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Um breve resumo da Palestra Plano de Vendas & Marketing no Varejo.TRANSCRIPT
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Parte 001Reflexões para líderes e formadores de equipes de vendas.
A Arte de Encantar Clientes – 09A Arte de Vender na Era Digital – 16Ações eficazes para a construção de um plano – 25O Papel da formação dos agentes multiplicadores – 31A Arte de Entender o Cliente – 39
Parte 002Ferramentas digitais como apoio ao processo de vendas.
Blog como Estratégia – 51O Blog Útil – 60Marketing na Era Digital - 66
Índice
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Reflexões para líderes e formadores de equipes de vendas.
Parte 1
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1 A Arte de Encantar Clientes.
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Vender é uma ciência. Encantar clientes e transformá-los em
fãs exige técnica, planejamento, conhecimento, estudo, paciência,
tempo, exercícios e um bom trabalho de relacionamento e posicio-
namento.
O cenário da batalha é o varejo. Esse grandioso espaço/cam-
po chamado mundo comercial, que Anne Coughlan, em seu livro
“Canais de Marketing e Distribuição”, define como sendo um con-
junto de organizações interdepenentes envolvidas no processo de
disponibilizar um produto ou serviço para uso ou consumo.
Adotando esse conceito, o grande desafio do campo chamado vare-
jo é a busca pela acertividade de oferecer o produto certo, ao preço
certo, no lugar certo, à hora certa com a intenção do lucro, que é a
mola propulsora do empreendimento.
Na guerra do varejo, um dos grandes pilares para o sucesso,
na minha opinião, está diretamente ligado à receita dos guerreiros
e Sun Tzu, os quais eram treinados com as “letras” e com as “táti-
cas” da arte da guerra. Uma arte que se define pelo pleno conheci-
mento do cenário (o campo de batalha) e pela compreensão real de
si e do oponente.
Existe uma fala de Snun Tzu que destaca bem essa explicação:
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“Se conheceres o inimigo e a ti mesmo, não temas o resultado de
cem batalhas, se conheceres a ti mesmo, mas não o inimigo, para
cada vitória, também sofrerás uma derrota. Se não conheceres a ti
mesmo e nem o inimigo, sucumbirás a todas as batalhas”.
Esse texto é muito curioso. Demonstra com maestria e traduz mui-
to bem a ideia do plano, ou melhor dizendo, a ideia das forças que
você tem para desenvolver seu plano de vendas.
Para isso, uma boa ferramenta, porém não muito nova é a
análise SWOT. Com ela, você poderá listar seus pontos fortes, pon-
tos fracos, ameças e oportunidades. É uma excelente visão para
você desenvolver seu plano com um pé dentro da realidade e con-
seguir de forma eficiente e eficaz os objetivos desejados.
É interessante como intuitivamente famosos do mundo empresar-
ial global desenvolveram a arte de ler e traduzir bem os seus opo-
nentes e fundaram impérios notáveis diante desse conceito.
Sun Tzu escreveu esse tratado por volta do ano 500 a.c. e é incrível
como esse texto é real, atual e útil.
Um bom exemplo para a sentença de Suz Tzu é a visão de Walt
Disney, conforme narra Michael D. Eisner no livro “O Jeito Disney
de Encantar os Clientes. Eisner afirma que Disney se preocupava
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tanto com a educação empresarial dos seus colaboradores que o
instituto Disney passou a ser um dos mais estudados no mundo.
Um ponto crucial dessa experiência nasce da forma como Disney
chamava seus colaboradores. Ele definia cada pessoa que trabalhava
na sua empresa como um ator fazendo parte de um grande elenco.
Cada parte da sua empresa contava uma história para seus cli-
entes, e quem conta histórias são pessoas treinadas para encantar.
Disney sabia da importância da motivação da sua equipe. Ele
adotou o plano de motivar as pessoas um dia por vez e com uma
inovação por vez. Segundo o Sr. Michael, Disney sabia que depen-
dia dessa capacidade motivacional do elenco para o sucesso do seu
negócio.
Com isso, o trabalho de educação empresarial que Disney de-
senvolveu para empreender o negócio por trás da magia conduz
seu elenco de colaboradores a olharem para si mesmos, suas orga-
nizações e o mundo sob uma luz completamente nova.
Walt Disney afirma que “sempre tentamos nos orientar pela ide-
ia básica de que, na descoberta do conhecimento, há uma grande
dose de entretenimento – da mesma forma como, inversamente, em
todo bom entretenimento sempre há uma semente de sabedoria,
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humanidade ou esclarecimento.”
Educação para o pleno conhecimento de si e motivação como
estratégia para o bom relacionamento com os clientes são grandes
pilares para o sucesso de vendas no varejo. As empresas não ven-
dem mais por que não oferecem educação a seus funcionários.
Para fechar essa ideia, o Bradesco vem desenvolvendo um trabalho
de educação junto aos seus colaboradores, com o objetivo de ampli-
ar o processo de relacionamento com seus clientes. A Universidade
Bradesco vem fortalecendo o conceito do RH Estratégico dentro da
organização, apresentando uma forte visão empreendedora dentro
da organização e motivando seus colaboradores com as diversas
possibilidades que existem dentro da empresa.
Cito esse exemplo pela semelhança na ideia e no espírito con-
ceitual construtivo da execução do ato da educação empresarial.
O que Disney chama de elenco, Glaucimar Peticov, diretora de re-
cursos humanos do Bradesco, afirma para a Revista HSM Manage-
ment (Edição nº 104 – 2014) que “a pessoa precisa ser protagoni-
sta de seu desenvolvimento. E a ideia motivacional parte da visão
empreendedora individual, onde um escriturário possa sonhar e
trilhar o caminho de se tornar presidente do banco.
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...
Ponto de reflexão: Qual o conceito da sua empresa para a gestão
de pessoas?
...
Esse é um excelente exercício e ponto de reflexão para trans-
formar colaboradores em advogados da marca.
Um outro ponto em Disney, conta Michael que um dos fatores que
levou o grande empreendedor da animação à desenvolver todo o
seu conceito de magia foi o episódio de levar seu filho a um parque
de diversões e, observando a sujeira e o descuido dos organiza-
dores com a área dos clientes, Disney percebeu uma oportunidade
de negócio latente naquele lugar, onde a construção da magia que
existia naquele momento de entretenimento era o grande diferen-
cial do parque de diversão.
Com isso, o ato da busca pela compreensão de si, o trein-
amento envolvente do seu elenco e o conhecimento e o estudo dos
detalhes dos seus concorrentes ofereceram para Disney uma visão
empreendedora eficaz e fizeram de uma simples ideia já existente,
um mundo de negócios e oportunidades sem igual.
Com isso, percebemos que o resultado do bom treinamento, do
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domínio dos argumentos dos conceitos empresariais, do conheci-
mento da identidade da empresa e da motivação do elenco colabo-
rativo são fatores geradores do sucesso na hora da verdade do va-
rejo, que é a hora da venda.
“Assegurarmos de não sermos derrotados está em nossas
mãos, mas a oportuniadde de derrotar o inimigo nos é dada por ele
mesmo” – conclui Sun Tzu.
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A Arte de Vender na Era Digital.
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O mundo da informação instantânea não é mais uma questão
de tendência ou uma ideia de um futuro próximo. Trata-se do mel-
hor conceito para definir o cenário que estamos vivendo. Com isso,
a velocidade da informação apresenta novas reflexões para os pro-
fissionais de atendimento e principalmente para os varejistas.
Estamos vivendo nos dias profetizados por Kotler em seu Market-
ing 3.0. A era da humanização e da espiritualização da marca, com
uma identidade forte e posicionamento bem definido chegou. O
poder do consumidor através dos meios sociais traz um novo desa-
fio para quem vive da venda direta com o cliente.
Mas, será verdade que os meios digitais têm impacto relevante
com o trabalho de marketing da sua empresa?
Pois é! Vou contar um breve exemplo e você tira as suas
próprias conclusões. Uma turma de internet provocou uma em-
presa de forma direta com uma simples piada que levou a organiza-
ção a repensar seu modelo de atendimento. A turma do Porta dos
Fundos fez um filme no qual contavam uma piada/crítica ao jeito
Spoleto de atender ao cliente.
Para quem não conhece o Spoleto, trata-se de uma empresa
de fast food de massas, onde o cliente indica quais os ingredientes
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deseja na sua massa, e o chef vai compondo o prato a ser servido.
Dentro de um texto lúdico, mas com uma boa pitada de ex-
agero, o filme do Porta dos Fundos faz uma crítica ao processo de
atendimento do fast food, que, com isso, e em primeira leitura, le-
vou a direção da empresa à rejeição do fato. Contudo, as milhões
de visualizações conduziram a diretoria do Spoleto a repensar a
causa. Não só aceitaram a brincadeira como também entraram na
história.
O sucesso e a repercussão desse feliz incidente foi tamanho
que levou o Spoleto a contratar a turma do Porta dos Fundos para
a produção de outros filmes. E, com isso, a empresa começou um
processo de ampliação em seus canais de relacionamento ao ponto
de desenvolver um canal exclusivo no youtube por meio do qual
leva a experiência da empresa para dentro da casa dos seus con-
sumidores. O que considero mais curioso é o fato que levou a di-
retoria do fast food a pensar na seguinte sentença: “Será que o que
aconteceu no filme é uma realidade para alguns clientes da rede?
Será que algumas pessoas precisam de um tempo especial para
montar o seu prato?”
Então, a empresa desenvolveu um aplicativo para smartphone
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onde o cliente pode antecipar o seu pedido antes mesmo de chegar
ao restaurante.
Um processo de cocriação simplesmente genial. Na era do
consumidor forte, o Spoleto tomou a decisão certa. Topou a brinca-
deira, entrou na história e apresentou melhorias para o seu jeito de
atender aos clientes.
Muitas premissas do marketing estão passando por um forte
processo de avaliação, evolução e por que não arriscar uma certa
“quebra” nos paradigmas.
Em um estudo realizado pelo Rotman School of Management,
publicado recentemente pela revista HSM Managemente (Edição
105-2014), conceitos como ter o controle da estratégia da marca,
focar usuários mais frequentes, contar com um excelente sistema
de CRM, assim como a clássica estrutura dos 4 P´s, os 3 C´s, a ideia
do funil de compra e outras premissas que vinham norteando os
estrategistas desdos anos 60, são pontos que merecem algumas re-
leituras e outras percepções para as estratégias no varejo doravante.
Conforme citamos o exemplo do Spoleto, podemos perceber que
tais conceitos, realmente, precisam se reavaliados. Será que temos
mesmo o pleno domínio da estratégia da marca? – A resposta é
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que as empresas terão cada vez menos esse controle, e o que hoje
mais determina o valor de uma marca são as percepções que os
consumidores oferecem como leitura.
O foco nos 4 P´s do marketing ganham novos aliados. Segmen-
tação, posicionamento e o relacionamento com o cliente precisam
ganhar atenção na hora do planejamento do mix de marketing. O
Estudo da Rotman ainda amplia seu campo de visão, afirmando
que se faz necessário que a oferta ganhe um campo de integração
em todos os pontos de contato com o cliente potencial.
Os clássicos 3 C´s (cliente, companhia e concorrentes) gan-
ham outras preocupações por conta dos outros stakeholders, como
governo, fornecedores etc.
Dentro deste cenário, os conceitos do marketing ganham uma visão
mais ampliada e que precisam ser observados por aqueles que irão
desenvolver estratégias de vendas para as empresas de todos os seg-
mentos.
Na era do marketing sob demanda, saímos de um planeja-
mento fechado para a era da gestão adaptativa. Trata-se de uma
nova regra que faz o departamento de marketing ser cada vez mais
atuante e preciso dentro da organização.
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Para os consultores de vendas a ideia de se tornarem advoga-
dos defensores de seus produtos, serviços e da identidade corpora-
tiva ganha dimensão considerável.
As metas organizacionais começam a desenvolver objetivos
tangíveis que ultrapassam os muros da empresa, assumindo com-
promissos de forma direta com a sociedade em 360°.
Cada vez mais, para vender na era digital se faz necessária a
venda orientada por marketing. Em nenhum momento a era “on
demand” abre mão do planejamento estratégico e de um plano de
vendas bem elaborado, por mais que tenhamos um desafio adapta-
tivo.
É como dizia o General da Arte da Guerra, Sun Tzu: “o general
que vence a batalha fez muitos cálculos em seu templo, antes que a
batalha seja travada. O general que perde a batalha fez apenas pou-
cos cálculos de antemão. Assim, muitos cálculos levam à vitória e
poucos cálculos à derrota: muito pior sem cálculo algum.”
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Ações eficazes para a construção de um plano de vendas.
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Todo profissional de vendas precisa desenvolver seu plano de
ação para ter sucesso nesse mercado super competitivo, onde todos
oferecem produtos tão similares.
A arte do varejo exige do profissional de vendas muito estudo,
atenção, técnica, desenvoltura pessoal, além do conhecimento ple-
no do produto que ele representa. Informações como característi-
cas, vantagens e benefícios são informações primoridias na hora da
demonstração do produto ao cliente.
Tudo isso ainda precisa ter como aliados as habilidades e per-
cepções pessoais. Conquistar a atenção do cliente é um desafio
diário para esse profissional. A sua influência verbal e sua capa-
cidade de persuasão são pontos de extrema relevância para que o
cliente seja bem atendido e escolha a sua empresa para atender suas
necessidades e desejos.
Jeremy Cassell e Tom Bird em seu Livro “Vendas”, publicado
pela Editora HSM, provoca esse profissional no ponto do aper-
feiçoamento e desenvolvimento das habilidades profissionais con-
tínuas. Os autores apresentam a preocupação do “saber”, do “fazer e
do “falar”. Jeremy e Tom descrevem uma breve análise pessoal com
o objetivo de fortalecer o desafio acima citado.
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Perguntas, como - eu tenho a personalidade certa para vend-
er? Existem aspectos específicos de minha personalidade qe con-
tribuem com meu desempenho o prejudicam? Como as minhas
convicções impactam os resultados para o bem ou para o mal? Em
que devo focar se quiser me aperfeiçoar de forma contínua?
Realmente, esses questionamentos merecem atenção e de-
staque para o pleno desenvolvimento das habilidades pessoais para
quem trabalha com venda direta com o cliente.
São pontos fundamentais para desenvolver um plano de venas
eficaz, com um direcionamento orentado pelos conceitos do mar-
keting, levando em consideração as novas tendências e quebras nos
paradigmas existentes do marketing na era do consumidor forte.
Vou abordar alguns pontos que merecem uma atenção especial na
hora da construção do plano de vendas.
O plano de vendas nada mais é do que a construção do pro-
cesso de atendimento com o objetivo de traçar o caminho certo,
para levar o produto certo, com o preço certo, para o cliente certo.
Esse processo deve levar em consideração as análises do mercado,
seus concorrentes, suas forças (pontos fortes e pontos fracos), pon-
tos de posicionamento e o compromisso coma a dinâmica da ex-
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perimentação adaptativa.
Michael D. Eisner cita em seu Livro “O Jeito Disney de Encan-
tar os Clientes” o seguinte conceito:
“No ciclo de atendimento de qualidade, os processos são as políti-
cas, as tarefas e os procedimentos utilizados para prestar o atendi-
meno.”
Para essa construção precisamos levar em consideração os se-
guintes pontos: a definição clara do público alvo. Isso é um dos
pontos de suma importância na busca pela construção de um rela-
cionamento contínuo e duradouro, levando em consideração clien-
tes frequentes e sazonais.
Dentro dessa definição de público será importante pesquisar e
compreender seus hábitos e costumes, necessidades e desejos, estilo
de vida e edisposição para a compra, o preço que costumam pagar,
quais produtos existem para a demanda, ou seja, deve-se mapear
bem o seu público e o comportamento para o consumo.
Para conseguir esse mapeamento com sucesso, fazer um exer-
cício de segmentação do mercado é relevante para a construção ac-
ertiva da identificação do seu público. Valer-se de critérios geográ-
ficos, pscográficos, demográficos, classificando por idade, renda,
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sexo, classe social etc, são quesitos que facilitarão a compreensão e
a construção desse mapeamento.
Depois disso, para o trabalho de oferecer o produto certo, para
o público certo, se faz necessário a definição dos canais de comu-
nicação de que a sua empresa irá dispôr para levar as informações
necessárias, a fim de chamar atenção dos seus clientes.
Mapeado o mercado, definido os canais de comunicação e a
estratégia do conteúdo e da abordagem da promoção do produto, o
treinamento da equipe de vendas é um fator relevante para o suces-
so dentro do seu plano de vendas.
Outras questões, como a geração motivacional, a busca cosn-
tante do casamento entre o desempenho combinado e o desem-
penho de cada parte do processo, o trabalho com foco e a análise
dos resultados, tratam-se de um processo permanente e auxiliarão
e muito o varrejista na construção eficaz do processo do atendi-
mento.
Ter um Plano de vendas é ter uma ferramenta voltada para o
crescimento contínuo e para a construção de um atendimento ex-
cepcional.
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O Papel da formação dos agentes multiplicadores.
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Ainda vejo os departamentos de marketing das empresas cea-
renses com uma certa distância considerável da linha de frente no
salão de vendas. Fato claramente percebido, basta qualquer pessoas
fazer uma breve caminhada em um shopping da capital.
Fazendo esse exercício em um novo empreendimento com-
ercial, inaugurado a menos de um ano, em um bairro de periferia
de Fotaleza, percebi a ociosidade dos consultores de vendas como
também a falta de informação institucional e de logística da em-
presa que os mesmos representam. Mesmo com minha insistên-
cia em querer adquirir determinado produto, o vendedor deixava
claro sua falta de interesse pelo negócio. O descompromisso com
a oportuniade da venda, a falta de iniciativa em oferecer opções e
a criação de uma energia de incômodo, como se eu, o cliente, es-
tivesse incomodando-o em seu local de trabalho.
Isso é uma breve radiografia de uma loja de equipamentos
de tecnologia, marca de forte investimento em posicionamento de
marca no mercado da cidade. Empresa que realiza um alto investi-
mento em estratégias de comunicação e que tem um departamen-
to de marketing bem estruturado, sendo atendido por agências de
propaganda, sendo a agência uma das maiores da capital.
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E agora? Mesmo com toda a estrutura montada e em pleno
processo acontecendo, por que o “vendedor” trata como “incômo-
do” a presença de um cliente no salão de vendas?
Esse caso é um fator preocupante e creio que se eleva ao
quadrado quando o cenário é uma loja de shopping center. Custos
elevados, alto nível de investimento inicial e nenhum índice de in-
vestimento educacional do negócio em sua linha de frente.
Outro ponto que também observei foi a quantidade de fun-
cionários dentro da loja. Com uma leitura rápida, e creio que por
se tratar de um espaço/loja com mais de 50 m², havia no interior do
estabelecimento algo em torno de 8 funcionários, sendo “eu” ape-
nas um cliente. Isso em um horário de pico para as vendas de uma
loja de shopping, uma quarta-feira, às 19 horas.
O cenário: um vendedor arrumando artigos em demonstra-
ção, 6 conversando com direito a risos e chavões em alta voz e 1
realizando o seu atendimento “despacho”. No caso, o cliente a ser
despachado era “eu”.
Ai eu pergunto “onde está o marketing dessa empresa que não
percebe como sua equipe de linha de frente não tem, ou pelo me-
nos ainda não, a visão estratégica do negócio da marca?”
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É incrível como esse cenário é facilmente percebido nas em-
presas da capital cearense. Outro fator que considero incrível é
como o vendedor deixa escapar um cliente que chega na loja infor-
mando que deseja algo específico, e mesmo que a loja não tenha no
momento o produto desejado, ele não colha informações, as quais
vamos listar algumas abaixo:
1 – Nome do cliente;
2 – Telefone de contato para informar o cliente assim que o produto
chegar na loja;
3 – E-mail para que a loja mande informações, ofertas e lançamen-
tos;
4 – Perguntar: “Podemos convidá-lo para seguir nossa loja nas re-
des de relacionamento? Como podemos encontra-lo(a)?”
5 – Interagir com o cliente dentro do seguinte espírito: “Você tem
um minuto para conhecer as soluções que nossa loja oferece?”
Trocando em miúdos, o fato de não ter no momento determi-
nado produto desejado pelo cliente não implica dizer que não seja
necessário um início de um relacionamento com o próprio.
Faço uma provocação: “Por que os consultores de vendas não
têm como instrumento de trabalho um tablet em mãos para que
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na hora que o cliente for atendido, no fim do processo do atendi-
mento, o vendedor peça permissão para convidá-lo a fazer parte da
sua rede profissional no Facebook?”
Um perfil pessoal/profissional que tem como objetivo atuali-
zar o cliente de promoções, oportunidades, lançamentos e até mes-
mo pelo inbox antecipar o processo de vendas.
Acredito que muitas empresas não pensam dessa forma,
porque sabem que seus vendedores não estão devidamente capac-
itados para tamanha evolução. E por que eles não estão prepara-
dos?
A resposta é simples, muitos diretores de empresas não acr-
editam no potencial inteno de sua equipe e desconhecem o poder
que a ferramenta chamada “treinamento contínuo” oferece.
A sensação que me passa é que treinar pessoas e oferecer tecnolo-
gias para uma melhor execução das rotinas do atendimento fazem
o gestor sentir o risco de perder o plano “controle” de determinadas
situações.
Já imaginou essa loja que citei? Se os 8 funcionários estives-
sem multiplicando informações úteis da empresa em um perfil, ex-
emplo facebook, como uma espécie de carteira de clientes virtual,
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provocando curiosidades, chamando atenção para ofertas e even-
tos da loja e até mesmo iniciando atendimentos?
Ou seja, a falta de envolvimento com o plano “estratégico” e
com uma visão mais elaborada do negócio inibe o papel de tran-
formar os vendedores em agentes multiplicadores e defensores da
marca que representam.
Cito isso, porque uma única vez eu conversei com uma cor-
retora de imóveis, que se vale dessa ideia no seu dia a dia, até hoje
recebo e-mails dela, personalisados, informando-me de eventos,
lançamentos e oportunidades. Ela faz isso de forma direta, cha-
mando-me pelo nome, com um texto digitado personalizado, com
particularidades da nossa conversa. Tudo isso sem ser inconve-
niente nem evaziva nem abusiva. Isso é apenas a definição de um
comportamento estratégico de trabalho.
Na era digital não buscar outros meios de multiplicar infor-
mação, capacitar pessoas para o bom atendimento e não ter a con-
stante busca pela ampliação do relacionamento é perder dinheiro
de forma clara e ainda correr o risco de perder grandes investimen-
tos.
Pense nisso!
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A Arte de Entender o Cliente.
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Recentemente, em “A Menina do Vale” (Bel Pesce), a escritora cita
um dos desafios de um jovem empreendedor chamado Eric Ries,
que tem a crença de que empreendedores podem evitar o fracasso
se descobrirem o que os clientes “realmente” querem.
Texto que julguei muito curioso e que casa direitinho com o pensa-
mento de Richard Burtom, em seu livro “Planeje seu Negócio”. Ele
diz que saber o que seus clientes querem e o que vão querer no
futuro é crucial. Richard ainda afirma que a definição cuidadosa
de quem são seus clientes é um fator de sucesso que merece todo o
estudo. Que tipo de pessoas são? Onde vivem? Como vão ter von-
tade de comprar o quê quer que seja? O que você vai lhes oferecer?
Essas duas leituras fizeram-me recordar de uma incrível experiên-
cia que vivenciei com uma de minhas alunas, em uma das diversas
preleções sobre marketing e vendas. Na apresentação, ressaltei a
importância de se conhecer o cliente e como a pesquisa de mercado
era uma dos fatores indispensáveis para quem deseja não começar
errado.
Essa amiga estava vivendo o sonho de investir em seu primeiro
negócio e sua vontade era abir uma academia de ginástica. O que
ela fez? Valendo-se da “importância da pesquisa”, ela mesma re-
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solveu cair em campo. Listou todas as academias do bairro onde
estava pesquisando para o futuro prédio comercial e começou a ser
aluna das academias “futuras” concorrentes.
Segundo ela, um ano e meio foi o tempo necessário para percor-
rer o maior número possível de empresas dentro de um raio pré-
estabelecido. Foi um tempo oportuno para conhecer os clientes de
cada uma delas, conversar com uma média de pessoas e conhecer,
do ponto de vista dos clientes ativos, os pontos fortes e os fracos de
cada estabelecimento.
O investimento em uma academia de ginástica é um investimento
alto. Abrange adaptar o espaço físico, a compra dos equipamentos,
a contratação da equipe especializada, a construção do conceito, da
marca, do valor e das estratégias de comunicação, enfim, um ano e
meio foi o tempo necessário para a maturação da ideia.
Esse ponto é uma questão muito importante e que poucos respeit-
am. O surgimento de uma ideia empreendedora é na verdade como
se tivessemos acabado de ganhar uma pequena semente. Como se-
mente a ser cultivada, antes precisa ser plantada, e para plantar, faz-
se necessário analisar a terra, tratar o solo, criar o momento ideal
para semear. Depois, precisa cultivar, regar, cuidar até a a semente
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germinar e tornar- se uma árvore frondosa e brotar seus frutos.
A experiência dessa amiga foi importante porque ela foi cuidar da
terra, analisar o cenário, conhecer seus concorrentes e saber das
ameaças e das oportunidades. O que ela fez na verdade foi respeitar
o tempo de maturação da ideia e foi estudar o mercado. O grande
diferencial nesse estudo foi o fato dela ter ido ouvir os clientes reias
que usam esse tipo de empresa naquela localidade e conhecer o que
eles reclamam e o que eles adoram.
Além disso, ela ficou conhecendo o que os clientes “não queriam”, o
que os deixavam insatisfeitos. Ela teve a oportunidade de comparar
academias, as relevâncias e as incongruências de cada estabeleci-
mento, e isso para quem vai investir em uma ideia empreendedora
é muito relevante para construir o conceito certo do produto que
você deseja oferecer.
Esse caso nos apresenta a trajetória de uma pessoa que está bus-
cando o ponto “chave” do sucesso, o diferencial como fator com-
petitivo e o por que “somos” melhores do que os outros.
Na conclusão desse trabalho, ela estava completamente munida de
todas as “convicções” para o investimento da sua ideia e para a ex-
ecução de um trabalho progressista.
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Seja qual for o tipo de negócio da empresa, o consultor de vendas
ou o profissional de atendimento, seja ele em qual esfera do aten-
dimento se encontre ou na pré-venda, na hora “H”, ou no pós-ven-
das, precisa-se compreender alguns pontos da cabeça do clientes
que são:
1 – necessidade;
2 – desejo;
3 – percepção;
4 – emoção.
O caso citado dessa amiga em busca de construir a ideia certa para
empreender o seu negócio ainda tem um ponto “brilhante” que faz
toda a diferença na arte de vender, que é conhecer bem os detalhes.
Vamos pensar em uma empresa gigante – Disney. A Disney só é a
Disney, porque conhece e cuida de cada detalhe do seu negócio.
E no quesito “compreender o cliente” esse é uma questão de estudo
de forma permanente dentro dessa empresa.
Para os diversos participantes que me acompanham nas palestas
que apresento, quando sou interrogando sobre o tema “excelência
no atendimento ao cliente”, gosto de indicar a leitura de Michael D.
Einer pelo fato dele sistematizar de forma clara o método de aten-
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dimento que a Disney desenvolve.
Eisner nos ensina que um dos grandes sucessos do “Jeito Disney
de Encantar os Clientes” está diretamente ligado a uma ferramenta
chamada “Ciclo de Atendimento da Qualidade”. Esse ciclo é defini-
do em quatro etapas. Vejamos:
Etapa 001 – Definição do “tema” do Atendimento;
Etapa 002 – Os Padrões de Atendimento;
Etapa 003 – O Sistema de Atendimento;
Etapa 004 – A Integração.
Eisner explica que para cada área da Disney, do vendedor de pip-
oca até o gerente geral de cada área do parque, cada departamento
tem uma definição clara e conceitual do modo de se atender os
clientes – seja cliente interno ou externo. Esse tema é um conceito
simples, definido em uma sentença fácil e clara e que se torna a
força impulsionadora do equipe.
Com isso, se faz- se necessária a construção e a compreensão dos
padrões de atendimento e no estabelecimento de seus critérios para
a realização das ações necessárias. Ou seja, como o produto Disney
é entretenimento de toda a família, os critérios definidos como pa-
drão de atendimento são:
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001 – Segurança;
002 – cortesia;
003 – espetáculo;
004 – eficiência.
Com o tema bem definido e os padrões estabelecidos, o próximo
passo é definir o sistema que ira gerir esse processo. Três pilares são
trabalhados:
001 – funcionários;
002 – cenário;
003 – processos.
Depois de todos esses parâmetros definidos e os processos desen-
hados, a integração das ferramentas e o desempenho das pessoas
devem ganhar o grande destaque.
Ponto de Reflexão: Ter um atendimento de qualidade é entender
que os funcionários são os ativos mais importantes e o que, pro-
vavelmente, é um dos motivos mais frenquentes que levam os cli-
entes a retornarem à empresa.
Para se ter um atendimento de qualidade também se faz necessária
a compressão do esquema abaixo:
Construir o processo – Executar – Medir – Apreender – Construir
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o Processo
Com isso podemos analisar: Por que a Disney encanta seus clien-
tes? A Disney encanta porque o seu processo de atendimento tem o
“poder de encantar” como conceito central e motivacional. A Dis-
ney, por conta da cordialidade, do compromisso da equipe e de um
processo simples e claro, torna o seu jeito de atender muito fácil de
apreciar e de ser percebido pelos clientes.
A equipe Disney é definida em três adjetivos: amistosa, acessível e
prestativa.
Concluindo, a arte de entender o cliente não tem mistério e nem
uma fórmula mágica pré- determiada. Querer entender o cliente é
ir a campo, conhecer o cenário, pequisar o conceito dos concorren-
tes e conhecer os desejos e as encessidades do seu target.
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Ferramentas digitais como apoio ao processo de vendas.
Parte 2
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De todos os canais que a internet oferece o blog ainda hoje é, e
pelo que se percebe caminha para um futuro promissor por tempo
indeterminado, um canal de costrução de ideias, personalidades,
oportunidades, e porque não dizer, um canal de posicionamento
de marcas.
O blog é um canal de ações mercadológicas e um excelente canal
de relacionamento e ampliação intuitiva. Um canal que pode ser
usado de diversas formas, maneiras e objetivos.
Um canal que, com inteligência e planejamento, é uma ferramenta
indispensável para a construção estratégica do seu plano de comu-
nicação e marketing.
Para entendermos bem o que quero falar como estratégia, confesso
que gosto muito da ideia de Carlos Alberto Júlio, em seu livro “A
Arte da Estratégia” (pag: 18), o qual apresenta um conceito sucinto
de que estratégia é o caminho mais rápido para alcançar seus obje-
tivos.
Em “Estratégia de Comunicação e marketing”, Livro publicado pela
Fundação Getúlio Vargas (autores: Vera Waissman, Carlos Com-
parsa e Nayara Assad Pinto), inicia- se a narrativa explicando a
origem etmológica de estratégia.
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Estratégia vem do grego “strateger” – sendo a arte de planejar e
aplicar os meios disponíveis com vista a alcançar objetivos especí-
ficos.
Um dos tratados mais antigos a respeito da arte da estratégia vem
de um general chinês chamado SunTzu, em seu tratado chamado
a Arte da Guerra, Sun Tzu faz uma declaração que casa perfeita-
mente com a ideia do espírito deste texto.
Sun Tzu diz:
“... Se conheceres o inimigo e a ti mesmo, não temas o resultado de
cem batalhas. Se conheceres a ti mesmo, mas não o inimigo, para
cada vitória, também sofrerás uma derrota. Se não conhecerem a ti
mesmo, nem o inimigo, sucumbirás a todas as batalhas.”
Com base nas sequências que citei, o blog é estratégico quando tra-
duz a essência do seu negócio de forma clara, pura e verdadeira,
sendo tratado como um canal de busca de resultados.
Quando realmente se conhece a essência- máter da ideia e se trab-
alha de forma planejada, com foco, periodicidade, direcionamento,
posicionamento e objetivos bem estabelecidos, o blog é uma arma
de conquista de novas oportunidades, tanto pessoais como empre-
sariais.
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O blog é um canal aberto para o despertar da atenção do público
direcionado com base na ideia da essência do negócio.
Pontos interessantes a serem observados:
1 – o blog aproxima “público” de marcas pela apresentação do con-
ceito;
2 – o blog forma público de interesse, logo você terá além de um
público quantitativo, um público qualitativo, que se diferencia por:
:: Formadores de opinião;
:: Pessoas com poder de decisão de compra;
:: Pessoas que indicam, compartilham e propagam ideias que gos-
tam.
O blog é estratégico quando traduz de forma explícita, porém per-
spicaz, a essência de seu autor, seja ele uma pessoa física ou uma
marca.
Ainda bebendo do texto de Sun Tzu, quando este abre sua sentença
do conceito de “se conheceres o inimigo e a ti mesmo, não temas o
resultado de cem batalhas...” o blog é um canal sensasional para a
super valorização da sua ideia, do seu produto, ou do seu serviço
em detrimento às propostas apresentadas pelos seus concorrentes.
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Com base em estudos e pesquisas dos seus concorrentes, o blog é
um canal para a superação e a supervalorização de suas propostas.
Isso, claro, sem nunca abrir mão das pesquisas diárias, do mapea-
mento do seu mercado e das leituras reais de quem são seus con-
correntes.
O blog será uma excelente arma de propagação dos seus conceitos,
produtos, promoções ou iniciativas. Será um canal que estará di-
retamente ligado ao posicionamento de sua marca e diretamente
relacionado aos bons resultados do seu trabalho.
Para isso, a ética e a política da boa vizinhança deverão nortear
você na construção textual de seus argumentos.
Ou seja, conhecimento de si + conhecimento dos concorrentes +
utilização dos meios disponíveis (o blog) = alcance dos objetivos.
Para encerrar, o blog é uma ferramenta que talvez seja uma das
mais baratas financeiramente falando, mas de forte presença den-
tro de um planejamento de comunicação e marketing para as em-
presas hoje.
Acessibilidade, anonimato, informações para quem deseja seu
produto e muita praticidade fazem do blog um instrumento in-
dispensável para a contrução do posicionamento estratégico e da
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propagação do conceito mercadológico que seu negócio oferece.
Pense nisso! Ter um blog hoje é estar mais perto de quem está pro-
curando o seu produto.
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Para o mundo do marketing, onde canais digitais ampliam relacio-
namentos, fortalecem e colaboram de forma positiva com o posi-
cionamento e iniciam um processo de venda de forma direta, ter
um blog prático, ágil, dinâmico, atual e de caráter “útil” na vida dos
seus clientes é uma ferramenta fundamental para a estratégia de
comunicação da sua empresa.
Hoje, todas as empresas, principalmente as de pequeno porte, pelo
falto de muitas ainda não terem desenvolvido uma cultura finan-
ceira de investimento em marca e em comunicação, precisam ter
pelo menos esse canal como meio de informação e relacionamento
com seu target.
Nenhuma empresa hoje tem a desculpa por não ter um blog. Pri-
meiro, porque é um dos meios mais antigos e básicos da internet;
segundo, porque essa ferramenta existe de plataformas super so-
fisticadas até gratuitas, ou seja, é muito simples e fácil montar um
blog. E, venhamos e convenhamos os benefícios no quesito amplia-
ção no atendimento é ponto positivo.
As vantagens são inúmeras. Do acesso prático na hora da neces-
sidade dos clientes, exatamente na hora em que eles estão com a
mente voltada para os seus produtos e serviços, às possibilidades
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que existem para você divulgar sua marca, o blog é um fator in-
questionável.
O blog é o espaço ideal para você expor produtos, explicar as funcio-
nalidades, lançar novidades, divulgar promoções, faciliar o acesso
das pessoas até à empresa. Sem falar das diversas formas que você
pode se valer da plataforma “blog” para divulgar o posicionamento
da marca da sua empresa.
Porém, alguns pontos importantes merecem atenção para a con-
strução desse canal. A ideia deste texo é fazer você pensar na se-
guinte sentença “como a sua empresa vai usar esse canal de forma
estratégica para os bons resultados do seu negócio?”
Gosto muito de explicar para as pessoas que me perguntam como
melhor se faz um blog. A princípio, é importante a definição de três
pontos:
001 – o conceito da marca;
002 – um breve plano estratégico para a relevância desse canal para
a sua empresa;
003 – Plano de comunicação para essa ferramenta.
Quando um blog ganha o comportamento de um blog útil? Quan-
do ele tem uma função estratégica clara e bem definida. Quando o
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blog tem um compromisso direto com o posicionamento da mar-
ca, ele ganha um caráter educativo/informativo e apresenta o novo
com veracidade e respeito. O blog ganha o caráter de útil quando
assume o papel de canal de comunicação de relacionamento e, com
a soma de todos esses pontos atraem atenção do seu público con-
sumidor que cria uma ideia de valor.
Essa ideia de valor nasce do plano estratégico elaborado para o bom
uso dessa ferramenta.
Ter um blog hoje é uma questão de necessidade. Não ter é saber
que se está perdendo oportunidades. Não ser encontrado no google
hoje é perder negócios. Não habitar no cyber espaço é perder din-
heiro. Na era da informação instantânea, não estar conectado e não
produzir conteúdo de marca é perder tempo rumo aos objetivos
institucionais da sua empresa.
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3 Marketing na Era dos Aplicativos.
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Estar cada vez mais perto dos seus clientes é um desafio que as
marcas têm todos os dias.
Atratir atenção do seu público consumidor, seja os clientes
fieis seja os sazonais, é a tarefa do marketing de qualquer empresa.
Na era da informação em terceiro grau esse é um desafio que se
torna cada vez mais empolgante e indispensável.
A busca pelo engajamento e a consquista do ato do compar-
tilhamento são uma tarefa estratégica permanente para os gestores
de mercado.
Tornar os clientes cocriadores e a otimização de produtos
customizados são pontos que re-inventam o modelo do marketing
tradicional, evoluindo a mente estratégica e criativa, como as opor-
tunidades de ampliação de multimeios de atendimento e comuni-
cação.
Construir conceitos que façam dos seus clientes advogados da
sua marca e praticamente gestores de relacionamento de forma in-
direta é o resultado dos esforços de construir marcas cada vez mais
humanizadas, com uma espiritualidade bem definida e com uma
roupagem envolvente.
Tudo isso, levando em consideração uma concepção leve, dinâmica
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e que respeite o anonimato e a liberdade do consumidor, sem gerar
um compromisso da compra de forma acirrada.
Um bom exemplo desta ideia é o trabalho que a Spoleto –
franquia de Fast Food – vem desenvolvendo como estratégia de
mercado.
Depois de comprar a “piada/crítica” desenvolvida pela turma
do Porta dos Fundos, a marca deixou claro para o mercado que hoje
nenhum gestor tem mais o pleno controle da estratégia de marca
da sua empresa.
Com isso, a Spoleto deu uma lição ao estrategistas no tocante
às diversas possibilidades dos novos fatores que determinam os
valores empresariais, as estratégias que nascem da percepção dos
consumidores e como os multicanais de comunicação ampliam a
busca pela audiência da marca.
Citando a Spoleto, e creio que seja um dos pioneiros no Brasil
em se valer desta tecnologia, a empresa lançou um aplicativo que
permite que o cliente monte seu prato com toda calma e paciência,
dentro do tempo particular de cada um. Ou seja, o texto apresen-
tado pelo Porta dos Fundos, em um trabalho de entretenimento
e humor, mas que apresentava em sua pauta uma crítica ao jeito
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Spoleto de atender, fez com que os gestores da empresa buscassem
alternativas para clientes que precisam de um tempo especial para
o atendimento – um puro processo de cocriação.
Com isso, a Spoleto aproxima o seu produto do seu target,
dentro de uma gestão estratégica que amplia o envolvimento do cli-
ente com a marca. Facilitanto de forma ágil a hora do atendimento
“Spoleto” e respeitando o cliente de uma forma plena e satisfatória,
agregando valor e cordialidade ao processo de atendimento.
Uma ideia que estreita laços e que acaba trazendo um novo
conceito de fidelidade, simplesmente pelo fato do aplicativo ser um
canal plural de interatividade.
Além do cliente poder antecipar o seu pedido, o que faz do at-
endimento da Spoleto ser um atendimento diferenciado, a empresa
tem como ampliar o mundo de informação, premiar clientes que se
caracterizam pela frequência e até mesmo ensinar o cliente a viver
o jeito Spoleto de alimentar- se.
O cliente que baixa o aplicativo no seu Smartphone, assina
uma declaração informal que gosta e que quer ser atendido pela
empresa.
O ato do dowload é um ato que afirma que a pessoa quer essa
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empresa presente no seu dia- a- dia. Além disso, deixa claro que o
cliente se interessa pelos assuntos pertinentes à essa marca e quer
se relacionar com essa empresa de forma direta.
Realmente uma estratégia de relacionamento que merece ser
estudada e uma ideia que precisa ser ampliada para muitos seg-
mentos do mercado.