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Portugal - 4T19Relatório de Conjuntura Macroeconómica
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Desenho e DiagramasDepartamento de Marketing e Comunicação
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Relatório de Conjuntura Económica 4T19
3
Índice
16
3. Conjuntura macroeconómica em Portugal 10
4. Setor bancário: visão geral
225. Anexos
1. Sumário executivo 4
2. Panorama internacional 6
4
2,31 2,38 2,07 1,93 2,24
-8,00
5,00
4T18 1T19 2T19 3T19 4T19 2020 2021
A taxa de crescimento do PIB português aumentou para 2,24% no quarto trimestre de2019. O bom desempenho da procura externa explica este aumento, apesar daconsiderável diminuição da procura interna. No mercado de trabalho, a taxa dedesemprego foi de 6,63%. Por outro lado, no 4T19 a taxa de crescimento anual doemprego abrandou em relação ao trimestre anterior, atingindo os 0,26%. Em termosde preços, a inflação subiu para 0,25%. Finalmente, a taxa de câmbio dólar/euromanteve-se constante nos 1,11 dólares por euro.
Panorama Macroeconómico
Sumário Executivo - Portugal
1. Sumário ExecutivoPanorama Macroeconómico
Durante o 4T19, a taxa de crescimento anual daeconomia portuguesa aumentou 2,24% emcomparação com a registada no 3T19.
Este desempenho é explicado pelo crescimentodo setor externo, que compensou a diminuiçãoda procura interna.
As importações sofreram uma redução de 2,39p.p. durante o 4T19 em comparação com otrimestre anterior, atingindo um crescimentoanual de 3,28%. Por outro lado, as exportaçõesaumentaram em 3,94 pontos percentuais, parauma taxa de 6,19%.
PIB ( Crescimento anual, % )
Fonte: Banco de Portugal. Previsões FMI WEO. Abril 2020.
Previsão
A taxa de desemprego em Portugal foi de 6,63% no 4T19, mais 0,16 pontos percentuais do que no 3T19. Ataxa de crescimento homóloga de criação de emprego desacelerou 0,40 p.p. em comparação com o 3T19,tendo atingido 0,26%.
No 4T19, a taxa de inflação em Portugal foi de 0,25%, 0,43 p.p. superior à do trimestre anterior.
Durante 4T19, a taxa de câmbio nominal do dólar em relação ao euro manteve-se constante, em 1,11 $/€,igual à taxa registada no 3T19.
A dívida pública diminuiu em relação ao 3T19 para 117,70%, enquanto que o saldo orçamental voltou aregistar um défice de -1,90%.
O valor do principal índice bolsista português (PSI 20) aumentou 3,35% durante o quarto trimestre do anoem relação ao trimestre anterior, atingindo uma média de 5.124 pontos base.
Variação Anual
Relatório de Conjuntura Económica 4T19
5
-1,55
-2,00
0,47
0,22
0,51
4T18 1T19 2T19 3T19 4T19
A evolução homóloga da concessão de créditoem Portugal registou um crescimento positivo nofinal do quarto trimestre do ano, após umaaceleração de 0,29 p.p. no 4T19, registando umataxa homóloga de 0,51%, face a 0,22% no 3T19.
A taxa de crescimento anual da concessão decrédito à habitação diminuiu 0,26 pontospercentuais neste trimestre (-0,22% contra 0,04%no trimestre anterior).
A taxa de crescimento do crédito ao consumoacelerou 2,90 p.p. (25,57% vs. 22,67% no 3T19),verificando também uma taxa positiva.
Durante o 4T19, o crescimento homólogo do crédito concedido pelo sistema bancárioem Portugal sofreu uma aceleração face ao 3T19, verificando uma taxa positiva de0,51%. No que respeita às finalidades de crédito, o crédito ao consumo foi o único aregistar um crescimento positivo. O rácio de incumprimento no sistema financeiroportuguês diminuiu em relação ao trimestre anterior, para 2,99%. No 4T19, a taxa decrescimento homóloga dos depósitos totais do setor privado português sofeu umadiminuição de 0,05 p.p. face ao 3T19, para 5,20%. Quanto à eficiência do sistemafinanceiro, no 4T19, esta diminuiu em relação ao rácio registado no mesmo trimestredo ano anterior, atingindo 60,00%.
Setor Bancário
Concessão de Crédito (crescimento homólogo, %)
Fonte: Banco de Portugal.
Setor Bancário
A percentagem do crédito vencido diminuiu 0,91 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior,dando continuidade à tendência decrescente e registando, assim, no 4T19, uma taxa de 2,99%, inferior àdo trimestre anterior.
No 4T19, verificou-se uma desaceleração no crescimento anual do total dos depósitos do setor privado,diminuindo 0,05 p.p. em relação ao trimestre anterior, para 5,20%.
A eficiência do sistema bancário português registou, no 4T19, um decréscimo em relação ao mesmotrimestre do ano anterior, para 60,00%. Isto deveu-se ao aumento de 7,05% no lucro bruto, e ao aumentode 2,77% nos gastos operacionais.
Relatório de Conjuntura Económica 4T19
6
A expansão do PIB manteve-se moderada, mas fraca, no 4T19 (0,94%, menos 0,29 pontos percentuais em relação ao3T19), face a diversos eventos que tiveram lugar em algumas das principais economias, destancando-se: aAlemanha (0,46%), lesada pelo comportamento da sua procura externa; França (0,92%) em resultado dasmanifestações dos "coletes amarelos" que afetaram o consumo do país; Espanha (1,78%), onde se registou umaprocura interna particularmente fraca; Reino Unido (1,05%), onde, apesar da proximidade de um acordo, o Brexitcontinuou a alimentar a incerteza; e Itália (0,09%), onde a formação de um novo governo está a afetar a procura e oinvestimento. O presente contexto confirma que a incerteza e o protecionismo estão a afetar negativamente ocrescimento. As exportações e manufaturas continuam com um desempenho particularmente fraco e as pioresperspetivas apontam para uma pressão descendente sobre os preços das matérias primas.
Por sua vez, o crescimento dos EUA manteve-se constante, nos 2,10%, apesar das tensões com o Irão, e face anegociações comerciais com a China. Apesar do início de um acordo comercial entre a China e os Estados Unidos, edo acordo T-MEC, as previsões de crescimento para os EUA mantêm-se moderadas, de acordo com a OCDE.Relativamente ao Japão, a sua atividade abrandou consideravelmente em relação ao trimestre anterior (-2,49 p.p.para -0,69%) e o FMI moderou a sua previsão de crescimento de 1,00% em 2019, para 0,70% em 2020 (mais 0,10 p.p.e 0,20 p.p. do que as estimativas de outubro do WEO).
No balanço de riscos no panorama internacional permanece uma incerteza política como resultado das dificuldadesem estabelecer acordos em questões controversas. O descontentamento social global aumentou em dezembro,aumentando assim o índice de protestos. Apesar disso, houve sinais de estabilização na incerteza global. Após avitória eleitoral de Boris Johnson, o Parlamento Britânico está agora próximo de aprovar o acordo de Brexit. Domesmo modo, as tensões comerciais que se haviam arrastado ao longo do ano foram atenuadas pelo início de umacordo comercial entre a China e os EUA, após longos períodos de negociação. No entanto, estes acontecimentosreduziram a incerteza comercial, mas não reduziram o crescente protecionismo global.
Na China, há sinais de moderação generalizada da economia, razão pela qual o crescimento do PIB se manteveconstante, nos 6,00%, em relação ao trimestre anterior. A melhoria das relações com os EUA e a maior disposiçãoem aumentar o estímulo orçamental conduziram a uma ligeira melhoria das perspetivas de crescimento.
A inflação nas economias avançadas manteve-se abaixo das expectativas, face aos riscos existentes no ambienteglobal e à incerteza ainda elevada. A inflação permanecerá baixa na Zona Euro, em 2020, e recuperará em 2021(1,1% e 1,4%, respetivamente).
Os mercados laborais permaneceram estáveis, devido a alterações limitadas em economias como a Alemanha(3,20% de desemprego), o Reino Unido (3,80%), a China (3,62%) e os EUA (3,50%). O desemprego em Espanhapermaneceu consideravelmente elevado (13,78%), apesar de ter verificado uma diminuição de 0,14 p.p. em relaçãoao 3T19.
O 4T19, foi marcado pela instabilidade política e pela diminuição da incerteza comercial. Ataxa de crescimento anual da China manteve-se nos 6,00%, num panorama económicomarcado pela volatilidade. A inflação permaneceu baixa na maioria dos países.
Durante o 4T19, em comparação com o 4T18, os ratings mantiveram-se constantes para todos os países.
O Fed, em consequência do risco global ainda existente, reduziu as taxas de juro em 50 bps durante o quartotrimestre do ano. Por outro lado, o BCE, na sequência da estabilização do crescimento, manteve as taxas ao mesmonível durante o 4T19. Por último, o Banco da China reduziu as taxas de juro. Segundo pesquisas do BBVA, e devido àestabilização do crescimento mundial, não há perspetivas de alterações de política por parte do Fed ou do BCE.
O crescimento anual de empréstimos acelerou no 4T19, em comparação com o 3T19 em Espanha (0,23 p.p.), Japão(0,14 p.p.) e Canadá (0,02 p.p.), enquanto que as maiores desacelerações se registaram em Itália (-25,52 p.p.), ReinoUnido (-7,43 p.p.) e Estados Unidos (-1,02 p.p.). O Reino Unido, Itália e Espanha foram os únicos a registar taxasnegativas, de -2,68%, -3,30% e -1,22%, respetivamente.
O crescimento dos depósitos aumentou em todos os países, exceto no Reino Unido, EUA e Canadá. O Reino Unidoverificou o maior decréscimo (-6,67 p.p.).
2. Panorama InternacionalOCDE & China
Panorama Macroeconómico
Setor Financeiro
Relatório de Conjuntura Económica 4T19
7
3,86
5,57
11,89
-1,22
4,86
-3,30
1,822,84
-2,68
3,66
2,72
4,16
5,77
8,57
4,74
6,786,13
2,62
4,90
-1,10
4,82 4,72
Alemania Canadá China España Francia Italia Japón UEM UK USA MediaItáliaAlemanha
3,205,70
13,78
7,909,73
2,233,80 3,50
7,475,18
3,62
ALE CAN ESP FR ITA JAP UK USA UEM OECD* CH I
PIB 4T19 (% variação homóloga)
TAXA DE INFLAÇÃO 4T19 (%)
CONCESSÃO DE CRÉDITO E DEPÓSITOS 4T19 (% variação homóloga)Investimento creditício
Depósitos
RATINGS LONGO PRAZO 4T19
TAXA DE DESEMPREGO 4T19 (%)
< 0%
0 - 2%
2 - 5%
> 5%
MOODY'S S&P Fitch
Alemanha Aaa AAA AAA
Canadá Aaa AAA AAA
China A1 A+ A+
Espanha Baa1 A A-
França Aa2 AA AA
Itália Baa3 BBB BBB
Japão A1 A+ A
Reino Unido Aa2 AA AA
EUA Aaa AA+ AAA
Subidas a partir do 4T18
Constante desde o 4T18
Descidas em relação ao 4T18
*Dados agregados da OCDE de 4T19.
-
-
Alemanha
0,46%
Canadá1,47%
China6,00%
França 0,92%
Espanha1,78%
Itália0,09%
Japão-0,69%
UEM0,94%
UK1,05%
EUA2,10%
1,242,25
0,441,10
0,29 0,501,43
2,011,33
1,85
4,27
ALE CAN ESP FR ITA JAP UK USA UEM OECD CH I
Espanha França Japão Reino Unido EUA Média
8
Durante o 4T19, o crescimento anual do PIB abrandou em todos os países analisados daAmérica Latina, com exceção do Brasil e Argentina. A inflação média diminuiu, tendo odesemprego permanecido estável, embora a média dos países analisados tenha diminuídoligeiramente.
2. Panorama InternacionalAmérica Latina
Durante o 4T19, a atividade na América Latina, no seu conjunto, abrandou. Por outro lado, países como o Peru,México, Chile e Colômbia verificaram quebras na atividade económica durante o 4T19 (Peru: crescimento anual de1,82%, -1,43 p.p. desde o 3T19; México: -0,45%, -0,20 p.p. desde o 3T19; Chile: -2,38%, -5,15 p.p. desde o 3T19;Colômbia: 3,39%, 0,02 p.p. desde o 3T19). É de salientar que tanto o México como a Argentina entraram emrecessão técnica durante o 4T19, ao registarem contrações do PIB durante os últimos dois trimestres de 2019. Poroutro lado, a atividade do Brasil e da Argentina acelerou (0,49 p.p. e 0,62 p.p., respetivamente) em relação aotrimestre anterior. Para 2020 e 2021, espera-se uma recuperação do crescimento, que será suportada pela procurainterna, em especial pelo investimento.
O crescimento durante o 4T19 foi ligeiramente superior ao esperado e do que foi registado durante 2017 e 2018,levando a uma revisão das previsões, devido a um ambiente global mais favorável. Segundo o BBVA Research, apausa nas tensões comerciais, as políticas anti cíclicas e a volatilidade limitada dos preços financeiros e dasmatérias-primas favorecerão este crescimento.
Dado que o IDE continua a financiar uma grande parte da dívida, o défice da balança de transações correntes estásob controlo, exceto na Argentina e na Colômbia. O elevado défice da Colômbia exerce pressão sobre a taxa decâmbio e limita a margem para a política monetária.
Tal como na economia mundial, o crescimento na América Latina acelerará moderadamente em toda a região,exceto no Chile, devido ao impacto dos protestos sociais, e na Argentina, que permanecerá em recessão numcontexto de escassez de moedas estrangeiras. O desempenho das exportações e dos serviços, juntamente com acontração das manufaturas irá abrandar, mostrando sinais de estabilidade. No México, espera-se que a aprovaçãodo acordo T-MEC aumente a confiança e, com ela, o investimento e as exportações.
De acordo com o BBVA Research, a incerteza e o protecionismo estão a levar os bancos centrais a reintroduzirmedidas de estímulo monetário. As medidas de estímulo à atividade nas principais economias mundiais, decarácter especialmente monetário, poderão proporcionar alguma margem de manobra para os países da região.De acordo com as previsões, a América Latina atingirá um crescimento de 1,40% em 2020, significativamentesuperior ao anteriormente previsto (1,00%).
Com exceção da Argentina (51,33%, -1,97 p.p. desde o 3T19) e Colômbia (3,83%, +0,04 p.p. desde o 3T19), ainflação na restante América Latina permaneceu moderada, variando de 2,00% a 3,50%, em linha com a debilidadeda procura interna e a reduzida inflação global.
O desemprego diminuiu principalmente na Argentina (-0,80 p.p. em comparação ao 3T19) e no Brasil (-0,53 p.p. emcomparação ao 3T19). Nos restantes países, permaneceu relativamente estável, tendo a Brasil registado a taxa dedesemprego mais elevada (11,27%). Do lado oposto está o México, com a taxa mais baixa e uma taxa dedesemprego de 3,43%. O único país cuja taxa de desemprego aumentou foi o Peru (+0,35 p.p.)
Relativamente às avaliações de ratings, a Argentina registou uma diminuição, com a baixa da classificação do S&Pde CCC para CCC-, tal como o México, cuja classificação da Fitch baixou de BBB+ para BBB. Os restantes paísesanalisados da América Latina mantiveram as suas classificações.
Na maioria dos países, as reduções das taxas de juro dos bancos centrais continuarão para além do esperado.
A taxa de crescimento de empréstimos nos países analisados diminuiu em relação ao 3T19 em todos os países daregião analisada, exceto no Brasil e na Argentina, em que a concessão de crédito aumentou 0,69 p.p. e 7,20 p.p.,respetivamente.
As taxas de crescimento de depósitos diminuíram, em média, na América Latina, tendo diminuído em todos ospaíses, à exceção do Chile, em comparação com o 3T19. A Argentina registou as taxas mais elevadas, em valoresnominais, de empréstimos e depósitos, em 20,70% e 26,49%, respetivamente.
Panorama Macroeconómico
Setor Financeiro
Relatório de Conjuntura Económica 4T19
9
8,90 11,277,05
10,50
3,436,10 7,87
ARG BRA CHI COL MÉX PER LatAm*
20,70
10,10
4,736,54 7,88
5,68
9,27
26,49
9,57
4,59
9,527,13 8,28
10,93
Argentina Chile México Brasil Colombia Perú LatAm*
51,33
3,37 2,75 3,83 2,94 1,88
11,02
ARG BRA CHI COL MÉX PER LatAm*AmLat
PIB 4T19 (% variação homóloga)
TAXA DE DESEMPREGO 4T19 (%)
RATINGS LONGO PRAZO 4T19
TAXA DE INFLAÇÃO 4T19 (%)
Subidas a partir do 4T18
Constante desde 4T18
Descidas em reação ao 4T18
< 0%
0 - 2%
2 - 5%
> 5%
AmLat*
0,48%
México-0,45%
Colômbia
3,39%
Peru
1,82%
Brasil
1,66%
Chile -2,38%
Argentina
-1,14%
*Gráfico AmLat calculado como média incluindo a Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru.
MOODY'S S&P FITCH
Argentina Caa2 CCC- CC
Brasil Ba2 BB- BB-
Chile A1 A+ A
Colômbia Baa2 BBB- BBB
México A3 BBB+ BBB
Peru A3 BBB+ BBB+
CONCESSÂO DE CRÈDITOS E DEPÓSITOS 4T19 (% variação homóloga)Investimento creditício
Depósitos
Colômbia Peru AmLat
AmLat
10
3,493,70
3,033,38
1,02
4T18 1T19 2T19 3T19 4T19
3,033,25
2,87
1,92 1,95
2017 2018 2019 2020 2021
2,80 2,50 2,16
-8,00
5,00
2017 2018 2019 2020 2021
PIB (Taxa de variação homóloga, %)
3. Situação macroeconómica em Portugal
Fonte: Dados do Banco de Portugal. Previsões FMI WEO abril 2020.
PROCURA INTERNA (Taxa de variação homóloga, %)
Durante o 4T19, a taxa de variação homóloga daeconomia portuguesa estabeleceu-se nos2,24%, aumentando 0,31 p.p. relativamente àtaxa registada no 3T19.
O FMI previu uma contração de -8,00% em 2020,devido ao efeito devastador do covid-19 sobre aeconomia portuguesa e mundial, e umarecuperação de 5,00% em 2021.
O crescimento do PIB, foi estimulado pelaprocura externa durante o quarto trimestre de2019. A taxa de variação homóloga dasimportações experimentou uma desaceleraçãode 2,39 p.p. durante o 4T19, atingindo os 3,28%.Por sua vez, as exportações aumentaram, em3,94 p.p., alcançando uma taxa de 6,19%.
Em relação à procura interna, a sua taxa devariação homóloga desacelerou em 2,36 p.p.,até os 1,02%.
A OCDE previu uma variação da procura internapara os 1,92% e 1,95% para 2020 e 2021,respetivamente.
Componentes como a formação bruta de capitalfixo contribuíram parcialmente para estedecréscimo, já que esta diminuiu em 3,68 p.p.,até uma taxa de 2,06%; juntamente com oconsumo privado, cujo crescimento foi menorem comparação com o do trimestre anterior.
A taxa de variação homóloga do PIB português aumentou para 2,24% no quartotrimestre de 2019. Este comportamento deve-se em grande parte à melhoria dedesempenho do setor externo, motivado pela aumento das exportações. Por sua vez, aprocura interna sofreu uma redução, devido ao decréscimo da formação bruta decapital fixo e ao menor crescimento do consumo privado.
Taxa de variação homóloga
Evolução anual Taxa de variação homólogaPrevisão
Evolução anual Previsão
Fonte: Dados do Banco de Portugal. Previsões OCDE. *Nota: Previsões
correspondentes à atualização do WEO da OCDE de novembro, não tendo em
conta a situação atual de pandemia.
2,31 2,38 2,07 1,93 2,24
4T18 1T19 2T19 3T19 4T19
Relatório de Conjuntura Económica 4T19
11
0,83 0,760,53
-0,170,25
4T18 1T19 2T19 3T19 4T19
1,371,00
0,300,53
0,98
2017 2018 2019 2020 2021
3,17
2,48
1,89
2,60
1,97
4T18 1T19 2T19 3T19 4T19
2,38
3,09
2,14 2,20
1,65
2017 2018 2019 2020 2021
122,00 123,40 120,80 120,20 117,70
-3,00
0,10
-2,00
4,50
-1,90
4T18 1T19 2T19 3T19 4T19
131,50127,00
122,00 118,93115,73
-2,00-3,08
-0,45
0,18
-0,24
2016 2017 2018 2019 2020
Fonte: Dados do Banco de Portugal. Previsões OCDE. *Nota: Previsões
correspondentes à atualização do WEO da OCDE de novembro, que não têm em
conta a situações atual da pandemia.
*Agregados Familiares + Organizações Sem Fins Lucrativos ao Serviço de
Agregados Familiares.
CONSUMO PRIVADO* (Taxa de variação homóloga, %)
Durante o quarto trimestre de 2019, a dívidapública diminuiu, em relação ao 3T19, até aos117,70%, enquanto o défice público atingiu os1,90%.
A OCDE mantém uma redução nas suasprevisões para o próximo ano, prevendo umdéfice público de 0,24% em 2020. Segundo estaprevisão, serão cumpridos os objetivos marcadospela EU em matéria de défice (máximo de 3%).
Da mesma forma, as previsões da dívida públicaportuguesa sobre o PIB, situam-se nos 115,73%para 2020.
No quarto trimestre de 2019, o consumo privadoregistou uma taxa de variação homóloga de1,97%, equivalente a uma redução de 0,63 p.p.em relação ao trimestre anterior.
A OCDE previu uma aceleração do crescimentodo consumo privado em 2020, alcançando os2,20%. Adicionalmente, as suas previsõesapontam para um menor crescimento em 2021relativamente a 2020, atingindo os 1,65%.
No quarto trimestre de 2019, a taxa de inflaçãoem Portugal registou uma taxa de crescimentode 0,25%, aumentando 0,43 p.p. em relação aotrimestre anterior.
A OCDE previu uma taxa de inflação de 0,53% ede 0,98% para 2020 e 2021, respetivamente.
Segundo a Comissão Europeia, a inflaçãoaumentou, impulsionada pela subida de preçosde habitação. Adicionalmente, odesaparecimento de regulamentação sobre ospreços, como por exemplo, nos transportespúblicos ou na educação, também contribuírampara o aumento da inflação. Ainda assim, ospreços das atividades relacionadas com oturismo seguem uma tendência descendente.
Durante o quarto trimestre de 2019, a dívida pública diminuiu em relação ao 3T19 para117,70%, enquanto o défice público atingiu os 1,90%. A taxa de variação homóloga doconsumo privado diminuiu, em relação ao 4T18, situando-se nos 1,97%. Por outrolado, o crescimento do IPC acelerou para os 0,25%, no 4T19.
Evolução trimestral
Taxa de variação homóloga
Evolução anual Previsão
Evolução anual Previsão
Fonte: Dados do Banco de Portugal. Previsões OCDE. *Nota: Previsões
correspondentes à atualização do WEO da OCDE de novembro, que não têm em
conta a situação atual de pandemia.
INFLAÇÃO (IPC geral, %)
Taxa de variação homóloga da média trimestral
Evolução anual Previsão
DÉFICE PÚBLICO E DÍVIDA PÚBLICA (% do PIB)
Fonte: Dados do Banco de Portugal. Previsões OCDE. *Nota:
Previsões correspondentes à atualização do WEO da OCDE de
novembro, que não têm em conta a situação atual de pandemia.
Taxas negativas indicam défice; positivas indicam excedente.
Dívida públicaDéfice/Excedente público
12
1,87
1,39
0,78 0,660,26
4T18 1T19 2T19 3T19 4T19
3,28
2,34
0,40 0,54 0,67
2017 2018 2019 2020 2021
6,67 6,53 6,60 6,47 6,63
4T18 1T19 2T19 3T19 4T19
9,04
7,03 6,49 6,38 6,25
2017 2018 2019 2020 2021
DESEMPREGO (% sobre População Ativa)
Panorama Macroeconómico - Portugal
Fonte: Instituto Nacional de Estatística. Previsões OCDE. *Nota: Previsões
correspondentes à atualização do WEO da OCDE de novembro, que no têm em
conta a situação atual de pandemia.
EMPREGO (Postos de Trabalho – Taxa de variação homóloga %)
Fonte: Banco de Portugal. Previsões OECD. *Nota: Previsões correspondentes à
atualização do WEO da OCDE de novembro, que não têm em conta a situação
atual de pandemia.
A taxa de desemprego aumentou 0,16 p.p. durante o quarto trimestre do ano face ao3T19, atingindo 6,63% de desempregados face ao total da população ativa. Por outrolado, no 4T19, a taxa de variação homóloga de criação de emprego diminuiu em 0,40p.p. em comparação com o trimestre anterior, alcançando os 0,26%.
A taxa de desemprego em Portugal aumentou0,16 p.p. relativamente ao 3T19, situando-se nos6,63% no 4T19.
Registaram-se mais 53.010 desempregados doque no respetivo trimestre anterior.
De acordo com a previsão da OCDE, a tendênciade descida da taxa de desemprego em Portugalnos últimos anos irá consolidar-se, esperando-setaxas de 6,38% em 2020 e de 6,25% em 2021.
Taxa de desemprego por trimestre
Evolução anual Previsão
Evolução anual Taxa de variação homólogaPrevisão
A taxa de variação homóloga da criação deemprego diminuiu em 0,40 p.p., em comparaçãocom o 3T19, alcançando os 0,26%.
Em Portugal, foram registados 4.956.403 postosde trabalho durante o quarto trimestre de 2019,correspondendo a menos 164 postos detrabalho registados durante o terceiro trimestrede 2019.
A OCDE previu taxas de crescimento deemprego de 0,54% e de 0,67% em 2020 e 2021,respetivamente.
Relatório de Conjuntura Económica 4T19
13
-0,33 -0,32 -0,36 -0,40 -0,40
2017 2018 2019 2020 2021
-0,32 -0,31 -0,32-0,40 -0,40
4T18 1T19 2T19 3T19 4T19
TAXA DE CÂMBIO $/€ (médias do período)
TAXA DE JURO (EURIBOR a 3 meses, %) No quarto trimestre de 2019, as taxas de juro nazona euro mantiveram-se negativas,apresentando uma média trimestral da EURIBORde -0,40%. O BCE continuou com o seu programade expansão quantitativa neste trimestre.
O quarto trimestre de 2019 encerra com ChristineLagarde como presidente do BCE. Manteve-se adecisão de manter a compra líquida de ativos em20,000 milhões de euros. Além disso, o BCEmantém as taxas de juro de referência semalterações.
De acordo com as previsões da OCDE, a EURIBORserá de -0,40% para 2020 e 2021.
Média trimestral
Evolução anual Média trimestralPrevisão
O euro manteve a taxa média de câmbio constante face aa dólar, mantendo-se umataxa média de câmbio de 1,11 $/€, tal como no trimestre anterior. No 4T19, a EURIBORa 3 meses manteve-se com taxas negativas, continuando a trajetória iniciada no 4T15.As previsões da OCDE indicam que esta se manterá em terreno negativo durante 2020e 2021.
Evolução anual Previsão
Ao comparar com o trimestre anterior, verifica-se que durante o quarto trimestre de 2019, oeuro manteve o seu valor constante face aodólar. A taxa de câmbio nominal média duranteeste período manteve-se em 1,11 $/€.
Segundo o BCE, nos mercados cambiais, o eurotambém se manteve estável, em termos deponderação comercial.
De acordo com a OCDE, espera-se uma taxa decâmbio de 1,10 $/€ tanto para 2020 como para2021.
1,131,18
1,12 1,10 1,10
2017 2018 2019 2020 2021
1,14 1,14 1,13 1,11 1,11
4T18 1T19 2T19 3T19 4T19
Fonte: Dados do Banco de Portugal. Previsões BCE. *Nota: Previsões do BCE, que
não têm em conta aa situação atual de pandemia.
Fonte: Banco de Portugal. Previsões OCDE. *Nota: Previsões correspondentes à
atualização do WEO da OCDE de novembro, que não têm em conta a situação
atual de pandemia.
14
Panorama Macroeconómico - Portugal
As taxas de juro da dívida soberana portuguesa diminuíram para todos os prazos devencimento analisados face ao quarto trimestre de 2018. O prémio de risco médio dePortugal diminuiu até aos 65,69 p.b. no 4T19. O principal índice da bolsa portuguesa(PSI 20) valorizou a sua cotação em 3,35% no 4T19, em comparação com o trimestreanterior.
O principal índice da bolsa portuguesa (PSI 20)valorizou 3,35% durante o quarto trimestre doano face ao trimestre anterior, situando-se emmédia nos 5.124 pontos base.
Em termos homólogos, o índice valorizou em4,73%.
O prémio de risco médio de Portugal sobre asobrigações alemãs diminuiu 15,21 p.b. no 4T19em relação ao trimestre anterior, alcançado os65,69 p.b.
Este valor corresponde a uma redução de 84,86p.b. relativamente ao mesmo trimestre do anoanterior.
Fonte: Banco de Portugal.
As taxas de juro da dívida soberana portuguesano quarto trimestre de 2019 são inferiores àsregistadas no 4T18 para todos os vencimentos,sem exceção.
Todas as obrigações registam níveis distantesrelativamente às de 4T17 e 4T18. A partir dasobrigações a 4 anos, a diferença entre 4T18 e4T19 começa a aumentar, sendo mais acentuadaentre 5 e 10 anos.
As obrigações a 2, 3 e 4 anos registaram taxasnegativas, enquanto as obrigações a maior prazo(5 e 10 anos) apresentam taxas de juro positivas.
TAXA DE JURO DA DÍVIDA PÚBLICA (%)
4T17 4T18 4T19
Média anual Média trimestral
PSI 20 (valores médios do período)
Fonte: Banco de Portugal.
PRÉMIO DE RISCO (Pontos Básicos, médias do período)
Fonte: Dados Macro e análise própria.
Média TrimestralMédia anual
-1
-1
0
1
1
2
2
3
2A 3A 4A 5A 10A
150,55 140,67106,66 80,90 65,69
4T18 1T19 2T19 3T19 4T19
304,33268,81
138,5898,48
2016 2017 2018 2019
4.892 5.174 5.191 4.958 5.124
4T18 1T19 2T19 3T19 4T19
5.4644.763 5.132 5.344 5.111
2015 2016 2017 2018 2019
16
36,06%
49,94%
10,35%
3,65%
Empresas
Habitação
Consumo
Outros
-0,22 -0,12
0,09 0,04
-0,22
4T18 1T19 2T19 3T19 4T19
-1,55
-2,00
0,470,22
0,51
4T18 1T19 2T19 3T19 4T19
4. Setor bancário: visão geralConcessão de crédito
A evolução anual do crédito concedido emPortugal apresentou uma taxa de crescimentopositiva no final do quarto trimestre do ano,após uma aceleração de 0,29 p.p. no 4T19,registando uma taxa anual de 0,51%, quecompara com 0,22% no 3T19.
O crédito à habitação diminuí a sua taxa decrescimento anual em 0,26 p.p. no trimestreem questão (-0,22% face a 0,04% no trimestreanterior).
O crédito ao consumo acelerou a sua taxa decrescimento em 2,90 p.p. (25,57% face a22,67% no terceiro trimestre de 2019),mostrando uma taxa positiva.
Por outro lado, o crédito a empresas caiu 0,22p.p., para -3,70% durante o 4T19.
Durante o quarto trimestre de 2019, o crescimento anual dos créditos concedidos pelosistema bancário em Portugal registou um aumento face ao terceiro trimestre de 2019,tendo apresentado uma taxa positiva de 0,51%. Analisando o crescimento dossegmentos de crédito, o crédito ao consumo foi o único segmento a registar umcrescimento positivo.
CONCESSÃO DE CRÉDITO POR SEGMENTOS 4T19 (%)
Fonte: Dados do Banco de Portugal
CONCESSÃO DE CRÉDITO (Taxa de variação homóloga, %)
Fonte: Banco de Portugal.
*Nota: Crédito total concedido pelo sistema bancário ao sector privado não financeiro.
Habitação Consumo EmpresasTotal Sistema* Outros
Os segmentos com maior peso sobre aconcessão de crédito foram os relativos àhabitação e a empresas, com 49,94% e 36,06% dototal, respetivamente. Os créditos ao consumorepresentaram 10,35% do total do sistema, sendoos restantes 3,65% referentes a créditosconcedidos para outras finalidades.
10,49 9,36
23,17 22,6725,57
4T18 1T19 2T19 3T19 4T19
-4,84 -5,69-2,78 -3,48 -3,70
4T18 1T19 2T19 3T19 4T19
-8,23-10,52
-7,18 -6,75
-2,90
4T18 1T19 2T19 3T19 4T19
Relatório de Conjuntura Económica 4T19
17
7,79 7,58 7,16 6,40
4,63
4T18 1T19 2T19 3T19 4T19
19,0217,32
16,26 15,72
13,30
4T18 1T19 2T19 3T19 4T19
3,68 3,824,50 4,21 4,22
4T18 1T19 2T19 3T19 4T19
1,49 1,44 1,32 1,09 0,79
4T18 1T19 2T19 3T19 4T19
4,70 4,53 4,37 3,902,99
4T18 1T19 2T19 3T19 4T19
CRÉDITO VENCIDO (Crédito vencido sobre o total de crédito por segmento, %)
Habitação Consumo EmpresasTotal Sistema* Outros
Fonte: Banco de Portugal.
*Nota: Crédito total concedido pelo sistema bancário ao sector privado não financeiro.
A percentagem de créditos vencidos desceu 0,91 p.p. face ao trimestre anterior, consolidando atendência de redução evidenciada e regista assim, no 4T19, a taxa foi 2,99%, inferior à do trimestreanterior.
Esta diminuição foi impulsionada pela descida do crédito vencido em todos os segmentos, exceto ocrédito ao consumo. Nesta diminuição destaca-se uma redução de 2,42 p.p. do crédito vencido paraoutros fins para um rácio de crédito vencido de 13,30%.
O crédito vencido do segmento de habitação caiu cerca 0,30 p.p., para 0,79. O crédito vencido dosegmento a empresas diminuiu 1,77 p.p. para 4,63% no 4T19, comparado com 6,40% no terceirotrimestre de 2019.
Por último, o crédito vencido do segmento de consumo registou um aumento de 0,01 p.p. em relação aotrimestre anterior, para 4,22%.
Durante o quarto trimestre de 2019, o rácio de crédito vencido do sistema financeiroportuguês sofreu uma redução face ao trimestre anterior, para 2,99%. Todos ossegmentos viram os rácios de crédito vencido a reduzir, exceto no que diz respeito aocrédito ao consumo.
Crédito Vencido
18
4,75 4,86 4,185,25 5,20
4T18 1T19 2T19 3T19 4T19
3,90 4,04 3,81 4,27 3,71
4T18 1T19 2T19 3T19 4T19
4,75 4,86 4,185,25 5,20
4T18 1T19 2T19 3T19 4T19
No 4T19, a taxa de variação homóloga do total de depósitos do setor privado portuguêsregistou um abrandamento do crescimento de 0,05 p.p. face ao 3T19, para 5,20%. Esteabrandamento ocorreu fundamentalmente devido à desaceleração do crescimento dosdepósitos de particulares que contrariou o aumento dos depósitos das empresasrelativamente ao trimestre anterior. No que respeita à sua tipologia, tanto os depósitosà ordem como os depósitos a prazo sofreram uma diminuição no seu crescimento emcomparação com o 3T19.
No 4T19, o total de depósitos do setor privado registou um abrandamento do seu crescimento homólogo,reduzindo 0,05 p.p. face aos valores do trimestre anterior, registando um crescimento de 5,20%.
A desaceleração de 0,56 p.p. no crescimento dos depósitos de particulares, até uma taxa de 3,71%, explicouo abrandamento de crescimento no geral.
Por outro lado, o crescimento dos depósitos de empresas aumentou (+1,82 p.p. para 10,51%).
Durante o quarto trimestre do ano, a taxa de variação homóloga dos depósitos a prazo manteve-se emvalores negativos, como tem vindo a ocorrer desde o 1T14, registando-se uma taxa de -3,12% no 4T19,assumindo uma desaceleração de 0,26 p.p. em relação ao 3T19.
Por outro lado, a taxa de crescimento dos depósitos à ordem, apesar de ter sofrido uma redução de 0,19p.p. face ao trimestre anterior, manteve-se com valores de crescimento positivos, registando umcrescimento de 14,74%.
A desaceleração em ambos os segmentos explica a diminuição da variação no total dos depósitos.
Depósitos
DEPÓSITOS (Crescimento Interanual, %)
Total Sistema* Ordem Prazo
DEPÓSITOS (Variação Homóloga, % - Tipologia de depósitos)
Total Sistema* Particulares Empresas
Fonte: Banco de Portugal.
*Nota: Total dos depósitos do sector privado não financeiro no sistema bancário.
Fonte: Banco de Portugal.
*Nota: Total dos depósitos do sector privado não financeiro no sistema bancário.
7,85 7,835,49
8,6910,51
4T18 1T19 2T19 3T19 4T19
16,2914,56
12,7814,93 14,74
4T18 1T19 2T19 3T19 4T19
-3,60 -2,44 -2,83 -2,86 -3,12
4T18 1T19 2T19 3T19 4T19
Relatório de Conjuntura Económica 4T19
19
99,69 98,85 98,72 97,54 95,24
4T18 1T19 2T19 3T19 4T19
O rácio de transformação sobre depósitos no sistema financeiro diminuiu 4,45 p.p. face ao 4T18, para umrácio de 95,24%. Esta situação deveu-se a um aumento superior dos depósitos (5,20%) em relação aoaumento dos créditos (0,51%), em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior.
Analisando por segmentos, a taxa de variação homóloga de depósitos para particulares aumentou 0,51 p.p.para 79,19%, visto que a taxa de variação homóloga dos depósitos (3,71%) terem sofrido uma subida maiordo que a taxa de variação homóloga dos créditos (3,05%) em comparação com o 4T18.
Quanto às empresas, o seu rácio de transformação registou uma clara desaceleração de 21,93 p.p. Osdepósitos registaram uma taxa de variação homóloga de 10,51% enquanto que os créditos neste segmentodiminuíram 3,70% em relação ao 4T18. Assim, o rácio registou 148,64% no segmento empresarial.
No quarto trimestre de 2019, o rácio de transformação do sistema bancário portuguêsregistou uma redução anual de 4,39 p.p. para 95,29%. Relativamente aos segmentos, orácio de transformação de particulares e empresas desacelerou a partir do 4T18.
Fonte: Banco de Portugal. Nota: Rácio de Crédito / Depósitos = Crédito líquido de imparidades / Depósitos de clientes e outras linhas de financiamento estáveis.
* Total dos créditos e depósitos correspondentes ao setor privado não financeiro
RÁCIO DE TRANSFORMAÇÃO: CRÉDITO / DEPÓSITOS
Crédito / Depósitos
Total Sistema* Particulares Empresas
79,70 79,43 79,50 79,89 79,19
4T18 1T19 2T19 3T19 4T19
170,57 166,42 166,16 156,79 148,64
4T18 1T19 2T19 3T19 4T19
20
COST TO INCOME (Total Sistema )
No 4T19 o Cost to Income do sistema financeiro registou um valor inferior em relaçãoao rácio registado no mesmo trimestre do ano anterior, caindo para 60,00%. Oproduto bancário aumentou em relação ao 4T18, enquanto que os custos operacionaisse mantiveram constantes.
O Cost to Income do sistema bancário português caiu em relação ao mesmo trimestre do ano passado, no4T19, para 60,00%.
O rácio do produto bancário sobre os ativos totais médios atingiu 2,50% no 4T19, mais 0,10 p.p. em relaçãoao período homólogo do ano anterior.
O rácio dos custos operacionais sobre os ativos totais médios foi de 1,50%, mantendo-se constante emrelação ao 4T18, após um aumento na mesma magnitude dos custos operacionais e dos ativos totaismédios (2,77%).
De acordo com o Painel de Risco de EBA correspondente ao quarto trimestre de 2019, o Cost to Income dosistema financeiro português melhorou para a média da União Europeia de 64,00% .
Eficiência (Cost to Income)
Fonte: Banco de Portugal e análise própria.
Nota: Rácio Cost to Income = Custos Operacionais / Produto Bancário.
Produto BancárioCustos Operacionais
Produto Bancário / Ativos
Totais Médios (%)
Rácio Cost to Income (%)
Produto Bancário e Custos
Operacionais (var. homóloga)
Custos Operacionais / Ativos
Totais Médios (%)
Setor Financeiro – Portugal
62,50 60,0056,00 53,85
60,00
4T18 1T19 2T19 3T19 4T19
-30%
-20%
-10%
0%
10%
20%
4T18 1T19 2T19 3T19 4T19
2,40 2,50 2,50 2,60 2,50
4T18 1T19 2T19 3T19 4T19
1,50 1,50 1,40 1,40 1,50
4T18 1T19 2T19 3T19 4T19
22
FONTES
PANORAMA MACROECONÓMICO
Banco de Portugal: http://www.bportugal.pt/
Fundación de las Cajas de Ahorros, FUNCAS: http://www.funcas.ceca.es/
Fundo Monetário Internacional, FMI: http://www.imf.org/
Banco Mundial, BM: http://www.worldbank.org/
Organisation for Economic Co-operation and Development, OECD: http://www.oecd.org/home/
Standard & Poor’s: http://www.standardandpoors.com/
Fitch Ratings: http://www.fitchratings.com/
Moody´s: http://www.moodys.com/
SECTOR FINANCEIRO
Banco de Portugal: http://www.bportugal.pt/
Associação Portuguesa de Banca, APB: http://www.apb.pt
Banco Central Europeu: http://www.ecb.int/
BBVA Research: http://www.bbvaresearch.com/
5. Anexo
Relatório de Conjuntura Económica 4T19
23
GLOSSÁRIO
Margem Financeira: Diferença entre receitas financeiras e custos financeiros.
Produto Bancário: Margem financeira + Desempenho de títulos + Comissões + Resultados deoperações financeiras + Resultados de empresas associadas + Outros resultados operacionais.
Resultado Operacional: Produto Bancário – Custo operacionais (Custos administrativos +Amortizações).
Eficiência: Custos operacionais / Produto Bancário.
Custos Operacionais: Despesas com Pessoal + Custos gerais de administração.
Atraso: Crédito vencido (> 90dias) / Carteira de Crédito Total. Segundo a norma do Banco dePortugal 23/2011.
Taxa de cobertura: Provisões para créditos / Crédito vencido (> 90 dias).
Crédito em risco: Inclui:
a) crédito (vencido + a vencer) com quotas de capital e juros vencidos à mais de 90 dias;
b) créditos reestructurados em que tenha havido capitalização de juros ou de principal semcobertura de garantias ou juros ou outros encargos que tenham sido pagos na totalidadepelo devedor;
c) quotas de capital e juros acumulados a menos de 90 dias em que tenha havido falência ouliquidação do devedor;
Taxa de risco de crédito: Crédito em risco / Carteira de Crédito Total.
Provisão para a imparidade de crédito: Perdas por deterioração da carteira comercial à mais de 90dias.
ROE: Lucro antes de impostos e participações minoritárias / Património Líquido (incluindoParticipações de acionistas minoritários).
ROA: Lucro antes de impostos e participações minoritárias / Activo Total Médio.
Anexo
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