tdtonline magazine ii/2013

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IIª edição da TDTOnline Magazine de 2013 cujo destaque vai para os resultados do Inquérito TDTOnline 2012. Também nesta edição: Anatomia Patológica Citológica e Tanatológica - Saiba mais!, Lúpus eritematoso sistémico e mais uma edição da série de entrevistas "O TDT lá fora" e outros.

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TDTOnline Magazine by tdtonline.org is licensed under a “Creative Commons: Atribuição-Uso Não-Comercial 2.5 Portugal License.”

Todos os artigos publicados na TDTOnline Magazine são da total e exclusiva responsabilidade dos seus respectivos autores.

Ficha Técnica: Responsável editorial: Bruno Glória

Design e Redacção: Henrique Pimenta

ISSN: 2182-1623

Colaboradores desta edição: Marlene Brandão, Rafaela Amorim, João Maia, Ricardo Celestino, "zuppara" (membro fórum)

Sumário

3 EditorialPor: Equipa TDTOnline

4 O TDT lá foraRafaela Amorim

6 ComunidadeInquérito TDTOnline 2012

14 Sabia que...O que é o Saudados?

16 RevisãoLúpus eritematososistémico

20 ComunidadeAnatomia Patológica,Citológica e TanatológicaSaiba Mais!

28 Legislação Jan/Fev/Mar 2013

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Editorial

Publique os seus trabalhos na TDTOnline Magazine*

Envie os seus trabalhos para:

[email protected]*Nota: Todos os artigos publicados são certificados como tal.

Chegamos a 2013, e mais uma vez é um ano que se avi-zinha difícil, de restruturação e equilíbrio de contas pú-blicas. O desemprego agoniza ainda mais a vida aos por-tugueses e os Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica não são imunes à situação, pretende-se ainda ver resolvida a sua situação profissional e enquadramento definitivo da profissão, mas tarda em chegar e com isto os anos vão passando sem que se crie uma carreira com mais excelência.

Anunciamos nesta edição os resultados da segunda son-dagem realizada pelo TDTOnline, adicionamos algumas questões que não existiam na primeira sondagem, cor-rigimos algumas perguntas que pudessem suscitar dúvi-das ou criar equívocos e demos voz às pessoas comuns que nunca são ouvidas nem as suas queixas parecem chegar aos responsáveis pelos meios diretos. Na análise dos dados expostos, urge a necessidade de uma mudan-ça célere daquilo que é hoje a organização dos cursos, o congelar de vagas, aumento da fiscalização, o equilíbrio de regras entre sector público e privado. Sobretudo urge a necessidade de obter justiça.

A questão salarial que tanto os sindicatos parecem ad-vogar ou ainda a questão do título para a classe, podem ser importantes, mas não devem nem podem ser ele-mentos bloqueadores de negociações para alcançar ou-

tras medidas ainda mais importantes nos dias de hoje, como medidas que permitam fustigar o usurpador e dar lugar a quem realmente estudou, fustigar a instituição que forma sem método ou a instituição de saúde com um modelo fabril cujos riscos que corre são desconhe-cidos do grande público e, principalmente, os utentes.

Lançamos nesta edição o apelo aos responsáveis pelas negociações que se reúnam, cheguem a um consenso e afastem para já medidas que já sabem de antemão que não vão passar, sejam justos e tenham consciência da situação económica do país, mas não deixem escapar as medidas que não requerem fundos. O ministro da Saú-de, que aparenta ser aberto a negociações, já negociou com relativo sucesso tanto com médicos e enfermeiros, está na altura de negociar com os TDT.

A Equipa TDTOnline deseja que até ao final de 2013 pelo menos algumas das opiniões manifestadas em maioria através da sondagem realizada sejam alcançadas com sucesso. Seria com certeza um passo dado para o futuro que neste momento se avizinha negativo.

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O TDT lá foraEntrevista

Rafaela Amorim

Ortoprotesia Sydney, Austrália

Licenciada em Ortoprotesia

Entrevista realizada a 16/02/2013 e aprovada para publicação a 25/02/2013

A sétima entrevistada d’ “O TDT lá fora” resolveu dar uma volta de 180º na sua vida, indo trabalhar para os antípodas em relação ao nosso Portugal. O seu nome é Rafaela Amorim, é licenciada em Ortoprotesia pela Escola Superior de Saúde da Universidade do Algarve e trabalha na Austrália. Esta algarvia de 33 anos trocou a sua cidade natal, Faro, por Sydney, uma das cidades mais multiculturais do mundo. Apesar das diferenças culturais e climáticas, parece que foi para ficar. Conheçamos um pouco mais da sua história e do país que a acolheu.

Magazine: O que te levou e/ou moti-vou a sair de Portugal? Como se pro-porcionou essa saída?

Rafaela Amorim (R.A.): Não saí de Por-tugal por motivos profissionais, mas sim por motivos românticos. Já se passou um ano desde que comecei a tratar do meu visto de modo a poder vir para a Austrália e ainda vai levar mais dois até receber o meu visto definitivo. Durante algum tempo não tinha a certeza se o meu visto iria ser concedido, tanto que ainda tentei procurar emprego em ou-tros países. A minha vinda para a Aus-trália foi um processo demorado e fi-nanceiramente penoso.

Magazine: Tiveste oportunidade de tra-balhar em Ortoprotesia em Portugal?

R.A.: Bom, tive uma “espécie” de expe-

riência de trabalho um pouco insólita durante 5 meses.

Magazine: Sentes-te mais valorizada pelos teus colegas onde trabalhas ac-tualmente? Que opinião têm eles e a tua entidade empregadora acerca do teu nível de formação?

R.A.: Sim, sinto isso sem dúvida nenhu-ma; já tinha experimentado um am-biente semelhante durante o meu está-gio em Roma. Existe um grande espirito de equipa e uma grande abertura a ou-tras culturas, ninguém te vê como uma ameaça, e há sempre uma grande von-tade em ajudar. Mas aqui, como tudo na vida, nada é perfeito.

Quanto ao nível de formação, na Austrá-lia, infelizmente, não há nenhum termo que explique o significado de Licencia-tura, existe só o Bacharelato, por isso,

no fim o que teve mais peso na minha candidatura foi o facto de estar a fre-quentar um Mestrado da Universidade de Strathclyde.

Magazine: Foi difícil a adaptação a Sid-ney? Como trataste de pormenores im-portantes como casa, documentação, conta bancária, etc.?

R.A.: Sinceramente pensava que estava preparada para fazer esta mudança, mas enganei-me redondamente, a Austrália não é só um continente ou hemisfério diferente, é um Mundo diferente. Existe uma mistura muito grande de culturas, culturas a que eu ainda não tinha sido exposta. É completamente diferente da Europa e acho que ainda vai demorar até conseguir sentir-me completamen-

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te confortável. Quanto à documentação tudo é fácil desde que tenhas um visto.

Magazine: Que documentação foi ne-cessária e qual foi o processo para tra-tar da homologação do teu curso na Austrália?

R.A.: Na Austrália a nossa profissão não tem uma entidade reguladora, logo não foi necessário tratar do reconhecimen-to do curso de modo a poder trabalhar, mas quase todas as empresas pedem que sejas elegível para te registar na Associação de Ortoprotésicos da Aus-trália (The Australian Orthotic Prosthe-tic Association Inc.). Eu ainda não o fiz, pois entre os vários documentos neces-sários que pedem é o syllabus do curso e atualmente a Universidade do Algar-

ve não possui tal documento. Por isso estou a ganhar coragem para traduzir todos os programas das disciplinas do curso para Inglês.

Magazine: Podes estabelecer uma comparação entre a Ortoprotesia na Austrália e em Portugal?

R.A.: Na Austrália adotaram um método muito semelhante ao método America-no e Britânico, aqui existe uma diferen-ciação entre Ortoprotésicos (Orthotist, Prosthetist) e Técnicos. Os Ortopro-tésicos apenas veem pacientes, tiram moldes e retificam os moldes, enquan-to a manufaturação cabe aos Técnicos.

Podemos fazer palmilhas, mas a maior parte é feita por Podologistas, e a adap-tação das cadeiras de rodas é feita pelo Terapeuta Ocupacional.

Magazine: Tiveste já a oportunidade de prosseguir na tua formação no país que te acolheu ou tens intenções dis-so? Se sim, que tipo de formação e de que área?

R.A.: Estou de momento a frequentar um Mestrado (à distância) em Rehabili-tation Studies da Universidade de Stra-thclyde, na Escócia. Optei por fazer um mestrado à distância pois é financeira-mente mais viável do que fazê-lo aqui na Austrália.

Magazine: Tens alguma situação insóli-ta ou engraçada que te tenha aconteci-do nesta “aventura”?

R.A.: Acho que não tenho nenhuma situação muito engraçada, mas posso partilhar algumas diferenças que me fizeram alguma confusão quando cá cheguei. Por exemplo, aqui o verão vai desde Dezembro a Março, praticamen-

te todas as lojas fecham às 5 da tarde e o dinheiro (notas) é feito de plástico. Os automóveis usam a mão inglesa, ou seja, os australianos conduzem do lado esquerdo. Os cangurus, camelos e coe-lhos são considerados pestes. O nosso frango português picante (Portuguese Chicken) é famoso na Austrália, mas o sabor é muito diferente daquele que temos em Portugal, e existem cadeias de comida rápida de origem portuguesa como Oporto, Ogalo e Nando’s.

Magazine: Para terminar, quais são os teus planos futuros? Pretendes conti-nuar na Austrália ou a ideia é regressar a Portugal?

R.A.: Por motivos óbvios pretendo ficar pelas Austrálias e viver com os cangurus e os coalas. Portugal por enquanto, só para fazer férias.

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1.IntroduçãoMal terminamos a divulgação dos resul-tados do último inquérito do TDTOnli-ne, isto em 2010, lançamos logo mãos à obra no próximo inquérito, enquanto ainda estava fresco!

Esta 2ª edição do inquérito serve por um lado para corrigir e minimizar áreas ou perguntas que não respondiam efec-tivamente ao que pretendíamos estu-dar/avaliar mas por outro lado servem o objectivo principal que levou à sua elaboração, avaliar a situação dos Técni-cos de Diagnóstico e Terapêutica (TDT) em Portugal.

2.MetedologiaPopulação & Amostra

A população alvo deste inquérito são os estudantes, profissionais e aposentados das 18 áreas dos Técnicos de Diagnósti-co e Terapêutica.

A amostra, neste inquérito, é constituída pelo universo de utilizadores TDT regis-tados no TDTOnline, que responderam ao questionário (enviado por mass mail e publicado em alguns fóruns online). A amostra irá igualmente conter respos-tas de TDT que não estão registados no TDTOnline, como resultado do reenca-minhamento do questionário e divulga-ção do mesmo junto dos Parceiros do TDTOnline, escolas que ministram cur-sos na área das Tecnologias da Saúde, Associações Profissionais e Instituições de Saúde (hospitais, centros de saúde).

A amostra é composta por 1506 respos-tas.

Período de recolha

O estudo teve início em Março de 2012 e terminou em Novembro de 2012.

Instrumento de Medida

O questionário foi realizado online, uti-lizando para o efeito uma ferramenta gratuita, Google Docs ™.

Análise

O tratamento estatístico dos dados re-colhidos foi realizado com o auxílio do Excel e Google Docs ™ (para a criação dos gráficos).

3. ResultadosComparativamente aos últimos censos do TDTOnline, realizados em 2010, ve-rificamos uma diminuição de cerca de 45% das respostas, apesar de termos prolongado a duração do inquérito por forma a minimizar este impacto, a ver-dade é que obtivemos menos 1116 res-postas.

Caracterização dos in-quiridos

O sexo feminino continua a ser domi-nante nos TDT, sendo que 77% da amos-tra é do sexo feminino por oposição aos 23% dos inquiridos do sexo masculino.

82% da amostra tem menos de 30 anos,

sendo que destes 82%, 42% tem ida-des compreendidas entre os 18 e os 24 anos. Falamos por isso de um grupo dominante, os futuros profissionais de saúde e TDT e dos jovens à procura do seu primeiro trabalho e com as primei-ras experiências laborais.

O Top 5 de distritos são:

1º - Porto (22%)2º - Lisboa (19%)3º - Braga (8%)4º - Setúbal e Aveiro (7%)5º - Coimbra (6%)

Comunidade

Inquérito TDTOnline 2012

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O Top 5 dos cursos com maior representação nes-te inquérito são:

- Análises Clínicas e Saúde Pública (23%)- Cardiopneumologia (19%)- Radiologia (16%)- Farmácia (8%)- Audiologia (6%) e Terapia da Fala (6%) Actividade Profissional

65% dos inquiridos estão acti-vos profissionalmente contra os 15% dos inquiridos que estão no desemprego. Tal como os

Inquérito TDTOnline 2012

Inquérito TDTOnline 2012

3% dos inquiridos que estão a trabalhar fora do território nacional. Apenas 20% da amostra está activa como estudante.

Currículo Académico

A licenciatura continua a ser a formação académica de maior representatividade nos TDT, com 64%. Apenas 7% dos in-quiridos possui mestrado.

51% dos inquiridos tirou ou está a tirar um curso TDT que corresponde à sua 1ª

opção seguidos de 28% dos inquiridos que está a tirar ou tirou um curso TDT de 2ª op-ção.

O Top 5 de instituições de en-sino dos TDT são:

Escola Superior de Tecnolo-gias da Saúde do Porto (22%)

Escola Superior de Tecnolo-gias da Saúde de Coimbra (16%)

Escola Superior de Tecnolo-gias de Saúde de Lisboa (13%)

Escola Superior de Saúde do Vale do Ave e Escola Superior de Saúde Egas Moniz (6%)

O Top 5 de instituições de en-sino público dos TDT são:

Instituto Politécnico do Porto - Escola Su-perior de Tecnologia da Saúde do Porto (22%)

Instituto Politécnico de Coimbra - Escola Superior de Tecnolo-gia da Saúde de Coim-bra (16%)

Instituto Politécnico de Lisboa - Escola Su-perior de Tecnologia

da Saúde de Lisboa (13%)

Universidade de Lisboa - Faculdade de Medicina Dentária (4%)

Instituto Politécnico de Castelo Branco - Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias (3%)

O Top 5 de instituições de ensino priva-do dos TDT são:

Escola Superior de Saúde Egas Moniz (6%)

CESPU-Instituto Politécnico de Saúde do Norte - Escola Superior de Saúde do Vale do Ave (6%)

Instituto Superior de Saúde do Alto Ave (4%)

Escola Superior de Saúde da Cruz Ver-melha Portuguesa (2%)

Universidade Atlântica - Escola Superior de Saúde Atlântica (2%)

83% dos inquiridos pretende investir na sua formação académica. 45% pretende investir num Mestrado e 9% refere tirar uma nova licenciatura ou até mesmo

mudar de área.

44% dos inquiridos participa sempre que pode em palestras, congressos, en-

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contros e outros. Apenas 3% refere nun-ca participar neste género de formação científica.

Ensino português

Apenas 24% dos inquiridos refere ter--se sentido discriminado por estar a tirar ou ter tirado o curso numa deter-minada instituição. Os inquiridos que frequenta(ra)m o ensino privado foram os que se sentiram mais discriminados, representando 15% das respostas.

Para 79% dos inquiridos algo deve ser feito relativamente às vagas disponíveis para os TDT no ensino superior que seja o congelamento ou redução das mes-mas. Apenas 3% dos inquiridos referem que as vagas devem ser aumentadas.

Relativamente à criação de um regime de internato no final do curso, 59% dos inquiridos apoia esta questão. 25% dos inquiridos não tem opinião em relação a este tema.

Regulação do exercício profissional

66% dos inquiridos tem conhecimento da legislação em vigor relacionada com os TDT.

A quase totalidade dos inquiridos, 94%, sabe que a cédula profissional é obriga-tória para o exercício de funções na área TDT.

72% dos TDT possui cédula profissional mas 50% destes inquiridos não a utiliza quando exerce funções enquanto TDT. Apenas 2% dos inquiridos afirma efec-tivamente não possuir cédula profissio-nal nem a pretender requerer.

À questão “Concorda com um exame de acesso à profissão?”, 46% dos inquiridos refere que sim contra os 35% que res-ponderam que não. Não sendo portan-

to esta uma temática que reúna consenso.

80% dos inquiridos apoia a criação de especialidades para os TDT.

Para 81% dos inquiridos a legislação deve tornar-se igual para público e pri-vado, prevendo sanções

iguais para ambos. 67% dos TDT apoia o apetrecho da IGAS ou da ERS com capa-cidades para admoestar, multar e mes-mo encerrar instalações.

42% dos inquiridos não são sindicaliza-dos nem pretendem vir a ser. Contudo 41% dos inquiridos apesar de não serem sindicalizados mostram interesse em vir a sê-lo. Apenas 13% dos inquiridos são sindicalizados.

O Top 3 de Sindicatos eleitos pelos TDT são:

1º - Sindicato das Ciências e Tecnologias da Saúde (8%)

2º - Sindicato dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica (4%)

3º - Outros sindicatos não indicados (1%)

Um pouco na linha de adesão à sindica-lização, o mesmo se reflecte na adesão à greve. Apenas 23% dos inquiridos re-fere já ter aderido ou pretender aderir a uma greve. 72% dos inquiridos refere não aderir a greves.

A maioria dos sindicalizados é do sector público (112 elementos) face a apenas 41 respostas positivas vindas do sector privado.

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Situação laboral

14% dos inquiridos tem uma situação contratual mais estável do que os res-tantes inquiridos, uma vez que estão efectivos. Outros 14% estão numa si-tuação exactamente oposta, estando a exercer a recibos verdes. 28% dos inqui-ridos encontra-se a exercer ao abrigo de um contrato de trabalho.

29% dos inquiridos estão a exercer fun-ções em instituições privadas enquanto que 23% estão a exercer funções em instituições públicas. 7% exerce funções em ambas as instituições.41% dos inqui-ridos não exerce funções em nenhum dos tipos de instituições referidos.

A remuneração média dos TDT varia entre os 600€ e os 1199€, sendo que 5% aufere valores inferiores a 485€ e 1% valores compreendidos entre os

1800-1999€.

Para 71% dos inquiridos as tabelas sala-riais deveriam ter em conta a formação académica.

O continente de eleição para emigração dos TDT portugueses é a Europa.

O Top 5 de assuntos que os TDT conside-ram urgente resolver são:

1º - Combate ao emprego inqualificado (65%)2º - Constituição de uma instituição ou conselho que organize e represente as profissões (60%)3º - Contratos precários (53%)4º - Excesso de vagas no ensino superior (50%)5º - Aumentar e apertar a fiscalização (38%)

TDTOnline

67% dos inquiridos conhece o TDTOnline contra os 15% que refere não conhecer. 15% indicou que apesar de não conhecer o TDTOnline está interessado em saber mais informações sobre este último.

43% dos inquiridos sabem que são disponibilizados anúncios com ofertas de emprego mas 41% não o sabe.

46% dos inquiridos conhece a Magazine TDTOnline e dos 50% que não conhecem têm interesse em saber mais informações .

Conclusão

Não poderíamos terminar sem antes agradecer a todos aqueles que colaboraram connosco quer pela participação no inquérito quer pela sua

divulgação.Foi graças à vossa colaboração e apoio que conseguimos melhorar a última edição do TDTOnline para trazermos até vós este novo inquérito.O principal objectivo do inquérito foi atingido, conseguimos realizar os censos aos TDT e ter uma melhor percepção daquilo que é a sua realidade e a sua opinião.Qualquer dúvida, questão ou sugestão que queiram fazer em relação ao inquérito estejam à vontade para as colocar, seja no fórum ou em privado a algum dos moderadores e administradores do Tecnologias da Saúde Online.Uma vez mais gostaríamos de deixar o nosso obrigado pelo seu apoio e colaboração e por toda esta iniciativa do Inquérito do TDTOnline, é a ele que a devemos. Zuppara, o nosso muito obrigado!Nesta edição do Inquérito do TDTOnline demos voz aos TDT...E é com as suas opiniões que terminamos o inquérito de 2012, opiniões estas que foram dadas no preenchimento deste mesmo inquérito. Porque o TDTOnline existe e vive dos TDT deste país...

“Sobre a minha área, ou seja radiologia, penso que se o governo EXIGISSE exclusividade haveria muito mais emprego para os recém licenciados. Não é justo ter colegas a tempo inteiro no público e ainda a fazer horas no privado. Horas essas que poderiam ser ocupadas por outro profissional que estivesse desempregado. Era bem mais justo!!!!”

“É uma vergonha continuarmos a ter vencimentos como bacharelatos que nem são equiparados a tecnicos superiores e sermos obrigados a ser detentores do titulo de licenciatura para as candidaturas...Parabéns pela iniciativa é com estas recolhas de informação que se pode futuramente apresentar dados e unir forças!”

“Tirei um curso superior de 4 anos e no final deparo-me com profissionais

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não qualificados a exercer as funções dos TDT. É humilhante e muito desmotivante esta situação. Dai achar que a fiscalização deve avançar o mais rápido possivel e punir não os que exercem mas a instituição que os abriga.”

“A nível das profissões TDT, estas estão demasiado polarizadas e mal estruturadas. É necessário mais aproximação das profissões TDT e maior reconhecimento e valorização por parte das populações e restantes profissionais de saúde.A nivel do ensino existem demasiadas instituições a dar formação, demasiadas vagas e completo desinteresse em ajustar a oferta de formação às necessidades do mercado. No que toca às pós-graduações, mestrados, etc existentes, a variedade não é muita, muita da formação dada é redundante da formação dada ao nivel das licenciaturas e a qualidade da formação, em muitos casos, é baixa.As associações e sindicatos, apresentam-se muitas vezes como instituições inertes, incapazes e sem poder dinamizador dentro da comunidade TDT, assim como demonstram desinteresse pelos profissionais como individuos que necessitam de apoio.”

“Penso que acima de tudo deveria haver um maior apoio das instituições ao TDT que queira progredir nos seus conhecimentos, tal como redução de horário e turnos para investigação.Deveria haver uma redução do número de escolas e de alunos como era no início, em que se formavam os necessários para as vagas, mas acima de tudo as escolas deveriam ter respeito e informar que as profissões de TDT não têm emprego neste momento como muitas dizem nos seus sites.”

“Na area da Medicina Nuclear a

situacao ja ultrapassou o limite do aceitavel; Neste momento existem cerca de 300 estudantes nas duas escolas (lisboa e porto) quando no país se encontram menos de 150 tecnicos a trabalhar. Acho que a situacao é catastrofica e preocupante ainda por cima quando nao se vislumbram mudancas a curto prazo nem sequer tentativas ou preocupacoes futuras. A situacao deveria ser divulgada e é urgente alterar a situacao dos tecnicos e futuros tecnicos de medicina nuclear portugueses!”

“Nos 12 anos que exerci a profissão, os ultimos já com cargos de chefia, nunca senti qualquer questão relacionada com reconhecimento do curso ou da instituição que frequentei. No entanto dado o momento actual decidi sair da área da saúde e abraçar a àrea de certificação de sistemas de gestão.”

“Parabéns pelo vosso trabalho!”

“Falta de visibilidade de determinados cursos, tanto para a população em geral como os próprios colegas nem sabem que existem nem para o que servem.”

“Trabalho como Técnica de Radiologia há onze anos. O aumento de experiência não nos valoriza mais, nem monetáriamente (Menos de 100 euros em 11A.)Ao trabalhar no estrangeiro(UK)descobrimos que afinal há quem saiba quem são os TDT e o que fazem. E aí somos valorizados como profissionais, bem remunerados (segundo as nossas competências e formação)e incitados a novas formações.É triste ser pequeno num mundo enorme e só apreender o que nos interessa ao ego e ao bolso. Este país é de fato para tolos como eu, que se deixaram enganar e regressaram a portugal para fazer força, ser parte de minorias e com

força no coração para mudar a nossa imagem, mas que no reingresso somos descriminados, insultados porque desafiámos-nos a seguir um caminho de formação estrangeira. A mudar... tudo!”

“O curso de saúde ambiental cresceu, na minha opinião, para uma função publica que não consegue admitir os TDT que saem para o mercado de trabalho. Existem alternativas no privado, mas não me satisfazem de todo, pouco se relacionam com a essência do curso.”

“Considero fundamental a redução de vagas na maior parte das profissões TDT, principalmente nas instituições de ensino privado. A criação de uma ordem seria, sem dúvida, uma mais-valia para as nossas profissões. Por outro lado, seria essencial que os TDT licenciados fossem remunerados como tal, o que não está a acontecer e já passaram mais de 10 anos desde que começaram a sair os primeiros licenciados.”

“A area da Anatomia Patológica encontra-se completamente saturada! Graças a Deus irei mudar-me para fora do país onde aranjei emprego, e serei devidamente reconhecido. E dificil viver numa situação destas. Demais, quem eêm os postos pouco se preocupem com a profissão, e no caso de professores e trabalhadores, acumulam três a quatro funções. Acho isto deprimente.”

“Acho que o principal problemas dos TDT é a falta de união. Enquanto não nos virmos como um todo e passarmos a ser um grupo coeso e unido, muito dificilmente haverá desenvolvimentos favoráveis para os TDT. Essa união devia ser fomentada ainda durante o tempo de universidade. Incutir nos estudantes que fazem parte de um grupo grande, que vai

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para além dos colegas de profissão. Não sei bem como isso poderia ser feito, mas acho que se o forum dos TDT, os sindicados, as associações se juntassem e junto com associações de estudantes criassem uma plataforma com esta finalidade, talvez de futuro tivéssemos mais resultados nas nossas lutas. Eu enquanto estudante sempre me incentivaram a puxar pelo meu curso, a defende-lo com unhas e dentes... seria bom se fizessem isso para a classe de TDT!”“Trabalhei 4 anos como falso recibo verde. Consegui contrato na mesma instituição, mas contrato precário, com categoria profissional - auxiliar de laboratório, mas exerço funções de TACSP, salario de 650€. Ou era isto ou continuava como falso recibo verde, daí ter aceite. Devia haver mais e melhor fiscalização em relação às condições de trabalho, obrigatoriedade de revisão de categoria, já tenho esta categoria há 1 ano e meio.”

“Julgo que temos de trabalhar activamente para aumentar a visibilidade das nossas profissões.”

“Sou técnica de radiologia, tenho uma situação profissional precária. Trabalho a recibos verdes e o meu vencimento não tem dia certo para chegar.Sou jovem não tenho condições para ser independente.Não desisto da minha profissão, lutei muito pela minha licenciatura e infelizmente não tenho o factor "cunha" a meu favor, pois parece que cada vez mais é isso que move o nosso país.”

“Se estas actividades tiverem peso , apoio a 100%. O problema é que o não reconhecimento das carreiras , leva a uma desmotivação profissional.Licenciados a serem pagos como bachareis , não se justifica ,volvidos 10 anos!”

“De maneira geral acho que os tdt são discriminados, e muita vez esquecidos como licenciados! Acho de certa urgência a criação de uma ordem, bem como de denominação profissional que muitos dos cursos ainda não têm( como é o caso de farmácia), que frequentemente são confundidos com antigos profissionais sem absoluta qualificação académica, que nada tenho contra! Acho que os tdt têm uma necessidade de requalificação iminente .”

“Penso que o mais urgente, será a requalificação da nossa carreira. Seja passar à carreira de Técnico Superior, seja a criação de uma carreira nossa, equiparada em termos de progressão e em termos salariais. É uma vergonha que nos tenham "vendido" a Licenciatura, e continuar com vencimentos de curso médio. Somos muitos mas andamos separados, e nem os Sindicatos têm feito o "trabalho de casa".Saudações.”

“Actualmente, e penso que é transversal a todas as áreas dos TDT, o exercício da profissão é muitas vezes efectuado por profissionais não qualificados/autorizados, existindo enumeros casos de usurpação de funções. Na minha área de formação (farmácia), lamentavelmente não existe qualquer fiscalização, ou se existe, não tem sido efectuada de forma eficiente. Na minha opinião o papel das respectivas Associações tem uma importância e um dever acrescido de promover a fiscalização e alertas as entidades competentes para casos de profissionais não qualificados e não autorizados a "exercer", colocando em risco a saúde dos doentes. A criação de Ordem seria uma forma de travar este crescimento deste "profissionais".”

“As estruturas curriculares dos cursos

de ACSP existentes, públicos ou privados necessitam de ser revistos!Será que faz sentido continuarmos a associar Saúde Pública a Analises Clínicas e não torna-lo um curso independente? Porquê comprimir uma área tão vasta noutra já tão extensa, cujas bases muitas vezes são demasiado simplificadas para tentar "juntar tudo na mesma caixa"?Existem feiras de emprego, jobshops para as grandes áreas da saúde (medicina, enfermagem e farmácia). Ouço dizer que o curso de analises clínicas e outros cursos de TDT´s não de se devem restringir a ofertas de emprego óbvias no que toca à sua área, devendo explorar oportunidades vista que a nossa formação nos permite exercer uma vasta quantidade de funções. Das poucas vezes que tentei procurar alguma oferta nesse leque mais alargado de funções não tive acesso a informação, ou ofertas de emprego...porque não organizar uma feira de emprego para os TDT onde não só estariam incluídos ofertas de emprego clássicas para cada área, mas também ofertas que permitissem expandir as nossas valências dentro da profissão e quem sabe aumentar o empreendedorismo que dizem faltar na nossa área, e que de momento parece ser uma boa aposta para o futuro.Obrigada e Bom trabalho”

“Na minha opinião, trata-se de uma profissão muito interessante. É preciso credibilizar a profissão através da boa preparação de base e de formação contínua e pós-graduações. Só desta forma os profissionais de saúde com outra formação académica e hierárquicamente superiores poderão delegar e confiar em nós. Temos de apagar a antiga imagem dos equiparados e dos preparadores. Caso contrário, continuamos sem responsabilidade. Ainda me perguntam com admiração se o

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curso de ACSP é uma licenciatura. O exame de acesso à profissão teria de ser feito com Doutorados, evitando assim as "panelinhas".”

“Neste momento o que mais me preocupa é a grande quantidade de pessoas sem qualquer qualificação a trabalhar em hospitais privados e consultórios médicos”

“Existe uma necessidade de verificação das competências de profissionais de saúde que ou não têm as competências necessárias (cursos pré-superiores) ou por falta de exigência por parte das faculdades (aos profissionais com curso superior).Deveria haver exame de admissão à carreira mas também obrigatoriedade de formação contínua.”

“Segundo informação de uma fonte do Ministério da Saúde a criação de uma Ordem dos TDT é impraticável, não sei se têm essa informação ou se já existe mais abertura para a criação dessa ordem, sem os fisioterapeutas que se demarcaram e constituíram a deles. Penso ser o mais urgente a constituição de uma Ordem de TDT's, com 18 colégios, por exemplo.”

“Tenho uma opinião muito negativa relativamente aos sindicatos que sempre funcionaram como se cada um estivesse a lutar contra o outro e não a favor dos técnicos.”

“O ponto mais importante é mesmo a regularização das profissões TDT, eu apenas posso falar do que assisto diariamente, a um desrespeito pela fisioterapia. Na maioria das clínicas privadas hoje em dia (nunca trabalhei no público), não se realiza fisioterapia, não há inspecções, existem terapeutas ocupacionais a passarem-se por fisioterapeutas há décadas sem haver qualquer tipo de sanção, existem mais auxiliares

por clínica que fisioterapeutas (um rácio de 2/1, às vezes 3/1), onde a qualidade dos tratamentos é completamnte posta de parte para o bem lucrativo da empresa.”

“Gostaria de me ver, e atodos os colegas, reconhecidos no nosso pais como licenciados e aptos a trabalhar idependentememte de um m´dico, termos uma ordem para todos os TDT e não formar uma ordem para cada grupo profissional para não se formar as eternas quintinhas.Gostaria que o trabalho inqualificado fosse multado com pesadas multas aos laboratorios, consultorios e outros pela ERS ou outra para que pelo menos começasse a ser respeitado (nem que seja pelo medo) o nosso trabalho.Enfim um mundo perfeito...”

“É urgente os TDT tornarem-se mais corporativistas, pois só assim se consegue ter força para podermos evoluir a todos os níveis. Assim com ter força para fazermos valer a nossa opinião, como acontece na carreira de enfermagem e medicina.Infelizmente ao final destes 19 anos embora tenhamos crescido continuam a existir muitíssimas capelas, o que provoca o enfraquecimento dos TDT.De uma vez por todas devemos trabalhar para que a nossa profissão/carreira seja valorizado e se torne forte.”

“Penso que deveriam ser repetidas iniciativas como esta,de realizar inquéritos aos profissionais de forma a saber a sua realidade no mercado do trabalho após ter terminado os seus estudos e tornar público por diversos meios os dados recolhidos.É urgente mudar mentalidades, realidades de recrutamento, diminuir drásticamente o nº de vagas no ensino superior, analisar situações de carreiras e estruturar a inserção de recém-licenciados no mercado de

trabalho.”

“Juntos por um mundo

TDT melhor!”

Inquérito TDTOnline 2012

5Abril

Dia Nacional da Artrite Reumatóide

No dia 5 de Abril comemora-se o Dia Nacional do Doente com Artrite Reumatóide. A data foi instituída, em 1999, pelo Ministério da Saúde tendo em conta o elevado número de pessoas que, em Portugal, padecem da doença.

A instituição da data comemorativa teve também em consideração “a necessidade de sensibilizar os cidadãos portugueses para os problemas de ordem pessoal, familiar e profissional que, diariamente, afligem quantos sofrem deste reumatismo crónico”.

Em Portugal existem cerca de 40 mil doentes diagnosticados com artrite reumatóide, uma doença inflamatória crónica que pode limitar os gestos diários mais simples. Abrir uma porta, agarrar numa caneta ou calçar uns sapatos pode ser um suplício para algumas pessoas que sofrem desta doença.

Fonte: http://www.min-saude.pt

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Sabia que...O que é o Saudados?O que se pretende é criar é uma plataforma integra-da, flexível e acessível, destinada a permitir a partilha de conteúdos entre parceiros, promovendo o livre acesso à informação no sector da saúde.

O Saudados pretende ser a fonte por excelência para assuntos relacionados com a área da saúde, tanto para um público especializado, como para aqueles com pouco conhecimento do sector. O público-alvo é como tal diverso:

• Empresas e empresários do sector que necessitem de fontes fidedignas ou informação sobre áreas que dominam menos, mas também aqueles que estão fora do sector e procurem informações sobre uma área que desconhecem;• Escolas, professores, alunos e outros membros do mundo académico que necessitem de dados e conteúdos para matéria curricular, projectos, etc.;• Media para suporte das suas peças jornalísticas;• Profissionais de Saúde que necessitem de fontes fidedignas de informação;• Público em geral que queira saber mais sobre uma área ainda pouco compreensível.

O Saudados está neste momento composto por 11 temas principais, dividindo-se estes por uma série de subtemas repletos de textos explicativos, documen-tos e indicadores gerais. Além destes indicadores ge-rais, é possível através do visualizador estatístico de-senvolver análises adicionais, conjugar indicadores e fontes, nacionais e internacionais. Toda esta infor-mação será actualizada periodicamente, sendo que o utilizador ao detectar informação não actualizada ou com falhas, poderá participar no desenvolvimen-to através de [email protected] para que se possa corrigir a falha.

Caso queira estar a par das evoluções e ter acesso a todas as funcionalidades o utilizador terá de registar--se no site. O Saudados é de livre acesso e assim con-tinuará, como uma fonte de informação fidedigna e independente.

Retirado de: Andrade, Francisco; “O projecto Saudados” disponível em http://www.saudados.pt/web/guest

7Abril1957 - Há 50 anos, já se falava do aquecimento global

«Santa Mónica (Califórnia) - Um geógrafo americano, Joseph Kaplan, diz que o nível da água dos mares, dentro de 60 anos, subirá, pelo menos, doze metros, a não ser que os homens, até lá, consigam controlar as condições atmosféricas [...] os gazes provenientes da combus-tão do petróleo e dos óleos pesados aquecem a atmosfera e aceleram a fusão das massas polares.»

Fonte: Diário Popular n.º 5208, de 07-04-1957, p. 7

Apesar de, há cinquenta anos, esta notícia já se referir ao aquecimento global, apenas foi inserida na página 7, o que revela a pouca importância que o tema tinha na altura

Fonte: www.leme.pt

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João MaiaFisioterapiaClínica de Fisioterapia e Recuperação da Maia

Licenciado em Fisioterapia, Pós-graduado em Terapia Manual

Lúpus eritematoso sistémico

Lúpus eritematoso sistémicoO lúpus eritematoso é uma doença au-toimune que se pode manifestar de vá-rias formas diferentes, incluindo: lúpus eritematoso discóide (LED), lúpus erite-matoso sistémico (LES), lúpus induzido por drogas e síndrome antifosfolipido. Nesta condição, clínica o corpo do pa-ciente cria anticorpos contra suas pró-prias células. Estes anticorpos podem ser formados contra muitos tecidos e componentes diferentes do corpo, pelo que o lúpus eritematoso pode afetar quase qualquer área do corpo.

O lúpus eritematoso sistémico (LES) é uma doença crónica, reumática e infla-matória que pode afetar a pele, articu-lações, rins, pulmões, coração, sistema nervoso, sangue e mucosas, variando a sua apresentação de caso para caso.

Não há uma causa conhecida para o LES, mas a investigação afirma que a intera-ção entre composição genética do siste-ma imunológico, equilíbrio hormonal, e

meio ambiente poderia causar LES. Nes-te momento pensa-se que a autoimuni-dade possa ser fator mais preponderan-te para o aparecimento do LES.

Sinais e Sintomas/DiagnósticoO LES pode afetar muitos órgãos do cor-po, mas raramente afeta todos no mes-mo paciente. A lista a seguir inclui sinais e sintomas comuns do LES ordenados do mais para o menos prevalente:

- Os sintomas constitucionais: febre, mal-estar, fadiga e perda de peso (mais comummente fadiga e febre de baixo grau)- Dores nas articulações (artralgia)- Artrite (articulações inflamadas)- Erupções cutâneas- Envolvimento pulmonar (sintomas incluem: dor no peito, dificuldade em respirar e tosse)- Anemia- Envolvimento dos rins (nefrite lúpica)- Sensibilidade ao sol ou luz (fotossensibilidade)- Perda de cabelo- Fenómeno de Raynaud- Envolvimento do SNC (convulsões, dores de cabeça, neuropatia periférica, neuropatia craniana, acidentes vasculares cerebrais, síndrome orgânica cerebral, psicose)- Úlceras na boca, nariz ou vaginal

De acordo com a American Rheumatism Association, um doente deve apresen-tar, pelo menos, quatro dos seguintes critérios em simultâneo ou sucessiva-mente para serem diagnosticados com lúpus eritematoso sistémico:

- Resultado anormal do teste de anticorpos antinucleares (ANA)- Eritema malar (mancha em forma de Borboleta presente na região malar de 95% dos pacientes com LES) - Eritema discóide- Anemia hemolítica, leucopenia, linfopenia, trombocitopenia- Desordens neurológicas: convulsões ou psicose- Artrite não-erosiva de duas ou mais articulações periféricas caracterizada por sensibilidade e inchaço- Ulcerações orais ou nasofaríngeas- Fotossensibilidade- Pleurite ou pericardite- Doenças renais: proteinúria profusa (> 0,5 gramas/dia).

Figura 1 – Eritema malar em forma de borboleta

Revisão

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TratamentoO tratamento médico para o LES assen-ta sobretudo na terapia medicamentosa e é baseado nos sintomas dos pacien-tes e no envolvimento sistémico. Os sintomas gerais na maioria das vezes respondem ao tratamento das outras manifestações clínicas. A febre isolada pode ser tratada com aspirina ou anti--inflamatórios não-hormonais. Corticói-des e imunossupressores (especialmen-te a ciclofosfamida) são indicados nos casos mais graves.

É recomendado o uso de antimaláricos como a cloroquina no caso de lesões cutâneas disseminadas. Caso não me-lhore pode associar-se prednisona em dose baixa a moderada por curto perío-do de tempo.

Para além da terapia medicamentosa, a prevenção também é muito importante quando se lida com LES. Para pacientes com fotossensibilidade, os sintomas podem ser reduzidos se os pacientes forem cautelosos na quantidade de luz solar a que se expõem. Os pacientes com LES também são incentivados a le-var um estilo de vida saudável, que in-clui: Cessação do tabagismo, controlar o consumo de álcool, controlo do peso e exercício regular. O exercício é benéfico para pacientes com LES, porque diminui a sua fraqueza muscular, aumentando a resistência muscular.

Tratamento em FisioterapiaO Fisioterapeuta pode desempenhar um papel importante para os pacientes com LES durante e entre os períodos mais agudos da doença. A necessidade do paciente para a terapia física irá va-riar muito, dependendo dos sistemas implicados.

Educação: É essencial para os pacientes com lesões de pele terem uma educa-ção apropriada sobre a melhor manei-ra de cuidar da sua pele e garantir que não experimentam lesões adicionais da pele.

Exercício aeróbio: Um dos sintomas mais comuns que os pacientes com LES experienciam é a fadiga generali-zada que pode limitar suas atividades ao longo do dia. Num estudo de Tench e col., foi determinado que programas de exercícios aeróbios são mais bem su-cedidos do que técnicas de relaxamento na diminuição dos níveis de fadiga dos pacientes com LES. O programa de exer-cício aeróbio consistiu em 30-50 minu-tos de atividade aeróbia (caminhada / natação / ciclismo), com uma frequên-cia cardíaca correspondente a 60% do VO2máx. Um outro estudo concluiu que tanto o exercício aeróbio como exercí-cios de amplitude de movimento/forta-lecimento muscular podem aumentar o nível de energia, a aptidão cardiovas-cular, a capacidade funcional e a força muscular em pacientes com LES.

Conservação de Energia: O Fisiotera-peuta pode educar os pacientes sobre as técnicas adequadas de conservação de energia e as melhores formas de pro-teger as articulações que são suscetíveis a danos.

Para além disso, fisioterapeutas e pa-cientes com LES devem estar alerta para sinais e sintomas que sugerem uma pro-gressão do LES, incluindo aqueles asso-ciados com necrose avascular, envolvi-mento renal e neurológico.

Referências bibliográficas1. GoodmanCCandSynderTK.Differen-tial Diagnosis for Physical Therapists: Screening for Referral. 4th edition. St. Louis, Missouri: Saunders Elsevier, 2007.

2. Laranzo D. Elderly-onset systemic lupus erythematosus. Drugs and Aging; 24 (9):701-715. 2007.

3. O'Neill S, Cervera R. systemic Lupus Erythematosus. Best Practice & Res Clin Rheu 24 (2010) 841-855

4. Tucker LB. Making the diagnosis of systemic lupus erythematosus in children and adolescents. Lupus; 16: 546-549. 2007.

5. Solsky M, Wallace D. New therapies in systemic lupus erythematosus. Best Practice & Res Clin Rheum: 2002; 16; 293-312

6. Ramsey-Goldman GR, Schilling EM, Dunlop D, Langman C, Greenland P, Thomas RJ, ChangRW.Apilotstudyontheeffectsofexerci-se in patients with systemic lupus erythemato-sus. Arthritis Care and Research; 13(5): 262-269. 2000.

7. Hochberg MC. Updating the American College of Rehumatology revised criteria for the classificationofsystemiclupuserythematosus.Arthritis and Rheumatism 1997; 40: 1725-1734

8. George R, Kurian S, jacob M, Thomas K. Diagnostic evaluation of the lupus band test in discoid and systemic lupus erythematosus. Int J Dermatol. 1995 34: 170-173

Lúpus eritematoso sistémico

7AbrilDia Mundial da Saúde (Organização Mundial de Saúde)

Em cada ano, a OMS aproveita a ocasião para fomentar a consciência sobre alguns temas chave relacionados com a saúde mundial. Neste sentido, organiza eventos a nível internacional, regional e local para promover o tema escolhido em matéria de saúde.

O Dia Mundial da Saúde 2010 tem como tema urbanização e saúde. "1000 Cidades, 1000 Dias" é o tema escolhido pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Incidirá sobre urbanização e saúde. Com a campanha "1000 cidades - 1000 vidas", serão organizados eventos em todo o mundo, durante a semana de 7 a 11 de abril de 2010, convidando as cidades a disponibilizar espaços para actividades de saúde.

Fonte: www.min-saude.pt

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APELO A COMUNICAÇÕES Aos interessados em apresentar comunicações deverão enviar,por e-mail – [email protected], umresumo com o máximo de 600 palavras. Pede-se que referenciemos seguintes parâmetros:

- Nome- Entidade- Contato (e-mail e telefónico)- Opção de painéis (segurança e saúde comportamental notrabalho ou segurança e saúde comportamental na sociedade)- Tipo de comunicação(teórica ou prática)- Preferência de apresentação (oral ou poster).

Tendo em conta algumas perspetivas futuras na segurança esaúde, informamos os seguintes possíveis temas:

- Cultura de segurança e saúde- Envelhecimento da população em segurança e saúde- Ética na segurança e saúde- Liderança efetiva em segurança e saúde- Métodos de observação comportamental- Novos riscos emergentes- Participação de todos os intervenientes- Resiliência na segurança e saúde- Segurança e saúde de processo.

Este resumo será avaliado pela comissão técnico-científica doWSSC 2013 e o resultado será comunicado até à data indicadaabaixo. Os artigos finais terão possibilidade de serem publicadosna revista segurança comportamental.

DATAS-LIMITEEnvio de resumos: 20 de Março, 2013

Notificação da decisão: 10 de Abril, 2013 Envio do artigo final: 30 de Abril, 2013

COMISSÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA Carlos Dias Ferreira (Consultor SST), Celestino Martins (Betão Liz),

Cesar Augusto (Seda International Packaging Group), Diogo Júdice (ANSR), Ema Sacadura Leite (Hospital de Santa Maria),

Hamilton Júnior (Univ. do Paraná), Hernâni Veloso Neto (Univ.do Porto), João Areosa (ISLA), José Gavancha (EDP), José Luiz Alves

(Interface), Luciano Nadolny (SESI Brasil), Maria Odete Pereira (IPS -ESCE), Natividade Gomes Augusto (ProAtivo), Paulo Lima (IPS -

ESCE), Pedro Arezes (Univ. do Minho), Rosa Bernardo (Consultora SST), Sónia Gonçalves (ISCTE-IUL e Instituto Piaget).

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Comunidade

Ricardo Celestino Anatomia Patológica, Citológica e Tanatológica Investigador no Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universi-dade do Porto (IPATIMUP) Professor Assistente Convidado na Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Porto, Instituto Politécnico do Porto

Licenciado em Anatomia Patológica, Citológica e Tanatológica Doutorado em Patologia e Genética Molecular

Artigo submetido a 30/11/2012 e aprovado para publicação a 02/12/2012

Anatomia PatológicaA tradução literal de patologia significa o estudo (logia) do sofrimento, doença (pathos), sendo a Anatomia Patológica a especialidade médica que estuda as alterações morfológicas e funcionais dos órgãos, tecidos e células que levam à doença (1). Nesta área são realizados exames macroscópicos e microscópi-cos importantes para o diagnóstico de lesões, contribuindo para decisões no tratamento e prognóstico das doenças. A Anatomia Patológica tem, também, um papel fundamental na prevenção de doenças. Adicionalmente, esta área tem tido uma importância crescente na me-dicina veterinária.

Normalmente, os serviços hospitalares de Anatomia Patológica ou análogos, são constituídos pelo menos por três grandes áreas: macroscopia e histopa-tologia, citopatologia e autópsias clíni-cas. No entanto, devido à evolução das técnicas laboratoriais e dos avanços na patologia molecular, alguns laborató-rios tem também áreas funcionais adi-cionais, como a biologia molecular e a

microcopia electrónica.

O diagnóstico anatomopatológico é fun-

damental para as decisões clínicas de várias especialidades médicas, e envol-ve vários tipos de exames (Fig. 1): exa-

mes macroscópicos e histopatológicos de espécimes biológicos como biópsias e peças cirúrgicas; exames citopatológi-cos em aspirados esfoliativos, biópsias aspirativas e citologias em colheitas cér-vico-vaginais, sendo este último exame muito importante no diagnóstico e pro-gramas de rastreio de cancro do colo do útero; exames extemporâneos impor-tantes em decisões cirúrgicas; exames imunohistoquímicos e exames molecu-lares; e autópsias clínicas.

Anatomia Patológica, Citológica e Tanatológica

Saiba Mais!

Figura 1 - Algumas técnicas laboratoriais (da esquerda para a direita): secção de tecido corada com o método Hematoxilina e Eosina (H&E; 200x); marcação nuclear (castanho) de células conferida por métodos imunohistoquímicos (400x); marcação específica de regiões de cromossomas através da hibridização in situ por fluorescência numa placa metafásica (1000x); imagem de uma célula de cancro da mama recorrendo à microscopia electrónica de varrimento.

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Anatomia Patológica, Citológica e Tanatológica - Saiba Mais!

História da Anatomia PatológicaA documentação de doenças iniciou-se no século XVII a.C. com a medicina Egíp-cia, reportando lesões nos ossos, traco-mas e parasitas (2). Hipócrates (460-375 a.C.) e a sua escola tiveram um enorme impacto na medicina Grega e Romana. Hipócrates formou a teoria dos quatro humores corporais (sangue, fleuma, bí-lis amarela e bílis negra), que mediante as quantidades relativas presentes no corpo, levariam a estados de equilíbrio ou de doença e dor (2). Esta escola con-tribui também para descrições detalha-das de tumores, inflamação de feridas, hemorróidas, tuberculose e malária.

Cláudio Galeno (129-217) representou a maior figura médica da época, seguindo os conceitos da escola Grega, mas tendo também algumas influências da escola de Alexandria. Através da dissecação de animais vivos, Galeno protagonizou importantes descobertas relativamen-te a estruturas dos animais mamíferos, como os nervos e o sistema urinário, demonstrando, ainda, que as artérias conduzem sangue (3). Fez, também, im-portantes observações relativamente à forma crescimento dos tumores – cres-cimento em forma de caranguejo.

Ao longo do tempo, os dogmas da medi-cina Grega foram mantidos vivos pelos monges, tornando-se eles próprios mé-dicos, e fazendo cópias ou anotações de manuscritos médicos antigos (2).

O despertar do conhecimento da Anato-mia Patológica coincidiu com a criação das Universidades Italianas, onde em 1270, a Faculdade de Medicina de Bolo-nha usava já a dissecação para o estudo da anatomia humana como parte regu-lar do ensino médico.

Antonio Benivieni (1443-1502; Fig. 2) colectou um impressionante número de casos “clínicos”, e realizou autópsias de alguns dos doentes (4). Era a primei-ra vez que se implementava a autópsia como forma de explicar as doenças. É neste momento histórico que se acredi-

ta que a Anatomia Patológica adquiriu independência, sendo Antonio Benivie-ni considerado o pai da Anatomia Pato-lógica.

Jean Fernel (1497-1558) subdividiu as doenças como gerais e especiais, distin-guindo os sinais e sintomas das mesmas (2). Diagnosticou pela primeira vez um caso de apendicite aguda e introduziu o conceito de “fisiologia”. William Harvey (1578-657) estabeleceu a circulação do sangue e a função do coração, contri-buindo para o fim da teoria humoral (2). As autópsias realizadas por Giovanni Battista Morgagni (1682-1771) permiti-ram-lhe estabelecer uma correlação en-tre os seus achados patológicos e os sin-tomas dos seus doentes (2, 4), levando a crer que as doenças tinham um subs-trato anatómico, iniciando-se, assim, a era moderna da Anatomia Patológica. John Hunter (1728-1793) estabeleceu a inflamação como um mecanismo de defesa e, secundariamente, como um processo de reparação.

Durante a Revolução Francesa, Marie Francois Xavier Bichat (1771-1802) es-tava ao serviço do exército, tendo tido a autorização de investigar cadáveres frescos. Com estes meios, e ainda sem microscópio, Bichat foi o primeiro a in-troduzir o conceito de histologia, defi-nindo os tecidos como entidades dis-tintas, e que as doenças afectavam os tecidos em vez de todo órgão (2, 5).

Na primeira metade do século XIX assis-

tiu-se a um crescente aumento do inte-resse pelas ciências básicas, principal-mente a fisiologia e a química, levando a uma abordagem mais científica no estu-do das doenças. Embora Marcello Mal-pighi (1628-1694) fosse o protagonista da primeira utilização do microscópio, usando-o para estudos de histologia e anatomia microscópica, a importância da microscopia na Anatomia Patológi-ca tornou-se evidente nos trabalhos de Carl Rokitansky (1804-1878) (2).

Curiosamente, Rudolf Virchow (1821-1902; Fig. 3), um ex-aluno de Rokitansky, rivalizou com o seu mentor, e estabele-ceu o uso rotineiro do microscópio nas autópsias. Sendo considerado o pai da Patologia Moderna, Virchow sugeriu que as alterações celulares estavam na origem da doença (2,5). Adicionalmen-te elaborou uma tríade que é constituí-da por três categorias de factores que contribuem para a trombose – tríade de Virchow.

O microscópio transformou a definição de doença, passando a focar-se sobre as células, criando importantes e numero-sas técnicas necessárias para a prática da histopatologia moderna. Na sequên-cia disso, nas últimas décadas do sécu-lo XIX, grandes avanços foram feitos no tratamento dos tecidos para análise, passando a usar-se a fixação dos teci-dos, técnicas de embebição de tecidos, micrótomos e colorações. Edwin Krebs

Figura 2 - Antonio Benivieni (1443-1502), consi-derado o pai da Anatomia Patológica. Adaptado de Hajdu et al. (4) Figura 3 - Rudolf Virchow (1821-1902), conside-

rado o pai da Patologia Moderna. Adaptado de Hajdu et al. (5)

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(1834-1913) iniciou o uso de embebição dos tecidos em parafina em 1869, intro-duzindo o conceito do processamento de tecidos, pois era necessário o endu-recimento e desidratação dos mesmos, para que ocorresse a embebição com parafina (2). Apesar de terem sido tes-tadas várias soluções fixadoras, o for-maldeído é o mais usado na preserva-ção dos tecidos, tendo sido introduzido por Isaac Blum (1833-1903) e o seu filho Ferdinand Blum (1865-1959) (6).

Em 1965, Franz Böhmer iniciou o uso da hematoxilina como corante nuclear (2). A combinação da hematoxilina e eosina (H&E) tornou-se o método de coloração mais amplamente utilizado no diagnós-tico médico. Adicionalmente, com a descoberta dos corantes de anilina por Paul Ehrlich (1854-1915), o número de colorações de tecido aumentou rapida-mente permitindo grandes avanços no estudo de diversas doenças.

O aperfeiçoamento da fixação, embe-bição, corte e coloração dos tecidos, assim como, a melhoria dos métodos imunohistoquímicos, métodos molecu-lares, microscopia e processamento de imagens permitiram a criação de mé-todos mais precisos no diagnóstico de doenças.

No século XX, a descoberta dos anticor-pos monoclonais por Georges Köhler (1946-1995) e César Milstein (1927-2002) (7), a marcação de anticorpos com fluoresceína por Albert Coons (1912-1978) (8), e a reacção em cadeia da polimerase em 1983 por Kary Mullis

(1944-; Fig. 4) (9), tiveram um enorme impacto (2). As doenças, maioritaria-mente caracterizadas com base em aspectos morfológicos, tiveram uma reclassificação generalizada. As desco-bertas supracitadas têm hoje uma apli-cação rotineira na Anatomia Patológica.

Habilitações da licenciatura de Anatomia Patológica, Citológica e TanatológicaA licenciatura de Anatomia Patológica, Citológica e Tanatológica (APCT) tem por objectivo formar profissionais habi-litados a trabalhar na área das ciências da saúde.

Os licenciados em APCT têm formação especializada na área da histopatologia, citopatologia, imunohistoquímica, his-toenzimologia, microscopia eletrónica, tanatologia e biologia e patologia mo-lecular.

Estes profissionais podem integrar di-versas carreiras da área das ciências da saúde, como a carreira de técnico de diagnóstico e terapêutica, carreira de técnico superior, carreira de investiga-ção, carreira de professor, e carreiras re-lacionadas com o diagnóstico molecular e citogenético, marketing farmacêutico, entre outros.

Carreira de técnico de diagnóstico e terapêuticaA carreira de técnico de diagnóstico e terapêutica encontra-se regulada ac-tualmente pelo Decreto-Lei n.º 564/99.de 21 de Dezembro (10). A alínea b) do artigo 5º deste Decreto-Lei integra o técnico de APCT nesta carreira. Na mes-ma alínea é definido a função destes profissionais: “tratamento de tecidos biológicos colhidos no organismo vivo ou morto com observação macroscópi-ca e microscópica, óptica e electrónica,

com vista ao diagnóstico anatomopa-tológico; realização de montagem de peças anatómicas para fins de ensino e formação; execução e controlo das diversas fases da técnica citológica”. As condições de ingresso na carreira são definidas pelo artigo 14º do mesmo Decreto-Lei (10), em que é exigida a ha-bilitação do curso superior ministrado nas escolas superiores de tecnologia da saúde, ou seu equivalente legal.

Três sindicatos representam os técni-cos de APCT: o Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das áreas de Diagnóstico e Terapêutica (SCTS), o Sindicato dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica (SINDITE) e o Sindicato Nacional dos Profissionais de Farmácia e Paramédicos (SIFAP).

Instituições de ensinoActualmente, a Licenciatura em APCT é leccionada em quatro unidades: Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Por-to (ESTSP), Escola Superior de Tecnolo-gia da Saúde de Lisboa (ESTeSL), Coope-rativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário (CESPU) e Escola Superior de Saúde Egas Moniz (ESEM). Em todas as intuições supracitadas, a licenciatura corresponde ao 1º ciclo de estudos do ensino superior definido no Decreto-Lei n.º 74/2006, de 24 de Março (11).

Ambas as licenciaturas têm uma dura-ção de 4 anos, apresentando-se com diferentes planos de estudo entre insti-tuições. Segundo o sistema europeu de transferência de créditos, a licenciatura totaliza 240 European Credit Transfer System (ECTS).

EmpregabilidadeDevido à diversidade das carreiras pro-fissionais nas ciências da saúde que os licenciados em APCT podem integrar, às diferentes realidades das instituições onde existe a licenciatura em APCT e à impossibilidade de uma recolha esta-tística fidedigna da realidade, torna-se difícil a majoração rigorosa dos índices de empregabilidade destes licenciados.Figura 4 - Kary Mullis (1944-), o inventor da

reacção em cadeia da polimerase.

Anatomia Patológica, Citológica e Tanatológica - Saiba Mais!

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O último estudo do Gabinete de Planea-mento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, datado em Dezembro de 2010, revela, num to-tal de 897 diplomados em APCT entre 2000 e 2009, que 9% estavam inscritos nos centros de emprego (12). No entan-to, este estudo depara-se com uma limi-tação importante, porque nem todos os diplomados com um curso superior em situação de desemprego se inscrevem nos centros de emprego.

Associativismo profissionalA Associação Portuguesa de Técnicos de Anatomia Patológica (APTAP), fundada em 29 de Julho de 1985, é a única as-sociação com dedicação exclusiva aos licenciados em APCT. Tendo sido cria-da com o intuito do aperfeiçoamento e actualização dos seus membros, a AP-TAP tem hoje um papel indiscutível na evolução científica e cultural dos seus membros.

Com a crescente descaracterização da visão do licenciado em APCT como téc-nico de Anatomia Patológica, a APTAP terá que alterar os seus estatutos e alargar as suas orientações estratégicas, com o intuito de dar respostas aos seus associados licenciados em APCT que exercem outras carreiras profissionais que não a careira de técnico de diagnós-tico e terapêutica de Anatomia Patoló-gica.

Referências bibliográficas1. KUMAR, V.; ABBAS, A. K.; FAUSTO, N. – Rob-bins & Cotran pathologic basis of disease. 7th ed. Philadelphia: Elsevier Saunders, 2005. ISBN: 0-7216-0187-1.

2. VAN DEN TWEEL, J. G.; TAYLOR, C. R. – Intro-duction to the History of Pathology series. Vir-chows Arch. ISSN 1432-2307. 457. (2010) 3-10.

3. SINGER, C. – Galen on anatomical procedures. De anatomicis administrationibus. Translation of the survivingbooks.Oxford: TheWellcomeHistoricalMedicalMuseumbyOxfordUniversi-ty Press, 1956. ISBN 10: 0199240167.

4.HAJDU,S. I. –Anote fromhistory: thefirstprinted case reports of cancer. Cancer. ISSN

0008-543X. 116:10 (2010) 2493-2498.

5. HAJDU, S. I. – A note from history: Rudolph Virchow, pathologist, armed revolutionist, po-litician, and anthropologist. Ann Clin Lab Sci. ISSN 0091-7370. 35:2 (2005) 203-205.

6.FOX,C.H., [etal.]–Formaldehydefixation.J Histochem Cytochem. ISSN 0022-1554. 33:8 (1985) 845-53.

7. KOHLER, G.; MILSTEIN, C. – Continuous cul-tures of fused cells secreting antibody of pre-defined specificity. Nature. ISSN 0028-0836.256:5517 (1975) 495-497.

8. COONS, A. H. – Fluorescent antibodies as his-tochemical tools. Fed Proc. ISSN 0014-9446. 10:2 (1951) 558-559.

9. MULLIS, K. B. – The Unusual Origins of the Polymerase Chain Reaction. Scientific Ameri-can. 262 (1990) 56-65.

10. DECRETO-LEI nº 564/99. D.R. I Série-A, 295 (99-12-21) 9083-9100.

11. DECRETO-LEI n.º 74/06, D.R. I Série-A, 60 (06-03-24) 2042-2057.

12. A procura de emprego dos diplomados com habilitação superior [8º Relatório]. Lisboa: Ga-binete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais/Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, 2012. ISBN 978-972-8844-63-9.

Anatomia Patológica, Citológica e Tanatológica - Saiba Mais!

11Abril

Dia Mundial da Doença de Parkinson

A doença de Parkinson é uma doença neurodegenerativa (Parkinson Society Canada, n. d.) eferida pela primeira vez em 1817 pelo físico inglês Dr. James Parkinson (The National Parkinson Foundation, Inc) no livro intitulado “An Essay on the Shaking Palsy” (Nicholl, 2003). A tulipa vermelha e branca é o símbolo europeu desta doença neurológica incapacitante, para a qual ainda não foi descoberta a cura

Fonte: http://www.parkinson.pt

18Abril1955 - Morte de Albert Einstein

A 18 de Abril de 1955, morre, em Princeton (EUA), Albert Einstein, fí-sico alemão que propôs a teoria da relatividade.

Fonte: http://pt.wikipedia.org

19Abril1882 - Charles Darwin

A 19 de Abril de 1882, morre, em Downe, Kent, Charles Robert Da-rwin, naturalista britânico que concebeu a teoria da evolução.

Fonte: http://pt.wikipedia.org

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Espreitem a nossa agenda e conheçam todos os nossos eventos planeados até ao momento para os próximos meses!...

3MaioDia do Sol (Programa das Nações Unidas para o Ambiente)

O Sol (do latim Sol) é a estrela central do Sis-tema Solar. Todos os outros corpos do Sis-tema Solar, como planetas, planetas anões, asteroides, cometas e poeira, bem todos os satélites associados a estes corpos, giram ao seu redor. Responsável por 99,86% da mas-sa do Sistema Solar, o Sol possui uma massa 332 900 vezes maior que a da Terra, e um volume 1 300 000 vezes maior que o do nos-so planeta

Fonte: www.unesco.pt

30MaioDia Nacional da Prevenção do Cancro da Pele

Estima-se que muitos cancros de pele que surgem em adultos têm origem em escaldões na infância e adolescência, pelo que se deve re-dobrar os cuidados junto dos mais jovens. Procure evitar a exposição solar nas horas mais quentes do dia (entre as 11 e as 16 horas). Para ir à praia ou praticar uma actividade ao ar livre, proteja-se de forma adequada. Aplique regularmente protector solar em todo o corpo, e não apenas nas zonas expostas, use chapéu e óculos de sol e vista uma t-shirt , de preferência de cor escura. Investigações australianas sobre o factor de protecção dos tecidos revelam que, ao contrário do que é hábito pensar-se, as cores escuras, em qualquer tecido, protegem melhor dos raios ultravioletas. Não leve bebés com menos de 6 meses para a praia. A sua pele ainda é muito sensível.

Fonte: www.deco.proteste.pt

31MaioDia Mundial do Não-Fumador (Organização Mundial de Saúde)

O hábito de fumar (tabagismo) - acto voluntário de inalar o fumo da queima do tabaco – independentemente da qua-lidade, quantidade ou frequência, é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a principal causa de morte evitável em todo o mundo. A OMS estima que um terço da população mundial adulta, isto é, 1 bilião e 200 milhões de pessoas (entre as quais 200 milhões de mulheres), sejam fumadores

Fonte: http://eideguimaraes.wordpress.com

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LEGISLAÇÃO JAN/FEV/MAR 2013Portaria n.º 407/2012 - Ministérios das Finanças e da Saúde

Cria o Fundo de Gestão das Contri-buições Especiais da Indústria Far-macêutica para a Estabilização do Serviço Nacional de Saúde para o Mercado Ambulatório e o Fundo de Gestão das Contribuições Especiais da Indústria Farmacêutica para a Es-tabilização do Serviço Nacional de Saúde para o Mercado Hospitalar

Portaria n.º 411-A/2012 - Ministério da Saúde

Suspende a aplicação do disposto nos n.º 1 do artigo 5.º e n.º1 do ar-tigo 6.º da Portaria n.º. 4/2012, de 2 de janeiro no que se refere aos prazos estabelecidos para efeitos da revisão anual de preços de medica-mentos para o ano de 2013

Decreto-Lei n.º 266-D/2012 - Minis-tério da Saúde

Procede à primeira alteração aos Decretos-Leis n.os 176/2009, de 4 de agosto, e 177/2009, de 4 de agos-to, estabelecendo regras de organi-zação do tempo de trabalho médico e de transição dos trabalhadores médicos já integrados na carreira especial médica para o regime de trabalho que corresponde a 40 ho-ras semanais e definido as áreas de exercício profissional da carreira es-pecial médica

Decreto Regulamentar n.º 51-A/2012 - Ministério da Saúde

Procede à identificação dos níveis remuneratórios da tabela remune-ratória dos trabalhadores médicos integrados na carreira especial médi-

ca, cuja relação jurídica de emprego público seja constituída por contrato de trabalho em funções públicas, su-jeitos ao regime de 40 horas sema-nais

Portaria n.º 432-D/2012 - Ministé-rios das Finanças, da Saúde, da Edu-cação e Ciência e da Solidariedade e da Segurança Social

Primeira alteração à Portaria n.º 1453/2002, de 11 de novembro que regulamenta o reembolso do valor dos planos de poupança-reforma

Portaria n.º 14/2013 - Ministério da Saúde

Primeira alteração à Portaria n.º 277/2012, de 12 de setembro, que define o horário padrão de funciona-mento das farmácias de oficina, re-gula o procedimento de aprovação e a duração, execução, divulgação e fiscalização das escalas de turnos, bem como o valor máximo a cobrar pelas farmácias de turno pela dis-pensa de medicamentos não pres-critos em receita médica do próprio dia ou do dia anterior

Portaria n.º 27/2013 - Ministério da Saúde

Aprova o Regulamento que Estabe-lece as Condições de Financiamento Público dos Projetos que Constituem os Programas de Respostas Integra-das

Portaria n.º 41/2013, de 1 de feve-reiro - Ministérios das Finanças, da Saúde e da Solidariedade e da Segu-

rança Social

Fixa os preços dos cuidados de saúde e de apoio social prestado nas unida-des de internamento e de ambulató-rio da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), a praticar no ano de 2012 e revoga a Portaria n.º 220/2011, de 1 de junho

Portaria n.º 53/2013 - Ministério da Saúde

Segunda alteração à Portaria n.º 1499/2004, de 28 de dezembro que aprova o programa de formação do ano comum

Portaria n.º 55/2013 - Ministério da Saúde

Define as categorias de bens e ser-viços específicos da área da saúde cujos contratos

públicos de aprovisionamento (CPA) e procedimentos de aquisição são celebrados e

conduzidos pelos SPMS - Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, E.P.E.

Portaria n.º 63/2013 - Ministério da Saúde

Atualiza o programa de formação da área de especialização de Cirurgia Maxilofacial

Acórdão n.º 2/2013, de 13 de feve-reiro - Tribunal Constitucional

Julga inconstitucional a norma do n.º

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LEGISLAÇÃO JAN/FEV/MAR 20135 do artigo 188.º do Decreto-Lei n.º 176/2006, de 30 de agosto, na reda-ção introduzida pela Lei n.º 62/2011, de 12 de dezembro (aprova o Regi-me Jurídico dos Medicamentos de Uso Humano)

Decreto-Lei n.º 20/2013 - Ministério da Saúde

Procede à sétima alteração ao De-creto-Lei n.º 176/2006, de 30 de agosto, que estabelece o regime jurídico dos medicamentos de uso humano, transpondo a Diretiva n.º 2010/84/UE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 15 de dezembro de 2010

Decreto Regulamentar Regional n.º 5/2013/M, de 18 de fevereiro - Re-gião Autónoma da Madeira

Regulamenta a dispensa, embala-gem e identificação do medicamen-to em unidose, com vista à sua ras-treabilidade e segurança, no Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira, E.P.E. e nas farmácias de oficina instaladas na Região Autóno-ma da Madeira

Decreto-Lei n.º 27/2013 - Ministério da Saúde

Procede à extinção da pessoa coleti-va Hospitais Civis de Lisboa e trans-fere para o Centro Hospitalar de Lis-boa Central, E.P.E., o património que subsista na sua titularidade

Decreto-Lei n.º 34/2013 - Ministério da Saúde

Procede à segunda alteração ao Decreto-Lei n.º 112/2011, de 29 de novembro, que aprova o regime da formação do preço dos medicamen-tos sujeitos a receita médica e dos medicamentos não sujeitos a receita médica comparticipados, e estabele-ce um mecanismo de definição dos preços dos medicamentos sujeitos a receita médica que não tenham sido objeto de avaliação prévia para efei-tos de aquisição pelos hospitais do Serviço Nacional de Saúde, nem de decisão de comparticipação.

Portaria n.º 87/2013 - Ministérios das Finanças e da Saúde

Define as categorias de bens e servi-ços cujos acordos quadro e procedi-mentos de aquisição são celebrados e conduzidos pelos Serviços Partilha-dos do Ministério da Saúde, E.P.E., na qualidade de unidade ministerial de compras.

Portaria n.º 95/2013 - Ministério da Saúde

Aprova o Regulamento do Sistema Integrado de Referenciação e de Ges-tão do Acesso à Primeira Consulta de Especialidade Hospitalar nas institui-ções do Serviço Nacional de Saúde e revoga a Portaria n.º 615/2008, de 11 de julho.

FONTE: Índices do Dia/Newsletter DIGESTO

5Junho

Dia Mundial do Ambiente (Programa das Nações Unidas para o Ambiente)

O Dia Mundial do Meio Ambien-te foi estabelecido pela Assem-bléia Geral das Nações Unidas em 1972 marcando a abertura da Conferência de Estocolmo sobre Ambiente Humano.

Celebrado anualmente desde en-tão no dia 5 de Junho, cataliza a atenção e ação política de povos e países para aumentar a cons-cientização e a preservação am-biental. Os principais objetivos das comemorações são:

1. Mostrar o lado humano das questões ambientais;

2. Capacitar as pessoas a se tor-narem agentes ativos do desen-volvimento sustentável;

3. Promover a compreensão de que é fundamental que comuni-dades e indivíduos mudem atitu-des em relação ao uso dos recur-sos e das questões ambientais;

4. Advogar parcerias para garan-tir que todas as nações e povos desfrutem um futuro mais segu-ro e mais próspero

Fonte: www.unep.org

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No Fórum...• Debate e Opinião

• Ofertas de Emprego

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[email protected] - Envio de artigos, informações sobre a TDTOnline Magazine

[email protected] - Reportar erros do site e informações sobre o site (Ex. Problemas no registo)

28Junho1927 - Egas Moniz realiza, com êxito, a primeira angiografia num paciente vivo

A 28 de Junho de 1927, o médico português Egas Moniz realiza a primeira an-giografia cerebral bem sucedida num paciente vivo. A angiografia consiste na radiografia dos vasos sanguíneos tornados visíveis pela injecção de substâncias opacas aos raios X.

Fonte: www.leme.pt

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Princípios Gerais1. A TDTOnline Magazine

aceita propostas de artigos no âmbito de cada publicação e da temática do website “Tecnologias da Saúde Online”.Serão aceites os seguintes tipos de artigo:• Artigos de Opinião• Artigos Científicos• Artigos Comunidade

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• Artigos de Revisão• Posteres Científicos

2. Os artigos ou posteres enviados devem ser originais.

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Proposta via e-mail enviada para [email protected], contendo:• No corpo do e-mail: Título do artigo/

poster, nome do(s) autor(es), instituição a que pertence(m), endereço(s) de e-mail, telefone(s), nº de cédula profissional (se aplicável) e morada completa para onde deverão ser enviados os certificados de colaboração com a TDTOnline Magazine.

• O trabalho em anexo.

O TDTOnline compromete-se a contactar por e-mail o autor:• acusando a recepção do artigo;• informando sobre a aceitação ou recusa

de publicação do mesmo.

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3. Os artigos não poderão exceder as 10 páginas (incluíndo figuras, tabelas e re-ferências).

4. Para além do texto, os autores devem enviar - em português ou inglês - um re-sumo do artigo (máximo 200 palavras) e até seis palavras-chave.

5. As palavras estrangeiras devem estar em itálico.

6. As referências bibliográficas devem ser feitas segundo a Norma Portuguesa (NP405) - ver informação adicional.

7. O artigo deve ser enviado em formato .doc ou docx (Microsoft Office Word TM).

Normas de apresentação de posteres:

1. Concepção:• tópico bem explícito no título• questão de investigação e principais

conclusões destacadas• organização hierárquica do texto

(tipo e tamanho de letra)• principal conteúdo são imagens

2. Cabeçalho contendo o título do trabalho, o(s) nome(s) do(s) autor(es), a instituição onde trabalham. Recomenda-se também que contenham, em letras menores, o endereço electrónico autor(es).

3. Breve resumo do trabalho.

4. Corpo principal do poster dividido con-forme o critério do autor (exemplo: In-trodução, Métodos, Resultados e Con-clusão).

5. Referências relevantes (Segundo a NP405).

6. 6. O Poster tem de ser apresentado no formato Horizontal, na proporção A3.

7. 7. Os formatos aceites são .ppt ou .pptx (Microsoft Office Power Point TM), .JPEG ou .PNG

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Apresentação de Trabalhos

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