3521347 licoes para classes de catecumenos ensinando novos membros rev dr edson lopes

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  • 7/29/2019 3521347 Licoes Para Classes de Catecumenos Ensinando Novos Membros Rev Dr Edson Lopes

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    DE VILA ESPERANARua Nilza, 385 CEP 03651-120 So PauloFone 6684-6015 [email protected]

    www.teologiacalvinista.com

    Rev. Dr, Edson Pereira Lopes casado com Nvea e tem dois filhos, o Tales e aTaila.

    Formao:Bacharelado em Teologia pelo Seminrio Rev. Jos Manoel da Conceio(1989-1992)Licenciatura Plena em Filosofia Centro Assuno (FAI) (1996)

    Especializao em Estudos Brasileiros Universidade Presbiteriana Mackenzie(1999)Mestre em Educao, Arte e Histria da Cultura Universidade PresbiterianaMackenzie (2001)Doutor em Cincias e Filosofia da Religio Universidade Metodista de SoPaulo (2004)Escritor dos livros: A teologia e a pedagogia na Didtica magna de Comenius(2004); A inter-relao da teologia com a pedagogia no pensamento deComenius (2006); Reflexes tica (2005), e autor de artigos em revistas quetratam de Educao, Teologia e tica.Atualmente (desde 2006) est pastoreando a IPB de Vila Esperana.

    ies para classe de Catecmenos(Ensinando novos membros)

    Rev. Dr, Edson Pereira Lopes

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    Dedico este trabalho a Deus sustentador da minha vida.

    minha esposa Nvea, fiel companheira, e incentivadora dos meus estudos.

    Aos meus filhos Tales e Taila.

    Aos meus pais, meus primeiros educadores.

    s Igrejas: Belm, Bom Pastor, Brasilndia e Parada XV de Novembro.

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    APRESENTAO

    O presente estudo surgiu em fevereiro de 1996, quando lecionei para a

    primeira Classe de Catecmenos, aps minha ordenao ao ministrio pastoral em

    11/02/1996. Ao ser ordenado pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil, pelo

    Presbitrio Oeste Paulistano, assumi o pastorado da Igreja Presbiteriana Belm, na

    cidade de Embu das Artes. Foi nessa Igreja que senti a necessidade de preparar

    adequadamente os novos membros da comunidade crist.

    Com o passar dos anos, ao ser eleito para pastorear a Igreja Presbiteriana de

    Brasilndia percebi a mesma necessidade, e foi-me solicitado uma srie de estudos

    para serem lecionados na Classe de Catecmenos. Resultado disto foi uma

    reformulao do texto preparado para a I.P. Belm. Infelizmente, no consegui

    aplicar os estudos na ocasio reformulados na I.P. de Brasilndia, visto que sai

    daquela comunidade, s vsperas da implantao deste estudo na Classe de

    Catecmenos.

    Hoje (ano 2004), a Igreja Presbiteriana em Parada XV de Novembro

    solicitou-me um estudo apropriado para a Classe de Catecmenos. Assim, reformuleipela segunda vez, o texto original, antes, oferecido a I.P. Belm.

    No presente estudo procurei aproxim-lo das regras da metodologia

    cientfica acadmica, sem, contudo, perder de vista a preocupao com a escrita

    simples, de maneira que, qualquer pessoa pode estudar este opsculo, que embora,

    em formato acadmico, simples de se compreender.

    Registro que a reformulao deste estudo foi de intenso trabalho e causou-me

    dificuldades, pois, tinha como objetivo a defesa do meu doutorado, a qual ocorreu em14 de maio de 2004. A partir da, pude focar-me na reformulao deste trabalho.

    Espero, portanto, que seja de bom uso, e que apresente apenas o caminho para o

    conhecimento intelectual dos alunos da Classe de Catecmenos na Igreja

    Presbiteriana em Parada XV de Novembro, e uma vez descoberto o caminho, seja

    bno nas mos do Deus Soberano.

    Rev. Edson P. Lopes

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    SUMRIO

    Apresentao ..........................................................................................................03

    Lio 1 Bblia a Palavra de Deus (Parte 1) ..........................................................05

    Lio 2 Bblia A Palavra de Deus (Parte 2) ........................................................07

    Lio 3 Os atributos de Deus ................................................................................10

    Lio 4 A Santssima Trindade .............................................................................14

    Lio 5 A Criao e o Pacto de Deus .....................................................................16

    Lio 6 O Redentor Estados e obras ..................................................................19

    Lio 7 A doutrina da salvao .............................................................................24

    Lio 8 A doutrina da Igreja ..................................................................................29

    Lio 9 Breve histria do Presbiterianismo Brasileiro ..........................................34

    Referncias bibliogrficas ........................................................................................36

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    LIO 1 BBLIA - A PALAVRA DE DEUS (Parte 1)

    Nesta lio procurou-se desenvolver os principais termos teolgicos relativos

    s Escrituras Sagradas: Inspirao, Revelao e Iluminao.

    Inspirao das EscriturasAs Escrituras declaram de si mesma que inspirada por Deus (2 Tm 3.16,17;

    2 Pe 1.21), todavia, no so raras s vezes que alguns cristos indagam: O que

    significa Inspirao da Bblia? Necessita-se, portanto, compreender o significado do

    termo Inspirao, pois, a convico de que a Bblia a Palavra de Deus Inspirada,

    um dos fundamentos principais da f crist.

    A palavra Inspirao significa a influncia divina exercida sobre os

    escritores da bblia, a fim de preserv-los de erros em seu ensino (CLARK, s.d., p.

    37). A Inspirao, no tornou aos homens meras mquinas, mas os inspirou no

    sentido de empregarem todos os seus conhecimentos, estilo, cultura, sem, contudo,

    cometerem erros, pois pela influncia do Esprito Santo, foram guardados de

    quaisquer erros, enquanto eram instrumentos de Deus na escrita das Escrituras.

    Revelao das EscriturasRevelao a comunicao do conhecimento ou dos fatos feitos ou realizados

    por Deus. Ela possui dois objetivos principais: 1) ensinar o que no homem deve crer

    acerca de Deus; 2) O dever que Deus requer do homem.

    Um dos textos bblicos que trata a respeito da revelao da Bblia Hebreus

    1.1,2. A revelao das Escrituras tem seu pice na Encarnao do Verbo, Cristo Jesus

    (Jo 1.1.). Isto significa que desde o primeiro livro do Antigo Testamento, Gnesis, at

    o ltimo livro do Novo Testamento, apocalipse, as Escrituras tem um objetivo

    principal, que nos mostrar o caminho da salvao, revelando-nos ainda, que Deus

    o autor e consumador da salvao dos eleitos (Fp 1.6).

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    Iluminao das EscriturasA Iluminao das Escrituras uma das obras do Esprito Santo. A tnica

    refere-se ao princpio de que o Esprito Santo de Deus convence os eleitos de que so

    pecadores, necessitam do arrependimento para serem salvos e, uma vez salvos, omesmo Esprito os ajuda a compreenderem a verdade bblica (RYRIE, 1990, p. 305).

    A comprovao desta doutrina bblica pode ser lida em: Jo 14.25,26; 16.7-13.

    QUESTIONRIO

    1- Faa um resumo sobre os termos: Inspirao, Revelao e Iluminao.2- Como voc pode provar que a Bblia a Palavra de Deus?3 O fato do Esprito Santo inspirar os escritores da Bblia significou que

    eles sempre foram inspirados, a saber, mesmo nos momentos em que no estavam

    escrevendo a Bblia?

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    Classificao dos Livros da Bblia5 livros da Lei: Gnesis a Deuteronmio

    12 Livros Histricos Josu a Ester

    a) Composio do Velho Testamento

    05 Livros Poticos J a Cantares

    17 Livros Profticos Isaas a Malaquias

    4 Evangelhos Mateus a Joo

    1 Livro Histrico - Atos

    b) Composio do Novo Testamento

    13Epstolas de Paulo:Romanos a Filemon

    05 Epstolas Gerais Hebreus a Judas

    01 Livro Proftico - Apocalipse

    As Lnguas Originais e os ManuscritosNo Velho Testamento a predominncia o hebraico e algumas pores do

    Aramaico nos livros de Daniel e Esdras. No Novo Testamento, a lngua grega. O grego

    falado era o koin (popular, comum).

    Os manuscritos (mss) originais da Bblia no existem mais, visto que eram

    feitos a mos, em pergaminhos de peles de animais e, se desfizeram com o tempo.

    Os manuscritos mais antigos de onde procedem as tradues bblicas so:

    a) PAPIROS GREGOSP45,47 Chester Beatty 3 Sculo

    P52 John Rylands Library 1 metade do 2 Sculo

    P66 Martin Bodmer 3 Sculo

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    b)PAIROS UNCIAISCdigo Sinatico 4 sculo Contedo: Velho e Novo Testamentos

    Descoberto em 1844.

    B Vaticano 4 sculo. Contedo: Gnesis, 2 Cr, Esdras 1 e 2; Salmos,Provrbios, Eclesiastes, Cantares, Sabedoria, Siraque, ster,

    Judite, Tobias e os 12 profetas maiores.

    A Alexandrino 5 sculo a Bblia com todos os livros, ausentes alguns

    captulos de alguns livros.

    C Efraimita 5 sculo Pores do Velho e do Novo Testamento Quase a

    Bblia Toda

    c)ALGUMAS VERSES ANTIGAS DAS ESCRITURAS1. Septuaginta LXX 285a.C., traduo do hebraico para o grego. Contedo:

    Velho Testamento.

    2. Diatessarom Tentativa de Harmonizar os evangelhos (Taciano 160 d.C.)

    3. Vulgata Latina Jernimo Traduo da LXX para o Latim. Adotada no

    Conclio de Trento (1546).

    QUESTIONRIO

    1. Por que a Igreja Romana possui 73 livros enquanto os Protestantes apenas66?

    2. Apesar de vrios escritores, a bblia apresenta contradies?3. Se os originais no existem podemos confiar nas Escrituras?4. Como era composta a Septuaginta?

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    LIO 3 - OS ATRIBUTOS DE DEUS

    Atributos so qualidades ou [pefeies] essenciais nas quais o Ser de Deus

    revelado e com os quais podem ser identificados (BERKHOF, 1990, p. 43).

    Para fins didticos, dividiremos os atributos de Deus em Incomunicveis e

    Comunicveis.

    Os Atributos IncomunicveisEstes atributos enfatizam o Ser Absoluto de Deus, e que tais perfeies

    somente podem ser encontrados no Ser Divino.

    a) Auto-ExistnciaDeus auto-existente. Ele possui vida em si mesmo, existncia autnoma e

    prpria. Ele a base de Sua existncia. Deus, no dependeu de ningum para existir,

    mas todas as coisas existem por causa de Sua existncia. J 5.26; Sl 94.8; Is 40.18; At

    17.25; Rm 11.33-36; Dn 4.35; Rm 9.19; Ef 1.5; ap 4.11; Sl 115.3; Sl 33.1.

    b)Imutabilidade de Deus

    a perfeio pela qual no h mudana em Deus. Ex 3.14; Sl 102.26-28; Is

    41.4; 48.12; Ml 3.6; Rm 1.23; Hb 1.11,12; Tg 1.17.

    c) Infinidade de Deus a essncia divina pela qual Deus isento de todae qualquer limitao. Ainfinidade de Deus abrange:

    1. Perfeio Absoluta Em tudo Deus absoluto e Perfeito. J 11.7-10;Sl 145.3; Mt 5.48.

    2. Eternidade a durao pelos sculos sem fim nem comeo. 2 Pe3.8; Ssl 90.2; 102.12; Ef 3.21.

    3. Imensidade Deus preenche todo o espao e no est sujeito a ele. neste sentido que falamos da onipresena de Deus. 1 Rs 8.27; Is 66.1;

    At 7.48,49; Sl 139.7-10; Jr 23.23,24; At 17.27,28.

    4. Unidade de Deus Ainda que sejam trs pessoas, distintas, aessncia divina a mesma. Portanto, no so trs deuses, mas nico

    Deus. 1 Rs 8.60; 1 Co 8.6; 1 Tm 2.5; Dt 6.4.

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    Os Atributos Comunicveis de DeusSo os atributos que revelam o nosso Deus como um Ser Pessoal, e que ns

    temos alguma participao. Deus, pois, comunica a ns alguns dos Seus atributos,

    ainda que nEle sejam perfeitos, enquanto em ns imperfeitos.

    1. Espiritualidade de Deus idia mais perfeita de espiritualidade, no permitindo qualquer idia

    de corporificao. Jo 4.24; 1 Tm 6.15,16.

    2. Intelectualidade de DeusPara compreendermos melhor a perfeio de Deus da intelectualidade

    mister entende-lo luz de outras duas perfeies. Vejamos.

    a) Conhecimento de DeusPerfeio de Deus pela qual conhece a si mesmo e, todas as coisas possveis

    e reais. 1 Sm 2.3; Jo 12.13; Sl 94.9; 147.4; Is 29.15; 40.27,28. Assim, Deus possui

    conhecimento inato (natural a Sua pessoa) e no aprendido (no necessita aprender

    de ningum, nem com qualquer pessoa). Deve-se observar que Deus no conhece por

    partes, como o ser humano, mas de uma s vez, em sua plenitude.

    b) Sabedoria de DeusDeus busca os melhores fins possveis, com os melhores meios possveis.

    Rm 11.33; 14.7,8; Ef 1.11,12; Cl 1.16; Pv 8.

    3. Atributos MoraisOs atributos morais de Deus so discutidos sob os ttulos:

    a) Bondade de DeusDeus bom em Si mesmo, e tambm, bom para com as suas criaturas.

    Mc 10.18; Lc 18.18,19; sl 145.9,15,16; 36.6; sl 104.21; Mt 5.45; 6.26; At 14.7.

    b)Amor de DeusEste amor deve ser aplicado no sentido mais rico e mais completo. J

    16.27; Rm 5.8; 1 Jo 3.1.

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    c) Graa de DeusConcesso de bondade a algum que no tem nenhum direito a ela.

    Presente de Deus. Gn 33.8,10,18; 39.4; Rt 2.2; 1 Sm 1.18; 16.22.

    d) Misericrdia de Deus o fato do nosso Senhor conhecer que o pecador est necessitando do

    socorro divino, e por Sua natureza Santa e justa, estar pronto para aliviar a

    desgraa do pecador. Dt 5.10; Sl 57.10; Ex 20.2; Dt 7.9; Sl 86.5.

    e) Longanimidade de Deus a tolerncia de Deus para com os rebeldes e maus. tardio em irar-se,

    possui pacincia.

    4. Santidade de DeusDeus Santo e Excelso. A santidade de Deus, gera no homem um

    sentimento de nulidade ou sentimento da condio de criatura do homem,

    conduzindo-o a humilhar-se completamente na presena de Deus. Ex 15.11; 1 Sm 2.2;

    Is 57.15; Hc 1.13; Is 6.5.

    5. Justia de DeusEst intimamente ligada com a santidade de Deus. A justia diz respeito a

    punio do pecado e a manuteno do direito e da justia. Ed 9.15; Ne 9.8; Sl 119.137;

    145.7; Jr 12.1; Lm 1.18; Dn 9.14; J 17.25; 2 Tm 4.8; 1 Jo 2.29; 3.7; Ap 16.5.

    6. Atributos de SoberaniaA base da soberania enfatiza que Deus criou todas as coisas, logo, o que Ele

    deseja acontece. Estes atributos so desdobrados em:

    a)Vontade Soberana de Deus. Tudo ocorre de acordo com Sua vontade.

    Em Sua vontade soberana podemos distinguir entre vontade decretatria e

    vontade permissiva. Dt 29.29; Sl 115.5; Rm 9.18,19; 11.33,34.

    b) Poder soberano de Deus Tudo quanto Deus quer, acontece, por causade Seu poder.

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    QUESTIONRIO

    1 O que so Atributos?

    2 quais so os atributos Incomunicveis e os comunicveis?

    3 - Existe algum atributo mais importante que outro, em Deus?

    4 Como devemos entender quando a Bblia declara que Deus se arrependeu?

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    Lio 4 - A SANTSSIMA TRINDADE

    Ao se estudar a respeito da Trindade necessrio entender que h somente

    uma essncia, divina, no Ser de Deus; entretanto, so trs pessoas distintas: A Pessoado Pai, do filho e do Esprito Santo.

    A Pessoa do Pai1. A Propriedade distintiva do Pai Consiste em que ele no gerado.2. As obras particularmente atribudas ao Pai:

    a) Planejador da Obra da redeno. Sl 2.7-9; Is 55.3-10; Ef 1.3-6.b)As obras da criao e da providncia, principalmente em seus

    estgios iniciais. 1 Co 8.6; Ef 2.9.

    A Pessoa do FilhoO Filho eternamente gerado (Hb 1.5). Se Ele gerado do Pai, participa da

    mesma essncia que o Pai, est a tnica de Hebreus, revelar que Cristo tem essncia

    divina.

    1) A Divindade do Filho Cristo Deus. Jo 1.1; 20.28; Fp 2.6.

    2) A Humanidade do filho. 1 Jo 1.1-3; Jo 1.14.

    A Pessoa do Esprito Santo1) A Personalidade do Esprito Santo

    Alguns textos provam que o Esprito Santo uma Pessoa, da o termo,

    Personalidade. J 16.14; Ef 1.14; J 14.26; 15.26; 16.7; At 16.7; 1 Co 12.11; Is 63.10;

    Ef 4.30.

    2) A Divindade do Esprito SantoSo Lhe atribudos nomes e perfeies (atributos) divinos . Ex 17.7// Hb 3.7-9;

    At 5.3-4; Sl 139.10; Is 40.13,14; 1 co 2.10,11; 1 Co 12.11.

    3) A Obra do Esprito Santoa) Gerao da vida. Gn 1.3.

    b) Instruo e qualificao dos homens. Ex 28.3; 31.2,3,6; 36.35; 1 Sm11.6; 16.13,14.

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    c) Ensino e direo da Igreja O Esprito Santo livra do erro a Igreja. Jo14.26; 15.26; 16.13,14; At 5.32.

    QUESTIONRIO

    1 Por que falamos em Trindade sendo Um s Deus?

    2 - Cristo menor que Deus Pai?

    3 - O Esprito Santo Deus ou fora ativa?

    4 - Comente sobre a Divindade e Humanidade do Filho e a Divindade do

    Esprito Santo.

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    Lio 5 - A CRIAO E O PACTO DE DEUS

    Esta doutrina relaciona-se com o ensino a respeito das obras de Deus, e

    envolve, no s a criao material, mas tambm espiritual. Para o presente estudo o

    foco estar na criao em geral, enfatizando a relao da natureza com o homem e o

    Pacto estabelecido por Deus.

    Criao em GeralA Bblia coloca a Criao no incio de sua narrativa e, declara, afirmativamente,

    que Deus o Criador de todas as coisas (Gn 1.1). O valor desta declarao consiste nos

    seguintes pontos (CLARK, s.d., p. 129):

    - A Criao coloca Deus sobre todas as coisas;

    -A criao faz de Deus soberano do Universo;- Ela torna todos os homens dependentes de Deus-A Criao conduz-nos a adorao ao Deus Criador

    1. Criao do Homem ( Gn 1.26,27; 2.7; 21-23)

    a) Criado conforme imagem e semelhana de Deus.O homem ao ser criado imagem de Deus, distingue-o dos animais e de todas

    as criaturas. Calvino (1986, p. 116) declara: que a imagem de Deus abrange tudo que

    na natureza sobrepuja a de todas as outras espcie de animais. Isto equivale a dizer

    que, a imagem de Deus no homem consiste:

    - Natureza espiritual e imortal;- Alma racional;- Santidade e Retido;- Em domnio (BERKHOF, 1990, p. 207).Pode-se perceber, que Calvino no entendia os termos: imagem e

    semelhana como palavras distintas, mas como termos sinnimos (CALVINO, 1986, p.

    116). Isto significa que o homem ao ser considerado como imagem de Deus, deve

    entender que isto ocorre, por ser semelhante a Deus. Era como se Deus dissesse que

    criara o homem para ser Seu representante na terra. Assim, esta imagem de Deus

    esteve na pessoa de Ado at sua Queda. digno de nota que na Queda, Ado se

    afastou de Deus e, sua natureza tornou-se, depravada.

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    c) O Homem no Pacto de Deus

    1. Definio de PactoPacto significa: convnio; acordo; aliana, e promessa de

    duas partes. Da parte de Deus: as Promessas; da parte do homem:

    guardar o Pacto, temer a Deus, andar em Seus caminhos, servindo-Lhe

    em tudo.

    importante observar que, Deus quem procura o homem para

    estabelecer aliana e, no, o homem quem procura Deus. Este pacto

    mtuo selado pelos sacramentos que testificam da vontade de Deus e

    Suas promessas e, de nossa obrigao para com Ele.

    2. O Pacto das Obras feito com AdoO primeiro concerto feito com Ado foi um pacto de obras, no qual

    a vida foi prometida a Ado e sua posteridade sob a condio de

    obedincia perfeita e pessoal (CONFISSO DE F, 2001, p. 65). No

    Pacto das Obras, Ado representava a raa humana e, como ele caiu,

    toda a sua posteridade caiu com ele: Rm 3.23; 5.12,14,17,19.

    3. Pacto da Graa

    Com o Pacto das obras foi quebrado por Ado, aprouve ao

    Senhor, fazer um Segundo Pacto. Este pacto geralmente chamado de

    Pacto da Graa (CATECISMO MAIOR, 2001, p. ). O Pacto da Graa foi

    feito com Cristo como segundo Ado e nEle com todos os leitos com sua

    semente. Is 53.10,11; 59.21

    Assim, como o Pacto das Obras foi feito diretamente com Ado e,

    s envolveu sua posteridade porque esta se achava nele representada.

    Assim, o pacto da graa foi feito com o Senhor Jesus Cristo, sendo os

    eleitos includos nele por estarem representados por Cristo. Desta

    forma, os Pactos feitos com: No,Abrao, Isaque, Jac, Davi, Israel, no

    so pacto das obras, mas da Graa (MURRAY, 1986, pp. 3-47).

    Este Pacto assim chamado pois:

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    a) Originou-se no amor de Deus para com os homens, apesar do nomerecimento humano;

    b) Porque as bnos que dele emanam so concedidas absolutamentede graa aos pecadores;

    c) Porque administrado voluntariamente por Deus como Soberanoconcedendo Suas bnos a quem Ele quer (Rm 9.21).

    3. Administrao do Pacto no Novo e Velho TestamentosNa compreenso da questo do pacto no Velho e no Novo Testamento

    recorreremos ao que declara a Confisso de F (2001, pp. 69,70):

    Este pacto no tempo da lei no foi administrado como no tempo doEvangelho. Sob a lei foi administrado por promessas, profecias,sacrifcios, circunciso, pelo cordeiro pascoal e outros tipos eordenanas dadas ao povo judeus, prefigurando tudo, o Cristo quehavia de vir; por aquele tempo essas cousas, foram suficientes eeficazes para instruir e edificar os eleitos na f do Messias prometido,por quem tinham plena remisso dos pecados e a vida eterna: essadispensao chama-se Velho Testamento. Hb 1.13; Gl 3.7-9,14; Rm6.7. Sob o Evangelho, quando Foi manifestado Cristo, a substncia,as ordenanas pelas quais este pacto dispensado so: a pregao daPalavra e a administrao dos sacramentos batismo e Ceia do

    Senhor; por estas ordenanas, posto que poucas em nmero eadministradas com maior simplicidade e menor glria externa, opacto manifestado cm maior plenitude, evidncia e eficciaespiritual, a todas as naes, aos judeus bem como aos gentios. chamado de Novo Testamento. No h, pois dois pactos de graadiferentes em substncias, mas UM e o mesmo sob vriasdispensaes. Cl 2.17; Mt 28.19-20; 1 Co 11.23.

    QUESTIONRIO

    1- O que Pacto?2- O que se deve entender por Pacto de Obras e da Graa?3- O Pacto da Graa foi feito com quem?4- Quais os principais sacramentos do antigo Testamento e do Novo Testamento?

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    LIO 6 - O REDENTOR - ESTADOS E OBRAS

    O Pacto da graa foi estabelecido com Cristo, e Ele o Redentor e

    Representante legal, dos seus eleitos, diante de Deus. Para se entender Cristo como

    Redentor necessrio recorrer aos Estados e Obra de Cristo.

    Estados de HumilhaoEste estado corresponde a duas divises: 1) Esvaziamento de Cristo Diz

    respeito ao renunciar a sua majestade divina, a Majestade do supremo governador do

    universo, e assumir a natureza humana na forma de SERVO; 2) Humilhao O fato

    de Cristo estar sujeito s exigncias e maldio da lei em toda a Sua vida. Sendoobediente em suas aes e sofrimento at o prprio limite de uma morte ignominiosa.

    Assim, Ele se tornou legalmente responsvel por nossos pecados maldio da

    Lei.

    1) Os estgios da humilhao de Cristoa) Encarnao e Nascimento O fato do preexistente filho de Deus

    assumir a natureza humana, e se revestir de carne e sangue humanos um milagreque ultrapassa o nosso entendimento. J 8.38,42; J 1.14; Lc 2.1-7; 39-40; Gl 4.4,5.

    O nascimento de Cristo foi por operao do Esprito Santo (Mt 1.18-20; Lc

    1.34,35; Hb 10.5). a obra do Esprito concernente concepo foi: 1) a causa eficiente

    do que foi concebido no ventre de Maria, excluindo a atividade do homem; 2.

    santificou a natureza humana de Cristo e a manteve livre da corrupo do pecado. J

    3.34; Hb 9.14.

    b) Os sofrimentos do Salvador Sofreu durante toda a Sua vida. Foiuma vida de Servo, de investidas de Satans com dio e a incredulidade do povo e

    perseguio dos seus inimigos.

    c)A morte do Salvador Deus naquele momento imps judicialmentea sentena de morte a Cristo desde que ele se incumbiu voluntariamente de cumprir a

    pena do pecado da raa humana.

    d) Sepultamento do Salvador Sepultar ir para baixo, portanto, foiuma humilhao. Sl 16.10; At 2.27,31; 13.34,35.

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    e) Descida ao hades Em 1 Pe 3.18,19, Pedro refere-se: esprito empriso, refere-se aos desobedientes na poca do dilvio, que eram esprito em priso,

    quando Pedro escreveu sua epstola. Aqui vemos que Cristo adentrou na mais

    profunda humilhao do estado de morte.

    Estado de Exaltao de Cristo1. A Ressurreio A natureza humana de Cristo foi restaurada

    perfeio e elevada a um nvel superior (1 Co 15.42,44). um corpo incorruptvel no

    envelhece; glorioso, esplendoroso de fulgor celestial; poderoso, cheio de vida;

    espirituais, o esprito domina a matria.

    A ressurreio significa: 1. Declarao do Pai de que a morte foi vencida; 2.

    uma amostra de como ser nosso corpo; 3. que Cristo est nos cus intercedendo

    por ns.

    2.A Ascenso Foi o complemento e a consumao da ressurreio. ARessurreio foi aperfeioada na Ascenso. Lc 24.50-53; At 1.6-11; Ef 1.20; 4.8-10; 1

    Tm 3.16; Hb 1.3; 4.14; 9.24.

    A ascenso significa: 1. O sacrifcio de Cristo foi totalmente aceito por Deus.

    Assim, Cristo o nosso mediador. 2) Todos os crentes esto destinados a permanecer

    com Ele para sempre (J 17.24). 3) Assinalou a necessidade de ir para o Pai parapreparar-nos lugar (Jo 14.2,3).

    3.Assentamento a destra de Deus Ef 1.20-22; Hb 10.12; 1 Pe 3.22; Ap3.21; 22.1.

    4. O regresso fsico de Cristo Este o ponto culminante da exaltao,pois, ele julgar todas as pessoas. Mt 19.28; 25.31-34; Lc 3.17; Rm 2.16;

    14.9; 2 co 5.10; 2 Tm 4.1; Tg 5.9.

    A obra gloriosa de Cristo1. Ofcio Proftico Profeta aquele que recebe revelaes divinas e, tem

    ordem para comunicar a outros a revelao que recebeu. Era dever do profeta revelar

    a vontade de Deus ao povo. Isto podia ser feito na forma instruo, admoestao e

    exortao, promessas gloriosas ou censuras severas. Era seu dever, tambm,

    protestar contra o pecado, promover os interesses da verdade e justia.

    Cristo agiu como profeta no antigo Testamento, nas revelaes especiais do

    anjo do Senhor nos ensinos dos profetas, nos quais agiu como o Esprito de revelao

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    (1 Pe 1.11). Depois da encarnao ele prosseguiu em sua Obra proftica com os Seus

    ensinos e milagres com a pregao dos apstolos e instruo dos crentes com o

    Esprito que neles habitava. At 3.22,23; Mt 24.33-35; Lc 19.41-44.

    2. Ofcio Sacerdotal O sacerdote era representante do homem junto aDeus e sua responsabilidade e privilgio era de se aproximar de Deus, de falar e agir

    em favor do povo do Senhor.

    O Velho Testamento prediz a figura e o sacerdcio do Redentor Vindouro

    (Sl 110.4; Zc 6.13). A verdade que o sacerdcio no Velho Testamento prefigurou um

    Messias Sacerdotal. No Novo Testamento, a epstola aos Hebreus aplica a funo de

    Sacerdote a Cristo (Hb 3.1; 4.14; 5.5; 6.20; 7.26; 8.1).

    O Oficio Sacerdotal de Cristo reveste-se da seguinte importncia:

    A Obra Sacrificial de Cristo A obra sacrificial de Cristo foi simbolizada e

    tipificada pelos sacrifcios mosaicos.

    Os seguintes pontos merecem nossa ateno:

    1.Sua natureza expiatria e vicria Os sacrifcios foram destinados aprefigurar os sofrimentos vicrios de Jesus e Sua morte expiatria. Isto claramente

    exposto no Salmo 40.6-8. Nestas palavras, o Messias substitui os sacrifcios do Velho

    Testamento pelo Seu grande sacrifcio. Hb 10.5-9; Hb 9.23,24; 10.1; 13.11,12; Cl 2.17.

    Sua morte expiatria e vicria possuiu os seguintes aspectos. 1) Que era umpresente para agradar a Deus e expressar a gratido a Deus ou para aplicar a Sua ira.

    2) que era o meio determinado por Deus pelos quais se confessava a odiosidade do

    pecado. 3) dava sentido de substituio.

    Os sacrifcios foram destinados a prefigurar os sofrimentos vicrios de Jesus e

    Sua morte expiatria. Isto claramente visto em Sl 40.6-8. Nestas palavras o Messias

    substitui os sacrifcios do Velho Testamento pelo seu grande sacrifcio Hb. 10.5-9; Cl

    2.17; Hb 9.23,24; 10.1; 13.11,12.2. Causa e necessidade da expiao A parte central da obra sacerdotal de

    Cristo jaz na Expiao.

    De acordo com a Escritura, a causa principal da expiao se acha no

    beneplcito de Deus, em Sua vontade de salvar os pecadores mediante uma expiao

    substitutiva.

    Se se disser que a expiao se funda somente na retido e na justia de Deus

    no faremos justia ao amor de Deus. Por lado, se considerarmos a expiao como

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    pura expresso do amor de Deus no faremos justia retido e veracidade de

    Deus. Assim, a expiao tem como parte integrante estes dois lados: Amor e Justia.

    A expiao assegurou: 1. justificao, isto inclui o perdo dos pecados e adoo

    de filhos e o direito a uma herana eterna; 2. A comunho com Cristo por meio da

    regenerao e da santificao; 3. a bem-aventurana final em comunho com Deus,

    mediante Jesus Cristo na glorificao subjetiva e no gozo da vida eterna em uma nova

    e perfeita criao.

    3. A obra intercessria de Cristo Ela est intimamente ligada obra

    sacerdotal de Cristo, pois, a Sua obra no se restringe ao sacrifcio na cruz. Mas, ele s

    principiou a Sua obra sacerdotal na terra e, est completando-a no cu. Por esta

    razo, Cristo est junto ao trono de Deus intercedendo por seus eleitos.

    Percebe-se a obra de Cristo nos textos de Joo 14.16,26; 15.26; 16.7; 1 Jo 2.1.

    Cristo se apresenta como o consolador e advogado. A idia de algum chamado para

    ficar ao lado de outrem. Assim, Cristo, como nosso advogado defende nossa causa

    junto ao Pai e contra satans, o acusador. Zc 3.1; Hb 7.25; 1 Jo 2.1; Ap 12.10.

    d. A natureza da obra intercessria de Cristo Ver-se- alguns pontos desta

    natureza e substncia da intercesso de Cristo.

    1. Comparao: Dia da Expiao No dia da Expiao, o sumo sacerdoteentrava no lugar santssimo (santo dos santos) com o sacrifcio consumadopara apresent-lo a Deus, assim, Cristo entrou no Santo Lugar com o Seu

    sacrifcio consumado, perfeito e todo suficiente e o ofereceu ao Pai, ao

    mesmo tempo apresentou-se a Deus como representante do Seu povo Hb

    9.24.

    2. Elemento Judicial H um elemento judicial na intercesso de Cristo.Cristo satisfez a exigncia da lei de modo que nenhuma condenao legal,

    pode ser feita contra aqueles pelos quais Ele pagou o preo, pois, Cristo nosso advogado Rm 8.31-34.

    3. Condio Moral Cristo se responsabiliza pela nossa condio moralcom a nossa santificao gradativa. Quando nos dirigimos ao Pai em nome

    de Cristo, Ele santifica as nossas oraes que, muitas vezes so imperfeitas,

    superficiais e insinceras. Assim, Ele as torna aceitveis ao Pai e, tudo isto

    Ele faz por nos amar Hb 4.15; 2.18.

    4. Orao pelo Seu povo Assim, como Ele orou pelos apstolos (Joo17), ele est orando por ns, apresentando as nossas necessidades

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    espirituais e nos protegendo contra quaisquer perigos dos quais nem

    sempre estamos conscientes.

    3. Ofcio Real

    Pode-se definir a realeza de Cristo com o Seu poder oficial de governar todas

    as coisas do cu e da terra para glria de Deus e para execuo do Seu propsito de

    salvao.

    a) Reinado espiritual de Cristo O reinado espiritual de Cristo o seu governo

    real sobre o Reino da Graa, isto sobre seu povo (igreja). o governo de Cristo

    estabelecido nos coraes e nas vidas dos crentes exercido pela Palavra e pelo

    Esprito Santo.

    Observa-se que, este reino espiritual, mas tambm eterno. Assim, Cristo,

    exerce o ofcio rela no sentido de ser: Senhor da Igreja e do Mundo. Todos os reis, leis

    e governos esto submissos ao Senhor Jesus Cristo Cl 1.13-20; Fp 2.9,10-11.

    QUESTIONRIO

    1- Comente sobre cada estgio da humilhao e exaltao de Cristo.2- Disserte sobre a obra gloriosa de Cristo os trs ofcios.3- O que nos ensina a obra intercessria de Cristo sobre a nossa vida de orao?4- Como eram administrados os sacrifcios no antigo Testamento e, o que issotem a ver com a Pessoa de Cristo?

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    LIO 7 - A DOUTRINA DA SALVAO

    O estudo da doutrina da salvao visa mostrar os elementos essenciais para

    que a o homem receba a Cristo e a certeza de que ele pode ter comunho e vida eterna

    com Deus.

    F em Jesus CristoA f salvadora um dom da graa de Deus por meio da qual os eleitos so

    habilitados a receber a Jesus Cristo como seu nico e suficiente salvador e, a crer em

    todas as promessas do Deus trino, conforme esto registrada nas Escrituras (BREVE

    CATECISMO, 2001, pergunta 86).

    A f salvadora no simplesmente emocional ela constituda de trs

    elementos, a saber:

    a. Elemento intelectual Caracteriza-se pela convico racional de que aquilo

    que a palavra diz a verdade At 11.13,14; 10.43; J 3.31-34; Rm 10.14-17;

    b. Elemento emocional a f no s racional, ela envolve as nossas emoes,

    pois, o ato de crer envolve todo o nosso ser, visto que passamos a viver intensamente

    a realidade da f Mt 13.20; At 8.5-8;

    c. Elemento volitivo H o desejo do corao em ser transformado peloEsprito Santo, de receber a Cristo como Senhor, entregando-se totalmente a Deus

    Rm 10.9,10; Mt 11.28-29; J 1. 12; 14.1; At 16.31.

    Percebe-se que a f produto da graa de Deus, que age por meio de Sua

    Palavra (At 3.16; 18.28; Rm 10.17; Ef 2.8). A f sendo obra da graa de Deus, resulta

    no princpio de somente os eleitos crero Jo 10.26//Jo 8.43-48.

    1.

    Evidncias da f salvadoraa) O desejo de ser batizado O batismo uma seqncia natural da f

    salvadora Mc 16.16; At 8.37, 38; 16.30-33; 18.8;

    b) Comunho e fraternidade Isto demonstrado na vida diria daigreja At 2.44; 4.32;

    c) Obedincia inconcebvel um crente, que afirma possuir f,desobediente palavra e s determinaes da igreja, enquanto esta

    permanecer fiel Palavra de Deus;

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    d) Santificao cresce-se espiritualmente por meio dos meiosconcedidos por Deus para o crescimento dos seus filhos Mt 13.23; At

    26.18; 2 Ts 1.3; 1 Tm 4.6;

    e) Operosidade A f demonstrada pelo trabalho operoso 1 Ts 1.3,8.

    2. ArrependimentoUma exigncia da f o arrependimento. Arrependimento uma graa

    salvadora, pela qual o pecador, tendo um verdadeiro sentimento do seu pecado

    e percepo da misericrdia de Deus se enche de tristeza e horror pelos seus

    pecados, abandona-os e volta para Deus, inteiramente resolvido a prestar-lhe

    obedincia At 3.19; 11.18; 20.21; Lc 24.47; Mc 1.15.

    3. JustificaoJustificao na significa tornar algum justo, mas declarar justo do ponto de

    vista judicial Gn 15.6. Para Abrao foi imputada, creditada ou atribuda

    justia de Deus (CONFISSO DE F, 2001, p. 100).

    Justificao, portanto, apresenta os seguintes ensinos:

    a. Ela fruto da graa de Deus (Rm 3.24; Tt 3.3-5; Gl 5.4.);b. O preo foi o sangue de Jesus (Rm 5.9);c. O instrumento da justificao: a f (Rm 5.1).

    4. Adoo

    Adoo significa o ato da livre graa de Deus, pelo qual somos recebidos no

    nmero dos filhos de Deus e temos direitos a todos os privilgios como filhos

    Jo 1.12; Rm 8.16,17; 1 Jo 3.1-2 (CONFISSO DE F, 2001, p. 107).

    Privilgios da adooa. nova natureza somos nascidos de Deus (Jo 3.5,6);

    b. permanncia uma vez tornado filho de Deus continuaremos

    eternamente neste estado;

    c. disciplina o texto de Hb 12.4-11, demonstra que Deus quer o nosso

    bem. Assim, como um pai disciplina seus filhos, tambm o Senhor nos

    disciplina;

    d . herana Somos herdeiros de Deus (Rm 8.17; 1 Co 3.22).

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    Os Cinco pontos do CalvinismoPara finalizarmos o estudo a respeito da salvao deve-se analisar, os

    chamados Cinco Pontos do Calvinismo, pois, eles expem que o cristo deve ter a

    certeza da vida eterna, visto que ela nos foi outorgada pela graa de Deus.

    A Origem do termo Cinco Pontos do CalvinismoOs Cinco Pontos do Calvinismo surgiu na histria eclesistica, no Snodo de

    Dort No Snodo de Dort foram reunidas autoridades dos Estados Gerais dos Pases

    Baixos, em Dort, Holanda, no perodo de 13/111618 a 9/5/1919). Este Snodo rejeitou

    os Cinco Pontos do Arminianismo, o conhecido Demonstrance, que prescrevia:

    1. O homem nunca de tal modo corrompido pelo pecado que no possacrer salvificamente no evangelho, uma vez que lhe seja apresentado;

    2. O homem nunca de tal modo controlado por Deus que no possarejeit-lo;

    3. A eleio divina daqueles que sero salvos alicera-se na previso divinade que eles havero de crer, por sua prpria deliberao;

    4. a morte de Cristo no garantiu a salvao para ningum, pois, nogarantiu o dom da f; o que ela fez foi criar a possibilidade de salvao paratodo aquele que cr;

    5. Depende inteiramente dos crentes manterem-se em um estado degraa, conservando a sua f; aqueles que falham nesse ponto, desviam-se e se

    perdem (SPENCER, 2000, pp. 11-14).

    A Igreja Reformada rejeitou cada um destes pontos conforme os argumentos

    a seguir:

    1. Depravao totalO ensino deste Ponto adverso do arminianismo mostra que o homem caindo,

    perdeu totalmente todo o poder da vontade quanto a qualquer bem espiritual, que

    acompanhe a salvao, pois o homem est morto, e incapaz, pelo seu prprio poder,

    de se converter ou mesmo desejar as coisas de Deus (CONFISSO DE F, p. 88).

    O apstolo Paulo declara que o homem est morto diante de Deus (Ef. 2.1;

    Rm 7.1). Assim, se esse o estado natural do homem, devemos perguntar: Pode um

    morto se levantar? Uma vez morto pode reviver por si s? Isso significa que enquanto

    o homem no for vivificado pelo Esprito Santo, este est morto diante de Deus.

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    2.A Eleio incondicionalSignifica que, dentre os mortos diante de Deus, o Senhor resolveu, em Sua

    imensa Graa, escolher uns para a vida eterna e preterir outros para a morte eterna. A

    eleio se baseia na Soberania de Deus, e demonstra que Deus ao escolher o homem,

    no o faz, por que previu f em ns, mas porque Deus misericordioso e gracioso Ef.

    1.4; Ef. 2.8,9; Rm 8.28-30; Rm 9.11 (ANGLADA, 1996, pp. 32-42).

    3. Expiao limitadaA eleio em si no salva ningum, ela s marcou os que deveriam ser salvos,

    pois, necessitava-se de que a justia de Deus fosse satisfeita. Por esta razo, Cristo

    veio e morreu na cruz do calvrio para garantir a vida eterna aos eleitos. Entretanto,

    Cristo morreu, somente pelos eleitos Mt 25.12 e 32// J 10.14 e 26; Jo 17.9//Rm 9.11-

    23; 1 Ts 5.9 (OWEN, 1986, pp. 17-86).

    4. Graa irresistvelEste Ponto do calvinismo declara que a chamada eficaz obra do Esprito

    Santo, mediante a qual, convence-nos dos nossos pecados e misria, iluminando as

    mentes com o conhecimento de Cristo, e renovando a vontade, convence-os ecapacita-os a abraar a Jesus Cristo, que oferecido gratuitamente no Evangelho do

    Senhor (BREVE CATECISMO, pergunta 31). No se pode resistir a chamada eficaz do

    Esprito Santo. esta obra que faz com se creia no sacrifcio e nos mritos de Cristo,

    passando a ter a vida eterna (Rm 8.30; 1 Co 1.9; 1 Pe 2.9; 1 Pe 5.10; At 16).

    5. Perseverana dos santos

    Este Ponto do calvinismo a seqncia lgica dos demais. Deus quem

    comea a salvao concedendo vida, escolhendo os eleitos antes da fundao do

    mundo, enviando Seu Filho para morrer por Seus eleitos, e no devido tempo, o

    Esprito os convence do pecado, conduzindo-os converso. Neste Ponto ensina-se

    que uma vez iniciada a obra da salvao, o nosso Deus a confirmar at o fim (Fp 1.6).

    Este o fundamento da proposio: uma vez salvos, sempre salvos. Jamais os

    eleitos cairo do estado de graa. A razo uma vez que Deus mesmo comeou a

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    salvao far com que permanea nela por toda a eternidade (Jo 10.28-30; 5.24;

    6.37-40, 47,54; 1 Jo 11.13, 20; 1 Co 1.8; Ef 1.13,14; 1 Pe 1. 3-5; Jd 24; Jr 32.40).

    Diante de tudo o que foi visto, chega-se a considerao final: pode-se ter

    certeza da vida eterna, porque ela totalmente planejada e consumada por Deus. Os

    crentes devem louvar a Deus por to grande bno recebida, inteiramente de graa.

    QUESTIONRIO

    1 Comente sobre os elementos da converso.

    2 A salvao pela graa ou por obras? Por qu?

    3 Como surgiram os Cinco Pontos do Calvinismo?

    4 Como se pode ter certeza da vida eterna?

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    LIO 8 - A DOUTRINA DA IGREJA

    Cabe, agora, falar a respeito do ensino das Escrituras relativo Igreja.

    Procurarr-se- responder s seguintes questes:

    - Quando comeou a Igreja?- Qual o carter da Igreja?- Como se constitui o governo da Igreja Presbiteriana do Brasil?- Quais os sacramentos e os meios de graa?

    1. O incio da igrejaAlguns entendem que a Igreja teve seu incio no Pentecostes (Atos 2),

    resultando no princpio de que no Antigo Testamento no houve Igreja; ao contrrio,

    ela diz respeito somente ao Novo Testamento. Alguns chegam ao extremo de dizer

    que a Igreja nada mais do que um parntese na histria da redeno, isto , ela

    entra nesta redeno por causa da rejeio do povo de Israel. Todavia, a Igreja j

    existia no Antigo Testamento, o que temos no Pentecostes a concretizao histrica

    da igreja.

    Na leitura do Credo apostlico deparamo-nos com as expresses: [...] creio nacomunho dos santos[...]. Estes santos so os de todas as pocas (KUIPER, 1985, pp.

    21-24). Assim, a Igreja crist no iniciou no Pentecostes, ao contrrio, Ado e Eva

    foram os primeiros membros da Igreja (Hb 12.22,23). A Confisso de F (2001, pp.

    196-201), ensina este princpio: A Igreja Catlica ou Universal, que invisvel,

    consta do nmero dos eleitos que j foram, dos que agora so e dos que ainda sero

    reunidos em Um s corpo sob Cristo, Sua cabea.

    2. O carter da Igreja1.Igreja militante e triunfante Ela militante porque convocada por Deus

    para levar avante incessante luta contra os poderes das trevas. Ela triunfante, pois a

    batalha j est ganha nos cus.

    2. Igreja invisvel e visvel A igreja invisvel a perfeita completa Igreja;a Igreja que no podemos ver. o verdadeiro corpo de Cristo, onde s os eleitos

    podero estar e esto arrolados. A igreja visvel a que pode ser vista; so os

    membros da igreja. Nela podem adentrar inclusive os no-eleitos.

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    As marcas da Igreja Crist ensinadas pelos reformadores so:

    Fiel pregao da Palavra A fiel pregao da Palavra, que o grande meiopara a manuteno da Igreja (J 8.31, 32, 47; 14.23; 1 Jo 4.1-3; 2 Jo 9);

    Correta ministrao dos sacramentos Esta outra marca da Igreja deCristo (Mt 28.19; Mc 16.15,16; At 2.42; 1 Co 11. 23-30);

    Exerccio da disciplina manuteno da pureza da Igreja (Mt 18.18; 1 Co5.1-5, 13; 14.33, 40; Ap 2.14,15,20).

    3. Governo da Igreja

    1. Tipos de governo Episcopal o governo constitudo por um ser supremo: O papa,

    metodista, etc.

    Congregacional O governo fica exclusivamente com os membros daigreja: batistas, congregacionais, etc.

    Representativo A Igreja elege representantes para responder por ela:Igreja Presbiteriana do Brasil e Igreja Presbiteriana Independente.

    2. O governo da Igreja Presbiteriana do BrasilIgreja local: Pastor, Presbteros, Diconos, Conselheiros, Presidentes das

    Sociedades Internas;

    Presbitrio: Pastores e Representantes dos Conselhos das Igrejas

    Snodo: Representantes dos Presbitrios;

    Supremo Conclio: Representantes dos Presbitrios.

    A Igreja Presbiteriana do Brasil rege-se sob a Constituio estabelecida desde1958, aceita as Escrituras como nica regra de f e prtica; adota como smbolos de

    f: Confisso de F e os dois catecismos Maior e Breve.

    Segue, abaixo, o organograma da Igreja Presbiteriana do Brasil.

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    SISTEMA DE GOVERNO DA

    IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL

    Breve Catecismo

    Escola Dominical

    UPH SAF UMP UPA UCP

    Sociedades Internas

    Conselheiros Departamentos

    Conselho

    Presbitrio

    Snodo

    Supremo Conclio

    Constituio da IPB

    Confisso de F Catecismo Maior

    Smbolos de F

    Bblia Sagrada

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    Sacramento uma santa ordenana instituda por Cristo, na qualmediante sinais perceptveis, a Graa de Deus em Cristo e osbenefcios da Aliana da Graa so representados, selados e aplicadosaos crentes, e estes por sua vez expressam sua f e sua fidelidade aDeus (BERKHOF, 1990, p. 622)

    Deve-se distinguir trs elementos nos Sacramentos:

    1. Sinal visvel Cada sacramento contm um elemento material, palpvelaos sentidos. Ele inclui: gua batismo; po e vinho Ceia do Senhor.

    2. Graa espiritual Os sacramentos representam visivelmente as bnosem Cristo, e nos aprofunda a conscincia nas mesmas bnos espirituais da aliana,

    do perdo dos nossos pecados e da nossa participao na vida que h em Cristo (Mt

    3.11; Mc 1,4,5; 1 Co 10.2, 3, 16, 17; Rm 2.28,29; 6.3,4; Gl 3.27).

    3. O significado do sinal espiritual, de maneira que, quando oSacramento recebido com f a graa de Deus, o acompanha.

    4. O Batismo Cristo1.Modo prprio do batismo Temos trs modos de batismos pregados pelas

    comunidades evanglicas: imerso, asperso e efuso. A parte essencial no batismo

    no a quantidade de gua, o que importa o ser uma nova criatura. A gua

    smbolo de limpeza e purificao. Um outro fator a confisso ou profisso diante

    dos homens, que recebemos publicamente a Cristo.

    Temos fundamento bblico para ministrarmos o batismo por asperso (At 2.41;

    8.35-39; 9.17,18; 10.33; 10.47; 19.3-6), em nenhum desses textos afirma que houve

    imerso. Alm disso, o antigo Testamento nos mostra que era prtica em Israel

    aspergir oblues (Ez 36.25). O Esprito Santo seria derramado ( Jl 2.28,29// At

    2.4,33).2. Os objetos do batismo O batismo deve ser administrado tanto para

    crianas como para adultos. Preocuparemo-nos com o batismo infantil,

    visto que alvo de alguns questionamentos.

    Batismo InfantilAssim como a Ceia do Senhor substitui a celebrao da Pscoa, o batismo

    cristo, substitui a circunciso. A circunciso era realizada na criana com apenas

    oito dias de idades (Gn 17.12). As crianas, tambm, devem ser batizadas, pois, a

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    circunciso no era ministrada aos que criam, mas aos filhos de Israel, por isso,

    pertencentes ao povo de Deus (OSRIO, s.d., pp. 1-4).

    No h no Noto Testamento, um nico texto do qual se possa inferir que

    crianas no devem ser batizadas pelos apstolos. Pelo contrrio, pode-se indagar

    que as famlias de: Ldia (At 16.15), carcereiro de Filipos (At 16.33), Estfanes (1 Co

    16) e a famlia de Cornlio (At 10.24. 47,48) ser que no haveria nenhuma criana?

    Isso parece ser improvvel.

    Observa-se que Deus deixou para o crescimento espiritual e santificao dos

    eleitos os seguintes Meios de Graa:

    1 Orao um dilogo com Deus. No devemos entender que nossas

    oraes so em si um poder que possa mudar a vontade e os planos de Deus para

    nossa vida, ao contrrio, o momento em que reconhecemos nossa pequenez e a que

    Deus governa sobre todas as coisas.

    O modelo da nossa orao o Pai Nosso. Nesta orao aprendemos que os

    nossos pedidos em primeiro lugar devem versar sobre a vontade de Deus, e depois,

    pedirmos as coisas necessrias para nossa sobrevivncia (Mt 6).

    2 Palavra de Deus Ela o Meio de Graa por que o manancial de todo

    conhecimento de Deus, e por meio dela que o Esprito Santo edifica e nutri Sua

    Igreja.3 Os sacramentos Eles so Meios de Graa, porque o Esprito Santo os

    utiliza no sentido de produzir e confirmar a f em nossos coraes.

    QUESTIONRIO

    1 As marcas da Igreja Crist so? Cite os trs, comentando-os.

    2 quais os Tipos de governos e o adotado pela Igreja Presbiteriana do Brasil?

    3 Defina o que Sacramento.4 Por que batizamos crianas?

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    LIO 9 - BREVE HISTRIA DO PRESBITERIANO BRASILEIRO

    1. Reforma ProtestanteA Reforma Protestante ocorreu em 31.10.1517 com o monge agostiniano

    Martinho Lutero. Ele afixou na porta da capela de Wittenberg, Alemanha, as 95 teses

    denunciando o erro da Igreja (LOPES, 2003, p. 44).

    Apesar de apresentar as 95 teses, ele no tinha o objetivo de se separar da

    Igreja, ou criar um sistema de governo e doutrina distintos da Igreja de sua poca.

    Joo Calvino, ao contrrio, quem formulou a necessidade de uma Igreja

    independente da catlica romana (LOPES, 2003, p. 54). Com isso surge a igreja

    calvinista ou reformada, que mais tarde ser tambm conhecida por meio de JohnKnox, escocs, como Igreja Presbiteriana.

    2. Presbiterianismo no BrasilO presbiterianismo chegou ao Brasil com Ashbel Green Simonton em

    12.08.1859, Rio de Janeiro. Ele fundou duas igrejas em So Paulo, uma na capital

    paulista e outra e Brotas; um seminrio, no Rio de Janeiro e uma Igreja, a Catedral do

    Rio de Janeiro. Alm de Simonton outro importante colaborador parafundamentao do presbiterianismo brasileiro foi Jos Manoel da Conceio, ex

    padre, que aps sua converso, foi ordenado pastor em dezembro de 1865. a partir

    daquela data passou pelas Igrejas catlicas, onde tinha sido padre. Seu quartel-

    general foi a cidade de Brotas; De Brotas, o presbiterianismo se estendeu por todo o

    Brasil.

    Tivemos ainda neste mesmo perodo a formao da Escola Americana, iniciada

    na residncia do Rev. Chamberlain. Ele se tornou mais tarde, a Universidade

    Presbiteriana Mackenzie.

    A influncia dos americanos no Brasil, mais tarde provocou crescente

    nacionalismo brasileiro que teve como conseqncia o Cisma de 1903 e a origem da

    I.P. Independente. importante dizer disso, sem esquecer da questo da maonaria

    levantada pelo Rev. Eduardo Carlos Pereira.

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    QUESTIONRIO

    1 Comente a sentena: Por que aconteceu a Reforma Protestante?

    2 Quantos anos Simonton trabalhou no Brasil?

    3 Por que aconteceu o Cisma de 1903?

    4 Quem foi o sistematizador da Reforma Calvinista?

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    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

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    Puritanos, 1996.

    BERKHOF, L. Teologia sistemtica. So Paulo, Luz para o Caminho, 1990.

    CALVINO, J. Institucin de la religion. Espanha, Felire, 1986.

    CLARK, D. Compndio de teologia sistemtica. So Paulo: Casa Editora

    Presbiteriana, s.d.

    CONFISSO DE F DE WESTMINSTER. 17 edio, So Paulo: Casa EditoraPresbiteriana, 2001.

    CATECISMO MAIOR. So Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 2001.

    CATECISMO BREVE. 6 edio, So Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 2001.

    DOUGLAS, J. D. Novo dicionrio da bblia. 9 edio, So Paulo: Vida Nova, 1990.

    COSTA, H.M.P. A igreja presbiteriana e os smbolos de f. So Paulo, s.d.

    KENNEDY, J. Verdades que transformam. So Paulo: Fiel, 1986.

    KUIPER, A El cuerpo glorioso de Cristo. Michigan, SLC,1985.LEONARD, E. O protestantismo brasileiro. Rio de Janeiro - So Paulo, Juerp/Aste,

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    LOPES, E.P. O conceito de teologia e pedagogia na Didtica magna de Comenius.

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    MURRAY, J. El pacato da gracia. 2 edio, Barcelona: Felire, 1986.

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    PACKER, J.I. O antigo evangelho. So Paulo: Fiel, 1985.

    RYRIE, C. C. Enciclopdia histrico-teolgica. So Paulo: Vida Nova, vol 3, 1990.

    SPENCER, C.C. Tulip os cinco pontos do calvinismo luz das Escrituras. 2

    edio, So Paulo: Parakletos, 2000.

    SPURGEON, C.H. Um escravo livre-arbtrio. So Paulo: PES, 1990.

    Teologia CalvinistaPela graa sois salvos, por meio da f, e isto no vem de vs, dom de Deus Ef2.8

    www teologiacalvinista com