o despertar – 8469 – 25.01.2008

24
O D espertar E NTREVIST NTREVIST NTREVIST NTREVIST NTREVIST A COBRIAGEM – NIQUELAGEM CROMAGEM – ZINCAGEM SERRALHARIA CIVIL SOLDADURAS A ELECTROGÉNEO AUTOGÉNEO E ALUMÍNIO REPARAÇÃO DE JANTES EM FERRO E ALUMÍNIO INSTALAÇÕES PRÓPRIAS: RELVINHA Telef. e Fax: 239 825 294 3020-365 COIMBRA Director Interino: António Carlos de Sousa Ano 90 N.º 8469 – 0,75 6 FEIRA O SEMANÁRIO DE COIMBRA REPUBLICANO INDEPENDENTE FUND FUND FUND FUND FUNDADO EM 1917 ADO EM 1917 ADO EM 1917 ADO EM 1917 ADO EM 1917 PORTE PAGO 25 - Janeiro - 2008 Daniel Andrade, pres. do C. Distrital da Ordem dos Advogados nas págs. centrais R. Afonso Henriques,17 - 231 423 343 Cantanhede R. João de Ruão, 16 - 239 855 555 Coimbra EQW, lda | Av. D. Afonso Henriques n.º 42 | 3000-009 Coimbra | NIPC: 508 088 780 Telemóvel 916 626 100 - Coimbra “Estamos a viver um momento de grandes tensões no sistema judiciário” Aos nossos amigos Aos nossos amigos Aos nossos amigos Aos nossos amigos Aos nossos amigos assinantes e anunciantes assinantes e anunciantes assinantes e anunciantes assinantes e anunciantes assinantes e anunciantes O jornal “O Despertar”, o mais antigo da cidade, não se publicará nas duas próximas edições dos dias 1 e 8 de Fevereiro. Motivos de profunda reestruturação originam esta interrupção. Pedimos desculpa e compreensão de todos os nossos amigos. Voltaremos na edição de 15 de Fevereiro de 2008. R EPOR T AGEM Página 5 “Tróleis” de Coimbra são únicos na Península Ibérica Solução para a Cerâmica Ceres pode estar iminente Feira das Velharias amanhã na Praça do Comércio Página 3 Página 3 … Faça já a sua reserva para o seu cruzeiro de sonho e usufrua das condições espectaculares para crianças menores de 18 anos - GRÁTIS, pagam apenas seguro de viagem e taxas portuárias. Também para a Disneyland as crianças viajam grátis (pagam apenas as taxas de aeroporto e suplemento combustível). Para o México, Republica Dominicana e Jamaica, além das crianças grátis, (pagam taxas de aeroporto e suplemento combustível) ainda usufrui de um desconto de 20% para o seu acompanhante. Também para Noivos dispomos do mesmo desconto de 20% para o acompanhante, nos mesmos destinos. Todas as ofertas têm datas e lugares limitados, pelo que aconselhamos as reservas o quanto antes. Não deixe de nos consultar para outros destinos. Estamos sempre ao seu dispor, para o servir cada vez melhor!

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Versão integral da edição n.º 8469 do semanário “O Despertar”, que se publica em Coimbra. Última edição do jornal referente à administração da família Sousa. O jornal, quase a completar 91 anos, foi entretanto vendido. Para além de poderem ser úteis para o público em geral, estes documentos destinam-se a apoio dos alunos que frequentam as unidades curriculares de “Arte e Técnicas de Titular”, “Laboratório de Imprensa I” e “Laboratório de Imprensa II”, leccionadas por Dinis Manuel Alves no Instituto Superior Miguel Torga (www.ismt.pt). Para saber mais sobre a arte e as técnicas de titular na imprensa, assim como sobre a “Intertextualidade”, visite http://www.mediatico.com.pt/manchete/index.htm (necessita de ter instalado o Java Runtime Environment), e www.youtube.com/discover747 Visite outros sítios de Dinis Manuel Alves em www.mediatico.com.pt , www.slideshare.net/dmpa, www.youtube.com/mediapolisxxi, www.youtube.com/fotographarte, www.youtube.com/tiremmedestefilme, www.youtube.com/discover747 , http://www.youtube.com/camarafixa, , http://videos.sapo.pt/lapisazul/playview/2 e em www.mogulus.com/otalcanal Ainda: http://www.mediatico.com.pt/diasdecoimbra/ , http://www.mediatico.com.pt/redor/ , http://www.mediatico.com.pt/fe/ , http://www.mediatico.com.pt/fitas/ , http://www.mediatico.com.pt/redor2/, http://www.mediatico.com.pt/foto/yr2.htm , http://www.mediatico.com.pt/manchete/index.htm , http://www.mediatico.com.pt/foto/index.htm , http://www.mediatico.com.pt/luanda/ , http://www.biblioteca2.fcpages.com/nimas/intro.html

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Page 1: O Despertar – 8469 – 25.01.2008

O Despertar

EEEEENTREVISTNTREVISTNTREVISTNTREVISTNTREVISTAAAAA

COBRIAGEM – NIQUELAGEMCROMAGEM – ZINCAGEM

SERRALHARIA CIVILSOLDADURAS A ELECTROGÉNEO

AUTOGÉNEO E ALUMÍNIOREPARAÇÃO DE JANTESEM FERRO E ALUMÍNIO

INSTALAÇÕES PRÓPRIAS:

RELVINHATelef. e Fax: 239 825 294

3020-365 COIMBRA

Director Interino: António Carlos de Sousa

Ano 90 N.º 8469 – 0,75 €6.ª FEIRA O SEMANÁRIO DE COIMBRA

REPUBLICANO INDEPENDENTE FUNDFUNDFUNDFUNDFUNDADO EM 1917ADO EM 1917ADO EM 1917ADO EM 1917ADO EM 1917

PORTE PAGO25 - Janeiro - 2008

Daniel Andrade, pres. do C. Distrital da Ordem dos Advogados nas págs. centrais

R. Afonso Henriques,17 - 231 423 343 CantanhedeR. João de Ruão, 16 - 239 855 555 Coimbra

EQW, lda | Av. D. Afonso Henriques n.º 42 | 3000-009 Coimbra | NIPC: 508 088 780

Telemóvel 916 626 100 - Coimbra

“Estamos a viver um momentode grandes tensões

no sistema judiciário”

Aos nossos amigosAos nossos amigosAos nossos amigosAos nossos amigosAos nossos amigosassinantes e anunciantesassinantes e anunciantesassinantes e anunciantesassinantes e anunciantesassinantes e anunciantes

O jornal “O Despertar”, o mais antigo da cidade, não sepublicará nas duas próximas edições dos dias 1 e 8 deFevereiro. Motivos de profunda reestruturação originamesta interrupção.

Pedimos desculpa e compreensão de todos os nossosamigos.

Voltaremos na edição de 15 de Fevereiro de 2008.

REPORTAGEM

Página 5

“Tróleis” de Coimbra são únicos na Península Ibérica

Solução paraa Cerâmica Cerespode estar iminente

Feira das Velhariasamanhã na Praçado Comércio

Página 3 Página 3

… Faça já a sua reserva para o seu cruzeiro de sonho e usufrua das condições espectaculares para criançasmenores de 18 anos - GRÁTIS, pagam apenas seguro de viagem e taxas portuárias. Também para a Disneyland as crianças viajam grátis

(pagam apenas as taxas de aeroporto e suplemento combustível).Para o México, Republica Dominicana e Jamaica, além das crianças grátis, (pagam taxas de aeroporto e suplemento combustível) ainda usufrui de um

desconto de 20% para o seu acompanhante. Também para Noivos dispomos do mesmo desconto de 20% para o acompanhante, nos mesmos destinos.Todas as ofertas têm datas e lugares limitados, pelo que aconselhamos as reservas o quanto antes.

Não deixe de nos consultar para outros destinos.Estamos sempre ao seu dispor, para o servir cada vez melhor!

Page 2: O Despertar – 8469 – 25.01.2008

O O O O O DDDDDeeeeespespespespespertrtrtrtrtararararar25| JANEIRO |08 2 O CONIMBRICENSE

A N O SA N O SA N O SA N O SA N O S

90

SEMANÁRIO

90.º Ano de Publicação(Sai às sextas feiras)

O Despertar na [email protected]

Director InterinoAntónio Carlos de Sousa

RedacçãoAntónio Carlos de Sousa(C.P. N.º TE-951)

Zilda Monteiro(C.P. N.º 7937)

ColaboradoresAndré PereiraDinis Manuel AlvesGonçalo ErmidaJoana MartinsLuís MonteiroLuís Pato

ColunistasADIFERAlda ConstançaAmadeu Carvalho HomemBernardes TeixeiraCarlos CidadeCarlos Coelho VeigaCarlos EsperançaEduardo Proença MamedeFernando MartinsJaime RamosJoão BaptistaJoaquim VieiraJorge RuaJosé AndradeJosé Henrique DiasJosé Miguel QueirozJosé SoaresJúlio Gomes CorreiaLino MendesLuís MarquesLuís Martinho do RosárioManuel BontempoManuel Chaves e CastroMarcelo Henriques de BritoMarcos FrancoMaria Emília SeabraPaulo Eduardo CorreiaPaulo Leocádio BernardoPedro FerrãoPedro RedolRui Fausto LourençoSansão CoelhoSofia FigueiredoVítor BotelhoVictor GonçalvesVictor Maia Costa

Administração, Redacção,Publicidade, Assinaturas e ServiçosRua Pedro Roxa, 7-1.ºTelefones: 239 85 27 10/11/12Fax: 239 852 719e-mail: [email protected]

Denominação SocialANTÓNIO DE SOUSA (HERD.), LDA.Contrib. N.º 502 137 258Cap. Social: 7.481,97 Euros

GerênciaMaria Primorosa Santos Costa de SousaAntónio Manuel Marques de SousaMaria de Lurdes Duarte Pedro Correia

Composição e MontagemDepart. Gráfico de “O Despertar”

Tiragem média no mês de Dezembro 14.000 Exemplares

ImpressãoBeirastexto - sociedade editora, S.A.Rua 25 de Abril, n.º 7Apartado 44 – 3046-652 Taveiro

Número de Registo 100117

AGOSTINHO ALMEIDA SANTOSProfessor Catedrático Medicina

GINECOLOGIA - ESTERILIDADERETOMOU A CLÍNICA

Consultório: Rua General Humberto Delgado, 419 -1.º E - 3030-327 COIMBRAMarcações: Telef. 239 405 928

Fausto Correia: Uma dolorosa saudadeNão quero correr o risco de serinterpretado como um palavrosocircunstancial! Vivendo fora deCoimbra há mais de 12 anos, nãopasso (como nunca passei duranteos 20 anos em que fiz de Coimbraa casa que não esqueço) de umsimples cidadão, agora aposentado,sem mais ambições do que viversem luxos, sustentando a alma comprazeres assentes no culto daamizade. Nada mais me move doque extravasar afectos que sendogratificantes em vida são tãodolorosos perante a morte.

Se aqui demarco os meussentimentos é porque não queronem por um momento que estes seconfundam ou sejam simplesmentecomparados com testemunhos depessoas que morderam na mãoamiga candidamente depois deperceberem que outras mãos esta-vam agora ao dispor para seremlambidas ao serviço das suasambições. Até o Fausto foi vitimadessa gente! “é a vida”, dizia ele,nitidamente amargurado.

Conheci o Fausto ainda antesdo 25 de Abril quando a vida da

juventude de Coimbra (como demuitos outros sítios e locais, mascada um invoca o seu testemunho)se batia por ideais de LiberdadeIgualdade e Fraternidades, ideaishoje de tão pouco uso que caíramem desuso e vivi de perto o seuprimeiro cargo politico por serfuncionário da Junta Distrital deCoimbra e ao Fausto ter cabidorepresentar o PS na sua ComissãoAdministrativa (imagine-se, issofazia-se de graça!)

Uniam-nos esses ideais, e, nomeu caso e do Fausto, a amizadepincelava-se também com a tocantecoincidência de meu pai ser umvelho conhecido do Sr. Fausto (pai)e falar com orgulho dos vinhosverdes de nossa lavra que sevendiam em Coimbra com publici-dade da origem. Grato por isso, meupai interrompia de quando em vezas suas viagens Lisboa/Porto paradar um naco de prosa no comérciodo Sr. Fausto e satisfazer vaidadesexpostas nas suas pipas. Foi aoserviço dessas saudosas e salutaresvaidades que meu pai, já velho edoente, se deslocou pela última veza Coimbra. Amigos os pais amigosos filhos; curiosa coincidência deque só soube mais tarde.

Embora a distância e osafazeres tornassem os nossosencontros pessoais cada vez maisescassos, sinto falta do Faustão(como carinhosamente o tratava) egostaria de o extravasar atravésdeste jornal que foi sendo seu,porque tanto lhe dizia; Casa da suacasa de família “O Despertar”, querpelo amor à arte de comunicar doFausto, quer pelo que representapara toda a sua família, foi sempreum outro filho (ou será que tambémfoi seu pai?) e mais um elo de ligaçãoà cidade que moldou definitivamenteas nossas vidas. Recebo o jornaldesde que deixei Coimbra e tornei--me assinante talvez como forma dedar contrapartida tão discreta (creioque o Fausto nunca soube que eume tornara assinante) como simbó-lica à amizade deste meu amigo queme disse um dia, escrevendo “queas funções de director do Despertarme dão imenso prazer e granderesponsabilidad...”

Quanta saudade do Fausto!Das suas virtudes e defeitos, do seuexemplo de tolerância para com os

outros, da sua generosidade, mesmomaterial quando necessária, da suaforma de desvalorizar dirigidosrancores, das suas extravagânciasmuito peculiares, do desalinhavomatinal do levantar, do cabeloespetado (que as minhas visitasmatutinas de fim de semana pre-senciaram tanta vez) da sua capa-cidade de fazer e manter amizadesmesmo entre os seus adversáriosideológicos (alguns dos quais estãoentre os seus melhores amigos), dodia em que me mandou livro seu,dos postais e telefonemas de ani-versários, do contentamento pelaformatura da minha filha, dos seuscuidados quando me soube atacadopor um cancro, dos seus conselhospara que pedisse a reforma, donosso comum percurso no FórumConimbrigae e no seu empenho emreactivar o espaço de reflexão e deamizade que tornou inesquecívelpara nós o desaparecimento donosso querido amigo José AlbertoLoureiro. Enfim do tudo e do nadaa não ser a sua própria pessoa.

A homenagem pessoal queaqui modestamente lhe presto maisnão é – estou certo! – do que o ecode todos aqueles, porventura nemsempre tão próximos da famíliaCorreia, mas que igualmente sesentem contaminados pela forma deestar e ser deste grande amigo daspessoas que foi o cidadão FaustoCorreia.

Todos conhecem deste lealamigo tão cedo desaparecido, umpercurso político e profissionalinvejável. Segredo?!: O Fausto

sempre foi um desinteressado dosproventos materiais proporcionadospelo seu percurso de vida, exerceua política pela política (quanto meentristece ouvir na televisão que sequeremos bons políticos temos delhe pagar, como se a politica e oserviço público se fizessem, nãocom dignidade mas com merce-nários) e fez desta uma das paixõesda sua vida (nunca vi o Fausto trairfidelidades). Por isso admiravaSoares e depositou esperanças emGuterres, se reviu no exemplo doDr. Fernando Vale, partilhou con-versas com Torga, travou discus-sões com adversários políticos queelogiou em jantares de amizade.Talvez por tudo isso, alguns rumosactuais causavam-lhe desconforto.

A sua escola de vida explica--se pela forma como que se movi-mentava na “baixinha” (de que sedizia filho) tratando e sendo tratadocomo um igual por ricos e pobres,superiores e subordinados, semrenegar amizades modestas juntodas quais situava as suas origens eque harmoniosamente casava comoutras de outras rodas, quer politicas,quer empresariais, quer culturais.

Pena que este “Coimbrinha”não ande por aí espalhando ami-zade! Sei que esta dolorosa saudadesó desaparecerá quando todos osque dele gostam se reunirem nonada proporcionado pela inexis-tência. É um orgulho que assimseja.

Amadeu Martinho Cardosode Castro Monteiro

Fausto Correia

Com VistaCom VistaCom VistaCom VistaCom Vistaá policiaá policiaá policiaá policiaá policia

Na Avenida Fernão de Maga-lhães, nuns terrenos incultosque ali existem, juntam-se to-dos os dias grande númerode rapazes, já crescidos, jo-gando a bola, fazendo fo-gueiras, tendo até impro-vizado uma choupana compalmeiras, onde permane-cem largas horas, com graverisco da sua idade em perigomoral.Com vista, pois, ao capitãosr. Sérgio Vieira, ilustre,comandante da P.S.P destacidade.

23 de Janeiro de 1937

Page 3: O Despertar – 8469 – 25.01.2008

O O O O O DDDDDeeeeespespespespespertrtrtrtrtararararar 25| JANEIRO |083CIDADE DE COIMBRA

Vai ser inaugurado no final do mês o balcão “Casa Pronta. Acredita que este serviço vem facilitar a compra de casa ao concentrar todos os serviços?PRAÇA PÚBLICAPRAÇA PÚBLICAPRAÇA PÚBLICAPRAÇA PÚBLICAPRAÇA PÚBLICA

CASA DAS CITCASA DAS CITCASA DAS CITCASA DAS CITCASA DAS CITAÇÕESAÇÕESAÇÕESAÇÕESAÇÕES

“Espero que sim, vai surgir pre-cisamente com esse intuito.”

Rita Lopes25 anos, Recepcionista

“Acredito que sim.”

Ernesto Magalhães35 anos, Vendedor

“Julgo que vem facilitar bastan-te.”

André Silva33 anos, Vendedor

“Penso que sim.”

Vera Silva23 anos, Estudante

“Sim, acredito que sim.”

Lina Neves42 anos, Empregada Balcão

“Cahué às quintas” hojeno Atrium Solum

O Centro ComercialAtrium Solum acolhe hoje,excepcionalmenteà sexta-feira, mais umainiciativa “cahuéàs quintas”, um eventopromovido pelaadministração do Atriume a Cahué. Hoje, às 16h30,decorre o workshop“Queijadas de Pereira”, comMaria de Lurdes Oliveira.

A doceira Maria de LurdesOliveira realiza assim mais umworkshop àcerca das queijadas dePereira do Campo e mostra o seuprocesso artesanal de fabrico: dosingredientes, à produção da massafina e do recheio e por fim àcozedura. É possível participar etentar desvendar o segredo destedoce com pelo menos 3 séculos,

marca de Pereira do Campo e damargem esquerda do Mondego.

Este programa de animaçãodeste espaço comercial prosseguena próxima quinta-feira, dia 31,pelas 21h30, com a festa comsabores dominicanos (bachata emerengue), pela Pásion Academiade Dança.

Promovida pela adminis-tração do Atrium e pelos CafésFEB, este evento procura trazer aocentro comercial um maior dina-mismo, convidando o público ausufruir de um momento tranquilo,de convívio e partilha.

“A Universidade de Coimbranasceu praticamente com oEstado português. Desde então,até hoje, ela tem sido um dospilares mais sólidos da nossaidentidade, da nossa existênciacomo Nação independente.”

Cavaco SilvaPresidente da República

22/01/08

“Com uma Academia de causasteremos uma Academia credívele unida.”

André OliveiraNovo Presidente da AAC

23/01/08

“Se Coimbra quer ser uma liçãodeve, antes de mais, reger-se porprincípios de ética, direito etransparência.”

Horácio Pina PrataVereador da CMC (PSD)

23/01/08

“A AAC é uma escola de vida co-mo não há igual. O Paulo queentrou em 2007, é profunda-mente diferente daquele que saiuem Janeiro de 2008. É maismaduro, mais capaz, mais expe-riente, mais conhecedor, maispreparado.”

Paulo FernandesPresidente cessante da AAC

24/01/08

“Os agentes culturais não sãobem tratados pela autarquia [deCoimbra]. Uma cidade que nãoreflecte sobre si é uma cidade mor-ta. E é isso que não queremos.”

José ReisProfessor na FEUC

24/01/08

O Governador Civil deCoimbra, HenriqueFernandes, manifestou-seanteontem convicto de que,até final do mês ou, o maistardar, 11 de Fevereiro,poderá estar resolvida asituação da cerâmica Ceres,com laboração suspensa háano e meio.

“Pela primeira vez, temosresultados palpáveis que apontampara uma solução que poderá serrápida”, afirmou o representante doGoverno no distrito no final de umareunião com a administração daCeres, sindicalistas, Instituto de

Solução para a Ceres pode estar iminenteApoio às Pequenas e MédiasEmpresas e Segurança Social.

Sem adiantar mais porme-nores sobre a solução, Henrique Fer-nandes disse que “tudo leva a crerque, até ao final do mês, ou, o maistardar, até dia 11, haverá resultados.

Com cerca de 200 traba-lhadores, a Ceres tem a laboraçãosuspensa há ano e meio, precisandode um financiamento que permitaretomar a produção e enfrentar opassivo.

O dia 11 de Fevereiro é o “ho-rizonte temporal razoável” parasurgirem resultados que possibilitema retoma da laboração, disse aindao Governador Civil de Coimbra.

De acordo com Henrique Fer-

nandes, “a administração da em-presa desenvolveu esforços pal-páveis”, com resultados agoravisíveis, e os trabalhadores “de-monstraram uma compreensãoadequada às circunstâncias”.

Em declarações aos jorna-listas, o Governador Civil de Coim-bra realçou também que “não serápelo Estado que o processo serádificultado”.

Uma nova reunião intercalarentre as várias entidades envolvidasno processo ficou marcada para 06de Fevereiro, data em que se poderárealizar uma visita à fábrica.

“No dia 06, poderá ocorrer oanúncio de boas soluções no própriolocal”, acrescentou Henrique Fer-

nandes.Segundo o coordenador da

União de Sindicatos de Coimbra(USC/CGTP-IN), António Mo-reira, na reunião de anteontem,“pela primeira vez, surgiu algo pal-pável” susceptível de criar “algumoptimismo”.

“Esperamos que, até dia 06,haja resultados mais visíveis e quepossam ser tornados públicos”,afirmou o dirigente sindical.

O Governador Civil de Coim-bra disse ainda aos jornalistas queesta reunião intercalar teve comoobjectivo “verificar o bom anda-mento do processo com vista a umasolução que viabilize a retoma deactividade da Ceres”.

Feira das Velhariasamanhã na Praça

do ComércioA Praça do Comércio, naBaixa de Coimbra, acolheamanhã, entre as 9 e as19h00, mais uma edição daFeira das Velharias.

Tal como é habitual, estarãoà venda uma grande variedade deprodutos, sobretudo antiguidades,desde peças de cerâmica, joalha-ria, ourivesaria, latoaria ou utensí-lios domésticos. Os livros ocupam,também, um lugar de destaque, aavaliar pela quantidade de alfar-rabistas que aderem à iniciativa.

Esta acção, promovida pelaCâmara Municipal de Coimbra,através do Departamento de Cul-tura, é permanentemente acom-

panhada por uma Comissão deFeira (Junta de Freguesia de S. Bar-tolomeu, GAAC – Grupo de Ar-queologia e Arte do Centro, PSP,Velhustro e Escola Silva Gaio),responsável pela supervisão doespaço físico onde decorre e dafidedignidade dos produtos expos-tos.

Page 4: O Despertar – 8469 – 25.01.2008

O O O O O DDDDDeeeeespespespespespertrtrtrtrtararararar25| JANEIRO |08 4 VOZ DE COIMBRA

NAS MARGENS DO CEIRANAS MARGENS DO CEIRANAS MARGENS DO CEIRANAS MARGENS DO CEIRANAS MARGENS DO CEIRA

João [email protected]

Desilusão instaladaQuando o actual primeiro-ministroJosé Sócrates obteve a maioriaabsoluta para governar o País, ovoto popular que lhe foi conferidoassentava, essencialmente, nasmudanças indispensáveis paramelhorar um País que há anos atrásse dizia já “estar de tanga ”.

O povo português confiavanum programa eleitoral apresentadocomo de rigor financeiro, semaumento de impostos, em que oesforço financeiro para a recon-versão indispensável seria exigidoa todos mas proporcionalmente aosrendimentos de cada qual.

Foi este o entendimento que melevou a conduzir o meu voto e, estoucerto, que da grande parte dapopulação que votou como eu.

Surpreendentemente, passadopouco tempo, os impostos eramaumentados com a explicação deque o deficit encontrado não cor-respondia àquele que oficialmentefora revelado. Uma onda dedesconfiança se instalou desde logo,pois não parece verosímil que umacandidatura governamental não seassegure antecipadamente darealidade o que estaria, por certoao seu alcance, através das con-sultas oficiais que não poderiam for-necer dados escamoteados.

Numa política cega de com-pressão de despesas, cedo come-çámos a sentir os efeitos dos cortesem diferentes ministérios comdestaque para a Saúde, a Educação,a Justiça, a Administração Pública,em resumo todos sentindo umapolitica de cortes orçamentais algunsem sectores que já estavam emfranca rotura. Mas tudo era a bemda Nação (onde é que eu já li isto?)

Para exemplo, vejamos o quetem acontecido na Saúde. Aumentode taxas moderadoras, encerra-mento de serviços de urgências ematernidades, menos médicos paramaior número de doentes, enfim umrol de decisões erradas que umapágina do jornal não chegaria paraenumerar em pormenor.

Mas não resisto a uma refe-rência. Aos partos. Nos serviços doregisto civil de Coimbra, cidade paraonde convergiam parturientes detoda a região centro, entre 1947 el986, terão sido registados dois ou

três nascimentos ocorridos acaminho das maternidades. Re-cordo um nascimento, por exemplo,ocorrido dentro do comboio noapeadeiro das Carvalhosas.

Pois bem, hoje em dia, acom-panhando os órgãos de informação,temos conhecimento de que quasediariamente ocorrem partos emambulâncias, onde os bombeiros, nocumprimento da sua abnegadamissão, são obrigados a fazer ostrabalhos que aos obstetras esta-riam destinados.

E que dizer do absurdo doencaminhamento das parturien-tes com residência em locaisfronteiriços aconselhadas a ir ter osfilhos nos estabelecimentos hos-pitalares da vizinha Espanha.

São factos que se tornariamhilariantes se o bom senso nãoaconselhasse a que sobre elesmeditássemos amarguradamentedesiludidos.

Mas o primeiro ministro resistiuaté agora a todas estas insensatasdecisões, em que o grande capitaltem sido sempre privilegiado emdetrimento das classes mais desfa-vorecidas.

Quem acompanhe os debatesparlamentares não pode deixar dereconhecer-lhe uma grande capa-cidade de liderança, às vezes a roçara arrogante prepotência sempreindesejável.

Mas muitos temos embarcadona proclamada necessidade deapertarmos o cinto num ano com apromessa que o seguinte seria jábem melhor. A realidade mostra àevidência que assim não tem sido eassim continua a não ser. A situaçãoagrava-se dia a dia.

O desemprego aumenta. Asegurança está um caos. A educa-ção passa por situações sem con-trole. A justiça arrasta-se e os pro-cessos prescrevem em catadupa.

Portugal vive uma grave crise paraa qual o Presidente da Repúblicalança alertas continuados quepodem ser o preâmbulo de decisõesmais drásticas.

Mas a última machadada nogoverno de José Sócrates nasce naquestão do novo aeroporto, cujasconsequências se pretendem apagarcom alusão constante a umapresidência europeia tão precoce-mente elogiada que temo em futuropróximo não seja apelidada defracasso.

Como é que o cidadão comumpode aceitar que um governo, depoisde gastos milhões e milhões deeuros, com estudos arrastados porlargos anos e pagos seguramentepor todos nós, anuncie com pompae circunstância que o novo aero-porto se situaria na Ota, e passadosdias mande, proceder a novosestudos e mal concluídos estes atoda a velocidade, esquece o queoficialmente anunciara e muda paraAlcochete o local de implantação?

Poderá merecer credibilidadeeste procedimento, que aos olhos detantos se apresenta como umfavorecimento descarado a certasclasses que continuam a ter trata-mento diferenciado em relação aosoutros portugueses?

A minha vida já longa, vividaem ditadura e democracia, faz-meencarar o futuro de Portugal comgrande apreensão. Com governan-tes como os que temos tido oPortugal de amanhã não se apresen-ta risonho para os meus netos.

E os culpados são os políticos.São raros, ainda os há felizmente,que não se norteiam por outros prin-cípios que não sejam o cumprimentodo dever, correspondendo à con-fiança que neles depositaram aque-les que os escolheram.

Mas a generalidade não ultra-passa o compadrio, o desejo deevidência pessoal, o uso indevidodum poder que julgam absoluto eilimitado, mas que passados anosencontra nas urnas a respostaadequada através da escolha de umpovo que não é estúpido e que estácansado de sentir na pele os errosque tão duramente o atinge.

Triste a amargurado ques-tiono-me se Portugal ainda tem fu-turo?

A M B U L Â N C I A SSERVIÇO

PERMANENTE

André Dinis, Lda.

R. 6 de Outubro, 75-Dt.ºTel. 239 496 118

Tlm. 966 005 720COIMBRA

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ADELINO MARADELINO MARADELINO MARADELINO MARADELINO MARTINSTINSTINSTINSTINS,,,,, LD LD LD LD LDA.A.A.A.A.O ORGULHO DE BEM SERVIR DESDE 1940

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SERVIÇO PERMANENTESERVIÇO PERMANENTESERVIÇO PERMANENTESERVIÇO PERMANENTESERVIÇO PERMANENTETelefs. 239 824 825 - 239 820 406

R. Corpo de Deus, 118-120 3000 COIMBRA

Cortejo alegórico ao domingo

Queima com novo formatopor causa de Bolonha

A Queima das Fitas daAcademia de Coimbra vaiter este ano um novoformato, com noveconcertos nas “Noites doParque” e o cortejoalegórico ao domingo, emvez da terça-feira.

A alteração do modelo de“Queima”, cujo programa total seprolonga entre Março e Junho, foijustificada com a introdução domodelo de Bolonha no EnsinoSuperior e após uma reflexão noórgão que tutela a praxe acadé-mica, o Conselho de Veteranos.

As actividades tradicionaiscomeçam este ano às 00:00 de 03de Maio, com a serenata monu-mental, seguindo-se na Praça daCanção a primeira Noite doParque, dedicada ao antigo estu-dante, o que constitui uma novi-dade, e também pelo facto de ociclo de concertos se iniciar deimediato à realização do espectá-culo dedicado ao fado.

Nos dias seguintes os con-certos das “Noites do Parque” sãodedicados a cada uma das oito fa-culdades, encerrando o ciclo namadrugada de 11 de Maio.

Este ano, a Bênção das Pas-tas, numa eucaristia com a pre-sença dos futuros licenciados, de-corre após o programa tradicional,a 25 de Maio.

No entanto, a maior inovaçãoé a transferência do Cortejo dosQuartanistas de terça-feira para

domingo, dia 04 de Maio, o que naopinião do presidente da ComissãoCentral da Queima das Fitas, NunoPais, traduzir-se-á, “não numaperda de notoriedade”, mas numapossibilidade de atrair mais visitan-tes.

O estudante eleito este anopara a presidência da comissãoorganizadora da festa adiantou queum dos propósitos desta edição éreforçar a vertente de solidarie-dade no programa, que além doapoio a instituições de solidariedadeda cidade irá também apoiarcolegas estudantes com dificulda-des.

Na terça-feira, em confe-rência de imprensa, foi apresentadaa constituição da Comissão Centralda Queima das Fitas, composta porum estudante de cada faculdadeque, além de Nuno Pais (Facul-dade de Economia), reunirá SérgioOliveira (Direito), Filipe Pinheiro(Medicina), Gonçalo Ribeiro(Letras), Patrícia Arrais (Psicologiae Ciências da Educação), JaimePatrão (Ciências do Desporto eEducação Física), Filipe Leite(Ciências e Tecnologia) e TiagoParracho (Farmácia).

O programa cultural, despor-tivo e social, que irá decorrer demeados de Março a meados deJunho, ainda se encontra em pre-paração.

A Queima das Fitas de 2007apresentou um lucro de 811 mileuros, que reverteu para investi-mentos e actividades culturais edesportivas da Associação Acadé-mica de Coimbra (AAC).

“Santa Cruz: UmCafé com História”“Santa Cruz: Um Cafécom História” é o títulodo livro que vai ser lançadona próxima quinta-feira,pelas 18h00, no Edifíciodo Chiado, e que integraa colecção CoimbraPatrimónio.

Da autoria de António InácioCorreia Nogueira, esta obra seráapresentada pelo professor Antó-nio Pedro Pita, delegado regionalda Cultura do Centro.

Na sessão do lançamento dolivro actuará o Grupo Folclóricoda Casa do pessoal da Univer-sidade de Coimbra.

“D. Carlose o Regicídio”

A Alternativa - AssociaçãoCultural para oDesenvolvimento do SerHumano, recentementeconstituída em Coimbra,vai realizar no Salão Nobreda Câmara Municipal,nos dia 1 e 2 de Fevereiro,um colóquio evocativodo Regicídio.

Este evento cultural contacom a participação de estudiosose historiadores da Época Contem-porânea, sendo o professor Ama-deu Carvalho Homem, presidenteda Alternativa, um dos dinamiza-dores desta iniciativa.

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O O O O O DDDDDeeeeespespespespespertrtrtrtrtararararar 25| JANEIRO |085ESPAÇO REPÓRTER

Coimbra é a única cidade da Península Ibérica com este meio de transporte

Novo troço de “tróleis” deve estar concluído em MarçoUm novo troço da rede detroleicarros de Coimbradeverá estar concluído emMarço, confirmando acidade como única daPenínsula Ibérica a dispordeste meio de transporte detracção eléctrica.Os troleicarros circulamem Coimbra há 60 anos e,hoje como ontem,continuam a proporcionaraos cidadãos uma viagemcómoda e silenciosa pelasruas da cidade.

“Um meio de transporte aindainédito em Portugal foi inauguradoem Coimbra”. Foi desta forma quedivulgada na comunicação social aestreia dos troleicarros. A primeiraviagem pela cidade transformou-senum momento único para Coimbrae para o país, uma vez que era aprimeira vez que se via a circularum autocarro movido a electrici-dade.

O primeiro trólei fez a suaestreia a 16 de Agosto de 1947.Hoje, 60 anos depois, Coimbra assu-me-se como a única cidade daPenínsula Ibérica a ter este meiode transporte e está prestes a inau-gurar um novo traçado.

O administrador-delegadodos Serviços Municipalizados deTransportes Urbanos de Coimbra(SMTUC), Manuel Oliveira, disseà Lusa que a instalação da novalinha de “tróleis”, entre a Solum(junto ao estádio Cidade de Coim-bra) e a Universidade, na Alta,

passando pelos Olivais e pela Praçada República, deverá estar con-cluída em Março. Anunciou aindaque corresponde a um investimen-to global de 397.705 euros, maisIVA.

Comparticipado em 90 porcento pelo Instituto da Mobilidadee dos Transportes Terrestres(IMTT, ex-Direcção geral dosTransportes Terrestres), o projectoinclui a linha aérea, assente empostes, e uma “subestação derectificação”.

O financiamento do Estado, noâmbito de um acordo de colabo-ração técnico-financeira celebradoentre o IMTT e a Câmara Muni-cipal de Coimbra, foi autorizado emdespacho conjunto do ministro dasFinanças, Teixeira dos Santos, e dasecretária de Estado dos Trans-portes, Ana Paula Vitorino, publi-cado em Diário da República (DR),no dia 09.

“A expansão do serviço detroleicarros da cidade de Coimbra,

a zonas actualmente servidas porautocarros, contribui para a melhoriados transportes públicos e, con-sequentemente, para aumentar asua atractividade”, segundo um“conceito de mobilidade susten-tável” previsto no texto do acordo.

Manuel Oliveira disse que asobras, cujo final chegou a serprevisto para Dezembro último,

estão já “bastante avançadas”, oque deverá permitir o funciona-mento do novo troço em Março.

Na rua Miguel Torga, entre aSolum e o Carmelo de Santa Teresa(onde a Irmã Lúcia viveu emclausura até morrer), todos ospostes já foram colocados e ospasseios repostos.

Entretanto, segundo o admi-nistrador-delegado dos SMTUC, aempresa que realiza as obras vaicomeçar a instalar no topo dospostes as consolas (travessas deferro em que se apoiam os cabosda rede de tracção).

Frisando a importância doalargamento da rede de troleicarrosde Coimbra, com vista a melhoraro tráfego na cidade e preservar oambiente, apostando em energias

alternativas aos combustíveisfósseis, lembrou que também omunicípio da Amadora “vai investirnos troleicarros até fins de 2009”.

“Estamos certos das opçõesque estamos a tomar em Coimbra.Estamos a ser sobretudo respon-sáveis”, disse Manuel Oliveira,escusando-se a comentar a exten-são da futura rede do metro ligeirode superfície, prevista pela actualadministração da Metro Mondego,para zonas da cidade, como a Solum,onde os SMTUC já operam com“tróleis”, viaturas que são igual-mente de tracção eléctrica.

Os 60 anos da presença dostroleicarros em Coimbra, únicacidade da Península que dispõeainda deste meio de transportecolectivo de tracção eléctrica, sãorevisitados num livro editado, em2007, pela delegação regional daOrdem dos Engenheiros (OE).

A obra “Troleicarros deCoimbra: 60 anos de História” foiapresentada em 24 de Novembro,Dia Nacional do Engenheiro, no

âmbito de um programa com que aOE comemorou, em simultâneo, os50 anos da sua instalação na RegiãoCentro.

O professor universitárioÁlvaro Maia Seco, presidente doconselho de administração da MetroMondego, é um dos colaboradoresdo livro.

“O local onde as redes detroleicarros melhor se adaptam sãoas cidades consolidadas de médiadimensão, em que a procura detransportes é suficientementeelevada para viabilizar um sistemade transportes públicos urbanos”,segundo um artigo assinado porÁlvaro Maia Seco, em co-autoriacom uma bolseira de investigaçãoda Universidade de Coimbra, CarlaGalvão.

60 anosde troleicarros

A Câmara Municipal de Coim-bra começou a demonstrarinteresse pelos troleicarros em1938. Mas, devido a diversoscondicionalismos, acabaram porsurgir só anos mais tarde, em1947. Nesse ano, sob a orien-tação de engenheiros suíços, éinstalado entre o Convento deSanta Clara e o Largo dasAmeias, junto à Estação Ferro-viária de Coimbra A, um par delinhas eléctricas que irão ali-mentar a primeira linha detroleicarros do país: a linha 6.

O serviço é inaugurado em16 de Agosto de 1947 com doistroleicarros de fabrico suíço. Onovo transporte é muito bemrecebido pela população: «sua-ves, cómodos e sem maus chei-ros”, os troleicarros “trepam”facilmente até ao alto de Stª.Clara», conforme escreve aimprensa da época. E serve atéde atracção turística: os foras-teiros, muitas vezes vindos àcidade para assistirem aos jogosde futebol, admiram-se vendoos «autocarros movidos a electri-cidade»...

Face ao sucesso, em 1949chega nova remessa de trolei-carros; desta vez são seisSunbeam, de fabrico inglês,numerados de 23 a 29.

Em 1956 outros quatrotroleicarros aumentam a frota.

Os anos que se seguemsão de consolidação do sistemade troleicarros na cidade, nãohavendo alterações dignas denota, além das duas aquisiçõesde seis novos troleicarros em1963 e 66 e, em Julho de 1980,da aquisição e desmantela-mento do que existe da rede detroleicarros de Braga, recémdesactivada.

É no ano das “Bodas deCoral” dos troleicarros (1982)que se dá uma mexida nosserviços; em nítido apoio àentão debilitada indústria na-cional são adquiridos 20 trolei-carros de “concepção, desenhoe fabrico nacionais” com chassise carroçaria Salvador Caeta-no.

Nos inícios dos anos 90 ascarreiras começam a sofrerdiversas alterações e reduções,sendo eliminadas algumas li-nhas.

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Hospital Pediátrico de Coimbra

Obra concluída em Junho de 2009Depois da Bolsa de Lisboa

Turismo de Coimbrasegue para Badajoz

Concluída a participaçãona Bolsa de Turismo deLisboa, a empresamunicipal Turismo deCoimbra (TC) seguiu estasemana para Badajoz,em Espanha,onde está a decorrer,até domingo,outra feira do sector.

Com a presença na Qualitas– Cores e Sabores, a TC pretendereforçar a posição de Coimbra nosroteiros turísticos do país vizinho,um dos mercados prioritários paraa empresa.

A decorrer pela primeira vezem Espanha, a Qualitas – Cores eSabores, mercado de produtostradicionais é uma organização daCâmara Municipal de Portalegreque visa promover o conhecimento,

o uso e o respeito pelos produtostradicionais portugueses, valorizan-do a sua função económica e a suadimensão social e cultural. Habi-tualmente promovida em Portale-gre, desta vez o certame decorreem Badajoz com o objectivo deinternacionalizar a feira e captar ointeresse de novos mercados.

Quanto à BTL, a participaçãoda Turismo de Coimbra teve “umbalanço bastante positivo, confir-mando o potencial da marca Coim-bra”. Numa nota divulgada, a TCsublinha que este sucesso “se com-provou pelo feedback do público,heterogéneo e sempre interessadoem descobrir mais sobre o con-celho”.

A Bolsa de Turismo de Lisboarecebeu 60 mil visitantes e contoucom 900 expositores, dos quaismeia centena eram representantesde destinos estrangeiros.

O ministro da Saúdeanunciou a antecipação emdez meses do prazo deconclusão do novo HospitalPediátrico de Coimbra, queassim ficará pronto emJunho de 2009.

Actualmente, a obra, cujovalor ascende a quase 45 milhõesde euros, encontra-se executadaem 34 por cento, mas agora foiassumido publicamente um com-promisso com o empreiteiro paraencurtar os prazos, que estavamfixados em Maio de 2010.

“Há um duplo compromisso”,declarou Correia de Campos, nasexta-feira, durante a visita àobra, admitindo que a avaliaçãoque irá ser feita sobre os benefí-cios e custos da antecipação apon-tem para “um equilíbrio, um resul-tado neutro”.

Confrontado com os atrasosque esta obra já teve, devido a im-previstos surgidos ao longo da exe-cução dos trabalhos, nomeada-mente com as linhas de água nosubsolo, o governante salientouque o seu interesse “não é escara-funchar no passado”, mas viabili-zar o mais rápido possível umequipamento para as crianças daRegião Centro.

Na opinião do ministro, é pos-sível também, durante a obra, irinstalando os equipamentos, paraque entre em funcionamento deimediato, ou pouco tempo depois.Os equipamentos para o novoHospital Pediátrico de Coimbraestão orçados em 25 milhões de

euros.O mesmo assunto foi reto-

mado por Correia de Campos na vi-sita que efectuou ao actual Hos-pital Pediátrico de Coimbra, ondenão chegou a realizar-se a anun-ciada ligação de telemedicina comAngola, que o iria pôr em contactocom o ministro da saúde angolano,devido a um problema técnico -uma ruptura num cabo óptico.

Correia de Campos referiuser possível uma aquisição ante-cipada dos equipamentos para onovo hospital e exortou os pre-sentes a colaborarem nesse pro-cesso, para acelerar a sua entradaem funcionamento.

“Não venho aqui assumir ocompromisso, e que vocês fiquemde asa solta a fazer críticas”,

observou em relação ao novohospital, que terá 163 camas paradoentes, e uma área de cons-trução de 90 mil metros quadra-dos.

Perante a fracassada ligaçãoda consulta de telemedicina car-díaca e fetal entre os hospitais pe-diátricos de Coimbra e Luanda,Angola, o ministro da Saúde pro-meteu voltar, por entender queestas tecnologias abrem novasvias à cooperação.

O Hospital Pediátrico deCoimbra (HPC) e o Hospital Pe-diátrico David Bernardino, deLuanda, inauguraram no início deNovembro último uma consulta detelemedicina, que já permitiuavaliar os casos clínicos de 34crianças em 8 sessões semanais.

“Um Outro Olhar” na APPACDM de S. SilvestreNo Centro de AtendimentoOcupacional daAPPACDM, em S. Silvestre,está patente, até 4 deFevereiro, a exposição“Um Outro Olhar”.

Integrando 49 fotografias, estamostra é integralmente compostapor trabalhos da autoria de criançase jovens portadores de deficiênciamental de sete instituições parti-culares de solidariedade social(IPSS) da Região Centro.

A APPACDM de Coimbrafoi uma das instituições que aderiuao projecto. “Um Outro Olhar”

integra, ainda, fotografias decrianças e jovens da AssociaçãoPortuguesa de Pais e Amigos dasCrianças com Deficiência Mental(APPACDM) de Anadia, doCentro de Educação Integrada daBela Vista, em Águeda, ambas nodistrito de Aveiro; APPACDM deSoure, Associação para o Desen-volvimento e Formação Profissio-nal de Miranda do Corvo (ADFP),CERCI Penela, todas no distritode Coimbra; e CERCI Pombal, nodistrito de Leiria.

Os jovens autores foramacompanhados por alunos daLicenciatura em ComunicaçãoSocial do Instituto Superior Miguel

Marques, Igor Pinto, CarlosConstantino e Altino Pinto.

Com esta iniciativa, os promo-tores pretenderam dar a conhecer,através dos trabalhos em expo-sição, um universo consideradoinsondável por muitos, ao mesmotempo que proporcionaram àscrianças e jovens um dia diferente.

Recorde-se que a exposiçãojá esteve patente na DelegaçãoRegional de Coimbra do InstitutoPortuguês da Juventude, entre 12de Dezembro de 2007 e 5 deJaneiro de 2008. A exposiçãocumpre agora a primeira étapa deum circuito de itinerância pelasIPSS aderentes a este projecto.

Torga (www.ismt.pt), alunos quetambém cederam o materialfotográfico necessário.

A equipa de alunos do ISMTfoi composta por Ana CarolinaCorreia, Ricardo Almeida, Manuel

“Um Outro Olhar” totaliza 49 fotografias e é composta por trabalhosda autoria de crianças e jovens portadores de deficiência mental

VOZ DE COIMBRA

O presidente da Câmara Carlos Encarnação e o vereador ManuelRebanda, durante a visita à BTL

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O O O O O DDDDDeeeeespespespespespertrtrtrtrtararararar 25| JANEIRO |087O DISTRITO DE COIMBRA

Cento e trinta cidadãosde Coimbra acusama Câmara Municipal, nummanifesto divulgadoanteontem, de assumirno plano culturalum papel “destruidordo potencial de criaçãoartística” da cidade.

Segundo os subscritores dodocumento “Pelo direito à culturae pelo dever de cultura!”, aautarquia “já não se limita a nãoapoiar devidamente a actividadecultural que aqui é feita”.

“Assume-se, pelo contrário,como um elemento dificultador etendencialmente destruidor dopotencial de criação artística quea cidade possui e que é uma dassuas principais mais-valias”,acrescentam.

O texto, apresentado emconferência de imprensa, noTeatro Académico de Gil Vicente(TAGV), congrega 130 figuras dosmeios cultural, académico e políticode Coimbra que contestam apolítica cultural da autarquialiderada pelo social-democrataCarlos Encarnação.

Estão entre os signatários osconstitucionalistas Gomes Cano-tilho e Vital Moreira, o antigopresidente da Capital Nacional daCultura - Coimbra 2003, AbílioHernandez, a arqueóloga AdíliaAlarcão, o bastonário da Ordemdos Advogados, António MarinhoPinto, o antigo secretário de Estadodo Ensino Superior José Reis, odirector do TAGV, Manuel Portela,e o encenador João André.

José Manuel Pureza, profes-sor de Relações Internacionais daUniversidade de Coimbra (UC), eAntónio Arnaut, advogado e antigoministro dos Assuntos Sociais, sãooutros dos subscritores.

Contactado pela agênciaLusa, o presidente da Câmara deCoimbra considerou que as críticasdo grupo de cidadãos “são injus-tas”, tendo em conta, designada-mente, os investimentos que a au-tarquia efectuou nos últimos seisanos na área dos novos equipa-mentos culturais.

Desvalorizando o conteúdo dotexto divulgado, que considerou“muito pobre do ponto de vistacultural”, Carlos Encarnaçãorealçou que a autarquia investiu,desde 2002, 4,7 milhões de eurosna construção da Oficina Muni-

cipal do Teatro e do Teatro da Cer-ca de S. Bernardo. “Não há me-mória de uma administração mu-nicipal que investiu tanto dinheiro”na área cultural, disse.

O documento surge na se-quência de um outro - “O sanea-mento básico da cultura” - igual-mente crítico, divulgado há doisanos por 60 cidadãos, grupo agoraalargado para 130.

“Dois anos depois, as pioresexpectativas foram ultrapassadas.Coimbra é hoje uma cidade amar-fanhada do ponto de vista cultural,que só não se tornou absolutamenteinsignificante a nível nacionalgraças à actividade que, no limiarda sobrevivência, os poucosagentes culturais que ainda restamconseguem ir desenvolvendo”,afirmam os apoiantes desta se-gunda intervenção conjunta emdefesa do desenvolvimento culturalda cidade.

O orçamento da autarquiapara 2008, afirmam, “é apenas oexemplo mais facilmente quantifi-cável” de um comportamento daautarquia, que acusam de nãodispor de um “plano estratégicocultural a curto, médio e longoprazo” para o município.

As verbas da Câmara para a

cultura “sofreram um novo cortede três milhões de euros, sendohoje menos 80 por cento do queem 2004”, traduzindo o investi-mento municipal na cultura o seu“grau mais reduzido e insignifi-cante”.

“Não há definição de obje-ctivos, não há definição, nem quan-titativa nem qualitativa, de resul-tados a atingir, não há planificaçãodos recursos a mobilizar, não há de-finição nem de dinâmicas internasa desenvolver (…), nem de dinâmi-cas externas a incentivar”, lê-se nodocumento, aberto também àadesão de novos subscritoresatravés de um “blog”.

Por outro lado, os discursosdos responsáveis autárquicosdemonstram “um vazio total deideias sobre o papel da cultura nodesenvolvimento da cidade e noexercício da cidadania”.

Carlos Encarnação dissecompreender, no entanto, a “per-manente insatisfação” dos agen-tes culturais e intelectuais da ci-dade.

“É como que uma tensãocriativa”, observou. O autarcarecordou que foram os dois exe-cutivos por si liderados que com-praram e adaptaram das finsculturais as casas dos escritoresMiguel Torga e João José Co-chofel, tendo ainda avançado como projecto de execução do Con-vento de S. Francisco.

Junta dos Olivaisprepara Carnaval

A Junta de Freguesia deSanto António dos Olivaisestá a preparar o cortejocarnavalesco com toda a“pompa e circunstância”.Mais de 20 grupos irãoparticipar no cortejo que irápercorrer as ruas do BairroNorton de Matos.

Promovido pela Junta de Fre-guesia, o corso carnavalesco estáa ser preparado pelas diversascolectividades da freguesia, queprometem surpreender com carrosalegóricos imaginativos e criativos.

A folia começa no dia 3 (do-mingo), às 15 horas, com um bailede máscaras no Centro Norton deMatos. Durante este evento, queserá animado pelo grupo “SomDe-Ká”, serão premiadas as máscarasmais originais e criativas e eleitoso rei e a rainha do Carnaval.

O cortejo está marcado parao Dia de Carnaval, a 5 de Feve-reiro. Começa com o Grupo deBombos “Águias do Marão” Can-domil, de Amarante, e prosseguecom o desfile dos 22 grupos par-ticipantes. Inicia na Rua AdolfoLoureiro e termina na Praça In-fante D. Henrique.

Manuel Rebandaé o novo

presidente dosAntigos OrfeonistasManuel Rebanda é o novopresidente do Coro dosAntigos Orfeonistas deCoimbra, sucedendo assim nocargo a António Luzio Vaz,que irá presidirà assembleia-geral.

Foi apresentada a sufrágiouma lista única, tendo a eleiçãodos corpos sociais para o biénio2008/2009 decorrido na noite deterça-feira.

Para além do presidente Ma-nuel Rebanda, fazem ainda parteda direcção António Crespes Cou-to (vice-presidente), Luiz MiguelSantiago (secretário), Paulo Veiga(tesoureiro), António Santos, LuísFerreirinha e Heins Frieden (comovogais).

Manuel Soares Ramos eCarlos Caiado são os secretáriosda assembleia geral, enquanto queno conselho fiscal estão FranciscoBrito (presidente), Jorge Dinis eJoão Vaz (vogais).

O primeiro acto oficial da no-va direcção será celebrar um pro-tocolo com a Orquestra Clássicado Centro, de modo a reforçar acolaboração entre as duas enti-dades.

Grupo de cidadãos apresenta manifesto muito crítico

“Coimbra é hoje uma cidade amarfanhadado ponto de vista cultural”

Cinco mil jovens visitaramSemana da Ciência na Lousã Aldeias de Xisto

em Aigra NovaAs Aldeias de Xistovão inaugurar, no Dia deCarnaval, 5 de Fevereiro,a quarta loja em AigraNova, concelho de Góis.

A cerimónia de inauguraçãoestá agendada para as 10.00 ho-ras e começa com a habitualanimação, pelo Grupo Etnográfi-co da Região da Lousã.

Segue-se, às 10h30, a ceri-mónia de inauguração da LojaAldeias do Xisto, uma sessão queconta com a presença de JoséGirão Vitorino, presidente da Câ-mara Municipal de Góis, AlfredoRodrigues Marques, presidenteda CCDRC, Paulo Fernandes,presidente da ADXTUR, e PauloSilva, presidente da Lousitânea.

O programa termina comum almoço, previsto para as12h00.

A Semana da Ciência e daTecnologia atraiu à Lousãcerca de 5000 crianças dasescolas do município e dosconcelhos limítrofes.

Jorge Alves, vereador daCâmara da Lousã, traça umbalanço “muito positivo” do even-to e realça o envolvimento muitodirecto de todos os estabele-cimentos de ensino do concelho.

Ao longo de uma semana, de14 a 19 de Janeiro, sucederam--se as actividades experimentais,em áreas tão diversas como aelectricidade, electrónica, me-cânica, ambiente, química, fí-sica, biologia, matemática, didá-ctica, geografia, internet, robóticae urbanismo.

Dirigida a todos os ciclos deensino, desde o Pré-Escolar aoEnsino Secundário, mas tambémao público em geral, as actividadesforam promovidas por diversasentidades e cativaram o público.

Jorge Alves entende que oobjectivo principal do evento foicumprido, uma vez que “seconseguiu aproximar as criançase jovens das questões da ciência,fazendo-as despertar para asprofissões científicas, para atecnologia, inovação e empreen-dedorismo”.

O vereador da Educaçãodestaca ainda a presença noconcelho da coordenadora na-cional da Ciência Viva, que re-conheceu que esta é uma ini-ciativa inédita a nível nacional, jáque não existe mais nenhuma queconsiga obter este envolvimentopor parte das escolas.

Fernando Carvalho, presidente da autarquia, e Jorge Alves, vereador,acompanharam alguns alunos que visitaram a exposição

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O O O O O DDDDDeeeeespespespespespertrtrtrtrtararararar25| JANEIRO |08 8 O DISTRITO DE COIMBRA

O Presidente da República,Cavaco Silva, homenageou,na segunda-feira, ofundador da nacionalidade,Afonso Henriques,no Mosteiro de Santa Cruzde Coimbra, onde depôsuma coroa de flores, noarranque das II Jornadasdo Roteiro do Património.

O chefe de Estado visitou de-moradamente todo o convento,num périplo em que foi acom-panhado pelo padre José EduardoCoutinho, que lhe transmitiu toda ahistória do mosteiro.

Cavaco Silva foi recebidopelo bispo de Coimbra, D. AlbinoCleto, que também o acompanhouna visita.

O padre José Eduardo Cou-tinho lamentou que a Ministério daCultura tenha proibido a aberturae estudo do túmulo de D. AfonsoHenriques. “Estava constituídauma equipa científica de alto nível”liderada pela professora EugéniaCunha, referiu.

“No preciso momento em quese ia abrir o túmulo com algunscientistas da Universidade deCoimbra e estrangeiros chegou aordem determinante de cancela-mento por parte do Ministério daCultura”, lamentou.

À saída, o chefe de Estadofoi confrontado por um pequenogrupo de mulheres que se queixavadas reformas baixas e do desem-prego na região.

Uma das intervenientes, RosaMaria, afirmou que recebia 300euros de reforma e que isso nãolhe bastava.

Cavaco Silva ouviu atenta-mente as queixas, sem responder,mas assentindo com a cabeça, antesde se deslocar para a Sé Velha.

A agenda do primeiro dia doroteiro foi bastante preenchida.

Cavaco homenageou D. AfonsoHenriques, depois visitou a SéNova e seguiu para uma reuniãocom investigadores do património,em que apelou à preservação.

Em Coimbra, o Presidente daRepública viajou ainda num veículoecológico sem condutor da Reitoriaaté ao Museu da Ciência ondeassistiu à proposta de candidaturada Alta de Coimbra a patrimóniocultural da UNESCO que serálançada no final do ano.

Cavaco Silva falou ainda desaúde, comentou a actualidadepolítica e alertou para a necessidadede diálogo com os cidadãos, paraacabar com o clima de crispação.

Coimbra marcou, assim, oarranque de uma visita de dois dias

à Beira e Douro Litoral, no âmbitodas II Jornadas do «Roteiro para oPatrimónio». Ainda na segunda--feira, a comitiva presidencialvisitou a Igreja e o mosteiro doLorvão, em Penacova.

Recuperação do órgãomarcou visitaao Mosteiro do LorvãoO presidente da Junta de Freguesiade Lorvão, Mauro Carpinteiro,aproveitou a visita de Cavaco Silvaao Mosteiro do Lorvão paraentregar ao Presidente da Repú-blica um dossiê onde “constamalguns documentos que fazem umpouco a história da evoluçãorecente e das diligências feitas paraa recuperação do órgão”.

O autarca quis dar assim aconhecer a Cavaco Silva toda ahistória deste monumento. Mos-trou-se também confiante na pro-messa feita por Pedro Pita, directorregional da cultura, que garantiu queo órgão ficaria pronto até final de2009.

Esta visita permitiu a Cavaco

Silva conhecer melhor este mo-numento, assim como contactar deperto com a população. Não falou,no entanto, sobre o Mosteiro.Apenas Isabel Pires de Lima,ministra da Cultura, adiantou queo primeiro passa pelo “processo deidentificação” dos problemas. Sóentão é que, como frisou, haverácondições para “avançar para arecuperação”. A ministra da Cul-tura prometeu, no entanto, “todo oempenho para que o processoavance”.

No segundo e último dia deroteiro, o Presidente da Repúblicavisitou o Mosteiro de Arouca e o Mu-seu de Arte Sacra da Real Irman-dade da Rainha Santa Mafalda

Este “Roteiro para o Patri-mónio” foi a primeira deslocaçãooficial do chefe de Estado em2008. Cavaco Silva chamou, umavez mais, a atenção e sensibilizarentidades, empresas, associações,escolas e cidadãos em geral paraas boas práticas políticas e técnicasseguidas por autarquias, asso-ciações privadas e particulares.

Roteiro para o Património

Cavaco Silva homenageou em CoimbraD. Afonso Henriques

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O O O O O DDDDDeeeeespespespespespertrtrtrtrtararararar 25| JANEIRO |089

Concorda que alguns elementos da ASAE tenham treino militar, de forma a estarem preparados para reagir em determinadas situações?

O PAÍS

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PRAÇA PÚBLICAPRAÇA PÚBLICAPRAÇA PÚBLICAPRAÇA PÚBLICAPRAÇA PÚBLICA

CASA DAS CITCASA DAS CITCASA DAS CITCASA DAS CITCASA DAS CITAÇÕESAÇÕESAÇÕESAÇÕESAÇÕES“(O Governo) assemelha-se aoportuguês típico. E o portuguêstípico não é fascista, liberal,comunista, social-democrata ou,convenhamos, coisa nenhuma:apenas faz pela vida.”

Alberto GonçalvesSociólogo

21/01/08

“Portugal não é, sequer, a WestCoast of Europe, esse sloganpublicitário desencantado sabeDeus onde para vender o ‘gla-mour’ inexistente das praias e dosapartamentos do Algarve.”

Domingos de AndradeChefe de Redacção

21/01/08

“Não me podiam ter dado maiorprazer. Correr uma minimaratonae ainda inaugurar uma biblioteca,é perfeito para qualquer Primeiro--Ministro.”

José SócratesPrimeiro Ministro

21/01/08

“Não é certo que mesmo umpolítico como Sarkozi consigaseguir o melhor das 314 sugestõesdo ‘relatório Attali’. Mas lê-las emPortugal talvez ajudasse algunspolíticos a libertarem-se de certasteias de aranha que ainda tolhemos seus raciocínios.”

José Manuel FernandesEditor

21/01/08

“Não há qualquer campanhaorganizada contra a liderança dodr. Menezes. Há algumas vozesque fazem reparos em público.”

Castro AlmeidaAutarca de S. João da Madeira

21/01/08

O Presidente da Repúblicadisse que Portugal“estará melhor”com o Tratado de Lisboado que sem ele e tudoo que país possa fazer paraque entre em vigorcorresponde aos seus“interesses fundamentais”.

“Para mim, o importante é ointeresse nacional”, disse CavacoSilva, em resposta a uma perguntada Agência Lusa, numa pausa doprimeiro dia da sua deslocaçãodedicada às II Jornadas do Patri-mónio Arquitectónico da Beira eDouro Litoral.

“O governo tomou a decisãode entregar à Assembleia daRepública a proposta de ratificaçãodo Tratado de Lisboa, mas a mimo que me interessa é o interessenacional”, reafirmou.

“O interesse nacional acon-selha a que o Tratado de Lisboaseja aprovado por 27 Estadosmembros”, afirmou, sublinhando:“se não tivéssemos este tratado, aEuropa ficaria pior”.

O Presidente da Repúblicadeclarou que a Europa «ficariacom uma voz mais fraca no mundoe não teria tão boas condições pararesponder às aspirações doscidadãos» em termos de emprego,crescimento económico, globaliza-ção e inovação.

“Por isso, aquilo que meinteressa é só o interesse nacional”,repetiu, acrescentando que “Por-tugal está melhor servido com oTratado de Lisboa do que sem umTratado de Lisboa”.

Questionado sobre o alegado

Cavaco Silva

Portugal fica melhorcom Tratado de Lisboa

divórcio e desconhecimento dapopulação face ao conteúdo dotratado, Cavaco Silva disse: “nãosei se há indicações seguras quantoa isso”.

Mas “os parlamentos têmcompetência para aprovar medi-das difíceis”, sublinhou.

“O povo, ao fim de algumtempo, no dia das eleições, faz ojulgamento daqueles que tomaramas decisões”, disse. “Quantasdecisões cruciais não foram toma-das ao longo do tempo pelos parla-mentos nacionais?”, perguntou.

Embora reconheça legitimi-dade que se submeta a referendoum tratado, Cavaco Silva reiterouque também o parlamento “temtoda a legitimidade”, declarou.

“A minha posição pessoal éconhecida desde sempre, porquesempre achei que os tratados inter-nacionais em geral não deviam serobjecto de referendo”, acrescen-tou.

Cavaco Silva recordou que,na sua campanha eleitoral, tam-bém disse que se o governo lhesubmetesse uma decisão no senti-do de se aprovar o tratado por viareferendária também lhe dariaseguimento.

Um volume suspeito que foi abandonado numa carruagem doMetropolitano levou à evacuação e encerramento da estaçãode Metro de Telheiras para investigação

Manifestantes do Sindicato dos Professores da Grande Lisboaprotestam pela carreira docente durante a inauguração doJardim Escola João de Deus, em Santarém

“Concordo porque há determi-nado tipo de intervenções emque poderá ser necessário essetipo de treino.”

Vasco Nogueira34 anos, Bancário

“Não concordo.”

Nuno Santos31 anos, Metalúrgico

“Concordo. Na minha opinião, nãohá desvantagem nenhuma emestarem preparados para seprotegerem.”

Vanessa Azevedo20 anos, Estudante

“Concordo. Julgo que não há malnenhum nisso.”

Filipa Azevedo23 anos, Estudante

“Concordo. Apesar da ASAE,por vezes, exagerar, tem quehaver algum rigor.”

Aníbal Rodrigues62 anos, Pintor de Automóveis

Page 10: O Despertar – 8469 – 25.01.2008

O O O O O DDDDDeeeeespespespespespertrtrtrtrtararararar25| JANEIRO |08 10 CENTRO PORTUGAL

Provedoria “obriga” autarquia deGóis a não inviabilizar construções

LeiriaVale do Lapedo candidatoa Património da UNESCO

A Câmara de Góis vaiseguir as orientações doprovedor de Justiça, queterça-feira recomendouuma mudança de posiçãono licenciamentode obras na faixa deprotecção da futuravariante à EstradaNacional 342.

No seguimento de várias re-clamações recebidas, o provedorde Justiça, Nascimento Rodri-gues, recomendou à autarquia quedeixe de submeter os pedidos delicença ou de autorização paraobras de construção a parecer daEP - Estradas de Portugal, en-quanto não for publicado o estudoprévio para a construção da va-riante.

O provedor aconselha aindaa autarquia a abster-se de “inde-ferir os mesmos pedidos combase no artigo 3.º do Decreto-Lein.º 13/94, de 15 de Janeiro, por

não se encontrar constituída servi-dão administrativa”.

Os solos em causa estãoclassificados no Plano DirectorMunicipal de Góis, que vigoradesde 2003, como zona de expan-são por colmatação para habitaçãounifamiliar e inseridos na faixa deprotecção para a futura constru-ção da variante à EN 342.

Na sua análise, NascimentoRodrigues considera que “a cons-trução depende de um estudoprévio”, cujo concurso público paraa sua elaboração foi publicado emFevereiro de 2006, com o prazo deexecução de 450 dias, mas queainda não foi aprovado.

“A servidão legal e a conse-quente restrição à edificação sóse tornam eficazes depois deaprovado e publicado o referidoestudo, sem o qual não se podediscernir com o mínimo rigor oconjunto de solos a afectar àobra”, sublinha uma nota de im-prensa da Provedoria de Justiça.

O presidente da Câmara deGóis, José Girão Vitorino, afirmou

que vai seguir a recomendação,referindo que até agora a Secre-taria de Estado das Obras Públi-cas e as Estradas de Portugal de-saconselhavam ao licenciamentode obras.

“Com este parecer a Pro-vedoria vem nos dizer que não hánada que impeça a câmara delicenciar, o que nos permite con-cretizar o sonho de expandir a vilapara fora da ‘zona sombria’”, con-gratula-se o autarca socialista.

Segundo José Girão Vitorino,o primeiro traçado previsto paraa passagem da variante da EN342 a Góis inviabilizava a expan-são da vila, situação que se alteracom o novo estudo que apontapara um afastamento em relaçãoao perímetro urbano.

O autarca recorda que che-gou a ter mais de uma dúzia deprojectos para licenciamento nacâmara que, face à anterior si-tuação, acabaram por não avan-çar, embora agora “alguns este-jam a voltar”, tendo já deferidoduas construções.

A Câmara Municipalde Leiria candidatou-sea um projecto europeupara gestãode equipamentos culturaisnaquele que é um dosprimeiros passos parapreparar uma candidaturado Vale do Lapedoa Património da UNESCO.

O vereador da Cultura na au-tarquia de Leiria, Vítor Lourenço,explicou que o projecto, que fazparte do INTERREG e inclui 13regiões de nove países europeus,visa a “criação de uma estruturade gestão e formação” de equipa-mentos naturais.

Bases de dados, ferramentasde software, certificação deprocedimentos ou harmonização deestratégias de gestão são algumasdas valências deste projecto euro-peu, que tem um orçamento totalde 2,7 milhões de euros.

Nesta rede, Leiria será umadas cidades principais, cabendo-lheum investimento de 660 mil euros,já que será ao município portuguêsque caberá a responsabilidade deser o projecto-piloto, explicou VítorLourenço. Este é, assim, um dosprimeiros passos concretos, para“certificar os procedimentos” degestão dos equipamentos culturaisque permitirá a “candidatura doLapedo à UNESCO”.

Para Vítor Lourenço, a candi-datura, a realizar-se a “médio oulongo-prazo”, terá sempre que con-tar com “metodologias de gestão”adequadas.

No início do mês, a autarquiae os arqueólogos que têm acom-

panhado as escavações feitas nazona, defenderam a candidatura doVale do Lapedo - onde foi desco-berto o esqueleto de uma criançacom 24.500 anos -, em conjuntocom outros locais de relevânciaarqueológica do Paleolítico Supe-rior, a Património Mundial daUNESCO.

Na ocasião, Francisco Almei-da, arqueólogo do Instituto deGestão do Património Arquitectó-nico e Arqueológico (IGESPAR),desafiou a tutela e a autarquia apromoverem no Vale do Lapedo eno vizinho Vale da Ribeira dasChitas (onde também existemindícios de ocupação humana muitoantiga) acções de investigaçãopara, “no máximo dos máximosdentro de dez anos, avançar comuma candidatura a patrimóniomundial da UNESCO”.

Essa candidatura deverá serfeita “com outros países ondeforam feitos achados arqueoló-gicos do paleolítico superior” degrande relevância, explicou oinvestigador, considerando queexistem condições para que oritmo da investigação aumenteexponencialmente.

O “menino do Lapedo”, com24.500 anos, foi descoberto emDezembro de 1998, tendo marcadouma mudança na compreensão daevolução humana, ao apresentarindícios de convivência e cruza-mento entre os Neanderthais e ohomem moderno.

Até então, os estudiosos julga-vam que o Neanderthal fora extintosem qualquer cruzamento com ohomem moderno, mas o fóssilencontrado contrariou pela pri-meira vez essa teoria.

As Montarias do Centrovão estender-se, este ano,ao concelho de Góis.A próxima provavai decorrer, no dia 9de Fevereiro, em Amiosodo Senhor, freguesiade Alvares

Organizada pela Região Tu-rismo do Centro, em parceira coma Câmara Municipal de Góis, aMontaria começa, às 8h00, com aconcentração em Amioso doSenhor.

Prossegue com o “Taco” e,às 10h00, decorre o sorteio dasportas. A partida para a Manchaestá prevista para as 10h30,seguindo-se, às 11h00, o início daMontaria. O final está previstopara as 15h00.

O programa prossegue como almoço e com a distribuição dostroféus e leilão dos javalis abatidos.

Os interessados em participardevem contactar a AssociaçãoFlorestal do Concelho de Góis,através do telefone 235 778 827/8.

CERTIFICO, narrativamente, paraefeitos de publicação, que neste Cartórioe no livro de notas para escriturasdiversas número 114-A, a folhas 116, seencontra exarada uma escritura dejustificação notarial, outorgada hoje, pelaqual, LUÍS MANUEL DA SILVA MANAIAe mulher, MARIA ANTÓNIA DE OLIVEI-RA SALVADOR, casados no regime dacomunhão de adquiridos, residentes noCaminho da Baldeira, n° 34, no Ribeiro deVilela, freguesia de Torre de Vilela, conce-lho de Coimbra, com os NIF 129.318.817 e175.282.889, declararam, com exclusãode outrém, serem donos e legítimospossuidores do prédio urbano, com-posto por barracão de rés-do-chão, comduas divisões e logradouro, destinado arecolha de alfaias e produtos agrícolas,com a área coberta de cento e dez metrosquadrados e a descoberta de mil oitocen-tos e vinte metros quadrados, sito naPonte de Vilela, freguesia de Torre deVilela, concelho de Coimbra, a confrontardo norte com Joaquim Rodrigues e outros,do sul com estrada nacional, do nascentecom Manuel Rodrigues e do poente comJosé Morais, inscrito na matriz em nomedo justificante varão sob o artigo 456, como valor patrimonial de euros 7.365,80, nãodescrito na Primeira Conservatória doRegisto Predial de Coimbra.

O prédio veio à sua posse por

doação verbal feita por seus sogros epais, Manuel da Silva Salvador e mulher,Maria da Luz de Oliveira, residentes queem Ponte de Vilela, freguesia dita de Torrede Vilela, ocorrida no ano de milnovecentos e oitenta e seis, sem que noentanto ficassem a dispor de título formalque lhes permita obter o seu registo nacompetente Conservatória.

Todavia, possuem o referido prédiohá mais de vinte anos e tal posse semprefoi exercida de forma pública, pacífica esem interrupção, tal como se correspon-desse ao exercício do direito de proprie-dade, fazendo as obras de reparação ede conservação, efectuando a sualimpeza, pagando os respectivos impos-tos e por tal motivo, perante a inexistênciado titulo de aquisição, alegam os justifi-cantes terem adquirido o prédio por umoutro modo de adquirir, a usucapião, insus-ceptível, porém, de comprovar pelosmeios extrajudiciais normais.

DE CONFORMIDADE COM O ORI-GINAL

Coimbra e Cartório Notarial, 23 deJaneiro de 2008

A colaboradora devidamente autorizada:(Maria Gorete Vaz)

“O Despertar” N.º 8469, de 08/01/25

CARTÓRIO NOTARIAL DE COIMBRANotário, JOAQUIM MANUEL SALES GUEDES LEITÃO

JUSTIFICAÇÃO NOTARIALMontariasdo Centroem Góis

Page 11: O Despertar – 8469 – 25.01.2008

O O O O O DDDDDeeeeespespespespespertrtrtrtrtararararar 25| JANEIRO |0811REVISTA ESTRANGEIRA

Ficou preocupado com as ameaças de ataques terroristas que deixaram em alerta alguns países europeus, incluindo Portugal?

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PRAÇA PÚBLICAPRAÇA PÚBLICAPRAÇA PÚBLICAPRAÇA PÚBLICAPRAÇA PÚBLICA

CASA DAS CITCASA DAS CITCASA DAS CITCASA DAS CITCASA DAS CITAÇÕESAÇÕESAÇÕESAÇÕESAÇÕES“Para nós (Sérvia), a Rússia estámais próxima. Mas se a EU querabrir as suas portas e não nosimpuser obstáculos, ficaremoscontentes por nos juntar.”

Tomislav NikolicCand. mais votado às presid. da Sérvia

21/01/08

“Como um grande produtor depetróleo, não somos contra asrenováveis […] O petróleo e ogás, sozinhos, não serão capazesde atender ao desafio de proversuficiente energia para o futuro.Novas soluções têm de chegar aomercado rapidamente.”

Sultan al-JaberAdministrador do projecto Masdar

22/01/08

“Nestes dias de expectativa, po-dem esperar-se discursos deFrankfurt, promessas de Bruxelasou apelos de Lisboa, mas a eco-nomia global só não se afundase Washington permanecer à tonada água.”

Manuel CarvalhoEditor

22/01/08

“Que causará maior surpresa nosEUA e no Mundo: a eleição de umamulher ou a de um negro, este coma ‘agravante’ de ostentar um nomeque não esconde as origens?”

José Leite PereiraDirector

22/01/08

“A situação do Afeganistão e doPaquistão (barril de pólvora ex-plosivo) só pode trazer dores decabeça aos países que têm látropas em ‘missões de paz’.”

Mário SoaresEx-presidente da República

22/01/08

Mais de 26 mil criançasmorrem por dia no Mundo

Mais de 26 mil criançascom menos de cinco anosmorrem por dia em todo omundo, a maioria das quaispor causas evitáveis, alertao relatório “A SituaçãoMundial da Infância 2008:A Sobrevivência Infantil”,da Unicef.

O relatório foi apresentadoanteontem apresentado no Palaisdes Nations, em Genebra, com apresença de Ann Veneman, dire-ctora-executiva da Unicef, Mar-garet Chan, directora-geral daOrganização Mundial de Saúde(OMS), e Bience Gawanas, Comis-sária para os Assuntos Sociais daUnião Africana.

O documento, que reúne da-dos da Unicef, da OMS e do BancoMundial, assinala que, apesar destesvalores, “o número anual de mortesde crianças foi reduzido para meta-de, de cerca de 20 milhões em 1960para 9,7 milhões em 2006”.

Ainda de acordo com a agên-cia das Nações Unidas para a in-fância, “mais de 80 por cento de to-das as mortes de menores de cincoanos em 2006 ocorreram na Áfricasubsariana e no Sul da Ásia”.

À cabeça da lista nesta cate-goria está a Serra Leoa, com 270mortes por mil nados-vivos, seguidade Angola, com 260 mortes e doAfeganistão, que regista 257 mortespor mil nados-vivos. Por outro lado,a taxa de mortalidade de menoresde cinco anos na China diminuiu de45 mortes por cada mil nados-vivosem 1990 para 24 em 2006 (umaredução de 47 por cento), enquantona Índia baixou 34 por cento.

Ainda no mesmo parâmetro,entre os países considerados emdesenvolvimento, a nota maispositiva vai para Cuba, com sete

mortes por mil nados-vivos.As conclusões apresentadas

mostram também que as regiõesque não estão em vias de cumpriras metas da sobrevivência infantildo ODM 4 (Objectivo de Desen-volvimento do Milénio: Reduzir amortalidade infantil) se situam noMédio Oriente e Norte de África,Sul da Ásia e África subsariana,incluindo a África Oriental e Austral,Ocidental e Central.

Dos 46 países que compõema África subsariana, apenas três es-tão a caminho de cumprir o ODM4- Cabo Verde, Eritreia, e Seychelles- revela a Unicef, que sublinha anecessidade de reduzir de novo parametade as taxas de mortalidadeinfantil até 2015. “A SituaçãoMundial da Infância 2008: ASobrevivência Infantil” refere aindaque, desde 1990, houve 61 paísesque reduziram a taxa de mortalidadeinfantil em pelo menos 50 por cento.

Para a Unicef, o facto de qua-se um terço dos 50 países menosdesenvolvidos terem reduzido astaxas de mortalidade infantil em 40por cento ou mais desde 1990 “pro-va de que os progressos para ascrianças podem ser realizados empaíses pobres se existirem vontadepolítica e estratégias sólidas”.

O relatório aponta como exem-plares, neste aspecto, os casos dasMaldivas, Timor-Leste, Butão,Nepal, Bangladesh, RepúblicaDemocrática Popular do Laos,Eritreia, Haiti, Malauí, Samoa, CaboVerde, Ilhas Comoros, Moçam-bique, Etiópia e Ilhas Salomão.

De acordo com a Unicef, entreos factores agravantes da morta-lidade nas crianças menores decinco anos estão causas neo-natais(36 por cento), pneumonias (19 porcento), diarreias (17 por cento),malária (oito por cento), sarampo(quatro por cento) e SIDA (três porcento).

O Secretário de Estado, João Gomes Cravinho, momentos antesda cerimónia de entrega de material à polícia cabo-verdiana

A mãe da pequena Mari Luz, criança espanhola que desa-pareceu na semana passada, Irene Suarez, durante umamanifestação em Espanha

“Não muito.”

Rui Santos17 anos, Estudante

“Ficamos sempre.”

Liliana Santos25 anos, Empregada Balcão

“Não. Acho que Portugal nãoestá muito ameaçado.”

Ana Machado21 anos, Estudante

“Acho que nós somos tão pacatosque ninguém quer confusãoconnosco.”

Elsa Gouveia42 anos, Empregada Ind. Hoteleira

“Não fiquei preocupada. Quemé que pensa em Portugal?

Tatiana Tomé21 anos, Desempregada

Page 12: O Despertar – 8469 – 25.01.2008

O O O O O DDDDDeeeeespespespespespertrtrtrtrtararararar25| JANEIRO |08 12 ENTREVISTA

O Cabritino é o local ideal parausufruir de momentos especiais

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D. - Foi reeleito para mais ummandato (2008-2010) comopresidente do Conselho Distritalde Coimbra da Ordem dosAdvogados (OA). Quais são osgrandes desafios para os pró-ximos três anos?D. A. - Os desafios são sempreos mesmos. Queremos prestigiara Ordem o mais possível e contri-buir também para que esse prestí-gio saia reforçado dentro da Or-dem Nacional. Pretendemos, poroutro lado, colocar a Ordem aoserviço dos Advogados, atravésda formação com qualidade, emantermo-nos ao dispor dos cida-dãos, designadamente na gestãodo apoio domiciliário. O grandedesafio passa, no fundo, por con-tinuar a fazer o que temos feitoaté aqui, reforçando a qualidade.

Durante a sua tomada de posseo Bastonário da OA, MarinhoPinto, defendeu que o cidadãodeve poder escolher o seu advo-gado, limitando-se o Estado apagar. Qual é a sua opinião?Eu tenho uma opinião contrária.Isso foi muito questionado e temsido debatido ao longo dos anosna Ordem. Embora do ponto devista conceptual a escolha do

Daniel Andrade apela à união de todos os operadores judiciários

“No nosso país prendia-se para investigar”Zilda Monteiro

Prestigiar a Ordemdos Advogados o maispossível, contribuindopara o reforço do seupapel no contextonacional e colocando-se,cada vez mais, ao dispordos advogados e doscidadãos, é um dosobjectivos de DanielAndrade. Reeleito paramais um mandato (2008--2010), o presidente doConselho Distrital deCoimbra da Ordem dosAdvogados lamenta “asgrandes tensões” que sevivem neste momento nosistema judiciário e que,no seu entender, “se têmagravado nos últimos 10anos”. Admite que “estastensões responsabilizamtodos os operadoresjudiciários” e apela, porisso, à união de todos. Ementrevista a“O Despertar”, DanielAndrade assume que nãoconcorda com “atendência actual deretirar ou afastar opequeno litígio dostribunais” e lembra que“os tribunais administrama justiça em nome do povoe para o povo”. Abordaainda a questão dosJulgados de Paz, assumeque não são a melhorsolução para combater amorosidade da justiça esublinha que essa questãosó será resolvida commais meios. Em relação ànova lei de processopenal, que conduziu àlibertação de muitospresos preventivos, admiteque “o sistema estavadesadequado”, já que“no nosso país prendia-separa investigar”.

advogado pelo cidadão seja amelhor solução, a Ordem tem-sedeparado com situações de abuso,que dão lugar àquilo que nósdesignamos de cambão. Significaisso que dentro das instituições há,normalmente, tendência paraindicar um determinado advoga-do. Portanto, a escolha acaba pornão ser livre. Se a escolha fosseverdadeiramente livre para o ci-dadão, aí tudo bem. Nós aqui noConselho Distrital de Coimbra,ainda no tempo do Dr. José Au-gusto, chegámos a propor que ocidadão tivesse uma espécie deum voucheur fornecido pelaSegurança Social, com preçosdiferenciados, dependendo daquiloque pretendia. Depois, com essevoucheur dirigia-se a um advo-gado. Aí sim, seria a escolha livreporque era-lhe dada uma espéciede um talão, com determinadomontante para o cidadão poderescolher o advogado. Dentro daspróprias instituições há a tendênciapara aconselhar “fulano ou si-crano”. Isso seria retomar um cam-bão que praticamente está quaseextinto. Era uma má prática por-que o cidadão não escolhia livre-mente o advogado, era-lhe indi-cado um.

“Ao lado do grandee famoso – e agora

muito na ordemdo dia – mapa

judiciário está-sea construir um mapa

para-judiciário.”

A nova lei sobre o apoio judiciá-rio restringe ainda mais aisenção das custas judiciais,sendo cada vez mais difícil àsfamílias conseguirem apoios…É verdade. Digamos que há umatendência para retirar ou afastaro pequeno litígio dos tribunais oque é algo de realmente surpreen-dente num Estado de Direito. Euaí concordo inteiramente com osr. Bastonário, quando ele diz quedevem ser os tribunais a dirimiras questões da justiça. Eu, hámuitos anos que digo isto e te-nho- o escrito, porque de facto ostribunais servem para dirimir ascausas do povo e não só asgrandes questões. Portanto,definir uma estrema, resolver umproblema de condomínio ou de umcrédito que um merceeiro temsobre o seu cliente, são questõesdo povo. Os tribunais existem paraisso. Quando se fala em bagatelasquer civis, quer penais, e até háquem lhes chame “lixo”, está-sea fazer uma ofensa enorme aocidadão, porque a coisa maispequenina no âmbito jurídico podeser para aquele cidadão a maiorde todas. Os tribunais não podemdistinguir o que é pequeno ou oque é grande. Os tribunais admi-nistram a justiça em nome do povoe para o povo. Não é para asgrandes questões. O que me preo-cupa também, nesse particular, éque também ao lado do grande e

famoso - e agora muito na ordemdo dia - mapa judiciário está-se aconstruir um mapa para-judi-ciário. Tenho-lhe chamado até,um pouco ironicamente, a justiçade balcão, a justiça de genéricosjurídicos, que é uma forma dedesviar os cidadãos dos tribunaise encaminhá-los para instituiçõesque resolvem ou pretendem re-solver os problemas dos cidadãossem o acompanhamento jurídico.

Está a referir-se aos Julgadosde Paz?Por exemplo. Eu não tenho nadacontra outros mecanismos deredução de conflitos. Têm é queser mecanismos que estejamdentro do sistema judicial. Até poruma questão de controlo, para quehaja uma tutela, porque os tribunaisjudiciais têm um Conselho Supe-rior de Magistratura e não há umConselho Superior dos Julgadosde Paz.

O que é que distingue os Jul-gados de Paz?Desde logo quando o cidadão sedirige ao Tribunal é citado, abre--se um processo e o funcionáriodiz-lhe para se dirigir a umadvogado para tratar do assunto.Nos Julgados de Paz não éobrigatório. O cidadão dirige-se lápara apresentar determinadademanda contra um terceiro, faza apresentação oralmente e umfuncionário transforma em escritoaquilo que o cidadão diz oral-mente. Está a fazer o trabalho doadvogado. Depois é notificada acontra-parte, que vai lá e diz desua justiça, sem qualquer inter-venção do advogado. Portanto aspessoas estão a tratar de assuntosjurídicos sem fazerem a mínimaideia do que é que está em causa.Há uma série de circunstânciasque só os advogados, que são ostécnicos preparados, é que podeminformar os cidadãos. Nestesmeios alternativos de gestão deconflitos, o cidadão comum es-

Daniel Andrade, presidente do Conselho Distrital de Coimbra da Ordemdos Advogados

Page 13: O Despertar – 8469 – 25.01.2008

O O O O O DDDDDeeeeespespespespespertrtrtrtrtararararar 25| JANEIRO |0813ENTREVISTA

tando desacompanhado do advo-gado está numa situação defragilidade. É a mesma coisa queuma pessoa se automedicar.

Em termos de resolução, achaque se justificam os Julgadosde Paz?Tem sido publicada anualmente aprodutividade dos Julgados de Paze, de facto, a produtividade é mui-to baixa. Os custos que implica ainstalação e a manutenção dosJulgados de Paz comparativa-mente com a sua produtividade égrandemente deficitária.

Entende, portanto, que os Jul-gados de Paz não são umasolução possível para combatera morosidade da justiça emPortugal?Não. Essa é uma falsa questãoporque a morosidade combate-secom mais meios. Acho que se emvez de se instalar um Julgado dePaz se instalasse mais um Tribunalas coisas funcionariam melhor.Nos Julgados de Paz a justiça éinformal mas isto também podeser feito no sistema judicial, querdizer é uma questão de alterar osmecanismos processuais para asquestões mais simples. E já háesses mecanismos processuais ejunção de outros mecanismos quetornam a resolução dos conflitosmais rápida mas é de facto umafalsa questão porque a morosi-dade do sistema judicial decorredas circunstâncias de nos últimosanos não se ter feito nada paraque isso fosse evitado. A morosi-dade do sistema judicial só se re-solve com mais meios, com um for-te investimento no sistema judicial.

A questão das férias judiciaisnão passou de utopia?Completamente e já toda a genteviu que não resolve nada. Oproblema é que os tribunais nãosão uma fábrica ou um estabe-lecimento comercial que possa serencerrado durante um mês. Ostribunais não podem encerrar, háquestões urgentes que têm que sertratadas. O que acontece é quehá magistrados que começam agozar férias em Julho, ou antes, eoutros que prolongam as férias até15 de Setembro. Portanto, osúnicos operadores judiciais quetrabalham são os advogadosporque são notificados e têmprazos a cumprir. Mas não têmninguém no Tribunal para des-pachar aquilo que o advogado teveque fazer durante as férias judi-ciais. Pela minha experiência pró-pria como advogado e pela expe-riência dos meus colegas, possodizer ainda que antes deste sis-tema, ou seja, quando as fériasjudiciais tinham aqueles dois

meses as primeiras notificaçõesque recebíamos do Tribunal eramas sentenças que estávamos àespera há muito tempo, sentençasem processos muito complicados.Os juízes aproveitavam aqueleperíodo para elaborar aquelassentenças e despachos. Obvia-mente que eles não gozavam doismeses de férias. Dizer isso é uminsulto que se faz aos juízes e aosoutros operadores judiciários. Elesgozavam o mês de férias mas nooutro mês estavam a prepararessas grandes decisões porque seos juízes não produzissem nessemês de férias nós não recebíamosaquelas sentenças. Nota-se quea partir do reinício do ano judicialas pendências eram menores.Nós recebíamos imensas notifica-ções logo nos primeiros dias. Ago-ra não, recebemos apenas as nor-mais.

“Dizer que os juizestinham dois meses

de férias, é um insultoque se faz aos juizes

e aos outros operadores judiciários.”

Como comenta as “tensões”que se vivem neste momento nosistema judiciário?De facto estamos a viver ummomento de grandes tensões nosistema judiciário. Estas tensõesnão são novas e têm-se agravadonos últimos 10 anos. E é algo queresponsabiliza todos os operadoresjudiciários. Não podemos andar adizer mal uns dos outros. É issoque cria as tensões. Não é possívelviver num sistema em que osdiversos intervenientes que têmum desígnio que é servir o cidadãoandam a dizer mal uns dos outros.Isto tem que acabar. Nós, noConselho Distrital, temos feito umesforço enorme para termos umrelacionamento muito leal, sério emuito respeitador com os outrosoperadores judiciários. Mas exigi-mos que seja dado aos advogadoso mesmo tratamento. Ao fim aocabo, somos todos oficiais domesmo ofício. Obviamente quetemos que respeitar as competên-cias de cada um e a sua posiçãono âmbito do sistema judicial, maso advogado tem uma função degrande relevo na organização dajustiça, tem uma função com umparadigma social de grande ino-vação. Portanto, é necessário quehaja respeito mútuo e que serecupere uma certa fidalguia entreos operadores judiciários. Os advo-gados, os juízes e os procuradores

tinham um relacionamento entresi de grande elevação e isso veio,de facto, deixar de ser um costu-me. Claro que isso também temmuito a ver com a massificação,com a entrada de muita gente novanas magistraturas e na advocacia.Foram-se criando estas tensõesaos poucos. Penso que ultima-mente começa a haver outroalívio, o sistema começa a ficarmais aliviado e essas tensõescomeçam a diminuir. Mas aindahá muitas tensões. O ConselhoDistrital tem tido um papel muitoimportante na postura que tem tidoe na relação que mantém com osoutros operadores judiciais, no-meadamente os juízes e os procu-radores. Posso dizer que a minhatomada de posse estava repletade magistrados, algo que mealegrou muito e que vem consubs-tanciar este esforço que temosfeito no sentido de procurarmoster uma relação respeitadora, leale solidária entre todos.

Concorda com a alteração daLei, que levou à libertação decentenas de presos em Portu-gal?Concordo.

Considera que se estão a liber-tar pessoas perigosas?É difícil dizer isso. Essa é umaavaliação que não podemos fazer.Uma pessoa que tenha cometido

um crime grave pode ser recupe-rada para a sociedade. Umaconquista da civilização foi a rein-serção dos cidadãos na comuni-dade, ou seja, alguém cometeu umcrime, foi punido, cumpriu a suapena e tem todo o direito de serreinserido na sociedade. Deviahaver mesmo mecanismos parapromover essa reinserção socialdepois de cumprida a pena. Estecódigo de processo veio diminuiro tempo de prisão preventiva,porque no nosso país prendia-separa investigar, ou seja, não seprendia depois da investigação.Prendia-se a pessoa e depois ia--se fazer a investigação. Isto eramau porque havia muita gente queera absolvida ou que era conde-nada em penas inferiores àquelasque já tinha cumprido. Portanto osistema estava desadequado. Obvia-mente que há nesta reforma al-guns problemas e a Ordem alertoupara eles. Mas no geral estesistema de processo penal veio di-gnificar o processo penal e veioexigir que os órgãos de admi-nistração criminal trabalhem maisrapidamente porque está emcausa a liberdade das pessoas. Ajustiça penal tem que ser eficazmas tem que ser célere. Enquantona justiça civil a celeridade éimportante mas não é tão im-portante porque não estão emcausa interesses que têm a vercom a dignidade da pessoa huma-

na na sua maioria, no direito penaltem a ver com a própria dignidadeda pessoa humana e portanto éimportante que haja prazos maisapertados para que haja umainvestigação também mais eficaz.Agora obviamente que tudo istosó é possível se, de facto, houverum forte investimento também nosmeios de investigação penal. Aspolícias precisam de meios parapoderem investigar com rapidez, osprocuradores precisam de meiosmateriais e humanos para produ-zirem com rapidez e celeridade.Uma coisa sem outra é impossível.Agora já foi desmontada essa tesede que se estão a pôr perigosos narua. E nem foram assim tantosaqueles que foram libertados.

Só para terminar, continuamossem o novo tribunal de Coim-bra…É verdade. Nem sei o que é quevai acontecer em relação a isso.Com a reforma do mapa judiciá-rio vai alterar-se também o para-digma das comarcas e dos tribu-nais de competência especializa-da. Neste momento, estou semsaber onde é que vai ser o novoTribunal, como é que vai ser e quecaracterísticas terá. Estou emquer que assumindo Coimbra umanova centralidade no novo figurinojudiciário o projecto que estavaprevisto para a Guarda Inglesaestará desactualizado.

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O O O O O DDDDDeeeeespespespespespertrtrtrtrtararararar25| JANEIRO |08 14 A CORRESPONDÊNCIA

Graça Morais em Coimbra a convite do Pelouro da Cultura

Manuel [email protected]

Esta insigne pintora a convite daCâmara Municipal de Coimbraapresentou parte da sua obrameritória em homenagem aopoeta Miguel Torga, ambos trans-montanos, dois seres de formasdefinidas, In Sofrimento, o títulode tão grandiosa mostra a encheras salas do Edifício Chiado.

Graça Morais procura ajustificação por meio de linhas,traços, desenhos o fundamento deuma determinada percepçãotranscendental da sua arte, querespira, que se enriquece, aoafirmar convicções estéticas eprincípios gerais de cultura.

Pintura intelectualizada ouidealista ela representa de maneiraeloquente a idiossincracia dapintura, os pormenores somáticosdos seus retratos, e é, por outrolado, um acto de fé nos valoresportugueses.

Não se contenta com as su-perfícies nem com meros enfeites,sai de dentro com os seus traba-lhos invulgares nos profundosnervos da criadora, ora numaexpressão amarga e ora na nos-talgia dum sol-posto, mas sempreno seguimento duma forma, ou for-mas, abstractizantes de leitura de-morada, que, paradoxalmente, nosenche de encanto numa meta-morfose a bem dizer clássica.

Mulher de cultura. Observa.Ausculta. Conhece o nosso povo.

Deixando de lado toda a linharacionalista esta pintora usa uma

espécie de abstracção que nãoolvida o impressionismo da lingua-gem para fugir como ser culto àcatastrofe das ideias ou à falênciada arte.

Foi uma atitude de viva cul-tura o convite do Pelouro da Cultu-ra da Câmara Municipal de Coim-bra trazer de nós Graça Moraistambém ela admiradora incondi-cional do maior poeta do séculoXX. Miguel Torga e Graça Mo-rais, duas entidades afectuosas.

Tudo sai com noção de esté-tica e a gramática por mais her-mética que seja compreende-semuito bem e adverte-nos para as“charadas” esquizofrénicas de tan-tos artistas que se pavoneiam poraí numa vaidade incontestável…

Nesta exposição a estesia eo conteúdo confundem-se, natristeza das cores, nos clarosescuros, nos rostos, na mágoa ouna alegria esparsa, nos temas querasgam de anseio a alma doespectador.

A pintora transmontana ven-

cedora de milhentos prémiosnunca se seduziu pela tralha dapintura florentina criou ela própriao seu caminho, a sua escola, eencheu os seus quadros de cenaslusas, do homem de carne e ossoe restituiu à sua mulher umadignidade pouco usual.

Desenha com firmeza a óleo,aguarela, acrílico, pastel, técnicasmistas, e nada é ocasionalo, “ha-sardense” e de exposição emexposição oferece o exclusivo dasua enorme arte.

Também poeta na forma depintar. E pode ser-se poeta semjamais ter escrito um verso, eGraça Morais, poetisa com ospincéis, com a espátula, numsentido absoluto e onde o vocábulo“poesia”, se encontra, amiúdena sua obra.

Canta. Mesmo que o cantoseja, tantas vezes, de sofrimento!

Diz o presidente da CâmaraMunicipal de Coimbra, CarlosEncarnação “As memórias queacrescenta, os enredos que te-ce, as figurações que recria,são notas muito fortes, espe-cialmente singulares, na sua

expressão plástica”.A sua arte, mormente, a

pintura é, de facto, uma expressãoplástica que identifica em qualquerparte esta prodigiosa pintora,numa tentativa realizada de liber-tação do quotidiano, ou seja, acriação plena do seu mundo oní-rico a transbordar de beleza ultraromântica, mas, paradoxalmen-te, viril na sua própria subjectivi-dade.

CARTÓRIO NOTARIAL DE JOÃO MAIA RODRIGUESJUSTIFICAÇÃO

CERTIFICO, para fins de publicação,que por escritura de quinze de Janeiro dedois mil e oito, iniciada a folhas trinta e oito,do livro de notas para Escrituras Diversasnúmero 2-X, deste Cartório, foi lavradauma escritura de justificação, na qual:

MARIA AURÉLIA CASTRO SILVA-NO FREITAS BAPTISTA, natural dafreguesia de S. Martinho do Bispo, conce-lho de Coimbra, casada com Jorge ManuelFreitas Baptista, sob o regime de comu-nhão de adquiridos, residente na RuaCarminé Miranda, n.° 36, em Coimbra, NIF171.989.600, declara:

Que, na qualidade de cabeça decasal e juntamente com os demais her-deiros na herança aberta por morte deseu falecido pai João Rodrigues Silvano:a) MARIA LUCÍLIA DE CASTRO SILVA-NO ROSA SANTOS, natural da freguesiade S. Martinho do Bispo, concelho deCoimbra, viúva, ao tempo da abertura deherança casada com Fernando Albertoda Rosa Santos sob o regime da comu-nhão de adquiridos, residente na RuaCarminé Miranda, n.° 38, em Coimbra, NIF126.693.765, e;

b) MARIA MARTINS LAPA DECASTRO, natural da freguesia de S. Mar-tinho do Bispo, concelho de Coimbra, viú-va, casada que foi com o seu falecido ma-rido sob o regime da comunhão geral debens, residente na Rua Carminé Miran-da, n.° 36, em Coimbra, NIF 146.408.209;

Com exclusão de outrém, são donase legítimas possuidoras do prédio rústicosito na Várzea, Póvoa, freguesia de SãoMartinho do Bispo, concelho de Coim-bra, com a área total de setecentos metrosquadrados, descrito na Segunda Conser-vatória do Registo Predial de Coim-bra sob o número seis mil quatrocentos edezoito, da referida freguesia.

Que este prédio tem a aquisiçãoregistada a favor de ARMINDO SILVANO,casado com MARIA ROSA FERNANDES,pela inscrição G - apresentação dez, devinte e oito de Junho de mil novecentos esetenta e dois.

Que este prédio está inscrito namatriz predial rústica da freguesia de São

Martinho do Bispo sob o artigo 5225, emnome da herança de - João RodriguesSilvano, e com o valor patrimonial tributáriode seis euros e cinquenta e seis cêntimos,o mesmo que atribuem para os efeitosdeste acto.

Que por volta do ano de mil nove-centos e sessenta e quatro entre aquelesARMINDO SILVANO, casado com MARIAROSA FERNANDES, actualmente faleci-dos, e o seu pai JOÃO RODRIGUES SILVA-NO, o dito prédio veio à posse do seufalecido pai por partilhas verbais, nuncatendo sido efectuada a necessáriaescritura pública pelo que não têm qualquertítulo formal que as legitime como proprie-tárias do prédio.

Que assim, o referido autor da he-rança entrou na posse e fruição do men-cionado prédio desde o ano de mil no-vecentos e sessenta e quatro, portantohá mais de vinte anos, em nome próprio,na convicção de ser o seu único dono ede que não lesava quaisquer direitos deoutrém, à vista de toda a gente e sem amenor oposição de quem quer que fossedesde o início da posse, a qual sempreexerceu sem interrupção, desde entãolavrando e semeando o prédio, cultivandoa horta, regando-a e recolhendo o quenela produzia, gozando todas as utilidadespelo prédio proporcionadas, avivandoestremas, limpando-o, pagando os

respectivos impostos tudo como fazemos verdadeiros donos.

Assim, trata-se de uma posse commais de vinte anos, de boa fé, pacífica,contínua e pública, o que conduziu àaquisição do mencionado prédio por USU-CAPIÃO, título que invocam para esta-belecer o novo trato sucessivo e justificaro seu direito de propriedade que têmlegítimo interesse em inscrever no registopredial por forma a gozar da presunçãolegal e da oponibilidade a terceiros queesse registo proporciona aos titularesinscritos e dado não poderem provar oseu direito de propriedade pelos meiosextrajudiciais normais atendendo aoreferido modo de aquisição.

(Qualquer interessado que se sintalesado nos seus direitos ao mencionadoprédio deverá impugnar judicialmente estajustificação, no prazo de trinta dias, apósa publicação).

Está na parte respeitante em confor-midade com o original.

Cartório Notarial de João Maia Rodri-gues sito na Avenida 5 de Outubro, númerodezassete, primeiro andar, em Lisboa, aquinze de Janeiro de dois mil e oito.

O Notário,(Assinatura ilegível)

“O Despertar” N.º 8469, de 08/01/25

Diogo CabritaCirurgia Geral

(varizes, esclerose, úlceravaricosa, doenças da tiróide,

vesícula, fimoses,hidrocelos, etc.)

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Graça Morais e Miguel Torga em Coimbra no ano de 1986

A Fundação Bissaya Barreto tem vindo ao longo dos últimos 50 anos ahonrar o legado do seu Patrono, através da implementação e consolidaçãode um conjunto vasto de projectos, salvaguardando, sempre, o papel queprimacialmente incumbe ao Estado. Nesse âmbito estabeleceu parceriascom entidades públicas e privadas.

Volvidos todos estes anos a Fundação sente-se na obrigação dedemandar o Estado/Centro Distrital da Segurança Social de Coimbra, nadefesa intransigente dos seus princípios e dos direitos de todos aquelesque apoia e continuará a apoiar.

Em 02.05.2005 a Fundação Bissaya Barreto estabeleceu com o CentroDistrital da Segurança Social de Coimbra um acordo de cooperaçãoenvolvendo o Centro Geriátrico Luís Viegas Nascimento, sedeado na Figueirada Foz.

A Fundação foi cumprindo todas as obrigações que assumiu. Contudo,o Centro Distrital, através do seu Director Senhor Dr. Mário Ruivo, determinoua suspensão de vários direitos resultantes do acordo assinado – concreti-zação da percentagem de idosos residentes em situação de dependênciae liquidação de comparticipações relativas a Residentes.

A Fundação Bissaya Barreto esgotou o diálogo que manteve ao longodo tempo e viu-se obrigada a reclamar dessas decisões que, do seu pontode vista, cerceiam legítimos direitos e colocam em causa o apoio a cidadãoscarenciados.

Não obstante as referidas reclamações terem sido apresentadas emMaio de 2007, os pagamentos não foram efectuados a partir de 31 de Agostode 2006, e até ao presente a Fundação não obteve resposta definitiva sobreestas questões, mantendo as suas obrigações intocáveis.

Em face desta postura inidónea, o Conselho de Administração daFundação Bissaya Barreto decidiu, por unanimidade, na sua reunião de 14de Dezembro passado e com o parecer favorável do Conselho Fiscal, accionaros mecanismos judiciais adequados. E fá-lo, pela primeira vez ao longo,dos seus 50 anos de actividade, confiando plenamente na Justiça.

O Conselho de Administraçãoda Fundação Bissaya Barreto

COMUNICADO

E é nesse pathos que a suaarte, ora rural e ora urbana, massempre universal reconduz comuma segurança técnica a bemdizer invulgar ao encanto formal.

E foi isto que vi, que todosenxergaram no Edifício Chiadopelo valioso contributo do Pelouroda Cultura da Câmara Municipal,em boa hora convidando os gran-des mestres da arte, esteja elaonde estiver!

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O O O O O DDDDDeeeeespespespespespertrtrtrtrtararararar 25| JANEIRO |0815O COMÉRCIO DE COIMBRA

Sabia que, de acordo com um estudo realizado em 26 países, os portugueses são os que têm as pensões mais baixas da Europa?PRAÇA PÚBLICAPRAÇA PÚBLICAPRAÇA PÚBLICAPRAÇA PÚBLICAPRAÇA PÚBLICA

Segredos da tecnologiadesvendados no Dolce Vita

“Não sabia e deplorável que assimseja porque já basta todas as difi-culdades que temos que enfrentarantes de chegar à reforma.”

Sara Matos28 anos, Gestora

“Não sabia. É lamentável.”

Patrícia Queirós20 anos, Estudante

“Não tinha conhecimento de queera o mais baixo mas já descon-fiava que seria dos mais baixos.”

Michel Pestana30 anos, Recém-licenciado

“Não sabia mas não é nenhumasurpresa.”

Vera Costa22 anos, Estudante

“Sabia. E não são só as reformasos salários em geral tem de se diminuir o fosso entre quem recebemuito e quem recebe pouco. Temque haver este equilíbrio.”

Maria Vergueiro22 anos, Estudante

Está a decorrer, de ontem aamanhã, no CentroComercial Dolce Vita deCoimbra, a iniciativa“Experimenta!”.Durante estes três dias,sucedem-se um conjuntode experiências,demonstraçõese palestras que explicamo fascínio da Física.

Construir o motor mais sim-ples do mundo, descobrir comofunciona um comboio de levitaçãomagnética (Maglev) ou uma célulade combustível não poluente, sãoalgumas das possibilidades àdisposição dos visitantes da ini-ciativa “Experimenta!”, organiza-da pelo Departamento de Físicada Faculdade de Ciência e Te-cnologia da Universidade de Coim-bra (FCTUC).

Através de uma série deexperiências montadas na praçaprincipal daquele centro comercial,docentes e alunos do Departa-mento de Física vão demonstrarcomo a Física está na base da gran-de maioria da tecnologia e as ra-zões do seu fascínio.

As actividades começaramontem e vão prolongar-se hoje (12às 15 e das 17 às 20) e amanhã(12 às 20h00). As experiências sãoespecialmente dirigidas a alunosdos ensinos básico e secundário,mas abertas a toda a comunidade.os visitantes terão ainda oportuni-dade de conhecer as capacidadesda Milipeia, o supercomputadormais potente de Portugal e que estásediado no Departamento de Físicada FCTUC, de descobrir que cadapessoa é constantemente atraves-sada por raios cósmicos ou de per-

ceber como funciona uma mini-hí-drica.

Para além de terem a oportu-nidade de construir o motor maissimples do mundo no local, os vi-sitantes da “Experimenta!” po-derão repetir essa experiência emcasa, uma vez que, durante os trêsdias, será oferecido um total de 500kits, com o material necessáriopara construir um desses motores,patrocinados pelas ISA, umaempresa de base tecnológica quedesenvolve soluções nas áreas datelemetria, gestão remota, auto-mação e controlo, fundada porrecém-licenciados do Departa-mento de Física da FCTUC.

A “Experimenta!” englobaainda a realização de duas pales-tras, por docentes do Departa-mento de Física. A primeira decorrehoje, às 17h00, no auditório daLivraria Bertrand. João Gil falarásobre “Energias Renováveis: umaEconomia de hidrogénio?”. Asegunda está prevista para ama-nhã, à mesma hora, na praçaprincipal do Dolce Vita. José Antó-nio Paixão abordará o tema “Su-percondutores”.

Quinta das Lágrimas

“Chá com Afectos” no Dia dos Namorados“Os afectos ao longoda vida” é o tema centralda próxima tertúlia do“Chá com Lágrimas”no Hotel Quinta dasLágrimas. A sessãotem lugar a 14 de Fevereiro,pelas 17h30, e contaainda com poesiae música para completaressa apologiaaos sentimentose ao amor.

Na data em que se assinala oDia dos Namorados, cujo patronoé São Valentim, o Chá comLágrimas dedica a sua sessão aosafectos.

“Chá com Afectos” reunirána Sala Jardim do Hotel Quintadas Lágrimas Cristina Vieira,docente da Faculdade de Psico-logia e Ciências da Educação daUniversidade de Coimbra, quefalará sobre “Os afectos ao longoda vida”.

Os afectos estarão tambémpresentes na poesia, com leiturapor José Ribeiro Ferreira depoemas do livro “Mil Vezes MilBeijos.

O livro dos beijos”, de JeanEveraerts, com introdução, tra-dução do latim e notas de CarlosJesus e chancela das Edições Mi-nervaCoimbra.

A música estará, desta vez, acargo de Luís Alcoforado queinterpretará temas contempo-râneos brasileiros e portugueses.

“Chá com afectos” tem lugarna quinta-feira, dia 14 de Fevereiro,às 17h30, no Hotel Quinta dasLágrimas.

O “Chá com lágrimas” é a

mais recente criação da FundaçãoInês de Castro, em parceria comas Edições MinervaCoimbra e oHotel Quinta das Lágrimas, e tempor objectivo relembrar a ambiênciadas velhas tertúlias coimbrãs, razãoque explica o espaço dado aodiálogo artístico e cultural, numclima da maior informalidade. A

iniciativa conta ainda com o apoioda Empresa Municipal de Turismo.

As inscrições para o “Chácom afectos” poderão ser feitas narecepção do hotel ou por telefone,através do 239 802 380. “Chá comimaginação”, “Chá com rosas” e“Chá com música” são os temasdas próximas sessões.

MANUEL SUBTILAgora também

na internetwww.manuelsubtil.com

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O O O O O DDDDDeeeeespespespespespertrtrtrtrtararararar25| JANEIRO |08 16 BLOGOS FERAS

Carlos Esperançahttp://ponteeuropa.blogspot.com/

Ponte EuropaPonte EuropaPonte EuropaPonte EuropaPonte Europa

Pode ser por decretoAproveitando “a política do fim”(o fim das férias judiciais, dealgumas urgências, de algumasmaternidades, de algumas esco-las, de algum fumo, e de, porcerto, um sem número de outrascoisas que agora, com as pressas,não me lembro), acabem porfavor com esta treta do “Bom AnoNovo” desejado ad nauseam.Imponham uma data, dia 2 deJaneiro seria razoável (podendopassar para o primeiro dia útilseguinte, se 2 calhar num fim de

semana), a partir da qual será severamente punido quem desejebom ano novo ao próximo.É tão mais fácil e incontroverso do que todas aquelas outrascoisas de que vocês deram cabo. Para os viciados, criem salaspróprias. Circulares, aluminadas, eles todos à roda, à roda, bomano novo, bom ano novo, bom ano novo…É que hoje já é dia 8 e quase toda a gente, com quem falei, oume desejou bom ano novo ou me perguntou se já me tinhavisto/falado comigo este ano. Já, já, asseverei eu - caso contráriolá vinha o costumeiro.

http://badabingblog.org/

Correcto, correto, korreto, alta berlóPara mais, se a Áfricalusófona, que precisade livros e alfabetização,for inundada de ediçõesbrasileiras baratas numaortografia comum, issoé bom para os africanosem primeiro lugar,e eu fico contentepor eles. E se aseditoras portuguesas,que aliás são cada vezmais detidaspor espanhóis,não tiveram tempo parase adaptar a um acordoortográfico que há quinzeanos se sabeque vem aí,então estamos piordoque eu pensava.

http://ruitavares.weblog.com.pt/

IntolerânciaConheço alguém que costuma dizer que admite tudo, excepto fanáticos. E eu concordo.Esta história da lei anti-tabaco do oito ou oitenta só podia acabar assim. Os grandes

legisladores que temos “esque-ceram-se” da regulamentaçãoe aí temos os fumadores perse-guidos como criminosos. Esta-mos num ponto em que ospresos são proibidos de fumar,nas o Estado dá-lhes seringaspara se drogarem.Quando os Estados se metema promover revoluções culturaisnormalmente os resultados sãoao contrário do que se preten-de.Também os alemães têm umalei anti-tabaco desde o dia 1 eparece que não estão a achar

piada nenhuma. É que na Alemanha já houve antes uma lei contra o tabaco da autoriade Adolf Hitler, que também gostava muito de pessoas altas, magras, loiras depreferência e que praticassem muito desporto.

João Paulo Craveirohttp://vistodedentro.blogspot.com/

Terrorismo islâmicoO desmantelamento de uma célula de presumíveis terroristasislâmicos em Barcelona é uma boa notícia mas aumenta aperplexidade perante a capacidade e determinação dos suicidasislâmicos. Sábado, o jornal El Pais noticiou que Portugal, França,Reino Unido e Espanha foram alertados pela secreta espanholapara riscos de atentados durante o périplo europeu do presidenteMusharraf, do Paquistão, iniciado em Bruxelas.

O respeito pelos islamitas inocentes e por muitos outros queo terror religioso impede de abjurar, obriga ao comedimento dequem sabe que é fácil atear ódios, despertar emoções racistas eincitar à xenofobia. É, pois, inaceitável que ao terror islâmico sereplique com a suspensão do Estado de direito ou o aligeiramentodas normas democráticas.

A Europa está, neste caso do terrorismo religioso, a responderde forma irrepreensível e é bom recordar que o que os árabes(maioritariamente muçulmanos) mais apreciam na Europa é aliberdade religiosa. Mas não se pode desprezar o conteúdo do

os dirigentes políticos actuais parecem andar esquecidos,capazes de trocar por um punhado de votos a laicidade quepermitiu conter o proselitismo das diversas religiões. Essacumplicidade está na origem de mentiras que atribuemobjectivos de paz às religiões e aos seus crimes meros desviosde radicais dementes.

Ora isso não é verdade. O que Bento XVI disse de Maomé,através de uma citação, em Ratisbona, era pura verdade emboradita por quem lhe minguava autoridade.

Esquecer que o Corão, um plágio grosseiro dos mitos judeuse cristãos, servido por uma ideologia guerreira, é incapaz derenunciar à tortura e à censura – práticas de que judeus e cristãoshá muito se privam –, é alimentar um mito politicamente correctoe perigoso.

Basta ver o júbilo pio da rua islâmica sempre que algunsinfiéis explodem na companhia de um suicida que julga ter 70virgens à espera no Paraíso, numa ânsia de deboche para que arepressão sexual o impele. Fantasias de santas alimárias que

Corão e a conduta dos pregadores do ódio que usam as mesquitas como camposde doutrinação terrorista e os sermões como veículo de fanatização.

A Europa conhece o que sofreu, no passado, com as lutas religiosas de que

não imaginam que as virgens prometidas pelos mullahs não passam de um errode tradução.

Matam e morrem por umas «passas de uvas brancas doces».

NOTA DA REDACÇÃO: Por lamentável lapso, atribuímos a autoria do texto da semana passada a Carlos Esperança, sendo o mesmo da autoria de André Pereira. Aos dois bloggers as nossas desculpas.

PecadasSe “pecado” é um substantivo do géneromasculino, por que razão os sete pecados mortaissão todos substantivos do género feminino? A natureza femininaé assim tão inexorável, tão fatal, tão mortal?

http://geracao-rasca.blogspot.com/

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O O O O O DDDDDeeeeespespespespespertrtrtrtrtararararar 25| JANEIRO |0817CARTÃO DE VISITA

Não sei o que se passa. Não estoua aguentar esta tensão. Tudo o queme disseste parecia que noslevava ao esquecimento. Não éfácil ser mulher nestas circuns-tâncias. Estão sempre a exigir-nosabdicação. A verdade é que ooutro começou a andar por dentroda minha cabeça. Eu bem me es-forcei por limpar. Dizia para co-migo não está certo, deves fideli-dade ao teu homem, aquele queescolheste e que insistes repetirque amas, mas como se umafaúlha soprada em tarde de verãoabrasador, a fogueira cresce,devora as forças de resistir, inundade luz quente o que de melhor háem nós e sai do fundo desse fogo,dessa floresta em chamas, aquelafigura que vai e vem, mas sempreque vem sorri e desafia, tenta eavança, e o sangue aquece, a vozdemora na boca, os lábios secame a língua procura humedecer,passa lenta, ai, que coisa, mesmosó este pensamento.

Desculpa imagem velhadentro de mim que agora se esvaie cresce a outra, não há direito,digo-me, não está certo, receio,não pode ser, espanto-me, maslogo me sinto devorar pelo desejo,sim, é isso, não posso mentir maisa mim mesma, afinal o que é viverse não for darmos esta alegria aossentidos, revolvermos todas asconvenções, saltarmos pináculoscomo os rapazes saltam a jogarao eixo, os rapazes semprepuderam correr e saltar, abrir aspernas e voar por cima dosobstáculos e nós meninas, sempre

A outra face do espelho

Pesadelos…a advertência, estar compostinha,joelhos apertados, a saia comodobrar de sinos, como cúpulas decatedrais, mas que diabo, quetesouro diferente será este que sequer guardar tão ciosamente, serpura, dizia a minha mãe, a purezaé a grande virtude das mulheres.

Mas, mãe, como é isso, entãotu, mãe, continuaste pura e eu umdia vi, era pequena, o pai tinha idode viagem e o primo Francisco foilá tomar chá, olhava-te de umamaneira que eu estranhava e nãosabia bem o que era e depois tudisseste Martinha já podes irbrincar para o teu quarto, dá umbeijo ao primo Francisco, despede--te, adeus primo Francisco, adeusMartinha, e ele deu-me uma notaverde, vinte escudos, muito obri-gada, aceita Marta, disseste tu, oprimo é muito amigo, põe nomealheiro, e eu fui para o quartomas ainda hoje não sei porque medeu para ficar a espreitar e videpois que tu e o primo, eu nãosabia, nunca tinha visto, tu e o paiiam para o quarto e falavambaixinho, depois respiravam muitodepressa e tu gemias e eu tinhamedo que te estivesse a fazer mal,mas tu nunca aparecias a chorar,nem triste, nesses dias até andavasmais alegre, como hoje, depois

que o primo Francisco se foiembora e foste para junto de mimno quarto.

Sabes, viver é complicado,hoje que sou uma mulher e tenhoo Ivo lembro que cresci comaquela sensação de ter sidofechada numa arca, muito escura,mas depois aprendi que para nãomorrer tinha de encontrar umafrincha, nas arcas há sempre umafrincha, encosta-se a boca erespira-se devagar, é precisoaprender a respirar devagar, mãe,tu não ensinaste fui eu que tive deaprender mas agora estou semsaber como sair disto, daquelefogo de que falava, porque eleaparece e eu tenho o Ivo, eu queroguardar-me por causa do Ivo,sempre tão bom, tão atencioso

comigo, tão cavalheiro e dedi-cado, eu sei, estou a pensar istocheia de vergonha, como é pos-sível, tens de ser pura tu disseste,ser pura até ao casamento, é assimque Deus quer, dizias, sempre quevínhamos da missa e os rapazescomeçaram a olhar para mim,eram lindos alguns rapazes, masnenhum como o Ivo quandodepois fui para a faculdade e elecaminhou a meu lado e disse quehavia luz nos meus passos, ó mãe,pode ser uma banalidade masnaquela altura eu percebi porqueolhavas assim para o primoFrancisco, coitadinho do pai, masestava a um passo de tudo acon-tecer.

O Ivo foi sempre muito limpo,muito correcto, esperou pelo casa-mento e naquela noite foi tãodelicado, foi sempre tão delicado,mas, olha, eu não sei que fazerquando este Fernando se apro-xima e me diz coisas que nuncaouvi, parece virem da terra, elecheira a homem, mãe, o Ivo sem-pre me cheirou a marido, que hei--de eu fazer?

Estou a respirar junto dafrincha, no fundo da arca, respirodevagar, será que não vem nin-guém levantar a tampa, tirar-me,e eu poder dizer ao Ivo, olha,

querido, acabou, agora eu vouatrás daquele cheiro e vou sermulher, vou sentir que vale a penaviver, quero correr pelo tempocorça espantada no sabor do ven-to, quero resistir o tempo de dizerdespudorada e livre, mãe, comose diz despudorada e livre a al-guém que há sempre algo melhorque nunca soubemos sentir?

Isto de ser mulher é muitocomplicado.

Sabes, Ivo, hoje tive um hor-rível pesadelo. Sonhei que estavafechada dentro de uma arca, queprecisava de encontrar uma frin-cha para respirar, devagar, com aboca encostada. Minha mãe nãosabia que eu estava lá dentro esentou-se sobre ela a falar com oprimo Francisco, tão velhos os dois,minha mãe já não o via há mais dequarenta anos, disse-me, ele foipara a Austrália e por lá ficou.

Lembro-me dele, quando euera pequena uma vez deu-me umanota para eu comprar chocolates.Nunca mais o vi. Mas no sonhoeram novos, minha mãe sentou--se sobre a arca e eu queria respi-rar e não podia. Ouvia a minhamãe a dizer meu amor e o primoFrancisco dizia querida e ficavamcalados. Eu estava mesmo a mor-rer, não encontrava a frincha,acordei quando me abanaste e medisseste Marta, acorda, é um pe-sadelo.

Ó Fernando, que horror, esta-va a fazer amor contigo e tu dizias--me não gosto que me chamesIvo…

*Professor universitário

José Henrique Dias*[email protected]

José [email protected]

Fim de semana futebolísticoNeste fim-de-semana que culminoucom o dia de reis, gastei largo tempoa ver alguns desafios de futebol na-cionais e estrangeiros. Eu confessoa minha paixão pelo chamado des-porto-rei e isso leva-me a gastar maisde duas dezenas de euros por mêscom a assinatura do canal de despor-to (agora desdobrado) da TV Cabo.

Além de futebol, tambémdesfruto do prazer de ver algunsjogos de hóquei em patins, bas-quetebol e de futebol de salão,dando-me até certo ponto ressar-cido do dinheiro gasto, emboraconsidere uma arbitrariedade pa-gar-se tanto por um canal codifica-do que tem importantes patro-cínios e consequentemente signifi-cativas doses de variada publicidade.

Mas voltando, ao fim-de--semana: em todos os jogos de fu-tebol cá dos nossos de que fuitelespectador atento, pude constatarque os estádios em que se realiza-ram estavam com as bancadas comaspecto desolador isto é quasevazias, proporcionando um am-biente digamos frio o que não secoaduna bem com o calor posto norectângulo de jogo, para disputa dosambicionados pontos que propiciemboa posição na tabela classificativa.Nem sequer o Benfica, que tra-

dicionalmente arrasta multidões,conseguiu “ornamentar” satisfato-riamente o estádio do Bonfim emSetúbal.

Também vi partidas de outroscampeonatos e pude observar que,ao contrário dos jogos do nosso,havia em todos uma densa moldurahumana que vibrava intensamentecom as peripécias do jogo, contras-tando com esta nossa tristeza do-méstica.

Nas Ligas inglesa, espanholae italiana, principalmente, os jogossão de outra “galáxia” pois reves-tem-se de técnica mais apuradadado que os respectivos clubes, fi-nanceiramente mais poderosos doque os nossos, recrutam (compram)os futebolistas que mais se desta-cam no “ranking” mundial. Portanto,se a técnica é boa e a disciplinamais rigorosa, os jogadores preo-cupam-se mais com a bola do quecom as pernas dos adversários. Hámuito menos faltas (há dias observeique num desafio da Liga Inglesadecorreu quase meia hora sem seregistar qualquer atropelo às regrasdo jogo) e por consequência maistempo útil da partida, o que faz com

que o público não se sinta defrau-dado, dando por bem empregue odinheiro do bilhete de ingresso.

Quem projectou os nossosnovos estádios, de bárbaro custopara um país que ainda só dá débeispassos na via do desenvolvimento,o que mereceu na altura justascriticas , não pensou que as grandesdimensões desses recintos des-portivos não se coadunavam comas nossas escassas expectativas deos lotar com alguma regularidade.E assim surgiram “mastodontes”que só se “enfeitam” quando sãopalco de grandes “dérbys” ou dedesafios internacionais. Na Ingla-terra, chamada “a pátria do futebol”a realidade é outra. Os estádios são

em regra mais pequenos, enchem--se obviamente com mais facilidade,o público está mais perto dos atletase o contagiante calor humano quese transmite para dentro do terrenode jogo é mais intenso. Nos estádiosgrandes, como os dos nossosprincipais clubes, o espectador sócom um binóculo é que consegueidentificar os jogadores! Temosvisto pela TV jogos lá fora, dasequipas portuguesas em torneios daLiga dos Campeões ou da TaçaUEFA, que se realizam muitasvezes em estádios de países maisdesenvolvidos do que o nosso, quechegam a ter somente um quartoda capacidade do estádio da Luz.

Além da grande irreflexão quehouve no desmantelamento dealguns estádios ainda em excelentescondições, houve muita dose demegalomania na arquitectura dosnovos que lhes sucederam, nãocolhendo a argumentação de queera para não nos “deixar ficar mal”a quando da realização do Euro2004. Agora, subaproveitados, (o doAlgarve então está um autênticomono) além de não renderem oprevisto, a respectiva manutenção

constitui um pesadíssimo encargopara os clubes e para as autarquias.

Em cada ano que passa, me-nos espectadores vão aos nossoscampos de futebol. – Qual a razãodesta realidade? – Preço elevadodos bilhetes, face à magreza gradualda bolsa da maior parte dos portu-gueses que vai perdendo poder decompra cada ano que passa? (ataxa de inflação é ciclicamentesuperior à que os governos prevêempara servir de base à actualizaçãodos salários e pensões de reforma)- Transmissão de muitos jogos pelaTV? – Desinteresse pelo facto deas equipas estarem pejadas dejogadores estrangeiros que natural-mente não sentem o mesmo orgulhodos nacionais na representatividadedos emblemas insertos nas suascamisolas? - (nesta premissa nãocreio muito dado que o mesmofenómeno se verifica em quasetodos os países europeus dada aabrangência da globalização). -Violência progressiva nos estádiosprotagonizada por muitos marginaisque integram as claques?

Será um pouco de tudo isto queprovoca a desertificação das arqui-bancadas dos nossos recintos de jogos,talvez com maior acentuação naprimeira premissa.

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O O O O O DDDDDeeeeespespespespespertrtrtrtrtararararar25| JANEIRO |08 18 A CORRESPONDÊNCIA

Vamos então agora até à cidade da RONDA….

No coração da montanha, depois de galgarmosmontes e vales, tudo à roda, de “treparmos” a Serraniade Ronda, a cidade arrumada, estende-se por umaplanura de 480,87 km2. Lá bem no alto, Ronda,aparece na zona mais norte ocidental da provínciade Málaga, comunidade autónoma de Andaluzia, emEspanha.

Andaluzia que muitos roteiros turísticos dizemincluir todos os esteriótipos de Espanha – toureiros,praias, flamenco, vilarejos de casas brancas,habitações em cavernas, festas exuberantes,procissões religiosas, tapas e xerez. Tudo istointegrado num grande universo, em que a Arte e aArquitectura grandiosas se inscrevem, assim comoreservas naturais e vida tranquila.

E de facto chegamos a Ronda, e abundamvestígios de Arte e Arquitectura ancestrais, umimportante campo de touros, anúncio de festas e deuma vida comunitária activa, longe de todo o bulícioe confusão.

Ronda foi cobiçada por celtas, fenícios, romanose arábes

É atravessada por um rio num desfiladeiro de

com Lucinda Ferreira

de estilos.A Ponte Nova e a Arena tornam-se monumen-

tos emblemáticos.Desta cidade entre montanhas, trouxemos o

perfume de um romantismo que terá servido de cenárioa algumas histórias de amor que noutra ocasiãocontaremos.

Mais perto do céu e com uma paisagem, aindaque agreste, a perder de vista, temos uma sensaçãode liberdade incrível. Apetece voar. O ar é fresco elavado. A gastronomia é muito especial. Abunda oqueijo de cabra. A morcela rondenha é uma dasespecialidades procuradas. Quanto a vinhos, dizem osenólogos e os amantes do bom vinho, que é excelente.Talvez pela privilegiada exposição ao sol no alto daampla montanha …

………………………………………………Joana, não sei se continuas interessada neste

relato ou se preferes ver televisão ou navegar nainternet, novas formas de diversão. Não dispenses odiscorrer e a efabulação, quando mergulhas na leiturae és guiada pela mão do escritor. Nos modernos meiosaudiovisuais, no mundo de Mac Luhan, tudo é dito tãoexplicitamente que logo o esqueces. Não fica maisnada, para tu criares, como leitora que aí já não és,porque não precisas. Esqueces muito mais depressaa mensagem, quando ela não nasce na leitura, podester a certeza. Os livros (devias reler o que disse PadreAntónio Vieira sobre os mesmos) têm um encantoeterno, por mais que se inventem novas técnicas.

Na próxima, falo-te dos sabores, das cores e domovimento na Costa del Sol. Para meu gosto ésuperior à Cote d’Azur, salvo Mónaco, naturalmente.Esse é um espaço novo de encontro que retenho comoalgo especial ao longo da costa francesa e a que mereferirei um dia destes.

Recebe Joana, um xi coração da tua amiga [email protected]

NOTA: Esta Joana simboliza o leitor.

Santa Maria la Mayor (Ronda)

mais de 150 metros de profundidade.Inacessível e altiva, vista de longe, a cidade faz-

-nos adivinhar a sua ancestralidade pré-histórica. Sãoresquícios dessa época, a Gruta de la Pileta, relíquiade arte rupestre andaluza e muitos restos demonumentos megalíticos. O Dólmen del Chopo édisso um exemplo.

Vestígios da passagem dos romanos por Ronda,estão espalhados pela urbe. A cidade romana deAcinipo é testemunho dessa presença. Os árabes,esses fizeram desta cidade muçulmana, a capital dascinco Coras de al-Andalus.

Gastronomia, urbanismo, tradições, agriculturae outros hábitos falam da presença de todos estespovos que amaram e engrandeceram Ronda.

No século XV (1485), os reis católicos con-quistam-na e dão à cidade um novo rosto. Iniciam aconstruçao da Igreja de St.ª M.ª Maior, concluídaapenas no século XVII e que apresenta uma mescla

FIGUEIRA DA FOZ, vende-sebom apartamento, perto da praia,usado, em belíssimo estado porter pouco uso. Boas áreas eacabamentos de qualidade. Oinvestimento ideal para férias,arrendamento ou habitação.

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Um arraial de Sobas

Eduardo Proença-Mamede

Teve lugar em Lisboa a CimeiraEuropa-África, coisa muito precisamas que costuma dar absoluta-mente nada. Foi este o caso, quandotanto se podia fazer e estiverampresentes todos os déspotas queinfringem os Direitos Humanosnesse Continente. Vamos a ver...

Veio Robert Mughabe, presi-dente vitalício da antiga Rhodésia,hoje Zimbabué, que nestas últimasdécadas tem infringido todos osdireitos humanos possíveis e ima-ginários. E nisso o homem não éracista, pois tanto manda assassinarbrancos como pretos, tanto ordenae apoia homicídios de colonos, comoos das tribus rivais à sua. Claro queem estados de direito Mughabe tema cabeça a prémio, menos...neste“canteiro florido à beira-mar plan-tado”. Isto impediu que RobertBrown, primeiro-ministro da nadaimperialista Albion, cá pusesse ospés. Não se notou a falta! Enfim,Lisboa converteu-se num autêntico“arraial de sobas”, com aja ape-lidada “rapaziada da peúga branca”a pulular em carros de luxo pelasruas alfacinhas, atravancando aindamais a já caótica situação do trânsitoda capital. Também não faltaramos “sobas” das nossas ex-colónias,começando pelo democrata e amigoJosé Eduardo dos Santos, pre-sidente da República Popular deAngola, o que tem o jacto presi-dencial privado mais caro do mundoe toda a família na liderança dosnegócios e projectos de Angola. Mascomo Sócrates tinha que agradecero ter-lhe permitido uma correria ou“jogging” pela marginal de Luanda,lá tinha que ser recebido o repre-sentante do país onde maior númerode cidadãos sem assistência médicavão morrendo todos os dias, semlhes assistir sequer o direito de semanifestarem contra. Viva ademocracia!!!

Mas a “estrela da companhia”foi, sem sombra de dúvida, o de-mocrático presidente líbio, Muha-mar Kadafi, há mais de trêsdécadas no poder, num país semeleições, nem referendos. O be-duíno quis montar a tenda do seucirco privado e o nosso governo,nada subserviente nem “lambe-botas”, lá lhe concedeu o forte deS. Julião da Barra, todas as exi-gências que o homem do cobertorà cabeça exigiu, mais a instalaçãodas centenas de “valquírias” cava-lonas que o homem chama “suaguarda pessoal”. O toque picaresco

de tudo isto (pago por nós, deresto!), mostrou toda a diferençaentre o mundo que quer parecercivilizado e o mundo que o não é.Mas “Sócrates & Companhia”devem-se ter babado de inveja aover os estratagemas que Kadafi usapara chamar as atenções. Por mim,fico esperando que as mulheres dosnossos deputados passem a fazerfogueirinhas à porta de S. Bentopara cozinhar as refeições para osseus maridinhos. É só o que faltaver é Madame Pinto de Sousa aabanar o fogareiro à porta de S.Bento?!...

Estando num café e peranteessas imagens televisivas, ouvi daboca de um homem do povo, ex--soldado da Guerra Colonial, adefinição de tudo aquilo em poucaspalavras e bom resumo vernáculo :“_Um Arraial de Sobas”. Dentrode dias, após nada se ter resolvido,cansados de tanto paleio e com umsaco cheio de nada, terá lugar ochamado “Tratado de Lisboa”, queserá mais um arraial de sobasbrancos. Haverá mesmo um jantarno Museu dos Coches que prometeser coisa farta e regalada. Eugostarei de ver tal, pois visitei sempreo Museu dos Coches, mas nunca lávi dentro cavalos e bestas que eramo complemento de tudo aquilo.Assim o quadro a óleo ficarácompleto e carros e tracção unir--se-ão em opípera refeição, mos-trando que passado e presente estãosempre de mãos dadas, unindoesforços, do mesmo modo que osrelinchos e resfolgar dos cavalosacompanhavam muitos daquelesveneráveis coches de outras eras.

Só lamento que não saia tudopara a rua, com a Família Real e oséquito dentro deles. Pelo menossaberia que Portugal estava no bomcaminho para ser governado ehaveria quem trouxesse um poucode bom senso a toda esta fanto-chada.

Fico por aqui, não vá alguémimitar o Rei de Espanha e me venhaperguntar:

- “Porque não te callas?...”

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O O O O O DDDDDeeeeespespespespespertrtrtrtrtararararar 25| JANEIRO |0819GERAL

INTERCULTURALIDADENOS ENCONTROSDE INVERNO NA ESEC

Decorreram na Escola Superiorde Educação de Coimbra (ESEC)os III ENCONTROS DE IN-VERNO. A iniciativa pertenceua alunos de animação socioedu-cativa. Fomos convidados pararelatar num dos painéis, com basena nossa experiência de vida, aforma como entendemos o con-tributo que os media têm dado aoDIÁLOGO INTERCULTU-RAL. O tema da sessão eraDes(enlaces) entre Povos. Sendo2008 o Ano Europeu para oDiálogo Intercultural, sentimos serum privilégio deixar algumasreflexões, quer no aspecto em queos media são preponderantescomo espaço público de intercul-turalidade, quer no contributo forteque devem dar na educação paraa cidadania. A Lusofonia é umaspecto incontornável, laço quenos merece um enfoque especiale porque são oriundos dos Palops(África e Brasil) a maioria dosimigrantes que trabalham emPortugal, quase quinhentos mil.Um número a retirar visibilidadeaos imigrantes do Leste europeu.De povo que emigrou com “malade cartão”, e ainda continua aemigrar, somos hoje um destino deacolhimento de imigrantes, e emconcreto de população oriunda do

CULTURA & SOCIEDADEBrasil e de países de África ondese fala o português. Para muitosbrasileiros seremos talvez umaplaca giratória de quem ruma aoresto da Europa. Para os povosde África somos um destino finale de esperança. Mário Montez,numa intervenção nos Encontros,deu conta, a propósito de umtrabalho apresentado com baseem práticas de intervenção, queestamos perante um “desafio pararenovar enlaces, desenlaçando asrelações de que há 35 anos nosesquecemos, e que ficaram dooutro lado do mar”. Temos desaber acolher o Outro com as suasdiferenças e não impor a nossacultura. É preciso harmonizar.Saber respeitar a cultura de quemchega e saber INTEGRAR. Esem dominar. A muitos é precisodar competências específicas parapoderem ser competitivos, eles enós, como um Todo. DiversidadeCultural, sem dominações cultu-rais, que (julgo) não nos foramimpostas quando procurámosterras de França, Suíça, Luxem-burgo e Alemanha. Os média sãopalco privilegiado para o discursoe acção da interculturalidade. Aesse propósito relembro o trabalhoque está a fazer a RDP/África etambém a RTP/África. O sloganda RDP/África “muitos povos,uma só estação” é identificador

da convivialidade, da convivênciademocrática. Podemos escutarem FM em Coimbra, o mesmoque escuta, ao mesmo tempo, umouvinte do Sal, da Boavista, deNampula, do Príncipe, da Beira oude Bissau. RTP/África e RDP/Áfri-ca, tribunas que informam e for-mam.

Unidos na diversidade, temostodos o sublime dever de observaro valor da dignidade do Homem edos seus Direitos Universais. Oplaneta fragmenta-se em práticasculturais diferentes que devemconviver pacificamente apesar decertos discursos e de certos “pe-sos” - em concreto na área econó-mica - denotarem ser impositivos.

PIERRE BOURDIEU,SOCIÓLOGO DE COMBATEMorreu há seis anos, em Janeiro

de 2002, PIERRE BOURDIEU,um sociólogo de combate, que noseu primeiro livro abordou o“sistema colonial” e que avisou,com argúcia, para o facto de umacerta atitude “matematizada” daeconomia provocar uma ideologiadominadora que destrói as es-truturas de integração e de pro-tecção social, e alertou ainda parao facto de os media serem reflexode lógicas comerciais que con-cedem a palavra a “ensaístaspalradores e incompetentes”. Aseta, como se percebe, apontava,em especial, na direcção da te-levisão… Claro: Os media dei-xaram de gostar dele, mas faz faltao vigor do seu pensamento cadavez mais actual. Um autor queabordou com mestria a questão da“dominação”. Faz-nos, de facto,muita falta, a forma heróica comolutou contra (a imparável) glo-balização… ou certas políticas deglobalização.

EDOUARD GUIBERT,JORNALISTA E MESTREJornalista combatente, pedagogo,homem que ensinou jovens fran-ceses e francófonos, EDOUARDGUIBERT deixou-nos também háseis anos, na transição de De-zembro para Janeiro. Tive oprivilégio de o conhecer e de o terpor mestre num curso de jor-

nalismo feito em Paris comobolseiro do governo francês noInstituto Nacional de Audiovisual.Ficámos amigos. Veio, mais tarde,a partir dos anos 80, dar formaçãoem Portugal na RDP, na RTP ena SIC. Moldou muitos dosjornalistas no activo. EDOUARDGUIBERT era um homem-de--esquerda, “herói” radiofónico etelevisivo do Maio de 68...erajornalista de uma integridade dereferência: um exemplo de vidaprofissional em todos os aspectos.Veio visitar-me a Coimbra, cidadeque procurou conhecer mas nãoa entendeu, o que me pareceóbvio. Guibert não percebia as“teias” da cidade, o “sistema”. Eraum homem superior com for-mulações elevadas onde nãoentrava na sua compreensãomental, mesquinhez ou espírito desaloiice. Adiante! Lamento quehaja um certo esquecimento destehomem que deu uma grande ajudaao jornalismo radiofónico e tele-visivo português.

...ELES FAZEM FALTAPierre Bourdieu e Edouard Gui-bert fazem falta a França e aomundo.

Precisamos de “COMBA-TENTES” deste género quedenunciam a miséria cultural esocial e o galopante neo-libe-ralismo. Em Coimbra, em Paris,em Cambridge, ou noutra qualquercidade.

Sansão Coelho*[email protected]

Instituto Bissaya Barreto e Universidade Atlântica assinaram acordo

Obesidade Infantil preocupa instituições A obesidade infantilatinge em Portugal níveisalarmantes. Para contribuirpara a prevenção destadoença, que exige cada vezmais atenção da sociedade,o Instituto SuperiorBissaya Barreto (ISBB)e a Universidade Atlânticaassinaram, na terça-feira,um protocolo decolaboração e investigação.

Promover a colaboração, atroca de experiências e estimulara investigação no campo daalimentação/nutrição, contribuindopara a compreensão, prevençãoe abordagem da obesidade infantilem Portugal é o principal objectivodeste acordo.

Helena Reis, directora doISBB, sublinha que as questõesrelacionadas com a nutriçãoexigem particular atenção, já quea obesidade é considerada umadoença que atinge actualmenteníveis alarmantes. Este protocolo

surge, por isso, no seu entender,como um novo passo em termosde “avanço no conhecimentodestas problemáticas”.

O presidente da Universi-dade Atlântica, Artur Torres Pe-reira, sublinhou, por sua vez, a im-portância da aposta na inves-tigação e formação, duas verten-tes tão importantes para as duasinstituições.

De acordo com os dados divul-

gados, em Portugal, cerca de 32por cento das crianças com idadesentre os sete e os nove anos apre-sentam excesso de peso, das quais11 por cento são obesas. Alémdisso, 24 por cento das criançasem idade pré-escolar apresentamexcesso de peso e a obesidadeatinge 7 por cento. Na idade adultaos indicadores são ainda maispreocupantes, pois 15 por cento dapopulação é considerada obesa.

Neste sentido, o ISBB e aUniversidade Atlântica conside-ram que “é fundamental que asInstituições Universitárias desen-volvam projectos que contribuampara a prevenção dos problemasligados à má nutrição e à obesi-dade”.

A cooperação resultantedeste protocolo permitirá a conju-gação dos diferentes conheci-mentos e experiências, sobretudo,

através da partilha de informa-ções e da consolidação da investi-gação.

Este protocolo visa a troca desaberes no que se reporta aos cam-pos das tecnologias, dos conteú-dos informativos no sector da saú-de e, particularmente, nas áreasda nutrição e da obesidade, per-mitindo desenvolver programas etrabalhos específicos de interessemútuo.

Helena Reis, Amaro da Luz e Artur Torres Pereira presidiram à ceri-mónia protocolar

Diversas personalidades das duas instituições assistiram à assinaturado protocolo entre o ISBB e Universidade Atlântica

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O O O O O DDDDDeeeeespespespespespertrtrtrtrtararararar25| JANEIRO |08 20 SOCIEDADE

Os portugueses têmdas pensões mais baixasda Europa e associama idade da reformaa ‘velhice’, ‘doença’e ‘dificuldades financeiras’,de acordo com os dadosde um barómetrorevelados.

Segundo as conclusões doestudo, que envolve 26 países detodo o mundo incluindo Portugal,as pessoas activas gostariam dese reformar mais cedo do que aidade actualmente prevista, masisso acontece de facto cada vezmais tarde.

Portugal é o país europeucom as pensões mais baixas, aseguir à Hungria e à RepúblicaCheca, e tem ainda um desfasa-mento de menos 109 euros entreo que é recebido e o montante queseria necessário para fazer faceàs despesas domésticas.

No entanto, neste caso oscampeões pela negativa são a Fran-ça (-362 euros) e Bélgica (-271).

Na generalidade dos países,reforma significa um decréscimodo rendimento, mas Hungria,Marrocos e Portugal são os paísescom piores expectativas sobre aevolução da qualidade de vidanesta fase.

Reformados

Portugueses têm das pensões mais baixas da Europareforma, seguido da Suíça, EUA,Canadá, Austrália, Alemanha,Reino Unido e Bélgica.

À semelhança dos italianos,húngaros e japoneses, os portu-gueses, tanto activos e reforma-dos, são quem tem uma visão maisnegativa da reforma, a que asso-ciam “morte, velhice, doença edificuldades financeiras”.

Os japoneses são os quemais trabalham ou querem traba-lhar depois de reformados, com78 por cento da população activaa pretender ter uma actividaderemunerada durante a reforma.

A seguir a Marrocos, Portu-gal e a Hungria são dos paísescom maior percentagem de acti-vos que prevê continuar a traba-lhar.

Apesar de o maior desejo dosportugueses ser viajar, na reali-dade isto é conseguido pelosfranceses e a principal actividadedos reformados portugueses écuidar da família.

De todos os países inquiridos,Portugal é, junto com Marrocos,o que tem a maior percentagemde activos que desconhece o valorda sua futura reforma.

Portugal, Espanha, Itália eHungria são os países que menosse preparam a reforma, numa listaem que a República Checa e EUA(ambos com 79 por cento) são osmais preparados.

Em Portugal, começa-se apoupar para a reforma ligeira-mente mais tarde do que nosoutros países e tendencialmentesó depois de um acontecimento,como doença ou um acidente.

O montante poupado por mêspara a reforma pelos portuguesesestá, no entanto, acima dos paísesda Europa do Sul (Itália e Espa-nha), apesar dos rendimentosportugueses serem significativa-mente mais baixos.

Portugueses, espanhóis emarroquinos são os que maiorimportância dão ao apoio emocio-nal dos filhos para com os pais ePortugal é o país europeu em quea ajuda financeira dos filhos émais esperada.

Suíça, Canadá, Estados Uni-dos, Japão e Austrália são os paí-ses onde mais se poupa e os paísesanglo-saxónicos, especialmenteAustrália e EUA, são os que maisinvestem em produtos de altorendimento mas mais arriscados,enquanto os portugueses, marro-quinos e espanhóis são os quemenos arriscam em investimentosdedicados à reforma.

Na maioria dos países euro-peus, as reformas dependem doEstado, mas a responsabilidadeindividual é em Portugal, Espanhae Itália menos considerada do quenoutros países da Europa Ociden-tal.

O Japão (63 por cento) é opaís onde a reforma é sinónimode nível de vida mais baixo, assimcomo em Portugal e também

França.A China é o país onde os

inquiridos referem conseguir maisconforto financeiro através da

Os reformados portugueses têm as pensões mais baixas da Europa

Estreia realizada com 100 vídeos

Instituto Miguel Torga no YoutubeO Instituto Superior MiguelTorga acaba de lançar umcanal próprio no Youtube.O “YOUTORGA”,disponível emwww.youtube.com/youtorga,destina-se sobretudoà divulgação de trabalhosrealizados pelos alunos destainstituição universitária,incluindo também vídeosreportando a iniciativasdesenvolvidas pelo ISMT.

A estreia é feita com uma cen-tena de vídeos, conteúdos que atin-gem perto de duas dezenas de horasde emissão.

No Canal “YOUTORGA”poderão os cibernautas visualizar ostrabalhos desenvolvidos pelos alunos

em unidades curriculares ligadas àprodução audiovisual (Cursos deLicenciatura em ComunicaçãoSocial e em Multimédia).

A publicação destes vídeosencerra uma série de virtualidades.Constitui-se como um incentivopara os estudantes, ao verem pre-miado o seu esforço com uma divul-gação à escala mundial; permite aosnovos estudantes acederem, deforma célere e em qualquer lugar,aos trabalhos dos seus colegas,funcionando assim como uma basede vídeos de apoio a novas pro-duções; possibilita à comunidade,em geral, nomeadamente aospais/encarregados de educação deactuais e futuros alunos, conhecero que se vai fazendo no InstitutoSuperior Miguel Torga.

O “YOUTORGA” cumpreainda outro desiderato tão em voga

nos dias de hoje, ao funcionar comoinstrumento fomentador da conver-gência de meios: são já bastantesos alunos que trabalham as maté-rias-base de molde a poderempotenciá-las na escrita, na rádio, natelevisão e na web.

O acompanhamento da “car-reira” de estudantes já licenciadosé outra aposta do “YOUTORGA”,através de entrevistas nas quais osex-alunos dão conta das suasexperiências profissionais.

O mesmo vale para produçõesvideográficas da autoria dos ex--alunos. Encontra-se, neste caso,por exemplo, o vídeos “Higino, oRei” produzido por ex-alunos que seencontram a frequentar workshop’sdas “Produções Fictícias”.

Ao mesmo tempo, atendendoaqui à diversidade de assuntostratados e à significativa área geo-

gráfica coberta pelos vídeos pro-duzidos, funciona também comomontra de actividades desenvol-vidas por colectividades, instituiçõese empresas da Região Centro do país.

Coimbra, Mealhada, Canta-nhede, Condeixa, Miranda doCorvo, Seia, Lousã, Montemor-o--Velho, são alguns dos concelhoscom vídeos publicados no “YOU-TORGA”.

Neste canal poderão os inte-ressados encontrar ainda a cober-tura integral da cerimónia deAbertura Solene das Aulas noISMT (2007/2008), da Aula Abertasobre Fotojornalismo com o espe-cialista Paulo Petronilho, ou do“Café com Dinossauros da Comu-nicação”.

O recurso ao Youtube encerramais esta vantagem: permite a todosos que não puderam estar presentes

nestas iniciativas assistirem àsintervenções ali efectuadas. Van-tagem não apenas para a comuni-dade estudantil, docentes e funcio-nários do ISMT, antes alargada atodo o público que se interessa pelastemáticas abordadas nesses en-contros.

Nos próximos meses, e paraalém da inclusão dos vídeos pro-duzidos pelos alunos no primeirosemestre do corrente ano lectivo,está prevista a colocação, emversão integral, de outras confe-rências, seminários e colóquiosrealizados por iniciativa do ISMT.

Recorde-se que o Youtube,actualmente pertença da Google,regista muitos milhões de visua-lizações diárias dos vídeos dispo-nibilizados, e uma impressionantecadência de entrada de novosvídeos, rondando os 75 mil por dia.

Page 21: O Despertar – 8469 – 25.01.2008

O O O O O DDDDDeeeeespespespespespertrtrtrtrtararararar 25| JANEIRO |0821A VOZ DESPORTIVA

Acha que os novos reforços da Académica, vindos do FC Porto, Luís Aguiar e Edgar, vão tornar a equipa mais competitiva?PRAÇA PÚBLICAPRAÇA PÚBLICAPRAÇA PÚBLICAPRAÇA PÚBLICAPRAÇA PÚBLICA

CASA DAS CITCASA DAS CITCASA DAS CITCASA DAS CITCASA DAS CITAÇÕESAÇÕESAÇÕESAÇÕESAÇÕES“Tenho estado a jogar muito bemnas últimas semanas. Neste mo-mento, estou a tentar ser muitoagressivo no court.”

Juan Carlos FerreroTenista

21/01/08

“Estamos no caminho certo. Foiuma vitória inequívoca e justa.Não nos deixámos intimidar emqualquer momento do jogo,mesmo quando estivemos emdesvantagem.”

Ulisses MoraisTreinador da Naval 1.º Maio

21/01/08

“O futebol de Ricardo Quaresmaé sinónimo de talento, de arte ede magia. As pessoas deviamcompreender e aceitar que umjogador como o Quaresma, quegosta de ter a bola dominada nospés, arrisca-se, por vezes, a fa-lhar. Não há igual ao Quaresmano FC Porto.”

Rui MoreiraEconomista

21/01/08

“O Rio Ave, apesar de militar naLiga de Honra, é um dos pri-meiros classificados da compe-tição. Reconheço-lhe grandevalor e competência, pelo que,será um jogo de grau de dificul-dade elevada. Temos de nos pre-parar bem, para não sermos sur-preendidos.”

Ulisses MoraisTreinador da Naval

23/01/08

O histórico União deCoimbra vai a eleições nopróximo dia 09 de Fevereiroe aquele que se afigura comofuturo presidente, CarlosFélix, quer sanear a crisefinanceira para devolverrepresentatividade ao clube.

“O meu projecto abraça ogrande Projecto da Arregaça, quepassa pelo pagamento das dívidasao Fisco, algumas dívidas do clubee a construção das infra-estruturasnecessárias para o clube”, afirmouà Lusa Carlos Félix, cabeça daúnica lista candidata.

Eleições marcadas para 9 de Fevereiro

União de Coimbra procura solução para a criseTerminado o prazo de apre-

sentação de listas no passado sá-bado, dia 12, Carlos Félix será opróximo presidente do União deCoimbra, mas este dirigente nãoquis acrescentar nada mais que isto,preferindo falar depois das eleições.

Quem falou do projecto foi oactual presidente da ComissãoAdministrativa, Carlos Balteiro,também elemento constituinte dalista concorrente.

“O Projecto já foi aprovado:prevê a construção de dois blocosimobiliários, a construção do camposintético e a construção da sede doclube. Estamos unicamente àespera das credenciais da Câmara

Municipal de Coimbra para acedência dos terrenos, o que deveráacontecer muito em breve. Quemesperou tantos anos, também podeesperar mais algum tempo”, afir-mou o actual dirigente do clube àLusa.

Com a viabilidade da constru-ção dos andares junto ao Campoda Arregaça, o União ganha novasinfra-estruturas desportivas e sociaise um encaixe financeiro que lhepermitirá resolver as muitas dívidasacumuladas ao longos destesúltimos anos, que já levaram àpenhora de autocarros e mobiliáriodo clube.

João Rebelo, vereador da câ-

mara e responsável por este pelouro,que reconhece a aprovação do pro-jecto e a assinatura de um protocoloentre a Câmara Municipal de Coim-bra e o clube, no ano passado, dizdesconhecer o que impede no mo-mento que o projecto avance deimediato.

O União de Coimbra já não temeleições há dois anos e tem sidopresidido por uma Comissão Admi-nistrativa, encabeçada por CarlosBalteiro. Mergulhado neste crisedirectiva e financeira, o clube temcaído sucessivamente nos escalõesdo futebol nacional, descendo da IIDivisão até aos campeonatosdistritais, onde se encontra agora.

“Não gosto de futebol por issonão sei.”

Marta Peixoto23 anos, Estudante

“Não sou da Académica masespero que venham ajudar aequipa.”

Angelino Sousa46 anos, Ajudante de Pedreiro

“Não sei quem são.”

Geandro Firmino36 anos, Vendedor

“Não os conheço mas espero quesejam um bom reforço.”

Ricardo Cruz28 anos, Distribuidor

“Não conheço os reforços masse fossem muito bons não tinhamsaído do FC Porto.”

Nádia Correia20 anos, Estudante

Judo Clube de Coimbra “emprestou” trio à selecçãoFilipe Reis,Jorge Fernandese Joana Cesáriointegraram a primeiraconvocatóriade 2008 da selecçãonacional. Um factorde motivação para o triode atletas do Judo Clubede Coimbra

O ano de 2008 começou damelhor forma para o Judo Clubede Coimbra, que viu três (FilipeReis, Jorge Fernandes e JoanaCesário) dos seus judocas seremconvocados para integrar ostrabalhos da selecção nacional –Ana Patrícia Vicente, da Acadé-mica, também foi chamada –,assumindo-se, assim, como oclube da Associação Distrital de

Judo de Coimbra mais represen-tado.

No sector masculino, FilipeReis, sénior há três anos, revelouque «o estágio correu bem»,atestando que, apesar de DiogoCésar e Pedro Dias, dois judocasque, também, competem nacategoria -66 quilogramas, teremestado ausentes num estágio naÁustria, «estava forte». «Treineibem e acho que isso é o maisimportante», acrescentou.

Apesar de ainda estar noinício, Filipe Reis pretende, em2008, «renovar o CampeonatoNacional de Sub-23 e, talvez, irao Campeonato da Europa deSub-23». «Sei que é difícil, porquetenho de ganhar ao Diogo César,que foi campeão nacional deséniores», admitiu, embora tenhasublinhado que «vai ser umadisputa muito grande», antes de

recordar que perdeu o Cam-peonato Nacional de Séniores«por pontuação mínima com ele».

«Ganhar alguns títulos econseguir que seja um poucomelhor que 2007» são as metastraçadas pelo atleta de 21 anos,que pretende, ainda, continuar aser chamado aos trabalhos daselecção nacional. «Quero estarlá em cima e ser convocado»,reforçou Filipe Reis, que, emJulho, acabou o curso de hote-laria.

Aos 17 anos, Jorge Fer-nandes é um dos judocas maisvezes chamados aos trabalhos daequipa nacional. «O estágiocorreu dentro do normal», di-vulgou, antes mesmo de assumirque, para já, «quero ser campeãonacional e, depois, há o Torneiode Portugal de nível A». «Ganharera o objectivo, mas já ficava

satisfeito com uma medalha»,acrescentou.

Em 2008, Jorge Fernandes,que cumpre o segundo ano dejúnior e compete em -73 quilo-gramas, quer, também, «con-seguir os mínimos para os cam-peonatos da Europa e do Mundo»,antes de sonhar com a presençanos Jogos Olímpicos «lá para2012», motivo pelo qual vaitrabalhar nos estágios da selec-ção para «manter o nível e, depreferência, subir».

Com as lesões de 2007 jásuperadas, o atleta de 17 anos dizque não pode «olhar para baixo»,caso queira, afirmou, «estarsempre na selecção». Estudantedo 12.º ano, pretende entrar noEnsino Superior para «seguirdesporto», explicando já estar,nesta altura, a frequentar um«curso ligado ao desporto».

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O O O O O DDDDDeeeeespespespespespertrtrtrtrtararararar25| JANEIRO |08 22 O PREGOEIRO

FAZEM ANOS:HOJE: Deolinda Alves Rodrigues; Gonçalo AndréOliveira Lousado.AMANHÃ: Prof. Dr.ª Ana Paula Castelo de FigueiredoSimões; José Marques Monteiro.DOMINGO: Sofia Pereira; Maria da Graça Vale ManoDias; Rosa Maria Alves Rodrigues; Maria de FátimaMatos Silva; Isabel Maria Barata Borges; Dr.ªEsmeralda de Fátima Correia Alves Teixeira; Dr.Amadeu José de Sousa Teles Marques; MarcoFilipe da Cruz Penetra; Francisco Martins; AdelaideMaria Coimbra Marta Mendes.

SOCIEDADESOCIEDADESOCIEDADESOCIEDADESOCIEDADE

Linha Cidadão Idoso .................. 800 203 531SOS Solidão ............................... 800 205 535

(Diariamente das 16 à 1 hora)Programa Turismo Sénior ........ 217 901 023

(Linha Directa 24 Horas)Provedor da Justiça .................. 808 200 084

(Linha destinada a Idosos)Portugal Telecom Pensionistas.. 800 206 206Linha Mulher ............................... 800 201 805SOS Voz Amiga ......................... 800 202 669

TELEFONES ÚTEISIntoxicações .................................. 808 250 143Com. Iguald. e Dir. da Mulher ..... 800 202 148APAV ....................... 218 884 732 / 218 876 351Cons. Nac. Pol. da 3.ª Idade ....... 217 816 530Fund. Port. Cardiologia ............... 213 815 000Assoc. Def. Diabéticos ................. 213 628 675Assoc. Port. Osteoporose ........... 213 633 314Inst. Port. de Reumatologia ......... 213 572 326Ass. Apoio Doentes Depressivose Bipolares. .............................. 239 810611/12

BOMBEIROSBombeiros Sapadores ... 239 792 800Bombeiros Volunt. ........... 239 822 323

H O S P I TA I SEmergência Social ........... 239 822 139Universidade ...................... 239 400 400Covões ................................. 239 800 100Celas ...................................... 239 404 030Pediátr ico ............................ 239 484 163Sobral Cid ........................... 239 404 422

Mat. Dan ie l de Matos ....... 239 403 060Instituto Maternal .............. 239 480 400Hosp i ta l M i l i t a r ................. 239 403 080 “ “ ....................... 239 405 058SERVIÇOSPSP Urgência ........................................... 112Polícia Segurança Pública ....... 239 797 640Telefone SOS ....................... 239 721 010Socorro e Emergência .... 239 792 808S e r v. E l e c t r i c i d a d e ......... 800 506 506S O S E s t u d a n t e .................. 808 200 204

TELEFONES URGENTES

SEGUNDA: Júlia Pereira Pimenta; Mariana dosSantos Fonseca; Rosalina de Almeida Rodrigues;Maria José da Silva; Amália da ConceiçãoGonçalves; Maria das Dores de Almeida Duarte;Maria Teresa Nogueira Dias da Silva; TelmoAlexandre Loureiro Dias; José Maria da Silva.TERÇA: Maria Rosa Domingos; Maria Adelaidede Pinheiro dos Santos Oliveira; Elisabete CristinaSimões Correia.QUINTA: Maria Marques Seabra; Mário José TinocoTomé; José Carvalho Simões; Armando Pereirade Lemos; António Lopes Mendes dos Santos.

T E R M O A C U M U L A D O R E ST E R M O A C U M U L A D O R E ST E R M O A C U M U L A D O R E ST E R M O A C U M U L A D O R E ST E R M O A C U M U L A D O R E S– Reparações ao domicílio, ga-rantia 1 ano; António R. Santos.Telf . 2 3 9 439 474 - JoséJoséJoséJoséJoséCortezCortezCortezCortezCortez - Telef. 239 491 896.

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OBSERVAÇÃO:S. P. - Serviço Permanente• Inicia às 9h e encerra às 9 do dia seguinteS. R. - Serviço de Reforço

HOJES. P. - SILCAR: R. Ferreira Borges, 88-94

Coimbra - Tel: 239 822 923S. P. - BARROS: R. Cruz Nova, 4 - Eiras

Coimbra - Tel: 239 431 205S. P. - ADRIANA: Praça daRepública, 20-22

Coimbra - Tel: 239 823 609S. R. - LUSITANA: R. Soldado Fernando M.

Gomes - Corujeira - Tel: 239 440 014AMANHÃS. R. - MARIA CÉU ALBUQUERQUE - Adémia -

Coimbra - Tel. 239 431 205S. P. - MACHADO - R. Bernardo Albuquerque ,19-

B (Celas) - Coimbra - Tel. 239 482 067S. P. - LUCIANO & MATOS - R. da Sofia 7-11 -

Coimbra - Tel. 239 822 147DOMINGOS. R. - MIRANDA - Praça do Comércio, 41 -

Coimbra - Tel. 239 823 261S. P. - SANTA ISABEL - Av. Sá da Bandeira, 28

Coimbra - Tel. 239 824 916S. P. - ROCHA - R. do Brasil (frente ao S. Teotónio)

Coimbra - Tel. 239 711 526SEGUNDAS. R. - GASPAR: Rua Carlos Seixas, Nº 102

Coimbra - Tel: 239 405 504S. P. - SITÁLIA: R. Gen. Humberto Delgado, 400

Coimbra - Tel: 239 702 500S. P. - CENTRAL: Rua da Sofia, 19-21

Coimbra - Tel: 239 822 089S. R. - LOBO: Estrada da Beira, 340 - Ceira

Tel: 239923 253

TERÇAS. R. - SILVA SOARES - R. Vasco da Gama, 44

(B.° Norton de Matos) - Tel. 239 711 454S. P. - DONATO - Estrada dos Covões, Bloco G

S. Martinho do Bispo - Tel. 239 812 444S. P. - RAINHA SANTA - Av. Fernão Magalhães,

425 - Coimbra- Tel. 239 836 307S. R. - LOUREIRO: Lg. Casa Meada-Antanhol

Tel: 239 822 043QUARTAS. P. - LOPES RODRIGUES: R. Fern.Tomás, 2

Coimbra - Tel: 239 822 634S. R. - CELAS: Av. Armando Gonçalves, lt. 15

Coimbra - Tel: 239 484 045S. P. - FIGUEIREDO: Rua da Sofia,107-109

Coimbra - Tel: 239 822 837S. R. - TAVEIRO: Lgo. Ten. Reinaldo Leite, 19-21

Taveiro - Tel: 239 981 267

QUINTAS. R. - DUARTE - Calçada Sta Isabel, 46

Sta. Clara - Coimbra - Tel: 239 445 830S. P. - S. JOSÉ: Al. Calouste Gulbenkian, Lote 5

Coimbra - Tel: 239 484 497S. P. - RODRIGUES DA SILVA: R. F.Borges, 32

Coimbra - Tel: 239 824 348S. R. - LUSITANA: R. Soldado Fernando M.

Gomes - Corujeira - Tel: 239 440 014

06.30 Brinca Comigo08.00 Bom Dia Portugal10.00 Eucaristia Dominical11.00 Equipados Para Matar12.00 AB Ciência12.30 Mr. Bean13.00 Jornal da Tarde14.15 Só Visto!15.30 Traveler17.30 “Parque Jurassic III”19.10 O Preço Certo20.00 Telejornal21.00 As Escolhas de MarceloRebelo de Sousa21.30 Conta-me Como Foi23.30 Lotação Esgotada: “Gandhi”“Gandhi”“Gandhi”“Gandhi”“Gandhi”02.30 Última Sessão:

“Entre Os Poucos”“Entre Os Poucos”“Entre Os Poucos”“Entre Os Poucos”“Entre Os Poucos”04.30 TTTTTelevendaselevendaselevendaselevendaselevendas06.05 Nós

06.30 Bom Dia Portugal10.00 Praça da Alegria13.00 Jornal da Tarde14.15 Prova de Amor15.15 Portugal No Coração18.00 Portugal Em Directo19.05 O Preço Certo20.00 Telejornal21.00 Notas Soltas21.30 Quem Quer Ser Milionário?22.30 Prós e Contras01.30 A Encruzilhada03.30 Cromos de Portugal04.00 Televendas06.05 Nós

HOJE

06.45 SIC Kids08.30 Disney Kids10.00 Action Man A.T.O.M10.30 Chiquititas12.00 BBC Vida Selvagem13.00 Primeiro Jornal14.00 Entre Vidas15.00 JericóJericóJericóJericóJericó16.00 Filme a designar16.00 Filme a designar16.00 Filme a designar16.00 Filme a designar16.00 Filme a designar18.00 Filme a designar18.00 Filme a designar18.00 Filme a designar18.00 Filme a designar18.00 Filme a designar20.00 Jornal da Noite21.00 Grande Reportagem SIC21.30 Os Mini Malucos do Riso22.30 Resistirei23.45 Aqui Não Há Quem Viva00.45 A Vedeta01.45 Filme:

“A Serpente V“A Serpente V“A Serpente V“A Serpente V“A Serpente Vermelha”ermelha”ermelha”ermelha”ermelha”03.30 Amazónia

07.00 Diário da Manhã10.15 Você na TV!13.00 Jornal da Uma14.00 As Tardes da Júlia17.00 Quem Quer Ganha18.15 Morangos Com Açúcar20.00 Jornal Nacional21.15 Euromilhões21.30 Os Batanetes22.00 Fascínios23.00 Deixa-me Amar00.15 Filme:

“O Santo”“O Santo”“O Santo”“O Santo”“O Santo”02.30 Toca a Ganhar03.45 TVI Negócios04.00 Filme:

“O V“O V“O V“O V“O Voo da Meioo da Meioo da Meioo da Meioo da Meia-Noite”a-Noite”a-Noite”a-Noite”a-Noite”05.30 Televendas

07.00 Euronews07.20 Zig Zag13.00 Hora Discovery14.00 Sociedade Civil15.30 Da Terra ao Mar16.00 National Geographic17.00 Zig Zag18.30 A Fé dos Homens19.00 A Alma e a Gente19.45 Zig Zag20.45 Friends21.15 National Geographic22.00 Jornal 222.40 Amor no Alasca23.30 Do Outro Lado do Espelho00.30 Noites da 201.15 Sempre em Pé02.15 Palco03.30 Sociedade Civil

06.30 Bom Dia Portugal10.00 Praça da Alegria13.00 Jornal da Tarde14.10 Prova de Amor15.15 Portugal no Coração18.00 Portugal em Directo19.05 O Preço Certo20.00 Telejornal21.00 Contra21.30 Sabe Mais Do Que Um Miúdo de10 Anos?22.30 Sexta, à Noite00.30 Magazine01.00 Última Sessão:Última Sessão:Última Sessão:Última Sessão:Última Sessão:

“O Último Combatente”“O Último Combatente”“O Último Combatente”“O Último Combatente”“O Último Combatente”03.00 Só Visto!03.00 Só Visto!03.00 Só Visto!03.00 Só Visto!03.00 Só Visto!04.00 T04.00 T04.00 T04.00 T04.00 Televendaselevendaselevendaselevendaselevendas

07.00 Floribella07.45 SIC Kids09.15 Floribella10.00 Fátima13.00 Primeiro Jornal14.15 Terra Nostra15.15 Contacto18.00 Sete Pecados19.00 Os Malucos do Riso20.00 Jornal da Noite21.30 Camilo Em Sarilhos22.00 Desejo Proibido22.45 Duas Caras00.00 Socorro01.00 Filme a definir02.45 Quando o Telefone Toca04.15 O Jogo

07.00 Animação09.15 Smakdown Wrestling10.30 Detective Maravilhas11.15 De Luxe12.15 Bwinliga-Antevisão13.00 Jornal da Uma14.00 Eureka16.00 Filme a designar17.45 Filme a designar20.00 Jornal Nacional21.15 Bwinliga:

VVVVV. Guimarães-Benfica. Guimarães-Benfica. Guimarães-Benfica. Guimarães-Benfica. Guimarães-Benfica23.15 Deixa-me Amar00.30 Filme:

“A Vingança Sem Rosto”“A Vingança Sem Rosto”“A Vingança Sem Rosto”“A Vingança Sem Rosto”“A Vingança Sem Rosto”02.30 Toca a Ganhar03.45 Filme:

“Crime Sob Pressão”“Crime Sob Pressão”“Crime Sob Pressão”“Crime Sob Pressão”“Crime Sob Pressão”05.30 Televendas

07.00 SIC Kids08.30 Disney Kids10.00 Action Man A.T.O.M10.30 Chiquititas12.00 Nosso Mundo13.00 Primeiro Jornal14.00 Êxtase15.15 Futsal:

Benfica-Fundação JorgeBenfica-Fundação JorgeBenfica-Fundação JorgeBenfica-Fundação JorgeBenfica-Fundação JorgeAntunesAntunesAntunesAntunesAntunes

17.15 Os Malucos do Riso17.30 Filme a designar20.00 Jornal da Noite21.30 Os Malucos do Riso22.30 Desejo Proibido23.45 Resistirei01.00 Hora H - Best of02.00 Filme:

“V“V“V“V“Veronica Guerin”eronica Guerin”eronica Guerin”eronica Guerin”eronica Guerin”04.00 O Jogo

07.00 Euronews07.30 Zig Zag13.00 Hora Discovery14.00 Sociedade Civil15.30 Da Terra Ao Mar16.00 National Geographic18.30 A Fé dos Homens19.05 Eurodeputados19.45 Zig Zag20.45 Friends21.15 National Geographic21.50 A Hora da Sorte22.00 Jornal 222.40 Seis Graus23.30 Bastidores00.30 Noites da 2Noites da 2Noites da 2Noites da 2Noites da 201.15 Universidades01.45 Hora Discovery02.45 Diga Lá Excelência

07.00 Euronews07.30 África 7 Dias08.00 Notícias de Portugal09.00 Universidade Aberta09.50 Hora Discovery10.30 Bastidores10.30 Bastidores10.30 Bastidores10.30 Bastidores10.30 Bastidores11.00 Filme:11.00 Filme:11.00 Filme:11.00 Filme:11.00 Filme:

“Balbúrdia No Oeste”“Balbúrdia No Oeste”“Balbúrdia No Oeste”“Balbúrdia No Oeste”“Balbúrdia No Oeste”12.30 A História da Índia13.30 Couto & Coutadas14.00 Parlamento15.00 Desporto 219.00 AB Ciência19.30 Kaboom21.00 Diga Lá Excelência21.45 A Hora da Sorte22.00 Jornal 222.40 Sessão Dupla:

“De T“De T“De T“De T“De Tanto Bater O Meuanto Bater O Meuanto Bater O Meuanto Bater O Meuanto Bater O MeuCoração Parou”;Coração Parou”;Coração Parou”;Coração Parou”;Coração Parou”;

“A Insustentável Leveza do“A Insustentável Leveza do“A Insustentável Leveza do“A Insustentável Leveza do“A Insustentável Leveza do Ser”Ser”Ser”Ser”Ser”

DOMINGO

SEGUNDA

06.30 Espaço Infantil07.10 Brinca Comigo08.00 Bom Dia Portugal11.00 Mudar de Vida11.30 A Floresta Tropical Profunda12.30 Contra13.00 Jornal da Tarde14.15 Top+15.30 A Missão de Joan17.15 Sessão da Tarde:

“Um Dia Louco“Um Dia Louco“Um Dia Louco“Um Dia Louco“Um Dia LoucoEm Nova Iorque”Em Nova Iorque”Em Nova Iorque”Em Nova Iorque”Em Nova Iorque”

19.15 O Preço Certo20.00 Telejornal21.00 A Voz do Cidadão21.15 Gala RTP África 10 Anos23.15 “Lackawanna Blues”“Lackawanna Blues”“Lackawanna Blues”“Lackawanna Blues”“Lackawanna Blues”01.15 “Combate no Campo”“Combate no Campo”“Combate no Campo”“Combate no Campo”“Combate no Campo”

07.00 Euronews07.30 Á[email protected] Músicas de África09.00 Caminhos09.30 70x710.00 Nós11.00 Da Terra Ao Mar11.15 Consigo12.00 Vida Por Vida12.30 Economia do Mês13.00 Kulto13.30 Bombordo14.00 Hora Discovery14.45 A Voz do Cidadão16.00 Desporto 219.00 Bombordo19.40 A Alma e a Gente20.30 Os Simpsons21.00 A História da Índia22.00 Jornal 222.40 Câmara Clara23.50 Britcom00.50 Onda Curta02.20 A Alma e a Gente

07.00 Batatoon09.30 O Bando dos 411.15 Missa12.30 Oitavo Dia13.00 Jornal da Uma14.00 Filme a designar14.00 Filme a designar14.00 Filme a designar14.00 Filme a designar14.00 Filme a designar16.00 Filme a designar16.00 Filme a designar16.00 Filme a designar16.00 Filme a designar16.00 Filme a designar17.45 Bwinliga - Golos18.00 Filme a designar20.00 Jornal Nacional21.15 Morangos Com Açúcar22.15 Casos da Vida00.00 Bwin Liga - Jornada00.45 Bwin Liga - Casos01.30 Bwin Liga - Fórum02.00 Toca a Ganhar03.30 O Escritório04.00 Os Escolhidos05.00 Televendas06.30 Todos Iguais

07.00 Diário da Manhã10.15 Você na TV!13.00 Jornal da Uma14.00 As Tardes da Júlia17.00 Quem Quer Ganha18.15 Morangos Com Açúcar20.00 Jornal Nacional21.30 Especial Informação22.00 Fascínios23.00 Deixa-me Amar00.15 F i lme:00.15 F i lme:00.15 F i lme:00.15 F i lme:00.15 F i lme:“Nome de Código: Mercúrio”“Nome de Código: Mercúrio”“Nome de Código: Mercúrio”“Nome de Código: Mercúrio”“Nome de Código: Mercúrio”02.00 Toca a Ganhar03.45 TVI Negócios04.00 Filme:“Nervos de Aço”“Nervos de Aço”“Nervos de Aço”“Nervos de Aço”“Nervos de Aço”05.30 O Escritório

07.00 Floribella07.45 SIC Kids09.30 Floribella10.00 Fátima13.00 Primeiro Jornal14.15 Terra Nostra15.45 Contacto18.30 Sete Pecados20.00 Jornal da Noite21.30 Os Malucos do Riso22.00 Desejo Proibido23.00 Duas Caras00.15 CSI Miami01.15 Filme: “RFK”Filme: “RFK”Filme: “RFK”Filme: “RFK”Filme: “RFK”03.00 T T T T Tigres Brancosigres Brancosigres Brancosigres Brancosigres Brancos03.30 Quando o Telefone Toca

Page 23: O Despertar – 8469 – 25.01.2008

O O O O O DDDDDeeeeespespespespespertrtrtrtrtararararar 25| JANEIRO |0823O YO-YO

E espirrar?Fumar ao volante faz mal, sim senhor. E a seguir proíbam os espirros aovolante, também. E meter mudanças? Não se trata de uma operaçãoperigosa, que distrai o condutor? E olhar com pose de galã para a boazonado carro ao lado também deve ser proibido. Se o galanço for feito por umcondutor que esteja a fumar, aí três meses de prisão e onze chibatadas…

O verdadeiro pregadorNão venham cá com estórias de que A, B ou C, desta ou daquela confissão religiosa, são unsgrande pregadores. Este sim, este é que é o verdadeiro Pregador. Mete o Padre António Vieiranum bolsinho…

Erro de cálculo

Fumar faz muito mal

Só pode ter sido um fumador,o causador desta tragédia!

Use pijama,use pijama!

Pois é, não usar pijama pode ser muitoconfortável, mas depois surgem estes

problemazitos. O homem da fotoesqueceu-se de que haveria alguém a

fumar lá em casa, o fumador pegou fogoà habitação e ele teve que descer

peladinho da silva pela escadados bombeiros.

Uma terrível humilhação.Já sabe, a partir de agora nunca mais

durma sem o pijama vestido.Principalmente se tiver fumadores

em casa!

Perguntar não ofende

Porque é que as mulheres perdidassão as mais procuradas?

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O O O O O DDDDDeeeeespespespespespertrtrtrtrtararararar25| JANEIRO |08 24 O CREPÚSCULO

Bloco-NotasÚltimas

Rua Pedro Roxa, 27 a 31 • 3000-330 COIMBRATel. 239 85 27 10/11/12 • Fax 239 85 27 19 • [email protected]

Sexta feira • 25 de Janeiro de 2008 • Ano 90 • N.º 8469

6 . AS F E I R A SO SEMANÁRIODE COIMBRA

asO Despertar

` MUDANÇAS • JARDINAGEM • PINTURASFESTAS DE ANIVERSÁRIO NA QUINTA PEDAGÓGICA

“JOANINHA SABE TUDO”“JOANINHA SABE TUDO”“JOANINHA SABE TUDO”“JOANINHA SABE TUDO”“JOANINHA SABE TUDO”

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Agenda Desportiva

O tempoHOJE: Céu geralmente muito nublado, em especial pornuvens altas. Vento em geral fraco. Pequena descida datemperatura máxima.AMANHÃ: Céu pouco nublado, temporariamente muitonublado. Vento fraco. Neblina ou nevoeiro matinal.DOMINGO: Céu pouco nublado ou limpo. Vento fraco.Neblina ou nevoeiro matinal.

SAÚDEO presidente do conselho de administração dos Hospitaisda Universidade de Coimbra (HUC) afirmou, quarta-feiraà noite, que o encerramento dos Serviços de AtendimentoPermanente (SAP) nos concelhos limítrofes nãosobrecarregou as urgências daquela unidade. FernandoRegateiro, que falou no debate “A Saúde, os HUC e aCidade”, promovido pelo Conselho da Cidade, garantiuque as urgências hospitalares “não aumentaram” após oencerramento de 10 SAP nos Centros de Saúde do distritoe que até começaram a “decrescer a partir de Maio”.

DESEMPREGOAs turbulências da economia internacional, motivadas pelacrise no mercado do crédito e pelo aumento do preço dopetróleo, poderão aumentar em 5 milhões o número dedesempregados em 2008, segundo a OrganizaçãoInternacional do Trabalho. De acordo com o relatório asTendências Mundiais do Emprego 2008 da OIT, o impactoda crise do mercado de crédito nas economiasindustrializadas e na União Europeia resultará na reduçãode 240.000 empregos.

Hoje“Mulher”Na Casa Museu Bissaya Barreto, junto aos Arcosdo Jardim, está patente ao público, até dia 30, aexposição de pintura intitulada “Mulher”.

FreguesiasNo átrio da Câmara Municipal de Coimbra estápatente a exposição sobre a freguesia de Botão. Estamostra, promovida no âmbito da exposição “Asfreguesias nos paços do município”, apresenta aopúblico aquilo que de melhor esta freguesia tem paraoferecer. Pode ser visitada até 1 de Fevereiro.

AmanhãNova loja em EirasA Loja de Coimbra da Staples Office Centre, situadaem Eiras, inaugura amanhã aquela que será a 25.ªloja da marca em Portugal. Esta nova loja vai criar45 novos postos de trabalho directos e outros tantosindirectos. A nova loja vai servir uma população de230 mil habitantes. O investimento global nesta novaunidade comercial de 2.100 m2 de área coberta foide cerca de 5 milhões de euros.

Entrega de MedalhaO Município de Coimbra entrega amanhã, pelas 21h30,no Teatro Gil Vicente, a Medalha de Mérito Culturalao Grupo de Instrumentos de Sopro de Coimbra naGala dos 25 anos do Grupo. O acto da entrega dogalardão será durante o espectáculo que juntará nopalco do TAGV, para além do Grupo distinguido, oSax Ensemble - Quarteto de Saxofones de Coimbra, osDixie Gringos e o Ensemble de Metalles de la OrquestraSinfónica Juvenil del Estado de Lara, da Venezuela.

EQUIPAS DE COIMBRADOMINGO: U. Leiria-Académica, às 16h00, no Estádio

de LeiriaÁguias - União de Coimbra, às 15h00, noEstádio do Águias

TRANSMISSÕES TELEVISIVASHOJE: SPORTV – 20.10H – Sp. Braga-BelenensesAMANHÃ: TVI – 21.15H – V. Guimarães-BenficaDOMINGO: SPORTV – 20.15H – Sporting-FC Porto

SPORTV - 20h15: FC Porto-Naval