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Negócios Jones Lang LaSalle amplia atuação no Sul do Brasil Pág. 9 Varejo Setor de shopping centers segue aquecido Pág. 5 Sustentabilidade faz a diferença Publicação trimestral da Jones Lang LaSalle Brasil • edição nº 20 • agosto de 2010

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Publicação trimestral da Jones Lang LaSalle Brasil • edição nº 20 • agosto de 2010

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Page 1: Panorama 20

Negócios

Jones Lang LaSalle amplia atuação no Sul do Brasil

Pág. 9

Varejo

Setor de shopping centers segue aquecido

Pág. 5

Sustentabilidade faz a diferença

Publicação trimestral da Jones Lang LaSalle Brasil • edição nº 20 • agosto de 2010

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Editorial

Sustentabilidade ganha força na agenda mundialO recente vazamento de petróleo no Golfo do México reavivou o tema da sustentabilidade, que volta à pauta como uma das principais discussões mundiais da atualida-de, agora com mais força ainda. O acidente ambiental deu também um novo impulso aos planos de Barack Obama de transformar os Estados Unidos numa economia de energia limpa.

No mercado imobiliário, vários passos vêm sendo dados para incorporar a sustentabilidade nas atividades cotidianas de toda a cadeia do setor. Um trabalho difícil, porém neces-sário e urgente. Conheça na matéria de capa os principais avanços do setor nesta jornada e os principais desafios que ainda precisam ser enfrentados.

As atividades de manutenção predial, muitas vezes encaradas como um gasto indesejado, são fundamentais para manter o funcionamento de todos os equipamentos e sistemas de um edifício, o que se traduz em constante valorização do empreendimento. Uma condição fundamen-tal em um mercado tão competitivo. Leia sobre o tema no artigo desta edição, que destaca ainda as barreiras culturais enfrentadas pelos profissionais do setor.

O Brasil vem assistindo nos últimos anos a um crescimento rápido do consumo interno, que trouxe nova dinâmica ao varejo. Reflexo desse novo motor da economia, o setor de shopping centers também vem colhendo os frutos da expansão da classe consumidora brasileira. As principais tendências deste segmento você confere na seção Varejo.

Como resposta ao aumento de demanda por serviços imo-biliários no Sul do País, a Jones Lang LaSalle ampliou sua atuação na região, estabelecendo uma plataforma-base para disponibilizar todos os seus serviços. Veja mais na matéria da seção Negócios.

Apresentamos também nesta edição uma breve história dos três prédios mais altos da cidade de São Paulo, dando sequência à série Histórias Verticais, e um resumo dos mais recentes negócios realizados pela empresa.

Boa leitura.

Publicação trimestral dirigida aos clientes e parceiros da Jones Lang LaSalle Brasil.

Tiragem: 5.000 exemplares

Redação e edição: Luciana Mello (MTb: 26.800/SP) www.reverbere.com.br [email protected] www.joneslanglasalle.com.br

Colaboração: Renata Cury e Renata Puleghini

Gerente de Comunicação e Marketing: Larissa Aranha

Fotos: Arquivo Comunicação e Marketing Jones Lang LaSalle

Curitiba Rua Frederico Maurer, 574 81630-020 +55(41) 3202 1900

São Paulo Av. das Nações Unidas, 12.551 23º andar • 04578-903 +55(11) 3043 6900

Rio de Janeiro Av. Pres. Wilson, 113 cjto. 1001 • 20030-020 +55(21) 2277 2700

Edição nº 20 agosto de 2010

Escritórios de alto padrão

1º semestre de 2010 x 2º semestre de 2009

Estoque total (m2) 1.011.714 990.836

Absorção líquida (m2) 18.686 86.238

Novo estoque (m2) 19.840 41.979

Taxa de vacância 5,13% 4,82%

Absorção bruta (m2) 35.082 105.275

Fonte: Jones Lang LaSalle

Notas

Lançado primeiro Manual de Compliance do PaísAline Ribeiro, Gerente do departamento Jurídico e Com-pliance da Jones Lang LaSalle, é uma das autoras do “Ma-nual de Compliance: preservando a boa governança e a integridade das organizações”. O livro, editado pela Atlas, é o primeiro manual sobre o tema publicado no Brasil, lançado em junho, em São Paulo. A profissional também é sócia-fun-dadora do Instituto de Compliance e Integridade Corporativa (ICIC), instituição que tem como finalidade ser um importan-te fórum para reunião de profissionais da área de Compliance com vistas ao estudo e ao incentivo de assuntos relativos à ética e à responsabilidade corporativa.

A Jones Lang LaSalle tem por política global a conformidade legal e regulatória e, por isso, determina que todas as normas aplicáveis às operações sejam observadas em todos os países onde seus negócios são conduzidos. No Brasil, a área de Compliance, que atua conjuntamente com o departamento Jurídico, foi implementada em 2007 com o objetivo de dis-seminar uma cultura baseada em princípios éticos, buscando preservar a imagem e a perenidade da corporação.

Indicadores

Rio de Janeiro

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A partir de 1990, com a entrada das consul-torias imobiliárias multinacionais no merca-do brasileiro, a manutenção predial ganhou um novo impulso e o setor vem se consoli-dando de maneira mais rápida. O modelo de gestão terceirizada, que prevê a realização e o gerenciamento das atividades de manu-tenção por equipes de especialistas, também vem contribuindo para maior profissionaliza-ção e amadurecimento do setor.

Como num automóvel, que prevê revisões periódicas para garantir a segurança e a performance, as manutenções preventivas num edifício comercial, realizadas em datas planejadas, são intervenções imprescindíveis para garantir não só o devido funcionamento das instalações, mas também a segurança e até a saúde dos ocupantes.

Algumas destas manutenções periódicas já são previstas em lei, como a de elevadores, as análises físico-químicas e bacteriológi-cas da água, a limpeza dos filtros do ar--condicionado e da bandeja de condensação do equipamento, além da recomendação de desinfecção das caixas d’água.

O gerenciamento das atividades de manuten-ção é também uma peça importante para que um edifício esteja em dia com a legislação municipal, estadual e federal e que seus equi-pamentos e sistemas estejam em conformi-dade com as normas técnicas vigentes. Nesse sentido, a manutenção contribui largamente com as atividades da Documentação Imo-biliária, já que para atender todas essas exigências legais, é necessário que todos os equipamentos de um empreendimento este-jam funcionando corretamente.

Sob a ótica da sustentabilidade, zelar pela disponibilidade das instalações leva a um uso mais racional dos recursos, evitando o des-perdício. E, do ponto de vista dos negócios, a manutenção contribui ainda para garantir a perenidade dos sistemas e impulsionar a

valorização de um empreendimento, o que é essencial num setor tão competitivo.

Outra modalidade programada de manutenção, a chamada preditiva, implica na substituição de componentes mecânicos ou eletroeletrôni-cos, mesmo que ainda estejam funcionando. Após análises técnicas e financeiras deta-lhadas, que levam em conta a vida útil e a performance do equipamento, determina-se o momento em que aquela peça ou equipamento poderá apresentar grande probabilidade de fa-lhas ou que já não terá a mesma performance, diminuindo substancialmente seu desempenho e, consequentemente, sua produtividade, po-dendo acarretar aumento de custos que, muitas vezes, não são facilmente percebidos.

As lâmpadas, por exemplo, ao longo de sua vida útil, vão perdendo o poder de ilumina-ção. Porém, muitas vezes, isso não é notado e, assim, passa-se a gastar a mesma energia para produzir menos iluminação, ou seja: energia jogada no lixo. Além disso, com menos luz, talvez seja preciso acender mais lâmpadas. Resultado: aumento na conta de energia elétrica. As consequências vão além do ponto de vista econômico: um local mal iluminado pode ainda obrigar as pessoas a forçar a visão, o que além do incômodo, prejudica a saúde ocupacional e o conforto. Aplicando esse raciocínio a um edifício co-mercial, que utiliza lâmpadas em grande es-cala, pode-se ter uma dimensão do problema.

No Brasil, o mercado imobiliário ainda oferece certa resistência em aceitar a ideia da substituição de um componente que ainda esteja em operação. Talvez a falta de conhe-cimento seja um dos maiores entraves. Cabe a nós, profissionais do setor, atuar para que toda a cadeia continue avançando em seu processo de amadurecimento, disseminar informações e conscientizar todos os envol-vidos sobre a importância do bom gerencia-mento das atividades de manutenção e suas vantagens.

“A manutenção contribui para impulsionar a valorização de um empreendimento,

condição essencial num setor tão competitivo”

Artigo

Empreendimentos com vida mais útil

Evaldo Pisani, Gerente do departamento Técnico da Jones Lang LaSalle

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Análise | Investimentos

Mercado imobiliário global em recuperação

Setor hoteleiro registra a melhor recuperação no período

No primeiro semestre, os mercados imobiliários globais de alto padrão apresentaram uma sensível melhora em resposta à retomada gradual da economia mundial e dos mercados de crédito. A recuperação global continua em curso, apesar dos riscos e das contínuas preocupações com os desafi os fi scais na zona do euro, com as medidas do go-verno chinês para conter o superaquecimento no mercado imobiliário e com algumas possíveis correções no mer-cado fi nanceiro global. Porém, a expansão mundial segue orientada, principalmente, pelo forte aumento da demanda interna nos mercados emergentes da região Ásia-Pacífi co e também pelo esperado e aparentemente sólido crescimento dos Estados Unidos.

Nas Américas, a perspectiva para os fundamentos do merca-do imobiliário em 2011 dependerá, em grande parte, da traje-tória de crescimento do emprego, especialmente nos Estados Unidos. É certo que as baixas taxas de juros, pelo menos até o início do próximo ano, benefi ciarão no curto prazo os mer-cados de capitais, ao passo que o interesse dos investidores ganha força e os mercados de crédito reiteram sua trajetória de fl exibilização.

A preocupação com o aumento da rentabilidade trouxe o pensamento estratégico novamente à agenda corporativa, o que afetará as decisões imobiliárias das empresas ao longo do semestre. Em todo o mundo, as empresas estão com maior margem de manobra nos mercados imobiliários conforme recuperam a saúde fi nanceira. Lucros maiores e mais fl exibi-lidade no controle de orçamentos permitirão aos ocupantes procurar e garantir valor no mercado a partir de realocações, upgrades para espaços de melhor qualidade e outras estra-tégias. A sustentabilidade volta a ser considerada como um fator-chave na tomada de decisões após um período em que esteve em segundo plano, quando o controle de custos no curto prazo era prioritário.

Espera-se que as atividades locatícias aumentem em todo o mundo no segundo semestre, à medida que os ocupantes aproveitam as vantagens de mercados em que as oportuni-dades começam a se tornar escassas devido a limitações na oferta. No entanto, o volume de locações ainda será menor em relação ao verifi cado nos picos de mercado.

Hotéis na dianteira do mercadoNa primeira metade do ano, houve ainda uma sólida recupe-ração dos investimentos globais no setor hoteleiro. Até 15 de

junho, o volume total chegou a US$ 4,5 bilhões – um aumen-to de 26% em relação ao mesmo período em 2009.

Impulsionadas pelo aumento na confi ança dos investidores na recuperação do mercado hoteleiro e pelo grande volume de capital no mercado, as atividades de transações registraram a melhor recuperação das Américas. As vendas de hotéis na região tiveram um crescimento anual de 97%, totalizando US$ 1,9 bilhão, sendo que 95% dos negócios de mercado aconteceram nos Estados Unidos.

É a primeira vez, desde o quarto trimestre de 2007, que o volume de transações nas Américas ultrapassa o montante registrado na região que compreende Europa, Oriente Médio e África (EMEA), que registrou US$ 1,6 bilhão em vendas no mesmo período (alta de apenas 14%). Os ativos locados do-minaram as atividades na região EMEA e foram responsáveis por quase US$ 500 milhões em vendas de hotéis na região.

Apesar de os volumes da região Ásia-Pacífi co terem sofrido uma queda de 19% em relação ao mesmo período de 2009, vendas de hotéis totalizando um volume transacionado de US$ 973 milhões ainda foram registradas, mostrando que o mercado da região continua ativo, especialmente no Japão e na Austrália.

Para ter acesso ao relatório Panorama do Mercado Global completo, envie e-mail para: [email protected].

Mercado 2010 2011 2012 2013 Mercado favorável aos locatários

Mercado neutro

Mercado favorável aos proprietários

Chicago

Nova York

Vale do Silício

Cingapura

Beijing

Mumbai

Londres

Frankfurt

Varsóvia

Fonte: Jones Lang LaSalle

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Varejo

Shopping centers: um mercado em expansão

No primeiro trimestre, os dados do IBGE confi rmaram um aumento de 2,7% do PIB do Brasil, comparado ao quarto trimestre de 2009. Analistas do mercado fi nanceiro eleva-ram a previsão de crescimento do País para este ano, que deve chegar próximo aos 7%. Com a economia forte, o País se benefi cia agora dos muitos anos de reformas estruturais, políticas macroeconômicas e sociais que aumentaram a renda da classe média, resultando em 30 milhões de novos consu-midores no mercado brasileiro.

A conjunção entre maior poder de consumo da classe média, mercado de trabalho aquecido, baixa inadimplência e ampla oferta de crédito forma um cenário perfeito para a expansão do varejo. Diversos setores de atividade, entre eles o de shop-ping centers, já começaram a colher os frutos desse aumento no consumo: o aquecimento do varejo tem aumentado a de-manda de lojistas por espaços em shopping centers e levado novos empreendimentos para os arredores de grandes regiões metropolitanas. Nos últimos 20 anos, o Brasil viu triplicar o número de shoppings erguidos em cidades do interior.

Novos formatos de malls, como os outlets de grife, já comuns em outros países, começam a se consolidar também por aqui. Em junho do ano passado, o País ganhou seu primeiro outlet, localizado na cidade de Itupeva (SP). Para este ano, está previsto o segundo empreendimento do tipo, desenvolvido por outro grupo de empresas, na cidade de Novo Hamburgo (RS).

Décimo país do mundo em número de centros de compras, Brasil continua atraindo investimentos para o setor

“Refl etindo o bom momento da economia, o mercado bra-sileiro de shopping centers vem se consolidando e amadu-recendo nos últimos anos. A abertura de capital de algumas empresas do setor também contribuiu para elevar a transpa-rência e a profi ssionalização de toda a cadeia”, analisa André Costa, Diretor de Locação da Jones Lang LaSalle.

Para Costa, que participou, em maio, do principal evento mundial do setor de shopping centers, o RECon 2010, organi-zado pelo International Council of Shoppping Centers (ICSC) e que reúne anualmente os principais players globais do setor, a expectativa é de que o mercado brasileiro continue aqueci-do, considerando-se as oportunidades de negócios que surgi-rão também com a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016.

Porém, não são apenas os maiores eventos esportivos mun-diais que começam a impactar positivamente no setor. O amplo processo de inclusão social pelo qual passa o País, e quem vem acelerando o crescimento do setor varejista, tem gerado interesse não só de investidores e empreendedores, mas também de retailers em busca de novos mercados”, expli-ca o executivo.

As políticas do País ligadas ao setor de energia, seja de fontes renováveis, como a produção de etanol a partir da biomassa, seja de fontes fósseis, com destaque para a descoberta de pe-tróleo na camada pré-sal, também já são conhecidas mundial-

mente, contribuindo ainda mais para destacar a importância do País como uma das principais economias emergentes do mundo. “Se estas políticas proporcionarem um crescimento sus-tentável, regiões como o litoral de São Paulo, o Rio de Janeiro e o Espírito Santo, além das tradicionais regiões do interior paulista tam-bém trarão muitas oportunidades para o setor de varejo”, completa Costa.

Segundo dados da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), em 2009, o Brasil tinha 396 shopping centers, soman-do 9 milhões de metros quadrados de área bruta locável (ABL) e que alcançaram um faturamento estimado em R$ 71 bilhões. Para este ano, a expectativa é de que o País ganhe mais 17 empreendimentos, chegando próximo aos 10 milhões de m2 de ABL.

mente, contribuindo ainda mais para destacar a importância do País como uma das principais economias emergentes do mundo. “Se estas políticas proporcionarem um crescimento sus-tentável, regiões como o litoral de São Paulo, o Rio de Janeiro e o Espírito Santo, além das tradicionais regiões do interior paulista tam-bém trarão muitas oportunidades para o setor de varejo”, completa Costa.

Segundo dados da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), em 2009, o Brasil tinha 396 shopping centers, soman-do 9 milhões de metros quadrados de área

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Falar sobre sustentabilidade já não é nenhuma novidade. Depois de séculos de grandes impactos produzidos por indústrias, empresas e pessoas, o mundo se vê preocupado em minimizar esses estragos por meio da adoção de práticas sustentáveis em seu cotidiano.

Grandes movimentos vêm sendo feitos pelos vários setores sociais em todo o mundo para engajar cidadãos e empresas na busca da utilização de soluções que garantam a con-tinuidade da oferta de recursos naturais para as gerações futuras. Não se trata de um caminho fácil, nem rápido. Muito pelo contrário, esse engajamento depende de mudan-ças culturais que podem ainda levar gerações até estarem completamente inseridas na vida das pessoas como atitudes naturais.

Como em todos os segmentos de atividade, o mercado imo-biliário também vem acompanhando e participando ativa-mente destas mudanças. Soluções que propõem a utilização mais racional de recursos, combinadas com práticas menos agressivas ao meio ambiente e que ainda reduzam custos começam a ser cada vez mais consideradas e utilizadas nas diversas atividades desenvolvidas pela cadeia do segmen-to, desde a concepção até a operação e manutenção de um empreendimento. E em muitas destas ações já em prática no mercado, o retorno ambiental e financeiro já é visível no curto prazo.

Capa

Os caminhos da Sustentabilidade

Mudanças culturais já em curso mostram que, apesar de longo, o caminho para uma sociedade sustentável já começou a ser trilhado

É certo que em outros países, como os Estados Unidos, a questão da sustentabilidade está num patamar mais avan-çado, se comparada ao Brasil. Barack Obama une esforços desde sua eleição numa campanha para transformar seu país numa economia de energia limpa, o que recentemente ganhou impulso após o desastre ambiental de vazamento de petróleo no Golfo do México.

O país norte-americano avança na utilização de fontes alternativas de energia em edifícios comerciais. Nos Estados Unidos, o grupo de Energia e Sustentabilidade da Jones Lang

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LaSalle implementa diversas ações sustentá-veis que também vêm sendo analisadas pela equipe brasileira.

O caminho brasileiroDestaque entre os países emergentes, o Bra-sil vê sua produção industrial se aquecendo e o consumo aumentando nos últimos anos e, nesse sentido, o País ganha também maior responsabilidade de conduzir esse cresci-mento acelerado de maneira sustentável, liderando uma mudança cultural que não tem mais volta. As diversas esferas do Governo já começam a dar atenção maior à sustenta-bilidade, criando projetos de lei que preveem a adoção de práticas menos danosas ao meio ambiente em estados e municípios.

Além da mudança climática e das questões relativas ao uso racional de energia e água, o lixo também vem se transformando num problema mundial. Com poucos aterros sa-nitários, a maioria já excedendo sua capaci-dade, o Brasil perde anualmente cerca de R$ 8 bilhões com resíduos recicláveis que hoje são destinados a aterros, segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Espera-se agora que o Brasil avance com mais rapidez nesta questão: o País ca-minha para a aprovação de novos artigos de um projeto de Lei Federal que prevê respon-sabilidades compartilhadas entre Governo, iniciativa privada e cidadãos para a gestão de resíduos.

Em São Paulo, por exemplo, a Lei Estadual nº 12.528, de janeiro de 2007, obriga shop-ping centers e prédios comerciais a realizar a coleta seletiva de resíduos. Um novo projeto

de lei em tramitação também prevê que edifícios comerciais e residenciais na cidade captem água de chuva. A coleta seletiva de resíduos e projetos de uso racional de água e energia já são práticas comuns nos edifícios comerciais do País. Muitos também come-çam a desenvolver estratégias para compra de energia elétrica, o que abre a opção de se utilizar energia proveniente de fontes limpas.

Educação e CertificaçãoNo mercado imobiliário nacional, é cres-cente a quantidade de empreendimentos já certificados como sustentáveis ou que estão em busca da certificação. O selo mais utilizado no Brasil é o Leadership in Ener-gy and Environmental Design (LEED®), um sistema internacional para certificação de edifícios sustentáveis, chamados green buildings, desenvolvido pela organização não-governamental US Green Building Council (USGBC), que oferece parâmetros a proprietários e operadores para identificar e implementar soluções práticas e mensuráveis de projeto, construção, operação e manuten-ção de edifícios verdes. Por aqui, o sistema LEED é representado pelo GBC Brasil, ONG criada em 2007 para fomentar o desenvolvi-mento da construção sustentável no País.

Apesar de a certificação LEED vir ganhando força no mercado nacional como diferencial competitivo de um empreendimento, sozi-nha, ela não garante a sustentabilidade de

“Empresários que analisam seus negócios com visão de eficiência e qualidade sabem que a sustentabilidade não

custa mais caro”Nelson Kawakami,

Diretor-executivo do GBC Brasil

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uma construção. É preciso que haja um trabalho contínuo de educação de todos os envolvidos para que a sustentabilidade seja intrínseca às ações cotidianas.

Nelson Kawakami, diretor-executivo do GBC Brasil, acredita que a mudança de postura do mercado frente à sustentabilida-de já começou e avança numa boa velocidade. Porém, segundo o executivo, como estamos ainda no início da caminhada, en-quanto esta mudança cultural não for signifi cativa, a certifi ca-ção continuará sendo importante para o mercado, seja por ra-zões de marketing ou, para o GBC Brasil, também por razões educacionais. “A princípio e, em tese, somos contrários à certifi cação, pois, num mundo ideal, seria interessante que não precisás-semos mais dela ou mesmo do GBC Brasil. Mas, por enquanto, é uma ferramenta podero-sa de educação. Nossa missão é transformar o mercado imobiliário brasileiro em um setor mais sustentável, e a maior demonstração do nosso sucesso seria o fechamento do nosso escritório por absoluta falta de necessidade. Não é um paradoxo?”, questiona Kawakami.

Como no ciclo de vida de um edifício o maior gasto se dá na fase de operação, o executivo aponta ainda o papel fun-damental das consultorias imobiliárias nesse processo de difusão de conhecimento, já que são elas que gerenciam os principais edifícios comerciais do País. Para Kawakami, o contato direto pode infl uenciar clientes e mostrar efetivamen-te as vantagens de uma construção sustentável não só sob a ótica econômica, mas também social e ambiental. “O Brasil tem uma perda energética anual de R$ 15 bilhões que pode ser reduzida signifi cativamente se as consultorias imobili-árias difundirem as práticas sustentáveis fi rmemente nos edifícios que administram”, aponta.

Nesse contexto, o gerente predial assume um papel de des-taque como replicador das atitudes sustentáveis no cotidiano do empreendimento. “É preciso que haja conscientização das

pessoas sobre os sistemas e equipamentos sustentáveis e sua melhor utilização para que não haja impactos causados por falta de informação, por exemplo”, explica Andrea Assis, gerente predial da Jones Lang LaSalle no Condomínio Conti-nental Square Faria Lima, em São Paulo, e uma das profi ssio-nais acreditadas LEED AP que compõem um time de mais de 500 profi ssionais da empresa certifi cados no mundo.

Quanto custa?Outro desafi o no caminho das construções verdes é a premis-sa de que um edifício sustentável demanda um investimento

muito alto. Kawakami cita uma pesquisa realizada pelo Conselho Empresarial Bra-sileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) mostrando que a maioria dos em-presários ainda acredita que os prédios ver-des custam 30% mais. Porém, o executivo explica que é possível construir respeitando o meio ambiente e a sociedade sem aumento de custo. Quando ocorre, o sobrecusto não passa de 10%, e esse excedente se paga no curto prazo. “Todos os empresários que

analisam seus negócios com uma visão de efi ciência e quali-dade sabem que a sustentabilidade não custa mais e oferece resultados fi nanceiros”, afi rma.

Segundo dados do GBC Brasil, desde 2007 já foram certi-fi cados 16 empreendimentos no País. O cenário mostra que estamos dando passos importantes rumo às construções verdes, porém ainda teremos de vencer alguns obstáculos importantes, como a falta de informação, e driblar as barrei-ras culturais e a premissa que, ao tentar privilegiar um retorno imediato, perde de vista ganhos muito mais elevados e valorosos no médio prazo. Inclusive fi nanceiros.

Sustentabilidade dentro do escritório

Em 2009, a Jones Lang LaSalle conduziu nos Estados Unidos uma pesquisa com 215 dos principais ocupantes corporativos de diversos setores de atividade em todo o mundo para verifi car como encaram a importância da sustentabilidade. Como resultado, 85% do público considera a sustentabilidade um critério relevante na escolha de um espaço corporativo e 60% já adotam estratégias para atingir metas sustentáveis que, ao mesmo tempo, reduzem os custos de ocupação.

A pesquisa também apontou que os executivos continuam com foco nas estratégias de implementação mais simples e que proporcionam redução de custos no curto prazo, como programas de uso efi ciente de energia e coleta seletiva de resíduos.

Mudança de postura do mercado frente à sustentabilidade já começou. Porém, ainda será preciso vencer alguns obstáculos importantes

privilegiar um retorno imediato, perde de vista ganhos muito mais elevados e valorosos no médio prazo. Inclusive fi nanceiros.

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O aumento crescente da demanda por serviços imobiliários na região Sul refl ete o bom momento do mercado imobiliá-rio nacional. Atenta a este movimento e às perspectivas de crescimento do segmento corporativo no Sul, a Jones Lang LaSalle fortalece sua presença na região e amplia sua plataforma para atender os clientes locais. O executivo William Weishof foi de-signado para prospecção de novos negócios.

O mercado imobiliário corporativo da região Sul vem crescendo nos últimos anos. O desenvolvimento de novos prédios de escritórios de padrão superior aos existentes, galpões logísticos e shopping cen-ters é uma consequência do bom momento econômico do País. “A região abriga a sede de importan-tes empresas multinacionais, que precisam de espaços adequados para suas instalações, o que vem provocando mudanças culturais relativas à qualidade da ocupação e também à necessidade de ge-renciamento profi ssional”, explica Weishof.

A Jones Lang LaSalle já atua no Sul desde o fi nal da década de 1990, com a gestão de parques industriais do setor automotivo e, desde então, tem oferecido outros serviços a diversos clientes da região. O escritório regional foi inaugurado em Curitiba, em 2007, para atender um importante clien-te do setor fi nanceiro.

Em 2009, a empresa foi contratada com exclusividade para conduzir a coordenação comercial do HP Centro de Distri-buição Logística, na Cidade Industrial de Curitiba, com 52 mil m² de área locável. A comercialização foi decidida antes do término das obras do empreendimento e o acordo prevê ainda a gestão comercial do complexo, incluindo projetos built-to-suit.

Negócios

Nova estratégia para o Sul

Aumento de demanda por serviços imobiliários leva empresa a ampliar plataforma regional

Desenvolvido por um grupo de quatro incorporadoras, todas com sede na região Sul, entre elas a Jorasa Incorporações e Empreendimentos, de Curitiba, o HP vem suprir a grande demanda reprimida por empreendimentos deste tipo. Cons-

truído com foco nos investi-dores, a partir de um aporte de R$ 60 milhões, o centro de distribuição tem previsão de entrega para janeiro de 2011.

José Luiz Pizzato Muggiati, sócio-diretor da Jorasa, conta que o sucesso do empreendi-mento refl ete o aquecimento do mercado. “A procura pelo HP tem sido enorme, já que há uma carência de produtos de quali-dade no mercado industrial da região”, explica o executivo. Tamanha procura fez com que os terrenos tivessem valori-zação de 330% em apenas 18 meses. “Que investimento oferece esse retorno?”, questio-na Muggiati.

Outros destaques entre os ne-gócios da Jones Lang LaSalle no Sul incluem a formatação de um novo outlet de grife em Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul, com previsão de inau-guração para o próximo ano. Arthur Gorenstein, diretor da Divisão de Shopping Center da Construtora São José, respon-sável pelo projeto, conta que, em parceria com a Jones Lang

LaSalle, pesquisaram as oportunidades para o desenvolvi-mento de um novo outlet no Sul, o que levou a construtora paulistana a investir na região.

“A Jorasa atua há dez anos no Sul, desenvolvendo condomínios fechados e loteamentos. Com o aquecimento do mercado e a vinda de grandes empresas para a região, voltamos nosso potencial para o desenvolvimento de parques industriais. Precisávamos de um parceiro que entendesse do setor para desenvolver o projeto e estamos conseguindo excelentes resultados em nosso trabalho conjunto com a Jones Lang LaSalle”José Luiz Pizzato Muggiati, sócio-diretor da Jorasa

“Trabalhamos juntos com a Jones Lang LaSalle para identifi car a melhor área para o novo outlet. Foi também realizada uma pesquisa que comprovou a viabilidade da instalação do empreendimento em Novo Hamburgo, cidade próxima a Porto Alegre e à região serrana, que é um grande polo turístico nacional”Arthur Gorenstein, diretor da Divisão de Shopping Center da Construtora São José

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O impulso progressista e a inspiração nas metrópoles norte-americanas fi zeram surgir em São Paulo, nas décadas de 1930 e 1940, os primeiros arranha-céus do País. Porém, ao longo do tempo, esse impulso foi perdendo força e a maior cidade do hemisfério Sul nunca chegou a se destacar pela altura de seus edifícios.

Desde 1960, o edifício Mirante do Vale fi gura como o mais alto de São Paulo – e do Brasil. Acesso a tec-nologias construtivas não falta, o freio não é técnico. É a legislação que acaba impedindo incorporadoras e construtoras de desenvolver empreendimentos mais altos. Para controlar o fl uxo de população fl utuante nas principais regiões comerciais da cidade, a Prefei-tura de São Paulo limita o gabarito em algumas áreas e, naquelas em que não há restrição, é preciso respei-tar o coefi ciente de aproveitamento do terreno, o que também acaba restringindo a altura das construções.

Porém, mesmo se a legislação liberasse a altura dos edifícios, São Paulo ainda precisaria encontrar solu-ções urbanísticas para os problemas de mobilidade que seriam gerados por esse crescimento, condição imprescindível para poder comportar o adensamento populacional fl utuante gerado pelos arranha-céus.

O prédio mais alto de São Paulo mede 170 metros. Precisaríamos empilhar quase cinco Mirantes do Vale para chegar à altura do Burj Khalifa, inaugu-rado em janeiro, em Dubai, que lidera disparado o ranking dos maiores arranha-céus do planeta com seus 828 metros e 162 andares.

Conheça a seguir um pouco mais sobre os três pré-dios mais altos de São Paulo.

Mirante do Vale: o gigante discretoEle não tem a mesma fama de outros prédios histó-ricos do centro da cidade. Seu estilo arquitetônico também não tem o mesmo charme. Mas, encravado no Vale do Anhangabaú, em frente ao Viaduto Santa Ifi gênia, o Edifício Mirante do Vale mantém sua posição de prédio mais alto da cidade há 50 anos.

Do alto de seus 170 metros de altura e 51 andares, o prédio mantém um reinado discreto, não sendo muito conhecido. Tamanha discrição pode ser atribuída ao fato de o edifício não ser aberto à visitação e de estar num vale, dando a falsa impressão de ser mais baixo.

Ao ser inaugurado, em 1966, após cinco anos de obras, recebeu o nome de Palácio Zarzur Kogan, uma referência aos engenheiros Waldomiro Zarzur e Aaron Kogan, responsáveis pela obra do edifício. Em 1972, passou a se chamar Condomínio Edifício Mirante do Vale. No ano passado, porém, em home-nagem ao construtor, o prédio voltou a se chamar Palácio W. Zarzur.

Considerado na época de sua inauguração a maior es-trutura de concreto armado da cidade, suas obras uti-lizaram 5 mil toneladas de ferro, 20 mil toneladas de concreto e 250 mil sacos de cimento. Seus 75 mil m² construídos abrigam 146 lojas, 812 salas comerciais e 60 salões. Com acesso por três portarias: Prestes Maia, Pedro Lessa e Brigadeiro Tobias, recebe cerca de 30 mil pessoas por dia.

Edifício Itália: vista privilegiadaO segundo lugar no skyline de São Paulo é ocupado pelo Edifício Itália, com 165 metros de altura – desde o térreo da Avenida Ipiranga –, subsolo e 46 pavi-mentos. Inaugurado em 1965, a ideia da construção do edifício partiu do clube Circolo Italiano, proprie-tário do terreno. O prédio foi projetado pelo arquiteto alemão radicado no Brasil Adolf Franz Heep, ganha-dor do concurso para a escolha do melhor projeto para o edifício. Heep imprimiu no Itália as inovações e infl uências da Bauhaus, escola de arquitetura e artes aplicadas, inaugurada na Alemanha, em 1919, pela qual se formou.

As obras, que contaram com intervenções de es-pecialistas de diversas áreas, consumiram 14 mil m³ de concreto, 150 mil sacos de cimento e 20 mil toneladas de ferro e, em sua fachada, as 4 mil janelas somam 6 mil m² de vidros. A forma ovalada de sua torre transformou o edifício em um dos projetos ar-

São Paulo ainda tenta arranhar o céu

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bilização em meio ao momento de mercado desfavorável da época, resultando em um óti-mo negócio para os proprietários e cotistas, tornando-se um case de sucesso do mercado imobiliário nacional.

Com projeto arquitetônico do escritório Botti Rubin, o edifício foi concebido para oferecer completa infraestrutura com tecnologia de ponta e teve suas obras concluídas em apenas 36 meses, prazo considerado recorde na épo-ca para empreendimentos desta dimensão.

Destaque da arquitetura contemporânea, a Torre Norte recebeu menção honrosa no Prix d’Excellence Awards 2002, promovido pela International Real Estate Federation (Fiabci). Além de se posicionar como o maior edifício de alto padrão, a Torre Norte fi gura como um dos empreendimentos corporativos mais importantes da cidade.

quitetônicos mais arrojados da época, sendo até hoje um dos marcos da arquitetura paulistana.

Já na época de sua construção, a legislação municipal de uso e ocupação do solo começou a se tornar mais restritiva. As obras do Edifício Itália só foram permitidas devido a sua localização, em um dos pontos focais da cidade, na esquina das Avenidas Ipiranga e São Luís.

O Edifício Itália abriga no térreo uma galeria de lojas, 40 andares são ocupados por escritórios e a sede social do clube Circolo Italiano ocupa três pavimentos. Há ainda um terraço superior, com dois pavimentos, onde funciona o restaurante Terraço Itália que, com sua vista panorâmica deslumbrante, é um dos principais pontos turísticos de São Paulo. Com 152 mil m² construídos, o prédio recebe uma população fl utuante diária de 2 mil pessoas.

CENU Torre Norte: alto também no padrãoO terceiro lugar entre os edifícios mais altos de São Paulo é ocupado pela Torre Norte do Centro Empresarial Nações Unidas, o CENU, na zona sul da cidade. Com 160 metros de altura, 34 andares de escritórios, dois mezaninos e cinco subsolos, é a mais alta torre do complexo e o único empreen-dimento comercial de alto padrão a se destacar entre os três mais altos da cidade.

Localizado na região do Brooklin, entre as avenidas En-genheiro Luís Carlos Berrini e Nações Unidas, o edifício, concluído em 1999, tem 152 mil m² construídos e recebe uma população fl utuante diária de 6.100 pessoas, sendo aproxima-damente 4.600 ocupantes fi xos e 1.500 visitantes diários.

Desenvolvida pela incorporadora Bolsa de Imóveis de São Paulo e pela Tishman Speyer, responsável também pela administração predial, a Torre Norte tinha na época como proprietária majoritária a Funcef, fundo de pensão dos fun-cionários da Caixa Econômica Federal.

O ativo foi objeto de instituição de fundo de investimento imobiliário, criado em 2002 como uma estratégia de desmo-

CENU Torre Norte: o terceiro

mais alto

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Consultoria em uso racional de água

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nossa água.

Tecnologia e Atitude

H2C: a nova fórmula da água.

Ao começar a ler este texto, imaginamos que os seus olhos também estarão atentos à imagem da Terra.

São seis bilhões de pessoas que habitam o mundo, sendo que mais de um bilhão vivem consumindo água sem qualidade. Ou seja, uma em cada seis pessoas no mundo não tem acesso a água limpa.

Para piorar o quadro, mais de um milhão de crianças morrem anualmente vitimadas pela diarréia, uma a cada vinte segundos.

Você pode ser parte da mudança que o mundo necessita.

Pense nisso!

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Highlights

Conquistas recentes da Jones Lang LaSalle

� BG BrasilEm maio, a Jones Lang LaSalle foi contratada para a Gestão do Projeto dos novos escritórios da BG Brasil, no Rio de Janeiro, no Edifício Ventura Corporate Towers. O maior desafio era com-binar inovação e sustenta-bilidade com eficiência de custos e prazos totais da implantação.

Serão 3.500 m² com padrão de primeira classe, solu-ções inovadoras e materiais sustentáveis. Todo o trabalho segue normas globais do BG Group, com objetivo da certificação LEED® dos in-teriores, além da certificação LEED Gold do edifício.

� Capital RealtyA cidade de Itajaí (SC) ganhará um novo e moderno condomínio logístico com aproximadamente 36 mil m² na região retroportuá-ria, denominado MEGA Centro Logístico Itajaí, que oferecerá excelentes galpões modulares e atenderá tam-bém demandas para projetos built-to-suit.

O projeto é mais um em-preendimento da Capital Realty, empresa especiali-zada em desenvolvimentos imobiliários nas áreas de infraestrutura logística e varejo, e a comercialização ficará a cargo da Jones Lang LaSalle.

O Complexo Portuário de Itajaí ocupa atualmente a segunda posição no ranking nacional de movimentação de contêineres e a atividade de comércio exterior, um dos principais motores da economia local, certamente atrairá ocupantes para o novo empreendimento.

� Imóvel industrial em Guarulhos

A Jones Lang LaSalle é res-ponsável pela comercializa-ção de imóvel industrial com localização estratégica a 100 metros da rodovia Presiden-te Dutra, principal eixo de ligação entre Rio de Janeiro e São Paulo, e próximo do aeroporto internacional de

Guarulhos, o mais importan-te da América do Sul.

Com 18 mil m2 de área total e 12.855 m2 construídos, a propriedade está disponí-vel para venda e locação e dispõe de completa infraes-trutura, incluindo galpões, escritórios, refeitório e áreas de apoio. Localizado em re-gião industrial e de logística consolidada, com a pre-sença de grandes empresas nacionais e multinacionais, o imóvel está pronto para ocupação imediata.