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Joao Antunes Landscape Architect - Portfolio

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Page 1: Joao Antunes Landscape Architect Portfolio

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Page 3: Joao Antunes Landscape Architect Portfolio

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Page 4: Joao Antunes Landscape Architect Portfolio

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Índice 5 Apresentação

6 Curriculum vitae

7 Trabalhos Seleccionados

8 Arruamentos em santa maria

12 Urbanização “Casa Para Todos” – Tarrafal de São Nicolau

14 Lombo Branco

17 Empreendimento Turístico Na Baía Das Gatas

20 Empreendimento Turístico Em Porto Novo

22 Jardim Privado Na Baía Das Gatas

24 Paisagem Da Serra Malagueta

26 Lista De Projectos

Page 5: Joao Antunes Landscape Architect Portfolio

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Apresentação João Antunes é um arquitecto paisagista que desenvolve actividade pro-

fissional desde 2007.

Nas suas memórias pessoais traz os zambujais, a vinha, as hortas e os

pomares, as matas de pinheiros bravos e os matos, e mais remotos sobreiros

e milheirais da terra dos seus avós.

Enquanto cresce, observa nos subúrbios, os prados ainda pastoreados,

alguns campos cerealíferos e antigos olivais conviventes com coloridas urba-

nizações. Na amplitude dos montes, habitados por ruínas de antigos moi-

nhos, avistava-se Lisboa onde mais tarde viria a estudar e a trabalhar.

Na Tapada da ajuda (ISA), sob o esplendor duma mata mediterrânica no

ceio da cidade, impressiona-se pela mais bela profissão do mundo. Ainda em

Lisboa tem o privilégio de poder projectar com as calçadas de vidraço, com o

moleano e o lioz, e com o azulino, assim como com os lódãos, freixos e chou-

pos, Prunus, oliveiras e zambujeiros, olaias, pinheiros mansos e carvalhos.

Mas o destino quis que trocasse a luz lisboeta e as vistas do Tejo, pelas

vistas do azul profundo e atlântico, desde das ilhas de tons vermelhos, situa-

das já depois do Trópico de Câncer.

Descobre com muito prazer, em Cabo Verde, uma nova realidade de pro-

jecto, preenchida por calçadas e muros de basalto, por conglomerados ver-

melhos e jorra vulcânica, pelos espinheiros e acácias rubras, tamarindeiros,

amendoeiras, neems e tamareiras.

Na sequência dessa última vivência, marcada pela sua emancipação pro-

fissional, elabora o Portfolio, que representa uma oportunidade de reflexão

da sua narrativa própria, constituindo um testemunho e antevisão da sua

actividade profissional.

João Antunes

Maio de 2012

Page 6: Joao Antunes Landscape Architect Portfolio

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Curriculum vitae JOÃO PEDRO ANTUNES PIMENTA DOS SANTOS (Lisboa, Portugal 1983)

Licenciado em Arquitectura Paisagista pelo Instituto Superior de Agro-

nomia, Universidade Técnica de Lisboa, com tese após estágio acadé-

mico na Equipa Áreas Protegidas - PNSM, Santiago, Cabo Verde.

Inicia a sua carreira profissional em 2007 no ateliê de Arquitectura

Paisagista TOPIARISi em Lisboa, ingressando na sua equipa técnica a

convite do Arqt. Paisagista Luís Ribeiro. Colabora em projectos - para

Portugal, Cabo Verde e Angola - desde a concepção à realização em

obra, na sua maioria integralmente; entre outras, inclui-se a colabora-

ção em projectos de restauro e reabilitação de escolas no âmbito do

Projecto Parque Escolar, em conjunto com ateliês de arquitectura.

Em 2010 é bolseiro do programa INOV-Mundus, estagiando no ateliê

Ramoscastellano Arquitectosii, em Mindelo, Cabo Verde, consistindo o

estágio numa colaboração profissional em Arquitectura Paisagista.

Desenvolve projectos turísticos e residenciais, participando também na

componente arquitectónica dos projectos. Na sequência do estágio

continua a colaboração.

Ainda em Mindelo, já em 2011, colabora com a jmp - Arquitectura,

Urbanismo & Eng. Civiliii, integrado na sua equipa técnica, responsável

directo na concepção e desenvolvimento de projectos de espaços

exteriores públicos.

i http://www.topiaris.com/ ii http://www.ramoscastellano.com/

iii http://www.facebook.com/pages/JMP-Arquitectura-Urbanismo-e-Engenharia-LDA/246920418687544

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Trabalhos Seleccionados

ARRUAMENTOS EM SANTA MARIA URBANIZAÇÃO “CASA PARA TODOS” – TARRAFAL DE S. NICOLAU LOMBO BRANCO EMPREENDIMENTO TURÍSTICO NA BAÍA DAS GATAS EMPREENDIMENTO TURÍSTICO EM PORTO NOVO JARDIM NA BAÍA DAS GATAS PAISAGEM DA SERRA MALAGUETA

Page 8: Joao Antunes Landscape Architect Portfolio

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ARRUAMENTOS EM SANTA MARIA Santa Maria, Ilha do Sal, Cabo Verde 2011

Em colaboração com jmp - Arquitectura, Urbanismo & Eng. Civil Cliente: Câmara Municipal do Sal // Área: 5.252m² // Fase: em Construção

O projecto de arruamentos apresentado é constituído por duas partes, o projecto de execução da Rua de Praia (2.327m²) e o Ante-projecto da Frente da Praia de Santa Maria (2.925m²).

RUA DE PRAIA

a intersecção de percursos culturais e turísticos de Santa Maria, é através da rua de Praia que se faz a comunicação entre o centro - a Praça, Centro Cultural e Igreja – e de

toda a zona da praia, assim como, com o emblemático edifício “Vianinha” e o pontão que dele parte, e daí com o percurso a Oes-te junto à praia, ligado aos hotéis e restaurantes. A rua formou-se no avanço da primeira linha do edificado em relação ao Mar, cons-tituindo obstáculo à drenagem natural das águas pluviais para o oceano, numa zona de pendentes muito baixas.

A intervenção projectual tem como ponto de partida a resolução técnica desse problema e a par dela, a necessidade premente de requalificação do local e do aumento da capacidade de carga, devido à sua estratégica localização na vila de Santa Maria. O âmbito do programa definia um uso preferencialmente pedonal e restringia a circulação viária a um só sentido. Propõe-se um perfil transversal tipo sem lancis, dividido em dois espaços, um livre de obstáculos, permitindo a circulação pedonal e automóvel; o outro vocacionado para o recreio passivo, com árvores em caldeira e

bancos. A divisão assume-se pela criação de dispositivos de drena-gem superficial (caleiras e valetas), e pelo balizamento da trajectó-ria automóvel através de pilaretes, que a par dos candeeiros, são localizados numa faixa técnica, em blocos de basalto. O material que constitui a matriz do pavimento é o betão in situ; a calçada de cubos de basalto, mais plástica, é usada quer para preencher os espaços gerados pelo desalinhamento planimétrico dos edifícios, quer para fazer ajustes altimétricos entre as cotas de soleira e o pavimento proposto, e caldeiras de árvores. Propõe-se um terceiro material, os blocos de pedra calcária para situações de pavimento com expressão vertical (degraus, pequenos lancis e terraços), con-dição de excepção das soluções “tipo” referidas anteriormente.

Formalmente, a orientação dos eixos dos arruamentos, visa a con-tinuidade com a malha urbana (como sejam o caso das duas tra-vessas Norte-Sul), e a consonância com a estrutura construída, escolhendo-se as direcções de maior continuidade. As juntas do betão são visíveis, marcando ritmo do espaço, e a sua métrica tem relação com o espaçamento das caldeiras das árvores.

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FRENTE DE PRAIA DE SANTA MARIA

o extremo Sul da ilha do Sal, numa baia de praias de areia branca, a zona de projecto foi um antigo porto de embarque de sal, explorado nas salinas a cerca de 1 quilómetro a Norte da vila, sendo ainda testemunha desse passado, o edifício “Vianinha”, ex-

sede duma firma salineira, e o pontão de embarque, noutros tempos atravessado por uma linha férrea, procedente da salina. Localizado no centro da baía, o pontão constitui uma charneira entre a zona Oeste, composta por unidades hoteleiras, e a vila de Santa Maria propriamente dita, a Este.

O programa demandava a criação duma praça que antecedesse a praia e que se assegurasse a ligação entre a rua de Praia e a rua a Nordeste do

Vianinha. A proposta de uma praça tem a preocupação, de no contexto do teci-

do urbano, não se sobrepor ao conjunto Vianinha – pontão. Para isso propõe-se o alargamento do embasamento do edifício Vianinha, num pavimento em calçada, que se distinguisse do redor.

Relativamente à praça, há a intenção de criar uma continuidade for-mal com a Rua de Praia, no sentido de não criar hierarquias entre as duas, e propõe-se uma métrica de estereotomia relacionada com a do pavimen-to da rua de Praia. Estabelece-se assim em primeiro lugar, no prolonga-mento da rua de praia, a ligação previamente referida, na zona anterior à praça. Por sua vez, no desenvolvimento da praça, a estereotomia “cose”

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com a da via, mas evolui numa organização diferente. Formada por 4 módulos que se agrupam entre si em rectângulos maiores, de modo a tornar o processo de construção mais eficaz (posteriormente ao projecto, identificou-se uma analogia entre a estereotomia proposta e a própria organização do cristal de halite, coincidência que estabelece uma ligação remota, mas feliz, à memória do local).

Propõe-se que a frente da praça remate, em deck de madeira, articu-lado formalmente com a praça. Do mesmo material, se propõem os aces-sos que partem do embasamento, para Oeste e Este, servindo uma rede de percursos ao longo da praia e de acesso à mesma. Propõe-se ainda evocar a memória do local, evidenciando-se a direcção do eixo formado pelo pontão, correspondente à antiga via-férrea, símbolo da

dinâmica que gerou a vila, numa alusão simbólica através de blocos de calçada numa cor oposta à matriz, evidenciando o eixo que atravessa o Vianinha.

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URBANIZAÇÃO “CASA PARA TODOS” – Tarrafal de São Nicolau Tarrafal, Ilha de São Nicolau, Cabo Verde 2011

Em colaboração com jmp - Arquitectura, Urbanismo & Eng. Civil Cliente: Tecnicil // Área: 2.000m2 // Fase: em Construção

colaboração constituiu na elaboração do projecto de espa-

ços exteriores integrando a implantação da arquitectura,

designadamente na definição das cotas altimétricas de

soleira.

Numa zona de expansão da vila, a implantação da urbanização é

feita relativamente à via existente, cuja pendente de cerca de 7 %

e a inexistência duma rede de esgotos pluviais – obrigando a que a

drenagem das águas se faça sempre à superfície e para o exterior

da área de projecto – são as principais definidores e condicionan-

tes do projecto.

A proposta de arquitectura definia pátios, de carácter privado,

associados a cada fogo, por onde se faz o acesso aos edifícios.

Relativamente aos espaços exteriores comuns, devido à pendente,

propôs-se a criação de plataformas planas, para se aumentarem as

possibilidades de recreio passivo. O desenho dessas plataformas é

condicionado às cotas de acesso aos pátios e ao espaço livre de

circulação viária de emergência e ocasional e raios de viragem

correspondentes. Devido às condicionantes desse desenho capri-

choso, propõe-se que o acesso às plataformas seja ininterrupta-

mente possível, através de degraus, ao longo no sentido do com-

primento do espaço e que nas concordâncias acompanham a pen-

dente.

Houve a necessidade e preocupação em sistematizar e tipificar as

soluções construtivas propostas, baseando-as nas técnicas locais,

beneficiando-se da perícia dos trabalhos tradicionais cabo-

verdianos, como as alvenarias de pedra, rebocos minuciosos,

pavimentos em betonilha, e outros elementos em betão.

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LOMBO BRANCO Lombo Branco, Ilha de Santo Antão, Cabo Verde 2010

Em colaboração com Ramoscastellano Arquitectos Cliente: Particular // Área: 3.000 m

2 // Fase: Projecto de Licenciamento

stimulado pelas ardilosas, criativas e informais soluções de

assentamento das habitações das zonas montanhosas de

santo Antão, o arquitecto Moreno Castellano pediu-me

que o ajudasse a resolver um desenho para a ideia que tinha tido

para o projecto, cujo programa definia a existência de 8 moradias e

respectivos espaço exteriores associados. Moreno Intuiu uma

forma de resolver o problema: ao longo do terreno, criar socalcos,

onde se estabelecem as habitações, um para cada casa, localizadas

de forma às suas fachadas não se sobreporem em alçado, e que o

acesso e estacionamento fosse feito à cota da laje devido à estrada

estar construída em aterro (cerca de 2 metros acima do lote) loca-

lizando-as o mais possível junto à estrada, poupando em muros e

libertando espaço livre de cada socalco.

O desenho exigiu sistematização de soluções, e uma série de

considerações específicas a cada talude e inter-específicas, nas

relações entre os mesmos. Propôs-se uma distribuição dos edifí-

cios ao longo do comprimento do lote, com uma diferença altimé-

trica entre si, de 3 metros no mínimo. Para o acesso ao estaciona-

mento propôs-se que partiria duma derivação da estrada, com a

pendente da mesma, inflectindo o estritamente necessário, na

proporção correspondente aos ângulos e largura da manobra dum

veículo, adaptando-se progressivamente o acesso até estar de

nível com a laje.

A conjugação dessas duas soluções definiu o desenho. Excep-

ção ao método, são as habitações na zona inferior do lote, que

devido à grande diferença entre a cota da estrada e a cota do ter-

reno adjacente, propôs-se que o acesso se fizesse através de esca-

das e que a sétima casa se localizasse na extremidade oposta do

lote. Os muros de suporte em alvenaria de pedra basáltica, partem

sempre numa continuidade estrutural e formal com os edifícios,

propondo-se modelação de terreno no confronto posterior do lote.

A estrutura verde proposta tem como objectivo a integração

paisagística e o aumento da compartimentação e privacidade.

Propôs-se que as plantações sejam junto ao muro de suporte,

onde o solo é mais fresco e húmido, de modo a não obstruir as

vistas dos lotes a cima. Propôs-se árvores de pequeno porte de

valor ornamental, junto aos edifícios (Plumeria rubra, Thevetia

peruviana e Parkinsonia aculeata), trepadeiras (Bougainvillea gla-

bra, Passiflora edulis, Allamanda cathartica) para minimização do

impacte visual dos muros, sebes (aloes e agaves) e fruteiras para

usufruto dos proprietários (Terminalia cattapa, Carica papaya,

Psidium guajava, Cocus nucifera, Musa acuminata). O espaço livre

mantém a possibilidade de uso agrícola.

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EMPREENDIMENTO TURÍSTICO NA BAÍA DAS GATAS Baía das Gatas, Ilha de São Vicente, Cabo Verde 2011

Em colaboração com Ramoscastellano Arquitectos Cliente: Particular // Área: 3.200 m

2 // Fase: Projecto de Licenciamento

om um programa que definia tipologias arquitectónicas

diferentes (hotel e apartamentos), num espaço comum

contido, quase íntimo, o desafio do projecto de arquitectu-

ra paisagista, recaiu sobretudo na definição e organização do espa-

ço exterior, quer privado (lotes dos apartamentos), quer semi-

público (entrada do hotel e esplanada, jardim e piscina), de forma

que o seu conjunto se mantivesse como uma unidade. Como tal,

foi fundamental estudar as relações de interdependência dos

vários espaços, traduzidas por sistemas: o sistema de circulação e

o sistema de vistas.

A definição dos espaços gerou-se duma forma intuitiva e geo-

métrica, relacionada com a organização cartesiana da arquitectura.

No grande vazio central, localizou-se o Jardim e a piscina que criam

um pólo centrípeto, inscrito em limites rígidos, gerados na con-

frontação entre o privado e o público.

Definidor da circulação, o traçado dos percursos gera-se de

forma semelhante, relacionado com os acessos do exterior; o per-

curso longitudinal interior faz serventia aos lotes, a via transversal

periférica (circulação automóvel) serventia ao hotel e às garagens,

e os acessos ao hotel e esplanada fazem também de ligação com

os anteriores. As entradas no empreendimento estão relacionadas

com as serventias; são as únicas interrupções do muro vedação,

comum a todo o empreendimento, que funciona também como

uma ideia de embasamento do mesmo, devido ao edifícios esta-

rem mais altos que a envolvente

Relativamente às vistas, havia várias intenções: garantir a pri-

vacidade da piscina relativamente à estrada e ao percurso interior,

garantir a privacidade dos lotes privados em relação ao jardim,

permitir a vista para o mar em todo o empreendimento. A solução

passou por fazer variar as cotas altimétricas entre os espaços refe-

ridos, contando com os muros, com a modelação de terreno e com

a vegetação. Foi também tido em conta a relação do jardim com os

taludes dos lotes posteriores, para a qual se propôs uma certa

continuidade visual.

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EMPREENDIMENTO TURÍSTICO EM PORTO NOVO Porto Novo, Ilha de Santo Antão, Cabo Verde 2010

Em colaboração com Ramoscastellano Arquitectos Cliente: Particular // Área: 20.000 m

2 // Fase: Projecto de Licenciamento

o flanco SE da ilha, a Este de Porto Novo, a área de pro-

jecto é uma chã litoral entre duas ribeiras torrenciais, de

arriba baixa e declive suave, exposta às dinâmicas erosi-

vas e de aridez, do escoamento superficial desorganizado e da

secura e abrasão do vento Leste. Condições decisivas na definição

das estratégias propiciadoras do conforto bioclimático e instalação

de zonas verdes, incluindo-se nelas as referências culturais da

paisagem, minimizando-se o impacte na transformação da estrutu-

ra da paisagem, relativamente ao relevo e à rede hidrográfica.

O programa da arquitectura define três tipologias: unidade comer-

cial, unidade hoteleira e moradias isoladas. A sua implantação,

rege-se se pelas mesmas estratégias, adaptando-se às forma do

relevo, definindo o seu conjunto, também 3 tipos de espaço: - zona

de serviços, a interface com a estrada e entrada no empreendi-

mento que constitui uma extensa calçada de basalto donde par-

tem todos os acessos do empreendimento; - zona do Hotel e Res-

taurante, espaço de recreio por excelência, formado por uma faixa

em deck que contorna os edifícios e envolve a piscina ao centro,

em conexão com o acesso que faz a serventia do hotel, num cami-

nho periférico que acompanha a linha da arriba beneficiando da

vista panorâmica para o mar; - zona das moradias, onde se estabe-

lecem suaves plataformas, através de muros em alvenaria de

basalto.

As estratégias enunciadas concretizam-se para todo o espaço,

através do recobrimento de jorra, dos espaços “vazios” e das zonas

verdes, reduzindo a poeiras e a evapotranspiração, através da

plantação concentrada de árvores e arbustos na base de muros,

contribuindo para a compartimentação e quebra-vento, através da

utilização de materiais existentes no lugar, tal como a rocha basál-

tica na construção, assim como na inspiração nas formas e solu-

ções usadas na paisagem rural.

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JARDIM PRIVADO NA BAÍA DAS GATAS Baía das Gatas, Ilha de São Vicente, Cabo Verde 2011

Em colaboração com Ramoscastellano Arquitectos Cliente: Particular // Área: 180 m

2 // Fase: Projecto de Licenciamento

um lote de dimensões reduzidas, confinado por muros

interiores, mas visualmente permeável na confrontação

com a rua, devido à transparência da vedação, os atribu-

tos do espaço são definidos pela forma e a posição do edifício, que

lhe conferem um enorme sentido de simetria e de unidade,

enquanto que a relação com as suas fronteiras - abertas na facha-

da posterior e anterior, fechadas nas laterais - confere variações

subtis à sua homogeneidade, gerando sub-espaços: entrada - com

maior relação com a rua; área posterior - de maior privacidade e

principal área de estadia; áreas laterais - assumem-se como passa-

gens devido à polaridade do espaço.

O projecto de arquitectura paisagista estabelece-se em exten-

são da interpretação e diagnóstico exposto. Na intenção de homo-

geneidade, propõe-se uma matriz de pavimento contínuo em jorra

basáltica (que serve também de recobrimento de zonas verdes),

intercalado por placas pré-fabricadas de betão, na linha racionalis-

ta do edifício, cujas dimensões variam conforme a função: estreitas

e dispostas linearmente quando servem os percursos; mais largas

ou com organização diferente, nas zonas de estadia (o traçado

adaptou-se a alguns obstáculos pré existentes, como tampas e

depósito de água).

Propõe-se um reforço da estrutura de espaço, baseado na plan-

tação de arbustos e herbáceas, concentrados junto ao muro de

vedação, preenchendo o espaço com folhagem, criando um plano

visual menos rígido, mais rico, aumentando a sensação de profun-

didade. Propõe-se também plantações dispersas de plantas xerófi-

tas, ocupando de forma pouco densa, o espaço entre as placas de

betão e o edifício, mas sem o obstruir. Para a zona da entrada,

propõe-se plantas de revestimento rasteiras, mantendo-se a per-

meabilidade da vedação. A diferença de densidade de plantações,

pretende gerar uma dinâmica de volumes ao longo do espaço,

reservando a zona dos muros, protegida dos ventos e com sombra,

para plantas mais exigentes, e as outras zonas, para as menos

exigentes.

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PAISAGEM DA SERRA MALAGUETA Serra Malagueta, São Tiago, Cabo Verde 2009

Relatório de Trabalho Final de Curso Realizado após estágio académico na Equipa Áreas Protegidas - PNSM, Santiago, Cabo Verde

m estudo de paisagem sobre a região do Parque

Natural da Serra Malagueta, localizado em Santiago,

Cabo Verde. Pretende-se delimitar zonas com carac-

terísticas homogéneas de paisagem, que visam o conhecimento

do seu carácter e dos componentes que o determinam, consti-

tuindo uma base espacial para o planeamento de estratégias e

propostas de intervenção.

Desenvolve-se para isso, uma metodologia paramétrica, basea-

da na análise dos parâmetros biofísicos e culturais da paisagem

e nos respectivos padrões de distribuição espacial.

Posteriormente, faz-se a avaliação e o diagnóstico das zonas

homogéneas, propõem-se estratégias gerais para a Serra e

desenvolve-se também uma proposta de intervenção paisagísti-

ca para uma das zonas.

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(bold – Proj. construído ou em fase de construção; PE – Proj. de Execução; EP – Estudo Prévio; PL – Proj. de Licenciamento; AP – Ante Proj.; CV – Cabo Verde) Como Freelancer (Lisboa, PT)

Desde 2012

- Espaços exteriores de Moradia em Arneiro de Marinheiros – PL; Sintra; Cliente: Particular. 2012

Com a jmp - Arquitectura, Urbanismo & Eng. Civil (Mindelo, CV) – integrado na sua equipa técnica.

Maio/ Jul. 2011

- Urbanização “Casa Para Todos - Tarrafal São Nicolau” – PE; S. Nicolau, CV; Cliente: Tecnicil. 2011 PS

- Praça em Espargos – EP; Ilha do Sal, CV; Cliente: Câmara Municipal do Sal. 2011

- Rua de Praia - Arruamento em Santa Maria – PE; Ilha do Sal, CV; Cliente: Câmara Municipal do Sal. 2011 PS

Com a Ramoscastellano Arquitectos (Mindelo, CV), integrado na sua equipa técnica.

Maio 2010/ Abril 2011

- Empreendimento Turístico na Baia das Gatas – PL; 3200 m2; São Vicente, CV; Cliente Particular. 2011 PS

- Empreendimento Turístico em Curraletes – PL; 20 000 m2; Porto Novo, Santo Antão, CV; Cliente Particular. 2010 PS

- Conjunto de 8 moradias em Lombo Branco – PL; 3000 m2; Santo Antão, CV; Cliente: Particular. 2010 PS

- Jardim privado na Baía das Gatas – PE; 180 m2; São Vicente, CV; Cliente Particular. 2010 PS

Com a TOPIARIS – Estudos e Projectos de Arqt. Paisagista (Lisboa, PT), integrado na sua equipa técnica:

Nov. 2008/ Mar 2010

- Espaços exteriores da Escola de Hotelaria de Setúbal – PE; Cliente: Parque Escolar, Turismo de Portugal. 2010 DT

- Jardim Privado em Caloura – PE; S. Miguel, Açores; Cliente: Particular. 2010

- Espaços exteriores da Escola S. Mem Martins - EP e PE; com José Baganha Arquitectos; Sintra; Cliente: P. Escolar. 2010

- Espaços exteriores da Escola Secundária Monte de Caparica - EP e PE; com OM2A Arquitectos; Cliente: P. Escolar. 2010 DO’

- Jardim Privado de Moradia no Restelo – PE; Lisboa; Cliente: particular. 2009

- Conjunto Turístico Sana Royal Falésia – PE; Albufeira; Cliente: Comp. Portuguesa de Turismo do Algarve. 2009 DT

- Parque do Cuíto Canavale – PE; com Arquidesign; Angola; Cliente: Arquidesign. 2009 DT

- Espaços exteriores do Edifício Sede do Grupo Azinor – PE; Lisboa; Cliente: Sana Hotels Portugal SA. 2009 DT

- Urbanização da Quinta da Marquesa – EP; Sintra; Cliente: Soc. Construção e Urbanização Vicente Antunes, Lda. 2009

- Jardim de Moradia Unifamiliar em Sintra – PE; Sintra; Cliente Particular. 2009

- Jardim de Moradia Unifamiliar na Comporta – EP; Alcácer do Sal; Cliente: Particular. 2009 DG

- Espaços exteriores da Urbanização Jardins de Loulé – Telas Finais; Loulé; Cliente: Obriverca. 2009

- Espaços exteriores da Escola S. Prof. Ruy Luís Gomes - PE; Almada; com OM2A Arquitectos; Cliente: Parque Escolar. 2009 DO’’

- Espaços exteriores da Escola Secundária Padre António Vieira - EP e PE; Lisboa; com TNP; Cliente: Parque Escolar.2008 DT DJ

Out. de 2007/ Abr. 2008:

- Espaços Exteriores da Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa – EP e PE; Cliente: Parque Escolar, Turismo de Portugal. 2008 DU

- Espaços Exteriores Comuns do Loteamento Qt. da Achada - Banda F, Santiago Golf Resort. – PE; Santiago, CV. Cliente: Santiago Golf Resort. Lda. 2007 DT

PS Projecto Seleccionado e incluído no Portfolio DO’ www.om2a.com/om2a2011/index.php/2009/07/01/escola-monte-de-caparica/

DT www.topiaris.com DO’’ www.flickr.com/photos/om2a/sets/72157628079305259/

DU www.ultimasreportagens.com/464.php DG www.gssarquitectos.com/proj_detail.php?refer=ar_habitacao&aID=54

DJ www.photo.joaomorgado.com/reportagens/escola-secundaria-padre-antonio-vieira/

Lista de Projectos

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