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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS DE SINOP INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS CURSO DE AGRONOMIA FERTILIZANTES FOLIARES ASSOCIADOS À FUNGICIDA NO CONTROLE IN VITRO DE Colletotrichum truncatum E Corynespora cassiicola SARA GABRIELA HOFFMANN SINOP- MT Julho - 2019

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

CAMPUS DE SINOP

INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS

CURSO DE AGRONOMIA

FERTILIZANTES FOLIARES ASSOCIADOS À FUNGICIDA NO

CONTROLE IN VITRO DE Colletotrichum truncatum E Corynespora

cassiicola

SARA GABRIELA HOFFMANN

SINOP- MT Julho - 2019

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SARA GABRIELA HOFFMANN

FERTILIZANTES FOLIARES ASSOCIADOS À FUNGICIDA NO

CONTROLE IN VITRO DE Colletotrichum truncatum E Corynespora

cassiicola

SARA GABRIELA HOFFMANN

ORIENTADORA: PROFª DRª SOLANGE MARIA BONALDO

CO-ORIENTADORA: GISLAINE DE SOUZA OLIVEIRA

Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) apresentado ao curso de Agronomia do ICAA/CUS/UFMT, como parte das exigências para a obtenção do Grau de Bacharel em Agronomia.

SINOP- MT

Julho – 2019

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Dados Internacionais de Catalogação na Fonte.

Ficha catalográfica elaborada automaticamente de acordo com os dados fornecidos pelo(a) autor(a).

Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte.

H711f Hoffmann, Sara Gabriela.

Fertilizantes foliares associados à fungicida no controle in vitro de Colletotrichum truncatum e Corynespora cassiicola / Sara Gabriela Hoffmann. -- 2019

36 f. : il. color. ; 30 cm.

Orientadora: Solange Maria Bonaldo.

Co-orientadora: Gislaine de Souza Oliveira.

TCC (graduação em Agronomia) - Universidade Federal de Mato Grosso, Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais, Sinop, 2019.

Inclui bibliografia.

1. Controle. 2. Antracnose. 3. Mancha foliar. I. Título.

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A minha família que sempre se mostrou presente me incentivando e apoiando nessa

fase da minha vida, dedico. Sem vocês, nada disso seria possível.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus primeiramente, por me conceder saúde e coragem para enfrentar os

obstáculos.

Aos meus pais, Emerson Hoffmann e Liliane Dettmer Hoffmann, aos meus irmãos,

Sandro Felipe Hoffmann e Shaiene Thalia Hoffmann, e demais familiares, que durante toda a

minha vida estiveram ao meu lado. Pelos valores, ensinamentos, incentivos, momentos de

descontração, palavras de conforto e, compreensão pelas vezes em que me privei de suas

companhias para dedicação aos estudos. Muito obrigada.

Ao meu namorado, Sandro Pitaro Buso, por todo amor, companheirismo, parceria, e

por estar ao meu lado em todos os momentos, sempre atencioso e disposto a ajudar.

A minha orientadora, professora Solange, mulher e profissional que admiro muito.

A turma 2015/2, em especial minhas queridas amigas Debora Paula Travaglia Menocin

e Poliana Elias Figueredo, que sempre estiveram ao meu lado durante toda a graduação.

Obrigada por todos os momentos de companheirismo, descontração, estudos, sonhos e

angústias compartilhados.

Aos colegas do Laboratório de Microbiologia/Fitopatologia, em especial ao Carlos

Wilson Ferreira Alves, que me auxiliou nos experimentos e tornou-se um grande amigo, e

também a Gislaine de Souza Oliveira, que sempre esteve disposta a tirar minhas dúvidas e

me auxiliar no trabalho.

A todos os professores da graduação, que no decorrer destes anos, nos transmitiram

conhecimento para que pudéssemos completar mais esta etapa.

A todos que, de alguma forma, fizeram parte da minha formação, sou imensamente

grata.

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SUMÁRIO

RESUMO .............................................................................................................................. 8

ABSTRACT .......................................................................................................................... 9

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................10

2. REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................................12

2.1 Colletotrichum truncatum ........................................................................................12

2.2 Antracnose da soja ...................................................................................................12

2.3 Corynespora cassiicola ............................................................................................13

2.4 Mancha alvo do algodoeiro ......................................................................................14

2.5 Fertilizantes foliares .................................................................................................15

3. MATERIAL E MÉTODOS.................................................................................................16

3.1 Obtenção e manutenção dos isolados de Colletotrichum truncatum e Corynespora cassiicola ..................................................................................................16

3.2 Delineamento experimental e análise estatística ...................................................16

3.3 Condução do experimento .......................................................................................16

3.3.1 Bioensaio de crescimento micelial de Colletotrichum truncatum e Corynespora cassiicola ..............................................................................................16

3.3.2 Bioensaio de esporulação de Colletotrichum truncatum e Corynespora cassiicola .....................................................................................................................18

3.3.3 Bioensaio de germinação de esporos de Colletotrichum truncatum e Corynespora cassiicola ..............................................................................................19

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO .......................................................................................21

4.1 Avaliação de crescimento micelial ..........................................................................21

4.2 Inibição de crescimento micelial .............................................................................26

4.3 Inibição de esporulação ...........................................................................................28

4.4 Inibição de germinação de esporos ........................................................................29

5. CONCLUSÕES ................................................................................................................32

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................................33

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RESUMO

O aumento significativo do número de doenças causadas por fungos, tem sido um dos fatores limitantes para a máxima produtividade das principais culturas economicamente relevantes. Levando-se em consideração que o controle químico é o mais utilizado atualmente, a pesquisa sobre formas de controle alternativo torna-se indispensável. Com isso, este trabalho avaliou a interação entre fertilizantes foliares e fungicida para o controle in vitro sobre os fitopatógenos Colletotrichum truncatum e Corynespora cassiicola. Foram utilizados isolados de C. truncatum de soja (CN-1) e C. cassiicola de algodão. O experimento foi realizado utilizando-se o delineamento inteiramente casualizado com os seguintes tratamentos: testemunha (controle negativo); Fox; Fox+Smart Cobre (0,4 L/ha); Fox+Smart Cobre (0,8 L/ha); Fox+TriTek; Fox+Protector DC (0,75 L/ha); Fox+Protector DC (1,00 L/ha); Fox+Protector DC+Smart Cobre; Fox+Protector DC+Smart Cobre+TriTek e Fox+Unizeb Gold. Avaliou-se a área abaixo da curva de progresso micelial (AACPM), taxa de crescimento (TC), inibição do crescimento micelial, inibição de esporulação e inibição de germinação de esporos. A interação entre fertilizantes foliares e fungicida foi eficiente no controle in vitro de Colletotrichum truncatum e Corynespora cassiicola. Palavras-chave: controle, antracnose, mancha foliar.

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ABSTRACT

The significant increase in the number of fungal diseases has been one of the limiting factors for the maximum yield of the main economically relevant crops. Considering that chemical control is the most used today, research on alternative control forms becomes indispensable. Thus, this work evaluated the interaction between foliar fertilizers and fungicide for in vitro control over the phytopathogens Colletotrichum truncatum and Corynespora cassiicola. Isolates of soybean C. truncatum (CN-1) and cotton C. cassiicola were used. The experiment was carried out using a completely randomized design with the following treatments: control (negative control); Fox; Fox+Smart Cobre (0,4 L/ha); Fox+Smart Cobre (0,8 L/ha); Fox+TriTek; Fox+Protector DC (0,75 L/ha); Fox+Protector DC (1,00 L/ha); Fox+Protector DC+Smart Cobre; Fox+Protector DC+Smart Cobre + TriTek and Fox+Unizeb Gold. The area below the mycelial progress curve (AACPM), growth rate (TC), mycelial growth inhibition, sporulation inhibition and spore germination inhibition were evaluated. The interaction between foliar and fungicide fertilizers was efficient in the in vitro control of Colletotrichum truncatum and Corynespora cassiicola. Key-words: control, anthracnose, leaf spot.

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1. INTRODUÇÃO

A soja [Glycine max (L.) Merr.] é considerada uma espécie economicamente relevante

em todo o mundo, sendo uma das mais importantes comódites agrícolas. No entanto,

inúmeros fatores podem influenciar a alta produtividade da cultura, por exemplo, condições

ambientais, solo e doenças, como no caso da antracnose (RAMOS et al., 2010).

A antracnose está associada aos fungos Colletotrichum truncatum e Colletotrichum

cliviae, e é uma das principais doenças da cultura da soja no Cerrado brasileiro, visto que, a

cultura apresenta suscetibilidade em todos os estágios de desenvolvimento (ALMEIDA et al.,

2005; BARBIERI et al., 2017). Sementes contaminadas e restos culturais são fontes de

inóculo do patógeno, e alguns sintomas da infecção são tombamento de plântulas, necrose

em vagens, folhas e hastes, entre outros.

O algodão (Gossypium hirsutum L.) encontra-se entre uma das principais culturas

exploradas no Brasil, e assim como a soja, possui fatores limitantes de rendimento, dentre

eles as doenças. Chitarra (2014) relata algumas doenças no algodoeiro, dentre elas a

ramulose (Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides), mancha angular (Xanthomonas

axonopodis pv. malvacearum), doença azul (Cotton leafroll dwarf virus), murcha de fusarium

(Fusarium oxysporum f. sp. vasinfectum), entre outras.

O fungo Corynespora cassiicola, agente causal da mancha alvo no algodão e na soja,

apresenta uma vasta gama de hospedeiros, além disso, sobrevive em restos culturais,

resultando em sua sobrevivência por longos períodos. A planta quando infectada apresenta

pontuações arroxeadas, que com a intensificação da doença evolui para manchas circulares

maiores de coloração castanho claro à escuro, e apresenta uma pontuação na região central

(CAMPOS et al., 2005).

A expansão das áreas agrícolas juntamente com a monocultura tem ocasionado o

aumento das doenças nas lavouras, uma vez que os patógenos sobrevivem em restos

culturais e possuem alimento em abundância. Além disso, o estado de Mato Grosso, é um

dos mais produtivos do país (CONAB, 2019), porém, a região apresenta condições favoráveis

para o desenvolvimento de patógenos, como umidade e altas temperaturas por exemplo

(KIMATI et al., 1997), prejudicando o rendimento da produção.

Dentre os métodos de controle existentes, o mais utilizado é o controle químico

realizado por meio da aplicação de fungicidas (MICHEREFF, 2001). No entanto, diversas

pesquisas têm sido realizadas visando a utilização de controles alternativos para os

patógenos.

A nutrição mineral de plantas tem sido muitas vezes utilizada no manejo integrado de

doenças, considerando-a como fator ambiental facilmente manipulável. Portanto, estes

nutrientes são considerados como complemento no controle de patógenos, visto que,

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apresentam funções relevantes no metabolismo vegetal, influenciando no crescimento e na

produtividade da planta, além de ativar mecanismos de defesa contra os patógenos

(CASSETARI et al., 2008).

Neste contexto, este trabalho avalia a interação entre fertilizantes foliares e fungicida

no controle in vitro de Colletotrichum truncatum e Corynespora cassiicola.

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2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Colletotrichum truncatum

O fungo Colletotrichum truncatum foi descrito pela primeira vez por Andrus e Moore

(1935). Pertence ao filo Ascomycota, classe Sordariomycetes, ordem Glomerellales, família

Glomerellaceae e gênero Colletotrichum. Na fase perfeita classifica-se no gênero Glomerella

e apresenta alguns sinônimos como C. dematium sp. e Vermicularia truncata (INDEX

FUNGORUM, 2019).

Apresenta micélio septado, conídios hialinos e unicelulares, e reprodução assexuada

através de conídios produzidos nos acérvulos (PUTZKE; PUTZKE, 2002). A infecção consiste

na formação de uma estrutura especializada conhecida como apressório. Esta estrutura é

formada nas extremidades dos tubos germinativos ou das hifas, e fixam-se sobre a superfície

do hospedeiro, penetrando através da cutícula (MERCER et al., 1975). Além disso, Menezes

(2006) afirma que os apressórios são resistentes em condições adversas, atuando também

como órgão de sobrevivência.

As colônias caracterizam-se por colorações que variam de tonalidades branco a

cinza escuro, presença de micélio aéreo e de escleródios em algumas espécies. Geralmente

os conídios são agregados em acérvulos, mas são encontrados também em ramificações do

micélio (SUTTON, 1992).

O gênero Colletotrichum é composto por espécies que apresentam alta variabilidade

e inespecifidade quanto aos hospedeiros, ou seja, diferentes espécies podem infectar várias

partes de um mesmo hospedeiro, e também, diversos hospedeiros podem ser infectados por

uma única espécie (MENEZES, 2006). Ainda segundo o autor, as espécies desse gênero

podem apresentar tanto formas saprofíticas quanto patogênicas, sendo que as patogênicas

são as responsáveis por causar doenças economicamente relevantes, conhecidas

comumente como antracnose, que são encontradas em inúmeros hospedeiros.

A espécie C. truncatum possui alto potencial de dano, causando doença em diversas

espécies de regiões tropicais e subtropicais, como no caso das leguminosas e solanáceas

(CANNON et al., 2012). Segundo Münch et al., (2008) na fase biotrófica da infecção,

inicialmente o fungo produz os apressórios para penetrar a cutícula do hospedeiro, após seu

estabelecimento inicia a produção de hifas primárias, sem causar a morte das células.

Posteriormente, na fase necrotrófica, as hifas secundárias formadas passam a matar as

células do hospedeiro.

2.2 Antracnose da soja

A soja [Glycine max (L.) Merrill] é o grão mais produzido no país, sendo que, o estado

de Mato Grosso é responsável por aproximadamente um terço da produção nacional,

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atingindo na safra 2018/19 uma estimativa de 32.454,5 mil toneladas (CONAB, 2019a). Dentre

os fatores determinantes da máxima produtividade da cultura, estão as doenças causadas por

fungos, bactérias, nematóides e vírus (SINCLAIR; HARTMAN, 2008).

Cerca de 40 doenças foram relatadas na cultura da soja no Brasil, e em consequência

da monocultura e da expansão para novas áreas, este número tende a crescer. Estima-se

que os danos anuais na produção devido às doenças esteja entre 15 a 20% (GODOY;

MEYER, 2017). De acordo com a Embrapa (2004) não há estimativa de perda causada pela

antracnose na cultura da soja, porém, na região central do Brasil em áreas de cerrado pode

ocasionar perda total de produção.

A antracnose, doença causada pelo fungo Colletotrichum truncatum e Colletotrichum

cliviae (BARBIERI et al., 2017), ocorre principalmente na região dos cerrados, que

apresentam elevada precipitação e altas temperaturas. A maior incidência da doença ocorre

devido a deficiências nutricionais e utilização de sementes infectadas, pois o patógeno

sobrevive na entressafa em restos culturais (KIMATI et al., 1997).

Esta doença pode afetar todos os estágios de desenvolvimento da cultura, podendo

causar morte das plântulas, manchas nas folhas, hastes e vagens e também necrose nos

pecíolos (GALLI et al., 2007). Segundo Kimatti et al., (1997) a doença pode ocasionar queda

total de vagens ou apodrecimento das sementes em colheita tardia. Além disso, plântulas

procedentes de sementes contaminadas apresentam necrose nos cotilédones, que pode

expandiar para o hipocótilo, resultando no tombamento.

Kimati et al., (1997) definem algumas medidas de controle: o uso de sementes não

contaminadas, manejo adequado de solo, rotação de cultura, maior espaçamento entre as

linhas e tratamento de sementes para lotes que apresentem acima de 5% de sementes

infectadas. Segundo Basso et al., (2015) o produtor deve optar por medidas que visam

prevenir a doença, como uso de cultivares resistentes, rotação de cultura, semente certificada,

tratamento de sementes, adubação, espaçamento e população de plantas adequados.

2.3 Corynespora cassiicola

O fungo Corynespora cassiicola (Berk. & M.A. Curtis) C.T. Wei pertence ao filo

Ascomycota, classe Dothideomycetes, ordem Pleosporales, família Dematiaceae e gênero

Corynespora (DEON et al., 2012).

Possui ampla distribuição geográfica principalmente em regiões de clima tropical e

subtropical, embora existam relatos do patógeno em regiões de clima temperado. Além disso,

o fungo apresenta aproximadamente 400 espécies de hospedeiros (SILVA et al., 1995; FARR;

ROSMAN, 2019). Há descrições do patógenos em inúmeras culturas economicamente

significativas, incluindo soja, algodão, feijão de corda, feijão comum, tomate, mandioca,

pimenta, mamão, entre outras culturas (QI et al., 2011).

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Sua colônia em meio de cultura apresenta coloração que varia de branco à cinza

escuro. O micélio não apresenta estroma e os conídios são produzidos separadamente ou em

cadeia, possuem formato obclavado a cilíndrico e podem ser encontrados ligeiramente

curvados ou retos. Apresentam coloração marrom oliváceo, com presença de hilo de

coloração escura na borda (ELLIS; HOLLIDAY, 1971).

Para que os esporos iniciem o processo germinativo, é necessário que as condições

ambientais sejam favoráveis, tais como, temperatura, luz e umidade elevadas. Em condições

ideais, a germinação ocorre com a emissão da primeira hifa, classificada como tubo

germinitativo ou promicélio. Em seguida, quando há o reconhecimento do estômato, ocorre a

formação do apressório, que permite a penetração do fungo na superfície do hospedeiro

(AMORIM, 2018). Ainda segundo a autora, o fungo C. cassiicola é classificado como

necrotrófico, pois coloniza o hospedeiro e mata suas células através da produção da toxina

cassiicolin, e posteriormente retira nutrientes dessas células mortas.

Portanto, seu desenvolvimento e invasão é realizado através de atividade saprofítica.

Além disso, a espécie também pode apresentar atividade endofítica, quando encontrada em

restos culturais ou em tecidos vivos assintomáticos. Essa característica associada à grande

quantidade de hospedeiros do patógeno, resultam em sua sobrevivência por longos períodos

no campo (DÉON et al., 2012; PERNEZNY; SIMONE, 1999).

C. cassiicola tem causado perdas cada vez mais significativas em culturas como o

algodão e soja (ALMEIDA et al., 2005; GALBIERI et al., 2014) com perdas de produtividade

podendo atingir de 20 a 30% (KREYCI; MENTEM, 2013).

Recentemente, foram encontrados isolados de C. cassiicola com sensibilidade

reduzida para os fungicidas SDHI (carboxamidas) em soja, ressaltando-se a importância de

algumas medidas de controle preventivas para preservar a manutenção da eficácia dos

fungicidas, visto que há proximidade deste sistema produtivo com o da cultura do algodão e

ambas culturas hospedam o mesmo patógeno (FRAC, 2018, 2019).

2.4 Mancha alvo do algodoeiro

O algodão (Gossypium hirsutum L.) é considerado uma das mais relevantes culturas

agrícolas do país, devido ao seu valor econômico e social. A expansão do cultivo no Cerrado

brasileiro está relacionada principalmente à utilização de altas tecnologias e investimento na

qualidade de fibra (CHITARRA, 2014). O estado de Mato Grosso é o maior produtor de

algodão do Brasil, sendo responsável por cerca de 65% da produção nacional, atingindo 1.765

mil toneladas na safra 17/18 (CONAB, 2019b).

No entanto o plantio suscessivo sem rotação de culturas e destruição adequada de

restos culturais, associadoa a cultivares suscetíveis e condições climáticas favoráveis no

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Cerrado, têm potencializado o desenvolvimento de patógenos, causando perdas no

rendimento (CHITARRA, 2014).

O fungo Corynespora cassiicola é responsável por causar a doença mancha alvo no

algodoeiro. Os sintomas desta doença são o aparecimento de pequenas pontuações

circulares arroxeadas na superfície foliar, sendo que, estas manchas aumentam de tamanho

assumindo coloração marrom e formato circular ou irregular em alguns casos. Na região

central destas manchas nota-se o aparecimento de pontuações de cor parda e anéis

amarelados, lembrando o formato de um alvo, cujo sintomas originou o nome da doença

(KIMATI et al., 2005; CAMPOS et al., 2005).

2.5 Fertilizantes foliares

A principal forma de controle de doenças nas mais diversas culturas é a aplicação de

fungicidas. No entanto, há o impacto que esses produtos podem ocasionar no ambiente, além

da pressão de seleção que exercem sobre os patógenos. Portanto, o uso de métodos de

controle alternativos, como fertilizantes foliares podem auxiliar no controle de fitopatógenos

(MORALES et al., 2012).

A associação entre a nutrição e o ambiente em que a planta está inserida podem

resultar em respostas positivas ao meio. Quando submetida a tratamentos com um organismo

ou subtância que promova ou induza a resistência, a planta torna-se capaz de manifestar

respostas bioquímicas e morfofisiológicas diferentes. Portanto, a estabilidade entre os

nutrientes pode favorecer o desenvolvimento ideal das plantas, beneficiando os processos de

defesa da mesma (MARSCHNER, 1996).

Segundo Pozza e Pozza (2003), plantas que apresentam excesso ou deficiência de

nutrientes geralmente são mais vulneráveis à ocorrência de doenças. Portanto, uma nutrição

mineral equilibrada pode resultar em menor desenvolvimento de doenças, pois beneficia a

formação de barreiras mecânicas e/ ou aumenta a concentração de compostos inibidores em

torno da área de infecção, impossibilitando a penetração e infecção de patógenos.

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3. MATERIAL E MÉTODOS

3.1 Obtenção e manutenção dos isolados de Colletotrichum truncatum e Corynespora

cassiicola

Os experimentos foram realizados no Laboratório de Microbiologia/ Fitopatologia da

Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT, Campus Sinop.

Foram utilizados isolados de Colletotrichum truncatum de soja (CN-1) e Corynespora

cassiicola de algodão, obtidos da micoteca do Laboratório de Microbiologia/ Fitopatologia da

UFMT, Campus Sinop. Os isolados foram repicados para meio de cultura Batata-Dextrose-

Ágar (BDA) e incubados em câmara BOD a 25°C ± 2°C por 10 dias.

3.2 Delineamento experimental e análise estatística

O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado (DIC), e os

dados obtidos foram submetidos à análise de variância (ANOVA), aplicando-se o teste F, a

nível de 5% de probabilidade, e as médias comparadas pelo teste de Scott Knott a 5% de

probabilidade, utilizando o programa de análises SASM-Agri (CANTERI et al., 2001). As

variáveis área abaixo da curva de progresso micelial (AACPM), taxa de crescimento micelial

(TC) e porcentagem de inibição de crescimento (PIC) foram submetidas a análise de

correlação de Person.

3.3 Condução do experimento

3.3.1 Bioensaio de crescimento micelial de Colletotrichum truncatum e Corynespora cassiicola

Para avaliação da atividade antifúngica dos produtos sobre o crescimento micelial

dos fungos foram utilizados 10 tratamentos: (T1) testemunha; (T2) Fox; (T3) Fox+Smart Cobre

(0,4 L/ha); (T4) Fox+Smart Cobre (0,8 L/ha); (T5) Fox+TriTek; (T6) Fox+Protector DC (0,75

L/ha); (T7) Fox+Protector DC (1,00 L/ha); (T8) Fox+Protector DC+Smart Cobre; (T9)

Fox+Protector DC+Smart Cobre+TriTek e (T10) Fox+Unizeb Gold (Tabelas 1 e 2), cada

tratamento foi constituído por cinco repetições. Para Fox e Unizeb Gold utilizou-se dose

conforme recomendação do fabricante, e para Smart Cobre, Protector DC e TriTek as doses

utilizadas foram determinadas pela empresa requerente.

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Tabela 1. Produtos e dosagens utilizados nos experimentos de atividade antifúngica in vitro para Colletotrichum truncatum

Tratamentos Dose ha-1

1 Testemunha - 2 Fox® 0,4 L 3 Fox® + BRANDT Smart Cobre 0,4 L + 0,4 L 4 Fox® + BRANDT Smart Cobre 0,4 L + 0,8 L 5 Fox® + BRANDT TriTek® 0,4 L + 0,2 L 6 Fox® + Target Protector DC 0,4 L + 0,75 L 7 Fox® + Target Protector DC 0,4 L + 1 L 8 Fox® + Target Protector DC + BRANDT Smart Cobre

0,4 L + 0,5 L + 0,3 L

9 Fox® + Target Protector DC + BRANDT Smart Cobre + BRANDT TriTek®

0,4 L + 0,5 L + 0,3 L + 0,2 L

10 Fox® + Unizeb Gold 0,4 L + 3kg

Tabela 2. Produtos e dosagens utilizados nos experimentos de atividade antifúngica in vitro para Corynespora cassiicola

Tratamentos Dose ha-1

1 Testemunha - 2 Fox® 0,5 L

3 Fox® + BRANDT Smart Cobre 0,5 L + 0,4 L

4 Fox® + BRANDT Smart Cobre 0,5 L + 0,8 L

5 Fox® + BRANDT TriTek® 0,5 L + 0,25 L

6 Fox® + Target Protector DC 0,5 L + 0,75 L

7 Fox® + Target Protector DC 0,5 L + 1 L

8 Fox® + Target Protector DC + BRANDT Smart Cobre

0,5 L + 0,5 L + 0,3 L

9 Fox® + Target Protector DC + BRANDT Smart Cobre + BRANDT TriTek®

0,5 L + 0,5 L + 0,3 L + 0,25 L

10 Fox® + Unizeb Gold 0,5 L + 3kg

Os meios de cultura BDA com cada tratamento foram distribuídos em placas de Petri

de 9 cm de diâmetro. Após a solidificação do meio, repicou-se um disco de micélio (7 mm Ø)

com os isolados de Colletotrichum truncatum e Corynespora cassiicola no centro de cada

placa de Petri, que foram vedadas com plástico filme e incubadas em câmara de crescimento

(BOD), escuro a 25°C ± 2°C. A avaliação do crescimento micelial iniciou-se 24 horas após a

incubação realizando medições diárias em centímetros, utilizando-se duas retas

perpendiculares (X e Y) do diâmetro da colônia fúngica, até que um dos tratamentos atingisse

6 cm (2/3 da placa).

Os dados coletados foram utilizados para calcular o crescimento micelial (cm) a partir

da fórmula:

Equação 1:

CM = X + Y

2 - D

Em que:

X = crescimento do fungo na horizontal (cm)

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Y = crescimento do fungo na vertical (cm)

D = diâmetro do furador (cm)

Para obtenção da taxa de crescimento micelial (TC) utilizou-se a regressão linear de

variação do crescimento micelial no intervalo de tempo das análises, conforme equação a

seguir:

Equação 2:

y =a + b.x

Em que 𝑎 é o intercepto ou coeficiente angular e b.x são os valores do crescimento

micelial durante o intervalo de avaliação.

A área abaixo da curva de progresso micelial (AACPM) foi calculada através da

equação adapatada, de Campbell e Madden (1990):

Equação 3:

AACPM= ∑ (y

i+1+y

i

2) ∙(ti+1 - ti)

Em que, yi e yi+1 são os valores de crescimento da colônia observados em duas

avaliações consecutivas, e ti+1 e ti são os períodos das avaliações.

Para cálculo de porcentagem de inibição do crescimento micelial foi utilizado a

fórmula de Abbott (1925):

Equação 4:

PIC= (Dtn - Dt

Dtn) x 100

Em que:

PIC = porcentagem de inibição do crescimento micelial (%);

Dtn = diâmetro (cm) da testemunha negativa;

Dt = diâmetro (cm) do tratamento.

3.3.2 Bioensaio de esporulação de Colletotrichum truncatum e Corynespora cassiicola

Ao final das avaliações do crescimento micelial, as colônias dos fungos foram

submetidas a contagem de esporos, onde foi aplicado 10 mL de água destilada dentro de

cada placa de Petri e realizada a raspagem das colônias, obtendo-se a suspensão de esporos.

Esta suspensão foi filtrada em gaze, e 100 µL da mesma foi colocada na câmara de Neubauer

para contagem em microscópio óptico (AF: 400X). Os resultados obtidos foram utilizados para

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cálculo de porcentagem de inibição de esporulação (PIE) conforme equação de Oliveira

(1991):

Equação 05:

PIE= (Etn-Et

Etn) ×100

Sendo:

PIE = porcentagem de inibição de esporulação (%);

Etn = esporulação da testemunha negativa;

Et = esporulação do tratamento.

3.3.3 Bioensaio de germinação de esporos de Colletotrichum truncatum e Corynespora

cassiicola

Para a obtenção da suspensão de esporos foi acrescentado 20 mL de água destilada

esterilizada em colônias puras de Colletotrichum truncatum e Corynespora cassiicola,

cultivadas em meio BDA por dez dias, em seguida, foi realizada a raspagem e a filtragem com

gaze das mesmas. Após a filtragem, a solução foi ajustada para 1,0x105 esporos/mL com

auxílio da câmara de Neubauer.

Na avaliação da germinação de esporos de C. truncatum e C. cassiicola foram

utilizados 10 tratamentos: testemunha; fungicida; Fox® + BRANDT Smart Cobre; Fox® +

BRANDT Smart Cobre; Fox® + BRANDT® TriTek®®; Fox® + Target Protector DC; Fox® +

Target Protector DC; Fox® + Target Protector DC + BRANDT Smart Cobre; Fox® + Target

Protector DC + BRANDT Smart Cobre + BRANDT® TriTek®® e Fox® + Unizeb Gold (Tabelas

1 e 2), sendo que cada tratamendo foi composto por 8 repetições.

Após esterilização do meio Ágar-água (AA) em autoclave (20 min a 121 ºC, 1 atm),

os produtos foram incoporados, e em seguida vertidos em placas de Petri de 9 cm. Após a

solidificação e resfriamento do meio, 100µL da suspensão de esporos (1,0 x105 esporos/mL),

de cada isolado fúngico foram espalhados sobre as placas e incubados a 25 ± 2ºC por 24

horas.

Após 24 horas, a germinação de esporos foi paralisada através da aplicação de

100μL de azul algodão de lactofenol. As avaliações foram realizadas em microscópio óptico

(AF: 400x), contando 100 esporos por repetição, classificados em não germinados e

germinados, quando havia a presença de tubo germinativo. Os resultados obtidos foram

submetidos a equação de porcentagem de inibição de germinação (PIG) conforme Oliveira

(1991):

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Equação 06:

PIG= (Gtn-Gt

Gtn ) ×100

Sendo:

PIG = porcentagem de inibição de germinação (%);

Gtn = germinação da testemunha negativa;

Gt = germinação do tratamento.

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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 Avaliação de crescimento micelial

Constatou-se que houve crescimento micelial em ambas as testemunhas dos fungos

fitopatogênicos C. truncatum e C. cassiicola (Figuras 1 e 2).

Para C. truncatum nota-se que os tratamentos (T2) Fox; (T3) Fox+Smart Cobre (0,4

L/ha); (T4) Fox+Smart Cobre (0,8 L/ha) e (T5) Fox+TriTek apresentaram pequeno

crescimento micelial comparando-se a testemunha, já nos tratamentos (T6) Fox+Protector DC

(0,75 L/ha); (T7) Fox+Protector DC (1,00 L/ha); (T8) Fox+Protector DC+Smart Cobre; (T9)

Fox+Protector DC+Smart Cobre+TriTek e (T10) Fox+Unizeb Gold não houve crescimento

micelial.

Figura 1. Crescimento Micelial do fungo Colletotrichum truncatum, 8 dias após a incubação. Onde: (T1) Testemunha; (T2) Fox; (T3) Fox+Smart Cobre (0,4 L/ha); (T4) Fox+Smart Cobre (0,8 L/ha); (T5) Fox+TriTek; (T6) Fox+Protector DC (0,75 L/ha); (T7) Fox+Protector DC (1,00 L/ha); (T8) Fox+Protector DC+Smart Cobre; (T9) Fox+Protector DC+Smart Cobre+TriTek; (T10) Fox+Unizeb Gold.

Para C. cassiicola os tratamentos (T2) Fox; (T3) Fox+Smart Cobre (0,4 L/ha) e (T5)

Fox+TriTek apresentaram pequeno crescimento micelial comparando-se a testemunha, e os

tratamentos (T4) Fox+Smart Cobre (0,8 L/ha); (T9) Fox+Protector DC+Smart Cobre+TriTek e

(T10) Fox+Unizeb Gold apresentaram crescimento micelial aéreo no disco de repicagem,

enquanto que nos tratamentos (T6) Fox+Protector DC (0,75 L/ha); (T7) Fox+Protector DC

(1,00 L/ha) e (T8) Fox+Protector DC+Smart Cobre não houve crescimento.

Testemunha T2 T3 T4 T5

T6 T7 T8 T9 T10

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Figura 2. Crescimento Micelial do fungo Corynespora cassiicola, 8 dias após a incubação. Onde: (T1) Testemunha; (T2) Fox; (T3) Fox+Smart Cobre (0,4 L/ha); (T4) Fox+Smart Cobre (0,8 L/ha); (T5) Fox+TriTek; (T6) Fox+Protector DC (0,75 L/ha); (T7) Fox+Protector DC (1,00 L/ha); (T8) Fox+Protector DC+Smart Cobre; (T9) Fox+Protector DC+Smart Cobre+TriTek; (T10) Fox+Unizeb Gold.

Para a área abaixo da curva de progresso micelial (AACPM) (Tabela 3) do fungo C.

truncatum, os tratamentos Fox; Fox+Smart Cobre (0,4 L/ha) e Fox+TriTek, não diferiram,

apresentando os maiores valores de AACPM após a testemunha. O tratamento Fox+Smart

Cobre (0,8 L/ha) diferiu dos demais, apresentando AACPM de 5,33. Os tratamentos

Fox+Protector DC (0,75 L/ha); Fox+Protector DC (1,00 L/ha); Fox+Protector DC+Smart

Cobre; Fox+Protector DC+Smart Cobre+TriTek e Fox+Unizeb Gold não diferiram entre eles,

apresentando AACPM igual a zero, ou seja, não houve crescimento micelial. Portanto, os

produtos utilizados proporcionaram efeito sinérgico positivo ao Fox, pois este quando utilizado

isoladamente apresentou a segunda maior AACPM, e além disso, estes tratamentos podem

servir como multissítio, pois apresentaram a mesma eficiência do tratamento com Unizeb

Gold.

Para o fungo C. cassiicola os tratamentos Fox e Fox+TriTek diferiram dos demais,

em seguida da testemunha, apresentando os maiores valores de AACPM. Os tratamentos

Fox+Smart Cobre (0,4 L/ha); Fox+Smart Cobre (0,8 L/ha) e Fox+Unizeb Gold apresentaram

valores intermediários, e o restante dos tratamentos Fox+Protector DC (0,75 L/ha);

Fox+Protector DC (1,00 L/ha); Fox+Protector DC+Smart Cobre e Fox+Protector DC+Smart

Cobre+TriTek não diferiram entre eles, apresentando os menores valores de AACPM. Nota-

se também que estes últimos tratamentos apresentaram menor AACPM comparando-se com

o tratamento Fox+Unizeb Gold, portanto, os mesmos também podem ser utilizados como

multissítio, auxiliando no manejo da resistência.

Testemunha T2 T3 T4 T5

T6 T7 T8 T9 T10

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Comparando-se os resultados obtidos para ambos os fitopatógenos, os tratamentos

apresentaram valores de AACPM menores para C. cassiicola, demonstrando serem mais

eficientes do que para C. truncatum.

No trabalho realizado por Godoy et al., (2012), sobre eficiência de fungicidas para o

controle de C. casiicola, na safra de 2012/2013 o fungicida Trifloxistrobina + Protioconazol

(Fox) apresentou baixo controle da doença em 32%, porém no ensaio realizado por Basso et

al., (2015) o mesmo fungicida comparado à testemunha reduziu a área abaixo da curva de

progresso da mancha-alvo (AACPMA) em 21,52%.

Tabela 3. Área abaixo da curva de progresso micelial (AACPM) dos fungos Colletotrichum truncatum e Corynespora cassiicola quando submetidos a diferentes tratamentos

AACPM

Tratamentos

Colletotrichum truncatum

Corynespora cassiicola

Testemunha 21,08 a 20,73 a Fox® 6,17 b 4,45 c Fox® + BRANDT Smart Cobre (0,4 L/ha) 6,07 b 2,66 d Fox® + BRANDT Smart Cobre (0,8 L/ha) 5,33 c 1,57 e Fox® + BRANDT TriTek® 6,00 b 5,87 b Fox® + Target Protector DC (0,75 L/ha) 0,00 d 0,00 f Fox® + Target Protector DC (1,00 L/ha) 0,00 d 0,00 f Fox® + Target Protector DC + BRANDT Smart Cobre

0,00 d 0,00 f

Fox® + Target Protector DC + BRANDT Smart Cobre + BRANDT TriTek®

0,00 d 0,25 f

Fox® + Unizeb Gold 0,00 d 0,88 e

*CV (%) 11,84 17,56 Médias seguidas pela mesma letra na coluna, não diferem pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade. *CV (coeficiente de variância).

A testemunha (controle negativo) de ambos os isolados apresentaram a maior taxa

de crescimento.

Para C. truncatum o tratamento Fox+Smart Cobre (0,8 L/ha) apresentou a segunda

maior taxa de crescimento, e os tratamentos Fox; Fox+Smart Cobre (0,4 L/ha) e Fox+TriTek

não diferiram. Os demais tratamentos apresentaram taxa de crescimento igual a zero.

Para C. cassiicola o tratamento Fox+TriTek teve a segunda maior taxa de

crescimento, e os tratamentos Fox e Fox+Smart Cobre (0,4 L/ha) não diferiram, apresentando

os mesmos valores de taxas de crescimento. Os tratamentos Fox+Smart Cobre (0,8 L/ha) e

Fox+Unizeb Gold não diferiram e também apresentaram os mesmos valores de taxa de

crescimento. Os demais tratamentos apresentaram taxas de crescimento igual e próximo a

zero.

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Tabela 4. Taxa de crescimento dos fungos Colletotrichum truncatum e Corynespora cassiicola quando submetidos a diferentes tratamentos

Taxa de Crescimento (cm dia-1)

Produto Colletotrichum truncatum

Corynespora cassiicola

Testemunha 0,70 a 0,70 a Fox® 0,22 c 0,10 c Fox® + BRANDT Smart Cobre (0,4 L/ha) 0,30 b 0,10 c Fox® + BRANDT Smart Cobre (0,8 L/ha) 0,24 c 0,06 d Fox® + BRANDT TriTek® 0,26 c 0,14 b Fox® + Target Protector DC (0,75 L/ha) 0,00 d 0,00 e Fox® + Target Protector DC (1,00 L/ha) 0,00 d 0,00 e Fox® + Target Protector DC + BRANDT Smart Cobre

0,00 d 0,00 e

Fox® + Target Protector DC + BRANDT Smart Cobre + BRANDT TriTek®

0,00 d 0,02 e

Fox® + Unizeb Gold 0,00 d 0,06 d

*CV (%) 16,44 22,27 Médias seguidas pela mesma letra na coluna, não diferem pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade. *CV (coeficiente de variância).

Nota-se também que para ambos os fungos o aumento da taxa de crescimento

micelial (Tabela 4) e aumento da área abaixo da curva de progresso micelial (AACPM)

resultou na diminuição da porcentagem de inibição do crescimento (Tabela 5), pois os

tratamentos avaliados induziram níveis de inibição de crescimento micelial (PIC) altamente

correlacionados com taxa a de crescimento micelial e AACPM. Para C. truncatum (Figuras 3

e 4) as variáveis PIC e TC apresentaram coeficiente de determinação (R2) igual a 0,95,

enquanto que as variáveis PIC e AACPM apresentaram 0,99.

Figura 3. Correlação de Pearson entre a porcentangem de inibição de crescimento (PIC) e taxa de crescimento (TC) para Colletotrichum truncatum quando submetido a diferentes tratamentos

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Figura 4. Correlação de Pearson entre a porcentangem de inibição de crescimento (PIC) e área abaixo da curva de progresso micelial (AACPM) para Colletotrichum truncatum quando submetido a diferentes tratamentos

Para C. cassiicola (Figuras 5 e 6) as variáveis PIC e TC apresentaram coeficiente de

determinação (R2) igual a 0,80, enquanto que as variáveis PIC e AACPM apresentaram 0,98.

Figura 5. Correlação de Pearson entre a porcentangem de inibição de crescimento (PIC) e taxa de crescimento (TC) para Corynespora cassiicola quando submetido a diferentes tratamentos

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Figura 6. Correlação de Pearson entre a porcentangem de inibição de crescimento (PIC) e área abaixo da curva de progresso micelial (AACPM) para Corynespora cassiicola quando submetido a diferentes tratamentos

4.2 Inibição de crescimento micelial

Para ambos os fitopatógenos observou-se inibição do crescimento micelial do

fitopatógeno, ou seja, comparado a testemunha quanto que o tratamento inibiu o crescimento

do fungo (Tabela 5).

A inibição de crescimento micelial de C. truncatum demonstrou que os tratamentos

Fox+Protector DC (0,75 L/ha); Fox+Protector DC (1,00 L/ha); Fox+Protector DC+Smart

Cobre; Fox+Protector DC+Smart Cobre+TriTek e Fox+Unizeb Gold, inibiram completamente

o desenvolvimento do fungo.

Analisando os fertilizantes foliares, nota-se diferença no controle entre compostos

isolados e misturas, como é o caso do Smart Cobre, que quando associado ao Fox+Protector

DC e Fox+Protector DC+TriTek mostrou eficiência de controle de 100%, porém, quando

associado apenas ao Fox, com doses 0,4 L/ha e 0,8 L/ha, apresentou eficiência de controle

de 77,34% e 80,17%, respectivamente. O mesmo ocorre com o TriTek, que quando associado

apenas ao Fox apresentou 77,11% de controle, e quando associado a Fox+Protector

DC+Smart Cobre, apresentou 100% de eficiência de controle.

De acordo com Silva Júnior (2017) os fosfitos de cobre, manganês e potássio

testados apresentaram eficácia no controle da antracnose em vagens de soja e promoveram

a diminuição da transmissão de C. truncatum das vagens paras as sementes em condições

de câmara de crescimento.

O tratamento com o fungicida Fox diferiu estatisticamente dos demais, apresentando

a menor porcentagem de inibição de crescimento, sendo que, quando em mistura com o

fungicida Unizeb Gold apresentou 100% de inibição, e em conjunto com os demais produtos,

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também apresentou maiores porcentagens de inibição, portanto, houve efeito sinérgico

positivo ao fungicida.

Segundo Souza (2017) a incorporação de mancozebe em aplicações mistas

azoxistrobina + ciproconazol e picoxistrobina + ciproconazol resulta no aumento do controle

da antracnose e ferrugem asiática da soja.

Quanto à porcentagem de inibição de crescimento do fungo C. cassiicola os

tratamentos Fox+Protector DC (0,75 L/ha); Fox+Protector DC (1,00 L/ha); Fox+Protector

DC+Smart Cobre; Fox+Protector DC+Smart Cobre+TriTek e Fox+Unizeb Gold não diferiram,

apresentando maior eficiência de controle. Os demais tratamentos diferiram estatisticamente,

sendo que os tratamentos Fox+Smart Cobre (0,4 L/ha) e Fox+Smart Cobre (0,8 L/ha)

apresentaram valores intermediários, e os tratamentos Fox e Fox + TriTek apresentaram

valores inferiores de porcentacem de inibição.

Observando os produtos em conjunto e isoladamente para C. cassiicola, nota-se o

mesmo comportamento ocorrido para o fungo C. truncatum, uma vez que, o tratamento com

o óleo mineral TriTek associado apenas ao Fox apresentou o menor valor de inibição, e

quando associado a Fox+Protector DC+Smart Cobre, apresentou controle próximo a 100%.

O mesmo ocorre para o fertilizante foliar Smart Cobre, que quando associado apenas ao Fox

apresentou valores intermediários de inibição, e quando em mistura com Fox+Protector DC e

Fox+Protector DC+TriTek, apresentou 100% e 99,22% de controle, respectivamente. No caso

do tratamento de controle positivo realizado apenas com o fungicida Fox, houve apenas

72,75% de inibição de crescimento, e quando associado aos demais produtos (com excessão

do tratamento Fox+TriTek), apresentou maiores porcentagens de inibição de crescimento,

portanto, houve efeito sinérgico positivo dos produtos ao fungicida.

Para ambos os patógenos o tratamento com fungicida multissítio Unizeb Gold não

diferiu dos tratamentos Fox+Protector DC (0,75 L/ha); Fox+Protector DC (1,00 L/ha);

Fox+Protector DC+Smart Cobre e Fox+Protector DC+Smart Cobre+TriTek. Portanto, estes

produtos podem ser utilizados como multissítio no manejo da resistência, pois apresentaram

valores semelhanes ao Unizeb Gold.

Segundo Grigolli (2014) o acréscimo de oxicloreto de cobre, mancozebe, e outros

fungicidas protetores aos fungicidas triazóis + estrobilurinas pode resultador no aumento do

controle de antracnose e de mancha-alvo pelos fungicidas.

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Tabela 5. Porcentagem de inibição de crescimento micelial dos fungos Colletotrichum truncatum e Corynespora cassiicola quando submetidos a diferentes tratamentos

PIC (%)

Tratamentos Colletotrichum truncatum

Corynespora cassiicola

Fox® 74,24 c 72,75 d Fox® + BRANDT Smart Cobre (0,4 L/ha) 77,34 b 89,17 c Fox® + BRANDT Smart Cobre (0,8 L/ha) 80,17 b 93,77 b Fox® + BRANDT TriTek® 77,11 b 66,21 e Fox® + Target Protector DC (0,75 L/ha) 100,00 a 100,00 a Fox® + Target Protector DC (1,00 L/ha) 100,00 a 100,00 a Fox® + Target Protector DC + BRANDT Smart Cobre

100,00 a 100,00 a

Fox® + Target Protector DC + BRANDT Smart Cobre + BRANDT TriTek®

100,00 a 99,22 a

Fox® + Unizeb Gold 100,00 a 97,06 a

*CV (%) 2,57 3,56 Médias seguidas pela mesma letra na coluna, não diferem pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade. *CV (coeficiente de variância).

4.3 Inibição de esporulação

Neste experimento, avaliou-se a porcentagem de inibição de esporulação (Tabela 6)

para os fitopatógenos Colletotrichum truncatum e Corynespora cassiicola. Os dados não

foram submetidos à análise de variância por serem não paramétricos.

Para C. truncatum, os tratamentos Fox+Smart Cobre (0,4 L/ha); Fox+Smart Cobre

(0,8 L/ha); Fox+Protector DC (0,75 L/ha); Fox+Protector DC (1,00 L/ha); Fox+Protector DC +

Smart Cobre, Fox+Protector DC+Smart Cobre+TriTek e Fox+Unizeb Gold foram mais

eficientes que os tratamentos Fox e Fox+TriTek, apresentando 100% de inibição de

esporulação.

Para C. cassiicola os tratamentos Fox; Fox+Smart Cobre (0,4 L/ha); Fox+TriTek;

Fox+Protector DC (0,75 L/ha); Fox+Protector DC (1,00 L/ha); Fox+Protector DC+Smart

Cobre; Fox+Protector DC+Smart Cobre+TriTek e Fox+Unizeb Gold apresentaram 100% de

inibição, enquanto que o tratamento Fox + Smart Cobre (0,8 L/ha) foi o único que não inibiu a

esporulação.

Nota-se que o controle positivo com fungicida Fox e também Fox+TriTek

demonstraram eficiência somente no controle da esporulação do fungo Corynespora

cassiicola quando comparado ao Colletotrichum truncatum, onde houve 0% de inibição de

esporulação.

O mesmo é observado no tratamento Fox+Smart Cobre (0,8 L/ha), apresentando

100% de inibição de esporulação para C. truncatum, enquanto que para C. cassiicola não

houve inibição. Além disso, para C. cassiicola a menor dose 0,4 L/ha foi mais eficiente

apresentando 100% de inibição, enquanto que a dose 0,8 L/ha não apresentou inibição.

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Para ambos os patógenos o tratamento com fungicida multissítio Unizeb Gold

apresentou os mesmos valores de inibição de esporulação dos tratamentos Fox+Protector DC

(0,75 L/ha); Fox+Protector DC (1,00 L/ha); Fox+Protector DC+Smart Cobre e Fox+Protector

DC+Smart Cobre+TriTek. Portanto, destaca-se que estes produtos podem ser utilizados como

multissítio, auxiliando no manejo da resistência de patógenos a moléculas químicas dos

fungicidas.

Tabela 6. Porcentagem de inibição de esporulação (PIE) dos fungos Colletotrichum truncatum e Corynespora cassiicola quando submetidos a diferentes tratamentos

PIE (%)

Tratamentos Colletotrichum truncatum

Corynespora cassiicola

Fox® 0 100 Fox® + BRANDT Smart Cobre (0,4 L/ha) 100 100 Fox® + BRANDT Smart Cobre (0,8 L/ha) 100 0 Fox® + BRANDT TriTek® 0 100 Fox® + Target Protector DC (0,75 L/ha) 100 100 Fox® + Target Protector DC (1,00 L/ha) 100 100 Fox® + Target Protector DC + BRANDT Smart Cobre

100 100

Fox® + Target Protector DC + BRANDT Smart Cobre + BRANDT TriTek®

100 100

Fox® + Unizeb Gold 100 100

4.4 Inibição de germinação de esporos

Neste experimento avaliou-se a porcentagem de inibição da germinação de esporos

(Tabela 7) para os fitopatógenos Colletotrichum truncatum e Corynespora cassiicola. Devido

à dificuldade de visualização do meio de cultura, não foi possível avaliar a germinação do

tratamento Fox+Unizeb Gold para ambos os fungos.

Para C. truncatum, os tratamentos Fox; Fox+Smart Cobre (0,4 L/ha); Fox+Smart

Cobre (0,8 L/ha); Fox+TriTek; Fox+Protector DC (1,00 L/ha); Fox+Protector DC +Smart Cobre

e Fox+Protector DC+Smart Cobre+TriTek não diferiram, apresentando os maiores valores de

inibição de germinação. O tratamento Fox+Protector DC (0,75 L/ha) foi o único a diferenciar

dos demais, apresentando 97,96% de inibição da germinação de esporos.

Para Corynespora cassiicola os tratamentos Fox+Protector DC+Smart Cobre e

Fox+Protector DC+Smart Cobre+TriTek não diferiram, apresentando os maiores valores de

inibição de germinação. Os tratamentos Fox+Smart Cobre (0,4 L/ha) e Fox+Smart Cobre (0,8

L/ha) apresentaram valores intermediários de inibição, e os tratamentos Fox; Fox+TriTek;

Fox+Protector DC (0,75 L/ha) e Fox+Protector DC (1,00 L/ha) apresentaram os valores mais

baixos de inibição.

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A diferença de inibição de germinação de esporos entre os patógenos pode estar

relacionada à eficiência de controle dos tratamentos utilizados, sendo que para C. truncatum

demonstraram ser mais eficientes.

Portanto, os tratamentos que foram mais eficientes na inibição de germinação

apresentam ação protetora, pois inibem a germinação e infecção do patógeno nos tecidos do

hospedeiro. Enquanto que os tratamentos mais eficientes na inibição de crescimento micelial

apresentam efeito curativo, pois agem após a penetração do patógeno nos tecidos da planta,

inibindo seu desenvolvimento.

Tabela 7. Porcentagem de inibição de germinação (PIG) de esporos Colletotrichum truncatum e Corynespora cassiicola quando submetidos a diferentes tratamentos

PIG (%)

Tratamentos Colletotrichum truncatum

Corynespora cassiicola

Fox® 99,45 a 8,83 d Fox® + BRANDT Smart Cobre (0,4 L/ha) 99,71 a 57,74 c Fox® + BRANDT Smart Cobre (0,8 L/ha) 99,44 a 67,56 b Fox® + BRANDT TriTek® 99,59 a 1,45 e Fox® + Target Protector DC (0,75 L/ha) 97,96 b 0,93 e Fox® + Target Protector DC (1,00 L/ha) 99,44 a 0,65 e Fox® + Target Protector DC + BRANDT Smart Cobre

100,00 a 76,86 a

Fox® + Target Protector DC + BRANDT Smart Cobre + BRANDT TriTek®

100,00 a 80,63 a

Fox® + Unizeb Gold - -

*CV (%) 1,11 14,68 Médias seguidas pela mesma letra na coluna, não diferem pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade. *CV (coeficiente de variância).

De modo geral, para Colletotrichum truncatum os tratamentos Fox+Protector DC

(0,75 L/ha), Fox+Protector DC (1,00 L/ha), Fox+Protector DC+Smart Cobre, Fox+Protector

DC+Smart Cobre+TriTek e Fox+Unizeb Gold apresentaram os menores valores de AACPM e

TC, inibindo 100% o crescimento micelial e esporulação. Enquanto que para germinação,

todos os tratamentos utilizados inibiram 100% ou próximo deste valor.

Para Corynespora cassiicola os tratamentos Fox+Protector DC (0,75 L/ha),

Fox+Protector DC (1,00 L/ha), Fox+Protector DC+Smart Cobre e Fox+Protector DC+Smart

Cobre + TriTek resultaram nos menores valores de AACPM e TC, e consequentemente,

apresentaram os maiores valores de inibição de crescimento micelial e esporulação. No

entanto, na inibição de germinação de esporos, apenas os tratamentos Fox+Protector

DC+Smart Cobre e Fox+Protector DC+Smart Cobre+TriTek foram eficientes.

Para trabalhos futuros, recomenda-se a realização do experimento em campo, para

verificar se os tratamentos que demonstraram eficiência in vitro também são eficientes quando

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aplicados diretamente nas plantas, bem como, testar outras doses e fertilizantes foliares

isoladamente.

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5. CONCLUSÃO

A interação entre fertilizantes foliares e fungicida foi eficiente no controle in vitro de

Colletotrichum truncatum e Corynespora cassiicola.

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