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  • .Massa ; Lucro automtico com publicidade Um grande nmero de usurios no se traduz automaticamente

    em uma fortuna com publicidade, como a rede social Facebook

    demonstrou. A empresa declarou mais de 200 milhes de

    usurios ativos em maio de 2009, e mais de 100 milhes

    se conectam diariamente ao site. Estes nmeros fazem do

    Facebook a maior rede social do mundo. Ainda assim, os

    usurios respondem menos aos anncios do Facebook que

    aos tradicionais anncios da Web, de acordo com especialistas

    da indstria. Embora os anncios sejam apenas uma das

    potenciais Fontes de Receita do Facebook, claramente uma

    massa de usurios no garante uma enorme receita de

    publicidade. Enquanto escrevamos este livro, o Facebook era

    de capital privado e no declarava dados de receita.

    Facebook

    ESPAO DE PERSONALIZAO

    ANNCIO EM UMA EM MASSA

    ANUNCIANTES REDE SOCIAL DE

    '---- ALTO TRFEGO

    PBLICO GLOBAL REDE SOCIAL EQUIPE DE VENDAS DA WEB

    GRATUITA DE ANNCIOS

    FACEBOOK.COM

    CONTAS GRATUITAS

    TAXAS PARA ESPAOS DE ANNCIO NO FACEBOOK ..

    Uma indstria que est se deteriorando com o impacto do GRTIS a publicao

    de jornais. Espremidos entre o contedo

    gratuitamente oferecido na Internet e os jornais gratuitos, diversos jornais

    tradicionais j pediram falncia. A

    indstria americana de jornais atingiu

    um ponto crtico em 2008, quando o

    nmero de pessoas obtendo notcias online gratuitamente ultrapassou o nmero de

    pagantes de jornais e revistas, de acordo

    com um estudo do Pew Research Center.

    Tradicionalmente, jornais e revistas dependiam de trs fontes: venda em

    bancas, assinaturas e publicidade. As duas

    primeiras esto declinando rapidamente, e a terceira no cresce suficientemente

    rpido. Embora muitos jornais tenham

    aumentado seus acessos online, eles ainda no tiveram sucesso em transformar

    estes acessos em maiores receitas de

    publicidade. Enquanto isso, os altos custos fixos que garantem o bom jornalismo

    - equipes de opinio e de notcias -pennanecem os mesmos.

    Diversos jornais tm tentado criar assinaturas online, pagas, com resultados

    diversos. difcil cobrar por artigos

    quando os leitores podem ler contedos similares gratuitamente em sites como

    CNN.com ou MSNBC.com. Poucos jornais

    tm tido sucesso em motivar leitores a

    pagarem por acesso a contedos premium.

    No lado impresso, os jornais

    tradicionais esto sob ataque de

    publicaes gratuitas como o Metro. Embora o Metro oferea formato e

    qualidade jornalstica completamente

    diferentes e se concentre primariamente

    em leitores jovens que anteriormente ignoravam jornais, ele est aumentando

    a presso sob os fornecedores pagos de

    notcias. Cobrar por notcias est se

    tornando uma Proposta de Valor cada vez mais difcil.

    Alguns empreendedores do jornalismo vm fazendo experincias com novos

    formatos no espao online. Por exemplo, o

    True/Slant (trueslant.com) agrega em um

    site o trabalho de mais de 60 jornalistas, cada um especialista em um campo. Os

    escritores recebem parte das receitas de publicidade e patrocnios. Por uma

    taxa, anunciantes podem publicar seu

    prprio material em pginas paralelas ao contedo noticirio .

  • Com o PRODUTO OU SERVIO certo e alta circulao de usurios, a plataforma se torna interessante para os anunciantes, o que, por sua vez, permite COBRAR taxas para subsidiar produtos e servios gratuitos.

    [$

    Prod~tos e servios gtatuitps germ .um alto tr~fego na ptataforma e aumentam os atrativos para os anunciantes.

    ;g t:I ~

    IB z ..... o

    : o

    se o :>: o :>: 8 v>

    .~ "' "'

  • reemz

    O termo "freemium" foi cunhado por Jarid Lukin

    e popularizado pelo investidor de capital de

    risco Fred Wilson em seu blog. Ele descreve os

    modelos de negcio, principalmente baseados na

    Web, que misturam servios bsicos gratuitos

    com servios pagos. O modelo freemiwn

    caracterizado por uma grande base de usurios

    se beneficiando de uma oferta gratuita. A

    maioria nunca se torna cliente pagante; apenas

    uma poro pequena, geralmente menos de

    10%, assina os servios pagos. Esta pequena

    base de usurios pagantes subsidia os usurios

    gratuitos. Isso possvel devido ao baixo custo

    em servir aos usurios gratuitos. Em um modelo

    assim, as mtricas-chave a serem observadas

    so (1) o custo mdio do servio para um usurio

    gratuito e (2) a taxa de converso de clientes

    gratuitos em clientes pagantes.

    O Flickr, um popular site de

    compartilhamento de fotos adquirido pelo

    Yahoo! em 2005, serve como bom exemplo de

    Modelos de Negcios freemium. Os usurios

    do Flickr podem se inscrever gratuitamente

    para uma conta bsica, que permite que

    enviem e compartilhem imagens. O servio

    Flickr

    PP ~AC

    YAHOO!

    GESTO DA PLATAFORMA

    RP PLATAFORMA

    FLICl

  • Os modelos de negcios da indstria de software tm, em geral, duas caractersticas bsicas: o alto custo fixo para apoiar um exrcito de desenvolvedores especialistas que constroem o produto e um modelo de renda baseado na venda de licenas por usurio e atualizaes regulares do software.

    A Red Hat, uma empresa de software dos EUA, virou o modelo de cabea para baixo. Em vez de criar um software do zero, ela constri seus produtos sobre o chamado software de cdigo aberto (open source), desenvolvido voluntariamente por milhares de engenheiros de software por todo o mundo. A Red Hat compreende que as empresas se interessam por software de cdigo aberto, livre de taxas de licena, mas estavam relutantes em adot-lo por achar que a ausncia de uma entidade nica legalmente responsvel por fornec-los e mant-los seria problemtica. A Red Hat preencheu esta lacuna oferecendo verses estveis, testadas e prontas para uso de softwares de cdigo aberto j disponveis, principalmente o Linux.

    Cada lanamento da Red Hat recebe garantia de suporte por sete anos. Os clientes se beneficiam, pois o mtodo permite que aproveitem as vantagens dos custos e a estabilidade dos softwares de cdigo aberto,

    enquanto os protege das incertezas de um produto que no oficialmente "de ningum". A Red Hat se beneficia porque seu catlogo continuamente aprimorado pela comunidade, sem custos. Isso reduz substancialmente seus gastos com desenvolvimento.

    Naturalmente, a Red Hat tambm precisa ganhar dinheiro. Em vez de cobrar aos clientes a cada novo lanamento o modelo de receita tradicional para software -, ela

    Red Hat

    PP . ~ AC ~ PV SERVIOS DE SUPORTE AO

    COMUNIDADE DE SOFTWARE

    DESENVOLVIMENTO TESTES E VERSES CDIGO ABERTO DO SOFTWARE

    RP SOFTWARE RED HAT

    (LINUX)

    ($ )"'=0 q A ESTRUTURA DE CUSTOS CONTM

    l vende assinaturas. Por uma taxa anual, os clientes aproveitam o acesso contnuo aos ltimos lanamentos da empresa, um servio de suporte ilimitado e a segurana de interagir com o proprietrio legal do produto. As empresas esto dispostas a pagar por esses benefcios, independentemente da disponibilidade gratuita de muitas verses do Linux e de outros softwares de cdigo aberto.

    R$

    RC

    SELF-SERVICE E ACESSO DIRETO

    AOS ENGENHEIROS

    CN REDHAT.COM

    ESCRITRIOS GLOBAIS DA RED

    HAT

    se lL

    EMPRESAS CLIE:N"fES

    ELEMENTOS DE UMA COMPANHIA DE SERVIt,~~----~iiilillW~

  • O Skype oferece um intrigante exemplo de modelo freemium que abalou o setor de telecomunicaes, permitindo servios gratuitos de ligaes via Internet. O Skype desenvolveu um software de mesmo nome que, quando instalado em computadores ou smartphones, permite ao usurio fazer ligaes de um dispositivo para outro, sem custos. O Skype pode fazer isso porque sua Estrutura de Custos completamente diferente daquela de uma operadora de telecomunicaes. As ligaes gratuitas so totalmente roteadas atravs da Internet, com base na tecnologiapeer-to-peer, que emprega o hardware e a Internet do usurio como infraestrutura de comunicao. Assim sendo, o Skype no precisa gerenciar sua prpria rede como uma operadora de telecomunicaes, e tem apenas pequenos custos para suportar usurios adicionais. O Skype exige muito pouco de sua prpria infraestrutura alm do software e dos servidores que hospedam as contas dos usurios.

    Os usurios pagam apenas por ligaes para linhas telefnicas fixas ou celulares, assinando um servio premium chamado Skypeut, que tem taxas muito baixas. De fato, cobrado dos usurios pouco mais que os custos que o prprio Skype tem com as ligaes roteadas atravs de operadoras como a iBasis e Level 3, que lidam com o trfego da companhia.

    Skype

    PP AC PV

    FORNECEDORES DE DESENVOLVIMENTO PAGAMENTO DE SOFTWARE

    PARCEIROS DE

    RP DISTRIBUIO OPERADORAS DE DESENVOLVEDORES

    TELECOMUNICAO DE SOFTWARE LIGAES BARATAS PARCEIRAS PARA TELEFONE

    SOFTWARE (SKYPEOUT)

    ($ DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE

    GERENCIAMENTO DE RECLAMAES

    O Skype declara ter mais de 400 milhes de usurios registrados, que fizeram mais

    R$

    de 100 bilhes de ligaes gratuitas desde a fundao da companhia, em 2004. A empresa declarou uma receita de US$ 550 milhes em 2007, embora a companhia e sua proprietria, eBay, no liberem dados financeiros detalhados incluindo informaes de lucratividade. Logo deveremos saber mais, pois o eBay anunciou planos de abrir o capital do Skype atravs de um IPO (oferta pblica inicial de aes).

    RC se PERSONALIZAO

    EM MASSA

    CN PESSOAS QUE SKYPE.COM QUEREM LIGAR

    A TELEFONES PARCERIAS

    FABRICANTES DE FONES DE OUVIDO

    SKYPEOUT PR-PAGO OU ASSINATURA

    VENDA DE HARDWARE

  • +5 anos de idade +400 milhes de usurios +100 bilhes de ligaes

    gratuitas geradas Receita em 2008 de

    US$ 550 milhes

    O Skype abalou a indstria das telecomunicaes e

    ajudou a levar os custos de comunicao de voz para

    perto do zero. As operadoras de telecomunicaes

    inicialmente no entenderam porque o Skype

    ofereceria ligaes gratuitamente e no levaram a

    companhia a srio. Mais que isso, apenas uma frao

    minscula dos clientes tradicionais das operadoras

    passaram a usar o Skype. Mas, com o tempo,

    mais e mais clientes decidiram fazer suas ligaes

    internacionais com o programa, abocanhando uma

    das mais lucrativas fontes de renda das operadoras.

    Esse padro, tpico de um Modelo de Negcios

    revolucionrio, afetou severamente o negcio

    tradicional de comunicao por voz e hoje o Skype

    o maior fornecedor desse servio do mundo, de

    acordo com a firma de pesquisas de telecomunicao

    Telegeography.

    Skype versus Operadoras de Telecom

    PP

    TERCEIRIZAO MXIMA

    ($

    AC DESENVOLVIMENTO

    DE SOFTWARE E MANUTENO DE

    REDE

    RP

    SEM INFRAESTRUTURA

    PV

    OFERTA DE VOZ PRATICAMENTE

    SIMILAR

    R$ ESTRUTURA DE CUSTOS DE UMA COMPANHIA DE

    SOFTWARE

    RC PERSONALIZAO

    EM MASSA AUTOMATIZADA

    se

    ALCANCE GLOBAL f----------1 SEM AS LIMITAES

    CN DISTRIBUIO DE

    SOFTWARE POR CANAIS 100% DE

    BAIXO CUSTO

    90% USO GRATUITO

    10% PAGANTES

    DE UMA REDE

  • l lU

    No modelo freemium, uma pequena base de clientes que paga por um um servio premium subsidia uma grande base de clientes que no pagam. O modelo das empresas de seguro basicamente o oposto - o modelo freemium virado de cabea para baixo. No modelo das seguradoras, uma grande base de clientes paga pequenas taxas regulares para se proteger de certos eventos improvveis - porm, financeiramente devastadores. Resumindo, uma grande base de clientes pagantes subsidia um pequeno grupo de pessoas com necessidades reais - mas qualquer um dos clientes pagantes pode, a qualquer momento, se tornar parte do segundo grupo.

    Vamos observar a REGA como exemplo. A REGA uma organizao suia sem fins lucrativos que utiliza helicpteros e avies para transportar equipes mdicas at locais onde ocorreram acidentes, principalmente nas reas montanhosas da Sua. Cerca de dois milhes de "patrocinadores" financiam a organizao. Em contrapartida, os pagantes esto liberados de qualquer custo que venham a ter se forem eles mesmos

    REGA

    PP ~ AC

    COMPANHIAS DE SEGURO

    ($ ~

    OPERAES DE RESGATE

    RP '-FROTA DE

    HELICPTEROS E AVIES

    FROTA DE HELICPTEROS E AVIES

    RESGATE

    URO" DE SGATB.

    resgatados pela REGA. As operaes de resgate podem ser extremamente caras, ento os patrocinadores consideram esse o atrativo, sendo protegidos contra acidentes durante suas frias de esqui, caminhadas de vero ou passeios na montanha.

    RC Q se MEMBRO

    PATROCINADOR

    l

    PATROCINADORES

    CN (~ ~ FLICKR.COM

    YAHOO.COM

    TMADEPAT~OCf'l~O

  • "Toda indstria que se torna digital eventualmente se torna gratuita."

    - Chris Anderson

    Editor Chefe, Wired Magazine

    "No podemos mais esperar e observar os outros irem embora corn o nosso trabalho usando teorias legais sern direcionamento."

    - Dean Singleton

    Presidente, Associated Press

    "A demanda que voc obtm corn preo zero bern maior que a demanda que voc obtm rnesrno corn urn preo muito baixo."

    - Kartik Hosanagar

    Professor Assistente, Wharton

    "O Google no urna empresa de verdade. urn castelo de cartas."

    - Steve Balmer

    CEO, Microsoft

  • 512.VIO B/:#SfCO t:if?..11-Tlf;

    IL.stW?:ros PA.GAJ.fES

    Seevros Bnstcos ~eATvrros

  • o modelo freemium caracterizado por uma .grande base ~e usur.io.s do servio gratuito subs1d1ada por uma pequena base de

    .. usurio5pagantes.

    Os usurios aproveitam . srvi6s.bsicos gratuitos e podem pagar por um ~ewioprmimiqueoferece benfciosadicionais;

    O CUSTO DO SERVIO indica o custo mdio da empresa para entregar os servios gratuitos ou premum aos usurios.

    O AS TAXAS DE CRESCIMENTO E DESISTNCIA especificam quantos usurios desistem ou se juntam base ele usurios.

    O CUSTO DE AQUISIO DE CLIENTES so os gastos totais de ma companhia para obter novos usurios,

    OPREO DO SERVIO PREMIUM indica o custo. mdio da. companhia Pilra fornecer o .

    seivio pJemfm a um usurio pagante.

  • n "Isca & Anzol" refere-se ao padro de Modelo de

    Negcios caracterizado por uma oferta inicial

    atraente, barata ou gratuita, que encoraja

    contnuas compras futuras de produtos ou servios

    relacionados. Este padro tambm conhecido

    como modelos "de perda inicial" ou "barbeador

    e lminas". "Perda inicial" a oferta inicial

    subsidiada, at mesmo com perdas, com a inteno

    de gerar lucros a partir das compras subsequentes.

    "Barbeador e lminas" o nome dado ao Modelo de

    Negcios popularizado pelo empresrio americano

    King C. Gillette, inventor da lmina de barbear

    descartvel (veja a pg. 105). Utilizamos o termo

    isca & anzol para descrever a ideia geral de atrair

    clientes com uma oferta inicial, lucrando com as

    vendas subsequentes.

    A indstria de telefonia celular fornece

    uma boa ilustrao do padro. Agora prtica

    entre essas empresas oferecerem um telefone

    gratuito junto com a assinatura. As operadoras

    inicialmente perdem dinheiro, dando telefones

    celulares gratuitamente, mas cobrem os gastos

    cobrando por servios mensais subsequentes. As

    operadoras oferecem a gratificao instantnea

    com a oferta gratuita, que mais tarde gera

    rendas recorrentes.

    l A Isca & Anzol dos Telefones Celulares Gratuitos

    PP ~

    FABRICANTES DE DISPOSITIVOS

    ($ ~

    AC ~ SERVIOS

    RP Jt REDE

    REDE

    TELEFONES

    SERVIOS

    PV ~

    ES os

    ,ASSINATURA

    RC Q se TRAVA CONTRATUAL

    e CN ~

    R$ ~ N X ASSINATURAS MENSAIS

    l

  • A forma do padro isca & anzol conhecida

    como modelo barbeador e lminas

    nomeada com inspirao na forma como

    os primeiros barbeadores descartveis

    eram vendidos. Em 1904, King C. Gillette

    decidiu vender barbeadores com desconto,

    ou at mesmo oferec-los gratuitamente

    com outros produtos, para criar demanda

    para suas lminas descartveis. Hoje a

    Gillette ainda a marca mais famosa de

    produtos para barbear. A chave do seu

    modelo est na ligao ntima entre o

    produto inicial gratuito ou barato com o

    item que o segue - geralmente descartvel

    -, com o qual a empresa lucra. Controlar

    a estratgia de "trava" crucial para o

    sucesso. Atravs do bloqueio de patentes,

    a Gillette garantiu que a concorrncia no

    pudesse oferecer lminas mais baratas

    para os aparelhos de barbear Gillette. De

    fato, atualmente as lminas de barbear

    esto entre os produtos de consumo mais

    patenteados, com mais de 1.000 patentes

    cobrindo desde faixas lubrificantes at

    sistemas de carga de cartucho.

    Barbeador & Lminas: Gillette

    PP ~ AC PV

    FABRICANTES

    VAREJISTAS

    ($ ~

    MARKETING

    P&D

    LOGSTICA

    RP ~ MARCA

    PATENTES

    MARKETING

    FABRICAO

    LOGSTICA, P&D

    Este padro popular no mundo dos

    negcios e tem sido aplicado em muitos

    setores, incluindo as impressoras jato

    BARBEADOR

    de tinta. Fabricantes como HP, Epson e

    Canon tipicamente vendem impressoras

    a preos baixos, mas geram margens

    lucrativas com as vendas de cartuchos de

    impresso.

    RC se l "TRAVA" EMBUTIDA

    FREQUENTE TROCA DA LMINA

  • ISCAS baratas ou gratuitas "atraem os .clientes ~ estando intimamente ligadas a um servio ou. item { desartvel) acolipanhante.

    AC

    Este padro caracterizado por uma conexo direta, ou TRAVA, entre o produto inicial e os produtos ou servios subsequentes:

    PV

    f>tWlX)ifO e/oo

    rJTIZ.f::t;i4. DO

    Seevrco

    RP

    CLIENTES so atrados pela gratificao instantnea de um produto ou servio inicial gratuito.

    RC se

  • r l

    1

    Definio_Padro

    MODELOs DE NEGCIOS ABERTOs pode ser

    utilizado por companhias para criar

    e capturar valor sistematicamente

    colaborando com parceiros externos.

    Isto pode acontecer de "fora para

    dentro", explorando ideias externas

    dentro da empresa, ou de "dentro para

    fora", fornecendo a grupos externos

    ideias ou recursos internos.

    [RE-FE-RN-CIA]

    1 Open Business Models: How to Thrive in the New

    Innovation Landscape.

    Chesbrough, Henry. 2006.

    2 "The Era of Open

    Innovation." MIT Sloan

    Management Review.

    Chesbrough, Henry. N3,

    2003.

    [E-XEM-PLOS]

    P&G, GlaxoSmith Kline,

    Innocentive

  • on Em junho de 2000, em meio a uma queda contnua no preo das aes da Procter & Gamble, um executivo de longa data da companhia, A G. Lafiey, recebeu o convite para se tornar o novo CEO da gigante de produtos de consumo. Para rejuvenescer a P&G, Lafiey resolveu pr a inovao de volta no ncleo da companhia. Mas, em vez de aumentar as despesas em P&D, ele se concentrou em estruturar uma nova cultura de inovao, que mudou de um mtodo de P&D de foco interno para um processo aberto. Um elemento crucial foi a estratgia Conectar & Desenvolver, direcionada ao aproveitamento da pesquisa interna graas a parcerias externas. Lafiey definiu um objetivo ambicioso: criar 50% das inovaes da P&G com parceiros externos, quando esses nmeros estavam prximos dos 15%. A empresa ultrapassou seu objetivo em 2007. Enquanto isso, a produtividade do P&D aumentou 85%, mesmo com as despesas em P&D s um pouco maiores do que quando Lafiey se tornou novo CEO.

    Para conectar seus recursos internos e atividade com o mundo exterior, a Procter & Gamble construiu trs "pontes" em seu modelo de negcio: empreendedores tecnolgicos, plataformas da Internet e aposentados.

    m l

    travs de plataformas na Internet, a P&G

    se conecta com especialistas em soluo de

    problemas do mundo inteiro. Plataformas como

    a InnoCentives (veja a pg. 114) permitem P&G

    expr alguns de seus problemas com pesquisa

    para cientistas de fora, ao redor do globo. Aqueles

    que respondem recebem prmios em dinheiro por

    desenvolverem solues funcionais.

    Empreendedores tecnolgicos so cientistas

    adjuntos de unidades de negcio da P&G,

    que sistematicamente desenvolvem relaes

    com pesquisadores em universidades e outras

    empresas. Eles tambm agem como "caadores",

    que buscam no mundo externo solues para os

    desafios internos.

    A P&G solicita o conhecimento de funcionrios

    aposentados atravs da YourEncore.com, uma

    plataforma que a companhia lanou especificamente

    para servir como "ponte" de inovao com o resto do mundo.

    r Fora para Dentro

    PROPRIEDADE INTELECTUAL DE

    OUTRA COMPANHIA

    CIENTISTAS EXTERNOS

    CIENTISTAS APOSENTADOS

    P&D INTERNO

    P&D EXTERNO

    ALAVANCANDO O P&D INTERNO

  • s mit

    O mtodo de dentro para fora normalmente

    se concentra em monetarizar recursos

    internos no utilizados, principalmente

    patentes e tecnologia. No caso da estratgia

    de pesquisa "fonte de patentes" da

    GlaxoSmithKline, entretanto, a motivao

    sutilmente diferente. O objetivo da

    empresa era tornar os remdios mais

    acessveis nos pases mais pobres e facilitar

    a pesquisa de doenas pouco estudadas.

    Uma soluo era colocar os direitos de

    propriedade intelectual relevantes no

    desenvolvimento de remdios para tais

    doenas em uma fonte de patentes aberta,

    a ser explorada por outros pesquisadores.

    J que as companhias farmacuticas

    se concentram principalmente em

    desenvolver remdios para doenas

    mais disseminadas, a propriedade

    intelectual para doenas menos estudadas

    frequentemente ignorada. A fonte de

    patentes agrega propriedades intelectuais

    de diferentes proprietrios e as torna

    mais acessveis. Isto ajuda a evitar que os

    avanos de P&D sejam bloqueados por um

    nico proprietrio

    t nt lin

    De dentro para Fora

    PROPRIEDADE INTELECTUAL PARA

    DOENAS POUCO PESQUISADAS

    AQUISIO

    RETENO

    FONTES DE PATENTES

    PESQUISADORES EXTERNOS

    TAXAS DE LICENA

  • Empresas buscando inspirao de pesquisadores externos arcam com custos substanciais ao tentar atrair pessoas ou organizaes com o conhecimento para resolver seus problemas.

    Por outro lado, pesquisadores que queiram

    aplicar seus conhecimentos fora de suas prprias

    organizaes tambm arcam com custos de

    pesquisa ao buscarem oportunidades atraentes.

    nesse ponto que uma companhia chamada InnoCentive viu sua oportunidade.

    A InnoCentive cria conexes entre

    organizaes com problemas para resolver

    e pesquisadores ao redor do mundo vidos

    para resolver problemas. Originalmente parte

    da fabricante de medicamentos Eli Lilly,

    a InnoCentive agora funciona como uma

    intermediria independente, listando ONGs,

    agncias governamentais e organizaes

    comerciais como Procter & Gamble, Solvay e

    a Rockefeller Foundation. Companhias que

    postam seus desafios de inovao no site da

    InnoCentive so chamadas de "buscadoras".

    Elas recompensam solues bem-sucedidas

    com prmios em dinheiro que podem variar de

    U$5.000 at U$1.000.000. Os cientistas que

    buscam encontrar as solues so chamados de

    lnnocentive

    GERENCIAMENTO DE ACESSO A UMA PLATAFORMA AMPLA REDE

    DE CIENTISTAS PERFIS ONLINE OBTER "SOLUCIONADORES"

    SOLUCIONADORES E "BUSCADORES"

    BUSCADORES CONECTAR (EMPRESA) "BUSCADORES"

    PRINCIPAIS "BUSCADORES" E

    "SOLUCIONADORES" "SOLUCIONADORES" PLATAFORMA (CIENTISTAS) INNOCENTIVE COM

    UMA BASE DE ACESSO A DESAFIOS INNOCENTIVE.COM

    "SOLUCIONADORES" CIENTFICOS COM

    & "BUSCADORES" RECOMPENSA EM

    DINHEIRO

    GERENCIAMENTO DE PLATAFORMA ACESSO GRATUITO AOS DESAFIOS

    AQUISIO DE "SOLUCIONADORES" & "BUSCADORES" TAXA POR LISTAR DESAFIOS PARA SOLUCIONADORES

    "solucionadores". A Proposta de Valor da

    InnoCentive est em agregar e conectar

    "buscadores" e "solucionadores". Voc

    pode reconhecer essas qualidades como

    caracteristica do padro de plataforma

    multilateral (veja a pg. 76). As companhias

    com padres de Modelos de Negcios abertos

    geralmente constroem tais plataformas para

    reduzir os custos da busca.

    EM BUSCA DE COMISSO

  • "A inovao aberta , fundamentalmente, sobre operar em um mundo de conhecimento abundante onde nem todas as pessoas espertas trabalham para voc, ento melhor voc encontr-las, se conectar com elas e se inspirar naquilo que sabem fazer."

    - Henry Chesbrough

    Diretor Executivo, Center for Open Innovation

    Haas School of Business, UC Berkeley

    "Conhecidos por nossa preferncia em fazer tudo internamente, comeamos a buscar inovaes a partir de toda e qualquer fonte, dentro ou fora da companhia."

    - A. G. Lafley

    Presidente & CEO, P&G

    "A N estl claramente reconhece que, para atingir seu objetivo de crescimento, precisa estender suas capacidades internas e estabelecer um grande nmero de relaes de parcerias estratgicas. Ela abraou a inovao aberta e trabalha agressivamente com

    . . parceiros para criar novas oportunidades significativas de mercado e produto."

    - Helmut Traitler

    Lder de Parcerias de Inovao, Nestl

  • Alguns resultados de P&D inutilizveis internamente -seja por motivos estratgicos ou operacionais - podem ser de grande VALOR para outras indstrias.

    Organizaes com operaes internas de P&D substanciais possuem, tipicmente, mito conhecimento, tecnologias e propriedades intelectuais

    foco.

  • su d

    Modelos Negcios Desagregados A Cauda Longa ; -Contexto Um modelo integrado combina gerenciamento de infraestrutura, A Proposta de Valor visa apenas os clientes mais ,.,.......

    (Antes) inovao de produto e relacionamento com o cliente sob um lucrativos. mesmo teto.

    Desafio Os custos so muito altos. Direcionar a segmentos menos lucrativos com ---Diversas culturas organizacionais conflitantes esto combinadas Proposta de Valor especfica muito caro. em uma nica entidade, resultando em compensaes desnecessrias. . --Soluo O negcio est desagregado em trs modelos separados, porm A Proposta de Valor nova ou adicional visa um nmero

    (Depois) complementares, lidando com: maior de Segmentos de Clientes historicamente . gerenciamento de infraestrutura menos lucrativos e de nicho - que, quando agregados, . inovao de produto so lucrativos. . relacionamento com o cliente . Lgica Melhorias nas ferramentas de gerenciamento e TI permitem Melhorias em TI e no gerenciamento de operaes

    separar e coordenar diferentes modelos de negcio com custo permitem fornecer Propostas de Valor adequadas a um mais baixo, eliminando assim as compensaes indesejadas. grande nmero de novos clientes com custo baixo.

    1 Exemplos Bancos Privados Indstria editorial (Lulu.com) 1

    Telefonia Celular LEGO \ 1

    1

  • Plataformas Multilaterais

    Uma Proposta de Valor se direciona a um Segmento de Clientes.

    GRTIS como Modelo de Negcios

    Uma Proposta de Valor de alto valor e alto custo oferecida apenas a clientes pagos.

    A empresa no consegue adquirir novos clientes O alto preo afasta os clientes. potenciais que estejam interessados em acessar a base de clientes existente (ex. desenvolvedores que queiram chegar aos usurios de consoles).

    Uma Proposta de Valor que d acesso a um Segmento de Clientes existente da companhia adicionada (ex. um fabricante de consoles para jogos fornece aos desenvolvedores de software acesso aos seus usurios).

    Um intermedirio operando uma plataforma entre dois ou mais Segmentos de Clientes adiciona Fontes de Receita ao modelo inicial.

    Google Consoles de jogos da Nintendo, Sony e Microsoft Apple iPod, iTunes, iPhone

    Diversas propostas de valor so oferecidas a diferentes Segmentos de Clientes com diferentes Fontes de Receita, um deles livre de custo (ou custando muito pouco).

    Segmentos de Clientes no pagantes so subsidiados pelos clientes pagantes, para atrair o maior nmero possvel de usurios.

    Anunciantes e jornais Metro

    Flickr Cdigo Aberto Red Hat Skype (versus Operadoras de Telecomunicao) Gillette Barbeador e Lminas

    Modelos de Negcios Abertos

    Recursos de P&D e Atividades-Chave so concentrados dentro da empresa:

    Ideias so inventadas apenas "internamente" Resultados so explorados apenas "internamente"

    O P&D caro e/ou a produtividade est caindo.

    Recursos e Atividades de P&D internas so alavancados pela utilizao de parceiros externos. Resultados de P&D internos so transformados em Proposta de Valor e oferecidos para Segmentos de Clientes interessados.

    Obter P&D de fontes externas pode ser menos dispendioso, resultando em prazos mais curtos para entrar no mercado. Inovaes no exploradas tm potencial para gerar mais receita quando comercializadas.

    Procter & Gamble GlaxoSmithKline Innocentive

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  • Esta seo descreve urna variedade de tcnicas e ferramentas do mundo do design

    que podem ajudar voc a projetar Modelos de Negcios melhores e mais inovadores.

    O trabalho de um designer traz questionamentos interminveis sobre a melhor forma

    possvel de criar o novo, descobrir o inexplorado, obter o funcional. O trabalho de

    um designer estender os limites do pensamento, apresentar novas opes e, em

    resumo, criar valor para os usurios. Isso exige a capacidade de imaginar "aquilo que

    no existe". Estamos convencidos de que as ferramentas e a atitude da profisso do

    design so requisitos para o sucesso na gerao de Modelos de Negcios.

    As pessoas de negcios, sem perceber, praticam design todos os dias. Desenvolvem

    organizaes, estratgias, Modelos de Negcios, processos e projetos. Para

    isso, devem levar em considerao uma complexa rede de fatores, corno seus

    competidores, a tecnologia, aspectos regulatrios e muito mais. Cada vez mais,

    precisamos faz-lo em territrio no familiar e no mapeado. precisamente do que

    se trata o design. Do que os administradores carecem de ferramentas de design

    que complementem suas habilidades de negcio.

    As pginas seguintes exploram seis tcnicas de design de Modelos de Negcios:

    lnsights dos Clientes, ldeao, Pensamento Visual, Prottipos, Contando Histrias

    e Cenrios. Apresentamos cada tcnica com uma histria e depois demonstramos

    como a tcnica se aplica ao design de Modelos de Negcios. Aqui e ali adicionamos

    exerccios e atividades sugeridos que mostrem a voc, especificamente, como a

    tcnica pode ser aplicada. Referncias bibliogrficas aparecem no final, para aqueles

    interessados em explorar cada tcnica em maior profundidade.

    Design

    126 Insights dos Clientes

    134 Ideao

    146 Pensamento Visual

    160 Prottipos

    170 Contando Histrias

    180 Cenrios

  • ... os adolescentes so snowboarders, jovens e estilosos, respondendo

    s perguntas de Richard Ling, um socilogo que trabalha para a Telenor,

    stima maior operadora de telefonia celular no mundo. Ling entrevista

    o grupo como parte de um estudo para obter insights quanto ao uso de

    fotos e compartilhamento de fotos em redes sociais. Agora que quase

    todo telefone celular vem com uma cmera, o compartilhamento de fotos

    de grande interesse para as operadoras. A pesquisa de Ling ajudar a

    Telenor entender melhor a "viso geral" do compartilhamento de fotos.

    Ele se concentra no apenas nos servios existentes ou em potencial de

    compartilhamento de fotos por celular, mas em questes mais amplas,

    como o papel que o compartilhamento desempenha quanto confiana,

    o sigilo, identidade grupal e no tecido social que liga esses jovens. O

    trabalho permitir Telenor projetar e disponibilizar servios melhores.

    127

  • 128

    Construindo Modelo de Negci a partir de Insights do Cliente As empresas investem pesado em pesquisa de mercado, mas ainda

    assim acabam negligenciando a perspectiva do diente ao projetar

    produtos e servios - e tambm Modelos de Negcios. Bons

    designers evitam este erro. Eles enxergam o Modelo de Negcios

    pelos olhos dos clientes, mtodo que pode levar descoberta

    de oportunidades completamente novas. No significa que o

    pensamento do cliente seja o nico ponto de partida para uma

    iniciativa inovadora, mas que devemos incluir sua perspectiva ao

    avaliar um Modelo de Negcio. Inovaes bem-sucedidas exigem

    uma compreenso profunda dos clientes, incluindo seu ambiente,

    seu dia a dia, suas preocupaes e inspiraes.

    O tocador digital iPod, da Apple, fornece um exemplo. A Apple

    compreendeu que as pessoas no estavam interessadas na mdia

    digital por si s. Percebeu que os clientes queriam uma maneira

    de buscar, encontrar, baixar e ouvir contedo digital, incluindo

    msica, e estavam dispostos a pagar por uma soluo boa. A viso

    da Apple foi nica, em uma poca na qual o download ilegal estava

    descontrolado e a maioria das empresas argumentava que ningum

    estaria disposto a pagar por msica na Internet. A Apple ignorou

    isso e criou uma experincia musical para os clientes, integrando o

    software de msica e mdia iTunes, a loja online iTunes e o tocador

    digital iPod. Com essa Proposta de Valor como ncleo de seu Modelo

    de Negcio, a Apple dominou o mercado da msica digital.

    O desafio desenvolver uma boa compreenso dos clientes, que

    deve servir como base na hora de fazer escolhas na construo de

    Modelos de Negcios. No campo do design de produtos e servios,

    diversas companhias lderes trabalham com cientistas sociais para

    alcanar essa compreenso. Na Intel, na Nokia e na Telenor, equipes

    de antroplogos e socilogos trabalham para desenvolver produtos e

    servios novos e melhores. O mesmo mtodo pode levar a Modelos de

    Negcios novos e melhores.

    Muitas empresas de consumo lderes organizam excurses para

    que executivos encontrem seus clientes, conversem com equipes

    e visitem pontos de venda. Em outras indstrias, principalmente

    aquelas envolvendo investimentos pesados de capital, conversar

    com os clientes parte da rotina. Mas o desafio da inovao

    desenvolver uma compreenso mais profunda dos clientes e no

    , Adotar C1 perspectivC1 do clienll' um princpio bsico pura todo o processo ele design : ele Modelos de Negcios. As perspectivas elo cliente devem alncntur nos,

  • simplesmente perguntar o que eles querem. Como disse

    uma vez o pioneiro fabricante de automveis Henry

    Ford: "Se eu perguntasse aos meus clientes o que eles

    queriam, teriam me dito 'um cavalo mais rpido"'.

    Outro desafio saber quais clientes ouvir e quais

    clientes ignorar. Algumas vezes, os segmentos

    que crescero amanh esperam na periferia hoje.

    Assim sendo, inovadores devem evitar se concentrar

    exclusivamente nos Segmentos de Clientes existentes

    e se direcionar para segmentos novos ou ainda

    no atendidos. Diversas inovaes tiveram sucesso

    precisamente porque satisfizeram as necessidades no

    atendidas de novos clientes. Por exemplo, a easyJet,

    de Stelios Haji-Ioannou, tornou a viagem area

    acessvel a clientes de mdia e baixa renda, que antes

    raramente voavam. E a Zipcar permitiu aos moradores

    de grandes cidades eliminarem os prejuzos da posse

    de automveis. Os clientes que pagam uma taxa

    anual podem alugar automveis por hora. Ambos so

    exemplos de novos Modelos de Negcios construdos

    sobre segmentos de clientes localizados na periferia

    de modelos estabelecidos: aviao e locao de

    veculos tradicional.

    d 1".liodelos de

    0 e i".a. donaorgan1

    eficincia?

    129

  • 130

    O que ela

    ESCUTA? o que os amigos dizem

    o que o chefe diz o que dizem os influenciadores

    DOR medos

    frustraes obstculos

    SE O que ela

    TEEPE SA? o que realmente importa

    maiores preocupaes medos e aspiraes

    O que ela

    DIZE FAZ? atitude em pblico

    aparncia comportamento em relao aos outros

    O que ela A

    VE? ambiente

    amigos o que o mercado oferece

    G HOS desejos / necessidades

    medidas de sucesso obstculos

    Fonte: Adaptado de XPLANE

    T

  • O Mapa da Empatia

    Poucos de ns tm acesso a uma equipe completa de cientistas sociais, mas qualquer um que

    examine um Modelo de Negcio pode rascunhar perfis dos Segmentos de Clientes atendidos.

    Uma boa forma de comear usar o Mapa da Empatia, ferramenta desenvolvida pela

    companhia de pensamento visual XPLANE. Esta ferramenta, que tambm gostamos de chamar

    de "fcil analisador de clientes", ajuda voc a ir alm das caractersticas demogrficas e

    desenvolver uma compreenso melhor do ambiente, dos seus comportamentos, das suas

    preocupaes e aspiraes. Fazer isso permite desenvolver um Modelo de Negcio forte, pois

    o perfil vai guiar o design para melhores Propostas de Valor, maneiras mais convenientes de

    alcanar os clientes, e um dilogo mais apropriado com o cliente. Ele permite compreender

    melhor aquilo que o cliente est realmente disposto a pagar.

    O QUE ELA V? DESCREVA O QUE A CLIENTE V EM SEU AMBIENTE

    Como ? Quem est em torno dela? Quem so seus amigos? A quais tipos de ofertas ela est exposta diariamente (em oposio ao que todo o mercado oferece)? Quais problemas encontra?

    O QUE ELA ESCUTA? DESCREVA COMO O AMBIENTE INFLUENCIA A CLIENTE

    O que os amigos dizem? Seu marido? Quem realmente a influencia? Como? Que Canais de mdia so influentes?

    O QUE ELA REALMENTE PENSA E SENTE? TENTE DESENHAR O QUE ACONTECE NA MENTE DA CLIENTE

    O que realmente importante para ela (que talvez no diria publicamente)? Imagine suas emoes. O que a motiva? O que pode mant-la acordada noite? Tente descrever seus sonhos e desejos.

    Como utilizar o da

    assim que funciona. Primeiro, faa um brainstorm para avaliar todos os possveis Segmentos de Clientes que quer atender utilizando seu Modelo de Negcio. Escul!w trs candidatos promissores e selecione um para seu primeiro exerccio de perfil.

    Comece dando a esse cliente um nome e algumas caractersticas demogrficas, como renda, estado civil, e assim por diante. Ento, visualizando o diagrama na prxima pgina, utilize uma tabela ou um quadro em branco para construir um perfil para seu recm nomeado cliente, perguntando e respondendo a seis perguntas:

    O QUE ELA DIZ Ff:1Z? IMAGINE O QUE A CLIENTE PODE DIZER OU COMO SE COMPORTA EM PBLICO?

    Qual a atitude dela? O que ela pode estar dizendo para outras pessoas? Preste ateno principalmente nos conflitos potenciais entre o que um cliente pode dizer e o que realmente pensa e sente.

    QUAL A SUA DOR? Quais so suas maiores frustraes? Que obstculos existem entre ela e o que ela quer e precisa obter? Quais riscos teme enfrentar?

    O QUE GANHA/\ CLIENTE? O que ela realmente quer ou precisa obter? Como mede o sucesso? Pense em algumas estratgias que pode utilizar para alcanar seus objetivos.

    131

  • : eedlm::t Jo ~t"it>, JW,:if1:ivo).

    ?...-e.e~os O.sso.~

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  • Entendendo um Cliente B2B utilizando o Mapa da Empatia

    Em outubro de 2008, a Microsoft anunciou planos de fornecer

    toda a sute de aplicativos Office pela Internet. De acordo

    com o anncio, os clientes sero, em algum momento,

    capazes de utilizar o Word, Excel e outros aplicativos Office

    atravs de seus navegadores. Isso exigir da Microsoft uma

    significativa mudana na engenharia do seu Modelo de

    Negcios. Um ponto de partida para essa renovao poderia

    ser criar um perfil para um segmento de clientes-chave:

    diretores de tecnologia da informao (CIO), que definem a

    estratgia de TI e tomam as decises de compra. Como seria o

    perfil de um cliente CIO?

    O objetivo criar um ponto de vista do cliente para questionar continuamente suas suposies sobre o Modelo de Negcios. O perfil do cliente permite dar respostas melhores para questes como: esta Proposta de Valor resolve problemas reais? Ela estaria realmente disposta a pagar por isso? Como ela gostaria de ser atendida?

    133

  • ... Petertrabalha para um grupo farmacutico, que contratou a

    consultoria de inovao de Elmar, a Creaholic, para ajudar com um

    produto inovador. Os dois homens so parte de uma equipe de inovao

    de seis pessoas, realizando uma reunio de trs dias fora da empresa.

    O grupo deliberadamente heterogneo, uma mistura de

    diferentes nveis de experincia e backgrounds. Apesar de todos os

    membros serem especialistas experientes, se reuniram no como

    tcnicos, mas como consumidores insatisfeitos com a situao

    atual. A Creaholic os instruiu a deixar suas especialidades na porta

    e carreg-las apenas como uma memria distante.

    Por trs dias, os seis formam um microcosmo de clientes,

    e libertam sua imaginao para imaginar potenciais solues

    inovadoras para um problema, desapegados de limitaes tcnicas

    ou financeiras. As ideias colidem e novos pensamentos emergem,

    ento s depois de gerar uma variedade de solues que se pede

    a eles que lembrem suas especialidades e selecionem as trs ideias

    candidatas mais promissoras.

    Elmar Mock carrega consigo um longo registro de inovaes

    pioneiras. Ele um dos dois inventores da lendria marca de

    relgios Swatch. Desde ento, ele e sua equipe na Creaholicj

    ajudaram companhias como a BMW, Nestl, Mikron e Givaudan a

    inovar com sucesso.

    Elmar sabe o quanto isso difcil. Empresas novas exigem

    previsibilidade, descries de servio e projees financeiras. Ainda

    assim, as inovaes emergem de algo melhor, descrito como "caos

    sistemtico". A Creaholic encontrou uma maneira para dominar esse

    caos. Elmar e sua equipe so obcecados com inovao.

    135

  • 136

    Gerando Novas Ideia Modelos de Negcios

    de

    Mapear um Modelo de Negcios existente uma coisa; projetar um

    novo e inovador Modelo de Negcios outra. Requer um processo

    criativo para gerar um grande nmero de ideias e isolar as melhores.

    Esse processo se chama ideao. Dominar a arte da ideao crucial

    para projetar novos Modelos de Negcios viveis.

    Tradicionalmente, a maioria das indstrias era caracterizada por

    um Modelo de Negcio dominante. Isso mudou radicalmente. Hoje

    temos muito mais opes ao projetar um novo Modelo de Negcios.

    Atualmente, diferentes modelos competem nos mesmos mercados,

    e as fronteiras entre as indstrias se misturam - ou desaparecem

    totalmente.

    Um desafio que enfrentamos ao tentar criar novas opes de

    criar novos mecanismos de criao de valor e receitas. Ao contrrio,

    inovao em Modelos de Negcios significa desafiar as ortodoxias

    para projetar modelos originais que atendam a clientes insatisfeitos,

    novos ou que nem haviam sido considerados.

    Para gerar novas e melhores opes, voc precisa sonhar com suas

    ideias antes de estreit-las em uma lista de opes concebveis.

    Assim, a ideao possui duas fases principais: gerao de ideias,

    onde a quantidade o que importa, e a sntese, na qual as ideias so

    discutidas, combinadas e reduzidas a um pequeno nmero de opes

    viveis. As opes no precisam, necessariamente, representar

    Modelos de Negcios pioneiros. Podem ser inovaes que expandam

    os limites do modelo atual, para melhorar a competitividade.

    Modelos de Negcios ignorar o status quo e colocar de lado Voc pode gerar ideias para Modelos de Negcios inovadores a partir

    preocupaes com questes operacionais, de modo a podermos gerar de diversos pontos de partida. Veremos dois: epicentros de inovao

    ideias realmente novas. utilizando o Quadro de Modelo de Negcios e perguntas "e se".

    Inovar com Modelos de Negcios significa no olhar para trs, pois o

    passado indica pouco do que possvel para os Modelos de Negcios

    futuros. A inovao em Modelos de Negcios no tem nada a ver com

    observar a concorrncia, j que inovar no copiar ou comparar, mas

  • -

    89

    137 .

  • l o

  • A partir dos Clientes Inovaes a partir de Clientes so baseadas nas necessidades do cliente, no acesso facilitado ou aumento da convenincia. Como todas as inovaes que partem de um nico epicentro, ela afeta os outros componentes do Modelo de Negcio.

    Exemplo: a 23andMe levou testes de DNA personalizados a

    clientes individuais uma oferta anteriormente disponvel

    exclusivamente para pesquisadores e profissionais

    da sade. Isso teve implicaes substanciais tanto na

    Proposta de Valor quanto na entrega do resultado dos

    A partir das Finanas Inovaes a partir das Finanas, de mecanismos de preo ou Estruturas de Custos reduzidas, que afetam os outros componentes.

    Exemplo: quando a Xerox inventou o Xerox 914 em 1958 -

    uma das primeiras copiadoras de papel- o preo era muito

    alto para o mercado. Ento, a empresa desenvolveu um novo

    Modelo de Negcio. Ela arrendava a mquina por U$95 por

    ms, incluindo 2.000 cpias gratuitas, e mais cinco centavos

    testes, o que a 23andMe consegue atravs de perfis online. por cpia adicional. Os clientes adquiriram as novas mquinas

    e comearam a fazer milhares de cpias todo os meses.

    A partir de Mltiplos Epicentros Inovaes a partir de Mltiplos Epicentros podem ter impacto significativo em diversos outros componentes.

    Exemplo: a Hilti, fabricante de ferramentas profissionais para

    construo, mudou da venda de ferramentas para o aluguel.

    Foi uma mudana substancial na Proposta de Valor da Hilti,

    mas tambm em suas Fontes de Receita, que mudaram de

    receitas por produto para receitas de servio recorrentes.

    139

  • 1

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    o .. ,, ~

    140

    ~

    ~

    O Poder das Perguntas "e Se"

    Frequentemente, temos problemas em conceber Modelos de Negcios

    inovadores, porque somos segurados pelo status quo. O status quo

    adormece nossa imaginao. Uma maneira de superar o problema

    desafiar nossas presunes iniciais com perguntas que comecem

    com "e se". Com os ingredientes certos, o que pensvamos ser

    impossvel pode deixar de ser. Perguntas "e se" nos ajudam a quebrar

    as amarras impostas pelos modelos atuais. Elas devem nos provocar e

    desafiar nosso pensamento. Devem nos perturbar como proposies

    intrigantes e de difcil execuo.

    Os donos de jornais dirios impressos podem se perguntar: e

    se interrompssemos nossa edio impressa e nos voltssemos

    completamente para a distribuio digital, usando, por exemplo,

    o leitor de e-books da Amazon, o Kindle, ou a prpria Internet? O

    jornal reduziria drasticamente os custos de produo e logstica, mas

    exigiria uma compensao das receitas de anncios e transferncia

    dos leitores para canais digitais.

    Perguntas "e se" so meros pontos de partida. Elas nos desafiam

    a descobrir o Modelo de Negcio que possa fazer as suposies

    funcionarem. Algumas perguntas "e se" podem ficar sem resposta,

    pois so muito provocativas. Algumas podem precisar somente do

    Modelo de Negcios certo para se tornarem realidade.

  • \ ... compradores de mveis pegassem seus componentes em pacotes de um grande

    depsito e montassem os produtos eles mesmos, em casa? O que prtica comum hoje era

    impensvel at que a IKEA introduziu o conceito na dcada de 1960.

    ... as linhas areas no comprassem motores para seus avies, mas pagassem por cada

    hora de funcionamento? Foi assim que a britnica Rolls-Royce mudou de uma empresa em

    prejuzo para a segunda maior fornecedora de grandes motores a jato do mundo.

    ... as ligaes de voz fossem gratuitas para todo o mundo? Em 2003 o Skype lanou um

    servio que permitia ligaes de voz gratuitas via Internet. Depois de cinco

    anos o Skype conseguiu 400 milhes de usurios registrados, que fizeram, no total, cerca

    de 100 bilhes de ligaes gratuitas.

    / /

    ( / ... fabricantes de carros no vendessem carros, mas fornecessem servios de mobilidade?

    Em 2008, a Damler lanou o Car2go, um negcio experimental na cidade alem de Ulm. A

    frota de veculos da Car2go permite ao usurio pegar e deixar carros em qualquer lugar da

    cidade, pagando taxas de servio de mobilidade por minuto .

    ... indivduos pudessem emprestar dinheiro uns aos outros ao invs de pegar emprstimos

    bancrios? Em 2005, a britnica Zopa lanou uma plataforma de emprstimos peer-to-peer

    (ponto a ponto) na Internet .

    ... cada morador de Bangladesh tivesse acesso a um telefone? o que a Grameenphone

    buscou alcanar, em parceria com a instituio microfinanceira do Grameen Bank.

    At ento, Bangladesh tinha a menor densidade telefnica do mundo. Atualmente, a

    Grameenphone a maior pagadora de impostos em Bangladesh.

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    141

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    O Processo de Ideao

    O processo de ideao pode tomar diversas formas. Aqui desenhamos um mtodo geral

    para produzir opes inovadoras de Modelos de Negcios.

    1. COMPOSIO DE EQUIPE PERGUNTA-CHAVE: NOSSA EQUIPE DIVERSIFICADA O SUFICIENTE PARA GERAR IDEIAS NOVAS?

    Reunir a equipe certa essencial para gerar ideias eficientes de novos Modelos de

    Negcios. Os membros devem ser variados em termos de experincia, idade, tempo de

    empresa, representao de unidade de negcio, conhecimento do cliente e capacidade

    profissional.

    2. IMERSO PERGUNTA-CHAVE: QUAIS ELEMENTOS DEVEMOS ESTUDAR ANTES DE GERAR IDEIAS?

    Idealmente, a equipe deve passar por uma fase de imerso, que inclui uma pesquisa

    geral, o estudo de clientes e prospectos, o escrutnio de novas tecnologias e a anlise de

    Modelos de Negcios existentes. A imerso pode durar diversas semanas ou ser curta,

    com apenas alguns exerccios e workshops (ex. o Mapa da Empatia).

    3. EXPANSO

    PERGUNTA-CHAVE: QUE INOVAES PODEMOS IMAGINAR PARA CADA COMPONENTE DO MODELO DE NEGCIOS?

    Durante essa fase, a equipe expande a gama de solues possveis, procurando gerar

    quantas ideias for possvel. Cada um dos nove componentes pode servir de ponto de

    partida. O objetivo desta fase quantidade, no qualidade. Reforar as regras do

    brainstorming manter as pessoas concentradas em gerar ideias em vez de censur-las

    numa etapa no inicio do processo (veja a pg. 144).

    4. CRITRIO DE SELEO

    PERGUNTA-CHAVE: QUE CRITRIOS SO MAIS IMPORTANTES PARA PRIORIZAR NOSSAS IDEIAS?

    Depois de expandir a gama de solues possveis, a equipe deve definir critrios

    para reduzir o nmero de ideias a uma quantidade gerencivel. Os critrios sero

    especficos ao contexto, mas incluir sempre o tempo de implementao estimado,

    o potencial de receita, uma possvel resistncia do cliente e o impacto na vantagem

    competitiva.

    5. "PROTOTIPANDO" PERGUNTA-CHAVE: COMO SERIA O MODELO DE NEGCIOS COMPLETO DE CADA IDEIA?

    Com os critrios definidos, a equipe deve ser capaz de reduzir o nmero de ideias

    para uma pequena lista, priorizada, contendo de trs a cinco potenciais inovaes

    de Modelo de Negcios. Utilize a Quadro de Modelo de Negcios para rascunhar e

    discutir cada ideia como um prottipo (veja a pg. 160).

  • 'f'

    Rena uma Equipe Diversificada

    A tarefa de gerar novas ideias no deve ser deixada exclusivamente para aqueles que so

    considerados "tipos criativos". A ideao um exerccio em grupo. De fato, por sua prpria

    natureza, a inovao exige a participao de pessoas de toda a organizao. Inovar o Modelo de

    Negcios criar valor explorando novos componentes do Modelo de Negcios, estabelecendo

    ideias inovadoras entre blocos. Pode envolver todos os nove componentes do quadro. Assim, se

    fazem necessrias as opinies e ideias de pessoas que representem mltiplas reas.

    Por isso, reunir o grupo certo um prerrequisito crucial para gerar novas ideias de Modelo de

    Negcios. Pensar na inovao no deve estar confinado unidade de P&D ou ao escritrio de

    planejamento estratgico. As equipes de inovao devem ser diversificadas. A diversidade ajuda

    a gerar, discutir e selecionar novas ideias. Considere trazer pessoas de fora, at mesmo crianas.

    A diversidade funciona. Mas certifique-se de ensinar como ouvir ativamente, considerando a

    participao de um intermediador neutro nas reunies mais importantes.

    Uma equipe diversificada de inovao em Modelo de Negcios tem membros ...

    0 De vrias unidades de negcio

    @ De diferentes idades

    Com diferentes especialidades Com diferentes tempos de trabalho no mercado

    Com diferentes experincias e De diferentes histricos culturais

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    Regras de Brainstorming

    Rrainsorms de .sucet'o seguem u1na S

  • Aquecimento: O Exerccio da Vaca

    Para mexer com os fluidos criativos de sua equipe, pode ser til comear uma sesso de

    ideao com um aquecimento como o exerccio da Vaca. assim: instrua os participantes

    a rascunharem trs Modelos de Negcios diferentes, usando uma vaca. Primeiro, pea

    que definam algumas caractersticas bsicas de uma vaca (produz leite, come o

    dia todo, muge, etc.). Diga para utilizarem essas caractersticas para

    criar Modelos de Negcios inovadores, com base em uma vaca. D

    trs minutos para isso.

    Tenha em mente que o exerccio pode dar errado, pois

    bastante ridculo mesmo. Mas foi testado com executivos,

    contadores, gerenciadores de risco e empreendedores,

    geralmente com grande sucesso. O objetivo tirar as pessoas

    de sua rotina de negcios e mostrar o quo

    prontamente podem gerar ideias ao se

    desconectarem do ortodoxo e deixarem a

    criatividade fluir.

    145

  • ... os 14 participantes vinham de todos os setores da empresa,

    mas estavam todos envolvidos com gesto de informao. Eles se

    reuniram aqui, em um workshop de um dia, para, literalmente,

    fazer o desenho de como uma empresa global deve gerenciar seus

    fluxos de informao.

    Dave Gray, fundador e presidente da consultoria XPLANE, o

    mediador da reunio. A XPLANE utiliza ferramentas de pensamento

    visual para ajudar os clientes a esclarecer problemas, desde a

    estratgia corporativa at as implementaes operacionais. Com

    um artista da XPLANE, Dave ajuda 14 especialistas da HP a obterem

    melhor compreenso da viso global do compartilhamento de

    informaes em uma empresa multinacional. O grupo utiliza

    desenhos para discutir o compartilhamento de informaes,

    identificar relaes entre elementos, preencher lacunas e

    desenvolver uma compreenso conjunta de vrios temas.

    Com um sorriso sbio, Dave fala sobre um erro comum: que

    algum no deve desenhar algo at entender. Pelo contrrio, ele

    explica, rascunhar - mesmo que de forma rudimentar ou amadora

    ajuda as pessoas a descrever, discutir e compreender melhor

    as questes, particularmente as de natureza complexa. Para os

    14 colaboradores da Hewlett-Packard, o mtodo de visualizao

    da XPLANE funcionou perfeitamente. Eles se reuniram como 14

    especialistas com compreenses individuais profundas, mas saram

    da sala com uma imagem nica de como uma empresa multinacio-

    nal deve gerenciar informaes. A lista de clientes da XPLANE, que

    parece mais uma lista das empresas mais bem-sucedidas uma

    testemunha do crescente nmero de organizaes que compreen-

    dem o valor deste tipo de pensamento visual.

    147

  • O Valor do n a n Vi u

    O pensamento visual indispensvel para trabalhar com Modelos de

    Negcios. Por "pensamento visual'', o que queremos dizer utilizar

    ferramentas visuais como figuras, rascunhos, diagramas e Post-its TM

    l

    para construir e discutir significados. J que Modelos de Negcios so

    conceitos complexos, compostos de vrios componentes e da interrelao

    entre eles, difcil compreender de fato um modelo sem fazer um

    desenho.

    Um Modelo de Negcios mesmo um sistema onde um elemento

    influencia outro; ele s faz sentido como um todo. Capturar o todo sem

    visualiz-lo difcil. De fato, ao representar visualmente um Modelo de

    Negcio, transformamos suas suposies em informaes explcitas. O

    modelo se torna tangvel e permite discusses e alteraes mais claras. A

    tcnica visual d "vida" ao Modelo de Negcios e facilita a cooperao.

    Desenhar um modelo o transforma em um objeto e uma ncora conceituai

    para a qual a discusso sempre pode retornar. Isso crucial porque

    desloca o discurso do abstrato ao concreto e aumenta a qualidade

    do debate. Em geral, se voc visa aprimorar um Modelo de Negcios

    existente, descrev-lo visualmente revela as lacunas lgicas e facilita

    a discusso. Da mesma forma, se voc projeta um Modelo de Negcio

    completamente novo, desenh-lo permitir que voc discuta diferentes

    opes facilmente, adicionando, removendo e movendo as imagens.

    O mundo dos negcios sempre faz uso frequente de tcnicas visuais,

    como diagramas e tabelas. Tais elementos so muito utilizados para

    esclarecer mensagens em relatrios e planejamentos. Mas as tcnicas

    visuais so utilizadas com menor frequncia para discutir, explorar e

    definir temas de negcio. Qual foi a ltima vez que voc participou de uma

    reunio onde executivos desenhassem nas paredes? Mas justamente

    ao processo estratgico que o pensamento visual pode adicionar

    valor. O pensamento visual aprimora os questionamentos estratgicos,

    tornando o abstrato concreto, iluminando as relaes entre os elementos

    e simplificando o que era complexo. Nesta seo, descrevemos como

    o pensamento visual pode ajudar voc a cruzar o processo de definir,

    discutir e alterar Modelos de Negcios.

    Nos referimos a duas tcnicas: o uso de Post-its TM e o uso de rascunhos

    combinados com o Quadro de Modelo de Negcios. Tambm discutimos

    quatro processos aprimorados pelo pensamento visual: compreenso,

    dilogo, explorao e comunicao.

  • 149

  • 150

    Vi uali ndo com Notas

    Um conjunto de Post-its rM uma ferramenta indispensvel para a reflexo sobre Modelos de Negcios.

    As notas adesivas funcionam como porta-ideias, que podem ser adicionados, removidos e facilmente

    deslocados entre os componentes da construo do Modelo de Negcio. Isso importante porque, durante

    as discusses, pessoas frequentemente no concordam imediatamente com quais elementos devem entrar

    no Quadro, ou onde devem ser colocados. Durante as discusses exploratrias, alguns elementos podem

    ser removidos e substitudos mltiplas vezes para explorar novos caminhos.

    Aqui vo trs instrues simples: (1) utilize canetas grossas para escrever, (2) escreva apenas um elemento

    em cada Post-it'M e (3) escreva apenas poucas palavras por Post-it, para capturar o ponto essencial.

    Utilizar canetas grossas mais que um detalhe: evita que voc coloque muitas informaes em um nico

    adesivo e torna mais fcil a visualizao e a reviso.

    Tenha em mente, tambm, que as discusses que levam imagem final do Modelo de Negcio criada por todos

    os Post-its '" to importante quanto o resultado. As discusses sobre quais notas entram ou saem e os debates

    sobre como um elemento influencia os outros do aos participantes uma compreenso profunda do Modelo

    de Negcio e sua dinmica. Consequentemente, uma nota se torna mais que um pedao de papel adesivo

    representando um componente do Modelo de Negcios; ela se torna um vetor para urna discusso estratgica.

  • Visualizando com Desenhos

    Desenhos podem ser ainda mais poderosos que as notas, pois as pessoas reagem Os rascunhos e desenhos podem fazer diferena de diversas formas. A mais bvia que

    com mais fora s imagems que s palavras. As imagens apresentam suas mensagens explicam e comunicam seu Modelo de Negcios com base em desenhos simples

    instantaneamente. Desenhos simples podem expressar ideias que exigiriam muitas palavras. -explicamos como fazer isso no fim do captulo. Outra rascunhar um cliente tpico e seu

    ambiente tpico para ilustrar um de seus Segmentos de Clientes. Isto leva a uma discusso

    mais fcil do que voc pensa. Um boneco palito sorridente transmite emoo. Um mais concreta e intensiva do que simplesmente resumir as caractersticas daquela pessoa

    grande saco de dinheiro e um pequeno saco de dinheiro transmitem propores. O textualmente. Finalmente, desenhar as necessidades e os servios a serem prestados a

    problema que a maioria de ns pensa no saber desenhar. Ficamos envergonhados se um segmento uma forma poderosa de explorar tcnicas visuais.

    nossos desenhos parecem infantis ou pouco sofisticados. A verdade que at mesmo

    desenhos simples, mas feitos com sinceridade, ajudam a tornar os fatos tangveis e

    compreensveis. As pessoas interpretam simples bonecos palito muito mais facilmente do

    que conceitos abstratos em texto.

    Os desenhos provavelmente daro incio a discusses construtivas a partir das

    quais novas ideias viro. Agora, vamos examinar quatro processos aprimorados pelo

    pensamento visual.

    151

  • 152

    1

    1

    1

    1

    Compreenda a Essncia

    O pster do Quadro de Modelo de Negcios um mapa

    conceituai, que funciona como linguagem visual, mas com

    uma gramtica correspondente. Ela diz quais peas de

    informao inserir no modelo e onde. Fornece um guia visual

    e textual para toda a informao necessria para desenhar

    um Modelo de Negcio.

    Desenhando todos os elementos do Quadro, voc

    imediatamente d aos observadores uma viso do todo de

    um Modelo de Negcios. Um desenho fornece a quantidade

    certa de informaes para permitir ao observador capturar a

    ideia, sem detalhes demais para distrai-lo. O Quadro simplifica

    visualmente a realidade de uma empresa com todos os seus

    processos, estruturas e sistemas. Em um Modelo de Negcio

    como o da Rolls-Royce, onde as unidades de motores a jato

    so alugadas por hora e no vendidas, a imagem do todo,

    no das peas individuais, que atraente.

    Compreender um Modelo de Negcio exige no apenas o

    conhecimento dos elementos que o compem, mas tambm

    captar as interdependncias entre elementos. Isso mais

    fcil de expressar visualmente do que com palavras. Isto

    ainda mais verdadeiro quando diversos elementos e relaes

    esto envolvidos. Ao descrever o Modelo de Negcios de uma

    linha area de baixo custo, por exemplo, os desenhos podem

    eficientemente demonstrar porque uma frota homognea de

    avies crucial para manter baixos os custos de manuteno

    e treinamento.

  • es

    ma

    e

    :o

    elhore o Dilo

    Todos temos nossas suposies implcitas e postar uma

    imagem que as transforme em informaes explcitas uma

    excelente maneira de aprimorar o dilogo. Isso transforma

    um Modelo de Negcio em um objeto tangvel, fornece um

    ponto de referncia ao qual os participantes podem retornar.

    J que as pessoas podem manter apenas um nmero limitado

    de ideias na memria de curto prazo, demonstrar visualmente

    o Modelo de Negcio essencial para uma boa discusso.

    At mesmo o mais simples dos modelos compostos por

    diversos componentes e interrelaes.

    O Quadro uma linguagem visual compartilhada. Ele

    fornece no somente um ponto de referncia, mas tambm

    um vocabulrio e uma gramtica que ajudam pessoas a se

    compreender melhor. Ele se torna um poderoso catalisador

    de discusses concentradas sobre os elementos do Modelo

    de Negcio e a forma como se encaixam. Isto de grande

    valia em organizaes cujas estruturas se reportam matriz,

    nas quais indivduos de certas equipes podem saber pouco

    sobre as reas funcionais das outras. Uma linguagem visual

    compartilhada suporta a troca de ideias e aumenta a coeso.

    Visualizar Modelos de Negcios como uma unidade

    a maneira mais eficiente de obter uma compreenso

    compartilhada. Pessoas de diferentes partes de uma

    organizao podem compreender profundamente partes de

    um Modelo de Negcios, mas carecem de um entendimento

    definido do todo. Quando os especialistas desenham em

    conjunto um Modelo de Negcios, todos os envolvidos

    passam a entender cada componente individual, e

    desenvolvem uma compreenso compartilhada das relaes

    entre eles.

    153 i

  • 154

    Explore Ideias

    O Quadro de Modelo de Negcios um pouco como uma tela de um

    artista. Quando um artista comea a pintar, ele em geral tem uma ideia

    vaga - no uma imagem exata - em mente. Ao invs de comear em um

    canto da tela e seguir sequencialmente, ele comea onde quer que sua

    musa dite e prossegue de maneira orgnica. Como disse Pablo Picasso,

    "eu comeo com uma ideia e ento ela vira outra" Picasso via as ideias

    como nada alm de pontos de partida. Ele sabia que evoluiriam para algo

    novo ao serem aplicadas.

    Elaborar um Modelo de Negcio no diferente. As ideias colocadas

    no Quadro disparam outras novas. O Quadro se torna uma ferramenta

    para facilitar o dilogo de ideias - para indivduos desenhando suas

    ideias ou grupos desenvolvendo idias em conjunto.

    Um Modelo de Negcio visual tambm uma boa oportunidade para

    brincar. Com os elementos de um modelo visveis em uma parede,

    como notas coladas nela, voc pode comear a discutir o que acontece

    quando remove certos elementos ou insere novos. Por exemplo, o

    que aconteceria ao seu Modelo de Negcio se voc eliminasse o

    Segmentos de Clientes menos lucrativo? Voc pode fazer isto? Ou

    precisa dele para atrair clientes lucrativos? A eliminaao de clientes

    no lucrativos permitiria a voc reduzir recursos e custos e aprimorar o

    servio aos clientes lucrativos? Um modelo visual ajuda voc a pensar

    no impacto sistmico da modiftcaao de um ou outro elemento

  • Aprimore a Com

    Quando se trata de comunicar um Modelo de Negcios e seus

    elementos mais importantes, uma imagem realmente vale mais

    que mil palavras. Todos em uma organizao precisam entender

    seu modelo, pois todos podem contribuir potencialmente para o

    seu aprimoramento. No mnimo, os funcionrios precisam de um

    entendimento compartilhado, de modo que possam se mover na

    mesma direo estratgica. A descrio visual a melhor forma

    de criar tal compreenso compartilhada.

    Em organizaes, ideias e planos frequentemente precisam ser

    "vendidos" internamente em vrios nveis, para reunir apoio e

    obter fundos. Uma poderosa histria visual refora seu apelo

    e pode aumentar suas chances de obter compreenso e apoio

    para sua ideia. Utilizar imagens ao invs de apenas palavras para

    contar a histria fortalece o seu argumento, porque as pessoas

    se identificam imediatamente com as imagens. Boas imagens

    comunicam o estado atual da sua organizao, o que precisa ser

    feito, como pode ser feito e como pode ser o futuro.

    VENDA EXTERNA

    Assim como os funcionrios precisam "vender" as ideias

    internamente, empreendedores com planos baseados em novos

    Modelos de Negcios devem vend-los para outros grupos, como

    investidores ou colaboradores potenciais. Elementos visuais fortes

    aumentam substancialmente as chances de sucesso.

    155

  • 156

    Diferentes Tipos de Visuali Diferentes Necessidades

    As representaes visuais de Modelos de Negcios pedem diferentes

    nveis de detalhe, dependendo do objetivo. O desenho do Modelo

    de Negcios do Skype, direita, aponta as principais diferenas

    entre seu Modelo de Negcios e o de uma operadora tradicional de

    telecomunicaes. O objetivo apontar as diferenas impactantes

    entre os componentes do Skype e os tradicionais, ainda que ambas

    ofeream servios similares.

    O desenho direita do outro representando a jovem empresa

    alem Sellaband, tem um objetivo diferente, e por isso muito

    mais detalhado. Ele visa apresentar o todo de um Modelo de

    Negcios completamente novo para a indstria da msica: com uma

    plataforma que permite o patrocnio por parte do pblico de msicos

    independentes. A Sellaband utiliza esse desenho para explicar

    seu inovador Modelo de Negcios para investidores, parceiros e

    funcionrios. A combinao de imagens e textos se mostrou muito mais

    eficaz na execuo da tarefa que palavras por si s.

    -ao par Os Recursos e as Atividades-Chave do Skype lembram aqueles de uma companhia de software, pas seu servio baseado em um programa de computador que utiliza a Internet para fazer ligaes telefnicas. Considerando sua base de usurfos de +400 milhes, a companhia tem custos bastante baixos de infraestrutura. De fato, no possu ou opera qualquer rede de telecomunicao.

    Desde o comeo, o Skype foi uma operadora global de voz, pas seu servio era entregue atravs da Internet sem as restries das redes tradicionais. Seu negcio altamente amplivel.

    Embora fornea um servio de telecomunicao, o Modelo de Negcios do Skype apresenta a lgica de uma empresa de software, no a de uma operadora de telecomunicaes.

    Noventa por cento dos usurios do Skype nunca pagam nada. Apenas em torno de 10 por cento so clientes pagantes. Diferente das operadoras tradicionais de telecomunicao, os Canais e Relacionamentos do Skype so altamente automatizados. Eles no exigem quase nenhuma interveno humana, assim, so relativamente baratos.

  • 157

  • l j

    158

    Contando uma Histria Visual

    Uma tima maneira de explicar um Modelo de Negcios contar uma histria, uma imagem de cada

    vez. Apresentar uma descrio completa dentro do Quadro de Modelo de Negcios pode sufocar uma

    audincia. melhor apresentar o modelo pea por pea. Voc pode fazer isto desenhando uma pea

    aps a outra, ou utilizando um programa como o PowerPoint. Uma alternativa pr-desenhar todos

    os elementos de um Modelo de Negcios em Post-its rM, ento disp-los um aps o outro enquanto

    explica o modelo. Isso permite que o pblico siga a construo do modelo e os elementos visuais

    complementam a explicao.

  • Atividade de Narrao Visual

    Comece mapeando uma verso simples e textual do seu Modelo de Negcios.

    Escreva cada elemento do Modelo de Negcios em um Post-it individual.

    O mapeamento pode ser feito individualmente ou em grupo.

    Uma por vez, pegue cada Post-it e substitua-o por um desenho representando seu contedo.

    Mantenha as imagens simples, sem muitos detalhes

    A qualidade do desenho no importa, desde que a mensagem seja transmitida.

    NARRATIVA

    Decida quais Post-itsr11 voc colocar primeiro quando contar sua histria.

    Experimente diferentes caminhos. Voc pode comear com os Segmentos de Clientes, ou talvez com a Proposta de Valor.

    Basicamente, qualquer ponto de partida possvel se ele apoiar efetivamente sua histria.

    CONTE A

    Conte a histria do seu Modelo de Negcios uma imagem por vez.

    Observao: dependendo do contexto e de suas preferncias pessoais, voc pode preferir algo automatizado, como o PowerPoint ou o Keynote. Entretanto, improvvel que sistemas produzam o efeito surpresa positivo do mtodo dos Post-its.

    159

  • ... Boland e Fineout haviam trabalhado dois dias inteiros para remover

    cerca de 500 metros quadrados da planta projetada pelo arquiteto/estrela

    Frank Gehry, deixando espao necessrio para uma sala de reunies e um

    equipamento de escritrio.

    Ao fim da maratona de planejamento, Boland suspirou de alvio.

    "Finalmente est pronto", ele pensou. Mas naquele exato momento,

    Fineout se ergueu da cadeira, rasgou o documento e atirou tudo no lixo,

    no se preocupando em guardar um nico pedao do rduo trabalho da

    dupla. Ele respondeu expresso de choque do Professor Boland com um

    suave dar de ombros e um gentil comentrio. "J provamos que podemos

    faz-lo; agora precisamos pensar em como queremos faz-lo."

    Em retrospectiva, Boland descreve o incidente como um exemplo

    extremo do incansvel mtodo de questionamento experimentado

    por ele durante o trabalho com o grupo Gehry para o novo prdio da

    Weatherhead. Durante a fase de design, Gehry e sua equipe fizeram

    centenas de modelos com diferentes materiais e tamanhos variados,

    apenas para explorar novas direes. Boland explicou que o objetivo da

    atividade de prototipagem era muito mais que um mero teste ou uma

    aprovao de ideias. Era uma metodologia para explorar diferentes

    possibilidades, at que emergisse uma realmente boa. Ele mostra que

    a prototipagem, como praticada pelo grupo Gehry, parte central de

    um processo de questionamento que ajuda os participantes a ter uma

    noo melhor do que falta na sua compreenso inicial de uma situao.

    Isso traz possibilidades completamente novas, dentre as quais pode ser

    identificada uma correta. Para o Professor Boland, a experincia com a

    Gehry & Associates foi transformadora. Ele agora compreende como as

    tcnicas de design, incluindo a prototipagem, contribuem para solues

    melhores para todos os problemas de negcios. Com o parceiro Fred

    Collopy e outros colegas, Boland agora lidera o conceito de Gesto por

    Design: a integrao de pensamento, habilidades e experincias do design

    no currculo do MBA da Weatherhead. Os estudantes utilizam ferramentas

    de design para desenhar alternativas, acompanhar as situaes de um

    problema, transcender limites tradicionais e criar prottipos.

    161

  • 162

    Valor do rot

  • Pessoas de negcios devem demonstrar, em geral, uma de duas

    reaes ao processo de questionamento. Alguns podem dizer, "essa

    uma boa ideia, se apenas tivssemos tempo de explorar diferentes

    opes". Outros diro que um estudo de mercado seria uma forma

    igualmente boa de gerar novos modelos. Ambas reaes se baseiam

    em preconceitos.

    A primeira supe que deixar tudo como sempre ou fazer pequenas

    melhorias aqui e ali seja suficiente para sobreviver no atual ambiente

    competitivo. Acreditamos que este caminho leva mediocridade.

    Negcios que deixam de aproveitar o tempo para desenvolver e

    prototipar ideias pioneiras se arriscam marginalizao, ou a serem

    ultrapassados por competidores mais dinmicos - ou pelo surgimento

    de desafiadores insurgentes, que vo parecer surgir do nada.

    A segunda reao parte do prindpio de que os dados sejam as

    consideraes mais importantes ao se projetar novas opes

    estratgicas. No so. A pesquisa de mercado uma de muitas

    contribuies ao processo longo e trabalhoso de prototipagem de

    Modelos de Negcios com potencial para superar a concorrncia e

    desenvolver mercados inteiramente novos.

    Onde voc quer estar? No topo, porque aproveitou o tempo para

    prototipar Modelos de Negcios? Ou nas margens, pois estava

    muito ocupado sustentando seu modelo existente? Estamos

    convencidos de que Modelos de Negcios inovadores sempre vm de

    questionamentos profundos e incansveis.

    ~::; rtz:::50'ntaco=

    ~

    Mltiplos Modelos de Negcios dentro e atravs de indstrias.

    De dentro para fora: Modelos de Negcios transfrmam as indstrias.

    Pensamento oportunista~

    Bus.ca exploratria por Modelos de Negcios.

    Foco no design.

    foco no valor e na eficincia.

    163

  • 164

    Atitude de Design

    Como pessoas do mundo dos negcios, quando vemos um prottipo tendemos a

    nos concentrar em sua forma fsica ou suas representaes, enxergando algo que

    modela, ou encapsula a essncia, vendo aquilo que prevemos ver. Na profisso de

    design, a prototipagem desempenha um papel na visualizao e nos testes antes

    da implementao. Mas tambm desempenha outro papel muito importante:

    uma ferramenta de questionamento. Nesse sentido, ela serve como auxiliar de

    pensamento, para explorar novas possibilidades. Ela nos ajuda a desenvolver

    uma compreenso melhor daquilo que pode vir a ser.

    Essa mesma atitude pode ser aplicada inovao dos Modelos de Negcios.

    Fazendo um prottipo de um Modelo de Negcios podemos explorar aspectos

    particulares de uma ideia: novas fontes de receita, por exemplo. Os participantes

    aprendem sobre os elementos de um prottipo enquanto o constroem e o

    discutem. Como discutido anteriormente, os prottipos de Modelos de Negcios

    variam em termos de escala e refinamento. Acreditamos que seja importante

    pensar em um nmero de possibilidades de modelos bsicos antes de desenvolver

    um case para um modelo especfico. Esse esprito de questionamento chamado

    de "atitude de design", pois to central s profisses da rea, como descobriu

    o Professor Boland. Os atributos da "atitude de design" incluem a disposio

    para explorar ideias ainda cruas, rapidamente descart-las, ento dedicar

    tempo a examinar as mltiplas possibilidades antes de optar por refinar algumas

    das ideias - e aceitar as incertezas, at que uma direo amadurea. Isso no

    acontece naturalmente para administradores, mas so exigncias na gerao de

    novos Modelos de Negcios. A "atitude de design" exige mudar a sua orientao

    de tomada de deciso a fim de criar opes para fazer a escolha.

  • Prottipos em Diferentes Escalas No design arquitetnico ou de produtos, fcil compreender

    o que significam prottipos em diferentes escalas, pois

    estamos falando de artefatos fsicos. O arquiteto Frank

    Gehry e o designer de produtos Philippe Starck constroem

    incontveis prottipos durante um projeto, variando

    de desenhos e modelos brutos a prottipos completos e

    elaborados. Podemos aplicar as mesmas variaes de

    RASCUNHE NO GUARDANAPO QUADRO ELABORADO

    DESENHE E AFINE UMA IDEIA EXPLORE O QUE SERIA BRUTA NECESSRIO PARA A IDEIA DESENHE UM QUADRO DE FUNCIONAR. MODELO DE NEGCIOS. DESENVOLVA UM QUADRO MAIS DESCREVA A IDEIA UTILIZANDO ELABORADO PARA EXPLORAR APENAS OS ELEMENTOS TODOS OS ELEMENTOS PRINCIPAIS. NECESSRIOS PARA FAZER O

    Desenhe a ideia MODELO FUNCIONAR.

    Inclua a Proposta de Valor Desenvolva um Quadro completo Inclua as principais Pense sua lgica de Fontes de Receita negdo Estime o potencial do mercado Compreenda a relao entre os componentes Verifique seus fatos

    escala e tamanho ao prototipar Modelos de Negcios, porm

    de maneira mais conceitual. Um prottipo de Modelo de

    Negcios pode ser qualquer coisa, desde um rascunho bruto

    de uma ideia em um guardanapo a um detalhado Quadro de

    Modelo de Negcios, at um Modelo de Negcio testado na

    prtica. Voc pode se perguntar: como isso difere do desenho

    de ideias de negcios, algo que qualquer

    CASE DE TESTE OE CAMPO

    EXAMINE A VIABILIDADE INVESTIGUE A ACEITAO DO DA IDEIA CLIENTE E A POSSIBILIDADE TRANSFORME O QUADRO EM DE EXECUO UMA PLANILHA PARA ESTIMAR VOC DECIDIU POR UM O POTENCIAL DE LUCRO DO SEU POTENCIAL NOVO MODELO DE MODELO. NEGCIOS, E AGORA QUER

    Crie um Quadro completo TESTAR EM CAMPO ALGUNS

    Inclua os dados prindpais DOS SEUS ASPECTOS.

    Calcule custos e receitas Prepare um caso de negcios bem justificado Estime o potendal de para o novo modelo lucro Inclua clientes possveis Execute cenrios ou reais no teste prtico financeiros com base em Teste a Proposta de Valor, diferentes suposies os Canais, os mecanismos

    de preo e/ou outros elementos no mercado.

    administrador ou empreendedor faz. Por que precisamos

    chamar de "prototipagem"?

    H duas respostas. Primeiro, o raciocnio outro. Segundo, o

    Quadro fornece a estrutura para facilitar a explorao.

    O prottipo de um Modelo de Negcio um raciocnio que

    chamamos, como j foi dito, de "atitude de design". uma

    dedicao sem concesses a descobrir novos e melhores

    modelos, fazendo o rascunho de muitos prottipos - tanto

    brutos quanto mais detalhados - representando muitas

    opes estratgicas. No se trata de contornar apenas ideias

    que voc realmente planeja implementar. Trata-se de explorar

    ideias novas, talvez absurdas ou at mesmo impossveis,

    adicionando ou removendo elementos de cada prottipo.

    Voc pode experimentar com prottipos em diferentes nveis.

    165

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    Oito Prottipos de Publicar um Lvro

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  • 168

  • John, 55 anm;

    Fundador e CEO

    Consultoria Estratgica

    210 funcionrios

    DEFINA AS GRANDES

    Pense no cliente tpico da consultoria estratgica

    Selecione o segmento e a indstria de sua escolha

    Descreva cinco das maiores questes relacionadas consultoria estratgica. Consulte o Mapa de Empatia (veja a pg. 131).

    Procura-se: Um Novo Modelo d Negcios para Con ultoria

    POSSIBIUDAIJES

    John Sutherland precisa da sua ajuda. John o fundador e presidente de uma firma de consultoria

    global de mdio porte, cujo foco aconselhar empresas em questes estratgicas e organizacionais.

    Ele procura uma perspectiva nova, externa, pois acredita que seu negcio precisa ser repensado.

    John construiu sua companhia ao longo de duas dcadas e atualmente emprega 210 pessoas em

    todo o mundo. O foco de sua consultoria ajudar executivos a desenvolverem estratgias eficientes,

    aprimorar sua gesto estratgica e realinhar suas organizaes. Ele compete diretamente com a

    McKinsey, a Bain e com Roland Berger. Um problema que enfrenta seu tamanho: menor que seus

    principais competidores, mas ainda assim muito maior que a maioria das consultorias estratgicas

    de nicho. Mas John no est preocupado com isso, j que sua empresa vai razoavelmente bem. O

    que realmente preocupa a reputao ruim da consultoria estratgica, a percepo crescente por

    parte do cliente de que o modelo de cobrana com base em horas e no projeto est ultrapassado.

    Embora a reputao da sua prpria firma seja boa, ele tem ouvido de muitos clientes que acham que

    os preos so muito altos, os resultados muito abaixo do esperado e que recebem pouca dedicao.

    Tais comentrios preocupam John, pois ele

    acredita que seu ramo emprega algumas das

    D outra olhada nas cinco questes que voc selecionou.

    FAA UM PROTUPO DO MODELO OE NEGCIOS

    Escolhas as trs ideias mais diversas das cinco geradas.

    mentes mais brilhantes do mundo dos negcios.

    Depois de muito pensar, ele concluiu que a

    reputao resultado de um Modelo de Negcios

    datado e agora quer transformar o mtodo da

    prpria companhia. John quer fazer da ~obrana

    por horas e por projetos uma coisa do passado,

    mas no est muito certo sobre como chegar l.

    Gere quantas ideias de Modelos de Negcios voc conseguir.

    Selecione as cinco ideias que considere melhores (no necessariamente as mais realistas). Consulte o Processo de Ideao (veja a pg. 134).

    Desenvolva trs prottipos conceituais de Modelo de Negcios, desenhando os elementos de cada ideia em diferentes Quadros.

    Anote os prs e contras de cada prottipo. Ajude John, com uma nova perspectiva sobre

    Modelos de Negcios para consultoria.

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  • ... ela est trabalhando em uma srie de

    pequenos filmes para a Colebrook Bosson

    Saunders, premiada empresa de design e

    fabricante de mveis para escritrio. Anab

    designer e contadora de histrias, e os filmes

    que faz so parte de um projeto para ajudar

    a Colebrook Bosson Saunders a explicar o

    futuro do trabalho e do local de trabalho. Para

    tornar o futuro tangvel, ela inventou trs

    protagonistas e os levou at 2012. Ela deu a

    eles novos empregos, com base em pesquisas

    sobre tecnologias emergentes e no impacto de

    dados demogrficos e dos riscos ambientais

    em nossa vida futura. Mas ao invs de descrever

    2012, Anab assumiu o papel de narradora,

    visitando esse ambiente futuro e entrevistando

    os protagonistas. Cada um explicou seu trabalho

    e mostrou os objetos que usa. Os filmes so reais

    o suficiente para fazer com que os espectadores

    se envolvam com a histria e fiquem intrigados

    com o ambiente diferente. exatamente isso

    o que as empresas que a contratam, como a

    Microsoft e a Nokia, querem: histrias que

    tornem futuros potenciais tangveis.

    171

  • 172

    Valor das Histrias

    Pais leem histrias para seus filhos, s vezes as mesmas histrias

    que escutaram quando eram crianas tambm. Compartilhamos

    as ltimas fofocas da empresa com nossos colegas de trabalho. E

    contamos histrias pessoais aos nossos amigos. Por algum motivo,

    apenas em nosso papel como gestores que evitamos contar

    histrias. uma pena. Quando foi a ltima vez em que voc escutou

    uma histria sendo usada para apresentar e discutir uma questo

    de negcios? A nar