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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ALIMENTOS KAMILA FREITAS DE PAIVA EFEITO DO PROCESSAMENTO E AVALIAÇÃO DA ESTABILIDADE DE BLENDS DE VEGETAIS ENRIQUECIDOS COM ESPIRULINA E PSYLLIUM FORTALEZA 2019

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Page 1: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS … · mestre em Ciência e Tecnologia de Alimentos. Área de concentração: Processamento de ... Os sucos de frutas apresentam

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE

ALIMENTOS

KAMILA FREITAS DE PAIVA

EFEITO DO PROCESSAMENTO E AVALIAÇÃO DA ESTABILIDADE DE BLENDS

DE VEGETAIS ENRIQUECIDOS COM ESPIRULINA E PSYLLIUM

FORTALEZA

2019

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KAMILA FREITAS DE PAIVA

EFEITO DO PROCESSAMENTO E AVALIAÇÃO DA ESTABILIDADE DE BLENDS DE

VEGETAIS ENRIQUECIDOS COM ESPIRULINA E PSYLLIUM

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-

Graduação em Ciência e Tecnologia de

Alimentos da Universidade Federal do Ceará,

como requisito para obtenção do título de

mestre em Ciência e Tecnologia de Alimentos.

Área de concentração: Processamento de

Alimentos de Origem Vegetal.

Orientador: Profª. Drª. Lucicleia Barros

Vasconcelos.

Co-orientador: Profª. Dra. Kaliana Sitonio Eça

FORTALEZA

2019

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KAMILA FREITAS DE PAIVA

EFEITO DO PROCESSAMENTO E AVALIAÇÃO DA ESTABILIDADE DE BLENDS DE

VEGETAIS ENRIQUECIDOS COM ESPIRULINA E PSYLLIUM

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-

Graduação em Ciência e Tecnologia de

Alimentos da Universidade Federal do Ceará,

como requisito para obtenção do título de

mestre em Ciência e Tecnologia de Alimentos.

Área de concentração: Processamento de

Alimentos de Origem Vegetal.

Aprovado em: ___/___/______.

BANCA EXAMINADORA

_____________________________________________

Profª. Drª. Lucicléia Barros Vasconcelos (Orientadora)

Universidade Federal do Ceará (UFC)

_____________________________________________

Profª. Drª. Andréa Cardoso de Aquino

Universidade Federal do Ceará (UFC)

_____________________________________________

Profª. Dra. Larissa Morais Ribeiro da Silva

Universidade Federal do Ceará (UFC)

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A Deus.

Aos meus pais, Francisca Maria e Paulo Ramos.

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AGRADECIMENTOS

À CAPES, pelo apoio financeiro com a manutenção da bolsa de auxílio.

A Profa Dra. Lucicléia Barros Vasconcelos, pela excelente orientação.

A Profa Dra. Kaliana Sitonio Eça, por ter sido minha co-orientadora.

Aos professores participantes da banca examinadora Andréa Cardoso de Aquino e

Larissa Morais Ribeiro da Silva pelo tempo, pelas valiosas colaborações e sugestões.

Aos bolsistas do laboratório de frutos Michele Cavalcante, Lerrena Lima e Augusto

Santos pelas colaborações nas realizações das análises.

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RESUMO

Os sucos de frutas apresentam relevante valor nutricional pelo alto teor de vitaminas e minerais.

No desenvolvimento de novos produtos alimentícios que exibem propriedades funcionais, um

papel importante é desempenhado pelas frutas e legumes, sendo ricas fontes de compostos

biologicamente ativos. Dessa forma, o presente estudo teve como objetivo elaborar um blend

de vegetais e identificar os compostos bioativos do mesmo antes e após a pasteurização além

de realizar o estudo de sua estabilidade. Foram formuladas quatro amostras contendo vegetais

nas seguintes proporções 24% de abacaxi, 13% de couve manteiga, 0,5% de hortelã, 0,1% de

gengibre, 4,7% de suco de limão, 7,6% de espinafre e 37% de água. A formulação 1 foi

composta pelos ingredientes base. As formulações 2, 3 e 4 continham os ingredientes base

acrescidos de 1,81g psyllium, 0,8 g de espirulina e da combinação de psyllium e espirulina,

respectivamente. As amostras foram analisadas antes e após a pasteurização. Primeiramente,

foi caracterizado o extrato da couve manteiga (Brassica oleracea L. var. acephala) quanto ao

pH, acidez total, sólidos solúveis totais, ácido ascórbico, cor, atividade enzimática da

polifenoloxidase e atividade antioxidante. Já as amostras dos blends foram analisadas quanto a

cor, concentração de ácido ascórbico (vitamina C), polifenóis extraíveis totais (PET), atividade

antioxidante total (AAT) através do ensaio com o radical ABTS•+, teor de clorofila, minerais,

fibra alimentar e bioacessibilidade de minerais. Para as formulações obtidas, foi realizado um

estudo da estabilidade por 30 dias através das avaliações do pH, cor e vitamina C. As amostras

não pasteurizadas apresentaram valores superiores aos obtidos para as amostras pasteurizadas

em relação ao pH, vitamina C, acidez, clorofila, atividade antioxidante, polifenóis extraíveis

totais, minerais e fibras. Em relação ao conteúdo de vitamina C a amostra contendo psyllium e

espirulina não pasteurizada apresentou o maior valor (3,74 mg/100g). Para a mesma formulação

foi observado valores mais significativos em termos de atividade antioxidante, tanto antes (3,46

µM trolox/g) como após a pasteurização (3,06 µM trolox/g). Todas as amostras, independente

do processamento térmico, apresentaram um alto teor de minerais (potássio, cálcio, sódio e

magnésio) e um alto conteúdo de fibras, se destacando as formulações contendo psyllium.

Sendo assim, o blend enriquecido com psyllium e espirulina se destacou por apresentar os

melhores resultados em termos de concentração de bioativos e quanto a sua funcionalidade,

além de apresentar uma boa capacidade antioxidante devido a presença do psyllium e a

espirulina vindo a se tornar um produto com grande potencial comercial.

Palavras-chave: Blend de vegetais. Capacidade antioxidante. Compostos bioativos.

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ABSTRACT

Fruit juices have relevant nutritional value due to the high content of vitamins and minerals. In

the development of new food products that exhibit functional properties, an important role is

played by fruits and vegetables, being rich sources of biologically active compounds. Thus, the

present study aimed to elaborate a vegetable blend and identify its bioactive compounds before

and after pasteurization and to study its stability. Four samples containing vegetables were

formulated in the following proportions: 24% pineapple, 13% kale, 0.5% mint, 0.1% ginger,

4.7% lemon juice, 7.6% spinach and 37% of water. Formulation 1 was composed of the base

ingredients. Formulations 2, 3 and 4 contained the base ingredients plus 1.81g psyllium, 0.8g

spirulina and the combination of psyllium and spirulina respectively. The samples were

analyzed before and after pasteurization. First, the cabbage butter extract (Brassica oleracea L.

var. Acephala) was characterized for pH, total acidity, total soluble solids, ascorbic acid, color,

polyphenoloxidase enzymatic activity and antioxidant activity. Blends samples were analyzed

for color, ascorbic acid (vitamin C) concentration, total extractable polyphenols (PET), total

antioxidant activity (AAT) by ABTS•+ radical assay, chlorophyll content, minerals, fiber. feed

and bioaccessibility of minerals. For the formulations obtained, a stability study was performed

for 30 days by evaluating the pH, color and vitamin C. The unpasteurized samples presented

higher values than those obtained for the pasteurized samples in relation to the pH, vitamin C,

acidity, chlorophyll. antioxidant activity, total extractable polyphenols, minerals and fibers.

Regarding the vitamin C content, the sample containing psyllium and unpasteurized spirulina

presented the highest value (3.74 mg / 100g). For the same formulation, more significant

antioxidant activity values were observed both before (3.46 µM trolox / g) and after

pasteurization (3.06 µM trolox / g). All samples, regardless of thermal processing, presented a

high mineral content (potassium, calcium, sodium and magnesium) and a high fiber content,

especially formulations containing psyllium. Therefore, the psyllium and spirulina enriched

blend stood out for presenting the best results in terms of bioactive concentration and its

functionality, besides having a good antioxidant capacity due to the presence of psyllium and

spirulina becoming a product. with great commercial potential.

Keywords: Vegetable blend. Antioxidant capacity. Bioactive compounds.

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LISTA DE FIGURA

Figura 1 - Fluxograma de processamento dos blends.............................................................32

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Formulação dos blends.......................................................................................31

Tabela 2 - Análises extrato de couve...................................................................................38

Tabela 3 - Atividade antioxidante e enzimático (polifenoloxidase) ...................................40

Tabela 4 - Análises de cor do extrato de couve...................................................................41

Tabela 5 - Análises físico-químicas extrato de couve.........................................................42

Tabela 6 - Anál Análise de cor dos blends..................................................................................45

Tabela 7 - Análise de vitamina C dos blends......................................................................46

Tabela 8 - Análise de polifenóis extraíveis totais dos blends..............................................48

Tabela 9 - Análise de ABTS e clorofila do blends..............................................................50

Tabela 10 - Análise de minerais do blends............................................................................52

Tabela 11 - Análise de fibras do blends................................................................................55

Tabela 12 - Análise de bioacessibilidade do blends .............................................................56

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...............................................................................................................13

2 OBJETIVOS....................................................................................................................16

2.1 Geral.................................................................................................................................16

2.2 Específicos........................................................................................................................16

3 REVISÃO DE LITERATURA......................................................................................17

3.1 Aspectos legais de bebidas de frutas.............................................................................17

3.2 Mercado de frutas e sucos..............................................................................................18

3.2.1 Blends...............................................................................................................................20

3.2.2 Abacaxi.............................................................................................................................21

3.2.3 Couve manteiga................................................................................................................22

3.2.4 Espinafre...........................................................................................................................23

3.2.5 Hortelã..............................................................................................................................23

3.2.6 Gengibre...........................................................................................................................24

3.2.7 Limão................................................................................................................................24

3.3 Compostos bioativos em sucos de frutas.......................................................................25

3.3.1 Ácido ascórbico (vitamina C) ..........................................................................................26

3.3.2 Compostos fenólicos.........................................................................................................26

3.4 Atividade antioxidante...................................................................................................27

3.5 Congelamento como método de conservação dos vegetais..........................................28

3.6 Psyllium...........................................................................................................................28

3.7 Espirulina.........................................................................................................................29

4 MATERIAL E MÉTODOS...........................................................................................30

4.1 Matéria-prima.................................................................................................................30

4.2 Caracterizações do extrato de couve e do processo.....................................................30

4.2.1 Obtenção do extrato..........................................................................................................30

4.3 Formulações e padronização dos blends.......................................................................30

4.4 Análises do extrato de couve e dos blends de vegetais.................................................33

4.4.1 Extrato de couve...............................................................................................................33

4.4.2 Análises dos blends de vegetais........................................................................................33

4.4.3 Cor....................................................................................................................................33

4.4.4 Ácido ascórbico (vitamina C) ..........................................................................................34

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4.4.5 Polifenóis Extraíveis Totais (PET) ..................................................................................34

4.4.6 Atividade Antioxidante – Ensaio radical ABTS ..............................................................35

4.4.7 Atividade Enzimática da Polifenoloxidase (PPO) ...........................................................35

4.6 Clorofila...........................................................................................................................36

4.7 Determinação de minerais.............................................................................................36

4.8 Fibra Alimentar..............................................................................................................37

4.9 Estudo da estabilidade....................................................................................................37

4.10 Análise da biodisponibilidade de minerais...................................................................37

4.11 Análise estatística............................................................................................................38

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO....................................................................................38

5.1 Análise do extrato da couve manteiga...........................................................................38

5.1.1 Atividade antioxidante e enzimática (polifenoloxidase) .................................................39

5.1.2 Análise de cor ..................................................................................................................41

5.2 Análises dos blends de vegetais......................................................................................42

5.2.1 Análises físico-químicas...................................................................................................42

5.2.2 Análise de cor...................................................................................................................44

5.2.3 Análise de vitamina C.......................................................................................................45

5.2.4 Polifenóis Extraíveis Totais..............................................................................................47

5.2.5 Atividade Antioxidante (ABTS) e Clorofila.....................................................................49

5.2.6 Determinação de minerais................................................................................................52

5.2.7 Fibra Alimentar.................................................................................................................55

5.2.8 Bioacessibilidade..............................................................................................................56

6 CONCLUSÃO.................................................................................................................59

REFERÊNCIAS.............................................................................................................60

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1 INTRODUÇÃO

O consumo de sucos de frutas tem aumentado nos últimos anos motivado,

principalmente, pela maior consciência dos consumidores sobre a importância da escolha de

alimentos saudáveis (SOUZA, 2016).

A busca pela qualidade de vida se estende aos cuidados com a alimentação,

caracterizado por uma crescente demanda por produtos saudáveis e com características

nutricionais e sensoriais próximas dos alimentos in natura (CARMO et al., 2014). A

seletividade e exigência, além da maior consciência da relação entre saúde e alimentação, têm

modificado os hábitos da população, que por sua vez afeta diretamente o setor agro alimentício

e industrial (BRAGA, 2013).

O consumo de frutas e vegetais é cada vez mais recomendado como parte de um

estilo de vida saudável. Uma dieta rica em frutas e vegetais está associada a um atraso no

processo de envelhecimento e a um menor risco de desenvolver inflamação e estresse oxidativo

relacionados a doenças crônicas (MURADOR et al., 2016).

Aliado ao crescimento da ingestão de frutos, as indústrias e órgãos de pesquisa têm

investido na associação e elaboração de produtos que ofereçam, além da praticidade, a

incorporação de benefícios múltiplos pela adição de diferentes ingredientes, com o intuito de

sanar as necessidades, atender às tendências e expectativas do consumidor e agregar valor aos

produtos (BRAGA, 2013). Desta forma a tendência do consumo de suco de frutas tem

aumentado nas últimas décadas, devido aos seus diversos benefícios para a saúde associado ao

seu elevado valor nutricional devido ao alto teor de vitaminas e minerais (SHAMSUDIN et al.,

2014).

Visando promover novas características sensoriais no mercado de sucos, além de

agregar inúmeros benefícios nutricionais, a indústria tem investido nas bebidas tipo blends. De

acordo com Bamidele, et al (2017) os sucos de frutas mistos são mais populares do que sucos

puros ou concentrados e, geralmente, aceitos devido ao seu sabor natural, disponibilidade e

benefícios para a saúde. A junção de dois ou mais tipos de frutas resulta em produtos que se

tornam mais atraentes pelo enriquecimento nas suas características nutritivas, principalmente

em relação à diversidade e proporção de vitaminas e minerais. Além disso, colabora na melhoria

das propriedades sensoriais (MARTINS et al., 2017).

Produtos naturais contendo frutas, vegetais e substâncias à base de plantas tem

chamado a atenção dos consumidores. Segundo Makkapati, et al (2018) a obtenção de “sucos”

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corresponde ato de fabricar líquidos a partir de vegetais e frutas misturados e adicionados de

água. Segundo este autor tem havido uma tendência crescente do consumo destes sucos,

formulados para fins de perda de peso e aumento de energia. De acordo com Lien (2013)

vegetais como espinafre, couve, acelga, beterraba e salsa são geralmente recomendados nesses

regimes. Nos sucos obtidos com a mistura de vegetais e frutas o uso do abacaxi é bastante

atrativo.

O suco de abacaxi é apreciado pelo seu aroma e sabor muito agradáveis e, em geral,

é bebível em formas diversas, como puro, reconstituído ou concentrado, bem como misturado

com outras frutas ou hortaliças, devido ao seu forte sabor ácido, levando ao desenvolvimento

de novos sabores para bebidas e outros produtos (SHAMSUDIN et al., 2014).

Um dos principais vegetais utilizados no desenvolvimento desses blends é a couve

manteiga, que corresponde a uma matéria prima vegetal com bastante potencial a ser explorado

pelo mercado de produtos processados. Essa hortaliça é uma fonte rica de fibras dietéticas ou

de carboidratos não digeríveis de baixo peso molecular, vitaminas A, K e C; e minerais

essenciais como potássio (K), cálcio (Ca) e magnésio (Mg). Além disso, a couve manteiga pode

fornecer quantidades significativas de carotenoides e folatos, embora nenhum desses traços de

qualidade nutricional tenha sido bem caracterizado até a data presente (ARMESTO et al., 2017;

PATHIRANA et al., 2017).

O gengibre se destaca como conservante natural sendo bastante utilizado na dieta

devido a suas propriedades anti-inflamatórias, antiemética, antináusea, antimutagênica,

antiúlcera, hipoglicêmica e bactericida e seu uso como desintoxicante alimentar. A hortelã pode

ser utilizada de várias formas, tanto para a culinária quanto para a produção de perfumes por

causa de seu aroma característico. O espinafre apresenta constituintes que contribui para a dieta,

dentre eles estão as proteínas, sais minerais, especialmente o cálcio e o ferro, vitaminas do

complexo B, A e C e fibras (IBIAPINA et al., 2018).

Além dos vegetais inseridos na formulação do blend desenvolvido foram

adicionados a espirulina e o psyllium com o objetivo de tornar a bebida rica em fibras devido o

potencial desse polissacarídeo os quais vem sendo utilizados como fonte de fibras nas indústrias

de alimentos (SOLTANIAN et al., 2019).

Uma tendência da atualidade, com alegados benefícios para a saúde são os blends

de vegetais, que apresentam na sua composição a junção altamente diversificada de frutas e

vegetais. Os produtos denominados popularmente de “Detox” estão sendo muito consumidos

pela população, que está cada vez mais preocupada com questões nutricionais, entretanto

poucos são os trabalhos relacionados ao desenvolvimento e aceitação destes produtos

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(IBIAPINA et al., 2018) apesar de já haver trabalhos que referendam sua ação benéfica a saúde

(MAKKAPATI et al., 2018; LEE et al., 2018).

Diante do exposto, e levando em consideração os inúmeros benefícios que o blend

de vegetais chamado popularmente de Detox pode acrescentar, este estudo tem como objetivo

elaborar uma bebida concentrada rica em compostos bioativos, à base de abacaxi, couve, limão,

hortelã, espinafre, limão, psyllium e espirulina, armazenados sob congelamento e avaliar a

influência do processo de pasteurização na bebida, bem como sua capacidade e estabilidade

antioxidante.

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2 OBJETIVOS

2.1 Geral

Avaliar o efeito do processamento e da estabilidade da capacidade antioxidante e

minerais presentes em blends a base de abacaxi, couve, limão, hortelã, espinafre e gengibre

adicionados ou não de psyllium e espirulina.

2.2 Específicos

Caracterizar o extrato de couve quanto ao teor de compostos bioativos e coloração;

Avaliar o efeito do uso do psyllium e da espirulina e suas características no blend de

vegetais;

Analisar o efeito do tratamento térmico na estabilidade dos compostos bioativos no

blend de vegetais;

Verificar a bioacessibilidade dos minerais presentes no blend elaborado, levando em

consideração a conservação de seus compostos bioativos.

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3 REVISÃO DE LITERATURA

3.1 Aspectos legais de bebidas de frutas

No segmento bebidas, os sucos e os blends têm contribuído com inovações no setor,

principalmente tropicais que constituem uma boa fonte nutricional de vitaminas, minerais e

carboidratos solúveis (FARAONI et al., 2011).

Segundo Bamidele, et al (2017) os sucos de frutas mistas são expressamente mais

populares do que os sucos puros ou concentrados e de uma grande aceitação devido ao seu

sabor, disponibilidade e benefícios à saúde. Silva, et al (2016) afirma que as misturas de sucos

apresentam uma série de vantagens, como a possibilidade de combinação de diferentes aromas

e sabores, além da soma de componentes nutricionais, não encontrados em sucos e néctares

individualizados.

Os sucos devem atender à legislação específica, de acordo com a definição,

classificação, registro, padronização e requisitos de qualidade, devendo também acatar à

legislação sobre rotulagem de alimentos embalados (FERRAREZI et al., 2010).

A legislação brasileira através de suas portarias, decretos e regulamentos técnicos

estabelece padrões de identidade e qualidade para estes produtos, bem como classificá-los de

acordo com suas características e processos tecnológicos (MAIA, 2009).

As bebidas são regulamentadas pela Lei nº 8.918, de 14 de julho de 1994, do

MAPA, que define a mesma como sendo o produto industrializado, destinado à ingestão

humana, em estado líquido, sem finalidade medicamentosa ou terapêutica (BRASIL, 1994).

O decreto nº 6.871 de 04 de junho de 2009 classifica as bebidas de frutos em cinco

grupos disponíveis no mercado que são suco, néctares, polpas, refrescos e refrigerantes

(BRASIL, 2009).

O suco ou sumo é definido pelo Decreto nº 6.871 de 04 de junho de 2009, que

regulamenta a Lei nº 8.918, de 14 de julho de 1994, que dispõe sobre a padronização, a

classificação, o registro, a inspeção, a produção e a fiscalização de bebidas (BRASIL, 2009).

Por definição deste Decreto, suco ou sumo é a bebida não fermentada, não concentrada,

ressalvados os casos a seguir especificados, e não diluída, destinada ao consumo, obtida da fruta

madura e sã, ou parte do vegetal de origem, por processamento tecnológico adequado,

submetida a tratamento que assegure a sua apresentação e conservação até o momento do

consumo (BRASIL, 2009).

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O néctar de frutas é uma bebida apreciada devido a seus atributos de praticidade e

por se tratar essencialmente de um produto pronto para beber. Como característica principal de

composição apresenta quatro constituintes básicos que são: polpa de fruta, água, açúcar e ácidos

orgânicos como, por exemplo, o ácido cítrico no caso de frutos pouco ácidos (MAIA, 2009).

O decreto citado acima define néctar como sendo a bebida não fermentada, obtida

da diluição em água potável da parte comestível do vegetal ou de seu extrato, adicionado de

açúcares, destinada ao consumo direto (BRASIL, 2009).

O mesmo decreto também faz a definição de néctar misto como a bebida obtida da

diluição em água potável da mistura de partes comestíveis de vegetais, de seus extratos ou

combinação de ambos, e adicionado de açúcares, destinada ao consumo direto (BRASIL, 2009).

As polpas de frutas são regulamentadas pelo Ministério da Agricultura, através da

Instrução Normativa nº 01 de 07 de janeiro de 2000 que a define como o produto não

fermentado, não concentrado, não diluído, obtido de frutos polposos, através de processo

tecnológico adequado, com um teor mínimo de sólidos totais, proveniente da parte comestível

do fruto (BRASIL, 2000).

A polpa de fruta destinada à industrialização de outras bebidas e não destinado ao

consumo direto poderá ser adicionada de aditivos químicos previstos para a bebida a que se

destina. Na polpa de fruta poderá ser adicionado de acidulantes como regulador de acidez,

conservadores químicos e corantes naturais, nos mesmos limites estabelecidos para sucos de

frutas, ressalvados os casos específicos (BRASIL, 2000).

Refresco ou bebida de fruta ou de vegetal é a bebida não fermentada, obtida pela

diluição, em água potável, do suco de fruta, polpa ou extrato vegetal de sua origem, com ou

sem adição de açúcares (BRASIL, 2009).

A legislação também traz a definição de refresco misto ou bebida mista de frutas,

de extratos vegetais ou de frutas e extratos vegetais como a bebida obtida pela diluição em água

potável da mistura de suco de fruta, da mistura de extrato vegetal, ou pela combinação de ambos

(BRASIL, 2009).

3.2 Mercado de frutas e sucos

A produção anual de frutas no mundo é de 800 milhões de toneladas de frutas. O

Brasil é o terceiro colocado no ranking das principais nações produtoras e está atrás apenas da

China e da Índia. A participação de China, Índia e Brasil foi de 227,5 milhões de toneladas,

72,5 milhões de toneladas e 41 milhões de toneladas, respectivamente. (ANUÁRIO

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BRASILEIRO DE FRUTICULTURA, 2016). Cerca de 53% da produção é destinada ao

mercado de frutas frescas e 47% ao mercado de frutas processadas (IBRAF, 2015).

Em média, 90% das frutas colhidas no mundo são consumidas no país de origem.

Apenas 10% são negociados no mercado internacional. Isto representa oportunidade para a

fruticultura brasileira, que produz grande variedade de espécies, podendo conquistar mercados

tanto para as mais consumidas quanto em nichos especiais (ANUÁRIO BRASILEIRO DE

FRUTICULTURA, 2016).

As campanhas de incentivo ao consumo de alimentos saudáveis têm proporcionado

um crescimento para o mercado de frutas frescas e processadas, incluindo sucos e blends de

frutas (ROCHA, 2013).

Além das frutas in natura oferecidas nos mercados regionais, a sua transformação

em alimentos e bebidas com larga aceitação movimenta a economia nas cidades brasileiras

(ANUÁRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA, 2015).

As exportações de suco continuam bastante aquecidas, no ano de 2016 as vendas

do suco brasileiro tiveram destinação para 19 países. Os mais importantes foram: Holanda

(51,5%), Argentina (12,6%), Bélgica (8,4%), Suíça (6,7%), Itália (6,0%) e ficando ainda 14,9%

para outros destinos (ANUÁRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA, 2017).

O Brasil possui uma grande gama de frutas apreciadas em todo o mundo, além de

frutas exóticas pouco conhecidas, representando um grande potencial para o desenvolvimento

de novos produtos (ROCHA, 2013).

O comércio brasileiro de frutas processadas totalizou 2,037 bilhões de toneladas,

com volume de 9,22% inferior ao enviado no ano de 2013. O resultado em valor foi de US$

2,279 bilhões, com queda de 12,64% em comparação com o valor do ano anterior (ANUÁRIO

BRASILEIRO DE FRUTICULTURA, 2015).

No mercado interno, o segmento de frutas industrializadas vem crescendo há alguns

anos e a tendência deve permanecer. Os principais produtos comercializados no Brasil são

sucos, néctares, castanhas e polpas (ANUÁRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA, 2015).

Entre 2005 e 2010 as bebidas não alcoólicas ganharam espaço entre todas as bebidas

produzidas no Brasil, e neste setor destacou-se o segmento de sucos nas mais diversas formas

de apresentação do produto (ROCHA, 2013).

Apesar do considerável aumento na ingestão de néctar, os sabores ainda mais

consumidos são laranja, uva, maracujá, pêssego, manga e abacaxi. Portanto, devido a grande

diversidade de frutas no país e a miscigenação cultural, a procura por sabores diversificados

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tem levado as empresas a desenvolverem novos produtos para atender a demanda (BRAGA,

2013).

3.2.1 Blends

A sociedade passa por uma crescente mudança nos hábitos alimentares, a busca por

melhor qualidade de vida impulsiona a demanda por alimentos promotores de saúde, como os

alimentos funcionais. Buscando atender a isto, o desenvolvimento de novos produtos com estas

características tende a suprir essa necessidade no setor alimentício. Como exemplo, temos o

mercado de bebidas não alcóolicas, com os sucos e blends, que há alguns anos está em ascensão,

podendo estar relacionado, entre outros motivos, aos avanços de estudos científicos que indicam

a influência da alimentação na qualidade de vida (ALVARENGA, et al., 2017).

De acordo com Alvarenga, et al (2017) o suco é uma bebida amplamente apreciada

por apresentar sabor agradável e pelas boas características nutricionais, mas como alternativa

aos tradicionais sucos os blends surgem como novidades no mercado, sendo produtos saudáveis

que possibilitam a inserção de frutas e hortaliças convencionais ou não convencionais ao

paladar dos consumidores.

Segundo Nascimento, et al (2017) ao formular bebidas mistas podemos abranger

uma série de combinações com finalidades específicas principalmente de aromas, sabores e

nutrientes. Conforme a combinação escolhida pode-se ter produtos com maiores teores de

determinados nutrientes, com cores específicas, além de variados sabores e aromas.

Essa procura vem crescendo no mercado o que tem levado empresas a

desenvolverem novos produtos para atender à demanda já não mais regionalizada. Uma

alternativa interessante seria a combinação de diferentes espécies frutícolas como fontes

importantes de princípios nutritivos e compostos bioativos naturais. Esses produtos mistos

apresentam uma série de vantagens, tais como melhoria das características nutricionais do

produto pela complementação de nutrientes fornecidos por diferentes frutas, bem como

desenvolvimento de novos sabores, visando atender às expectativas dos consumidores

(CORREIA, et al., 2017; CARVALHO, et al., 2017).

Vários autores têm relacionado os efeitos benéficos, à saúde humana, o consumo

regular de frutas e vegetais à presença de substâncias antioxidantes, como os compostos

fenólicos, a vitamina C e os carotenoides (SOBRINHO, 2014).

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21

Os mercados nacionais e internacionais mostram um interesse cada vez maior para

o consumo de frutas e hortaliças, principalmente na indústria de sucos com expressiva

importância econômica no país (SOBRINHO et al., 2015).

Estudos epidemiológicos mostraram uma relação positiva entre o consumo de frutas

e legumes e a prevenção de doenças, como a arteriosclerose, o câncer, a diabetes, a artrite dentre

outras (BIEGANSKA-MARECIK et al., 2017). Sobrinho (2014) cita o abacaxi como fruta

eficaz ao combate a arteriosclerose, artrite e infecções na garganta, como também contribuinte

na formação óssea de adolescentes. O suco é digestivo e rico em fibras, além de estimulante

renal atuando também no combate à prisão de ventre.

Compostos com propriedades bioativas presentes em vegetais, promovem

benefícios adicionais à saúde e protegem o corpo humano contra diferentes doenças crônicas,

como obesidade, diabetes mellitus, dislipidemias, hepatopatias e cânceres (ALVES, 2013).

Entre esses vegetais destaca-se a couve, a qual vem sendo bastante estudada por suas

propriedades nutricionais, funcionais e antioxidantes (RIGUEIRA et al., 2016; MURADOR et

al., 2016; BIEGANSKA-MARECIK et al., 2017; NEUGART et al., 2012; FIOL et al., 2012;

AYAZ et al., 2008).

3.2.2 Abacaxi

De acordo com Bamidele, et al (2017) o abacaxi é uma das frutas comuns em países

tropicais e subtropicais. É melhor consumido fresco ou em forma de suco. Silva, et al (2016)

cita o abacaxi como fruto bastante perecível e susceptível a perdas pós-colheita. Por esse motivo

a indústria vem buscando alternativas para reduzir tais perdas e preservando as principais

características do fruto, agregando valor e dando origem a uma nova opção de produto aos

consumidores.

O abacaxi é uma das principais frutas produzidas no Brasil ocupando o quarto lugar

com 3,4 milhões de toneladas. A região nordeste é o maior produtor, mesmo com a continuidade

da seca na região, em segundo lugar aparece a região norte e por último a região sudeste. O

Estado do Pará é o maior produtor totalizando uma média de produtividade superior a nacional

- 30,7 milhões de frutos por hectare em 2015, superando a média nacional de 26,4 milhões de

frutos por hectare (ANUÁRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA, 2016).

O mercado do suco brasileiro de abacaxi tem se mostrado bastante favorável, ao

analisar o desempenho dos últimos 15 anos (2002-2016), constatou-se aumentos consideráveis

nos preços médios obtidos, na ordem de 7,44% ao ano, mostrando o bom momento das

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exportações deste produto. Entre 2015 e 2016, o aumento chegou a 10,6%, atingindo US$

2.579,09/t, enquanto o valor total cresceu 48,2% e o volume exportado, 34,1% (ANUÁRIO

BRASILEIRO DE FRUTICULTURA, 2017).

Segundo Garcia (2016) a nível nutricional o abacaxi contém diversos compostos

com elevada bioatividade, como vitaminas, fibras, carotenoides, compostos fenólicos e

minerais. Além disso possui uma elevada capacidade antioxidante, consequência da sua

composição em compostos antioxidantes, principalmente em vitamina C (15-55 mg / 100 g).

Dentre os compostos bioativos, também denominados funcionais, presentes nos frutos tropicais

em maior quantidade estão os compostos fenólicos, vitamina C e carotenoides.

A bioatividade, no caso do abacaxi, está relacionada com a presença de compostos

como polifenóis e ácido ascórbico, os quais contribuem para a atividade antioxidante do fruto

(YURIS et al., 2016).

3.2.3 Couve manteiga

A couve manteiga (Brassica oleracea L. var. acephala) é um membro da família

Cruciferae, composta de várias substâncias bioativas com propriedades antioxidantes e

compostos fenólicos que protegem o corpo e os alimentos do estresse oxidativo, além de ser

uma fonte de vitaminas (C, E e K), carotenóides (b-caroteno, luteína e zeaxantina) e

glucosinolatos (KORUS et al., 2014). Além de um elevado teor de glucosinolatos, o valor

biológico da couve é aumentado por um teor relativamente elevado de vitaminas, especialmente

a vitamina C, e contêm quantidades consideráveis de compostos fenólicos, incluindo quercetina

e kaepmferol - flavonóides, que juntamente com os carotenóides são responsáveis pela alta

atividade antioxidante. A couve também apresenta um alto teor de minerais essenciais, tanto

macro como micronutriente, especialmente K (188-873 mg), Ca (50-550 mg), Mg (20-126 mg),

Fe (1,7- 2,1 mg) e Cu (50-120 mg). (BIEGANSKA-MARECIK et al., 2017).

Segundo Barros, et al (2015) a couve é uma hortaliça arbustiva anual ou bienal,

bastante utilizada na culinária brasileira, pois possui alto valor nutritivo e é rica em sais minerais

e vitaminas essenciais à saúde humana.

Bieganska-Marecik, et al (2017) aponta que a suplementação da dieta com suco de

couve resulta num perfil benéfico, influenciando diretamente no nível do colesterol HDL

(lipoproteína de alta densidade) e a atividade da glutationa peroxidase em homens com

hiperlipidemia, reduzindo o risco de doença coronária nesses pacientes.

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3.2.4 Espinafre

O espinafre (Spinacia oleracea L.) é um dos vegetais com alto teor de clorofila,

vitaminas e minerais. Podendo ser consumido cru ou cozido, apresenta uma boa fonte de fibra

dietética solúvel e é recomendado em programas de controle de colesterol e redução de peso.

Além da fibra dietética, o espinafre é também uma rica fonte de ingredientes ativos como

vitaminas (A, C, E), piridoxina, tiamina, riboflavina, niacina e ferro.(LOS et al., 2018;

HUSSAIN et al., 2016).

Um outro nutriente encontrado no espinafre, o ácido fólico, é importante para o

bom funcionamento das células e principalmente para o desenvolvimento fetal, podendo

dimunuir os riscos de malformação congênita, além de ser eficente no combate à anemina

(AZEVEDO, 2012).

Segundo Fiorito, et al (2019) o espinafre (Spinacia oleracea L.) contém

fitoquímicos bioativos entre os quais glicosídeos flavonóides, luteolina, glicolipídeos e

derivados do ácido cumárico, capazes de atuar como radicais efetivos e captadores de espécies

reativas de oxigênio. Estes atuam na modulação da expressão gênica, codificam proteínas, um

papel fundamental na modulação do metabolismo, proliferação celular e defesa geral

antioxidante do corpo humano e, finalmente, promove a secreção de hormônios da saciedade.

3.2.5 Hortelã

A hortelã ou menta, nomes comuns de plantas de diferentes espécies e que possuem

mesmo gênero, é uma planta pertencente à família das Lamiaceae, espécie de erva aromática.

É uma planta que pode ser utilizada em sua forma fresca, seca, como extrato e também como

óleo essencial. Devido ao aroma característico é frequentemente utilizada para elaboração de

perfumes, temperos e também como agentes flavorizantes em alimentos (ALMEIDA, 2017).

As espécies de hortelã mais comuns no território Brasileiro são a Mentha piperita,

Mentha arvensis e Mentha spicata. A mentha spicata, conhecida como hortelã, é muito

utilizada na medicina popular. A hortelã possui efeito antiespasmódicos, antirreumáticos,

diuréticos, carminativos, estomáquicos, além das propriedades tônicas e estimulantes. No

Brasil, a hortelã vem sendo largamente utilizada pelas indústrias químicas, farmacêuticas e de

alimentos (SOUZA, 2016; ALMEIDA, 2017).

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3.2.6 Gengibre

Segundo Amorim, et al (2018) o gengibre (Zingiber officinale Roscoe) é um

alimento que vem sendo muito utilizado nos dias atuais devido às suas propriedades funcionais.

É uma planta herbácea, composta por rizoma e a parte aérea (caules, folhas e inflorescências).

O rizoma é a parte comercial da planta. Segundo dados de comercialização, somente o rizoma

in natura é ofertado para os consumidores, como gengibre fresco, em conserva, cristalizado,

seco e salgado.

Algumas propriedades do gengibre foram comprovadas em experimentos

científicos, referindo-se à atividade anti-inflamatória, antiemética, antináusea, antimutagênica,

antiúlcera, hipoglicêmica, antibacteriana, entre outras. Além de propriedades terapêuticas, o

gengibre é de uso constante na culinária, como condimento incluído no grupo das especiarias

(AMORIM et al., 2018)

De acordo com Amorim, et al (2018) estudos estão sendo feitos para avaliar as

atividades antioxidantes e os fenólicos totais em extratos de gengibre. Estima-se que o ácido

salicílico, gálico e ferúlico são os principais ácidos fenólicos presentes, responsáveis por tais

propriedades antioxidantes. Na mesma pesquisa foram encontrados outros ácidos fenólicos em

menor concentração.

3.2.7 Limão

Limão (Citrus limon) é o fruto de uma espécie de árvore perene da família das

plantas com flores Rutaceae, é comercialmente cultivado em todas as áreas produtoras de citros

do mundo. Globalmente, 17,35 milhões de toneladas de limão foram produzidos a partir de 1,08

milhão hectare de área cultivada, com os principais produtores sendo a Índia, México, China,

Argentina e Brasil, que coletivamente respondem por 61,32% da produção total (FAOSTAT,

2018; LEONÉS et al., 2019).

O limão é rico em nutrientes e compostos bioativos como ácido cítrico, vitamina C,

minerais e flavonóides, portanto, amplamente utilizada na preparação de bebidas refrescantes.

A qualidade e o tempo de armazenamento dos frutos de limão dependem de várias mudanças

fisiológicas e bioquímicas, que ocorrem durante o crescimento, desenvolvimento e maturação

dos frutos. As frutas cítricas contêm uma grande variedade de compostos químicos, como

polifenóis e compostos voláteis e a maioria deles tem sido amplamente estudada devido ao seu

uso alimentar, suas aplicações industriais em geral e seu emprego nas indústrias cosméticas ou

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farmacêuticas. Ambos, o perfil polifenólico e aromático do limão pode ser modificado por

várias reações que ocorrem durante fermentações alcoólicas e acéticas, como reações de

oxidação (LEONÉS et al., 2019; SUN et al., 2019).

De acordo com Sun, et al (2019) o estágio de maturação da colheita dos citros é

um dos fatores críticos que afetam seus parâmetros de qualidade como a cor dos frutos,

capacidade antioxidante total, ácido orgânico e vida útil.

3.3 Compostos bioativos em sucos de frutas

Os frutos geralmente são ricos em compostos bioativos, como compostos fenólicos,

flavonóides, carotenoides e vitaminas que são componentes sensivéis ao calor, onde a taxa de

deterioração varia com as condições de processo aplicadas (SHINWARI et al., 2018).

Segundo a Resolução RDC nº 2 de 07 de janeiro de 2002, os compostos bioativos

são aqueles que estão presentes em fontes alimentares, sendo de origem natural ou sintética,

que possuem ação metabólica ou fisiológica específica, desde que comprovada à segurança para

o consumo humano (BRASIL, 2002).

Os compostos bioativos vêm ganhando destaque devido ao potencial de proteção e

prevenção de diversas doenças, decorrentes da sua capacidade de manterem a homeostase

celular e, por consequência, prevenirem doenças crônicas degenerativas. Estes compostos são

metabólitos secundários produzidos por plantas, e são representados, majoritariamente por

ácidos fenólicos, ligninas, flavonoides, ácido ascórbico e carotenoides. Estes compostos

bioativos degradam facilmente na presença de oxigênio, umidade e calor, no entanto, eles

podem ser retidos em alimentos mais efetivamente quando encapsulados (ZANDONÁ, 2017;

RAMAKRISHNAN et al., 2018).

O potencial dos componentes bioativos nos alimentos para exercer seus efeitos no

corpo depende da liberação da matriz, mudanças durante a digestão, absorção, metabolismo e

biodistribuição, mesmo antes de considerar fatores relacionados à dose e ao hospedeiro, ou seja,

esses compostos devem estar biodisponíveis antes de exercer sua bioatividade (CILLA et al.,

2018).

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3.3.1 Ácido ascórbico (vitamina C)

O ácido ascórbico é um componente encontrado abundantemente nos vegetais

folhosos, legumes e frutas, sendo classificado como uma vitamina hidrossolúvel. Em

decorrência do ter efeito antioxidante é amplamente utilizado como aditivo alimentar para

preservar o sabor a cor de diversos alimentos (ZANDONÁ, 2017).

Por ser uma vitamina hidrossolúvel e termolábil sendo rapidamente oxidada quando

exposta ao ar, é utilizada como índice de qualidade nutricional de produtos derivados de frutas

e vegetais, porque quando comparado a outros nutrientes, esta vitamina é mais sensível à

degradação durante o processamento e armazenamento (MACHADO, 2017).

Segundo Dhakal, et al (2018) o ácido ascórbico é um nutriente essencial, bem como

um antioxidante. Infelizmente, o ácido ascórbico presente no suco é termodinamicamente

instável e sofre deterioração durante o processamento e o armazenamento. Além da perda de

valor nutritivo, os produtos degradados do ácido ascórbico podem formar uma cor indesejável

no suco devido às reações de escurecimento e, assim, deteriorar a qualidade.

3.3.2 Compostos fenólicos

Compostos fenólicos são um dos principais ingredientes ativos em sucos de frutas.

É um tipo de componente importante com muitos tipos e estrutura complexa, incluindo ácido

ferúlico, ácido clorogênico, ácido gálico, rutina e quercetina ( CAI et al., 2017).

Muitos fatores podem afetar o perfil fenólico de uma fruta, incluindo variedade,

maturidade e maturação, e condições de crescimento, armazenamento e processamento

(WILLEMS et al., 2018).

De acordo com Willems, et al (2018) as diferenças consistentes nos perfis fenólicos

entre os frutos podem ser usadas para identificar quais frutas estão presentes em um produto.

Isto pode ser conseguido através da identificação de um grupo fenólico / fenólico único que

pode atuar como impressão digital (s) / marcador (es) para a presença ou ausência daquela fruta

em um produto.

Segundo Zandoná (2017) os compostos fenólicos desempenham funções na

coloração e flavor dos frutos, contribuindo para a adstringência, acidez e sabor amargo dos

mesmos.

Algumas características benéficas importantes dessas substâncias para o corpo

humano têm sido relatadas, como antimicrobianos, anti-inflamatório, antioxidantes, eliminando

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os radicais livres, diminuindo a pressão arterial e diminuindo a gordura no sangue (ZANDONÁ,

2017; CAI et al., 2017).

Estudos vêm evidenciando que o consumo de alimentos e bebidas ricos em

compostos fenólicos está altamente relacionado com uma redução na incidência de doenças

crônicas não transmissíveis, como diabetes, problemas cardiovasculares, hipertensão e

osteoporose (AMORIM et al., 2016).

3.4 Atividade antioxidante

A capacidade de um composto inibir a degradação oxidativa é denominada como

atividade antioxidante (BRITO, 2017).

Os antioxidantes podem ser determinados como substâncias que, em pequenas

concentrações, em comparação ao substrato oxidável, podem retardar ou prevenir

significativamente o início ou a propagação da cadeia de reações de oxidação inibindo

lipoperoxidação e sequestrando radicais livres de maneira eficaz (PEREIRA et al., 2015;

SILVA et al., 2016).

Esses compostos bloqueiam não só a peroxidação dos lipídios, mas também a

oxidação de outras moléculas, como proteínas, DNA, entre outras. Os principais antioxidantes

dietéticos são algumas vitaminas, compostos fenólicos e carotenoides. Eles interagem com os

radicais livres antes que estes possam reagir com as moléculas biológicas, evitando que ocorram

as reações em cadeia ou prevenindo a ativação do oxigênio a produtos altamente reativos

(PEREIRA et al., 2015; SILVA et al., 2016).

Os compostos com atividades antioxidantes podem estar presentes naturalmente em

frutas e vegetais, como as vitaminas C e E, carotenoides e compostos fenólicos, os quais

exercem efeitos protetores ao organismo (BRITO, 2017).

Para Brito (2017) os sistemas antioxidantes de defesa primária são os complexos

antioxidantes, como vitamina E (α-tocoferol), vitamina A (β-caroteno, pró-vitamina A) e

vitamina C (ácido ascórbico), selênio, glutationa, ácido úrico e enzimas antioxidantes

varredoras de radicais livres de oxigênio como superóxido dismutase, catalase e peroxidase,

enquanto que o sistema antioxidante de defesa secundária inclui as enzimas lipolíticas,

fosfolipases, enzimas proteolíticas, enzimas reparadoras de DNA, e muitas outras enzimas.

De acordo com a origem e a localização, os antioxidantes são classificados como

dietéticos (exógenos), intracelulares e extracelulares e são classificados também quanto aos

mecanismos de ação, em antioxidantes de prevenção, varredores e de reparo (BRITO, 2017).

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3.5 Congelamento como método de conservação dos vegetais

Uma das técnicas de conservação de alimentos mais comuns e bem estabelecidas é

o congelamento. O congelamento reduz a taxa de deterioração da qualidade dos alimentos ao

longo do tempo, reduzindo as atividades microbianas e enzimáticas, a oxidação e a respiração

(Bilbao-Sainz et al., 2019).

Segundo Alhamdan, et al (2018) muitos trabalhos de pesquisa publicados

confirmaram a estreita relação entre congelamento rápido e congelados de alta qualidade e o

consequente aumento do prazo de validade com a máxima preservação da qualidade inicial.

A fim de se evitar os efeitos deletérios ao produto, a remoção do calor do alimento,

durante o seu congelamento deve acontecer de forma rápida, uma vez que, no congelamento

lento ocorre a produção de grandes cristais de gelo, pontiagudos, que provocam o rompimento

das estruturas das células, tendo como consequência a perda do suco celular que causa a redução

do valor nutricional durante o descongelamento. Em contrapartida o congelamento rápido evita

a formação de grandes cristais de gelo e a ruptura das membranas celulares, mantendo o valor

nutricional do alimento (FORMIGONI, 2018).

A cor desempenha um papel fundamental na avaliação dos consumidores sobre a

qualidade dos alimentos. Mudanças de cores são consideradas como o principal atributo de

qualidade que afeta a seleção dos consumidores. A oxidação enzimática de substâncias

fenólicas é a principal razão que induz a mudança de cor (escurecimento). Os cristais de gelo

formados durante o congelamento aumentam a oxidação enzimática devido à destruição das

células e tecidos do produto e, portanto, aumentam o contato entre fenólicos, oxigênio e

enzimas (ALHAMDAN et al., 2018).

3.6 Psyllium

Uma dieta rica em fibras de frutas, legumes e grãos integrais é considerada benéfica

para a saúde em adultos e crianças. Recomenda-se que os adultos consumam 25 a 30 g/d,

enquanto as crianças consumam entre 14 e 28 g/d de fibra alimentar embora as recomendações

para crianças variem muito dependendo do país e da base de evidências utilizada. No entanto,

relativamente poucos indivíduos atingem a quantidade desejada de fibra em suas dietas (JANE

et al., 2019).

Segundo Soltanian, et al (2019) o psyllium é uma mistura de polissacarídeos

contendo pentoses, hexoses e ácidos urônicos, um suplemento de fibra não fermentado solúvel,

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viscoso e formador de gel mostrou em estudos recentes reduzir os sintomas de constipação,

peso, níveis glicêmicos e lipídicos.

O psyllium tem sido extensivamente pesquisado devido à sua inclusão em muitos

laxantes comuns de venda livre, atuando na regularidade intestinal. O mesmo demonstrou ser

um suplemento eficaz para diminuir o risco de doença cardiovascular e elevar a pressão

sanguínea (em hipertensos), melhorando os perfis lipídicos no sangue e regulando o intestino

(JANE et al., 2019).

Alguns estudos testaram a suplementação de psyllium para perda de peso. De

acordo com Jane, et al (2019) não foram identificadas mudanças significativas no índice de

massa corporal (IMC), enquanto outros estudos realizados em prazo mais longo, produziram

resultados contrastantes (SEBELI et al., 2016). Existem indicativos que sugerem, que a duração

do consumo de psyllium, pode ser um fator mais influente do que a dosagem, quando se trata

de perda de peso (JANE et al., 2019).

3.7 Espirulina

De acordo com Mortari (2018) o uso da espirulina é permitido como suplemento

alimentar pela Food and Drug Administration (FDA) e pala Agência de Vigilância Sanitária do

Brasil para o uso como ingrediente funcional, indicando-se o consumo de 1,6 grama por pessoa

por dia.

A microalga espirulina é amplamente reconhecida por seu alto teor de proteína (60-

70 g/100 g). É uma fonte de vitaminas, especialmente vitamina B12 e pró-vitamina A, minerais

principalmente ferro e ácido γ-linolênico. Além disso, a espirulina contém ficocianina e

compostos fenólicos, que são responsáveis pela atividade antioxidante, de acordo com estudos

in vitro e in vivo (SANTOS et al., 2016).

As propriedades da espirulina, especialmente as antioxidantes, se devem ao

pigmento ficocianina, presentes na ordem de 120 a 140 mg/g na biomassa seca. Os compostos

fenólicos que também contribuem para o potencial antioxidante, são principalmente os ácidos

ceféico, clorogênicos, silicílico, sináptico e transcinâmico que podem agir individualmente ou

sinergicamente como compostos antioxidantes (MORTARI, 2018).

Segundo Mortari (2018) a espirulina vem sendo usada pela indústria de alimentos

como biocorante de alimentos e seu uso inclui coloração de doces, sorvetes, produtos lácteos e

bebidas não alcoólicas. A microalga pode ser incorporada em alimentos em função de seus

ingredientes funcionais, possibilitando o desenvolvimento de produtos funcionais.

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4 MATERIAL E MÉTODOS

4.1 Matéria-prima

A couve manteiga (Brassica oleracea L. var. acephala), a polpa de abacaxi, o

espinafre (Spinacia oleracea L.), a hortelã (mentha spicata) e o gengibre (Zingiber officinale

Roscoe) foram adquiridos no comércio local da cidade de Fortaleza-Ce. Todos os vegetais

foram lavados em água corrente para a retirada das sujidades, sanitizados em solução clorada

por imersão em solução de 100 ppm de cloro ativo durante 10 minutos, enxaguados em água

corrente e, imediatamente, utilizados na preparação do suco. O psyllium e a espirulina, da marca

Spirro, também foram adquiridos no comércio local. O processamento dos blends foram

realizados no Laboratório de Frutos da Universidade Federal do Ceará.

4.2 Caracterização e processamento do extrato de couve manteiga

4.2.1 Obtenção do extrato

O extrato da couve manteiga foi obtido segundo a metodologia de Chranioti, et al.

(2015), com adaptações, sendo extraído sem adição de água em extrator de suco comercial da

marca Juicer Walita 850 W. O extrato obtido foi armazenado em garrafas de vidro de 100 mL

e posteriormente analisado cada 4 horas durante 32 horas.

4.3 Formulações e padronização dos blends

Foram elaboradas quatro formulações do blend de vegetais, sendo utilizada a

concentração de 13% do extrato da couve, 0,5% de hortelã, 0,1% de gengibre, 4,7% de sumo

de limão e 7,6% de espinafre para formulação 1, como sugerido por Bieganska-Marecik, et al

(2017) com adição de 24,1% de polpa de abacaxi. Totalizados no suco 50% da sua composição

integrada por vegetais, contendo as matérias-primas citadas. A formulação 2 foi composta do

blend na mesma porcentagem da formulação 1 adicionado 1,81g de psyllium. A formulação 3

contém os mesmos ingredientes da formulação 1, com o acréscimo de 0,8g de espirulina. A

formulação 4 foi composta do blend acrescido de 1,81g de psyllium e 0,8g de espirulina. Os

blends foram processados em triplicata e foram analisados antes e após a pasteurização.

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Tabela 1: Formulação dos Blends.

Formulação: Composição:

1 Blend de vegetais

2 Blend + psyllium

3 Blend + espirulina

4 Blend + psyllium + espirulina

O processamento dos blends foi realizado de acordo com as etapas apresentadas no

fluxograma do processo (Figura 1).

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Figura 1 – Fluxograma do processamento dos blends de vegetais.

Matéria-prima

(abacaxi , couve, espinafre, hortelã, limão e gengibre)

Lavagem

(água corrente - couve,espinafre e hortelã)

Higienização

(água clorada a 100 ppm)

Corte dos vegetais

Formulação e processamento do blend

Tratamento térmico (T2)

( 90° C/ 1 minuto)

Envase a quente

(saco plástico de 100g)

Fechamento

(selador)

Congelamento

Análises

(T1)

Envase em saco plástico de 100 g

Fechamento (selador)

(

Congelamento

Análises

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As quatro formulações foram homogeneizadas com um auxílio de um liquidificador

doméstico da marca Arno e submetidas a tratamento térmico a uma temperatura de 90 ºC por 1

minuto, embaladas a quente em sacos plásticos de polietileno de 100 gramas, seladas e

posteriormente congeladas, configurando o Tratamento 1 (T1). As quatro formulações também

foram armazenadas sob congelamento, como descrito anteriormente, porém sem que houvesse

o processo de tratamento térmico (T2).

4.4 Análises do extrato de couve e dos blends de vegetais

4.4.1 Extrato de couve

O extrato de couve manteiga foi caracterizado através da análise de pH onde foi

determinado utilizando um potenciômetro AK-155, acidez total titulável (ATT) pelo método

eletrométrico (BRASIL, 2005) e sólidos solúveis (SS) pelo refratômetro digital Milwaukee

Ma871 (BRASIL, 2005), cor, ácido ascórbico (vitamina C), atividade antioxidante (ABTS) e

polifenoloxidase (PPO) seguindo a metodologia descrita nos itens 4.4.1, 4.4.2, 4.4.4 e 4.4.5

respectivamente.

4.4.2 Análises dos blends de vegetais

As formulações desenvolvidas foram analisadas físico-quimicamente (pH, acidez

titulável total, sólidos solúveis), fisicamente (cor), quimicamente (compostos fenólicos,

vitamina C, clorofila, minerais, fibra alimentar, bioacessibilidade e em termos de sua atividade

antioxidante (ABTS)).

Os blends foram submetidos as análises logo após o processamento e depois de 30

dias de armazenamento, sob temperatura de congelamento (-18 0C). As análises foram

aplicadas aos blends submetido ou não ao processo de pasteurização.

4.4.3 Cor

Para a determinação da cor, as formulações dos blends foram colocadas em cubetas

de quartzo, em quantidade suficiente para encher o recipiente. As leituras foram obtidas a partir

da emissão de um feixe de luz da lente por transmitância através do colorímetro

COLORQUEST – XE da marca HunterLab.

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Os resultados foram expressos de acordo com as coordenadas CIELab, onde foram

obtidas as variáveis L*, a* e b* e que L* corresponde a medida de luminosidade de um objeto

que varia de zero (preto) até cem (branco), a variável a* que está associada a cor verde (a* -

negativo) ao vermelho (a* - positivo) e a variável b* que representa medida de cor azul (b* -

negativo) a amarelo (b* - positivo).

4.4.4 Ácido ascórbico (vitamina C)

A análise de ácido ascórbico foi realizada pelo método de Tillmans, que é um

procedimento titulométrico seguindo a metodologia descrita pelas Normas Analíticas do

Instituto Adolfo Lutz (IAL, 2008). O extrato foi preparado pesando vinte gramas da amostra

em um balão volumétrico de 100 mL âmbar e adicionado ácido oxálico 0,5 % (5 g de ácido

oxálico para 1000 mL de água destilada) refrigerado para completar o volume do balão. A

solução de Tillmans 0,02 % foi preparada utilizando 50 mg de DFI (2,6 dicloro-fenol indofenol)

dissolvido em água destilada aquecida, a qual foi filtrada para um balão volumétrico de 250

mL. Após a coloração azul sair totalmente do papel de filtro foi adicionado 31 mg de

bicarbonato de sódio anidro. Em seguida, a solução foi esfriada em temperatura ambiente e o

volume completado.

A solução de Tillmans foi padronizada utilizando 5 mL da solução de ácido

ascórbico, que foi preparada pesando 50 mg de ácido ascórbico dissolvidos em 200 mL de ácido

oxálico 0,5% (gelado). Após a padronização da solução de Tillmans, a mesma foi armazenada

na geladeira para, em seguida, ser feita a determinação de ácido ascórbico no extrato. Foi feita

a determinação de ácido ascórbico tomando 5mL do extrato e 50 mL de água destilada em

Erlenmeyer de 125 mL. Em seguida, foi realizada a titulação do extrato com a solução de

Tillmans até o ponto de viragem onde o extrato passou a adquirir uma coloração rósea.

4.4.5 Polifenóis Extraíveis Totais (PET)

Primeiramente foram obtidos extratos seguindo o método descrito por Larrauri,

Rupérez e Saura-Calixto (1997), onde foram utilizadas soluções extratoras: etanol 50 % e

acetona 70 %. Inicialmente as amostras foram pesadas em tubos de falcon e foi adicionado 10

mL de etanol 50% sendo submetidos a repouso por uma hora, e em seguida centrifugadas

(11000 rpm por 15 minutos) e filtradas em papel filtro diretamente em balão âmbar. Os resíduos

depositados nos tubos receberam 10 mL de acetona 70 % e foram mantidos por uma hora em

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repouso, passando pela mesma etapa de centrifugação. Terminada a segunda etapa, o filtrado

foi adicionado ao primeiro extrato e os balões foram aferidos com água destilada. Os extratos

etanólicos foram acondicionados em frascos âmbar e armazenados a temperatura de -18 °C até

o momento das análises. Os extratos foram utilizados tanto para a determinação de polifenóis

extraíveis totais como para a atividade antioxidante total. O conteúdo de polifenóis extraíveis

totais do blend de vegetais foi determinado de acordo com Larrauri, Rupérez e Saura-Calixto

(1997). As leituras das amostras para polifenóis foram realizadas em espectrofotômetro digital

(modelo UVMINI – 1240), com o comprimento de 700 nm, na ausência de luz. Foi utilizada

como referência uma curva padrão entre 0 e 1000 µL de ácido gálico e os resultados foram

expressos como equivalentes de ácido gálico (GAE)/100 g.

4.4.6 Atividade Antioxidante - Ensaio radical ABTS•+

Este método é baseado na capacidade antioxidante total equivalente ao TROLOX

(6 – Hidroxi – 2, 5, 7, 8 – tetrametilchroman – 2 – ácido corboxílico). A leitura foi realizada em

espectrofotômetro digital avaliando a habilidade das substâncias antioxidantes de capturar o

cátion ABTS•+, já que o Trolox é análogo hidrofílico à vitamina E (FERRARI, 2010). A leitura

do ensaio com o radical ABTS•+ seguiu a metodologia descrita por Benzie e Strain (1999)

adaptado por Rufino et al., (2006). Foi feita uma mistura de 30 µl de cada diluição dos extratos

que reagiu com 3 ml da solução do radical ABTS•+ no escuro por 6 minutos. Após este período,

a absorbância foi lida em espectrofotômetro a 734 nm. Foi utilizada como referência uma curva

padrão entre 100 e 1500 µm de Trolox. Os resultados foram expressos como capacidade

antioxidante equivalente ao Trolox (µM Trolox/g de amostra).

4.4.7 Atividade Enzimática da Polifenoloxidase (PPO)

A determinação da atividade do grupo de enzimas polifenoloxidases (PPO) foi

realizada no extrato de couve manteiga conforme Wissemann e Lee (1980), utilizando como

substrato guaiacol, com leitura por meio de espectrofotômetro a 395 nm, após 30 minutos em

aquecimento a temperatura de 30 °C. Foi utilizado como branco a solução tampão de extração

contendo Fosfato de Potássio 50 mM com PVP 1 %, (pH 7). A atividade foi expressa em

Unidade de Atividade Enzimática (UAE/min/g).

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4.6 Clorofila

A análise de clorofila foi realizada seguindo a metodologia descrita por Sun, et al

(2017) com adaptações, 5 gramas da amostra foram adicionadas a 10 mL de solução de acetona

a 80 % e homogeneizada. Após um minuto de agitação em Vortex, o sobrenadante foi filtrado

para um balão volumétrico âmbar de 25 mL, o resíduo foi lavado com acetona por várias vezes

até ficar completamente branco. A acetona 80 % foi utilizada para aferir o equipamento, o

filtrado obtido das amostras foi submetido a leitura em dois comprimentos de onda, a 665 nm

e 628 nm separadamente, comprimentos estes identificados por varredura em

espectrofotômetro. Os resultados foram calculados utilizando as fórmulas de Arnon ( SUN et

al., 2017).

Equação 1:

Clorofila a = 12,72 A665 - 2,59 A628 ;

Equação 2:

Clorofila b = 22,88 A628 - 4,67 A665;

Equação 3:

Clorofila total = Cl a + Cl b = 20,29 A628 + 8,05 A665

4.7 Determinação de minerais

A determinação de cinzas seguiu as Normas Analíticas do Instituto Adolfo Lutz

(IAL, 2008). Primeiramente, foram pesados 5 g da amostra em cadinhos e, em seguida, foram

levadas para o banho-maria para parcial evaporação. As amostras foram secas em chapa

aquecedora, carbonizadas em temperatura de 80 °C e, após carbonizadas, foram incineradas em

mufla a 550 ºC por 6 horas. Em seguida, foram colocadas em dessecador para esfriar, pesadas

em balança analítica e o resultado expresso em gramas.

Com as cinzas obtidas foram adicionados 3 mL de ácido clorídrico na proporção

1:1 (água: ácido). Posteriormente, a solução foi filtrada em papel de filtro para um balão

volumétrico de 100 mL, o cadinho foi lavado com água destilada e transferido às cinzas de

lavagem para o balão. Em seguida, o volume do balão foi completado com água destilada.

Foram realizadas análises para a quantificação do teor de minerais de acordo com

a metodologia proposta por Pinheiro, et al (2009) com adaptações. Após a determinação das

cinzas, os minerais cálcio, magnésio e ferro foram determinados por espectrofotometria de

absorção atômica, sódio e potássio foram determinados por espectrofotometria de chama em

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um espectrofotômetro Varian Thectron AA5 e o fósforo foi quantificado por colorimetria pelo

método do molibdato de amônio. Os resultados foram expressos em mg/100g.

4.8 Fibra Alimentar

A quantificação de fibra alimentar (fração insolúvel e solúvel) foi determinada em

equipamento automático TDF (ANKOM, 2009), de acordo com o método enzimático-

gravimétrico 991.43 (AOAC, 2010).

4.9 Estudo da estabilidade

O período de armazenamento, sob congelamento, para a realização das análises de

vida útil dos blends foi de 30 dias, sendo realizadas as análises de cor, vitamina C, pH e

atividade antioxidante conforme metodologias apresentadas nos itens 4.4.3, 4.4.4, 4.4.1 e 4.4.6,

respectivamente.

4.10 Análise da bioacessibilidade de minerais

A digestão foi realizada com a ajuda de um forno de micro-ondas (Modelo

Multiwave 3000) com sensor de temperatura e pressão interna e externa. Os frascos de quartzo

foram utilizados para a digestão das amostras, adaptando os procedimentos descritos por Lima

(2013). Para a digestão com micro-ondas das amostras dos blends, foi utilizado 0,5 mL do

blend que foi digerido com a mistura oxidante diluída (1 mL de H2O2 e 2 mL de HNO3). A

quantificação de cálcio, sódio, fósforo, potássio, magnésio e ferro foram realizadas utilizando-

se uma curva padrão externa, preparada com soluções padrão de Ca, Na, P, K, Mg e Fe 1000 mg

L-1 Titrisol (Merck, Darmstadt, Alemanha) como referência. Após a oxidação completa da

matéria orgânica, as amostras foram diluídas para 20 mL com água desionizada e os teores de

cobre, o ferro e o cálcio foram medidos por espectrofotômetro digital modelo UVMINI – 1240.

Para a determinação da bioacessibilidade de cobre, ferro e cálcio, as amostras dialisadas obtidas

a partir da digestão gastrointestinal simulada in vitro foram analisadas por espectrofotometria e

os resultados expressos como porcentagem da bioacessibilidade sendo calculada de acordo com

a equação 4 descrita por Menezes (2010) mostrada abaixo:

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Equação 4:

% Bioacessibilidade = (A×25mL/B×C) ×100

Onde A indica a fração mineral dialisável (mg), B corresponde teor total de mineral

(ferro, cobre ou cálcio) da amostra (mg) e C o peso inicial da amostra (g).

4.11 Análise estatística

Os resultados das análises dos blends foram avaliados pela Análise de Variância

(ANOVA) e nos modelos significativos, as médias foram comparadas entre si pelo teste de

Tukey, ao nível de 5 % de significância. Os testes estatísticos foram realizados utilizando o

software STATISTICA 10.

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.1 Análise do extrato da couve manteiga

Os resultados obtidos para as análises do extrato de couve manteiga são

apresentados na Tabela 2.

Tabela 2: Análises extrato de couve

Tempo

(Horas)

pH ATT1

(% ácido cítrico)

SS2

(° Brix)

Vit. C 3

(mg/100g)

0 5,41be ±0,112 0,36cd ±0,045 7,03a ±0,242 0,65ab ±0,009

4 5,48 be ± 0,114 0,35cd ±0,030 6,90 a ± 0,189 0,65ab ±0,009

8 5,57 cde ± 0,202 0,34d ± 0,025 6,90 a ± 0,189 0,68 a ±0,106

12 5,52 de ± 0,120 0,35cd ± 0,030 7,13 a ± 0,324 0,65ab ± 0,009

16 5,72a ± 0,225 0,29b ±0,012 4,97b ± 0,103 0,64b ±0,005

20 5,63ac ± 0,145 0,31ab ±0,017 4,97 b± 0,103 0,67ab ± 0,100

24 5,51de ±0,189 0,34ad ± 0,023 5,17b ±0,196 0,64b ±0,005

28 5,53de ± 0,195 0,38c ±0,057 7,07a ±0,248 0,66ab ± 0,102

32 5,58 cd ± 0,205 0,35 cd ±0,048 6,73a ±0,175 0,66ab ± 0,102

Resultados expressos em média ± desvio padrão. Letras iguais na mesma coluna não apresentam diferenças

estatisticamente significativas pelos testes ANOVA e Tukey (p≤0,05). 1 ATT: acidez total titulável expressa % de

ácido cítrico; 2 SS: sólidos solúveis expressos em ºBrix; 3 Vitamina C expressa em mg/100mL.

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O extrato da couve manteiga apresentou valores crescentes de pH ao longo do

tempo, apresentando valor máximo de 5,72 quando analisado às 16 horas. Após 16 horas do

processamento da couve manteiga o pH decresce, atingindo 5,58 no último período de tempo

analisado. Nasser (2018) relatou pH médio de 6,25 para a couve manteiga. Sanches, et al (2016)

relataram couve "manteiga verde crespa" valores mais baixos de pH (5,20). Em se tratando de

acidez total titulável o extrato da couve registrou valores entre 0,29 e 0,38 % de ácido cítrico,

estando próximo aos valores relatados por Sanches, et al (2016,) que obteve 0,31% de ácido

cítrico, demonstrando coerência nos resultados, ou seja, maior acidez com menor pH. Com

relação aos sólidos solúveis a amostra apresentou diferença significativa e obteve valores entre

4,97 e 7,13°Brix. Nasser (2018) trabalhando com folhas de couve, tratada com enxofre,

registrou 9,28 °Brix, valor abaixo do encontrado por Sanches, et al (2016), 7,8 °Brix em couve

"manteiga verde crespa”.

Os dados da literatura mostram amplas faixas de concentração de vitamina C em

vegetais. Em relação ao teor de vitamina C a amostra apresentou diferenças significativas ao

longo do período analisado apresentando o maior valor (0,68 mg/100mL) no tempo 8 e o menor

valor no tempo 16 (0,64 mg/100mL). Korus, et al (2011), analisando folhas de couve, detectou

níveis de vitamina C entre 77 e 133 mg/ 100g. Essa diferença pode ser atribuída ao período de

desenvolvimento pré-colheita do material vegetal, a preparação do extrato e as condições de

armazenamento.

5.1.1 Atividade antioxidante e enzimática (polifenoloxidase)

A Tabela 3 apresenta os resultados da capacidade antioxidante do extrato da couve

pelo ensaio ABTS•+. A amostra não apresentou diferença estatística significativa com o passar

do tempo. Resultado diferente foi encontrado por Murador, et al (2016) quando trabalhou com

a couve e repolho roxo em diferentes técnicas de cozimento, a couve crua apresentou 2,60 µM

Trolox/g e o repolho indicou 6,85 µM Trolox/g. Já Kaulmann, et al (2014) em estudo com

várias espécies de Brassica oleraceae registrou valor para atividade antioxidante da couve

manteiga de 381 µM Trolox/g. Uma das razões para essa diferença de valores pode ser atribuída

a forma de obtenção do extrato assim como seu armazenamento.

Quanto aos resultados obtidos para a análise de polifenoloxidase (PPO) observou-

se que não houve um comportamento estável da atividade desta enzima, apresentando diferença

significativa com o passar do tempo, com atividade máxima após 8 horas do processamento,

como mostra a tabela 5. Os valores obtidos para atividade da PPO variaram de 10,40 e 13,76

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UAE/min/g. Korus, et al (2011) trabalhou com três variedades de couve, em níveis diferentes

de maturação e perceberam que a atividade da PPO está relacionada a cultivar, local de

crescimento e o estágio de maturidade. Quanto mais jovem a planta menor a incidência da

enzima polifenoloxidase e a maior atividade da enzima está na faixa de pH entre 5 e 7. Este fato

corrobora com os dados obtidos para atividade da PPO no extrato de couve obtido nesse estudo,

uma vez que durante todo o período de análise o pH variou entre 5,41 e 5,72.

Tabela 3: Análises de ABTS e PPO do extrato de couve

Tempo ABTS1

(µM Trolox/g)

PPO2

(UAE/min/g)

0 0,93a ±0,152 12,96ab ±0,112

4 0,82 a ± 0,008 10,40b ±0,114

8 0,58 a ± 0,004 17,43a ±0,202

12 0,57 a ± 0,036 13,49ab ± 0,120

16 0,58a ±0,004 12,67b ±0,225

20 0,63a ±0,114 13,76ab ± 0,145

24 0,63a ±0,114 13,24ab ±0,189

28 0,82 a±0,142 12,64b ±0,195

32 0,76 a ± 0,102 12,73 b ± 0,205

Resultados expressos em média ± desvio padrão. Letras

iguais na mesma coluna não apresentam diferenças

estatisticamente significativas pelos testes ANOVA e

Tukey (p≤0,05). 1ABTS expresso em (µM Trolox/g); 2PPO

expresso em (UAE/min/g)

5.1.2 Análise de cor

Os resultados obtidos na análise de cor do extrato da couve manteiga podem ser

observados na Tabela 4.

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Tabela 4: Análise de cor do extrato de couve.

Resultados expressos em média ± desvio padrão. Letras iguais na mesma coluna não apresentam diferenças estatisticamente significativas pelos testes

ANOVA e Tukey (p≤0,05).

Para o parâmetro de luminosidade (L*), que varia entre 0 (preto) e 100 (branco), foi

observado que a amostra sofreu alteração significativa ao longo das 32 horas de análise

(p≤0,05). Em relação a coordenada (a*), que gradua da cor vermelho (+100) para o verde (-

100), o extrato apresentou valor entre -10,63 e -12,96 indicando a tendência do extrato para a

coloração verde (p≤0,05). A interpretação da evolução dos valores medidos de (b*), graduação

dos tons azul (-100) a amarelo (+100), demonstra que amostra apresenta predominância da cor

amarela, apresentando o maior valor no período de tempo de 20 horas (23,21) havendo

diferenças significativas (p≤0,05). De acordo com as coordenadas de cor estudadas, verificou-

se que o extrato da couve apresentou coloração verde amarelado constante, sendo este um

parâmetro bastante relevante. A coloração além de ser um importante atributo sensorial,

geralmente é a primeira característica visual a ser observada, podendo ainda fornecer

informações da qualidade da matéria-prima (GUIMARÃES, 2018).

Ao relacionar a atividade da PPO no extrato de couve, observou-se que o pH do

meio proporcionou uma condição favorável para que esta atividade fosse alta, influenciando

diretamente da coloração da amostra, o que foi evidenciado na coloração obtida no período de

20 horas, com tonalidade verde amarelada, representada pelo maior valor de L* (17,62), menor

valor de a*(-13,07) e maior valor de b* (23,21).

Tempo L* a* b*

0 16,17bc ±0,113 -11,59d ± 0,127 19,04bc ±0,188

4 16,95ab ± 0,120 -11,55ad ± 0,104 18,78b ±0,139

8 17,03ab ± 0,234 -12,1bcd ± 0,256 22,40ac ± 0,325

12 14,46d ±0,034 -10,63a ± 0,103 18,01b ±0,130

16 17,03ab ± 0,234 -12,96bc ± 0,278 22,84a ±0, 330

20 17,62a ± 0,256 -13,07c ±0,283 23,21a ±0,177

24 17,58a ± 0,241 -12,47bcd ±0,189 22,81a ± 0,263

28 15,62cd ± 0,100 -11,79b ±0,118 20,3abc ±0,157

32 16,19bc ± 0,116 -11,94bd ± 0,122 21,41abc ±0,148

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5.2 Análises dos blends de vegetais

5.2.1 Análises físico-químicas

Na Tabela 5 estão apresentados os valores médios e o desvio padrão das 4 amostras

(BV: blend de vegetais; BVP: blend mais psyllium; BVS: blend contendo espirulina; BVPS:

blend com psyllium e espirulina) referente ao pH, sólidos solúveis e acidez titulável total.

Tabela 5: Análises físico-químicas dos blends

S/pasteurização AMOSTRAS pH 1SS

(°Brix)

2ATT

(% de ácido cítrico)

T1

BV 3,70a ±0,012 5,97a ± 0,058 0,48a ± 0,000

BVP 3,66a ±0,032 5,03d ± 0,115 0,42a ± 0,000

BVS 3,68 a ± 0,032 5,83ab ± 0,058 0,44a ± 0,000

BVPS 4,42a ± 1,155 5,60abc ± 0,100 0,42a ± 0,000

30 dias

BV 3,63a ±0,017 5,63abc ± 0,115 0,46a ±0,012

BVP 3,60a ±0,021 4,57e ±0,208 0,42a ±0,055

BVS 3,66 a ± 0,031 5,27cd ± 0,416 0,40a ±0,040

BVPS 3,66a ± 0,012 5,43bcd ± 0,115 0,41a ±0,032

C/pasteurização

T2

BV 3,92a ±0,012 5,73ab ± 0,058 0,35b ± 0,000

BVP 3,74a± 0 5,83ab ± 0,058 0,47a ± 0,000

BVS 3,74 a ± 0 5,83ab ± 0,058 0,43a ± 0,000

BVPS 3,78a ±0,06 5,63abc ± 0,058 0,45a ± 0,000

30 dias

BV 3,84a ±0,012 5,63abc ±0,058 0,34b ± 0,006

BVP 3,62a ± 0,015 5,77ab ±0,115 0,44a ± 0,000

BVS 3,72 a ± 0,040 5,77ab ±0,058 0,42a ± 0,006

BVPS 3,70a ± 0,026 5,63abc ± 0,058 0,44a ± 0,000

BV: blend de vegetais; BVP: blend mais psyllium; BVS: blend contendo espirulina; BVPS: blend com psyllium e

espirulina. Resultados expressos em média ± desvio padrão. Letras iguais na mesma coluna não apresentam

diferenças estatisticamente significativas pelos testes ANOVA e Tukey (p≤0,05). 1 SS: sólidos solúveis expressos

em ºBrix; 2ATT: acidez total titulável expressa em % de ácido cítrico.

De acordo com Souza (2016) pH é um parâmetro que classifica os alimentos como

de baixa acidez (pH >4,5), ácidos (pH de 4 a 4,5) e muito ácidos (pH <4,0). Dessa forma as

formulações avaliadas podem ser consideradas como muito ácidas o que favorece sua

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estabilidade microbiológica e consequentemente sua segurança de consumo. Os blends sem

pasteurização e com pasteurização, mesmo após 30 dias de armazenamento, não apresentaram

diferenças significativas entre os valores de pH, independente da formulação, apresentando pH

médio igual 3,75. Valores semelhantes foram encontrados por Souza (2016) quando trabalhou

com 5 formulações de blends a base de acerola, limão, couve e hortelã e encontrou pH entre

3,28 e 3,41.

O teor de sólidos solúveis representa os sais, ácidos, aminoácidos, vitaminas,

pectinas e açúcares presentes nos vegetais e nos frutos. Eles indicam o grau de maturação do

vegetal por retratar índice de açúcares totais (GUIMARÃES, 2018). Entre as formulações não

pasteurizadas, apenas BVP apresentou diferença significativa com relação a concentração de

sólidos solúveis, assumindo concentrações inferiores as encontradas nos demais tratamentos,

no início (5,03) assim como após 30 dias de armazenamento (4,57) isso se deve a diminuição

da concentração dos açúcares presente na formulação, assim como a redução do pH. Levando

em consideração as formulações, não submetidos a pasteurização, foram observadas reduções

nas concentrações de SS ao longo do período de armazenamento. Quando analisados após 30

dias os blends pasteurizados não apresentaram diferenças significativas em relação as amostras

inicias, com valor médio de SS igual a 5,7, no entanto diferem estatisticamente quando

comparadas as amostras não pasteurizadas. Resultado diferente foi encontrado por Machado, et

al (2017) quando o suco misto a base de abacaxi, cenoura, couve, gengibre, hortelã e frutose

obteve valor de 8 °Brix. E, esse aumento pode ter sido ocasionado pelo uso da frutose que tem

um alto poder adoçante, já o blend desenvolvido no presente estudo não fez uso de nenhum

edulcorante justificando os valores menores obtidos.

Em se tratando da acidez titulável, as formulações dos blends, exceto BV, não

apresentaram diferenças significativas entre si. Após 30 dias de armazenamento as amostras

continuaram não diferindo entre si. A menor e a maior concentração de ácido cítrico foram

obtidas nas amostras BV (0,35 %) e BVP (0,47%) respectivamente. Esses resultados

corroboram com Souza (2016) que em estudos para caracterizar suco misto a base de acerola,

couve, limão e hortelã identificou valores entre 0,43 e 0,52 % de ácido cítrico dentre as cinco

formulações propostas.

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5.2.2 Análise de cor

De acordo com a Tabela 6 o parâmetro L* para as amostras sem pasteurização não

diferiram entre si, apresentando valor médio de 23,93 após trinta dias de armazenamento. Em

relação as amostras pasteurizadas, o BVPS apresentou o menor valor de luminosidade (25,36),

sendo esta a única formulação que diferiu estatisticamente das demais com relação a este

parâmetro. Analisados após 30 dias, os sucos adicionados de psyllium (BVP e BVPS)

apresentaram valor médio de 24,7, não apresentando diferença estatística entre estas

formulações. Valores semelhantes foram encontrados em estudos desenvolvido por Souza

(2016) quando obteve valor de 24,46 para o parâmetro L* em suco misto a base de acerola,

couve, limão e hortelã.

O parâmetro a*obtido para o blend adicionado de psyllium e espirulina (BVPS),

não pasteurizado, apresentou o valor de -5,17 diferindo estatisticamente das demais

formulações. A diferença estatística entre as formulações passou a não ser identificada, para o

período de 30 dias de armazenamento, assumindo valor médio positivo igual a 2,57. Os valores

negativos, registrados no início do experimento, passando a valores positivos, após 30 dias,

indicam a perda da coloração verde do suco, indicando a provável redução da presença da

clorofila que se faz presentes nos vegetais utilizados na elaboração dos blends de vegetais.

Almeida (2017) obteve valor de -3,30 quando estudou o suco de abacaxi com limão indicando

semelhança com os resultados obtidos no presente estudo. Nos blends pasteurizados ocorreu

uma redução da coloração verde, como indica os valores obtidos referentes ao parâmetro a*,

passando a apresentar valores positivos, isso se deve ao fato dos sucos terem sido submetidos

ao aquecimento e com consequente degradação do pigmento clorofila.

Quanto aos valores de b* tanto os blends sem pasteurização como nos blends

pasteurizados demostraram tendência para a coloração amarela, isso se deve a presença do

abacaxi, que apresenta carotenoides em sua composição, ou seja, o blend de vegetais apresenta

uma coloração verde-amarelada. Os blends sem e com pasteurização não apresentaram

diferenças significativas entre si. Ibiapina, et al (2018) em seu estudo com polpa Detox também

encontraram valores negativos para o parâmetro a* e valores positivos para b* classificando-a

quanto a coloração em uma polpa verde-amarelada, assim como a indicada no presente estudo.

A avaliação instrumental de cor indica a tendência do produto a tornar-se mais claro

ou mais escuro de acordo com o parâmetro L*, o que facilita a evidenciar possíveis alterações

nos produtos em relação a diferentes tratamentos ou armazenamentos (ALMEIDA, 2017).

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Tabela 6: Análise de cor dos blends

S/Past. Amostras L* a* b*

T1

30 dias

BV 24,49 efg ± 0,234 -5,78 i ± 0,355 26,22abc ±1,175

BVP 25,05efg ± 0,312 -5,88 i ± 0,111 26,80ab±1,205

BVS 24,65efg ± 0,160 -5,77 i ± 0,245 25,92abc ±1,550

BVPS 23,93efg ± 0,170 -5,17h ± 0,087 25,85abc ± 0,630

BV 22,76 g ±0,103 2,57 g ± 0,064 24,19abc ±0,437

BVP 24,34 efg ± 0,197 2,67 g ± 0,078 25,69abc ± 0,087

BVS 23,07 g ± 0,129 2,69 g±0,260 23,85abc ± 0,492

BVPS 22,76 g ± 0,395 2,34 g ±0,084 23,20bc ± 1,014

C/Past. BV 27,72abc ± 0,097 0,93 bc ± 0,032 27,65a ± 0,232

T2

BVP 26,63bcde ± 0,120 0,73cd ±0,075 27,04ab ± 0,517

BVS 27,94 ab ± 0,234 -0,55f ±0,025 26,71abc ± 0,423

BVPS 25,36defg ± 0,056 0,36de ± 0,032 26,53abc ± 0,108

30 dias

BV 29,69 a ± 2,815 1,07abc ± 0,214 27,65a ± 0,232

BVP 25,42cdef ± 0,311 1,40a ± 0,061 27,04ab ± 0,517

BVS 27,50abcd ±0,108 0,06e ± 0,025 26,71abc ± 0,423

BVPS 24,01fg ± 0,139 1,31ab ± 0,026 26,53abc ± 0,108

BV: blend de vegetais; BVP: blend mais psyllium; BVS: blend contendo espirulina; BVPS: blend com psyllium e

espirulina. Resultados expressos em média ± desvio padrão. Letras iguais na mesma coluna não apresentam diferenças

estatisticamente significativas pelos testes ANOVA e Tukey (p≤0,05).

5.2.3 Análise de vitamina C

Os teores de vitamina C das amostras pasteurizadas ou não estão expressos na

Tabela 7.

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Tabela 7: Análise de vitamina C dos blends

S/Pasteurização Amostras 1Vitamina C

(mg/100g)

T1

BV 3,68 b ± 0,104

BVP 3,52 c ± 0,375

BVS 3,74 a ± 0,000

BVPS 3,74 a ± 0,000

30 dias

BV 2,91 d ± 0,139

BVP 2,36g ± 0,000

BVS 2,60 e ± 0,410

BVPS 2,52 f ± 0,271

C/Pasteurização BV 2,09 i ± 0,236

T2

BVP 1,97j± 0,110

BVS 2,18h ± 0,271

BVPS 1,93l ± 0,110

30 dias

BV 1,98j ± 0,000

BVP 1,93l ± 0,133

BVS 1,97j ± 0,133

BVPS 1,89m ± 0,000

BV: blend de vegetais; BVP: blend mais psyllium; BVS: blend contendo espirulina; BVPS: blend com psyllium e

espirulina. Resultados expressos em média ± desvio padrão. Letras iguais não apresentam diferenças

estatisticamente significativas pelos testes ANOVA e Tukey (p≤0,05). 1Vitamina C: resultado expresso em

mg/100g.

Os valores de vitamina C para as amostras de blend sem pasteurização apresentaram

diferenças significativas, exceto as amostras BVS e BVPS. Foi observada uma redução da

concentração média de ácido ascórbico, passando de 3,67 mg/100g para 2,60 mg/100g, no final

do armazenamento. As amostras submetidas ao tratamento térmico apresentaram diferença

estatística com relação as formulações assim como com relação ao tempo de armazenamento,

assumindo o menor resultado a amostra BVPS com 1,89 mg/100 de ácido ascórbico.

A vitamina C é instável ao processamento, principalmente a ação do calor e a

oxidação. Portanto, perdas ocorrem durante o processamento por temperatura, pH, oxigênio e

luz (SOUZA, 2016). No presente estudo é possível identificar um menor teor de vitamina C nas

amostras pasteurizadas comportamento esperado devido a aplicação do calor. Gomes, et al

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(2019) em estudo com suco Detox a base de abacaxi, cenoura e couve com adição de mel obteve

valores de vitamina C para as suas quatro formulações iguais a 1,50, 2,83, 2,50 e 5,0 mg/100g

resultados esses que se assemelham com os encontrados com o presente estudo.

5.2.4 Polifenóis Extraíveis Totais

Os resultados obtidos durante a análise de polifenóis das amostras de blends de

vegetais encontram-se na Tabela 8 verificou-se que as amostras que não foram submetidas ao

tratamento térmico apresentaram diferenças significativas em relação aos compostos fenólicos,

onde BV obteve 788,68 mg/100g, BVP apresentou 750,38 mg/100g, BVS com 876,87 mg/100g

e BVPS apresentou 711,23 mg/100g. Após trinta dias de armazenamento, houve uma

diminuição dos valores das amostras, mas mesmo assim permaneceram com elevado teor de

compostos fenólicos. Isso se deve ao fato dos vegetais presentes no desenvolvimento dos blends

como a couve e o espinafre apresentarem uma alta atividade antioxidante e como consequência

um alto conteúdo de fenólicos.

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Tabela 8: Análise de polifenóis extraíveis totais dos blends

S/Pasteurização Amostras 1PET

(mg/100g)

T1

BV 788,68abcde ± 21,674

BVP 750,38bcde ± 29,177

BVS 867,87a ± 10,930

BVPS 711,23de ± 39,494

30 dias

BV 738,11bcde ± 16,675

BVP 568,19g ± 16,637

BVS 726,06cde ± 6,657

BVPS 692,57def ± 26,250

C/Pasteurização BV 836,31abc ± 7,565

T2

BVP 776,60abcde ± 26,010

BVS 793,28abcd ± 9,175

BVPS 847,85ab ± 0

30 dias

BV 691,42def ± 64,188

BVP 680,54defg ± 19,132

BVS 673,69efg ±64,071

BVPS 578,73fg ± 18,487

BV: blend de vegetais; BVP: blend mais psyllium; BVS: blend contendo espirulina; BVPS: blend com psyllium e

espirulina. Resultados expressos em média ± desvio padrão. Letras iguais não apresentam diferenças

estatisticamente significativas pelos testes ANOVA e Tukey (p≤0,05). 1Polifenóis extraíveis totais: resultado

expresso em mg/100g.

Fazendo referência aos blends pasteurizados, no tempo inicial os mesmos diferiram

entre si, onde o maior valor foi encontrado na amostra BVPS contendo 847,85 mg/100g,

diferente do resultado obtido no blend sem pasteurização onde o maior teor de fenólicos foi

identificado na amostra BVS. Depois do período de armazenamento os blends apresentaram

uma redução no conteúdo de polifenóis e essa redução pode estar associada tanto ao tratamento

térmico como ao período de armazenamento empregados, causando a degradação tanto da

vitamina C como do conteúdo de fenólicos nas amostras estudadas. Os valores para BV, BVP,

BVS e BVPS foram 691,42; 680,54; 673,69 e 578,73 mg/100g respectivamente e as mesmas

apresentaram diferenças estatisticamente significativas.

Valores inferiores foram identificados por Lopes (2015) quando analisou o

conteúdo fenólico de suco misto a base abacaxi, couve, limão, brócolis, gengibre, mação e

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acerola indicando 184,52 mg/100g. Souza (2016) em seu estudo com suco misto apresentou

valores de fenólicos variando entre 71,02 a 159,57 mg/100mL. Machado, et al (2017) quando

trabalhou com suco Detox, contendo abacaxi, cenoura, água de coco, maçã, couve folha,

gengibre, hortelã e água, fazendo uma comparação com o suco Detox comercial registrou os

seguintes dados 70,48 e 81,38 mg/100g respectivamente, bem abaixo dos resultados

encontrados no presente estudo. A divergência entre esses valores possivelmente está

relacionada ao emprego de diferentes matérias primas para elaboração dos citados produtos.

De acordo com Lopes (2015) os compostos fenólicos das plantas, em particular os

ácidos fenólicos, os taninos e os flavonóides são conhecidos como potentes antioxidantes. A

atividade antioxidante dos compostos fenólicos deve-se à sua capacidade para captarem radicais

livres, doar átomos de hidrogénio ou elétrons ou quelar metais catiônicos.

Compostos polifenólicos são importantes constituintes dietéticos, em razão da sua

elevada capacidade antioxidante, atribuída à sua habilidade em complexar íons metálicos,

inativar reações radicalares em sistemas deslipidados, e prevenir a conversão de hidroperóxido

em oxirradicais reativos. Estudos vem evidenciando que o consumo de alimentos e bebidas

ricos em compostos fenólicos está relacionado com uma redução na incidência de doenças

crônicas não transmissíveis. (LOPES, 2015; AMORIM, et al., 2016)

5.2.5 Atividade Antioxidante e teor de clorofila

Os resultados para a capacidade antioxidante através do método ABTS•+ e teor de

clorofila dos blends estão expressos na Tabela 9.

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Tabela 9: Análise de ABTS e clorofila dos blends

S/Pasteurização Amostras 1ABTS

(µM trolox/g)

2Clorofila total

(mg/g)

T1

BV 1,55def ± 0,118 13,95a ± 0,165

BVP 3,05ab ± 0,015 8,80def ± 0,060

BVS 3,08ab ± 0,483 11,68abc ± 0,182

BVPS 3,46a ± 0,121 11,47bc ± 0,382

30 dias

BV 1,55def ± 0,118 13,68a ± 0,013

BVP 2,56abcd ± 0,035 8,35def ± 0,370

BVS 2,81abc ± 0,163 11,60abc ± 0,083

BVPS 3,37a ± 0,339 9,99cd ± 0,038

C/Pasteurização BV 2,32bcde ± 0,189 10,02cd ± 0,343

T2

BVP 2,75abc ± 0,418 8,51def ± 0,488

BVS 2,83abc ±0,138 9,47de ± 0,206

BVPS 3,06ab ± 0,536 7,25ef ± 0,108

30 dias

BV 1,45ef ± 0,059 9,09def ± 0,187

BVP 1,57def ± 0,259 7,19def ± 0,875

BVS 1,13f ± 0,112 8,27def ± 0,407

BVPS 1,83cdef ± 0,160 6,27g ± 1,250

BV: blend de vegetais; BVP: blend mais psyllium; BVS: blend contendo espirulina; BVPS: blend com psyllium e

espirulina. Resultados expressos em média ± desvio padrão. Letras iguais na mesma coluna não apresentam

diferenças estatisticamente significativas pelos testes ANOVA e Tukey (p≤0,05). 1ABTS: resultado expresso em

µM trolox/g. 2Clorofila total resultados expressos em mg/g.

Os valores obtidos para capacidade antioxidante através do ensaio ABTS•+,

evidenciaram a presença de diferença estatística da formulação BV não pasteurizada, com

relação as demais formulações, independente do período de armazenamento, apresentando o

menor potencial antioxidante médio (1,55µM trolox/g).

Os blends pasteurizados apresentaram valores menores para capacidade

antioxidante que os não pasteurizados. Essa redução na capacidade antioxidante pode ser

associada ao tratamento térmico empregado, causando a oxidação das vitaminas presentes no

suco.

A formulação BVPS obteve a maior capacidade antioxidante, independente do

tratamento térmico ou tempo de armazenamento. Essa alta capacidade antioxidante pode ser

justificada devido à presença de compostos como ácido fenólico, tocoferóis, ß-caroteno,

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flavonoides e do pigmento ficocianina presentes na espirulina, que são conhecidos por exibirem

propriedades antioxidantes (MACHADO et al., 2017).

Souza (2016) em seu estudo com cinco formulações de suco misto a base de couve,

hortelã, limão e acerola obteve valores de 0,79 a 1,56 µM trolox/g, valores esses que são

inferiores aos apresentados no presente estudo. Machado, et al (2017) quando trabalhou com

suco Detox fazendo um comparativo com o suco Detox comercial encontrou os seguintes

resultados para o suco misto desenvolvido e o suco Detox comercial 40,54 μM trolox/g e 44,28

μM trolox/g respectivamente. As divergências entre os valores, para a capacidade antioxidante,

dos sucos obtidos neste estudo e os relatados na literatura, podem ser justificadas devido as

diferentes matérias primas utilizadas na formulação dos citados produtos.

A capacidade antioxidante de frutas e hortaliças tem sido atribuída à atividade de

enzimas, como: superóxido desmutase, catalase e peroxidase; de compostos do metabolismo

secundário: fenólicos (como ácidos fenólicos, flavonóis, antocianinas) e terpenóides (como

carotenos e licopenos), e vitaminas (como A, C e E). Além do mais, sabe-se que frações

individuais desses compostos podem apresentar atividade antioxidante diferente e que também

essas frações podem atuar de forma sinérgica, ou seja, podem aumentar a atividade dos

antioxidantes em combinações adequada (MACHADO et al., 2017).

A clorofila é um pigmento importante no cloroplasto das plantas verdes e

desempenha um papel importante na transferência de energia e captura de energia para a

fotossíntese. O grau de esverdeamento, devido aos pigmentos de clorofila, é um dos principais

indicadores de qualidade para o caráter de produtos vegetais pós-colheita (SUN et al., 2017).

Ao contrário da maioria das substâncias fitoquímicas, que são identificadas nos

vegetais comestíveis em concentrações insuficientes para resultar em algum efeito biológico

mensurável, a clorofila é encontrada em quantidades elevadas. O espinafre, por exemplo,

contém cerca de 150 mg por 100 g de folhas frescas (LOPES, 2015).

Após 30 dias de armazenamento é perceptível o declínio nos valores da

concentração de clorofila total em todas as amostras analisadas. Reduções na concentração de

clorofila total também podem ser verificadas em formulações submetidas ao processo de

pasteurização. Esse declínio pode estar relacionado a formação de um pigmento escuro como a

fiofitina, tal característica também foi observada por Santos (2019) quando trabalhou com

brócolis percebendo a mudança de coloração.

Em se tratando das amostras submetidas ao processamento térmico, é perceptível

que as mesmas apresentaram valores menores quando comparadas as amostras sem

pasteurização, devido a degradação do pigmento quando submetido ao aquecimento. Para o teor

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de clorofila total as amostras diferiram entre si e a amostra BVPS apresentou o menor valor

7,25 mg/g. Após o período de armazenamento, assim como ocorreu nas amostras sem

pasteurização, as formulações submetidas ao tratamento térmico exibiram redução da

concentração de clorofila total e apresentaram diferenças significativas entre estes valores.

Dantas (2014) em estudo com bebida mista a base de frutas e hortaliças obteve resultados para

clorofila total entre 2,01 e 3,96 mg/g, valores esses inferiores aos resultados encontrados no

presente estudo.

A presença da espirulina nos blends desenvolvidos sem e com pasteurização não

ocasionou o aumento da quantidade de clorofila total, fato que pode ser justificado pela possível

presença do pigmento ficocianina, que apresenta uma cor azul intensa e do pigmento

carotenoide responsável pelas cores vermelha, amarela e laranja presentes na espirulina (PARK

et al., 2018), o que pode ser relacionado com o valor obtido em b* para a amostra BVS

refletindo da quantificação da clorofila total no presente estudo.

5.2.6 Determinação de minerais

A composição mineral indicou a presença de cálcio, magnésio, sódio, potássio,

ferro e fósforo nas amostras de blends de vegetais. Os resultados obtidos para as formulações

avaliadas estão descritos na Tabela 10.

Tabela 10: Análise de minerais dos blends

Minerais (mg/100g)

Amostras

não Past.

Ca Mg Na K Fe P

BV 54,55h ± 0,345 97,64f ±0,243 372,6a ± 1,051 587b ± 0,231 7,61e ± 0,098 87,6c ± 0,224

BVP 95,68c ±0,112 110,28d ±0,119 281,8d ± 0,451 356,8f ± 0,117 7,62e ± 0,095 81,6h ± 0,113

BVS 95,60d± 0,110 126,91c ± 0,201 180,4h ± 0,172 546,6d ± 1,056 7,43d ± 0,063 86,2e ± 0,365

BVPS 88,11e ± 0,226 78,12h ± 0,145 231,8f ±0,367 496,4e ± 0,212 6,54b ± 0,045 89b ±1,032

Amostras

Past.

BV 104,22b±0,252 139,07b ±0,142 216,2g ± 0,119 721,6a ± 1,023 13,00a ± 0,652 83,6f ± 0,438

BVP 66,16g ±0,134 85,42g ± 0,113 275,8e ± 0,096 340,6g ±0,432 3,96c ± 0,118 86,8d ± 0,659

BVS 69,18f ±0,128 107,31e ±0,132 339c ± 0,324 576c ± 1,002 7,69e ±0,043 83,2h ± 0,547

BVPS 123,06a±0,265 182,59a ±0,236 353,2b ± 0,312 299,4h ± 0,125 7,44d ± 0,037 91,6a ± 1,025

BV: blend de vegetais; BVP: blend mais psyllium; BVS: blend contendo espirulina; BVPS: blend com psyllium e espirulina.

Resultados expressos em média ± desvio padrão. Letras iguais na mesma coluna não apresentam diferenças estatisticamente

significativas pelos testes ANOVA e Tukey (p≤0,05). Resultados expressos em mg/100g.

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Ao compararmos os minerais presentes nas amostras não pasteurizadas, foi possível

observar que os principais minerais foram o Potássio (respectivamente, 587 mg/100g; 356,8

mg/100g; 546,6 mg/100g; 496,4 mg/100g para SV, SVP, SVS e SVPS), Sódio (372,6 mg/100g;

281,8 mg/100g; 180,4 mg/100g; 231,8 mg/100g para SV, SVP, SVS e SVPS), Cálcio (54,55

mg/100g; 95,68 mg/100g; 95,60 mg/100g; 88,11 mg/100g para SV, SVP, SVS e SVPS) e

Magnésio (97,64 mg/100g; 110,28 mg/100g; 126,91 mg/100g; 78,12 mg/100g para SV, SVP,

SVS e SVPS), seguidos por quantidades menores dos outros minerais.

Os maiores destaques devem ser dados ao potássio, cálcio e magnésio isso se deve

ao fato da presença da couve, do espinafre, da hortelã e do limão Tahiti, pois esses possuem

uma concentração elevada desses minerais, principalmente a couve, o espinafre e a hortelã que

segundo a Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (TACO) contém 403, 336 e 458

mg/100g de potássio, 131, 98 e 199 mg/100g de cálcio e 35, 82 e 63mg/100g de magnésio

respectivamente.

A maior concentração de potássio foi verificada para a formulação BV indicando

587 mg/100g seguida da amostra BVS, BVPS e BVP, apresentando diferenças significativas

entre si. Quanto ao mineral cálcio, as formulações diferiram significativamente e a maior

quantidade presente foi obtida para a formulação BVP com 95,68 mg/100g e a menor

quantidade desse mineral foi identificada na amostra BV 54,55 mg/100g. Em relação ao

magnésio as amostras apresentaram diferenças estatisticamente significativas e a maior

concentração foi observada na amostra BVS com 126,91 mg/100g. Com esses resultados

obtidos podemos afirmar que os sucos enriquecidos com psyllium e espirulina contêm uma

grande quantidade de minerais essenciais imprescindíveis para o ser humano e

consequentemente seu consumo pode trazer benefícios a saúde.

Assim como os blends não pasteurizados, os blends submetidos ao processamento

térmico apresentaram uma boa quantidade de minerais em sua composição, principalmente os

minerais potássio, cálcio, magnésio e sódio. Alguns valores sofreram uma redução quando

comparados com as formulações não pasteurizadas, porém de acordo com Perring e Tschopp

(2019), os minerais não são destruídos pelo aquecimento e, além disso, a maioria deles

apresenta uma menor volatilidade em comparação com outros componentes alimentares. Os

constituintes minerais incluem principalmente potássio, sódio, cálcio e magnésio, mas também

quantidades menores de ferro, cobre, manganês e zinco, além de outros elementos presentes em

traços mais baixos.

A formulação que apresentou a maior quantidade de cálcio foi a BVPS com 123,06

mg/100g onde apresentou diferença significativa em relação as demais amostras que

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quantificaram 69,18 mg/100g para BVS e 66,18 mg/100g para BVP. Em relação ao magnésio

as amostras BV, BVS e BVPS apresentaram diferenças significativas e expressaram os

seguintes resultados 139,07; 107,31 e 182,59 mg/100g, respectivamente. O sódio também se

fez presente nas formulações variando de 212,6 e 353,2 mg/100g e diferiram entre si.

A relação entre o Na e o K é essencial para equilibrar a quantidade de água no

corpo, enquanto o sódio retém os líquidos o potássio provoca a excreção, de modo que as células

fiquem com a quantidade certa de água. A quantidade de potássio encontrada nas amostras é

elevada assim como nas amostras não pasteurizadas. A maior concentração está disponível na

formulação BV com 721,6 mg/g, seguidas das amostras BVS, BVP e BVPS com 576; 340,6 e

299,4 mg/100g de potássio, respectivamente e apresentam diferenças significativas entre si

(KOYANDE et al., 2019).

Outro mineral de grande importância é o ferro, que também se fez presente nos

sucos enriquecidos com psyllium e espirulina, o suco BVP apontou a menor quantidade desse

mineral, diferindo das demais amostras. A amostra BVS não apresentou diferença significativa

quando comparada as amostras não pasteurizadas BV e BVP. A quantidade de ferro encontrada

nas formulações BVS e BVPS pode estar relacionada à presença da espirulina. Koyande, et al

(2019) em seu estudo com microalga espirulina aponta uma quantidade de ferro tão alto quanto

5100% em comparação com o espinafre.

O último elemento analisado foi o fósforo que apresentou diferenças significativas

entre as amostras apresentando o maior valor na amostra BVPS com 91,6 mg/g de fósforo. Não

existe estudos que tratam da quantificação desse mineral em blends, porém de acordo com a

TACO (2011) a couve (49 mg/100g), o espinafre (25 mg/100g), abacaxi (8 mg/100g) e limão

(13 mg/100g) juntos possuem em media a concentração de 95 mg/100g deste mineral valor este

próximo ao obtido neste estudo.

Souza (2017) em seu estudo com bebidas mistas de vegetais encontrou os seguintes

valores para os minerias 36,67 mg/100g de cálcio; 0,26 mg/100g de ferro; 17,32 mg/100g de

magnésio; 273,5 mg/100g de potássio e 3,79 mg/100g de sódio, ou seja, valores abaixo do que

os encontrados no presente estudo, isto se deve ao fato dos ingredientes utilizados na

formulação do blend.

Dantas (2014) estudou bebidas à base de frutas e hortaliças e identificou valores

menores que os obtidos neste estudo, as quantidades de minerais variaram de 26,62 a 40,21

mg/100g de cálcio; 0,18 a 0,23 mg/100g de ferro;16,74 a 17,89 mg/100g de fósforo; 10,06 a

14,23 mg/100g de magnésio; 194,19 a 233,90 mg/100g de potássio e 1,31 a 1,49 mg/100g de

sódio.

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5.2.7 Fibra Alimentar

Os resultados relativos as análises de fibra alimentar dos blends de vegetais estão

expressos na Tabela 11.

Tabela 11: Análise de fibra alimentar dos blends

S/Pasteurização Amostras Fibra solúvel

(g/100g)

Fibra insolúvel

(g/100g)

Fibra alimentar total

(g/100g)

T1

BV 5,5c ±0,143 5,8b ±0,140 9,5a ±0,427

BVP 6,9a±0,124 6d ±0,121 12,8e ±0,329

BVS 4,3e±0,623 5,8b ±0,140 10,1f ±0,114

BVPS 3,5f ±0,265 6,1d ±0,172 12,5e ±0,327

C/Pasteurização BV 3,7f ±0,266 5a ±0,146 9,2b ±0,429

T2

BVP 6,5b ±0,129 6d ±0,121 10,4f ±0,116

BVS 4,3e ±0,273 4,1c ±0,172 8,4c ±0,364

BVPS 3,1d ±0,197 4c ±0,122 7,4d ±0,224

BV: blend de vegetais; BVP: blend mais psyllium; BVS: blend contendo espirulina; BVPS: blend com psyllium e

espirulina. Resultados expressos em média ± desvio padrão. Letras iguais na mesma coluna não apresentam diferenças

estatisticamente significativas pelos testes ANOVA e Tukey (p≤0,05). Resultados expressos em g/100g.

As fibras alimentares estão presentes em vegetais, frutos e grãos integrais que

compõem as dietas da população, sendo facilmente alcançadas as recomendações de ingestão.

A OMS propôs como meta a ingestão de maior quantidade que 25g/dia recomenda, já a Food

and Drug Administration (FDA) recomenda 25g para 2000 kcal/dia para indivíduos adultos

(REYNALDO et al., 2019).

Os valores obtidos para fibra solúvel, evidenciaram a presença de diferença

estatística entre a formulação BVPS pasteurizada e as demais formulações, apresentando o

menor teor de fibra (3,1 g/100g). A formulação SVP não pasteurizada apresentou o maior teor

de fibras solúveis (6,9 g/100g) isso se deve a presença do psyllium em sua formulação.

Em relação ao teor de fibras insolúveis os sucos Detox apresentaram diferenças

significativas e os valores variam entre 4 e 6,1 g/100g.

Os teores de fibra alimentar total (FAT) dos blends apresentaram diferenças

significativas, a formulação BVP não pasteurizada obteve um valor de 12,8 g/100g e esse valor

pode estar relacionado a presença do psyllium em sua composição. As formulações não

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pasteurizadas obtiveram valores maiores quanto comparadas as formulações pasteurizadas

indicando que a ação do calor pode ter causado a redução no teor de fibras.

Segundo a RDC nº 54 de 2012, que dispõe sobre o regulamento técnico sobre

informação nutricional complementar, o qual trata do conteúdo absoluto de propriedades

nutricionais, os alimentos fontes de fibras são aqueles que contém no mínimo 3 gramas de fibras

em 100 gramas ou 100 mililitros de produto final ou pelo menos 2,5g destas por porção do

produto. Os alimentos que apresentam a expressão “alto teor” de fibras no rótulo, por sua vez,

deve apresentar um mínimo de 6 gramas destas por 100 gramas ou 100 mililitros de produto

pronto ou 5 gramas de fibras por porção deste (BRASIL, 2012). Portanto, segundo a legislação

os sucos Detox desenvolvidos podem ser classificados como alimentos com alto teor de fibras.

5.2.8 Bioacessibilidade

A bioacessibilidade é a fração de um composto que é liberado de sua matriz

alimentar no trato gastrointestinal e, portanto, torna-se disponível para a absorção intestinal

(CILLA et al., 2018). A bioacessibilidade dos minerais contidos nos blends está apresentada na

Tabela 12.

Tabela 12: Bioacessibilidade dos minerais dos blends.

Bioacessibilidade de minerais (%)

Amostras

não

pasteurizadas

Ca Mg Na K Fe K

BV 23 31 4,07 22,6 43,2 45,5

BVP 25 12 5,04 33,3 33,6 42,3

BVS 56 10,6 66,3 44,2 65,1 45,3

BVPS 32 19,7 75 48,2 57,3 45,5

Amostras

Pasteurizadas

BV 18 5,88 1,54 6,72 30,1 41,09

BVP 25 8,18 1,17 15,4 1,07 39,7

BVS 34 8,4 56,2 2,01 37 37,1

BVPS 22 7,24 2 19,7 52,3 40,3 BV: blend de vegetais; BVP: blend mais psyllium; BVS: blend contendo espirulina; BVPS: blend com psyllium e

espirulina. Resultados expressos em média ± desvio padrão. Letras iguais na mesma coluna não apresentam

diferenças estatisticamente significativas pelos testes ANOVA e Tukey (p≤0,05). Resultados expressos em mg/g.

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A bioacessibilidade do cálcio nas amostras não pasteurizadas obteve 23, 25, 56 e

32% para BV, BVP, BVS e BVPS respectivamente. Enquanto as amostras pasteurizadas

apresentaram os seguintes valores 18 % para BV, 25 % para BVP, 34 % para BVS, e 22,5 %

para BVPS. Com base nesses dados é perceptível que as formulações pasteurizadas

apresentaram um menor conteúdo bioacessível desse mineral, isso pode estar relacionado tanto

a sua volatilidade como pode ter está presente em traços menores na formulação (PERRING E

TSCHOPP et al., 2019).

Em relação a bioacessibilidade do magnésio, as formulações BV e BVPS

apresentaram um maior conteúdo bioacessível (31 e 19,7% respectivamente). Em se tratando

das formulações pasteurizadas, o teor bioacessível do Mg foi menor na amostra BV (5,88%).

Haas, et al (2019) em estudo com suco de uva não detectaram a presença do magnésio indicando

que esse mineral não era bioacessível após a digestão simulada. Pupin, et al (2018) relatou em

seu estudo com polpa fresca e recém processada de juçara (Euterpe edulis) o percentual de 30

e 10,8% respectivamente, mostrando a redução da bioacessibilidade desse mineral após a

digestão in vitro.

Outro mineral analisado em relação a sua bioacessibilidade foi o sódio e verificou-

se que a formulação BVS com e sem processamento térmico apresentou o maior conteúdo

bioacessível indicando 66,3 e 56,2% respectivamente. Tognon (2012) em seu estudo com alface

relatou valor percentual de bioacessibilidade de 4,66%.

Para o potássio foram verificados valores maiores para as formulações não

pasteurizadas do que para as formulações com tratamento térmico. A concentração de potássio

foi uma das maiores quantificadas neste estudo, o maior percentual foi identificado na amostra

BVPS não pasteurizada (48,2%) e o menor percentual foi da amostra BV pasteurizada (6,72%).

Schulz (2015) em seu estudo com variações de maturação da fruta juçara relatou percentual de

bioacessibilidade variando entre 25,8 e 50,1%.

Assim como o potássio, o ferro apresentou um dos maiores percentuais de

bioacessibilidade nos blends desenvolvidos. As amostras não pasteurizadas apresentaram os

seguintes valores BV (43,2%), BVP (33,6%), BVS (65,1%) e BVPS (57,3%). Em relação as

amostras pasteurizadas o maior percentual identificado nas amostras BVS (37%) e BVPS

(52,3%). Lima (2013) em seu estudo com suco integral de caju detectou percentual de 11,5%,

valor menor dos apresentados neste estudo. Pupin, et al (2018) relatou percentual variando de

1,04 e 1,58% do conteúdo bioacessível do ferro em seu estudo com polpa fresca e recém

processada de juçara.

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O fósforo está presente em frutas e leguminosas e sua deficiência interfere na

absorção do cálcio (CRUZ, 2018). Os valores encontrados para os conteúdos de fósforo dos

blends com e sem tratamento térmico apresentou valor médio de 39,5 e 44,6% respectivamente.

Esse mineral também é um dos que apresentaram o maior conteúdo bioacessível nos blends

desenvolvidos. Sanches (2018) em seu estudo com bebidas à base de soja detectou um conteúdo

bioacessível de 26% indicando um valor abaixo do encontrado no presente estudo.

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6 CONCLUSÃO

A partir dos dados obtidos no presente estudo é possível concluir que o blend

desenvolvido possui uma presença notável de compostos bioativos, e consequentemente, uma

elevada atividade antioxidante, principalmente a formulação adicionada de psyllium e

espirulina. Esta se destacou por apresentar concentrações elevadas mesmo após o

processamento térmico e o período de armazenamento.

O uso da espirulina nos blends de vegetais intensificou a coloração verde das

amostras o que contribui para atender parcialmente as características de cor esperadas para a

elaboração do produto em questão. Todavia, após a pasteurização, é notada uma redução da

pigmentação causada pela degradação da clorofila devido a aplicação do calor.

Quanto ao uso do psyllium, verificou-se que esse polissacarídeo introduzido no

blend contribuiu para o enquadramento do mesmo na categoria de produto com alto conteúdo

de fibras, segundo a legislação vigente.

Além de funcionais, ficou evidenciado pela avaliação de bioacessibilidade dos

minerais, que os blends enriquecidos com psyllium e espirulina apresentaram o potencial

bioacessível após a simulação da digestão, onde os minerais Ca, K, Fe e P foram os que mais

se destacaram.

Sendo assim, indica-se dentre os blends avaliados, a formulação enriquecida com

psyllium e espirulina como a com maior potencial em termos funcionais por apresentar os

melhores resultados independentes do período de armazenamento e do tratamento térmico

aplicado.

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