[4129 - 18812]software livre midiateca

8/2/2019 [4129 - 18812]Software Livre Midiateca

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Universidde do Sul de Snt Ctrin

Plho

UnisulVirtul

2011

Sotware LivreDisciplin n modlidde distnci


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Crditos

Universidade do Sul de Santa Catarina Campus UnisulVirtual Educao Superior a Distncia

Reitor UnisulAilton Nazareno Soares

Vice-ReitorSebastio Salsio Heerdt

Chefe de Gabinete daReitoriaWillian Mximo

Pr-Reitora AcadmicaMiriam de Ftima Bora Rosa

Pr-Reitor de AdministraoFabian Martins de Castro

Pr-Reitor de EnsinoMauri Luiz Heerdt

Campus Universitrio deTubaroDiretora

Milene Pacheco Kindermann

Campus Universitrio daGrande FlorianpolisDiretor

Hrcules Nunes de Arajo

Campus UniversitrioUnisulVirtualDiretora

Jucimara Roesler

Equipe UnisulVirtual

Diretora AdjuntaPatrcia Alberton

Secretaria E xecutiva e Cerimoni alJackson Schuelter Wiggers (Coord.)Marcelo Fraiberg MachadoTenille Catarina

Assessoria d e AssuntosInternacionaisMurilo Matos Mendona

Assessoria d e Relao com PoderPblico e Foras ArmadasAdenir Siqueira VianaWalter Flix Cardoso Junior

Assessoria DAD - Disci plinas aDistnciaPatrcia da Silva Meneghel (Coord.)Carlos Alberto AreiasCludia Berh V. da SilvaConceio Aparecida Kindermann

Luiz Fernando MeneghelRenata Souza de A. Subtil

Assessoria d e Inovao eQualidade de EADDenia Falco de Bittencourt (Coord)Andrea Ouriques BalbinotCarmen Maria Cipriani PandiniIris de Sousa Barros

Assessoria d e TecnologiaOsmar de Oliveira Braz Jnior (Coord.)Felipe Jacson de FreitasJeerson Amorin OliveiraPhelipe Luiz Winter da SilvaPriscila da SilvaRodrigo Battistotti PimpoTamara Bruna Ferreira da Silva

Coordenao Cursos

Coordenadores de UNADiva Marlia FlemmingMarciel Evangelista CatneoRoberto Iunskovski

Assistente e Au xiliar deCoordenaoMaria de Ftima Martins (Assistente)Fabiana Lange PatricioTnia Regina Goularte WaltemannAna Denise Goularte de Souza

Coordenadores GraduaoAdriano Srgio da CunhaAlosio Jos RodriguesAna Lusa MlbertAna Paula R. PachecoArthur Beck NetoBernardino Jos da SilvaCatia Melissa S. RodriguesCharles CesconettoDiva Marlia FlemmingFabiano CerettaJos Carlos da Silva JuniorHorcio Dutra MelloItamar Pedro BevilaquaJairo Aonso HenkesJanana Baeta NevesJardel Mendes VieiraJoel Irineu Lohn

Jorge Alexandre N. CardosoJos Carlos N. OliveiraJos Gabriel da SilvaJos Humberto D. ToledoJoseane Borges de MirandaLuciana ManroiLuiz G. Buchmann FigueiredoMarciel Evangelista CatneoMaria Cristina S. VeitMaria da Graa PoyerMauro Faccioni FilhoMoacir FogaaNlio HerzmannOnei Tadeu DutraPatrcia FontanellaRogrio Santos da CostaRosa Beatriz M. PinheiroTatiana Lee MarquesValnei Carlos DenardinRoberto IunskovskiRose Clr BecheRodrigo Nunes LunardelliSergio Sell

Coordenadores Ps-GraduaoAloisio RodriguesBernardino Jos da SilvaCarmen Maria Cipriani PandiniDaniela Ernani Monteiro WillGiovani de PaulaKarla Leonora NunesLeticia Cristina BarbosaLuiz Otvio Botelho LentoRogrio Santos da CostaRoberto IunskovskiThiago Coelho Soares

Vera Regina N. SchuhmacherGerncia AdministraoAcadmicaAngelita Maral Flores (Gerente)Fernanda Farias

Secretaria de En sino a Dist nciaSamara Josten Flores (Secretria de Ensino)Giane dos Passos (Secretria Acadmica)Adenir Soares JniorAlessandro Alves da SilvaAndra Luci MandiraCristina Mara SchauertDjeime Sammer BortolottiDouglas SilveiraEvilym Melo LivramentoFabiano Silva Michels

Fabricio Botelho EspndolaFelipe Wronski HenriqueGisele Terezinha Cardoso FerreiraIndyanara RamosJanaina ConceioJorge Luiz Vilhar MalaquiasJuliana Broering Martins

Luana Borges da SilvaLuana Tarsila HellmannLuza Koing ZumblickMaria Jos RossettiMarilene de Ftima CapeletoPatricia A. Pereira de CarvalhoPaulo Lisboa Cordeiro

Paulo Mauricio Silveira BubaloRosngela Mara SiegelSimone Torres de OliveiraVanessa Pereira Santos MetzkerVanilda Liordina Heerdt

Gesto DocumentalLamuni Souza (Coord.)Clair Maria CardosoDaniel Lucas de MedeirosEduardo RodriguesGuilherme Henrique KoerichJosiane LealMarlia Locks Fernandes

Gerncia Administrativa eFinanceiraRenato Andr Luz (Gerente)

Ana Luise WehrleAnderson Zandr PrudncioDaniel Contessa LisboaNaiara Jeremias da RochaRaael Bourdot BackThais Helena BonettiValmir Vencio Incio

Gerncia de Ensino, Pesquisae ExtensoMoacir Heerdt (Gerente)Aracelli Araldi

Elaborao de Projeto eReconhecimento de CursoDiane Dal MagoVanderlei BrasilFrancielle Arruda Rampelotte

ExtensoMaria Cristina Veit (Coord.)

PesquisaDaniela E. M. Will (Coord. PUIP, PUIC, PIBIC)Mauro Faccioni Filho(Coord. Nuvem)

Ps-GraduaoAnelise Leal Vieira Cubas (Coord.)

BibliotecaSalete Ceclia e Souza (Coord.)Paula Sanhudo da SilvaRenan Felipe Cascaes

Gesto Docente e DiscenteEnzo de Oliveira Moreira (Coord.)

Capacitao e Assessoria aoDocenteSimone Zigunovas (Capacitao)Alessandra de Oliveira (Assessoria)Adriana SilveiraAlexandre Wagner da RochaElaine Cristiane SurianJuliana Cardoso EsmeraldinoMaria Lina Moratelli PradoFabiana Pereira

Tutoria e SuporteClaudia Noemi Nascimento (Lder)Anderson da Silveira (Lder)Ednia Araujo Alberto (Lder)Maria Eugnia F. Celeghin (Lder)Andreza Talles CascaisDaniela Cassol PeresDbora Cristina Silveira

Francine Cardoso da SilvaJoice de Castro PeresKarla F. Wisniewski DesengriniMaria Aparecida TeixeiraMayara de Oliveira BastosPatrcia de Souza AmorimSchenon Souza Preto

Gerncia de Desenhoe Desenvolvimento deMateriais DidticosMrcia Loch (Gerente)

Desenho EducacionalCristina Klipp de Oliveira(Coord. Grad./DAD)

Silvana Souza da Cruz (Coord. Ps/Ext.)Aline Cassol DagaAna Cludia TaCarmelita SchulzeCarolina Hoeller da Silva BoeingElosa Machado SeemannFlavia Lumi MatuzawaGislaine MartinsIsabel Zoldan da Veiga RamboJaqueline de Souza TartariJoo Marcos de Souza AlvesLeandro Roman BambergLetcia Laurindo de BonfmLygia PereiraLis Air FogolariLuiz Henrique Milani QueriquelliMarina Melhado Gomes da SilvaMarina Cabeda Egger MoellwaldMelina de La Barrera AyresMichele Antunes CorraNgila HinckelPmella Rocha Flores da SilvaRaael Arajo SaldanhaRoberta de Ftima MartinsRoseli Aparecida Rocha MoterleSabrina BleicherSabrina Paula Soares ScarantoViviane Bastos

Acessibili dadeVanessa de Andrade Manoel (Coord.) Letcia Regiane Da Silva TobalMariella Gloria Rodrigues

Avaliao d a aprendi zagemGeovania Japiassu Martins (Coord.)

Gabriella Arajo Souza EstevesJaqueline Cardozo PollaThayanny Aparecida B.da Conceio

Gerncia de LogsticaJeerson Cassiano A. da Costa (Gerente)

Logsitca de MateriaisCarlos Eduardo D. da Silva (Coord.)Abraao do Nascimento GermanoBruna MacielFernando Sardo da SilvaFylippy Margino dos SantosGuilherme LentzMarlon Eliseu PereiraPablo Varela da SilveiraRubens AmorimYslann David Melo Cordeiro

Avaliaes Pre senciaisGraciele M. Lindenmayr (Coord.)Ana Paula de AndradeAngelica Cristina GolloCristilaine MedeirosDaiana Cristina BortolottiDelano Pinheiro GomesEdson Martins Rosa JuniorFernando SteimbachFernando Oliveira SantosLisdeise Nunes FelipeMarcelo RamosMarcio VenturaOsni Jose Seidler JuniorThais Bortolotti

Gerncia de Marketing

Fabiano Ceretta (Gerente)Relacionamento com o MercadoEliza Bianchini Dallanhol Locks

Relacionamento com PolosPresenciaisAlex Fabiano Wehrle (Coord.)

Jeerson PandoloKarine Augusta ZanoniMarcia Luz de Oliveira

Assuntos Ju rdicosBruno Lucion Roso

Marketing E stratgicoRaael Bavaresco Bongiolo

Portal e ComunicaoCatia Melissa Silveira RodriguesAndreia DrewesLuiz Felipe Buchmann FigueiredoMarcelo BarcelosRaael Pessi

Gerncia de ProduoArthur Emmanuel F. Silveira (Gerente)Francini Ferreira Dias

Design VisualPedro Paulo Alves Teixeira (Coord.)Adriana Ferreira dos SantosAlex Sandro XavierAlice Demaria Silva

Anne Cristyne PereiraCristiano Neri Gonalves RibeiroDaiana Ferreira CassanegoDiogo Raael da SilvaEdison Rodrigo ValimFrederico TrilhaHigor Ghisi LucianoJordana Paula SchulkaMarcelo Neri da SilvaNelson RosaOberdan Porto Leal PiantinoPatrcia Fragnani de Morais

Multimd iaSrgio Giron (Coord.)Dandara Lemos ReynaldoCleber MagriFernando Gustav Soares Lima

Conferncia (e-OLA)Carla Fabiana Feltrin Raimundo (Coord.)Bruno Augusto Zunino

Produo IndustrialMarcelo Bittencourt (Coord.)

Gerncia Servio de AtenoIntegral ao AcadmicoMaria Isabel Aragon (Gerente)Andr Luiz PortesCarolina Dias DamascenoCleide Incio Goulart SeemanFrancielle FernandesHoldrin Milet BrandoJennier CamargoJuliana Cardoso da SilvaJonatas Collao de SouzaJuliana Elen TizianKamilla RosaMaurcio dos Santos AugustoMaycon de Sousa CandidoMonique Napoli RibeiroNidia de Jesus MoraesOrivaldo Carli da Silva JuniorPriscilla Geovana PaganiSabrina Mari Kawano GonalvesScheila Cristina MartinsTaize MullerTatiane Crestani TrentinVanessa Trindade

Avenida dos Lagos, 41 Cidade Universitria Pedra Branca | Palhoa SC | 88137-900 | Fone/fax: (48) 3279-1242 e 3279-1271 | E-mail: [email protected] |Site: www.unisul.br/unisulvirtual


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Plho

UnisulVirtul

2011

Design instrucionl

Crmen Mri Ciprini Pndini

1a edio revist

Mauro Notarnicola Madeira

Sotware LivreLivro didtico


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Edio Livro Didtico

Proessor ConteudistaMuro Notrnicol Mdeir

Design InstrucionalCrmen Mri Ciprini Pndini

Assistente Acadmico

Jqueline Trtri (1 ed. rev.)

Projeto Grco e CapaEquipe UnisulVirtul

DiagramaoHigor Ghisi

Noemi Mesquit (1a ed. rev.)

RevisoAmline Boulus Mussi

Jqueline Trtri (1a ed. rev.)

Fich ctlogrc elbord pel Bibliotec Universitri d Unisul

Copyright UnisulVirtul 2011

Nenhum prte dest publico pode ser reproduzid por qulquer meio sem prvi utorizo dest instituio.

005.3M15 Mdeir, Muro Notrnicol

Sotwre livre : livro didtico / Muro Notrnicol Mdeir ; designinstrucionl Crmen Mri Ciprini Pndini ; [ssistente cdmicoJqueline Trtri]. Plho: UnisulVirtul, 2011.

169 p. : il. ; 28 cm.

Inclui bibliogr.

1. Sotwre grtuito. I. Pndini, Crmen Mri Ciprini. II. Trtri,Jqueline. III. Ttulo.


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Sumrio

Apresento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7

Plvrs do proessor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9

Plno de estudo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

UNIDADE 1 - O que sotwre de cdigo berto? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

UNIDADE 2 - Licens . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37

UNIDADE 3 - Empress de sotwre de cdigo berto . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61

UNIDADE 4 - Seleo de sotwre de cdigo berto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79

UNIDADE 5 - Custos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 107

UNIDADE 6 - Aplictivos de cdigo berto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 127

Pr concluir o estudo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 5 7

R e e r n c i s . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 5 9

Sobre o proessor conteudist . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 161

Resposts e comentrios ds tividdes de utovlio . . . . . . . . . . . . . 163

Bibliotec Virtul . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 169


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Apresentao

Este livro didtico corresponde disciplina Sotware Livre.

O material oi elaborado visando a uma aprendizagem autnomae aborda contedos especialmente selecionados e relacionados sua rea de ormao. Ao adotar uma linguagem didticae dialgica, objetivamos acilitar seu estudo a distncia,

proporcionando condies avorveis s mltiplas interaes e aum aprendizado contextualizado e ecaz.

Lembre-se de que sua caminhada, nesta disciplina, seracompanhada e monitorada constantemente pelo Sistemautorial da UnisulVirtual, por isso a distncia cacaracterizada somente na modalidade de ensino que voc optoupara sua ormao, pois na relao de aprendizagem proessores einstituio estaro sempre conectados com voc.

Ento, sempre que sentir necessidade entre em contato. Voc tem disposio diversas erramentas e canais de acesso, tais como:teleone, e-mail e o Espao UnisulVirtual de Aprendizagem,que o canal mais recomendado, pois tudo o que or enviado erecebido ca registrado para seu maior controle e comodidade.Nossa equipe tcnica e pedaggica ter o maior prazer em lheatender, pois sua aprendizagem o nosso principal objetivo.

Bom estudo e sucesso!Equipe UnisulVirtual.


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Palavras do proessor

Caro(a) estudante,

O sotware de cdigo aberto uma alternativa que deve serconsiderada no momento do projeto, da implantao e dasubstituio de componentes de um sistema de inormao.Na verdade, h programas de cdigo aberto que constituem

a primeira escolha e so utilizados no nosso dia a dia, semque notemos sua presena. Saber identicar suas vantagens,desvantagens, como uncionam as licenas e outros detalhes importante para qualquer prossional de ecnologia daInormao.

Nesta disciplina, voc ter contato com aspectos essenciais doque o sotware de cdigo aberto e o que deve ser observadono momento de escolha de uma soluo.

Mauro Notarnicola Madeira


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Plano de estudo

O plano de estudos visa a orient-lo no desenvolvimento dadisciplina. Ele possui elementos que o ajudaro a conhecer ocontexto da disciplina e a organizar o seu tempo de estudos.

O processo de ensino e aprendizagem na UnisulVirtual levaem conta instrumentos que se articulam e se complementam,

portanto, a construo de competncias se d sobre aarticulao de metodologias e por meio das diversas ormas deao/mediao.

So elementos desse processo:

o livro didtico;

o Espao UnisulVirtual de Aprendizagem (EVA);

as atividades de avaliao (a distncia, presenciais e deautoavaliao);

o Sistema utorial.

Ementa

Conceitos bsicos de sotware livre. Utilizao, vantagense riscos no uso de sotware livre. Estratgia de adoo desotware livre. Anlise de custo/benecio. Metodologias deseleo, avaliao e implantao de sotware livre.


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Universidade do Sul de Santa Catarina

Objetivo

Geral:

Oportunizar ao(a) aluno(a), o acesso aos conhecimentos bsicossobre o sotware de cdigo aberto.

Objetivos Especcos

Conhecer as origens e caractersticas do sotware de cdigo aberto.

Reconhecer os undamentos das licenas de sotware e suasimplicaes no uso empresarial.

Compreender como as empresas de sotware de cdigo abertouncionam.

Desenvolver habilidades para selecionar sotware de cdigo aberto.

Avaliar custos relacionados adoo de produtos de cdigo aberto.

Conhecer aplicativos de cdigo aberto e avaliar suas caractersticas.

Carga Horria

A carga horria total da disciplina 60 horas-aula.

Contedo programtico/objetivos

Veja, a seguir, as unidades que compem o livro didtico destadisciplina e os seus respectivos objetivos. Eles se reerem aosresultados que voc dever alcanar ao nal de uma etapa deestudo. Os objetivos de cada unidade denem o conjunto deconhecimentos que voc dever possuir para o desenvolvimentode habilidades e competncias necessrias sua ormao.

Unidades de estudo: 6


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Sotware Livre

Unidade 1 O que sotware de cdigo aberto?

Nesta unidade, so apresentados detalhes da origem do sotwarede cdigo aberto. So relacionados alguns marcos undamentaisda evoluo dos computadores, o nascimento da internet e comoisto proporcionou a mudana no desenvolvimento do sotware e,consequentemente, o nascimento do movimento sotware livre ede todos os projetos de cdigo aberto.

Unidade 2 Licenas

O produto de cdigo aberto tem como caracterstica essencialo tipo de licena que o protege. Esta proteo undamentalpara que no se perca o esoro coletivo canalizado para asua produo. Alm disto, assegura que empresas possamutilizar o produto de cdigo aberto com segurana legal. Nestaunidade, so apresentados os undamentos destas licenas e suasimplicaes no uso empresarial.

Unidade 3 Empresas de sotware de cdigo aberto

Desde o incio da produo de sotware de cdigo aberto,surgiram empresas que agregaram acilidades ao processo deuso dos produtos. Estas empresas so importantes, pois, aoredor do produto de cdigo aberto, h toda uma necessidadede ormatao na entrega do produto, no treinamento e naconsultoria, servios necessrios e importantes para o uso sriodesta modalidade de sotware.


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Unidade 4 Seleo de sotware de cdigo aberto

O estudo desta unidade se concentra em como realizada a buscae anlise de produtos de cdigo aberto, visando a determinaro quanto eles podem atender s necessidades empresariais. Soapresentados diversos parmetros que o prossional de I deveter em considerao no momento de escolha e comparao comprodutos proprietrios.

Unidade 5 Custos

O custo total envolvido na escolha de um produto podedeterminar sua utilizao, ou no, por uma empresa, muitas vezesem detrimento de suas caractersticas tcnicas. Nesta unidade,so apresentados alguns parmetros ligados aos custos de adoode um produto de cdigo aberto que devem ser de conhecimentode um prossional de tecnologia de inormao.

Unidade 6 Aplicativos de cdigo aberto

Nesta unidade, o propsito apresentar uma seleo de produtosde cdigo aberto com grau de maturidade adequada paraemprego em vrias circunstncias em um ambiente de I. A lista bem pequena, mas construda ao redor de solues h muitotestadas e de aplicao em ambiente de produo.


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Sotware Livre

Agenda de atividades/Cronograma

Verique com ateno o EVA, organize-se para acessarperiodicamente a sala da disciplina. O sucesso nos seusestudos depende da priorizao do tempo para a leitura,da realizao de anlises e snteses do contedo e dainterao com os seus colegas e proessor.

No perca os prazos das atividades. Registre no espaoa seguir as datas com base no cronograma da disciplinadisponibilizado no EVA.

Use o quadro para agendar e programar as atividadesrelativas ao desenvolvimento da disciplina.

Atividades obrigatrias

Demais atividades (registro pessoal)


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1UNIDADE 1

O que sotware de cdigoaberto?

Objetivos de aprendizagem

Compreender o que sotwre de cdigo berto.

Identicr s origens e crcterstics do sotwre decdigo berto.

Sees de estudo

Seo 1 O minicomputdor

Seo 2 O nscimento do Linux

Seo 3 O movimento Sotwre Livre

Seo 4 Como produzido o sotwre de cdigo berto?

Seo 5 Quem produz o sotwre de cdigo berto?


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Para incio de estudo

Para iniciar o estudo, voc ter oportunidade de vericar a

caracterizao e as origens do sotware. importante perceberque a maior dierena entre um computador e outros inventoshumanos a sua versatilidade: um computador pode ser utilizadoem incontveis unes. Mas isto tambm az dele o invento maisdependente da imaginao e da habilidade intelectual.

O computador composto de diversos componentes eletrnicos.Estes componentes, por sua vez, ormam a memria, unidade centralde processamento, os circuitos de entrada e sada, entre vrios outros,

como estudado em disciplinas que lidam com arquitetura decomputadores. Este conjunto recebe o nome de hardware.

O hardware sozinho, no entanto, no realiza nenhuma tarea.Para que o computador uncione, necessrio que ele sejaensinado. Isto se d por meio de instrues que so armazenadasna memria e executadas pela unidade de processamentocentral (CPU em ingls). No tipo de computador que usamosnormalmente, estas instrues azem com que os dados de

entrada, como por exemplo, os que azemos entrar pelo teclado,sejam lidos, interpretados, processados e resultem em uma oumais sadas. Idealizar e escrever as sequncias de instruesque azem o computador realizar suas tareas denominadode programao; e o resultado nal dela o programa decomputador, ou sotware.

Voc notr que, neste livro, ser utilizd comrequnci plvr ingles sotwre pr representr

qulquer tipo de progrm de computdor, sej eleum pedo de cdigo ou um sistem completo.

No incio da era do computador, comeo da dcada de 1950, noexistia distino entre hardware e sotware, entre programador eusurio, existia apenas o computador e o pessoal que trabalhavacom ele (WEBER, 2004). Nessa poca, a IBM introduziu nomercado o primeiro computador comercial, o modelo 701. Eleno era vendido, mas alugado s empresas por aproximadamente


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Sotware Livre

Unidde 1

15 mil dlares mensais, uma quantia muito grande para a poca,impedindo que pequenas empresas tivessem acesso mquina.Um ano depois, a IBM comeou a vender por cerca de 1,6

milhes de dlares o modelo 705, valor tambm impossvel paraa maioria das empresas.

ambm no havia erramentas que ajudassem os programadoresa escrever seus cdigos, e cada programa tinha de ser desenvolvidodo zero. No havia as APIs (application programming interace) queexistem hoje, em que grande parte do trabalho de um programador juntar cdigo j eito por outros ao seu sistema.

Nquel poc, um progrm pr processr imgensde rdr continh t 80 mil linhs de cdigo. Imginecomo er enorme o esoro de desenvolvimento, sem ternd pr reproveitr de outros progrms similres.

As primeiras erramentas de programao, como oscompiladores, oram escritas por prossionais que passavam

seu cdigo de um para outro, sem nenhum compromisso comremunerao ou proteo intelectual. Em outras palavras,o sotware nasceu como um processo de colaborao entreprossionais, e isto era incentivado pelas empresas abricantesdos computadores, pois, quanto mais programas se produzissem,maior seria o potencial de uso da mquina pelo cliente,incentivando seu aluguel ou compra isto , seu valor agregado.

As enormes mquinas daquela poca deram origem ao termomainrame, que designa, hoje em dia, mquinas cujas principaiscaractersticas so a conabilidade, a alta capacidade de entrada/sada de dados e a capacidade de rodar vrios sistemasoperacionais, ou servidores, ao mesmo tempo. Uma mquinadestas ca ligada e operacional anos a o, no parando nemmesmo para manutenes.


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Seo 1 O minicomputador

A inveno do minicomputador mudou o cenrio anterior,

pois alm de baratear a mquina em si, tambm iniciou umarevoluo no campo do sotware - oi a partir deste ponto que asuniversidades tiveram acesso ao computador para suas pesquisas,permitindo a pesquisadores e alunos desenvolverem programas.

A primeira empresa a quebrar a supremacia da IBM, quasemonopolista, oi a Digital Research com seus minicomputadoresPDP, que custavam, em 1960, cerca de 120 mil dlares. Em1965, o modelo PDP-8 j era vendido por 18 mil dlares. Um

marco em termos de capacidade oi atingido com a introduo domodelo PDP-11, que por custar 11 mil dlares, era possvel seradquirido por um nmero maior de universidades americanas.

Um dos problemas que oi atacado por pesquisadores dentro dasuniversidades era o ato de ser caro o tempo de utilizao de ummainrame, que s podia atender a um usurio ou departamentode uma empresa por vez. Para dividir os custos, o tempo de usoera otimizado e compartilhado pelo envio de tareas (batchs). Os

departamentos de uma empresa enviavam para uma la de esperaas tareas a serem executadas, que aguardavam at seu momentode execuo pelo computador. No existia, ainda, o conceitode multitarea (multitasking), no qual h a iluso de que vriosusurios utilizam o computador ao mesmo tempo.

O primeiro sistema a apresentar esta caracterstica oi o CSS(Compatible Time-Sharing System), desenvolvido no incioda dcada de 1960 pelo MI (Massachusetts Institute oechnology). Este sistema permitia o uso compartilhado de 30usurios conectados por meio de modems.

Pesquisadores do MI, junto com colegas dos laboratrios Belle da General Electric, comearam em 1964 o desenvolvimentode um sistema sucessor, MULICS, que deveria permitir ocompartilhamento de 1.000 usurios. Este sistema no oi emrealidade implementado, em parte, por no haver na pocatecnologia de hardware sucientemente desenvolvida para darsuporte ao sistema. No entanto, as ideias serviram de base para o que

seria desenvolvido depois por Ken Tompson, denominado UNICS.


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Sotware Livre

Unidde 1

Ao iniciar o projeto sozinho, utilizando poucos recursos de tempo emquina, um PDP-7 desatualizado, Ken lanou as bases do sistemaoperacional UNIX e seus derivados, que rodam no maior nmero

de plataormas at hoje e ormam a espinha dorsal da internet. interessante notar que este processo de iniciar um projeto omais comum no cdigo aberto: apenas uma pessoa com uma ideiae, geralmente, com poucos recursos.

Junto com Dennis Ritchie, o projeto oi continuado e introduziu-se o mecanismo depipe(de tubulao em ingls), em que a sadade um programa pode ser canalizada para a entrada de outro,acilitando a modularizao do sistema UNIX e a consequenteescrita de programas para este sistema, uma vez que estes podemser combinados e reutilizados para a construo de algo novo. AA&, onde trabalhavam, licenciou o novo sistema para vriasuniversidades.

Isto ez com que proessores e estudantes, utilizando o UNIX,idealizassem modicaes, aprimoramentos e a escrita denovas erramentas. Da universidade de Berkeley surgiu o BSD(Berkeley Sotware Distribution) em 1978, levando a outra

vertente de sistemas padro UNIX.

O BSD teve um papel importante para o nascimento da Internet.Em 1968, uma agncia do governo americano patrocinou umprojeto denominado ARPANE, que tinha como objetivopermitir comunicao e armazenamento de inormao demaneira no centralizada, de tal orma que, em eventual ataquenuclear, os Estados Unidos no perdessem sua capacidade decomando (RAND CORPORAION, 2007).

No decorrer da dcada de 1970, os equipamentos e a tecnologiautilizada na ARPANE mostraram-se obsoletos, e eranecessrio encontrar um outro sistema operacional para o suporteda rede. Entre os requisitos, era necessrio que este sistema osseornecido com seu cdigo-onte. Um acordo entre a DARPA(Deense Advanced Research Projects Agency) e a universidadede Berkeley permitiu que o BSD evolusse para dar suporte aonascimento da Internet, criando o protocolo CP/IP, embutido

na verso 4.2BSD.


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Naquela poca, a verso Unix da A& e o BSDcompartilhavam muito do seu cdigo. Isto interessava A&,pois ajudava a desenvolver sua verso. Mas, a partir de 1983, este

arranjo teve de ser modicado, uma vez que a A& recebeulicena para vender sotware, o que no era permitido pormotivos de regulamentao de mercado impostos empresa.

Muitas universidades perderam o interesse, uma vez que aslicenas passaram a ser vendidas com valores em torno de100 mil dlares at 250 mil dlares anos depois. O BSD oiparticularmente aetado, uma vez que muito do cdigo oradesenvolvido em conjunto.

A soluo encontrada oi recriar todas as uncionalidadesexistentes no BSD, que eram implementadas por cdigopertencente A&, e isto era uma tarea enorme. Surge entoa ormalizao do processo de desenvolvimento distribudo, deque o pblico oi convidado a participar, recebendo em trocaa publicao de seu nome na lista de crditos da nova verso.As contribuies eram recebidas pela Internet, onde um grupopequeno de pessoas aprovava o cdigo que chegava e o incluana distribuio do sistema operacional, caso este passasse emcritrios de excelncia. Em um ano e meio, havia mais de 400desenvolvedores participando. Em 1991, a tarea estava completa.O sistema era distribudo pela universidade por mil dlares, masqualquer um podia azer uma cpia e passar adiante. O sistemaoi portado para a plataorma Intel 386, gerando o 386/BSD.Este oi o primeiro sistema Unix para um computador pessoal aser distribudo pela Internet.

Com este esoro de criar o sistema BSD livre de cdigo da

A&, consolida-se o que viria a ser chamada licena BSD.Nesta licena, umas das mais liberais existentes, possvelazer praticamente tudo com o cdigo, at mesmo incluirem um sotware proprietrio e vend-lo. A nica exceo aobrigatoriedade de incluir na documentao que o cdigo oicriado pela universidade de Berkeley e deixar inteira a nota depropriedade no cdigo-onte.


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Sotware Livre

Unidde 1

Seo 2 O Nascimento do Linux

Em 1991, Linus orvalds, um estudante de computao daUniversidade de Helsinki, comprou um PC com processador 386,4MB de memria, 40MB de disco e com o MS-DOS instalado.Na universidade, orvalds usava sistemas operacionais UNIX, oque o levou a ter a ideia de escrever uma verso para sua mquinade casa, j que verses comerciais do UNIX para PC eram muitocaras. orvalds desconhecia o desenvolvimento do 386/BSD.

N dcd de 1990,

Internet estv em seu

incio e no existi ind

WEB como conhecemos

hoje. A divulgo de

inormes er relizd

por meio de grupos de

discusso, num processo

muito mis limitdo do

que s vris errments

de comunico e

comprtilhmento que

temos hoje.


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O ponto de partida oi o sistema operacional MINIX,desenvolvido pelo proessor anenbaum para suas aulas decomputao. A esta sua prpria verso, orvalds denominou

Linux. Um ano aps publicar o cdigo, mais de 100 pessoasparticipavam de seu desenvolvimento. A maioria, contribuindocom conserto de bugs (alhas nos programas), melhoria no cdigoe novas uncionalidades. Em 1994, a verso 1.0 oi ocialmentelanada. Por volta do ano 2000, Linux era executado em maisde um tero de todas as mquinas utilizadas como servidorespara a Internet. Este enorme sistema, de alta complexidade, oidesenvolvido a partir de colaboradores ao redor do mundo, semo envolvimento de investimentos com ns lucrativos. Wheeler

(2007) estima que seriam necessrios 612 milhes de dlarespara a reconstruo do Linux (s do kernel), tendo por base averso 2.6, se ossem usados parmetros de desenvolvimentoutilizados para desenvolver produtos comerciais proprietrios.

Para contextualizar!

A ctedrl e o bzr

Em seu livro The Cthedrl & the Bzr, Rymond

(1998) descreve dus orms de desenvolver sotwre.A primeir, denomind orm ctedrl, supe queum sotwre s deve ser liberdo pr o pblico psum grnde trblho de primormento e correode bugs, relizdo pelos desenvolvedores de ummneir echd o pblico. Em contrprtid, odesenvolvimento denomindo Bzr bem misprticiptivo, e prtic liberr o mximo de verseso mis cedo possvel pr precio do pblico. Estsegund orm de desenvolvimento oi o que tornou oLinux um sucesso. Com isto, Linus Torvlds conseguiu

trir um grnde quntidde de prticipntes oprocesso de desenvolvimento, proveitndo o to deque qunto mis usurios, mis bugs so descobertose reltdos. Outros tores undmentis orm sucpcidde de engenhri e desenvolvimento. Com libero de novs verses quse que dirimente nosestgios iniciis do projeto, Internet oi undmentlpr trir e mnter os usurios n prticipo dodesenvolvimento do Linux.

(Obs.: O Linux em si pens o kernel, mesmo ssim

um pe de sotwre de enorme complexidde.)


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Sotware Livre

Unidde 1

Como visto nesta unidade, no incio no havia uma distinodo que era hardware/sotware. Somente com o passar do tempoe o aumento da complexidade dos sistemas operacionais e

aplicativos que surgiu a necessidade de tratar o sotware demaneira separada. Este distanciamento levou escrita de sistemasoperacionais que uncionavam em dierentes plataormas.Paulatinamente, o custo do hardware caiu e o do sotware subiu.Com o barateamento da eletrnica, atualmente o sotware muito mais caro do que a prpria mquina.

O nascimento do PCEm 1981, nasce o PC. A IBM tomou um passo que modicoua relao que existia entre o custo sotware/hardware.Dierentemente do que aziam as empresas de computadores dapoca, alguns empregados de uma diviso da IBM lanaram mode componentes de prateleira e montaram o IBM PC. Comuma arquitetura aberta, empresas grandes e pequenas, conhecidase desconhecidas, no demoraram a copiar a nova mquina. Comonaquela poca o sotware existia apenas para vender as mquinas,

o sistema operacional para a nova mquina oi encomendado paraa desconhecida e minscula Microsot. Com um golpe de mestre,a Microsot ez a IBM assinar um contrato, estabelecendo quecada cpia de seu PC deveria usar seu sistema operacional MS-DOS e nenhum outro. A partir deste ponto, nasce a Microsot,resultado do desconhecimento do potencial que a IBM tinhaem suas mos, lembrando que o hardware ainda era o oco dasatenes e a parte mais cara do binmio sotware/hardware.

Bill Gtes, lm de counddor d Microsot, tmbmteve um ppel importnte no nscimento d indstride sotwre proprietrio, qundo veio pblicocensurr troc livre de sotwre que zim osprimeiros experimentdores de microcomputdores.Este relto e outros sobre o incio d er dosmicrocomputdores podem ser lidos no livroImprios Acidentais, de Robert Cringely (1995).


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Seo 3 O movimento Sotware Livre

Com o passar do tempo, o valor relativo do sotware oi

aumentando, o que ez com que as empresas protegessem seusinvestimentos ao produzi-lo. O que era antes passado de umprogramador para outro, mesmo entre empresas dierentes,principalmente porque o que interessava era azer uncionaro hardware e este era o centro das atenes, transormou-seem dierencial competitivo para as empresas. O que era antesproduzido e compartilhado entre empresas e por estudantes eproessores em universidades passou a ser produzido em linhasde montagem dentro das empresas. As universidades passaram a

perder seus pesquisadores para as empresas.

Cdigo aberto X sotware livre

O Sotwre Livre um tipo de sotwre de cdigoberto. As dus coiss no so sinnims. N prtic,Sotwre Livre um movimento, o tipo de sotwreproduzido sob licen GPL e derivds. J oproduto de cdigo berto quele em que existe, disposio do usurio, o cdigo do produto em

lingugem de progrmo, de orm grtuit ou custos rzoveis. Estes detlhes so nlisdos nunidde sobre licens.

Perceba que este estado de coisas aetou o MI, importantecentro de produo de novas tecnologias em computaodesde o comeo da dcada de 1960, pois, a partir deste ponto,seus empregados oram obrigados a assinar contratos que

os impediam de transerir para outras empresas tecnologiasdesenvolvidas no MI. A situao incomodou especialmente umdesenvolvedor - Richard Stallman.

Em um momento de rustrao por no poder ter acesso aocdigo de um driver para uma impressora, Stallman sentiu que aproduo de sotware eita de uma orma colaborativa comeara aruir. Isto o levou a pensar em uma sada.


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Sotware Livre

Unidde 1

Em 1984, ele deixa o MI e cria a Fundao Sotware Livre -Free Sotware Foundation - e o movimento Sotware Livre. Suainteno era preservar o livre compartilhamento de sotware, e evitar

que este osse modicado e includo em produtos proprietrios,deixando de contribuir para sua evoluo em um retorno comunidade. Denominada clusula viral, Stallman imaginou umalicena em que havendo o uso do cdigo em um produto, seja estemodicado, ou no, este produto tambm tem de ter seu cdigoaberto. Este um entre outros detalhes da licena GPL (GeneralPublic License), que ser estudado no captulo sobre licenas.

Ao undar o movimento, Stallman tinha o projeto de criar umsistema operacional completo, partindo dos componentes dosistema at atingir o kernel. O projeto oi batizado de GNU,em uma brincadeira com as palavras em ingls GNU is NotUnix. O esoro em criar e manter os aplicativos acabou porretardar a criao do sistema operacional em si, ou kernel. Como desenvolvimento do Linux, houve uma integrao entre umprojeto e outro, o que cancelou a necessidade de um kernel.

At este ponto, possvel notar a existncia de duas ormas dedistribuio de cdigo aberto: o estilo BSD, em que pode sereito quase tudo com o cdigo; e o estilo sotware livre (GPL),em que, uma vez usado o cdigo, este contamina o produto nale o transorma em cdigo aberto.

Esta tenso entre as duas ormas de licenciar sotware decdigo aberto e as consequncias sobre sua produo lanaramas bases para o que viria a ser eito nesta rea, da dcada de1990 at o presente dia. Novas licenas oram criadas pararesolver limitaes da coexistncia de cdigo aberto com cdigo

proprietrio, o que inuenciou bastante o desenvolvimento doLinux, j que este, no incio de seu desenvolvimento, dependeude coexistir com partes proprietrias.

O que o Kernel?


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Um sistema operacional completo constitudo de vriascamadas. A camada com a qual o usurio interage geralmentedenominada interace grfca com o usurio (GUI). Esta interage

com os aplicativos, como por exemplo, um editor de textos. J osaplicativos, para que tenham acesso a outras partes da mquina,como memria, teclado, discos, CPU etc, precisam de uma camadaque coordene estes, de modo que todos os aplicativos e sistemasuncionem ao mesmo tempo. Esta camada denominada kernel.rata-se da camada mais prxima ao hardware.

Analise a gura a seguir para contextualizar melhor a explicao!

Figur 1.1 Cmds

Fonte: do utor (2008).

Quando alamos de Linux, por exemplo, estamos alandodo kernelde um sistema operacional. No universo do cdigoaberto, comum termos pedaos de vrias origens para montarum sistema operacional completo. No Linux, temos todos osaplicativos do projeto GNU, mais uma camada de interace como usurio, como por exemplo, Gnome ou KDE. No OS X, temoso Mach e o FreeBSD como cdigos que compem o kernel, maisoutras camadas at a interace com o usurio, denominada Aqua.


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Sotware Livre

Unidde 1

Seo 4 Como produzido o sotware de cdigo aberto?

O sotware de cdigo aberto, antes de tudo, um modo de

produo que tem seu oco na colaborao entre pessoas. Oadvento da internet , em grande parte, a mola impulsionadorada produo e divulgao do sotware de cdigo aberto, uma vezque consegue juntar pessoas de empresas dierentes e dos lugaresmais distantes. O potencial da internet enorme, pois, atingindomilhes de pessoas, consegue pescar para os mais dierentesprojetos pessoas que compartilham interesses comuns. Raymond(1998) sugere que um dos segredos do sotware de cdigo aberto tratar os usurios como codesenvolvedores.

O exemplo do nascimento do servidor Apache ilustra bemisto. Dierentemente de muitos projetos, o Apache no nasceuda ideia de uma pessoa, mas de um grupo de usurios quedecidiu abandonar um ornecedor (NCSA) e partir parao desenvolvimento de uma erramenta que satiszesse suasnecessidades e estivesse sob seu controle.

A maioria dos projetos recebe contribuies tanto de usurios

como de desenvolvedores. Um usurio pode participar oerecendosugestes ou mesmo publicando suas dvidas em uma lista dediscusso do projeto. Com isto, os desenvolvedores, ao responder,tentaro resolver o problema, seja elucidando algum pontode no entendimento do usurio ou mesmo consertando ouimplementando uma nova uncionalidade no sistema.

Desde a dcada de 1980, os projetos em cdigo aberto utilizamsistemas armazenados em servidores na web para controlare permitir a manuteno e participao dos programadores.Denominados Revision Control Sotware, eles permitemarmazenar em um servidor as vrias verses que vo sendocriadas e permitem voltar a verses anteriores do sotware,quando necessrio. ambm so armazenados a documentao earquivos de congurao do sistema que est sendo desenvolvido.

O Linux oi desenvolvido, inicialmente, utilizando o CVSBitKeeper, que, posteriormente, passou a ser um produtocomercial. O CVS (Concurrent Versions System) um exemplo de

sistema de reviso em cdigo aberto (GPL) muito utilizado. Elepermite que vrios programadores participem do desenvolvimento


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de um projeto ao mesmo tempo. Cada desenvolvedor copia oprojeto para si e submete suas modicaes ao servidor para seremincorporadas verso do projeto mais recente. Periodicamente,

cada desenvolvedor deve buscar a ltima verso para ter uma cpiacom as modicaes incorporadas de outros desenvolvedores. Anumerao das verses criada automaticamente.

Outra orma de colaborao que tem crescido o usode erramentas de documentao, como a Wikipedia.Voluntariamente, as pessoas escrevem a documentao dosistema, baseadas no que estudaram dele e em sua prtica deuso. Esta orma de colaborao tem sido usada por empresas detoda sorte, azendo com que a dvida ou o conhecimento de umusurio seja til ao outro. Verdadeiras bases de conhecimento sobreprodutos so criadas em torno de usurios comuns a um sistema.

WIKI

Um wiki um errment de colboro.Considerd pdro WEB 2.0, Wikipedi () o mior exemplo de seu uso. Nel possvel crir novos links pr denir um ou mis

plvrs, no estilo de um enciclopdi. Neste tipode errment, dependendo ds regrs crids,um colboro envid n orm de um novotexto ou de complemento ou correo de umexistente. Cd contribuio registrd em umhistrico e pode ser revertid, cso comuniddeche necessrio. Cd utor , o mesmo tempo,moderdor ds contribuies. Contndo com umconjunto pequeno de errments, edio de umtexto muito cil. Podem ser includs gurs, e,gerlmente, os ndices so cridos utomticmente.


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Sotware Livre

Unidde 1

Seo 5 Quem produz o sotware de cdigo aberto?

Um estudo conduzido pelo Boston Consulting Group (2002)

sobre os desenvolvedores que mantinham projetos no stioSourgeForge concluiu que as duas maiores motivaes paradesenvolver sotware de cdigo aberto por ser esta umaatividade estimulante intelectualmente e tambm por aumentaras habilidades de quem participa.

Muitas empresas contribuem com horas de trabalho de seusuncionrios, outras desenvolvem o produto sem cobrar por ele,mas sim pelo suporte ao usurio. Este um modelo de negcio

muito comum no desenvolvimento do sotware de cdigo aberto(adiante h mais sobre isto no livro). Isto az com que o produtoem si seja um chamariz para atrair clientes de uma orma ou deoutra e vender consultoria sobre o uso do produto. De acordocom Spolsky (2002), a maioria das empresas que gastam grandessomas de dinheiro em projetos de sotware de cdigo aberto estoazendo isto, pois se trata de uma boa estratgia para elas. Umbom exemplo o caso da IBM, que investe muito em sotwarede cdigo aberto, especialmente em Linux. Como um todo, a

estratgia da IBM tem sido transormar-se em uma empresa quevende servios, muito mais na orma de consultoria, do que dehardware. anto assim que ela se desez recentemente de suadiviso de notebooks.

Grande parte dos desenvolvedores de sotware de cdigoaberto so prossionais de I que doam seu trabalho voluntrioaos projetos. Isto inuencia a orma com que os times dedesenvolvimento se criam e como trabalham. Como osdesenvolvedores participam tendo como base o seu interesseno produto, o gerenciamento dos projetos muito dierente dopraticado por empresas comerciais. Uma participao voluntriaenvolve um comprometimento dierente daquele pago. Umprogramador em um projeto de cunho comercial pode no estarmuito interessado no que est desenvolvendo. J o desenvolvedorvoluntrio escreve cdigo por estar emocionalmente envolvidocom o projeto, querer que este seja o mais bem eito e por terorgulho do que produz.


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Os projetos de sotware de cdigo aberto tendem a liberaras primeiras verses dos sistemas para os usurios bem cedo.Esta prtica denominada libere cedo e sempre (modelo de

desenvolvimento Bazar). O consenso que isto produz cdigode melhor qualidade. Se, por um lado, os desenvolvedores criame testam os programas baseados no que pensam que deve ser osistema em uso, por outro lado, os usurios azem uso e mau usodeles, de maneiras inesperadas pelo desenvolvedor. Isto az comque o cdigo seja testado e corrigido para atender a uma grandeparcela das expectativas de todos.

Como o cdigo onte est disponvel e o desenvolvimento se dpor um grande nmero de pessoas com dierentes perspectivasem mente, h um ritmo muito grande de conserto de bugse umincremento na qualidade do sotware. J o desenvolvimento decdigo proprietrio tende a atender padres de mercado, em queso implementadas uncionalidades para vencer a concorrnciaem lugar do que realmente o usurio precisa.

A liberao constante de verses para absorver sugestes dosusurios uma das caractersticas do sotware de cdigo aberto,sendo um dos atores de criao da comunidade. O tamanho e aatividade de uma comunidade em torno de um projeto um dosaspectos a ser levado em considerao no momento de escolha deum sotware de cdigo aberto. Stios como SourceForge e Fresh-Meat apresentam o grau de atividade de cada projeto e o nmero departicipantes em seu desenvolvimento para que se possa medir isto.

Como em toda comunidade, no desenvolvimento de sotwarede cdigo aberto tambm existem desentendimentos entre seusparticipantes, demora na tomada de decises, imaturidade de

participantes e discusses interminveis, muitas vezes sobreassuntos no relacionados ao projeto. oda esta interao se dpor meio de troca de e-mails e runs de discusso, mas sempremantendo o sentido da produo colaborativa, o centro dodesenvolvimento do cdigo aberto.

- Leia, a seguir, a sntese da unidade, realize as atividades deautoavaliao e aprounde seus conhecimentos consultando o saiba mais!


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Sotware Livre

Unidde 1

Sntese

Como oi visto nesta unidade, o mundo do sotware tem origem,de certa orma, no cdigo aberto, onde os programadoresde diversas empresas colaboravam entre si para desenvolvererramentas que ajudavam a todos. E isto era de interesse dasbricas de computadores, que conseguiam agregar mais valor aeles, azendo valer o aluguel ou a compra de um mainrame.

Mas, com o passar do tempo, o preo do hardwarecaiu e o dosotwaresubiu, o que acabou por transormar a produo de

sotware emuma indstria, na qual a Microsot o expoentemximo. Coube s universidades responderem com outra viso, ade que a produo de sotwarepoderia ser eita por colaborao e,mesmo assim, atingir resultados de excelncia.

Neste caminho, dois projetos importantes oram concebidos:

o projeto GNU, com seu desenvolvimento catedral,criando vrios componentes para um sistema operacional;

o Linux, desenvolvendo um kernelpor um processo deproduo revolucionrio, posteriormente denominado bazar.

Na juno destes dois projetos nasceu o que hoje denominadoGNU/Linux. Para isto, oi necessria a criao de mais umtipo de licena, a uma que permitisse a coexistncia de sotwareproprietrio e sotwarede cdigo aberto.

Foi visto, tambm, como o sotware de cdigo aberto criado, oque so as erramentas de colaborao existentes e quem so osdesenvolvedores e algumas de suas motivaes.

Muitos gerentes de I inicialmente so relutantes em usar umproduto que depende de organizao to inormal. H umsentimento de que as comunidades que produzem sotware decdigo aberto no tm um comando hierrquico e uma estruturaormal. Isto leva concluso errnea de que, saindo alguma coisaerrada, no h de quem cobrar resultados.


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Mas contar com um desenvolvedor proprietrio tambm no garantia de continuidade de um produto e de suporte imediato.Muitos sotwaresso descontinuados, e o usurio se v obrigado

a partir para solues que, muitas vezes, envolvem custos maiorese renovao de hardware.

Mas a produo de sotwarede cdigo aberto, como visto nestaunidade, tem passado por muita evoluo; e esta evoluo vemtransormando-se em solues srias, que tm penetrado nomundo corporativo. Parte disto advm da adoo de soluesem cdigo aberto por empresas lderes, como a IBM, SunMicrosystems e a Apple.

Mesmo empresas de produo de cdigo proprietrio, comoa Microsot, tm criado internamente produtos utilizando odesenvolvimento comum produo no universo do cdigoaberto, como ocorreu com a criao da linguagem ASP Net(OREILLY, 2004), em que alguns desenvolvedores criaramumork interno e, posteriormente, mostraram o produto aopresidente da empresa.

O quadro 1.1 a seguir resume algumas das dierenas entre o

produto proprietrio e o produto cdigo aberto.

Comercial Open Source

Fornecedor Um empres A Comunidde

Desenvolvimento do produto Guido por ors econmics Guido pel uncionliddenecessri

Desenvolvidores Nmero limitdo comconhecimento do produtoVri de pequenos grndesgrupos de desenvolvedores

EstbiliddeNovs uncionliddes soincorpords, se houverincentivo econmico

Novs uncionliddes soincorpords se ests benefcimos usurios

UsuriosGerlmente no se grupm,contctndo o ornecedor deorm individul

O usurios se grupm emcomuniddes virtuis, discutindoentre si e os desenvolvidores outuro do produto.

Qudro 1.1 - Compro entre produto proprietrio e cdigo berto

Fonte: Adptdo de Duijnhouwer e Widdows (2003).


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Sotware Livre

Unidde 1

Atividades de autoavaliao

1.) Exminndo o seu di di, levnte trs exemplos de SotwredeCdigo Aberto que voc us ou observ em uso n su empres.

2.) Voc vi comprr um computdor PC de mes e posteriormenteum cpi do MS-Oce com Windows Vist Home Edition pr est

mquin. F um levntmento do custo destes componentes e vejqul relo entre o custo de sotwre/hrdwre.


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2UNIDADE 2

Licenas


Compreender o que so licens de sotwre.

Relcionr s dierens undmentis entre licende produtos de cdigo echdo e de cdigo berto.

Reconhecer quis so s principis licens de cdigoberto e s dierens entre els.

Compreender s implices ds licens no uso deprodutos de cdigo berto ns empress.

Sees de estudo

Seo 1 O sotwre proprietrio

Seo 2 O sotwre grtuito

Seo 3 Implices ds licens n empres

Seo 4 Outrs licens


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Para introduzir esta unidade vamos detalhar um pouco a

necessidade de haver licenas para produtos de cdigo aberto.

importante dizer que os produtos de sotware de cdigo abertoso, em sua maioria, construdos com mo de obra gratuita. Osdesenvolvedores doam seu tempo e talento voluntariamente paracriar programas e torn-los disponveis aos usurios, geralmentesem custos para estes.

Isto levanta uma questo: E se algum pegar este produto, der

outro nome a ele, disser que de sua autoria e comear a venderpor a?

H uma resposta simples: com certeza estes desenvolvedorespodero perder o interesse em produzir sotware de cdigoaberto, matando a produo comunitria.

pr isto que existem s licens - pr prevenir estedesvio.

Como o sotware um produto intelectual, seu criador detmos direitos sobre ele. Assim como um livro possui seu autor,um dispositivo de hardware a sua patente, o sotware tambmpossui uma proteo autoral, acultando ao autor auerir ganhoseconmicos e controlar seu uso, restringindo sua modicao ecpia. A licena de um sotware um contrato entre o produtor

do sotware e seu usurio, especicando o que pode ser eito comele, ou seja, o que o proprietrio de seus direitos permite que umusurio aa com ele.

Existem licens mis permissivs e licens misrestritivs. A licen mis permissiv quel que peo progrm em domnio pblico. Isto quer dizer queo trblho no contm nenhum restrio de uso, ousej, nenhum pesso detm exclusividde de seu

uso, sej medinte um gnho econmico, ou no.


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Sotware Livre

Unidde 2

A orma mais cil de liberar o uso de um sotware deix-locomo domnio pblico. Neste caso, seu uso, modicao ouincorporao a outros produtos so permitidos sem reservas. Isto,

no entanto, pode levar estagnao do cdigo, ou seja, caso ousurio aa alguma modicao nele, como um aprimoramento,este pode ser mantido em sigilo, e o cdigo original e acomunidade no se beneciaro.

O ideal a ser alcanado com licenas compatveis com a GPL(como veremos mais adiante) que as modicaes eitasno sotware de cdigo aberto sejam compartilhadas comoutras pessoas, impedindo a apropriao do cdigo sem umacontrapartida comunidade que o criou.

J outros tipos de licena priorizam a liberdade total, e o idealpassa a ser o mximo uso do que se criou. Usar uma abordagemou outra questo de princpios pessoais, mas a escolhapode aetar o uso por empresas de tecnologia da inormao,principalmente aquelas de desenvolvimento, como ser vistonesta unidade.

Para entender como uncionam as licenas de sotware de cdigo

aberto preciso entender, primeiramente, como uncionam aslicenas de sotware proprietrio.

Vamos l?

Seo 1 O sotware proprietrio

O sotware proprietrio , antes de tudo, aquele que tem comouno bsica a gerao de lucro para o(s) proprietrio(s) daempresa que o desenvolve. Quanto mais secreto or o seu meio deproduo, maior a vantagem competitiva da empresa.

A caracterstica essencial para isto que seu cdigo onte sejaprotegido.


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Voc sabe o que Cdigo Fonte?

Cdigo onte so as linhas de cdigo que, interpretadas oucompiladas, do origem ao programa executvel ou cdigobinrio. O cdigo onte o programa, escrito em uma linguagemde programao, como Pascal, C, C++, Java. No processo decompilao clssico, para chegar at o cdigo binrio, ele passapelo processo de compilao, gerando um arquivo que deve sejuntar ao cdigo a ser reutilizado, como, por exemplo, para abrirjanelas no ambiente grco, comunicar-se via rede.

Figur. 2.1 - Cdigo de onte

Fonte: do utor (2008).


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Sotware Livre

Unidde 2

Veja um exemplo de cdigo onte na linguagem de programao C:

#include

main(){print (Al mundo\n);

}

Para que o sotwareproprietrio seja produzido, h todoum investimento na mo de obra com analistas, projetistas,programadores, computadores e instalaes sicas. Alm doproduto em si, so necessrias aes de marketing, tornandoo sotwareatraente ao consumidor, tais como embalagem,campanhas publicitrias etc. So importantes tambm amanuteno, o treinamento e o suporte ao usurio. Assim, estacadeia de valor conere ao sotwareproprietrio o statusde umproduto como outro qualquer.

O que Cdei de Vlor?

o conjunto de atividades dentro de uma empresa, as quaisacrescentam ou diminuem uma quantia ao valor nal de umproduto.

Por seu lado, o usurio deve concordar com licenas queprotegem os direitos autorais, em que proibida a cpia doproduto, bem como a utilizao de qualquer de suas partes paraa construo de outro sotware. No momento da compra dosotware, o usurio no se transorma em seu dono, mas adquireo direito de utiliz-lo em certo nmero de mquinas, um nmerode usurios indenidamente ou por um tempo determinado.

O gerenciamento de licenas uma tarea importante! Saberqual cpia instalada em determinada mquina coberta por quallicena pode salvar a empresa de multas.


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Como um eeito colateral, o sotware proprietrio, a cada novaverso oerecida pelo desenvolvedor, tende a orar a renovaodo parque instalado de hardware. Como a ecincia no

seu objetivo nal (salvo em casos muito especiais), mquinascom mais desempenho so necessrias para executar de ormasatisatria cada nova verso. Isto causado pela relao dedependncia que o sotwareproprietrio impe ao usurio.

A recente crio d nov verso do MS Windows, oVist, ilustr bem este enmeno: mior prte dsmquins no mercdo no tm cpcidde pr rodrest nov verso e tm de ser substituds. H muitos

pedidos pr que Microsot volte trs e mntenho sistem XP por mis tempo ou mesmo em prlelocom o Vist. Muits empress ind no tm plnosde relizr troc de sus mquins.

Como as verses antigas deixam de ser suportadas pelodesenvolvedor, o usurio se v diante da necessidade de trocar paraverses mais novas, com o consequente gasto de dinheiro, tanto

na aquisio desta nova verso, quanto nas mquinas para rod-la. Geralmente, cada empresa tem sua poltica de manutenodo sotwareque vende, variando entre 5 a 10 anos para asempresas maiores. Ou seja, no adianta voc ou sua empresaquerer continuar usando aquele sistema operacional que d contado recado: depois de um prazo, o abricante deixar de enviar oscdigos de atualizao para consertar deeitos ou alhas, o quepode ocasionar quebras de segurana, como invaso de hackers.

Seo 2 O sotware gratuito

O sotwarede cdigo aberto no sinnimo de sotwaregratuito. Existem programas que so distribudos de ormagratuita, mas que no incluem o cdigo onte. Os exemplos maiscomuns so os reeware e shareware. O reewaretem seu cdigo

executvel distribudo gratuitamente e no contm restries deuso, mas pode ser uma verso menos completa de um produto


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Sotware Livre

Unidde 2

comercial. O shareware geralmente unciona por um tempo,mas requer um pagamento, na maioria das vezes simblico, paracontinuar uncionando ou eliminar propagandas que surgem no

meio de sua operao. Qualquer modicao ou aprimoramentodepende do autor e no h garantias de que ser continuado, ouseja, de que estar disponvel em uturas verses.

Em resumo:

reeware- binrio com distribuio gratuita. Noacompanha cdigo-onte. Exemplos: Internet Explorer,Yahoo Messenger, Windows Live Messenger, Picasa,Skype etc;

shareware - binrio com distribuio gratuita. Noacompanha cdigo onte. Geralmente unciona porum determinado tempo, apresenta anncios ou temuncionalidade reduzida. Para continuar o uso ou retiraros anncios, necessrio registrar o produto. Exemplos:Winzip, WinRar, McAee VirusScan Plus.

Licenas de sotware de cdigo aberto

O propsito do sotware de cdigo aberto azer com que osotwareseja o mais diundido possvel, e as licenas existempara incentivar isto. A licena que o produto carrega inorma ascondies em que o cdigo pode ser utilizado. Alm disto, eleexplica os eeitos de sua incorporao em outro produto.

Existem dezenas de licenas para sotwarede cdigo aberto.No entanto, elas seguem as diretrizes bsicas de trs principais,as derivadas da BSD - ou permissivas, as que seguem o padroGPL e aquelas que seguem as diretrizes da Open Source Initiative,que, na verdade, engloba as outras duas.


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Licena BSD

A licena BSD, praticamente nasceu com o sistema operacional

BSD. a licena mais liberal existente, aproximando-se dodomnio pblico.

Esta licena permite que o cdigo protegido por ela sejaincorporado a produtos comercias. So exemplos empresas comoa Microsot, que incorpora vrios componentes de rede do BSD,e a Apple, que usa vrios componentes do FreeBSD no seusistema operacional.

A nica restrio imposta que todo sotware incorporado devemanter a indicao de que oi criado na universidade de Berkeley,contendo os seguintes dizeres:


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Sotware Livre

Unidde 2

Podemos constatar que as diretrizes so:

toda a redistribuio do cdigo onte deve conter a nota

acima; toda a redistribuio em orma binria deve seracompanhada da nota acima em sua documentao ououtros materiais que acompanham o produto;

no podem ser usados nem o nome da universidade nemde seus colaboradores em propaganda de promoo deprodutos contendo cdigo sob esta licena, exceto emcaso de permisso escrita.

Licena GPL

A licena mais conhecida e importante no mundo do sotwarede cdigo aberto a GPL - General Public License. Ela oioriginalmente idealizada por Richard Stallman.

Esta licena requer que toda a distribuio de sotware tornedisponvel o seu cdigo onte. No existe a obrigatoriedade deque o programa distribudo sob esta licena seja gratuito, mas oque acontece na maioria das vezes. ambm existe um consensode que o custo de distribuio do cdigo-onte no deve ser maiordo que o executvel em si, ou seja, caso o usurio deseje o cdigo-onte, este estar disponvel pelo mesmo preo ou por um valorinerior ao executvel.

A licena GPL possui uma clusula denominada viral. Aclusula viral especica que todo sotwareproduzido utilizandopartes de cdigo distribudo sob a licena GPL tambm tem deser distribudo sob esta licena, mesmo que o cdigo esteja emuma biblioteca e seja linkado de orma esttica ou dinmica. Istoaz com que muitos desenvolvedores de sotwareproprietriopensem duas vezes antes de utilizar cdigo GPL em seussistemas, uma vez que seu trabalho dever retornar comunidadetambm como sotware livre sob a licena GPL.


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Vej que qulquer um tem liberdde de modicro cdigo e mnt-lo pr si; o que no permitido distribuir um produto, sej de orm grtuit ou no, e

impedir que outros tenhm cesso o cdigo onte.

Em contrapartida, ao termo copyright, que resguarda todos osdireitos de cpia ao autor e probe sua distribuio e modicaosem autorizao, as licenas como a GPL so copylet.

rabalhos com copylet, no s sotware , exigem que toda cpia,modicao e inclusodo produto em outro sejam passadas

adiante com os mesmos direitos (trabalhos derivados). Esta aessncia do termo livre - a liberao do trabalho, mas tambma proteo de que ele continue assim.

Existe ind licen Lesser Generl Public License(LGPL). Est licen liber, sob certs circunstncis,bibliotecs pr uso em sotwre proprietrio ou comlicens no comptveis com GPL.

O stio do projeto, , contm a descrio e todos osdetalhes de uso destas licenas.

necessrio tomar cuidado com a traduo do termo reesotware, uma vez que reeem ingls pode signicar grtis, oulivre. A inteno no GPL quereetenha o sentido de liberdade- liberdade de estudar e modicar o cdigo onte. No h nalicena a inteno de que o sotware seja gratuito.

Segundo o movimento Free Sotware (FREE SOFWAREFOUNDAION, 2007), o Sotware Livrese reere liberdadedo usurio executar, copiar, distribuir, estudar, modicar eapereioar o sotware:

a liberdade de executar o programa, para qualquerpropsito (liberdade nmero 0);


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a liberdade de estudar como o programa unciona eadapt-lo para as suas necessidades (liberdade nmero1). Acesso ao cdigo-onte um pr-requisito para esta

liberdade; a liberdade de redistribuir cpias de modo que voc possaajudar seu prximo (liberdade nmero 2);

a liberdade de apereioar o programa e liberar os seusapereioamentos, de modo que toda a comunidade sebenecie (liberdade nmero 3). Acesso ao cdigo-onte um pr-requisito para esta liberdade.

Open Source Initiative OSI

Em 1998, Eric Raymond, Bruce Perens e outros sentiram anecessidade de exibilizar algumas restries impostas pelalicena GPL, principalmente a clusula viral, que exige que ocdigo onte do produto que reutilize cdigo GPL tambm tenhade ser distribudo sob a licena GPL.

O eeito viral, se por um lado reora o compartilhamento decdigo entre os desenvolvedores, por outro restringe as empresasde incentivarem seus programadores a participar de projetos desotwarede cdigo aberto que poderiam ser utilizados por estas.

A iniciativa OSI indica licenas que permitem o uso hbridode sotwareproprietrio e sotware de cdigo aberto. Umdos produtos mais notveis que se desenvolveu graas a estaexibilizao oi o prprio GNU/Linux. O GNU/Linux oioriginalmente concebido com uma interace de texto com ousurio (comando de linha). Para que o sistema operacionaltivesse maior aceitao, era necessrio que este osse cil deusar como os sistemas operacionais proprietrios concorrentesda poca, o que demandava a incluso de um ambiente grcode interao com o usurio, no padro WIMP - Window, Icon,Menu, Pointing device. Com a introduo da licena OSI, oipossvel utilizar o X Windows, ou X11, nas distribuies Linux,popularizando o sistema.


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X-Windows

O sistem X-Windows oi crido pelo Instituto de

Tecnologi de Msschusetts (MIT) n dcd de1980. Ele ornece um mbiente bsico, onde estodisponveis comndos pr crio e movimentode jnels n tel, bem como intero com omouse e o tecldo. A prnci e outros spectos dinterce, como brrs, menus, cones, so ornecidospor um cmd superior, os gerencidores de

jnels, como KDE e Gnome. Um dos pontosinteressntes do X Windows su uncionlidde emrede, em que um computdor pode presentr telgrc de outro, qundo mbos esto conectdos.

O X-Windows originou o X-Free, com libero dosistem n modlidde cdigo berto.

A Iniciativa Cdigo Aberto (OPEN SOURCE INIIAIVE,2006) dene o sotwareOpen Source como aquele que possuiuma licena com critrios que atendam lista que segue.

1. Liberdade de redistribuio - A licena no deverestringir nenhuma parte de vender ou oerecer osotwarecomo um componente de uma distribuio desotware agregado contendo programas de vrias ontesdierentes. A licena no deve exigir um royalty ou outrataxa para tal venda.

2. Cdigo Fonte - O programa deve incluir o cdigoonte e deve permitir a distribuio tanto na orma decdigo onte como compilada. Quando alguma orma

de um produto no distribuda com o cdigo onte,deve existir um meio amplamente divulgado de obtero cdigo onte sem nada mais do que um custo dereproduo razovel, preerencialmente, baixado atravsda internet, sem custo. O cdigo onte deve ser a ormapreerencial com a qual um programador modicaria oprograma. Cdigo onte deliberadamente ouscado no permitido. Formas intermedirias como a sada de umpr-processador ou tradutor no so permitidas.


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3. Trabalhos derivados - A licena deve permitirmodicaes e trabalhos derivados, e deve permitirsua distribuio sob os mesmos termos da licena do

sotware original.4. Integridade do Cdigo Fonte do autor- A licena

pode restringir o cdigo onte de ser distribudo emorma modicada somente se permitir a distribuio dearquivos de patch com o cdigo onte, com o propsitode modicar o programa em tempo de compilao. Alicena deve explicitamente permitir a distribuio desotware construdo a partir do cdigo onte modicado.A licena pode requerer que trabalhos derivados tenham

um nome ou verso dierentes daqueles do sotwareoriginal.

5. No discriminao de pessoas ou grupos - A licenano deve conter discriminao em relao a uma pessoaou grupo de pessoas.

6. No discriminao do campo de uso - A licena nodeve restringir ningum de azer uso do programa em

um campo especco de trabalho. Por exemplo, ela nopode restringir o programa de ser usado em uma empresaou de ser usado para pesquisa gentica.

7. Distribuio da licena - Os direitos atribudosao programa devem se aplicar a todos para quem oprograma or redistribudo, sem a necessidade daaplicao de uma licena adicional por essas partes.

8. A licena no deve ser especfca a um produto - Os

direitos atribudos ao programa no podem dependerde ele ser parte de uma distribuio de sotware emparticular. Se o programa or extrado dessa distribuioe usado ou distribudo dentro dos termos da licena,todas as partes para as quais ele distribudo devemreceber os mesmos direitos que so atribudos aoconjunto original.


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9. A licena no pode impor restries a outro sotware- A licena no pode impor restries a outros sotwaresque so distribudos junto com o sotwarelicenciado.

Por exemplo, a licena no deve insistir que todos osprogramas distribudos na mesma mdia devam tambmser sotwareopen source.

10. A licena tem de ser neutra em termos de tecnologia- Nenhuma clusula da licena pode se reerir a umatecnologia especica ou estilo de interace.

O que so Arquivos de Ptch?

Um patch um conserto que, aplicado a um sotware, otransorma em uma nova verso, corrigindo alhas ou decincias.

No portal do projeto, , possvelvericar que existem mais de 20 licenas que preenchem estesrequisitos. Estas licenas, embora ujam dos ideais pregadospela Free Sotware Foundation, do maior segurana s empresasproprietrias que investem em cdigo aberto, que o usamcontribuem com ele de alguma orma. Praticamente todas asgrandes empresas do setor de I, de uma orma ou de outra,esto envolvidas com projetos em cdigo aberto.


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Seo 3 Implicaes das licenas na empresa

Como oi visto, assim como no sotware proprietrio, as licenas

de sotware de cdigo aberto determinam o que pode, ou no, sereito com o cdigo.

De um modo resumido, o sotware de cdigo aberto pode ser usado:

como um produto pronto, ou seja, na sua ormaexecutvel, instalado em uma estao de trabalho ouservidor;

como um sotware modicado, em que partes soacrescentadas ou reescritas;

como um pedao de cdigo utilizado, modicado, ouno, dentro de outro produto;

com uma biblioteca, linkada de orma esttica oudinmica.

Ligao dinmica e esttica - cdigo linkado

Em computao, uma biblioteca uma coleo de cdigosreunidos em um arquivo, com o propsito de realizar tareasgeralmente relacionadas, como por exemplo, para comunicaoem redes, manipulao grca, clculos numricos etc. Ocontedo da biblioteca no est na orma de cdigo onte, massim compilado.

Quando um programa compilado, ele geralmente necessitade cdigo externo. Uma das ormas recorrer ao contedo debibliotecas. Para isto, depois de compilado, uma erramenta,denominada linker, tem a uno de indicar o que deve serchamado e como: de orma esttica, ou dinmica. Na ormaesttica, o cdigo carregado para dentro do programaexecutvel (binrio). No caso da ligao dinmica, o cdigo s chamado quando o programa executado.


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de comunicao. Este tipo de colaborao uma das ormascom as quais muitas empresas ajudam na criao de sotware decdigo aberto. Mas, caso as modicaes s sejam interessantes

para o uso interno, no azendo parte de produtos que serodistribudos, no haver consequncias legais.

No entanto, caso a empresa utilize cdigo livre paracomercializao, principalmente se este or includo em umproduto, necessrio vericar a licena.

Por que isto contece?

Se a licena contiver uma clusula viral, possvel que todo ocdigo do produto que incorpora o cdigo aberto tenha de serliberado para o pblico. Isto signica que, legalmente, qualquerum pode requisitar o cdigo onte do produto e depois azero que quiser com ele. Observe que a empresa pode vender oproduto, mas, ao ser requisitado o cdigo onte, o requerentepode publicar gratuitamente esta onte.

At o momento, o utor deste trblho no teve notcide que isto tenh sido eito no Brsil ou que lgumou lgum empres tenh sido processd por usoindequdo de cdigo berto. Mesmo nos EstdosUnidos, so rros os csos, em que isto contece.

Se a empresa pretende redistribuir sotwarede cdigo livre dentro

de um produto que desenvolve, importante que todos os envolvidosna empresa saibam das implicaes do uso de sotwarede cdigoaberto. Empresas de ponta tm uma poltica sobre o uso e reuniesperidicas para assegurar que todos esto seguindo esta poltica. Apoltica geralmente dene um processo que deve ser seguido quandocdigo aberto incorporado a um produto. So discutidos osmotivos pelos quais o sotware de cdigo aberto utilizado, que tipode licena ele carrega e quais os riscos da violao desta (GOLDEN,2005, p. 48). Neste comit, podem ter participao advogados

especializados, capazes de interpretar detalhes das licenas.


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possvel que no Brasil, com o passar do tempo, venha a serimportante conhecer as implicaes legais do uso de sotwarede cdigo aberto em uno principalmente da exportao de

sotware. Existem vrias licenas dierentes a que o uso doproduto pode estar condicionado.

Anlise o estudo de cso presentdo seguir.

Ainda so raras as aes em relao violao de licenas de

sotwarede cdigo aberto. O Centro Legal da Liberdade desotware (Sotware Freedom Law Center SFLC - ) entrou, em setembro de 2007, com umaqueixa de quebra de direitos autorais em avor dos desenvolvedoresdo BusyBox contra as empresas Xterasys Corporation e High-GainAntennas, LLC, por violao da licenas GPL.

BusyBox um conjunto de erramentas padro Unix usadasem sistemas embutidos. Uma das condies da licena GPL exigir que aquele que empregue o cdigo ou produto derivadodele tambm ornea acesso ao cdigo-onte do programa.As empresas acima no estavam distribuindo o cdigo comodemandado pela licena. Antes de estas duas empresas seremprocessadas, os mesmos desenvolvedores j haviam processado aempresa Monsoon Multimedia pela mesma violao. Esta, emuma primeira audincia, em outubro de 2007, concordou emremediar a situao, compensando nanceiramente os autores epassando a disponibilizar o cdigo.

Em 18 de dezembro de 2007, a Xterasys, uma das empresasprocessadas, abricante de pontos de rede sem o, entre outrosdispositivos que empregam sotwareembarcado, sediada naCalirnia, EUA, entrou em acordo. Ela dever noticar todosos usurios de seus produtos que eles tm o direito de receber ocdigo onte, o qual dever estar disponvel antes que a empresavolte a distribuir produtos contendo o pacote BusyBox. O casocontra a empresa High-Gain Antennas ainda est pendente eoutro processo oi iniciado contra a empresa Verizon. (EDDY

2007; BYFIELD, 2007).


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Seo 4 Outras licenas

Alm das licenas BSD e GPL, existem vrias outras para cdigo

aberto. Veja aquelas que so compatveis com a GPL. Exemplos:

Apache - compatvel com GPL, mas probe o uso donome Apache no produto produzido;

Sleepycat - compatvel com GPL, usada para o banco dedados desenvolvido na universidade Berkeley;

Apache 2 - compatvel com GPL.

E algumas incompatveis, por uma razo ou outra, com GPL.Exemplos:

Apple Public;

Sun Public License;

Mozilla Public License (MPL).

No site da GNU Operating System h uma extensa listagem delicenas com explicaes dos motivos da sua compatibilidade, ouno, com a reerncia GPL.

Por que usr GPL como reernci?

Em parte por ela ser uma das pioneiras e ter nascido com omovimento sotware livre. Por outro lado, segundo o site Blackduk, a licena GPL utilizadaem 59,22% dos programas de cdigo aberto. Para se ter uma ideiade sua popularidade, a segunda licena mais utilizada LGPL,com 11,36%; e a terceira, Artistic License, com 7,78%. A base deconhecimento para levantar estes dados vem de mais de 3.500 stios,por volta de 1.000 vendedores de sotware, alm de outras ontes.


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Sntese

Como oi visto nesta unidade, a produo e o uso de sotware decdigo aberto tm de ser regulamentados por licenas, para queele no que estagnado. As licenas GPL e LGPL so as maisrestritivas em relao ao que se pode azer com o cdigo aberto, euncionam como base para o movimento Sotware Livre.

A liberdade implica o usurio ter acesso ao cdigo onte paraestud-lo e modic-lo, mas impede que ele seja includo em umproduto para ser distribudo, sem que a liberdade seja passada

adiante. Neste caso, junto com o produto, deve ser ornecido todoo cdigo onte ou a indicao de como ele pode ser conseguidosem esoros maiores e com baixo custo. Este o ator viral e a base para a noo de copylet.

Outras licenas so menos restritivas, como por exemplo, aBSD. Neste caso, o cdigo-onte pode ser utilizado mesmo emprodutos para serem distribudos, mas com a incluso da notaindicativa da licena em sua documentao.

As demais licenas seguem, de uma orma ou de outra, estas duas,mas, na prtica, a maioria dos sotwares coberta pela licena GPL.

Embora em nosso pas ainda no seja corrente a preocupaocom o que pode acarretar a violao das licenas de sotware decdigo aberto, nos Estados Unidos e na Europa j comeam aaparecer processos contra empresas que utilizam cdigo abertosem as necessrias salvaguardas.

Mas, como no Brasil a exportao de sotware tem aumentado, possvel que, no uturo, seja importante o prossional de Isaber como proceder e procurar auxlio legal para estabelecer umapoltica de uso de sotware de cdigo aberto em sua empresa.


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Unidde 2

Atividades de autoavaliao

1.) Um empres desenvolve um dispositivo pr medio de tempertur.No sistem opercionl embrcdo, desenvolvido pr ele, oi utilizdum bibliotec do projeto GNU. Junto com o prelho, h um mnulsem nenhum indico d procednci do sotwre utilizdo. Que riscocorre est empres em relo o sotwre utilizdo?

2.) Um grupo de progrmdores desenvolveu um progrm e criou um

licen prpri pr regulmentr seu uso. Entre s clusuls d licen,um reere-se proibio de seu uso em prelhos que possm serutilizdos em usins nucleres, j que um dos desenvolvedores dogrupo prticip de um grupo tivist contr qulquer tipo de poluiombientl. Depois de pronto este sotwre, os desenvolvedoressubmeterm su licen pr que el osse includ n list de licensprovds pel OSI. Qul deve ter sido o resultdo?


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3.) Um empres vende um sintonizdor de TV pr nten prbliccom um sotwre embrcdo que present um menu n tel dteleviso, migrndo bo prte ds unes presentes do controleremoto pr tel. Como est empres orte em eletrnic, no

interess el mnter o sotwre proprietrio, um vez que istodemndri custos muito grndes. Pr trir jud de outrosbricntes, el pretende inicir um projeto pr desenvolver o sotwren modlidde cdigo berto. Por outro ldo, el no desej que outrosbricntes modiquem o sotwre e o inclum em seus produtos, semque s inoves no sejm incorpords o projeto originl. Qul tipode licen seri dequdo est estrtgi?


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Saiba mais

Para aproundar seus conhecimentos relativos ao contedotratado nesta unidade, veja as sugestes de leitura na sequncia.

O endereo contm a denio ocial sobre sotwarelivre. Este o endereoda Free Sotware Foundation ou Fundao do Sotware Livre.

Em , possvel encontrar

vrias outras licenas para eeito de comparao. Elas estoclassicadas como compatveis, ou no, em relao a GPL eLGPL.

Existe uma undao irm da Free Sotware Foundation para aAmrica Latina, denominada Fundao Sotware Livre AmricaLatina. Seu endereo . Estaundao tem por objetivo juntar-se a uma rede de undaesregionais que trabalhem articuladas, sustentando e ortalecendo

a losoa, o marco jurdico e os ideais do Sotware Livre, deacordo com a denio da FSF.

A pgina o stio ocial da OpenSource Initiative - Iniciativa do Cdigo Aberto.

Na pgina , possvel ver uma listagem de todas as licenas compatveisOSI. Note como as licenas Sotware Livre (GPL e derivadas)so tambm consideradas de Cdigo Aberto, mas nem todas aslicenas listada pela OSI so compatveis com GPL.

Em , est disponvel um captulo do livro Open Sources: Voicesrom the Open Source Revolution de McKusick (1999). Nele possvel ler um histrico das verses do sistema operacional BSD.


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3UNIDADE 3

Empresas de sotware decdigo aberto


Compreender como s empress de sotwre proprietriouncionm e como se originrm s empress de sotwrede cdigo berto.

Entender como um empres de sotwre de cdigoberto greg vlor o seu produto.

Identicr orms de ornecer o sotwre de cdigo berto.

Reconhecer como introduo do sotwre de cdigoberto et o mercdo de TI.

Sees de estudo

Seo 1 Sotwre proprietrio

Seo 2 Como s empress comerm se ormr

Seo 3 Instlo e mnuteno

Seo 4 Suporte e consultori

Seo 5 Outros modelos de negcio

Seo 6 Eeitos no mercdo de TI


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O sotware de cdigo aberto no pressupe gratuidade, mas

disponibilidade do cdigo onte e as implicaes que isto traz emtermos de licenas.

Embora a maioria dos produtos sotware de cdigo aberto estejadisponvel de orma gratuita, existem empresas comerciais que semantm ou conseguem extrair parte de sua receita de atividadesrelacionadas ao produto de cdigo aberto. As estratgias denegcios destas empresas variam, e, com o passar do tempo,novas so criadas.

importante entender como elas uncionam, para entender oquanto seguro e conveniente adotar uma soluo sotware decdigo aberto e vericar que a comercializao ortalece estemodelo de produo.

Seo 1 Sotware proprietrio

O modelo de negcios do sotware proprietrio opera de umaorma simples: a companhia vende ao cliente o direito deusar o sotware, mas no transere a propriedade do produto.As licenas restringem o que pode ser eito com o sotware,permitindo o uso por um usurio, um grupo de usurios ou paraum determinado projeto. Adicionalmente, as empresas tambm

vendem suporte, consultoria e servios de integrao.

O que Modelo de Negcios?

O modelo de negcios compreende a arquitetura de uma empresae a orma como ela extrai resultados nanceiro-econmicos,visando a sua manuteno e lucro.


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Sotware Livre

Unidde 3

Esta lgica cria um mercado para a tecnologia da inormao, emque a ora se concentra na mo do ornecedor. Os consumidoresnecessitam de solues para seus problemas, e as necessidades

so relatadas ao ornecedor que em princpio, cria sotwarepara suprir estas demandas. Mas as demandas so complexas,ragmentadas, mudam constantemente, o que torna dicil que oornecedor consiga atender elmente s necessidades do cliente.

Como o sotware eito para atender a muitos clientes, o queest implementado nele uma espcie de mnimo denominadorcomum, geralmente solues eitas para os grandes consumidores(em comparao, como um canal aberto de V, bom paraatrair uma grande audincia, mas que no agrada a ningumtotalmente). (WEBER, 2004).

O cliente ento preso necessidade de tentar usar o produto eintegr-lo s suas prticas de negcio. Como o cliente no tem ocdigo-onte, no pode adaptar o produto s suas necessidades.Muitas vezes, o cliente tem de adaptar seu modo de operaopara se encaixar no que o produto pode oerecer.

O processo sotwarede cdigo aberto quebra esta lgica

comercial. O sotwarede cdigo aberto az mais do que liberaro controle do cdigo-onte -- ele estabelece uma situao emque ningum controla o cdigo-onte. Isto causa uma mudanaradical na estrutura de mercado de sotware-- o poder passa dasmos do ornecedor para as mos do consumidor.

Com acesso ao cdigo onte, o usurio pode escolher as peasde sotwareque melhor atendem as suas necessidades e pode,em ltima instncia, modicar o sotware. O usurio ca

independente de ornecedores especcos. Caso os servios de umornecedor tornem-se caros ou no atendam s necessidades, outrospodem ser contratados ou o usurio pode, ele mesmo, modicar osistema ou contratar uma terceira parte para azer a modicao.

Isto elimina a dependncia que o ornecedor tradicional cria emseus consumidores, comum ao modelo de negcios do sotwareproprietrio, em que o consumidor se v obrigado a comprarnovas verses e direcionar seu negcio em uno das solues

impostas pelo ornecedor.


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Sotware Livre

Unidde 3

Eram empresas realmente pequenas, com poucos indivduos.Estes entusiastas tinham como objetivo compartilhar seusconhecimentos e diundir o sotware de cdigo aberto,

principalmente o Linux, o que realimentava o interesse de maisparticipantes no desenvolvimento do sistema.

Figur 3.2 - Exemplo de CD distribudo pel Revist do Linux

Fonte: Elboro do utor

Seo 3 Instalao e Manuteno

No demorou muito e algumas organizaes comearam a seinteressar por produtos sotwarede cdigo aberto, o que levou aoprximo estgio de desenvolvimento. Os desenvolvedores iniciais

do sotwarede cdigo aberto tinham como consumidores seuspares, ou seja, indivduos com grande conhecimento tcnico. Istono atraa a ateno do pessoal de I das organizaes, ondeno existe geralmente pessoal com um domnio to grande dedetalhes tcnicos e de desenvolvimento. Os produtos eram muitodiceis de instalar e usar, no possuam documentao e nemuma orma de atualizao simples. Embora ossem tecnicamentebons, no eram prticos.


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A distribuio RedHat oi uma das pioneiras a agregar valor auma distribuio. Juntar e compilar as centenas de partes quecompem um sistema GNU/Lin

[4129 - 18812]software livre midiateca

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