remit - resposta endocrina metabolica e imunologia ao trauma

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ FACULDADE DE MEDICINA ICS HABILIDADES MÉDICAS VI H. CIRURGICAS TURMA B 2011 RESPOSTA ENDÓCRINA, METABÓLICA E IMUNOLÓGICA AO TRAUMA CIRÚRGICO GRUPO: RAÍSSA DA FONSECA RAMOS DE QUEIROZ VITOR BENTES HENRIQUES IMAIKON GOMES DE LIMA IZIANE SILVA RODRIGUES IANY FREITAS CARLOS ANTONIO DA COSTA JÚNIOR BELEM / PA NOVEMBRO 2013

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Resposta Endócrina, Metabólica e Imunológica ao Trauma Cirúrgico

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Page 1: Remit - Resposta endocrina metabolica e imunologia ao trauma

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁFACULDADE DE MEDICINA – ICS

HABILIDADES MÉDICAS VI – H. CIRURGICAS

TURMA B 2011

RESPOSTA ENDÓCRINA, METABÓLICA E IMUNOLÓGICA AO TRAUMA CIRÚRGICO

GRUPO:

RAÍSSA DA FONSECA RAMOS DE QUEIROZ

VITOR BENTES HENRIQUES

IMAIKON GOMES DE LIMA

IZIANE SILVA RODRIGUES

IANY FREITAS

CARLOS ANTONIO DA COSTA JÚNIOR

BELEM / PA

NOVEMBRO 2013

Page 2: Remit - Resposta endocrina metabolica e imunologia ao trauma

INTRODUÇÃO

Agressão ao organismo: Cirurgias, traumas, queimaduras e processos infecciosos.

Resposta endócrina, metabólica e imunológica .

Adequar níveis de oxigênio e nutrientes a fim de oferecer uma fonte energética e auxilio no

processo de cicatrização da ferida.

Lesão simples: resposta temporária.

Lesão severa: resposta intensa, que tende a se prolongar, com riscos de dificultar a instalação

da homeostase e, evoluir ao óbito do pct.

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RESPOSTA ENDÓCRINA METABÓLICA

ANABOLISMO X CATABOLISMO

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Insulina

Células β

Glucagon

Células α

RESPOSTA ENDÓCRINA METABÓLICA

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INSULINARESPOSTA ENDÓCRINA METABÓLICA

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GLUCAGONRESPOSTA ENDÓCRINA METABÓLICA

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RESPOSTA ENDÓCRINA METABÓLICA

Page 8: Remit - Resposta endocrina metabolica e imunologia ao trauma

CATABOLISMO

Assimilação ou processamento da matéria orgânica adquirida para fins de obtenção

de energia

RESPOSTA ENDÓCRINA

METABÓLICA

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RESPOSTA ENDÓCRINA

METABÓLICA

Page 10: Remit - Resposta endocrina metabolica e imunologia ao trauma

ANABOLISMO

Parte do metabolismo que leva a síntese de moléculas complexas a

partir de moléculas mais simples.

Fotossíntese / síntese proteica.

RESPOSTA ENDÓCRINA METABÓLICA

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RESPOSTA ENDÓCRINA

METABÓLICA

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RESPOSTA ENDÓCRINA

METABÓLICA

Page 13: Remit - Resposta endocrina metabolica e imunologia ao trauma

Resposta Endócrina ao Trauma

Trauma → Mobilização → Energia

de glicose para os tecidos periféricos

ARMAZENAMENTO DE GLICOSE → FÍGADO → CONSUMO DE 12 A 24 HRS PÓS AGRESSÃO

↓↑

NEOGLICOGÊNESE Produção de glicose por substratos não

glicídicos

AA – alanina e glutamina

GLICEROL – quebra de tecido

adiposo, lipólise

LACTATO

SNC

MEDULA ADRENAL

LEUCÓCITOS RECRUTADOS

FERIDA OPERATÓRIA

TRAUMA

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RESPOSTA ENDÓCRINA

1. REDIRECIONAMENTO do

consumo energético;

2. CATABOLISMO;

3. Ativação da RESPOSTA

IMUNE;

Page 15: Remit - Resposta endocrina metabolica e imunologia ao trauma

RESPOSTA ENDÓCRINA

RESPOSTA ENDÓCRINA A CIRURGIA ELETIVA

ATIVAÇÃO DO EIXO ADRENAL

AUMENTO DA SECREÇÃO DE PROLACTINA (PRL)

AUMENTO DA SECREÇÃO DO HORMÔNIO DO CRESCIMENTO (GH)

REDUÇÃO FATOR DE CRESCIMENTO INSULINA – LIKE (IGF –I)

REDUÇÃO DA ATIVIDADE TIREOIDEA

REDUÇÃO DA ATIVIDADE GONADAL

A princípio a resposta metabólica ao trauma é protetora, mas pode ser prejudicial a

homeostase e causar dano orgânico devido a intensa degradação proteica e lipídica;

Hiperglicemia + resistência insulínica

Hipercalcemia

Hipertrigliceridemia

Perda celular de agua e potássio

Page 16: Remit - Resposta endocrina metabolica e imunologia ao trauma

RESPOSTA ENDÓCRINA

RESPOSTA ENDÓCRINA A CIRURGIA ELETIVA

FERIDA OPERATÓRIA → HIPOTÁLAMO → HIPÓFISE → ACTH

→ CÓRTEX SUPRA RENAIS → CORTISOL

↑ANGIOTENSINA II

↑ MEDIADORES LIPÍDICOS

INFLAMAÇÃO

↑ CITOCINAS

ESTRESSE → SINCRONIZAÇÃO DOS PULSOS DE CRH → PRODUÇÃO ACENTUADA ACTH e

CORTISOL

↑ CARBOIDRATOS (GLICONEOGENESE)

↑ LIPIDIOS (LIPOLISE) → DISPONIBILIZAÇÃO

↑ PROTEINAS ENERGÉTICA

Page 17: Remit - Resposta endocrina metabolica e imunologia ao trauma

RESPOSTA ENDÓCRINA

RESPOSTA ENDÓCRINA A CIRURGIA ELETIVA

CATECOLAMINAS → EPINEFRINA LIPÓLISE

GLICOGENÓLISE VASOCONSTRIÇÃO GLICONEOGENESE

FUNÇÃO: PRESERVAR PERFUSÃO SANGUINEA E PROTEGER DE PERDAS

VOLEMICAS

OUTROS EFEITOS:

↑ FC

BRONCODILATAÇÃO

PILOEREÇÃO

RELAXAMENTO ESFINCTERIANO

Page 18: Remit - Resposta endocrina metabolica e imunologia ao trauma

RESPOSTA ENDÓCRINA

RESPOSTA ENDÓCRINA A CIRURGIA ELETIVA

NSO → HIPOTÁLAMO → SECREÇÃO AUMENTADA NO TRAUMA → ADH

RELACIONADO A OSMOLARIDADE, VOLEMIA,

ATO ANESTÉSICO, ANGIO II,

FERIDA OPERATÓRIA....

EDEMA DE FERIDA OPERATÓRIA

REABSORÇÃO TUBULOS COLETORES RETENÇÃO HÍDRICA PÓS OPERATÓRIA

OLIGÚRIA FUNCIONAL

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RESPOSTA ENDÓCRINA

RESPOSTA ENDÓCRINA A CIRURGIA ELETIVA

ALDOSTERONA → CONSERVA SÓDIO, ELIMINA H →TENDENCIA A ALCALOSE METABOLICA

(ALCALOSE MISTA)

GLUCAGON → AUMENTA NO TRAUMA PRINCIPAL GLICONEOGENESE HEPATICA

INSULINA → REDUZIDO

GH → EFEITO BIFASICO E CATABÓLICO NO INICIO DO TRAUMA

TSH → NORMAL, COM T4 BAIXO, CONVERSAO PERIFERICA BAIXA E Rt3 elevado;

LESÕES TECIDUAIS → PROT FASE AGUDA → MARCADORES DE RESPOSTA AO TRAUMA

SEPSE

BALANCO NITROGENADO NEGATIVO → ELEVADO CONSUMO PROTEICO, POUCA SINTESE JEJUM

TRAUMA

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RESPOSTA ENDÓCRINA

Page 21: Remit - Resposta endocrina metabolica e imunologia ao trauma

Jejum na cirurgia

• No século XIX surgimento da cirurgia com anestesia geral.

• O jejum passa ser uma pratica universal nas cirurgias.

• Joseph Listre, defendia a ingestão de chá ater duas horas antes da

cirurgia.

• Mendelson, descreve uma sindrome de aspiração de vomito durante o

parto.

RESPOSTA ENDÓCRINA

Page 22: Remit - Resposta endocrina metabolica e imunologia ao trauma

Glicogenolise

O glicogênio armazenado no fígado é

consumido em 24 horas.

Glicemia cai, e os níveis são suprimidos.

GH, ADH,Glucagon,catecolaminas e

angiotensina II. Elevam-se

RESPOSTA ENDÓCRINA

Page 23: Remit - Resposta endocrina metabolica e imunologia ao trauma

Consequências do jejum

• Alanina e glutamina são substrato dos músculos;

• Glucagon E cortisol;

• Lactato produzido pelos musculo e transformado em glicose no fígado;

Fígado

• Coração

Músculo

RESPOSTA ENDÓCRINA

Page 24: Remit - Resposta endocrina metabolica e imunologia ao trauma

Consequências do jejum

• Mobilização do glicogênio hepáticos, triglicerídeos dos tecidos adiposo, e

aminoácido dos músculos.

• A fonte energética desvia-se para ácidos gordos e corpos cetônicos.

• Sede, fome, ansiedade, tonturas, mau estar e desidratação, resistência à

insulina, compromisso da resposta imune e perda de massa muscular.

• A reação ao stress cirúrgico depende do estado metabólico prévio, como tal, com

menor capacidade de resistir à agressão cirúrgica.

RESPOSTA ENDÓCRINA

Page 25: Remit - Resposta endocrina metabolica e imunologia ao trauma

Corpos cetônicos

• Ciclo de krebs da origem aos corpos cetonicos.

• As moleculas de oxaloacetato vão ser destinada para a produção deglicose pela gliconeogenese

• O cérebro, que normalmente só utilizaria a glicose como fonte de energiapode passar a utilizá-los, caso não haja glicose disponível.

• Diminuição da insulina e alimento do Glucagon os ácidos graxosproveniente da quebra da gordura entram no figado e produzem corposcetonicos

RESPOSTA ENDÓCRINA

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TRAUMA ACIDENTAL

RESPOSTA ENDÓCRINA

Page 27: Remit - Resposta endocrina metabolica e imunologia ao trauma

Uma resposta exacerbada que...

RESPOSTA ENDÓCRINA

• Hipercatabolismo.

• Dificuldade de cicatrização de feridas.

• Microêmbolos gordurosos.

• Acidose metabólica.

• Vasoconstrição microcirculatória.

• Insuficiência renal.

• Sínd. Do desconforto respiratório agudo.

Page 28: Remit - Resposta endocrina metabolica e imunologia ao trauma

RESPOSTA ENDÓCRINA

• Fase inicial do trauma (Ebb phase)

• Refluxo (Flow phase)

• Glutamina e Alanina.

• Hiperglicemia.

• O uso de lipídios.

• Baixos níveis calóricos Cetose.

Page 29: Remit - Resposta endocrina metabolica e imunologia ao trauma

Fases da Recuperação Cirúrgica

Por que conhecê-las?

• Alterações no metabolismo

Há influencia sobre uma boa evolução?

• Resposta Catabólica

• Prevenção

Page 30: Remit - Resposta endocrina metabolica e imunologia ao trauma

Pós – operatório e pós traumatismos acidentais

1 - Fase adrenérgica - corticóide

Período inicial

Catecolaminas e Cortisol

Mediadores pró-inflamatorios

Gliconeogênese

Sintese de proteinas de fase aguda

Atividade imune

Balanço Negativo de Nitrogênio

Lipólise

Liberação de ácido graxos

glicerol

+

Duração: 6 a 8 dias até semanas

Page 31: Remit - Resposta endocrina metabolica e imunologia ao trauma

Pós – operatório e pós traumatismos acidentais

2 – Fase Anabólica Precoce(fase de retirada do glicocorticóide)

Excreção do Nitrogênio -> Equilíbrio

ADH

TNF-α

Restauração de balanço de Potássio

Ação do IGF-1

Aumento do apetite Ganho de massa corporal

Sintese proteica

Page 32: Remit - Resposta endocrina metabolica e imunologia ao trauma

Pós – operatório e pós traumatismos acidentais

2 – Fase Anabólica Tardia

Balanço positivo de carbono

• Ganho de peso ponderal lento

• Tecido adiposo

Duração: Meses ou anos

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Resposta Imune ao Trauma Cirúrgico

Page 34: Remit - Resposta endocrina metabolica e imunologia ao trauma

A principal forma pela qual o sistema imune inato lida

com infecções e lesões teciduais é através da indução

da inflamação aguda, que é o acúmulo de

leucócitos, proteínas plasmáticas e fluidos derivados do

sangue em um sítio de infecção ou lesão no tecido

extravascular (Abbas, 2011).

RESPOSTA IMUNE

Page 35: Remit - Resposta endocrina metabolica e imunologia ao trauma

Não existe tratamento

específico!

Page 36: Remit - Resposta endocrina metabolica e imunologia ao trauma

• IL-1 e TNFα

• Maior aderência leucocitária ao endotélio;

• Ativação de linfócitos e macrófagos

• Neutrófilos- radicais livres derivados de O2

• Elevação das prostaglandinas

• Síntese de proteínas da fase aguda

• Proliferação de células hematopoiéticas

• Produção de colágeno e fibroblasto

RESPOSTA IMUNE

Page 37: Remit - Resposta endocrina metabolica e imunologia ao trauma

BIBLIOGRAFIA

• GOFFI, F. Técnica Cirúrgica: bases anatômicas e fisiopatológicas e técnicas de

cirurgia. 4ª ed., Atheneu: 2001.

• MARQUES, Ruy Garcia. Técnica operatória e cirurgia experimental. Rio de Janeiro:

Guanabara Koogan, 2005.

• PETROIANU A; MIRANDA ME; OLIVEIRA R. Black book de cirurgia. Belo Horizonte: Black

Book, 2009.

• TOWNSEND JR et al. Sabiston – Textbook of surgery – The biological basis of modern

surgical practice. 17. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.

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Obrigado!