sermão nº 1027, a alegria do senhor É a força do seu povo, por charles haddon spurgeon

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Pregado na manhã do Dia do Senhor, em 31 de dezembro de 1971. Por C. H. Spurgeon, no Tabernáculo Metropolitano, Newington.“A alegria do Senhor é a vossa força.” (Neemias 8:10)“E faziam-se ouvir os cantores, juntamente com Jezraías, o seu superintendente. E ofereceram, no mesmo dia, grandes sacrifícios e se alegraram; porque Deus os alegrara com grande alegria; e até as mulheres e os meninos se alegraram, de modo que a alegria de Jerusalém se ouviu até de longe.” (Neemias 12:42-43)

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A ALEGRIA DO SENHOR

É A FORÇA DE SEU POVO C. H. SPURGEON

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Traduzido do original em Inglês

The Joy of the Lord, The Strength of His People — Sermon Nº 1027

The Metropolitan Tabernacle Pulpit — Volume 17

By C. H. Spurgeon

Via SpurgeonGems.org

Adaptado a partir de The C. H. Spurgeon Collection, Version 1.0, Ages Software.

Tradução e Capa por Camila Almeida

Revisão por William Teixeira

1ª Edição: Março de 2015

Salvo indicação em contrário, as citações bíblicas usadas nesta tradução são da versão Almeida

Corrigida Fiel | ACF • Copyright © 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil.

Traduzido e publicado em Português pelo website oEstandarteDeCristo.com, com permissão de

Emmett O’Donnell em nome de SpurgeonGems.org, sob a licença Creative Commons Attribution-

NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International Public License.

Você está autorizado e incentivado a reproduzir e/ou distribuir este material em qualquer formato,

desde que informe o autor, as fontes originais e o tradutor, e que também não altere o seu conteúdo

nem o utilize para quaisquer fins comerciais.

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A Alegria Do Senhor É A Força De Seu Povo (Sermão Nº 1027)

Pregado na manhã do Dia do Senhor, em 31 de dezembro de 1971.

Por C. H. Spurgeon, no Tabernáculo Metropolitano, Newington.

“A alegria do Senhor é a vossa força.” (Neemias 8:10)

“E faziam-se ouvir os cantores, juntamente com Jezraías, o seu superintendente.

E ofereceram, no mesmo dia, grandes sacrifícios e se alegraram; porque Deus os

alegrara com grande alegria; e até as mulheres e os meninos se alegraram, de

modo que a alegria de Jerusalém se ouviu até de longe.” (Neemias 12:42-43)

No último Domingo de manhã eu falei do nascimento de nosso Salvador como sendo cheio

de alegria para o povo de Deus e, de fato, para todas as nações (veja o Sermão de Nº 1026,

Alegria Nascida Em Belém, publicado em Português pelo Projeto Spurgeon). Em seguida,

nós olhamos para a alegria a uma distância, vamos agora na contemplação nos aproximar

dela, e, talvez, como consideramos, e observamos as várias razões para a sua existência,

algumas dessas razões podem operar sobre nossos próprios corações, e que nós possa-

mos sair desta Casa de Oração nós mesmos participantes desta extremamente grande ale-

gria. Vamos considera-la tendo sido uma manhã bem sucedida se o povo de Deus for feito

alegre no Senhor, e especialmente se aqueles que têm sido curvados e sobrecarregados

na alma receberem o óleo de alegria em vez de pranto. Não há um meio para consolar os

enlutados do Senhor, é uma obra especialmente cara ao Espírito de Deus, e, portanto, não

deve ser levemente estimada. A tristeza santa é preciosa diante de Deus, e não é empecilho

para a alegria piedosa. Que isso seja cuidadosamente observado em conexão com o nosso

primeiro texto, que abundante luto não é razão pelo que eles não deveriam rapidamente

ver uma alegria igualmente abundante, pois as mesmas pessoas que foram ordenadas por

Neemias e Esdras a alegrarem-se estavam assim derretidas com pesar penitencial, “pois

todo o povo chorava, ouvindo as palavras da lei”. A grande congregação, diante da porta

das águas, sob o ensinamento de Esdras, foi despertada e ferida até ao coração; eles sen-

tiram a borda da Lei de Deus como uma espada abrindo seus corações, rasgando, cortan-

do, e matando, e bem poderiam lamentar: então era a hora de deixá-los sentir o bálsamo

do Evangelho e ouvir a música do Evangelho, e, por isso, os antigos filhos do trovão canali-

zaram as suas notas, e tornaram-se filhos da consolação, dizendo-lhes: “Este dia é consa-

grado ao Senhor vosso Deus; então, não lamenteis, nem choreis. Ide, comei as gorduras,

e bebei as doçuras, e enviai porções aos que não têm nada preparado para si; porque este

dia é consagrado ao nosso Senhor; portanto não vos entristeçais; porque a alegria do

Senhor é a vossa força” [Neemias 8:9-10].

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Agora aqueles que eram penitentes, e sinceramente convertidos ao seu Deus, foram orde-

nados a se alegrar. Como determinados tecidos precisam ser umedecidos antes que eles

possam levar as cores brilhantes com as quais devem ser adornados, assim nossos espí-

ritos precisam do adorno do arrependimento antes que possam receber a coloração radian-

te de alegria. A notícia alegre do Evangelho só pode ser impressa em papel molhado. Você

já viu brilhar mais clara luz do que a que segue uma chuva? Assim, o sol transforma as

gotas de chuva em pedras preciosas, as flores olham para cima com novos sorrisos e faces

brilhantes de seu banho refrescante, e as aves dentre os ramos pingantes cantam com no-

tas mais arrebatadores, porque eles tiveram uma pausa por algum tempo. Assim, quando

a alma foi saturada com a chuva de penitência, o claro resplendor do amor perdoador

produz flores da floração de alegria por toda parte. Os passos pelos quais ascendem ao

palácio do deleite são geralmente úmidos com lágrimas. Tristeza pelo pecado é a varanda

da Bela Casa, onde os convidados estão cheios da “Alegria do Senhor”. Espero, então, que

os entristecidos, a quem este discurso virá, descobrirão e apreciarão o significado dessa

Divina bênção no Sermão do Monte “Bem-aventurados os que choram, porque eles serão

consolados”.

Do nosso texto vamos extrair vários temas de reflexão, e deveremos observar: primeiro, há

uma alegria de origem Divina, “A alegria do Senhor”, e em segundo lugar, que esta alegria

é uma fonte de força para todos os que participam dela, “a alegria do Senhor é a vossa

força”. Então vamos continuar a mostrar que essa força se revela sempre praticamente;

nosso segundo texto nos ajudará ali: e concluiremos por perceber, em quarto lugar, que es-

ta alegria, e, consequentemente, essa força, estão ao nosso alcance hoje.

I. HÁ UMA ALEGRIA DE ORIGEM DIVINA: “A alegria do Senhor”. Saltando do Senhor co-

mo sua fonte, ela será, necessariamente, de um caráter muito elevado. Desde que o homem

caiu no Jardim, ele muitas vezes busca por seus prazeres, onde a serpente encontra os se-

us; está escrito, “sobre o teu ventre andarás, e pó comerás todos os dias da tua vida”, esta

foi a condenação da serpente, e o homem, com ambição apaixonada, tem tentado encontrar

seu prazer em seus apetites sensuais, e contentar a sua alma com o miserável pó da terra.

Mas as alegrias temporais não podem satisfazer uma natureza imortal, e quando uma alma

é uma vez vivificada pelo Espírito Eterno, ela não pode mais ocupar-se com a alegria mun-

dana, ou mesmo com os prazeres comuns da vida, do que um homem pode respirar o vento

e se alimentar dele, mas, amados, não somos deixados para procurar alegria, ela é trazida

para nossas portas pelo amor de Deus, nosso Pai, a alegria refinada e satisfatória, condi-

zente com espíritos imortais.

Deus não nos deixou a vagar entre aquelas coisas insatisfatórias que zombam da presa

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que eles convidam, Ele nos deu apetites que as coisas carnais não podem satisfazer, e Ele

providenciou satisfação adequada para esses apetites, Ele armazenou em Sua mão direita

deleites para todo o sempre, os quais mesmo agora Ele revela pelo Seu Espírito para

aqueles escolhidos a quem Ele instruiu há muito tempo para eles.

Esforcemo-nos para analisar esse deleite especial e peculiar, que é aqui chamado de “A

alegria do Senhor”. Ela brota de Deus, e tem Deus como seu objetivo. O crente que está

em um estado espiritualmente saudável alegra-se principalmente em Deus, ele é feliz, por-

que há um Deus, e pelo que Deus é em Sua Pessoa e Caráter. Todos os atributos de Deus

tornam-se nascentes de alegria para o crente reflexivo, pois tal homem diz dentro de sua

alma, “Todos esses atributos do meu Deus são meus; Seu poder é a minha proteção; Sua

sabedoria é a minha orientação, Sua fidelidade, é o meu fundamento; Sua graça é a minha

Salvação”. Ele é um Deus que não pode morrer, fiel e verdadeira é a Sua promessa. Ele é

todo amor, e ao mesmo tempo infinitamente justo, supremamente santo. Ora, a contem-

plação de Deus para aquele que sabe que esse Deus é o Seu Deus para todo o sempre é

o suficiente para fazer os olhos transbordarem de lágrimas por causa da profunda, miste-

riosa, indescritível bem-aventurança que enche o coração! Não havia nada no caráter de

Júpiter, ou em qualquer um dos falsos deuses dos gentios, para fazer qualquer um feliz,

mas há tudo no caráter de Jeová, tanto para purificar o coração, e para torná-lo emocionado

com deleite. Quão doce é pensar sobre tudo o que o Senhor fez, como Ele se revelou no

passado, e, especialmente, como Ele demonstrou a Sua glória no Pacto da Graça, e na

Pessoa do Senhor Jesus Cristo! Quão encantador é o pensamento de que Ele revelou a Si

mesmo para mim, pessoalmente, e me fez ver nEle meu Pai, meu Amigo, meu Ajudador,

meu Deus!

Oh, se houver uma palavra fora do Céu que não pudesse ser superada, mesmo pelo brilho

do próprio Céu, é esta palavra: “Meu Deus, meu Pai,” e que doce promessa, “Eu serei o

seu Deus, e eles serão o meu povo”. Não há mais valiosa consolação a ser encontrada;

mesmo o Espírito de Deus não pode trazer para o interior do coração do Cristão nada mais

pleno de prazer do que esta bendita consideração! Quando o filho de Deus, depois de admi-

rar o caráter e maravilhando-se dos atos de Deus, pode ao mesmo tempo sentir: “Ele é o

meu Deus, eu O tenho tomado para ser meu, Ele me tomou para ser Seu; Ele agarrou-me

com a mão de Seu Amor poderoso, tendo me amado com um Amor Eterno, com as cordas

de Amor Bondoso Ele me trouxe para Si mesmo, o meu Amado é meu, e eu sou dEle”, ora,

então, a sua alma dançaria jubilosamente como Davi diante da Arca do Senhor, regozi-

jando-se no Senhor com toda a sua força!

Uma outra fonte de alegria é encontrada pelo Cristão que vive perto de Deus em um profun-

do senso de reconciliação com Deus, de aceitação com Deus e, ainda, além disso, de

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adoção e estreita relação com Deus. Não faz um homem feliz saber que, embora uma vez

os seus pecados tenham provocado o Senhor, todos eles são apagados, e nenhum deles

permanece; embora uma vez ele estivesse afastado de Deus e longe dEle pelas más obras,

ainda assim ele é aproximado pelo sangue de Cristo? O Senhor não é mais um Juiz irado

nos perseguindo com uma espada desembainhada, mas um Pai amoroso em cujo seio nós

derramamos nossas tristezas, e encontramos facilidade para cada pontada no coração. Oh,

saibam, amados, que Deus realmente nos ama! Eu sempre disse a vocês que eu não pode-

ria pregar sobre esse tema, pois é um assunto para meditar em silêncio, uma questão para

sentarmos por horas juntos e meditarmos. O Infinito amar uma criatura insignificante, uma

sombra que declina! Não é isto uma maravilha? Quanto a Deus apiedar-se de mim eu posso

entender, Deus condescender em ter misericórdia de mim, eu posso compreender; mas

que Ele me ame? O Puro amar o pecador, o infinitamente Grandioso amar um verme, é

incomparável, um milagre dos milagres! Tais pensamentos devem consolar a alma, e então,

adicione a isso que o Amor Divino nos trouxe, os crentes, a uma relação real com Deus,

para que sejamos Seus filhos e filhas, o que, novamente, é um rio de santo deleite! “Porque,

a qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho”. Nenhum ministro como labareda de fogo,

embora perfeito em obediência, recebeu a honra da adoção! Para nós, mesmo para nós,

criaturas frágeis de pó, é dado um benefício negado a Gabriel, pois, por meio de Jesus

Cristo, o Primogênito, nós somos membros da família de Deus! Oh, o abismo de alegria

que repousa na filiação a Deus e herança conjunta com Cristo!

As palavras são vãs aqui. Além disso, a alegria que brota do espírito de adoção é outra par-

te da bem-aventurança do crente. Não pode ser um homem infeliz aquele que pode clamar,

“Aba, Pai”. O Espírito de adoção é sempre observado pelo amor, alegria e paz, que são os

frutos do Espírito, porque nós não recebemos o espírito de escravidão novamente para

temer, mas temos recebido o espírito de liberdade e alegria em Cristo Jesus. “Meu Deus,

meu Pai”. Quão doce o som! Mas todos os homens de Deus não fruem disso, você diz. In-

felizmente, nós admitimos isso, mas também acrescentamos que isso é sua própria culpa.

É o direito e porção de cada crente o viver na certeza de que ele está reconciliado com

Deus, que Deus o ama, e que ele é filho de Deus, e se ele não vive assim, ele mesmo tem

a culpa; se há qualquer faminto à mesa de Deus, é porque o convidado limita a si mesmo,

pois a festa é superabundante. Se, no entanto, um homem vem, e oro para que todos vocês

possam vir, a viver habitualmente sob um sentimento de perdão por meio da aspersão do

sangue precioso, e em um deleitoso senso de perfeita reconciliação com o grande Deus,

ele é o possuidor de uma alegria indizível e cheia de glória! Mas, amados, isso não é tudo.

A alegria do Senhor no espírito nasce também de uma garantia de que todo o futuro, seja

ele qual for, é garantido pela bondade Divina. Sendo filhos de Deus, o amor de Deus em

relação a nós não é de caráter mutável, mas permanece e continua imutável. O crente sente

uma plena satisfação em entregar-se nas mãos de eterno e imutável amor.

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Por mais que eu possa ser feliz hoje, se eu estou em dúvida quanto ao amanhã, há um ver-

me na raiz da minha paz. Embora o passado seja agora doce em retrospecto, e o presente

formoso em prazer, no entanto, se o futuro é sombrio com temor, a minha alegria é apenas

superficial. Se a minha salvação ainda é uma questão de risco e perigo, a alegria sem mis-

tura não é minha, e a paz profunda ainda está fora do meu alcance, mas quando sei que

Aquele em quem tenho descansado tem poder e graça suficientes para completar aquilo

que Ele começou em mim, e para mim; quando eu vejo a obra de Cristo não ser meia-Re-

denção, mas uma completa e eterna salvação; quando eu percebo que as promessas são

estabelecidos sobre uma base imutável, e são sim e amém em Cristo Jesus, ratificadas pe-

lo juramento e seladas pelo sangue, então a minha alma tem contentamento perfeito! É ver-

dade, que olhando para a frente podem ser vistas longas avenidas de tribulação, mas a

glória está no final delas. Batalhas podem ser previstas, e ai do homem que não as espera,

mas o olho da fé percebe a coroa da vitória. Águas profundas são mapeadas sobre a nossa

jornada, mas a fé pode ver Jeová vadeando esses rios conosco, e ela antecipa o dia em

que subirá das margens do litoral, e entrará no descanso de Jeová; quando recebemos es-

sas verdades inestimáveis de Deus em nossas almas, somos satisfeitos com o favor e ple-

nos com a bondade do Senhor. Há uma teologia que nega aos crentes esta consolação;

não entraremos em controvérsia com ela, mas tristemente avisamos que um castigo pesado

pelos erros do sistema doutrinário reside na perda do consolo que a verdade teria trazido à

alma. De minha parte, eu valorizo o Evangelho não só por a- quilo que ele fez por mim no

passado, mas pelas garantias que ele me oferece da salvação eterna. “E dou-lhes a vida

eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão” [João 10:28].

Agora, amados, eu ainda não os conduzi para o interior das grandes profundezas da ale-

gria, embora aqueles ribeiros não sejam certamente, de maneira nenhuma, superficiais; há

um poço de deleite para cada Cristão, quando ele entra em comunhão real com Deus. Falei

da verdade que Deus nos ama e do fato de que estamos ligados a Ele por laços mui próxi-

mos e queridos, mas, quando estas doutrinas tornam-se experiências, então somos, de

fato, ungidos com o óleo de alegria! Assim, entramos no amor de Deus, e este adentra em

nós, quando andamos com Deus habitualmente, então a nossa alegria é como o Jordão na

época da colheita, quando transborda em todas as suas ribanceiras. Você conhece o que

significa andar com Deus, a alegria de Enoque; sentar-se aos pés de Jesus, a alegria de

Maria; inclinar a cabeça sobre o seio de Jesus, a alegria familiar de João? Ah, sim, a comu-

nhão com o Senhor não é uma mera conversa para alguns de nós; nós a temos conhecido

na câmara da aflição; a conhecemos na solidão de muitas noites de descanso interrompido,

nós a conhecemos sob desânimos, e sob tristezas e difamações, e todos os tipos de males,

e nós consideramos que um pequeno cálice de comunhão com Cristo é suficiente para

adoçar um oceano cheio de tribulação! Só de saber que Ele está perto de nós, e ver o brilho

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de Seus queridos olhos, transformaria até mesmo o Inferno, ele próprio, em Céu, se fosse

possível para nós desfrutarmos de Sua Presença ali! Infelizmente, vocês não conhecem e

não podem conhecer esta felicidade, vocês que bebem suas taças espumantes. Ouvindo o

som de instrumentos de cordas, vocês não sabem o que essa bem-aventurança significa;

vocês não têm sonhado com isso, nem poderiam entender, embora um homem a mostrasse

a vocês.

Como o animal no pasto não conhece os pensamentos de longo alcance daquele que lê as

estrelas, e as linhas do firmamento, assim também o homem carnal faz tanto como um

palpite de quais sejam as alegrias que Deus tem preparado para aqueles que O amam, as

quais a qualquer dia e todos os dias, quando nossos corações as buscam, Ele nos revela

por Seu Espírito! Esta é “A alegria do Senhor”: comunhão com o Pai e com Seu Filho Jesus

Cristo. Amados, se nós chegamos a este ponto, devemos nos esforçar para manter nossa

firmeza, pois nosso Senhor nos diz: “Permanecei em Mim”, o hábito da comunhão é a vida

de felicidade!

Outra forma de “alegria do Senhor” nos visitará praticamente todos os dias na honra de

sermos autorizados a servi-lO. É uma alegria no valor de mundos o ser autorizado a fazer

o bem, ensinar uma criancinha as suas letras, pois Cristo dará a um coração verdadeiro

alguma prova da alegria do Senhor, se isto for feito conscientemente somente por causa

do Senhor; o suportar a porção daqueles para quem nada está preparado, visitar os do-

entes, consolar o enlutado, ajudar os pobres, instruir os ignorantes, qualquer e todas essas

obras Cristãs, se feitas em nome de Jesus, irão, na sua medida, nos dispor na alegria de

Jeová! E felizes somos, irmãos e irmãs, se nós, quando não pudermos trabalhar, somos

capazes de ainda repousar e sofrer, pois consentimento passivo é outro tubo de prata, atra-

vés do qual “a alegria do Senhor” virá para nós! É doce sofrer sob a vara de Deus, e sentir

que se Deus nos teria feito sofrer, é a felicidade fazê-lo assim; voltar a cair com a fraqueza

da natureza, mas ao mesmo tempo com a força da graça, e dizer: “seja feita a Tua vontade”.

É uma alegria, quando entre pedras de moinho esmagados como uma azeitona, nada é

produzido, senão o óleo da gratidão; quando feridos sob o mangual da tribulação, ainda

nada se perde, senão o joio, e rende-se a Deus o precioso grão da inteira submissão! Ora,

isso é um pequeno Céu sobre a terra! Gloriar-se nas tribulações, também, este é um alto

grau da subida em direção à semelhança de nosso Senhor. Talvez as comunhões habituais

que temos com o nosso Amado, embora extremamente preciosas, nunca serão iguais

àquelas que nós fruímos quando temos de romper espinhos e abrolhos para estar nEle.

Quando nós O seguimos para o deserto, então nós sentimos o amor de nossas núpcias se-

rem duplamente doce; é algo jubiloso quando no meio de circunstâncias tristes, nós ainda

sentimos que não podemos lamentar, porque o Noivo está conosco; bem-aventurado é o

homem que na mais terrível tempestade não é conduzido à parte de seu Deus, mas ainda

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cavalga sobre a crista das elevadas ondas mais próximas do Céu! Tal felicidade é a porção

Cristã; eu não digo que cada Cristão a possui, mas tenho certeza de que todo Cristão deve-

ria possui-la.

Há uma estrada para o Céu, e tudo nela está seguro, mas no meio do caminho há um cami-

nho especial, um caminho interior, e todos os que andam nele são felizes, bem como segu-

ros. Muitos professos estão apenas dentro do recanto; eles andam na vala ao lado da estra-

da, e porque eles estão seguros ali, se contentam em suportar todos os inconvenientes de

sua caminhada. Mas aquele que toma a coroa da Estrada elevada, e anda no centro do ca-

minho que Deus pavimentou, encontrará que não haverá leão ali, nem qualquer animal fe-

roz sobe, pois ali o próprio Senhor será seu Companheiro, e manifestará a Si mesmo a ele.

Vocês Cristãos superficiais que apenas creem em Cristo, e malmente isso; cujas Bíblias

não são lidas; cujos quartos de oração não são frequentados; cuja comunhão com Deus é

uma coisa de espasmos, vocês não têm a alegria do Senhor, nem são fortes. Rogo-vos,

não descansem como vocês estão, mas façam com que a sua fraqueza consciente os pro-

voque a procurar os meios de força, e que os meios de força possam ser encontrados em

um remédio agradável, doce, uma vez que é proveitoso: o delicioso e eficaz remédio da

“alegria do Senhor”.

II. Mas o tempo me desapontaria ao prolongar-me sobre este mui frutífero assunto, e nós

devemos voltar para o nosso segundo ponto, o qual é: ESSA ALEGRIA É UMA FONTE DE

GRANDE FORÇA. Muito rapidamente permita-nos considerar esse pensamento; isto é as-

sim porque essa alegria surge de considerações que sempre fortalecem a alma. Muito da

profundidade de nossa piedade dependerá dessa nossa reflexão; muitas pessoas, depois

de terem recebido uma doutrina, guardam-na em uma prateleira, pois eles são ortodoxos,

eles receberam a verdade de Deus, e eles se contentam em manter essa verdade na mão

como estoque morto. Senhores, em que consideração pode ser isso para você: guardar os

seus celeiros de trigo, se você nunca mói o trigo para o pão, ou o semeia nos sulcos dos

seus campos? O Cristão feliz é aquele usa as doutrinas do Evangelho como alimento

espiritual como elas foram feitas para ser usadas! Ora, alguns homens podem muito bem

ter um credo heterodoxo como um alguém ortodoxo, por toda a diferença que isso faz para

eles; tendo a noção de que eles conhecem, e imaginando que conhecer é suficiente, eles

não consideram, contemplam, ou estimam as verdades que professam crer, e, consequen-

temente, eles não derivam nenhum benefício a partir delas. Agora, contemplar as grandes

verdades da eleição Divina, do amor eterno, das promessas do Pacto, da justificação pela

fé, através do sangue de Cristo, e da habitação e permanência perpétua do Espírito Santo

em Seu povo; voltar-se sobre estas coisas é extrair alegria delas, e isso também é forta-

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lecimento para o espírito! Prensar as uvas celestiais por meio da meditação, e fazer fluir

adiante o vinho tinto em torrentes é tanto um exercício de fortalecimento, quanto é emocio-

nante. A alegria vem das mesmas verdades que sustentam a nossa força, e vem pelo

processo de meditação.

Novamente, “a alegria do Senhor” dentro de nós é sempre o sinal e símbolo de uma vida

espiritual forte. A vivacidade santa prenuncia vigor espiritual. Eu disse que aquele que tinha

alegria espiritual a obteve pela comunhão com Deus e comunhão com Deus é a mais certa

propulsão de força. Você não pode estar com um Deus forte sem obter força paras si mes-

mo, pois Deus é sempre um Deus transformador! Contemplando e olhando para Ele, a

nossa semelhança muda até que nos tornemos em nossa medida como nosso Deus. O

calor do sul da França, o qual muitas vezes você tanto ouve, não brota de suaves ventos

amenos, mas a partir do sol; ao pôr do sol a temperatura cai. Você deve estar em um lado

da rua, na Itália, e pensa ser Maio; atravessa a rua para a sombra, e é frio como Janeiro. O

sol faz isso tudo. Um homem que caminha na luz solar da face de Deus, por essa mesma

razão é aquecido e forte; a luz do sol da alegria normalmente anda com o calor da vida

espiritual.

À medida que a luz da alegria varia, o mesmo acontece com o calor da santa força, aquele

que habita na Luz de Deus é ao mesmo tempo feliz e forte, e aquele que vai para a sombra,

e perde a alegria do Senhor, torna-se, ao mesmo tempo, fraco; e assim a alegria do Senhor

se torna a nossa força, como sendo um indicador da sua subida ou descida. Quando uma

alma é muito vigorosa e ativa, é como a torrente que corre ao lado da montanha, que

menospreza no inverno o reconhecimento das contenções de geada; em poucas horas as

poças e riachos que se deslocam lentamente são acorrentados no gelo. Mas a suprema

nevasca deve trazer adiante toda a sua força antes que possa algemar a apressada

torrente; assim quando uma alma corre com a força sagrada da fé, é difícil congelá-la na

miséria, seu vigor assegura a sua alegria!

Além disso, o homem que possui “a alegria do Senhor”, encontra sua força em outro aspec-

to, que ela o fortalece contra a tentação. O que há ali pelo que ele possa ser tentado? Ele

já tem mais do que o mundo pode oferecer como uma recompensa por traição, ele já é rico,

quem o enganará com o prêmio da injustiça? Ele já está satisfeito; quem é aquele que pode

seduzi-lo com iscas agradáveis? “Um homem como eu fugiria?” [Neemias 6:11]. O Cristão

jubiloso é igualmente seguro contra a perseguição; eles podem muito bem suportar serem

ridicularizados em ganhar tal avaliação como as que eles ganham. “Você pode zombar”,

ele diz, “mas eu sei que a verdadeira religião está dentro de minha alma, e seu escárnio

não me fará abandonar a pérola de grande valor”. Tal homem é feito também forte para su-

portar a aflição, pois todos os sofrimentos colocados sobre ele são apenas poucas gotas

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de amargura lançadas na sua taça de felicidade para dar um tom mais profundo para a

doçura que delas absorve! Tal homem se torna forte para o serviço, também, o que não

pode fazer aquele que é feliz no seu Deus? Por seu Deus, ele salta sobre uma muralha, ou

se rompe por entre tropa! Ele é forte, também, para qualquer tipo de autossacrifício. Para

Deus que tudo lhe dá, e continua a ser para ele como sua porção perpétua, tal homem en-

trega tudo o que ele tem, e não pensa em nenhuma rendição, está apenas, armazenando

o seu tesouro em sua própria casa do tesouro particular, no próprio Deus da sua Salvação!

Um homem alegre, como eu tenho agora em minha mente, é para todos os efeitos, um

homem forte, ele é forte em uma forma calma e repousante; aconteça o que acontecer, ele

não é irritado ou perturbado, ele não tem medo de más notícias, o seu coração está firme,

confiando no Senhor.

O homem irritado é sempre fraco; ele está com pressa, e faz as coisas mal feitas. O homem

cheio de alegria interior é tranquilo, ele espera o momento apropriado e se inclina na pleni-

tude de sua força. Tal homem, embora ele seja humilde, é firme e inabalável, ele não se

deixa levar por todo o vento, ou se curva pela brisa, ele conhece o que ele sabe, e man-

tém o que ele tem, e a âncora de ouro da sua esperança adentra no interior do véu, e o

prende rápido; sua força não é pretensiosa, mas real. A felicidade resultante da comunhão

com Deus não gera nele nenhuma ostentação; ele não fala do que ele pode fazer, ele o faz!

Ele não diz o que ele poderia suportar, mas ele suporta tudo o que ocorre, ele nem sempre

sabe o que ele pode fazer, sua fraqueza é mais evidente a ele mesmo por causa da força

que o Espírito Santo coloca sobre ele. Mas quando chega o momento, a sua fraqueza

apenas ilustra o poder Divino, enquanto o homem prossegue calmamente conquistando e

para conquistar. Sua luz interior o torna independente do sol exterior; seus celeiros secretos

o tornam independente da colheita externa; suas fontes internas o colocam para além do

pavor de que o ribeiro de Querite possa secar. Ele é independente dos homens e dos anjos,

e destemido de demônios; todas as criaturas podem se voltar contra ele, se quiserem, mas

uma vez que Deus é a sua grande alegria, ele não sentirá a falta do seu amor ou lamentará

seu ódio! Ele permanece aonde os outros caem, ele canta aonde os outros choram, ele

vence onde os outros fogem, ele glorifica a Deus aonde os outros trazem desonra sobre si

mesmos e sobre o nome sagrado. Deus nos conceda a alegria interior que surge da força

real, e é tão ligada a ela a ponto de ser, em parte, a sua causa.

III. Mas agora tenho que apressar-me em observar, em terceiro lugar, que ESSA FORÇA

LEVA A RESULTADOS PRÁTICOS. Tenho certeza de que terei sua sincera atenção para

isso, porque em muitos de vocês eu tenho visto o resultado que segue ao que falo agora.

Eu não bajularia ninguém, mas meu coração foi cheio de ação de graças ao Deus de toda

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graça quando eu vi muitos de vocês regozijando-se no Senhor em circunstâncias dolorosas,

e produzindo os frutos de uma força graciosa.

Voltem-se, então para o nosso segundo texto, e ali observarão alguns dos frutos de santa

alegria e força piedosa. Primeiro, isso leva a um grande louvor: “Os cantores cantaram em

voz alta”, a sua cantoria foi calorosa e entusiasmada; o canto sagrado não é uma questão

menor. O singular George Herbert disse:

“Louvar é o fim da pregação.”

Ele poderia ter ido além, e ter dito: louvar é o fim da oração? Afinal, a pregação e a oração

não são os fins principais do homem, mas sim a glorificação de Deus, da qual o louvor a

Deus em alta voz é uma forma. Pregar é a semeadura, a oração é a rega, mas o louvor é

a colheita. Deus visa a Sua própria glória, assim, deveríamos nós, e: “Aquele que oferece

o sacrifício de louvor me glorificará” [Salmos 50:23]. Sejam diligentes, então, em cantar os

Seus louvores com entendimento. Nós temos afastado harpas e trombetas e órgãos; vamos

pensar que nós realmente nos elevamos acima da necessidade deles. Acho que fazemos

bem em dispensar estas ajuda da típica dispensação, pois eles são todos inferiores, até

mesmo na música, à voz humana; certamente não há nenhuma melodia ou harmonia, como

aquelas criadas por línguas vivas. Mas pensemos que nós não afastamos um átomo da

alegria! Vamos ser felizes quando na congregação nos unimos em salmodia. É uma coisa

lamentável ouvir os louvores de Deus proferidos profissionalmente, como se a mera música

fosse tudo; é horrível ter uma dúzia de pessoas no banco da mesa cantando por vocês, co-

mo se fossem procuradores de todo o conjunto! É chocante para mim estar presente em

lugares de culto onde nem um décimo das pessoas nunca se aventuram a cantar absoluta-

mente, e estes o fazem através de seus dentes tão suavemente, que alguém teria neces-

sidade de ter um microscópio inventado para os ouvidos para capacitá-lo para ouvir o esfor-

ço moribundo! Fora com tal balbucio e assassinato de louvores a Deus! Se os corações dos

homens fossem alegres e fortes, eles desprezariam tal adoração miserável!

Nesta casa todos nós tentamos cantar, mas nós não poderíamos fazer mais serviços de

louvor? Temos tido uma reunião de louvor de vez em quando; não deveríamos fazer uma

reunião louvor toda semana? A reunião de oração não deveria ser mais do que nunca

animada por louvor? O canto do povo de Deus deve ser, e se eles fossem mais cheios da

força divina seria, mais constante e universal. Como pecadores cantam o louvor de Baco

nas ruas! Vocês dificilmente podem descansar no meio da noite, sem que sons indecorosos

os assustassem. Porventura os devotos do vinho cantam tão vigorosamente, e ficaremos

em silêncio? Nós não somos muitas vezes culpados de perturbar o mundo com a nossa

música; os dias em que o zelo Cristão interferiu com o ímpio parece ter passado; nós temos

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nos estabelecido em mais ordens, e eu temo que também em mais tibieza. Oh, pelo grito

do velho Metodista! Irmãos e irmãs, acordem seu cantar novamente! Que o Senhor nos dê

novamente um tempo de canto, e faça com que todos nós O louvemos com o coração e

com a voz; até mesmo os adversários dirão: “O Senhor fez grandes coisas por eles”. E va-

mos responder: “Sim, você fala a verdade, Ele fez grandes coisas por nós, pelas quais nós

estamos alegres”. Talvez não tem havido tão grande a bênção sobre as Igrejas da Inglater-

ra, porque elas não têm prestado devidas ações de graças. Em todo o tempo em que

estamos em apuros somos ansiosos e orantes; quando um príncipe está doente, boletins

são emitidos a cada hora ou quase isso, mas ah, quando a misericórdia vem, poucos bole-

tins são anunciados convidando-nos para bendizer e louvar o nome de Deus por Suas mise-

ricórdias! Louvemos ao Senhor desde o nascer até ao pôr-do-sol, porque grande é o Se-

nhor, e Ele é mui digno de ser louvado!

O próximo resultado é grande sacrifício. “E ofereceram, no mesmo dia, grandes sacrifícios

e se alegraram”. Que dia é aquele em que a Igreja de Deus atualmente faz grandes sacri-

fícios? Eu não vi isso no calendário recentemente. E, infelizmente, se os homens fa-zem

qualquer sacrifício, eles muitas vezes o fazem de um modo que indica que eles escapariam

da inflexão se pudessem! Poucos fazem grandes sacrifícios e se alegram, você pode con-

vencer um homem a dar uma soma considerável; um grande número de argumentos, final-

mente o vencem, e ele faz isso é porque ele teria tido vergonha de não fazê-lo, mas em seu

coração ele desejava que você não tivesse vindo neste caminho, e tivesse ido para algum

outro doador. Esse é o presente mais agradável a Deus, o que é dado alegremente; é bom

sentir que qualquer que seja o bem que você possa presentear a Igreja, ou o pobre, ou o

doente, isto é como que o dobro de benefício para você que o dá. É bom dar, porque você

ama dar, como a flor que derrama o seu perfume, porque nunca sonhou em fazer de outra

forma; ou como o pássaro que treme com a canção, porque é um pássaro, e encontra um

prazer em suas notas; ou como o sol que brilha, não pela força, senão porque, sendo um

dom, ele deve brilhar, ou como as ondas do mar, que refletem o brilho do sol, porque é a

sua natureza refletir, e não acumular a luz! Oh, ter tal graça em nossos corações para que

fizéssemos sacrifícios jubilosos ao nosso Deus! Que o Senhor conceda que possamos ter

muito desta, pois trazer as primícias à casa do tesouro é o caminho para a bênção. Como

diz a Escritura: “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na

minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos

abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar

suficiente para a recolherdes”.

Após isso, há a certeza de seguir outras expressões de alegria. Eles “se alegraram; porque

Deus os alegrara com grande alegria”. Eles não se limitaram a cantar e sacrificar; quando

as rodas da máquina são bem oleadas, toda a máquina prossegue facilmente, e quando o

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homem tem o óleo da alegria, então, no seu negócio, e em sua família as rodas de sua na-

tureza deslizam suave e harmoniosamente, porque ele é um homem satisfeito e feliz. Há

alguns professos que imaginam que a tristeza do Senhor deve ser a sua força, pois eles se

gloriam no espírito de escravidão, e em uma experiência descrente; tendo grande familia-

ridade com a corrupção de seus corações, por vezes, de um caráter demasiado prático.

Eles fazem as deformidades dos santos serem seus lugares de beleza e os seus defeitos

serem suas evidências. Tais homens denunciam todos os que se alegram no Senhor, e

somente toleram o incrédulo. A força deles reside em serem capazes de levá-los através

de todas as catacumbas da escuridão da natureza, e mostrar-lhes a podridão de seus cora-

ções malignos. Bem, tal força como esta, deixem-na ter os que quiserem, mas nós estamos

persuadidos de que nosso texto está mais próximo da sabedoria: “A alegria do Senhor é a

vossa força”. Embora nós conheçamos algo de nossa corrupção, e a lamentamos, embora

saibamos algo sobre os problemas do mundo, e às vezes lamentamos enquanto os carre-

gamos, ainda assim, há uma alegria na obra perfeita de Cristo, e uma alegria em nossa

união com Ele que nos eleva muito acima de todas as outras considerações! Deus vem

para nós com tal força, que não podemos deixar de mostrar a nossa alegria em nossa vida

comum.

Mas, depois, o texto nos diz que a santa alegria conduz à felicidade da família. “E até as

mulheres e os meninos se alegraram”. É assim nesta Igreja. Eu recentemente tenho visto

várias crianças de famílias que Deus tem abençoado, e eu tenho me regozijado ao ver que

o pai e a mãe conhecem o Senhor, e que mesmo o último da família foi levado a Jesus. Ó

famílias felizes, onde a alegria não se limita a um, mas onde todos participam da mesma!

Eu não gosto muito daquele Cristianismo que faz um homem sentir: “Se eu for para o Céu,

isto é tudo o que me importa”. Ora, você é como um fogão alemão, que eu encontrei no

quarto de um hotel em outro dia, uma espécie de fogão que exigiu toda a madeira que eles

poderiam trazer apenas para aquecer-se, em seguida, todo o calor subiu pela chaminé.

Sentamos em torno dele para aquecer-nos, porém escassa e rara partícula de calor saiu

dele para nós. Muitos precisam de toda a religião que possam obter para alegrar os seus

próprios corações, e suas pobres famílias e vizinhos sentam-se tremendo no frio da impie-

dade. Sejam como aqueles fogões bem construídos de nossas próprias casas, que propa-

gam todo o calor na sala; propaguem o calor da piedade em sua casa, e façam com que

todos os vizinhos participem da bênção, pois assim o texto termina: “a alegria de Jerusalém

se ouviu até de longe”. A alegria do Senhor deve ser observada em toda a vizinhança, e

muitos que de outro modo poderiam ter sido descuidados da religião verdadeira, então,

perguntarão: “O que faz essas pessoas felizes, e gera tais famílias felizes?”. Sua alegria

será, assim, missionária de Deus!

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IV. E agora eu tenho que concluir. ESTA ALEGRIA, ESTA FORÇA, ESTÃO AMBAS A NOS-

SO ALCANCE! “Porque Deus os alegrara com grande alegria”. Somente Deus pode nos

dar essa grande alegria! Então, ela está ao alcance de qualquer um, pois Deus pode dar a

um, bem como a outro; se ela dependesse de nossas boas obras ou de nossas habilidades

naturais, alguns de nós jamais poderiam alcançá-la, mas, se Deus é a fonte e o doador

dela, Ele pode dar para mim, assim como a você, meu irmão, minha irmã, e para vocês,

assim como para os outros.

Qual foi a maneira pela qual Deus deu essa alegria? Bem, primeiro, Ele a deu a essas pes-

soas através de sua condição de ouvintes atentos. Eles não eram apenas ouvintes, mas

eles ouviram com os seus ouvidos, seus ouvidos estavam na Palavra, que foi lida para eles;

e sugaram-na, recebendo-a em suas almas. Um ouvinte atento está no caminho para ser

um receptor da alegria! Tendo-a ouvido, eles sentiram o poder dela, e eles choraram. Será

que isso parece o caminho para a alegria? Isto deveria acontecer! Eles receberam as ame-

aças da Lei com todos os seus terrores em suas almas, eles deram-se para que o martelo

da Palavra os quebrasse em pedaços; eles se submeteram à Palavra de reprovação. Oh,

que Deus incline todos a fazerem o mesmo, pois essa, mais uma vez, é a maneira pela qual

Deus concede alegria! A Palavra é ouvida, a Palavra é sentida; então depois disso, quando

eles sentiram o poder da Palavra, vemos que eles adoraram a Deus devotamente. Eles cur-

varam a cabeça, suas posturas indicaram o que eles sentiam interiormente; adoradores

com corações penitentes realmente adoram a Deus; eles nunca reclamarão de Sabaths

cansativos. Adoração nos auxilia na alegria; aqueles que podem se curvar baixo o suficiente

diante do trono, serão elevados tão alto diante deste trono quanto o seu coração possa

anelar! Lemos, também, que esses ouvintes e adoradores compreenderam claramente o

que ouviram. Nunca estejam contentes em ouvir um sermão a menos que vocês possam

compreendê-lo, e se há uma verdade que está sobre vocês; esforcem-se por ela, lutem pa-

ra conhecê-la; leitor da Bíblia, não se contente em ir através das palavras do capítulo. Ore

ao Espírito Santo para que lhe diga o significado, e use os meios apropriados para descobrir

qual o significado! Pergunte a quem conhece, e use seu próprio julgamento esclarecido

para desvelar o sentido. Quando é que vamos ter acabado com o formalismo da adoração,

e entrarmos em adoração viva? Às vezes, por todo o verdadeiro cantar que há aqui, a

música poderia muito bem ser em latim ou em grego. Ah, conhecer o que vocês estão can-

tando, saber o que vocês estão dizendo em oração, saber o que vocês estão lendo, obter

isso, chegar corretamente a isso, compreender isso, este é o caminho para a santa alegria.

E um outro ponto; aquelas pessoas, quando entenderam o que tinham ouvido devotamente,

estavam ansiosas para obedecer. Eles obedeceram, não só os pontos comuns da Lei em

que o antigo Israel havia decorado com exemplos, mas eles descobriram uma instituição

antiga, que havia sido enterrada e esquecida. O que foi aquilo para eles? Deus havia orde-

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nado a eles a celebração, e ao fazê-lo, esta alegria peculiar veio sobre eles. Oh, o momento

em que todos os crentes buscarão a Palavra de Deus; quando eles não se contentarão em

dizer: “Eu me juntei a certo corpo de Cristãos, e eles fazem isso, e por isso eu o faço”. Que

nenhum homem diga mais a si mesmo: “Tal é a regra de minha Igreja”, mas que possa,

cada um, dizer: “Eu sou servo de Deus, e não servo de homem; nem o servo de trinta e no-

ve artigos; do Livro de Oração, ou do Catecismo. Eu me firmo em meu próprio Mestre, e o

único Livro da Lei que reconheço é o Livro de Sua Palavra, inspirada pelo Seu Espírito”.

Oh, bendito dia, quando cada homem dirá: “Eu quero saber se eu estou errado; eu desejo

saber o que estou fazendo; estou ansioso para seguir o Senhor plenamente”. Bem, então,

se a sua alegria em Deus o conduz à obediência prática, você pode estar certo de que isso

o tornou forte da melhor maneira.

Amados irmãos e irmãs, tivemos, antes de que eu fosse embora para o descanso neces-

sário, um verdadeiro espírito de oração entre nós. Eu parti para o continente alegremente,

porque eu deixei com vocês os nomes de cerca de 80 pessoas sugeridas para a membresia

da Igreja. Meus amados oficiantes, com grande diligência, visitaram estes e outros, e no

próximo Dia do Senhor esperamos receber mais de uma centena, talvez uns 120 novos

membros na Igreja. Bendito seja Deus por isso! Eu não sentiria ser fácil partir, se vocês es-

tivessem em um estado estéril, frio, morto; mas havia um fogo real em chamas no altar de

Deus e as almas estavam sendo salvas! Agora eu desejo que este zelo gracioso continue

a ser renovado; este não se foi na minha ausência, eu creio, mas eu anelo que agora uma

nova explosão do Espírito de Deus sopre a chama mui veemente. Vamos nos reunir ama-

nhã para a oração, e faça com que a oração seja muito diligente! E permitam que esses lu-

tadores quem têm sido movidos por súplica agonizante; renovem o ardor e fervor de seus

desejos, e que possamos ser um povo forte e, consequentemente, um povo alegre na força

e alegria do Senhor! Que os pecadores em grande número olhem para Jesus e sejam

salvos! Amém e amém.

Porção da Escritura lida antes do Sermão: Neemias 8.

ORE PARA QUE O ESPÍRITO SANTO use este sermão para trazer muitos

Ao conhecimento salvador de JESUS CRISTO.

Sola Scriptura!

Sola Gratia!

Sola Fide!

Solus Christus!

Soli Deo Gloria!

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10 Sermões — R. M. M’Cheyne

Adoração — A. W. Pink

Agonia de Cristo — J. Edwards

Batismo, O — John Gill

Batismo de Crentes por Imersão, Um Distintivo

Neotestamentário e Batista — William R. Downing

Bênçãos do Pacto — C. H. Spurgeon

Biografia de A. W. Pink, Uma — Erroll Hulse

Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a

Doutrina da Eleição

Cessacionismo, Provando que os Dons Carismáticos

Cessaram — Peter Masters

Como Saber se Sou um Eleito? ou A Percepção da

Eleição — A. W. Pink

Como Ser uma Mulher de Deus? — Paul Washer

Como Toda a Doutrina da Predestinação é corrompida

pelos Arminianos — J. Owen

Confissão de Fé Batista de 1689

Conversão — John Gill

Cristo É Tudo Em Todos — Jeremiah Burroughs

Cristo, Totalmente Desejável — John Flavel

Defesa do Calvinismo, Uma — C. H. Spurgeon

Deus Salva Quem Ele Quer! — J. Edwards

Discipulado no T empo dos Puritanos, O — W. Bevins

Doutrina da Eleição, A — A. W. Pink

Eleição & Vocação — R. M. M’Cheyne

Eleição Particular — C. H. Spurgeon

Especial Origem da Instituição da Igreja Evangélica, A —

J. Owen

Evangelismo Moderno — A. W. Pink

Excelência de Cristo, A — J. Edwards

Gloriosa Predestinação, A — C. H. Spurgeon

Guia Para a Oração Fervorosa, Um — A. W. Pink

Igrejas do Novo Testamento — A. W. Pink

In Memoriam, a Canção dos Suspiros — Susannah

Spurgeon

Incomparável Excelência e Santidade de Deus, A —

Jeremiah Burroughs

Infinita Sabedoria de Deus Demonstrada na Salvação

dos Pecadores, A — A. W. Pink

Jesus! – C. H. Spurgeon

Justificação, Propiciação e Declaração — C. H. Spurgeon

Livre Graça, A — C. H. Spurgeon

Marcas de Uma Verdadeira Conversão — G. Whitefield

Mito do Livre-Arbítrio, O — Walter J. Chantry

Natureza da Igreja Evangélica, A — John Gill

OUTRAS LEITURAS QUE RECOMENDAMOS Baixe estes e outros e-books gratuitamente no site oEstandarteDeCristo.com.

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Natureza e a Necessidade da Nova Criatura, Sobre a —

John Flavel

Necessário Vos é Nascer de Novo — Thomas Boston

Necessidade de Decidir-se Pela Verdade, A — C. H.

Spurgeon

Objeções à Soberania de Deus Respondidas — A. W.

Pink

Oração — Thomas Watson

Pacto da Graça, O — Mike Renihan

Paixão de Cristo, A — Thomas Adams

Pecadores nas Mãos de Um Deus Irado — J. Edwards

Pecaminosidade do Homem em Seu Estado Natural —

Thomas Boston

Plenitude do Mediador, A — John Gill

Porção do Ímpios, A — J. Edwards

Pregação Chocante — Paul Washer

Prerrogativa Real, A — C. H. Spurgeon

Queda, a Depravação Total do Homem em seu Estado

Natural..., A, Edição Comemorativa de Nº 200

Quem Deve Ser Batizado? — C. H. Spurgeon

Quem São Os Eleitos? — C. H. Spurgeon

Reformação Pessoal & na Oração Secreta — R. M.

M'Cheyne

Regeneração ou Decisionismo? — Paul Washer

Salvação Pertence Ao Senhor, A — C. H. Spurgeon

Sangue, O — C. H. Spurgeon

Semper Idem — Thomas Adams

Sermões de Páscoa — Adams, Pink, Spurgeon, Gill,

Owen e Charnock

Sermões Graciosos (15 Sermões sobre a Graça de

Deus) — C. H. Spurgeon

Soberania da Deus na Salvação dos Homens, A — J.

Edwards

Sobre a Nossa Conversão a Deus e Como Essa Doutrina

é Totalmente Corrompida Pelos Arminianos — J. Owen

Somente as Igrejas Congregacionais se Adequam aos

Propósitos de Cristo na Instituição de Sua Igreja — J.

Owen

Supremacia e o Poder de Deus, A — A. W. Pink

Teologia Pactual e Dispensacionalismo — William R.

Downing

Tratado Sobre a Oração, Um — John Bunyan

Tratado Sobre o Amor de Deus, Um — Bernardo de

Claraval

Um Cordão de Pérolas Soltas, Uma Jornada Teológica

no Batismo de Crentes — Fred Malone

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2 Coríntios 4

1 Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos;

2 Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem

falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem,

na presença de Deus, pela manifestação da verdade. 3 Mas, se ainda o nosso evangelho está

encoberto, para os que se perdem está encoberto. 4 Nos quais o deus deste século cegou os

entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória

de Cristo, que é a imagem de Deus. 5 Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo

Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. 6 Porque Deus,

que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações,

para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. 7 Temos, porém,

este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. 8 Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.

9 Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos;

10 Trazendo sempre

por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus

se manifeste também nos nossos corpos; 11

E assim nós, que vivemos, estamos sempre

entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na

nossa carne mortal. 12

De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. 13

E temos

portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também,

por isso também falamos. 14

Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará

também por Jesus, e nos apresentará convosco. 15

Porque tudo isto é por amor de vós, para

que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de

Deus. 16

Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o

interior, contudo, se renova de dia em dia. 17

Porque a nossa leve e momentânea tribulação

produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; 18

Não atentando nós nas coisas

que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se

não veem são eternas.