marketing para cooperativas - unisalesiano · the marketing strategies should base on the analysis...

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UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Administração Grasyela de Cássia dos Reis Monique Gargaro dos Santos Raquel Aparecida Gonçalves Tatiane Aparecida Colognesi MARKETING PARA COOPERATIVAS CAMDA Cooperativa Agrícola Mista de Adamantina Lins - SP LINS SP 2008

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  • UNISALESIANO

    Centro Universitrio Catlico Salesiano Auxilium

    Curso de Administrao

    Grasyela de Cssia dos Reis

    Monique Gargaro dos Santos

    Raquel Aparecida Gonalves

    Tatiane Aparecida Colognesi

    MARKETING PARA COOPERATIVAS CAMDA Cooperativa Agrcola Mista de

    Adamantina Lins - SP

    LINS SP

    2008

  • GRASYELA DE CSSIA DOS REIS

    MONIQUE GARGARO DOS SANTOS

    RAQUEL APARECIDA GONALVES

    TATIANE APARECIDA COLOGNESI

    MARKETING PARA COOPERATIVAS

    LINS SP

    2008

    Trabalho de concluso de curso apresentado banca examinadora do Centro Universitrio Catlico Salesiano Auxilium, curso de Administrao, sob orientao da Prof Esp. Jovira Maria Sarraceni e orientao tcnica da Prof M. Sc. Heloisa Helena Rovery da Silva.

  • Reis, Grasyela de Cssia; Santos, Monique Gargaro; Gonalves, Raquel Aparecida; Colognesi, Tatiane Aparecida

    Marketing para cooperativa: Camda Cooperativa Agrcola Mista/ Grasyela de Cssia dos Reis; Monique Gargaro dos Santos; Raquel Aparecida Gonalves; Tatiane Aparecida Colognesi.

    Lins, 2008. 91p. il. 31cm.

    Monografia apresentada ao Centro Universitrio Catlico Salesiano Auxilium

    UNISALESIANO, Lins

    SP, para graduao em Administrao, 2008

    Orientadores: Jovira Maria Sarraceni; Heloisa Helena Rovery da Silva

    1. Cooperativa Agropecuria. 2. Estratgia de Marketing. 3. Ferramenta Estratgica. 4. Mercado Cooperativista. I Ttulo.

    CDU 658

    R31m

  • GRASYELA DE CSSIA DOS REIS

    MONIQUE GARGARO DOS SANTOS

    RAQUEL APARECIDA GONALVES

    TATIANE APARECIDA COLOGNESI

    MARKETING PARA COOOPERATIVAS

    Monografia apresentada ao Centro Universitrio Catlico Salesiano Auxilium,

    para obteno do ttulo de Bacharel em Administrao.

    Aprovada em: _____/______/_____

    Banca Examinadora:

    Prof Orientadora: Jovira Maria Sarraceni

    Titulao: Especialista em Gesto de Negcios pelo Instituto Toledo de Ensino,

    Araatuba - SP.

    Assinatura: ______________________________________________________

    1 Prof(a): ______________________________________________________

    Titulao: _______________________________________________________

    _______________________________________________________________

    Assinatura:_________________________________

    2 Prof(a): ______________________________________________________

    Titulao: _______________________________________________________

    _______________________________________________________________

    Assinatura:_________________________________

  • DEDICATRIAS

    A Deus quando, algumas vezes, sentindo-me desacreditada e perdida nos meus objetivos, ideais ou minha pessoa, me deu foras e coragem para prosseguir.

    Aos meus pais Maria Tereza dos Santos Reis e Joo Antnio dos Reis, alicerces da minha grande conquista, que no decorrer da minha vida, proporcionaram-me, alm de extenso carinho e amor, os conhecimentos da integridade, da perseverana e de procurar sempre em Deus a fora maior para o meu desenvolvimento como ser humano.

    Aos meus irmos Marcos e Marcelo por caminharem sempre ao meu lado.

    Ao meu sobrinho Vinicius pelo amor e admirao.

    Aos meus amigos, que de alguma maneira participaram da construo e realizao deste to desejado sonho.

    Obrigada por fazerem parte da minha vida, dividindo comigo momentos bons e momentos ruins, pois desses momentos que tiro as lies de vida e otimismo que preciso, por essa razo, dedico a vocs minha imensa gratido e sempre amor.

    Grasyela Reis

  • A Deus, por me dar foras, sabedoria e pacincia ao longo dessa

    jornada...

    A todos do Unisalesiano e Professores por me acolherem to bem e

    acreditarem em meu sonho... Obrigada...

    Ao meu pai, Euclides, que sempre me ensinou os melhores caminhos

    a serem trilhados, um heri, em quem sempre pude confiar, minha eterna

    gratido...

    A minha me, Ivani, obrigada por tudo, pois sempre esteve ao meu

    lado nas horas boas e ruins, uma bno em minha vida; sem voc eu no

    seria ningum. Amo voc me...

    A minha irm, Milena: voc um presente de Deus em minha vida

    mesmo sendo mais nova, sempre esteve ao meu lado e me incentivando

    para que eu realizasse todos os meus sonhos.... valeu Mi....

    Aos meus avs, avs, tios, tias, primos, primas, amigos e amigas por

    sempre estarem ao meu lado, me compreenderem em tudo e saberem o

    quanto isso era muito importante para mim...

    Ao meu grupo de TCC;; no tenho nem palavras para agradecer a

    compreenso de todas vocs, meninas. Obrigada Tati, Grasy, Raquel.

    Monique

  • Dedico minha me e ao meu padrasto pelos esforos que

    fizeram para que eu chegasse at aqui. Ao meu pai que hoje no

    est mais presente entre ns, mas de onde quer que esteja est

    orgulhoso de mim.

    Ao meu esposo que sempre me incentivou e me deu foras para

    que eu continuasse. Ana Jlia, meu maior presente de Deus.

    minha irm e minha equipe de monografia, que muito me

    apoiou, compreendeu e ajudou.

    Raquel

  • Dedico meus esforos minha me Lourdes A. Gerola

    Colognesi e ao meu pai Alcides Colognesi, que foram responsveis pelo inicio de minha vida e da minha verdadeira jornada. Meus pais so as jias preciosas da minha vida, que me iluminam com sua existncia.

    Ao grande amor da minha vida, Marco Antonio, que me acompanhou durante esse curso, suportando minha ausncia e simplesmente me apoiando com amor, sem medir esforos para me ver feliz; dedico esta vitria a voc, que sempre foi minha inspirao.

    A minha irm... Telma: voc uma pessoa maravilhosa, que alegra minha vida com o brilho dos teus olhos.

    Aos meus irmos Jader e Alex.

    Aos meus preciosos amigos Ana Helena, Bruno, Cibele, Flvia e Valquria, pelo apoio, compreenso, amor e por partilharem com generosidade sua sabedoria.

    Aos extraordinrios seres humanos que formam a equipe de mestres e professores do Centro Universitrio Catlico Auxilium, em especial aos Professores: Heloisa Helena Rovery da Silva, I rso Tfoli, Jovira Maria Sarraceni e Marcos Alves Angotti.

    Deus: Obrigada pelo Dom da vida, pela inteligncia e oportunidade

    concebida.

    Tatiane Aparecida Colognesi

  • AGRADECIMENTOS

    A Deus, por abenoar-nos em mais uma etapa de nossas vidas, dando-nos a fora que precisvamos para elaborar esse projeto, pois sem o apoio divino, no seriamos capazes de superar tantos obstculos que surgiram na passagem deste momento.

    A todos os Professores, representados por nossa orientadora Jovira, que nos ensinaram muitas coisas, pela competncia, dedicao e empenho em doar seus ensinamentos. Lutamos muito para alcanar este momento e agora concludo o trabalho, agradecemos a todos; vocs foram essenciais para a realizao deste projeto.

    A nossa Famlia, pelos momentos em que estivemos ausentes, pela compreenso e amor dedicado, por sempre estarem ao nosso lado, nos fortalecendo e passando a certeza de que iramos vencer.

    A Turma do 8 A de 2008, pelo companheirismo, cooperao, pacincia, por deixar mais agradvel nossas aulas aps cansativos dias de trabalho, temos a certeza que construmos slidas amizades.

    Ao Unisalesiano, a todos os funcionrios que, de alguma maneira, contriburam para o nosso crescimento e desenvolvimento.

    Cooperativa Camda, pelo apoio e empenho no desenvolvimento deste trabalho e pela contribuio para o nosso fortalecimento profissional.

    equipe da monografia, um agradecimento recproco entre as quatro integrantes.

    Grasyela Monique

    Raquel Tatiane

  • RESUMO

    O mercado agrcola tem crescido consideravelmente nos ltimos anos e, dessa forma, passou a ocupar um lugar de destaque no meio cooperativista. Com esse crescimento, o marketing passou a ser visto como ferramenta estratgica essencial e um diferencial que pode viabilizar o melhor caminho entre uma cooperativa agropecuria e a venda direta de seus produtos e servios para o produtor rural. Para uma cooperativa agrcola, as estratgias de marketing devem ser baseadas na anlise do gerenciamento especializado de oportunidades e ameaas, para que tudo ocorra de forma eficiente e eficaz. Dentro da cooperativa, para que um trabalho se desenvolva com sucesso, so necessrios: acompanhamento, planejamento, criao, execuo de campanhas, anncios, divulgao de matrias tcnicas, informativos e revistas especializadas. A cooperativa agrcola mista de Adamantina participa de projetos scio-ambientais, onde a ateno est diretamente voltada para a qualidade de vida dos associados, cooperados e funcionrios, paralelo aos projetos desenvolvidos pela cooperativa, que beneficiam o pblico interno e tambm a comunidade, contando com o apoio de empresas fornecedoras. As cooperativas, em geral, necessitam de boa comunicao para atender seu pblico e fortalecimento de laos de amizade e credibilidade com seus cooperados e associados se pretendem continuar no mercado com um bom nvel de competitividade. Assim, torna-se imprescindvel a implantao de estratgias de marketing voltadas para cooperativas, em especial, cooperativas agrcolas. O objetivo da pesquisa foi demonstrar a importncia das estratgias de marketing para a cooperativa perante o cenrio atual. A cooperativa Camda, utilizada como ferramenta estratgica as anlises dos documentos contbeis e, atravs dos resultados obtidos por este meio, busca alavancar, cada vez mais, o ramo cooperativista agropecurio, traduzindo seu esforo e investimento na melhor relao custo-benefcio.

    Palavras-chave: Cooperativa agropecuria. Estratgias de marketing. Ferramenta estratgica. Mercado cooperativista.

  • ABSTRACT

    The agricultural market has been growing considerably in the last years and it has occupied a preferential place in the cooperative environment. Due to that growth, the marketing has been noting as an essential and differential strategic tool which can make possible the best choice between an agricultural cooperative and the direct sale of their products and services for the rural producer. The marketing strategies should base on the analysis of the specialized administration of opportunities and threats for an efficient and effective agricultural cooperative. The attendance, planning, creation, execution of campaigns, advertisements, technical matters divulgation, brochures and specialized magazines are necessary in a successful cooperative. The mixed agricultural cooperative in Adamantina participates in socio-environmental projects, and the attention is directly geared toward the partners and employees quality of life, in parallel to the projects developed by the cooperative that benefit its own public and the community and it is assisted by suppliers companies. The cooperatives need to good communication to serve their public and fortification of friendship and credibility links with their partners if they want to be in the market with an excellent level of competitiveness. It is essential the marketing strategies implantation, which are directed to cooperatives, in particular, agricultural cooperatives. The purpose of this search was to demonstrate the importance of the marketing strategies for cooperative before the current scenario. Camda Cooperative, which was used as strategic tool to the accounting documents analyses and through the results obtained by this work, hopes to increase more and more the agricultural cooperative branch and translates its effort and investment in a best cost-benefit relationship.

    Keywords: Agricultural Cooperative. Marketing Strategies. Strategic Tool. Cooperative Market.

  • LISTA DE FIGURAS

    Figura 1: Mercado alvo, produto, preo, promoo, praa ............................. 29

    Figura 2: Primeira Cooperativa Camda ........................................................... 40

    Figura 3: Matriz Adamantina SP...................................................................... 41

    Figura 4: Filial Camda Lins SP ........................................................................ 42

    Figura 5: Silos da cooperativa Andradina SP.................................................. 44

    Figura 6: Silos da cooperativa Lavnia SP....................................................... 44

    Figura 7: Campo experimental......................................................................... 45

    Figura 8: Fbrica Andradina. ........................................................................... 45

    Figura 9: Eventos realizados ........................................................................... 46

    Figura 10: Eventos Sipat.................................................................................. 46

    Figura 11: Eventos realizados ......................................................................... 47

    Figura 12: Programa lave e devolva................................................................ 48

    Figura 13: Programa escola no campo............................................................ 50

    Figura 14: Equipamentos de proteo individual ............................................ 51

    Figura 15: Segurana sade no campo.......................................................... 51

    Figura 16: Crianas no projeto Du Pont na escola.......................................... 51

    Figura 17: Evento Camda x Intervert............................................................... 56

    Figura 18: Departamento de comunicao, contabilidade, recursos humanos 57

    Figura 19: Stand da Camda, na feira Expo-Verde. ......................................... 60

    Figura 20: Jornal informativo da cooperativa Camda, novembro 2008 .......... 61

    LISTA DE QUADROS

    Quadro 1: Smbolos do cooperativismo........................................................... 10

    Quadro 2 : Diferena entre sociedade cooperativa e sociedade mercantil..... 14

    Quadro 3: Estabelecimentos da cooperativa................................................... 42

    Quadro 4: Filiais da cooperativa ...................................................................... 43

    Quadro 5: Filial Lins, cidades e quantidade de cooperados .......................... 56

  • LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

    Camda Cooperativa agrcola mista de Adamantina

    EPI

    Equipamentos de proteo individual

    ERP Planejamento de recursos empresariais

    Iama Instituto de assistncia ao menor de Adamantina

    Minercamda

    Minerais camda

    OCESP

    Organizao das cooperativas do estado de So Paulo

    OCB

    Organizao das cooperativas brasileiras

    SIPAT Semana de integrao e proteo ao trabalhador

    4 P S Produto, promoo, preo, praa

  • SUMRIO

    INTRODUO................................................................................................. 8

    CAPTULO I COOPERATIVISMO ............................................................... 10

    1 HISTRIA DO COOPERATIVISMO..................................................... 10

    1.1 Cooperativismo brasileiro...................................................................... 12

    1.2 Cooperativa ........................................................................................... 12

    1.2.1 Principais diferenas entre as cooperativas e as empresas tradicionais 13

    1.3 Como constituir uma cooperativa.......................................................... 14

    1.3.1 Estatuto Social ...................................................................................... 15

    1.3.2 Capital social ......................................................................................... 16

    1.3.3 Taxas..................................................................................................... 16

    1.3.4 Destinao das Sobras e Perdas.......................................................... 17

    1.3.5 Fundos................................................................................................... 17

    1.4 Princpios do cooperativismo ................................................................ 17

    1.4.1 Adeso Livre e voluntria...................................................................... 18

    1.4.2 Gesto e controle democrtico dos scios ........................................... 18

    1.4.3 Participao econmica dos scios...................................................... 18

    1.4.4 Autonomia e independncia.................................................................. 19

    1.4.5 Educao, formao e informao ....................................................... 19

    1.4.6 Cooperao entre cooperativas. ........................................................... 19

    1.4.7 Interesse pela comunidade ................................................................... 20

    1.5 Direitos .................................................................................................. 20

    1.6 Obrigaes ............................................................................................ 21

    1.7 Consideraes sobre aspectos econmicos, administrativos e tcnicos21

    1.8 Tipos de cooperativas ........................................................................... 22

    1.8.1 Cooperativa agrcola. ............................................................................ 24

    1.8.2 As cooperativas no cenrio nacional .................................................... 25

    CAPTULO II - ESTRATGIAS DEMARKETING PARA COOPERATIVAS . 27

    2 ESTRATGIAS DE MARKETING PARA COOPERATIVAS .............. 27

    2.1 Gesto de marketing em cooperativas ................................................. 30

    2.2 Conjunto de princpios fundamentais do marketing empresarial.......... 31

    2.3 Estratgias de marketing na rea de venda ......................................... 32

  • 2.3.1 Introduo ao planejamento estratgico.............................................. 33

    2.3.2 Conceituao bsica............................................................................. 34

    2.3.3 Caractersticas que definem o comportamento no ato da compra....... 34

    2.3.4 Nveis de deciso .................................................................................. 35

    2.3.5 Tipos de planos, estratgico, ttico,operacional................................... 35

    2.3.6 Conceitos de estratgia empresarial .................................................... 36

    2.3.7 Anlise ambiental pontos fortes e fracos .............................................. 36

    2.3.8 Recursos empresariais.......................................................................... 37

    2.3.9 Anlise ambiental externa..................................................................... 37

    2.3.10 Ameaas e oportunidades ................................................................... 38

    2.3.11 Estratgias genricas........................................................................... 38

    2.3.12 Vantagem competitiva.......................................................................... 38

    2.3.13 Grupos estratgicos ............................................................................. 39

    2.3.14 Alianas estratgicas ........................................................................... 39

    CAPTULO III CAMDA- COOPERATIVA AGRICOLA MISTA DE

    ADAMANTINA................................................................................................. 40

    3 A COOPERATIVA CAMDA.................................................................. 40

    3.1 Projetos ................................................................................................. 47

    3.1.1 Programa lave e devolva ..................................................................... 47

    3.1.2 Programa Adamantina recicla............................................................... 49

    3.1.3 Programa escola no campo .................................................................. 49

    3.1.4 Programa agricultor nota 10.................................................................. 50

    3.1.5 Programa segurana e sade no campo com nfase no uso de EPI .. 50

    3.1.6 Projeto horta familiar ............................................................................. 51

    3.1.7 Jogo de futebol beneficente .................................................................. 52

    3.1.8 Projeto dia nacional do campo limpo .................................................... 52

    CAPTULO IV- ESTRATGIAS DE MARKETING NA COOPERATIVA

    CAMDA............................................................................................................ 54

    4 INTRODUO A PESQUISA............................................................... 54

    4.1 Mtodos do estudo de caso... ............................................................... 54

    4.2 Tcnicas... ............................................................................................. 54

    4.3 Roteiros sobre estratgias de marketing para a cooperativa Camda... 55

  • 4.4 Estratgias de Marketing da cooperativa Camda................................. 57

    4.5 Importncia dos projetos sociais e scio ambientais............................ 59

    4.6 Informativos Agrcolas........................................................................... 60

    4.7 Discusso............................................................................................. 61

    4.8 Parecer final .......................................................................................... 62

    PROPOSTA DE INTERVENO ................................................................... 63

    CONCLUSO.................................................................................................. 64

    REFERNCIAS ............................................................................................... 65

    APNDICES .................................................................................................... 69

  • 8

    INTRODUO

    Diante das dificuldades scio-econmicas atuais muitos produtores tm

    encontrado como opes um segmento chamado cooperativismo. O termo

    deriva-se de cooperativa, que uma associao autnoma de pessoas que se

    unem, voluntariamente, para satisfazer aspiraes e necessidades

    econmicas, sociais e culturais comuns, por meio de uma empresa de

    propriedade coletiva e democraticamente administrada.

    Trata-se de um ramo que cresce ano aps ano. Assim o marketing

    passou a ser visto como uma ferramenta estratgica essencial e fundamental

    para as cooperativas que pretendem se destacar no mercado em que atuam.

    Para aplicar o marketing dentro de uma cooperativa preciso que a

    mesma esteja envolvida no processo como um todo, no basta apenas

    satisfazer os membros j existentes; preciso conquistar novos cooperados.

    O presente trabalho pretende analisar as estratgias de marketing, bem

    como as aes dos cooperados da cooperativa Camda. Atravs dessa anlise,

    novas tcnicas e mtodos sero planejados de acordo com a sua real

    necessidade.

    Diante do exposto surge a seguinte pergunta problema:

    possvel o desenvolvimento de projetos para a captao de novos

    cooperados e associados utilizando as estratgias de Marketing em

    organizaes cooperativistas?

    Os mtodos utilizados foram:

    Mtodo de Estudo de Caso realizado na cooperativa Camda, analisando

    aspectos voltados para as estratgias de marketing para a captao de novos

    cooperados.

    Mtodos de Observao Sistemtica observando e analisando todos os

    mtodos que envolvem estratgias de marketing da cooperativa Camda, como

    suporte para o desenvolvimento do estudo de caso.

    As Tcnicas utilizadas foram:

    Roteiro de observao sistemtica (Apndice A)

    Roteiro Histrico da cooperativa Camda (Apndice B)

    Roteiro de entrevista para o gerente da cooperativa (Apndice C)

    Roteiro de entrevista para os cooperados e associados (Apndice D)

  • 9

    Roteiro de entrevista para o funcionrio de comunicao (Apndice E)

    O conceito de cooperativismo e de marketing para as cooperativas e

    funo de captao de novos cooperados foi o pressuposto tcnico que

    direcionou este trabalho, que est estruturado da seguinte maneira:

    O captulo I - descreve o que cooperativismo e seus conceitos;

    O captulo II - aborda o assunto marketing para cooperativas;

    O captulo III - apresenta a empresa desde a sua fundao ate os dias

    atuais;

    O captulo IV - apresenta os dados da pesquisa e suas consideraes

    finais.

    A proposta de interveno e a concluso encerram o trabalho.

  • 10

    CAPTULO I

    COOPERATIVISMO

    1 HISTRIA DO COOPERATIVISMO

    A expresso cooperativismo advm da palavra cooperao, originada do

    latim cooperari, que significa operar conjuntamente.

    Smbolos do Cooperativismo

    Cada smbolo no emblema do Cooperativismo tem um significado especial. Um crculo abraando dois pinheiros indica unio do movimento, a imortalidade de seus princpios, a fecundidade de seus ideais e a vitalidade de seus adeptos. Tudo isso marcado pela trajetria ascendente dos pinheiros que, unidos, so muito mais fortes.

    Pinheiro - Simboliza a imortalidade e a fecundidade, por sobreviver em terras menos frteis e multiplicar-se facilmente. Os pinheiros unidos so mais resistentes e ressaltam a fora e a capacidade de expanso.

    Crculo - Por no ter comeo nem fim, representa a eternidade. Cor Verde:

    Remete ao princpio vital da natureza, alm da necessidade de manter o equilbrio com o meio ambiente.

    Cor Amarela - O amarelo ouro simboliza o sol, fonte de energia e calor.

    Fonte: Angotti, 2002, p.14 Quadro 1- Smbolos do Cooperativismo

    O cooperativismo um motivo internacional, que busca constituir uma

    sociedade justa, livre e fraterna, com bases democrticas, atravs de

    empreendimentos que atendam as necessidades reais dos cooperados.

    O esprito de cooperao; de unio, desde as sociedades mais

    primitivas, justifica-se por necessidade e oportunidade de ajuda mtua.

    O cooperativismo representa a unio entre pessoas voltadas para um

    nico objetivo. Atravs da cooperao, busca-se satisfazer as necessidades

  • 11

    humanas e resolver os problemas comuns, tendo como finalidade maior o

    benefcio do homem, no o lucro. Uma organizao dessa natureza

    caracteriza-se por ser dirigida de forma democrtica e participativa, de acordo

    com aquilo que pretendem seus associados. Seu surgimento deu-se em

    conseqncia da Revoluo Industrial.

    Atrados pelas novas fbricas, os agricultores e trabalhadores deixaram

    o campo e foram para a cidade em busca de melhores condies de vida, o

    que resultou em excesso de mo-de-obra. Isso obrigou muitas pessoas a se

    submeteram s ocupaes subalternas, jornadas de trabalho absurdas e

    salrios miserveis. Inclusive mulheres e crianas passaram a ingressar no

    mercado de trabalho em condies abusivas e desumanas (ANGOTTI, 2002)

    Assim, em fins do sculo XVIII surgem as primeiras manifestaes do

    cooperativismo e, na primeira metade do sculo XIX, na Inglaterra, a fundao

    da primeira cooperativa no mundo. Uma cooperativa de consumo, originada por

    um grupo de operrios ingleses, teceles de flanela, com vinte e sete homens e

    uma mulher, como alternativa s dificuldades de sobrevivncia da poca e sob

    a influncia dos primeiros intelectuais idealistas como Robert Owens, Luis

    Blanc, Charles Fourier, dentre outros, que defendiam propostas de igualdade,

    associativismo e auto-gesto.

    Estes teceles fundaram um armazm em conjunto; cada tecelo

    contribuiu com uma libra, somando um total de 28 libras. Era a primeira

    cooperativa de consumo da histria, idealizada para oferecer aos seus

    associados artigos de primeira necessidade.

    A Rochdale Society Of Equitable Pioners, (Sociedade dos Pobros

    Pioneiros de Rochdale) registrada em 24 de outubro de 1844, no bairro de

    Rochdale em Manchester. (ANGOTTI, 2002)

    Mais tarde, os teceles aperfeioaram o sistema e desenvolveram um

    conjunto de princpios, conhecidos, tempos depois, como Princpios Bsicos do

    Cooperativismo. Princpios estes que foram adotados posteriormente por

    outras cooperativas que surgiram em diversos pases do mundo.

    Com o tempo ocorreram algumas modificaes, porm sua essncia se

    manteve a partir desses princpios inicialmente estabelecidos e definidos, a

    saber;

    a) adeso livre e voluntria;

  • 12

    b) gesto democrtica pelos cooperados;

    c) participao econmica dos membros;

    d) autonomia e independncia,

    e) educao, intercooperao, formao;

    f) cooperao e Interesse pela comunidade.

    1.1 Cooperativismo Brasileiro

    Angotti (2002), descreve os primeiros experimentos cooperativos no

    Brasil em 1890.

    Pouco tempo depois surgiram as primeiras cooperativas, originadas

    pelos brasileiros atravs do crdito agrcola cooperativo.

    O cooperativismo brasileiro teve incio com a fundao das primeiras

    redues jesuticas no Brasil, em 1902, com base na ao do jesuta suo

    Teodoro Amstadt, cujo poder de persuaso era movido pelo amor cristo e pelo

    princpio da ajuda mtua, com o objetivo de construir um estado cooperativo

    em bases inteiramente globais. Um modelo de sociedade solidria

    fundamentada no trabalho coletivo, onde o bem estar do indivduo e da famlia

    sobrepunha-se ao interesse econmico da produo.

    1.2 Cooperativa

    Cooperativa um grupo de pessoas que se unem, de livre e espontnea

    vontade, para satisfazer as necessidades e desejos econmicos, sociais e

    culturais comuns, por meio de um empreendimento de propriedade coletiva,

    administrado pelos cooperados. Visa melhorar a situao econmica dos

    A constituio de 1891 assegurou o direito de associao no Brasil, apesar de no fazer referncia ao cooperativismo, antes disso qualquer corporao de ofcios ou tentativa de associao era proibida. (CORREIA, MOURA, 2001, p. 29)

  • 13

    mesmos, solucionando problemas ou satisfazendo as necessidades comuns,

    que excedam a capacidade de cada indivduo satisfazer isoladamente. A

    Cooperativa, assim, torna-se um meio para que pessoas atinjam objetivos

    especficos, atravs de um acordo voluntrio para cooperao e ajuda mtua.

    (ANGOTTI, 2002)

    Uma Cooperativa se diferencia de outros tipos de associaes de

    pessoas por sua finalidade econmica. A sua finalidade colocar produtos

    e/ou servios de seus cooperados no mercado, em condies mais acessveis

    e vantajosas do que os mesmos teriam isoladamente. Desse modo, a

    cooperativa pode ser entendida como uma unio de pessoas que prestam

    servios aos seus cooperados, facilitando o poder de aquisio e de barganha

    de produtos que atendam as suas necessidades.

    Composta de normas que regulamentam o seu funcionamento, desde

    seu nascimento, sobre vrios aspectos uma Cooperativa pode se parecer com

    outros tipos de empresas e associaes, porm se diferencia destas na sua

    finalidade, na forma de propriedade e de controle e na distribuio dos

    benefcios por ela gerados. Tais diferenas definem uma cooperativa e explica

    seu funcionamento.

    Para organizar essas caractersticas e possibilitar uma unificao para o

    sistema, foram estabelecidos os princpios do cooperativismo, pelos quais

    todas as cooperativas devem manter em equilbrio constante o seu

    funcionamento, suas relaes com os cooperados e com o mercado. Os

    referidos princpios foram formulados recentemente (1995) e so aceitos

    mundialmente como base para o sistema. (ANGOTTI, 2002)

    1.2.1 Principais diferenas entre as cooperativas e as empresas tradicionais

    Uma empresa cooperativa uma sociedade de pessoas, cujo objetivo

    principal consiste na prestao de servios; nela o nmero de cooperados

    ilimitado; seu controle democrtico e cada associado tem direito a um voto.

    Uma empresa no cooperativa uma empresa de capital, cujo objetivo

    principal o lucro e tem nmero limitado de acionistas.

  • 14

    Sociedade Cooperativa Sociedade Mercantil O principal o homem O principal o capital O cooperante sempre o dono e usurio da sociedade

    Os scios vendem seus produtos e servios a uma massa de consumidores

    Cada pessoa conta com um voto na assemblia

    Cada ao ou quota conta com um voto na assemblia

    O controle democrtico O controle financeiro uma sociedade de pessoas que funciona democraticamente

    uma sociedade de capital que funciona hierarquicamente

    As quotas no podem ser transferidas a terceiros

    As quotas podem ser transferidas a terceiros

    Afasta o intermedirio So, muitas vezes, os intermedirios Os resultados retornam aos scios de forma proporcional s operaes

    Dividendos retornam aos scios proporcionalmente ao nmero de aes

    Aberta a participao de novos componentes

    Limita, por vezes, a quantidade de acionistas

    Valoriza o trabalhador e suas condies de vida

    Contrata o trabalhador, como fora de trabalho

    Defende preos justos Defende o maior preo possvel Promove a integrao entre as cooperativas

    Promove a concorrncia entre as sociedades

    O compromisso educativo, social e econmico

    O compromisso econmico

    Fonte: Barbosa, 2006

    Quadro 2 - Diferena entre sociedade cooperativa e sociedade mercantil

    1.3 Como constituir uma cooperativa

    Os procedimentos se constituem em sete etapas:

    a) determinao dos objetivos da cooperativa, escolha de uma

    comisso e de um coordenador dos trabalhos;

    b) verificao das condies mnimas para que a cooperativa seja

    vivel;

    c) elaborao de proposta de estatuto da cooperativa e distribuio de

    uma cpia aos interessados;

    d) convocao de todas as pessoas interessadas para a Assemblia

    Geral de Constituio da Cooperativa em hora e local previamente

    determinados;

  • 15

    e) realizao de Assemblia Geral de Constituio, com a participao

    de todos os interessados na quantia mnima de vinte pessoas,

    estabelecida pela lei;

    f) documentos para o registro na Junta Comercial do Estado;

    g) documentos para Receita Federal.

    1.3.1 Estatuto Social

    O estatuto da cooperativa a base da empresa por ser a Lei Orgnica

    de um estado, sociedade ou associao. Nele constam as linhas gerais de seu

    funcionamento, ou seja, trata-se de um contrato que os cooperados fazem

    entre si.

    So as determinaes como:

    a) denominao, localizao da sede, prazo de durao, campo de

    atuao, objeto da sociedade, fixao do exerccio social e da data

    do levantamento do balano geral;

    b) direitos e deveres dos associados, natureza de suas

    responsabilidades e condies de admisso, demisso, eliminao

    e excluso e normas para representao;

    c) capital mnimo, valor da quota-parte, mnimo de quotas-partes a ser

    subscrito pelo associado, o modo de integralizao, condies de

    sua retirada nos casos de demisso, eliminao ou excluso;

    d) forma de devoluo das sobras registradas aos associados, ou do

    rateio das perdas apuradas;

    e) modo de administrao e fiscalizao, estabelecendo os

    respectivos rgos; definio de suas atribuies, poderes e

    funcionamento; representao ativa e passiva da sociedade em

    juzo ou fora dele; o prazo do mandato e processo de substituio

    dos administradores e conselheiros fiscais;

    f) formalidades de convocao das Assemblias Gerais e a maioria

    delas requeridas para a sua instalao e validade das suas

  • 16

    deliberaes, vedado o direito de voto aos que nelas tiverem

    interesse particular sem priv-los de participar dos debates;

    g) casos de dissoluo voluntria da sociedade;

    h) modo e processo de alienao ou onerao de bens imveis;

    i) modo de reformar o estatuto;

    j) nmero mnimo de associados.

    1.3.2 Capital Social

    Para possibilitar a prestao de servio, efetuar as instalaes e

    equipamentos necessrios, cada grupo deve elaborar um projeto de viabilidade

    econmica especfico para essas instalaes e equipamentos. A partir da

    calcula-se o valor com o qual cada um dever contribuir, que a importncia

    do capital social.

    O capital ser subdividido em quotas-partes, cujo valor unitrio no

    poder ser superior ao maior salrio-mnimo vigente no pas. vedado s

    cooperativas distriburem qualquer espcie de benefcio s quotas-partes do

    capital assim como estabelecer outras vantagens, privilgios, financeiros ou

    no, em favor de quaisquer associados ou terceiros. O pagamento das quotas-

    partes ser realizado mediante prestaes em tempos determinados,

    independente de chamada, por meio de contribuies. As quotas-partes do

    capital nunca sero cedidas a terceiros, estranhos sociedade.

    1.3.3 Taxas

    A taxa de administrao ou servio a principal receita da cooperativa,

    atravs dela, de todas as operaes feitas pelo cooperado, a cooperativa reter

    um percentual sobre o valor. Numa cooperativa agropecuria, a taxa incidir

    sobre o valor da venda dos produtos ou sobre o preo pago pelos insumos. H

    tambm taxas de armazenagem, beneficiamento e outras.

  • 17

    1.3.4 Destinao das Sobras e Perdas

    A Assemblia Geral decide sobre a destinao das sobras ou das

    perdas. As sobras e perdas so originrias da taxa de servio. Resultar em

    sobras, a taxa de servio considerada elevada, quanto o valor retido nas

    operaes dos cooperados for maior do que o necessrio para o pagamento

    das despesas.

    Resultar em perdas, a taxa de servio baixa, se o montante retido nas

    operaes dos cooperados for insuficiente para cobrir as despesas. As sobras

    lquidas apuradas no exerccio podero ser distribudas entre os associados,

    depois de deduzidos os percentuais para os fundos reservas ou indivisveis, em

    partes diretamente proporcionais s operaes realizadas com a cooperativa.

    Os prejuzos verificados no decorrer do exerccio sero cobertos com

    recursos provenientes do Fundo de Reserva e, se insuficiente este, mediante

    distribuio, entre os associados, na razo direta dos servios usufrudos.

    1.3.5 Fundos

    As cooperativas so obrigadas a constituir fundo de reserva destinado a

    reparar perdas e atender ao desenvolvimento de suas atividades, fundo este

    constitudo por 10% das sobras lquidas do exerccio. Alm dos previstos, a

    Assemblia Geral poder criar outros fundos, inclusive rotativos, com recursos

    destinados a fins especficos, fixando o modo de formao, aplicao e

    liquidao.

    1.4 Princpios do cooperativismo

  • 18

    As relaes scio-econmicas mundiais, apesar das diferenas, no

    hesitam em mudar. Em 1995, reunido em Manchester, Inglaterra, o XXXI

    Congresso da Aliana Cooperativa Internacional completou um sculo de

    existncia. No encontro comemorativo, houve tambm um novo debate sobre

    importantes questes para o fortalecimento da prtica cooperativista, que

    viriam refletir sobre o objetivo de suas organizaes. (ANGOTTI, 2002)

    1.4.1 Adeso livre e voluntria

    As cooperativas so organizaes voluntrias, abertas a todas as

    pessoas aptas a utilizar os seus servios e dispostas a assumir as

    responsabilidades como membros, sem discriminaes, sociais, raciais,

    polticas, religiosas ou de sexo.

    1.4.2 Gesto e controle democrtico dos scios

    As cooperativas so organizaes democrticas controladas pelos seus

    membros, que participam ativamente na formulao das suas polticas e na

    tomada de decises. Os eleitos como representantes dos outros membros so

    responsveis perante estes. Nas cooperativas de primeiro grau os membros

    tm igual direito de voto. As cooperativas de grau superior, tais como as

    federaes, centrais, confederaes so tambm organizadas de forma

    democrtica onde seu membros contribuem da mesma forma, e parte desse

    capital , normalmente, propriedade comum da cooperativa.

    1.4.3 Participao econmica dos scios

    A contribuio dos cooperados se d de forma justa e h controle

  • 19

    democrtico o capital da cooperativa. Parte desse capital propriedade comum

    das cooperativas. Uma receita maior que as despesas pode ser dividida para

    todos os scios at o limite de cada um. O restante pode ser destinado para

    investimentos na prpria cooperativa ou para outras aplicaes, sempre de

    acordo com a deciso tomada em assemblia.

    1.4.4 Autonomia e independncia

    As cooperativas so organizaes autnomas, de ajuda mtua,

    controladas pelos seus membros. Se estas firmarem acordos com outras

    organizaes, incluindo instituies pblicas, ou recorrerem a capital externo,

    devem faz-lo em condies que assegurem o controle democrtico pelos seus

    membros e mantenham a autonomia das cooperativas.

    1.4.5 Educao, formao e informao

    A cooperativa oferece educao e formao para os seus dirigentes

    eleitos, administradores e funcionrios, de maneira a contribuir intensamente

    para o seu desenvolvimento, alm de prtica de aes cooperativistas, de

    manuseio de equipamentos e tcnicas em todos os processos produtivos e

    comerciais. Procura ainda levar informaes sobre o cooperativismo ao pblico

    de todas as classes, pblico em de todas as classes, principalmente o pblico

    jovem e os formadores de opinio.

    1.4.6 Cooperao entre as cooperativas

    Para uma cooperativa, a cooperao a forma eficaz para seus

    membros, pois o intercmbio de informaes fortalece o movimento

  • 20

    cooperativista, intensifica o trabalho em conjunto e torna vivel a economia.

    1.4.7 Interesse pela comunidade

    A cooperativa trabalha para o desenvolvimento sustentvel das suas

    comunidades, visando melhores condies scio-culturais, atravs de polticas

    aprovadas pelos membros.

    1.5 Direitos

    Os direitos esto previstos na Lei n 5.764, de 16 de dezembro de 1971.

    Conforme Seo II do estatuto Social, artigo 21, pargrafo II.

    com a lei 5.764, de 1971, que so estabelecidas as condies de organizao e funcionamento das Cooperativas, que e se fortalece a Organizao das Cooperativas Brasileiras (OCB) e as respectivas representaes estaduais (LUCENA, apud CORREIA; MOURA, 2001, p. 29)

    Todo cooperado tem direito a:

    a) participar das assemblias gerais, discutindo e votando os assuntos

    nela tratados;

    b) levar ao conselho administrativo e s assemblias gerais,

    propostas de interesse dos cooperados;

    c) votar e ser votado para membro do Conselho de Administrao ou

    do Conselho Fiscal da cooperativa;

    d) utilizar os servios prestados pela cooperativa;

    e) ser informado e solicitar informaes sobre as atividades da

    cooperativa; inclusive com acesso s demonstraes contbeis;

    f) receber retorno;

    g) convocar assemblias, caso sejam necessrias;

    h) pedir esclarecimentos ao Conselho da Administrao.

  • 21

    1.6 Obrigaes

    obrigao de todo cooperado estar ciente e cumprir o que est

    previsto no estatuto da cooperativa.

    a) operar com a cooperativa;

    b) participar das assemblias;

    c) firmar e incorporar as quotas-partes do capital;

    d) acatar a deciso da maioria;

    e) votar nas eleies da cooperativa;

    f) cumprir seus compromissos com a cooperativa.

    A responsabilidade coletiva, toda deciso depende da aprovao dos

    componentes da assemblia geral e de responsabilidade dos cooperados:

    a) aprovao de prestao de contas dos Conselhos de

    Administrao e parecer do Conselho Fiscal;

    b) aprovao dos planos de trabalho da cooperativa;

    c) aprovao de distribuio das sobras;

    d) aprovao do aumento de capital da cooperativa;

    e) aprovao da reformulao do Estatuto;

    f) aprovao da dissoluo voluntria da cooperativa e nomeao de

    liquidantes;

    g) aprovao para a aquisio e venda de bens mveis e imveis da

    cooperativa;

    h) aprovao da fuso, incorporao da cooperativa.

    1.7 Consideraes sobre aspectos econmicos, administrativos e tcnicos

    A cooperativa uma organizao social e tambm um empreendimento

    econmico, que viabiliza a realizao do trabalho de seus membros de forma

  • 22

    sustentvel e valoriza a sociedade. O grupo deve trabalhar segundo os

    princpios cooperativistas e a correta constituio de fundos, como os de

    reserva, social e de investimentos. Atravs da anlise desses fundos, ou seja,

    da renda por ela obtida, a cooperativa planeja uma gesto de longo prazo.

    Assim a viabilidade econmica envolve aspectos administrativos transparentes

    que facilitem a avaliao do empreendimento. Tecnicamente o

    empreendimento cooperativo possui requisitos que so tratados como metas,

    tais como:

    a) comprometimento dos scios em todos os trabalhos;

    b) melhorias tecnolgicas;

    c) comercializao;

    d) plano de negcios;

    e) forma de insero econmica;

    f) gesto dos resultados.

    1.8 Tipos de cooperativa

    De acordo com Barbosa (2006) o cooperativismo, mediante sua

    organizao social e econmica, atualmente inserida na sociedade, sofre

    algumas transformaes e adaptaes para atender prontamente o interesse

    de seu quadro social. Em 1993, a Organizao das Cooperativas Brasileiras

    (OCB), deu incio a modificaes no quadro de terminologia dos tipos de

    cooperativas, com o objetivo de mold-lo-as exigncias atuais no mundo do

    trabalho em que elas atuam. So os tipos:

    a) Agropecurio: o segmento com o maior nmero de cooperativas

    constitudas por associados que desenvolvam qualquer cultura ou

    criao rural;

    b) Consumo: formado por cooperativas de abastecimento cujas

    atividades consistem em formar estoques de bens e consumo, que

    priorizam as principais necessidades dos seus associados como a

    distribuio de alimentos, roupas, medicamentos, em condies

    mais vantajosas de preo;

  • 23

    c) Crdito: composta por cooperativas que renem poupana de seus

    associados, para benefcio dos mesmos; realiza emprstimos com

    juros menores que os praticados pelos bancos comerciais. As

    cooperativas de crdito podem ser de crdito rural, quando atuam

    no setor agropecurio, e de crdito urbano, quando funcionam

    como crdito dentro de empresa ou de categorias profissionais,

    onde o objetivo o benefcio mtuo.

    d) Educacional: empreendimento cooperativo que tem como principal

    objetivo a educao nas escolas; sua fundao ou sua

    manuteno. Seu quadro social formado por professores e pais

    de alunos. H tambm as cooperativas de escola, quando

    formadas apenas por alunos; as denominadas de cooperativas

    escolares.

    e) Habitacional: composto por cooperativas que visam proporcionar a

    seus cooperados a aquisio de moradia, com destaque principal,

    para as atividades de construo, manuteno e administrao de

    conjuntos habitacionais;

    f) Especial: formado por cooperativas cujo quadro social composto

    por pessoas relativamente portadoras de deficincia ou incapazes.

    Nela h constante necessidade de tutela, e seu objetivo a maior

    integrao destes associados na sociedade;

    g) Minerao, ou mineral: composto por cooperativas que acolhem

    atividades de garimpo (especficas de minerao), permitindo a

    seus associados, classificados como autnomos, uma alternativa

    de trabalho;

    h) Produo: organiza a produo dos bens de forma que os

    associados participem de forma direta de todo processo

    administrativo, tcnico e funcional da cooperativa.

    i) Servio ou infra-estrutura: constitudo por cooperativas que se

    limitam a prestar servios direta e exclusivamente ao seu quadro

    social, ou seja, o seu associado o nico usurio do servio. Visa a

    prestao de servios de interesse especficos de seu associados.

    j) Trabalho: constitudo por cooperativas cujo quadro social formado

    por diversos tipos de profissionais, de diversas reas, com

  • 24

    prestao de servios a terceiros. o segmento que mais cresce

    atualmente.

    k) Sade: composto por cooperativas de mdicos, odontlogos,

    psiclogos e outras atividades relacionadas a sade, que atende

    prontamente seus associados, a preos mais acessveis que os

    oferecidos pela iniciativa privada. Pode tambm ser formada por

    seus usurios.

    l) Turismo e lazer: considerado o mais novo segmento, composto

    por cooperativas que atuam no setor de turismo e lazer.

    1.8.1 Cooperativa agrcola

    Surgem em Minas Gerais, no ano de 1907, as primeiras cooperativas

    agropecurias, um projeto lanado pelo seu governador, que na poca tinha

    como objetivo a eliminao dos intermedirios estrangeiros que tinham o

    controle da comercializao do caf, que era o produto predominante na

    poca. Posteriormente essa prtica cooperativista estendeu-se para o Sul do

    Brasil. (ANGOTTI, 2002)

    Segundo Machado (2005) no primeiro Congresso da Unio Nacional das

    Cooperativas da Agricultura Familiar esteve presente o presidente Luiz Incio

    Lula da Silva e o ministro do Desenvolvimento Agrrio, Miguel Rossetto.

    Ocasio em que o presidente cita a afirmao do cooperativismo como

    instrumento popular de desenvolvimento local sustentvel e solidrio de

    agricultores familiares.

    As cooperativas agropecurias se diferenciam conforme o tipo dos

    produtos que evolvem a sua prtica de comercializao. Por outro lado uma

    cooperativa agrcola mista, possui mais de uma seo, que se dividem em

    compra em comum e em venda em comum.

    O cooperativismo agropecurio o mais conhecido pela sociedade

    brasileira, pois alm de participar de forma significativa nas exportaes,

    mostrando-nos diferenas na balana comercial abastece o mercado interno

    com diversos produtos alimentcios de boa qualidade.

  • 25

    O leque de servios que desenvolve, como abastecimento de mercado,

    industrializao e comercializao dos produtos, beneficia o seu quadro social

    e educacional, assim como os cooperados agricultores. Essa informao de

    grande importncia para os produtores rurais, pois alm de lev-los evoluo,

    facilita a participao no mercado competitivo.

    Em uma cooperativa agrcola, os produtores rurais agropecurios

    trabalham de forma solidria na realizao das vrias etapas da cadeia

    produtiva, desde o processo inicial da compra de sementes e insumos at a

    colheita, inclusive armazenamento, industrializao e venda no mercado da

    produo.

    Certa de sua eficincia, a cooperativa pode tambm promover a compra

    em comum de insumos com vantagens que, isoladamente, o produtor no

    conseguiria. Esse processo conhecido entre os agricultores como poder de

    barganha.

    Em considerao conjuntura em que o setor est inserido, atualmente

    as cooperativas tm plena conscincia de que no basta produzir, mas sim

    produzir com qualidade para atender a demanda e a necessidade do mercado,

    tendo sempre presente a defesa do consumidor e a proteo ao meio

    ambiente. Aes como estas so de extrema importncia para a plena

    conscincia de todos que compe o mercado atual.

    As cooperativas agropecurias so o seguimento economicamente mais

    forte do cooperativismo brasileiro, segundo dados da Secretaria de

    Desenvolvimento Rural.

    1.8.2 As cooperativas no cenrio nacional

    Portela (1999) afirma que o cooperativismo surge como uma alternativa

    democrtica que visa igualdade e disposio de reconhecer igualmente o

    direito de cada um, a solidariedade e a justia econmica.

    O cooperativismo busca o sucesso das pessoas e de empreendimentos

    neste mundo globalizado e competitivo. A realidade existente mostra, de um

    lado, uma pequena parcela da populao que apresenta uma qualidade de vida

  • 26

    dentro dos padres aceitveis e, de outro, pessoas excludas da vida social,

    sendo privadas de quaisquer recursos em um mercado globalizado.

    Uma postura individualista o foco de muitas pessoas, em um modelo

    scio-econmico que privilegia o mais preparado, aquele que possui mais

    atributos no processo de formao pessoal e educacional. Nota-se, ento, o

    grande vazio entre os competitivos e excludos, onde o desenvolvimento

    desigual reflete em problemas sociais, que resulta em grandes conflitos no

    sistema social e econmico. A mudana na economia mundial nos ltimos

    tempos traz transformaes em todos os setores, inclusive, no setor

    agropecurio.

    A primeira mudana mais significante no Brasil foi quando o Estado

    abdicou de manter o controle da produo agrcola, seguida da abertura

    econmica do pas sobre os preos internos e externos. O setor agropecurio

    passou a constituir um dos elos fundamentais do agrobusines. Outro fator

    observado a mudana na alimentao dos consumidores que esto mais

    exigentes quanto a qualidade dos produtos. Assim a cooperativa agrcola

    apresenta uma constante importncia no papel de melhoria para a insero no

    mercado, porm o cooperativismo, que antes era visto como um sistema

    fechado, depara-se com a necessidade de mudanas para que seja efetiva sua

    participao e insero no mercado.

    Segundo Mendes (2005) so grandes e irreversveis as transformaes

    com que se depara o sistema cooperativista para sobreviver nesse ambiente

    competitivo e manter-se fiel aos seus princpios. Desta forma o cooperativismo

    se firma com um dos principais segmentos da vida econmica e social, onde

    representa a ferramenta ideal, equaciona o conflito entre o capital e o trabalho,

    colabora, no s com o desenvolvimento econmico, mas tambm com o

    desenvolvimento social, pois tem a funo de atuar com pessoas que esto em

    desvantagem competitiva.

    Atravs do cooperativismo crescente a alternativa que possibilitem o

    equilbrio social com a atividade econmica, dando oportunidade de insero

    s pessoas excludas, transformando-as em cidados ativos.

    Atravs da eficiente estrutura cooperativista o cooperado garante a

    renda suficiente para a sua subsistncia e de suas famlias.

  • 27

    CAPTULO II

    MARKETING PARA COOPERATIVAS

    2 ESTRATGIAS DE MARKETING PARA COOPERATIVAS

    Kotler (1996) define marketing estratgico como sendo o processo de

    anlise de oportunidades, escolha de objetivos e desenvolvimento de

    estratgias e formulao de planos estratgicos. O primeiro passo da

    estratgia de marketing para as cooperativas a anlise profunda e o

    planejamento dos programas a serem desenvolvidos pelas mesmas.

    Atualmente a comunicao e o marketing em uma cooperativa so de extrema

    importncia, mas certa timidez impede a cooperativa na hora de trabalhar o

    marketing. Porm, aos poucos, as cooperativas esto investindo nesta

    estratgia, mostrando sociedade suas qualidades e diferenciais competitivos

    por meio de investimentos na comunicao e no marketing.

    Qualquer compreenso que se faa sobre marketing deve, antes, percorrer os caminhos que levam ao conceito de troca. Alis, em funo deste contexto que seu conceito se articula, pois o marketing consiste em atividades desenvolvidas para gerar e facilitar trocas que pretendem satisfazer as necessidades e desejos humanos. (WALKER; STANTON ETZNEL, apud PIZZINATTO, 2005, p.06). (a)

    As cooperativas tm necessidade e, em sua maioria, j possui o seu

    prprio departamento de marketing especializado para fazer a comunicao

    com os seus pblicos. Esse investimento muito importante, pois atravs das

    estratgias de marketing possvel detectar quais so os principais pontos

    para trabalhar junto sociedade, bem como a satisfao dos mesmos.

    Segundo Pinho (1996) o ponto de partida para o planejamento de uma

    organizao a formulao do plano estratgico, que pode ocorrer a partir de

    vises diferentes: a viso tradicional, de que a cooperativa vende e o mercado

    absorve seu produto e a viso do mercado-alvo. Enquanto na viso tradicional

    o setor de marketing da cooperativa considerado secundrio, na viso do

    mercado-alvo ele se encontra no mesmo nvel da produo das finanas.

  • 28

    De acordo com Kotler (1998) Marketing um processo social e gerencial

    pelo qual indivduos e grupos tm o que necessitam e desejam atravs da

    criao, oferta e troca de produtos de valor com outros.

    As cooperativas dos dias atuais esto voltadas para o diferencial e o

    posicionamento do mercado; no basta apenas ser cooperativa, mas ser

    diferente e fazer valer seu produto, sua marca, o que significa ser diferente das

    demais cooperativas.

    O marketing na cooperativa um instrumento indispensvel para

    fortalecer sua imagem, alm de ser um mecanismo de distribuio de seus

    negcios para si prpria. Para que isso ocorra a cooperativa deve estar em

    sintonia total com seus cooperados, associados, toda sua equipe de

    funcionrios e com a disponibilidade dos melhores servios.

    Para garantir sua sobrevivncia a cooperativa deve elaborar e praticar

    planos estratgicos, onde dever analisar: situao atual do mercado,

    tamanho, oportunidades, necessidades, tendncias, produto, venda, preo,

    margens distribuio, lucro liquido, competio, concorrentes, qualidades,

    canais de distribuio, macro ambiente, tendncias demogrficas, econmicas,

    tecnolgicas, polticas, socioculturais, analises de oportunidades e negcios,

    mercado alvo, posicionamento, linha de preos e produtos, pontos distribuio,

    forca de venda, servio, propaganda, promoo de vendas, pesquisas e

    desenvolvimento e tambm pesquisa de marketing. (KOTLER, 1998)

    O composto de Marketing conhecido mundialmente como os 4 Ps do

    Marketing, descritos em palavras que mantm grafia cujo incio a consoante

    P. No Brasil as atividades passaram a ser:

    a) produto;

    b) preo;

    c) promoo;

    d) praa

    Utilizadas pelas empresas de modo geral e tambm por cooperativas, a

    figura 1 mostra o conjunto de ferramentas utilizadas para atingir os objetivos de

    marketing no mercado alvo.

  • 29

    Fonte: Kotler, 2003, p 47(a)

    Figura 1- mercado alvo, produto, preo, promoo, praa

    O composto de Marketing, como conhecido no Brasil, passou a ser a

    teoria mais aceita para efetivar atividades de marketing. A partir dos objetivos

    acima que uma cooperativa deve comear a se organizar para as etapas de

    um processo de estruturao da sua rea de marketing, sempre interligadas as

    oportunidades do mercado, pois atravs disso que as mesmas passam a

    conhecer melhor o mercado no qual iro atuar; o conhecido marketing mix.

    Segundo Abreu (2000), algumas aes especficas voltadas ao associado

    devem ser implementadas pelas cooperativas, para atender s suas exigncias

    enquanto consumidor e fornecedor.

    Pela doutrina da cooperativa, a organizao deve ultrapassar a simples

    satisfao econmica dos seus associados. O leque de servios que lhes pode

    oferecer ilimitado, pois o sucesso de uma cooperativa depende largamente

    do seu compromisso com esses associados e os servios oferecidos, que so

    um excelente meio de aproximar as duas partes. Proporcionar melhores

    condies de produo aos associados, possibilita a melhoria de produtividade

    e de qualidade do produto, o que vai contribuir para aprimorar o desempenho

    da cooperativa.

    A cooperativa pode ter uma vantagem competitiva em relao aos seus

    concorrentes por sua privilegiada relao com seus associados. Por outro lado

    deve preocupar-se com os demais clientes e, para atender tais preocupaes,

    de suma importncia seguir rigorosamente as dez leis de marketing para as

    cooperativas, estabelecidas por Rios (1998):

  • 30

    a) divulgar permanentemente seu smbolo para a comunidade local,

    regional, nacional e internacional;

    b) promover seus produtos e servios no mercado em geral;

    c) participar livremente de concorrncias pblicas;

    d) estabelecer valores pecunirios para seus produtos e servios conforme

    as leis do mercado;

    e) firmar parcerias produtivas no mercado que redundem em benefcios

    para os cooperados;

    f) obter margem de contribuio justa na comercializao de seus produtos

    e servios;

    g) criar canal de comunicao eficaz com os cooperados e a sua respectiva

    comunidade;

    h) utilizar com criatividade a mdia moderna, porm selecionando com

    critrio os veculos que tragam retorno entidade;

    i) diversificar seu mix de produtos e servios visando sua adequao s

    necessidades do mercado, mas sem violar a filosofia cooperativista;

    j) apoiar, sempre que possveis aes que contribuam para o

    fortalecimento da cidadania e da manuteno de uma sociedade livre,

    onde a qualidade de vida seja o resultado mnimo esperado.

    2.1 Gesto de marketing em cooperativas

    Em geral, a gesto de marketing das cooperativas, est relacionada a

    um plano superior e a atividade de marketing na prtica apenas um meio de

    comercializao de produtos. medida que a empresa cooperativa busca

    elevar suas atividades, atravs da industrializao e distribuio de seus

    produtos, a complexidade da atividade de marketing aumenta. A partir da

    seguem algumas etapas bsicas em um processo de estruturao da rea de

    marketing em cooperativas que deve visar essencialmente implementao de

    um sistema de informaes interligadas oportunidade de negcios e,

    finalmente, a definio de estratgias de segmento, posicionamento,

    diferenciao do produto, diversificao e crescimento que daro suporte

  • 31

    implementao do marketing e do gerenciamento do mix. (MACHADO FILHO;

    MARINO; CORNEJERO, 2003).

    2.2 Conjunto de princpios fundamentais do marketing empresarial

    Administrao de marketing em cooperativas um conjunto de aes que

    envolvem planejamento, organizao, direo e controle da rea comercial de

    um estabelecimento, seja empresa privada ou cooperativa. Um bom

    planejamento de marketing minimiza os erros, que podem colocar a empresa

    em situao desfavorvel, aperfeioa recursos e coloca a empresa frente da

    concorrncia; cria diferencial competitivo e agrega valor sua marca; aumenta

    a lucratividade atravs de bons negcios e conquista a cada dia novos clientes.

    A organizao revela a maneira de como organizar as linhas de

    autoridade e comunicao da empresa, onde os deveres e responsabilidades

    so de ordem primordial ao seu pessoal para alcanar seus objetivos. A

    combinao de fatores tipos como a variedade de produtos, mercados

    trabalhados pela empresa, tipo como estrutura usual no ramo de negcio,

    crenas e valores compartilhados pelos dirigentes da organizao. essencial

    para a forma final de uma empresa. A preocupao das empresas realmente

    voltadas para o marketing fazer com que seu produto chegue ao consumidor

    final de modo a garantir a satisfao de suas necessidades e desejos de forma

    positiva e continuada.

    O sistema de marketing contribui diretamente como um canal de

    distribuio organizado, estruturado e unificado, em que produtor e

    intermedirios, em conjunto, facilitam o fluxo de bens e servios desde a

    produo at o consumidor final. (KOTLER, 1998)

    Para uma cooperativa aproveitar melhor o potencial de sua equipe, a

    mesma dever destinar o processo de gerao de oportunidades ao marketing,

    pois, dentro da rea comercial, a cooperativa pode realizar a inteligncia do

    mercado, a tcnica de avaliao e a identificao de oportunidades, bem como

    o planejamento de aes de relacionamento e campanhas para dar suporte s

    vendas. Essa operao conjunta traz muitas vantagens para a empresa

  • 32

    cooperativista, pois estabelece um relacionamento produtivo, mesmo frente ao

    constante aumento da competitividade do mercado.

    2.3 Estratgias de marketing na rea de venda

    A aplicao de estratgias de marketing adequadas para uma empresa

    essencial para manter a competitividade no mercado em que atua. O objetivo

    da empresa deve ser bem definido, com uma pesquisa bem elaborada, capaz

    de detectar os desejos e necessidades do consumidor, para, ento, atender as

    expectativas. Estar sempre atento ao que acontece no mercado uma das

    melhores tticas para manter-se ativo no mercado. Uma boa pesquisa foca o

    planejamento de seus produtos e servios, estratgias de comunicao e

    divulgao ao mercado, polticas de preo. Alem de distribuio dos produtos.

    Para a organizao, o sucesso atender prontamente as necessidades do

    consumidor.

    A distribuio adequada do produto um aspecto muito importante, que

    dever estar disponvel ao consumidor, no lugar certo, na hora certa e na

    quantidade ideal, tendo por finalidade colocar os produtos ao alcance do maior

    nmero possvel de consumidores reais e potenciais.

    fundamental que o produto ou servio no oferea riscos para a sade fsica ou psquica do consumidor, seja atravs de sua ingesto, ou atravs de tratamentos feitos durante a plantao. Por exemplo, na agricultura, que se diminua o nvel de resduos txicos contidos nos alimentos produzidos; assim como a poluio de solos e guas, se quiser falar de segurana e qualidade. (PIZZINATO, 2005, p. 30) (b)

    O canal de distribuio transfere mercadorias e servios desde a

    fabricao at o consumidor final, superando a falha em tempo, espao e

    posse daqueles que possivelmente o utilizaro. Devem ser analisados os

    hbitos dos consumidores finais, tendo em vista, a relao entre fabricante e

    consumidor, quantidades adquiridas, assim como pocas de compras e

    concentrao geogrfica do mercado consumidor.

  • 33

    Para que, no ato da compra, o consumidor, j predisposto a comprar,

    adquira o produto ou servio divulgado, deve-se ter uma boa equipe de vendas,

    preparada para prestar um atendimento qualificado a este consumidor; tais

    estratgias promovem uma consistente e constante comunicao e divulgao

    ao mercado. Por isso o marketing deve ser encarado como conceito de

    investimento e no como despesa.

    No marketing a distribuio compreende as atividades necessrias para

    que a oferta comercializada pela empresa fique acessvel ao seu mercado

    consumidor, o que se refere logstica e aos canais atravs dos quais o

    produto chega aos clientes. A distribuio o ponto mais visvel aos olhos do

    consumidor e dar visibilidade ao produto to importante quanto produzir,

    divulgar e compreender o mercado, pois traz ao consumidor a satisfao por

    adquirir um produto. A distribuio no deve ser vista como o ponto final do

    marketing, mas como um dos elos que mais favorecem as organizaes e

    levam nas ao sucesso no mercado.(PIZZINATO,2005)

    2.3.1 Introduo ao planejamento estratgico

    Segundo Kotler (2003) (b) planejamento estratgico o processo de

    desenvolver e manter um ajuste estratgico entre os objetivos, habilidades e

    recursos de uma organizao e as oportunidades de marketing em um

    mercado em continua mutao.

    O conceito de estratgia sempre esteve presente na atividade

    empresarial, mesmo na poca de economia menos complexa, poca de

    facilidade de colocao dos produtos no mercado.

    Para definir os conceitos de planejamento estratgico necessrio

    conhecer a natureza do prprio negcio, as potencialidades dos mercados e da

    empresa, ter viso de futuro e se preparar para enfrent-lo.

    Atualmente, com o crescente desenvolvimento, h algumas modificaes

    no cenrio empresarial, como uma maior complexidade nas relaes

    econmicas, provenientes do crescimento das empresas e da maior

    seletividade na compra dos produtos, entre outros aspectos.

  • 34

    2.3.2 Conceituao bsica

    Segundo Kotler (1998) o conceito de Marketing assume que a chave para

    atingir as metas organizacionais consiste em ser mais eficaz do que os

    concorrentes para integrar as atividades de marketing, satisfazendo, assim, as

    necessidades e desejos dos mercados alvos.

    Identificados os desejos e necessidades dos clientes, haver maior

    disponibilidade de produtos e servios capazes de atender a demanda.

    J na viso de Drucker (2002) sobre marketing, deve-se entender o cliente

    de maneira que o produto ou servio se adaptem a ele to bem que se venda

    por si mesmo. O marketing uma necessidade de sobrevivncia, um

    conjunto de processos que envolvem a criao, comunicao e a entrega de

    valor para os clientes; a filosofia para analisar as necessidades dos clientes,

    tomando as decises corretas para satisfaz-las melhor que a concorrncia.

    2.3.3 Caractersticas que definem o comportamento no ato da compra

    As compras do consumidor so extremamente influenciadas pelas

    caractersticas culturais, sociais, pessoais e psicolgicas. Na maior parte das

    vezes os profissionais de marketing no podem controlar esses fatores, mas

    devem lev-los em considerao (KOTLER, 2003). (c)

    Os fatores culturais envolvem, alem da cultura de cada regio a subcultura

    e a classe social; os fatores sociais envolvem os grupos de referencias, as

    famlias, papis e status; j os fatores pessoais envolvem idade e estgio no

    ciclo de vida, ocupao, situao financeira, estilo de vida, personalidade e

    auto-imagem. Por fim, os fatores psicolgicos envolvem a motivao,

    percepo, aprendizagem crenas e atitudes.

    A soma desses fatores que d origem a um consumidor.

  • 35

    2.3.4 Nveis de deciso

    As decises de marketing tm por objetivo definir os melhores planos

    estratgicos para abordar o mercado, escolher a melhor campanha publicitria,

    selecionar o segmento e o tipo de produto a oferecer. Para isso deve-se optar

    pela tcnica mais adequada ao propsito e trabalhar para obter resultados.

    Assim torna - se fundamental a utilizao de novas tcnicas para comprovar

    que foram alcanados os resultados pretendidos, conhecer os consumidores,

    as suas caractersticas e quais os mais rentveis, que padres de

    comportamento assumem e que preferncias apresentam.

    Para a empresa a adaptao a essas exigncias primordial, pois, nos

    dias de hoje, a tecnologia permite recorrer a muitas ferramentas e tcnicas

    para a anlise de dados, o que facilita a interpretao de sinais do

    comportamento, das preferncias, dos hbitos e dos desejos que os

    consumidores apresentam. (DIAS, 2003)

    2.3.5 Tipos de planos: estratgico, ttico, operacional

    O nvel estratgico estabelece a direo a ser seguido pela empresa,

    visando sempre aperfeioar sua relao com o meio ambiente. Pode ocorrer a

    partir de duas vises diferentes; uma onde a empresa produz e o mercado

    absorve o produto e outra, baseada na viso do mercado alvo.

    Segundo Kotler e Armstrong (1999), o marketing estratgico cria uma

    proposio de valor total que diferencie os produtos de uma empresa dos de

    seu concorrente.

    O nvel ttico combina os meios disponveis para a execuo dos planos

    estratgicos, consistindo em utilizar, da melhor forma possvel, os recursos da

    empresa, para alcanar seus objetivos.

    Trabalha as caractersticas especficas do produto, o preo e a

    distribuio.

  • 36

    O nvel operacional enfatiza as atividades de curto prazo, direcionadas ao

    atendimento e manuteno dos mercados; enfoca a execuo dos planos

    estratgicos atravs dos recursos financeiros disponveis e do elemento

    marketing mix.

    Esses trs nveis devem atuar de modo sinrgico; a estratgia deve

    orientar e determinar as decises. As decises tticas e operacionais lidam

    com os objetivos determinados pela estratgia e implementao dos trs nveis

    de deciso.

    2.3.6 Conceitos de estratgia empresarial

    Estratgia uma palavra que deriva do grego strategos, que significa

    general no comando das tropas, significado esse que foi evoluindo e passou a

    incluir habilidades gerenciais, alm das puramente militares, tornou-se muito

    comum nas diversas reas do mercado. No perodo que antecedeu Napoleo

    Bonaparte, estratgia significava arte ou cincia de conduzir foras militares

    para derrotar o inimigo ou abrandar os resultados da derrota.

    A estratgia pressupe o conhecimento da pesquisa de mercado, a

    anlise dos pontos fortes e fracos e ameaas a serem enfrentadas, mudando a

    sua reflexo para a guerra empresarial, nos dias de hoje. Assim, uma empresa

    que define a sua estratgia no autoconhecimento do ambiente competitivo

    capaz de superar os oponentes, pelo posicionamento diferenciado, consistindo

    em se aproveitar da prpria fora que pode anular ou derrotar o concorrente.

    Uma empresa precisa monitorar continuamente as estratgias de seus

    concorrentes. (KOTLER, 2000) (a)

    Quando se fala em estratgia, o tudo nada. O menos mais. Ser

    diferente, focalizar uma escolha e demarcar uma posio nica no mercado

    fazem parte da excelncia na estratgica empresarial.

    2.3.7 Anlise ambiental: pontos fortes e fracos

  • 37

    Para que uma empresa seja bem sucedida, ela precisa ter fatores crticos

    de sucesso que so nada mais, que a capacidade de recursos que a empresa

    precisa para ter sucesso. Para que isso ocorra h necessidade de se avaliar

    seus pontos fortes e fracos, o que pode ser feitos atravs de questionrios ou

    quadros que julgam qual a verdadeira importncia de cada setor. Muitas

    vezes um negcio vai mal porque faltam em seus departamentos as foras

    necessrias para se trabalhar em equipe. (AMARO, 2008)

    2.3.8 Recursos empresariais

    Quando se fala em recursos empresariais, o foco ERP Enterprise

    Resource Planning, ou Planejamento de Recursos Empresarias, um software

    de planejamento muito utilizado em empresas para diferentes funes e

    operaes, sendo bem eficiente em reas de montagem ou entregas de

    produtos. A ERP, muito utilizada nos dias atuais, vem enfrentando alguns

    problemas, pois a mesma leva muito tempo, muito cara e no traz os

    benefcios e custos que promete. Por isso, a empresa deve fazer suas

    escolhas estratgicas antes de programar o processo para que no escape ao

    controle e obviamente lembrar-se de que um processo cujos resultados vm

    a longo prazo. (BUCKHOT; FREY; JUNIOR NEMEC, 1999)

    2.3.9 Anlise ambiental externa

    As empresas bem sucedidas tm vises do ambiente interno e externo de

    seus negcios. Elas reconhecem que o ambiente de marketing est constante

    mente apresentando novas oportunidades e ameaas e compreendem a

    importncia de continuarem a monitorar e se adaptar ao ambiente (KOTLER,

    2000)

  • 38

    O objetivo dessas empresas identificar ameaas e oportunidades do

    ambiente externo, para que possam definir estratgias quanto a

    competitividade, produto, mercado e utilizao dos meios de investimento.

    2.3.10 Ameaas e oportunidades

    Em geral uma empresa precisa analisar alguns aspectos quando se trata

    de verificar suas ameaas e oportunidades. As oportunidades de mercado vm

    atravs da anlise do mercado e do seu marketing, para que a mesma possa

    atuar com lucro. E a ameaas ambientais vm atravs de um desafio que

    decorrente das tendncias ou desenvolvimento desfavorvel que levaria total

    deteriorao das vendas e do lucro da empresa. (DORNELAS, 2008)

    2.3.11 Estratgias genricas

    Pode-se descrever estratgia competitiva como aes defensivas e

    ofensivas para criao sustentvel de uma empresa, onde a mesma pode usar,

    individualmente ou em conjunto, trs estratgicas para uma posio em longo

    prazo: custo, diferenciao e foco. (PORTHER, 1998)

    2.3.12 Vantagem competitiva

    Vantagem competitiva pode ser entendida como a vantagem

    propriamente dita que uma empresa tem em relao s outras, como a

    concorrncia de nveis econmicos e estratgicos. Sua base est em itens

    como: foco no cliente, qualidade do produto, distribuio, valor da marca,

    produo com baixo custo, patentes de direitos autorais, proteo do governo

    (subsdios e monoplios), e equipe gerencial. (NUNES, 2007)

  • 39

    2.3.13 Grupos estratgicos

    Trata-se de um conjunto de empresas que so do mesmo ramo de

    atividades e que optaram por orientaes estratgicas semelhantes em

    determinadas funes variveis, embora possam apresentar algumas

    diferenas para criao de grupos estratgicos, como: gama de produtos,

    canais de distribuio, diferenciao, poltica de preos, cobertura geogrfica,

    grau de integrao vertical. (NUNES, 2008)

    2.3.14 Alianas estratgicas

    Por definio, aliana estratgica uma juno de scios, onde uma das

    partes oferece produtos e servios e a outra oferece nicho de mercado.

    Entretanto as duas tm o mesmo propsito: o de gerar novos negcios com

    ganhos e benefcios de ambas as partes, podendo, assim, desfrutar de seus

    ganhos. (COULOMB, 2008)

  • 40

    CAPTULO III

    CAMDA COOPERATIVA AGRICOLA MISTA DE ADAMANTINA

    3 A COOPERATIVA CAMDA

    No dia 04 de abril de 1965, alguns agricultores uniram-se sob a forma

    mais democrtica possvel e criaram um elo com cada plantador da regio. A

    histria da Camda est ligada vida de um grupo de pioneiros, homens que

    transformaram objetivos em trabalho, venceram dificuldades e souberam com o

    prprio esforo, superar a indiferena inicial.

    Fonte: Camda, 2008

    Figura 2: Primeira Cooperativa Camda

    Mais do que ajustar-se s inmeras etapas vividas pela agricultura, a

    Camda colaborou para que no ocorressem turbulncias nas terras de seus

    associados.

    Seu objetivo era fortalecer a comercializao de produtos, aquisio de

    insumos, mudas, sementes e outros produtos necessrios para plantio e

    colheita. Outro fator importante foi fundar uma representao firme e coesa

    junto aos rgos governamentais da poca, sendo que a mais importante

    tarefa foi ser uma espcie de indicador de rota a seguir, o divulgador da mais

    moderna tecnologia e criador de processos para o manuseio da terra. Assim

  • 41

    surgiu e regida at hoje por esses princpios, a Camda

    Cooperativa Agrcola

    Mista de Adamantina.

    A misso da Camda, nesses 43 anos sempre foi atender as expectativas

    dos cooperados, atravs de orientao tcnica e qualificada e insumos de

    reconhecida qualidade, para que sua atividade agrcola ou pecuria alcance

    maior produtividade e melhores resultados; exercer uma atividade tcnico-

    educacional formativa, desenvolvendo e preparando cooperados como

    cidados conscientes e participativos para o aprimoramento contnuo de sua

    atividade, da comunidade e da cooperativa.

    A viso da cooperativa crescer e se desenvolver em bases

    econmicas slidas, sendo referncia na prtica da administrao moderna

    com foco no cooperado e nos resultados; ser profissionalizada e caracterizada

    pelo estilo participativo de gesto, alicerada nas parcerias com marcas fortes

    e nos conceitos de qualidade e confiabilidade; ser reconhecida no setor pela

    prtica de uma poltica de recursos humanos que proporciona desafios e

    oportunidades de crescimento pessoal e profissional aos seus colaboradores;

    cultivar uma identidade de misso, viso e valores, cuja prtica seja claramente

    reconhecida pelos cooperados, fornecedores e colaboradores e

    imprescindivelmente comprometida com a preservao do meio ambiente.

    Cultiva valores fundamentais: tica, honestidade de princpios e

    propsitos, confiana e respeito mtuo, pioneirismo e ousadia, integridade,

    perseverana, transparncia e comprometimento. A Camda tem seu escritrio

    central localizado na cidade de Adamantina, na Rua Chujiro Matsuda, 25 na

    Vila Endo.

    Fonte: Camda, 2008

    Figura 3: Matriz de Adamantina

  • 42

    Fonte: Camda, 2008

    Figura 4: Filial Lins SP

    Ao longo desses 43 anos, a cooperativa se expandiu muito, e hoje

    possui vrias lojas:

    Estabelecimentos da Cooperativa QTD

    Lojas 23

    Fbrica de Suplemento 01

    Recebimentos de milho 01

    Campo experimental 01

    Clube de Campo 01

    Depsitos Fechados 03

    Central Estoque 01

    Postos de Recebimento de Embalagem (prprio) 02

    Postos de Recebimento de Embalagem (conveniados) 13

    Fonte: Camda, 2008

    Quadro 3: Estabelecimentos da cooperativa

    A cooperativa Camda possui vrias filiais espalhadas pelo territrio

    nacional como podemos ver abaixo:

  • 43

    Adamantina Presidente Prudente

    Andradina Santa F do Sul

    Araatuba So Jos do Rio Preto

    Assis Londrina-PR

    Dracena Coromandel-MG

    Ja Bataguass-MS

    Junqueirpolis Campo Grande-MS

    Lenis Paulista Dourados-MS

    Lins Nova Andradina-MS

    Lavnia (silo milho) Paranaba-MS

    Macatuba Ribas do Rio Pardo-MS

    Pacaembu Trs Lagoas-MS

    Penpolis

    Fonte: Camda, 2008.

    Quadro 4: Filiais da cooperativa

    A prtica de compras da cooperativa, a baixa inadimplncia, e a

    conscincia da responsabilidade dos companheiros da diretoria tambm so

    fatores que atestam a constante preocupao em conduzir a cooperativa de

    forma racional, planejada e transparente. As perspectivas de crescimento para

    o ano 2008 da Camda so:

    a) aquisio de silo para milho em Adamantina;

    b) instalao de fbrica de rao anexa ao silo adquirido;

    c) construo de prdio para filial de Presidente Prudente;

    d) instalao de laboratrio de anlise de solo;

    e) abertura de novas unidades em SP/MS/PR;

    f) ampliar a assistncia tcnica ao cooperado;

    g) elevar o ndice de cooperados atuantes.

    A seguir figuras do Silos da Cooperativa.

  • 44

    Fonte: Camda, 2008

    Figura 5: Silos da cooperativa de Andradina - SP

    Fonte: Camda, 2008

    Figura 6: Silos da cooperativa de Lavnia - SP

  • 45

    Fonte: Camda, 2008

    Figura 7: Campo experimental de Adamantina - SP

    A cooperativa possui uma linha prpria de produtos chamada

    MINERCAMDA, que sempre garante a qualidade e a confiana dos pecuaristas

    associados da Camda. Em 2007, as fbricas de suplemento mineral, rao e

    mudas nas cidades de Adamantina (figura 7) e Andradina (figura 8)

    trabalharam em dois turnos para atender a demanda crescente, o que significa

    que a Camda sempre busca inovaes.

    Fonte: Camda, 2008

    Figura 8: Fbrica de Andradina SP

    Preocupada com a qualidade de vida, no s de seus funcionrios, mas

    tambm de seus cooperados, a Camda fomenta uma poltica contnua de

  • 46

    investimento com seus colaboradores, atravs de programas de estgios

    remunerados, plano de benefcios, programas de treinamento e qualificao

    profissional, de educao, sade e bem-estar.

    Aos cooperados destinam-se diversas palestras, dias de campo, cursos

    e treinamentos sobre novas tecnologias, programas de incentivos s boas

    prticas agrcolas e segurana no campo e outras campanhas na matriz e nas

    filiais, tais como:

    a) SIPAT - Proteo e Combate Incndio

    Fonte: Camda, 2008

    Figura 9: Eventos realizados

    b) SIPAT - Os Problemas que Afetam os Trabalhadores

    Fonte: Camda, 2008

    Figura 10: Eventos realizados

    c) Encontro de Jovens Cooperativistas

  • 47

    Fonte: Camda, 2008

    Figura 11: Eventos realizados

    Em paralelo, desenvolvem-se projetos, no s voltados para seu pblico

    interno, mas para toda a comunidade. Entre eles destacam-se aes de

    educao (social e cultural) e preservao ambiental, realizadas em parceria

    com seus fornecedores, os quais so:

    a) Lave e devolva

    b) Adamantina recicla

    c) Escola no campo

    d) Agricultor nota 10

    e) Programa segurana e sade no campo com nfase no uso de

    equipamentos de proteo individual

    f) Projeto horta familiar

    g) Jogo de futebol beneficente

    h) Dia nacional do campo limpo.

    Outros projetos esto comeando a serem implantados no ano de 2008

    como: Mata Viva, Dupont na Universidade, Dupont nas escolas e Mosaico

    Teatral.

    3.1 Projetos

    3.1.1 Programa lave e devolva

    As embalagens de agrotxicos passam por um processo de lavagem,

    trplice lavagem e so furadas. Tais embalagens no podem ser reutilizadas,

  • 48

    devem ser incineradas ou recicladas na construo civil para vrias finalidades,

    como na fabricao de canos.

    Fonte: Camda, 2008

    Figura 12: Programa Lave e Devolva

    Devido a essa preocupao a Camda tem vrios postos de

    recebimentos das embalagens, como:

    a) Adamantina - SP

    b) Assis - SP

    c) Bilac - SP

    d) Cambe - SP

    e) Campo Grande - SP

    f) Campo Novo do Parecis - MT

    g) Dourados - MS

    h) Jales - SP

    i) Ja - SP

    j) Monte Carmelo - MG

    k) Navira - MS

    l) Paraguau Paulista - SP

    m) Penpolis - SP

    n) So Jos do Rio Preto - SP

    o) Tangara da Serra - SP

    p) Trs Lagoas - MS

    q) Votuporanga - SP

    Por outro lado, a CAMDA tambm responsvel pelo destino correto

    dos agrotxicos a serem utilizados. Se o veneno vem com instruo de ser

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    usado para a soja, no pode ser vendido para cana, o prprio sistema da

    empresa no aceita e trava; desta maneira no tem como errar um sistema

    prprio, no terceirizado. Os equipamentos e softwares so de ltima

    gerao, dando assessorias necessrias aos cooperados, diretores, filiais e

    departamentos. Todos o