práticas integrativas e complementares - pics

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Farmacêutico atuante nas PICs Acadêmicas: Ana Júlia Feijó, Camila Acordi, Diana da Silva, Gabriella Frana, Jhulye Amorim, Larissa Dallabrida e Marina Ventura. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE CURSO DE FARMÁCIA DISCIPLINA DEONTOLOGIA PROFESSORA SILVANA Florianópolis, 14 de Outubro de 2014

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Discute sobre as PICs no âmbito do SUS.

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PICs Prticas Integrativas e Complementares

Farmacutico atuante nas PICsAcadmicas: Ana Jlia Feij, Camila Acordi, Diana da Silva, Gabriella Frana, Jhulye Amorim, Larissa Dallabrida e Marina Ventura.UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINACENTRO DE CINCIAS DA SADECURSO DE FARMCIADISCIPLINA DEONTOLOGIAPROFESSORA SILVANA

Florianpolis, 14 de Outubro de 2014O que so as PICs?O campo das Prticas Integrativas e Complementares contempla sistemas mdicos complexos e recursos teraputicos, os quais so tambm denominados pela Organizao Mundial da Sade (OMS) de medicina tradicional e complementar/alternativa (MT/MCA), conforme WHO, 2002.

Tais sistemas e recursos envolvem abordagens que buscam estimular os mecanismos naturais de preveno de agravos e recuperao da sade por meio de tecnologias eficazes e seguras, com nfase na escuta acolhedora, no desenvolvimento do vnculo teraputico e na integrao do ser humano com o meio ambiente e a sociedade.

Outros pontos compartilhados pelas diversas abordagens abrangidas nesse campo so a viso ampliada do processo sade doena e a promoo global do cuidado humano, especialmente do autocuidado.

PNPICO fato de no haver diretrizes especficas para conduzir estas prticas, leva desigualdade, descontinuidade e mesmo falta de registro destes servios. Nesse sentido, esta Poltica Nacional surgiu para nortear e para que se possa incorporar, definitivamente, estas prticas no SUS.

A PNPIC foi aprovada pelo Conselho Nacional de Sade e publicada na forma das Portarias Ministeriais n 971 em 03 de maio de 2006 e n 1600, de 17 de julho de 2006. Ela contempla sistemas mdicos complexos e recursos teraputicos, tambm denominados, pela OMS, de Medicina Tradicional e Complementar/Alternativa (MT/MCA).

Mas o tema Medicina Tradicional no novidade. J na dcada de 70, a OMS criou o Programa de Medicina Tradicional, formulando, desde ento, polticas nesta rea. A OMS incentiva os Estados-membros a formularem e implementarem polticas pblicas para o uso racional e integrado da MT/MCA nos sistemas nacionais de ateno sade, assim como desenvolvimento de estudos cientficos voltados ao tema.

(Poltica Nacional de Prticas Integrativas e Complementares do SUS)PNPICPORTARIA N 971, DE 3 DE MAIO DE 2006

Considerando que a Acupuntura uma tecnologia de interveno em sade, inserida na Medicina Tradicional Chinesa (MTC), sistema mdico complexo, que aborda de modo integral e dinmico o processo sade-doena no ser humano, podendo ser usada isolada ou de forma integrada com outros recursos teraputicos, e que a MTC tambm dispe de prticas corporais complementares que se constituem em aes de promoo e recuperao da sade e preveno de doenas;Considerando que a Homeopatia um sistema mdico complexo de abordagem integral e dinmica do processo sade-doena, com aes no campo da preveno de agravos, promoo e recuperao da sade;Considerando que a Fitoterapia um recurso teraputico caracterizado pelo uso de plantas medicinais em suas diferentes formas farmacuticas e que tal abordagem incentiva o desenvolvimento comunitrio, a solidariedade e a participao social;Considerando que o Termalismo Social/Crenoterapia constituem uma abordagem reconhecida de indicao e uso de guas minerais de maneira complementar aos demais tratamentos de sade e que nosso Pas dispe de recursos naturais e humanos ideais ao seu desenvolvimento no Sistema nico de Sade (SUS);(Poltica Nacional de Prticas Integrativas e Complementares do SUS)Medicina AntroposficaFoi introduzida no Brasil h aproximadamente 60 anos e apresenta-se como uma abordagem mdico-teraputica complementar, cujo modelo de ateno est organizado de maneira transdisciplinar, buscando a integralidade do cuidado em sade. Os mdicos antroposficos utilizam os conhecimentos e recursos da medicina antroposfica como instrumentos para ampliao da clnica, tendo obtido reconhecimento de sua prtica por meio do Parecer 21/93 do Conselho Federal de Medicina, em 23/11/1993.

Entre os recursos que acompanham a abordagem mdica destaca-se o uso de medicamentos baseados na homeopatia, na fitoterapia e outros especficos da Medicina Antroposfica.

Integrado ao trabalho mdico est prevista a atuao de outros profissionais da rea da sade, de acordo com as especificidades de cada categoria.

Medicina AntroposficaNo SUS so em pequeno nmero, destacando-se o servio das "prticas no alopticas" de Belo Horizonte em que a Medicina Antroposfica, juntamente com a Homeopatia e a Acupuntura, foi introduzida oficialmente na rede municipal. Em 1996 a Secretaria Municipal de Sade de Belo Horizonte realizou o primeiro concurso especfico para mdico antroposfico no SUS. Em novembro de 2004, o servio comemorou dez anos de existncia, com nmero de atendimentos sempre ascendente.

Em So Joo Del Rei/MG, na rede pblica municipal, uma equipe multidisciplinar vinculada Sade da Famlia desenvolve h mais de seis anos experincia inovadora a partir do uso das aplicaes externas de fitoterpicos e de outras abordagens. Destaca-se tambm, em So Paulo, o ambulatrio da Associao Comunitria Monte Azul que vem, h 25 anos, oferecendo atendimentos baseados nesta abordagem, integrando informalmente rede de referncia da regio, como centro de prticas no alopticas (massagem, terapia artstica e aplicaes externas).7Termalismo - Crenoterapia

Termalismo - CrenoterapiaO termalismo compreende as diferentes maneiras de utilizao da gua mineral e sua aplicao em tratamentos de sade. A crenoterapia consiste na indicao e uso de guas minerais com finalidade teraputica atuando de maneira complementar aos demais tratamentos de sade. O uso das guas Minerais para tratamento de sade um procedimento dos mais antigos, utilizado desde a poca do Imprio Grego. Foi descrita por Herdoto (450 a.C.), autor da primeira publicao cientfica termal.No Brasil, a crenoterapia foi introduzida junto com a colonizao portuguesa, que trouxe ao Pas seus hbitos de usar guas minerais para tratamento de sade. Durante algumas dcadas foi disciplina conceituada e valorizada, presente em escolas mdicas, como a UFMG e a UFRJ. O campo sofreu considervel reduo de sua produo cientfica e divulgao com as mudanas surgidas no campo da medicina e da produo social da sade como um todo, aps o trmino da segunda guerra mundial.Termalismo - CrenoterapiaA partir da dcada de 90, a Medicina Termal passou a dedicar-se a abordagens coletivas, tanto de preveno quanto de promoo e recuperao da sade, inserindo neste contexto o conceito de Turismo Sade e de Termalismo Social, cujo alvo principal a busca e a manuteno da sade. O termalismo, contemplado nas resolues CIPLAN de 1988, manteve-se ativo em alguns servios municipais de sade de regies com fontes termais como o caso de Poos de Caldas, em Minas Gerais.

A Resoluo do Conselho Nacional de Sade n 343, de 7 de outubro de 2004, um instrumento de fortalecimento da definio das aes governamentais que envolvem a revalorizao dos mananciais das guas minerais, o seu aspecto teraputico, a definio de mecanismos de preveno, de fiscalizao, de controle, alm do incentivo realizao de pesquisas na rea.

Farmacutico atuante nas PICs

Medicina Tradicional Chinesa - Acupuntura

Medicina Tradicional Chinesa - AcupunturaA acupuntura consiste na estimulao de pontos e meridianos energticos com tcnicas apropriadas com a finalidade de manter ou restabelecer a sade. considerado um sistema mdico integral, originado h milhares de anos na China. No Brasil, a Acupuntura foi introduzida h cerca de 40 anos. Em 1988, por meio da Resoluo N 5/88, da Comisso Interministerial de Planejamento e Coordenao (Ciplan), teve as suas normas fixadas para o atendimento nos servios pblicos de sade. Vrios conselhos de profisses da sade regulamentadas reconhecem a Acupuntura como especialidade em nosso pas, e os cursos de formao encontram-se disponveis em diversas Unidades Federais. Em 1999, o Ministrio da Sade inseriu na tabela Sistema de Informaes Ambulatoriais (SIA/SUS) a consulta mdica em Acupuntura (cdigo 0701234), o que permitiu acompanhar a evoluo das consultas por regio e em todo o pas. Dados desse sistema demonstram um crescimento de consultas mdicas em acupuntura em todas as regies. Em 2003, foram 181.983 consultas, com uma maior concentrao de mdicos acupunturistas na regio Sudeste (213 dos 376 cadastrados no sistema).Medicina Tradicional Chinesa - AcupunturaA acupuntura foi reconhecida como especialidade, pelo CFF, em 2000: Resoluo n 353, de 23 de agosto de 2000, onde estabelece em seu art. 1 que O profissional farmacutico, no exerccio de suas atividades profissionais, poder exercer a tcnica de acupuntura, desde que apresente ao respectivo Conselho Regional de Farmcia, ttulo, diploma, ou certificado de concluso de curso de especializao expedido por universidade ou entidade de acupuntura de reconhecida idoneidade cientfica. Art. 2 - Aps homologada a averbao no Conselho Regional de Farmcia de qualificao em acupuntura, poder o farmacutico divulgar esta especializao nos meios permitidos.

Medicina Tradicional Chinesa - AcupunturaO Brasil o Pas onde a Acupuntura tem apresentado o maior ndice de crescimento, em todo o mundo. E mais: com qualidade (Wu Tou Kwang, mdico cirurgio do Hospital das Clnicas de So Paulo e Diretor do Centro de Estudos de Acupuntura e Terapias Alternativas). Afirmou tambm que Os farmacuticos podem prestar bons servios aos seus pacientes, tambm, como acupunturistas.

Homeopatia

HomeopatiaA Homeopatia sistema mdico complexo de carter holstico, baseada no princpio vitalista e no uso da lei dos semelhantes enunciada por Hipcrates no sculo IV a.C.Est presente em pelo menos 10 universidades pblicas, em atividades de ensino, pesquisa ou assistncia, e conta com cursos de formao de especialistas em Homeopatia em 12 unidades da federao. Conta ainda com a formao do Mdico homeopata aprovada pela Comisso Nacional de Residncia Mdica. Embora venha ocorrendo aumento da oferta de servios, a assistncia farmacutica em Homeopatia no acompanha essa tendncia. Conforme levantamento da AMHB, realizado em 2000 apenas 30% dos servios de homeopatia da rede SUS forneciam medicamento homeoptico. Dados do levantamento realizado pelo Ministrio da Sade em 2004 revelam que apenas 9,6% dos municpios que informaram ofertar servios de homeopatia, possuem farmcia pblica de manipulao. A implementao da Homeopatia no SUS representa umaimportante estratgia para a construo de um modelo de ateno centrado na sade.HomeopatiaLei n 5.991, de 17 de dezembro de 1973Da Farmcia Homeoptica

Art. 10- A farmcia homeoptica s poder manipular frmulas oficinais e magistrais, obedecida a farmacotcnica homeoptica.

Pargrafo nico - A manipulao de medicamentos homeopticos no constantes das farmacopias ou dos formulrios homeopticos depende de aprovao do rgo sanitrio federal.

Art. 11- 0 Servio Nacional de Fiscalizao da Medicina e Farmcia baixar instrues sobre o receiturio, utenslios, equipamentos e relao de estoque mnimo de produtos homeopticos.

Art. 12- permitido s farmcias homeopticas manter sees de vendas de correlatos e de medicamentos no homeopticos quando apresentados em suas embalagens originais.

Art. 13- Depender de receita mdica a dispensao de medicamentos homeopticos, cuja concentrao de substncia ativa corresponda s doses mximas farmacologicamente estabelecidas.

HomeopatiaDecreto n. 57.477, de 20 de dezembro de 1965Dispe sobre manipulao, receiturio, industrializao e venda de produtos utilizados em Homeopatia e d outras providncias.

Art. 1 Considera-se farmcia homeoptica aquela que somente manipula produtos e frmulas oficinas e magistrais que obedeam farmacotcnica dos cdigos e formulrios homeopticos.

Art. 3 As farmcias homeopticas no so obrigadas manipulao de prescries no enquadradas nos moldes homeopticas.

Art. 5 Nas farmcias homeopticas dever existir, obrigatoriamente, a edio em vigor da Farmacopia Brasileira com o Cdigo Homeoptico Brasileiro.

HomeopatiaArt. 8 Os importadores de matria prima para fins homeopticos devero habilitar-se perante as autoridades sanitrias estaduais ou territoriais competentes e inscrever-se no rgo federal de sade encarregado da fiscalizao da medicina e farmcia, na forma da legislao em vigor.

Art. 9 So permitidas nas farmcias homeopticas, desde que a rea do estabelecimento as comporte, manter independentes, sees de venda de especialidades farmacuticas, no homeopticas, devidamente licenciadas no rgo federal de sade encarregado da fiscalizao da medicina e farmcia, bem como sees de produtos de higiene, cosmticos e perfumaria, tambm devidamente licenciados no rgo federal de sade.

Art. 10. As farmcias alopticas podero manter estoque de produtos homeopticos fabricados e embalados por laboratrios industriais homeopticos.HomeopatiaArt. 14. Os medicamentos homeopticos manipulados nas farmcias, considerados produtos oficinais, devero ter nos rtulos os seguintes elementos: nome da farmcia e seu endero, nmero de licena do estabelecimento fornecido pelo rgo federal de sade competente ou congneres da Unidade Federada, nome do produto, Farmacopia ou cdigo a que obedece, via da administrao e outras exigncias que se fizerem necessrias.

Art. 16. Nas prescries mdicas homeopticas, no podero ser usados cdigo, sigla ou nmero, nem figurar recomendao restringindo o aviamento da receita a determinada farmcia homeoptica.

Art. 18. Os medicamentos homeopticos cuja concentrao tiver equivalncia com as respectivas doses mximas estabelecidas farmacologicamente, somente podero ser vendidos mediante receita mdica, devendo ser observadas as demais exigncias em vigor.

HomeopatiaResoluo n 335, de 17 de novembro de 1998Dispe sobre prerrogativas para o exerccio da responsabilidade tcnica em homeopatia e revoga a Resoluo n. 319/97 (Conselho Federal de Farmcia).

Art. 1- Considerar habilitados para exercer a responsabilidade tcnica da farmcia que manipule o medicamento homeoptico o farmacutico que comprovar uma das seguintes qualificaes:

a) ter cursado a disciplina de farmcia homeoptica ou farmacotcnica homeoptica no curso de graduao de farmacutico, complementadas com estgio obrigatrio em manipulao e dispensao de medicamentos homeopticos, na prpria instituio de ensino superior, farmcias homeopticas conveniadas s instituies de ensino;

b) ttulo de especialista em farmcia ou farmacotcnica homeoptica que atenda Resoluo n. 267/95 do Conselho Federal de Farmcia.

Plantas Medicinais e Fitoterapia

Plantas Medicinais e FitoterapiaA Fitoterapia uma "teraputica caracterizada pelo uso de plantas medicinais em suas diferentes formas farmacuticas, sem a utilizao de substncias ativas isoladas, ainda que de origem vegetal".

O Brasil possui grande potencial para o desenvolvimento dessa teraputica, como a maior diversidade vegetal do mundo, ampla sociodiversidade, uso de plantas medicinais vinculado ao conhecimento tradicional e tecnologia para validar cientificamente este conhecimento.Plantas Medicinais e FitoterapiaA partir da dcada de 80, diversos documentos foram elaborados enfatizando a introduo de plantas medicinais e fitoterpicos na ateno bsica no sistema pblico, entre os quais destacam-se:

A Resoluo Ciplan N 8/88, que regulamenta a implantao da Fitoterapia nos servios de sade e cria procedimentos e rotinas relativas a sua prtica nas unidades assistenciais mdicas;

O Relatrio da 10 Conferncia Nacional de Sade, realizada em 1996, que aponta no item 286.12: "incorporar no SUS as prticas de sade como a Fitoterapia, acupuntura e homeopatia, contemplando as terapias alternativas e prticas populares" e, no item 351.10: "o Ministrio da Sade deve incentivar a Fitoterapia na assistncia farmacutica pblica e elaborar normas para sua utilizao.

A Portaria n 3916/98, que aprova a Poltica Nacional de Medicamentos, e que estabelece: dever ser continuado e expandido o apoio s pesquisas que visem o aproveitamento do potencial teraputico da flora e fauna nacionais, enfatizando a certificao de suas propriedades medicamentosas".

Plantas Medicinais e FitoterapiaO Relatrio do Seminrio Nacional de Plantas Medicinais, Fitoterpicos e Assistncia Farmacutica, realizado em 2003, que entre as suas recomendaes, contempla: "integrar no Sistema nico de Sade o uso de plantas medicinais e medicamentos fitoterpicos".

O Relatrio da 12 Conferncia Nacional de Sade, realizada em 2003, que aponta a necessidade de se "investir na pesquisa e desenvolvimento de tecnologia para produo de medicamentos homeopticos e da flora brasileira.

A Resoluo n 338/04 do Conselho Nacional de Sade que aprova a Poltica Nacional de Assistncia Farmacutica, a qual contempla a "definio e pactuao de aes intersetoriais que visem utilizao das plantas medicinais e de medicamentos fitoterpicos no processo de ateno sade, com embasamento cientfico, com adoo de polticas de gerao de emprego e renda, envolvimento dos trabalhadores em sadeno processo de incorporao dessa opo teraputica e baseada no incentivo produo nacional, com a utilizao da biodiversidade existente no pas".Plantas Medicinais e FitoterapiaO Decreto presidencial de 17 de fevereiro de 2005 criou o Grupo de Trabalho para elaborao da Poltica Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterpicos.

Em levantamento realizado pelo Ministrio da Sade no ano de 2004, em todos os municpios brasileiros, verificou-se que a Fitoterapia est presente em 116 municpios, contemplando 22 unidades federadas.

Cear o 1 Estado a regulamentar uso da fitoterapia no SUS

Horto de Plantas Medicinais do Ncleo de Fitoterpicos (Nufito)A poltica abrange plantas medicinais nativas e exticas adaptadas, amplia as opes teraputicas aos usurios do SUS, e ainda prioriza as necessidades epidemiolgicas da populao.O Nufito distribui 16 tipos de medicamentos fitoterpicos para hospitais e unidades da rede estadual de sade e mantm o Horto de Plantas Medicinais (Horto Matriz) e a Oficina Farmacutica para preparao de fitoterpicos. O Ncleo presta apoio tcnico-cientfico e faz capacitao de pessoal para promover a fitoterapia em sade pblica no Estado do Cear, com a implantao de farmcias vivas nos municpios. So trs os modelos de farmcias vivas:

- Destinadas instalao de hortas de plantas medicinais;- Destinadas produo e dispensao de plantas medicinais secas (droga vegetal);- Destinadas preparao de fitoterpicos padronizados para o provimento das unidades do Sistema nico de Sade (SUS).Horto de Plantas Medicinais do Ncleo de Fitoterpicos (Nufito)A Relao Estadual de Plantas Medicinais (Replame) lista 25 espcies que produzem fitoterpicos indicados como:

- Tranquilizantes;- Broncodilatadores;- Antisspticos;- Cicatrizantes;- Antiinflamatrios

Plantas tradicionais da flora regional j so utilizados na produo dos fitoterpicos, entre elas babosa, capim santo, eucalipto, pau darco, confrei, romanzeira, malvario, malva santa, alfavaca, aroeira, maracuj e goiabeira.Em Florianpolis

Em FlorianpolisEm maro de 2010, por meio da Portaria GAB/SSN 010/2010, foi nomeada uma comisso para implantao das Prticas Integrativas e Complementares (PICs) na rede municipal de Sade de Florianpolis.Art. 1. Implantar normas gerais para o desenvolvimento das Prticas Integrativas e Complementares na Rede Municipal de Sade de Florianpolis, em consonncia com as diretrizes da Poltica Nacional de Prticas Integrativas e Complementares, conforme a Instruo Normativa que constitui o Anexo I desta portaria. Art. 2. A Comisso de Implantao do Programa Municipal de Prticas Integrativas e Complementares, instituda pela PORTARIA/SS/GAB/N 010/2010, passa a ser denominada Comisso de Prticas Integrativas e Complementares, tendo carter permanente.

Em FlorianpolisAps discusses com profissionais da rede e gestores, optou por, inicialmente, trabalhar no desenvolvimento de uma regulamentao municipal que garantisse a legitimao daqueles profissionais que esto inseridos na rede municipal de sade e que j possuem alguma formao em PICs, mas que no atuam nestas reas, para depois estabelecer um plano de implantao e das PICs na rede municipal de sade.

Foi priorizado a insero das PICs na Ateno Primria em Sade (APS), na Estratgia de Sade da Famlia (ESF), fortalecendo o modelo adotado pelo municpio, proporcionando mais uma ferramenta teraputica ao profissional de sade.

Aes Desenvolvidas em FlorianpolisAcupuntura /MTC:- Treinamento bsico em tcnicas de acupuntura para mdicos da APS;- Treinamento bsico em auriculoterapia.

Fitoterapia:- Oficina: Reconhecendo as Plantas Medicinais;- Hortas medicinais.

Em FlorianpolisA operacionalizao da estratgia PIC-Floripa desenvolvida pela CPIC (Comisso de Prticas Integrativas e Complementares).

Esta Oficina realizada em cada uma das unidades de sade interessadas em implementar estas prticas, utilizando referenciais da educao crtico-reflexiva e dinmica que visa fomentar a discusso no contexto da realidade local e pactuando aes relacionadas s PICs a serem desenvolvidas especificamente naquela unidade de sade, considerando a articulao entre gestores, profissionais e comunidade.Reconhecendo Plantas MedicinaisEm FlorianpolisA Oficina de Sensibilizao em PICs a primeira e mais importante etapa da estratgia PIC-Floripa, que possibilitar a implementao de aes em PICs nas unidades de sade interessadas. Durante a Oficina um membro da CPIC nomeado tutor da unidade de sade para o apoio no desenvolvimento das aes pactuadas, monitoramento e avaliao, devendo, para isso, realizar visitas sistemticas s unidades e incentivar os profissionais a registrar as atividades no Sistema de Informaes Info Sade. Como resultado da Oficina de Sensibilizao em PICs a unidade de sade produz um documento norteador da execuo das aes. Alm do apoio oferecido pela CPIC, destaca-se as atividades relacionadas educao permanente necessrias qualificao dos profissionais destas unidades de sade em relao s PICs a serem desenvolvidas. Para isso, a CPIC buscou parcerias de instituies e entre os prprios servidores da SMS, estabelecendo um primeiro plano de atividades de educao permanente baseado nos eixos trabalhados pela Poltica Nacional de Prticas Integrativas e Complementares: Medicina Tradicional Chinesa/Acupuntura e Fitoterapia.Os cursos promovidos tm como pblico-alvo os profissionais daquelas unidades de sade includas na PIC-Floripa pela Oficina de Sensibilizao em PICs..Experincias

O Centro de Sade Rio Tavaresrecebeu premiaono V Encontro Estadual de Sade da Famlia realizado em novembro/2011.Reconhecendo Plantas Medicinais

ENTREVISTA COM FARMACUTICO ATUANTE NA HOMEOPATIA1- Sabemos que para atuar na homeopatia, o farmacutico precisa de uma especializao. Conte-nos como foi sua trajetria at chegar aqui e sobre sua especializao. Minha trajetria foi durante a Faculdade, onde me interessei sobre Homeopatia na disciplina que era obrigatria no meu curso. A partir da fiz um ano e meio de estgio apenas na farmcia de Homeopatia, e desde ento atuo na rea.

2- Mostrar um exemplo de prescrio homeoptica e exemplos de no conformidades. Muitas vezes os prescritores esquecem de colocar a posologia, no aceitamos receitas incompletas sem o nome completo do paciente, idade, cidade. Pois muitas vezes chego at ns apenas uma folha com o nome do medicamento, sendo que na maioria das vezes pego o nome da substncia com algum amigo, parente. Mais a homeopatia no pode ser assim utilizada. Tambm deve incluir nome prescritor, o endereo onde ele trabalha, registro profissional, data atualizada, nome do frmaco e sua concentrao.

ENTREVISTA COM FARMACUTICO ATUANTE NA HOMEOPATIA3- Quais so as doenas mais tratadas com tratamentos homeopticos? A homeopatia individual, cada tratamento especfico para determinada pessoa. Mais os que mais saem na farmcia so para Gripe (Anas barbariae) Inflamao na garganta (Streptococcinum) Hematomas, sensao dolorosa (Arnica) Dor no corpo (Cantharis).

4- Qual a viabilidade de se abrir um laboratrio apenas para a manipulao de medicamentos homeopticos? Nossa farmcia de manipulao e tambm homeoptica pela grande procura de tratamentos alternativos. oferecer aos pacientes que o produto que ele deseja de qualidade e segurana comprovados em um laboratrio prprio de medicamentos homeopticos conforme as legislaes vigentes.

ENTREVISTA COM FARMACUTICO ATUANTE NA HOMEOPATIA5- Como feito o controle de qualidade da gua e das matrias primas? Atravs de anlises peridicas efetuadas por laboratrios de controle de qualidade internos. Cumprimento rigoroso de cada procedimento operacional descrito no Manual da Qualidade, assim como de todas as normas das Boas Prticas de Manipulao (BPM). Sanitizao de todos os equipamentos e materiais utilizados garantindo limpeza e assepsia, de acordo com o Manual de Normas Tcnicas da Associao Brasileira de Farmacuticos Homeopatas (MNT-ABFH), de modo a evitar a contaminao cruzada nos produtos e a atender s exigncias do elevado padro de qualidade. Feito o controle dirio da produo de gua com aspecto, pH, ordem de produo com lote. 6- A Poltica Nacional de Prticas Integrativas e Complementares (PNPIC) recomenda que os municpios incluam a homeopatia na sade pblica. Quais as suas expectativas sobre a adeso dos Municpios e da equipe de sade homeopatia? Antigamente lembro de ter uma farmcia no Centro de Florianpolis de homeopatia pblica, lembro tambm que havia muita falta de produtos, e que os mdicos tinham que alternar as prescries conforme as substncias ativas que encontravam l. Depois de um tempo fechou, e at ento no sei de nenhuma outra farmcia homeoptica pblica aqui em Florianpolis. Espero que logo essa PNPIC inclua mesmo a homeopatia na sade pblica da cidade, para melhor adeso de prticas alternativas.

Referncias BibliogrficasPortaria N 971, de 3 de maio de 2006. Lei n 5.991, de 17 de dezembro de 1973.Poltica Nacional de Prticas Integrativas e Complementares no SUS, Ministrio da Sade, 2006.Resoluo n 335, de 17 de novembro de 1998.Decreto n 57.477, de 20 de dezembro de 1965.Projeto de lei n 2.626, de 2003.Resoluo n 516 de 26 de novembro de 2009.Resoluo n 353, de 23 de agosto de 2000.Prticas Integrativas e Complementares. Acesso: http://www.picfloripa.blogspot.com.br/.html.