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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS DE SINOP INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS CURSO DE AGRONOMIA NUTRIÇÃO FOLIAR E USO DE BIORREGULADORES VEGETAIS NA CULTURA DO FEIJÃO GABRIEL HENRIQUE PINHEIRO ANDRADE SINOP MATO GROSSO - BRASIL 2016

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS DE SINOP

INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS CURSO DE AGRONOMIA

NUTRIÇÃO FOLIAR E USO DE BIORREGULADORES VEGETAIS

NA CULTURA DO FEIJÃO

GABRIEL HENRIQUE PINHEIRO ANDRADE

SINOP MATO GROSSO - BRASIL

2016

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS DE SINOP

INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS CURSO DE AGRONOMIA

NUTRIÇÃO FOLIAR E USO DE BIORREGULADORES VEGETAIS

NA CULTURA DO FEIJÃO

GABRIEL HENRIQUE PINHEIRO ANDRADE

ORIENTADOR: PROF. DR. ANDERSON LANGE

SINOP MATO GROSSO - BRASIL

2016

Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)

apresentado ao Curso de Agronomia

ICAA/CUS/UFMT, como parte das

exigências para obtenção do Grau de

Bacharel em Agronomia.

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Sumário 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 9

2. REFERENCIAL TEÓRICO ........................................................................................ 11

2.1 História do feijão e sua importância ................................................................................ 11

2.3 Aspectos gerais da cultura ............................................................................................... 11

2.4 Estágios Fenológicos da cultura ...................................................................................... 12

2.5 Nutrição e adubação da cultura ....................................................................................... 13

2.5.1 Nitrogênio ......................................................................................................................... 13

2.5.2 Fósforo ............................................................................................................................. 14

2.5.3 Magnésio ......................................................................................................................... 14

2.5.4 Boro .................................................................................................................................. 15

2.5.5 Cobalto ............................................................................................................................. 15

2.5.6 Molibdênio ....................................................................................................................... 15

2.5.7 Zinco ................................................................................................................................. 16

2.6 Bioestimulantes ou reguladores vegetais ...................................................................... 16

3. MATERIAL E MÉTODOS ........................................................................................... 17

3.1 Características da área ..................................................................................................... 17

3.2. Cultivar, delineamento experimental e definição dos tratamentos ........................... 17

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES .............................................................................. 22

4.1 Vagem por planta e grãos por vagem ............................................................................ 22

4.2 Massa de 100 grãos .......................................................................................................... 24

4.3 Produtividade ...................................................................................................................... 25

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................... 27

6. CONCLUSÃO .............................................................................................................. 28

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 29

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RESUMO

NUTRIÇÃO FOLIAR E USO DE BIORREGULADORES VEGETAIS NA CULTURA DO FEIJÃO

O trabalho foi desenvolvido na região médio-norte no município de Sorriso-MT, em

sistema de semeadura direta sob pivô central na safra 2014/2015. Objetivou-se avaliar

o efeito de diferentes doses e épocas de aplicação de nutrientes foliar e o uso de

biorreguladores vegetais, em feijoeiro sobre a produtividade. Os fertilizantes utilizados

continham nitrogênio, fósforo, cálcio, magnésio, enxofre, boro, cobalto, molibdênio,

manganês, zinco e cobre combinado ou não com bioestimulante. O delineamento

experimental foi em blocos casualizados, com 11 tratamentos e 5 repetições. Foram

avaliadas as seguintes características: altura de plantas, inserção de primeira vagem,

peso de 100 grãos, vagens por planta, grãos por vagem e produtividade. Em relação

aos tratamentos não houve diferença significativa em nenhum dos parâmetros

avaliados.

Palavras Chave: Phaseolus vulgaris (L.), cultivo de inverno, adubação foliar,

bioestimulante.

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ABSTRACT

LEAF NUTRITION AND THE USE OF PLANT BIOREGULATORS IN BEAN CROP

This paper was developed in the mid-northern region in the county of Sorriso-MT, in

direct seeding under central pivot system in the 2014/2015 crop. It was aimed to evaluate

the effect of different doses and application times of foliar nutrients and the use of plant

bioregulators in bean and set up correlations with productivity. The fertilizers used

contain nitrogen, phosphorus, calcium, magnesium, sulfur, boron, cobalt, molybdenum,

manganese, zinc and copper combined or not with biostimulant. The experimental

design was randomized in blocks, with 11 treatments and 5 repetitions. The following

characteristics were evaluated: plant height, first pod insertion, weight of 100 grains,

pods per plant, grains per pod and productivity. Regarding the treatments no significant

difference in any of the evaluated parameters.

Keywords: Phaseolus vulgaris (L.), winter farming, foliar fertilizer, biostimulant.

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1. INTRODUÇÃO

O feijão (Phaseolus vulgaris L.) é um dos principais alimentos consumidos pelos

brasileiros, sendo uma cultura de elevada relevância socioeconômica para o país. É

fonte de proteína, aminoácidos, ferro e carboidratos, principalmente para aqueles com

carência na ingestão de proteína de origem animal (VIEIRA et al., 2006).

O consumo nacional tem variado entre 3,3 e 3,6 milhões de toneladas/ano, em

razão da disponibilidade interna e dos preços praticados no mercado (CONAB, 2015).

Dependendo da cultivar e do clima, pode apresentar ciclo variando de 65 a 100

dias, o que o torna uma cultura apropriada para compor desde sistemas agrícolas

intensivos irrigados, altamente tecnificados, até aqueles com baixo uso tecnológico,

principalmente de subsistência (EMBRAPA ARROZ E FEIJÃO, 2007).

O feijoeiro se desenvolve em vários tipos de solos, climas e sistemas de

produção, podendo ser cultivado em três períodos do ano, devido às dimensões

territoriais brasileiras e as variadas condições edafoclimáticas. Em vista disso, o cultivo

do feijão comum recebe diferentes denominações de acordo com a época de

semeadura: feijão de 1ª época; feijão de 2ª época ou “safrinha”; e o feijão de 3ª época

ou “feijão de inverno” (RICHETTI et al., 2011).

No Mato Grosso, segundo produtor do feijão terceira safra, a área apresenta uma

redução de 14,5% e a produção deve alcançar 172,5 mil toneladas. Com o feijão Caupi

predominando na segunda safra, nesta terceira, a variedade mais cultivada é do feijão

comum. A semeadura ocorre entre maio e junho, em áreas irrigadas, principalmente nos

municípios de Sorriso e Lucas do Rio Verde. No Brasil considerando as três safras

estima-se que a área total de feijão poderá chegar a 3,13 milhões de hectares, menor

em 7% que a safra passada. A produção nacional de feijão deverá ficar em 3,4 milhões

de toneladas e 1,1% menor que a última safra (CONAB, 2015).

Recomendações de adubação foliar e tratamento de sementes para diferentes

culturas necessitam de embasamento experimental, que proporcione altas

probabilidades de sucesso ao utilizar tais técnicas. Para algumas culturas, entre elas o

feijoeiro, é oferecido no mercado produtos nutricionais. Incluem, também, além de

tratamento de sementes, a adubação foliar com nutrientes.

Segundo Malavolta (2006), a adubação foliar nunca será substitutiva a adubação

de base. Portanto, a adubação corretiva com base nas aplicações de fertilizantes

foliares é uma tecnologia que vem se destacando por possuir baixo custo de

implantação e que tem propiciado as plantas respostas mais rápidas.

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Diante do exposto, o objetivo deste estudo foi avaliar a aplicação de fertilizante

foliar associado a bioreguladores vegetais nos componentes produtivos do feijoeiro da

cultivar ANFC9 da Agronorte Pesquisa e Sementes Ltda, sob pivô central.

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2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 História do feijão e sua importância

A história do cultivo do feijão é tão antiga que remonta aos primeiros registros do

homem na Terra. Embora sua origem não seja clara, o uso do feijão na alimentação foi

comprovado no Antigo Egito, Grécia e nas civilizações mesoamericanas, quando era

cultivado como um símbolo da vida. Por ser uma rica fonte de proteínas, carboidratos e

ferro, o feijão era amplamente utilizado como alimento dos exércitos e foi com o

movimento das tropas que o grão se espalhou por diversas regiões do mundo, mais

tarde sendo levado para os cantos mais remotos com os exploradores.

Graças às suas comprovadas propriedades nutritivas, o feijão é altamente

desejável como componentes em dietas de combate à fome e à desnutrição. Ademais,

ocorre uma interessante complementação proteica quando o feijão é combinado com

cereais, especialmente o arroz, proporcionando, em conjunto, os oito aminoácidos

essenciais ao nosso organismo. Além do seu conteúdo proteico, o elevado teor de fibra

alimentar, com seus reconhecidos efeitos hipocolesterolêmico e hipoglicêmico, aliado

às vitaminas (especialmente do complexo B) e aos carboidratos, tornam o seu consumo

altamente vantajoso como alimento funcional, representando importante fonte de

nutrientes, de energia e atuando na prevenção de distúrbios cardiovasculares e vários

tipos de câncer (EMBRAPA 2002).

2.3 Aspectos gerais da cultura

Feijão é uma cultura sensível a temperaturas extremas, a temperatura ideal para

seu bom desenvolvimento situa-se entre 18 a 24°. Os extremos para sua produção

situam-se acima de 30°C e abaixo 12°C, nessas condições climáticas afetam a o estádio

reprodutivo da cultura ocasionando primeiro abortamento de flores depois queda de

vargens e grãos. A baixa luminosidade pode causar efeitos negativos a cultura, tais

como grãos chochos e redução dos ramos laterais respectivamente. São consideradas

regiões aptas para o cultivo aquelas que apresentam valores médios de temperatura

entre 15 e 29°C (PAULA JUNIOR, et. al., 2007).

As aplicações foliares devem ser baseadas principalmente nos estádios

fenológicos do feijão, pois independem dos dias após o plantio todas as plantas que

estiverem passando pelo mesmo estádio fenológico ao mesmo tempo estão sofrendo

os mesmos processos fisiológicos.

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2.4 Estágios Fenológicos da cultura

O feijoeiro tem seu desenvolvimento distinguido em duas fases, a vegetativa e a

reprodutiva, essa distinção pode ser feita através de uma escala baseada

principalmente nas alterações morfológicas e fisiológicas que a planta sofre durante seu

ciclo. Essas fases do ciclo do feijoeiro são subdivididas em estádios, na fase vegetativa

os estádios são: V0, V1, V2, V3, V4 e a fase reprodutiva compreende os estádios R5,

R6, R7, R8 e R9, os quais serão descritos detalhadamente a seguir, com base em

Fancelli et al. (2007); apud. (DIEL, 2010).

Estádio V0 (Germinação): para que se inicie o processo de germinação a

semente de feijão necessita da absorção de água, após feito isto ocorre o aparecimento

da radícula o que caracteriza a germinação. Precauções durante essa fase devem ser

tomadas como a profundidade adequada das sementes e evitar também a falta de água

após a semeadura devido à grande sensibilidade que a semente do feijão possui.

Estádio V1 (Emergência): a presença dos cotilédones acima da superfície do

solo evidencia a emergência, ocorre o alongamento do epicótilo e a expansão das folhas

primaria anteriormente já diferenciada no embrião da semente.

Estádio V2 (Desdobramento das folhas primárias): as folhas primárias do

feijoeiro também são simples (unifoliadas), opostas e ficam inseridas no segundo nó da

haste principal. Fatores como rapidez de desdobramento, conformação e tamanho das

folhas primárias são de suma importância para o sucesso do estabelecimento do

feijoeiro no campo.

Estádio V3 (Primeira folha trifoliada emitida): o completo desdobramento da

primeira folha trifoliada caracteriza o início desse estádio. Nesse estádio os cotilédones

caem, fazendo com que a planta a passe a depender de forma direta dos nutrientes

existentes no solo, é possível evidenciar o pleno desenvolvimento vegetativo da planta.

Estádio V4 (Emissão da terceira folha trifoliada) é nesse período que se tem

início a produção de ramos na planta, o tipo de ramificação depende de inúmeros fatores

como genótipo, condições ambientais, densidade de semeadura, sistema de produção

adotado entre outros.

Estádio R5 (Surgimento dos botões florais) nesse período da planta ocorre o

aparecimento dos botões florais. Existem vários fatores que determinam o aparecimento

dos botões florais, são eles temperatura, restrições hídricas, genótipo, condições

ambientais e fotoperíodo.

Estádio R6 (florescimento) a abertura das primeiras flores define esse estádio,

nesse estádio a predominância de baixas temperaturas e assim como déficit hídrico

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podem afetar o processo de fecundação e consequentemente a redução do número de

vagens por planta.

Estádio R7 (Formação das vargens): após a murcha das corolas ocorre o

surgimento das primeiras vagens. Essa etapa e completamente influenciada pelas

condições climáticas, considerada como uma das etapas cruciais em relação a falta de

água.

Estádio R8 (Enchimento das vargens): definição do tamanho das vagens, e início

do enchimento da primeira vagem, a ocorrência de déficit hídrico ou deficiência de

nutrientes poderão interferir na redução da proteção, assim como, número e peso de

grãos.

Estádio R9 (Maturidade dos grãos): inicia-se o processo de senescência da

planta acarretando indicado pela perda da clorofila caracterizado pelo amarelecimento

e queda das folhas, ocorre mudança da cor das vagens, os grãos passam a apresentar

sua cor e brilho final. É ideal que nessa etapa haja ausência ou baixa disponibilidade de

água no sistema.

2.5 Nutrição e adubação da cultura

O feijoeiro é considerado uma planta exigente em nutrientes, em função do

pequeno e pouco profundo sistema radicular e do ciclo curto. Por isso, é fundamental

que o nutriente seja colocado à disposição da planta em tempo e local adequados, é

indicada a adubação na linha de plantio, além de disponibilizar melhor os nutrientes,

estimula o sistema radicular a ficar mais profundo.

A exigência nutricional das culturas, em geral, torna-se mais intensa com o início

da fase reprodutiva, geralmente após a quarta semana de sua germinação, sendo mais

crítica na época de formação das sementes, quando consideráveis quantidades de

nutrientes são translocadas. Essa maior exigência se deve ao fato de os nutrientes

serem essenciais à formação e ao desenvolvimento de novos órgãos de reserva

(CARVALHO e NAKAGAWA, 2000).

2.5.1 Nitrogênio

O nitrogênio representado pela letra N na tabela periódica é um macro nutriente

de fundamental importância na planta, ele participa de várias rotas metabólicas, é

considerado como “combustível” para as plantas. De acordo com Souza e Fernandes

(2006) a atmosfera é composta por aproximadamente 78% de N2, mas a planta não o

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absorve dessa forma, ele será absorvido pela planta na forma de amônio (NH4+) ou

nitrato (NO3-). Com isso há alguns processos que transformam o N2 para serem

assimilado pelas plantas, esses processos são: fixação biológica, fixação industrial e

fixação atmosférica.

O nitrogênio é absorvido pela planta através do movimento de íons junto com a

agua, esse processo é denominado de fluxo de massa. Com isso para ter uma maior

absorção pela raiz é necessário que solo apresente umidade adequada. Há várias

formas do N ser absorvido pela raiz, porem as mais importantes são as nítrica (NO3-) e

amoniacal (NH4+). (Marenco & Lopes, 2005).

Antes de atuar nos processos fisiológicos da planta, ele passa por um processo

de metabolização por redução assimiladora do nitrato a partir de algumas enzimas

redutases (NO3- => NH3). Para a “incorporação do nitrogênio” em esqueletos de carbono

(provindos da fotossíntese), gerando os aminoácidos (...-C-C-CN-C-C-...), e depois

“deriva-se” em proteínas, coenzimas, vitaminas, pigmentos e bases nitrogenadas, que

apresentam funções específicas no ciclo de vida dos vegetais.

2.5.2 Fósforo

Nos solos tropicais há baixa disponibilidade do P disponível e alto potencial de

“fixação” do P aplicado via fertilizante, junto com o N é um dos nutrientes que mais

limitam a produção no Brasil. Para que se consigam boas produtividades, dentre outros

fatores, o adequado suprimento do nutriente, sendo o fornecimento de P via adubação

uma prática essencial nos solos brasileiros, levando-se em conta a importância de

utilizar uma fonte de fósforo com liberação que coincide com a necessidade da cultura

(BEDIN et al., 2003).

O P está presente em vários processos metabólicos na planta, como a

transferência de energia, síntese de ácidos nucleicos, glicose, respiração, síntese e

estabilidade de membrana, ativação e desativação de enzimas, reações redox,

metabolismo de carboidratos e fixação de N2 (Vance et al., 2003).

2.5.3 Magnésio

O magnésio (Mg) é o 8º mineral mais abundante na crosta terrestre e seu

conteúdo nos solos varia de 0,1% em solos de textura, arenosa, em regiões úmidas, até

4% em solos de textura fina, em regiões áridas ou semiáridas, formados a partir de

rochas com alto teor de Mg. O magnésio do solo origina-se da decomposição de rochas

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contendo minerais primários como dolomita e silicatos com Mg (hornblenda, olivina,

serpentina e biotita) ou ainda em minerais de argila secundários, como clorita, ilita,

montmorilonita e vermiculita (IPNI 2007).

O Mg é o átomo central da molécula de clorofila, é ativador de enzimas. O Mg é

um elemento cofator de muitas enzimas fosforilativas, formando uma ligação entre o

piruvato de ATP ou ADP (tri e difosfato de adenosina) e a molécula da enzima (Vitti et

al., 2006).

2.5.4 Boro

O Boro disponível para planta depende de alguns fatores. A maior parte de B

que “alimenta” a planta vem da mineralização da MO. A textura do solo influencia na

quantidade de B disponível, solos de textura arenosa tende a possuir menor quantidade

de B, pois é facilmente lixiviado ao contrário de solos argiloso onde sua mobilidade é

quase nula (DECHEN et al., 2006).

Boro apesar de ser um micronutriente, desempenha papeis importantes dentro

de uma planta, tais como translocação de açucares e no metabolismo de carboidratos,

síntese da parede celular e alongamento celular, integridade da membrana, crescimento

reprodutivo. Desempenha papel importante no florescimento, no crescimento do tubo

polínico, nos processos de frutificação, também atua no metabolismo do N e na

atividade de hormônios (DECHEN et al., 2006).

2.5.5 Cobalto

O cobalto (Co) faz parte do complexo enzimático cobalamina (vitaminas B12)

necessário para a biossíntese de leghemoglobina que determina a atividade dos

nódulos. Portanto, deficiência de Co pode ocasionar deficiência de N na leguminosa,

devido à baixa fixação do N2. Sua deficiência causa clorose total, seguida de necrose

nas folhas mais velhas, devido à deficiência de nitrogênio. Já o excesso provoca menor

absorção de cobre, ferro e manganês o que leva ao aparecimento de sintomas de

deficiência (MALAVOLTA, 2006).

2.5.6 Molibdênio

O Molibdênio interfere no crescimento e desenvolvimento da soja, participando

como cofator das enzimas nitrogenase e redutase do nitrato, sendo fundamental para a

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obtenção de incrementos na produtividade da cultura. A nitrogenase é uma enzima

essencial na fixação do N atmosférico pelos rizobios que é posteriormente convertido

em amônia (NH3), e a redutase do nitrato ocorre em duas fases, primeiro estimula a

redução do nitrato (NO3−) ao nitrito (NO2

−), assim em caso de deficiência de Mo ocorre

um acumulo de nitrato na planta. Na segunda fase ocorre a redução do nitrito (NO2−) a

amônia (NH3) que é essencial para a formação dos aminoácidos (EPSTEIN & BLOOM,

2006).

2.5.7 Zinco

A carência de Zinco é um limitante da produção agrícola em todo o mundo. Ele

pode ser oferecido via foliar e via solo, cerca de 50% dos solos usados para a produção

de cereais do mundo inteiro tem pouco Zn disponível o que reduz a produtividade como

também a qualidade dos grãos (FAGERIA et al. 2002). O Zn atua como cofator

enzimático, redutor do nitrato, essencial para a atividade de enzimas, regulação e

estabilização da estrutura proteica, atua na síntese e conservação de auxinas.

2.6 Bioestimulantes ou reguladores vegetais

Atualmente, o uso de reguladores vegetais nas culturas do arroz, milho, soja,

feijão e algodão tem potencializado o aumento da produtividade, embora sua utilização

ainda não seja prática rotineira entre os produtores de culturas de alto nível tecnológico,

como a soja. Os biorreguladores vegetais promovem, inibem ou modificam processos

fisiológicos e morfológicos do vegetal (MOTERLE et al., 2011). A mistura de dois ou

mais reguladores vegetais ou as misturas desses com outras substâncias (aminoácidos,

nutrientes, vitaminas), é designada como bioestimulante.

Os principais meios de comunicação intercelular são os hormônios. Estes

hormônios participam como mensageiros químicos primários que tem por finalidade

carregar informação entre células coordenando assim o seu crescimento e

desenvolvimento (TAIZ & ZEIGER, 2013). Existem no mercado exemplos de produtos

comerciais à base de biorreguladores, também denominado de bioestimulantes, com a

capacidade de estimular o desenvolvimento radicular, aumentando a absorção de água

e nutrientes pelas raízes, podendo favorecer também o equilíbrio hormonal da planta

(CARVALHO et al., 2013).

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3. MATERIAL E MÉTODOS

3.1 Características da área

O experimento foi implantado e conduzido, na região médio-norte, na fazenda

Santo Antônio, localizada nas proximidades da BR163, no município de Sorriso-MT, nas

coordenadas geográficas 55º50’55.51” O e 12°55’22.22” S, com altitude de 404 metros.

O clima da região é classificado como Aw, segundo a classificação de Köppen-Geiger,

sendo caracterizada por um período seco e outro chuvoso. Os meses secos vão de

maio a agosto e os chuvosos de outubro a março, sendo que abril e outubro são

considerados intermediários. A temperatura média anual varia entre 20°C e 38°C, com

média 28°C.

A caracterização composta da fertilidade do solo foi obtida através de análise

realizada em amostra coletada na área do experimento na safra 2014/15 Tabela 1.

Tabela 1. Resultado de análise de fertilidade básica. Solo sob pivô central, de alta fertilidade.

pH P K Ca Mg Al H+Al T MO V Ca/Mg

água mg dm-3 ---------- cmolcdm-3 ----------- g dm-3 %

6,0 12 0,28 4,08 1,36 0 5,85 11,5 3,26 50 3,0

3.2. Cultivar, delineamento experimental e definição dos tratamentos

Para realização do experimento foi utilizado a cultivar de feijoeiro ANFC9 da

Agronorte Pesquisa e Sementes Ltda. (2015). Possui ciclo médio de 94 dias, variando

de acordo com as características da região de cultivo, flor de coloração branca,

coloração da semente bege claro e da vagem é amarelo. A densidade de semeadura

foi de 12 sementes por metro linear de sulco de semeadura.

Foram testados em campo 11 tratamentos (T) dispostos num delineamento

experimental em blocos casualizados (DBC), com 5 repetições (Tabela 2). As

dimensões das parcelas experimentais foram de 18 m² (3x6), com espaçamento de 0,45

metros entre linhas, sendo considerado como área útil apenas os 4 metros quadrados

centrais e desprezando-se as extremidades.

A semeadura do experimento ocorreu no dia 15 de junho de 2015, no Sistema

de Semeadura Direta (SSD). Em todos tratamentos as sementes foram tratadas com

Imidacloprid concentração 600,0 g l-1 (inseticida) na dose de 150 mL para cada 100 kg

de semente, Trichoderma asperellum isolado SF 04 mínimo de 1,0 x 1010 UFC/g

(fungicida) dose de 200 g para cada 100 kg de semente, inoculante

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Bacillus Subtilis UFPEDA 764 concentração de 3 bilhões de endósporos por ml dose

120 mL ha-1, e inoculante Bacillus Subtilis Nemathel (nematicida) dose de 100 mL para

cada 100 kg de sementes. Posteriormente foram inoculadas com inoculante turfoso para

a cultura da soja - Estirpe: SEMIA 5019 (Bradyrhizobium elkanii) e SEMIA 5079

(Bradyrhizobium japonicum) - 5 Bilhões de bactérias viáveis/g, na dose de 150 mL ha-1

para semeadura. A adubação de base consistiu na aplicação de 300 kg ha-1 de

supersimples. Em superfície foram ainda aplicados 200 kg ha-1 de cloreto de potássio

(KCl), com 60% de K2O e 200 kg ha-1 de sulfato de amônio com 20% de N e 22% de S.

Tabela 2: Tratamentos realizados nos estádios fenológicos tratamento de sementes, V4= quarto

nó, terceira folha trifoliada completamente desenvolvida, R5= início do

florescimento/florescimento pleno, R7= início da formação da vagem/vagens completamente

desenvolvida, R8= início do enchimento do grão (granação de 25% a 50%).

Tratamento

Épocas de Aplicação

TRATAMENTO DE SEMENTE

V4 R5 R7 R8

1

INOCULANTE

(150 ml ha-1)

PRODUTO 1

(150 ml ha-1) --- --- ---

2

PRODUTO 1

(150 ml ha-1)

+

PRODUTO 2

(250 ml ha-1)

PRODUTO 2

(250 ml ha-1)

--- ---

3 --- PRODUTO 2 (250 ml/há) +

PRODUTO 4 (3 L/ha)

4 ---

PRODUTO 2 (250 ml/ha) +

PRODUTO 4 (3 L/ha) +

PRODUTO 5 (2 L/ha)

5 ---

PRODUTO 2 (250ml/ha) +

PRODUTO 4 (3L/ha) +

PRODUTO 3 (500 ml/ha)

6 ---

PRODUTO 2 (250ml/ha) +

PRODUTO 4 (3L/ha) +

PRODUTO 3 (1 L/ha)

7 ---

PRODUTO 2 (250ml/ha) +

PRODUTO 4 (3L/ha) +

PRODUTO 3 (2 L/ha)

8 ---

PRODUTO 2 (250ml/ha) +

PRODUTO 4 (3L/ha) +

PRODUTO 3 (4 L/ha)

9

PRODUTO 3

(0,5 L ha-1)

PRODUTO 2 (250ml/ha) +

PRODUTO 4 (3L/ha) +

PRODUTO 3 (0,5 L/ha)

10

PRODUTO 3 (1,0

L ha-1)

PRODUTO 2 (250ml/ha) +

PRODUTO 4 (3L/ha) +

PRODUTO 3 (1 L/ha)

11

PRODUTO 3 (2,0

L ha-1)

PRODUTO 2 (250ml/ha) +

PRODUTO 4 (3L/ha) +

PRODUTO 3 (2 L/ha)

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19

INOCULANTE - Inoculante turfoso - Estirpe: SEMIA 5019 (Bradyrhizobium

elkanii) e SEMIA 5079 (Bradyrhizobium japonicum) - 5 Bilhões de bactérias viáveis/g.;

PRODUTO 1 - Fertilizante líquido indicado para o fornecimento de cobalto,

molibdênio e fósforo. Contêm 15% de molibdênio, 1,5% de Cobalto e 2,8% de P2O5.

Densidade 1,61 g ml-1.

PRODUTO 2 - Biorregulador composto por uma combinação de reguladores

vegetais (apresenta em sua constituição 0,05 g L-1 de ácido indolbutírico (auxina), 0,09

g L-1 de cinetina (citocinina) e 0,05 g L-1 de ácido giberélico (giberelina)), que agem em

conjunto garantindo um adequado equilíbrio hormonal.

PRODUTO 3 - Fertilizante liquido contendo 5% de nitrogênio e 8% de magnésio.

Densidade de 1,33 g ml-1.

PRODUTO 4 - Fertilizante liquido contendo 5% de nitrogênio, 4% de boro, 0,2%

de cobre e 3% de zinco. Densidade de 1.26 g ml-1.

PRODUTO 5 - Fertilizante foliar contendo 2,5% de nitrogênio, 24% de P205 e

3,4% de molibdênio. Densidade de 1,41 g ml-1. As aplicações (Tabela 2 e 3) ocorreram

nos seguintes estádios fenológicos do feijoeiro: TS (15/6), V4 (1ª foliar em 10/07), R5

(2ª foliar em 23/07), R7 (3ª foliar em 07/08) e R8 (4ª foliarem 21/08), e a colheita em

10/09/2015.

Tabela 3: Relação dos nutrientes fornecidos a cada aplicação.

Tratamentos Épocas de Aplicação

V4 R7 R8

1

PRODUTO 1 P2O5: 6,76 g ha-1 Mo: 36,2 g

ha-1 Co: 3,6 g ha-1 --- ---

2

PRODUTO 1 P2O5: 6,76 g ha-1 Mo: 36,2 g ha-1 Co: 3,6 g ha-1

--- ---

3 --- PRODUTO 4 (N: 189 g ha-1 + B: 151 g ha-1 + Cu: 6,43 g ha -1 + Zn: 113

g ha-1)

4 --- PRODUTO 4 (N: 189 g ha-1 + B: 151 g ha-1 + Cu: 6,43 g ha-1 + Zn: 113 g ha-1) + PRODUTO 5 (N: 70,5 g ha-1 + P2O5: 676,8 g ha-1 + Mo: 95,9)

5 --- PRODUTO 4 (N: 189 g ha-1 + B: 151 g ha-1 + Cu: 6,43 g ha-1 + Zn: 113 g ha-1) + PRODUTO 3 (N: 33,25 g ha-1 + Mg: 53,2 g ha-1)

6 --- PRODUTO 4 (N: 189 g ha-1 + B: 151 g ha-1 + Cu: 6,43 g ha-1 + Zn: 113 g ha-1) + PRODUTO 3 (N: 66,5 g ha-1 + Mg: 106,4 g ha-1)

7 --- PRODUTO 4 (N: 189 g ha-1 + B: 151 g ha-1 + Cu: 6,43 g ha-1 + Zn: 113 g ha-1) + PRODUTO 3 (N: 133 g ha-1 + Mg: 212,8 g ha-1)

8 --- PRODUTO 4 (N: 189 g ha-1 + B: 151 g ha-1 + Cu: 6,43 g ha-1 + Zn: 113 g ha-1) + PRODUTO 3 (N: 266 g ha-1 + Mg: 425,6 g ha-1)

9

PRODUTO 3

N: 33,25 g ha -1

Mg: 53,2 g ha-1

PRODUTO 4 (N: 189 g ha-1 + B: 151 g ha-1 + Cu: 6,43 g ha-1 + Zn: 113 g

ha-1) + PRODUTO 3 (N: 33,25 g ha-1 + Mg: 53,2 g ha-1)

10

PRODUTO 3

N: 66,5 g ha -1

Mg: 106,4 g ha-1

PRODUTO 4 (N: 189 g ha-1 + B: 151 g ha-1 + Cu: 6,43 g ha-1 + Zn: 113 g ha-1) + PRODUTO 3 (N: 66,5 g ha-1 + Mg: 106,4 g ha-1)

11

PRODUTO 3

N: 133 g ha -1

Mg: 212,8 g ha-1

PRODUTO 4 (N: 189 g ha-1 + B: 151 g ha-1 + Cu: 6,43 g ha-1 + Zn: 113 g ha-1) + PRODUTO 3 (N: 133 g ha-1 + Mg: 212,8 g ha-1)

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20

As aplicações dos fertilizantes foram realizadas com um pulverizador

pressurizado a base de CO2 de 6 bicos espaçados entre si a 0,5 m, e o volume de calda

utilizado foi de 150 L ha-1.

Valores de temperaturas máximas, mínimas, medias e umidade relativa e

atividades relacionadas no ciclo da cultura do feijoeiro (eventos 1 a 4) terceira safra, no

ano de 2015, estão detalhadas na figura 1.

Figura 1: Temperatura e umidade relativa do ar durante o desenvolvimento da cultura do

feijoeiro. Legenda 1- aplicação de PRODUTO1 no tratamento 1 e do tratamento 2 ao 11 todos

receberam PRODUTO1 + PRODUTO2 em V4 (10/07/2015); 2- aplicação de PRODUTO2 nos

tratamentos 2 ao 11 em R5 (23/07/2015); 3- aplicação de doses crescentes de PRODUTO3 (0,5

L ha-1, 1 L ha-1, 2 L ha-1) nos tratamentos 9, 10 e 11 em R7 (07/08/2015); 4- aplicação de

PRODUTO2 (250 ml/ha) + PRODUTO4 (3 L/ha) do tratamento 3 ao 11, mais PRODUTO5 (2

L/ha) no tratamento 4, doses crescentes de PRODUTO3 (0,5 L ha-1, 1 L ha-1, 2 L ha-1, 4 L ha-1)

nos tratamentos 5, 6, 7, e 8, e PRODUTO3 (0,5 L ha-1, 1 L ha-1, 2 L ha-1) nos tratamentos 9, 10

e 11 em R8 (21/08/2015).

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

Temp. max° C Temp. min° C Umidade relativa (%) Temp. média° C

TEM

PER

ATU

RA

°C

UM

IDA

DE

REL

ATI

VA

(%

)

2

34

1

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21

3.3 Avaliações

Previamente a colheita, foram coletadas dez plantas do feijoeiro na área útil (4

metros quadrados centrais) de cada parcela de forma aleatória para análise em

laboratório, sendo as demais plantas da área útil colhidas e trilhadas em 11 de setembro

2015, para obtenção da produtividade. Nas 10 plantas foram avaliados os seguintes

parâmetros: número de vagens por planta, número de grãos por vagem, massa de 100

grãos e produção. Para estabelecer a produtividade foi somada a massa dos grãos das

dez plantas colhidas ao total obtido na parcela e os resultados convertidos em kg ha-1.

Os dados foram submetidos a análise de variância e ao teste de Scott Knott a 5% de

probabilidade.

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4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

A análise de variância mostrou que não houve diferenças significativas pelo teste

F com p (<0,05) para nenhuma das variáveis analisadas. Na tabela 4 observa-se

equilíbrio entre os tratamentos avaliados, sem discrepância dos dados.

Tabela 4. Valores médios para número de vagens por planta (NVP); número de grãos por vagem

(NGV); massa de cem grãos (M100G); produtividade de grãos (PROD.) em função das

aplicações de fertilizantes foliares em diferentes estádios da cultura.

TRATAMENTO NVP NGV M100G (g) PROD. (kgha-¹)

1 9,85 a 5,44 a 21,99 a 3177,6 a

2 11,37 a 5,62 a 22,42 a 3319,2 a

3 11,02 a 5,33 a 22,24 a 3302,4 a

4 10,80 a 5,46 a 22,22 a 3261,6 a

5 9,54 a 5,67 a 21,65 a 3201,6 a

6 10,18 a 5,56 a 22,45 a 3356,4 a

7 10,62 a 5,44 a 22,10 a 3314,4 a

8 9,79 a 5,32 a 22,09 a 3205,2 a

9 10,52 a 5,63 a 21,61 a 3242,4 a

10 9,90 a 5,62 a 22,46 a 3148,2 a

11 8,90 a 5,45 a 22,72 a 3120,6 a

MÉDIA 10,22 5,5 22,18 3240,6

C.V.% 10,22 4,71 4,17 7,91

Obs.: Médias seguidas de mesma letra em colunas não diferiram estatisticamente a nivel de 5% de probabilidade.

4.1 Vagem por planta e grãos por vagem

Os tratamentos 5, 9 e 10 se destacaram na relação ao número de vagens por

planta e grãos por vagem (Figura 2), contudo não obtiveram elevada produtividade, isso

provavelmente se deve ao estresse por temperatura que a planta sofreu reduzindo o

enchimento e a formação dos grãos. Já o tratamento 6 obteve maior relação entre

vagem/grão e menor número de grãos abortados. Segundo Zucarelli et al. (2006) o

número de vagens é o componente que mais contribui para o aumento da produtividade,

porém se não ocorrer a suplementação de nutrientes de forma adequada, a cultura fica

limitada ao enchimento dos grãos causando a diluição dos nutrientes entre os grãos

formados resultando em baixa massa de grãos e interferindo na produtividade. Sabe-se

que o P é um componente vital no processo de conversão da energia solar em alimento

e fibra, desempenha função-chave na fotossíntese, no metabolismo de açúcares, no

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armazenamento e transferência de energia, no alargamento das células, sendo vital

para a formação da semente, além do melhor uso e aproveitamento da maioria dos

nutrientes, isso aliado ao Mg que tem função de carreador de P na planta (MALAVOLTA,

1980).

Figura 2: Relação de vagem por planta (NVP) e grãos por vagem (NGV) de plantas de feijão

submetidas a 11 tratamentos com nutrição foliar e biorregulador vegetal, Sorriso-MT.

Os tratamentos obtiveram pequena diferença para o número de vagens por

planta, sendo que o menor número de vagens por planta foi do tratamento 11 com 8,9

vagens/planta e o maior, tratamento 2 com 11,37 vagens/planta. Alleoni et al. (2000)

avaliando o desempenho agronômicos da cultura do feijoeiro, com a aplicação de

biorregulador no tratamento de sementes e com a aplicação nos estádios V2 e V4 e no

início do florescimento R5, não obteve resultados significativos para o parâmetro

número de vagens/planta quando comparado ao controle. Porém o mesmo obteve

incremento de 4,7% sobre a testemunha em que foi aplicado o biorregulador somente

via foliar. Resultado este que corrobora com os obtidos neste trabalho.

Altas temperaturas exercem maior influência no desenvolvimento de sementes

e estruturas florais, entre outros processos fisiológicos danificados por este fator

climático. Na presença de temperaturas muito elevadas, a planta começa o processo de

abscisão dos órgãos reprodutivos, sendo que em temperaturas acima de 35ºC

praticamente não há formação de vagens, comprometendo significativamente a

produção final (VIEIRA et al., 2006).

0

1

2

3

4

5

6

0

2

4

6

8

10

12

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

GR/VG VGA/PTA

GR

ÃO

S P

OR

VA

GE

M

VA

GE

M P

OR

PL

AN

TA

TRATAMENTOS

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4.2 Massa de 100 grãos

Os tratamentos 10 e 11, em que foram aplicados 212,8 g ha-1 de Mg ou duas

vezes 212,8 g ha-1 Mg de forma parcelada nos estádios fenológicos R7 e R8, foram os

que apresentaram maior destaque no parâmetro de massa de 100 grãos conforme a

(Figura 3). Quando comparamos os tratamentos 10 e 11 com o tratamento 9 que

também foi estabelecido uma dose de equivalente a 106,4 g ha de Mg, e aplicado nas

mesmas condições dos tratamentos 10 e 11, ou seja, de forma parcelada, observamos

que essa dose não apresentou resultados no parâmetro massa de 100 grãos, isso

ocorreu porque a aplicação em R7 e R8 não teve a eficiência esperada. O feijoeiro é

sensível a temperatura, na época que foi conduzido o experimento a temperatura no

período das aplicações estava muito elevada sendo que a máxima estava acima de 35°

C, por esse motivo levou a planta ao estresse, prejudicou a absorção do nutriente Mg,

que é o átomo central da molécula de clorofila, é ativador de enzimas, por deficiência

do nutriente Mg, reduziu a atividades enzimáticas da planta e consequentemente a

produção e transporte de foto assimilados para os grãos.

Figura 3: Valores Médios para Massa de 100 grãos (g) de plantas de feijão submetidas a 11

tratamentos com nutrição foliar e biorregulador vegetal, Sorriso-MT.

21,99 22,42 22,24 22,22 21,6522,45 22,1 22,09 21,61

22,46 22,72

0

5

10

15

20

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

TRATAMENTOS

MA

SS

A D

E 1

00

GR

ÃO

S (

g)

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4.3 Produtividade

A produtividade está ligada diretamente com o número de vagens por planta.

Segundo Fernandes (2006) a reposição de nutrientes no enchimento dos grãos garante

a manutenção da fotossíntese, refletindo no aumento da produtividade.

O tratamento 6 que recebeu uma dose de 106,4 g ha-1 de Mg, aplicação única,

foi o que obteve a maior produtividade (Figura 4), com 3360 kg.ha-1. Isso se deve a

massa dos grãos e o número de vagens. COBUCCI (2008) relata que a aplicação de

bioestimulante via foliar favoreceu os parâmetros vagem por planta e massa de grãos

por planta e consequentemente a produtividade. Entre os tratamentos com aplicação

única, o 6 foi o que obteve maior massa de 100 grãos (Figura 1).

Figura 4: Valores médios para produtividade (kg ha-1) de plantas de feijão submetidas a 11

tratamentos com nutrição foliar e biorregulador vegetal, Sorriso-MT.

Aparentemente a aplicação em R7 não surtiu efeito nenhum nas plantas ou o

efeito esperado, o feijoeiro é muito sensível a temperatura, assim ele apresentando

algum nível de estresse, devido às condições locais como altas temperaturas (Figura

1), provocando baixa eficiência nesta aplicação. De acordo com Malavolta (1980), o

magnésio (Mg2+) após entrar em contato com a folha, a planta necessita de 10 a 24

horas para que 50% do nutriente disponibilizado via foliar, seja absorvido, e o nitrogênio

(Ureia - (CO-NH2)2), demora de 0,5 a 36 horas variando de acordo com a espécie. As

altas temperaturas principalmente durante a aplicação ou após esta podem ter

prejudicado a aplicação da dose parcial PRODUTO 3 nesta época, sendo assim nos

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

PR

OD

UT

IVID

AD

E (

kg h

a-1

)

TRATAMENTOS

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tratamentos 9, 10 e 11, é possível que só o Mg aplicado em R8 tenha surtido efeito

desejado.

Assim como o nitrogênio o magnésio é um constituinte da molécula de clorofila,

dessa maneira ele é fundamental para a mesma, quando os teores de clorofilas se

mantem em níveis considerados adequados se torna benéfico para o sistema, sendo

assim ocorre uma maior produção de fotos assimilados, e consequentemente ocorre a

translocação dos mesmos para alguns órgãos do vegetal, como por exemplo, o grão.

Porém ainda existe dúvidas entre os profissionais, de qual é o momento ideal a ser

aplicado, se deve ser aplicado em apenas uma vez, ou se é melhor parcela sua

aplicação.

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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Para todos os parâmetros avaliados tem que se levar em consideração: as

sementes foram tratadas, a área em que foi implantado o experimento é uma área de

fertilidade construída, proporcionando assim altas produtividades, e como foi

desenvolvido sob pivô, todas as plantas tiveram ótimas condições de se desenvolverem.

Todos estes fatores podem ter influenciado nos parâmetros proporcionando condições

adequadas para a cultura, e com isto a adubação foliar e o uso de bioestimulante em

diferentes épocas não foi suficiente para proporcionar que os incrementos obtidos

chegassem a ser significativos.

Para que o feijoeiro possa atingir seu rendimento potencial, torna-se necessário

que a temperatura do ar apresente valores mínimo, ótimo e máximo como sendo 12º C,

21º C e 29º C, respectivamente. Por outro lado, regiões que apresentam valores de

temperaturas do ar noturnas altas provocam maiores prejuízos ao rendimento do

feijoeiro.

O número de vagens por planta está relacionado diretamente a produtividade,

assim, preservar a florada suprindo a necessidade de nutrientes da planta em momentos

chave é de fundamental importância para garantir uma boa produção.

As formas de aplicação de micronutrientes, macronutrientes e reguladores

vegetais não influenciaram de modo significativo nos tratamentos, porém pode-se notar

que a maioria dos tratamentos apresentaram incremento na produtividade, exceto os

tratamentos 11 e 10, que obterão produtividades inferiores a testemunha.

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6. CONCLUSÃO

As formas de aplicação de micronutrientes, macronutrientes e reguladores

vegetais não influenciam os componentes de rendimento do feijoeiro cultivar ANFC9

Agronorte sob pivô central.

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29

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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