governo do estado do paranÁ secretaria do estado da … · de acordo com as diretrizes...

31

Upload: others

Post on 17-Aug-2020

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DO ESTADO DA … · De acordo com as Diretrizes Curriculares (2008, p.79), no ensino de Ciências “avaliar implica intervir no processo ensino-aprendizagem
Page 2: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DO ESTADO DA … · De acordo com as Diretrizes Curriculares (2008, p.79), no ensino de Ciências “avaliar implica intervir no processo ensino-aprendizagem

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO

SUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

ARTIGO CIENTÍFICO

RELAÇÕES IMPLICITAS NAS DIFICULDADES ENCONTRADAS NAS

AVALIAÇÕES DE CIÊNCIAS.

Artigo Científico apresentado à Secretaria de Estado da Educação – SEED como requisito final de participação no Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) na Área de Ciências Orientador: Prof. Rodrigo de Souza Poletto

CORNÉLIO PROCÓPIO

2012

Page 3: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DO ESTADO DA … · De acordo com as Diretrizes Curriculares (2008, p.79), no ensino de Ciências “avaliar implica intervir no processo ensino-aprendizagem

RELAÇÕES IMPLICITAS NAS DIFICULDADES ENCONTRADAS NAS

AVALIAÇÕES DE CIÊNCIAS.

Autor: Lucinei Yuriko Hirata Fukumoto1

Orientador: Prof. Rodrigo de Souza Poletto2

RESUMO

O presente artigo é resultado de discussões, atividades e análise de gráficos

estatísticos que abordaram o tema das relações implícitas nas dificuldades

encontradas nas avaliações de Ciências, desenvolvidas com os docentes que atuam

na 5ª série/6ºano, do Colégio Estadual Professora Adélia Antunes Lopes. As

atividades foram elaboradas e aplicadas durante o Programa de Desenvolvimento

Educacional do Estado do Paraná – PDE 2010/2011, o objetivo era analisar os

fatores que levavam os alunos de 5ª série/6ºano a ter dificuldades em alcançara

média exigida para a aprovação, e junto aos docentes, verificar o perfil dos alunos e

discutir as formas de avaliação que vem sendo aplicadas e buscar novos caminhos

que possam solucionar este problema.

Palavra-chave: Avaliação; Ensino/aprendizagem; Reflexão

1 . INTRODUÇÃO

A avaliação não é tema novo, mas é muito discutida entre os docentes frente

1Professora da Rede Pública de Ensino do Estado do Paraná.

e-mail: [email protected] ou [email protected]. 2Professor do Curso de Ciências da Universidade Estadual do Norte do Paraná – UENP –

CCHE/Cornélio Procópio e-mail: [email protected]

Page 4: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DO ESTADO DA … · De acordo com as Diretrizes Curriculares (2008, p.79), no ensino de Ciências “avaliar implica intervir no processo ensino-aprendizagem

aos constantes dados do fracasso escolar. Questões sobre como avaliar; oque

avaliar; avaliar corretamente e sobre a formulação das avaliações.

São questionamentos feitos constantemente e poucas respostas

encontradas.

Este artigo, não pretende responder essas perguntas, mas abrir caminhos

para o encontro de soluções.

Segundo as Diretrizes Curriculares ( 2008),

“a avaliação é atividade essencial do processo ensino – aprendizagem dos conteúdos científicos escolares e, de acordo com a LDB nº 9394/96, deve ser continua e cumulativa em relação ao desempenho do estudante com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.” p.77

Com base na proposta da LDB, no conhecimento dos professores de

Ciências do Colégio Estadual Professora Adélia Antunes Lopes e na utilização de

instrumentos variados para a inclusão do aluno no ato de avaliar, com questões e

problemas novos, não familiares, que exigissem a máxima transformação do

conhecimento adquirido, do estudante em diferentes contextos de sua compreensão,

é que dirigi minha linha de pensamentos e análise crítica sobre a avaliação.

O trabalho teve como objetivos, estabelecer critérios voltados para os

aspectos educacionais; estimulando o professor a promoção, a problematização e a

contextualização dos conteúdos para que as informações trabalhadas potencializem

a assimilação do conhecimento; levantando dificuldades que impedem os alunos na

aprendizagem; verificando se as avaliações elaboradas pelos professores foram

feitas à partir dos conteúdos estruturantes propostos no Plano de Trabalho Docente;

levando os professores de Ciências a utilizarem atividades que pudessem ser

desenvolvidas na relação aluno-professor que potencializem a assimilação de

conhecimentos pertinentes ao educando. Enfim, esse trabalho visou ajudar os

professores de Ciências a encontrar alguns caminhos que auxiliassem os alunos a

superar as dificuldades durante o processo de avaliação.

Para alcançar esses objetivos, fez-se um levantamento estatístico de 2009 e

2010 junto à secretaria, dos alunos da 5ª série/6ºano, do Colégio Estadual

Professora Adélia Antunes Lopes, para verificação do percentual de reprovação na

disciplina de Ciências nos referidos anos e, dos resultados obtidos das avaliações

de Ciências no primeiro semestre de 2011, na escola da série citada acima, e desta

Page 5: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DO ESTADO DA … · De acordo com as Diretrizes Curriculares (2008, p.79), no ensino de Ciências “avaliar implica intervir no processo ensino-aprendizagem

forma foi construído um perfil dos alunos. A partir deste levantamento, reuniram-se

os professores da área e equipe pedagógica e, em conjunto, foi feito análise dos

gráficos com discussão das formas de avaliação que vinham sendo aplicadas.

Depois disto, foram feitas algumas leituras, sugeriu-se algumas atividades

diversificadas que também poderiam ser utilizadas como avaliação. Com base neste

material, fizemos discussões buscando soluções para a questão dos constantes

fracassos escolares.

O intuito deste trabalho foi auxiliar o professor da área de Ciências na árdua

tarefa de avaliar e apresentar a eles algumas atividades diferenciadas que também

podem ser usadas como forma de avaliação. Todo o empenho foi para que

consigamos um melhor ensino/aprendizagem por parte do aluno e com isso diminuir

os índices de reprovação na disciplina de Ciências.

2 ALGUMAS DAS DIFICULDADES ENCONTRADAS NAS AVALIAÇÕES DE

CIÊNCIAS

De acordo com as Diretrizes Curriculares (2008, p.79), no ensino de

Ciências “avaliar implica intervir no processo ensino-aprendizagem do estudante,

para que ele compreenda o real significado dos conteúdos científicos escolares e do

objeto de estudo de Ciências, visando uma aprendizagem realmente significativa

para sua vida”.

Entretanto, na disciplina de Ciências, o aluno deverá ser estimulado a

compreender e analisar como o conhecimento adquirido na escola está relacionado

no seu contexto de vida, ou seja, aplicar o que se aprende em sala de aula na sua

vivência, e com isto propiciar uma melhoria da qualidade da própria vida.

Em geral, os critérios de avaliação elaborados pelos professores, parte dos

conteúdos estruturantes e específicos propostos no Plano de Trabalho Docente

podendo este, ser adequado às necessidades do aluno no decorrer do processo

ensino-aprendizagem.

Segundo as Diretrizes Curriculares (2008, p.78), para obter um rendimento

melhor na aprendizagem significativa, o professor pode: “por meio de

problematizações envolvendo relações conceituais, interdisciplinares ou contextuais,

Page 6: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DO ESTADO DA … · De acordo com as Diretrizes Curriculares (2008, p.79), no ensino de Ciências “avaliar implica intervir no processo ensino-aprendizagem

ou mesmo a partir da utilização de jogos educativos, entre outras possibilidades,

como o uso de recursos instrucionais que representou como o estudante tem

solucionado os problemas propostos e as relações estabelecidas diante das

dificuldades encontradas”.

O tema “avaliação” foi muito discutido e com diversas interpretações. Cada

autor tem uma teoria e divaga sobre ela. Vygotsky (1991b) diz que a prova é o meio

pelo qual se obtêm resultados do aprendizado do aluno e do conhecimento dos

conceitos científicos escolares ainda não assimilados por ele, podendo indicar o

nível de conhecimento do aluno.

Nesta perspectiva, a “prova” foi uma análise pela qual identificou se o nível

de conhecimento que o aluno possui do conteúdo, para que o professor possa

direcionar seu trabalho.

Para González (1996), a avaliação deve ser bem elaborada para que o

estudante obtenha bons resultados na aprendizagem, assim poderá ser usada para

que haja um relacionamento aberto, participativo e cooperativo entre professores e

alunos. Entretanto, sabemos que sempre deve ocorrer uma combinação entre

professores e alunos de que forma serão as avaliações.

Desta maneira, poderá surgir um novo relacionamento social, baseado no

diálogo sincero de ambas as partes entre professor e alunos, isto pode ajudar na

construção da democracia na escola.

Hoffmann (2005, p.15) diz que:

“A avaliação é uma ação transformadora em reflexão e é essa ação que nos impulsiona as novas reflexões. A avaliação é essencial à educação. Inerente e indissociável enquanto concebida como problematização, questionamento, reflexão sobre ação.”

Por outro lado, a autora nos fala que desde o início dos tempos os

estudiosos se preocuparam em estabelecer críticas e opiniões entre avaliação e

ação em diferentes manifestações pedagógicas, esquecendo-se de mostrar planos

concretos ao educador que deseja fazer uma avaliação em benefício da educação.

Assim, a aprendizagem pode ser definida de uma forma bem sintética, como

o modo de os seres adquirirem novos conhecimentos, desenvolverem competências

e mudarem o seu comportamento. PIAGET (1981).

Além de todos estes argumentos, devemos salientar que a avaliação não

Page 7: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DO ESTADO DA … · De acordo com as Diretrizes Curriculares (2008, p.79), no ensino de Ciências “avaliar implica intervir no processo ensino-aprendizagem

depende só da pedagogia adotada pelo professor, existem outros fatores que podem

dificultar a aprendizagem do aluno, por exemplo, o estado emocional, maturidade,

saúde, alimentação, entre outros.

Segundo CUPELLO (1998), os aspectos de saúde contribuem

negativamente para a aprendizagem e o desenvolvimento do aluno, tanto emocional,

psicológico, fisicamente e socialmente.

AUSUBEL et al.(1980), tinha uma preocupação muito grande, sobre de que

maneira o ser humano constrói os significados relevantes para ajudar na

aprendizagem. Dependendo das estratégias utilizadas o aprendizado pode ser

facilitado.

Para MORAN (2000, p.137), práticas inovadoras são aquelas que dão

suporte para o aluno aplicar em sua vida real. Assim, essas práticas podem conduzir

na construção de uma identidade, levando-o a uma profissão e encontrar seu

espaço na sociedade.

Sendo assim, fica claro o papel do professor em ser o articulador para

facilitar a aprendizagem do aluno, tornando a avaliação apenas uma atividade a

mais para enriquecer a aprendizagem e organizar seu próprio conteúdo para a

próxima etapa.

Tomando como embasamento para diagnosticar as dificuldades encontradas

nas avaliações de ciências, pergunta-se: Por que os sistemas avaliativos têm gerado

dúvidas tanto para professores e alunos? Qual é o motivo pelo qual os alunos não

importarem com as notas baixas nas avaliações de Ciências? Por que preocupamos

tanto com a Avaliação? Você se preocupa com a avaliação diagnóstica? O que faz

para reverter à situação quando o aluno vai mal na avaliação? Acha que as

avaliações podem ser um momento de aprendizagem?

3 PROCESSOS DE AVALIAÇÃO

Ao abordarmos os processos de avaliação vimos que ele é realizado em

função dos objetivos expressos nos projetos de ensino e/ou programação Curricular

do Estabelecimento de Ensino de acordo com as Diretrizes pedagógicas emanadas

da Secretaria Estadual da Educação.

Page 8: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DO ESTADO DA … · De acordo com as Diretrizes Curriculares (2008, p.79), no ensino de Ciências “avaliar implica intervir no processo ensino-aprendizagem

Assim sendo, a avaliação é compreendida como forma de acompanhamento

e aperfeiçoamento do processo de aprendizagem e permitirá o diagnóstico de seus

resultados e consequente a reformulação dos conteúdos e dos encaminhamentos

metodológicos, sendo, portanto, contínua, progressiva e cumulativa.

O Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Professora Adélia

Antunes Lopes de Jataizinho, coloca que a avaliação deve propiciar ao educando o

auxílio na compreensão de si mesmo para que ele possa detectar as suas

capacidades e limitações, fazendo prevalecer os aspectos qualitativos de aprender,

dando-se maior importância à atividade crítica, a capacidade de síntese e a

elaboração pessoal.

No entanto, a avaliação diagnóstica proposta no P.P.P. apresenta o propósito

de determinar a presença ou ausência de pré-requisitos, suas causas de

dificuldades na aprendizagem visando com isto o crescimento e não a sua

estagnação disciplinadora, o que exige uma postura pedagógica e definitiva.

Segundo Marcondes de Sousa3, a avaliação diagnóstica é sinalizada como

avaliação elementar. Apresentando e qualificando a importância de algum aspecto

do comportamento do aluno. Isto implica uma metodologia diferenciada no sistema

avaliativo, que não deve ser colocadas de lado das outras práticas do processo de

ensino3, pois, a avaliação diagnóstica fornece ao professor informações para que

possa direcionar os exercícios e planejar de forma adequada às características de

seus alunos. É de suma importância frisar que a avaliação diagnóstica não deve ser

aplicada por um longo período, interferindo na implementação do plano de trabalho

docente e das atividades didáticas, pois existe outra modalidade de avaliação

consecutiva que pode sucedê-la e que permite a observação do avanço e da

qualidade da aprendizagem alcançada pelos alunos.

Ao passo que, a avaliação formativa oportuniza ao educando um ser único e

individual respeitando sua potencialidade, avalia seu desempenho em relação aos

objetivos propostos, fornece elementos decisivos para prosseguimento ou retomada

de estudos.

Todavia, este método de ensino ajuda o professor a adequar às atividades

de avaliação, ajustando a capacidade de aprendizagem dos alunos. Por isto, a

3 SOUSA,Marcondes. Avaliação Diagnóstica, Formativa e Somativa.

Disponível:http://www.webartigos.com/artigos/avaliacao-diagnostica-formativa-e-somativa/40842/.

Publicado em 19 de junho de 2010. Acesso em: 25 de junho de 2011.

Page 9: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DO ESTADO DA … · De acordo com as Diretrizes Curriculares (2008, p.79), no ensino de Ciências “avaliar implica intervir no processo ensino-aprendizagem

avaliação deve ser bem planejada para obter informações consistentes durante seu

processo de aprendizagem.

Abrecht (1994, p.18) estimava que o valor da avaliação formativa não fosse

como um processo, mas como estilo onde “Os grandes objetivos da avaliação

formativa são, de fato a conscientização, por parte do aluno, da dinâmica do

processo de aprendizagem (objetivos, dificuldades e critérios).a luta contra a

passividade.” Na verdade, o autor valoriza o desempenho individual do aluno em

direcionar seus próprios processos de desenvolver seus critérios de avaliar.

Ao escolher a avaliação formativa, Perrenoud (1992), achava que a dinâmica

das aulas é comprometida, tanto nos aspectos da própria disposição das aulas,

como as práticas de ensino, o estilo entre o educador e seu estabelecimento de

ensino, a política da escola, o conteúdo e os objetivos.

Isto deixa claro que, dependendo do tipo de avaliação que o professor

escolher, ele deve ter clareza do que pretende enfatizar para que seu trabalho seja

dinamizado dentro do setor educacional.

Por outro lado, existem metas fundamentais que direcionam a avaliação da

aprendizagem. Soma-se a isto, a atuação de cada educando em melhorar onde

precisa de maior atenção específica; observar e esquematizar como poderia auxiliar

os alunos ao depararem com problemas; investigar se os objetivos propostos estão

sendo alcançados; buscar informações para a revisão dos materiais e para o

aperfeiçoamento do trabalho pedagógico. PPP da Escola (2011).

Contudo, a avaliação somativa dá um suporte caracterizado pela avaliação

global, cumulativa com o aproveitamento escolar em sua totalidade, portanto a

avaliação incidirá sobre o desempenho do aluno em diferentes experiências de

aprendizagem; utilizando técnicas e instrumentos diversificados oportunizando ao

educando o seu sucesso escolar. PPP da Escola (2011).

Assim sendo, o PPP da escola deixou muito claro a nós professores que, o

final do processo da avaliação somativa, ela pode contribuir para uma função

classificatória conforme o nível de aproveitamento do aluno, isto é, ela pode

determinar à retenção ou à progressão do estudante.

No entanto, a pauta que ficou registrada é que, este tipo de avaliação pode

ser utilizado com maior facilidade como instrumento de verificação social, visto que

esta permite seriar os alunos, constituindo assim uma avaliação por dar mérito no

social do educando. Isto é, ela enfatiza os resultados gerais na progressão ou na

Page 10: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DO ESTADO DA … · De acordo com as Diretrizes Curriculares (2008, p.79), no ensino de Ciências “avaliar implica intervir no processo ensino-aprendizagem

retenção do aluno.

Porém, a posição questionada é que o instrumento de avaliação é o objeto a

ser avaliado devem ser coerentes entre as atividades de grupo, provas e fichas de

observação, onde o professor distribui conceitos médios para todos os alunos. Na

verdade, nesta ação, só observa o desempenho individual do aluno.

O que fica claro nesta situação é que as escolas brasileiras tem esta

realidade e cabe ao professor escolher, entre as alternativas acima, a que menor

lesão traz à qualidade do ensino.

Certamente, alguns vão continuar a inventar um arremedo de avaliação

qualitativa, enquanto outros continuarão produzindo suas provas, por vezes mal

elaboradas, mas sabemos que é o que sabem, ou o que conseguem fazer.

Todavia, este documento, o PPP, que é a linha que toda escola deve ter

como base de direcionamento de seu trabalho pedagógico, deixou muito fulgente

que, quem continuar tentando fazer avaliação qualitativa nas condições

contemporâneas acaba numa farsa, em que as atividades de grupo da turma, o

“conceito individual”, atribuindo a cada aluno, critérios que por vezes não ficam

claros para todos, levando à promoção alunos que não atingiram objetivos mínimos

da série levando-os a exclusão e progressão continuada.

Por fim, cabe a escola e aos professores definirem qual é a melhor forma de

avaliar a aprendizagem do aluno para que a mesma tenha o sucesso como a meta

final.

4 A APLICAÇÃO DO PROJETO NA ESCOLA

Iniciaram-se os trabalhos na Semana Pedagógica de julho de 2011, quando

foi apresentado este projeto à docentes, equipe pedagógica e direção do Colégio

Estadual Professora Adélia Antunes Lopes, fiz uma breve apresentação dos

objetivos a serem alcançados durante a aplicação do mesmo. Pedi a colaboração do

professor da disciplina de Ciências da série em que iria desenvolver o projeto e

também aos outros que se interessassem em participar desta jornada.

Logo que as aulas se iniciaram em agosto de 2011, reuniram-se os

professores que estavam atuando na 5ªsérie/ 6º ano do período matutino e equipe

Page 11: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DO ESTADO DA … · De acordo com as Diretrizes Curriculares (2008, p.79), no ensino de Ciências “avaliar implica intervir no processo ensino-aprendizagem

pedagógica.

Foram apresentados a eles alguns gráficos4 com a estatística de reprovações dos

anos de 2009, 2010 e o relatório de notas do primeiro semestre de 2011. Com base

nesses dados, fez-se um levantamento do perfil dos alunos e a partir deste ponto

começamos a discutir as formas de avaliações que vinham sendo aplicadas e o que

se podia fazer para mudar este quadro. Muitas foram às sugestões, mas o que

realmente todos esperavam é que o aluno alcançasse o aprendizado completo. Os

professores discutiram sobre como reverter este quadro de fracassos escolares e

chegaram à conclusão de que precisamos estimular nossos alunos a aprenderem, a

tomar gosto pelo estudo, a relacionar a teoria com a prática vivenciada por ele.

Em nosso segundo encontro, os professores estavam mais animados e

buscando novos caminhos, então foi apresentado a eles um texto sobre a avaliação

de Tânia Zaguri; do livro O professor refém, para pais e professores entenderem por

que fracassam a educação no Brasil, mais especificamente no tema 115. Fizemos a

leitura deste texto e após a discussão pedi aos professores para que respondessem

algumas questões que elaborei. Com base nessas respostas pude verificar como

cada docente vê a avaliação, as dúvidas sobre ela, a metodologia utilizada, e o que

eles fazem com os alunos que não conseguem atingir os objetivos, ou seja, a média

estabelecida pelo sistema de ensino. Através das respostas colhidas, fez-se uma

breve discussão, onde cada professor pode expor a sua opinião e em conjunto,

chegamos à conclusão de que se deve utilizar instrumentos variados no ato de

avaliar e que a avaliação consiste na aprendizagem diária do processo ensino.

O fechamento do 3º bimestre na escola, foi caracterizado através da

estatística das notas dos alunos. Verificou-se uma considerável melhora no

rendimento escolar. Os professores relataram que as novas abordagens e a

diversificação de atividades em forma de avaliação mostraram um bom resultado

final. Tais produtos puderam verificar o efeito sobre o ensino e aprendizagem dos

alunos. Aproveitei a reunião para entregar a eles o texto AVALIAÇÃO É?6 Este texto

traz opinião de vários autores sobre o que é avaliação. Pedi que fizessem a leitura

com calma, pois é um texto para reflexão de nossa postura frente às atuais políticas

educacionais. Também mostrei um material com diversas atividades que abordam os

4 Gráficos cedidos pela secretaria do Colégio Estadual Profª Adélia Antunes Lopes, estão nos anexos.

5O texto está na integra nos anexos

6O texto está na integra nos anexos.

Page 12: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DO ESTADO DA … · De acordo com as Diretrizes Curriculares (2008, p.79), no ensino de Ciências “avaliar implica intervir no processo ensino-aprendizagem

conteúdos a serem trabalhados nesta série durante o ano letivo, de acordo com os

conteúdos estruturantes e conteúdos básicos propostos pelas Diretrizes Curriculares

e me coloquei a disposição de todos os professores, para auxiliar na elaboração de

novas atividades, já que sou professora readaptada e, meu tempo na escola é para

atuar junto a professores que necessitem de ajuda com material didático que

colaborem no ensino/aprendizagem.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O intuito de despertar o interesse e a necessidade de se discutir sobre as

Relações implícitas nas Dificuldades encontradas nas Avaliações de Ciências, ou

seja, mais precisamente sobre os problemas que levam os alunos a não terem o

rendimento escolar esperado dentro da disciplina de Ciências foi plenamente

alcançado, pois os professores cooperaram efetivamente da implementação deste

projeto, participando dos encontros, discutindo e trocando ideias sobre novas formas

de se avaliar, e acatando algumas sugestões por mim propostas, no que se refere a

algumas atividades que podem ser colocadas como avaliação no decorrer das aulas.

Resumindo, alcancei o objetivo central, ou seja, levar o professor a refletir, discutir e

mudar suas formas de avaliação, sempre pensando num ensino de qualidade e,

principalmente, contribuindo com o aprendizado do aluno.

A avaliação sempre foi e continuará sendo um tema de muita discussão. O

importante é que consigamos desmistificar o ato de avaliar e que evoluamos

juntamente com as novas políticas educacionais. O professor que ainda insistir em

métodos antiquados de avaliar estará comprometendo toda uma estrutura de

aprendizado por parte do aluno. Temos que nos atualizar, implantar novas

metodologias, diversificar nas atividades, enfim, temos que nos desdobrar para

conseguir alcançar o nosso objetivo maior, que é possibilitar o aprendizado por parte

do aluno.

Espero que este trabalho realizado durante o Programa de Desenvolvimento

Educacional (PDE) do Estado do Paraná forneça aos professores de Ciências, uma

contribuição no processo avaliativo e que sirva de reflexão aos docentes de todas as

disciplinas, pois a avaliação é complexa e o ato de avaliar exige muita desenvoltura

Page 13: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DO ESTADO DA … · De acordo com as Diretrizes Curriculares (2008, p.79), no ensino de Ciências “avaliar implica intervir no processo ensino-aprendizagem

por parte do professor, pois ele deve estar atento a todas as possibilidades e meios

de levar o aluno a aprender para a vida.

6 REFERÊNCIAS

ABRECHT, R.; A avaliação formativa. Porto: Edições ASA

AUSUBEL, D.; NOVAK, J. e.: HANESIAN, H. Psicologia Educacional. Rio de Janeiro: ed. Interamericana, 1980. BARROS, F. J.; SILVA, D. da . Algumas reflexões sobre a avaliação dos estudantes no ensino de Ciências. Ciências & Ensino, n. 9, p. 14 - 17, 2000. CUPELLO, R. O atraso da linguagem como fator causal dos distúrbios de aprendizagem. Rio de Janeiro, Revinter, 1998, 135-51p FERREIRA, L. Retratos da avaliação, conflitos, desvirtuamentos e caminhos para a superação. Porto Alegre: Mediação, 2002.

GONZÁLEZ, L. A. (1996). Contratos de evoluacion. Educación, Segundo semestre de 1996 (21): p. 59-73. HOFFMANN, J.M.L. Avaliação: mito e desafio uma perspectiva construtivista. 35ª Ed. Revista Porto alegre: Mediação. 2005. LUCKESI, C. C., Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez editora, 2010 – 21ª Ed.

MORAN, J. M.; MASSETO, M. & BEHRENS, M.; Novas tecnologias e mediação pedagógica; São Paulo, Papirus 2000 (Coleção Papirus Educação).

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação – Ciências. Curitiba: SEED – PR, 2008

PERRONOUD, P. Não mexam na minha avaliação! Para uma abordagem sistêmica da mudança pedagógica. In Estela, A. Et. Nóvoa, A. (dir.) Avaliações em educação: novas perspectivas. Lisboa: Educa.

PILETTI, N. Psicologia educacional. São Paulo, Ática, 1984, 273-87p.

P.P.P. do Colégio Estadual Professora Adélia Antunes Lopes – 2010. Jataizinho

Page 14: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DO ESTADO DA … · De acordo com as Diretrizes Curriculares (2008, p.79), no ensino de Ciências “avaliar implica intervir no processo ensino-aprendizagem

Paraná. REGIMENTO ESCOLAR do Colégio Estadual Professora Adélia Antunes Lopes – 2010. Jataizinho Paraná. SILVA, J. F.da; HOFFMANN J.; ESTEBAN M. T.. Práticas avaliativas e aprendizagens significativas em diferentes áreas do currículo. 6ª Ed. Porto Alegre: Editora Mediação, 2008. SOUSA, Marcondes. Avaliação Diagnóstica, Formativa e Somativa. Disponível em: http://www.webartigos.com/artigos/avaliacao-diagnostica-formativa-e-somativa/40842/. Publicado em 19 de junho de 2010. Acesso em: 25 de junho de 2011.

VYGOTSKY, L.S. Pensamento e Linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1991b.

ZAGURY, T. O professor refém: para pais e professores entenderem por que fracassam a educação no Brasil / 6ª Ed. – rio de Janeiro: Record, 2006.

SITES CONSULTADOS:

DIAS, Nicacio. AVALIAÇÃO ESCOLAR 1. Disponível em: http://www.slideshare.net/diginic/avaliao-escolar-1 – Acessado em 25/ jul./2011

BENTO, Neusa Maria. Atividades sobre água. Disponível em: http://neusamariabento.blogspot.com/2010/10/atividades-sobre-agua.html - acessado em 25/ jul./2011

REGINA, Sandra. Atividades sobre a Água. Disponível em: http://1.bp.blogspot.com/_8uY050iSBtU/S6YhErp2MbI/AAAAAAAAEsw/nSEJmv9drjM/s1600-h/agua4_0002.jpg - acessado em 25/ jul./2011

GONZALES, Dany. Atividades sobre a Água. Disponível em: http://jardimdatiadani.blogspot.com/2009/07/atividades-sobre-agua.html - acessado em 25/ jul./2011

ATIVIDADES EDUCATIVAS. 100 atividades sobre a água para educação infantil. Disponível em: http://www.atividadeseducativas.net.br/atividades-educativas-100-atividades-sobre-a-agua-para-educacao-infantil/a-agua-sugestoes-e-atividades-2/

Acessado em 25/ jul./2011

Page 15: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DO ESTADO DA … · De acordo com as Diretrizes Curriculares (2008, p.79), no ensino de Ciências “avaliar implica intervir no processo ensino-aprendizagem

MAPEDAGOGIA. Tudo para Educação Infantil- Brincar e Educar. Disponível em: http://blig.ig.com.br/maeducacao/files/2009/04/agua11.jpg - Acessado em: 25/jul./2011

7 ANEXOS

APROV. REPR.

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

Estatística dos aprovados e reprovados das 5ª séries / 6º anos de 2009

PORT. MAT. CIÊN. ARTE ED.FIS. GEOG. HIST. LEM ING

aprovados e reprovados

me

ros

de

alu

no

s

Figura 1 – Número de alunos das 5a séries / 6º anos, aprovados e reprovados nas diferentes

disciplinas de 2009, referente a Escola Estadual Profª Adélia Antunes Lopes de

Jataizinho.

Page 16: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DO ESTADO DA … · De acordo com as Diretrizes Curriculares (2008, p.79), no ensino de Ciências “avaliar implica intervir no processo ensino-aprendizagem

APROV. REPR.

0

20

40

60

80

100

120

140

160

Estatística dos aparovados e reprovados das 5ª séries / 6º anos de 2010

PORT. MAT. CIÊN. ARTE ED.FIS. GEOG. HIST. LEM ING

aprovados e reprovados

me

ros

de

alu

no

s

Figura 2 – Número de alunos das 5a séries / 6º anos, aprovados e reprovados nas diferentes

disciplinas de 2010, referente à Escola Estadual Profª Adélia Antunes Lopes de Jataizinho.

Page 17: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DO ESTADO DA … · De acordo com as Diretrizes Curriculares (2008, p.79), no ensino de Ciências “avaliar implica intervir no processo ensino-aprendizagem

PORT MAT CIÊN ARTE ED.FÍS GEOG HIST LEM ING

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

Estatística das notas vermelhas da 5ª série A / 6º ano A do 1º semestre de 2011

disciplinas

me

ros

de

alu

no

s

Figura 3 – Número de alunos das 5a série A / 6º ano A, com notas vermelhas nas diferentes

disciplinas do 1º semestre de 2011, referente ao Colégio Estadual Profª Adélia Antunes Lopes de Jataizinho.

Page 18: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DO ESTADO DA … · De acordo com as Diretrizes Curriculares (2008, p.79), no ensino de Ciências “avaliar implica intervir no processo ensino-aprendizagem

PORT MAT CIÊN ARTE ED.FÍS GEOG HIST LEM ING

0

5

10

15

20

25

30

Estatística das notas vermelhas da 5ª série B / 6º ano B do 1º semestre de 2011

disciplinas

me

ros

de

alu

no

s

Figura 4 – Número de alunos das 5a série B / 6º ano B, com notas vermelhas nas diferentes

disciplinas do 1º semestre de 2011, referente ao Colégio Estadual Profª Adélia Antunes Lopes de Jataizinho.

Page 19: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DO ESTADO DA … · De acordo com as Diretrizes Curriculares (2008, p.79), no ensino de Ciências “avaliar implica intervir no processo ensino-aprendizagem

PORT MAT CIÊN ARTE ED.FÍS GEOG HIST LEM ING

0

5

10

15

20

25

30

Estatística das notas vermelhas da 5ª série C / 6º ano C do 1º semestre de 2011

disciplinas

me

ros

de

alu

no

s

Figura 5 – Número de alunos das 5

a série C / 6º ano C, com notas vermelhas nas diferentes

disciplinas do 1º semestre de 2011, referente ao Colégio Estadual Profª Adélia Antunes Lopes de Jataizinho.

Page 20: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DO ESTADO DA … · De acordo com as Diretrizes Curriculares (2008, p.79), no ensino de Ciências “avaliar implica intervir no processo ensino-aprendizagem

0 – 2 2 – 4 4 – 6 6 – 8 8 – 10

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

Estatística das notas das 5ª séries A, B, C/ 6º ano A, B, C de Ciências do 3º bimestre de 2011

5ª A 5ª B 5ª C

notas

me

ros

de

alu

no

s

Figura 6 – Número de alunos das 5

a série A, B e C / 6º ano A, B e C e suas respectivas notas na

disciplina de Ciências do 3º bimestre de 2011, referente ao Colégio Estadual Profª Adélia Antunes Lopes de Jataizinho.

Page 21: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DO ESTADO DA … · De acordo com as Diretrizes Curriculares (2008, p.79), no ensino de Ciências “avaliar implica intervir no processo ensino-aprendizagem

5ª MAT. 5ª VESP. 5ª NOT.

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Estatística dos alunos das 5ª séries / 6º anos, dos períodos matutino, vespertino e noturno que foram aprovados, reprovados e

abandonaram no ano de 2011

APROV REPROV ABAND

aprovados, reprovados e abandonos

me

ros

de

alu

no

s

Figura 7 – Número de alunos das 5

a séries / 6º anos dos períodos matutino, vespertino e noturno,

que foram aprovados, reprovados e abandonou no ano de 2011, referente ao Colégio Estadual Profª Adélia Antunes Lopes de Jataizinho.

Page 22: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DO ESTADO DA … · De acordo com as Diretrizes Curriculares (2008, p.79), no ensino de Ciências “avaliar implica intervir no processo ensino-aprendizagem

TEXTO 1

O texto abaixo está baseado no livro de: ZAGURY, T. O professor refém: para pais e

professores entenderem por que fracassam a educação no Brasil / 6ª Ed. – Rio de

Janeiro: Record, 2006, mais especificamente no tema 11, que aborda a questão:

AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM.

AVALIAÇÃO ONTEM

Quando a avaliação era feita apenas através de provas, o professor não se sentia

inseguro. Porque elaborar questões baseadas apenas no conteúdo desenvolvido em sala de

aula é evidentemente mais fácil do que avaliar aspectos tão complexos que vão desde a

formação de hábitos e atitudes, passando pelo desenvolvimento de competências

cognitivas, afetivas e sociais.

É o que se espera seja feito pelos professores hoje.

Não se trata de discutir que tipo de avaliação deve ou não ser feita, qual a melhor

ou a mais moderna. Trata-se, sim, de verificar quais são as reais condições de trabalho dos

professores e, daí, repensar o que pode resultar da aplicação de medidas que não possam

efetivamente ser realizadas com qualidade.

A questão é: o ensino vem melhorando desde que se adotou a avaliação

qualitativa? Os alunos mostram maior domínio das habilidades necessárias à sobrevivência

no século XXI? Parece-me que as pesquisas nacionais e internacionais mais recentes já nos

responderam. A decisão fica entre:

1) Continuar a “tentar” avaliar qualitativamente, sabendo que o professor nem ao

menos conhece o rostinho de cada um de seus alunos, além de sabermos

também que, nas atuais condições em que trabalha, ele não tem mesmo tempo

de fazê-lo adequadamente (o que já resultou, e ainda continuará resultando, em

queda de qualidade)?

2) Voltar a usar apenas a avaliação que mede conhecimentos e competências

cognitivas, porque isso o professor pode ao menos fazer de forma mais bem-

feita? Ou

3) Mudar a realidade das salas de aula, a infraestrutura das escolas, prover

Page 23: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DO ESTADO DA … · De acordo com as Diretrizes Curriculares (2008, p.79), no ensino de Ciências “avaliar implica intervir no processo ensino-aprendizagem

treinamento adequado para os professores e, aí sim, continuar, ou melhor,

começar a fazer verdadeiramente avaliação qualitativa?

Há cerca de três décadas, a prova era considerada “o” instrumento de avaliação.

Era a prova escrita, prova oral, prova e mais nada. Hoje, se preconiza uma avaliação mais

ampla. Afirma-se que as provas não avaliam nada. Só “mede” conhecimento, o que poderá

induzir a injustiça com o aluno.

“Prova não mede nada”: mais uma meia - verdade. Porque, entre uma prova muito

bem elaborada do ponto de vista didático (que pode avaliar altos níveis de competência e

saber, dependendo da forma como é elaborada) e a avaliação qualitativa como tem sido

(mal) feita, a prova pode ser um instrumento mais justo, especialmente porque mais viável –

ao menos enquanto não mudam as condições atuais de trabalho do professor.

Uma prova bem elaborada é um ótimo instrumento de avaliação, se seguirem todas

as suas etapas didáticas: 1) elaboração adequada e abrangente; 2) resultados analisados

de forma a detectar unidades não suficientemente trabalhadas e que necessitam, portanto,

de mais aulas ou do uso de outras técnicas de ensino; 3) utilização dos resultados da

análise das provas para elaborar estratégias de recuperação e melhorar deficiências de

aprendizagem reveladas.

Se utilizada dessa forma, uma prova muitas vezes é instrumento de avaliação mais

precioso do que uma avaliação qualitativa em que se utilizam trabalhos de grupo,

eventualmente provas e fichas de observação (em que o professor lança conceitos médios

para todos, porque não pode na verdade observar o desempenho individual). Porque feita

dessa forma, a avaliação qualitativa, na verdade, de qualitativa tem apenas o nome.

A questão que me parece essencial, na situação atual das escolas brasileiras, é

encarar a realidade que temos e escolher, entre as duas alternativas acima, a que menor

prejuízo traz à qualidade do ensino. O que não se pode continuar a fazer em encontros,

congressos, seminários e cursos é discursar sobre a forma ideal de avaliar, ignorando a

realidade.

O que significa que alguns vão continuar a fazer um arremedo de avaliação

qualitativa, enquanto outros continuarão dando suas provas, por vezes mal elaboradas – é o

que sabem e o que conseguem fazer.

Quem continua tentando fazer avaliação qualitativa nas condições atuais acaba

numa farsa, em que “pede” um ou dois trabalhos de grupo à turma, o que, junto com o

“conceito individual” atribuído a cada aluno (com critérios que por vezes não ficam claros

para ninguém), termina levando à promoção alunos que não atingiram objetivos mínimos da

série (excluída a progressão continuada).

E, assim, ouve-se agora – assombrada a sociedade – a notícia de que os alunos do

Page 24: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DO ESTADO DA … · De acordo com as Diretrizes Curriculares (2008, p.79), no ensino de Ciências “avaliar implica intervir no processo ensino-aprendizagem

Ensino Médio no Brasil estão apresentando graves deficiências de formação e um nível de

aprendizagem compatível com o esperado numa 5ª/ 6ª ou 6ª/7ª série. A mesma constatação

está sendo feita a partir dos resultados do Exame Nacional de Cursos aplicado pelo MEC

nos últimos três anos, a estudantes que completam cursos de graduação em universidades

públicas e particulares.

Sobretudo quando se discutem formas de incrementar a qualidade do ensino e,

mais especificamente, quando consideramos as reais necessidades dos alunos na moderna

sociedade, fica muito claro que, obrigatoriamente, o aluno ao concluir a obrigatoriedade

escolar, antes de tudo – e a despeito do método de ensino ou de avaliação que se utilize –

precisa:

1) Ler compreensiva e analiticamente (condição básica para ser livre e responsável

pelas suas decisões intelectuais, política e ideológicas);

2) Compreender os fatos sociais e o mundo em que está inserido (para poder

tomar decisões calcadas em sua própria análise e não ser usado como objeto

consumidor ou como eleitor facilmente iludível, por exemplo);

3) Estar instrumentalizado para competir no mercado de trabalho, dominando o

arsenal mínimo necessário a sua inserção produtiva na sociedade.

O mais importante: para mudar é preciso antes criar as condições infra estruturais

para que a mudança de fato possa ocorrer. Caso contrário, continuaremos a mudar, mudar,

mudar... Mas só na aparência e na nomenclatura. Ou, mais grave ainda, mudaremos

sempre para pior em termos de qualidade final.

Quando jogamos fora um modelo e instalamos outro, mais moderno, sem analisar

se de fato há condição de execução real, continuamos incorrendo em falhas que só nos

levam a retroceder, a perder o bonde da história – ao contrário do que se deseja.

As mudanças conceituais sobre a melhor forma de avaliar o desempenho tomam

por base uma série e estudos que começaram a influenciar a Educação no Brasil por volta

das décadas de 1960 – 1970 e que influenciaram educadores em todo o mundo.

No entanto, vale a pena expor, sucintamente, as principais mudanças implantadas

para os leitores não afeitos ao tema terem uma ideia mais clara.

Até mais ou menos a década de 1970, no Brasil, os alunos eram avaliados de

forma muito uniforme:

1) Havia um programa único para todo o país, vindo do MEC, e cada professor era

responsável apenas pelos conteúdos da matéria que lecionava (não se falava

em interdisciplinaridade nem em integração curricular à época).

Page 25: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DO ESTADO DA … · De acordo com as Diretrizes Curriculares (2008, p.79), no ensino de Ciências “avaliar implica intervir no processo ensino-aprendizagem

2) Anualmente o MEC enviava, a todas as escolas brasileiras da rede oficial e

oficializada, provas únicas, que todos os professores aplicavam e corrigiam

segundo uma tabela, também enviada pelo MEC.

3) As provas de redação eram corrigidas seguindo uma outra tabela que

considerava não somente a parte gramatical como também as ideias expressas

pelo aluno.

4) As notas variavam de 0 a 100 (primeiras séries ou o antigo primário) e de 0 a 10

( para ginásio e científico).

5) Apenas os que tivessem 50% de acertos ou mais eram aprovados; os que não

conseguissem iam para a “segunda época”.

6) A segunda época era uma nova oportunidade que os alunos tinham de refazer

estudos, rever a aprendizagem e a avaliação, Durava um mês (geralmente em

janeiro) e, ao final, os alunos faziam nova prova.

7) Quem não obtivesse o estipulado para aprovação depois dessa segunda chance

ficava automaticamente reprovado.

8) O aluno podia ficar em segunda época até no máximo em três matérias; mais do

que isso era reprovado, sem direito à segunda época.

9) Havia também prova oral, além da escrita, com “ponto” (tema) sorteado na hora,

sobre o qual o aluno deveria discorrer, “explicitando tudo o que sabia sobre” ou

abordando aspectos que o professor determinasse.

AVALIAÇÃO HOJE

A seguir, explicito, em linhas muito gerais, o que se preconiza atualmente como

avaliação moderna.

1) Comecemos pelo termo avaliar – que ganhou nova e mais complexa dimensão –

fazendo nítida distinção entre “medir conhecimentos” e “avaliar desempenho”.

“Medir” (o que/quanto o aluno aprendeu) passou a designar uma forma insuficiente e

negativa de verificar a aprendizagem, e em geral se relaciona, na prática, ao uso de

provas e testes apenas. O segundo termo é utilizado quando se deseja fazer menção

à maneira desejável de se verificar se os objetos do ensino e da aprendizagem foram

alcançados. Inclui variados instrumentos, como provas, testes, trabalhos individuais

e de grupo, observação através de fichas e auto avaliação.

2) Os “programas oficiais” foram substituídos por “sugestões de conteúdos curriculares

mínimos”, depois pelos denominados “parâmetros curriculares nacionais”. Essas

Page 26: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DO ESTADO DA … · De acordo com as Diretrizes Curriculares (2008, p.79), no ensino de Ciências “avaliar implica intervir no processo ensino-aprendizagem

mudanças têm um cunho evidentemente mais abstrato e, portanto, são habilidades

menos observáveis em termos operacionais.

3) As “notas”, até então utilizadas, foram substituídas por conceitos (que assumiram

nomenclaturas variadas ao longo dos anos, como vimos).

4) Avaliar, na nova concepção, inclui, além de resultados do desempenho mensurável

(escrever corretamente, fazer cálculos, resolver problemas etc.), outras

aprendizagens até mais importantes, como a aquisição de competências nas áreas

cognitiva, afetiva, psicomotora e social, aspectos qualitativos que, segundo a própria

LDB, devem preponderar sobre os quantitativos. Isso tem significado na prática, que

um aluno com rendimento abaixo do mínimo exigido na parte de conteúdo

propriamente dito (em geral em torno de 50%), mas que é educado, polido,

esforçado e atento, que é um excelente músico ou esportes, pode ser promovido à

série seguinte, mesmo que demonstre deficiência em leitura ou cálculos.

5) Também se tornou fundamental, ao avaliar, considerar os progressos do aluno em

relação a si próprio, não relação ao grupo, conceito calcado na Psicologia, que

condena a “competição” entre os alunos. A classificação do rendimento dos alunos, a

“premiação” dos melhores com medalhas ou com “estrelas” coladas em cadernos, as

relações nominais hierarquizadas em murais, todas foram descartadas e

consideradas nocivas, estressantes e prejudiciais do ponto de vista emocional; ainda

segundo essa teoria, tais práticas desestimulam os alunos com desempenho mais

baixo e podem afetar sua autoestima.

Para que a avaliação seja justa, além de obedecer aos critérios técnicos em si, é

preciso que:

Sejam dadas oportunidades qualitativas e quantitativamente iguais aos alunos;

Todos sejam observados em todos os aspectos do seu desenvolvimento e em igual

número de oportunidades;

Que a avaliação ocorra durante todo o desenrolar do processo (quanto mais vezes

melhor, porque assim o aluno terá fato oportunidades de demonstrar tudo o que

aprendeu);

Uma habilidade que está sendo avaliada deve ser reavaliada em diferentes

dias/momentos durante o processo, de forma a permitir que o aluno não tenha seu

desempenho considerado pelo que foi expresso num “mau momento”(para eliminar o

que tanto se critica na forma tradicional de avaliação) que, portanto, também não

pode ter toda a “responsabilidade” pelo conceito final.

Consideremos o professor que tem uns trezentos alunos ou mais, pergunto: será

que ele pode mesmo identificar o crescimento individual, como se pretende hoje? Pensando

nisso apenas, nesse simples fato e em nenhum outro (e seriam muitos os que poderíamos

Page 27: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DO ESTADO DA … · De acordo com as Diretrizes Curriculares (2008, p.79), no ensino de Ciências “avaliar implica intervir no processo ensino-aprendizagem

elencar), seria absurdo considerar que, enquanto for essa realidade, o aluno não seria mais

bem avaliado se fizesse duas ou três provas, desde que muito bem elaboradas e de acordo

com as modernas técnicas didáticas?

Será mesmo possível acreditar que, sem ao menos saber o nome de cada um de

seus alunos, um professor pode ser justo ao avaliar as competências, habilidades e atitudes

desenvolvidas individualmente, e que só se exibem através, por exemplo, de

comportamentos exteriorizados em situações específicas?

Sinceramente, não posso crer que a avaliação que o professor consegue fazer nas

atuais circunstâncias seja superior àquela de duas ou três provas bem construídas

didaticamente permite em termos de igualdade de oportunidade e de correção de desvios.

Se o profissional é consciente dessa limitação, que fatalmente o obrigará a “imaginar

conceitos” para alguns alunos sobre os quais não teve oportunidade ou tempo de verificar

desempenhos, o que pode fazer? “O mal menor,” pensa. Dá um conceito médio para ao

menos não ser injusto. E se outro professor for menos consciencioso? Poderá, por exemplo,

por uma única atitude negativa, talvez a única que determinado aluno externou, considerar

que uma habilidade afetiva ou social não foi atingida. E aí? O conceito emitido vai ser

desfavorável... E se, depois disso, ele não tiver mais nenhuma oportunidade de observar

esse mesmo aluno, já que tem tantos?

E, assim a qualidade do ensino tem que continuar a decair. E a indisciplina e o

desinteresse também...

Esses argumentos parecem-me mais do que suficientes para que qualquer pessoa

compreenda por que hoje a avaliação se tornou um problema tão sério para o professor.

RECUPERAÇÃO PARALELA

A recuperação paralela é uma das estruturas que a escola possui para atender à

diversidade de características e ritmos de aprendizagem dos alunos, será realizada no

momento em que notar a dificuldade do aluno e deve ser entendida como uma decorrência

do processo de avaliação. Ela será proporcionada mediante a atribuição de tarefas e

trabalhos específicos, planejados pelo respectivo professor.

É bom lembrar que, mesmo com a recuperação paralela sendo feita, ainda assim,

há um nível de retenção considerado muito alto no Brasil. O que demonstra que a qualidade,

os métodos ou o tempo despendido na recuperação diária de alunos podem estar aquém do

que necessitam para superar seus problemas. E esse é um aspecto realmente relevante.

Que também pode indicar, ao menos, duas possibilidades (que, caso comprovado,

Page 28: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DO ESTADO DA … · De acordo com as Diretrizes Curriculares (2008, p.79), no ensino de Ciências “avaliar implica intervir no processo ensino-aprendizagem

exigiram, ambas, ação pedagógica reparatória urgente):

1) O professor não tem condição de usar o recurso, por algum motivo que merece ser

investigado dentro da realidade das escolas;

2) O professor ainda não compreendeu que, enquanto a maioria dos alunos não tiver

aprendido um conceito, uma competência ou habilidade que se esteja desenvolvendo, de

nada adianta “correr com a matéria, para ter tempo de dar tudo que foi planejado” – uma

distorção conceitual técnico-didática que precisa ser sanada com rapidez, para diminuir

prejuízo em curto prazo.

TEXTO 2

AVALIAR É ??? Para Jussara Hoffman

A avaliação é essencial à educação. Inerente e indissociável enquanto concebida

como problematização, questionamento, reflexão sobre a ação. Um professor que não

avalia constantemente a ação educativa, no sentido indagativo, investigativo, do termo,

instala sua docência em verdades absolutas, pré-moldadas e terminais. (p.17)

A avaliação é reflexão transformada em ação. Ação essa, que nos impulsiona para

novas reflexões. Reflexão permanente do educador sobre a realidade, e acompanhamento,

passo a passo do educando, na sua trajetória de construção do conhecimento. (p.18)

Para Perrenoud (1999)

A avaliação da aprendizagem, no novo paradigma, é um processo mediador na

construção do currículo e se encontra intimamente relacionada à gestão da aprendizagem

dos alunos;

A avaliação é um processo que deve estar a serviço das individualizações da

aprendizagem.

Para Luckesi

Avaliar x Examinar ( uma questão histórica);

Avaliar é um ato de diagnosticar uma experiência, tendo em vista reorientá-la para

produzir melhor resultado possível; por isso, não é classificatória, nem seletiva, ao contrário,

é diagnóstica e inclusiva.

Examinar é classificatório e seletivo, e por isso mesmo, excludente, já que não se

destina a construção do melhor resultado possível, e sim a classificação estática do que é

Page 29: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DO ESTADO DA … · De acordo com as Diretrizes Curriculares (2008, p.79), no ensino de Ciências “avaliar implica intervir no processo ensino-aprendizagem

examinado.

São situações opostas entre si, porém, nossos professores em seu cotidiano não

percebem tal distinção e quando dizem avaliando, na verdade estão examinando. (p.84)

Avaliação Escolar:

O processo avaliativo ainda não alcançou progressos no ensino, mantendo-se

classificatório e seletivo. A proposta de mudança de postura educacional é uma questão

bastante complexa. A avaliação exige rigor técnico-científico, ampliando o aspecto

pedagógico. Nessa perspectiva, o professor deve avaliar constantemente com a

preocupação de não fragmentar o processo.

Visão Tradicional:

Aluno passivo; professor como detentor e transmissor do saber; objetivo: recepção

e retenção dos conteúdos da aprendizagem, sem criticidade da realidade que o cerca.

Visão atual:

Aluno ativo; professor mediador, ênfase na exploração e na descoberta; objetivo:

apropriação e compreensão dos conteúdos das aprendizagens e no desenvolvimento do

raciocínio e do pensamento. (Consed. Progestão 2001 – p.22)

Avaliação:

A avaliação pode ser processo contínuo, visa à correção das possíveis distorções e

ao encaminhamento para a consecução dos objetivos previstos. Trata-se da continuidade da

aprendizagem dos alunos e não da continuidade de provas.

O processo de avaliação se coloca como elemento integrador e motivador e

motivador, e não como uma situação de ameaça, pressão ou terror. A avaliação abrange três

dimensões:

O desenvolvimento,

o desempenho do professor

a adequação do professor.

Portanto, é necessário que o professor tenha um plano de ensino elaborado para

nortear seu trabalho. Dessa forma, toda tarefa realizada pelos alunos deveria ter, por

intencionalidade básica, a investigação como ponto de reflexão sobre a prática dos

envolvidos – professor e alunos.

A avaliação acontece em todas as atividades com as trocas de informações do

aluno, de seus colegas, do professor e da comunidade. Segundo Demo (2000), o erro não é

um corpo estranho, uma falha na aprendizagem. Ele é essencial, é parte do processo.

Ninguém aprende sem errar. O homem tem uma estrutura cerebral ligada ao erro, é

intrínseco ao saber – pensar, à capacidade de avaliar e refinar, por acerto e erro, até chegar

Page 30: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DO ESTADO DA … · De acordo com as Diretrizes Curriculares (2008, p.79), no ensino de Ciências “avaliar implica intervir no processo ensino-aprendizagem

a uma aproximação final.

Os erros e dúvidas dos alunos são considerados episódios significativos e

impulsionadores da ação educativa.

POSTURA AVALIATIVA E ELABORAÇÃO DE INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO.

Alguns tipos de instrumentos de avaliação: Pré – teste, provas escritas e orais,

trabalhos, pesquisas, relatórios, seminários, questionários, estudos de caso, portfólio,

webquest, auto avaliação, observação. Podem ser feitos em: grupos – individual – duplas

– coletivo.

A utilização dos instrumentos deve ser adequada ao contexto em que o professor

se encontra.

A “PROVA”

Prova escrita: Dissertativa:

1) Resposta livre – ex: Fale sobre “pensão alimentícia”

2) Resposta orientada – ex: Pensão alimentícia:

a) O que é?

b) Bases legais.

c) Procedimentos em caso de não pagamento.

Prova escrita objetiva

1) Múltipla escolha

2) Verdadeiro ou falsa

3) Relação de pares

4) Preenchimento de lacunas

Page 31: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DO ESTADO DA … · De acordo com as Diretrizes Curriculares (2008, p.79), no ensino de Ciências “avaliar implica intervir no processo ensino-aprendizagem

5) Respostas curtas

Roteiro de análise das avaliações

Analise e discuta as questões da avaliação destacando os seguintes aspectos:

Que modalidades de questão estão sendo privilegiadas?

Os enunciados das questões apresentam-se claramente e contém as informações

essenciais para solução dos problemas?

Quais os objetivos das questões propostas?