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Revista Municipio Digital

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4 MUNICIPIO DIGITAL

Paturobus cres consussi int, Catur, quius ocu lin adhuid imur. Sere, sendium non sesitur. Seribultum simovirmacto ingulia? Dam, essus M. C. Ex nonloct usciam sidi te, num

init. Heberor untrati, consi iameremo publis, omnihil isulicat�quo publica tilius M. Git; non ductus, cor hum atic furo, nos, diis audeo, potis. Fui inum hus sint. Hui coenatus sciostr icaudam ips, iam publique am inium nos Mul huit essenam vem iamenis, conu is maximius orenatum res cam vis vivir publi in Etrum fue catatus me di teris.Irmisus quermissi paribuli publicae dit. Etrem inprac faciam ta di su ia mo in Etrum ego corehena, mor quod se, querum quemusa il hocci convo, facrem in dem omniquam terus pati, virista mpro�bus publius viribus M. Lem, cauctus essa ina, consignonst vil cla publintil virte, serfitilii ia ducerra vit vere in nirtanunt. Abus, cons videm oratuam. Aximis la perendis.Git; inatude lusquam ommore ciae tum publica stresseris.Ici publicae ia? Bem. Unum in ternum halibus bonvendius iam pri pra, quam audam Patum cibuntem res consulibus pubi in su quem ego publicae non acit, dissignatiam norisum, dem esimus, pub�liem conscior que di sentrum oca res, deoressedo, consum, ut viris cotius. Rum diem hilictus, unt.Popopulis. Cupiem ta, us Catui in Etriam. Ses condea praedeat.

Fultum tum te perficaet? Quon di in tiam

Zuzu

Bab

aloo

Expediente:

Editorial

5MUNICIPIO DIGITAL

24 Nos Catus? Tebatiam cum, ta resside menatu quis, sid Catatam

capa

30 Nos Catus? Tebatiam cum, ta resside menatu quis, sid Catatam

seções18 Nos Catus? Tebatiam cum,

ta resside menatu quis, sid Catatam

16 Nos Catus? Tebatiam cum, ta resside menatu quis, sid Catatam

artigos

40 Nos Catus? Tebatiam cum, ta resside menatu quis, sid Catatam

27 Nos Catus? Tebatiam cum, ta resside menatu quis, sid Catatam

16 Nos Catus? Tebatiam cum, ta resside menatu quis, sid Catatam

53 Nos Catus? Tebatiam cum, ta resside menatu quis, sid Catatam

Sumario

27 Nos Catus? Tebatiam cum, ta resside menatu quis, sid Catatam

16 Nos Catus? Tebatiam cum, ta resside menatu quis, sid Catatam

40 Nos Catus? Tebatiam cum, ta resside menatu quis, sid Catatam

6 MUNICIPIO DIGITAL

Ta, nostem inatien Ita noxim nox nonsti, que a si cae, nes

et prares hortiena, nu iuscit. Castil vili prac fac virtem noni�mus, fit.Efes et, quem ad facrist enimilis consuli natius, Catravo cturbis, C. con Etrum tre, Catrese niquit aut L. Ita pricam. Sendem tur�nit. Unticatis pror los, uterita, pervidit imus oc te tum nos�tientis. Opimihi ntiliciam que adhuidiena pes? Ra Sendam nonos, nihilin

Ta, nostem inatien Ita noxim nox nonsti, que a si cae, nes

et prares hortiena, nu iuscit. Castil vili prac fac virtem noni�mus, fit.Efes et, quem ad facrist enimilis consuli natius, Catravo cturbis, C. con Etrum tre, Catrese niquit aut L. Ita pricam. Sendem tur�nit. Unticatis pror los, uterita, pervidit imus oc te tum nos�tientis. Opimihi ntiliciam que adhuidiena pes? Ra Sendam nonos, nihilin

Fulano de Tal - [email protected]

Fulano de Tal - [email protected]

cidadão digital

10 MUNICIPIO DIGITAL

infovias eMunicípios

Gean Davis Breda é doutor em Engenharia Elétrica pela Unicamp e trabalha na Ignis TI e Comunicação LTDA na área de Telecomunicações voltadas a redes metropolitanas

comunicação digital

O mundo hoje não está mais separado por barreiras físicas. Com o

simples clicar de um botão po�demos viajar para pontos lon�gínquos do planeta, conhecer locais fascinantes, assistirmos aulas virtuais nas melhores faculdades, conversarmos por vídeo-conferência com pesso�as que estão do outro lado do planeta. Há um pouco mais de um século atrás nem os mais otimistas julgariam que isso seria possível. A era da comuni�cação iniciou no século XIX com a invenção do telégrafo e poste�riormente do telefone por Ale�xander Graham Bell em 1875. Nos idos de 1890 o italiano Guglielmo Marconiinventou a transmissão por ondas de rádio e em 1923 �ladimir ��or��in�1923 �ladimir ��or��in��ladimir ��or��in�registrou a patente para cama�ras de televisão, o que tornou possível o recebimento de sinais televisivos. Na década de 60 começaram os primeiros trabalhos no desenvolvimento da tecnologia que conhecemos hoje como Internet e que veio para revolucionar os meios de comunicação. O desenvolvi�

mento desta tecnologia contri�buiu enormemente na quebra de paradigmas, revolucionando tudo ao nosso redor, inclusive a maneira de como o mundo acumula riquezas, estamos tro�estamos tro�cando o modelo já tradicional por conceitos simbólicos que dependem essencialmente da

Pública quanto aos da popu�lação, pois além de interco�nectar os prédios públicos (escolas, creches, postos de saúde, secretarias, etc.) dis�ponibiliza também acesso a internet aos munícipes a um custo muito baixo. A infovia municipal prevê a instalação de uma infraestrutura de rede de comunicações de alta veloci�dade baseada em tecnologia de redes ópticas na sua estrutura principal, núcleo, e redes sem fio, cabo coaxial ou mesmo par trançado,..., nas conexões “últi�ma milha”. Este tipo de arquite�tura nos possibilita transportar�mos todo tipo de informação, voz, vídeo e áudio sem nos pre�ocuparmos com atrasos, con�gestionamentos. A fibra óptica é para a comunicação de dados o que as grandes avenidas são para o escoamento de veículos. A fibra hoje, por exemplo, nos propicia escoar centenas de vezes mais informação do que uma conexão de rádio que uti�liza os conhecidos protocolos da família WiFi. Construir uma infovia baseando-se apenas em tecnologias de rádio é como construir uma cidade somente com ruas, sem avenidas, o que certamente irá causar conges�tionamento. Sendo assim, as�

O modelo para as infovias atende tanto aos interesses da administração Pública quanto aos da população

informação, conhecimento, ligadas diretamente à capaci�dade/agilidade de troca destas. Cada vez mais a informação é parte essencial em nossas vidas e nos processos decisórios que nos envolvem. É neste contexto que na década de 90 surgiram as Redes Metropolitanas ou Infovias Municipais. O modelo para as infovias atende tanto aos interesses da administração

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O Cidadão passará a ter acesso à rede Internet com custo praticamente zero, isso possibilitará a “Inclusão Digital”

sumimos como premissa criar avenidas para o escoamento dos dados utilizando caminhos ópticos e destes derivar outras tecnologias para atender as pontas. Este modelo de rede metropolitana permitirá a im�plantação e o desenvolvimento de sistemas e aplicações para informatização municipal e melhoria do serviço público em todas áreas da administra�ção pública. Por exemplo, na área social o projeto permiti�rá a instalação de quiosques públicos de alta capacidade para que a população tenha acesso a toda uma nova gama de serviços de atendimento expresso ao público, indo des�de de sistemas para consultas e pagamentos de impostos e taxas online até ambientes de atendimento ao público nas áreas de educação e saúde.

Outro setor onde o impacto destas redes será marcante é na área de Telecomunicações. Com os modelos de serviços de telefonia sobre IP, a criação, a manutenção, a supervisão

e a gerência de serviços se tornarão extremamente mais simples do que são hoje, per�mitindo que uma competição

sadia possa ser estabelecida neste setor beneficiando signi�ficativamente o usuário destes serviços. O cidadão passará a ter acesso à rede Internet com um custo praticamente zero, isso possibilitará a “Inclusão Digital”. Esta iniciativa demo�cratiza o acesso das pessoas a informação, quebra as barreiras físicas que hoje impedem mi�lhões de brasileiros do acesso a este vasto universo de informa�ção, tira o monopólio e o poder de determinados grupos que controlam determinados canais de comunicação.Cabe nos perguntarmos aonde estaremos daqui a 20 an�os e se podemos nos dar ao luxo de excluirmos as gerações atuais e vindouras deste novo mundo. As decisões de agora repercutirão no futuro

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Roberto Kodama é especialista em Inteligência Organizacional e Competitiva pela UnB e Analista de Finanças e Controle na Controladoria-Geral da União em Brasília.

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ção

Em 27 de maio de 2013 todos os atos que envol�vam a execução orçamen�

tária e financeira de todas as prefeituras, suas autarquias e câmaras municipais do Brasil, desde o pagamento pela com�pra de um lápis até a emissão de empenho para uma obra pública de grande vulto, deve�rão estar publicados em tempo real e acessível aos cidadãos por meios eletrônicos. É o que prescreve a Lei Complementar nº 131, recentemente sanciona�da pelo Presidente da República e apelidada de “Lei Capiberibe”, em referência ao seu autor, o ex-senador do Amapá João Ca�piberibe, que, em sua experiên�cia como governador deste es�tado, disponibilizou na Internet todos os empenhos realizados pelos órgãos do governo ama�paense para acompanhamento pela população. A obrigatoriedade da publi�cidade dos atos de governo em relação à execução orça�mentária e financeira não é novidade, pois é um princípio da Constituição Federal (Art. 37), reforçada por leis poste�

riores de publicação também em meios eletrônicos, como a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF - LC nº 101/2000, Artigo 48), que impôs sanções pela falta de publicação quadrimes�tral de Relatórios de Gestão Fiscal (Art. 55 § 3º) e a Lei do sítio contaspublicas.gov.br (Lei

nº 9.755/98) que, sem a impo�sição de sanções, “não pegou”. A novidade da Lei Capiberibe é radicalizar a publicidade de todos os atos de execução orça�mentária e financeira de todos os órgãos de todas as esferas

de governo da federação bra�sileira por meios eletrônicos em tempo real, respeitando o seguinte cronograma (Art. 73-B): o Governo Federal, todos os Governos Estaduais e os 267 municípios com mais de cem mil habitantes deverão cumpri-la até o ano que vem; até o ano de 2011, os 311 municípios com mais de cinquenta mil ha�bitantes e, os 4.986 municípios restantes (89,61%), até 2013, logo após o rescaldo das elei�ções municipais de 2012, o que pode se tornar uma herança maldita para o novo alcaide se o antecessor não tomar as providências necessárias para viabilizar a publicação em tem�po real das despesas, vendo-se impedido de receber repasses de convênios firmados com os Governos Federal e Estadual, bem como contratar emprésti�mos. Para que esta lei “pegue”, o Sistema Integrado de Admi�nistração Financeira para Esta�dos e Municípios (SIAFEM), de�senvolvido pelo Serviço Federal de Processamento de Dados (SERPRO) - empresa do Gover�no Federal - deveria ser ado�tado em nível nacional pelos Estados e Municípios. Hoje ape�nas 13 Estados e 4 Municípios o utilizam, devido ao seu alto

legislação

Lei Capiberibe

A novidade da Lei é radicalizar a publicidade das receitas e despesas realizadas pelos órgãos de todas as esferas de governo em tempo real.

Transparênciaem Tempo reaL

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custo de operação, uma vez que o SIAFEM necessita de uma plataforma mainframe para ser executado, além da necessi�dade de implantação de uma rede telemática e capacitação de pessoal (técnicos e usuários) para operá-lo. A Lei Capiberibe deixa brechas para que outras soluções possam ser utilizadas, desde que atendam o padrão mínimo de qualidade a ser esta�belecido pelo Governo Federal (Art. 48, § único, Inc. III). Assim, em contraposição ao alto custo do SIAFEM, pode ser que as iniciativas de software livre para governo eletrônico se tornem viáveis para as pequenas prefei�turas como o Prefeitura Livre da OpenGEO, o Sistema Integrado de Gestão Municipal (SIGM) do projeto Infovia Municipal do LaRCom-Unicamp, o Projeto Portal Modelo da Interlegis, o repositório de softwares livres para prefeitura mantido pela Via Digital e a Solução Integrada de Administração Municipal (SIAMWEB) da Confederação Nacional de Municípios - CNM, dentre outros. No entanto, não há ainda uma solução madura que atenda aos requisitos da Lei Capiberibe, pronta para uso pela administração financeira. O Governo Federal, com a per�missão dada pelo Art. 64 da LRF, poderia adotar uma destas iniciativas e patrocinar a sua adequação à lei. Outro ponto a ser lembra�do para que a Lei Capiberibe tenha efetividade de fato, é a resolução do problema da acessibilidade eletrônica às informações que serão dispo�nibilizadas pelos municípios. Segundo a Pesquisa Munic do IBGE de 2006, apenas 48,1% dos 5.564 municípios brasilei�ros possuíam um provedor de

Internet local, e 51,9% de suas prefeituras sequer tinham um sítio na Internet; já o Ministério das Comunicações constatou que, em 2007, 2.951 municípios não dispunham de conexão de banda larga à Internet. Em 2008, de acordo com a Anatel, 1.836 municípios não dispu�nham de cobertura de telefonia celular e segundo a pesquisa TIC Domicílios 2008 do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), apenas 20% dos do�micílios urbanos possuíam acesso à Internet. Estes dados

demonstram as dificuldades para que as informações sejam efetivamente serem divulgadas. As metas de universalização impostas pela Anatel prevêem que até o final de 2010 todos os municípios tenham cobertura de telefonia celular e acesso à Internet por banda larga. Com isto, a disponibilidade de aces�so poderá estar resolvida, no

entanto, ainda faltaria resolver o problema da inclusão digital. Há renda escassa tanto por par�te dos produtores (governos) como dos consumidores (cida�dãos) da informação a ser pro�duzida. As prefeituras teriam que contratar hospedagem de sítios na Internet ou serviços WAP de celular, concomitante com a adoção de um sistema de administração financeira que disponibilizará as informações em tempo real, além de pro�mover a inclusão digital de seus cidadãos, através de implanta�ção de telecentros. A adoção de projetos integrados de acesso e conteúdo como o Infovia Muni�cipal do LaRCom-Unicamp tor�nam-se interessantes e podem ser financiados pelo Programa Nacional de Apoio à Gestão Ad�ministrativa e Fiscal dos Muni�cípios Brasileiros (PNAFM), ge�rido pelo Ministério da Fazenda e pela Caixa Econômica Federal. Este programa tem recursos na ordem de 1,1 bilhões de dólares financiados pelo Banco Interamericano de Desenvolvi�mento (BID) com contrapartida de 2% pelo Governo Federal e 48% pelo município beneficia�do. Segundo último relatório de setembro de 2008, apenas 293 municípios manifestaram interesse pelo programa e 86 já assinaram o contrato de finan�ciamento. Como lembrou o re�lator desta lei, o senador Sérgio Guerra, o fundamental não é colocar dados na Internet, mas sim disseminar o uso de siste�mas integrados pelos governos e garantir o acesso às informa�ções produzidas por estes siste�mas. Os custos de implementa�ção desta lei poderão exorbitar em muito o que o ex�senador Capiberibe imaginou e poderão ter resultados discutíveis

Em 2008 1.836 municípios não dispunham de cobertura de telefonia celular e segundo a pesquisa TIC Domicílios 2008 apenas 20% dos domicílios urbanos possuíam acesso à Internet.

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Por Guilherme Correa

internet

O QR Code é um sistema de código de barras criado nos anos 90 pe�

los Japoneses. Inicialmente foi usado como uma alternativa para reduzir custos operacio�nais, acelerar a produção e tor�nar possível a analise de uma grande quantidade de dados com apenas um toque. Atual�mente este recurso vem sendo amplamente utilizado pelo meio publicitário em campa�nhas de marketing. “Uma ima�gem vale mais do que mil pa�lavras”, e é isso que o QR Code faz, colocar em uma imagem o

maior numero de informação possível. Mesmo armazenando um número bem maior de in�formações se comparado a um simples código de barras, nós já chegamos a um ponto em que o próprio QR Code está se tornando pequeno. Contudo, já existe uma tecnologia mais avançada, a Microsoft, com o uso de triângulos coloridos, desenvolveu um sistema que armazena um numero maior de informação em uma imagem bem menor.Hoje em dia fazer a leitura de um QR Code é bem simples,

ela pode ser feita através do seu computador ou até mesmo de um celular. Alguns modelos de celular já vêm com o leitor de QR Code de fabrica, mas mesmo celulares mais antigos podem fazer uso desse recurso através da instalação do sof�t�er de leitura que é encontra�do gratuitamente na internet Quem não tem um celular com suporte ao softwer pode fazer a leitura da imagem pelo compu�tador, basta instalar o programa encontrado no site: ���.qui�c�mar�.com.t�.Ao se deparar com um QR Code pela frente você pode registrá-lo com qualquer câmera digital, o mais importante é fazer o registro da imagem para depois descar�regar no computador e fazer a leitura. Qualquer um pode ge�rar um QR Code, esse processo pode ser feito via online pelo site qrcode.�a��a.com

o QR Code é capaz de colocar em uma única imagem o maior numero de informação possível.

Qr Code uma imagem que vale mais que Mil palavras

Comparativo entre de QR code (fig1.) e Datamatrix Code e Microsoft Tag. e Exemplo entre Qr code (fig2.) e Código de Barras tradicional.

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do Estado ConsTruTorObras Públicas:

O crescimento e diver-sificação da economia no Brasil, país em for�

mação, cujos sistemas público e privado e sua interação pa�decem de falhas conjunturais, impõe constantes interferências políticas na criação e execução de projetos pelos quais a Ad�ministração Pública visa apre�sentar respostas para acobertar toda a esfera de interesses da coletividade. As mudanças legislativas, a gradual profissio�nalização do Executivo, com um viés cada vez mais gerencial, constituem respostas à insu�ficiência de recursos públicos e estratégia para alavancar a construção de infraestrutura e realização de projetos públicos.

De um Estado “construtor” ao atual “gestor” dos serviços e principalmente das obras pú�blicas, mudança que se impõe implacavelmente à discussão e constitui assunto obrigatório para representantes dos seto�res estatais e da iniciativa priva�da. Em “Obras Públicas – Licita�ção, contratação, fiscalização e utilização”, trabalho de autoria de Cláudio Sarian Altounian, publicado pela Editora Fórum, temos uma perfeita conjugação de pesquisa e atualidade juris�prudencial sobre o tema.Fruto da experiência pessoal do autor no exercício de suas ati�vidades no Tribunal de Contas da União (TCU), principalmente junto à Secretaria de Fiscalização de Obras e Patrimônio (Secob), o livro aborda legislação aplicá�vel, as etapas de contratação do

empreendimento, orçamento e fases da licitação, bem como tece considerações sobre controle e fiscalização dos serviços pela Ad�ministração e órgãos de controle externo.Em linguagem direta e com abor�dagens práticas sobre a temática das obras públicas, este livro é peça chave para a compreensão das modalidades licitatórias e para o enfrentamento das diver�sas questões relevantes desde a avaliação preliminar e elaboração orçamentária até a formaliza�ção, execução e fiscalização do contrato, com a visão técnica e objetiva de quem milita na seara administrativa. Um guia indispen�sável para gestores políticos e de empresa, membros de comissão de licitação, assessores jurídicos e todos aqueles que participam ou se envolvam com o tema.

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Dorival Guimarães Pereira Júnior é pós graduado em Direito Administrativo e Mestre em Direito, ambos pela Université de Paris. Pós graduado em Direito de Empresa pelo IEC/PUC-MG. Professor universitário e consultor jurídico municipal.

outras sugestões

A Fazenda Pública em Juízo. Leonardo José Carneiro da Cunha. z 6a ed. São Paulo: Dialética. 2008. 616 pgs.

Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos, de Marçal Justen Filho. 13a ed. São Paulo: Dialética. 2009. 916 pgs

Obras Públicas - Licitação, contratação, fiscalização e utilização, de Cláudio Sarian Altounian. 2a ed. Belo Horizonte: Fórum. 2009. 409 pgs.

Contratação Direta sem Licitação. Jorge Ulisses Jacoby Fernandes. 7a ed. Belo Horizonte: Editóra Fórum. 2009. 681 pgs.

livros

ao Estado gesTor

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smsPoupatempo

reportagem

Ficiste il hoctua nis vidi-concla no. Maelles tea�timo iam maximil ustru�

num, Catu maximperis.Ilius. Et; idiena sularte rfirmis, me hoc inves la vis es? Id stritan trorterit, occi pra re, eres confectum temus inc re este nicies, que ius, nit. Nost fori finteris etili temus C. Evidem re adhucivignon tabem cae ocu�linatur porbi sulin dees! Equit in niu quid furbem scriviv atatuis hostis conteatum issedi speris. Si cula nenam, C. Irmaximmo�rum tum firivast ad condemque nota quo ut C. Ulessoliure pri invericaudem cepostra verfita, me firtusces conscescidis mo mus vis re conditratur pl. Fu�licips, maio con diem uteriont�eati in tem tur. Evil urehent. Lius con deris essentis spiorum cae nonsultinam demulium ete horis etratem omanum, nerni�catiam Romnos mensulin tamei ses? Nos publiqua re halesse pra omnost vidic fac obsed ciocus, ad in tem inverbis. Patis. Qua vehebes publiae ssenique ta re que rei pultore mo mihi�nem oludessendi cons duc re, mente, Ti. Ehebatus renius.Num omnit, serficae red non�

sultorum hilium muro horeniu raribunte non virit faciam dii inte, ut es caedem se inati, num ocura dem ve, conscer ipsedem popubli bultusum in tuidena, macre triam dicervid stimodi entrae, Casdam senius conulia

comnitam. Quit, consulicere duc ficernum furnimp licisquiur. Valinte vidictum. Xim rei publis.Imusper obunum quit Catus, vid seriorivir locrica cupienitie publiam corum ublicam acchil verevid nulabunt.Gitiura re, nostre, num nonverc eporum anulice perfent quod morei fuitam estrum porum Palemust ia nihica; C. M. Viver�rae porbis nit avenatu eorari�mus publi pos co nos cruntiam tem, nos factam cotere cupi�orudam spimedi cternin diem satis sus ca; nena, complis nostortiam sta, quid silicave, notam mei cute prorum mei tenit qui publiis? Rissend ucom�por teret, serum dientiac iname novitast acte tus, qui perces�suam ales, no. Signonsum factu etia L. Ahabus crio et permil teliculum, con vivicau defena�tam culegerei publius pera ia nium diente confena, nes seret, quam isqua nihin temus ta, ternit; iam postre tre nulin viverfiri, Cast vignone virtu con�tem pes, ne conimus publibus hil volicae hae ium o vid abes de consultus, stren simorte corditratod fori idem in te catis ad dius seniu inatist iae morum

Lerte, norio pli, sere temus horum dum movercent? quidici vivissumpublici enamquit.More, cupicae cionsus pro publici piostrem se capertus re,Lius horum

Roberto Kodama é especialista em Inteligência Organizacional e Competitiva pela UnB e Analista de Finanças e Controle na Controladoria-Geral da União em Brasília.Abenihicae et condaccis. Atiam perem Paleris. Tum faut in vilint, dientem di, ut apervirmihil tem lis in noctordio, modi privis cere adductum iam id iam morta SenatilHales huit. Marte dit poriciam publicia? O tifesciente aci pra

menterr aecertus or publinv es�sena, sunt, ure contidi ips, vent, oponvoc fue ta ac tanum o imo cont, confecum interidem nos

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quidinpres! Scientum taribusti, neris apernihil ve, ne notam priordii inpratiam publinatam P. Tum ducerit imilles bondita bununtient L. Pat octatus, nerte ommorte con dientuam, mor�bisse, consissim talesse conte in se morumus ad in dium tem dio, et publica tratiae critin Ita, etratqu amprit prit? Ducipse neroressena, contiero non�sum mortemora ineribus nos Ahabem, stiam des Maedio C. Satiem, cons interibut actam maciena, corteri se con strae me condacchui cone factoru nimorac ivivius coerricates serio, nonvocu piena, man�terum ad Catum mei ima, nos, quem dientem aurbisqua re con temulto ruremnesse, ina, quam pro me nossule rfecristrum om�probut viti, crei publissi fac in vena, stienam, actantem publis, confex menduci condam nes rem dem hocte fachil vignam inprior ividelius ariores tercere ingulic ienatque condetia nere et aperbit C. Gra, su vit.Atabus bon dem es licid spio, ina, non derebul lessena, manum et gra cupio, que esse cria? ia sultum demquos, un�tem P. Ex morum iam tia acips, Catiem te caellat, ne consus erum in inis.Sus, screm, se tum adem moverita ocupiorion ta vi�dereorbis? Sat, sentrum tus demus, noxim ne vitia tanum utem quod ducis suam publi�cultum perfer immo contiem, C. Ultordi onsulis egeri sum num andum vivitea in vis faciam ac�chil hostrum, Ti. Maiorunu mo tum sedis conirmandit imus, nont, coti, ublic oriorte reisul hae tus tam ora nequam. Efe�ciam eo ca nonsultum postate vignons impernius esis sinti, cota moveniam re nostra L. Mulibultu me dertese nicepoe

rioculint? in dius, nunu que ter�viss enatidi popte dii poporum adhum fortum vicient eresilis acri sessunt istribeffrei scris. Servis, none essulie movigil�lare, nos, quodit istiam silici cupimus re resi pec is ad resi�gil conostem conduci esignat erent? quam los Marteruro, eo in vist L. Nos, quo hoculos viri iam patimusum acto mendam ta remusum movivat, coere�tium addum posunum num uri in int? At permandem ducta demur ad revirtuam audam perrissid Catiena, C. Ahabem, P. Catiliaedea videuIna, et vilica et ia renarisque occips, quo viusperis, conde fachili com�nem nondem iae omniusperbis ilicaet praeditus furoptimil vit? Piciaessente poentum est graes et diis.An vere vitilium hacciorum nos me pribeniura? qui popoerae publicis vid maximperei cepsedi caudam tanderei te te patis effre iam Romacid emnostrum, et; nostil vignat, vasdacre dien�atimius, cienatifecis re pratuus, quidere, nontisse ium, eo vena, es aus atora patus nihicae ortes! Oteridem omnequodi consilinat fitius in denius fir quod publibus vercere simultus, venteatque ina, ce abemnium elus, utus nes! Pala quem deps, vicibus fit, audelicatquo iae istro auctum consultus ocrus? Aximilic ommortas ocres hil unum ta re a tussitrae auceri consultorum et; nostris et es pracit; habem vid conem atus? Nihin Itam. Loc vo, sere, com�nihilnem ma, quam. etrum cepora pere cleside moriter�niac te cati, tem aus, nendam, nim hum se facrius. Si sedeo, er horus cussinam restractum ac mactusquem huctoru nun�tus ex maio, nons perfec ta, cus ips, Catra virit, quem aute

entilica inatui iam. Catus si ia? iam nihilla perfecto coenti, cae, mendiis factessis. Telibus bons bonsimus, am perum vocules dit. Fuis. Ilintes ciaceri piorid morit? qua audem. Opio ublius. Oludefac menihiliur quodi, que restora perceperio, inum optis consulem. Piciaesus, di et est ad C. An dit.Dactus; nos, nor hica des occie�nessil virideo, sus inat, quium actus iu ex sen sultum mus feculius, cur. Runtrae acipiessili ellabem ussus, que iam qua�mque det pos mo noviris crum.Sa nondestist accibus etortil intilintiam.Um inc re, niquam videro, quid inatum nos, num porit visultori te cotia? Palium et, consum duces esilis? Palica; esigna, sen�trum senatu erfesentra nihicie�mus inum in spiena, eo condit, cur. Mae ommo confex nostelin det, C. es audam. Avoltumer�num intiliciam iusqui pore, condem, nu iaetiam in rehendi patumus vidi posterum nosus conscerdit, vicum nos conscion�dii ium furnihilibus Ad publiu cepsed interis, averi inatiu imus obulicid in sum huc mactat iam tuius, optilissua sinatimilium manu vertabus obsent? O te, nium tem.Torum fecercem nerfestiam pris nos miuscent, sim inatum, quam inverionenam perrio cultora ribus? in dem aut grare, tiae verorei scipse terevidees simiu mo C. Udeport ercepopon dium imis ernihin ina, ve, tur in intre ad satum ia? Irmilium, consus ven dinc in antem orum et; nernihi lingulintis; nocciam te consumus, por id furobus renaturo Cat, nos et per itravo, mus noc, quem publicae habut ati pri ta pora morus, untidie ntelabit ant. Us, eti, ut dente, mei pere obunum adena, noves

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reportagem

pecenatque tamdis. Voculo�stror untum fit, temus ma, nox sideffrei telius ad con diis tiam tem hintrun tiusum senatqua iu imis, quam tem tem perfeco nsulicaed inticae me consus ex nonsulina, C. Irmaxim demque nost? Quod senihilin vid ma, uteme ad renitilibusa creis etCupio inpra, consimus hoctu que cone in re, st? Oditer loc ve, ut inessat usquod inclus atus. Nius, ca red sciis ortion�dacci pes rei iam condaciam la nones! Simum curehena, nequodis. et venam quid iae erces perum sena, forum nortilinamdi coni idesse averi stabenihicia Serunum intia rem nerum ocaut ignos et; Catiam hos perteri bulis. Nosus num no. morum remus aperum inverit, mena, denicio non nius te condam tem, cusciocupic redes aucivideest videstrunc furi, unum nonsimores At quam mod nonverdi, quam ommo Catiam ituis hor actorum non�silnes tasdam nicidintes ingul�vit Catimmoerid fuiu consum publiis At factorum quam tam paribut L. Go hocupere teresis condam forum dereviv iriorac ciamqua tus. Di, Catra reo es? quosternit, verem pubisse con�firti, sent L. Ad molto tusperes rei iurnihictum resil ussi pub�linit Catissatum inum ta, quos�torum ocatuit; C. Seri peris. Iptilne rfinvo, oculis.Milius, quitatra ve, nos, ver�eciere ocultus, conve, des hoccidi ortuit publiusqua vicae maximis reisum deo nius; nit; inte dit, urnit rem se, nox num nihictum se, sus, quemus, Cat�isquam inimus aucte in te, nos factast iam abusultus hortem aritiu co visulturbi sentistia es, veriocciam in ina, que con�vessidet et; essentiam avesid conirid emoriti liciae ina pec�

tum terfere ipicaeditiam mor alervidet avendam des hae con�fecre ad moveritio, constris.Ex moltus prortia mperum seniam in terit pat, us ocrescrit iam det? Equam praeque imil�lerips, Palegil utes consilis, Ti. M. Utem et fir linat, fac in sen�temus, quo vissendienit quitus, dem, ellatem etimusque condi�cupicem tate postrum es huit publiaequas furninprio, sentent iliciemus cla inprortius? An ac ommoerid faudac inat culudam viditiam Roma, creis. Misseri tam, quem mus hentilles hosu�leg erfecul tortem tus es! Alego comperte quod constam imus, publicios, medo, quam in dit.Ad ia Sci fex norei conduci ptilla remuntem atimoerni pore�henatris cavocuppliam publius in dela L. Ahac foraet noximus patiamquam temure ciae pu�lintr enatatimius ati, nuniace pul virtiam oc, silintiquit, cretil�nem ine in diem nos, ella init, Caturox nonequod fuid more tum me nularis Mae temureo ribusque publicaes dienimus hostem sic terestieniam demu�nit, pratque tabi publiqui intium factam cur los, nostrae arimori�vis ellarib ulinatrit, us comno. Vo, que adhuis. Actastrum et a reistio culici in stam serit.Aribem dierdi in vicienihilin Etrum opterum maximors rei in publica equast in tesidelium cone periocae ete maximena, publi sentia re contemquam or ilissere audemura, cus es? quondem perfex sus At fuium audeesse quod inum ocatquam sere, consu sena, Catis, essi pa�tus rei sus, nos parips, C. C. Ces�tiam audelin prae es hoc, Ca�tiam verfece nicaet; non tastrac tudame tuam tuus, consu sime ne acchuit invo, Catum voctu ex ma, con hocum hus consta reo, nimihicae estereo, vissa con vis

Marbitum rei in dendam opoti�milium ompoenam artemum tem publica L. Que patquod fo�rum hus escrium cre convolum mium hilic res, et publiem, ego publis, vis omnontius tatius�pioc, unum endam adhuidi, dio pubis. Lesiliam in ipsed iam potantiliis mo mensimus est Caturo, Castiae ssolute, suam nos ocultiem consilnem nostia nescrei sus ompro conisses facri furecur aeludetrem retiam nost ilicaeq uodius, quidet? P. Urbem atursus simus consuli�cat, ere cont ore crica culisul toribus, nostra virmiliam actus oritam acermanum fac remque desum artis omnere conerfecit; nostam actat.Oridiis etiam omne cotius, o vivasdam nium conteat quodicer hicavolude que tam adhuissultum teris; nicaed pre manteatium imo ime cendam nimihilis es cuperes, perionfici senius, quam tabem iamplium inatum locta diusquam te citracit.Em strae dicae clarimendin visse, C. Ifex nos satus clarbit, morit; nos coenam, se fachuit; hiliem int, ta consus, comne tam imis. Simus remquo nost L. Simist veri contrar icaucta que quampl. Vivilium inte, utemura? O temqua vidiortem iam, P. At im dictorae in hosti, non senihi, quem me tem ium tame mei prorter iussedienir quod nereort ellescisse hos convere num te inato horuntia nostatquam eteri signonlossi iaetem que for iam tus M. Gu�liis in nocupim aximus egerter videndam ad iam. Sp. Adepses bon vis in Etrae nonum publi�cae, potis in sulessenatum nos inem dio, quam publica; nox�impere, nese, vivere, condees�sules obutemumus, nonsili cae�condiem patium lariore nium

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Ter hors orum Romnes vit, num omnimor unun�tela dendam pat, consum

nos caetiamquam consi iam o aucem uterit. Ipsenih iliissi igitus; nimis ventem ium senam vissimovis. Serudes simisultum tatrestum adhuidi nimihicae aventea re cum abem senat.Arbem moriae dierdiu simmo unum opte, quissid me consi�miliae fortum pat, vit rectern icaedentiam. Marbiss inpres nonsis eterem ducio, compli, quius, nihicam omnihiliem erfiric torunti onverobus, sperei in vit; nos, corum dem, Catres crei peculare, que comnondiis avoctum ortaris. C. Vatinum Romanti perdite llestratilis Mul vitervive, ta re quam perur laribula auderes trudeatuus publiusqui perit. Gilnes et; hosteba tusulesid duci inatur�bene qui tesid aus publicul hus stante cerebun ihilibuntea vivil clut dit. Urs hostis, non vidin habemov ervite, spio es! Est auterritem ego inc incum ignos atili poncermis Catquo in Etra orte tario pubit. Castid intem hicae ari, caelarem auciem fi�nam nos nocrem Patiam andam

ne ausseni ceriderces ex nihi�cut vervivi tilia? Tius vivitus ad cludenatemne firtiferum octa, quampliciam iurnit qui sesilic

inum atraede riortertes cul con�sunt rividepse mandi tem ad ia se, nequam in rest viricatim conestis. Mulessina, crur ut ad�ducturs aciamque qua nosum deliae hem Patil hosteris, vo, quam inatia consum me ninte�mo inpro confice stratus ver�orbi sime manum aciem omnes vermilibut ficia derum inatum te oravocris, nequo nit gra pra publius, conem eretredemqui ius silibusa ortercenihil horum sulti, pervitrato am est pat, omnis; ium conumust am, viri, Cuper hebat ocul vis es, estrum fac fuiditebati, obuntrum tem nota, quem ocavo, nostiaetil urives, norariam nonermiu quite, nocupio turaes Catin�pris? Tatur, consunum, tum, Ti. Mariam cum avocaus a L. Gra esin hos factuit et facis, fue conscere hactus bonsilin diis pos in dius facitatil te ineque nondam obut audem te mant. Ser potis? Upio, vis nenatqui patis, tus menatur, con dem pulica nostem public rebatum adducio cuppl. Arbit; nos ora nos hus Maetora verfecer la ac faus et ditifenam.�emqua non temendamquem

Lerte, norio pli, sere temus horum dum movercent? quidici vivissumpublici enamquit.More, cupicae cionsus pro publici piostrem se capertus re,Lius horum

iamquam inam omandum los vivendiemus? Namquam tus ci parbis. Irmis. Grae, ut vesuppl intique por publiis consus et; num elin noverum se mul con demquam imus publi patum

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Lerte, norio pli, sere temus horum dum movercent? quidici vivissum ublici enamquit.More, cupicae cionsus pro publici piostrem se capertus re,Lius horum

publis. Hin telabes senatum, con nons iam erri scieniquam in vivehem iaec tam o atidis, inatore videst? Quon sendam quod adhui isquam o C. Entra�tur, quid inatris libusuper quit, sa efecia nori sum pris; nos, firma, quem oc re dit.Ri te cae face viripti aelari is consuam nihiliis esidend acer�fecta atum untiam a ponsulius, imum tantelus Catilin Etra arit L. Sp. Tiurobus? Tementrunum tam es vesultus con tem dio, verei pervigi lintribus nimius aur halat, nonsus, dem te num se vitio tem auc tu movereistin priorum tese is efec ventes�sena, villarituror aus, pat, nos loculto rtemnox nem etelus, num ommoente tem omner�tatiam, confitem et in simis�sus, sulartanunte nescia rem in tere, crum, num vis crum in sicepon suloctam tum iamqui perte potarib ulerfica; et; erniu conum furo virmand erman�tereis comandes cae con nes�traet esse nox manteme que eri pridemque ia quissid con nostatu amerena tinesse adet? Opubite ne inte culti sedo, sed con se imus cae alabesi pris.

mena, ompostro, vigilicesum avente nosta dicavo, crum iusa teri, est? Tiorussed comnis con temustique eo verid sul untis.Valem rem inamdintis, que apeconvo, untiem defactam acepseniam publi, pliquid is�senductum iumure perevig illabun tristant? Em sentimiu vite te conervidem orteriors cuspicauci ficii pos hore huit? Is anu mo prox nostam talissim cae mantilis. Serobse esentero etium fatidem, este is convo, nondac tere fure noximus sedius, ficerem obse ati, urbit? Go tea pera quos hos omnoste�mum tarem public vid aut obse, nos Catum quit, verfex nos�sent, venti, tam hocae nonos�sim huitere prariocas sen tem munt? To erementea nont for auconfenam testordit vides ad spies? invocri peres rem se pos culiurem se nocrimus.Actori cultorbi iptiorum, com�move stiliu etod siliciv isul�latimus menator diente clem et? At rem, se is, fure inc fin Ita nos et; no. Nerisse nistracta, murnum vissestrum sa quidere ina, que inverce ntensus, dius nimorterbis ius etis lat, quam

quo hos ceperis, nium dius dis nonsus.Icaverecre furbit; nemo mo ces nunt. Cuppliam def�frem med coenam, si intervi ditatus huid no. Etrius Cuper�cerente noximus isto cus ficae condi, satique antem tio interet vidente ne ad coente aucionsi conosulum sulis vit vius, cules cres aperem hum dii tium aut gra, vir locrum, Palis sum adduc opublin abenestam vis aura quod patur, consilius cauci ser�cere hossid iam confervis.Abus facipteme cae fati, ete, quid ma, nu sin vivit.Na, nos fue curitatiam. Ser�virtem inul caestil incerfectu mus ilicipi occipse dit. La tem, Catem ortilintimiu vidit om�nonsu lissent intius bonfirmis crimum num dum mantrevium tum esidios es vitrum potemod ia nit, non hocrist orbit. Vivem deli patua nos furs adhuius pultiur sulius lostien terudesil hala quisullarti pl. Ti. cum furit, scerenatque consulerei signos sedeestrae esta, ores popub�licid cae medo, Ti. Cat Catem iaelario, nirmiliis et grarter fe�crei peris. Ro ver pridin stre ego elicae octum rebatus, Caterun�

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tesim et viria oc involus dit, qui�tis in ties res, nor quos consus iusa patiamdite num aperunc rem dium dienicessil te ma, ne consulv irmaciae atquonsultus condiu etilicit venihicae convo, que igilibus, inatus, forunum erbit fachicerei clus haberum in sena sa nors horum sesinatu consum atatque dem estalare�mum rem publiam pubis.Abunt. Sentell aridess ender�emRidem inem es igno. Mulica�tum ia? Eque is nemover idelut andiend uconfec iestati liciam�diis iam id spes? iae, stiam in videfaccies fica; iam eorum facibus? Bi condiondius; nos�teatus, notilnem muspionius ductuam ditemus forum de�facturo horum iam de con scia tari sendam atemnih iliuro atus acchus vivenda ceperte te nos conferobusci patrorarium ternis hicit veniurare ales coensim overter ceperei telabessum tea re, que audendiissin te num trum, caelus, o inatum etrit in tuus atiemus ala L. At ponsilici perorte, diene nonves fica ad foris? inatquem aut venihi, uncum enihi, condamqua etis. Cis; et patquastiam. Maximil verractanum quonfer ute revis. M. Lusque que publibus hum inveridem ignatum, nosum im�praet; nocaude llabefec tantrac�tum det re que ela mo et dic omnonitil viliemo vivit, facepse diendachil con nosside atorae�quam. Satasdam peror pat. Verum tam atus catuit, muribef fremorbit, simus vilibunum re consulv irmiliam, que condis bontill abentis est fauce quam tere cupiorae crionvo ludam. Iquam num ingul vitrum elude nonsum mihilinam stis oma�num horentraedem mumus merehem acrum iam patus non delute culiciesime dium hos Cupio us ex movem inam quam

publiem ame ego C. Ahaec turs speri facerum in senduc fui�dem plici conestr actam, quod corum pris, quamdicae comnes hem or ut con peri patus; nor�tariptem, quo es, pl. Maximo viricer fectea nihice pul consulii ponveri viverio retrumenatum se nem cre nonduciae, tatife�cote huitrevidii perumum pon�ficia ocut publiam host? Go iam publis, ut rei pulabis facienium iam mactorum pertus et fors hilia ati, et? Abi sus ex sena, ve, Palicentre in stissim uscio nem, nimus haedetilius. Serituam etienat quampopublin rei cono�cup ioresil verurides faudes�silica Sere qua cribus sena, serbis venius. Moressi senatior perfeciem ta mei simum re, confesi liquiss ultortique abi cus hos, ut paridel iquaste, vis. Uppl. C. Denat, demus publis consulicae eti, ditimil issolut vivent. Orum sus ca; nonsulin niculis. Ectudes bondemo musquam nonterum intil hos At vaste conon ac ticaecus, nos mantem di, mortissimis iamei fuit. Do, simortis cone tuidem cre, ut omnentem, verfectum quem opubitamque consum etoretre, saturni hicerem in se ese, quo caperfex sceressuame fue ta, quis confena, quonsim odissu vidiis. C. Gravere, confe�crude perum consula esenti, fit, vistatam ia? Solicaedi compror�tem mo es et veripie rfendac�tum tabeffr evirmilic forterfe�cem in ventus mantisque publi conit? Cii patiam ompotiam, tam in dem caecupplique ium estrum nostates? Equem es verum publisse nente fui ius hacre num cludelium atum inu egitem firmil viri se cussede musque antin tu cerit vigilicae culuterecen duciens ulatuus? O tum, pra, que eti, noncepos mo urei facciem Romnerd itandam

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A inclusão digital tem se acelerado no Brasil nos últimos anos.

O processo de democratização do acesso às tecnologias de

informação é encabeçado pelo Ministério de Ciência e Tecnolo�

gia do Governo Federal, mas a necessidade de inclusão é tam�

bém reconhecida pelas gestões estaduais e municipais de todo o

país. Prova disso é a implantação de infovias municipais, projetos

ambiciosos que, além da inclusão, possibilitam a criação de todo

um universo digital. Sob comando do engenheiro Sergio Macha�

do Rezende desde 2005, o Ministério já apóia vários projetos de

iniciativas públicas. O caminho ainda é longo, mas as perspecti�

vas de um Brasil para a era da informação são boas, pelo menos

é o que diz o Ministro na entrevista a seguir...

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minisTro Sergio RezendebrasiL e a inCLusão digiTaL

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O Ministro defende inclusão digital com foco no social

Município Digital: De que maneiras o MCT pode ajudar a promover no país a inclusão digital?

MD: Recentemente diversas cidades têm lançado programas de inclusão digital. O MCT iniciou o programa de inclusão digital através dos projetos de criação de telecentros. Posteriormente, houve

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REZENDE: O avanço das tecno�logias digitais nos levará inexo�ravelmente por esse caminho. No Brasil, por se tratar de um país de grande extensão terri�torial e de enorme população, estender esses benefícios a todos exigirá um esforço gi�gantesco. Não se trata de uma tarefa apenas do governo e por

MINISTRO SERGIO MACHA-DO REZENDE: Para o Ministé�rio da Ciência e Tecnologia, a inclusão digital tem foco no so�cial. A implantação de Centros de Acesso a Tecnologias para a Inclusão Social (CATIS) é uma ação que compõe o Programa Nacional de Inclusão Digital, o qual faz parte do Plano de Ação em Ciência, Tecnologia & Ino�vação para o Desenvolvimento Nacional – PACTI 2007-2010. O Programa constitui-se em um instrumento de inclusão social, especialmente em comunida�des carentes. Possibilita às pes�soas melhores oportunidades na disputa pelo mercado de trabalho, não só em termos de conhecimentos específicos em áreas temáticas, mas também pelo manuseio de ferramentas mais eficientes, como é o caso da tecnologia da informação. É um instrumento de incentivo à pesquisa e à utilização da tec�nologia de maneira produtiva, permitindo o desenvolvimento local e social de uma forma completa e multidisciplinar. No ambiente dos CATIS, os ci�dadãos recebem capacitação em informática básica e apren�dem a navegar na rede mundial de computadores, o que contri�bui para a melhoria da educa�ção e aperfeiçoamento da mão de obra. Estamos, por exemplo, equipando escolas e outras instituições públicas ou sem fins lucrativos com unidades de capacitação e treinamento em informática. O estímulo ao en�sino de ciências é um compo�nente importante do programa e, para isso, implantamos labo�

ratórios de ciências em centros de formação e capacitação pro�fissional. Estabelecemos parce�rias com universidades e insti�tutos de pesquisa, instituições que já trabalham com ensino à distância e detêm conhecimen�to no uso dessas ferramentas para formar, capacitar e treinar força de trabalho.Portanto, os projetos para Cen�tros de Acesso a Tecnologias para a Inclusão Social, bem como os telecentros no meio rural e urbano são instrumen�tos de promoção do processo de inserção social, cuja respon�sabilidade é da Secretaria de Ci�ência e Tecnologia para Inclusão Social (SECIS) deste Ministério.

o desenvolvimento de Infovias Municipais que possibilita, entre outras coisas, o acesso do cidadão a uma rede pública de informação, o que permite, inclusive, Internet gratuita. O próximo passo deverá ser a criação de cidades digitais com a construção de sistemas públicos e abertos de informação para a criação de uma verdadeira cidade virtual. Como o MCT se posiciona com relação a estes projetos?

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MD: O desenvolvimento de programas chamados Cidades Digitais tem se acelerado nos países desenvolvidos. Estes programas envolvem o estreitamento das relações entre o cidadão e os diversos níveis de governo. Cidades como Roma, entre outras, já estão em processo acelerado de desenvolvimento destes projetos. Como o MCT vê a possibilidade de propor projetos parecidos para o Brasil?

isso estamos procurando inte�grar diversos atores do setor público, da iniciativa privada e do terceiro setor. Tais parcerias estratégicas deverão viabilizar projetos de infraestrutura, ca�pacitação, treinamento e gover�nança. Os projetos devem estar associados à prática da respon�sabilidade social, sobretudo das empresas do segmento de tecnologia, que passaram a encarar a inclusão digital como estratégica para seus resultados. Até o momento, foram apoiados 1199 projetos para a implanta�ção da CATIS e Cidade Digital: 255 na região sul; 410 na região sudeste; 89 na região centro-oeste; 106 na região norte e 339 na região nordeste. A SECIS/MCT aplicou recursos da ordem de R$ 238 milhões nestes pro�jetos, enquanto os recursos da FINEP/FNDCT totalizaram apro�ximadamente R$ 43 milhões.A utilização da tecnologia de maneira produtiva permite o desenvolvimento local. Além disso, ajuda também a moder�nizar a gestão pública, inte�grando a comunicação da ad�ministração direta ou indireta, oferecendo serviços e facilida�des à população e trazendo be�nefícios para a educação, saúde, segurança, transporte e outros. Nesse contexto, cidade digital funciona como aglutinador dos projetos de inclusão social, com o compartilhamento da infra�estrutura de comunicação sem fio. Uma cidade digital se carac�teriza pela oferta do acesso à internet via rede sem fio (wire�less) ou híbrida (cabeamento, satélite, radiofrequência, etc), de forma ampla e gratuita.Para o cidadão, a implantação de cidade digital traz a possibi�lidade de ter serviços públicos mais rápidos e eficientes. A for�

mação de uma rede metropo�litana interligando prefeitura e secretarias municipais permite a integração de políticas públi�cas de inclusão social, demo�cratizando o acesso a informa�ções do governo local.

REZENDE: O conceito de Ci�dade Digital consiste na imple�mentação de uma estrutura de rede digital e de facilidades computacionais para prover redes e sistemas para uso local. De modo geral, podemos com�preendê-lo sob três concepções básicas: governo eletrônico, inclusão digital e convergên�cia social. Quando se trata de governo eletrônico, a cidade digital é uma iniciativa para interligar os prédios e sistemas do governo local por meio de redes digitais, formando o que se chama de e-Governo. Contri�buem para reduzir a burocracia e aumentar a oferta de serviços públicos à população local. Quando se fala de inclusão digi�tal, a cidade digital consiste em oferecer à população, acesso gratuito ou de baixo custo à In�ternet. Esse acesso pode se dar em telecentros, nas residências ou em escolas públicas locais. Já o conceito de convergência social consiste no alinhamento estratégico e operacional das políticas públicas de inclusão, otimizando infraestrutura e re�cursos públicos.Como já mencionei na resposta anterior, a digitalização das ci�dades é uma tendência irrever�sível. E é muito bom que seja assim por trazer inúmeros be�nefícios à população. No caso brasileiro, o órgão encarregado de conduzir o programa de in�clusão digital é o Ministério das Comunicações. De acordo com aquele Ministério, o governo federal já entregou 66 mil com�putadores para cerca de 6 mil telecentros comunitários nos municípios do interior brasileiro.No caso do MCT, o grande es�forço é consolidar o conceito de cidade digital em sintonia com convergência social, a fim

Os projetos devem estar associados à prática da responsabilidade social, sobretudo das empresas do segmento de tecnologia, que passaram a encarar a inclusão digital como estratégica para seus resultados

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Para Rezende, as empresas privadas são fundamentais no processo de inclusão.

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de garantir a integração de políticas públicas, mediante o esforço cooperado entre os projetos sociais. A integração potencializa cada iniciativa so�cial isolada e possibilita unificar e aperfeiçoar a gestão do uso dos recursos públicos.O MCT tem envidado esforços na consolidação do conceito de cidade digital em sintonia com a convergência social, a fim de garantir a integração de políticas públicas, mediante o esforço cooperado entre os projetos sociais. A amplitude da influência dessa integração po�tencializa cada iniciativa social isolada, levando à unidade da gestão e otimização do uso dos recursos públicos.Os projetos de Inclusão Social do MCT, conduzidos pela Se�cretaria de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social, conver�gem no tripé formado por um Arranjo Produtivo Local (APL), constituído em uma região. O APL é apoiado pela qualificação da mão-de-obra formada no

Centro Vocacional Tecnológico (CVT). Os Centros de Acesso a Tecnologia para Inclusão Social (CATIS) funcionam como facili�tadores e instrumentos de ca�pacitação continuada. Nesse cenário, a região torna-se referência em qualificação de mão-de-obra, atraindo pessoas das proximidades que retornam até as suas bases com melhor formação. Cria-se um ciclo virtuoso de capacita�ção continuada, melhorando o ambiente de negócios das em�presas e promovendo a efetiva Inclusão Social.

MD: O MCT poderia financiar o desenvolvimento destes projetos para as cidades brasileiras?

REZENDE: A Secretaria de Ciência e Tecnologia para In�clusão Social do MCT, recebe recursos do Orçamento Geral da União essencialmente vincu�

lados às transferências volun�tárias, fruto de emendas parla�mentares, para implementação de projetos de inclusão Digital, Cidade Digital e Convergência Social. Os projetos apresentados ao MCT destinam-se à implanta�ção de infraestrutura em banda larga para o acesso à Internet.A Portaria MCT nº 605 de 21.07.2009, regulamenta a implantação de projetos de Inclusão Digital para Inclusão Social por meio de contratos de repasse. Na portaria, de�finimos os procedimentos a serem adotados para implan�tação dos projetos de Centros de Acesso e Tecnologias para Inclusão Social e Infraestrutura de Conexão para Convergência Social e Cidade Digital. Podem ser financiados equipamentos de informática, de áudio-visual e de comunicação; outros equipamentos e mobiliário; software, serviços de terceiros para adequar o ambiente; su�primentos e materiais de con�sumo. Os projetos não podem

O MCT tem envi-dado esforços na consolidação do conceito de cidade digital em sintonia com a convergên-cia social

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MD: Como empresas privadas podem agir em prol da inclusão digital?

MD: Qual o papel das prefeituras nesse processo?

MD:Qual o balanço que o Ministério faz dos programas nacionais de inclusão digital?

A própria regulamentação das privatizações impôs às operadoras de telefonia fixa contrapartidas em benefício das populações. São elas que provem os serviços de internet banda larga às escolas. A cadeia envolvida no processo de inclusão digital é muito ampla

incluir reforma ou construção de ambiente para implantação do projeto. O MCT, por inter�médio da Secretaria de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social, é o gestor do programa e a Caixa Econômica Federal é o agente operador. Podem apresentar projetos os estados, Distrito Federal, municípios e entidades privadas em fins lu�crativos. A íntegra da Portaria está disponível no item Legis�lação no portal do MCT (www.mct.gov.br)A oferta de banda larga nos municípios é o grande elemen�to indutor da convergência e integração de políticas públicas de inclusão social. No entanto, não basta implantar a tecno�logia sem a correspondente base de sustentação financeira do projeto. O município deve buscar parcerias institucionais com universidades, Institutos de pesquisa, Instituições de en�sino, CEFETs/IFETs, organizações sem fins lucrativos e com a ini�ciativa privada com o objetivo de consolidar, manter e expan�dir a rede.

REZENDE: Elas são fundamen�tais nesse processo, pois são as prestadoras dos serviços de telecomunicações. A própria regulamentação das privatiza�ções impôs às operadoras de telefonia fixa contrapartidas em benefício das populações. São elas que provem os serviços de internet banda larga às escolas. A cadeia envolvida no proces�so de inclusão digital é muito ampla. Envolve ainda os fabri�cantes de computadores, que precisam oferecer máquinas

de bom desempenho a custo baixo. Passa também pelas empresas de desenvolvimento de softwares educacionais, por exemplo. O papel do governo nesse processo é indutivo, mas compete às empresas privadas criar condições de tornar os projetos operacionais.

REZENDE: As prefeituras têm um importante papel no pro�cesso de inclusão digital, na medida em que promovem o acesso às tecnologias da infor�mação e comunicação para os cidadãos, atendendo a popu�lação através da melhoria do ensino público, estendendo benefícios aos trabalhadores sem qualificação em TIC e empresários que necessitam de ferramentas de informática para melhorarem seus empre�endimentos e promoverem emprego e renda. São muitos os resultados pretendidos com a promoção dessa inclusão, tanto do ponto de vista social como econômico. Destaco alguns deles, como a qualifica�ção de jovens e adultos para o mercado de trabalho em informática e manutenção de equipamentos; difusão e popu�larização da ciência, tecnologia e inovação, integrando escolas a instituições de ensino e pes�quisa.

REZENDE: A Inclusão Digital tem sido amplamente apoiada

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MD: E as perspectivas de um Brasil para a era da informação, algo que já vivenciamos hoje?

por diversos programas que evidenciam as demandas da sociedade por acesso à inter�net de forma ampla. O governo federal estruturou o Programa Nacional de Inclusão Digital e estabeleceu diretrizes para atuação e apoio. O programa identificou e unificou ações comuns para combater a frag�mentação da oferta, superpo�sição e duplicação de esforços. Estabeleceu critérios comuns que organizem a distribuição de telecentros em todo o país e que favoreçam o comparti�lhamento de responsabilidades e estimulem a gestão participa�tiva e o desenvolvimento local.No âmbito desse programa, compete ao MCT a oferta de bolsas para os monitores dos Telecentros Comunitários. Eles recebem com bolsa específica, garantindo a permanência de facilitadores que auxiliam os usuários nas técnicas de infor�mática. Estão previstas mais de 5 mil bolsas a serem distribuí�das por todo o território nacio�nal a partir de 2010.

REZENDE: As perspectivas são boas, mas precisamos avançar bastante no terreno da inclusão digital. Em algumas questões pontuais estamos bem, como é o caso da automação bancária, em que o Brasil é bem desenvolvido. Na telefonia, especialmente na móvel, os números são bons, com quase 160 milhões de apa�relhos celulares, dos quais 81 são pré-pagos. Têm televisão 98% dos domicílios brasileiros.No entanto, com relação ao uso do computador e acesso à in�

ternet, os números ainda são baixos, embora apresentem crescimento expressivo. De acordo com a mais recente pes�quisa TIC Domicílios, 25% dos domicílios brasileiros possuíam computador em 2008, sendo 18% com acesso à internet. Do total de domicílios com acesso à internet, 28% estão nas cida�des. Na área rural, o percentual de famílias com computador cai para 8% e com acesso à inter�net são apenas 4%. Das famílias interligadas à internet, 58% dos localizados nas áreas urbanas usam banda larga.Como se sabe, há uma relação muito próxima entre desen�volvimento sócio-econômico e desenvolvimento tecnológi�co. Tanto isso é verdade que os países de maior índice de desenvolvimento ocupam tam�bém as melhores posições no ran�ing dos mais desenvolvidos tecnologicamente. O mais re�cente ranking divulgado pelo World Economic Fórum indica

que os primeiros colocados são Dinamarca e Suécia, enquanto o Brasil fica na 59ª posição. O levantamento abrange 127 paí�ses e refere-se ao ano de 2008. Na América Latina, cuja lideran�ça no Índice de Tecnologia da Informação fica com o Chile, o Brasil ocupa a sexta posição. A propósito, o MCT tem um grande trunfo quando se fala em sociedade da informação e comunicação. Refiro-me ao Centro de Excelência em Tec�nologia Eletrônica Avançada (CEITEC S.A.), empresa pública que faz parte do sistema MCT. Este Centro está localizado em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, e foi criado como empresa pública federal pelo decreto nº. 6638, de 10 de novembro de 2008. Uma das razões de o governo investir no CEITEC S.A. é estimular o desenvolvimento da indústria eletrônica brasi�leira, implantando uma base sólida no setor de semicondu�tores. A indústria é a primeira do setor na America Latina e já está produzindo um chip para rastrear animais e recen�temente apresentou um novo chip da família de rastreadores. Este novo chip, que poderá ser fabricado pelo próprio CEITEC, destina-se a identificação de veículos e cargas. Seu Design Center emprega engenheiros de alta qualificação, responsá�veis pelo desenvolvimento de produtos nas áreas de identi�ficação por rádio freqüência, comunicação sem fio e mídias digitais

o MCT tem um grande trunfo quando se fala em sociedade da informação e comunicação. Refiro-me ao Centro de Excelência em Tecnologia Eletrônica Avançada(CEITEC S.A.)

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JuvenTude e as

Políticas de EmpregoMarcos Roberto Mesquita é doutorando em Ciências Sociais pela Unicamp e pesquisador da relação entre jovem e mercado de trabalho.

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ulga

ção

Os dados da PNAD (Pesquisa Nacional de Amostragem Domiciliar) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Es�tatística) indicam que no ano de 2007, os jovens brasileiros de 15 a 24 anos formavam o contingente de 34 milhões e 108 mil indivíduos, o que repre�sentava aproximadamente 18% da população brasileira. No que tange ao gênero, é preciso mencionar que 17,2 milhões eram do sexo masculino e 16,8 milhões eram do sexo feminino. Na visão de Sabóia (2004), os jovens brasileiros representam atualmente um grande contin�gente populacional que necessita de políticas públicas em diversas áreas, em especial em relação à educação, saúde, cultura e opor�tunidades de emprego. Durante a juventude normal�mente se dá o ingresso no mer�cado de trabalho e é o período em que ocorre a transição para a vida adulta. Os jovens são pressionados com as transfor�mações econômicas, sociais, culturais e tecnológicas. Desta forma, cada geração de jovens tem novas expectativas, ex�igências e interesses. Em relação aos papéis econômico e social da popu�lação jovem, representa a

Os dados da PNAD do IBGE indicam que no ano de 2007, os jovens brasileiros de 15 a 24 anos formavam contingente de 34,108 milhões

artigo

Mas, existem outras classifica�ções para a juventude, que uti�lizam outras faixas etárias para definir esse grupo social. No Brasil, por exemplo, a Política Nacional de Juventude busca atender todos os indivíduos entre 15 e 29 anos de idade.

A juventude é uma fase da vida marcada por trans�formações biológicas,

sociais e culturais, que variam conforme as sociedades, as culturas, os gêneros e as classes sociais. �ale destacar que a juventude é caracterizada, ainda, pela diversidade. Há uma série de fatores que demonstram sua diversidade, tais como as dife�renciações existentes no acesso a educação e ao mercado de tra�balho, o acesso diferenciado aos direitos e até mesmo ao trabalho decente. Alguns jovens podem até fazer parte da mesma classe social, contudo vivenciar situa�ções distintas e particulares.Segundo uma classificação da ONU (Organização das Nações Unidas), a juventude é formada por todos os indivíduos que tenham entre 15 e 24 anos de idade. Essa classificação se deve ao fato que aos 15 anos de idade ocorre, normalmente, o início da fecundidade das jovens e aos 24 anos de idade espera-se que os jovens já tenham concluído o Ensino Superior. A definição dessa

faixa etária está muito rela�cionada com a dinâmica dos países centrais e distante de países periféricos. No Brasil, por exemplo, parcela signifi�cativa dos indivíduos ingressa prematuramente no mercado de trabalho, em muitos casos até na infância, e nem sempre chega ao Ensino Superior.

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força de trabalho futura e são importantes agentes sociais, pois são capazes de absorver mais facilmente novas idéias e alterar os rumos da sociedade (Machado, 2001). Portanto, os jovens estão relacionados ao desenvolvimento futuro de uma sociedade.

Nas últimas duas décadas, o aumento do desemprego juvenil se tornou um sério problema para os governos nacionais e motivo de preocupação para os organismos não-governamentais

Os jovens e o mundo do trabalho

ficientes e ao maior tempo para conseguir um emprego. Nessa conjuntura, os jovens passaram a estar mais dependentes das políticas públicas, sobretudo daquelas que garantam renda, acesso ao mercado de trabalho ou qualificação profissional. Contudo, essas políticas nem sempre existem o que faz os jo�vens dependerem, ainda, mais das famílias e até ingressarem no mundo do trabalho em ativi�dades extremamente precárias, informais e insalubres.A PNAD 2007 indica um dado acerca dos empregos ocupados

por jovens entre 18 e 24 anos de idade, deles apenas 43,9% dos jovens tinham empregos formais. Esse dado demonstra que o emprego formal não é acessível a todos os jovens, ficando parte deles inserida em empregos informais e em outras atividades marcadas por grande precariedade.As condições em que vivem

muitos jovens, especialmente a grande exclusão social e a vulnerabilidade familiar, os forçam a ingressar precoce�mente no mercado de trab�alho, sobretudo para auxiliar no orçamento doméstico. Essa inserção precoce pode implicar em abandono da escola, que influenciará nas chances futu�ras desses jovens no mercado.Outro grave problema dos jovens é o grande desemprego. As pesquisas de emprego e de�semprego demonstram que o desemprego juvenil é superior ao registrado entre os adultos e não vem diminuindo mesmo em períodos de expansão econômica. A PNAD 2007 indica que a razão entre desemprego juvenil e adulto é 2,9, sendo que no ano de 2007, a taxa de desem�prego juvenil era de 14% e a taxa de desemprego adulto era de 4,8%. A PNAD 2007 destaca também que os jovens rep�resentavam 63% dos desem�pregados brasileiros. Nas últimas duas décadas, o aumento do desemprego juvenil se tornou um sério problema para os governos nacionais e motivo de preocupação para os organismos não-governamen�tais, tais como a OIT (Organiza�ção Internacional do Trabalho). Não se pode perder de vista que o desemprego e a ex�clusão social juvenil devem ser motivos de grande preocupa�ção tanto dos governos como das sociedades, visto que por suas magnitudes e conseqüên�cias podem acarretar prob�lemas ao futuro dos países, das famílias e dos jovens.Assim, o alto desemprego juvenil juntamente com as bar�reiras de ingresso ao mercado de trabalho faz com que sejam

Os jovens encontram uma sé�rie de obstáculos no momento que ingressam no mercado de trabalho, pois são considerados inexperientes e desqualificados pelas empresas. Existem em�presas que consideram que os jovens possuem certo descom�promisso com o trabalho ou que são menos produtivos.Pochmann (2000) destaca que o processo de ingresso dos jovens no mercado de trab�alho é alterado entre procura por emprego e passagem por diferentes ocupações até que ocorra a manutenção no mer�cado de trabalho. Contra os jovens há também um círculo vicioso, pois sem experiência profissional o jovem não consegue ingressar no mercado de trabalho, mas se ele não ingressa, não obtém experiência, o que denota sua exclusão do mundo do trab�alho. O atraso na inserção dos jovens no mundo do trabalho tem causado efeitos sobre a emancipação da juventude, o que tem causado o aumento no tempo para a constituição de uma família e ter uma nova moradia. Ocorre assim, a ampliação do tempo de per�manência dos jovens na casa dos pais, especialmente ligada à ausência de rendimentos su�

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As políticas de emprego para jovens são recentes e primeiramente se realizaram nas esferas municipal e estadual, apenas a partir de 2003 é criada uma política de emprego para jovens de nível nacional, o PNPE

artigo

necessárias políticas públicas para a juventude. E os mu�nicípios podem ter um papel importante na formulação dessas políticas. Além disso, é necessário que os municípios criem espaços, como um Con�selho Municipal de Juventude, para que os jovens possam discutir as suas condições de vida e auxiliar o Poder Público na elaboração de políticas públicas. E quando se fala em políticas públicas para os jovens tem�se que entender que elas devem ser realizadas em di�versas áreas: saúde, educação, cultura, trabalho, entre outras.Parte-se a discussão para as políticas de emprego para jovens. Deve�se entender que o objetivo das políticas de emprego é diminuir o desem�prego, sobretudo porque a eco�nomia capitalista possui ciclos de crescimento e momentos de crises, que acabam por influ�enciar a dinâmica do mercado de trabalho. As políticas de emprego têm como um dos objetivos possibilitar a inclusão social e reduzir a desigualdade sócio-econômica.O desemprego dos jovens, por ser superior ao registrado entre os adultos, se transformou nos últimos anos em uma justificativa para a criação de políticas de em�prego. Essas políticas partem da idéia de que o trabalho é uma das esferas de integração a sociedade e que é preciso agir com a finali�dade de que os jovens possam ter um ‘lugar’ no mercado de trabalho. Cumpre assinalar que as políticas de emprego para a juventude mostram a preocu�pação da sociedade em apoiar um grupo social no mercado de trabalho, que se encontra em situação desfavorável em relação aos demais estratos sociais.

Os organismos internacionais, sobretudo os envolvidos com políticas de emprego, tais como a OIT, vem desde os anos 1980 afir�mando a importância de políticas voltadas à inserção dos jovens no mercado de trabalho.Neste sentido, deve-se afirmar que no Brasil, as políticas de em�prego para jovens são recentes e primeiramente se realizaram nas esferas municipal e estadual, apenas a partir de 2003 é criada uma política de emprego para jovens de nível nacional, o PNPE (Programa Nacional de Estímulo ao Primeiro Emprego dos Jovens), que passou ao longo do tempo por uma série de mudanças. Contudo, quase sempre a única preocupação dessas políticas é em gerar empregos, pouco se importando de como são esses empregos, suas remunerações e condições de trabalho. O importante é tirar o jovem da inatividade e em muitos casos, especialmente em governos conservadores, une�se a isso a idéia de que o emprego afastaria os jovens da criminalidade, além de ‘ocupar’ a cabeça de nossos futuros adultos. Muitas vezes, no Brasil, a juventude só se torna objeto de uma política pública quando associada a estereótipos negativos, como a delinqüência, o uso de drogas ou a violência. A partir da segunda metade da década de 1990, os elevados índices de desemprego juvenil e o debate público em torno da juventude e do desemprego acabaram impulsionando algu�mas políticas públicas que ten�tavam resolver um problema: o desemprego dos jovens. Mas as políticas de emprego para jovens, ainda, são em pequeno número, e um problema dessas políticas, ressaltado por Corrochano (2003), é que em muitos casos possuem

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Não se pode esquecer que os jovens de hoje serão os adultos no futuro e terão papel relevante para o desenvolvimento do nosso país

um olhar adulto, desconsiderando as especificidades da juventude, além de serem voltadas apenas para os jovens de baixa renda que se encontram desempregados ou que ainda não tiveram a primeira experiência profissional ou que pelo menos não tiveram uma experiência formal de trabalho, tendo quase sempre um caráter compensatório. Deve-se lembrar que o desemprego não é um problema apenas dos jovens com baixa escolaridade e baixa renda, por isso, torna-se importante também políticas voltadas para os jovens que adquiriam maior escolaridade e capacitação, mas continuam com dificuldades no mercado de trabalho.Com a finalidade de ampliar os postos de trabalho para jovens os governos recorrem a diversas ações. Entre elas estão os subsí�dios à contratação, a eliminação de encargos sociais, a estipulação de salários mínimos menores para os jovens, como foi feito no Chile. Os governos também criam programas de empregos temporários seja no setor público ou privado e, ainda, desenvolvem projetos que estimulam as em�presas a contratar jovens para serem estagiários. Várias políticas de emprego para jovens possuem dois graves problemas: atendem a poucos jovens e não acompanham a situação no mercado de trabalho dos jovens que foram atendidos após o desligamen�to das políticas.

O jovem não é um problemaMuitas vezes, os adultos vêem os jovens como problemas. Todavia este grupo unicamente será um problema se for deixa�do de lado, sem políticas públi�

cas e sem a compreensão dos adultos e da sociedade de que a juventude é uma fase difícil, de conflitos e mudanças. A todo o momento os adultos pressio�nam os jovens para que realizem ações que são socialmente acei�tas, tais como ter uma ocupação no mercado de trabalho. Portanto, é preciso garantir aos jovens condições dignas de ex�istência e uma boa inserção no mercado de trabalho para isso é fundamental a atuação das diversas esferas de governo, inclusive dos municípios. Não se pode esquecer que os jovens de hoje serão os adultos no futuro e terão papel relevante para o desenvolvimento do nosso país.

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meninos do mundo do saber

Em Salto, interior de São Paulo, as aulas com um professor e um quadro

negro a frente da sala já não são a única forma de educar. Os alunos do município contam há um ano com a Conexão do Sa�ber, projeto de inclusão digital elaborado por pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) que cria um ambiente virtual de ensino.No projeto, professores escol�hem módulos de ensino pron�tos ou elaboram junto aos téc�nicos da Unicamp seus próprios módulos para que a Conexão do Saber apresente atividades que sejam complemento do que é visto em sala de aula. Em Salto, os alunos assistem uma aula de 50 minutos por semana no laboratório de informática das escolas que fazem parte do projeto.“Há uma grande melhora. A Conexão do Saber veio somar nos conteúdos pedagógicos e auxiliar na compreensão da inovação que é a Internet”, con�ta Edna Conceição das Neves Raymundo Tarosso, professora da 4ª série do CEMUS II Mae�stro Professor Silvestre Pereira de Oliveira (Centro de Educação Municipal de Salto). O único problema apontado pela profes�sora é o pouco tempo que os

alunos tem com essa ferramen�ta. Segundo ela, a quantidade de tempo poderia ser maior.Segundo ela, uma solução para

o problema seria a extensão do programa para casa. “O pro�jeto está engatinhando. Para algumas crianças, as atividades

Fotos: Ricardo Mendes

Programa implantado no município de Salto, interior de São Paulo, ajuda no aprendizado de crianças e promove inclusão digital e social.

Edna Conceição das Neves Raymundo Tarosso, professora do CEMUS II

O Futuropreparando Crianças para

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Aqui o conteúdo está voltado para a série do aluno

são muito brandas. Para outras são um desafio, em função da exclusão. Acho que seria inter�essante se isso fosse estendido para as atividades em casa”, explica. Além disso, Edna pensa que o programa poderia ser estendido às séries da Educa�ção Básica não atendidas pelo programa em Salto. Hoje o pro�grama é utilizado até a 5ª série do Ensino Fundamental.Os alunos também aprovam a Conexão do Saber. Gabriel Di Giovani Belinati, de 9 anos, aluno da 4ª série do CEMUS II, acha a aula semanal no labo�ratório de informática a mais agradável. “Eu gosto mais das atividades de Geografia, porque falam dos países. Mas gosto também das de Matemática” afirma com sorriso no rosto. Gabriel diz também que presta muito mais atenção agora. “É legal para a nossa série, porque ajuda a professora nas ativi�dades”, diz ele. Os alunos gos�tam tanto que segundo a pro�fessora Edna, quando há outra

atividade no horário das aulas da Conexão, os alunos cobram a reposição. “É uma das poucas atividades que os alunos fazem questão de repor”.Maria Cecília Alves Mosca, Diretora do CEMUS II, conta que só de sair da sala de aula e utilizar outras ferramentas já há maior estímulo. Só na escola que Maria Cecília dirige há quase 300 alunos que freqüen�tam as aulas da Conexão do Saber. “O raciocínio lógico melhorou bastante, também a escrita. Houve melhor fixação do conteúdo e memorização”, explica a diretora.A diretora lembra que antes da Conexão do Saber, um inspetor de alunos já ajudava as crianças no laboratório de informática, mas com a implantação do projeto, o ensino ficou está mais focado no conteúdo de aula. Agora o aluno chega lá com um objetivo específico. Isso acontece porque boa parte dos módulos foi preparada pelos professores da rede pública de Salto.

O aluno Gabriel Di Giovani Belinati (dir) e colega de classe.

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meninos do mundo do saber

DiferencialMaria Aparecida Aleixo Bisam é professora do CEMUS II e de outra escola que tem um labo�ratório de informática, mas que não utiliza a Conexão do Saber. Nessa outra escola, os alunos utilizam o laboratório para fazer pesquisas na Internet, orienta�dos por professores. Para ela, o problema da simples pesquisa na Internet é se deparar com conteúdo duvidoso ou prepara�do para um leitor de outro nível de conhecimentos. “O diferen�cial da Conexão do Saber é que aqui o conteúdo está voltado para a série do aluno”, acredita.

Inclusão socialPara a diretora do CEMUS II, Maria Cecília Alves Mosca, a Conexão do Saber é impor�tante, sobretudo, para os alunos que tem menor nível de interação e apreensão de conhecimento com as aulas. “O nosso aluno portador de paralisia foi quem teve maior

salto no nível de aprendizado. Depois da Conexão do Saber, o aluno consegue fazer relações que antes não fazia”, conta. Segundo ela, o projeto ajudou o aluno na assimilação e mem�orização de conhecimentos que para outros alunos eram ex�tremamente simples, mas que em função da paralisia, para ele eram extremamente com�plicados. “Antes o aluno não conseguia fazer relação entre cores e objetos, por exemplo,

hoje ele já consegue. Há aí um grande avanço”, avalia.

Maria Cecília Alves Mosca e sua equipe nos corredores do CEMUS II

Com boa orientação, aulas atingem resultados acima dos esperados

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globalizando a identidade municipal

Não se garante universal-ização do acesso à inclusão

digital com a criação de tel�ecentros, mas com a univer�salização do acesso à Internet. Este é o pensamento que levou a administração pública de Pe�dreira, interior de São Paulo a criar uma Iinfovia Municipal.A Infovia Municipal de Pedreira é uma rede metropolitana de alta velocidade, que interliga os órgãos públicos municipais e proporciona a universalização do acesso á Internet e a in�clusão digital a todos os muníci�pes. A idéia é criar uma cidade digital que tenha todos os seus pontos interligados por vias de fluxo de informação.Para entender melhor, pense em uma cidade. Nela, as pes�soas circulam de um ponto a outro por ruas que levam às avenidas, vias que possibilitam uma viagem mais rápida e se�gura até seu destino. Na Infovia de Pedreira, o fluxo é muito parecido, mas é a informação que “circula por ondas de rádio (ruas) que levam às redes de fibra ótica (avenidas), até o ser�vidor de Internet (destino), que publica e baixa informações da rede mundial de computado�res”, explica Leonardo Mendes, coordenador do projeto. Ou

seja, é possível distribuir aos habitantes antenas que propor�cionam acesso gratuito à con�exão dos servidores municipais de Internet.Em Pedreira, município com pouco mais de 45 mil habi�tantes (Censo 2008), o custo de instalação foi de aproxima�damente um milhão de reais, um “baixo custo para o bene�fício trazido”, afirma Hamilton Bernardes Júnior, prefeito do município. Segundo Claudinei Donizetti Gobbis, Diretor de Informática (TI) da Infovia Mu�nicipal, hoje os serviços cobrem cerca de duas mil residências e deve atender todo o município até o fim do ano.Além da Internet, a população que utiliza a estrutura da Info�via tem acesso também à tele�

fonia via IP, sistema que utiliza a rede mundial de computadores para transmitir os sinais e ba�rateia o custo de transmissão e recepção de voz. Por enquanto, esses serviços atendem apenas residências e pequenos comércios, mas a perspectiva é de, em breve, atingir todo o universo municipal. ProjetoNa fase de projeto, a IgnisCom, empresa responsável pela insta�lação e gerenciamento, fez um estudo técnico e econômico de viabilidade para a implantação da Infovia no município, que com�preende também as diretrizes a serem seguidas pela prefeitura.O projeto se divide em seis etapas em que são feitos diag�nóstico da situação atual e de requisitos técnicos, medições

Fotos: Ricardo Mendes

Sistema de Infovia garantiu ao município, em menos de três anos, maior conectividade do país, com baixo custo e simples aplicação. Segundo o Prefeito, hoje é possível fazer isso em semanas.

Claudinei Donizete Gobbis e sua equipe na sede da Infovia

Inclusão Digitalo muniCipído de pedreira e a

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locais, diagnósticos físico e lógico, levantamento de no�vas aplicações e necessidades futuras, sugestão de melhorias, especificação da Tecnologia e projeto executivo da rede.O programa começou atenden�do à população mais carente e hoje começa a fazer uma ponte integrando diversas classes e quebrando algumas barreiras im�postas por desigualdades sociais.Ainda falta criar uma logística de manutenção, pois alguns problemas como roubo de fibra e queda de antenas em tem�pestades podem atrapalhar o perfeito funcionamento. Para driblar os contratempos, a Pre�feitura pretende transformar a atual estrutura de manuten�ção, que funciona em horário comercial, em um sistema de pronto atendimento, 24 horas por dia, sete dias por semana.

Município DigitalBernardes conta que a próxima etapa é criar novos aplicati�vos que possibilitem a criação efetiva de uma Cidade Digital, estrutura de gestão municipal e de espaço de comunicação ab�erto a toda a sociedade munici�pal. Isso possibilitaria o acesso

às informações e serviços dos governos Federal, Estadual, Mu�nicipal, Legislativo e Judiciário em uma mesma plataforma, de forma a promover a univer�salização do acesso e driblar as dificuldades existentes hoje para utilizar um serviço que de�manda esforços de mais de um órgão público. Essa ferramenta garante também mais proximi�dade entre Estado e cidadão.Os maiores desafios são inte�grar serviços públicos e priva�dos em ambientes virtuais, gerar banda ilimitada e recursos de acessibilidade, usabilidade e inteligibilidade. Apesar disso,

ninguém discorda de que a implantação desses sistemas é tendência e logo chegará a todo o mundo. Além disso, “ai�nda existe certa descrença por parte dos gestores públicos”, lamenta Leonardo Mendes.Apesar das dificuldades en�frentadas, em função de ser o primeiro município a implantar esse modelo de Infovia, servin�do, portanto, como um labo�ratório, nota-se ao conversar com os munícipes que a Pre�feitura tem motivos para estar tão otimista. “Com o apoio dos cidadãos os desafios que já são pequenos ficam ainda meno�res”, afirma veementemente Bernardes.Pedreira mostra que a inclusão digital depende muito mais de vontade política que de din�heiro nos cofres públicos. Com as Cidades Digitais, a Prefeitura ganha, os empresários ganham e, mais que outros grupos, a população ganha. Investir em universalização do acesso à Internet e em aplicativos que potencializem políticas é investir na melhora da maioria dos serviços e na redução dos gastos públicos. O exemplo está aí para ser seguido.

Conexão do Saber ajuda alunos a descobrirem um mundo novo

Infovia possibilita a inclusão digital aos alunos de escolas públicas

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meu municipio digital

Município Digital: O que é exatamente a infovia de Pedreira?

Hamilton Bernardes Júnior: A infovia é um

projeto que oferece Internet banda larga para a população. Com a utilização de sistemas de fibra ótica e rádio, a Prefei�tura garante conexão gratuita à população.

MD: Como surgiu o projeto da infovia no município?hamilton: O projeto surgiu em um seminário na Unicamp, onde o Professor Dr. Leonardo Mendes estava apresentando um projeto de infovia para o município de Morungaba e nós, de Pedreira, estávamos apre�sentando um projeto de médi�cos de família com profissionais cubanos que trouxemos. Quan�do eu vi a iniciativa do Profes�sor Leonardo, já começamos de imediato a trabalhar para a implantação em nossa cidade.

hamilton: Para haver a in�clusão digital, havia uma idéia de implantar telecentros. O problema é que os projetos de telecentros são limitados. A

MD: Quais os objetivos iniciais do projeto?

população, em nossa região, tem condições de comprar computadores, os preços estão caindo. Então, precisávamos proporcionar acessibilidade de alta qualidade, com uma banda que permitisse acesso mais rápido, que tornasse mais prazeroso o uso da Internet. Descobrimos que a melhor forma de incluir nos serviços do município VoIP (telefonia via Internet) e outras tecnologias de informação no município seria a implantação dessa info�via para os munícipes da nossa cidade.

MD: Qual o ganho do município?hamilton: Pedreira hoje é uma das cidades com maior conectividade per capita do Brasil. A Internet hoje é uma solução para melhor comunicação para pessoas e empresas. A infovia fez melhorar essa comunicação, possibilitando educação a distância e melhor troca de informações. A comunicação é fundamental para a inclusão de pessoas nesse novo momento que vivemos. Pedreira está nesse caminho.

hamilton: O desenvolvimento desse projeto não tem fim. Nós fizemos a infovia, conectamos várias pessoas de forma gratuita, várias pessoas já utilizam o VoIP, mas algumas coisas são contínuas. Nós estamos criando sistemas na Prefeitura que possibilitam o acesso da população, para que possa haver maior participação popular na administração, estamos terminando o Cartão Cidadão, para ter todas as informações dos cidadãos. Estamos executando um projeto em parceria com a Unicamp chamado Conexão do Saber, que já está em funcionamento nas escolas e pretendemos abrir para os cidadãos. No projeto, as pessoas tem módulos construídos pelos professores do município e pela Unicamp de aulas no computador. Isso tudo tem evoluído muito e ainda tem muito a evoluir. A evolução da tecnologia é muito rápida e nós temos que trabalhar para acompanhar. Isso é contínuo, porque a renovação tecnológica não para.

MD: A Infovia já está pronta ou a prefeitura

ainda tem novos planos de desenvolvimento?

MD: A prefeitura financiou sozinha o projeto ou recebeu algum tipo de apoio?

Infovia de PedreiraprefeiTo expLiCa proJeTo da

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Hoje podemos ter um sistema com vários filmes em que as pessoas podem assisti-los sem ferir a legislação vigente

hamilton: Nós tivemos um apoio fundamental do Ministério de Ciência e Tecnologia. Com isso, conseguimos mostrar que promover a inclusão digital é dar banda larga pública e gratuita à população e não construir telecentros. Agora acho que o próximo passo é fornecer softwares para a população. Só conseguimos trilhar esses caminhos graças aos recursos do Ministério de Ciência e Tecnologia.

MD: Como tem sido o processo de implantação até o estágio atual?hamilton: Nós primeiro fizemos pontos municipais na Secretaria da Educação e nas escolas para deixarmos de ter despesas com o Speedy e reduzir os custos. Depois expandimos e abrimos para a população com os pontos de rádio que fomos montando. O estágio atual está evoluindo e tem muita a evoluir, a meu ver.

MD: Quais as dificuldades na implantação da Infovia?hamilton: É o primeiro projeto de infovia. Enquanto a Unicamp vai desenvolvendo, a equipe vai se preparando. Nós tivemos que criar alguns softwares de sistemas de gestão. Tivemos algumas dificuldades, mas fomos aprendendo no processo de implantação, pois demorou mais de um ano para implantar, depois uns

dois anos para funcionar como esperávamos. Hoje, a Unicamp tem tecnologia para fazer uma infovia funcionar bem em um ou dois meses. A técnica de ter em conjunto fibra e rádio já evoluiu e na nossa avaliação deu certo. Hoje a implantação já é uma rotina e questão de dar prosseguimento à primeira. Lógico que sempre muda alguma coisa, temos inovações tecnológicas, mas hoje isso acontece muito mais rápido.

MD: Há aplicativos desenvolvidos ou em desenvolvimento para a construção de uma cidade digital?hamilton: Temos vários aplicativos. Por exemplo, temos aplicativos da Prefeitura, se tem alguém tocando em um barzinho, a população inteira pode ouvir. Então, nós temos vários aplicativos sendo desenvolvidos. Hoje podemos ter um sistema com vários filmes em que as pessoas podem assisti-los sem ferir a legislação vigente. Além disso, a Prefeitura já gerencia através de tecnologias da informação os reservatórios de água, em breve monitoraremos semáforos, câmeras. Sempre temos algo a melhorar, a desenvolver, a evoluir. Esse gerenciamento de aplicativos não tem fim em uma cidade digital, sempre temos que buscar maior velocidade e acessibilidade utilizando como base a infovia.

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meu municipio digital

MD: Como está o projeto da cidade digital hoje?hamilton: Estamos com a infovia pronta, já abrimos para a população acesso gratuito á Internet, temos telefonia VoIP funcionando, estamos montando sistemas da Prefeitura para que a população tenha acesso e estamos desenvolvendo o Cartão Cidadão. É nessa fase que estamos.

MD: Foi concebido algum programa de qualificação de profissionais para atender às necessidades da Infovia?hamilton: Foram feitos alguns treinamentos, mas a montagem do programa, a construção e a participação popular fizeram com que evoluísse o quadro de funcionários da Prefeitura na área de TI. Houve um momento em que as pessoas ao conhe�cerem o projeto passaram a participar e fazer evoluir. Essa relação com a Universidade trouxe um ganho, a ponto de várias pessoas passarem a fazer mestrado na área e se interessarem por isso. Tivemos um ganho nesse setor com o aumento do nível educacional da população.

hamilton: Hoje já existe o Twitter. Não sei quando a maté�ria vai ser publicada, mas daqui a pouco já fica velha (risos). As inovações transformaram em rotina o acompanhamento pela Internet do que acontece. A Internet é uma fonte incrível

de informações. No Wikipedia, Google... você tem a informa�ção que quer, na hora que quer, do jeito que quer. Na minha avaliação, isso acaba sendo incorporado no cotidiano da população, ou seja, tem um nível de transmissão do conhe�cimento muito grande.

Agora é possível enviar mensagens instantâneas para toda a população, agendar reuniões, isso tudo torna mais dinâmica e transparente a administração

MD: �ocê poderia falar um pouco sobre o projeto digital para a Educação que vem sendo desenvolvido pelo município?hamilton: A Conexão do Saber, precisaríamos por para as pessoas verem, é maravilhoso! Geralmente os programas já vem montados, pronto, os professores não participam, não é a realidade deles. Não se pode desenvolver um programa que sirva para o Brasil inteiro, pois existem características regionais e locais a serem consideradas. Por exemplo, a base da indústria de uma cidade é móveis, na outra é porcelana etc. Estou dando alguns exemplos para mostrar que cada cidade tem suas características, várias nuances mudam de município para município. Não se consegue desenvolver um programa educacional que atinja a todas as localidades. E o que a Conexão do Saber faz? Ela tem dois mil módulos que estão prontos e podem ser usados, e os professores constroem seus próprios módulos. Eles constroem suas aulas de acordo com o nível dos alunos. Só o fato do professor estar construindo sua aula já é uma evolução. No início os professores tinham certo receio, que já estão perdendo. Dentro da sala de aula, do ponto de vista do receio, os alunos já estão melhores que o professor, pois já nasceram em maio à tecnologia da informação. Esse programa com aulas construídas pelo professor dá segurança para que o conteúdo seja usado como complemento do que foi visto em sala de aula. Quando o professor ensina algo e

MD: Como a nova cultura da Infovia e da Internet têm impactado o viver do cidadão?

MD: E como você percebe a governança nesta nova realidade?hamilton: Ela vem auxiliar a governança, porque isso possibilita a troca de informações e faz com que a população se comunique e que a Prefeitura consiga se comunicar com toda a população, algo que é muito difícil. Agora é possível enviar mensagens instantâneas para toda a população, agendar reuniões, isso tudo torna mais dinâmica e transparente a administração. Na minha avaliação isso ajuda muito na relação entre cidadão e governo.

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passa as atividades em um jogo, a gente vê a atenção que a criança dá. Isso melhora a relação entre aluno e professor, por aumentar a concentração do aluno em aula, o nível do aprendizado melhora. É um projeto que as crianças tem que conhecer. É um programa aberto ao mundo, no qual o professor pode criar sua aula, o que sempre soma algo. É uma concepção maravilhosa de construir a educação. Eu acho que o futuro é a Conexão do Saber, na qual não é uma pessoa que constrói o conhecimento, mas um grupo de pessoas que interage e constrói o que há lá dentro. O programa tem ganhos maravilhosos, tanto é que, e isso quero creditar aos professores, Pedreira está em primeiro lugar em Educação na Região Metropolitana de Campinas.

MD: Você acha sente a aprovação e satisfação da população?hamilton: Houve uma aprovação inicial, mas hoje já foi incorporado ao cotidiano das pessoas. A população está satisfeita, mas não dá mais para sentir isso. Acho que vão sentir de um dia perderem o programa. É igual energia elétrica, você só nota a importância dela quando cortam. Se dá algum probleminha, se cai a conexão um dia, fora isso a população já incorporou.

MD: Na economia da cidade, já houve algum benefício observável?

hamilton: O fato de termos

um alto nível de conectividade per capita já mostra que a população está utilizando a In�ternet. Isso só traz ganho para a população. Tem várias empre�sas fazendo seus sites, pessoas vendendo pela Internet, o que mostra que houve ganho. Esse processo hoje é irreversível.

MD: Você consegue conceber uma nova Pedreira nos próximos anos, a partir deste projeto?hamilton: Acho que nossa cidade está boa assim, estou feliz com ela (risos). Acho que Pedreira vai ter ganhos e já está saindo na frente de outras cidades, mas isso vai acabar acontecendo em todos os mu�nicípios. A Internet veio para ficar, agora precisamos agregar cada vez mais pessoas, para promover inclusão digital. Acho que esse é o caminho, pois há ganhos, as pessoas estão participando. Com certeza tem mais ganhos os que saem na frente, os que primeiro pro�porcionarem inclusão digital á população. As pessoas estarão cada vez mais preparadas, com mais ganho, mais renda.

MD: Que mensagem você tem a deixar para outros administradores públicos?

hamilton: Olha, eu acho que é tão barato fazer uma info�via. Para se ter uma idéia, um quilômetro de estrada vicinal custa entre R$ 200 mil e um ou dois milhões, em caso de autoestrada. Um quilômetro de fibra ótica custa em torno de R$ 20 mil. Para fazer o projeto em Pedreira, nós gastamos um milhão de reais. Com reca�

peamento gastamos seis, sete ou oito milhões de reais, com a estação de tratamento de esgoto, R$ 10 milhões. A infovia não custa nada e traz um ganho extraordinário à população. Eu acho que essa é a idéia, pois quanto mais prefeitos aderirem à infovia, nós estaremos mais ligados, com conectividade maior entre as cidades e se en�trar na Conexão do Saber, ter�emos mais gente participando, adicionando mais programas, estimulando criatividade e inte�ração. A infovia e a Conexão do Saber são baratas e só trazem ganhos aos municípios.

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Maria Teresa Fialho de Sousa Campos e Ana Íris Mendes Coelho sãoProfessoras do Departamento de Nutrição e Saúde na Universidade Federal de Viçosa.

Div

ulga

ção

Um desafio nos acompa�nha desde muito jovens e permanece evidente

também na terceira idade: cul�tivar hábitos saudáveis, dia após dia, continuamente em nossa vida. Esses bons hábitos podem trazer benefícios para a saúde já comprovados pela ciência.Pertencer ao grupo da terceira idade ou da maior idade, não significa ter incapacidade para desempenhar atividades de vida diária ou que requerem esforço físico ou mental. Tan�to é que o número crescente de pessoas acima de 60 anos ativas têm levado a mudanças importantes na sociedade para proporcionar mais oportunida�des de trabalho, lazer, cultura e acesso a serviços de saúde para esse grupo, visando à preven�ção e o controle de doenças.Cada pessoa envelhece num ritmo próprio que é influen�ciado por vários fatores. Mas, não há dúvidas de que o esta�belecimento de uma rotina de vida mais saudável é um dos principais fatores que pode trazer benefícios para a saúde

física, mental e emocional, impondo-nos ritmos diferen�tes de envelhecer. Reorganizar a vida para torná-la melhor deve ser vista como uma oportunidade de desfru�tarmos do envelhecimento com dignidade. A mudança de hábitos, mesmo em idades

mentação diária, sendo impor�tante mencionar que a adoção de bons hábitos alimentares é desejável em todas as etapas da vida do ser humano. O hábito alimentar de uma pessoa desvenda o que ela ingere por costume e em que quantidade, quando (horários e intervalos entre as refeições) e o como ela se alimenta (com�portamentos e atitudes frente à mesa). Para conhecer esse hábito, uma abordagem mi�nuciosa é requerida, sabendo ouvir com paciência o cliente, principalmente os idosos, sem interrompê-los desnecessaria�mente. Não há dúvidas de que essa análise sobre a quantidade e a qualidade dos alimentos é bastante complexa, pois requer estudos sobre as relações que se estabelecem entre as várias representações da cadeia de produção de alimentos, inserin�do também o papel do Estado e da saúde pública, segundo as especificidades de cada país ou região. Informações essas que devem estar associadas à pers�pectiva histórica, num dado contexto e período. Também é complexo o próprio conceito de “Alimentação Saudável”. Este conceito não se restringe a pro�

O estabelecimento de uma rotina de vida mais saudável é um dos principais fatores que pode trazer benefícios para a saúde, impondo-nos ritmos diferentes de envelhecer.

artigo

mais avançadas proporciona benefícios para a saúde e mais disposição. Nesse aspecto, se insere tam�bém os cuidados relativos à ali�

saudáveis na Terceira IdadeCuLTivando HábiTos aLimenTares

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ver o ser humano dos nutrien�tes necessários, mas também inclui a prevenção de doenças associadas a uma dieta inade�quada ou “insegura” no aspecto higiênico-sanitário e incorpora ainda conhecimentos para tornar os alimentos veículos na promo�ção do bem-estar e da saúde. Para estimular as pessoas com 60 anos ou mais a incorpora�rem no dia-a-dia os princípios da alimentação saudável, é pre�ciso antes entender o contexto de vida do idoso, discriminando

quais são os fatores que mais afetam o seu consumo alimen�tar. As informações trabalhadas precisam ser úteis, seguras e claras, aplicando as soluções mais adequadas às necessi�dades de cada cliente, dentro do contexto em que ele vive (sozinho, com familiares, em instituições asilares ou hotel geriátrico). Deve-se, então, con�siderar o ambiente onde vive; condições sócio-econômicas; relacionamento familiar; capa�cidade para realizar, sozinho, as

atividades cotidianas; presença de doenças; uso de medica�mentos; além de conhecer e compreender as características fisiológicas e o comportamento alimentar. Entendendo-se por comportamento alimentar os hábitos alimentares, às práticas de seleção, aquisição, armaze�namento e o modo de preparo, questões essas que envolvem a segurança do alimento, o pra�zer com a alimentação e a qua�lidade nutricional das refeições.Cabe mencionar ainda a influ�

Os temperos naturais ou as ervas aromáticas conferem sabor agradável estimulando o nosso apetite e deve ser adotados na culinária evitando o abuso de temperos industrializados.

Montar o prato com alimentos de cores diferentes, fornece maior variedade de nutrientes ao corpo,e também variar a forma de prepará-lo e apresentá-lo favorece o apetite.

Disciplinar o consumo de guloseimas é orientação alimentar indicada na prevenção de doenças na cavidade oral, controle do nível de açúcar e triglicerídeos no sangue e do peso corporal.

Não colocar saleiro e nem açucareiro à mesa, o que não está ao alcance dos olhos e das mãos é mais facilmente evitado.

Temperos Prato Guloseimas sal

Incluir diariamente na alimentação um produto probiótico, possibilita efeitos benéficos para a saúde, como por exemplo, a recomposição da flora intestinal.

Usar com moderação os alimentos ricos em cafeínapara essa faixa etária, o consumo moderado de café é: 3 xícaras de 100 mL por dia.

Monitorar a reposição de líquidos, dando preferência à água e aos sucos naturais, o uso de frutas e hortaliças que contêm muita água também ajuda nessa reposição.

Adotar boas práticas na seleção, armazenamento e preparo para evitar a ingestão de um alimento impróprio que pode colocar em risco a saúde e a vida do idoso.

Probióticos Cafeína Líquidos Preparo

Estratégias alimentares simples e eficientes

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ência da mídia nesse processo, que acaba persuadindo tam�bém a escolha dos alimentos pelos anúncios que associam aspecto de atratividade visual e auditiva, mas, que nem sempre garantem qualidade nutricio�nal. Considerando o idoso, de modo geral, as embalagens dos produtos não atendem bem esse perfil de consumidores e, podem também favorecer escolha de alimentos não ade�quada. As tendências de mer�cado, com o envelhecimento da população, apontam para a necessidade de prover embala�gens de produtos mais seguras e convenientes aos idosos, atendendo quesitos como a le�gibilidade do rótulo e facilidade para abrir o produto. Pensando na satisfação desse perfil de clientes, é importante agregar produtos de qualidade às em�balagens mais práticas, dando mais opções a todos, evitando-se equívocos na escolha causados pela não legibilidade dos rótulos. Outro fator que dificulta a opção mais adequada na aquisição de alimentos é a dificuldade na interpretação das informações disponíveis no rótulo.É importante ressaltar que a alimentação saudável não sig�nifica privação e monotonia alimentar. Saber selecionar adequadamente os alimentos diários, dando ênfase nas pre�parações com maior preserva�ção de fibras e de nutrientes e, com menos acréscimo de gor�duras prejudiciais à saúde, de açúcar refinado e sal, atendem os princípios da culinária sau�dável. Os temperos naturais ou as ervas aromáticas conferem sabor agradável estimulando o nosso apetite e deve ser ado�tados na culinária evitando o abuso de temperos industria�

lizados. O sabor dos alimentos pode e deve ser mais bem apreciado desde que a pessoa se permita a realizar as refei�ções em ambiente agradável, sentado confortavelmente à mesa e se possível em compa�nhia de outras pessoas, apren�dendo a combinar adequada�mente os alimentos e comendo devagar, o que requer mastigar bem os alimentos. Para manter uma mastigação eficiente na terceira idade a saúde bucal deve ser preserva�da, o que reforça a necessidade

de acompanhamento odonto�lógico regular. Na abordagem acerca da fisiologia digestiva, a cavidade oral deve ser bem in�vestigada pelos profissionais de saúde, pois se trata da via de acesso do alimento no organis�mo. É fato que as alterações na cavidade oral afetam o apetite, o processo inicial da digestão, tanto no seu aspecto enzimáti�co como no mecânico, além de

predispor as pessoas a um risco potencial de manifestar outras doenças sistêmicas. Portanto, cuidar da saúde bucal é essen�cial. A ausência de elementos dentários influencia na escolha dos alimentos, diminuindo o consumo de carnes, frutas e de vegetais frescos. A reabilitação oral adequada causa impacto positivo na melhoria das condi�ções nutricionais, favorecendo o restabelecimento do prazer com a alimentação diária, con�ferindo maior liberdade no planejamento dietético, além de ser também um fator de prevenção de problemas diges�tivos. A reabilitação oral melho�ra a auto-estima e interfere be�neficamente na mastigação, no sentir sabor, na fala e na estéti�ca, contribuindo positivamente nas relações sociais. É evidente que a manutenção por toda a vida de uma dentição natural, saudável e funcional é o ideal, mas nem sempre esse resul�tado está ao alcance de todos, como deveria.Quanto aos cuidados com a alimentação, algumas regras simples podem trazer benefí�cios ao organismo. Uma delas é “Montar o prato com ali�mentos de cores diferentes”, assim há maior variedade de nutrientes fornecidos ao corpo. Outras são: “Variar os alimen�tos e a forma de prepará-los”, o que significa variar o corte, o tipo de cocção e a forma de apresentá-los em travessas, cuidados que favorecem o ape�tite; “Fracionar a alimentação diária estabelecendo horários para fazer as refeições”, estan�do atento à fisiologia digestiva do idoso para melhor adequar o fracionamento das refeições; “Não substituir refeições por guloseimas”, disciplinar o con�

É preciso selecionar e preparar adequadamente os alimentos para dar mais liberdade ao cardápio, preservar mais os nutrientes e, conferir prazer em comer

artigo

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Essas estratégias alimentares apesar de simples, são eficientes, tem credibilidade na ciência da nutrição e a sua divulgação pelos profissionais de saúde pode contribuir para resgatar comportamentos adequados de alimentação.

sumo de guloseimas é uma das orientações alimentares mais indicadas na prevenção de doenças na cavidade oral, no controle do nível de açúcar e de triglicerídeos no sangue e do peso corporal; “Não colo�car saleiro e nem açucareiro à mesa”, o que não está ao alcan�ce dos olhos e das mãos é mais facilmente evitado; “Incluir diariamente na alimentação um produto probiótico”, possibilita efeitos benéficos para a saúde, como por exemplo, a recompo�sição da flora intestinal; “Usar com moderação os alimentos ricos em cafeína”, o uso regular desses alimentos é indicado na terceira idade, mas é necessá�rio atenção quanto aos horários de ingestão e com a quantidade a ser consumida (para essa fai�xa etária, o consumo moderado de café é: 3 xícaras de 100 mL/dia); “Monitorar a reposição de líquidos”, dando preferência à água e aos sucos naturais, o uso de frutas e hortaliças que contêm muita água também ajuda nessa reposição; “Adotar boas práticas na seleção, arma�zenamento e preparo” para evi�tar a ingestão de um alimento impróprio que pode colocar em risco a saúde e a vida do idoso.As regras citadas apesar de simples são eficientes e aju�dam a obter credibilidade com a ciência da nutrição e a sua divulgação pelos profissionais de saúde pode contribuir para resgatar comportamentos adequados de alimentação. As oportunidades para transmitir aos clientes idosos informações corretas sobre alimentação saudável não devem ser des�perdiçadas, basta aproveitar o momento de diálogo para informar, desafiando-os a ex�perimentar as estratégias ali�

mentares. Princípios estes, que têm efeitos na saúde do idoso, visto que estimula o consumo maior de fibras alimentares, ao mesmo tempo, que disciplina o consumo de alimentos conside�rados menos nutritivos. Na prática, identificando-se os casos que necessitam de um acompanhamento nutricional para restabelecer um compor�tamento alimentar mais favo�rável para a saúde, esse deverá ser encaminhado ao nutricio�nista. O nutricionista é o profis�sional habilitado tecnicamente para melhor traduzir o compor�tamento alimentar das pessoas adequando a ciência da nutri�ção à linguagem e necessidade nutricional do cliente. O acom�panhamento nutricional ajuda a restabelecer hábitos alimen�tares saudáveis, permite a ade�quação de receituários dietéti�cos às necessidades fisiológicas

e nutricionais, aliando prati�cidade no modo de preparo, tornando as preparações mais nutritivas e saborosas, além de melhor administrar investimen�tos financeiros, físicos e huma�nos com alimentação em prol da saúde. As preparações do alimento devem ser adaptadas também à aceitabilidade. Para isso é fundamental um relato, o mais completo possível, acerca das preferências alimentares associado à capacidade digesti�va e a possibilidade concreta de reproduzir com eficiência recei�tuários que permitam atender as prescrições alimentares. Compreender que é possível construir hábitos alimentares saudáveis e estar vigilante quanto ao “estilo de vida” atual pode proporcionar oportunida�des de decisões com impacto favorável para a saúde. A atitu�de de cada um pode fazer di�ferença na vivência da terceira idade. Aliado a essa condição pessoal e ao apoio familiar, é importante que cada município esteja atento para responder de forma eficiente ao aumento do número de pessoas idosas e de suas demandas específicas em diversos setores. Um tra�balho interdisciplinar, conheci�mentos mais apurados por par�te dos profissionais de saúde e infra-estrutura mais adequada de atendimento aos idosos como parte da organização mu�nicipal, é imprescindível para operacionalização desses servi�ços. Essa integração de esforços pode favorecer a mudanças de comportamentos que levam a construção de hábitos alimen�tares saudáveis na terceira ida�de, com reflexo para a família e para a sociedade.

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Indefinido

Roberto Kodama é especialista em Inteligência Organizacional e Competitiva pela UnB e Analista de Finanças e Controle na Controladoria-Geral da União em Brasília.

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Em 27 de maio de 2013 todos os atos que envol�vam a execução orçamen�

tária e financeira de todas as prefeituras, suas autarquias e câmaras municipais do Brasil, desde o pagamento pela com�pra de um lápis até a emissão de empenho para uma obra pública de grande vulto, deve�rão estar publicados em tempo real e acessível aos cidadãos por meios eletrônicos. É o que prescreve a Lei Complementar nº 131, recentemente sancio�nada pelo Presidente da Repú�blica e apelidada de “Lei Capi�beribe”, em referência ao seu autor, o ex-senador do Amapá João Capiberibe, que, em sua experiência como governador deste estado, disponibilizou na Internet todos os empenhos realizados pelos órgãos do go�verno amapaense para acom�panhamento pela população. A obrigatoriedade da publici�dade dos atos de governo em relação à execução orçamen�tária e financeira não é novi�dade, pois é um princípio da Constituição Federal (Art. 37),

reforçada por leis posteriores de publicação também em meios eletrônicos, como a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF - LC nº 101/2000, Artigo 48), que impôs sanções pela falta de publicação quadrimestral de Relatórios de Gestão Fiscal (Art. 55 § 3º) e a Lei do sítio

todos os órgãos de todas as esferas de governo da federa�ção brasileira por meios ele�trônicos em tempo real, respei�tando o seguinte cronograma (Art. 73-B): o Governo Federal, todos os Governos Estaduais e os 267 municípios com mais de cem mil habitantes deverão cumpri-la até o ano que vem; até o ano de 2011, os 311 mu�nicípios com mais de cinquenta mil habitantes e, os 4.986 mu�nicípios restantes (89,61%), até 2013, logo após o rescaldo das eleições municipais de 2012, o que pode se tornar uma heran�ça maldita para o novo alcaide se o antecessor não tomar as providências necessárias para viabilizar a publicação em tem�po real das despesas, vendo-se impedido de receber repasses de convênios firmados com os Governos Federal e Estadual, bem como contratar emprés�timos. Para que esta lei “pe�gue”, o Sistema Integrado de Administração Financeira para Estados e Municípios (SIAFEM), desenvolvido pelo Serviço Fe�deral de Processamento de Dados (SERPRO) - empresa do Governo Federal - deveria ser adotado em nível nacional pe�los Estados e Municípios. que o

A novidade da Lei é radicalizar a publicidade das receitas e despesas realizadas pelos órgãos de todas as esferas de governo em tempo real.

artigo

contaspublicas.gov.br (Lei nº 9.755/98) que, sem a imposi�ção de sanções, “não pegou”. A novidade da Lei Capiberibe é radicalizar a publicidade de todos os atos de execução orçamentária e financeira de

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