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ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO EM DIFERENTES SETORES DE UM SUPERMERCADO ERGONOMIC ANALYSIS OF WORK IN DIFFERENT SECTORS OF A SUPERMARKET Lara Leal da Costa – [email protected] Graduando de Fisioterapia – UniSALESIANO de Lins Saulo de Sousa Soares - [email protected] Graduando de Fisioterapia – UniSALESIANO de Lins Prof. Me Marco Aurélio Schiavon Gabanela – [email protected] Orientador– UniSALESIANO de Lins RESUMO Com os avanços tecnológicos, são exigidos dispositivos mais modernos, sincronizados para multitarefas, de baixo custo e com maior performance, deixando de oferecer condições de conforto ou segurança, resulta em indisposição, desmotivação e postura incorreta do funcionário, interferindo diretamente na queda de seu rendimento, acarretando lesões e afastamentos decorrente do posto de trabalho. A ergonomia trouxe um novo conceito para as empresas, por meio do qual podem buscar um auxílio sem perder a produtividade, melhorando as condições de trabalho já existentes, introduzindo conhecimento ao homem sobre o serviço através de treinamentos, conscientização, entre outros. Acredita-se que as atividades exercidas em um supermercado podem apresentar sobrecarga física e postura incorreta. Desta forma, o presente estudo tem como objetivo analisar diversos postos de trabalho e apresentar melhorias para a vida do trabalhador. Este estudo trata de uma pesquisa de campo de caráter quantitativa. Para isso foram utilizadas dois tipos de ferramentas ergonômicas: a primeira um questionário de censo de ergonomia e a análise ergonômica do trabalho, por meio da ferramenta RULA (Rapid Upper Limb Assessment) . Para a realização do questionário e a análise ergonômica, foram coletados os dados de 31 colaboradores de um supermercado distribuídos em diversos setores. Os resultados 1

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ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO EM DIFERENTES SETORES DE UM SUPERMERCADO

ERGONOMIC ANALYSIS OF WORK IN DIFFERENT SECTORS OF A SUPERMARKET

Lara Leal da Costa – [email protected]

Graduando de Fisioterapia – UniSALESIANO de Lins

Saulo de Sousa Soares - [email protected]

Graduando de Fisioterapia – UniSALESIANO de Lins

Prof. Me Marco Aurélio Schiavon Gabanela – [email protected]

Orientador– UniSALESIANO de Lins

RESUMOCom os avanços tecnológicos, são exigidos dispositivos mais modernos,

sincronizados para multitarefas, de baixo custo e com maior performance, deixando de oferecer condições de conforto ou segurança, resulta em indisposição, desmotivação e postura incorreta do funcionário, interferindo diretamente na queda de seu rendimento, acarretando lesões e afastamentos decorrente do posto de trabalho. A ergonomia trouxe um novo conceito para as empresas, por meio do qual podem buscar um auxílio sem perder a produtividade, melhorando as condições de trabalho já existentes, introduzindo conhecimento ao homem sobre o serviço através de treinamentos, conscientização, entre outros. Acredita-se que as atividades exercidas em um supermercado podem apresentar sobrecarga física e postura incorreta. Desta forma, o presente estudo tem como objetivo analisar diversos postos de trabalho e apresentar melhorias para a vida do trabalhador. Este estudo trata de uma pesquisa de campo de caráter quantitativa. Para isso foram utilizadas dois tipos de ferramentas ergonômicas: a primeira um questionário de censo de ergonomia e a análise ergonômica do trabalho, por meio da ferramenta RULA (Rapid Upper Limb Assessment). Para a realização do questionário e a análise ergonômica, foram coletados os dados de 31 colaboradores de um supermercado distribuídos em diversos setores. Os resultados mostraram que dos entrevistados 93,5% apresentaram queixas dolorosas. Desses, 89,65% relacionaram as dores com o trabalho, com relação a prevalência de dor, 55% apresentaram dor no ombro, enquanto 52%, dor na coluna, foram os principais locais apresentados. Com relação à análise ergonômica pela ferramenta RULA, pode-se observar que a maioria dos setores apresentou risco com necessidade de intervenção rápida ou imediata, mostrando que existe uma relação de causalidade entre o posto de trabalho e as queixas apresentadas. Alguns setores ainda apresentaram todos os postos de trabalho com máxima pontuação e risco, como foi o caso do açougue, repositores, limpeza e hortifrúti. Após a realização da pesquisa, pode-se concluir que o censo de ergonomia mostrou uma realidade da empresa e que a ferramenta de análise se mostrou muito eficiente para mapear os riscos ergonômicos apresentados. É necessário, agora, que a empresa coloque em prática as propostas de intervenção que foram traçadas, a fim de que os riscos ergonômicos sejam eliminados.

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Palavras-chave: Saúde do Trabalhador. Ergonomia. Ferramentas Ergonômicas. Postura.

ABSTRACT

With technological advances, more modern devices are required, synchronized for multitasks, of low cost and with greater performance, being no longer to offer conditions of comfort or security, result in an indisposition, demotivation and incorrect posture of the employee, interfering directly in the fall of his performance, resulting in injuries and withdrawals from the job. Ergonomics has brought a new concept for companies, through which they can seek help without losing productivity, improving existing working conditions, introducing knowledge about service through training, awareness, among others. It is believed that the activities carried out in a supermarket may present physical overload and incorrect posture. Thus, the present study aims to analyze several jobs and present improvements to the worker's life. This study deals with a quantitative field research. For this, two types of ergonomic tools were used: the first an ergonomic census questionnaire and the ergonomic analysis of the work, through the RULA (Rapid Upper Limb Assessment) tool. For the accomplishment of the questionnaire and the ergonomic analysis, the data of 31 employees of a supermarket distributed in several sectors were collected. The results showed that 93.5% of the interviewees had painful complaints. Of these, 89.65% related pain with work, in relation to the prevalence of pain, 55% presented shoulder pain, while 52%, pain in the spine, were the most reported. Regarding the ergonomic analysis by the RULA tool, it can be observed that most of the sectors presented a risk with the need for rapid or immediate intervention, showing that there is a causal relationship between the job and the complaints presented. Some sectors still presented all the jobs with maximum score and risk, as was the case of butchers, repositories, cleaning and fruits and vegetables sector. After conducting the research, it can be concluded that the ergonomics census showed a reality of the company and that the analysis tool was very efficient to map the presented ergonomic risks. It is now necessary for the company to implement the intervention proposals that have been drawn up so that the ergonomic risks are eliminated.

Key words: Worker's Health. Ergonomics. Ergonomic tools. Posture.

INTRODUÇÃO

. A ergonomia se caracteriza a partir da adaptação de um objeto para seu

próprio manuseio. Ou seja, a ergonomia tem como objetivo adaptar e estudar os

postos de trabalho para o trabalhador e também a atividade de produção, com a

finalidade de promover saúde nos postos de trabalho, conforto, proteção,

efetividade, prevenção de lesões e doenças no trabalho (IIDA, 2005).

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Segundo Abrantes (2004), é muito importante orientar os trabalhadores sobre

as posições adquiridas na realização do trabalho, pois após um tempo chega-se à

acomodação das estruturas trazendo riscos à saúde, prejuízos e diminuindo sua

produção. Quando a postura não enquadra com os padrões exigidos assegurando

segurança e bom desempenho, são necessárias mudanças, nas ferramentas, na

realização e modo de execução das atividades (COUTO; NICOLETTI; LECH, 2007).

As posturas, manuseios incorretos e tempo prolongado numa determinada

posição adotada pelos funcionários predispõem a doenças e danos à saúde,

levando a atitudes corporais antálgicas, piorando o quadro do indivíduo. O

organismo, no início do estresse, manda informações através de dor com o objetivo

de proteger o local como um pedido de descanso e repouso. Caso este sinal não

seja respeitado, este estresse evolui para um caso crônico, posteriormente

avançando para incapacidades e perda da função (RANNEY, 2000).

Se tratando das Lesões por Esforço Repetitivo (LER), atual DORT – Distúrbio Osteomusculares Relacionados ao Trabalho, as mesmas foram reconhecidas como doença ocupacional pela Previdência Social e atualmente são a 2º causa de afastamento do trabalho no Brasil (ABRANTES, 2004, p. 11).

Deste modo, a fisioterapia e a ergonomia têm um papel importante na

preservação da saúde e qualidade de vida do funcionário, sem perder a mão de obra

através da assistência e reabilitação (FERREIRA; SHIMANO; FONSECA, 2009).

Diante disso, surgiu a pergunta: A análise ergonômica do trabalho pode

demonstrar soluções para os problemas averiguados em diversos postos de

trabalho de um supermercado?

É muito importante destacar a necessidade da orientação aos trabalhadores, passando para os mesmos o porquê de se fazer o esforço da forma correta, considerando-se então as más práticas como não conformidade e, portanto, sujeita às devidas medidas administrativas de correção de desempenho (COUTO, 2007, p.27).

Acredita-se que, por meio do levantamento dos dados observados através da

análise ergonômica, esclarecimento de dúvidas e informações com relação aos

problemas apresentados, podendo a fisioterapia oferecer métodos e ferramentas

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para minimizar e reestabelecer disfunções dos postos de trabalho, através da

análise ergonômica.

Desta forma, o presente estudo tem como objetivo analisar diversos postos de

trabalho e apresentar melhorias para a vida do trabalhador, baseando-se em

resultados obtidos no questionário de censo de ergonomia e na análise ergonômica

do trabalho por meio da ferramenta RULA.

O primeiro capítulo contém os conceitos, a história e a aplicabilidade da

ergonomia. O segundo, busca expor a formas e meios da doenças ocupacionais e a

estatística no Brasil. O terceiro capítulo expõe os resultados obtidos através da

pesquisa, os métodos e técnica. Após, vêm a discussão comparando os resultados

de outras pesquisas com a do estudo, a proposta de intervenção com meios para

melhorar a saúde do trabalho e as conclusões finais.

1 Ergonomia

Segundo Nascimento e Moraes (2000), acredita-se que a ergonomia vem

desde os tempos pré-históricos, quando os seres humanos daquela época,

independentemente de conhecimentos e com uma crescente capacidade de

raciocíonio, realizavam a escolha e uma adaptação de um artifício natural para seu

próprio manuseio, durante suas atividades diárias, como o ato de caçar, cortar, entre

outros.

De maneira histórica, a primeira menção sobre ergonomia foi durante o ano

de 1857, publicado por um professor polonês, chamado W. Jastrzebowski do

Instituto Agronômico de Varsóvia. A matéria chamada “Ensaios de ergonomia, ou

ciência do trabalho, baseada nas leis objetivas da ciência sobre a natureza”. A

expressão ergonomia vem do grego: ergo significa trabalho, e nomo regras,

significando a expressão, estudo das leis do trabalho (ABRANTES, 2004).

A ergonomia é uma ciência que visa à habituação e prevenção à saúde,

levando-se em conta as características do homem ao trabalho, com uma

interpretação extensa, não relacionada somente com maquinários ou outras

ferramentas, mas sim ao envolvimento entre o homem e a suas ocupações, que

também devem apresentar resultados positivos como trabalhador, realizando uma

transmissão de conhecimentos antes, durante e após haver a execução do trabalho.

A finalidade é que se alcance o objetivo almejado, com uma equipe multidisciplinar,

no sistema homem-máquina-ambiente (IIDA, 2005).

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Usada de forma mais condizente, a ergonomia por meio de conhecimentos

como a fisiologia, psicologia, antropometria e biomecânica, promove uma melhor

adequação para execução de um excelente desempenho do trabalhador em seu

posto de trabalho (PEREIRA, 2001).

Nos tempos atuais, vem-se valorizando mais a saúde do trabalhador,

atendendo as características de cada um, em relação ao seu posto de trabalho

exercido, adotando um sistema autônomo, promovendo conhecimento, dando maior

conforto à execução do trabalho exercido, com cargas horárias mais inferiores,

respeitando a individualidade do trabalhador. Em assim sendo, os resultados serão,

seguramente, melhores (IIDA, 2005).

1.1Doenças ocupacionaisAs Doenças Ocupacionais (DO) são enfermidades que podem levar à

incapacidade ou alterações anatômicas, geradas pela má execução do trabalho, ou

por lesões causadas por movimentos feitos de forma contínua e repetitiva. As DO

desencadeiam um grau de sensibilidade ao trabalhador e a determinadas zonas de

trabalho, trazendo danos e reduzindo a qualidade de vida (RANNEY, 2000).

Através da associação e conceito de saúde e doença, pode-se trabalhar,

realizando a prevenção e intervir, sabendo que as atividades exercidas de forma

intensa no trabalho causam prejuízos as estruturas e aos órgãos do corpo humano,

evitando a diminuição da produtividade e rendimento (PEREIRA, 2001).

1.2 LER/DORTAs Lesões por Esforço Repetitivo (LER) e os Distúrbios Osteomusculares

Relacionados ao Trabalho (DORT) são doenças provocadas pelo pouco tempo de

repouso e recuperação do sistema músculo-esquelético e que levam inutilidade ao

trabalhador provisório ou duradouro (O’NEILL, 2003 e OLIVEIRA e COLS., 1998).

De acordo com Couto, Nicoletti e Lech (2007), os DORT são caracterizados

por disfunções causadas pelo desequilíbrio e estresse na saúde física, devido à

utilização biomecânica incorreta. Proporcionam uma tensão e vulnerabilidade a

doenças ósseas, musculares, nervos, tendões e ligamentos, progredindo para casos

crônicos.

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1.3 MetodologiaO presente estudo foi submetido para o Comitê de Ética do UniSalesiano, na

plataforma Brasil, do Ministério da Saúde e foi aprovado por meio do Parecer

Consubstanciado do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP), no dia 18 de maio de

2017. O trabalho relata uma pesquisa de campo de caráter quantitativa. Para isso,

foram utilizadas dois tipos de ferramentas ergonômicas: a primeira, um questionário

censo de ergonomia. A segunda, análise ergonômica de cada setor, foi elaborada

pela ferramenta. O Censo de Ergonomia adaptado pelos autores Couto e Cardoso [s.d.],

baseia-se em um questionário com 11 perguntas sobre as queixas osteomusculares

e sua relação com o posto de trabalho. O trabalhador aponta os desconfortos,

regiões, tempo, característica e intensidade, meios para minimizar e melhorar o

setor, para que se possa agregar na coleta de dados e intervenções, gerando

informações relevantes sobre a ergonomia na empresa.

A ferramenta RULA apresenta uma graduação dos ângulos articulares e dos

segmentos, por meio da amplitude dos movimentos durante o período de trabalho.

Ou seja, classifica-se o posicionamento do membro de acordo com as atividades

realizadas nos postos de trabalho. Esta ferramenta divide-se em 2 grupos A e B. O

grupo A analisa os membros superiores: o braço, antebraço e punho. Após,

quantificam-se os valores encontrados para a tabela A. O grupo B analisa pescoço,

tronco e pernas, após quantificar os valores encontrado para a tabela B. Os dois

grupos terão um valor, o qual será somado com a contração muscular, força e carga.

Por último, estes valores são inclusos na tabela C. Em seguida, ter-se-á o resultado

final do método RULA e nível de intervenção para aquele determinado posto de

trabalho (CAPELETTI, 2013).

1.4 SupermercadoA empresa especializada em supermercado, localizado no Município de Lins,

Estado de São Paulo. Possui 3 redes e totaliza 67 funcionários, porém a pesquisa foi

realizada somente na matriz. Divide-se nos seguintes setores: administrativo

(financeiro e recursos humanos, atendimento ao público, fiscais de nota e compras),

fiscais e operadores de caixa, hortifrúti, padaria e produção, açougue, entregadores,

repositores e estoquistas e auxiliar da limpeza.

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Através da análise de cada setor de um supermercado é possível delimitar os

riscos, prevenir distúrbios e promover a saúde. Nos locais de trabalho, encontram-se

negligência dos funcionários ou da empresa, falta de proteção ou sinalização e as

lesões que, normalmente, acontecem pelo contato físico (SCHAMNE, 2014).

1.5 ResultadosDo total de 31 participantes, 93,5% apresentam queixas de desconforto. Dois

funcionários não relataram dor, o que corresponde a 6,5%. Dos 29 participantes que

relataram queixa, 26 relacionaram as queixas com o trabalho realizado o que

significa 89,65% de queixas relacionadas ao trabalho, Com relação às regiões de

desconforto, 55% relataram o ombro, 52% a coluna, 45% pernas, 34% punho e 28%

pescoço e braço. O ombro e o pescoço obtiveram maior queixa no setor de caixa, a

coluna no setor de reposição, as pernas e os braços no setor da padaria e os

punhos no setor de administrativo, com relação ao tempo de desconforto 62%

relataram que sentem o desconforto há pelo menos um mês, 31% de 3 a 6 meses,

e 7% de 1 a 3 meses, mostrando que as queixas estão acometendo os funcionários

no início de suas atividades a um curto espaço de tempo, com relação á

caracterização do desconforto, listando-se as principais, pode-se observar que

73,1% relataram dor como principal sintoma, 65,4% cansaço, que é uma

característica especifica pós dor, 42,3% sentiram o membro acometido pesado,

30,8% relataram dolorimento, que é uma sensação que se assemelha à dor, 19,2%

limitação dos movimentos, porém com características diferentes. A intensidade do

desconforto mostra que os sintomas ainda não são o principal item a ser

investigado 92,3% relataram a intensidade das dores de forma moderada, ou

seja, isso indica que o problema não está no seu ápice de acometimento, o que

mostra um bom prognóstico, foi apurado o período em que o desconforto aumenta,

48% dos entrevistados apontaram desconforto à noite, o que corresponde a 15

pessoas, 57,7% relatam que o desconforto apresentado pelos funcionários melhora

no período noturno em repouso, isso representa ainda mais a condição do nexo com

o trabalho, pois, no momento do repouso, os sintomas claramente diminuem, 59%

não necessitam tomar medicamentos, grande maioria dos funcionários do mercado

nunca fizeram tratamento osteomuscular (81%).

O método RULA é de fácil aplicabilidade e é útil na avaliação dos riscos de

lesões músculo esqueléticas ligadas ao trabalho.

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Todos os funcionários do setor administração foram avaliados, a grande

maioria teve pontuação 3, a interpretação sugere que é preciso investigar e podem

ser necessárias mudanças, porém houve uma condição de risco 5 que significa

mudar logo. No setor operador de check out (caixa), a grande maioria apresentou

risco ergonômico alto, com pontuação entre 6 e 7, com necessidade de mudar logo

ou até mesmo imediatamente. No setor de Hortifruti apresentaram risco alto e

necessidade de mudança imediatamente, com pontuação 7, nos setores de limpeza,

reposição, padaria e açougue, mostraram que a maioria dos funcionários

apresentam riscos, em que é necessário mudar logo ou imediatamente.

1.6 CONCLUSÃOApós a aplicação do questionário, das queixas osteomusculares e análise

ergonômica, a partir dos resultados obtidos conclui-se que as regiões de desconforto

apresentadas pelos funcionários do supermercado são especificas, de acordo com a

função exercida nos postos de trabalho. O alto índice da análise ergonômica está

relacionada com a má postura, tornando-se necessárias as mudanças. Vale

ressaltar que foi possível mapear os riscos e trazer meios para minimizá-los.

No supermercado em que a pesquisa foi realizada, nunca foi feita análise

ergonômica, nem a realização de palestras. Constatou-se, portanto, uma carência

de informações.

As dificuldades encontradas na realização da pesquisa foram intimidação e o

receio no preenchimento do Censo de ergonomia, em grande parte, na pergunta em

que se sugerem ideias para solucionar problemas nos postos de trabalho e alguns

funcionários, na primeira pergunta, em que se pede para assinalar as regiões de

desconforto do corpo.

Após a execução do presente estudo, pode-se concluir que a análise

ergonômica se mostrou eficiente em relação ao levantamentos dos riscos

ergonômicos aos quais os funcionários estão expostos. Através dessa análise, as

soluções foram apresentados para a empresa que, em conjunto com os

funcionários, devem encontrar uma melhor condição de trabalho.

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