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11 TH IHRSA FITNESS BRASIL EVENTO MOVIMENTARÁ R$ 40 MILHÕES E DEVE ATRAIR 25 MIL VISITANTES ART CURTIS: NOVO PRESIDENTE DO BOARD DA IHRSA ESCOLHEU O BRASIL COMO DESTINO DE SUA primeira missão oficial e fala sobre o papel de líder do país na indústria do bem-estar PUBLICAÇÃO ESPECIAL franquias do bem-estar ELAS NÃO PARAM DE CRESCER E SÃO BOAS OPÇÕES PARA INVESTIDORES MARKETING DE BUSCA SEU SITE ENTRE OS MAIS PROCURADOS DO GOOGLE ACADEMIAS, CLUBES DE LAZER e condomínios-clube: QUEM VENCE ESSA DISPUTA ACIRRADA? CONSULTORES GARANTEM: HÁ ESPAÇO PARA TODOS, MAS É PRECISO SABER COM QUE TIPO DE PÚBLICO VOCÊ ESTÁ LIDANDO EM CADA UM DESSES MODELOS DE NEGÓCIO Fitness Business Fitness Business JUL/AGO 2010 N O 48 Cabo de GUERRA OS CAMPEÕES DA VERSATILIDADE NAS SALAS DE MUSCULAÇÃO . COMO ESCOLHER O EQUIPAMENTO MAIS ADEQUADO ÀS SUAS NECESSIDADES ESPECIAL ELÍPTICOS!

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Título que existe há oito anos e já se consolidou como a principal fonte de informação para gestores de academias e empresas provedoras de soluções para o segmento._Trama

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jul/ago 2010 | FITNESS BuSINESS 1

11th ihRsa fitness bRasil

EvENTo movImENTará r$ 40 mIlhõES

E dEvE aTraIr 25 mIl vISITaNTES

aRt cuRtis: Novo prESIdENTE do board da IhrSa EScolhEu o BraSIl como dESTINo dE Sua primeira missão oficial e fala sobre o papel de líder do país na indústria do bem-estar

publicação especial

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FitnessBusinessFitnessBusinessjul/ago 2010 no 48

Cabo de guerra

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especial

elípticos!

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FITNESS BuSINESS | jul/ago 20104

anúncioJohnson health

e mais:06 Termômetro

14 Caso de Sucesso

Marilândio Ponchet

24 Gestão

Como-se preparar para o verão

26 Express

Art Curtis

30 Mercado & Tendências

Franchising

36 Gestão/RH

Que tipo de líder você é?

38 Inovação

42 Eventos

Cobertura Wellness Rio 2010

50 Marketing

Como posicionar seu site no Google

54 Equipamentos & Cia

Especial elípticos

58 Artigo

sumário

capa O cabo de guerra entre academias, clubes de lazer e condomínios-clube: quem vence essa disputa?

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46ihRsa fitness bRasilUm dos mais importantes eventos mundiais do trade chega a sua 11ª edição e deve movimentar R$ 40 milhões em negócios

entReVistaMais tempo, mais dinheiro? Os consultores Gustavo Cerbasi e Christian Barbosa decifram a questão

10

n inguém sabe ao certo a origem do cabo de guerra. Mas tudo leva a crer que este esporte tenha aparecido em cerimônias e cultos antigos que eram realizados pelos povos egípcios, há mais ou menos 4 mil

anos. E não é que, dezenas de séculos depois, descobrimos que a modalidade, ao menos no cenário wellness, passou por uma reinvenção?

Em um ambiente de negócios onde impera a diversidade, o cabo de guerra parece ter ganhado uma terceira ponta. É o que apresenta a reportagem de capa desta edição, feita pela repórter Lilian Burgardt.

A demanda por atividades ligadas ao bem-estar extrapolou os muros das salas de ginástica e dissipou a onda da qualidade de vida. Nas pontas do tri-ângulo agora estão os clubes de lazer, os condomínios e as próprias acade-mias que passaram a dividir mercado, sem que um necessariamente precise “tirar” o cliente do outro. Há espaços para todos. Felizmente!

Ainda falando em diversidade, este foi um dos temas mais recorrentes no Wellness Rio 2010, evento que movimentou a Cidade Maravilhosa, levando mais de 35 mil pessoas ao pavilhão de exposições. As oportunidades que se abrem para novos negócios e o atendimento às chamadas populações espe-ciais permearam mais uma vez as discussões.

Esquentando as turbinas para a IHRSA, o recém-empossado Art Curtis, presidente do board da entidade, falou conosco, em primeira mão, antecipan-do sua viagem oficial ao Brasil, sobre as razões pelas quais acredita que nosso País passará a ditar o futuro do fitness mundial.

Um legado, sem dúvida, que teve início há um bom tempo, com empresá-rios vocacionados para o sucesso, como Shunji Nishimura, fundador da Jacto e também da Brudden Movement, um dos maiores fabricantes nacionais de equipamentos para academia, com sede no interior paulista.

Esse grande visionário faleceu recentemente, aos 99 anos, e foi um dos nomes do agronegócio brasileiro. Inventor da primeira colheitadeira de café do País, fundou um império que hoje reú-ne dezena de empresas, emprega 3 mil tra-balhadores, exporta para 90 nações e fatu-ra anualmente quase R$ 1 bilhão. Nossa homenagem a este senhor que tive a honra de conhecer. Que sigamos seu exemplo!

Boa leitura e saúde a todos!

Waldyr SoaresPresidente do Instituto Fitness Brasil

assim caminha a humanidade

editorial

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sobe e desceChile aqueCidoMesmo após os terremotos que assolaram o país, o Chile continua sendo um bom mercado para as atividades ligadas ao esporte, principalmente o esqui. É o que garante Paula Teles, consultora técnica da Companhia Athletica, uma das maiores redes de academias do Brasil. Há quatro anos, a Companhia Athletica exporta mão de obra qualificada para uma das mais charmosas estações de esqui chilenas, em Portillo, a duas horas da capital Santiago. Entre as atividades ministradas pelos professores brasileiros estão aulas de alongamento, musculação e abdominal. “O Chile ainda recebe muitos turistas do Brasil, principalmente nesta época do ano, por isso a opção de alguns estabelecimentos por profissionais do nosso país”, diz.

Bye-Bye aos fundosOs sócios da rede de academias A! Body Tech, após um ano tentando conquistar fundos de investimento, desistiram de vender parte da empresa. Luiz Urquiza, presidente da companhia, negociava a venda de 20% da rede com três fundos de private equity, dois americanos e um brasileiro. “Avaliamos que seria melhor esperar a inauguração das novas unidades. Assim, passaremos a valer 50% mais”, diz. A expectativa é que até maio do ano que vem a rede, que hoje conta com 17 academias, inaugure outras sete. Em 2009, o faturamento da empresa foi de R$ 95 milhões. Querem chegar a R$ 200 milhões em receita até 2013. Haja fôlego!

Passos firmesSampa ganhou a primeira loja da rede Mundo Corrida (www.mundocorrida.com.br). Em 350 m2 de construção, a concept store, instalada na avenida Brigadeiro Luiz Antonio, oferece completa linha de artigos esportivos, tênis, vestuários e acessórios para running do mercado. Fabiana Mürer, campeã mundial em salto com vara, circulou por lá na noite de inauguração.

conselho editoRialpresidente Fitness Brasil: Waldyr SoarescEo e presidente da IhrSa: joe moore

fitness brasil contato:gustavo de [email protected]

ihRsa contato:Jacqueline [email protected]

pRoJeto editoRial e Redação

rua sud menucci, 154 – Vila marianacep: 04017-080 – são paulo – sp – brasiltel./fax: (11)5080-9100

diretora de redação:leila Gasparindo – mtb [email protected]:Helen Garcia – mtb [email protected]:adriano Zanni – mtb [email protected]:bartira betini, bruno athayde, débora pimentel, francisco arruda, Juliana lanzuolo, lilian burgardt e rodrigo afonsoProjeto gráfico e diagramação:arthur siqueira e clauton danelliRevisão:Gisele c. batista rego

editoRa

editoração, comercialização e distribuição de publicações em Geralrua brigadeiro Galvão, 34, sala 3 - barra fundasão paulo / sp - cep.: 01151-000 diretor comercial romeu Gomes paião Jú[email protected] e administrativoVivian ingrid igná[email protected] administrativoevandro [email protected] editorial João paulo [email protected] e relacionamento renata [email protected] para assinar e/ou anunciar:fone: (11) [email protected]

impressão: Intergraf

a fitness business latin america é uma publicação bi-mestral da fitness brasil e iHrsa. É editada pela trama comunicação que não se responsabiliza por informa-ções, conceitos ou opiniões emitidos em artigos assina-dos, bem como pelo teor dos anúncios publicitários. a tiragem desta edição, de 10 mil exemplares, é compro-vada pela bdo trevisan.

paRceiRos oficiais

FitnessBusinessFitnessBusinesslaTIn aMERICa

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WebsURF

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atualize-se soBre mma Para quem gosta da modalidade, há um site muito bacana que acaba de ser lançado (www.pankratos.com.br) para divulgar o I Circuito Internacional de Lutas MMA Brasil-Irã, que acontece em 19 de setembro, no Ginásio Poliesportivo de São Bernardo do Campo (SP). O evento reunirá atletas internacionais, campeões de diversas categorias. Vale lembrar que o MMA envolve técnicas de modalidades de lutas marciais e segue padrões rígidos de competição de acordo com normas da IFPA e da PUPA. Curiosidade: Pankratos era o nome da primeira competição de lutas das Olimpíadas da Grécia Antiga que aconteceram entre 1.500 e 648 a.C. Os campeões desta modalidade eram homenageados com estátuas de corpo inteiro em praça pública, como o caso do guerreiro Hércules.

VITRINe

home gym Para os amantes da ginástica funcional e que não têm tempo para sair de casa, a Cepall acaba de lançar o AB-BAR, que ajuda a trabalhar os músculos da região do abdome, fortalecer e tonificar os braços, costas e as pernas, auxiliando inclusive em processos de reabilitação e readequação postural. O AB-Bar é constituído por um elástico flexível de alta resistência que permite a execução de exercícios de grande intensidade sem submeter o corpo a esforços prejudiciais à coluna e ainda protege as juntas e articulações. São três tipos de elástico conforme a intensidade do treinamento e do nível de condicionamento físico da pessoa. Preço e informações: www.ceppall.com.br

na onda da sustentaBilidade A Supertech anuncia a chegada de sua mais nova “esteira ecológica”, feita com 50% de plástico totalmente reciclável. O equipamento possui oito programas de treinamento predefinidos, 12 amortecedores de impacto, display luminoso vermelho indicando tempo, calorias consumidas, distância e velocidade, além de teclas de comando leves e rápidas. Garantia: três anos. Consumo de energia: 1,86 kva/hora. Preço sugerido: R$ 4.990,00. Site: www.supertechfitness.com.br

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christian barbosa e Gustavo cerbasientrevista

o Livro do Gênesis, na Bíblia, diz que Deus criou o mundo por inteiro e apenas no séti-

mo dia descansou. Talvez, segundo a visão de alguns consultores de negócios contemporâneos, Deus poderia muito bem encarnar hoje a figura daquilo que chamamos de workaholic, indivíduo fis-surado em trabalho, ávido por executar tudo aquilo que foi planejado e que lhe incumbiram de fazer.

Mas vale o alerta: esta figura está com os dias contados. Se o Gênesis descrevesse o processo de criação do mundo na atualidade, incluiria algu-mas horas para o chamado ócio cria-tivo, ou então, alguns dias de brains-torming na pauta. Talvez estendesse o prazo de execução da obra com o obje-tivo de trazer elementos que agregas-sem algum tipo de valor ainda maior ao empreendimento.

Metáforas à parte, o que se coloca em discussão é a relação entre as horas dedicadas ao trabalho e o efetivo en-riquecimento daqueles que se colocam a fazê-lo. Será que administrar melhor os ponteiros do relógio ajuda a trazer mais dinheiro e benefícios, inclusive para seu negócio?

Por AdriAno ZAnni

Será que exiSte relação direta entre trabalhar muito e enriquecer?

Para algunS eSPecialiStaS, o emPreendedor braSileiro PreciSa aPrender a

adminiStrar melhor Seu temPo ou Será eScravo do PróPrio negócio.

guStavo cerbaSi e chriStian barboSa, autoreS de “maiS temPo & maiS dinheiro”,

comentam Por que a figura do workaholic tende a deSaParecer

Para Christian Barbosa e Gustavo Cerbasi, dupla de consultores especia-lizados em programas de treinamento nas áreas de produtividade e colabo-ração e autores do livro Mais Tempo & Mais Dinheiro, é possível ter prosperi-dade com qualidade de vida. O essencial em uma empresa é valorizar o senso de importância coletivo.

Domenico de Masi, sociólogo italiano, difundiu o conceito de ócio criativo. Gostaria que vocês discorressem acerca da visão que possuem sobre essa teoria. Há caminhos que levam ao ócio criativo? Quais seriam?

Christian Barbosa - Se pararmos para entender a teoria do ócio criativo, veremos que ela é basicamente uma trí-ade entre trabalho, estudo e lazer. Eu acho essencial o conceito. Quanto mais tempo você tiver para você, mais tempo terá para as outras coisas. Precisamos ter isso em nossa vida ou simplesmen-te vamos agir sem evoluir na direção do que queremos de verdade.

Em tempos de globalização, como o empresário deve otimizar o pouco tempo livre que possui e como pode filtrar efetivamente as infor-

MaIs TeMpo, MaIs dINheIRo?

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mações que irão fazer a diferença em seu negócio?

Christian Barbosa - O empreen-dedor precisa aprender a administrar seu tempo ou será escravo de seu pró-prio negócio. Se ele trabalhar demais, irá se tornar funcionário de si próprio e não vai conseguir fazer a empresa crescer. Ele precisa reservar pelo menos um dia para pensar na estratégia da empresa, parcerias, entre outros elementos. Pre-cisa realmente filtrar as fontes. Ao invés de ler tudo, delegue às pessoas certas da empresa e estimule-as a compartilhar essas informações.

Gustavo Cerbasi - Com a con-corrência intensa e clientes cada vez mais exigentes, o empresário não deve perder o foco do negócio e atirar para todos os lados. Deve valorizar os rela-tórios, exigir precisão de seu contador e decidir com base em números. Para ter acesso a ferramentas mais eficien-tes de gestão tecnológica e financeira, o ideal é que atue em conjunto com ou-tros empresários do setor para ratear custos da inovação. Associar-se e ex-plorar veículos de comunicação de seu trade, como a Fitness Business, são formas de conhecer melhor seu mer-cado e seu negócio sem precisar fazer grandes investimentos em pesquisas. Do ponto de vista das finanças pesso-ais, o raciocínio é o mesmo.

O velho ditado “tempo é dinhei-ro” ainda pode ser analisado sob o mesmo prisma? O que mudou nos últimos anos?

Christian Barbosa - Tempo é muito mais que dinheiro: é vida. É a única coisa que nunca mais pode retroceder quando desperdiçada. O que não significa que dinheiro não seja importante, muito pelo contrário. O que precisamos buscar é o equilíbrio dessas duas grandezas, uma ajuda a outra. Nos últimos anos, o que mudou foi uma crescente pressão social pelo sucesso financeiro e isso a custo de uma vida estressante. Não precisa ser

assim. Podemos ter prosperidade com qualidade de vida.

Existe alguma relação entre trabalhar muito e ficar rico?

Gustavo Cerbasi - É uma relação inversa. Trabalhar demais faz com que não tenhamos tempo de enriquecer, pois o enriquecimento depende de re-visões em nossas estratégias. Quem é centralizador e não sabe delegar acaba sendo absorvido completamente pela rotina do negócio e não consegue apro-veitar oportunidades de mudança ou de negociações estratégicas. É preciso, sim, focar no negócio, porém é preciso saber usar de forma inteligente o tem-po para conseguir se atualizar, avaliar seus colaboradores, ouvir os clientes e estudar o desempenho financeiro do negócio.

O brasileiro, de um modo geral, está preparado para ter tempo livre? Fomos educados para um padrão de vida no qual o imperativo é trabalhar, trabalhar e trabalhar para gerar riqueza. Acredita que a mudança desse paradigma possa levar a uma crise de valores?

Gustavo Cerbasi - Essa questão é bastante ampla. Leve em conside-ração que os brasileiros adultos têm uma origem de dificuldades de seus pais, que tiveram de conviver em uma sociedade extremamente desigual e de poucas oportunidades. Hoje, a opor-tunidade é tida como uma conquista de várias gerações, e por isso há uma pressão social e familiar muito grande para que se valorize a conquista. Por outro lado, começa chegar aos negó-cios uma geração que viu seus pais perderem a saúde de tanto trabalhar, e que estão tentando mudar o estig-ma de workaholics. Creio que estamos no caminho certo para construirmos uma sociedade que vive melhor. Mas ainda não temos uma forte cultura de pesquisa de mercado e planejamento, o que leva os empreendedores a cres-

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christian barbosa e Gustavo cerbasientrevista

cerem com a mão na massa, e esse é o maior erro. Somos patrões de nós mesmos, e maus patrões.

Como o empresário ou o gestor deve mensurar a efetividade de um colaborador com base na relação tempo x produtividade?

Christian Barbosa - Isso depen-de bastante do tipo de negócio. No geral, é necessário criar algum tipo de métrica que possa ser mensurada efetivamente no dia a dia e usá-la como um indicador de produtivida-de. Eu recomendo o uso de resulta-dos entregues ao invés de controle de tempo x produtividade do funcio-nário. É muito mais importante que ele gere resultados no prazo, com qualidade e principalmente sem se

matar a ficar controlando efetiva-mente o tempo. Eu também costumo recomendar estratégias que valori-zem o senso de importância dentro da empresa, voltadas para aumentar o planejamento coletivo, reduzir o volume de urgências, premiar pro-fissionais que aprendem a equilibrar sua vida pessoal e profissional.

Em um modelo de negócio rentável, é possível permitir que líderes de sua equipe de colaboradores tenham tempo para o ócio e possam exercer “folgas criativas”?

Christian Barbosa - Eu acho que isso é essencial. A empresa deve valorizar o senso de impor-tância coletivo. Um exemplo é criar o dia de planejamento que esti-mula que a organização pare para as pessoas planejarem sua semana seguinte, é um processo de 20 a 30 minutos que pode poupar horas e mais horas no futuro.

No cenário fitness, existe um exército de profissionais autôno-mos. Existe uma fórmula certa para quem opta por abandonar a carteira assinada?

Gustavo Cerbasi - Não é exata-mente uma questão de opção, mas sim de sobrevivência. O importante é perceber que, sem um emprego for-mal, perdemos uma série de regalias, principalmente a proteção das férias, 13º, FGTS e benefícios. Por isso, o au-tônomo deve administrar com rigor suas finanças pessoais, criando reser-vas para férias, emergências e gastos sazonais. Se sua renda não for cons-tante e de fontes diversificadas, deve também adotar um estilo de vida mais simples, que possa ser mantido com o piso de seus gastos, e criar o hábito de pagar à vista qualquer con-sumo baseado em ganhos variáveis.

O brasileiro, em geral, gasta além do que tem? Ou isso é folclore?

Gustavo Cerbasi - Não há a me-nor dúvida de que o brasileiro gasta além do que tem. Isso fica evidente nos mapeamentos sobre os mercados de crédito, em que as pessoas físicas mos-tram-se bastante endividadas no che-que especial e no cartão e em que em-presas usam mais empréstimos para capital de giro do que financiamentos de equipamentos. Precisamos apren-der a criar reservas de investimentos para crescer com as crises, e não sofrer com elas. A origem do problema está em nossa história de pobreza, que leva os adultos de hoje a consumirem mais do que devem, para provar a si mes-mos seu sucesso. Porém, a estabilida-de econômica tende a premiar os mais disciplinados e criar exemplos a serem seguidos. A educação financeira está avançando, e já nesta geração estare-mos colhendo os frutos de uma vida financeira mais equilibrada.

Cerbasi: ainda não temos uma forte cultura de pesquisa de mercados

barbosa: administrando melhor o tempo,

podemos ter prosperidade com qualidade de vida

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caso desucesso marilândio ponchet

de Volta às oRigensNasci em João Pessoa (PA), mas, aos

cinco meses de idade, mudei-me para São Paulo. Alguns anos depois, já estava em Santos, cidade que adotei como minha e onde construí carreira. Hoje, aos 43 anos, com mais de duas décadas destinadas ao fitness, encaro as mudanças pelas quais o cenário atravessou de uma forma bastante tranquila e positiva. Creio que a informação tem ajudado muitas pessoas a entender a importância do bem-estar e de que forma elas podem trabalhar melhor seu corpo em beneficio da própria saúde e do equilíbrio mental.

o fisicultuRismoEle entrou em minha vida por

acaso. Eu treinava atletismo e meu técnico percebeu que tinha grande facilidade para ganhar massa muscular. Minhas panturrilhas eram gigantes. Foi quando me aconselhou a partir para a musculação, visando dar um equilíbrio maior a minha estrutura física. Comecei a pegar gosto pelo esporte e abandonei o atletismo. A musculação é uma das poucas modalidades onde quanto mais você treina, melhor você fica. Não há uma “vida útil” para o fisiculturista. Por isso, me lancei cada vez mais nos treinos e decidi participar de competições.

ReconhecimentoSinto-me orgulhoso e recompensado

pelas proezas que consegui no fisicultu-rismo. Sou tricampeão paulista (IFBB), tri brasileiro (IFBB), campeão sul-ame-ricano (IFBB), tri mundial pela NABBA e tricampeão do Mr. Universo na minha categoria. Em outubro, partirei rumo à Inglaterra para disputar o Mr. Univer-so na categoria profissional. Quero ser o primeiro atleta residente no Brasil a ganhar tal título. Tudo é resultado de muito esforço e também de estudo, já que, para ser um atleta, é preciso buscar informações sobre nutrição, fisiologia do exercício, entre outros temas. O fisi-culturista é um lapidador de seu próprio corpo e precisa entendê-lo como nin-guém para isso.

atleta ViRou empReendedoRAinda jovem, antes de me formar em

Educação Física, eu era sócio de uma aca-demia, na época com 100 alunos. Meu parceiro não conseguia mais participar ativamente dos negócios e me propôs a venda da aparelhagem. Não pensei duas vezes. Saquei os R$ 10 mil que tinha na poupança e investi. Meu pai perguntava: “o que você vai fazer com esse monte de ferro”? Aos poucos, fui montando a equi-pe de colaboradores e qualificando esse

Marilândio PonChet é obstinado Por aquilo que faz. triCaMPeão Mundial, o atleta fez da Carreira reCheada de títulos uMa oPortunidade Para alavanCar o senso eMPreendedor

fisiculturismoimpulsiona novos negócios

Rotina de treinos puxados para tentar títulos inéditos

A musculAção é umA dAs PoucAs

modAlidAdes nAs quAis quAnto

mAis você treinA, melhor você ficA

Por frAncisco ArrudA

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corpo de profissionais. Atualmente, são dez professores de educação física sob mi-nha responsabilidade, seis deles pós-gra-duados. Acho fundamental o profissional estar sempre em reciclagem. A Ponchet Halteres Club tem hoje 550 alunos; é um negócio consolidado na cidade de São Vi-cente (SP). Além disso, mantenho minhas aulas de personal tanto na Baixada, como na capital paulista.

mudança de mentalidadeO fisiculturismo mudou muito,

tanto que hoje ele abre portas, atrai novos clientes para os negócios. Antes, havia aquele estigma de que apenas pessoas desregradas e sem cultura

partiam para esse esporte. Hoje, quem o pratica estuda a musculação e sabe os efeitos benéficos dela para o organismo. Isso despertou o interesse até mesmo de executivos e pessoas diplomadas. Tenho muitos clientes que são médicos, fisioterapeutas, administradores. Os empresários, por exemplo, procuram o fisiculturismo pela questão da disciplina, já que o esporte exige um alto grau dela e, dessa forma, se sentem incentivados a cumprir metas.

o bom filho a casa toRnaLembro como se fosse hoje quando

participei da 2ª edição da Fitness Brasil Internacional. Não tinha dinheiro para

me inscrever nas palestras do evento e contei com a ajuda dos organizadores, em especial do Waldyr Soares. Não queria o diploma em si, mas apenas me aperfeiçoar. E eles me deram uma chance. Hoje, volto ao mesmo evento, 18 anos depois, como palestrante convidado. Isso é uma honra. No início de carreira, vinha a São Paulo para dar aulas. Subia a serra de carro. Muitas vezes, cheguei a dormir dentro dele, isso quando não roubaram meu automóvel e tive de dormir por dias na praça em frente à academia onde dou treinamento. Para mim, enquanto empreendedor, a grande lição que fica é da perseverança e a da superação de obstáculos, por maior que eles sejam.

caso desucesso marilândio ponchet

na academia de Ponchet, em São Vicente, na baixada santista, alunos de todas as idades e condi-cionamentos físicos diferentes bus-cam informações sobre qualidade de vida com o fisiculturista

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FITNESS BuSINESS | jul/ago 201018

capa concorrência acirrada

aturando US$ 1,1 bilhão em 2010, segundo estimativas da IHRSA, e ostentando o título

de segundo maior mercado mun-dial de academias, com mais de 15,5 mil estabelecimentos, o mercado do bem-estar no Brasil é um gigan-te com apetite voraz. Especialmen-te nas grandes capitais, chamam atenção os investimentos feitos por academias, clubes de lazer e condo-mínios-clube para satisfazer as mais variadas necessidades dos pratican-tes de atividade física.

Segundo dados da International Health, Racquet & Sportsclub Asso-ciation (IHRSA), mais de 80 milhões

de brasileiros estão, na verdade, atrás de flexibilidade para driblar a falta de tempo, o trânsito e a insegurança, so-bretudo nas metrópoles.

Atualmente, observa-se o cresci-mento vertiginoso da oferta de em-preendimentos imobiliários com in-fraestrutura completa para o fitness. De acordo com o diretor executivo da Advisor Wellness & Fitness, Tavicco Moscatello, trata-se de uma deman-da que acompanha o crescimento das cidades, onde o simples trajeto casa-trabalho-casa se tornou uma rotina exaustiva. “A demanda cresceu junto à busca do consumidor por comodi-dade. Ele quer frequentar a academia

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quem leva esse cabo de guerra?

Wellness CresCe no brasil iMPulsionado Por uM ConsuMidor exigente que busCa flexibilidade e CoModidade. a deManda estiMula investiMentos e auMenta a competitiVidade entRe clubeS de lazeR, academiaS e condomínioS-clube

Por liliAn BurgArdt

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capa concorrência acirrada

ou o clube, mas também quer ter a op-ção de contar com essa infraestrutu-ra em casa quando não puder ou não quiser sair dela”, diz.

Moscatello não acredita em um cabo de guerra entre os três nichos de mercado e complementa que cada um tem seu devido lugar na cadeia pro-dutiva. “Os três têm características bem peculiares. A academia oferece um tipo de socialização, o clube vá-rias oportunidades de interação e ati-vidades, e o condomínio, comodida-de”, compara. É o que também pensa Eduardo Luiz Silva, engenheiro civil responsável pelo departamento co-mercial da EPO Engenharia, uma das maiores incorporadoras de imóveis de alto padrão em Belo Horizonte (BH).

Seguindo uma tendência de mer-cado, a EPO Engenharia tem em seu rol de empreendimentos a premissa de entregar todos os imóveis equi-pados com espaço fitness. “Hoje, não é mais uma opção oferecer essas áreas nos empreendimentos de alto

padrão. Se você não tem, não ven-de”, explica.

Segundo o engenheiro, nos condo-mínios, a comodidade também tem a ver com segurança, principalmente para crianças e idosos. “É um fator que tem estimulado as incorporadoras a investirem nesse diferencial, pen-sando principalmente na qualidade de vida dessas populações”, afirma.

outRos dilemas

Quando o “ter ou não ter” um es-paço fitness nos empreendimentos imobiliários deixou de ser a questão crucial, tornou-se obrigatório investir no que há de mais moderno para satis-fazer aqueles mais ávidos por novida-des. Assim, a customização dos locais destinados às práticas de atividades físicas de acordo com o perfil do imó-vel e de seus moradores passou a ser o diferencial. “Cada vez mais investi-mos em áreas maiores, bem-equipa-das e projetos inovadores que deem aos moradores a opção de se exercitar em casa com qualidade”, conta Silva.

Isso não significa, porém, que tais usuários do serviço irão substituir as academias pelos condomínios-clube, uma vez que são raros os casos em que estes últimos conseguem aten-der toda a demanda, oferecendo ati-vidades variadas. Sobre isso, fala o presidente da rede de academias Cia. Athletica, Richard Bilton. Com 12 unidades distribuídas pelas princi-pais cidades, a rede conta com 30 mil alunos e é vista como uma das mais importantes do Brasil. “Mantemos unidades da Cia. Athetlica em condo-mínios de alto padrão no Rio de Ja-neiro, mas percebemos que elas não substituem a procura dos moradores pelas salas de ginástica”, avalia.

Ainda quanto à competição, Bil-ton usa o exemplo norte-americano - 1º lugar em número de academias e pioneiro nesse mercado fitness para condomínios. “Nos Estados Unidos, escolas e até universidades têm suas estruturas bem-equipadas. Mesmo as-sim, é altíssimo o número de alunos matriculados em academias”, alega.

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Ele também lembra uma pesquisa feita pela IHRSA, há quase dez anos, mostrando que boa parte dos consu-midores que adquiriram equipamen-tos de ginástica para uso doméstico frequentava as salas de ginástica re-gularmente. “Essas são alternativas para não deixar de fazer o exercício diante da impossibilidade de sair de casa ou por uma questão esporádica de conforto, mas uma não se sobre-põe a outra”, avalia.

um país de RegionalismosDe Salvador, a porta-voz da Villa

Forma, Carol Sousa, concorda com Bil-ton dizendo que as academias ofere-cem o que os condomínios não podem: a oportunidade de fazer novos amigos. Mas, na Bahia, outros fatores macroe-conômicos contribuem também para estimular a competitividade, inclusive entre as próprias academias.

Segundo a executiva, em tempos de crise, a primeira coisa que o con-sumidor baiano “corta” do orçamen-to é o gasto com atividades físicas. “Quem pode pagar, quer pagar me-nos e quem não pode, mas não con-segue ficar sem se exercitar, acaba aproveitando as orlas das praias ou os parques da cidade”, diz.

Nesse cenário, torna-se muito importante investir. Há nove anos no mercado, a Villa Forma possui 1,1 mil alunos em Salvador e já aprendeu essa lição criando constantemente eventos de integração, apostando no bom atendimento e na oferta de no-vas modalidades.

É nas pequenas cidades, porém, que as academias continuam a rei-nar absolutas. Em Petrópolis (RJ), com cerca de 350 mil habitantes, não há preocupação com o trânsito ou com a violência. Assim, mesmo tendo a opção de malhar em condo-mínios com áreas estruturadas, as

academias abocanham ainda a maior fatia deste bolo.

“Moro em um condomínio com uma academia pequena e estrutura-da para um treino básico, mas jamais encontrei os moradores por lá. Mui-tos, inclusive, são alunos de minha academia”, conta o sócio-diretor da Aeróbica, Murilo Guerra. Segundo ele, isso acontece porque além da me-lhor estrutura, o fator social é muito importante. “As pessoas também que-rem ver gente diferente, não só seus vizinhos. Querem se relacionar, ver o movimento, enfim, preferem sair de casa para mudar de ares”, justifica.

Petrópolis conta com três acade-mias de médio/grande porte, entre as quais está a Aeróbica. Segundo Guer-ra, das maiores e bem-equipadas às

qual é a sua pRaia?

academiasociabilidade e diversidade de modalidades esportivas

deslocamento no trânsito e insegurança nas grandes metrópoles

condomínios-clubecomodidade, segurança e conforto

inibição, baixa sociabilidade e poucas opções de atividades esportivas

clubessociabilidade, variadas atividades esportivas e eventos sociais que permitem interação

deslocamento no trânsito e insegurança nas grandes metrópoles

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capa concorrência acirrada

mais modestas, a grande maioria faz um trabalho profissional. Por isso, manter-se competitivo é um desafio diário. “Trabalhamos muito. Agimos com ‘agressividade’, coragem e agi-lidade, porém, sem perder de vista o senso ético e humano. Inovamos sem-pre que possível, até mesmo na deco-ração e ainda investimos na atualiza-ção e no desenvolvimento de novas competências da equipe”, diz.

sociabilização: palaVRa de oRdemCom relação aos clubes, Bilton con-

corda com Moscatello ao dizer que eles também oferecem outras possibi-lidades de sociabilização, por isso não acredita em competição tão acirrada com as academias. “Em um primeiro momento, observamos estruturas mui-to bem-equipadas dentro dos clubes, o que pode dar a impressão de que com-petimos pelo mesmo mercado, mas não vejo essa realidade. Os associados dos clubes têm na academia mais uma op-ção de atividade física”, diz. Para ele, trata-se de um público diferenciado que, ao mesmo tempo, também pratica outras modalidades esportivas dentro do espaço, como tênis, por exemplo.

Há 16 anos no Clube Paineiras, São Paulo, o atual supervisor de espor-tes, Sérgio Picasso Garcia, engrossa o time de quem não vê uma competição clara entre os três nichos de mercado. Ele afirma que o clube passou a en-xergar a importância do fitness como complemento a outras atividades, tornando-se, mais tarde, opção para os demais associados.

Desde 2009, a área foi ampliada de 1.000 m2 para 2.000 m2 e passou

a contar com novos equipamentos de musculação e ginástica, além da cria-ção de salas para a prática exclusiva de modalidades como pilates, boxe, spinning e treinamento funcional.

Garcia defende a quase infinita possibilidade de atividades como di-ferencial dos clubes. Por essa razão, ele acredita na valorização desses espaços, sobretudo nas grandes capi-tais. “Os clubes assumem quase que a forma de um oásis, porque oferecem uma programação diversa. Em um mesmo ambiente seguro, tem-se a opção de malhar, assistir a um filme, fazer uma sauna. Há outros valores agregados mais atraentes do que em uma academia ou em um condomínio. Aliás, nesse último, muitas pessoas têm vergonha de expor-se e, por isso, não usufruem das áreas de fitness e lazer”, compara.

Vice-presidente do Clube Sí-rio, Marco Aurélio Ferreira Lisboa também acredita nos valores agre-gados dos clubes para atrair asso-ciados, o que tem justificado gran-des investimentos na atualização do espaço fitness. “Percebemos essa demanda e queríamos ofere-cer mais comodidade para nossos usuários sem que eles precisassem procurar outro lugar para realizar esse tipo de atividade.”

Há um ano, o Sírio ampliou a área para 1.000 m2, atualizou os equipa-mentos de ginástica e musculação e construiu novas salas para modali-dades específicas como spinning, gi-nástica e Pilates – sendo essa a única atividade gerida externamente. “Os investimentos foram importantes para nos mantermos competitivos. A expectativa inicial era a de que dos 5,6 mil associados, pelo menos, 500 frequentassem a academia regular-mente. Hoje, registramos 1,2 mil as-sociados assíduos”, comemora.

dos 5,6 mil AssociAdos do

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AcAdemiA do cluBe com regulAridAde, instAlAdA em umA áreA de 1.000 m2

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de olho no calendário

gestão como se preparar para o verão

eMbora a estação Mais quente só CoMeCe eM dezeMbro, é Possível anteCiPar ações que PodeM Colaborar Para trazer novos alunos eM uM Período no qual as aulas de ginástiCa ou natação tendeM a dividir agenda CoM as festas de final de ano, viagens à Praia e outros atrativos

ficialmente, o verão brasileiro terá início às 20 horas e 38 mi-nutos do dia 21 de dezembro.

A cinco meses da estação mais quente do ano, já existe muito gestor e proprietário de academia quebrando a cabeça para criar fórmulas que possibilitem a manutenção do número de alunos e, por consequência, dos níveis de lucratividade em suas unida-des de negócios.

Uma missão que exige muito suor e criatividade, sobretudo porque o período tende a acentuar a divisão da agenda de compromissos dos clientes em horas des-tinadas às viagens, às compras de final de ano, às confraternizações em família, ao período de férias escolares e também, é cla-ro, às atividades físicas.

Quando se pensa em academias volta-das à natação e a outras modalidades aquá-

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ticas, a missão é ainda mais trabalhosa. As altas temperaturas levam muitos alunos a trancar matrícula nessa época do ano, tal-vez até mesmo porque optem em praticar exercícios ao ar livre, atitude muito comum em cidades litorâneas.

O segredo é começar a fazer a lição de casa desde o inverno, que já começou! Tudo para que, daqui a alguns meses, a tática de convencimento revele-se ainda mais eficiente. Para Renato Ramalho, sócio-proprietário da Metodologia Gustavo Borges, empresa que leva a chancela do ex-nadador e medalhista olímpico, a sazonalidade, por outro lado, também pode ajudar a alavancar vendas. “O Brasil é um país de re-gionalismos. Temos estados com verão o ano todo e outros com cur-tíssimos períodos atrelados a essa esta-ção. Dessa forma, tivemos de

pensar em planos comerciais que visam a soluções personalizadas para cada cliente. Hoje, na era da comunicação, os problemas, apesar dos fatores regionais, são perfei-tamente contornáveis para cada praça de mercado”, afirma o empresário.

Planejamento e preparação da equi-pe para a alta temporada de verão são os fatores mais importantes, cita Ramalho. “Chegar à estação com a equipe afinada e compartilhando do mesmo entusiasmo é a diferença para que metas e planos se-jam alcançados. Temos hoje seis passos importantes para iniciarmos o trabalho: conhecer e compreender, desenvolvimen-to e processos, comunicação e divulgação, treinamento, implementação e a transi-ção para a água. Viver cada etapa em seu tempo certo e em conjunto é essencial para o sucesso e para que os alunos per-maneçam nas academias, mesmo depois do término do verão”, diz.

planos de fidelizaçãoFoi o que fez a Academia Procorpo, em

Amparo (SP). Há dois anos e meio como associada da Metodologia Gustavo Borges,

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Por frAncisco ArrudA

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decidiu investir na capacitação do quadro funcional, na uniformização da proposta de aulas e em algumas estratégias fundamen-tadas de marketing que pudessem ampliar o mix de produtos oferecido aos clientes, tornando tudo mais atrativo ou vantajoso.

Mara Guilardi de Oliveira, coordena-dora da Procorpo, conta que foi elaborado um programa de fidelidade oferecendo prê-mios mensais a todos os alunos que fazem aniversário de matrícula, o que evita que as pessoas cancelem seus planos por motivos passageiros ou sazonais.

“Mas acredito que a real estratégia de retenção é oferecer aulas de qualidade, cui-dando de nosso aluno da forma mais espe-cial possível. O planejamento não é mais baseado somente em nossa experiência, mas sim na experiência de estudiosos e de

dezenas de academias que também traba-lham com essa metodologia. Esse é um di-ferencial para o gestor”, complementa.

Ramalho acredita ainda que os profes-sores têm de ter consciência da parte deles neste processo, uma vez que pessoas fideli-zam pessoas. “Muitas vezes, o simples fato de se contar a metragem de um aluno e ir acumulando isto em um mural faz com que o cliente se motive a vir nas próximas aulas só para ver quantos quilômetros vai nadar no final do mês. Ou contar para o aluno qual será o desafio da próxima aula o fará se preparar mentalmente para vir e também se sentir esperado pelo professor. Todas es-sas estratégias fazem parte dos programas de fidelização e ajudam a proporcionar um verão mais saudável, inclusive sob o ponto de vista de sustentabilidade do empreendi-mento”, finaliza.

hoje, nA erA dA comunicAção, os ProBlemAs,

APesAr dos fAtores regionAis, são PerfeitAmente

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mercAdo

Renato Ramalho, metodologia gustaVo boRges

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lição de casa para os próximosanos

expRess art curtis

Por AdriAno ZAnni

ele é o Mais novo Presidente do Conselho suPerior de adMinistração da ihrsa. eM sua PriMeira viageM ofiCial, esColheu o brasil CoMo destino e não foi Por aCaso!

uem observa o currículo, aparentemente, acredita tratar-se de um acadêmi-

co. Ph.D em fisiologia aplicada pela Maryland University, nos Estados Unidos, Art Curtis é desses raros profissionais que, ao longo da carrei-ra, souberam congregar as pesquisas científicas com uma aprofundada visão de mercado. Mestre e bacha-rel em Administração pela Bowling Green State University, em Ohio, também já foi consultor de condicio-namento físico para o Washington Redskins, um dos mais populares ti-mes de futebol americano.

Até que, em 2006, tornou-se CEO do Millennium Partners Ma-nagement Sports Club, consolidan-do uma ampla rede de spas e clubes esportivos espalhados pelos Estados Unidos, o que o levou a um papel de destaque na indústria wellness. No dia 1º de julho, foi guindado ao cargo de presidente do Conselho Superior de Administração da International Health Racquet and Sportsclub As-sociation (IHRSA).

Em sua primeira “missão oficial”, tratou de incluir o Brasil no roteiro. E não foi à toa. Segundo o executivo, o

país exerce, de maneira inquestioná-vel, um papel de liderança enquanto criador de tendências neste mercado. “Há mais de 15 mil academias e um potencial de mercado enorme para ser explorado.

Os clubes de lazer e saúde do Bra-sil precisam estar atentos às múltiplas possibilidades que se abrirão com a Copa de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. Quem largar na frente com sua equipe agora, certamente fará a lição de casa de modo exemplar”, diz Curtis, que deu sua primeira entrevista a um veículo da imprensa brasileira.

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dIvulgação

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Fitness Business - Você acaba de tomar posse como presidente do Con-selho Superior de Administração da IHRSA. Qual é a visão de futuro para o cenário do bem-estar?

Art Curtis - Há grandes opor-tunidades e muitas iniciativas im-portantes para serem lançadas. Durante 2011, pretendo abordar algumas das questões mais críticas enfrentadas pela IHRSA e pela in-dústria do bem-estar, entre elas, o nosso papel no combate à epidemia de obesidade no mundo, propor-cionando mais e melhores serviços para os membros associados.

Fitness Business - Sua primei-ra viagem oficial tem como destino a IHRSA/FITNESS BRASIL, evento que acontece em setembro, em São Paulo. Você já esteve no país antes? Que avaliação você faz do wellness na América Latina?

Art Curtis - Será minha primeira viagem oficial como presidente do Conselho Superior de Administração da IHRSA e também minha primeira visita ao Brasil. Estou realmente an-sioso. O Brasil é líder na indústria fitness, não só para a América Lati-na, mas também para o mundo. Tem mais de 15 mil academias, o segundo maior contingente de todo o planeta. Além disso, é o sétimo do ranking em número de frequentadores de clubes de saúde e lazer, com mais de 4,7 mi-lhões de pessoas. Há muitas oportu-nidades no Brasil e as empresas que encontrarem um bom parceiro comer-cial no país, com grande know-how e estudo de mercado, obterão grandes vantagens em comparação com quem decidir se aventurar individualmente.

Fitness Business - Qual a projeção que você faz para a indústria do bem-estar com a escolha do Brasil como sede de dois grandes eventos mun-diais relacionados ao esporte: a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016?

Art Curtis - As academias devem aproveitar a realização destes dois eventos para angariar novos associa-dos. Se uma unidade de negócio, por exemplo, possui um lounge com TVs ou telões adaptados para exibir as partidas da Copa ou as demais com-petições esportivas, poderão chamar seus associados para assistir aos jogos ou mesmo seus clientes em potencial. Mas é preciso trabalhar desde já. As academias devem fazer brainstormings com suas equipes para saber a me-lhor maneira de aproveitar esse ce-nário positivo.

Fitness Business - O Brasil é o segundo maior mercado no ranking mundial de clubes de saúde, mas ape-nas 3% da população frequenta as academias. Como promover a efeti-va inclusão das pessoas na cadeia de bem-estar? O que falta em termos de política pública?

Art Curtis – Falta obter maior apoio do governo para a importância da atividade física e do papel dos clubes de saúde em medicina preventiva. É um longo, lento e necessário caminho. Nos Estados Unidos, por exemplo, a primeira-dama, Michelle Obama, assumiu o desafio de reduzir a obesidade infantil. É importante também que o governo tenha uma atitude pró-ativa

na geração de novos negócios ligados ao bem-estar. O presidente Lula tem sido um defensor dessa indústria e esperamos que o próximo presidente dê continuidade a isso.

Fitness Business - Como você avalia o desempenho da indústria wellness norte-americana após a crise econômica?

Art Curtis - Durante esses tem-pos econômicos desafiadores, os clubes de saúde dos Estados Unidos foram cortando despesas e concen-trando-se mais em seu core business para que pudessem estar mais bem posicionados, de modo a tirar provei-to das oportunidades que a economia viesse a oferecer. Naturalmente, os fabricantes de equipamentos coloca-ram os pés nos freios, o que impac-tou a indústria e seus fornecedores. Havia uma sensação de incertezas, hoje já reduzida.

Fitness Business - Você acredita que os serviços destinados a pessoas idosas com hipertensão arterial, doenças cardíacas, entre outras, podem representar grandes oportunidades de negócio? Como é essa realidade nos Estados Unidos?

Art Curtis - Sim! O público está cada vez mais consciente de que os problemas ligados à idade podem muito bem ser contornados com a prática da medicina preventiva, que inclui ter uma dieta saudável e fazer exercícios regularmente. Precisamos ter certeza de que os médicos se sen-tem confortáveis ao indicar a seus pa-cientes clubes de saúde e academias, o que significa que precisamos nos aproximar dessa comunidade médica. Nos Estados Unidos, é muito comum abrir as nossas instalações para que os médicos possam saber mais sobre os serviços de saúde que as academias oferecem. Sem dúvida, esse foco nas chamadas populações especiais repre-senta uma grande tendência.

imPortAnte tAmBém que o

governo tenhA uma atitude pró-AtivA nA gerAção

de novos negócios ligAdos

ao bem-estar

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meRcado e tendências franquias do bem-estar

franchising: tendência também no wellness

Por BArtirA Betini

naS cinco pontaS da cadeia do bem-eStaR, é cada Vez maiS comum o SuRgimento de negóCios baseados eM Modelos de franquias. eMbora não haja estatístiCas PreCisas SobRe o cReScimento deSSe nicho, eStima-Se que ele Seja ReSponSáVel poR boa paRte do faturaMento de r$ 63 Milhões registrado eM 2009 Pelo franChising brasileiro

vestuário alimentação beleza/estéticasaúde

fitness

indústria do bem-estar é sustentada hoje por cinco pilares que traduzem a pujança de um setor que cresce vertiginosamente com a preocupação das pessoas

em cuidar do corpo, mente e espírito. Fitness, saúde, beleza, alimentação e vestuário inspiram empresas do mundo todo a lançar novos modelos de negócio.

No Brasil não é diferente. Dessa forma, franquias no se-tor do bem-estar começam a ganhar espaço, de norte a sul do País, com serviços e produtos para públicos de todas as idades. Acopladas a academias, algumas dessas unidades de negócio encontraram um nicho de oportunidades para ampliar seu core business.

aFITNESS BuSINESS | jul/ago 201030

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franchising: tendência também no wellness

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A Mundo Verde, com 160 lojas es-palhadas pelo Brasil, considerada hoje a pioneira no setor de bem-estar e saú-de, resolveu apostar firme no mercado: três das suas lojas funcionam junto com grandes academias de ginástica.

Donato Ramos, diretor de Marketing e Recursos Humanos da Mundo Ver-de, conta que a oportunidade apareceu quando um franqueado mostrou inte-resse em abrir uma unidade anexada a uma academia de São Paulo. “Avaliamos ser um bom negócio e uma possibilidade precursora, pois a oferta de alimentos saudáveis, suplementos alimentares e artigos para o bem-estar se ajusta perfei-tamente à demanda dos frequentadores de academias. O aluno avalia o fato de ter acesso a uma loja como a nossa como mais um serviço e fica muito satisfeito, vira cliente cativo”, explica.

Ele acredita que a estratégia de su-cesso de uma loja acoplada à academia passa por avaliar o fluxo de pessoas no local diariamente e os custos da opera-ção, principalmente de aluguel do espa-ço. É muito importante avaliar o perfil do público da academia com o objetivo de discutir se haverá demanda para os produtos que serão oferecidos.

“Além disso, é necessário realizar jun-to aos frequentadores uma pesquisa com o objetivo de entender quais os produtos mais demandados e montar o mix da loja

de acordo com essa pesquisa. Mas exis-tem alimentos que já sabemos que não podem faltar de jeito nenhum e quanto mais variedade, melhor”, detalha.

Outra dica dada pelo empresário é que, após abrir a loja, é necessário es-tar muito próximo aos clientes para en-tender quais novos produtos e serviços podem ser oferecidos. “É necessário ter foco no atendimento. Os atendentes de-vem estar sempre bem informados para esclarecer dúvidas e oferecer as melho-res indicações para os clientes”, finaliza.

caminho ceRteiRoPara a consultora de negócios e

gestão Cláudia Bittencourt, diretora da Bittencourt Consultoria, é comum atualmente franquias funcionarem dentro de outros negócios franque-ados nos mais variados segmentos. “Isso acontece porque as empresas perceberam potenciais de negócio e alternativas para buscar novas recei-tas e ampliar o capital. As associa-ções acontecem entre empresas que não concorrem entre si, e sim somam produtos e serviços”, explica.

É o caso do setor wellness que há dez anos tem se familiarizado em ne-gócios acoplados, por exemplo, acade-mias e lojas de alimentos saudáveis em um mesmo espaço, ou ainda, cen-tros de beleza e estética que oferecem atividades de ginástica e alimentação

balanceada. “O mercado é promissor, mas é necessário avaliar todas as pos-sibilidades antes, como por exemplo, que público será atingido e se ele é su-ficiente para manter o negócio”, diz a consultora.

Cláudia afirma que essa é uma nova realidade de mercado que ainda está se consolidando. O empresário de sucesso nesse segmento de par-ceria consegue bom resultado ao es-tudar o negócio e, por consequência, viabilizar suas vendas. “Não adianta ser uma franquia renomada que dá certo em shoppings ou lojas de rua. Para dar certo dentro de uma acade-mia, é necessário investir em produ-tos específicos e estratégias próprias de vendas”, aconselha.

bons de gaRfo e de fôlegoNão necessariamente acopladas

a academias, mas localizadas em shoppings próximos a complexos esportivos, franquias de alimenta-ção saudável também crescem no Brasil. Uma delas é a rede Spre-muto, de alimentação natural, com três lojas, nos shoppings Eldorado, Villa Lobos e Tamboré, todos na ca-pital paulista.

Com o slogan saúde e bem-estar, o

conceito do negócio é a fácil adminis-tração. Uma franquia da rede pode ser montada em espaços pequenos, com pelo menos 20 m2, o que diminui custos. Segundo o departamento de marketing da marca, o capital para investimento é baixo e o retorno acontece entre 18 e 24 meses.

Outra franquia que é sinônimo de alimentação saudável é a Seletti, que entrou em operação há três anos, fun-ciona com sete unidades e tem a pers-pectiva de, até o final do ano, chegar a 20 lojas. Para elaborar o cardápio, três chefs de cozinha dão orientações e requinte aos pratos. O valor médio

meRcado e tendências franquias do bem-estar

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Visão de meRcado

o setor de franquias registrou, em 2009, faturamento de r$ 63 bilhões e cresceu 14,7% em relação ao ano anterior, segundo dados da associação brasileira de franchising (abf). as expectativas para 2010 são promissoras: espera-se um aumento entre 15 e 16% no faturamento.

o número de unidades (pontos de venda de serviços ou produtos) saltou de 71.954 para 79.988, um acréscimo de 11%. essa expansão resultou na abertura de 72 mil novos postos de trabalho.

traduzindo ainda mais, a movimen-tação do mercado de franquias em 2009 registrou 264 novas redes, to-talizando 1.643 marcas de franquias no país. boa parte delas é ligada a vestuário, que é um dos pilares do bem-estar. “as pessoas estão mais preocupadas com a saúde e isso re-flete em negócios que atendam essa demanda”, explica ricardo camargo, diretor-executivo da associação bra-sileira de franchising (abf).

o aumento de redes e unidades somado ao incremento do po-der de consumo das classes b e c foram os grandes responsáveis pelo crescimento do setor. “o ritmo de inauguração de centros de compras e a exploração de regiões praticamente inexploradas garantiram o ritmo em quase todas as áreas de atuação das franquias”, afirma camargo.

para 2010, a expectativa continua positiva. “com tantos pontos inaugurados no ano passado, é natural que o faturamento aumente”, explica. para o consultor, outra grande aposta são as micro-franquias (negócios de até r$ 50 mil de investimento) e a exploração de novos polos comerciais.

de investimento é entre R$ 290 mil a R$ 330 mil.

“Estamos ampliando e saindo de São Paulo, pois teremos em breve a inauguração de uma loja em Campinas (SP) e outra em Belo Horizonte (MG). Além disso, estamos em um projeto-piloto com uma academia de São Bernardo, no ABC paulista. Não dá para falar muito ainda, pois estamos avaliando as possibilidades de um negócio acoplado. Agora se der o resultado que aguardamos, poderemos entrar também nesse nicho de negócios e, quem sabe, fazer diversas parcerias com grandes academias”, diz Luís Felipe Campos, sócio-diretor da Seletti.

customização no fRanchisingNo universo da malhação é

notória a presença de algumas franquias norte-americanas nos mais variados países, prin-cipalmente da América Latina. Curves, Contours, Gold’s Gym, Anytime Fitness e Fitness Toge-ther são alguns dos nomes con-solidados.

A Anytime Fitness, a que mais cresce no mundo, por exemplo, possui quase 1 milhão de mem-

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ação

Focado nos adeptos da alimentação saudável, Seletti quer chegar a 20 franqueados até o final de 2010

bros, 1.250 academias em 50 estados americanos e mais de dez clubes em países como Canadá, Austrália, Nova Zelândia, México e Índia. E agora está chegando ao Japão.

“Este é um momento importante, já que continuamos a introduzir nossa marca em diferentes partes do planeta. O Japão é uma terra de partida ideal para a nossa expansão rumo à Ásia e bem-adequada ao conceito de nossa marca”, disse John Kersh, vice-presidente de Desenvolvimento Internacional para Anytime Fitness.

Kersh ressalta que, entre as mui-tas características que tornam a rede tão popular, está o acesso 24 horas aos clubes, as taxas de adesão a pre-ços acessíveis e o equipamento de alta qualidade. “Além disso, unimos a ne-cessidade de se exercitar com o prazer de estar em um lugar bonito, equipado e preparado para receber os diferentes tipos de aluno. Por isso tem dado tão certo, pois atendemos as necessidades dos clientes e, em cada país, encontra-mos e nos adequamos ao jeito de ser e de querer as coisas do nosso público”, explica o empresário, alegando que é possível investir, sim, em customiza-ção quando o assunto é franchising.

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a diversidade em sua empresagestão/Rh Que tipo de líder você é?

Por déBorA Pimentel

a qui tem muito cacique para pouco índio”. Quem já ouviu ou reproduziu a velha e boa

sabedoria popular sabe como a gestão de pessoas dentro dos mais variados modelos de negócios passou a ser en-carada sob uma nova perspectiva.

Assim como propôs James C. Hunter, em 2004, quando escreveu O Monge e o Executivo, best-seller que apresenta os conceitos fundamentais para melhorar a capacidade de lide-rança e o convívio com os colegas de trabalho, o líder ocupa hoje o lugar dos chefes nas organizações, princi-palmente naquelas que primam pela qualidade e produtividade por meio da construção de relacionamentos éticos e saudáveis em vez de coloca-rem em prática o autoritarismo.

Cada vez mais, as empresas des-dobram-se na implementação de pro-postas eficazes no processo de condu-zir equipes e maximizar resultados. Para os especialistas em recursos hu-manos, líder é aquele que dirige e in-fluencia pessoas com conhecimento, criatividade, persuasão, argumenta-ção e carisma.

Então, nada melhor que encontrar profissionais capazes de reunir pes-soas com perfis diferentes, com inte-resses distintos, de modo a unir todas elas em torno de uma meta em co-mum: manter a qualidade e garantir o crescimento do negócio ou o cumpri-mento de um determinado objetivo. Parece fácil, mas a missão de agregar diferentes estilos de liderança a seu negócio pode revelar-se bastante ár-dua e complexa.

tal lídeR, tal gRupoEstudos comportamentais mos-

tram que, desde a antiguidade, a responsabilidade do líder está ligada à direção e ao poder de influenciar pessoas. No tempo do homem das cavernas, o líder de uma tribo era quem dividia as tarefas, direcionava os colegas mais habilidosos para essa ou aquela função e, assim, garantia a sobrevivência do coletivo.

Ainda ao longo da história, po-demos ver que diferentes tipos de liderança souberam guiar equipes também de acordo com seu tempo e momento. Vejamos alguns exemplos: Jesus Cristo, Mahatma Gandhi, Na-

poleão, Winston Churchill, Martin Luther King, Getulio Vargas, Marga-ret Thatcher, entre outros.

Levando em conta a relação recur-sos humanos versus necessidades das empresas, é preciso identificar priori-dades e objetivos de cada situação. É isso o que deve pautar a boa atuação de um líder, argumenta Luciana Da-masio Saldanha, analista de RH. Se-gundo a consultora, os recrutadores das organizações costumam apontar contingências, levantar as competên-cias necessárias para administrá-las e, só então, concluem quem será o novo gestor de determinada equipe.

Aliás, se o líder é o termômetro do grupo, pois é ele que reflete a situa-ção de momento, além de estar sem-pre “antenado” ao comportamento de seus seguidores, é preciso ainda apon-tar características que determinam cada tipo de liderança dentro de per-fis existentes: executivo, coercitivo, distributivo, educativo e inspirador.

Gostar de pessoas e saber ouvir também são características funda-mentais para uma boa liderança. Mais

o que diferentes estilos de liderança PodeM agregar ao negóCio? saiba identifiCar os líderes no aMbiente de trabalho e CoMo extrair o Melhor de Cada “esPéCie”

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os tipos de lídeR

executiVo: é aquele que surgiu por causa da busca das organizações pela obtenção da ordem. ele costuma possuir muitas habilidades técnicas, competência

coeRcitiVo: aquele que exerce a liderança por meio da coerção, violên-cia, que pode ser verbal ou física. neste estilo de liderança, a relação entre líder e liderado é instável

distRibutiVo: aquele que apenas delega tarefas, sempre controlando, acompanhando de perto e cobrando re-sultados. É o líder que não constrói, nem destrói, mantendo um posicionamento de “posições e papéis”

educatiVo: aquele que costuma dar o exemplo. seus subordinados têm uma relação de responsabilidade com o traba-lho. com ele, existe abertura para troca de conhecimentos, não apenas técnicos, mas também humanos

inspiRadoR: aquele que raramente preci-sa dar ordem a seus liderados, pois eles se sentem atraídos pela figura do líder e estão dispostos a fazer o que é necessário

gestão/Rh Que tipo de líder você é?

qualificação profissional e constante atualização, ser visionário, cuidado-so, criativo, participativo e agir com respeito. “Melhor ainda se tiver uma pitada de bom humor, entusiasmo e comprometimento com a saúde, já que estamos falando da habilidade de influenciar e direcionar pessoas na busca de objetivos”, conclui Luciana.

podeR x lideRançaLiderar com eficiência é fidelizar

tanto o cliente interno (colaborado-res), como o externo. Por isso, é fun-damental diferenciar os conceitos de poder e liderança, visualizando a per-suasão e o entusiasmo, e não simples-mente a força. Isso ajuda a eliminar o uso arbitrário do poder.

Também é preciso verificar o mo-mento pelo qual a empresa atravessa.

Como se dá o relacionamento de minha equipe na conquista e manutenção de metas e objetivos? Preciso conquistar novos clientes, motivar o grupo? Qual o comportamento dos meus clientes? São perguntas que auxiliam a diag-nosticar as necessidades e a delinear o perfil de profissional necessário para a conquista dos novos objetivos.

Mapear as competências e habili-dades dos colaboradores, levantan-do as principais qualidades indivi- duais, bem como aquelas que apon-tam para um líder também ajuda. “O ideal é uma liderança que atue confor-me as teorias contingenciais”, explica Ademir Rossi, diretor de Desenvolvi-mento Organizacional da Fellipelli. Segundo ele, as contingências e as competências são aspectos primor-diais. Elas devem ser adequadas ao cargo e não o contrário.

Eliminar o mito da autoridade vale para encontrar o caminho da nova lide-rança. “É preciso desmitificar a crença de que uma longa experiência torna o profissional um bom líder. O tempo não identifica a qualidade dessa expe-riência”, pontua Adriano Meirinho.

Além das inúmeras ferramentas para identificar candidatos a líderes em poten-cial, que estudam características pessoais e aspectos de personalidade alinhados aos valores da empresa, há outras que po-dem desenvolver o futuro gestor de equi-pes, como treinamentos diferenciados, coaching e cursos de atualização.

“Um líder não nasce pronto”. É o que acredita Wilson Lourenço. “As pes-soas aprendem a liderar. Aprendem a dar feedback, a ouvir os outros e a in-teressar-se por eles. A liderança não é uma arte misteriosa praticada por uns poucos escolhidos, mas a reação diá-ria de toda pessoa que deseja fazer do mundo um lugar melhor como resulta-do de seus esforços”, dispara.

que isso: um líder tem de vislumbrar as oportunidades de crescimento e desenvolvimento, incentivando e mostrando o que é possível, dentro de uma postura de otimismo e entusias-mo. Para Mauro Rosa, analista de Re-cursos Humanos, mais do que apon-tar caminhos, a atuação do gestor de equipes exige paciência, disciplina, humildade, respeito e compromisso. “O líder atual oferece causa, não ape-nas tarefas. Forma outros líderes, não apenas seguidores. Inspira pelos valo-res, não apenas pelo carisma”, diz.

menos chefes, mais lídeResGostar de lidar com pessoas, por

exemplo, é um dos aspectos funda-mentais na escolha de professores para coordenar equipes dentro das academias, afinal, a atmosfera do bem-estar exige um exercício cons-tante de relacionamento, bem como domínio de conhecimentos.

“A pessoa que liderar uma equipe com eficiência sem conhecer suas pró-prias qualidades e defeitos, certamen-te terá dificuldades para identificar e lidar com isso na gestão do outro”, lembra o consultor e diretor da Com-pass Consult, Wilson Lourenço.

Confiança é outro ponto importan-te no desenrolar da liderança, uma vez que demonstra conhecimento pleno sobre um determinado assunto e, por consequência, quase uma garantia de obtenção de bons resultados, seja para o cliente, seja para os colaboradores envolvidos. Segundo Adriano Meiri-nho, diretor de marketing da Catho Online, a equipe deve confiar em seus líderes e vice-versa, pois, quando a relação se rompe, todo o grupo apre-senta queda de desempenho, conflitos internos, lutas pelo poder etc.

Ainda no fitness, Luciana Dama-sio Saldanha ressalta outros aspectos para a prática da liderança, tais como:

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avaliar as vulnerabilidades do negóCio é tarefa de todo eMPreendedor, sobretudo diante das inteMPéries CliMátiCas que o Mundo veM atravessando. do terreMoto no Chile às enChentes no nordeste, é Possível tirar grandes lições de eMPresários que sobreviveraM a Catástrofes

inoVação como lidar com o fator-surpresa

Por eduArdo diAs

quando o inesperado bate a sua porta

e m 27 de fevereiro deste ano, um terremoto devastador assolou o Chile, atingindo 8,8 pontos na escala Richter – foi um dos mais fortes abalos registrados no país. O tremor persistiu por apenas 3 minutos, mas foi suficiente para

causar danos terríveis por quase todo território chileno.

Comparado com o abalo que atingiu o Haiti, em janeiro, causando mais de 200 mil mortes, o terremoto do Chile liberou 500 vezes mais energia sísmica. Apesar de o Brasil não ter registro de situações semelhantes, a forma como a rede de academias chilena Energy procedeu na oca-sião pode servir de lição para o merca-do nacional.

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quando o inesperado bate a sua porta

“ N ã o t e n h o

medo de terremo-tos, mas este foi assusta-

dor”, disse Alex Wies-ner, CEO da Energy, rede com mais de 25 mil

membros e sede em Santia-go. “É difícil imaginar um terremoto como este ocorrendo por 3 minutos. Mas eu estava no sétimo andar de um prédio em uma das regiões afetadas e tive uma ideia exata de sua magnitu-de”, completa o executivo.

Imediatamente após o último tre-mor, Wieaner tentou contatar a equi-pe da academia pelo celular, mas não havia serviço. Percebendo que não ti-nha outra chance, ele se dirigiu para cada uma das unidades da rede. “En-quanto isso, nossos parceiros ame-ricanos tentavam me localizar para saber se eu estava vivo, o que só foi possível ao final do dia”, relembra.

A Energy possui seis academias completas, cada uma com 15 mil m², além de dois clubes expressos, de aproximadamente 2,3 mil m² cada um. A rede gera cerca de 200 empre-gos diretos e outros 200 indiretos.

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Wiesner constatou que as acade-mias expressas estavam em bom esta-do, mas dois dos seis grandes clubes apresentavam prejuízo estrutural. Em um deles, por exemplo, o estaciona-mento subterrâneo e os vestiários fo-ram soterrados. O terremoto ocorreu no meio da madrugada, enquanto as academias estavam fechadas, por isso ninguém se feriu, o que tranquilizou o executivo.

Os reparos nas unidades custaram aproximadamente U$$ 150 mil e as academias danificadas voltaram a fun-cionar no final de março. Felizmente, a rede estava muito bem coberta pela seguradora, pontua o empresário. “Apesar do seguro contra desastres

naturais ser comum para clubes do Chile, pou-

cas academias possuem uma cobertu-ra específica de terremotos. Além do mais, o plano da academia cobre gas-

tos fixos em andamento como alu-guel e folha de pagamento, além

de resgatar receitas perdidas. Sem dúvida, isso viabilizou nossa recupe-ração”, completou Wiesner.

Respostas RápidasAlém da cobertura proporcionada

pelo seguro, o executivo afirma que o terremoto o fez reavaliar as estra-tégias e ações anteriormente traçadas em caso de desastres. “Nós tínhamos planos de incêndio, mas não para terremotos”, acrescenta. Uma das medidas planejadas pela empresa é a implementação de sistemas de co-municação via satélite, uma vez que a comunicação por celular geralmente não funciona em casos com este. Os programas de primeiros-socorros das academias da rede também estão sen-do reestruturados.

Wiesner reconhece ainda a neces-sidade de treinar mais membros da equipe em reanimação cardiopulmo-nar. Atualmente, apenas 20% dos cola-boradores são capacitados para prestar esse tipo de atendimento, número que ele espera dobrar em curto prazo.

Após cinco dias do evento, a Ener-gy também contatou toda a sua base de clientes, oferecendo congelar as mensalidades dos alunos das acade-mias afetadas, mas poucos aceitaram. A maioria optou por frequentar outras unidades da rede até que os reparos fossem concluídos. “Se fosse um evento isolado, que levasse nossas academias a fechar, seria diferente, mas todo o país estava sofrendo as consequências do terremoto”, ressalta o CEO.

indePendentemente do tAmAnho do negócio,

sejA um A AcAdemiA de BAirro, sejA umA

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um PlAno de Ação

eduaRdo pRestes, escola supeRioR de pRopaganda

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Como parte dos esforços para a re-construção do país, uma semana após o desastre, a rede participou de uma campanha nacional de assistência às vítimas do terremoto. A arrecadação nas academias em funcionamento ge-rou contribuição de US$ 10 mil por parte da empresa. A academia não pa-rou por aí: também criou uma campa-nha interna intitulada “Chile Stands Up With Energy” e vendeu camisetas com o mote. O valor arrecadado tam-bém foi destinado ao fundo de ampa-ro às vítimas.

a Realidade bRasileiRaEmbora no Brasil não exista a pos-

sibilidade de terremotos como este, é extremamente importante que o clu-be ou academia avalie as vulnerabili-dades de seu negócio. Quem afirma isso é Eduardo Prestes, professor de pós-graduação em Comunicação Cor-porativa da Escola Superior de Propa-ganda e Marketing (ESPM). Seja em caso de incêndios, alagamentos, en-chentes ou qualquer tipo de acidente que possa prejudicar o andamento

inoVação como lidar com o fator-surpresa

normal da empresa, é fundamental ter um plano de ação predefinido.

“Independentemente do porte da organização, seja uma academia de bairro, seja uma grande rede, todos podem e devem traçar uma estraté-gia”, complementa o consultor. “Uma grande rede deve envolver profissio-nais de RH, do departamento jurídi-co, administrativo, comunicação, se-gurança e departamento médico para montar um time de gestão de crise, que irá desenhar este plano. No caso de um clube de bairro, esta equipe de-verá ser formada por três ou quatro funcionários com uma boa visão do negócio, incluindo o dono do estabe-lecimento”, revela Prestes.

Definida a equipe, os profissionais serão responsáveis por levantar todas as vulnerabilidades do negócio e, a partir delas, estabelecer passo a pas-so as ações específicas para cada caso, como, por exemplo, quais serão os procedimentos de evacuação do esta-belecimento, suporte aos clientes ou os mecanismos de comunicação para salvaguardar a imagem e a reputação da academia. “Não é prudente esperar

um black-out acontecer para definir o que será feito às escuras”, indica o professor. “Todos estes procedimen-tos devem ser previamente defini-dos”, complementa.

As ações prioritárias serão esta-belecidas de acordo com cada caso e com as informações do setor. O mais importante é dar respostas rápidas. Entre elas, podemos destacar a comu-nicação com o público, a exemplo do que fez a academia Energy no Chile. “O público interno é extremamente importante. Os alunos e funcioná-rios da academia são um patrimônio adquirido e devem ser tratados com toda atenção”, indica o professor.

Outro fator que deve ser colo-cado na balança é o trato com a im-prensa, em casos de repercussão na mídia. “Incidentes de grandes pro-porções podem ter impacto negativo e influenciar a frequência dos alunos, bem como a adesão de novos clien-tes”, completa o especialista em co-municação corporativa.

Cada empresa deve listar os públi-cos com os quais se relaciona e esta-belecer como será essa comunicação. Vizinhos, associações de academias, universidades parceiras ou mesmo hotéis e shoppings onde o empreen-dimento está inserido podem fazer parte deste público. “Caso o estabe-lecimento fique impossibilitado de funcionar, para onde irão seus alu-nos? Uma boa dica é que a academia já tenha parceiros predefinidos. Uma grande rede pode encaminhá-los para outras unidades, mas um estabeleci-mento menor precisa estabelecer re-lações de parceria com outras acade-mias”, revela.

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em Sua Segunda edição, WellneSS Rio moVimentou R$ 10 milhõeS em negócioS e 850 Profissionais insCritos Para Cursos e WorkshoPs. Convidados ilustres, CoMo a triatleta fernanda keller, MarCaraM Presença no evento que serviu Para Consolidar a “Cidade maRaVilhoSa” como a capital mundial do bem-eStaR

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eVentos Wellness rio 2010

Por Bruno AthAyde

Teste de dna

cidade do Rio de Janeiro, si-nônimo de belas paisagens naturais e palco de diver-

sas competições esportivas do País, abrigou pela segunda vez um dos principais eventos ligados à indús-tria do bem-estar na América Latina, o Wellness Rio, realizado no Centro de Convenções SulAmérica, entre os dias 15 e 17 de julho.

Mais de 35 mil pessoas tiveram a oportunidade de aprender sobre no-vos hábitos saudáveis de vida, de con-ferir as novidades tecnológicas em equipamentos, trocar experiências

sobre gestão e ainda assistir a exibi-ções de modalidades de aula que, cer-tamente, farão sucesso nas academias nos próximos meses. Com 25 cursos, workshops, 850 profissionais envolvi-dos e 40 expositores, o evento movi-mentou mais de R$ 10 milhões.

Sem dúvida, funcionou como um teste de DNA para confirmar a vo-cação da “Cidade Maravilhosa” en-quanto criadouro de novos negócios direcionados à qualidade de vida. Outra prova disso foi o número re-corde de patrocinadores do even-to, empresas que enxergaram no wellness a possibilidade de associa-rem suas marcas e se consolidarem perante os mais variados públicos.

O patrocínio máster ficou por conta da Caixa Econômica Federal. Light e Reebok também estiveram presen-tes no Wellness Rio 2010, que ainda teve como apoiadores a Associação Brasileira de Academias (Acad Bra-sil) e a TAM Viagens. Movement e Santa Constância foram os co-patro-cinadores.

Segundo Paulo Roberto Ribeiro Pinto, diretor de Novos Negócios e Institucional da Light, a empresa, tem como política de patrocínio es-timular o desenvolvimento sociocul-tural nos municípios pertencentes (são 31 no total) a sua área de con-cessão, que inclui áreas como o Vale do Paraíba, a Baixada Fluminense e

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Ciclismo e tantos outros. Tudo isso auxilia no processo de construção da marca”, afirma Paulo Roberto.

Waldyr Soares, presidente da Fitness Brasil, entidade organizado-ra do Wellness Rio 2010, reafirma que a intenção é unificar toda a ca-deia produtiva do bem-estar em tor-no não apenas dos profissionais da área, mas da população em geral. “E certamente cumprimos nosso papel, promovendo o acesso do público à feira com diversos segmentos, a atua- lização de profissionais formadores e multiplicadores de opinião e esti-

mulando toda a cadeia de produtos e serviços, visando à prevenção na saúde, já que a população está viven-do cada vez mais e isso impulsiona a criação de novos nichos para atender a esta demanda”, diz.

pResenças ilustResNo dia 15, Antonio Pedro Fi-

gueira de Mello, Secretário de Turismo do Rio de Janeiro, Cayo Lames, presidente da APEF-RJ, e Wilen Heil e Silva, representan-te do COFFITO, participaram do painel de abertura que teve como tema os “Grandes eventos esporti-

a região Metropolitana da cidade do Rio de Janeiro.

“O esporte, sem dúvida, atende perfeitamente a este nosso objetivo, sendo altamente catalisador de ini-ciativas, principalmente junto à po-pulação jovem que prima hoje pela qualidade de vida. Na área esportiva, temos participado de diversos even-tos, como as Olimpíadas da Baixada, a Volvo Ocean Race, o Mundial Para-olímpico de Natação, a Copa Light de

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eVentos Wellness rio 2010

vos como propulsores de uma polí-tica de saúde e bem-estar da popu-lação carioca”.

A programação contou ainda com debates voltados ao marketing, congresso com cursos nos módulos Bem-Estar, Esportes e Fitness dire-cionados a profissionais de educação física, nutricionistas, fisioterapia, medicina do esporte e técnicos es-portivos, além da Expo Wellness Rio, onde os profissionais e a população, especialmente as pessoas que pra-ticam atividades físicas ou já apre-sentam alguma consciência e atitude em relação ao bem-estar, puderam conhecer muitas novidades do setor em produtos e serviços.

Um dos destaques da exposição foi a presença de Fernanda Keller, atleta patrocinada pela Bodygenics, que ministrou palestra gratuita so-bre a importância da vida saudável e a superação no esporte, além de participar do encerramento do curso de corrida e de sessão de autógrafos. Já a Acad Brasil reeditou o tradicio-nal evento Acad Business, reunindo empresários e gestores das princi-pais redes e empresas do mercado de atividade física do País para pales-tras com consultores de destaque do mundo corporativo.

Outro momento especial que mo-vimentou o pavilhão foi o 2º Meeting de Gestão Body Systems no qual os participantes tiveram a oportunidade de realizar uma profunda imersão no universo daquele que é considerado a razão principal das empresas: o clien-te. Proprietários e gestores de acade-mias intercambiaram aprendizagens e puderam ampliar o networking.

A formatação do Wellness Rio 2010 foi toda desenvolvida em par-ceria com a Dream Factory Sports, com o apoio do International Heal-

mAis do que nuncA, é Preciso estimulAr o contAto do cidAdão comum com o novo

conceito de quAlidAde de vidA

WaldyR soaRes,fitness bRasil

plesmente à questão da estética”, acrescenta Soares.

O evento proporcionou ainda oportunidade única aos profissio-nais que poderão estar a bordo dos navios do Grupo Costa, ministran-do aulas de ginástica para turistas brasileiros e estrangeiros durante o verão. Os participantes inscritos no Qualifying 2011, comprovando residir no Rio de Janeiro, com for-mação completa em educação física e registro no CREF, tiveram a opor-tunidade de se informar a respeito não apenas do calendário de ativi-dades ligadas aos cruzeiros, mas também sobre novas oportunidades de carreira que se abrem para quem navega em outros mares. “Essa é a diversidade que a cadeia do bem-estar proporciona. Temos de inves-tir maciçamente em capacitação de modo a estarmos prontos para no-vos horizontes”, conclui Soares.

th, Racquet & Sportsclub Associa-tion (IHRSA), entidade com sede nos Estados Unidos. “Os números de mercado mostram que apenas 2,42% da população frequentam academia no Brasil. Mais do que nunca é preciso estimular o conta-to do cidadão comum com o novo conceito de qualidade de vida, muito mais atrelado à prevenção em termos de saúde do que sim-

o maratonista vanderlei Cordeiro de lima visitou os estandes dos expositores durante a segunda edição do evento

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FITNESS BuSINESS | jul/ago 201046

eVentos 11th IhrSa FITNESS BraSIl

Visão de caleidoscópio

s e antigamente, os grandes eventos de negócios afunila-vam sua grade de programa-

ção em torno de um eixo central de debates, nos dias de hoje a forma-tação de palestras, mesas redondas e workshops pede, ao mesmo tempo, fragmentação e interdisciplinaridade.

Nesse sentido, a 11th IHRSA FIT-NESS BRASIL, que acontece de 2 a 4 de setembro, em São Paulo, no Tran-samerica Expo Center, vai estar mais “caleidoscópica” do que nunca. São 47 palestras nas quais são esperados

mais de mil profissionais inscritos, entre gestores, proprietários de aca-demias e profissionais de educação física de todo o Brasil e também da América Latina.

O evento deve movimentar R$ 40 milhões em negócios e 25 mil visitan-tes que circularão pelos 130 estandes de expositores. Destaque para a con-ferência de abertura com o jornalista e economista Joelmir Beting, que fa-lará sobre os novos cenários macroe-conômicos com foco nas oportunida-des que se abrirão para a indústria do

bem-estar entre 2011 e 2020. A pa-lestra está agendada para o dia 2, às 9 horas, na Sala América.

“O Brasil está sendo presentea-do com uma nova década de sucesso e este cenário exige que estejamos muito bem preparados para difun-dir estes conceitos para todo o setor. São oportunidades que começam a delinear-se no horizonte e que são resultado de, pelo menos, três déca-das de trabalho contínuo”, diz Waldyr Soares, presidente da Fitness Brasil, entidade organizadora do evento.

Por AdriAno ZAnni

em Sua 11ª edição, ihRSa FitneSS bRaSil Reúne númeRo RecoRde de paleStRanteS, expoSitoReS e temaS Para disCussão. destaque Para a Palestra de abertura CoM o eConoMista joelMir beting

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FITNESS BuSINESS | jul/ago 201048

eVentos 11th IhrSa FITNESS BraSIl

“O evento foi desenvolvido para que todos possam aprender com os experts de dentro e de fora da indús-tria do bem-estar, além de extrair ha-bilidades para gerir melhor o seu ne-gócio na próxima década, bem como dividir experiências com colegas de toda América Latina”, declara Joe Moore, presidente e CEO da IHRSA.

A programação da 11th IHRSA FITNESS BRASIL foi dividida em três grandes módulos: Gestão, Coordena-dores e Run Experience. Dentro deles, conferencistas de renome nacional e internacional, como é o caso no nor-te-americano Will Phillips, consultor de empresas com 30 anos de expe-riência, fundador e ex-presidente da REX Roundtables, presente no Brasil desde 2009, e uma espécie de “think tank” do segmento fitness nos Esta-dos Unidos e Austrália.

O palestrante falará sobre as sete atitudes-chave para aumentar em curto prazo os índices de retenção, di-minuindo as frustrações e o nível de estresse para o empresário do setor.

“Há 15 anos, comecei a entender que uma das soluções para manter os alunos dentro da academia não era bem como a academia os servia, mas sim o quão profundamente os membros estavam conectados um ao outro. Dez anos atrás, após uma ex-periência bem-sucedida, observei que a retenção de membros em classes de exercício em grupo foi de 48 meses, em média, enquanto que a retenção de membros nas salas de musculação era de 24 meses. Eu estava absoluta-mente convencido de que parte dessa retenção ocorria em função do au-mento do senso de conectividade da comunidade em um nível emocional profundo. Esse é um entendimento-chave e quero compartilhá-lo”, com-plementa Phillips em entrevista ex-clusiva, antes do evento.

tRopa de eliteNa mesma esteira de ref lexões,

Carlos Ferreirinha, fundador da MCF Consultoria e Conhecimento, empresa especializada em ferramen-tas de gestão e inovação para os seg-mentos luxo e premium, abordará em sua palestra os novos rumos do di-nheiro circulante.

“O dinheiro muda de bolso e as pessoas de estilo de vida conforme enriquecem. Estamos inseridos no conceito do que chamamos do mo-mento de ‘premiumzação’, a elevação do patamar do que, até então, era con-siderado comum, básico ou sem agre-

gação de valor. Trata-se da tradução do impacto direto do negócio do luxo que se expandiu de forma significati-va nos últimos anos. No fitness, pode-se destacar desde os equipamentos, o vestuário, alimentos e bebidas, até os próprios serviços prestados por lojas, academias e pelos profissionais que interagem com o tema”, explicita.

O ex-presidente da Louis Vuitton no Brasil acredita no crescimento con-tínuo das redes de serviços voltadas a públicos mais elitizados, assim como na expansão da base de consumidores, que não deve ficar somente restrita ao eixo São Paulo-Rio.

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as inscRições paRa a11th ihRsa fitnessbRasil deVem seRfeitas pelo site:WWW.fitnessbRasil.com.bR

infoRmações:(11) 5095-2699

jul/ago 2010 | FITNESS BuSINESS 49

“Ainda continuamos a ser um mercado complexo, muito onero-so, de complicados processos, leis e critérios. O Brasil vem se destacan-do com um dos mais promissores mercados mundiais, principalmen-te devido ao interesse de grandes conglomerados internacionais do segmento de luxo. Entretanto, fi-camos tão bons no fitness que, na verdade, passamos a ser escola para estes grupos, que nos procuram para benchmarking. Isso também abre frentes de negócios”, diz.

A capacidade do empresariado brasileiro de inovar para agregar va-lor ao serviço que está sendo ofere-cido é outro tema ligado aos debates. Charless Bezerra, diretor executivo do GAD’Innovation e PhD em Design pelo Illinois Institute of Technology, deverá mostrar em sua palestra sobre como a inovação é fundamental para a sobrevivência das organizações nos dias atuais. “E a atitude inovadora de-pende do conhecimento construído pela organização e do treinamento in-telectual das equipes. Antes de criar as inovações, precisamos criar os ino-vadores”, acrescenta.

hall da famaUma das iniciativas pioneiras da iHrsa FITNESS BraSIl, em sua 11a edição, é a montagem de um espaço na entrada do pavilhão de exposições onde algu-mas marcas irão expor com destaque seus lançamentos. o Hall da fama reunirá seis expositores, entre eles, stott pilates, movement, athletic, matrix e d&d pilates, em uma área com cerca de 20 m2 por onde todos os visitantes da feira devem passar. “será uma autêntica vitrine de luxo. nós sempre acreditamos na pujança da nossa indústria, por isso, precisamos continuar catalisando ações que pro-movam o crescimento do mercado”, incentiva Waldyr soares.

Run expeRienceA prática de corrida tem sido uma

das atividades físicas mais procuradas e difundidas nas últimas décadas, com um número cada vez maior de adesões tanto de atletas de modalidades varia-das quanto de pessoas interessadas pela melhoria da qualidade de vida, condicionamento físico, emagreci-mento e até mesmo da sociabilização.

Durante a IHRSA FITNESS BRA-SIL, os profissionais de educação

física poderão participar do II Con-gresso Brasileiro de Treinamento de Corrida, que acontece nos dias 2 e 3 de setembro.

Segundo Luís Otávio Moscatello, coordenador do Congresso, os edu-cadores físicos são os que apresen-tam a competência e habilitação para prescrever a prática da corrida. “Influenciados positivamente pelos avanços da ciência do exercício, es-tes professores passam a ser cada vez mais estimulados à realidade de estudos e aprofundamentos téc-nicos, científicos e mercadológicos, tão necessários para o sucesso pro-fissional neste mercado cada vez mais competitivo”, acrescenta.

Júlio Serrão, Aylton Figueira Ju-nior e Almeris Armiliato são alguns dos nomes confirmados como pales-trantes do módulo. Entre os temas a serem abordados, estão: biomecânica da corrida, treinamento de força fun-cional para corredores, aspectos fisio-lógicos da avaliação direta e indireta para corredores de longa duração, nutrição, suplementação e hidratação aplicadas à corrida, entre outros.

maRketing como posicionar seu site no Google

no marketing

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estratégia de internet ainda é inCiPiente nas aCadeMias, que

desPerdiçaM oPortunidade de ganhar Mais Clientes e Maior destaque Perante o MerCado.

esPeCialistas eM seo dão a diCa Para voCê turbinar seu site nos PrinCiPais MeCanisMos de busCa

no marketing

de busca!acredite

a Tecnisa é uma empresa do ramo de construção civil que inovou em sua estratégia de

internet: passou a relacionar-se com os consumidores via redes sociais, como Twitter, blogs e Facebook e che-ga a vender apartamentos por meio desses canais modernos. Esse traba-lho tornou-se tão importante na em-presa que ela mantém uma área espe-cífica para lidar com novas mídias.

Além disso, o site da Tecnisa conta com técnicas avançadas de otimiza-ção para mecanismos de busca (SEO, do inglês Search Engine Optimization). Trata-se de um conjunto de técnicas que visam melhorar o posicionamento das páginas de um site nos mecanis-mos de busca, como Google e Yahoo. O conteúdo e a programação são feitos para que quando um usuário digite na busca uma palavra-chave relacionada ao negócio de uma empresa, uma ou várias das páginas de seu site apare-çam entre os primeiros resultados.

Se uma construtora consegue criar uma estratégia sólida na internet e obter sucesso lidando com clientes que, às vezes, não sabem nem a lo-calização física da empresa, o setor fitness também deveria estar avança-do, já que lida com o cliente de forma muito mais próxima, correto?

Errado. As academias de ginástica falham em aspectos fundamentais da gestão de novas mídias. Uma navega-da pelos sites das principais redes de

Por rodrigo Afonso

o que é seo?

os mecanismos de busca na internet indexam os sites de acordo com seu conteúdo. os robôs dessas empresas baseiam-se na forma como a página é programada para identificar o que é mais importante dentro da página e, como essas informações, definem a relevância da página.

o responsável por seo auxilia na elaboração das páginas, indicando palavras-chave e como elas devem ser posicionadas entre títulos, subtítulos e textos. À medida que o site vai sendo construído com base nesses princípios, ele melhora sua posição nas buscas.

academia mostra que os sites são defi-cientes em termos de tecnologia e não trazem um conteúdo que agrega valor e fideliza visitantes. Pior: mesmo que haja algum conteúdo, os sites não são facilmente encontrados.

Há estudos que mostram que os usuários só olham a primeira pági-na do Google quando realizam uma busca e é exatamente para aparecer no topo desse ranking que o trabalho de SEO é necessário.

A reportagem fez um teste: digi-tou no Google os termos “Academias” e “Bela Vista”, bairro da cidade de São Paulo que conta com unidades de gran-des redes e outras instituições de re-putação. O resultado? Dentre as redes mais conceituadas, nenhuma apareceu nas primeiras páginas. Foram indica-

crie um Blog de APoio, com conteúdo

interAtivo e incentivos em formA de Prêmios e

descontos. é umA formA de AtrAir os olhos de humAnos e dos roBôs

que vArrem A rede PArA indexAr nAs BuscAs

erick formAggio, cAdAstrA

FITNESS BuSINESS | jul/ago 201052

meRcado & tendênciasmaRketing como posicionar seu site no Google

pRincipais eRRos

site em flash: eles são vistosos, chamam atenção de quem entra, mas são péssimos para os mecanis-mos de busca. mecanismos como o Google não interpretam conteúdo no formato e não indexam o site

uma única página estática: é um erro pensar que, se criar uma pági-na, os clientes virão. É necessário descobrir o que os clientes pro-curam na internet e atender seus anseios com conteúdo qualificado

falta de planejamento: sua empresa não investe em um aparelho de ginástica sem saber para o que ele serve. o mesmo princípio vale para a web

falta de objetivo: a meta do site pode ser vender um serviço, reforçar uma marca, entre outras. para planejar, é fundamental definir um objetivo

dos sites de classificados on-line, que já contam com experts em SEO, e poucas pequenas academias de bairro, que es-tão lá meio sem querer ou por conta de um trabalho em nível amador.

Segundo o responsável pelo su-cesso da Tecnisa na estratégia de internet, Roberto Loureiro, falta às academias uma cultura on-line. As or-ganizações continuam se valendo das estratégias de divulgação de sempre e podem estar perdendo espaço na web com a falta de um trabalho adequado. “A grande maioria sequer possui al-gum serviço on-line para o associado, como acompanhamento das séries, da evolução, serviços que agregariam mais valor”, observa.

uma questão de conteúdoQuando o assunto é o trabalho de

SEO, Loureiro é categórico: o melhor é entregar a tarefa nas mãos de algum especialista, pois são pessoas que en-tendem a internet e conseguem bons resultados. Nesse contexto, o conteú-do é o aspecto mais importante.

De acordo com a coordenadora de conteúdo e mídias sociais da Trama Comunicação Helen Garcia, 80% do sucesso de um site nos mecanismos de busca podem ser atribuídos ao con-teúdo. “Além de atrair visitantes, in-formação de qualidade ajuda a manter o internauta no site e pode ser funda-mental na hora de conquistar defini-tivamente o cliente”, afirma.

E relevância é a palavra-chave para os mecanismos de busca. Helen expli-ca que a missão de uma empresa como o Google é ser um intermediário no processo de navegação do usuário e ajudar o internauta a encontrar infor-mações que lhe sejam úteis. A espe-cialista dá um exemplo: uma mulher inicia a procura por uma academia e digita no Google “melhor academia para mulheres”. Se uma empresa com

esse foco tiver seu site otimizado para a busca, ou seja, além de bem progra-mado, tiver muita informação sobre os benefícios de uma academia especí-fica para mulheres, os melhores exer-cícios para esse público, entre outras coisas, o Google entenderá que o site é relevante para o que o usuário de-seja encontrar e deverá indicá-lo nas primeiras posições. “Ao clicar no site, a interessada poderá conferir textos, fotos e vídeos que mostram que aque-la é a academia que procura”, afirma.

A produção do conteúdo pode ser feita dentro de casa, com uma equi-pe interna que tenha o mínimo de técnicas e padrões de SEO. Mas, de acordo com coordenadora de conteú-

do e mídias sociais da Trama, é mais interessante contratar uma empresa que tenha esse trabalho como exper-tise. “Um texto escrito por um jorna-lista tende a ser mais atrativo do que um escrito pelo profissional da área, pois o primeiro domina técnicas para atrair atenção do leitor e elabora os textos respaldados por grandes no-mes da área de atuação do cliente. É a melhor forma de atrair e fidelizar clientes para o site”, garante.

nada de soluções caseiRasErick Formaggio, gerente de SEO

da Cadastra, concorda que o melhor é contratar um profissional do que in-vestir internamente. Isso porque uma empresa tem como missão entender um cenário, os objetivos a serem alcan-çados e os meios para chegar a isso. “O especialista faz que os resultados che-guem mais rapidamente e garante o re-torno do investimento no site”, opina.

E, embora essa ainda seja uma área de poucos investimentos para as pessoas, sempre é bom olhar para a concorrência e observar como os competidores se posicionam na in-ternet. “Se aparentemente eles têm algum sucesso nisso, é importante observar que abordagens eles utili-zam antes de criar a própria estraté-gia”, diz o cofundador da consultoria MestreSEO, Fábio Ricotta.

Se o leitor se convenceu da impor-tância de investir no Google, fica uma sugestão: faça um teste digitando os termos “academia” + “nome do bair-ro onde está sua unidade” ou então “nome da empresa” + “nome de prin-cipal serviço oferecido”. Veja os resul-tados. Se sua empresa não configurar entre as primeiras indicações do site de busca e, melhor, se nem seus con-correntes estiverem bem posiciona-dos, é sinal de que existe um campo enorme para explorar no ambiente web. Não perca tempo!

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equipamentos & cia_ elípticos

os caMpeões da VeRsaTIlIdadePor AdriAno ZAnni

quem frequenta academia Sabe como oS elíPticoS tornaram-Se PoPulareS noS últimoS anoS. aPeSar diSSo, exiStem ainda

algunS fatoreS imPortanteS e que, àS vezeS, PaSSam deSPercebidoS na hora de decidir Pela comPra do equiPamento

Eles são os aparelhos mais versáteis dentro das academias, pois combinam os movimentos de ginástica dos equipamentos populares e exercícios aeróbicos intensos, ideais para quem deseja perder “gordurinhas” e tonificar músculos.

Os elípticos ou cross trainers, como também são chamados, além da capacidade de mudar o nível de resistência, como uma bicicleta ergométrica, permitem o ajuste da inclinação, como em uma esteira. Possuem ainda guidões de dupla ação que proporcionam exercícios para os membros superiores, resultando em um sistema de treinamento completo.

Por essas e outras razões, estão entre os preferidos. Mas consultores de vendas alertam: é importante comprar com inteligência, já que um elíptico precisará ser confortável para ser usado regularmente.

Embora os preços variem de algumas centenas de reais, para um modelo básico, a milhares para um equipamento top de linha, observe com cautela que tipo de aparelho irá fazer que os alunos da academia cheguem às metas desejadas, oferecendo recursos mais apropriados para treino.

Existem disponíveis dois tipos principais de elípticos: de movimento traseiro e de

movimento dianteiro. Os de movimento traseiro permitem um movimento elíptico real dos pedais e possuem uma rampa de inclinação regulável na frente. Um elíptico de movimento dianteiro, por outro lado, precisa usar pedais articulados para equivaler à distância natural, além de necessitar da rampa regulável de um aparelho de movimento traseiro.

Há ainda dois tipos diferentes de resistência e controle de freio nos elípticos: manual e eletromagnética. O sistema manual é mais barato e envolve apenas o ajuste de um botão para variar a resistência, enquanto um controle eletrônico utiliza correntes magnéticas para os controles precisos de freio e aceleração com o toque de um botão.

A primeira coisa que se desgasta em um elíptico geralmente é a resistência magnética, por isso, verifique o tempo de garantia do fabricante e considere a possibilidade de investir em um prazo mais estendido, se lhe for oferecido. Feito isso, boas compras! Sh

uTT

ErST

ock

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Total health life FitnesstechnoGymFit 4queens health precor

- painel polietileno- voltagem 127/220v

- 12 programas + personal program

- cool down- inclinação 20%

- monitoramento da frequência cardíaca

digital- pedais antideslizantes

- compatível com i-pod, oferece

conexões para Usb- personal Trainer

Virtual que ajuda o usuário a alcançar suas

metas- integrado com tela de

15” lcd- Zoom exibe a

velocidade

- plataforma visio digital que cria um

canal de comunicação direto e interativo com

os usuários- canais de Tv e rádio

digitais- É compatível com

ipod e iphone, dispositivos Usb,

conecta-se à internet, oferece uma ampla

gama de jogos interativos

- Braços móveis convergentes que

minimizam o stress das articulações

- chest press, leg press e muscle endurance –

versatilidade, execução do trabalho muscular

de todo o corpo- receptor polar - trabalho com

cinta peitoral para acompanhamento dos batimentos cardíacos

- 30 níveis de resistência com ajuste eletrônico

- 16 programas motivacionais

- painel com tela de cristal líquido, que

mostra a velocidade, tempo, distância,

calorias, pulso e wats- 22 programas, sendo quatro diferenciados,

com 34 níveis de esforço

- tV integrada, além de entrada para mp3

- simula caminhada (movimentos mais

curtos), corrida (movimentos mais longos) e a ação de

subir escadas- Todo o vetor

de movimento é controlado pelo

usuário, tornando o equipamento uma máquina funcional

- o desenvolvimento é acompanhado via display digital, juntamente com

um “mostrador de passos” que monitora

os movimentos em tempo real e emite um feedback instantâneo de como os músculos

respondem aos diferentes treinos

8 kWh (média mensal) 0,3 kWh

50/60 hz (os modelos com tV e led) ou zero (não utiliza

alimentação externa, com o usuário gerando

energia)

Zero (o usuário gera a energia da máquina)não informado Zero (o usuário gera a

energia da máquina)

q-21 amt 100i octane xR6000 technogymelX 900 95X-engage

até 3 anos

2 anos de garantia p/ componentes

mecânicos e estrutura, 1 ano p/ componentes

elétricos e mão de obra

1 ano3 anos2 anos 2 anos

r$ 10.500,00 sob consultasob consultasob consultar$ 4.100,00 r$ 22.000,00

Em todo território nacional

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www.totalhealth.com.br www.lifefitness.com.br www.technogym.com.brwww.fit4.com.brwww.queens.com.br www.precor.com

modelo marca consumo de energia descrição Garantia Assistência técnica Preço r$ site

FITNESS BuSINESS | jul/ago 201056

jul/ago 2010 | FITNESS BuSINESS 57

Gilberto Wiesel

artigo

em dois anos, o mercado de trabalho, a prestação de serviços e o comércio certamente estarão vivenciando as

aspirações da chamada geração Z. Rodeados por padrões de beleza já arraigados e facilidades nas realizações de procedimentos estéticos, as crianças de hoje serão os próximos frequentadores de academias, clubes, spas e outros ambientes que beneficiem a saúde e o bem-estar. Mas como lidar com esses futuros clientes, tão críticos e exigentes?

As décadas de 1960 e 1970, marcadas pelo consumo excessivo de tabaco, álcool, entre outras coisas, foram sucedidas por uma geração que remou contra tudo isso. A partir dos anos 80, os cuidados com o corpo atingiram seu ápice. Alvo de muitos investimentos, os novos costumes foram alimentados pela mídia e ganharam espaço na agenda das pessoas.

Já os anos 90 foram marcados pelo surgimento de novas dietas, cosméticos e inovadoras técnicas de ginástica, todos esses dispositivos com promessas de resultados instantâneos. É no finalzinho dessa década também que nasceram os ainda hoje meninos e meninas da geração Z.

Esses jovens, extremamente tecnológicos e bem-informados, recebem diariamente um grande volume de dados pela televisão, internet e outros meios. Nasceram para acreditar na existência de um mundo sem fronteiras. Em meio a uma sociedade influenciada pelo puro conceito de globalização e pela velocidade das informações, convivem com a constante mudança de opinião diante dos fatos. É bom estar atento a esse fator.

Acostumados à experimentação precoce das situações, tudo para eles tem sentido se funciona em curto prazo. No entanto, reduzir cinco centímetros das medidas da cintura em sete dias e outras promessas como esta, tão difundidas e seguidas pela geração anterior, já não convencem

tanto se, de fato, não houver uma satisfação pessoal aliada a hábitos saudáveis. Acredite você ou não, muitos deles têm essa consciência desde os primeiros anos de vida.

Chamada também de “silenciosa”, a geração Z pode ser definida como aquela que tende ao egocentrismo. Não consegue imaginar um mundo sem internet, celulares, videogames e iPods. Quando pequenos, já convivem com agendas superlotadas e são capazes de executar inúmeras coisas ao mesmo tempo. Por isso, buscam entretenimento e estimulação em todas as suas atividades, entediando-se facilmente com tarefas monótonas.

Cuidar do corpo na velha estrutura de academia pode ser menos atrativo do que uma partida virtual de tênis no Nintendo Wii, enquanto escutam seus MP3 players e fazem comentários sobre seu jogo em tempo real para os amigos por meio de programas de mensagens instantâneas e microblogs.

Para eles, os professores de educação física já não precisam mais ser apenas modelos de corpos esculturais. A exigência é que eles sejam capacitados a interagir com as diversas gerações. Aparelhos funcionais, aulas diversificadas, modalidades de exercícios diferentes dos tradicionais, atividades lúdicas. Esta é a academia do amanhã, cuja construção já se faz necessária hoje.

Não ter medo das adaptações, mudanças e artifícios pode ajudar a caminhar na velocidade desses pequenos novos clientes. Entre os requisitos fundamentais para lidar com os atuais e também com os futuros frequentadores de academias estão a compreensão e a flexibilidade, a sabedoria dos empresários em satisfazer aos desejos de uma nova população sem, contudo, se esquecerem dos motivos pelos quais as outras já são chamadas de clientes.

geRação z: como lIdar com SEuS FuTuroS clIENTES?

gilberto wiesel é empresário,

administrador de empresas pós-graduado em

marketing pela FgV. é master-practitioner

em programação neurolinguística pela sociedade brasileira

de Pnl e membro da time line therapy

association, havaí, eua. é escritor,

conferencista e diretor do grupo Wiesel

que atua na área de educação corporativa.

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ulg

ação

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