exu psicografia e ascensao.doc

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  • 8/17/2019 exu psicografia e ascensao.doc

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    A história de um Exu

      Após minha repentina decisão de pular, foi muito difícil. Pois quando dei por mim

    estava sendo arrastado por bichos gosmentos e fedidos. Achei que tinha caído no matagal próximo ao castelo, procurei me livrar o mais rápido possível deles levantando-me.

    oloquei-me a caminhar, mas a escuridão era muito densa, não via nada somente sentia um

    cheiro muito forte de podridão. !uando percebi que o tempo passava, mas a lu" do dia não

    chegava# Achei que na queda, poderia eu ter ficado cego, aí chorei. Pois achei que seria

    uma presa fácil para meu irmão, pois sabia que ele não desistiria de me procurar.

      Apesar de forte, me desesperei e chorei, chorei muito, mas não de medo e sim

     porque cego não poderia mais lutar pelo meu reino como sempre fi". $ecidi então a%oelhar-

    me e re"ar, supliquei com todas as minhas for&as que $eus, se ' que existisse, me levasse

     para a trilha mais próxima e que algu'm me a%udasse a sair daquele mau cheiro

    insuportável. (oi aí, que depois de muito pedir, uma mão se colocou em meu ombro e disse

    - )ão ' a%uda que queres meu amigo* +stou aqui, vamos.

    (ui obrigado a ficar merc do estranho, pois ao perguntar seu nome, só sorriu e

     perguntou-me se aquilo faria diferen&a... Abaixei minha cabe&a e deixei levar-me, mas o

    cheiro continuava. Ao indaga-lo sobre o cheiro ele respondeu

    - / que dirias se foste tu o portador do mesmo*

      Arrepiei-me só de pensar, mas fiquei quieto e continuei caminhando at' que ele em

    um s0bito puxão mandou que parasse e disse

    - Aqui termina minha missão. A trilha está a dois passos de voc, a lu" está logo em frente,

    caminhe que verás em breve. )ão olhe para trás e não se assuste com o que a lu" fará com

    o que voc, e ve%a, só acredite em quem voc pediu a%uda.

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      !uando quis agradecer, nada mais ouvi, e me vi so"inho novamente. $ecidi então

    seguir o conselho do homem e caminhei. 1epentinamente minha visão come&ou a voltar,

    antes não tivesse acontecido, pois descobri de onde vinha o mau cheiro 2eu3. +ra eu mesmo

    que estava apodrecendo, minha carne, meu corpo parecia leproso ou pior que isso# +ntrei

    em desespero, pois apesar de ver, não sabia onde estava e nem quem eram as pessoas que

    estavam perto de mim. Pedi a%uda, mas parecia que as pessoas eram surdas ou

    simplesmente ignoravam. )ão sabia porque estava daquele %eito, o mais provável, era que

    estivesse ficado dias desacordado, por ter ficado sem comer e ficado s tra&as, acabei

     pegando uma doen&a ou qualquer coisa assim que teria me deixado daquela maneira.

    !uando a visão voltou totalmente, comecei a caminhar entre as pessoas e no lugar onde

    estava, pareciam ruínas, e vi que as pessoas estavam iguais e alguns at' pior, pois alguns

    chegavam a aparecer os ossos do rosto, pernas, etc... As pessoas se atacavam, feriam-se ecorriam. 4á não sabia mais para quem pedir a%uda porque ningu'm escutava e tive que fa"er 

    valer o poder de sobrevivncia, tracei uma meta e segui com o pensamento forte no que o

    homem havia dito antes de voltar a visão.

      5m pensamento forte ainda atormentava-me, a minha coroa# pois não sabia que

    houvera morrido. 6abia que a coroa tinha ficado provavelmente na escuridão onde havia

     passado, pensei em voltar para buscá-la, mas no momento a vida era mais importante que a

     própria coroa. + mais uma ve", segui o conselho do homem que me colocou na trilha. )ão

    olhando para trás e caminhando pelas ruínas, de repente uma vo" chamou num lugar 

    escuro, chamando-me apenas

    - 1apa" , venha at' mim.

      6endo esse o 0nico a se pronunciar, fui e me deparei com um homem alto, com uma

    capa toda escura, o rosto não consegui ver, e perguntei

    - omo fa&o para sair deste lugar*

     

    +sta pessoa da capa respondeu que uma oportunidade só, seria dada e que essa

    oportunidade poderia levar-me ascensão, mas que eu sofreria para isso. 7inhas feridas se

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    cicatri"ariam e meu corpo voltaria ao normal, mas a decisão tinha que ser naquele

    momento. A decisão foi inevitável, pois não suportava mais o próprio cheiro e nem a visão

    aterrori"ante das pessoas sofrendo do %eito que estavam ao meu lado. $isse sim ao homem.

    +le respondeu-me

    - 6iga-me e não fa&a perguntas.

      7ais uma ve", sub%ugado própria doen&a e necessidade de sair, obedeci. Ao

    caminhar, outros %untaram-se a nós, assim, outros homens tamb'm com as mesmas vestes e

    capas se encontravam no caminho at' chegarmos na beira de um portão, nesse momento

     passou pela minha cabe&a 28eria ele desistido de nos a%udar 2* (oi quando nos assustamos,

     pois ele virou de frente e a nossa surpresa, de ver que aquele homem que nos ofereciaa%uda, não tinha carne , eram só ossos. omo poderia uma caveira falar* omo poderia só

    ossos se pronunciarem, mas olhando para mim mesmo comecei a me assustar com meus

     pensamentos. (oi onde percebi que vermes saiam do meu corpo e que a podridão rodeava-

    me e fa"ia parte de mim. (oi quando veio a primeira pergunta que eu fugia desde o come&o,

    2estaria eu morto3* 6e estava, porque tanto sofrimento depois de uma vida dedicada ao

    amor ao próximo* 9irando então para o homem, ele nos fe" um gesto de silencio e todos

    obedeceram, pois nos sentimos pequenos perto dele. )os foi então dito

    - 8odos vocs vermes, estão no portal do maioral. 8odos aqueles que aqui adentrarem serão

    usados como escravos, pagarão pelos seus erros e lutarão pela própria sobrevivncia.

      )este momento novamente chorei, pois aquilo por que lutara a vida inteira havia

    acontecido. +u não era mais o príncipe e sim mais um em meio multidão. (omos então

    levados para dentro, e encurralados no cercado# 6entia-me como um gado preso num curral

    e lá mandaram que nós aguardássemos. / calor era insuportável, os ferimentos doíam

    demais, mas os homens com as capas mandavam-nos que não soltássemos um ruído se

    quer. 6uportávamos em silencio e aguardávamos. $e tempos em tempos, aquela caveira

    chegava perto de uns sub-%ulgados, olhava, sorria ironicamente e voltava para trás sem nada

    falar. 7uitos chegaram a adormecer, mas o som dos gemidos ecoava em nossos ouvidos,

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    at' que então vieram nos libertar# (oi quando percebi que havíamos sido escolhidos por 

    outros, pois cada grupo, %á tinha uma pessoa esperando do lado de fora# aminhando então

    com o homem que fui destinado, nos levou para um lugar bem distante. hegamos a uma

    esp'cie de castelo, ao qual fomos encaminhados a uma sala aonde mandaram que

    ficássemos aguardando. :oras depois, fomos levados para um outro recinto, onde fomos

    apresentados para quem supostamente trabalharíamos. )ão sabíamos mais o que pedir, mas

    todos a nossa volta simplesmente não nos davam aten&ão, murmuravam e riam# (a"iam

    chacotas ao nosso respeito, quando de repente, todos se calaram. 5m homem subiu na

    cadeira mais alta do salão, sentou-se e come&ou a falar. A primeira frase foi de

    apresenta&ão

    - +u sou 4oão aveira. 8odos aqueles que aqui decidirem ficar terão seus m'ritos gravadosna pedra da ascen&ão. 6igam com seus iguais e trabalhem, pois estarei de olho em vocs.

     )ão sei como, não sei porque, mas senti a necessidade de seguir um deles, assim

    como mais trs do grupo. A nós foi dada a missão da limpe"a. !uando escutei a ordem,

    achei então que havia passado de príncipe para faxineiro. 7as quando come&amos nosso

    trabalho, percebemos que a limpe"a qual falavam, não era de chão, nem de paredes, nem

    de móveis, e sim, de espíritos, de seres humanos que ainda estavam em carne. )essa

    inst;ncia, duvidas não havia que eu tinha morrido, mas meu pensamento e a minha meta

    ainda estavam em primeiro lugar, mais uma ve", sem saber o porque, me lembrava do meu

    amigo da escuridão. $e acreditar naquele ao qual eu havia pedido a%uda e alimentava a

    id'ia de que ele havia me posto em mãos certas.

    A partir do primeiro trabalho cumprido, percebi, que as chagas do meu corpo

    diminuíam e o mau cheiro ia acabando. om essa recompensa, em pouco tempo, eu não

    esperava mais ordens e sim pedia por trabalho# / qual não sei porque s ve"es me era

    negado somente com uma resposta, de que ainda não era o momento e que eu aguardasse

    ser chamado. !uando sentíamos a presen&a de soldados

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    estávamos evoluindo, pois novos leprosos

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    tempo fa"ia parte, eu, da ?uarda Principal de seu maioral , 7aioral este que at' então só se

    ouvia falar.

    !uando um de meus comandantes me chamou para uma reunião , fui sem saber o

    que me esperava, achando eu ter sido descoberto. +ntramos numa sala, onde haviam outros

    sentados numa mesa. 8odos em silncio. (icamos horas espera, quando de repente uma

    enorme porta se abriu e pela primeira ve" tive a visão aterrori"ante de 6r. +xu 7aioral. (oi

    aí, que fique sabendo que os homens sentados na mesa, assim como eu, passariam a ser 

    comandantes e receber o título de +xu# Pois pelas batalhas ganhas e o poder de agrega&ão,

    havíamos ganhado esse direito. (oi então, que pela primeira ve" me foi dada uma capa por 

    merecimento e apontando para mim +xu 7aioral disse

    - 9oc verme@ A partir de ho%e, te chamará veludo. sutil como tal e acalenta os que seachegam a voc.

      $ando uma gargalhada, virando-se para os outros denominou-os um a um com seu

    novo nome. + condenou a todos segui-lo. 8odos levantamos e fomos levados beira de

    uma vale onde muitos espíritos estavam aguardando. omo %á disse no passado, a mesma

    situa&ão se repetia, pois esses espíritos estavam em lugares parecendo currais. A visão do

    meu próprio passado voltou minha cabe&a# Pois eu %á havia estado lá, só que quem

    escolhia dessa ve" era eu. (i" minhas escolhas, e me foi ordenado que me dirigisse a uma

     porta a qual havia um símbolo e um tri;ngulo com sua v'rtice principal virada para cima e

    me mandado que aguardasse os meus escolhidos. Ao entrar, muitos %á me aguardavam e me

    senti deslocado, pois todos me reverenciaram. >ágrimas escorreram nos meus olhos, pois

    há muito tempo não me sentia como um príncipe, quando me foi dito

    - 6ua cadeira o espera 6r. 9eludo.

      +ra uma enorme de uma cadeira com bra&os dourados, figuras de caveiras na ponta

    e na cabeceira. 7e constrangeu, pois todos os que estavam abaixo de mim, não pareciam

    me respeitar e sim me temer# 6entei-me e fique a observá-los, tentando compreender o que

    realmente eu havia feito. (oi onde mais uma ve", volta a minha mente meu amigo da

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    escuridão. !uando a porta se abre, aqueles que havia escolhido, se postaram em minha

    frente# As chacotas e risadas invadiram o salão, lembrando-me então da humilha&ão

     passada por mim e pelos que comigo estavam na mesma situa&ão, levantei-me num ato

    quase que involuntário e esbrave%ei

    - 6ilncio@ /s que aqui estão %á sofreram o suficiente para serem humilhados dessa

    maneira.

      +ssa, foi a primeira ordem dada por mim. /lhando aqueles espíritos que nem sequer 

    tinham coragem de me olhar, compadeci. ometi um erro de lembrar de meu amigo, erro

    esse pois at' nossos pensamentos eram vigiados, mas mesmo assim me usei da minha

    experincia vivida na mesma situa&ão. Apresentei-me e propus que se trabalhassem, teriamsuas ascensBes por m'ritos. ompreendi então o porque das poucas palavras ditas pelo meu

    amigo 4oão aveira, afinal, nada há de se di"er a um homem ou espírito que %á se encontra

    derrotado, pois mais baixo nada há. 6aí então, como se %á conhecesse o local e caminhei

     para meus aposentos. (oi onde compreendi que minha meta %á estava sendo cumprida, pus

    um ponto na mesa e tratei de sentar-me mesa e tra&ar novos planos. aminhos tortuosos,

     pois os que me escutavam não poderiam beber do meu propósito# 7esmo estando só, sabia

    estar vigiado. $e tempos em tempos era convidado para novas agrega&Bes, então percebi eu

    que os grupos que a mim eram dados, eram cada ve" maiores. omecei a identificar entre o

    meu comando aqueles que poderiam fa"er parte de minha trama, a escolha era fácil, pois

    assim como me vigiavam me era dado o poder de vigiá-los. 6abendo assim quem estava

    minha volta e quem eu poderia ou não confiar. Aos poucos, comecei a ser temido e

    valori"ado pelo meu comando. 7issBes cada ve" mais difíceis me foram passadas. Anos se

     passaram, at' que um dia fui convidado a uma reunião em uma falange de um dos meus

    amigos. hegando nesta reunião, haviam vários espíritos sendo sugados, sub-%ulgados pelo

    os que ali estavam. $irigindo-me então ao +xu em questão, o qual prefiro guardar segredo

    do nome para não machucar a protagonista desta parte da minha historia, me foi dito por 

    ele

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    - Amigo 9eludo, me fi"este valer sua ami"ade em in0meras batalhas. 7uitos dos meus,

    salvaram-se por suas palavras. 6endo assim, dou-te o direito de pedires o que quiser, se%a

    do reino mais longínquo que mandarei buscar para ti.

    8odos então fi"eram silencio e olharam para mim, nesse momento me senti o mais

    grandioso dos +xus. 7al sabia o meu amigo que seu ob%etivo %á havia sito atingido, que

    seria a recompensa pelos meus atos. 8endo eu tudo o que queria, olhei em volta procurando

    o mais simples de seus pertences quando em meu olhar, me deparei com um dos espíritos o

    qual %á todo descarnado. )em um gemido saia de seu corpo, pois acredito eu, nem a dor 

    mais fa"ia diferen&a, pois somente a morte era esperada. (oi então, que decidi o mais nobre

    dos atos pelo resgate dessa alma, sem saber sequer o que esperar dele no futuro. 1isadas e

    murm0rios correram por todo o salão. 7eu amigo indignado disse

    - A ti ofere&o o maximo que podes ter e tu queres aquilo que eu %ogaria fora*

      1espondi eu

    - (oi-me dado o direito de escolher e para ti dei a a%uda necessária. 8u não me darás o

    direito de levar aquilo que não queres*

      om essa pergunta, deixei-o deslocado. 8odos aguardavam a decisão e por ele foi

    dito

    - 6e ' o que tu queres, ' o que tu terás.

      7andou que soltassem o espírito o qual teve que sair carregado, pois for&as não

    havia mais. 9oltei então para o acalanto de meu reino, dando a esse espírito a mesma

    oportunidade %á dada para muitos.

     

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    costume, mas comecei a observar um pouco mais, que de uma certa maneira eu virei

    motivo de chacota mais uma ve", não '* $eixei o espírito vontade mas porem observado

     por meus soldados e a minha forma de tratamento com os espíritos são diferentes. omo eu

    disse, aparentemente seria uma pouco cruel, mas na realidade estava fa"endo minha

    maneira. Inventei um campo de trabalho# /nde eram emanadas for&as, conforme um

    hospital o que não era comum haver nesse local. om isso os espíritos necessitados

    recebiam for&as para se sobrepor. Por isso dito poder de agrega&ão que havia se espalhado a

    meu favor. + somente esse tratamento, essa maneira se espalhou de espírito para espírito e

    alguns pediam para estar %unto conosco. $igo conosco, porque %amais teria conseguido o

    que eu consegui sem a a%uda de meus capitães, pois todos foram fi'is at' ho%e. 7esmo

     porque, foram escolhidos a dedo, e a infidelidade seria descoberta antes que acontecesse. Aí

     podem me perguntar mas como voc foi infiel para com o maioral e ele não descobriu* +ufa"ia exatamente o que ele queria, só que da minha maneira. 4amais fui e %amais serei infiel

    quele que me der oportunidade. +stava no reino do 7aioral, servindo o 7aioral, mas era

    da falange de 4oão aveira.

      :o%e, estou na falange do 6r. 6ete. )ão sirvo mais o maioral e nem a 4oão. )ada me

    impede que trabalhe %unto com ambos. 9oltando ao +spírito# Ao ser observado, no come&o

    o seu poder de sobrevivncia era fraco. Pessoalmente, algumas ve"es tive que alimenta-lo

    com energia, pois ' o alimento mais adequado onde estamos. / espírito, parecia não

    acreditar que estava sendo a%udado, sempre esperando ser sub%ugado novamente. Aos

     poucos, descobrimos sua tendncia, que era feminina. + aos poucos fomos descobrindo seu

    inferno, pois nem isso existia mais. $e tempos em tempos, tínhamos missBes a cumprir.

    7eus capitães eram ordenados a escolher os espíritos que achavam necessário para tais

    trabalhos. +u por minha ve", continuava nos planos e defini&Bes de metas a serem

    cumpridas# )ão deixara de participar pessoalmente de algumas batalhas, principalmente

    aquelas que achava que estaria em risco a vida de meus capitães.

      +stou dando nfase ao espírito em questão como poderia dar a muitos outros. Aos

     poucos meus capitães vinham me di"er que esse determinado espírito oferecia-se para o

    trabalho. + que apesar de me ver de longe, gostaria de participar de minhas batalhas. )ão

    só a ele, como a outros eram dadas oportunidades somente %unto aos capitães. )ão podia

    atender somente ao seu dese%o, por'm, poderia colocá-lo em uma falange aonde poderia ter 

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    sua evolu&ão, direito esse tamb'm dado a muitos. (a&o questão de mostrar que as

    oportunidades dadas a esse determinado espírito, foram s mesmas dadas a tantos outros.

    Por isso, o coloquei na falange de +xu Pimenta# (a"endo isso, tirando da simples escolha

    de qualquer um

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    - )ão te pediram L Pombas ?iras?

      om a cabe&a baixa como sempre, Ana aguardava suas ordens. +spada numa mão e

    o meu punhal nas costas, num ato inesperado, colocou-se em minhas costas# )o momento a

    resposta que me veio para meu amigo foi a seguinte

    - 8rago-te aquela que para mim ' mais valiosa, pois se serve para proteger minha

    retaguarda, com certe"a servirá para teu propósito.

      om um sorriso irMnico ele disse

    - 9eremos.

      / trabalho em questão envolvia toda uma família a qual estava desgra&ada pelo mal

    feito a ela. Pedi então, mais uma ve" num ato inesperado de minha parte e sem saber o por 

    que, que ele retirasse todos os seus do caminho. Perguntou-me ele se estava louco. Ana por 

    sua ve", não movia um m0sculo, sequer escutava-se sua respira&ão. 6eus pensamentos

     pareciam que estavam paralisados apenas empunhava sua espada que quem visse diria que

    não conseguiria levanta-la. 7as de seu fio saia amor, e seu corte era feito com honra,fidelidade e a vontade de viver, e sabia eu que aonde sua lamina passasse, o mal seria

    destruído. $isse eu então ao +xu, que se senta-se e observa-se. / +xu retirou os seus e num

    simples olhar e o pronunciar de seu nome, parecia que Ana havia virado em um monstro de

    salva&ão. +mpunhando sua espada a girava tão rápido, que mal podia se ver a lamina. 7e

    enchi de orgulho, pois em pouco tempo o mal estava desfeito e o que eu queria estava para

    acontecer, pois como disse, de mim não escapam nem pensamentos. Ao terminar o servi&o

    Ana novamente se colocou em minhas costas fa"endo-se novamente tornar-se como qual

    uma estatua. / +xu em questão inevitavelmente me fe" a pergunta que eu queria.

    - !uem ' essa* A qual parece ser uma falange*

      + eu o respondi

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    - +ssa meu amigo, ' o menor presente que tu poderias me dar. + talve", um dia, se te

     pedisse voc não me daria.

      9irei as costas e saí. 8enho certe"a que o mesmo não entendeu que quem havia me

    dado o pra"er de estar com Ana , havia sido ele. om nossa missão cumprida, voltamos

     para meu portal, o qual tem cravado na porta o símbolo passado anterior. omo se %á

    soub'ssemos o que di"er um para o outro, viemos calados, e Ana acho eu num ato

    involuntário# 6empre andando atrás de mim, não sei di"er porque, mas me sentia tranqNilo

    com essa posi&ão. hegando ao nosso destino, a presenteei com mais soldados embrei-me quando tinha L

    anos. erta v no castelo de meu pai, houve uma ca&ada que eram regulares entre osnobres, eu e meu irmão estávamos tendo uma de nossas aulas, a qual posso di"er não me

    agradava, pois eram aulas que envolviam armas e isso não fa"ia parte de minha vida, pois o

     poder parecia não estar dentro de meu ser. A ca&a dos nobres era uma esp'cie de porco-do-

    mato, e eu notava a alegria dos nobres em seus cavalos a correr e a atirar flechas em sua

     presa. Ali pensava eu porque meu pai dava tanta aten&ão para os nobres e para aquele

    animal %á sub%ugado, pois seria inevitável sua morte. Por que ele dava aten&ão a tudo isso

    em ve" de me pegar no colo e me abra&ar que como num ato de egoísmo era o que eu mais

    queria. 7eu irmão por sua ve", aplicava-se tanto em suas aulas que mal percebeu que a

    ca&a passou por detrás dele. +scondendo-se em uma moita próxima ao castelo, como se

    querendo esconder a mesma

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    como num ato, parece que como querendo apagar o erro que meu pai havia cometido

    quando eu ainda estava em vida, passei as mãos em seus cabelos e ofereci a ela a posi&ão

    dada somente a O +xus que seria de estar sempre a defender minha retaguarda, e fi" com

    que ela compreendesse o seu valor para mim. )otei um leve sorriso, sorriso esse, que não

    saíram de seus lábios ao receber os espíritos. 9i então, ter atingido o que pretendia#

    1esguardo aqui meus sentimentos pessoais a respeito da situa&ão formada pelo clima

    espiritual que se formou.

      +ra comum naquela 'poca, ainda em vida, que tiv'ssemos professores particulares.

     )ão haviam escravos, por'm, servi&ais, sub-%ulgados quase que da mesma maneira. >evado

    as ve"es por runo

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      Isso me fa" pensar a falta que fa" algu'm que me coloque no colo e me diga quando

    estarei pronto para minha realidade. !uando ho%e, tenho eu que di"er qual a realidade de

    cada um. 6erá que um dia algu'm dirá estarei pronto* hegando perto após me di"er isto,

    trocava eu de carro&a e chegando perto do castelo me largava e chegava so"inho como se

    nada houvesse acontecido. omo toda crian&a eu %urava ter esse segredo e passava a contar 

    os dias para ir novamente. As ve"es, era chamado aten&ão no canto por runo, pois ao

     brincar com a reale"a, queria eu %ogar barro nas mesmas, brincadeira essa desconhecida

     pelos nobres. runo me chamava ao canto e me di"ia

    - 6egura-te príncipe , pois queres tu explicar como conheces tais brincadeiras*

    omo num ato de prote&ão a runo, passava eu a brincar como nobre, que nadamais eram que lutas ou com'dias formadas como um teatro, pois eram brincadeiras dadas

    as crian&as da reale"a que desconheciam o pra"er de serem normais, pois desde crian&a

    tínhamos que aprender a nos portar, a andar, a falar e condu"ir tudo com muita destre"a. Por 

    isso, a maioria dos nobres não só em minha 'poca como em 'pocas atuais desconhecem o

     pra"er de serem seres humanos normais# 6e entregarem ao pra"er do amor, da compaixão,

    do toque, do riso, da igualdade, da fraternidade, do carinho, da recompensa e da pa". A

    cada um era dado o direito de estudar aquilo que mais lhe era conveniente, como se

    escolhssemos qual seria o nosso caminho na nobre"a, alguns gostavam de finan&as, outros

    gostavam de animais, outros gostavam da administra&ão dos seus, outros gostavam da

    administra&ão do próprio castelo, coisas essas que eram separadas. +ntão, para cada um dos

    filhos nobres havia uma educa&ão como vocs chamariam ho%e, diferenciada. +u me

    dediquei a administra&ão das vilas, pois sabia eu que estudando diretamente ligada a elas,

    um dia teria que freqNentemente visitá-las. 6ó o que não sabia ' o porque eu as visitaria,e

    isso me causou alguns problemas# Pois as visitas normalmente eram feitas para cobran&as

    de impostos e para tomar decisBes como leis e ordem, e isso me constrangia, pois as ve"es

    eu tinha que tomar decisBes que não estavam dentro de meu ser. 7eu irmão por sua ve",

    escolheu as armas e isso normalmente nos mantinha afastados# /s anos se passaram, e eu

    mesmo formei um grupo resistente a coroa, pois achava errado a maneira e a disciplina da

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    mesma. 6endo assim, nosso local de reuniBes eram na taberna de 6'rgio e (rancisco.

    (ormamos então, um grupo resistente a coroa.

      omo parece, a historia se repete sempre. á estou eu novamente dentro de um

    reino o qual não concordo com a disciplina e formando novamente um grupo de resistncia

    contra isso. :o%e, não são apenas aldeBes, mas sim uma falange de sub-%ulgados . 8erei eu

    dessa ve" a vitória em minhas maos* $esta ve" não há entre mim e meu oponente um muro

    alto e de mim a vida não mais se extinguirá, portanto desta ve" tenho certe"a, a escuridão

    não sera o meu destino, mas ainda carrego comigo as palavras do homem que colocou a

    mão sobre mim e mostrou meus caminhos. !ue eu devo acreditar naquele que pedi a%uda, a

    trilha foi me mostrada não sei por quem, mas acredito eu, ser ele um bom homem . Pois de

    mim nada cobrou, mas para ele eu daria tudo. 6igo então, a lu" que me foi mostrada, sem

    temer, pois um desconhecido uma ve" confiou em um homem que estava a apodrecer.6endo assim, quem sou eu para não dar a mesma chance a homens tão valentes como os de

    minha falange.

     

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    foram# + descobrimos porque. Porque mesmo derrotados, conseguimos voltar, como se o

    nosso oponente, quisesse que sentíssemos sua superioridade. Pensávamos nós, que

    seriamos repreendidos ou talve" rebaixados pela nossa derrota. !uando ao contar a

     batalha,que %á era conhecida pelo 7aioral, apenas nos foi dito

    - +u sabia .

      9irou as costas e saiu. (icamos mais perplexos ainda, e cada um ficou simplesmente

     pensando no que aconteceu, pois a falta do castigo não era comum pelo 7aioral. )a

    curiosidade que passou a tomar conta de meu reino, convoquei então alguns espíritos a

    indagar sobre esse meu oponente, que mesmo sem ter a 2oragem3 de me enfrentar, teve a

    vitória em suas mãos. (oi então, que descobri, que não sabia dele, por estar num planosuperior e o qual não era exatamente a minha meta, e talve" muito longe do meu alcance.

    6endo assim, passei a criar situa&Bes aonde mais e mais ve"es nos enfrentaríamos. Para

    tanto, tive de brigar com outros +xus que viera a conhecer, são eles L 9entania , 8iriri,

    8ranca ruas da +ncru"ilhada, L Poeira, L 7ontanha, 7aria Padilha, 7ulambo, +xu aveira.

    +nfrentei a todos, perdendo algumas e ganhando outras# 6abendo que isso chamaria a

    aten&ão desse +xu que para mim, ainda era desconhecido. /s anos se passaram, quando

    tive a oportunidade de enfrentar o +xu 8iriri, um dos +xus do comando direto do 1ei das L

    +ncru"ilhadas. A minha inten&ão, era enfrenta-lo pessoalmente, pois achava eu, que o

    derrotando, atingiria a meta por mim esperada. (oi aonde tive a minha batalha direta, pois

    aonde tive a oportunidade de incomodar +xu 8iriri# Pois envolvendo crian&as, %á que ' o sei

    destino principal, viu a necessidade de chamar pelo seu comando principal. 6endo assim,

     pela primeira ve", me arrependi de ter provocado a ira desse meu inimigo, o qual eu queria

    derrotar. Pois mais uma ve" estávamos diante dos cavalheiros vestidos de vermelho, suas

    armaduras pareciam nos queimar. 7ais uma ve" voltamos derrotados# Por sorte, dessa ve" a

     batalha era só minha.

    Por preocupa&ão, mesmo 1osa, voltou tão derrotada como eu. + muito ferida, mas

     por algum motivo, todos voltamos sabedores que 'ramos, de que se esses cavalheiros

    decidissem, nossa sobrevida teria acabado. )ão sabíamos o por que, mas havíamos sido

     poupados de alguma maneira. alados, voltamos novamente ao nosso portal. omo se não

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    tiv'ssemos sido derrotados, come&amos a tra&ar novos planos, pois a minha meta ainda

    não havia sido atingida. hamado pelo 7aioral, fui indagado por que da insistncia, pois

    como disse, nem os pensamentos fogem do mesmo, e como o meu propósito deixou de ser 

    somente meu e sim de conhecimento de todos, chegou at' meu superior. 1espondi, que pela

    derrota passada haviam ficado marcas, as quais eu não aceitava e que para não perder 

    minha moral com meu grupo, eu tinha que ter a vitória contra esse +xu. +nvaidecendo-se,

    7aioral pronunciou de viva vo" e bom tom, de que eu , +xu 9eludo, provara fa"er parte

    real de seu ex'rcito. Passando então, sem que eu pedisse, a fortalecer minha falange e at'

    me a%udar, acredito eu, nesse inevitável encontro. 8ramamos então contra o 1ei das L

    +ncru"ilhadas em todos os reinos aonde ele imperava de uma só ve". /b%etivo, se ' que

     posso usar o termo, era tirar a nossa ca&a de dentro da toca.

     

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    quando perdi minha vida evantei-me olhei a volta, não

    vi meus soldados nem meus guardas-costa, nem Ana. Isso me indignou, empunhei minha

    espada, e com um gesto de ira ataquei os que me rodiavam. 7as não havia resistncia,

    gritava eu pelos meus, sem ter nenhuma resposta. / +xu que di"ia se chamar 1ei das L

    +ncru"ilhadas, parou em minha frente, como se me desafiasse a morrer, pois não se movia.

    Achei que estaria ele com medo de mim, mas não de seu rosto, a expressão era outra. +le

    estava com pena de minha atitude, com um gesto pediu que parasse, obedeci, mesmo

     porque parecia não estar assustando a ningu'm. +le se achegou at' mim e disse

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    - 6e a ti quis'ssemos derrotar, teríamos deixado vós com suas armas e brasBes.

    /lhei para mim mesmo e respondi

     )ão 6ete.

    - +ntão meu bom amigo, relaxe e vamos conversar.

      Ao estalar os dedos, todos menos L +xus que se encontravam no salão, retiraram-se

    sem fa"er um ruído sequer. Abismei-me, pois meu salão parecia um mercado em minhas

    reuniBes# Pegando em meu ombro, levou-me at' uma enorme mesa aonde pediu que

    sentasse, desconfiado obedeci, pois queria eu saber exatamente o que estava acontecendo eonde estariam os meus. (oi então que o 6r 1ei das L +ncru"ilhadas me disse

    - A ti fi" uma oferta, em sua necessidade me destes uma resposta, voltas tu a me responder 

    da mesma maneira, ou sua decisão ainda ' a mesma de outrora *

      +m ve" de responder fi" uma pergunta que me atormentava

    - Aonde estão os que me acompanhavam *

      om um sorriso no ele respondeu

    - ontinuam contigo, para v-los preciso apenas de uma palavra sua.

      +ntendi então, que o +xu em minha frente não se penali"aria comigo, e cumpriria o

     prometido no campo de batalha, pois lá estava eu, sentado sua mesa com todas as minhas

    armas e ele apesar de acompanhado, nenhum de seus capitães fa"ia sequer men&ão em

    sobrepor-me caso eu tomasse alguma atitude. 6e fosse comigo, com certe"a, ele %á estaria

    acorrentado e tal chance, nem lhe seria dada. aindo então em minha realidade, percebi que

    o mais sábio a fa"er seria concreti"ar minha promessa, e assim o fi". A minha afirmativa,

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    ele, o senhor do portal pediu-me para que fosse elaborado um documento formando nossa

    alian&a, pensei eu, que colocaria a minha assinatura em varios papeis. !uando ele se

    levantou , seus homens partiram imediatamente a providenciar tais documentos. Indaguei-o

    novamente sobre os meus, ele pediu para não me preocupasse, perguntei-o se não

     preocuparia-se com sua falange caso estivesse em meu lugar. 7aior foi a minha indigna&ão

    e surpresa com a sua resposta. Ao nosso lado esquerdo havia um trono todo prateado e com

    os assentos vermelhos, com mais trs iguais de cada lado. Pensei eu que para terminarmos a

    conversa, ele, o 1ei das L +ncru"ilhadas, sentaria em seu trono para me sub%ugar mais uma

    ve". 7as como parecia freqNente, enganei-me novamente# +m um ato de igualdade,

    manteve-se ao chão e em p' a minha frente me respondendo

    - 8odas as suas lutas, atos, glórias e derrotas, foram observadas por nós. 6abedores 'ramosde sua armadilha, portanto fostes derrotado simplesmente por sabermos de seus planos.

    Perguntei-o Por qu poupastes então minha existncia* )ovamente com um sorriso

    no rosto ele respondeu

    - Porque tudo que fi"estes, mostrou apenas sua valentia, mas o seu propósito que tamb'm

    somos conhecedores, foi o que deu-te a oportunidade em estar conosco. Indagou-me

    - 6aberás tu reconhecer entre os teus aqueles que merecem estar contigo*

      6em pensar num segundo sequer, respondi-o

    - 6im

      Pediu ele para que eu descansasse para a concreti"a&ão de nosso suposto

    documento, colocou-me em uma sala onde o chão era totalmente coberto com pedras

    irregulares, em formas ovais

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    incomodavam. Acho eu que adormeci, mas quando voltei a mim, a fuma&a havia acabado.

    5m cavaleiro abriu a porta e me chamou para fora pedindo que acompanhasse-o. >evou-me

    at' um salão aonde haviam L portas no centro e uma mesa feita de pedra, quando cheguei

    mesa, %á encontravam-se sentados novamente o 6r +xu 1ei das L +ncru"ilhadas e seus L

    capitães. omo que desesperado perguntei-o sobre o documento, pois queria com urgncia

    estar na companhia de meus guerreiros. 6abedor disso, 6r 1ei da L +ncru"ilhadas disse-me

    sem que eu perguntasse

    - 8enha pacincia, pois o tempo não passará para os teus. !uando derem por sua falta, tudo

    estará feito.

    (ingi entender suas palavras, ele então mandou que o documento fosse tra"ido.!uando chegou a minha frente, estarreci-me, pois foi colocado D pedra aonde L tridentes

    deveriam ser cravados e apenas seis estavam firmados na mesma. 7e foi entregue em mãos

    o s'timo e foi-me dito

    - 6e ' de tua vontade participar e estar na evolu&ão que tantos queres, firma tu seu tridente

    no 0ltimo orifício e tudo estará consagrado.

      Pestane%ei em fa"e-lo, pois desconhecia eu as for&as que me rodeavam, mas o que

    me fe" tomar a atitude em firmar o mesmo, foram as palavras ditas pelo patrono da mesa.

    /lhando mim disse-me

    - 7ais uma ve" terá que seguir em frente, sem olhar para trás, e acreditar novamente

    naquele em que pedistes a%uda.

      $esnecessário di"er que somente uma pessoa que conhece a historia de minha

    escuridão, poderia di"er tais palavras. (iquei a pensar, seria este o amigo que dirigiu-me

     pela escuridão* (icando eu em p', empunhei o tridente e o cravei na pedra. 6r 1ei das L

    +ncru"ilhadas, então mandou que ela fosse guardada, e me disse que imediatamente me

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    fosse mostrado meus caminhos. Perguntei então, )ão seria meu caminho um só* +

    respondendo ironicamente disse-me

    - Aqui agimos dentro da lei, e dentro da lei os caminhos não misturam-se. A sua volta estão

    L portas, para cada porta um capitão, e cada um deles mostrar-te-á e ensinar-te-á como

    guerrear a cada situa&ão.

      6em compreender sequer uma palavra dita, mas respeitando minha firma&ão,

    coloquei-me disposi&ão para aprender, se ' que era possível, pois de onde vinha era eu

    quem ensinava. Pensei então, não darei um passo sem que os meus este%am comigo, mas

    sem que eu perguntasse, e num ato de total confian&a ele me respondeu

    - Parta agora e leve contigo e a seu comando S cavaleiros. + traga aqueles que a ti são

    confiáveis para que aprendam contigo e este%am contigo em sua ascensão.

      om a rapide" que sai, parecia que voava. heguei ao ponto de não despedir-me, e

    muito menos agradecer quando ia sair do salão# avaleiros %á me esperavam. oloquei-me

    então em dire&ão a porta de saída, aonde me exclamavam

    - 7eu 6enhor@ A porta onde estão os seus, ' a s'tima do salão.

      (iquei abismado, mas os acompanhei. Abrindo a porta, uma escuridão terrível e

    assustadora, tomava conta da mesma. Perguntei então

    - omo entraremos aí* 6em que possamos enxergar aonde caminhamos*

      5ma vo" me disse, e quando ela ecoou, os cavaleiros baixaram a cabe&a.

    - 9iveste tu nesta escuridão, ganhaste posi&ão nela, e por qu reclamas* Para ti, foi

    estendido a mão da lu" e da verdade. +stenda tu agora a tua para tra"er aqueles que tu

    arrebanhastes.

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    8ive que me apoiar nos cavaleiros para poder entrar aos poucos. Pudemos enxergar 

    os portais do reino do 7aioral. aminhamos então em dire&ão ao meu destino. / meu

    retorno inexplicável na companhia de L cavaleiros os quais a gente denominava vermelhos,

    era de espanto para os meus. Ao chegarmos, abriram a porta, mas todos em guarda . Ana

    vindo at' mim, pude notar lagrimas em seus olhos, mas como era de se esperar, com suas

    armas empunhadas, perguntou

    - !ual será a barganha por sua presen&a*

      onvoquei uma reunião e disse tudo o que tinha a di"er a maioria dos meus, poisestavam no mesmo propósito, acreditaram em minha palavra cegamente, e me

    acompanharam. Alguns que não tinham poder de decisão, simplesmente se avanta%aram da

    mesma. Ao sairmos pelo portal, %á 'ramos esperados pela falange do maioral, pois naquele

    reino os pensamentos e a&Bes dificilmente escapavam, e como num ato de euforismo,

    esqueci-me disto e falei abertamente com todos os meus. !uando fomos barrados em nosso

    caminho, e uma lu" muito forte brilhou, e uma vo" novamente apareceu.

    - airá por terra todo aquele que se colocar no caminho da verdade e da lu" .

    8odos parecem que adormeceram, pois baixaram suas cabe&as e pudemos caminhar.

    (oi ai que compreendi que havia eu e todos os meus, ganhado o direito de um degrau a

    mais em nossa evolu&ão. $epois que todos baixaram suas cabe&as, pudemos caminhar 

    livremente. Partimos levando somente nossas armas, alguns, ou a maioria, desconfiaram#

    Pois não haviam visto ou sentido o que senti e vi. +ntramos então porta a dentro, %unto com

    os cavaleiros que abriam caminho para que passássemos. hegamos então, em um novo

     portal, cedido para que nos estalássemos. +xu 1ei dasL +ncru"ilhadas, nos fe" a sua

     primeira visita, colocando-se ao meu lado mais uma ve", disse

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    - 7uitos amigos serão revistos, muitos inimigos passarão a ser seus amigos, mas, a

    evolu&ão sua, dos seus e de seus oponentes será a sua meta. onhecedor que sou de sua

    caminhada, creio eu, que será difícil cumpri-la. / seu caminho ' o meu caminho, a sua

    derrota, será minha derrota, a sua lu" será a minha lu". 8odos nós foram confiados, e a

    nós caberá coloca-los em sua trilha correta. $esnecessário di"er que aqueles que não

    enxergam, precisam ser dirigidos. )ão ' meu amigo*

      is uma ve" me colocou em duvida sobre aquele que me havia condu"ido na

    escuridão, como se %á soubesse o que eu queria como resposta me disse

    - mão que te afaga na escuridão, e para fora dela, poderá ser a mesma que te condu"irá de

    volta para a mesma.

      ompreendendo eu que estava querendo saber demais, calei-me e perguntei quando

    come&aríamos a trabalhar. +le então nos disse

    - 7uito há para aprender e muito há para se fa"er, mas nada, ficará por se fa"er. Portanto,

    limitem-se aprender e a observar dentro de vosso tempo. !uando estiverem prontos,

     partirão para suas batalhas. /s seis que a ti confiei %á conhecem o caminho a s'tima porta tu

     %á conheces bem e a ti será confiado a guarda da mesma.

    7arquei então por ordem do +xu 1ei das L encru"ilhadas uma reunião com os S

    exus que me mostrariam as outras portas pois compreendi que cada uma significava um

    caminho e um reino diferente a ser examinado e observado. ompreendi tamb'm, que

    nossa missão era de resgates. $epois de pouco tempo, %á conhecíamos todos os caminhos.

    !uando em uma de nossas reuniBes, fui tomado por grande emo&ão, pois quando olhei para

    minha porta ao se abrir, entrava por ela o meu aliado e amigo que um dia deixei para trás.

    Ao longe ele di"ia

    - 6abia que poderia confiar em voc. Permita que eu me apresente.

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      +starrecido e sem conseguir me mover, somente escutava, %á sabendo de quem se

    tratava# 7as para que todos soubessem, ele continuou

    - 7eu nome ' 4oão aveira. + estou aqui para te a%udar. omo disse no passado aos que me

    indagaram, fi"estes tu uma má escolha, destes o comando, a quem não merecia. + dei como

    resposta

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    e as ve"es quase que impossível, pois nossos atos de onde vínhamos, em sua maioria eram

    cru'is comparado ao plano que estávamos. 1epreendidos fomos varias e incontáveis ve"es,

    at' que conseguíssemos agir, andar, e pensar como nos foi ensinado. )ossas armas

    continuaram sendo as mesmas, porem, deixando de fora somente seguidores de planos mais

     baixos os quais simplesmente nos obedeciam sem nada pedir em troca. Passaram pelo salão

    com as pedras e o estranho vapor, o qual me agu&ou a curiosidade, sabedor que sou que

    nada acontece ou se fa" por acaso, quis saber o por que e como esta sala nos atingia, pois

    todos que saiam dela pareciam sair com uma lu" relu"ente de si, o qual nos foi dito que nas

     batalhas seria a nossa mais forte arma. )ão desacreditei, pois foi essa mesma lu" que me

    impediu de sub%ugar +xu 1ei das L +ncru"ilhadas. Após minha indaga&ão me foi

    respondido pelo +xu Aluvaiá, que esta sala limpava não só a mente como todo nosso corpo

    astral, de todo o mal impregnado nos mesmos, para que ficássemos livres para seguirmosnosso novo caminho, e ela nos garantiria que estiv'ssemos sempre limpos para novas

     batalhas.

      (omos convocados para nossa primeira batalha, e me foi dado o ato de escolher um

    amigo ou companheiro de qualquer um dos portais, como se %á não soubessem que eu

    escolheria# )esta escolha teria eu de conhecer seu portal para tra&armos nossos planos, foi

    então aonde pronunciei com orgulho que queria a companhia de meu amigo 4oão aveira,

    foi dado a mim, e aos meus capitães, um guarda pessoal , o direito de conhecer e unir forcas

    com o mesmo. Parecia, se ' que %á não estava tudo tra&ado. omecei a pensar então que

    algu'm em algum lugar %á sabia de meu destino, mas limitei-me somente a meus

     pensamentos# 1eunindo então meus +xus, os quais comandavam L falanges , colocamo-nos

    a porta de 4oão aveira. Ao entrarmos todos nos olhavam, só que desta ve" nenhum

    murm0rio sequer escutei, 4oão aveira, prostando-se de p' novamente me enobreceu , não

    que merecesse ou que achasse merecedor, mas compreendia que para ele era importante

    apresentar-me daquela maneira. 6uas palavras foram

    - $iante de vocs está aquele que um dia me deixou, mas voltou tra"endo-me o que de mais

    importante eu queria, que foi sua evolu&ão. !ue sirva de exemplo para todos, que nem todo

    o +xu que estiver no meio da podridão, precisa ou terá de ser podre tamb'm. !uando se

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    tem um propósito a ser cumprido, cumpra-o, pois a vitória estará em suas mãos, como de

    meu filho e amigo +xu 9eludo.

      omo o protocolo real do passado, vi a necessidade de a apresentar os mesmos

    di"endo

    - 4oão aveira a mim foi concedido um dia a honra de te servir, se por algum acaso foi

    colocado em duvida minha lealdade, não tiro o m'rito de quem as teve. Pois meus atos,

     pareciam claramente atos de trai&ão, mas conhecedor era de minha lealdade e de meus

     propósitos. Agrade&o a ti pela confian&a e pelo carinho dados a mim, e trago para ti os

    melhores dos meus para que %untos, possamos atingir nossos propósitos . 8e apresento

    - Ana 1osa aveira, chefe de uma de minhas falanges, defensora e guardiã de minha

    retaguarda.

    - +xu 7orcego, chefe de uma de minhas falanges, defensor e guardião de minha

    retaguarda.

    - +xu Poeira, chefe de uma de minhas falanges, defensor e guardião de minha retaguarda.

    - +xu Pimenta, chefe de uma de minhas legiBes.

    - +xu L atacumba, chefe de uma de minhas falanges.

    - +xu L ru"eiro, chefe de uma de minhas falanges.

    - Pomba ?ira das Almas, chefe de uma de minhas falanges.

    - 6ão esses os que seguirão %unto nós, com a mesma lealdade que me seguem, com

    certe"a atenderão ao seu chamado. +sperando de ti a mesma preste"a, estaremos %untos.

      6entamos então para tra&armos nossos planos, mais uma ve" me surpreendi, pois

    achava eu que essa reunião seria somente com os capitães, mas a mesa onde nos reuníamos

    era do mesmo salão onde toda falange de 4oão aveira estava presente. Indagando

     perguntei

    - )ão será imprudncia plane%armos na frente de todos*

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      4oão me respondeu

    - !ue imprudncia há de que o espírito conhe&a o caminho a ser tra&ado por ele* ?ostarias

    tu de seguir em frente sem saber os perigos que te esperam*

      Percebi então que muito teria que aprender, calei-me e come&amos a trabalhar. +m

    questão, estavam pessoas %ovens ainda as quais estariam sendo observadas por exus

    tenebrosos que tentavam arrasta-los por um caminho que não haveria retorno. onfesso não

    saber como agir em um caso como esse, pois em minha mente estava uma batalha aonde

    sairíamos a derrubar todos, sem o mínimo de compaixão. Por'm, como nossa nova meta,

    deveríamos salvar não tão somente os %ovens como tentar salvar tamb'm os exus. omofa"er* !uando de repente entrou no salão 6r +xu 1ei das L +ncru"ilhadas sentando-se a

    mesa exclamou

    - A vocs será entregue a mais pura das armas a ser usada nesta ocasião. +mpunharão a

    espada da %usti&a e o escudo da verdade, carregarão em suas cabe&as a lu" do amor.

    Portanto, todos aqueles que saírem daqui carregando essas armas, com certe"a retornarão

    vitoriosos. 6e conseguirem seus propósitos, muitos voltarão com vocs# 6e não

    conseguirem, partam sabendo que %á partem vitoriosos. Pois aquele que caminha com a

     %usti&a, o amor e a verdade, %amais será derrotado.

      6implesmente olhando para mim, não foi necessário sequer di"er uma palavra. 6em

    que perguntasse nada eu respondi

    - om certe"a tens ra"ão.

    Apenas sorriu nos dando as costas# Apenas conseguimos enxergar seu ponto que

    relu"ia em sua capa e retirou-se calmamente do salão, sempre acompanhado por L

    cavaleiros. 8oda pergunta, mensagem questionamento se%a de exu, pombagira, ou mesmo

    vocs que me ouvem terão igual direito de ter sua divina resposta pois aprendi que não sou

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    e %amais serei melhor ou superior a algu'm. / que me coloca em posi&ão de vantagem

    sobre alguns são seus próprios caminhos tortuosos pois o meu está e será sempre reto. e em

    dire&ão a qual deixarei pegadas fortes e com guardas para que não se apaguem para que

     possa ser seguida não só pelos que resgatei pessoalmente# como por aqueles que assim

    decidirem por conta própria. )ão se sub%uguem, nem se desmere&am, pois a sabedoria %á

     pode fa"er parte de vossas evolu&Bes.

    6abedor sou eu do merecimento de cada um# pois vocs são dados o direito do

    livre arbítrio, saibam escolher que caminho tomar. Aquele que preencher vossos cora&Bes,

    mesmo que sofrido, mas que lhes traga a alegria e a satisfa&ão de estar seguindo esse. 6e

    olhares para baixo, conseguirá enxergar meus passos. Após a retirada de +xu 1ei das L

    encru"ilhadas e ao ficarmos pasmados observando a seguran&a e tranqNilidade de sua

    caminhada, por incrível que pare&a, seus passos eram tão firmes que parecia tra&ar sem umasequer palavra nossa vitória. Ao partirmos perguntei

    - omo deverei agir se %amais fi" o que vou fa"er*

    - A ti foi dado o direito de agir e falar em nome de $eus. :averá algu'm em seu caminho

    que poderá se pronunciar contra tal for&a*

     

    alei-me e entendi o significado e a for&a que estaria me acompanhando. 7as sabia

    que seria tentado e provado por muito mais tempo, pois dentro de mim apesar do direito

    concedido ainda havia a necessidade de atingir minha meta que sem que eu soubesse me

    deixara em constante observa&ão, pois eu tinha a necessidade da vitória. Ainda não havia

    aprendido que nem sempre se ganha uma batalha derrotando e sub%ugando seu inimigo.

    +stando nós na presen&a de nossos oponentes, compreendi com que as palavras que

    acabaram em meus ouvidos significavam# pois não só a mim, como a meus soldados e

    meus capitães, nos era dado passagem para que interferíssemos em nome daquele que

    seguíamos e resgatássemos todos aqueles que assim queriam. )enhuma só arma teve que

    ser empunhada e isso nos trouxe, confesso eu, um certo descontentamento, pois estávamos

    acostumados a enfrenta-los e a conquistar com muita luta e sofrimento nossos espa&os.

    Passando isso para a lideran&a me foi explicado da seguinte maneira

  • 8/17/2019 exu psicografia e ascensao.doc

    30/30

    - Aprendas tu, meu amigo 9eludo que a sua luta ' de igual para ou maior valor do que sua

    espada, pois o que saiu de sua boca poderá derrotar seu inimigo bem mais rápido do que o

    corte de sua arma, ou tra"e-lo para %unto de ti, assim como fi" contigo. 6alva quantos

    +spíritos puder. $ a oportunidade que tu tivestes quantos espíritos for possível, pois para

    cada um salvo um brilho a mais em sua lu" se acrescentarão e quando um valente +xu

    decidir enfrenta-lo, acredito eu não precisar te explicar o que deves fa"er.

     

    U 9I$A V evolu&ão

    U A8A>:A V trabalho espiritual.

    U A17A6 56A$A6 V s ve"es, são realmente espadas, lan&as e facas, capas, fogo e água.

    7as todas elas não cortam não afogam, não queimam. Apenas desmancham, desfa"em elimpam por onde passam.