revista universitária de psicologia nº0

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A RUP Nº0 vem apresentar a equipa, o processo e as regras de publicação na nossa revista. Se pretendes publicar os teus trabalhos científicos, a Nº0 é o teu primeiro passo. Informações: [email protected]; [email protected] Facebook: https://www.facebook.com/RUPANEP

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Page 1: Revista Universitária de Psicologia Nº0

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Page 2: Revista Universitária de Psicologia Nº0

Revista Universitária de PsicologiaNúmero 0Abril de 2015

Diretor:João Mena

Comissão Científica:-Eva Gonçalves-Francisca Fernandes-Leonardo Silvério-Rafael Melo-Rita Mourão-Rita Vicente-Ricardo Ventura Baúto

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Revista Universitária de Psicologia

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A Revista Universitária de Psicologia (RUP/ANEP) é um organismo da ANEP, que tem como objetivo partilhar o trabalho dos estudantes, dar a conhecer o estado da profissão e do ensino em Portugal, econtribuir para o enriquecimento intelectual dos estudantes de psicologia.Os inícios de atividade da RUP/ANEP remontam aos anos 80, início de atividades também da associação que nos acolhe, a ANEP. Desde esse momento a RUP/ANEP passou por duas fases de paragem, encontrando-se desde 2011 na sua terceira fase de existência.Atualmente, o organismo RUP/ANEP conta com uma equipa empenhada e dedicada em fazer chegar o trabalho dos estudantes a todo o país, através da Revista Universitária de Psicologia, e da recém-formada RUPortagem. Ambas as revistas são pautadas por valores de respeito, seriedade, dedicação, empenho e trabalho, uma vez que a Revista Universitária de Psicologia (RUP/ANEP) carrega com muito orgulho a responsabilidade de divulgar o trabalho científico e não científico dos estudantes de psicologia de todo o país.

A Comissão de Revisão Científica tem como missão a divulgação de trabalhos científicos de estudantes e recém-formados na área da Psicologia, assegurando a sua revisão e posterior publicação. Estes trabalhos irão constituir aquela que, doravante, se designará por Revista Universitária de Psicologia, sendo a sua publicação em formato digital e o seu acesso livre.A Comissão de Revisão Científica procura ser o mais abrangente e, simultaneamente, eclética possível na cobertura e seleção das áreas e dos próprios trabalhos científicos para publicação. Adota-se, assim, uma lógica de iniciação ao trabalho científico no seu geral e à publicação deste, em particular.Tendo como objetivo principal a divulgação do trabalho dos estudantes, a Comissão de Revisão Científica tem, também, como objetivo responder aos critérios exigidos para indexação em bases de dados internacionais de revistas científicas, procurando ser o mais rigorosa possível em todo o processo de revisão, ao mesmo tempo que procura introduzir o estudante à realidade da publicação científica.

RUP - Revista Universitária de Psicologia

No que toca à sua constituição, a Comissão de Revisão Científica conta com duas equipas distintas com tarefas/responsabilidades complementares. A primeira, doravante designada por Comissão Científica, é constituída por membros da Revista Universitária de Psicologia, sendo responsável pelo bom funcionamento do processo de revisão, como descrito abaixo. A segunda, doravante designada por Comissão de Revisão, é constituída por todos os revisores, convidados e associados, a colaborar com a Revista Universitária de Psicologia, sendo sua responsabilidade a análise do conteúdo científico dos trabalhos submetidos por estudantes.

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O Administrador,Marco Fernandes

O Director da Comissão de Revisão Científica,João Mena

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Processo de Revisão

Um artigo científico apresenta-se como um texto de carater técnico-científico, podendo ser elaborado por um único autor ou por uma equipa em coautoria. Existem diversos tipos de artigos científicos, sendo que a Revista Universitária de Psicologia (RUP) estará focada em artigos de revisão de literatura, estudos empíricos e apresentação de projetos/programas de intervenção. Com o intuito de especificar cada tipo de artigo aceite será de seguida apresentada uma breve descrição:

1. Revisão de Literatura

Este tipo de artigos visa a análise sistemática, exaustiva e crítica, que permita uma síntese de uma determinada área temática. Uma boa análise bibliográfica é essencial, tendo impacto direto na qualidade do artigo. Este tipo de artigo deve ser capaz de permitir ao leitor ter uma abordagem abrangente sobre a temática, dando conta da evolução contextual e conceptual do tema em análise. É ainda possível que esta revisão seja elaborada com recurso a análise quantitativa, atendendo à variabilidade e frequência com que determinadas metodologias e resultados, são identificados, dando assim ao leitor uma visão generalista do trabalho já realizado na área. A sua estrutura pode variar, contudo estão sempre presentes a introdução, desenvolvimento, discussão e conclusões.

2. Estudo empírico

São artigos que visam apresentar a recolha, análise/interpretação e discussão de dados obtidos de forma direta e/ou indireta por parte do(s) investigador(s). Pretende-se um aprofundamento de determinado tema, visando a replicação ou elaboração de novos protocolos de investigação, permitindo um acréscimo, alteração ou compreensão de determinada área de conhecimento. A metodologia escolhida deve preservar as regras, normas e princípios éticos, quer na forma de recolha dos dados, quer no contacto com os sujeitos envolvidos na amostra. Os artigos deste tipo, obedecem normalmente à seguinte estrutura: estado da arte, método, resultados, discussão e conclusões.

3. Apresentação de projetos/ programas deintervenção

Neste tipo de artigos pretende-se a apresentação de um programa ou de um projeto de intervenção que tenha sido implementado num determinado contexto. Nesta fase, os autores deverão apresentar os pressupostos de execução da intervenção, assim como os resultados prévios e/ou finais. Deverá ser garantida uma descrição prévia dos pressupostos teóricos que servem de base ao projeto/programa, recorrendo a uma revisão teórica do trabalho já existente ou do caráter inovador na abordagem.

Processo de revisão

Todos os artigos serão submetidos a um processo de revisão por pares, também conhecida por peer review, trata-se do processo através do qual um trabalho é revisto e avaliado por outros especialistas da área de conhecimento em causa. Os principais objetivos da revisão por pares prendem-se com: acompanhar o editor na tomada de decisão, relativamente à publicação ou não publicação do artigo e o acompanhamento dos autores no que concerne à melhoria do seu artigo. Este processo tem vindo a ser considerado como algo fundamental para uma comunicação científica nacional/internacional mais fidedigna, sendo que se torna responsável por elevar os padrões de produção científica. Nesse sentido, os artigos publicados numa revista que tenha peer review são considerados como certified knowledge, uma vez que será este tipo de revisão que possibilita a credibilidade dos mesmos.

Será, então, o processo de peer review responsável por definir se um artigo será ou não publicado. Quando um artigo é submetido a este tipo de revisão, serão três os possíveis resultados da sua avaliação: o artigo é aceite, sem modificações necessárias;o artigo é aceite, embora com a necessidade dealterações; o artigo é rejeitado. No caso da RUP, a revisão dos artigos será elaborada de acordo com este processo.

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Os indivíduos responsáveis pela avaliação dos artigos denominam-se por revisores ou referees. São eles os responsáveis por emitir um determinado parecer sobre o artigo submetido. Nesse âmbito e, tendo em conta os aspetos acima mencionados, os revisores poderão emitir pareceres positivos (i.e., artigo é aceite, sem modificações necessárias; o artigo é aceite, embora com a necessidade dealterações) ou pareceres negativos (i.e., o artigo é rejeitado). O anonimato deste processo designa-se por revisão duplamente cega ou blind review. Neste caso, nenhum dos referees terá acesso a elementos que permitam identificar os autores, nem os próprios autores terão conhecimento sobre a identidade dos referees. Esta questão torna-se pertinente, uma vez que a blind review garante um processo de revisão mais fiável. No caso específico da RUP, cada um dos artigos será submetido a um processo de revisão por pares, através de revisão duplamente cega. Portanto, o artigo e todos os detalhes da sua revisão serão mantidos em sigilo. Apesar disso, os referees deverão estar disponíveis para esclarecimentos adicionais sobre os seus pareceres científicos, desde que solicitados de forma fundamentada, pelos autores ou pela equipa editorial.

Os revisores deverão ter conhecimentos sobre as temáticas e metodologias reportadas nos artigos. Em primeiro lugar, os referees terão em consideração uma análise global do artigo, analisando brevemente o seu título, resumo e introdução, para que seja possível perceberem o que trata o mesmo. Depois disso, será necessário analisar cada uma das partes do artigo, de forma mais específica, tendo em conta aspetos como: a revisão de literatura; o desenvolvimento concetual e as hipóteses; o método; os resultados; a discussão e principais conclusões; as referências. Normalmente, as correções prendem-se com aspetos relacionados com: pouca clareza teórica, empírica ou metodológica. Estes comentários poderão ser apresentados no próprio ficheiro enviado pelos autores dos artigos, através de uma função de track changes. Caso seja oportuno, os referees poderão indicar referências bibliográficas que sejam pertinentes para a temática em causa. Poderão, também, solicitar aos autores, esclarecimentos adicionais e/ou maior detalhe de informação de aspetos do artigo, como por

exemplo, questões que se prendam com a revisão de literatura ou com as opções metodológicas adotadas. Depois do processo de blind peer review, os autores do artigo deverão seguir as sugestões dos referees e revê-lo, de acordo com as mesmas. As modificações dos autores deverão encontrar-se realçadas no artigo (e.g. com uma cor diferente do restante texto).

Normalmente, existem dois tipos de referees: revisores convidados que poderão ser membros do corpo editorial ou revisores ad hoc, sendo estes especialistas na temática ou na metodologia adotada, por terem publicado trabalhos semelhantes (e.g. sobre um tema que seja idêntico). No caso específico da RUP os artigos submetidos poderão ser avaliados por dois tipos de revisores, sendo estes os revisores associados e/ou os revisores convidados. Os revisores associados serão estudantes que estejam a frequentar (ou que já tenham concluído) o terceiro ano de Licenciatura (preferencialmente em Psicologia) e/ou alunos de Mestrado e/ou Doutoramento, com foco na área da Psicologia – tendo em conta as áreas de especialidade contempladas pela RUP. Por sua vez, os referees convidados serão professores universitários, investigadores ou profissionais que detenham elevada experiência na temática do artigo submetido. Estes são, por isso, considerados experts (especialistas) e deverão enquadrar-se, também, na área da Psicologia.

Os revisores associados serão indivíduos permanentes da equipa de revisão, sendo a sua integração concluída através de uma candidatura prévia. Por sua vez, os referees convidados serão pessoas solicitadas à medida das necessidades do processo de revisão, mediante convite por parte do diretor da equipa da comissão de revisão científica.

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Esclarecidas as questões acerca do papel dos revisores na análise para publicação do manuscrito, sistematizemos o processo de revisão que o artigo científico atravessará os até à publicação na RUP:

1. Submissão de manuscrito, onde a Comissão de Revisão Científica (CRC) realiza uma primeira análise,com vista à confirmação dos critérios de formatação.

2. Confirmados os pressupostos básicos à aceitação, a CRC envia o manuscrito para um Revisor Associadocom conhecimento generalista e que analisará o rigor e qualidade metodológica utilizada. Após esta análise, o manuscrito poderá ser rejeitado, ou reencaminhado para um Revisor Convidado, com conhecimentoespecífico na área temática do manuscrito.

3. Após receção do manuscrito por parte do Revisor Convidado, esta realizará uma avaliação criteriosado seu conteúdo e método, dando parecer com vista a elaboração de propostas de revisão/recomendações, proposta de publicação, ou rejeição.

4. Caso se verifique a necessidade de se proceder à revisão do manuscrito, ou este seja rejeitado, esteserá reencaminhado novamente para a CRC que entrará em contacto com o(s) autor(es).

5. Finda esta fase, caso o manuscrito esteja de acordo com os pressupostos necessários à sua aceitaçãoe com recomendação de publicação por parte dos revisores, será revisto a nível formal e de formatação.

6. Por fim, o(s) autor(es) são informados da aceitação para publicação na edição seguinte da RevistaUniversitária de Psicologia, devendo a referência passar a ser citada como estando no prelo.

7. Publicação na Edição seguinte da Revista Universitária de Psicologia.

Rita Mourão, Rita Vicente e Ricardo Ventura Baúto

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Normas de Submissão

Os artigos submetidos são da responsabilidade dos autores, assim aquando a submissão os autores asseguram que os mesmos são originais e isentos de plágio. De igual modo, comprometem-se que os trabalhos não foram anteriormente publicados ou, encontrem-se atualmente, em análise numa outra revista. Após a submissão de trabalhos para publicação na RUP, o autor confirma a aceitação de transferência de direitos de autor para a revista, bem como os direitos para a sua difusão em bases de dados e repositórios. Tal vai ao encontro da visão da revista que deseja promover a difusão e partilha do conhecimento científico na área da Psicologia. Opostamente, caso se decida pela rejeição do artigo submetido para publicação implica a devolução automática dos direitos de autor.

Só poderão submeter artigos estudantes ou pessoas que tenham terminado a sua formação num período inferior a dois anos da área da Psicologia, ou de outras áreas do saber, desde que o artigo seja relevante para as áreas de atuação da Psicologia.

Especificação das regras

A RUP encontra-se disponível para receber artigos da comunidade académica. Contudo os mesmos devem respeitar as normas de publicação a seguir expostas e o autor deve, antes de enviar o manuscrito, certificar-se que cumpre as normas de publicação da revista e as normas de publicação da APA (Publication Manual of the American Psychological Association, 6ª ed., Washington, DC: APA).

De forma a facilitar todo o processo de revisão, os conteúdos dos artigos submetidos deverão ser colocados no template disponibilizado para o efeito. Os artigos deverão ser constituídos por um resumo em português e inglês, não devendo cada um exceder as 150 palavras e no máximo cinco palavras-chave. Por sua vez o corpo do texto não poderá exceder as 20000 palavras e, todo ele, deve respeitar as normas de formatação da APA. Gráficos, tabelas e outras imagens devem ser anexadas no local que lhes está reservado após o texto, devendo ser aparecer referenciadas ao longo do corpo do texto.

Todos os artigos deverão ser enviados para o e-mail [email protected], respeitando o e-mail a estrutura de seguida apresentada:

- O Assunto deverá ser identificado como “Sub-missão de Artigo”. Além do título, deverá ainda ser acrescentada a área temática em que se insere, bem como uma área de especialização.

As áreas temáticas remetem para as reconhecidas pela OPP e são as seguintes: Psicologia do Trabalho, Social e das Organizações; Psicologia da Educação; Psicologia Clínica e da Saúde.

- No corpo de texto do e-mail deverão constar as seguintes informações: - Para cada autor:

- Nome;- Contacto(s);- Filiação (Instituição de Ensino ou Es-

tagiário da Ordem) - Título do artigo; - Resumo em português; - Palavras Chave; - Mensagem pessoal (opcional)

- Em anexo, deverão ser enviados os seguintes doc-umentos: - Para cada autor: - Documento de identificação (ex. cartão de cidadão); - Documento comprovativo de elegibilidade para submissão (no caso de atuais e antigos estudantes, certificado de matricula; no caso de estagiários do Ordem, documento com o número de cédula pro-visória); - Template com o artigo: corresponde ao artigo na versão a ser enviada aos revisores, ou seja sem nenhuma referência aos autores;

Apresentamos, abaixo, um exemplo de submissão de um artigo.

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Para:Assunto:

Anexos:

Corpo:

Submissão de Artigo Psicologia da Educação Educação e Tecnologia “AprenderJogando: Desenvolvimento e Sustentabilidade”

*doc_identificação *doc_comprovativo *doc_template

João Ferreira 9######## joao********@****.comMestrado Integrado em Psicologia, FPCE UC2º Ano

“Aprender Jogando: Desenvolvimento e Sustentabilidade”

Resumo: Os videojogos são uma realidade cada vez presente no dia a dia dos jovens. O presente artigo procura perceber se existem beneficios da sua utilização no ensino. Tendo como tema desenvolvimento e sustentabilidade, foram utilizadas duas formas de transmissão da informação: a) tradicional, aula expositiva acerca do tema; b) recorrendo a um jogo deestratégia foi apresentada a temática em formato de jogo. Os conhecimentos adquiridos foram avaliados uma semana após a “lição”, em contexto de aula, através de um teste escrito. Os resultados parecem indicar uma melhor aprendizagem no grupo do jogo.

Palavras chave: aprendizagem; educação; jogos; educação e jogos. (mensagem pessoal)

Bom dia,

Gostaria de receber feedback ao longo do processo de revisão do meu manuscrito.Votos de Sucesso para o projecto!

JF

[email protected]

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Rita Mourão, Rita Vicente e Ricardo Ventura Baúto

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Plágio

Ao pegarmos num dicionário de Língua Portuguesa, facilmente encontramos um significado para a palavra “Plágio”. Ao fazer essa tarefa, encontrámos a seguinte definição: “plágio é uma apresentação feita por uma pessoa da obra ou do trabalho de outrem como se fosse seu”.

Todos os dias estamos em contacto constante com informação, seja em livros, revistas, jornais, internet e, como não podia deixar de ser, em artigos científicos. Essa informação não aparece do nada, tendo, certamente, um autor. Um autor de um artigo científico trabalha arduamente num processo que pode durar poucos meses ou muitos anos. Escrever e publicar um artigo implica horas de investigação e pesquisa. Esse trabalho merece ser respeitado por todos nós que dele usufruímos. Usar essa informação que não é nossa mas que é útil na realização dos nossos trabalhos, implica necessariamente que mencionemos a sua fonte. Usar informação de um autor como sendo nossa é considerado roubo intelectual e é punível legalmente. Numa Universidade, um aluno que cometa plágio pode ter graves consequências, que podem ir desde uma nota “0” no trabalho e à expulsão da mesma.

Contudo, esta não é a única forma de plágio com a qual a comunidade científica se depara constantemente. Podemos também referir o “autoplágio” que se traduz no uso, por parte de um autor, de uma informação publicada anteriormente pelo mesmo, como sendo nova e não mencionando a respetiva fonte.

Neste ponto, recomenda-se a consulta do Código Deontológico da Ordem dos Psicólogos Portugueses (Fig.1) o qual integra os princípios éticos que regem a atividade profissional em Psicologia, dentro de qualquer área de intervenção/aplicação e contexto, de modo a garantir que a prática profissional segue o máximo ético e o mínimo aceitável.

É assim imperativo que todos os estudantes, que um dia terão que escrever um trabalho científico, pensem com cuidado sobre esta questão de enorme importância.

Francisca Fernandes e Leonardo Silvério

Hoje pelos autores. Amanhã por todos nós!

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Fig. 1 . Código Deontológico da OPP

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A pesquisa acerca de um determinado assunto que nos desperta curiosidade e sobre o qual queremos saber mais pode revelar-se desafiante, por vezes um verdadeiro quebra-cabeças. Porém, muitas são as vezes que, ainda que sem nos apercebermos, temos um papel ativo neste aparente “insucesso”. Felizmente temos ao nosso dispor algumas ferramentas que podem revelar-se bastante úteis na maximização da eficácia das nossas pesquisas.Antes de dar inicio à pesquisa propriamente dita, devemos começar por eleger com cuidado e clareza quais os termos que definem o assunto de interesse. É conveniente que se opte pela utilização de termos em Inglês, o que permite aumentar substancialmente o número de resultados obtidos. Adicionalmente, podemos recorrer a operadores booleanos ou a carateres universais. Os operadores booleanos permitem combinar os termos da pesquisa, ampliando ou limitando o seu foco e, por conseguinte, o número de resultados obtidos. Os carateres universais, por sua vez, permitem representar carateres desconhecidos. Segue-se uma breve explicação do funcionamento destes.

O operador AND é um operador de interseção. A utilização deste operador entre dois termos restringe a pesquisa de forma a que sejam apresentados somente os resultados nos quais estejam presentes ambos os termos. Os resultados em que aparece apenas um dos termos são excluídos. Exemplificando, utilizando o operador AND, por exemplo, em « motivation AND emotion », são apresentados somente os resultados nos quais ambos os termos - “motivation” e “emotion” - estão presentes. Os resultados que contenham apenas um dos termos - apenas “motivation” ou apenas “emotion” - não são apresentados.

O operador OR é um operador de conjunção. A utilização deste operador entre dois termos amplia a pesquisa de forma a que sejam apresentados os resultados nos quais estejam presentes apenas um, ou ambos, os termos. Exemplificando, utilizando o operador OR, por exemplo, em « learning ORmemory », são apresentados todos os resultados que contenham pelo menos um dos termos - “leraning” ou “memory”.

Pesquisa em Base de Dados

O operador NOT permite obter os resultados em que o primeiro termo está presente e o segundo termo não está presente. Exemplificando, utilizando o operador NOT, por exemplo, em « sleep NOTdisorder », são apresentados os resultados em que está presente o termo “sleep”, na ausência do termo “disorder”.

É importante ressalvar que perante a utilização de vários operadores em simultâneo torna-se imperativo o uso de parênteses para definir a que conjunto de termos cada um dos operadores se aplica. Por exemplo, se pretendermos encontrar resultados que contenham os termos “sleep” e “memory”, mas não “disorder”, a pesquisa deverá ser « (sleep AND memory) NOT disorder ».Dentro dos carateres universais, os quais permitem representar carateres desconhecidos, encontramos o ponto de interrogação (?) e o asterisco (*). O ponto de interrogação permite substituir um caracter no fim ou no meio da palavra. Exemplificando, ao procurar por “sle?ep” os resultados apresentados incluem o termo “sleep”. O asterisco permite representar vários carateres no final da palavra. Por exemplo, ao procurar a raiz “comput*” os resultados apresentados incluem termos que incluem esta raiz, tais como “computer”, “computing”, “computation”, entre outros.

Recomenda-se que, antes da utilização dos operadores acima apresentados, se verifique se estes são reconnhecidos pelo motor de busca da base de dados utilizada.

Simplificado o processo é tempo de abrir o horizonte ao conhecimento. Boas pesquisas!

Eva Gonçalves e João Mena

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