos europeus por meio, sobretudo, do comércio de especiarias e da exploração de matérias-primas e de metais preciosos dos territórios coloniais. Essa intensa circulação de riquezas teve como consequência a ascensão de grupos ligados ao comércio, como a burguesia, que passou a vivenciar um contínuo fortalecimento econômico. Ao mesmo tempo, a concorrência entre as coroas europeias se acirrou, levando-as ao estabelecimento de acordos ou mesmo a conflitos pela disputa de áreas coloniais e de poder. Desse modo, todo esse processo, destacado corretamente na letra D, fez parte da chamada transição entre a ordem feudal para a ordem capitalista.

Questão 14 – Letra AComentário: Conforme é afirmado na alternativa A, o regime de trabalho compulsório predominou nas colônias ibéricas, sendo que na economia açucareira e mineradora desenvolvida na América Portuguesa foi utilizada, especialmente a partir de meados do século XVII, a mão de obra escrava, de origem africana. Já na América Espanhola, houve uma intensa exploração da mão de obra nativa, como nos casos da mita e da encomienda. As demais alternativas apresentam dados equivocados a respeito do processo de colonização da América.

Questão 15 – Letra DComentário: A questão analisa os traços sociais existentes na América Espanhola. A resposta correta, letra D, relembra a hegemonia social exercida pelos chapetones, espanhóis que migravam para a América, e criollos, descendentes dos ibéricos que nasceram no Novo Mundo. A questão deixa evidente que, apesar de terem papel preponderante no modelo social, existia uma divisão entre os dois grupos, confirmando os privilégios que os espanhóis detinham.

Questão 16 – Letra CComentário: A alternativa C apresenta informações corretas a respeito das consequências do processo de dominação das comunidades indígenas empreendido pelos europeus. Apesar da profunda resistência dos nativos, a conquista do seu território foi bem-sucedida, provocando um abalo das estruturas políticas, sociais e religiosas dos povos indígenas, impondo-os de forma violenta a religião católica e o trabalho compulsório. Ao efetivarem o processo de colonização, os europeus alteraram o modo de produção e as relações de trabalho vigentes até então na América, prejudicando a economia de subsistência e ocasionando um alto índice de mortandade. Além disso, a falta de imunidade em relação às doenças europeias, como a varíola e a tuberculose, foi responsável pelo extermínio nativo. Diante dessa completa desestruturação do seu modo de vida, muitos aborígenes sobreviventes a todo esse processo buscaram entre as formas de resistência adotadas a prática do autoextermínio.

Questão 17Comentário: O mapa do início do século XVI retrata uma configuração do mundo decorrente dos conhecimentos adquiridos durante o processo das Grandes Navegações. Nele é possível identificar o velho mundo, ou seja, o continente europeu, que liderou esse processo de expansionismo marítimo. Também é representado o continente africano, onde os lusos fundaram feitorias, estabeleceram trocas mercantis com os povos africanos na região costeira e iniciaram o tráfico de escravos. As outras demarcações que são retratadas é o Oriente, famoso pelas suas cobiçadas especiarias, e parte do continente americano, onde os ibéricos passaram a enviar expedições de reconhecimento do território, demarcado pelo Tratado de Tordesilhas (1494) – que definia a divisão do Novo Mundo entre esses reinos e também é apresentado no mapa.

Questão 18 Comentário: A) Os pontos principais do debate foram a crueldade dos

espanhóis e a crença na inferioridade indígena.

B) A Coroa passou a lançar mão do trabalho compulsório dos indígenas por meio da mita e da encomienda.

Questão 19 Comentário: A) A uniformização da língua e a construção de cidades.

B) A imposição da religião católica, por meio da catequese, contribuiu para subjugar os nativos que tiveram sua cultura desprezada e alterada pelo conquistador.

Questão 20Comentário: Os povos nat ivos do Novo Mundo eram considerados “bárbaros” ou “selvagens” pelos europeus, que erroneamente e de forma preconceituosa os chamavam de povos “sem fé, sem lei, sem rei”.

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A partir dessa concepção e acreditando no dever de “civilizar” os considerados selvagens e convertê-los à fé cristã, os europeus impuseram, de maneira extremamente violenta, a sua cultura, promovendo um verdadeiro extermínio dos povos que resistiram à dominação. Além disso, estabeleceram formas de trabalho compulsório dos nativos, como a mita e a encomienda, ou mesmo escravizaram-nos, desestruturando o modo de vida das comunidades indígenas.

Seção Enem

Questão 01 – Letra AEixo cognitivo: ICompetência de área: 1Habilidade: 1Comentário: As dúvidas do povos Astecas sobre a chegada dos europeus deixam claro, de acordo com o texto base, a presença do domínio da religião e do mito da volta de Quetzalcóatl (uma divindade asteca), sendo correta a alternativa A. Isso fica explícito na parte em que se informa que esses homens (europeus) chegavam montados em grandes veados, que, na realidade, eram cavalos, animais que os nativos americanos nunca tinham visto, e também ao falar que os europeus tinham instrumentos lançadores de fogo, ou seja, armas de pólvora. As demais alternativas se mostram equivocadas, pois não se relacionam ao texto-base. As letras D e E em nada se relacionam aos fatos da época por não existirem na cultura Asteca. As letras B e C se mostram erradas, pois o texto base não trata desses assuntos.

Questão 02 – Letra CEixo cognitivo: ICompetência de área: 1Habilidade: 1Comentário: A Expansão Marítima europeia do século XV foi marcada pela aventura em regiões desconhecidas e, portanto, assustadoras aos olhos dos navegadores. Os constantes naufrágios, os problemas de saúde, a falta de alimentos e os atritos com povos desconhecidos justificavam a percepção proposta no texto de introdução, marcado pelo temor do desconhecido.

Questão 03 – Letra BEixo cognitivo: VCompetência de área: 3Habilidade: 15

Comentário: Os dois últimos versos do canto asteca remetem à resistência, embora sem êxito, dos astecas diante das tropas espanholas que, apesar de extremamente violentas (como dizem os versos), não conseguiram eliminar integralmente o povo e a cultura astecas.

Questão 04 – Letra CEixo cognitivo: IVCompetência de área: 3Habilidade: 14

Comentário: O texto ressalta a importância educacional que os padres davam no contato com os indígenas, nos padrões europeus, não levando em consideração a cultura já adquirida pelos povos colonizados. Podemos destacar as frases “repetem logo o que a gente diz”, “para que aprendam a falar” e “me pareceu que não tinham nenhuma religião”.

Questão 05 – Letra EEixo cognitivo: III

Competência de área: 2

Habilidade: 8

Comentário: Observa-se, no documento transcrito, a concepção metalista, característica do mercantilismo espanhol que se formava. A extração de metais preciosos para exportação na América Espanhola estimulou o desenvolvimento de uma economia urbana, sendo a fundação de cidades sua estratégia básica para o controle dessas riquezas. Os conquistadores espanhóis, durante o Período Colonial, fundaram mais de duas centenas de cidades na América, contrastando com a menor quantidade de cidades na América Portuguesa, o que se relaciona diretamente com o dinamismo do sistema colonial português nos primeiros séculos de colonização, direcionado ao campo devido à produção açucareira. Portanto, o dinamismo do sistema colonial espanhol, desde o século XVI, estava centrado basicamente na cidade, implicação do seu interesse econômico.

Questão 06 – Letra EEixo cognitivo: I

Competência de área: 3

Habilidade: 11Comentário: A questão discute a estrutura da sociedade inca, avaliando traços que permitam a identificação dos componentes fundamentais dessa sociedade. Assim, a assertiva correta, letra E, apresenta a inexistência de mobilidade social, em uma sociedade legitimada por argumentos religiosos e de poder concentrado nas mãos do imperador. De forma análoga, a alternativa correta indica a presença de uma aristocracia hereditária a ocupar elevada posição na organização social, assim como seu traço excludente e elitista.

Questão 07 – Letra DEixo cognitivo: VCompetência de área: 3 Habilidade: 15Comentário: A questão aborda a relação entre europeus e africanos durante a Idade Moderna. O texto do enunciado retrata os traços mercantilistas desse contato, enfatizando a ideia dos interesses econômicos dos navegantes ibéricos no desenvolvimento do tráfico de escravos ainda no século XV. Assim, a escravidão moderna já demonstrava seus sinais antes de a América ser encontrada. Foi apenas no século XVI, período da ocupação europeia do novo continente, que a estrutura escravista se transferiu para o solo americano.

Questão 08 – Letra CEixo cognitivo: ICompetência de área: 1Habilidade: 1Comentário: A questão reflete sobre o papel de narrativas medievais no expansionismo marítimo europeu. Abordando relatos advindos das viagens de Marco Polo, a temática é contemplada na alternativa C, que identifica como as aventuras de viajantes medievais auxiliaram na constituição de um imaginário, no nascente Período Moderno, de busca pelo desconhecido e diferenciado, como pode ser notado no movimento marítimo europeu, tendo como figura proeminente Cristóvão Colombo.

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Questão 09 – Letra DEixo cognitivo: I

Competência de área: 1

Habilidade: 1

Comentário: O desenvolvimento da literatura renascentista nas primeiras décadas da Idade Moderna não foge das transformações vigentes no período. A obra de Luís de Camões, Os Lusíadas, vincula-se ao processo de transformação vivenciado por Portugal, destacando os feitos do expansionismo luso responsável por lançar os europeus aos mais distantes territórios. O objetivo da questão é aferir a capacidade de leitura do aluno e averiguar a compreensão geral a respeito da obra clássica da literatura portuguesa.

Questão 10 – Letra BEixo cognitivo: V

Competência de área: 3

Habilidade: 15

Comentário: O objetivo da questão é aferir a capacidade do aluno de interpretar o gráfico de introdução e relacioná-lo com os eventos históricos em processo durante o século XVI. A queda vertiginosa da população indígena se fundamenta nas epidemias e na fome provocadas pela entrada dos conquistadores espanhóis no início da Idade Moderna na região americana, conforme propõe a letra B da questão.

CAPÍTULO – B2América inglesa

Exercícios de aprendizagem

Questão 01Comentário: O texto propõe a ideia de confisco das terras na Inglaterra, já que a canção assinala que os territórios conquistados no Novo Mundo não serão tomados. Essa expressão se vincula à política de cercamentos, em que muitos camponeses britânicos perdiam o controle de suas terras pela ação abusiva empreendida pela nobreza progressista, sedenta do controle das propriedades fundiárias. Esperava-se, portanto, que a região colonial fornecesse terras que não seriam mais confiscadas pelos membros da gentry britânica. Além disso, cabe ressaltar que a distância existente entre colônia e metrópole representava uma considerável possibilidade de autonomia política para os colonos britânicos, visto que os ingleses adotaram uma postura menos ortodoxa do controle das novas terras.

Afirma-se que a colonização inglesa na América do Norte teria sido “singular”, tal como aparece no enunciado, quando comparada, por exemplo, à colonização portuguesa na América. Esta caracterizou-se pela implantação de um sistema produtivo com a finalidade de complementar a economia da metrópole sob um regime de monopólio, que se caracterizou por possuir grandes propriedades, grande concentração de renda, monocultura e uso do trabalho escravo. Esse seria um exemplo típico daquilo que alguns especialistas chamaram de “colônias de exploração”. Por contraste, as colônias inglesas da Nova Inglaterra (nordeste dos atuais Estados Unidos) teriam sido “colônias de povoamento”, caracterizadas pelas pequenas propriedades, economia de subsistência e presença de trabalho livre.

Tais núcleos de povoamento teriam sido motivados pela transferência de parte da população da metrópole, que sofria perseguições religiosas e que, na América, teria procurado locais onde pudesse sobreviver e praticar livremente suas crenças religiosas.

Nesse sentido, esses estabelecimentos coloniais eram bastante singulares. Deve-se observar também que as colônias do sul da América do Norte seguiram o padrão geral da colonização como “colônias de exploração”, ou seja, grandes propriedades, trabalho escravo e economia voltada para as necessidades da metrópole.

Questão 02Comentário: O puritanismo influenciou o modelo de organização da região da Nova Inglaterra (colônias do norte), já que reconhece o papel do indivíduo como determinante na dinâmica social e política. Assim, o modelo autônomo vigente se configura como um desdobramento dos princípios da predestinação.

Questão 03Comentário: Servidão por contrato representa um modelo de trabalho compulsório que vigorou na América Inglesa durante o período colonial. Esse modelo de trabalho era marcado pelo recrutamento de colonos para a América, sendo o recrutado comprometido pelo exercício do trabalho por um prazo que variava de 5 a 7 anos, em virtude do pagamento de passagem e despesas pelo recrutador do colono, além de receber uma pequena propriedade de terra após o término do contrato. A servidão por contrato atraiu, em especial, camponeses sedentos de terra no Novo Mundo.

Questão 04Comentário: A América Espanhola foi marcada pela exploração do trabalho indígena pelo sistema de mita e encomienda. Já a América Inglesa apresentou a predominância do trabalho escravo africano nas colônias do sul e o trabalho livre e servidão por contrato na região da Nova Inglaterra.

Questão 05Comentário: A população nativa da América do Norte se organizava em várias comunidades, destacando-se os seguintes povos: cheienes, sioux, pueblos, navajos e chumashs. Eles exercitavam a prática agrícola (cultivando milho, abóbora, feijão e tabaco) e a caça. Alguns grupos criavam cervos e bisões. Além disso, produziam roupas de pele e construíam suas casas com cascas de galhos.

Questão 06Comentário: Foi comum, na colonização das Américas portuguesa, inglesa e espanhola, o desrespeito aos traços culturais indígenas, a imposição das religiões cristãs e a busca de acumulação de riqueza pela dinâmica comercial.

Questão 07Comentário: As colônias inglesas do sul atendiam às demandas mercantilistas do período. Devido às condições climáticas, eram fornecedoras de gêneros agrícolas rentáveis aos interesses britânicos. O uso do trabalho escravo negro também correspondeu às intenções de fortalecimento econômico metropolitano, visto que a prática do tráfico era consideravelmente lucrativa.

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Manual do Professor

35Bernoulli Sistema de Ensino

Questão 08Comentário: Colônias do sul: agricultura de exportação (anil, algodão e tabaco).

Colônias do centro e norte: agricultura de subsistência, realização do comércio triangular e o desenvolvimento de manufaturas.

Questão 09Comentário: O comércio triangular compreendia três regiões: colônias do norte, Antilhas e África. Nas colônias do norte, produziam-se peixe salgado, madeira e cereais, que eram enviados às Antilhas e trocados por rum e melaço. Assim, as colônias do norte produziam mais rum com a matéria--prima obtida, trocando a bebida por cativos da região da África.

Com os navios repletos de escravos, os colonos retornavam às Antilhas ou às colônias do sul, que eram bons mercados para a mão de obra negra obtida com o comércio triangular.

Questão 10Comentário: As colônias do sul e do norte possuíam diferentes projetos de colonização. Enquanto o sul era integrado ao projeto mercantilista metropolitano por meio da prática agrícola de exportação baseada no latifúndio, mão de obra escrava, produção para a exportação para a metrópole e monocultura; as colônias do norte eram ocupadas por refugiados religiosos que implantaram um modelo econômico baseado na mão de obra livre, em pequenas propriedades e no comércio e produção para o consumo do mercado interno.

Questão 11Comentário: O sistema político das Treze Colônias foi marcado pelo self-government, ou seja, o autogoverno. A ausência de uma excessiva influência britânica nas decisões da colônia (negligência salutar) permitiu a constituição de uma estrutura política consideravelmente autônoma.

Exercícios propostos

Questão 01 – Letra BComentário: A questão busca comparar os variados processos de colonização existentes na América. A resposta correta, letra B, ressalta o traço peculiar da América Inglesa, já que a região contou com um modelo de ocupação que transcendia aos interesses mercantilistas que vigoravam nas áreas de domínio ibérico. A busca por terras e maior liberdade religiosa seriam características que diferenciavam a região britânica de outros territórios coloniais.

Questão 02 – Soma = 23Comentário: As afirmativas corretas são: 01, 02, 04 e 16. Elas apresentam dados coerentes com o processo histórico relacionado à colonização inglesa na América. Já a afirmativa do número 08 apresenta informações incorretas, já que a Inglaterra não “manteve o absoluto controle sobre a totalidade da América do Norte”. A França, por exemplo, dominou parte da região (Canadá) e o México foi colonizado pelos espanhóis.

Questão 03 – Letra DComentário: A questão apresenta como objetivo ressaltar as características do sistema de colonização britânico na América do Norte. A letra D, resposta correta, afere a capacidade do aluno de associar a região Sul ao processo de exploração da terra, dentro de um modelo monocultor, escravista e exportador.

Questão 04 – Letra AComentário: A organização política da América Inglesa, conforme é destacado no texto da historiadora Nancy Priscilla Naro, era caracterizada por um quadro de relativa liberdade dos colonos, que participavam da administração colonial por meio de um sistema que ficou conhecido como self-government (autogoverno). Diferente das colônias ibéricas, que eram controladas de forma bem mais efetiva pelo poder metropolitano. Desse modo, assim como é afirmado corretamente na letra A, enquanto o autogoverno era praticado nas colônias inglesas, nas colônias espanholas, o rigor metropolitano contribuiu com o desenvolvimento de governos autoritários, que podem ser identificados, sobretudo, nos séculos XIX e XX após o processo de independência das colônias

Questão 05 – Letra CComentário: A afirmativa que apresenta informações incorretas a respeito do processo de colonização inglesa na América é a letra C, já que as Treze Colônias inglesas não tiveram um desenvolvimento regional homogêneo. As colônias do norte e do sul eram distintas no que tange às estruturas sociais e econômicas. Como exemplo, cabe lembrar que as colônias do sul apresentavam trabalho escravo e agricultura de exportação, enquanto as colônias do norte utilizavam mão de obra livre e agricultura familiar de subsistência.

Questão 06 – Letra EComentário: A atividade manufatureira e o consequente fortalecimento da atividade mercantil são características marcantes das colônias inglesas do norte, conforme é destacado na letra E. As demais alternativas apresentam informações que podem ser relacionadas às colônias do sul, como a utilização da mão de obra escrava africana, a produção voltada ao mercado externo, o protecionismo e a produção em latifúndios.

Questão 07 – Letra AComentário: O processo de colonização inglesa na América foi caracterizado por uma política de extermínio sistemático dos povos indígenas, devido ao interesse dos colonos ingleses de se apoderarem das terras e riquezas dos nativos. Até o século XX, mesmo após a independência das Treze Colônias, as populações indígenas foram duramente perseguidas. Essa ação violenta também fez parte do processo de colonização da América Espanhola e Portuguesa, conforme é destacado corretamente na letra A.

Questão 08 – Letra CComentário: A demanda por liberdade de culto, proposta na opção C, faz alusão ao fato de muitos colonos serem puritanos que fugiam da opressão do monarca inglês durante o século XVII.

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36 Coleção EM1

Questão 09 – Soma = 19Comentário: As afirmativas corretas são: 01, 02 e 16. Elas apresentam dados coerentes sobre o processo histórico relacionado à colonização inglesa na América. Já as afirmativas 04 e 08 apresentam informações incorretas, uma vez que a mão de obra escrava africana foi utilizada pelas colônias inglesas do sul, e os povos indígenas não foram respeitados pelos colonizadores, que empreenderam uma conquista violenta, assim como os colonizadores ibéricos.

Questão 10 Comentário:

A) Os ingleses calvinistas que colonizaram a América do Norte deixaram seu país de origem por motivos religiosos. A adoção do anglicanismo, uma das novas religiões cristãs surgidas no contexto da Reforma Protestante, como religião oficial da Inglaterra impunha grande intolerância àqueles que não a professassem. Muitos, por esse motivo, migraram para a América do Norte em busca de liberdade religiosa.

B) A região sul, escravista, organizou-se economicamente em torno de grandes propriedades, cuja produção era voltada para o mercado externo. As condições geográficas e climáticas favoráveis à produção de gêneros agrícolas com mercado na Europa foram fatores decisivos na opção pela economia agroexportadora baseada em plantations.

Questão 11 Comentário: As perseguições religiosas e os altos índices de desemprego e subemprego, derivados do processo de expropriação rural.

No final do século XVI e início do XVII, a Inglaterra vivia um momento conturbado. A religião oficial era a anglicana e, por consequência, seguidores de diversas outras denominações protestantes, sobretudo os puritanos (calvinistas) passaram a ser perseguidos. Além disso, os cercamentos dos campos (transformação das áreas de cultivo em pastos para criação de ovelhas) também contribuíram para que milhares de camponeses (arrendatários e pequenos proprietários) arruinados rumassem para as cidades, que ficaram saturadas. A saída para essa crise de cunho religioso e econômico foi imigrar para a América do Norte.

Questão 12 Comentário:

A) O pouco interesse da Inglaterra nas colônias do norte, conhecido por Negligência Salutar, afrouxou o domínio inglês sobre a região. Isso acabou possibilitando uma relativa autonomia colonial representada pelo self-government.

B) O esforço britânico de impor uma legislação que garantisse uma maior arrecadação de impostos. Como exemplo dessa legislação, pode-se citar: Lei do Selo, Lei do Chá e Lei do Açúcar. Os colonos, acostumados com uma relativa autonomia política e econômica, exigiam representação no Parlamento inglês para votar os impostos. A negação desta exigência, entre outros fatores, provocou o movimento pela independência.

Questão 13 Comentário: Nas colônias de povoamento do norte, a produção agrícola estruturou-se nas pequenas e médias propriedades orientadas para a policultura e que empregavam a mão de obra familiar, livre e assalariada e, em alguns casos, a servidão por contrato. Já nas colônias de exploração do sul, prevalecia a estrutura de plantations, isto é, latifúndios monocultores que empregavam a mão de obra escrava africana e cuja produção se destinava à exportação.

Questão 14 – Letra DComentário: De acordo com o texto-base, “as linhas gerais da política inglesa passaram a ser as seguintes: fomentar nas colônias do norte as indústrias que não competissem com as da metrópole”. Desse modo, notam-se as estratégias adotadas pela Inglaterra durante o processo de colonização da América. No entanto, está incorreto afirmar que existiu um caráter “espontâneo” na colonização da América do Sul, uma vez que os reinos ibéricos não adotaram esse tipo de estratégia inglesa, nem foi verificado um desenvolvimento industrial “espontâneo” de suas colônias nesse contexto.

Questão 15 – Letra BComentário: A alternativa B mostra que houve semelhanças entre a colonização portuguesa e o empreendimento colonial inglês implantado no sul, uma vez que ambos se basearam no plantation, sistema econômico que combinava latifúndio, monocultura, exportação e escravidão. No entanto, as diferenças entre os dois modelos coloniais foram mais evidentes, especialmente em relação à colonização do norte da América inglesa, que foi marcada mais pela imigração de pessoas perseguidas pela intolerância religiosa na Europa e pela busca de melhores oportunidades de vida do que por uma iniciativa da metrópole em explorar o território.

Questão 16 – Letra EComentário: A questão busca ressaltar as diferenças entre a colonização espanhola e a que ocorreu no norte da América Inglesa. A opção correta, letra E, ressalta a concentração fundiária que ocorreu nas colônias espanholas por motivos ligados à plantation (como nas Antilhas) e à mineração (Peru e México), que se distinguia do modelo das colônias inglesas do norte, onde pequenas e médias propriedades, baseadas na agricultura familiar e de mão de obra, foram fundamentais para a estrutura socioeconômica local.

Questão 17Comentário: O modelo político da Nova Inglaterra foi marcado pelo predomínio do self-government, ou seja, o autogoverno. A reduzida influência da metrópole na administração colonial foi essencial para a vivência de um espírito de maior liberdade nas regiões coloniais, representada pela vigência da negligência salutar.

Questão 18 – Letra CComentário: A questão aborda o comércio triangular envolvendo as colônias inglesas do norte, África, Europa e outras colônias da América. O objetivo da questão é dimensionar a compreensão das características econômicas das regiões participantes do comércio e entender as relações entre colônia e metrópole no contexto.

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Manual do Professor

37Bernoulli Sistema de Ensino

A resposta, letra C, relembra que a liberdade dos colonos contrariava as regras mercantilistas criadas pela metrópole para regular as práticas comerciais e que, durante parte do período colonial, essas regras permaneceram negligenciadas.

Questão 19 – Letra AComentário: A economia das colônias do sul da América Inglesa funcionava principalmente por meio da plantation, sistema que combinava os seguintes elementos: latifúndio, monocultura, exportação e escravidão (ou seja, controle sobre a mão de obra). Para prosperar, esse sistema necessitava de investimentos significativos de capital para a produção. Com base nessas informações, pode-se afirmar que a alternativa A é a única que apresenta corretamente as condições fundamentais para as colônias desse tipo.

Questão 20 – Letra CComentário: Nas regiões de domínio ibérico, o esforço da Contrarreforma do século XVI estimulou os Estados católicos, como Espanha e Portugal, a difundir a fé católica cristã entre os povos gentios. Esse esforço foi profundamente singular nas regiões coloniais, com destaque para a atuação dos jesuítas. Podemos compreender que a América Inglesa, pela reduzida atuação da Igreja Católica, não apresentou o mesmo esforço evangelizador, fato que justifica a opção C como resposta.

Seção Enem

Questão 01 – Letra AEixo cognitivo: V

Competência de área: 3

Habilidade: 15

Comentário: O processo colonial desenvolvido na América Portuguesa enfatizou a realização da catequese, ou seja, a evangelização dos povos nativos. A realização desse projeto foi feita pelos padres jesuítas, sendo concentrada essa ação em áreas periféricas, afastadas dos principais núcleos de colonização. Cabe destacar que essa atividade de evangelização do gentio não ocorreu na América Inglesa, já que os colonizadores puritanos não se empenharam no projeto de catequização dos nativos. Isso impediu o surgimento de instituições ou elementos mediadores que integrassem as comunidades indígenas, sob bases religiosas, na sociedade colonial estadunidense.

Questão 02 – Letra BEixo cognitivo: V

Competência de área: 3

Habilidade: 15

Comentário: A integração econômica das duas áreas ocorria por meio da venda de escravos na região Sul, realizada pelos colonos do Norte, responsáveis pelo comércio triangular, conforme indicado no mapa. Assim, a alternativa B apresenta-se correta ao explicitar a capacidade de intercâmbio entre ambas as regiões, mesmo que sob direcionamentos econômicos distintos.

Questão 03 – Letra EEixo cognitivo: V

Competência de área: 3

Habilidade: 15

Comentário: Os colonos britânicos fundaram a América Inglesa a partir de um espírito de liberdade. A necessidade de terras, a busca pelo direito de seguir a fé protestante e os anseios de liberdade política estão nas bases de fundação do modelo colonial. A ameaça desses fundamentos no século XVIII, a partir das leis inglesas de regulação das regiões coloniais, contribuiu para a explosão do ímpeto separatista que pudesse garantir a autonomia conquistada nos séculos anteriores. Assim, tanto na fundação quanto no processo emancipatório, o esforço de combate à tirania se apresentou intenso e fundamental para a constituição do modelo hoje existente.

Questão 04 – Letra AEixo cognitivo: V

Competência de área: 3

Habilidade: 15

Comentário: O misticismo representa uma forma de responder às dúvidas existentes no homem em áreas em que o domínio pleno da racionalidade ainda se encontra distante. O fenômeno do xamanismo, difundido em várias partes do mundo, representa um exemplo dessa ideia, já que a figura do xamã é responsável por tratar de temas metafísicos no trato de situações em que a resposta racional ainda não está presente. Assim, a melhor opção de resposta é a letra A.

Sugestões de leitura para o professor• 100 textos de História Antiga. Jaime Pinsky (Org.). Contexto.

• A cavalaria – a origem dos nobres guerreiros da Idade Média. Jean Flori. Madras.

• A civilização feudal – do ano mil à colonização da América. Jérôme Baschet. Globo.

• A sociedade cavalheiresca. Georges Duby. Martins Fontes.

• Atenas – a história de uma democracia. Claude Mossé. Editora da UnB.

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38 Coleção EM1

• A vida na corte dos Césares. Robert Turcan. Les belles lettres.

• As invasões bárbaras. Philippe Le Maître e Pierre Riché. Europa América.

• As raízes medievais da Europa. Jacques Le Goff. Vozes.

• Democracia antiga e moderna. Moses Finley. Graal.

• Dicionário da mitologia grega e romana. Pierre Gimal. Bertrand Brasil.

• César – a vida de um soberano. Adrian Goldsworthy. Record.

• Contos e lendas da Europa medieval. Gilles Massardier. Companhia das Letras.

• Em busca da Idade Média. Jacques Le Goff. Civilização Brasileira.

• Espaço rural da pólis grega – o caso ateniense no período clássico. André Leonardo Chevitarese. Fábrica de Livros.

• Gladiadores na Roma antiga. Renata Senna Garraffoni. Annablume.

• Grécia Antiga. Paul Cartledge. Ediouro.

• Heróis e maravilhas da Idade Média. Jacques Le Goff. Vozes.

• História da Idade Média – textos e testemunhas. Maria Guadalupe Pedrero Sánchez. Editora da Unesp.

• História das grandes filosofias. Lucien Jerphagnon. Martins Fontes.

• História e mito. Eudoro de Sousa. Editora da UnB.

• Joana d’Arc. Colette Beaune. Globo.

• Maomé e Carlos Magno. Henri Pirenne. PUC Rio / Contraponto.

• O domingo de Bouvines. Georges Duby. Paz e Terra.Site

• O impacto do Islã sobre a civilização europeia. Henri Pirenne. PUC Rio / Contraponto.

• O livro de ouro da mitologia. Thomas Bullfinch. Ediouro.

• O maravilhoso e o quotidiano no Ocidente medieval. Jacques Le Goff. Edições 70.

• O outono da Idade Média. Johan Huizinga. Cosac Naify.

• O universo, os deuses, os homens. Jean Pierre Vernant. Companhia das Letras.

• Os heróis gregos. Karl Kerenyi. Cultrix.

• Os templários – uma cavalaria cristã na Idade Média. Alain Demurger. Difel.

• Péricles – o inventor da democracia. Claude Mossé. Estação Liberdade.

• Pompeia – a cidade viva. Ray Laurence e Alex Butterworth. Record.

• Portugal medieval. Carlos Nogueira (Org.). Alameda.

• Uma longa Idade Média. Jacques Le Goff, Civilização Brasileira.

Sites

• <www.operamundi.com.br>: Organizado pelo grupo UOL, o site apresenta vários textos jornalísticos que tratam de temas contemporâneos do Brasil e do Mundo. A qualidade da produção, a elaboração de reportagens especiais e a reunião dos principais assuntos dos mais destacados jornais do mundo são algumas de suas qualidades.

• <cafehistoria.com.br>: Plataforma de divulgação de artigos de História para o público leigo e especialista.

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Manual do Professor

39Bernoulli Sistema de Ensino

Cont

eúdo

de

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a 1ª SÉRIE

FRENTE CAPÍTulo VolumE TÍTulo

A

1 1 • As civilizações clássicas: Grécia e Roma

2 1 • Formação, apogeu e crise do sistema feudal

3 1 • Organização dos Estados Nacionais

4 2 • Absolutismo e mercantilismo

5 2 • Renascimento

6 2 • Reforma e Contrarreforma

7 3 • Revolução Inglesa

8 3 • Iluminismo e Revolução Americana

9 3 • Revolução Francesa

10 4 • Período Napoleônico, Congresso de Viena e Revoluções liberais

11 4 • Revolução Industrial e movimento operário

12 4 • Independência da América Espanhola

B

1 1 • Expansão Marítima e América Espanhola

2 1 • América Inglesa

3 2 • Implantação do sistema colonial no Brasil

4 2 • Povos africanos

5 3 • Brasil Colônia: economia açucareira e atividades econômicas complementares

6 3 • Brasil Colônia: invasões estrangeiras

7 4 • Brasil Colônia: bandeirantismo, mineração e Período Pombalino

8 4 • Rebeliões nativistas, separatistas, Período Joanino e Inde-pendência do Brasil

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40 Coleção EM1

2ª SÉRIE

FRENTE CAPÍTULO VOLUME TÍTULO

A

1 1 • Ideias sociais e políticas do século XIX – Unificação italiana, alemã e Comuna de Paris

2 1 • Estados Unidos no século XIX

3 1 • Imperialismo

4 2 • Primeira Guerra Mundial

5 2 • Revolução Russa

6 2 • Crise de 1929

7 3 • Nazifascismo e Segunda Guerra Mundial

8 3 • Guerra Fria

9 3 • Estados Unidos no século XX

10 4 • Descolonização afro-asiática

11 4 • América Latina no século XX

12 4 • Nova Ordem Mundial

B

1 1 • Brasil Império: Primeiro Reinado e Período Regencial

2 1 • Brasil Império: Segundo Reinado

3 2 • República da Espada

4 2 • República Oligárquica

5 3 • Era Vargas

6 3 • Período Democrático Liberal

7 4 • Regime Militar: democracia sitiada e luta pelos direitos

8 4 • Nova República

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