tenis 01 nutrifisio

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1 Anatomia funcional do Tênis Ft. Priscila Zanon Candido Ft. Priscila Zanon Candido Dr. Gilbert S. S. Dr. Gilbert S. S. Bang Bang Saque Preparação I: Flexores do dedo e punho, serrátil anterior, bíceps, peitoral maior, subescapular (empunhadura, pé direito atrás, flexão de braço, rotaçao interna) Lançamento: supraespinhal, deltóide, redondo menor, bíceps, grande dorsal, glúteo, tríceps sural, isquiotibias e quadríceps (rotaçao externa e abdução do ombro, cotovelo flexionado, extensão e rotação a direita do tronco, flexão máxima do joelho para o salto) Aceleração: Quadrípes, abdominais, grande dorsal, Peitoral maior, subescapular, serrátil anterior ( inicio da extensão do joelho para o salto, volta da extensão e rotaçao do tronco, abdução, extensão e volta da rotação lateral do braço) Contato: Quadríceps, tríceps sural, reto abdominal, peitoral maior, subescapular, serrátil anterior, flexores e pronadores do punho (extensão do joelho, flexão plantar, abduçao, flexão e rotação interna do braço) Terminação: Todos anteriores e estabilizadores de tornozelo (flexão e rotação para a esquerda do tronco, flexão do punho, rotação medial do ombro)

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Anatomia funcional do Tênis

Ft. Priscila Zanon CandidoFt. Priscila Zanon Candido

Dr. Gilbert S. S. Dr. Gilbert S. S. BangBang

SaquePreparação I:

Flexores do dedo e punho, serrátil anterior, bíceps, peitoral maior, subescapular

(empunhadura, pé direito atrás, flexão de braço, rotaçaointerna)

Lançamento:supraespinhal, deltóide, redondo menor, bíceps, grande dorsal,

glúteo, tríceps sural, isquiotibias e quadríceps(rotaçao externa e abdução do ombro, cotovelo flexionado,

extensão e rotação a direita do tronco, flexão máxima do joelho para o salto)

Aceleração:Quadrípes, abdominais, grande dorsal, Peitoral maior,

subescapular, serrátil anterior( inicio da extensão do joelho para o salto, volta da extensão e

rotaçao do tronco, abdução, extensão e volta da rotação lateral do braço)

Contato:Quadríceps, tríceps sural, reto abdominal, peitoral maior,

subescapular, serrátil anterior, flexores e pronadores do punho

(extensão do joelho, flexão plantar, abduçao, flexão e rotação interna do braço)

Terminação:Todos anteriores e estabilizadores de tornozelo(flexão e rotação para a esquerda do tronco, flexão

do punho, rotação medial do ombro)

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Forehand

• MMSS:– Aceleração:

• Subescapular, peitoral maior, bíceps, serrátil anterior

– Terminação:• Infraespinhoso

• MMII:– Glúteos, quadríceps, tríceps sural

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Backhand

• MMSS:– Aceleração:

• Supraespinhoso, infraespinhoso, deltóide

• MMII:– Glúteos, quadríceps, tríceps sural

Fisiologia aplicada ao Tênis

Ft. Priscila Zanon CandidoFt. Priscila Zanon Candido

Dr. Gilbert S. S. Dr. Gilbert S. S. BangBang

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Fisiologia: estuda o funcionamento do corpo

Fisiologia do exercício: a adaptação do corpo ao estresse agudo e crônico do exercício

1. Duração de esforço físico:

- tempo médio de um jogo é de uma hora e meia- a duração média de um ponto jogado é de 8 segundos- o tempo real de jogo (troca de bolas) é de 20% a 30% do tempo total do jogo (por exemplo: uma hora de jogo corresponde a 12-18 minutos de esforço físico).

• Desgaste durante um jogo longobatimento cardíacoconsumo de oxigênio

. stress físico e mental

. gasto energético equivalente a um maratonista

Pequeno tempo de recuperação entre os jogos, leva a uma queda de rendimento ideal

Tempo ideal: 24 hs

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2. Função cardiorrespiratória:

- o VO² máximo varia entre 44 e 69 ml/kg/min, caracterizando então, como esporte predominantemente anaeróbico

- jogadores que atacam mais têm valores menores de VO² máximo

- esporte intermitente, ou seja, intercala-se atividade física com repouso ("stop/start").

3. Velocidade e Agilidade:

- o Tênis exige alta velocidade de reação e explosão

- exige-se velocidade multidirecional(frente/trás/lados/diagonais);

- segundo os princípios da especificidade, o treino de tiros/sprints deve usar distância não maior que a distância que o atleta correria durante um ponto. A distância apropriada é de 20 metros

4. Força:- deve-se ter força de preensão e resistência dos músculos flexores do punho e dos dedos para a transmissão de força para o golpe/contato. A máxima força obtida foi de 600N

- músculos exigidos no saque em ordem de importância: rotadores internos do ombro, flexores do punho, grande dorsal, pronadores, flexores do ombro

- os rotadores internos e externos do ombro têm grande importância nos demais golpes, principalmente o infraespinhoso e redondo menor de forma excêntrica

- apesar de ser um esporte unilateral, o treino de força deve ser bilateral tanto dos membros inferiores quanto superiores.

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5. Flexibilidade:

- amplitude de movimento da articulação do ombro deve ser treinada

- os músculos lombares e posteriores das coxas de tenistas são menos flexíveis quando comparados a atletas de outros esportes

6. Componentes físicos, idade e ranking:

- quanto melhor a agilidade, melhor o nível competitivo do atleta

- a técnica tem maior influência do que a capacidade física nos tenistas infanto-juvenis (antes da puberdade)

- com o passar dos anos há maior alteração da mobilidade do ombro e assim, maior ocorrência de lesões

- flexibilidade nos juvenis não interfere no controle e velocidade de bola. Ao longo dos anos, essa interferência passa a ser observada

7. Fadiga:- na fadiga temos: diminuição da velocidade da bola, diminuição da propriocepção e controle corporal

- necessidade de repouso adequado em virtude do acúmulo de produtos de degradação ácidos que a médio prazo pode levar à síndrome de overtraining

- na sensação de fadiga, a acurácia dos golpes chegam a diminuir 81%

- após duas horas de treino há aumento do número de erros não forçados e erros de primeiro saque

- as variações fisiológicas durante o jogo de Tênis não parecem demonstrar relação entre acúmulo de ácido lático e fadiga

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CONCLUSÕES E PESQUISA DE FUTURO

- considerando-se 10 segundos como o tempo médio de duração de um ponto em jogo oficial e 20 segundos o intervalo entre os pontos, um treino de drills deve levar em consideração esse padrão, ou seja, drillscom duração de 5 a 20 segundos e descanso numa relação de 1:3 a 1:5 (15 a 100 segundos de descanso)

- a distância dos tiros deve ser de 20 metros, com drills que combinam linear, lateral, e movimentos de multidirectional

- A capacidade aeróbia boa é importante para recuperação durante jogo e entre sessões

- A força deve ser equilibrada em todos os músculos para desempenho o ótimo

M S Kovacs. Applied physiology of tennis performance

Saque

• Os músculos envolvidos no movimento de saque e sua ordem de ativação:

• 1° - serrátil anterior (287 milissegundos antes do contato com a bola)2° - porção anterior do deltoide (250 milissegundos)3° - trapézio superior (234 milissegundos)4° - redondo menor (214 milissegundos)5° - porção posterior do deltóide (157 milissegundos)6° - supraespinhoso (103 milissegundos)7° - infraespinhoso (47 milissegundos após o contato com a bola)

Ativação Muscular no Saque

Estudo de eletromiografia em tenistas profissionais:

- avaliaram-se os músculos reto abdominal, oblíquo interno, oblíquo externo, eretores da espinha (lombar);- todos os músculos entraram em ação durante os três tipos de saque (flat, topspin e slice);- houve maior ativação do reto abdominal no saque topspin;- foi observada ação assimétrica dos músculos reto abdominal e oblíquo externo (maior no lado não-dominante);- há co-contração dos músculos abdominais e lombares.

Desta forma, destaca-se a importância do treinamento destes músculos para estabilização da coluna melhorando o equilíbrio e desempenho no saque bem como a inclusão de exercícios específicos durante a fase de reabilitação de lesão

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Saque: Comparação entre Avançados e Intermediários

Estudo comparou o movimento do saque de tenistas avançados e intermediários e publicado na revista Sports Medicine, Arthroscopy, Rehabilitation, Therapy & Technology:

Os músculos reto abdominal, oblíquo externo, oblíquo interno, eretor da espinha além do ângulo de extensão e rotação da coluna foram avaliados por eletromiografia e filmagem.Os resultados mostram que:

- tenistas avançados fazem menor hiperextensão da coluna, maior flexão lateral para esquerda e maior rotação para a direita (preparação);- o reto abdominal esquerdo tem ativação maior nos tenistas avançados;- todos os músculos têm maior atividade na fase de aceleração;- o eretor da espinha tem maior ativação após o contato

Com base nos resultados, os autores sinalizam que os movimentos de hiperextensão e maior flexão decorrente disso sobrecarregam a lombar podendo ser a causa de lombalgia nos tenistas menos experientes.

Avaliação fisioterapêutica

Ft. Priscila Zanon CandidoFt. Priscila Zanon Candido

4- Exame físico4.1- Inspeção . Edema. Hipotrofia. Hipertrofia. Cicatriz. Cotovelo Varo ou Valgo. Ritmo escapulo umeral. NormalObs:

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4.2- Palpação Óssea. Palpar as articulações e tuberosidades da

região observada, exemplo:. Calo ósseo. Ólecrano. Epicondilo lateral. Epicondilo medial. Acrômio. Espinha escapular. Articulação acrômio-clavicular . Articulação esterno-clavicular

4.3- Palpação de Tecidos Moles. Edema . Hipotrofia. Hipertrofia. Hipotonia. Hipertonia. Dor no ventre muscular. Dor no tendão

4.4- Grau de Mobilidade (ADM). Flexão. Extensão. Abdução. Adução. Rotação Interna. Rotação Externa. Pronação. Supinação. Entre outros. Dor ao movimento

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4.5- Força Muscular. Flexão ____. Extensão ____. Abdução ____. Adução ____. Rotação Interna ____. Rotação Externa ____. Pronação ____. Supinação ____. Entre outros

4.6- Sensibilidade

Normal ou Diminuída

. Tátil

. Dolorosa

. Térmica

4.7- Cirtometria

4.8- Escala Analógica da Dor_____________________________0 10

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4.9- Testes EspeciaisRelacionados à lesão

. Apley (mobilidade )

. Yergason (estabilidade do tendão do bíceps)

. Jobe (supraespinhoso)

. Estabilidade ligamentar (ligamentos colaterais medial e lateral) do cotovelo

. Teste do Cotovelo de Tenista (epicondiliteLateral)

. entre outros

Estabilização Escapulotorácico

• Os jogadores normalmente dão atenção ao desenvolvimento muscular dos braços, peitorais, ombros, mas se esquecem de avaliar as costas. Ali pode estar um dos focos de origem das lesões do ombro.

• A articulação do ombro é composta por um conjunto grande de músculos e dentre eles destaca-se o serrátil anterior, o qual estabiliza a escápula durante os movimentos do ombro. Seu bom funcionamento permitirá que o manguito trabalhe corretamente.

Estabilização Escapulotorácico

• fraqueza do serrátil anterior →desequilíbrios → ocorrência de lesões.

• tenistas → elevação do braço e potentes golpes para frente → os músculos estabilizadores da escápula vão se tornando mais fracos → a escápula tende a saltar para fora e para o lado → escápula abduzida.

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Avaliação Postural

prevenir

alterações posturais precoces nos atletas

profissionalização precoce

Reabilitação no Esporte

Ft. Priscila Zanon CandidoDr.Gilbert S.S.Bang

Equipe multidisciplinar• Técnico

• Médico

• Fisioterapeuta

• Nutricionista

• Preparador Físico

• Psicólogo

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• Avaliação fisioterapêutica

• Analgesia, antiinflamatório (dor aguda e dor crônica)

• Alongamento, restauração da ADM

• Fortalecimento

• Propriocepção- equilíbrio muscular- treino do gesto esportivo

Fisioterapeuta

Reabilitação no Esporte

• Instrumentos de Avaliação, Mensuração

• Escolha das modalidades de tratamento

Modalidades de Tratamento• Medicamentoso (médico)

– Oral, parenteral, tópico

• Meios físicos– Eletroterapia– Termoterapia– Fototerapia

• Cinesioterapia– Alongamentos– Fortalecimento– Treinamento

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Medicina Física

Medicina Física

Modalidades de Tratamento• Outros

– Acupuntura– Massoterapia e Manipulação Vertebral– Medicina Paliativa e Complementar

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Manipulação Vertebral

Exercícios Passivos

• Exercícios realizados com aplicação de força externa

• Função: restaurar, manter ou aumentar o ângulo dos movimentos articulares

Exercícios Ativos

• Movimento voluntários, com ou sem resistência e gravidade.

• Modalidades:– Assistido: auxiliado pelo terapeuta– Resistido: contra resistência

• Dinâmicos (isotônicos, isocinéticos)• Estáticos (isométricos)

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Exercícios Ativos – Isométricos

• Geração de força sem variação do ângulo articular

• É o método menos eficaz de se aumentar a força– Limitação do ângulo articular

• Utilização na fase inicial do processo de reabilitação

Exercícios Ativos

• Concêntricos– Ângulo articular diminui com a contração– Aceleração

• Excêntricos– Ângulo articular aumenta com a contração– Desaceleração

O exercício excêntrico pode gerar forças 14-50% maiores que exercício concêntrico.

Exercícios Ativos – Isotônicos

• Resistência fixa

• Variação da velocidade do movimento inversamente proporcional à carga.

• Força diminui nos extremos da amplitude articular

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Exercícios Ativos – Isocinético

• Resistência variável

• Velocidade angular pré-estabelecida

Isocinético

Isocinético

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Exercícios Pliométricos• Une força e velocidade do movimento

• Resultados: resposta muscular explosiva e reativa

• Utilização: fase final da reabilitação

• Período de recuperação: 48-72 horas

• Contra-indicação absoluta:– Dor– Falta de treinamento prévio– Cirurgia recente

Propriocepção• Controle neuromuscular necessário para

estabilidade articular

• Consciência da postura, do movimento e das mudanças no equilíbrio, conhecimento da posição, do peso e da resistência dos objetos em relação ao corpo.

• Estruturas pericapsulares

Exercícios Preventivos

preparar as regiões susceptíveis as lesões

3x sem / após treino / exercícios que simulam os golpes do tênis

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Tipos de quadras

Ft. Priscila Zanon CandidoFt. Priscila Zanon Candido

Grand Slams

Quadras sintéticas (rápidas):Abertos dos Estados Unidos- US OpenAberto da Austrália

Grama:Wimbledon, na Inglaterra

Saibro:Roland Garros, na França

Quadras sintéticas (rápidas):-jogo mais rápido-não absorve tanto o impacto da bola-beneficia o jogador mais agressivo

Grama:-superfície oferece pouco atrito para frear a bolinha, que ao deslizar na grama quase não perde velocidade e fica rente ao chão - Não permite o deslizamento

Saibro:-quando a bolinha quica, a maior parte da força dela é absorvida pelo chão-menor velocidade da bolinha-a bola chega numa trajetória quase que horizontal, mas o grande atrito com o piso faz ela subir - Beneficia o jogador que prefere trocar bolas

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Diferenças entre o saibro e a quadra rápida

1. O tempo de jogo é maior no saibro

2. A distância percorrida, a frequência cardíaca e a concentração de lactato mostrou ser maior nos jogos no saibro

3. No saibro, a exigência física é mais constante sem altos e baixos

4. O treino aeróbico, as repetições na musculação ou treinos funcionais aumenta quando se treina para um torneio no saibro

J Strength Cond Res. 2007 Feb;21(1):112-7Br J Sports Med. 2006 Sep;40(9):791-6

Estudos das lesões em diferentes tipos de quadras:

-Os jogadores masters informaram menos problemas de joelho quando eles tinham jogado no saibro (Kulund et al- 1979)

-Quinze jogadores de tênis tiveram mais lesões de MMII ao jogar em quadras rápidas (von Salis-Soglio-1979)

-Lesões em MMII em quadras duras são 2 vezes mais freqüentes que nos MMSS ou tronco em um campeonato de tênis juniores nos EUA. (Hutchinson et al. -1995)

-Freqüências de lesões são 4 a 8 vezes menor as quadras de saibros (devido permitir deslizamento) comparada com a quadra rápida (Nigg, B.M; University Canada)

Prevenção

Quadras sintéticas e gramas:-maior lesão em MMII, principalmente tornozelo-maior número de freadas, aceleração e desaceleração sem deslizamento-enfatizar o alongamento e fortalecimento de MMII-iniciar o retorno do atleta no saibro, pois pode deslizar nas freadas

Quadra de Saibro:- maior lesão em tronco e MMSS -enfatizar o alongamento e fortalecimento de tronco e MMSS

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Tênis em Cadeiras de Rodas

Ft. Priscila Zanon CandidoFt. Priscila Zanon CandidoDr. Gilbert Dr. Gilbert BangBang

O tênis em cadeira de rodas é um esporte paraolímpico praticado por cadeirantes cuja deficiência seja a perda dos membros ou a incapacidade de utilizá-los para locomoção

Utiliza as mesmas quadras do tênis convencional utilizando as mesmas regras com pequenas adaptações

Wikipédia

Tênis em Cadeiras de Rodas

• Esporte como instrumento de:

– Integração Social e esporte competitiva– Programa de reabilitação(melhora da força, resistência, equilíbrio)

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- A lesão no tênis em cadeiras de rodas ocorre devido a técnica inadequada ou overuse

-Com maior incidência em MMSS, devido a sobrecarga e a movimentação da cadeira

Lesões• Punho: Síndrome do Túnel do Carpo

– Movimento repetitivo de flexão e extensão do punho para impulsionar a cadeira de rodas

– Empunhadura– Golpes repetidos conta a bola

• Cotovelo: Epicondilite lateral– Empunhadura– Devido ao backhand com uma mão (não dominante)

com um certo atraso

Lesões• ombro

– Devido ao saque (início e fim do mesmo lado dominante)E ao backhand com cotovelo elevado– Desequilíbrio entre rotadores internos e externos

• tronco

– Desequilíbrio entre m.paravertebral e m.abdominal– Rotação do tronco: distensão m.reto abdominal– Lombalgia: posição sentada prolongada

Atletas com lesão medular acima de T12 faz uso de correias para estabilizar o tronco

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• Outras lesões associadas:– Escaras– Infecções urinárias– Bolhas– Hipertermia

As principais lesões no tenista

Ft. Priscila Zanon CandidoFt. Priscila Zanon Candido

As notícias de lesões que impedem os tenistas de jogarem referem-se praticamente às lesões dos membros inferiores.

Apesar do Tênis ser um esporte cuja execução dos golpes é com os membros superiores, a maioria das lesões ocorrem da cintura para baixo.

Aproximadamente 60% das lesões acometem a coxa, perna, joelho, tornozelos e pés. Isso ocorre em virtude do esporte exigir muita movimentação e transmissão de energia dos membros inferiores para o tronco e depois para os membros superiores.

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O tipo de lesão varia conforme o nível técnico.

Os amadores têm mais lesões em membros superiores, como o “tennis elbow” (epicondilite lateral, cotovelo de tenista)

Os profissionais, na coluna vertebral e membros inferiores, comotornozelos, tronco e ombro. Em virtude do acúmulo de horas de treinos e jogos certamente as lesões mais comuns são as de sobrecarga.

Nossa equipe acompanhou um torneio nacional, fazendo uma pesquisa sobre tipos e incidência de lesões em tenistas infanto-juvenis. Os resultados observados demonstraram que:

- as lesões ocorrem mais em meninos do que em meninas, possivelmente pelo maior número de praticantes masculinos e por maior tempo de treino e/ou competição;- a partir dos 14 anos, a incidência de lesão aumenta tanto em meninos quanto meninas;- a maioria das lesões (56%) ocorreu em meninos das categorias 16 e 18 anos;- 54% das lesões ocorreram nos membros superiores (dos ombros às mãos) seguido por membros inferiores (28%) e tronco (coluna e abdômen) com 18%;- 77% das lesões foram de partes moles (músculos, tendões e ligamentos).

O principal mecanismo de lesão é, sem dúvida, a sobrecarga

A combinação de movimentos repetitivos com alta intensidade, tanto em treino quanto competição, predispõe a esse tipo de lesão

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Outros importantes fatores que podem levar as lesões são:

Técnica inadequada

Mau planejamento do calendário

Desequilíbrio muscular

Tipo de empunhadura da raquete

A influência de colocar peso na raquete

Pesquisadores da Universidade de Lyon na França avaliaram os músculos dos tenistas em jogos com e sem peso na raqueteConclusões: -Quanto maior o peso na raquete menor a ativação dos mm. Peitoral maior, Grande dorsal e bíceps

Se houve redução da ação muscular apesar do aumento do peso da raquete, devemos considerar um aumento de esforço muscular no antebraço pelo esforço de segurar um peso maior. Daí, podemos encontrar uma explicação pelas queixas frequentes de dor no punho com o aumento de peso da raquete.

Da mesma forma, a diminuição da ativação muscular proximal (músculos próximos do ombro) pode levar à queixa de dor no ombro já que a biomecânica não muda, mas a exigência física, sim.

Peso extra na raquete

da vibração da raquete

recrutamento de fibras vermelhas (resistência)

fibras brancas (potência)

precisão dos golpes

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Conhecendo-se as articulações mais acometidas por sexo e idade, torna-se possível desenvolver um trabalho específico de prevenção de lesões