[about: blank], por camillo josé
DESCRIPTION
01111100 00111100 00110100 01111100 00101111 01111100 00110001 01111100 01011111 01111100 01011111 00110000 00100000 01011111 01111100 00110000 00110101 11000011 10101001 00101100 00100000 00110000 00100000 01111100 00101111 01111100 00110100 00110001 00110010 00100000 01111100 01111100 00110000 00101111 00110000 00100000 00110011 01111000 01110000 00110000 00110011 01111100 01111100 00110111 00110011 00100000 01000100 00110100 00100000 00101000 00110011 01111100 01111100 00110100 00100000 01000100 00101110 00101101 00110000 01111100 01111100 00110011 00100000 01110000 00110011 00101110 00101101 01111100 01111100 00110100 01111100 00101111 01111100 01100010 01111100 01011111 01111100 00101000 00110100 01111100 01111100 00110100 00100000 01100100 00110011 00100000 00110101 01111100 01011111 01111100 00101110 00101101 00101110 00101101 00110011 00110100 01111100 01011111 00110001 00110101 01111100 00101111 01111100 00110000 00100000 01111100 00111100 00110001 00110111 00101000 011111010TRANSCRIPT
Ê6äbÿ8OÖ╣l+5ø,¤3UÿñmÞ¾4-▀W¤¢=vckîÐÎÔ¦OW72Ú£ÎðFlFWí╣á!╣ðì2Ą̃qÄ┤yZ½ty┤G@-
ÇP
0 b @─└└@
b&10 ü Mh¾~7ðy║j"IÁÁ¥ý┌%V5
º¤▓^¯+ Þ═i @ b ð
ÇB
$¿ÑÆèI$å$4æ%I(Æ"ë8
¦r,òr&ÔTÓõx┌¼½xòVËVÎmH¼à┘Úª┌-ÒÌfKf┘:¤t½F
Á}c╚¯ô▒þ²79<ékÀ0Lm1Ç1 héi1ý─GO)zÐe =~«g▒
5íS@Çá
2,hC4 h@i êì
åÆI(óDAæ (óDQ2ÂMÍ╦LêYþ¹▄█<Ý7U¼┴╩46%Ti═jò¦nj╚´â&╠¦¨;‗mg|Ùç-´W>׸þ×ô
Ã6┌^Üv±¯ù¢m¨▀BXl╝Â:d£|=ÄE¦2PÌ5C8òè═a\´ùnª└EHïü┤Pd¼®ù┘NÞþãu=?ô¶æФm ª
Þ═i @ b ð
ÇB
$¿ÑÆèI$å$4æ%I(Æ"ë8
¦r,òr&ÔTÓõx┌¼½xòVËVÎmH¼à┘Úª┌-
ÒÌfKf┘:¤t½F62ÈÎ]÷VY]|Ù¤[about: blank] -¤3EÖÝï§õ░¶×âþ¥Ä¤CYõu¨î[@▄ Qrè©Ø~vuð @ b
b` æ1 1 èÉäb dBBDäå b`
)dú╩'3-¨¶¼ÆA;s╔uãØ╩╩\iª█%^ƒƒcF█8J│═‗:╝}ÕÈbt─Ã8▓«eø0kìdÌ¥═è9]«/n&Ó
˯
¾n┴ø┌hþª$I b!èbb b
Éü©▒êéDAêæ"!""HE1
Æ
ª$ŤÃéÉ╩CED«Ü㡬┴Ñ`4JÏ┘.à^Ú¼╦FdÙnÔÛ©¶«ø¾ñ#:t]Aµy¦╬nµezÇØâA'▓UL▓³¼Þo
õtq»S╗╠█¤ºo_ƒÞY
|▄]y·├à┌╣ÿyLÕÔЃ׹1Xüá Cî@─E1"DBB"Y DÖ$D$D$@®¿äêä╚ 2ñ Ó╔82\ì^b╚
r¶SfFòWÈÕjøì;¿╬¾- 5k╬VÉ#`m╠ÑÚ;:XÎÖÍC»MðÒt
ñDÙÃVÇ«¢þ©~╦╦]b%-££úíkĺ7Æz¼ô║g,mï╬«ØSûıƒƒ╝kË╬╗º>ã ;yý§°¡þº0]ûô;½╩ªH
2¿ÒBK×·B1X!Ç åäî@─@ð !êææM
D$D$D$D$D$DôüS"$▄M├£rq¼¸4þÂ║àbó5uÖ4þѶ]ù;ÿïöߪÃq•>Ø~┐/n-V╬■nÀw╠§ýÛÃ. ¼ÞH╬█ês©Ü±╬öU{ÌhÞ`Ê_
#Ø╔ÇhÕ┼Ä5¿ä¹q×îÑÜ ÌviËUÆ÷╗~-ý¢Á|Øk«╩$Ñ2Àk▓2:Ør¾ì1═Ê#5êäh ─
ò¯n╠oo_ØÛq~o/}õ║r═Ê┴¾Ý÷8] 4¬mÃVü|¦wU:fzsje£¿▀-
Ís¼╬À,‗Ü╣þ░║t╩[╣ÎcÌ$Ôo£╚à│óÊS¡ÜÙó°;£&{═Þ¾Ë"Õi*dBÚµ+m£Ð:"1á@─
bDüí@ @ÊCæ"!$æ"!"(æ$óTêä╚2nÂM┴ª/)Þx:ɪ·¼ó¬é▓▒8öÑ.ånƒ.¿qÒÎ-
$;‗ô╗Vu┐®╩ıìv5¨]ÚÎþÚ©Ôs}u:ãz┤õ▓DZq3v8
·\<¯Ám‗¥¤>5v9}1ÊUÊí╦░ª®Xìß©▓DY'Nýßáj&Úe■»ÃvÄ┘╦mb)í
ðÜ
@
4!íÊ HbC"$êóDAæDê¬Ö øÇXÙæ7[9■oÏ ¨
f¬ý«╩I┘U8┌öB┌-h ë┐íï_ƒÐVIÕÌlq5ì{q´Õ┌^ ø╔·H¾kÐy
NÎC╬▀/Ñ┐âÀ-Ïm¤╝XÙw6qz§/ûË
1.
emancipando a autenticidade
das escalas termométricas
nossas pálpebras ensaiam desertos
em progressões adiabáticas
[ao modo de stefan burnett
de seus olhos brotam dragões negros
de olhos vermelhos em modo de ataque
pequenas anêmonas escapam
pelas tubulações de uma shineray
apostamos os últimos anjos
na re-impressão offset
de um diabólico
lusco-fusco
& o poema não acredita em taquicardias
habitando o mel {{{{{desses clavicórdios
f-1 sinceridade necessária para fazer
01100010 01101001 01100110 01100101
00100000 01110111 01100101 01101100
01101100 01101001 01101110 01100111
01110100 01101111 01101110
f-6 pequenos inferninhos sem abreviatura
2.
porque não espero mais retornar
ao mapeamento minucioso
das prateleiras de locadora
porque não quero falar de delicadezas
para escapar da volatilidade dos palimpsestos
porque da maceração maquilar do rio
se fazem os fósseis dos mutilados
, não-enfermeiros de wonder-wall street
porque suspensa como que por dedos
minha sombra é maciça e sucumbe
à onisciência de uma chuva sem nuvens
porque não consigo distinguir entre
o pathos de uma nova consciência
e as algorítmicas alucinações
porque almejo a matéria flácida dos antebraços
como miojo-argamassa
dinamitando inconfessáveis reservatórios de pólen
ao longo de toda a costa japonesa
3.
à recusa de um
rendez-vous
baila en la oscuridad
a defesa cotidiana
de tua demótica
morfologia
e se de petrogrado
não nos chega
o curtume das letras
em desgaste
tampouco a música {all this noise}
nos reabilita
aos princípios básicos
da cinemática
meu embaraço te enseja
contra a transparência dos signos
somos tremor de pequena audiência
{an ocean growing inside
all the others seem shallow}
fricção analógica _____sob a língua
e tudo se soletra em ausência de bolsos
e gemidos de fratura exposta
e tudo é motivo para assoprar cartuchos
, contestar gramáticas
4.
i wanna share with you
a ventania a morte
& as infecções bacterianas
quimeras
na mesa de autópsia
, seus tentáculos
de navalha & dislexia
minhas cinzas como soquete
para sua pólvora-tessitura
o maquinário noturno
5.
embora quisesse apagar as marcas
de terra da língua,
cristalizar o metabolismo dos poros
sem recorrer ao uso de memory cards
sua carne acesa insistia em desvelar
a umidade do além-glote
ninguém saberá
da saliva em nossas taças
presságios de eutanásia
sobre as linhas do rosto
6.
como cegar ao rasgo
do espaço [em branco
tua existência antecede
meu desfile apressado
para um não-começo;
lubrificando as falanges
__________de um loop
com o suor de
-459,67 fahrenheits
teu nome invoca aldeias
de ausência
que me transbordam
no avesso da luz
como um boomerang
permaneço a orbitar-te
inconjugável
é tudo que me salga
esses papéis rasurados
, essa espuma intuída
7.
todos os meus amigos
estão matando cavalos
e morde meu pulso distraído
a derradeira vontade
de ter a inculta substância
estrangulando-me os orbes
é preciso não hesitar ante
o calor de suas vísceras
é preciso aprender a suportar
seus vários focinhos, sua carcaça
all things pass/ into the night
, eles dizem
nem mesmo o cio exterior
das apostasias escapa
aos seus cataclismos inoperantes
, suas mandíbulas imaginárias
os horizontes anulam-se
as paisagens se regurgitam
{cai a literatura ocidental}
meus amigos matam cavalos