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    ARTIGOS ORIGINAIS

    Rev bras med fam comunidade. Florianpolis, 2011 Jul-Set; 6(20): 175-81. 17

    DOI: 10.5712/rbmfc6(20)95

    Caracterizao da demanda em

    uma Unidade de Sade da FamliaDescription of demandin a Family Health Unit

    Caracterizacin de la demanda en una Unidad de Salud Familiartalo Rossy Sousa Pimentel1*, Bhagavan de Castro Coelho2, Jussi Correia Lima3, Fabrcio Gurgel Ribeiro4,

    Felipe Pereira de Castro Sampaio5, Rmulo Pedroza Pinheiro6, Fernando dos Santos Rocha Filho7

    Trabalho realizado no Centro de Sade da Famlia Lus Albuquerque Mendes Fortaleza (CE), Brasil.1Universidade Estadual do Cear (UECE). [email protected] Universidade Estadual do Cear (UECE). [email protected] Universidade Estadual do Cear (UECE). [email protected] Universidade Estadual do Cear (UECE). [email protected] Estadual do Cear (UECE). [email protected] Estadual do Cear (UECE). [email protected] Municipal de Fortaleza (CE), Brasil. [email protected]*Autor correspondente.Fonte de nanciamento: o trabalho foi nanciado pelos autores do artigo.Conito de interesses: declararam no haver.Recebido em: 01/02/2011

    Aprovado em: 11/08/2011

    Palavras-chave:Referncia e Consulta

    Sinais e SintomasDoena

    Ateno Primria Sade

    Keywords:Referral and Consultation

    Signs and SymptomsDisease

    Primary Health Care

    ResumoIntroduo:Os motivos de atendimento nas Unidades de Sade da Famlia so diversos. Entretanto, importante diagnosticar-se as

    principais necessidades da populao para que o sistema de ateno bsica sade possa se reorganizar, no sentido de solucionaros problemas mais prevalentes na populao. Neste contexto, torna-se estratgico para a organizao da Ateno Primria Sade oaperfeioamento de programas assistenciais neste nvel, principalmente a Estratgia de Sade da Famlia, por meio do conhecimento do

    perl da demanda que procura a rede instalada de Unidade de Sade da Famlia. Objetivos:Realizar uma anlise do perl demogrcoda populao em estudo, enfatizando o gnero e a faixa etria mais prevalente dos usurios de uma Unidade de Sade da Famlia,

    destacando quais doenas, sinais e sintomas so mais comuns nessa populao; descrever os principais motivos de atendimentona Unidade de Sade da Famlia e destacar os encaminhamentos para servios especializados em tal lugar. Mtodos:Trata-se deum estudo observacional, transversal e descritivo. O presente estudo foi realizado na Unidade de Sade da Famlia Lus Albuquerque

    Mendes, localizada em Fortaleza, no Cear, de fevereiro a junho de 2010. Resultados:A prevalncia de mulheres e pessoas com idadeacima de 40 anos nessa Unidade de Sade da Famlia foi de 72,2 e 54,5%, respectivamente. O motivo mais comum de atendimento

    na Unidade foi a hipertenso arterial sistmica, com prevalncia de 15,2%. Em relao aos sintomas mais frequentes, a lombalgiacou em primeiro lugar, com 13,8%, e a cefaleia em segundo, com 6,9%. A doena mais prevalente foi a hipertenso arterial sistmicacom 37%. Apenas 1,6% dos usurios procuraram a Unidade para pedir encaminhamentos a servios especializados. Concluses:Esteestudo ajudou a caracterizar o perl demogrco dos usurios de uma Unidade de Sade da Famlia, como tambm diagnosticou as

    principais causas de atendimento, destacando-se as queixas e as doenas mais prevalentes.

    AbstractIntroduction:The reasons for encounters at Family Health Centers are diverse. However, it is important to diagnose the main needs ofthe population so that the system of primary care may be reorganized to solve the most prevalent problems of the population. In this

    context, it becomes strategic to the organization of Primary Health Care the improvement of care programs at this level, such as theFamily Health Strategy, by knowing the demand prole that looks for the installed system of Primary Care. Objectives:To carry outa demographic prole analysis of the study population, emphasizing the most prevalent gender and age in primary care, highlighting

    which diseases, signs, and symptoms are more common in this population; to describe the main attendance reasons at a FamilyHealth Center, and to highlight the demand from users for referrals to specialist services in Family Health Centers. Methods:This is an

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    Caracterizao da demanda em uma unidade de sade da famlia

    Introduo

    A ateno bsica sade (ABS) denida como um conjun-

    to de intervenes de sade no mbito individual e coletivoque envolve promoo, preveno, diagnstico, tratamen-to e reabilitao1. Portanto, a populao que vive na reade responsabilidade de algum Centro de Sade da Famlia(CSF) procura a unidade de sade por vrios motivos, taiscomo: diagnstico e tratamento de alguma doena; preven-o de doenas por meio da imunizao e dos exames derastreamento; planejamento familiar; tratamento de doen-as crnicas pelo recebimento regular de medicamentos;transferncia para servios especializados e outros motivosdiversos.

    As causas da demanda por atendimento nos CSF so di-versas. Entretanto, importante diagnosticar as principaisnecessidades da populao para que o sistema de ABS possase reorganizar, no sentido de solucionar os problemas maisprevalentes na populao delimitada pelo CSF.

    Estudos de demanda em ambulatrios gerais demons-tram ainda que, embora seja ampla a variedade dos proble-mas de sade, existem alguns muito frequentes, respons-veis por cerca da metade de toda a demanda trazida pelapopulao. A metade das consultas deve-se a cerca de 30diferentes diagnsticos. Em outras palavras, o manejo ade-

    quado dos 50 diagnsticos mais frequentes permite a reso-luo de mais da metade da demanda mdica em ambula-trios gerais2,3. Por isso, importante caracterizar melhor a

    demanda para denir o perl dos usurios, as doenas maisprevalentes e letais4. Desta maneira, pode-se criar uma lis-ta das prioridades e alternativas de interveno para essesproblemas.

    importante destacar a prevalncia de doenas crni-cas como diabetes, hipertenso, depresso e outras, vistoque, atualmente, as condies crnicas so responsveispor 60% do nus decorrente das doenas no mundo5. Se-gundo a Organizao Mundial de Sade (OMS)5, um siste-ma de Ateno Primria incapaz de gerenciar com ecciao HIV/AIDS, o diabetes e a depresso ir se tornar obsole-

    to em pouco tempo. Por esse motivo, a ateno bsica deveestar voltada para a ateno s condies crnicas, com oobjetivo de controlar as doenas ou agravos de maior re-levncia.

    Neste contexto, torna-se estratgico para a organiza-o da Ateno Primria Sade (APS) e para o aperfeio-amento de programas assistenciais neste nvel, a exemploda Estratgia de Sade da Famlia (ESF), conhecer o perlda demanda que procura a rede instalada, mormente noscampos da medicina ambulatorial das unidades de cuidadosprimrios6.

    observational, transversal, and descriptive study. It was conducted at the Center for Family Health Lus Albuquerque Mendes, which islocated in Fortaleza, Cear, from February to June, 2010. Results:The prevalence of women and people aged above 40 years-old at

    the Basic Health Unit was of 72.2 and 54.5%, respectively. The most common reason of service in the Unit was hypertension, with a15.2% prevalence. Regarding the most frequent symptoms, low back pain came rst with 13.8% and headache in second with 6.9%.The most prevalent disease was hypertension with 37%. Only 1.6% of users sought the Unit to request referrals to special services.

    Conclusions:This study helped to characterize the demographic prole of users from a Primary Health Care and it diagnoses the majorcauses of attendance in the Unit, emphasizing the most prevalent complaints and diseases.

    ResumenIntroduccin:Hay varias razones para buscar ayuda en los Centros de Salud Familiar. Sin embargo, es importante diagnosticar las

    principales necesidades de la poblacin para que el cuidado de la salud del sistema primario pueda ser reorganizado a n de solucionarlos problemas ms frecuentes en la poblacin. En este contexto, se convierte estratgico para la organizacin de programas deAtencin Primaria a la Salud la mejora de este nivel, tales como la Estrategia de Salud de la Familia, por medio del conocimiento del

    perl de la demanda que busca la red instalada en los campos de los Centros de Salud Familiar. Objetivos:Analizar las caractersticasdemogrcas de la poblacin de estudio, con nfasis en gnero y el grupo de edad de los usuarios ms frecuentes del Centro de SaludFamiliar estudiado; poner de relieve que enfermedades, que signos y que sntomas son ms comunes en este estudio; describir las

    principales razones para la busca por asistencia a una Unidad Bsica de Salud y destacar la demanda de los usuarios para referenciaa servicios especializados en el Centro de Salud Familiar. Mtodos:Se realiz un estudio observacional, transversal y descriptivo. Esteestudio se realiz en el Centro de Salud Familiar Lus Albuquerque Mendes, ubicado en Fortaleza, en el perodo de febrero a junio de

    2010. Resultados:La prevalencia de mujeres y personas mayores de 40 aos de edad en un Centro de Salud Familiar fue del 72,2 y

    54,5%, respectivamente. La razn ms comn para la asistencia era la hipertensin arterial sistmica, con una prevalencia del 15,2%.En cuanto a los sntomas ms frecuentes, lumbalgia ocup el primer lugar con el 13,8% y cefalea en el segundo lugar con el 6,9%. La

    enfermedad ms frecuente fue la hipertensin arterial con un 37%. Slo el 1,6% de los usuarios buscaran la unidad del Centro de SaludFamiliar para pedir referencias a servicios especializados. Conclusiones:Este estudio ayud a caracterizar el perl demogrco de losusuarios de atencin primaria y tambin ha diagnosticado la causa principal de la asistencia en el Centro de Salud Familiar, poniendo

    de relieve las quejas y enfermedades ms prevalentes.

    Palabras Clave:Remisin y Consulta

    Signos y SntomasEnfermedad

    Atencin Primaria de Salud

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    Pimentel RS et al

    Existe um crescente interesse no conhecimento do perlepidemiolgico dos pacientes a serem atendidos para a ade-quao das prticas de sade. Portanto, conhecer a demandaambulatorial na rede pblica tornou-se tarefa necessria tantopara a avaliao de servios, como para a orientao do traba-lho em gerncia, programao e planejamento em sade7.

    O planejamento uma ferramenta que tem como nali-dade aprimorar os servios de sade e auxiliar administrati-vamente a adequ-los instituio, aos recursos, aos custos,s necessidades da populao e ao momento social, portanto,histrico e poltico, aumentando assim a ecincia das aese melhorando a qualidade dos servios oferecidos8.

    Este trabalho analisou a demanda por atendimento noCSF Luis Alburquerque Mendes na cidade de Fortaleza, Ce-ar, destacando as condies crnicas mais comuns e as ne-cessidades da populao no campo da preveno, promoo,tratamento e reabilitao. A importncia deste trabalho

    fornecer dados que ajudem a planejar de forma mais ade-quada as estratgias de sade, alocando verbas, recursos hu-manos, dentre outras aes para prevenir, promover, tratar ereabilitar estas doenas de forma mais ecaz.

    Os objetivos do presente trabalho so: vericar a dis-tribuio dos usurios por gnero e faixa etria; destacar osmotivos mais comuns de atendimento no CSF, especicandoas doenas mais prevalentes e os sintomas e sinais mais fre-quentes e quanticar quantos pacientes procuram encami-nhamento para servios especializados.

    Mtodos

    Trata-se de um estudo observacional, transversal e descritivo,realizado no CSF Lus Albuquerque Mendes localizado na re-gional IV, bairro Serrinha, em Fortaleza, no Cear, de fevereiroa junho de 2010. Foram entrevistados 244 usurios do CSF.

    Seis acadmicos do curso de Medicina da UniversidadeEstadual do Cear realizaram entrevistas com os usuriosdo CSF que estavam nas las de espera para consulta. Asentrevistas eram realizadas s segundas-feiras pela manh

    das 7 s 12 horas, no perodo de trs meses. As entrevis-tas ocorriam no perodo matutino, pois esse era o dia deatendimento da demanda espontnea. Foi perguntado onome, a idade e o motivo da consulta. Os entrevistadosassinaram o termo de consentimento livre e esclarecido,aprovado pelo Comit de tica em Pesquisa do Hosptalde Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes protocolon. 795/10. No foi utilizado nenhum sistema de classi-cao como a Classicao Internacional de Doenas (CID)e o Clinical Information Access Portal(CIAP). A classicaofoi criada no prprio estudo.

    Os motivos de atendimento englobavam doenas, sinto-mas, sinais, imunizao, planejamento familiar, pedido deencaminhamento para especialidades mdicas, atendimento gestante, demonstrao dos resultados de exames, revisesps-cirrgicas e preveno de cncer. Por exemplo, se umpaciente referisse que estava com febre, seu motivo de con-

    sulta era um sintoma. Se referisse que estava com manchasna pele, seu motivo era um sinal clnico. Se fosse o caso deter osteoporose, seu motivo de consulta era uma doena. Seo paciente referisse que queria ser vacinado, seu motivo eraimunizao. Se uma mulher viesse fazer um exame gineco-lgico, seu motivo era preveno e se veio buscar anticon-cepcionais e obter informaes para evitar a gravidez, seumotivo de consulta era planejamento familiar.

    Queixas relacionadas gravidez e ao acompanhamentopr-natal eram classicadas como atendimento gestante.Os sintomas e sinais foram classicados como queixas. As

    queixas dos pacientes foram transformadas em termos se-miolgicos, ou seja, se o entrevistado referisse que tinha dorao urinar, classicar-se-ia com disria. Aps serem obtidostodos os dados do trabalho, foram feitas tabelas, nas quaisuma listava os motivos de atendimento referidos, uma exi-bia as doenas e outra mostrava as queixas. Estas abrangiamos sintomas e sinais.

    Aps a coleta dos dados, os mesmos foram armazenadosem planilhas do programa Microsoft Excel e passaram poranlise estatstica descritiva, sendo informados os valorespercentuais dos dados analisados.

    Resultados

    Foram includos, na anlise, 244 usurios pertencentes reade abrangncia do CSF Lus Alburquerque Mendes, no bairroSerrinha. Em relao ao gnero, as mulheres corresponderama 72,2% e os homens a 27,8% dos atendimentos.

    Em relao faixa etria, observou-se a seguinte distri-buio: 19,3% eram menores de 21 anos; 26,2%, de 21 a 40anos; 38,1%, de 41 a 60 anos; 16,4%, acima de 60 anos. Tal

    anlise mostra que 54,5% dos pacientes tm idade superiora 40 anos. A distribuio em relao s faixas etrias estdescrita na Tabela 1.

    Tabela 1.Distribuio dos usurios do CSF por faixa etria.

    Sexo Total %

    20 anos 47 19,2

    Entre 21 e 40 64 26,2

    Entre 41 e 60 93 38,1

    >60 anos 40 16,4

    Total 244 100,0

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    Caracterizao da demanda em uma unidade de sade da famlia

    Tabela 2.Distribuio dos motivos de atendimento no CSF.Motivo Quantidade por motivo %Hipertenso arterial sistmica 40 15,2Preveno do cncer de colo uterino 28 10,6Diabetes 15 5,6Lombalgia 12 4,5Atendimento gestante 9 3,4Planejamento familiar 7 2,6

    Apresentar exame 7 2,6Cefaleia 6 2,2Dor abdominal difusa 6 2,2Osteoporose 6 2,2Artrite 5 1,9Fraqueza 5 1,9Febre 5 1,9Gastrite 5 1,9Mancha na pele 5 1,9Sndrome gripal 5 1,9Alergia 4 1,5Dor no joelho 4 1,5Encaminhamento a outra especialidade mdica 4 1,5Faringite 4 1,5Nefrolitase 4 1,5Artralgia difusa 3 1,1

    Claudicao intermitente 3 1,1Imunizao 3 1,1Micose supercial 3 1,1Tosse 3 1,1Otite 3 1,1Precordialgia 3 1,1Arritmia cardaca 2 0,7Doena arterial coronariana (DAC) 2 0,7Disria 2 0,7Dor em membro superior 2 0,7Doena do reuxo gastroesofgico 2 0,7Dispneia 2 0,7Fimose 2 0,7Hematria 2 0,7Marcao de exame 2 0,7Ovrios policsticos 2 0,7

    Tontura 2 0,7lcera vascular nica 2 0,7Verminose 2 0,7Anemia 1 0,3Reviso de histerectomia 1 0,3Asma 1 0,3Pneumonia 1 0,3Preveno CA prstata 1 0,3Diarreia 1 0,3Sncope 1 0,3Reviso de mamoplastia 1 0,3Epilepsia 1 0,3Preveno do cncer de mama 1 0,3Tuberculose 1 0,3Vmitos 1 0,3Epigastralgia 1 0,3

    Seborreia 1 0,3Mal-estar 1 0,3lceras disseminadas 1 0,3Alopcia 1 0,3Glaucoma 1 0,3Mialgia generalizada 1 0,3Dor na face 1 0,3Rinite 1 0,3Escoriaes por trauma 1 0,3Hipotenso 1 0,3Abscesso axilar 1 0,3Dor Torcica difusa 1 0,3Check Up 1 0,3Nuseas 1 0,3Odinofagia 1 0,3Total de motivos 261 100,0

    Tabela 3.Distribuio das queixas de atendimento no CSF.

    Queixa (Sinal ou Sintoma) Total %Lombalgia 12 13,8Cefaleia 6 6,9Dor abdominal difusa 6 6,9Fraqueza 5 5,7Febre 5 5,7Mancha na pele 5 5,7Sndrome gripal 5 5,7Alergia 4 4,6Dor no joelho 4 4,6Artralgia difusa 3 3,4Claudicao intermitente 3 3,4Tosse 3 3,4Precordialgia 3 3,4Disria 2 2,3Dor em membro superior 2 2,3Dispneia 2 2,3Hematria 2 2,3

    Tontura 2 2,3Diarreia 1 1,1Sncope 1 1,1Vmitos 1 1,1Epigastralgia 1 1,1Mal-estar 1 1,1lceras disseminadas pelo corpo 1 1,1Alopecia 1 1,1Mialgia generalizada 1 1,1Dor na face 1 1,1Hipotenso 1 1,1Dor torcica difusa 1 1,1Odinofagia 1 1,1Nuseas 1 1,131 87 100,0

    Quanto aos motivos de atendimento neste estudo, im-portante destacar que um paciente pode apresentar mais deum motivo. Portanto, foram entrevistadas 244 pessoas e fo-ram obtidos 261 motivos de atendimento.

    Os motivos de atendimento mais frequentes nesse CSFforam: a hipertenso arterial sistmica (15,2%) em primeiro

    lugar; a preveno do cncer de colo uterino (10,6%), emsegundo; diabetes mellitus(5,6%), em terceiro e lombalgia(4,5%), em quarto. A distribuio com os motivos de aten-dimento est descrita na Tabela 2.

    Quanto s queixas, que foram denidas pelos sinais e sinto-mas referidos pelos entrevistados, foram obtidas 87 no CSF emestudo. A lombalgia (13,8%) cou em primeiro lugar em pre-valncia, seguida de cefaleia (6,9%), em segundo. A distribui-o com as queixas de atendimento est descrita na Tabela 3.

    Em relao s doenas, foram obtidas 108. A hiperten-so arterial (37%) cou em primeiro lugar em prevalncia,

    seguida de diabetes mellitus(13,9%). A distribuio das do-enas do CSF est descrita na Tabela 4.

    A procura por encaminhamentos para servios especializadoscorresponderam a apenas 1,5% dos motivos de consulta nesteCSF. Apenas 1,6% dos usurios do CSF procuraram a unidadepara pedir, por conta prpria, encaminhamento ao especialista.

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    Pimentel RS et al

    Tabela 4.Distribuio das doenas no CSF.

    Doena Total %

    Hipertenso arterial sistmica 40 37,0Diabetes 15 13,9Osteoporose 6 5,5Artrite 5 4,6Gastrite 5 4,6

    Faringite 4 3,7Nefrolitase 4 3,7Micose supercial 3 2,8Otite 3 2,8Arritmia cardaca 2 1,8Doena arterial coronariana 2 1,8Doena do reuxo gatroesofgico 2 1,8Fimose 2 1,8Ovrios policsticos 2 1,8lcera vascular nica 2 1,8Verminose 2 1,8Anemia 1 0,9Asma 1 0,9Pneumonia 1 0,9Epilepsia 1 0,9

    Tuberculose 1 0,9Dermatite seborreica 1 0,9Glaucoma 1 0,9Rinite alrgica 1 0,9Abscesso axilar 1 0,925 108 100,0

    Discusso

    Neste estudo ca evidente a predominncia do atendimen-to mulher9, possivelmente pela menor insero desta nomercado formal de trabalho, com maior disponibilidade de

    tempo, alm de uma possvel percepo diferenciada do seuprocesso sade-doena10.

    A maior utilizao feminina dos servios de sade, se-jam estes ambulatoriais ou hospitalares, bem estabelecidapela literatura. Enquanto a demanda masculina por serviosambulatoriais descrita, em sua maior parte, como geradapelo trabalho ou pelo seguro social, a demanda femininaapresenta-se essencialmente como voluntria, revelandomaior propenso das mulheres a buscar cuidados de sadede modo espontneo11.

    Outro ponto importante que este estudo sugere, para

    justicar a predominncia das mulheres nessa Unidade B-sica de Sade, a procura pela preveno do cncer, sendo osexames para preveno do cncer de colo uterino o segundomotivo de atendimento mais comum nessa unidade. A pro-cura das mulheres pelo planejamento familiar outro fatorque se soma e contribui para a maior prevalncia do sexofeminino no CSF.

    Na avaliao do perl demogrco, segundo a faixa etria,demonstrou-se que mais de 50% dos pacientes entrevistadostm idade superior a 40 anos. Houve prevalncia de 38,1% depessoas com idade no intervalo de 41 a 60 anos, sendo este va-

    lor equivalente ao encontrado (36%) no estudo observacionaltransversal de Azeredo et al., numa amostra com 364 domi-clios de Teixeiras, em Minas Gerais, de novembro de 2003 afevereiro de 200412, e equivalente tambm quele encontrado(36,19%) no de Magnago, em Tubaro, Santa Catarina13.

    possvel que a maior demanda por atendimento na ida-

    de de 41 a 60 anos encontrada neste estudo seja causada pelaalta frequncia de doenas crnicas nessa faixa etria, associa-da ao provvel maior nmero de pessoas nessa faixa etria quemoram no local de abrangncia da Unidade de Sade.

    Em relao aos motivos de atendimento, a hipertensoarterial sistmica foi o motivo de consulta mais prevalentee a doena mais frequente. Diabetes mellitusfoi a segundadoena mais frequente no presente estudo. Esse dado com-patvel com os dados da literatura atual, os quais mostra-ram, na maioria dos estudos, a hipertenso arterial sistmicacomo principal causa de consulta ambulatorial em unidades

    bsicas de sade preventiva9,14.A hipertenso arterial representa importante condio

    patolgica em sade pblica pela sua prevalncia e detecotardia, na maioria das vezes. Desencadeia graves situaesindividuais e familiares, como a invalidez, ou situaes co-letivas como alocao de gastos pblicos que envolvem in-ternaes. caracterizada como fator de risco para doenascardiovasculares15.

    Segundo o Ministrio da Sade, a hipertenso arterialsistmica uma das principais do grupo das doenas cardio-vasculares e, nos ltimos anos, vem crescendo de forma sig-

    nicativa. Nesse contexto, ressalta-se que, aproximadamen-te, 17 milhes de brasileiros so portadores da doena e suaprevalncia varia de 22,3 a 43,9% na populao adulta16.

    O diabetesmellitus tambm uma doena crnica muitocomum, que representa um importante problema de sadepblica em nosso meio. As projees do crescente nmerode pessoas que desenvolvero essa doena so alarmantes.Em 1995, estimava-se a existncia de 135 milhes de pes-soas com diabetes no mundo. Em 2025, calcula-se que essenmero passe para 300 milhes17.

    O Ministrio da Sade traou vrios planos de aes, com

    a nalidade de reduzir as complicaes e os bitos decorrentesdas doenas crnicas. Ao realizar parcerias com os estados, mu-nicpios e unio, alm de apoios das associaes de cardiologiae hipertenso, implantou-se, em 2000, o Plano de Reorgani-zao da Ateno Hipertenso Arterial e DiabetesMellitusno Brasil. Este possibilitou oferecer melhoria da assistncia aospacientes portadores de doenas crnicas no-transmissveis18.

    Dentre estas aes est o HIPERDIA, que um plano dereorganizao da ateno hipertenso arterial e ao diabetesmellitus, o qual permite cadastrar e acompanhar os hipertensos ediabticos em todas as unidades ambulatoriais do Sistema nico

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    Caracterizao da demanda em uma unidade de sade da famlia

    de Sade (SUS) e garante o recebimento dos medicamentos pres-critos. Alm disso, uma ferramenta til que gera informaespara os gestores de sade e para o Ministrio da Sade a respeitodo perl epidemiolgico da populao, a m de propor estrat-gias, visando melhoria da qualidade de vida dessas pessoas19.

    Desta forma, a hipertenso arterial sistmica e o diabetesmellitusso doenas crnicas muito comuns que merecemateno especial, sendo necessrio implementar um proces-so de educao permanente em ambas para os prossionaisda rede bsica de sade do SUS, visando capacit-los e atu-aliz-los continuamente na preveno, no diagnstico, notratamento e no controle desses agravos.

    Em relao s queixas (sintomas e sinais) mais prevalen-tes neste estudo, a lombalgia foi a queixa mais frequenteem nossa Unidade e a cefaleia cou em segundo lugar. Essedado est de acordo com a literatura analisada, que armaser a lombalgia uma das queixas mais comum da atualidade

    e o principal motivo de consultas em clnica geral20-22.As causas mais prevalentes de dor crnica na APS so

    lombalgias e cefaleias23. Tais manifestaes lgicas podemalcanar nveis epidmicos em determinadas populaes,com consequncias negativas importantes dos pontos devista social e econmico24,25.

    Teixeira et al. estimam que cerca de 70% da populaoem geral no Brasil poder apresentar lombalgia em algummomento da vida, e que cerca de 10 milhes de pessoas nopas podero apresentar algum perodo de incapacidade, de-vido lombalgia26. Lemos estima que 80 a 90% da populao

    adulta sentem dor lombar em algum momento da vida27.A OMS estima que 80% dos sujeitos tm ou tero lom-

    balgia e, em 1 a 7% dos casos, a dor inicial tende a se tornarcrnica. A dimenso desses dados traz como consequnciaprejuzos econmicos, sendo que as despesas relacionadas lombalgia, incluindo os gastos para negcios, indstria e go-verno, totalizam cerca de 50 bilhes de dlares anuais28,29.

    No Brasil, as doenas da coluna correspondem primeiracausa de pagamento do auxlio-doena e a terceira causa de apo-sentadoria por invalidez30-33. Nos EUA, a lombalgia a causamais frequente de limitaes para atividades da vida diria34.

    A outra causa mais prevalente de dor crnica na APS acefaleia. As cefaleias representam a stima causa de procurapor assistncia ambulatorial nos EUA, perfazendo cerca de18 milhes de visitas mdicas por ano35.

    Desse modo, tanto a lombalgia quanto a cefaleia so qua-dros clnicos importantes no atendimento aos pacientes daAPS, j que so bastante prevalentes, com etiologia benignana maioria das vezes, e que leva os pacientes a procuraremassistncia mdica. Por conta disso, os mdicos que atuam naAPS necessitam de treinamento adequado para identicareme tratarem os pacientes portadores de tais quadros clnicos.

    Em relao aos encaminhamentos, comprovou-se a im-portncia da Unidade Bsica de Sade em atender maio-ria das morbidades que acometem a comunidade estudada,uma vez que apenas 1,6% dos usurios foram ao CSF pedirencaminhamentos para servios especializados, mostrandoque a maioria dos usurios tem conscincia de que a maioria

    dos seus problemas podem ser solucionados com o clnicogeral da Unidade Bsica de Sade.

    O clssico estudo de White36demonstrou que, em umapopulao de 1.000 pessoas com mais de 15 anos, aps umperodo mdio de um ms, 750 tero sintomas ou problemasde sade. A maioria dessas pessoas lidar com seus prpriosproblemas, mas 250 consultaro um clnico geral. Destas,cinco sero encaminhadas a um especialista e nove, hospi-talizadas. Aps 40 anos, o estudo foi repetido, utilizando-semetodologia similar e incluindo crianas. As propores semantiveram as mesmas37. Este estudo mostra que 98% das

    pessoas que procuram assistncia mdica podem ter seusproblemas resolvidos na ateno bsica, sem necessidade deencaminhamento para um especialista.

    Um estudo de demanda ambulatorial mostrou que, deum total de 7.849 atendimentos realizados em um serviode APS, ao longo de 15 dias, 9% resultaram em encaminha-mento para cuidados secundrios e tercirios3. Este estudotambm demonstra que a maior parte dos problemas da po-pulao pode ser resolvido na Ateno Primria.

    Os dados referentes pequena procura por encaminha-mentos na Unidade Bsica de Sade em estudo comprovam

    o valor do atendimento primrio sade como porta de en-trada do cidado ao atendimento fornecido pelo SUS, di-minuindo a sobrecarga dos servios de urgncia e de maiordensidade tecnolgica. Alm disso, a postura preventivaadotada em tais unidades contribuiu para este objetivo38.

    importante assinalar que uma limitao deste trabalho aausncia de um sistema de classicao (CID, CIAP) para clas-sicar as doenas, os sintomas e os sinais clnicos dos usurios.A classicao utilizada foi criada no prprio estudo, entretan-to, esta utiliza termos tcnicos e semiolgicos da Medicina.

    Concluso

    Este trabalho contribuiu para a melhor caracterizao doperl epidemiolgico dos usurios dos servios de sade daateno bsica e para diagnosticar as causas mais comuns deatendimento na Ateno Primria.

    Encontrou-se maior prevalncia de mulheres dentre osusurios da Unidade Bsica de Sade estudada e destacou-se apredominncia, segundo faixa etria, dos pacientes com idadesuperior a 40 anos. Tal fato mostra que, nessa faixa etria, a

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    Pimentel RS et al

    necessidade por atendimento mdico maior, provavelmentedevido alta frequncia de doenas crnicas e debilitantes.

    Em relao s doenas, este estudo foi de acordo comos dados da literatura, revelando que a hipertenso arterialsistmica e o diabetes mellitus so as mais prevalentes naateno bsica de sade, corroborando os esforos para o

    diagnstico e o controle dessas patologias.Lombalgia e cefaleia foram as queixas (sinais e sintomas)

    mais comuns na populao investigada, o que refora a im-portncia da deteco e do tratamento destas afeces clni-cas pelas equipes da APS.

    Em relao aos encaminhamentos, cou evidente que a maio-ria dos problemas puderam ser resolvidos na ateno bsica desade, sem necessidade de procurar servios especializados.

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