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    A ESCOLA DE CHICAGO

    Antropologia B

    10/06/2013

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    Escola de Chicago

    Conjunto de trabalhos de pesquisa sociolgica realizados,entre 1915 e 1940, por professores e estudantes da

    Universidade de Chicago (COULON, 1995).

    SOCIOLOGIA estuda os iguais /a prpria sociedade

    ANTROPOLOGIA estuda os diferentes /as outras

    sociedades

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    O que uma escola?

    Escola de pensamento X Escola de atividade

    Grupo de pessoas que temem comum o fato de que

    outras pessoas consideram

    seu pensamentosemelhante

    Grupo de pessoas quetrabalham em conjunto,

    no sendo necessrio que

    os membros da escola deatividade compartilhem a

    mesma teoria

    - grupo de contemporneos

    - que compartilha de algum estilo, tcnica ou conjuntode expresses simblicas- que apresenta um alto grau de interao- que se centra em torno da figura de um lder (ou dois)

    ESCOLA

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    A Escola de Chicago (BULMER, 1985 apud EUFRASIO, 2006)

    1. Uma figura central em torno da qual se organiza.

    2. A localizao numa universidade importante, bem organizada e comboa presena na rea de estudos e motivada pela comunidade local.

    3. As caractersticas da cidade ou metrpole e a relao da universidadecom essa cidade.

    4. A personalidade dominadora da figura central da escola, para inspirar

    admirao, respeito e lealdade.

    5. O lder da escola deve ter uma viso intelectual clara e um impulsomissionrio.

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    6. Deve haver intercmbios intelectuais frequentes e intensos entre o

    lder e os outros membros do grupo: tal rede acadmica deve ser mais

    fortemente unida do que normalmente ocorre (por meio de seminrios,publicaes, orientaes, ncleos de estudos e discusses etc.).

    7. Para desenvolver pesquisa emprica deve existir uma infra-estruturaadequada: mtodos de pesquisa, boas ideias, ligaes institucionais,apoio financeiro externo etc.

    8. A escola persiste enquanto permanece atuante a gerao de seu(s)fundador(es).

    9. Deve haver abertura para ideias e influncia de outros campos e boas

    relaes interdisciplinares.

    10. Deve haver um programa de pesquisa que impulsione, oriente,proporcione instrumentos intelectuais e de trabalho de campo, proponhametas, especifique temas e problemas e discrimine critrios de avaliao

    dos trabalhos desenvolvidos.

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    Contexto histrico

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    A sociologia norte-americana

    CINCIA PRTICAao e reforma social (entre final sculoXIX e I Guerra Mundial)

    1. Estudo especfico dos problemas sociais, como a caridade pblica ea recuperao de desencaminhados, as condies de habitao, aeconomia domstica, o saneamento e a delinquncia, geralmenteexcludos das disciplinas sociais mais antigas;

    2. Crescimento das classes pobres marginalizadas e os aspectospatolgicos da sociedade que o liberalismo evanglico encarava apartir de suas concepes de sade fsica e mental, de probidademoral e do desenvolvimento de uma sociedade baseada num altograu de cooperao. (EUFRASIO, 1996)

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    A cidade de Chicago

    - Posto avanado na ocupao do oeste norte-americano(1840)- Entroncamento ferrovirio (1860)

    - Centro comercial do meio-oeste norte-americano- Grande incndio (1871) reconstruo da cidade- Chegada de um grande contingente de imigrantes (final sc.XIX)- Formao de uma elite econmica - filantropia eempreendimentos assistenciais

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    A cidade de Chicago

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    A Universidade de Chicago

    Na segunda metade do sculo XIX, migrantes rurais do Middle Westchegaram em massa, bem como um nmero impressionante deimigrantes estrangeiros: alemes, escandinavos, irlandeses, italianos,poloneses, lituanos, checos, judeus. Em 1900, mais da metade dapopulao de Chicago havia nascido fora da Amrica. Chicago tornou-se

    uma cidade industrial, um centro comercial e uma prspera bolsa; ocapitalismo selvagem desenvolveu-se e a cidade assistiu a tumultos(1886) e a grandes greves operrias (1894). Era tambm uma cidade dearte e cultura, influenciada pela religio protestante, que tinha umgrande respeito pelo ensino e pelos livros. Uma cidade moderna,

    reconstruda em ao e concreto aps o grande incndio de 1871. Nelaforam construdos os primeiros arranha-cus dos Estados Unidos edesenvolveu-se um movimento arquitetnico modernista que tambmficaria conhecido como Escola de Chicago. (COULON, 1995,p. 12)

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    A Universidade de Chicago

    "A atual Universidade de Chicago foi criada em 1890 eadmitiu seus primeiros alunos em 1892; foi uma fundaobatista que recebeu o apoio da contribuio filantrpica deJohn Rockefeller, o magnata do petrleo (...). (EUFRASIO,

    1995)

    William Rainey Harper - primeiro presidente

    - Pesquisa bsica- Ensino de ps-graduao- Trabalho acadmico original- Prestao de servios comunidade

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    O departamento de Sociologia da Universidade de Chicago

    "Em 1892, Harper convidou Albion Small (1854-1926), entopresidente do Colby College, para fazer parte daUniversidade e para ser o chefe de um departamento de

    sociologia (que Harper aceitou) e em pouco tempo nelecolocou George E. Vincent e William I. Thomas, ambos daprimeira turma a concluir a ps-graduao no departamento;sem consultar Small, Harper contratou Charles RichmondHenderson e assim o departamento original ficou completo."(FARIS, 1980 apud EUFRASIO, 1995)

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    O departamento de Sociologia da Universidade de Chicago

    Small criou um Departamento de Sociologia com a intenode formar alunos segundo o modelo alemo, produzindodoutores e criando um grupo de professores que sasse pelosEstados Unidos ensinando a cincia. (BECKER, 1996)

    -conheceu Georg Simmel quando estudou em Berlim.- insistia com seus alunos na realizao de pesquisas decampo ativas e observaes diretas, contra reflexes tericasde poltrona.- cidade de Chicago como objeto e campo de pesquisas.- dirigiu o Departamento de Sociologia de 1892 a 1924.

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    O departamento de Sociologia da Universidade de Chicago

    Primeira revista de sociologia dos EUAAmerican Journal ofSociology(fundada por Small redator chefe por 30 anos)

    - fundada em 1895 (um ano antes do Lanne sociologiquedo Durkheim).

    - tornou acessvel ao pblico americano literatura sociolgicaeuropeia, principalmente da Frana e Alemanha, comdestaque para as obras de Georg Simmel.

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    O departamento de Sociologia da Universidade de Chicago

    Departamento de sociologia e antropologia foi um nicodepartamento at 1929.

    Desde 1910 como o mais importante centro de estudos e

    investigao sociolgica dos EUA.

    Foco das pesquisas:- Reforma social /equacionamento de problemas sociais- Principais problemas dos EUA na poca: pobreza, imigrao,relaes tnicas, criminalidade.

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    O departamento de Sociologia da Universidade de Chicago

    Departamento de sociologia e antropologia foi um nicodepartamento at 1929.

    Desde 1910 como o mais importante centro de estudos e

    investigao sociolgica dos EUA.

    Foco das pesquisas:- Reforma social /equacionamento de problemas sociais- Principais problemas dos EUA na poca: pobreza, imigrao,relaes tnicas, criminalidade.- Ecologia humana: estrutura social da cidade (ecologiaurbana) e relaes entre grupos culturais, tnicos e raciais.

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    O departamento de Sociologia da Universidade de Chicago

    Em Chicago, a sociologia beneficiou-se de um tal clima intelectual queseria inexato datar seu desenvolvimento somente a partir de 1915,quando a influncia de Thomas e Park se tornou decisiva. Desde o seunascimento, ela foi profundamente influenciada por outras disciplinasativas, em que pesquisadores de primeira linha se distinguiam. A

    filosofia, por exemplo, foi a primeira a fundar uma escola verdadeira,conhecida pelo nome de pragmatismo. John Dewey, vindo daUniversidade de Michigan, chegou a Chicago em 1894 e l permaneceuat 1904. George Herbert Mead, cujo nome ficaria ligado fundao dointeracionismo simblico, acompanhou-o em 1894, juntamente comoutros pesquisadores menos conhecidos, mas que eram tambmpensadores ativos, como James Tufts e James Angell na psicologia. Estasduas correntes de pensamento, a sociolgica e filosfica, teriaminfluncias mtuas. (COULON, 1995,p. 17)

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    Principais personagens

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    William I. Thomas (1 gerao)

    - Um dos primeiros professores a ingressar no Departamentode Sociologia.- Estudou comunidades de imigrantes e pobreza.

    - Junto do polons Florian Znaniecki publicou The PolishPeasant in Europe and America (1918-1920) marco dotrmino da primeira fase da sociologia americana.-Indicou Robert Ezra Park para um curso de ps-graduaosobre O negro na Amrica em 1913, em Chicago, que

    acabou culminando com a contratao de Park para lecionarno Departamento de Sociologia.

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    Robert Ezra Park (1 gerao)

    - Estudou com Simmel na Alemanha e lecionou filosofia emHarvard.- Ingressou na carreira de jornalismo, onde escreveu ensaios

    e livros.- Chegando na Universidade de Chicago, escreveu um ensaiosobre a cidade, encarando-a como um laboratrio para ainvestigao da vida social.- Incentivador da pesquisa emprica entre seus alunos.- Ecletismo em termos de mtodo (quantitativo equalitativo).- Dirigiu a University of Chicago Press, editora que publicoudiversos estudos na rea de sociologia.

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    Robert Ezra Park (1 gerao)

    - Desenvolvimento da ecologia competio pelo espao /luta pela existncia(...) ele defendeu a ideia de que oespao fsico espelhava o espao social, de modo que se se

    pudesse medir a distncia fsica entre populaes, se saberiaalgo sobre a distncia social entre elas (BECKER, 1996).

    - Confeco de mapas localizando diferentes grupos nointerior da malha urbana.

    - Conceito de regio moral rea da cidade onde umapopulao se separava das demais.

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    George Herbert Mead (1 gerao)

    - Filsofo que se interessava pela relao entre a mente, o selfe a sociedade. Inspirador do interacionismo simblico(expresso usada pela primeira vez por Herbert Blumer, em1937). SELF= EU PARA MIM MESMO (INTERAO)

    Querendo realizar a sntese entre a abordagem individual e a

    macrossociolgica, achou que a noo de si podia cumprir esse papel,

    contanto que o si fosse visto como a interiorizao do processo social

    pelo qual os grupos de indivduos interagem com outros. O agenteaprende a construir seu si, e o dos demais, graas sua interao com

    estes. A ao individual pode ento ser considerada como a criao mtuade vrios si em interao. Desse modo, os si adquirem um significado

    social, tornam-se fenmenos sociolgicos, que constituem a vida social. Oestudo sociolgico deste mundo, portanto, deve analisar os processospelos quais os agentes determinam suas condutas, com base em suasinterpretaes do mundo que os rodeia. (COULON, 1995,p. 20)

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    Devemos ter em mente que o interacionismo simblico, pela primeiravez na histria da sociologia, d um lugar terico ao agente social como

    intrprete do mundo que o rodeia e, por conseguinte, pe em prticamtodos de pesquisa que do prioridade aos pontos de vista dosagentes. A meta do emprego desses mtodos elucidar as significaesque os prprios agentes pem em prtica para construir seu mundosocial. Logo, o conhecimento sociolgico precisa estar apoiado naprtica dos indivduos. Para o interacionismo simblico, umconhecimento sociolgico adequado no poderia ser elaborado pelaobservao de princpios metodolgicos que procuram retirar dos dadosde seu contexto para torn-los objetivos. Trata-se, ao contrrio, deestudar a ao em relao com a realidade social natural em que sevive. A pesquisa, nas cincias sociais, deve esforar-se para no

    desnaturalizar o mundo social, nem escamotear as interaes sobre asquais se apoia toda vida social. preciso preservar a integridade domundo social para poder estud-lo, e levar em conta o ponto de vista dosagentes sociais, pois atravs do sentido que atribuem a objetos,indivduos e smbolos que os rodeiam, que eles fabricam seu mundo

    social. (COULON, 1995, p. 22)

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    - Donald Pierson: estudo das relaes raciais no Brasil(influncia conceito homem marginal de Park).

    - Robert Redfield: trabalho sobre a culturafolke associedades camponesas.- Robert Farisson e Warren Danum: estudo sobre aincidncia e localizao da doena mental na cidade.

    - Louis Wirth: estudo sobre o urbanismo e os modos de vidana cidade.- Nels Anderson: estudo sobre os trabalhadores migrantesdesabrigados conhecidos como hobos.

    -Cressey: The taxi-dance hall, estudo sobre clubes de

    dana frequentados por imigrantes proletrios.- Harvey Zorbaugh estudo de um bairro de contrastessociais marcado pela criminalidade.- Foote Whyte estudo sobre a estrutura social de um

    bairro italiano, Sociedade de esquina.

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    Mtodos de pesquisa

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    Escola de Chicago

    Abordagem emprica

    Estudar a sociedade em seuconjunto

    Considerar o ponto de vista doagente

    Tcnicas particulares de pesquisade campo

    SOCIOLOGIA QUALITATIVA

    Trabalho documentalUtilizao de documentos

    pessoais (autobiografias,correspondncia particular,dirios e relatos feitos pelosprprios indivduos dapesquisa)

    ObservaoEntrevistaTestemunhoObservao participante

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    H poucas reflexes metodolgicas na maior parte dasmonografias da Escola de Chicago.

    Park defende a utilizao de mtodos da etnologia para oestudo das relaes sociais urbanas.

    CIDADE

    Laboratrio de

    pesquisas por excelnciada sociologia

    Estudar o homem emseu ambiente natural

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    The polish peasant in Europe and in America

    Autoria de Thomas e Znaniecki.

    Estudo emprico da vida social dos camponeses polonesesem seu pas de origem ou emigrados para os EstadosUnidos.

    Obra que rompeu com as tradies anteriores (passando dapesquisa em biblioteca pesquisa de campo) e abriu aprimeira poca da sociologia de Chicago.

    Inaugurou a utilizao de novos tipos de documentos depesquisa sociolgica: autobiografia, correspondnciapessoal, dirios ntimos, relatos pessoais e testemunhos

    diretos.

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    Thomas e Znaniecki levaram em conta o ponto de vistasubjetivo dos indivduos, sem deixar de lado o projeto de

    construir, baseados nessas subjetividades individuais, umasociologia cientfica que fosse capaz de distinguir e construirteoricamente tipos sociais.

    Forma de jornalismo superior

    Atividade cientfica autntica eobjetiva

    Sociologia

    (...) a sociologia devia a

    si mesma a objetividade,a fim de libertar-se daassistncia social; poroutro lado, poderia serobjetiva caso se apoiassena subjetividade dosagentes, cujostestemunhos deveriamser recolhidos maneirade um jornalista(...).

    (COULON, 1995)

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    Objeto da pesquisa: grupo europeu do qual vm os

    candidatos emigrao para os EUA e grupo correspondentena Amrica.

    Objetivo da pesquisa: tentar entender em que medida ocomportamento deles no novo pas pode ser explicado peloshbitos do pas de origem.

    Justificativa da pesquisa: os imigrantes polonesesconstituam um problema especfico, cujo comportamento

    no era entendido, pois ora aceitavam passivamente aautoridade, ora consideravam a liberdade americana comosem limites e conduziam uma verdadeira guerra contra a

    polcia.

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    Com a finalidade de explicar o comportamento dospoloneses que foram utilizados os histricos de vida e

    cartas pessoais, de modo a permitir o entendimento e aobjetivao das suas condies de vida, suas atitudes emaneiras de definir a situao.

    TRANSFORMAOSOCIAL

    Conscinciaindividual

    Realidade socialobjetiva

    Interao permanente

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    Enquanto Thomas se dedicava, ajudado por umpesquisador assistente polons, a explorar os documentoscoletados na Polnia, Znaniecki, por seu lado, reunia todosos documentos existentes sobre a vida dos poloneses jinstalados nos Estados Unidos: arquivos de associaes

    americano-polonesas, dos tribunais, de diversas associaesde assistncia social. Coletou tambm cartas trocadas entreas famlias polonesas que viviam nos Estados Unidos e naPolnia e ajudou Wladek Wiszniewski, protagonista de um

    longo relato autobiogrfico publicado em The Polishpeasant,a escrever a histria de sua vida. (COULON, 1995)

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    Histrico de vidaRelatos pessoais

    permite no permanecer nasuperfcie dos fenmenos epenetrar na sua realidade oculta

    Hipteses/VeracidadeTestadas com outroshistricos de vida ou

    com anlises

    estatsticas (mtodoscomplementares)

    O mais importante era perceberas reaes pessoais dos sujeitos

    pesquisados e a sua prpriainterpretao de suas

    experincias

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    Compreender o que os indivduos fazem acendendo,desde o interior, ao seu mundo particular, e antes demais nada descrever os mundos particulares dosindivduos cujas prticas sociais se quer entender eanalisar.P

    rincpiodo

    interacionismo

    Uso da reflexividade na anlise sociolgica:propriedade que o mundo social apresenta de servir aomesmo tempo como quadro para a ao e como suporte

    necessrio dessa ao.

    Sujeito emprico x Sujeito analtico

    Sujeito emprico transformado em assistente de pesquisa (aquele que nos mostrade que modo est analisando a prpria vida cotidiana para dar-lhe um sentido e

    para poder tomar suas decises, em funo do contexto, em funo de sua

    definio na situao) Estudo com ladres de Sutherland (1937)

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    PESQUISA DE CAMPO: POSIES DO PESQUISADOR

    PAPEL PERIFRICO: O pesquisador est em contato estreito e

    prolongado com os membros do grupo, no toma parte dasatividades deste.

    PAPEL ATIVO: O pesquisador abandona a posio um tantomarginal para assumir um papel mais central no grupo.

    Participa ativamente das atividades do grupo, assumeresponsabilidades e comporta-se com os demais membroscomo um colega.

    PAPEL DE MEMBRO IMERSO: Como um membro natural dogrupo, o pesquisador tem a mesma posio que os demaismembros, compartilha das mesmas opinies e persegue asmesmas metas. Pode assim experimentar por si mesmo as

    emoes e condutas dos participantes.

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    Entrevistas

    As tcnicas de entrevista ainda no eram bem diferenciadasno momento em que essas pesquisas empricas foramrealizadas em Chicago. Tampouco haviam sido objeto dereflexes metodolgicas muito elaboradas. A ideia de umpapel especfico do entrevistador, da necessidade de que esteseguisse uma formao especfica, no havia ainda aparecido.Tampouco fora estabelecida com clareza a distinometodolgica entre a simples conversa entre dois indivduos ea apresentao de um questionrio. (COULON, 1995)

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    Fontes documentais

    A sociologia de Chicago apoiava-se em slidas fontesdocumentrias.

    Ao longo dos anos, um verdade banco de dados sobre Chicagofoi assim sendo elaborado, aumentado e atualizado, para serutilizado por todos os estudiosos que quisessem fazerpesquisas sobre a cidade, pesquisas estas que, por sua vez,iriam enriquecer o fundo de documentao.

    Fontes: arquivos histricos, jornais dirios, arquivos dostribunais, fichrios das agncias de assistncia social e dediversas organizaes que se ocupavam especificamente doproblema tratado nas pesquisas.

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    A pesquisa quantitativa

    Os mtodos da estatstica e dos estudos de caso no so conflitivosentre si, na verdade, so mutuamente complementares. Ascomparaes estatsticas e as correlaes podem muitas vezes sugerirpistas para a pesquisa feita mediante estudos de caso, e os materiais

    documentais, trazendo luz os processos sociais, conduziroinevitavelmente a indicadores estatsticos mais adequados. Contudo, sequisermos que a estatstica e os estudos de caso dem sua plenacontribuio como ferramentas da pesquisa sociolgica, ser precisogarantir um reconhecimento equitativo e dar a cada um dos mtodosuma oportunidade de aperfeioar sua prpria tcnica. Aparte isso, ainterao dos dois mtodos ser incontestavelmente fecunda.

    (BURGESS, 1927 apud COULON, 1995)

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    The amercian solider: obra publicada por Samuel Stoufferem 1949, logo aps a Segunda Guerra Mundial, a primeiratentativa de modelizao matemtica da vida social.

    Representa a virada quantitativista da sociologiaamericana, encerrando a primeira poca da sociologia da

    Escola de Chicago.

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    Referncias bibliogrficas

    BECKER, Howard.A Escola de Chicago. Mana (2): 177-188,1996.

    COULON, Alain. A escola de Chicago. Campinas: Papirus,1995.

    EUFRASIO, Mrio. A formao da escola sociolgica deChicago. Plural; Sociologia, USP, So Paulo 2: 37-60, 1 sem,1995.

    EUFRASIO, Mrio. A escola de Chicago de Sociologia: perfil

    e atualidade. In: 33 Encontro Nacional do CERU, 2006.Anais... So Paulo: USP, 2006. p. 13-27.

    PIERSON, Donald. Teoria e pesquisa em sociologia. SoPaulo: Melhoramentos, 1972.