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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE UFF INSTITUTO DE ARTE E COMUNICAÇÃO SOCIAL- IACS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO - GCI CURSO DE GRADUAÇÃO EM ARQUIVOLOGIA MARIA APARECIDA DE ABREU NASCIMENTO ESTUDO DE CASO DO ACERVO FOTOGRÁFICO DA EEAAC-UFF NITERÓI 2016

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – UFF

INSTITUTO DE ARTE E COMUNICAÇÃO SOCIAL- IACS

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO - GCI

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ARQUIVOLOGIA

MARIA APARECIDA DE ABREU NASCIMENTO

ESTUDO DE CASO DO ACERVO

FOTOGRÁFICO DA EEAAC-UFF

NITERÓI

2016

MARIA APARECIDA DE ABREU NASCIMENTO

ESTUDO DE CASO DO ACERVO FOTOGRÁFICO DA EEAAC-UFF

Trabalho Acadêmico apresentado ao Departamento de

Ciência da Informação da Universidade Federal

Fluminense, como requisito parcial para obtenção do

Grau de Bacharel em Arquivologia.

Orientadora: Lindalva Rosinete Silva Neves

NITERÓI

2016

Ficha Catalográfica elaborada pela Biblioteca Central do Gragoatá

N244 Nascimento, Maria Aparecida de Abreu.

Estudo de caso do acervo fotográfico da EEAAC-UFF / Maria

Aparecida de Abreu Nascimento. – 2016.

29 f. ; il.

Orientadora: Lindalva Rosinete Silva Neves.

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Arquivologia) –

Universidade Federal Fluminense, 2016.

Bibliografia: f. 26.

1. Fotografia institucional. 2. Preservação de documento.

3. Indexação de imagem. 4. Banco de imagem. I. Neves, Lindalva

Rosinete Silva. II. Universidade Federal Fluminense. Instituto de Arte e

Comunicação Social. III. Título.

MARIA APARECIDA DE ABREU NASCIMENTO

ESTUDO DE CASO DO ACERVO FOTOGRÁFICO DA EEAAC-UFF

Trabalho Acadêmico apresentado ao Departamento de

Ciência da Informação da Universidade Federal

Fluminense, como requisito parcial para obtenção do

Grau de Bacharel em Arquivologia.

Aprovada em de 2016.

BANCA EXAMINADORA

______________________________________________________________________

Prof.ª LINDALVA ROSINETE SILVA NEVES - Orientadora

UFF

______________________________________________________________________

Prof.ª Drª. MARGARETH DA SILVA

UFF

______________________________________________________________________

Prof. Dr. VITOR MANOEL MARQUES DA FONSECA

UFF

DEDICATÓRIA

A Deus em primeiro lugar, sempre. Toda honra e toda glória a Ele. Dedico também ao

Cardoso por tudo que sempre representou para mim, como também meus filhos Natália e

Felipe, meu suporte pra chegar até aqui.

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, pois tudo que sou devo a Ele.

Agradeço a minha família, aos meus pais, que me deram a vida.

Minha filha Natália, exemplo de esmero em tudo o que faz. Sua conduta é espelho para mim.

Meu filho Felipe, meu ajudador. Esteve junto comigo nessa fase tão difícil de estudo e

doença.

Meus irmãos Batista e Agnaldo que sei, torcem por mim.

À amiga Lúcia Figueiredo, por todo suporte durante esse curso. Pela força que me deu, por

não permitir que eu desistisse.

À Graça Moscoso, minha chefe no estágio supervisionado, por todo carinho e paciência em

permitir que uma estagiária participasse de todas as etapas do processo de preservação e

conservação.

À minha orientadora Lindalva Rosinete, por toda paciência e incentivo.

Aos professores Margareth Silva e Vitor Fonseca, por aceitarem participar da banca de

avaliação do meu trabalho.

À Milene, meu muito obrigada com todo carinho de uma tia que te ama muito.

As minhas amigas que torceram por mim, por muitas vezes entendendo a minha ausência.

Ao meu esposo Cardoso, que embora tenha partido, sei que está feliz por essa conquista. Foi

meu maior incentivador. Mesmo na luta contra o câncer, nunca cogitou que eu desistisse.

Meu muito obrigado do fundo do meu coração a todos vocês que acreditaram em mim, que

me incentivaram e que não permitiram que eu desistisse.

“A fotografia é a poesia da imobilidade: é através da fotografia que os instantes deixam-se ver

como são”

Peter Urmenyi

RESUMO

O presente trabalho versa sobre a organização e representação do conhecimento, com foco

nos ambientes fotográficos do armazenamento analógico e digital da Escola de Enfermagem

da Universidade Federal Fluminense. A Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

possui um rico acervo, composto por livros, atas, CDs, DVDs, convites, cartazes, placas

comemorativas e uma quantidade relevante de fotos (aproximadamente oitocentas). A

quantificação das fotografias permite contar a história da instituição que sempre primou pelo

registro fotográfico dos momentos mais relevantes, em diferentes contextos históricos, desde

sua inauguração, em 1944, até os dias atuais. No entanto, observa-se que apesar de manter um

rico acervo, este não se encontra tratado, além de estar armazenado de forma inadequada. As

fotografias encontram-se espalhadas, muitas vezes sem identificação. Para tanto, está sendo

implantado na Instituição um projeto de organização das fotografias visando a sua

preservação. Esse processo concerne na identificação, análise, tradução e representação do

conteúdo dos documentos, com a finalidade de embasar o sistema de recuperação da

informação.

Palavras-chave: Fotografia Institucional. Preservação de Documentos. Indexação de Imagens. Banco

de Imagens

ABSTRACT

The following project discusses the organization and representation of knowledge, focusing

on the photographic enviroments of the analogic and digital records owned by the Nursing

School of the Fluminense Federal University.The Aurora de Afonso Costa Nursing School

possesses a very rich estate composed by books, protocols, CDs, DVDs, envitations, posters,

commemorative plaques and a relevant amount of photos (about eight-hundred). The

quantification of the photographs allows us to tell the story of this institution that has always

prioritized the photographic registration of the most relevant moments, in different historical

contexts, since its inauguration ,in 1944, and until the present days. However, it^s observed

that even though this institution maintains a very rich estate, that one is not treted and it^s

being storaged unproperly. The photographs are spreaded out and in many cases without

identification. In that purpose, the institution is installing an organization project for the

photographs, aiming their preservation. This process consists on the identification, analysis,

translation and representation of contents present in the documents, in order to ground the

recuperation system of information.

Keywords: Photography Institutional. Document Preservation. Image Indexing. Images bank.

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.......................................................................................................................11

1 FOTOGRAFIA E INFORMAÇÃO: SUA REPRESENTAÇÃO PARA

SOCIEDADE...........................................................................................................................13

1.1 COMUNICAÇÃO NÃO VERBAL - FOTOGRÁFICA....................................................14

2 A INFORMAÇÃO IMAGÉTICA NO CONTEXTO DA ARQUIVOLOGIA

...................................................................................................................................................15

2.1. A ANÁLISE E REPRESENTAÇÃO DA IMAGEM........................................................16

2.2 A PRÁTICA DE INDEXAÇÃO DE IMAGENS...............................................................17

3 O ACERVO FOTOGRÁFICO DA EEAAC: MAPEAMENTO....................................21

3.1 SISTEMA DE RECUPERAÇÃO DA INFORMAÇÃO....................................................22

3.1.1 Banco de Imagens: Proposta para aquisição do Sistema Fotostation.............................23

CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................25

REFERÊNCIAS......................................................................................................................26

ANEXOS..................................................................................................................................27

ANEXO 1- Fonte: Banco de Imagem , FotoStation.................................................................27

ANEXO 2- Fonte: Banco de Imagem , FotoStation ………………………..………………..27

ANEXO 3- Fonte: Banco de Imagem , FotoStation …………...…………….………………28

ANEXO 4- Fonte: Banco de Imagem , FotoStation ……….….……………….…………….29

11

INTRODUÇÃO

O tema deste estudo é o mapeamento do acervo fotográfico da Escola de

Enfermagem da UFF.

O mapeamento desse acervo fotográfico pretende possibilitar a identificação de suas

principais características, tanto físicas, quanto organizacionais, seus recursos, seus processos

de trabalho e o acervo propriamente dito, como está proposto neste estudo. No âmbito dos

acervos fotográficos, o mapeamento aborda o tratamento dos documentos fotográficos de

forma a identificar se há preservação das características arquivística desses documentos.

Dentre eles, a do contexto de produção.

Geralmente, na Arquivologia, o termo encontrado nos dicionários da disciplina para

estudos desta natureza é o diagnóstico de arquivo, como apresenta o dicionário da Associação

dos Arquivistas Brasileiros:

Diagnóstico de arquivos: Análise das informações básicas (quantidade, localização,

estado físico, condições de armazenamento, grau de crescimento, frequência de

consultas e outras, sobre arquivos a fim de implantar sistemas e estabelecer

programas de transferência, recolhimento, microfilmagem ,conservação ou demais

atividades). (DICIONÁRIO DA ASSOCIAÇÃO DOS ARQUIVISTAS

BRASILEIROS, 1996, p.24)

Assim, o termo diagnóstico de arquivo vem sendo utilizado em estudos que

apresentam dados mais quantitativos e restringem-se a aspectos gerenciais de um arquivo (em

geral visando uma intervenção específica) implantação de sistemas, programas de

movimentação, digitalização, etc.

Trabalhos semelhantes existentes na área de acervo fotográfico têm utilizado o termo

diagnostico de arquivo, e apresentam dados como enfoque gerencial, não abordando com

maior detalhamento as especificidades da organização e tratamento de um acervo fotográfico,

com análise crítica dos instrumentos de gestão (fichas, banco de dados, tabelas de

classificação) que “a priori”, exigem informações mais qualitativas.

Por isso, foi utilizado o termo mapeamento, pois compreende o ambiente em que os

documentos fotográficos estão inseridos em uma perspectiva ampla. Assim, para esse estudo,

entende-se que o mapeamento é o ato de explorar, identificar as principais características da

organização arquivística de um acervo fotográfico, que no escopo deste trabalho, compreende

o contexto da criação do próprio arquivo e aspectos físicos e organizacionais: tais como, sua

estrutura física e tecnológica, seus recursos, processos de trabalho, os instrumentos de gestão

utilizados e o acervo propriamente dito. No âmbito dos acervos fotográficos, o mapeamento

12

deve também abordar, como se dá o tratamento dos documentos fotográficos, de forma a

identificar se há preservação do contexto de produção dos documentos.

As organizações sejam elas, públicas ou privadas, realizam a gestão dos documentos

do seu acervo, seja ele físico digital ou híbrido (parte física, parte digital) no decorrer da

execução de suas atividades administrativas. A preservação das características arquivisticas

dos documentos acontecem em conformidade com o respeito aos elementos que norteiam esta

área do conhecimento e, para que isto aconteça, acredita-se que instrumentos e práticas de

gestão de documentos de arquivo precisam ser efetivados.

Com relação ao conceito de gestão de documentos, o Dicionário Brasileiro de

Terminologia Arquivística do Arquivo Nacional – DIBRATE (ARQUIVO NACIONAL,

2005, p.90) define esse termo como “conjunto de procedimentos e operações técnicas

referentes à produção, tramitação, uso, avaliação e arquivamento de documentos em fase

corrente e intermediária, visando sua eliminação ou recolhimento para guarda permanente.”

Contudo, parte-se da premissa que no âmbito dos documentos fotográficos, a minoria

dessas organizações, considera e organiza as fotografias tais como os demais documentos de

arquivo, preservando o seu caráter informativo e probatório.

Para Marilene Leite Paes (Arquivo: Teoria e Prática, 1997 p.148) “Arquivos especiais

são aqueles que têm sob sua guarda diferentes tipos de suporte que por essa razão merece

tratamento especial não apenas o que se refere o seu armazenamento, como também ao

registro, acondicionamento, controle e conservação”.

Neste contexto, esse estudo buscou realizar o mapeamento do acervo fotográfico do

centro de memória da EEAAC-UFF, detalhando a aplicação das práticas arquívisticas em

arquivos especiais, a digitalização do acervo, acesso à informação, indexação e a recuperação

da informação em banco de imagens.

13

1 FOTOGRAFIA E INFORMAÇÃO: SUA REPRESENTAÇÃO PARA SOCIEDADE

A fotografia surgiu de fato no século XIX, criando um forte impacto social não só pela

descoberta em si, como também, por ser ela um novo meio de expressão cultural e artística

com um suporte novo para a informação.

A imagem fotográfica passou a ter um papel decisivo na memória da sociedade. Sua

importância vem aumentando gradativamente e se impondo no mundo cultural e cientifico,

produzindo e recuperando conhecimento.

Conforme conceituação de Boris Kossoy destaca-se que: “Antes da evolução das

modernas técnicas fotográficas, o homem já se preocupava em registrar imagens do seu

mundo, seja por motivos práticos tais como transmitir ou preservar uma informação, ou seja,

pelo sentido da beleza e da estética (KOSSOY, 2001, p.93)

A necessidade de uma visão abrangente sobre a fotografia desperta o interesse pelo

seu estudo.

O surpreendente interesse despertado pela fotografia em suas diferentes

manifestações detonou todo um processo de revalorização do meio. A fotografia

enquanto expressão artística passou a ocupar espaços cada vez mais importantes,

preenchendo as paredes dos museus (..), isto sem falar na notável disseminação de

seu ensino e pesquisa, através de cursos regulares e oficinas, além de encontros,

seminários e simpósios dedicados aos diferentes aspectos da fotografia tornados

freqüentes em todas as partes (KOSSOY, 2001, p.82)

Este trabalho não busca aprofundar a história da origem da fotografia e, sim abordar,

de forma exploratória a sua representação para sociedade inserida na era da informação, ou

seja, a importância dos documentos de imagens por sua presença social para qualquer tipo de

cidadão. Neste caso contribuindo para preservação da memória de uma Instituição, além do

papel informativo para a construção do conhecimento.

A fotografia mesmo sem descrição possui a função de informar e emocionar com suas

imagens. Esta se tornou um documento visual, hoje utilizado também em outras vertentes,

além da função artística. No entanto, analisar documentos com imagens visuais é uma tarefa

complexa, isto se deve a variedades de signos e representações que a fotografia carrega.

Roland Barthes (1982, p.8) assevera: “Um signo é aquilo que sob certo aspecto representa

algo para alguém”

Continuando na mesma linha de análise da imagem fotográfica Joly (1996,

p.38) argumenta: “A imagem seja ela material ou imaterial, visual ou não, natural ou

14

fabricada, é antes de mais nada ‘algo que se assemelha a outra coisa’. Logo, a fotografia não é

real, ela é uma representação do real. O que se tem de verdadeiro é o sentimento em relação a

ela.”

1.1 COMUNICAÇÃONÃO VERBAL – FOTOGRÁFICA

Lima (1998, p. 104) analisa a fotografia como um meio de comunicação não-verbal e

destaca:

O termo comunicações não-verbais é aplicado a gestos, a posturas, a orientação do

corpo, à singularidade somática, naturais ou artificiais, e a organização de objetos, a

relações de distância entre indivíduos, graças aos quais uma informação é imitida

(...). Na fotografia encontram-se mais os movimentos de ação, representados por

expressões, gestos e posturas. Desse modo, a compreensão das comunicações não

verbais em fotografias se dá a partir da percepção dos signos não-verbais na imagem

fotográfica.

A análise não verbal da fotografia implica na interpretação do objeto de estudo,

considerando os sujeitos, o contexto, a história e o período de produção. É preciso muito mais

que regras e metodologias, faz-se necessária sensibilidade e conhecimento da trajetória em

que a coleção está agregada.

A fotografia está inserida na história cultural, apresentando-se como meio de

comunicação, expressão, informação e conhecimento. Hoje se pode verificar que a fotografia

tornou-se um documento para pesquisa, divulgação e estudo para a sociedade.

15

2 INFORMAÇÃO IMAGÉTICA NO CONTEXTO DA ARQUIVOLOGIA

Nesta seção o foco conceitual está relacionado à informação registrada, mais

especificamente sobre o tratamento da informação imagética no contexto da Arquivologia.

Tal concepção baseia-se em caracterizar a produção de informações como uma atividade

intelectual, juntamente com o elemento humano, no caso o profissional da informação,

atuando nos sistemas de recuperação da informação.

Nos anos 90, o impacto da informática nas mais variadas áreas da atividade humana

foi inegável, e a Arquivologia também o sentiu. Em outras palavras, ficou previsto não apenas

como os computadores e seus programas estavam sendo incorporados aos arquivos, mas

como os documentos gerados em meio eletrônico seriam analisados, classificados, avaliados e

preservados.

Sobre a análise técnica da imagem Moreiro Gonzáles e Arilo (2003, p.25) comentam

que:

O referencial que se utilizou para analisar as imagens centra-se no significado.

Buscou-se obter informações e soube-se que, na imagem, os significantes são mais

decisivos que os signos. Por isso devem ser considerados ao analisar o conteúdo. A

importância dos traços técnicos obriga a inclusão na análise, pois não alcançaríamos

o signo sem o significante.

Nessa discussão Moreiro Gonzáles e Arillo (2003, p.27) ressaltam que no caso da

fotografia, os códigos fotográficos são os mecanismos técnicos utilizados pelos fotógrafos

durante a tomada da imagem ou durante seu processo posterior de revelação e cópia, retoque

digital ou mecânico conforme o caso, que dão conta de explicitar os resultados gráficos da

imagem considerados mais relevantes para sua recuperação.

A classificação e a indexação do acervo fotográfico, acompanhado da formação e o

gerenciamento do banco de imagens se apresenta como um trabalho intelectual, sujeito às

avaliações e as representações cognitivas do profissional que o trata. A leitura da imagem

exige interpretação e prévio conhecimento da gestão administrativa que esse conjunto de

acervo está inserido.

Na história, os homens sempre usaram as imagens para dar forma aos seus conceitos

de realidade, ou seja, sempre houve a necessidade de desenvolver meios de concretizar,

descrever, objetivar o abstrato, e ampliar a linguagem descritiva.

Já no que concerne os diferentes sistemas de armazenamento e recuperação em fundos

de imagens, Moreiro Gonzáles e Arillo (2003, p.57) estabelecem:

16

Sistemas de recuperação por ordenação física do original;

Sistemas de recuperação mediante referência em base de dados;

Sistemas automáticos de recuperação de imagens digitalizadas.

Para Ronald Barthes (1991, p.23) o que a imagem fotográfica carrega mais

fundamental é o seu efeito de verossimilhança ou de certificado de presença, mas o de atestar

o que de fato existiu. No entanto Barthes não aborda no seu contexto de estudo a revolução

que o computador iria realizar e a virtualidade.

Tentando esclarecer melhor a questão da descrição da imagem, a Arquivística

apresenta alguns de seus recursos apropriados, criando ferramentas cabíveis para o

gerenciamento das informações extraídas de fotografias, e entre outros documentos visuais.

Sendo a Arquivologia, um dos domínios do conhecimento que estuda o conteúdo do

documento, ou seja, a informação nela contida, a fotografia nada representa sem uma

descrição sobre o seu verdadeiro conteúdo.

Conforme mencionado, a imagem sem um significado que revele sua descrição dentro

de padrões específicos, pode se tornar confusa no que diz respeito as suas informações.

Dentro deste contexto pode-se verificar que a interpretação e descrição de uma

fotografia dependem também das práticas arquivísticas no que concerne ao processo de

seleção, análise e descrição.

Considerar uma fotografia como uma mensagem, equivale considerar uma linguagem,

portanto como uma ferramenta de comunicação e expressão. Vale ressaltar que uma imagem

sempre constitui uma mensagem para o outro, por isso, a preocupação em buscar para quem

ela foi produzida.

2.1 A ANÁLISE E REPRESENTAÇÃO DA IMAGEM

A análise e representação da imagem propõem métodos e desafios, a leitura da

imagem como universal pode causar um estranhamento se houver desconhecimento do

assunto. Assim como a percepção e interpretação se diferem, o fato de reconhecer não quer

dizer que se esteja compreendendo a mensagem passada pela imagem.

Tendo em vista a análise visual e textual, é possível identificar que a análise da

linguagem visual é mais complexa do que a análise textual, pois a imagem transmite

17

informações somente refletindo objetos, pessoas, animais e paisagens, ou seja, aspecto que se

tornam únicos para o processo de análise e representação da imagem, em sua conotação.

Nesse caso a fotografia raramente carrega alguma informação escrita relacionada ao

assunto. Por isso surge a necessidade de se pesquisar sobre o assunto. Na fase de análise deve-

se concentrar nas seguintes questões, entre outras perguntas: Quem? Como? o quê? Onde?

Quando? (SHATFORD, 1986)

As perguntas devem ser feitas pelo profissional da informação no momento desta

atividade, considerando os pontos intrínsecos e extrínsecos da fotografia.

Cordeiro ressalta também o compromisso do indexador em analisar os documentos

com consistência e destaca: “Assim, quanto ao conteúdo do documento, o indexável não se

limita a uma frase síntese que dê declaração do assunto tratado, mas a fazer o

desmembramento/desdobramento do assunto/conteúdo, ou seja a facetação do

assunto/conteúdo [...].”(CORDEIRO, 2000, p.80)

No que concerne a Fotografia Institucional, o indexador deverá se atentar a história da

Instituição na qual a fotografia pertence. Os pontos principais a serem considerados são: o

fotógrafo, o gênero da fotografia institucional (eventos comemorativos, equipamentos,

instalações, funcionários e meio ambiente) e a legenda em que caberá ao indexador identificar

os assuntos e conteúdos pertinentes e descrevê-lo de forma clara precisa, visando a boa

recuperação da informação.

2.2 A PRÁTICA DE INDEXAÇÃO DE IMAGENS

A indexação é considerada um dos componentes responsáveis para que ocorra a

recuperação da informação dentro de um sistema, fazendo com que esta se torne disponível

para o uso, tendo como objetivo destacar os documentos solicitados e isolar os não desejados.

Em um primeiro momento a imagem, que antes era usada somente como mera

ilustração de textos, passou a ganhar importância na medida em quese desenvolveram estudos

visando aprofundar o seu conteúdo e ao mesmo tempo em que a multimídia passou a ter um

papel relevante nos processos de informação, preservação e divulgação de imagens.

Além disso, a indexação não deve ser limitada, mas estar envolvida num ato mais

complexo que inclui todo um processo intelectual no qual devem ocorrer as práticas de

identificação, análise, tradução e representação do conteúdo dos documentos.

No entanto, a indexação de textos difere da indexação de imagens, isto é, a indexação

de imagens envolve além das práticas já mencionadas anteriormente, também a prática de

18

compreensão da informação contida na imagem. Tendo em vista que dificilmente a imagem

traz alguma informação escrita e, quando traz, nem sempre é correta ou completa, o que torna

um pouco mais complexo o processo de indexação de imagens.

Dentro desse contexto, Moreiro González e Arillo (2003, p.13) ressaltam que:

Para compreender um texto é preciso saber lê-lo, para nos aproximarmos de uma

imagem é preciso saber vê-la. E essa tarefa é difícil, tendo em vista a variada

presença de signos que se entrelaçam, muitas das vezes pouco explicitamente,

porém, com indubitável, peso na significação final. (2003. p.13)

Dessa forma, fica claro que as práticas de indexação de imagens, dificilmente seguirão

critérios iguais aos de outras empresas ou Instituições que possuem arquivos fotográficos,

pois os assuntos são diversos e a indexação deve ser adequada de acordo com o tipo de acervo

e usuário que a empresa possui e atende. Sendo fundamental levar em consideração as

necessidades de uso, acesso e recuperação das imagens de cada Instituição. Por isso é

fundamental que o indexador conheça a história da Instituição antes de realizar a indexação

do acervo.

A indexação tem a função de criar representações do conteúdo do documento, com o

objetivo de facilitar o acesso ao documento e a informação neles contidos.

Os critérios de indexação (metadados) devem estar relacionados com o tipo de acervo

a ser indexado e com os aspectos de interesses para os usuários, respeitando a política de

indexação empresarial e a cultura da empresa.

Ao realizar uma análise documental, não se deve observar apenas do que se trata este

documento, mas também levar em consideração a finalidade para qual este documento está

sendo indexado e o tipo de usuário quem irá fazer uso desta documentação. Lancaster (1993,

p.8) afirma que:

Não existe um conjunto de termos de indexação para documento algum. A mesma

publicação pode ser indexada de forma bastante diferente em diferentes centros de

informação, e deve ser indexada de modo diferente, se os grupos de usuários

estiverem interessados nesse documento por diferentes razões. (LANCASTER,

1993, P.8)

Diante da afirmação de Lancaster, a indexação para documentos fotográficos também

se adapta a este contexto. Já que para a fotografia, a complexidade encontra-se na indexação

do conteúdo das imagens devido ao alto nível de abstração e de subjetividade de seus

componentes. Utilizando-se as técnicas de identificação, análise e interpretação se explicam e

19

se identificam as pessoas, lugares, datas, objetos e fatos. A indexação dos temas iconográficos

pode ser descritos mediante a um vocabulário controlado ou em textos livres.

No entanto Isabel Ortega (apud MOREIRA GONZÁLEZ; ARILLO, 2003, p.22)

assevera:

Para fotografia, ainda não desenvolvido um sistema de catalogação normalizado que

possa ser considerado completamente adequado e que tenha abrangido a grande

diversidade de exigências sucintas pelos materiais fotográficos, pois devido a sua

natureza especial, não se adaptam inteiramente às variáveis utilizadas pelos sistemas

de catalogação tradicionais para materiais gráficos.

Na realidade, não há dúvidas que os critérios de indexação para fotografia estão

relacionados com o seu tipo de categoria e finalidade. No caso da fotografia institucional que

tem como função transmitir a informação do seu produto ou evento, caberá ao indexador

captar as características temáticas da imagem, as quais traduzem os significados do conteúdo.

Tal concepção baseia-se em três níveis de significação, conforme Moreira Gonzalez e

Arillo (2003, p.51):

1) O que é evidente: a observação da imagem como um todo.

2) O que é contextual: na fotografia institucional, por exemplo, pode ser um evento ou

produto a ser divulgado.

3) O que é intrínseca e simbolicamente explicativo: trata-se da interpretação iconográfica,

mais utilizada em meios publicitários.

A identificação detalhada e minuciosa das significações da fotografia faz parte dos

critérios de indexação. Dessa forma a leitura dos seres animados e inanimados; atividades e

acontecimentos; e tempo e espaço. Deve ser representada com maior precisão possível.

Ou seja, no caso de pessoas, estas devem ser identificadas por seu nome, se for

conhecida; as ações e condições em que pessoas ou objetos se encontram; a localização

representada; a data ou período determinado. Assim, ao se indicar com nomes as pessoas, os

lugares, o assunto, mediante textos ou palavras-chave, fala-se do que se descreve na imagem.

Segundo Moreiro González e Arillo (2003, p.51), uma parte do processo de indexação

consistirá em indicar a natureza dessas relações que apresenta uma imagem com outras e/ou

textos.

Para fazer a indexação de fotografias de uma determinada Instituição deve se retirar a

análise conceitual que servirá à recuperação da fotografia. Procura-se sempre determinar um

20

assunto geral correspondente aos eventos, equipamentos, serviços, funcionários, etc., para que

o pesquisador tenha sempre a opção de selecionar o assunto num termo geral, a fim de

facilitar a busca e recuperação da informação. No próximo capítulo será abordada a descrição

do acervo fotográfico do EEAAC e a proposta de um sistema de recuperação da informação.

21

3 ACERVO FOTOGRÁFICO DO EEAAC: MAPEAMENTO

A Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa (EEAAC) Universidade Federal

Fluminense foi fundada em 18 de outubro de 1944. A escola se ocupa da formação de

enfermeiros e licenciados em enfermagem na graduação e na pós-graduação, com ações de

extensão e pesquisas no Município de Niterói e no Leste Fluminense. Está subordinada

diretamente à Reitoria da Universidade.

Com o passar do tempo, a Escola de Enfermagem sentiu a necessidade de criar um

centro de memória visto que muitos documentos estavam sendo armazenados de forma

inadequada, sem nenhum tipo de preservação. Criou-se então o Centro de Memória na Escola

de Enfermagem da UFF no dia 17/05/2007.

O Centro de Memória da Escola de Enfermagem da UFF é um órgão de

assessoramento da Diretoria Geral da Escola e visa à conservação e preservação da memória

desta Instituição. Ele abriga documentos audiovisuais, textuais e fotográficos. Porém, o objeto

de análise deste trabalho é o arquivo fotográfico deste Centro de Memória (EEAAC).

O acervo fotográfico do EEAAC reúne aproximadamente 800 fotografias. Parte deste

acervo está indexado e digitalizado, porém fazem-se necessários muitos ajustes neste processo

de organização. Observou-se que as fotografias mais recentes ainda não estão recebendo o

mesmo tratamento que as mais antigas, ocasionando assim, a ausência de rotina de trabalho.

Vale ressaltar que está em andamento a implantação do projeto de indexação de

imagens no EEAAC. O projeto em questão reúne as seguintes etapas que já estão sendo

executadas:

Higienização;

Acondicionamento e Conservação das Fotografias;

Digitalização de Imagens.

As etapas acima citadas estão sendo executadas por um grupo de estagiários de

Arquivologia sob a supervisão de um profissional da área. O grande desafio do projeto em

questão é a criação do banco de imagens porque as fotos já estão sendo digitalizadas e

armazenadas, porém ainda estão sendo definido o sistema mais apropriado para o

armazenamento e a recuperação das imagens.

Dessa forma, o estudo aqui apresentado inclui a proposta de um sistema de

recuperação da informação.

22

3.1 SISTEMA DE RECUPERAÇÃO DA INFORMAÇÃO

As Instituições atuais têm seu desenvolvimento atrelado à forma como organizam,

tratam, processam e representam a informação. Neste caso é necessário estabelecer

mecanismos eficientes para que essas Instituições consigam tratar adequadamente a

informação.

O Sistema de Recuperação da Informação tem como função proporcionar a

comunicação entre o acervo de documento e seu público. No entanto para que esta

comunicação ocorra é preciso uma linguagem comum a ambos, ou seja, entre o serviço e os

usuários a quem ele se destina.

É fundamental entender que o tratamento dado à informação é parte integrante do

funcionamento eficaz do Sistema de Recuperação da Informação. A representação dos

assuntos contidos nos documentos está relacionada diretamente ao tipo de sistema adotado e

este por sua vez, depende da tecnologia empregada.

A despeito da imagem fotográfica, atualmente existem diferentes sistemas de

armazenamento e recuperação de imagens fixas. Em base de dados com fotografias digitais,

este modelo é denominado Gestão Eletrônica de Documentos (GED), pois as imagens se

gestionam digitalizadas e respondem com rapidez a uma busca similar à que se faz com os

textos.

Segundo Moreiro González e Arillo (2003, p.63) os sistemas de GED se baseiam na

criação de um registro textual que contém os dados catalográficos e de análise de conteúdo

para cada unidade documentária.

Desse modo, para o gerenciamento das referencias textuais, emprega-se um sistema de

banco de dados, que deverá ser integrado a um sistema de gestão de imagens digitais. Assim,

a função desse sistema é facilitar a disponibilidade das imagens fotográficas no momento da

análise documentária e da sua recuperação.

As bases de dados de imagens permitem estabelecer a estrutura de campos descritivos

e de conteúdo, tendo-se como base critérios prescritivos. Será a base de dados que irá

armazenar a informação textual que identifica e descreve o conteúdo de cada fotografia.

Nesse momento irá se decidir pelo melhor instrumento ou linguagem documental a ser

utilizados no apoio a indexação, que pode ser tratar de palavras-chaves, vocabulário

controlado e tesauros, porém todos com base na representação conceitual. Assim, no

momento da análise documentaria e o sistema recuperaria.

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3.1.1 Banco de Imagens: Proposta para aquisição do Sistema Fotostation

O acervo fotográfico da Escola de Enfermagem da UFF encontra-se em fase de

desenvolvimento e adaptação. Como já fora dito anteriormente, 800 fotos que compõem o seu

acervo está sendo preparado para a indexação. Por enquanto, as fotos digitalizadas estão

sendo armazenadas em CDs. Sabe-se que fatores externos podem prejudicar as imagens já

digitalizadas e a busca pelas informações armazenadas não é a mais adequada.

A proposta de aquisição de um banco de imagens surgiu desta necessidade, pois o rico

acervo da Escola de Enfermagem tem sido procurado por alunos, pesquisadores e

funcionários da Instituição e a recuperação da imagem tem sido exaustiva. Buscou-se então,

alternativas de sistema de gerenciamento de imagens que possuam fácil manuseio e adaptável

a realidade do acervo fotográfico da EEAAC.

A gestora responsável pelo acervo fotográfico do EEAAC permitiu a pesquisa de

aquisição do Banco de Imagens Fotostation, com o intuito de analisar a funcionalidade do

sistema, vantagens e desvantagens desse banco de imagens.

O Sistema Fotostation é uma ferramenta tecnológica voltada para o gerenciamento e

tratamento de imagens, a qual não precisaria passar por grandes adaptações para atender à

EEAAC. Além de disponibilizar o acesso e consultas pela web.

O Sistema Fotostation permite a inclusão, alteração e exclusão de dados relacionados

às imagens, e as fotografias podem ser inseridas em dois grupos: Cópia: que permite a

transformação das imagens em alta para imagens em baixa resolução, contribuindo para

assegurar mais espaço no servidor; e Thumbnail – tratamento de imagem reduzida e de

pequena resolução, ideal para visualização na web.

O sistema Fotostation possui um formulário para descrição e entrada de dados. Ele é

composto pelos campos:

Título;

Local;

Tipo de Fotografia;

Categorias;

Nome do objeto;

Créditos;

Origem (proveniência da fotografia);

Autor da Legenda (Indexador);

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Data e Hora;

Localização (local da origem da fotografia);

Palavra-Chave

Status (identifica a categoria da fotografia)

Ressalta-se que essa estrutura informacional foi determinada pelo próprio sistema de

gerenciamento, o que não impede que as alterações e relação aos tipos de campos possam ser

realizadas, de acordo com a necessidade de cada Instituição.

Os mecanismos de buscas estão disponíveis no sistema, através de busca simples e

avançada. Além da recuperação da imagem por informação textual, o sistema também permite

a recuperação da imagem por atributos físicos (cor, textura e forma). O resultado da busca é

mostrado em uma nova tela por thumbnails, eles permitirão o acesso á imagem ampliada

assim como as suas informações (ficha catalográfica).

A principal desvantagem do Sistema Fotostation é a sua manutenção. O contrato anual

atualmente gira em torno de R$ 6.000,00 (seis mil reais) fora o custo para a sua aquisição.

O sistema também não possui um servidor próprio. Para adquiri-lo faz-se necessário

ter um servidor robusto que comporte este espaço para que se consiga fazer uma busca

assertiva.

Os recursos informáticos disponíveis atualmente na EEAAC para o tratamento das

fotografias são: 02 scanners, 03 computadores e um sistema integrado da própria Instituição.

Para a aquisição de um Sistema como Fotostation faz-se necessário a realização do

mapeamento junto com a área de Tecnologia da Informação, para que haja um servidor

específico para instalação do Sistema Fotostation.

Observam-se alguns benefícios que a Escola de Enfermagem da UFF terá em adquirir

esse produto:

Indexação com palavras-chaves

Acesso à informação com precisão;

Otimização na pesquisa pelos usuários;

Centralização das tarefas;

Controle de acesso aos documentos fotográficos;

Definição de palavras-chaves

Preservação digital

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estudo teve por objetivo principal descrever a organização e representação do

conhecimento, com foco nos ambientes fotográficos da Escola de Enfermagem da

Universidade Federal Fluminense. A descrição do acervo fotográfico, o projeto de

organização do arquivo que está em andamento e a proposta de aquisição de banco de

imagens também foram abordados.

A metodologia deste trabalho de pesquisa foi pelo método qualitativo e através da

revisão bibliográfica, intencionando o uso de aplicação de Banco de Imagens Fotográficas

para o gerenciamento da informação nas Instituições. Inicialmente, procurando entender a

logística do problema, fora apresentado em linha gerais, a representação da fotografia para a

sociedade, a indexação e o sistema de recuperação da informação.

Ressalta-se que a primeira seção abordou previamente os aspectos da representação da

fotografia, destacando o processo da evolução na sociedade inserida na era da informação.

A segunda seção apresenta as bases conceituais sobre a imagem fotográfica e a

Arquivologia, tratando a fotografia como documento visual, dentro dos parâmetros da

Arquivística. Descreve ainda a importância da prática da indexação em arquivos fotográficos,

considerando todos os aspectos de análise.

Na terceira e última seção aborda-se a descrição do acervo fotográfico do EEACC,

incluindo, dados quantitativos, recursos materiais disponíveis e o seu funcionamento dentro

da Escola de Enfermagem da Universidade Federal Fluminense. Apresenta também a

importância da recuperação da informação em Banco de Imagens, propondo como solução a

aquisição de um sistema de gerenciamento denominado Fotostation.

Ao longo da pesquisa, pôde-se verificar a escassez produção de literatura arquivística

brasileira que explora o tema sobre gerenciamento da informação em arquivos fotográficos. A

partir da literatura utilizada nesta pesquisa, somada ao mapeamento feito no Arquivo

Fotográfico do EEAAC, é possível concluir a importância da utilização de um sistema de

gerenciamento eletrônico em banco de imagens.

Entende-se que o estudo aqui apresentado contribua aos profissionais e estudantes de

Arquivologia, tanto como fonte de pesquisa, assim como no exercício da profissão,

promovendo a reflexão sobre os principais aspectos da recuperação da informação em um

banco de imagens.

26

REFERÊNCIAS

BARTHES, Ronald. Elementos de Semiologia. São Paulo: Cultrix, 1991, p.23.

CARVALHO, Vânia Carneiro de; LIMA, Solange Ferraz. Banco de Imagens: Do consumo ao

aprendizado. IN: ANTUNES, Benedito (Org.) Memória, literatura e tecnologia. São Paulo:

Cultura Acadêmica, 2005, p.97-106.

CORDEIRO, Rosa Inês de Novais. Informação e Movimento: Uma ciência da arte fílmica.

Rio de Janeiro: Madgráfica Editora, 2000.

DICIONÁRIO DE TERMINOLOGIA ARQUIVÍSTICA. São Paulo: Associação dos

Arquivistas Brasileiros/Núcleo Regional de São Paulo: Secretaria de Estado da Cultura, 1996,

p.24.

JOLY, Martine. Introdução à análise da imagem. Campinas, São Paulo: Papirus, 1996,

p.38.

KOSSOY, Boris. Fotografia e história. 2 ed. rev. São Paulo: Ateliê Editorial, 2001.

LIMA, Ivan. Fotojornalismo Brasileiro: Realidade e Linguagem. Rio de Janeiro: 1998,

p.104.

MOREIRO GONZÁLEZ, José Antonio; ARILLO, Jésus Robledano. O conteúdo da

imagem. Curitiba: Ed. UFPR, 2003.

PAES, Marilene Leite. Arquivo: Teoria e Prática. Rio de Janeiro: FGV, 1997, p.148.

SHATFORD, S. Analyzing the subject of a picture: a theovretical aproach. Cataloging e

Classification Quarterly, v.6, n.3, p.39-62.

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ANEXOS

ANEXO 1- Fonte: Banco de Imagem , FotoStation

ANEXO 2

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ANEXO 3- Fonte: Banco de Imagem , FotoStation

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ANEXO 4- Fonte: Banco de Imagem , FotoStation