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FORTISSIMO Nº 10 / 2019 06 07 JUN Presto Veloce

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Page 1: Presto Veloce JUN · MAURICE RAVEL Introdução e Allegro INTERVALO DMITRI SHOSTAKOVICH Sinfonia nº 1 em fá menor, op. 10 Allegretto Allegro Lento Allegro molto Ministério da Cidadania

F O R T I S S I M O N º 1 0 / 2 0 1 9

06 07

JUN

Presto

Veloce

Page 2: Presto Veloce JUN · MAURICE RAVEL Introdução e Allegro INTERVALO DMITRI SHOSTAKOVICH Sinfonia nº 1 em fá menor, op. 10 Allegretto Allegro Lento Allegro molto Ministério da Cidadania

P R O G R A M A

IGOR STRAVINSKYSuíte nº 2 para pequena orquestra Marcha

Valsa

Polca

Galope

GABRIEL PIERNÉ Peça de concerto para harpa, op. 39

MAURICE RAVEL Introdução e Allegro

I N T E R VA L O

DMITRI SHOSTAKOVICHSinfonia nº 1 em fá menor, op. 10 Allegretto

Allegro

Lento

Allegro molto

Ministério da Cidadania eGoverno de Minas GeraisA P R E S E N TA M

0 6 / 0 6

0 7 / 0 6

Presto

Veloce

M A R C E L O L E H N I N G E R , R E G E N T E C O N V I D A D O

C L É M E N C E B O I N O T , H A R PA

Page 3: Presto Veloce JUN · MAURICE RAVEL Introdução e Allegro INTERVALO DMITRI SHOSTAKOVICH Sinfonia nº 1 em fá menor, op. 10 Allegretto Allegro Lento Allegro molto Ministério da Cidadania

Diretor Artístico e Regente Titular

da Orquestra Filarmônica de Minas

Gerais desde sua criação, em 2008,

Fabio Mechetti posicionou a orques-

tra mineira no cenário mundial da

música erudita. Além dos prêmios

conquistados, levou a Filarmônica

a quinze capitais brasileiras, a uma

turnê pela Argentina e Uruguai e

realizou a gravação de nove álbuns,

sendo quatro para o selo interna-

cional Naxos. Natural de São Paulo,

Mechetti serviu recentemente como

Regente Principal da Filarmônica

da Malásia, tornando-se o primeiro

regente brasileiro a ser titular de

uma orquestra asiática.

Nos Estados Unidos, Mechett i

esteve quatorze anos à frente da

Orquestra Sinfônica de Jacksonville

e, atualmente, é seu Regente Titular

Emérito. Foi também Regente Titular

das sin-fônicas de Syracuse e de

Spokane, da qual hoje é Regente Emé-

rito. Regente Associado de Mstislav

Rostropovich na Orquestra Sinfônica

Nacional de Washington, com ela

dirigiu concertos no Kennedy Center

e no Capitólio. Da Sinfônica de San

Diego, foi Regente Residente. Fez

sua estreia no Carnegie Hall de Nova

York conduzindo a Sinfônica de Nova

Jersey. Continua dirigindo inúmeras

orquestras norte-americanas e é

convidado frequente dos festivais

de verão norte-americanos, entre

eles os de Grant Park em Chicago

e Chautauqua em Nova York.

Igualmente aclamado como regente

de ópera, estreou nos Estados Unidos

dirigindo a Ópera de Washington. No

seu repertório destacam-se produções

de Tosca, Turandot, Carmem, Don

Giovanni, Così fan tutte, La Bohème,

Madame Butterfly, O barbeiro de

Sevilha, La Traviata e Otello.

Suas apresentações se estendem

ao Canadá, Costa Rica, Dinamarca,

Escócia, Espanha, Finlândia, Itá-

lia, Japão, México, Nova Zelândia,

Suécia e Venezuela. No Brasil ,

regeu todas as importantes orques-

tras brasileiras.

Fabio Mechetti é Mestre em Regência

e em Composição pela Juil l iard

School de Nova York e vencedor do

Concurso Internacional de Regência

Nicolai Malko, da Dinamarca.

CAROS AMIGOS E AMIGAS,

FABIO MECHETTI

D I R E T O R A R T Í S T I C O

E R E G E N T E T I T U L A RA harpa sai de trás da orquestra

para a frente do palco no concerto

desta noite, com a execução de duas

obras charmosas do repertório fran-

cês, executadas pela nossa Harpista

Principal, Clémence Boinot. As duas

peças mostram, de maneira clara,

tanto a conhecida singeleza e trans-

parência quanto a força e virtuosismo

que caracterizam esse instrumento

celestial, com quem os franceses

têm uma ligação íntima.

Nos extremos do programa, obras

de jovens compositores russos,

Stravinsky e Shostakovich, que, embora

pertencessem à mesma geração,

acabariam embarcando em linhas

estéticas completamente distintas. Aqui,

experimentaremos a reconfiguração

das formas tradicionais clássicas aos

moldes experimentais de Stravinsky

e a força criativa e exuberante de um

Shostakovich inspirado e otimista.

Todas essas obras serão regidas pelo

nosso antigo Regente Assistente,

Marcelo Lehninger, hoje realizando

uma bela carreira internacional.

Bom concerto a todos,

FAB IO MECHET T I

FOTO

: ALE

XAN

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REZ

END

E

Page 4: Presto Veloce JUN · MAURICE RAVEL Introdução e Allegro INTERVALO DMITRI SHOSTAKOVICH Sinfonia nº 1 em fá menor, op. 10 Allegretto Allegro Lento Allegro molto Ministério da Cidadania

Clémence Boinot apaixonou-se pela

harpa aos cinco anos. Começou a

estudar o instrumento orientada por

Isabelle Lagors em sua cidade natal,

Cergy-Pontoise, na França. Aos vinte,

ingressou na Haute École de Musique

de Genebra, Suíça. Após seis anos de

aperfeiçoamento sob orientação de

Florence Sitruk, Clémence concluiu

bacharelado em Música, mestrado

em Pedagogia e mestrado em Soloist

Performance. Em 2017, ingressou

na Orquestra Filarmônica de Minas

Gerais como Harpa Principal.

Clémence participou de vários projetos

de música de câmara e foi membro

fundadora do grupo Ensemble Cara-

velle, que, em 2016, foi premiado na

categoria Music and Stage Art pela

HES-SO (Universidades de Alta Espe-

cialização do Oeste da Suíça).

Apresentou-se em diversas salas, com

orquestras e em música de câmara. Teve

a honra de tocar em

novos centros cultu-

rais internacionais,

como a Sala Santa

Cecilia em Roma, o

Opera di Firenze,

a Phi lharmonie

de Paris e a Sala

Minas Gerais. Uma

inefável emoção tocando em lugares

de patrimônio histórico, como o Teatro

Municipal do Rio de Janeiro, o Victoria

Hall em Genebra, a Abadia do século XI

em Romainmôtier. E um entusiasmo

particular de tocar em salas atípicas,

como antigos estábulos (Théâtricul),

usina (Fonderie Kugler) e um abrigo

antiaéreo (L’Abri), todos na Suíça.

Sendo a transmissão do conhecimento

parte fundamental da sua prática musical,

Clémence é professora de harpa há

muitos anos. Em 2017, foi convidada

a ensinar jovens harpistas no Neojiba,

em Salvador, Bahia.

Interessada pelas estéticas contempo-

râneas, Clémence tem em seu reper-

tório várias obras escritas após 1950

e participou de estreias de obras de

compositores de diversas naciona-

lidades. Porém, suas maiores afini-

dades sempre foram com as cores

criadas pelos franceses do início do

século XX, seja Ravel, Debussy, Renié,

Caplet, Tournier...

CLÉMENCE BOINOT

FOTO

: MAR

IAN

A G

ARCI

A

Diretor Musical e Regente Titular da

Orquestra Sinfônica de Grand Rapids,

em Michigan, Estados Unidos, Marcelo

Lehninger é um dos maestros brasileiros

de maior destaque no panorama inter-

nacional. Atuou como diretor musical

e regente titular da Sinfônica de New

West e regente associado da Sinfônica

de Boston. Foi regente assistente da

Filarmônica de Minas Gerais e con-

selheiro musical da Orquestra Jovem

das Américas.

Recebeu o Helen Thompson Awards,

prêmio oferecido pela Liga das Orquestras

Americanas, e foi premiado no I Concurso

Nacional para Jovens Regentes Eleazar de

Carvalho. Atuou como maestro convidado

em orquestras brasileiras e argentinas.

Nos Estados Unidos, apresentou-se, entre

outras, com as sinfônicas de Chicago,

Pittsburgh, Detroit, Baltimore, National,

Milwaukee, New Jersey e Knoxville. Dirigiu

também no Canadá e, na Europa, regeu

as filarmônicas da Rádio Francesa e da

Eslovênia, sinfônicas

Alemã e de Lucerna,

Orquestra Nacional

do Capitólio de Tou-

louse e Orquestra de

Câmara de Lausanne.

Regeu no Symphony

Hall de Boston, no

Festival de Tanglewood, no Carnegie

Hall de Nova York, no Konzerthaus

de Vienna e na sala da Filarmônica

de Berlim. Lehninger foi assistente

de Mariss Jansons em turnê com a

Orquestra Real do Concertgebouw.

Regeu a Orquestra Simón Bolívar,

as sinfônicas de Sydney, Melbourne

e de Kyushu. Neste ano retorna ao

Japão para concertos em Tokyo e

Fukuoka. Nos Estados Unidos, estará

com as sinfônicas de Boston, St. Louis,

Sarasota, San Antonio e a Filarmônica

de Rochester.

Agraciado com a I Felix Mendelssohn-

-Bartholdy Scholarship, foi assistente

de Kurt Masur nas orquestras Nacional

da França, Gewandhaus de Leipzig e

Filarmônica de Nova York. Mestre em

Música pelo Conductors Institute at Bard

College em Nova York, cursou regência

com Harold Farberman e composição

com Laurence Wallach. Estudou também

com Kurt Masur, Leonard Slatkin e

Roberto Tibiriçá. É filho da pianista Sônia

Goulart e do violinista Erich Lehninger.

MARCELO LEHNINGER

FOTO

: AN

DY

TERZ

ES

Page 5: Presto Veloce JUN · MAURICE RAVEL Introdução e Allegro INTERVALO DMITRI SHOSTAKOVICH Sinfonia nº 1 em fá menor, op. 10 Allegretto Allegro Lento Allegro molto Ministério da Cidadania

INSTRUMENTAÇÃO

Piccolo, 2 flautas, oboé,

2 clarinetes, 2 fagotes, trompa,

2 trompetes, trombone,

percussão, piano, cordas.

ED ITORA

Chester

Representante:

Barry Editorial

PARA OUV IR

Igor Stravinsky – The Soldier’s

Tale, suite; Divertimento;

Octeto; Suites 1 e 2 – London

Sinfonietta – Riccardo Chailly,

regente – Decca – 1992

PARA ASS IST IR

Schulmusikorchester

der Hochschule für

Musik Karlsruhe —

Andreas Weiss, regente

Acesse: fil.mg/spequena

PARA LER

Glenn Watkins – Soundings:

music in the Twentieth Century

– MacMillan – 1988

ORANIENBAUM, ATUAL LOMONOSOV, RÚSSIA , 1882 NOVA YORK, ESTADOS UNIDOS, 1971

Igor

Primeira apresentação com a Filarmônica

1 9 1 4 / 1 9 1 7 , O RQ U EST R A Ç ÃO 1 92 1 7 M I N U TO S

STRAVINSKYEntre 1914 e 1919, Stravinsky instala-se em Clarens,

na Suíça, faz viagens a Roma e a Madri, onde conhece

Picasso, e estreia como regente em Genebra e em

Paris. Nesse período, ele escreve dois ciclos de peque-

nas peças para piano a quatro mãos, destinadas a

estudantes de piano: Trois pièces faciles (Três peças

fáceis), compostas entre 1914 e 1915, e Cinq pièces

faciles (Cinco peças fáceis), compostas em 1917.

O curioso dessas peças aparentemente despretensiosas

é que elas foram compostas depois das elaborações

monumentais de O Pássaro de Fogo, de Petrushka e

de A Sagração da Primavera.

A aparente despretensão dessas pequenas obras mos-

traria seu sentido um pouco mais tarde. Stravinsky

já ensaiava uma segunda fase de sua carreira, cuja

linguagem seria marcada por uma extrema clareza,

livre de quaisquer “hipnoses”, como a da Sagração,

mais linear e contrapontística que harmônica. Ele

assimila, nessa linguagem, alguns elementos do jazz e

a reveste de uma ironia que parece parodiar – e, com

isso, desconstruir – os métodos tradicionais de com-

posição e alguns gêneros musicais. Há uma espécie de

ascese, que o leva à miniaturização da forma, da linha

melódica... E até da orquestração: ele frequentemente

emprega pequenas formações instrumentais, às vezes

insólitas, que descortinam uma perspectiva paradoxal,

porque é ao mesmo tempo arcaizante e, por outro lado,

muito moderna.

Há quem entenda, nessa linguagem,

uma orientação neoclássica, mas,

em se tratando de Stravinsky, isso

é sempre perigoso de se dizer...

As obras fundamentais dessa fase,

que se marca entre 1914 e 1922, são

a assombrosa História de um soldado,

Renard e principalmente Les Noces.

Mas é justamente nesse período, mar-

cadamente em 1921, que Stravinsky faz

a orquestração das Trois pièces faciles

e acrescenta a elas mais uma, extraída

das Cinq pièces faciles, dando vida à

Suíte nº 2 para pequena orquestra.

As oito pequenas peças para piano a

quatro mãos são, cada uma, dedicadas

a um contemporâneo de Stravinsky.

Essas dedicatórias revelam, ao mesmo

tempo, uma perspectiva irônica e,

por outro lado, uma confissão de

suas fontes ou de suas admirações:

Diaghilev, fundador dos Ballets Rus-

ses (nos quais dançaram Nijinski e

Anna Pavlova), que encomendou ao

compositor O Pássaro de Fogo, Alfredo

Casella, Erik Satie. Essas figuras

emblemáticas ilustram respectiva-

mente a Polca, a Marcha e a Valsa

da Suíte nº 2. Marque-se a silhueta

“distorcida” do terceiro movimento,

quase cubista, que capta a persona-

lidade bizarra de Satie e, ao mesmo

tempo, evoca algo da História de um

soldado, numa valsa que se desfaz e

se refaz. O Galope final foi dedicado

a dois dos filhos do compositor e, na

Suíte, a orquestração curiosamente

se mostra um pouco menos insólita,

guardados os parâmetros anteriores

ao próprio Stravinsky.

Mas é sempre a Stravinsky que se

ouve! Talvez menos monumental

que na Sagração, mas por opção

própria. Certamente menos engajado

que na História de um soldado, mas

igualmente irônico e igualmente des-

concertante. Voltado para a aurora do

século XX e definitivamente enraizado

na modernidade.

MOACYR L ATERZA

F ILHO Pianista e cravista, Doutor

em Literaturas de Língua Portuguesa,

professor da Universidade do Estado

de Minas Gerais e da Fundação de

Educação Artística.

Suíte nº 2 para pequena orquestra

Page 6: Presto Veloce JUN · MAURICE RAVEL Introdução e Allegro INTERVALO DMITRI SHOSTAKOVICH Sinfonia nº 1 em fá menor, op. 10 Allegretto Allegro Lento Allegro molto Ministério da Cidadania

INSTRUMENTAÇÃO

2 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes,

2 fagotes, 4 trompas,

2 trompetes, 3 trombones,

tímpanos, percussão, cordas.

ED ITORA

J. Hamelle

PARA OUV IR

CD Lily Laskine – Boieldieu;

Pierné; Mozart – Orchestre

National De L’O.R.T.F – Jean

Martinon, regente – Lily

Laskine, harpa – Erato – 1985

CD French Concertos for Harp

– Rhineland Philharmonic

Orchestra – Shao-Chia Lü,

regente – Xavier de Maistre,

harpa – Claves – 2002

PARA ASS IST IR

Gwangju Symphony Orchestra

– Seung-up Yoon, regente –

Jung Kwak, harpa

Acesse: fil.mg/pharpa

PARA LER

Attila Csampai; Dietmar

Holland – Guia básico dos

concertos: música orquestral

de 1700 até os nossos dias –

Civilização Brasileira – 1995

M E T Z , F R A N Ç A , 1 8 63 P LO U J E A N , F R A N Ç A , 1 93 7

Gabriel

Primeira apresentação com a FilarmônicaPIERNÉ

Um dos principais compositores-regentes franceses

da virada do século XIX ao século XX, Gabriel Pierné,

aclamado durante a vida, é hoje negligenciado e esque-

cido. Sua escrita hábil e refinada perpassou todos os

gêneros, sem, no entanto, promover avanços estilísticos

independentes e originais. Sua música soa familiar, bela

e poética, em sintonia com o charme da Belle Époque.

Pierné se insere na transição do estilo tradicional e

elaborado de César Franck para as inovações promo-

vidas por Debussy e Ravel. Foi afetuosa e duradoura

sua relação de amizade com Debussy, de quem regeu

numerosas obras, incluindo estreias.

Nascido na região da Lorena, Pierné recebeu da mãe as

primeiras aulas de piano. O pai era cantor e lecionava

em um conservatório local. Em 1870, após Napoleão

perder a Alsácia-Lorena para os alemães, a família

Pierné viu-se obrigada a fugir para Paris, onde instalou

uma pequena escola de música no Quartier Latin. Em

1871, Gabriel ingressou no Conservatório Nacional, onde,

após curso brilhante, recebeu distinções e prêmios.

Em 1882, ao final do curso, venceu o mais prestigioso

concurso para compositores, o Prix de Rome, com sua

cantata Edith. A premiação proporcionou-lhe viver na

Villa Médici, em Roma, onde conheceu Grieg e Liszt.

No Conservatório, Pierné teve contato com os maiores

representantes mundiais da harpa e talvez mesmo da

história do instrumento. Pôde observar em primeira

mão o legado da harpa deixado por

Ange-Conrad Prumier para Alphonse

Hasselmans e seus discípulos, entre

os quais Henriette Renié, Marcel

Tournier, Carlos Salzedo, Marcel

Grandjany, Lily Laskine. Em 1901, o

professor de harpa do Conservatório

de Paris, Alphonse Hasselmans, um

grande instrumentista, foi agraciado

com a dedicatória do Konzertstück

para harpa de Gabriel Pierné. A obra,

“peça de concerto”, demonstra como

o compositor absorveu, através do

conhecimento da técnica de harpis-

tas virtuoses, aspectos idiomáticos

do instrumento. Na orquestração

combinou a harpa com pausas, notas

longas, solos instrumentais e tutti em

cores refinadas, de forma a nunca

cobrir o solista.

Em jane i ro de 1903 , ano no

qual se tornou cidadão francês,

Hasselmans foi convidado a estrear

a Peça de concerto de Gabriel Pierné,

porém, preferiu indicar para solista

sua discípula Ada Sassoli. Pierné,

contrariando a recomendação de

Hasselmans, escolheu Henriette Renié.

A estreia ocorreu a 23 de janeiro de

1903 no Théâtre du Châtelet, em Paris,

durante a série Concerts Colonne,

sob a regência de Édouard Colonne,

com Henriette Renié à harpa. Anos

depois, a solista relembrou um episódio

curioso ocorrido durante os ensaios:

“o Andante acelera e termina claro,

rápido e fogoso; Colonne segurou o

andamento, e isso me incomodou.

Comecei a marcar o compasso com

o pé, o que não agradou o grande

maestro. Ele me disse: ‘Mademoiselle,

toque no seu tempo; eu a seguirei’

(o que não era verdade!) — ‘mas,

por favor, não marque o ritmo com

o pé!’. Pierné acalmou a situação

de maneira diplomática, porém não

fiquei satisfeita com Colonne”. No mês

seguinte, Henriette Renié repetiu a

Peça de concerto na série Concerts

Lamoureux, então sob a regência de

Camille Chevillard.

MARCELO CORRÊA

Pianista, Mestre em Piano pela

Universidade Federal de Minas Gerais,

professor na Universidade do Estado de

Minas Gerais.

1 90 1 1 5 M I N U TO S

Peça de concerto para harpa, op. 39

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Introdução e Allegro

C I B O U R E , F R A N Ç A , 1 875 PA R I S , F R A N Ç A , 1 93 7

Maurice

INSTRUMENTAÇÃO

Flauta, clarinete, cordas.

ED ITORA

Durand

PARA OUV IR

Streaming Ravel –

Introduction and Allegro for

Flute, Clarinet, Harp and

String Quartet – Tokyo String

Quarteto – Nancy Allen, harpa

– Angel Records – 2005

PARA ASS IST IR

Orchestre Philharmonique

de Radio France —

Lionel Bringuier, regente

Acesse: fil.mg/rintro

PARA LER

Vladimir Jankélévitch —

Ravel — Solfèges —

Éditions du Seuil – 1995

François-René Tranchefort

– Guia da Música Sinfônica –

Nova Fronteira – 1990

O francês Maurice Ravel nasceu na fronteira da Espanha.

Quando ainda não completara um ano, sua família mudou-

-se para Paris. Mas o compositor, de ascendência basca

pelo lado materno, manteve-se sempre ligado ao mar

da região natal, fascinado pelo país vizinho, com seus

ritmos e cores. Do pai, um engenheiro apaixonado pela

Mecânica, Ravel herdou o gosto pelas novidades, pela

invenção, além da prática do estudo disciplinado e o amor

pela miniatura, pela precisão do trabalho bem feito (de

“um relojoeiro suíço”, como diria Stravinsky).

Artesão dedicado ao seu ofício, Ravel disciplina o virtu-

osismo de sua alquimia sonora e garante às suas mais

audaciosas pesquisas experimentais uma solidez e um

equilíbrio perfeitos. O timbre, para esse gênio das sono-

ridades, tornou-se um dos elementos mais valiosos de

expressão, confiando a frase musical ao instrumento mais

adequado para modelá-la. Frequentemente, o compositor

consultava amigos instrumentistas em busca de segredos

transcendentes aos manuais de orquestração, na busca de

combinações sonoras inéditas, sem cair na extravagância

ou nos efeitos gratuitos.

A vida do compositor, livre de qualquer acontecimento

passional, transcorreu de maneira linear, sem grandes

aventuras. Amorosamente ligado aos pais e ao único

irmão, Ravel manteve-se sempre muito reservado quanto

aos seus sentimentos e emoções, embora fosse bastante

sociável e cultivasse numerosas ami-

zades, bem escolhidas e duradouras.

Uma doença cerebral entristeceu seus

últimos quatro anos, impedindo-o –

embora se mantivesse lúcido – de se

comunicar satisfatoriamente, de criar

ou até de reconhecer a própria música.

Finalmente, uma última e desesperada

tentativa de cura resultou no insucesso

fatal de uma intervenção cirúrgica.

No Conservatório de Paris, Ravel estu-

dou composição com Gabriel Fauré,

que soube defendê-lo, mesmo quando

outros acadêmicos interpretaram como

insolência as primeiras criações do

compositor e negaram-lhe, por três

vezes, o ambicionado Prêmio de Roma.

Abandonadas as pretensões acadêmi-

cas, Ravel associa-se definitivamente

a um grupo turbulento e agitador de

artistas que se denominavam Os

apaches – defensores de Satie, Debussy,

Stravinsky e da música de vanguarda

em geral. O próprio Ravel provocou

grande polêmica ao musicar, em 1906,

os textos, considerados prosaicos, das

Histoires naturelles de Jules Renard.

A princípio, dedicou-se, sobretudo, ao

piano e às melodias; mas, para esse

gênio das sonoridades, a orquestra

e as obras camerísticas seriam um

caminho inevitável. Entre o magis-

tral Quarteto de Cordas (1902/1903)

e o fascínio orquestral da Rapsódia

Espanhola (1907), Ravel propôs-se

harmonizar uma inusitada formação

instrumental, unindo o virtuosismo

da harpa com o clarinete, a flauta e o

quarteto de cordas. Verdadeiro ensaio

de sonoridade, a Introdução e Allegro

fascina pela sutileza da tessitura, com

o encanto das melodias, o caráter deli-

cado de seu virtuosismo e o irresistível

mistério de seus timbres.

PAULO SÉRG IO

MALHE IROS DOS SANTOS

Pianista, Doutor em Letras, professor na

UEMG, autor dos livros Músico, doce

músico e O grão perfumado – Mário

de Andrade e a arte do inacabado.

Apresenta o programa semanal Recitais

Brasileiros, pela Rádio Inconfidência.

1 90 5 1 1 M I N U TO S

RAVEL Primeira apresentação com a Filarmônica

Page 8: Presto Veloce JUN · MAURICE RAVEL Introdução e Allegro INTERVALO DMITRI SHOSTAKOVICH Sinfonia nº 1 em fá menor, op. 10 Allegretto Allegro Lento Allegro molto Ministério da Cidadania

SHOSTAKOVICH Sinfonia nº 1 em fá menor, op. 10

SÃO PE T E RS BU RG O , R Ú SS I A , 1 906 M O S CO U , R Ú SS I A , 1 975

Dmitri

INSTRUMENTAÇÃO

2 piccolos, 3 flautas, 2 oboés,

2 clarinetes, 2 fagotes,

4 trompas, 3 trompetes,

3 trombones, tuba, tímpanos,

percussão, piano, cordas.

ED ITORA

DSCH – Kompositor

Representante:

Barry Editorial

PARA OUV IR

Shostakovich – Symphony nº

1; Symphony nº 3 “The first

of May” – Royal Liverpool

Philharmonic Choir and

Orchestra – Vasily Petrenko,

regente – Naxos – 2011

PARA ASS IST IR

Schleswig-Holstein Musik

Festival Orchester – Leonard

Bernstein, regente

Acesse: fil.mg/ssinf1

PARA LER

Lauro Machado Coelho –

Shostakovitch: vida, música,

tempo – Perspectiva – 2006

Pauline Fairclough; David

Fanning (eds.) – The

Cambridge Companion to

Shostakovich – Cambridge

University Press – 2008

Na noite de 12 de maio de 1926, após um concerto da

Orquestra Filarmônica de Leningrado (no século XX,

a cidade de São Petersburgo mudaria de nome para

Petrogrado, de 1914 a 1924; e Leningrado, de 1924 a

1991, antes de retornar ao seu nome original), subia

ao palco, para receber os cumprimentos da plateia, um

jovem e tímido compositor de apenas dezenove anos.

Seu nome era Dmitri Dmitriyevich Shostakovich, e a

obra em questão, sua Sinfonia nº 1, escrita como peça

de formatura na classe de composição de Maximilian

Steinberg (1883-1946). Shostakovich, que começara

seus estudos musicais aos oito anos, ingressara no

Conservatório de Petrogrado em 1919, com apenas treze

anos de idade. Na época, o diretor do Conservatório

era o compositor Alexander Glazunov (1865-1936), um

ex-menino prodígio que estreara sua primeira sinfonia

na mesma sala de concertos, em 1882, com apenas

dezesseis anos de idade. Ambos, Glazunov e Steinberg,

ex-alunos de Rimsky-Korsakov (1844-1908), acompa-

nhariam de perto os progressos do jovem Shostakovich.

Shostakovich se transformaria em um dos três maiores

compositores da União Soviética, juntamente com Sergei

Prokofiev (1891-1953) e Aram Khatchaturian (1903-1978).

Mas a vida sob o regime de Stalin não seria fácil. Em

1936, sua ópera Lady Macbeth do Distrito de Mtsensk

seria condenada, em um artigo anônimo do Jornal do

Partido Comunista (Pravda), como formalista, primitiva

e vulgar. Em 1948, na campanha de

Andrei Zhdanov para restabelecer

a pureza ideológica e combater as

influências ocidentais na vida social

soviética, o Comitê Central do Partido

Comunista condenou a obra de vários

compositores soviéticos, dentre eles

Shostakovich, Prokofiev e Khatcha-

turian. Shostakovich jamais apoiou

o regime soviético. Apenas aqueles

que viveram as perseguições e as

condições de vida e trabalho sob

um regime que tratava a todos sem

piedade compreenderiam suas atitu-

des imediatas de se filiar ao Partido

Comunista, de escrever artigos em

elogio ao modo de vida soviético e de

compor obras em conformidade com

as diretrizes do Partido. Shostakovich

só começaria a se sentir livre das

pressões a partir da Décima Sinfonia,

composta logo após a morte de Stalin.

Mas a sua Primeira Sinfonia per-

tence a uma outra época, antes da

fama e das pressões stalinistas. A

orquestração leve dessa obra seria

por muito tempo uma marca registrada

de Shostakovich. Porém, uma certa

melancolia o acompanharia por toda a

vida, já percebida, aqui, na alternância

entre momentos alegres e passagens

extremamente trágicas. Ainda hoje

considerada uma de suas melhores

obras, a Sinfonia nº 1 apresenta as

principais influências que Shostako-

vich tivera nos anos de juventude: a

música russa de Stravinsky (1882-1971),

Prokofiev e Tchaikovsky (1840-1893),

e o colorido da música popular ouvida

nas ruas e teatros da época. A estreia

causara uma sensação enorme no

meio musical de Leningrado. No ano

seguinte, com apenas vinte anos de

idade, o compositor tinha sua Primeira

Sinfonia apresentada em Berlim, sob

a batuta de Bruno Walter (1876-1962).

GU ILHERME

NASC IMENTO Compositor, Doutor

em Música pela Unicamp, professor na

Escola de Música da UEMG, autor dos

livros Os sapatos floridos não voam

e Música menor.

1 924 / 1 92 5 28 M I N U TO S

Última apresentação:

26 de fevereiro / 2016

Marcos Arakaki, regente

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ORQUESTRA FILARMÔNICA DE MINAS GERAIS

INSTITUTO CULTURAL FILARMÔNICA

Regente Associado

MARCOS ARAKAKI

Diretor Artístico e Regente Titular

FABIO MECHETTIOscip — Organização da Sociedade Civil de Interesse Público

Lei 14.870 / Dez 2003

OS — Organização Social

Lei 23.081 / Ago 2018

* principal ** principal associado *** principal assistente **** musicista convidado

PRIMEIROS VIOLINOS Anthony Flint – Spalla

Rommel Fernandes –

Spalla associado

Ara Harutyunyan –

Spalla assistente

Ana Paula Schmidt

Ana Zivkovic

Arthur Vieira Terto

Joanna Bello

Laura Von Atzingen

Luis Andrés Moncada

Roberta Arruda

Rodrigo Bustamante

Rodrigo M. Braga

Rodrigo de Oliveira

Wesley Prates

SEGUNDOS VIOLINOSFrank Haemmer *

Hyu-Kyung Jung ***

Gideôni Loamir

Jovana Trifunovic

Luka Milanovic

Martha de Moura

Pacífico

Matheus Braga

Radmila Bocev

Rodolfo Toffolo

Tiago Ellwanger

Valentina Gostilovitch

VIOLASJoão Carlos Ferreira *

Roberto Papi ***

Flávia Motta

Gerry Varona

Gilberto Paganini

Katarzyna Druzd

Luciano Gatelli

Marcelo Nébias

Mikhail Bugaev

Nathan Medina

VIOLONCELOSPhilip Hansen *

Robson Fonseca ***

Camila Pacífico

Camilla Ribeiro

Eduardo Swerts

Emília Neves

Lina Radovanovic

Lucas Barros

William Neres

CONTRABAIXOSNilson Bellotto *

André Geiger ***

Marcelo Cunha

Marcos Lemes

Pablo Guiñez

Rossini Parucci

Walace Mariano

FLAUTASCássia Lima*

Renata Xavier ***

Alexandre Braga

Elena Suchkova

OBOÉSAlexandre Barros *

Públio Silva ***

Israel Muniz

Maria Fernanda Gonçalves

CLARINETESMarcus Julius Lander *

Jonatas Bueno ***

Ney Franco

Alexandre Silva

FAGOTESCatherine Carignan *

Victor Morais ***

Andrew Huntriss

Francisco Silva

TROMPASAlma Maria Liebrecht *

Evgueni Gerassimov ***

Gustavo Garcia Trindade

José Francisco dos Santos

Lucas Filho

Fabio Ogata

TROMPETESMarlon Humphreys *

Érico Fonseca **

Daniel Leal ***

Tássio Furtado

TROMBONESMark John Mulley *

Diego Ribeiro **

Wagner Mayer ***

Renato Lisboa

TUBASEleilton Cruz *

Isaque Macedo ****

TÍMPANOSPatricio Hernández

Pradenas *

PERCUSSÃORafael Alberto *

Daniel Lemos ***

Sérgio Aluotto

Werner Silveira

HARPAClémence Boinot *

TECLADOSAyumi Shigeta *

GERENTE

Jussan Fernandes

INSPETORAKarolina Lima

ASSISTENTE ADMINISTRATIVO Risbleiz Aguiar

ARQUIVISTAAna Lúcia Kobayashi

ASSISTENTESClaudio Starlino

Jônatas Reis

SUPERVISOR DE MONTAGEMRodrigo Castro

MONTADORESHélio Sardinha

Klênio Carvalho

CONSELHO ADMINISTRATIVOPresidente Emérito

Jacques Schwartzman

Presidente

Roberto Mário

Gonçalves Soares Filho

Conselheiros

Angela Gutierrez

Arquimedes Brandão

Berenice Menegale

Bruno Volpini

Celina Szrvinsk

Fernando de Almeida

Ítalo Gaetani

Marco Antônio Pepino

Marco Antônio Soares da

Cunha Castello Branco

Mauricio Freire

Octávio Elísio

Sérgio Pena

DIRETORIA EXECUTIVADiretor Presidente

Diomar Silveira

Diretor

Administrativo-

financeiro

Joaquim Barreto

Diretor de

Comunicação

Agenor Carvalho

Diretora de

Marketing e Projetos

Zilka Caribé

Diretor de Operações

Ivar Siewers

EQUIPE TÉCNICAGerente de

Comunicação

Merrina Godinho

Delgado

Gerente de

Produção Musical

Claudia da Silva

Guimarães

Assessora de

Programação Musical

Gabriela de Souza

Produtor

Luis Otávio Rezende

Analistas de

Comunicação

Fernando Dornas

Lívia Aguiar

Renata Gibson

Renata Romeiro

Carolina Moraes Santana

Analista de

Marketing e Projetos

Lilian Sette

Analista de Marketing

e Relacionamento

Itamara Kelly

Assistente

de Produção

Rildo Lopez

Auxiliares

de Produção

André Barbosa

Jeferson Silva

EQUIPE ADMINISTRATIVAGerente

Administrativo-

financeira

Ana Lúcia Carvalho

Gerente Contábil

Graziela Coelho

Gerente de

Recursos Humanos

Quézia Macedo Silva

Analistas

Administrativos

João Paulo de Oliveira

Paulo Baraldi

Secretária Executiva

Flaviana Mendes

Assistente

Administrativa

Cristiane Reis

Assistente de

Recursos Humanos

Jessica Nascimento

Recepcionistas

Meire Gonçalves

Vivian Figueiredo

Auxiliar Contábil

Pedro Almeida

Auxiliar

Administrativa

Geovana Benicio

Auxiliares de

Serviços Gerais

Ailda Conceição

Rose Mary de Castro

Mensageiro

Douglas Conrado

Jovem Aprendiz

Sunamita Souza

SALA MINAS GERAISGerente de

Infraestrutura

Renato Bretas

Gerente de Operações

Jorge Correia

Técnicos de Áudio

e de Iluminação

Diano Carvalho

Rafael Franca

Assistente Operacional

Rodrigo Brandão

FORTISSIMO Junho nº 10 / 2019

ISSN 2357-7258

Editora Merrina

Godinho Delgado

Edição de texto

Berenice Menegale

Capa Detalhe de

La Ghirlandata, pintura de

Dante Gabriel Rossetti

O Fortissimo está

indexado aos

sistemas nacionais

e internacionais de

pesquisa. Você pode

acessá-lo também

em nosso site.

Este programa

foi impresso em

papel doado pela

Resma Papéis.

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Seja pontual.Cuide da Sala Minas Gerais.

Desligue o celular (som e luz).

Deixe para aplaudir ao fim de cada obra.

Traga seu ingresso ou cartão de assinante.

Não coma ou beba.

Não fotografe ou grave em áudio / vídeo.

Nos dias de concerto, apresente seu ingresso, cartão de Amigo ou Assinante

e obtenha descontos especiais. Saiba mais: fil.mg/restaurantes

Se puder, devolva seu programa de concerto.

Faça silêncio e evite tossir.

Evite trazer crianças menores de 8 anos.

NO CONCERTO

PRÓXIMOS CONCERTOS

Restaurantes parceiros

Rua Pium-í, 229

Cruzeiro

Tel: 3227-7764

R. Rio de Janeiro, 2076

Lourdes

Tel: 3292-6221

R. Rio Grande do Sul, 1236

Santo Agostinho

Tel: 2515-6092

Rua Curitiba, 2244

Lourdes

Tel: 3291-1447

Dia 9 jun, 20h30 T U R N Ê E STA D UA L / PA R A C AT U

Dia 15 jun, 18h F O R A D E S É R I E / M Ú S I C A E M I T O LO G I A

Dia 18 jun, 20h30 F E ST I VA L T I N TA F R E S C A

Dia 23 jun, 11h C O N C E R T O S PA R A A J U V E N T U D E

Dias 27 e 28 jun, 20h30 A L L E G R O E V I VA C E

Dia 30 jun, 11h C L Á S S I C O S N A P R A Ç A / B E T I M

APROVEITE A NOITE PARA JANTAR EM UM DE NOSSOS RESTAURANTES PARCEIROS

Necessária a apresentação do cartão de Amigo ou Assinante ou, no caso de público do dia do concerto, a apresentação do ingresso.

P R O G R A M A A M I G O S E A S S I N A N T E S :válido para todos os dias• 15% de desconto para o titular do cartão e acompanhante• uma taça de vinho ou espumante (até R$ 25) ou uma sobremesa• possibilidade de reserva tardia (após 22h15) para mesa de até 4 pessoas

P Ú B L I C O D O D I A :válido para a data do concerto• 15% de desconto para o portador do ingresso e acompanhante

A S S I N A N T E S E P Ú B L I C O D O D I A :válido para a data do concerto• uma taça de vinho da casa ou uma trilogia de brusquetas

P R O G R A M A A M I G O S :válido para a data do concerto• 50% de desconto no segundo prato (de igual ou menor valor)

Confira aqui os benefícios para o público da Filarmônica

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R. Rio Grande do Sul, 1236 — Santo Agostinho / 2525-6092

Rua Curitiba, 2244 — Lourdes / 3291-1447

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/ F I L A R M O N I C A M G

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19

R E A L I Z A Ç Ã O

PAT R O C Í N I O

M A N T E N E D O R

Sala Minas Gerais

www.filarmonica.art.br

D I V U L G A Ç Ã O

R UA T E N E N T E B R I TO M E LO , 1 . 0 9 0 — B A R R O P R E TO

C E P 3 0 .1 8 0 - 0 7 0 | B E LO H O R I Z O N T E – M G

T E L : ( 3 1 ) 3 2 1 9.9 0 0 0 | FA X : ( 3 1 ) 3 2 1 9.9 0 3 0