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SISTEMA INTEGRADO DE MONITORAMENTO E MANEJO DA FERTILIDADE DO SOLO E
FERTIRRIGAÇÃO EM CITROS
ONDINO CLEANTE BATAGLIA CONPLANTCAMILO LÁZARO MEDINA CONPLANT – GCONCIPEDRO ROBERTO FURLANI CONPLANT
Solução drenagem CE e
controle salinidade
Diagnóstico nutricional
Análise de seiva
Análise foliar
PlantaSolução do Solo
Solução fertilizante
Água de irrigação
pH, CE, elementos solúveis e de
reserva
Solo
ÁGUA DE IRRIGAÇÃO
• Objetivo
• Correções e doses de fertilizantes em função de sua composição
• Adequar pH, Eliminar elementos em excesso, adequar formulações de fertilizantes
• Análises pH, EC,
• Ca2+ Mg2+, Na+, RAS
• Cl‐, SO42‐, HCO3
‐, B
ÁGUA DE IRRIGAÇÃO
• AMOSTRAGEM• Recipiente de plástico de 1L• Amostra representativa – rapidez• Água de poço – depois de algum tempo de funcionamento
• Água corrente – centro da correnteza• Rotulagem com todas as informações• Conservar em geladeira a 4º C
Objetivo Avaliação de sua composição e correçõesAnálise deve ser feita na coleta dos gotejadores para conferir se todos os procedimentos de preparo da solução e ajustes de pH e CE foram feitos de forma correta
Análises pH, CE, Ca2+ Mg2+, Na+, K+ NO3
‐, Cl‐, SO42‐, H2PO4
‐
Fe, Mn, Cu, Zn, B
SOLUÇÃO FERTILIZANTE
SOLUÇÃO FERTILIZANTE
AMOSTRAGEM
Usar sempre frasco limpo de plástico de preferência.
Amostrar em diversos pontos do sistema, principalmente no momento final do sistema de aplicação.
Medidas triviais de controle como pH e CE podem ser feitas na linha de aplicação
SOLO
ObjetivoFazer correções iniciais de pH do solo, adubação de fundo, ajustes de fertilidade e excessos
Análises Análises básicas de fertilidade do solo, MO, pH, CE, nutrientes, etc.
ANÁLISE DE SOLOAMOSTRAGEM
•Amostra representativa do campo
•Amostra composta pelo menos 20 pontos
•Profundidade de amostragem 0‐20 cm
•Freqüência: Anual
ANÁLISE DE SOLO
AMOSTRAGEM PARA MONITORAMENTO
Freqüência ‐ Cada 4 semanasLocal de amostragem
Irrigação por aspersores – Coletar as amostras na metade do raio, sempre na zona de raízes.
Irrigação por gotejo –Na porção média entre o centro do gotejo e a borda do bulbo úmido.
Época – Entre duas adubações. Ex. Irrigação 2ª e 6ª feira, amostragem na 4ª.
No caso de fertirrigação freqüente a amostragem pode ser qualquer dia.
ANÁLISE DE SOLO
Tradicional
Amostragem anual 0‐20 cm de prof. Se houver suspeita de acidez em profundidade, proceder também uma amostragem a 20‐40 cm.
Determinações: pH, M.O.
P‐resina
K, Ca, Mg, Na trocáveis
B – Água quente
Micronutrientes ‐ DTPA
ANÁLISE DO SOLO
Diagnósticos para fertirrigação
1. Monitoramento via extrato de saturação
2. Suspensões aquosas
SOLUÇÃO DO SOLO ‐ SUBSTRATO
ObjetivoPela analise do extrato de saturação Conhecer a solução real do substrato que nutre a planta.Serve para orientar as modificações da solução fertilizante Orientar a freqüência de lixiviações
Análises pH, CE, Ca2+ Mg2+, Na+, K+ NO3
‐, Cl‐, SO42‐, H2PO4
‐
Fe, Mn, Cu, Zn, B
Extrato de saturação ‐ Laboratório
(1) Colocar um pouco de água no recipiente plástico de 400 mL.(2) Adicionar 250 cm3 de terra fina seca ao ar, medida com proveta.(3) Adicionar água aos poucosmisturando com a terra, utilizando uma
espátula, até que a pasta apresente aspecto brilhante e a massa do solo deslize suavemente na espátula.
(4) Deixar em repouso por no mínimo 1 hora e repetir o teste com a espátula; se o solo apresentar excesso de água, adicionarmais solo e, se apresentar falta de água, adicionarmais água e repetir o teste.
(5) Transferir a pasta do solo saturado para um funil buchner com papelde filtro e filtrar a vácuo, recebendo o extrato emum tubo de ensaiocolocado no interior do kitasato sob a haste do funil.
(6) Acondicionar o extrato em frasco plástico com tampa.
Análises pH, CE, Ca2+ Mg2+, Na+, K+ NO3
‐, Cl‐, SO42‐, H2PO4
‐
Fe, Mn, Cu, Zn, B
Extrato de saturação
CE >= 4 dS/m solo salino
PST > 15% solo sódico
RAS = Na+/(Ca++ + Mg++)1/2
RAS > 13 solo sódico
CE dS/m Resposta das culturas
0-2 Sem efeitos na produção
2-4 Restrição na produção de plantas muito sensíveis
4-8 Produção de muitas culturas restringida
8-16 Apenas plantas tolerantes produzem satisfatoriamente
>16 Apenas plantas muito tolerantes conseguem produzir
Respostas das plantas a salinidade (Bernstein, 1970)
Extrato de saturação
300 ml
MATERIAL200 ml
30’ agitação
30’ descanso
filtração
pH e CE
Água deionizada
11:2 (análise solo):2 (análise solo)
300 ml
MATERIAL200 ml
30’ agitação
30’ descanso
filtração
pH e CE
Água deionizada
11:2 (análise solo):2 (análise solo)
Extrato 1:2 Procedimento simplificado de monitoramento no campo
(1) Transferir 100 mL de água destilada para frasco de Erlenmeyer ou garrafa de vidro apropriada, com aferição de volume a 150 mL.
(2) Adicionar, aos poucos, a amostra de terra com a umidade de campo, até atingir a marca de 150 mL.
(3) Agitar a cada 5 minutos durante 20 minutos.(4) Filtrar através de papel de filtro de textura
médio‐grosseira. (5) Acondicionar o extrato em frasco plástico com
tampa.
(6) Proceder as medições de pH e CE.
Água deionizada
Método para soloMétodo para solo1 1 :: 22 (v/v)(v/v)
150 mlSolo
100 ml
20’agitação ou4 x a cada 5’
filtraçãoDeterminação pH e CE
CE dS/m Interpretação
<0,24 baixa
0,25-0,75 Adequada para mudas pequenas e plantas sensíveis a salinidade
0,76-1,75 Plantas estabelecidas ou adultas. Efeito sobre o crescimento de espécies sensíveis nos níveis mais altos
1,76-2,25 Elevada salinidade. Queima de bordos de folhas. Não descuidar da irrigação.
>2,25 Alto potencial de queima de folhas. Crescimento reduzido. Murchamento das plantas
Respostas das plantas a salinidade (Taveira, 2000)
Extrato 1:2 solo/água
SOLUÇÃO DE DRENAGEM
ObjetivoControle de perdas por lixiviaçãoDefinir a porcentagem de drenagem para controle de salinidade.
Análises CENutrientes
MONITORAMENTO DE LIXIVIADOSEM SOLOS
Manga
30 cm
50 cm
100 cm
Tomate
15 cm
30 cm
45 cm
USO DE AMOSTRATORES DE SOLUÇÃO
PROCEDIMENTOS PARA AMOSTRAGEM
1. Instalar os tubos no ½ da faixa entre o gotejador e a borda do bulbo úmido
2. Com uma seringa esvaziar o tubo fazendo um vácuo no tubo
3. Aguardar duas horas para equilíbrio
4. Extrair o liquido do tubo com uma seringa
5. Proceder medidas de CE e pH no extrato
Solução drenagem CE e
controle salinidade
Diagnóstico nutricional
Análise de seiva
Análise foliar
PlantaSolução do Solo
Solução fertilizante
Água de irrigação
pH, CE, elementos solúveis e de
reserva
Solo
DIAGNOSE DE DISTÚRBIOS NUTRICIONAIS POR SINTOMAS
VISÍVEIS
• Sintomas aparecem quando a produção já está comprometida
• Sintomas podem ser mascarados por interações, doenças, pragas
• Exige experiência do técnico• Tem baixo custo e possibilidade de correção
imediata• Muito útil em plantas perenes para
micronutrientes
ANÁLISE DA PLANTA (FOLIAR)
ObjetivoServe para avaliar a resposta da planta à nutrição e para otimizar o processo de fertirrigaçãoBalanço de nutrientes quando usa o DRIS
Análises N, P, K, Ca, Mg, SB, Cu, Fe, Mn, ZnNa, Cl
AMOSTRAGEM
PROCEDIMENTOS COM A AMOSTRA
•Amostra deve ser acondicionada
•em saco de papel.•Evitar embalagens contaminadas por resíduos
•Enviar rapidamente para o laboratório
•Preservar em geladeira se for necessário
•Identificar cuidadosamente
Fonte: Wadt (1996); Ribeiro et al. (1999)
-25-20-15-10-50510152025
N P K Ca Mg S B Cu Fe Mn Zn
POTENCIAL DE RESPOSTA À ADUBAÇÃO
Índice DRIS
IBNm
IBNmCu S Mn K Fe N Zn P Ca B Mg
P PZ Z NZ N
ANÁLISE DA PLANTA (SEIVA)
ObjetivoPermite conhecer a velocidade de absorção e fazer uma avaliação rápida da resposta da planta à adubação.Permite fazer correções durante o ciclo da planta.
Análises Ca2+ Mg2+, Na+, K+ NO3
‐, Cl‐, B, H2PO4‐
N orgânico e açúcares
AMOSTRAGEM PARA ANÁLISE DE SEIVA
AMOSTRA
•Tecidos condutores junto às folhas que servem de amostra para análise foliar
•Pode‐se usar exclusivamente os pecíolos
•Tomate – parte remanescente dos tecidos condutores após a remoção dos folíolos
•Citros– Seiva da nervura das folhas recém maduras
PROCEDIMENTO de ANÁLISE•Separar os tecidos condutores das folhas
•Limpar com algodão úmido e secar com papel de filtro.
•Picar em pedaços de 1 a 2 cm
•Juntar éter etílico para extrair clorofila e interromper o metabolismo
•Congelar a –20 ‐ 30 ºC
•Extração mediante descongelamento e prensagem. Separar seiva em funil de decantação. Éter fica em cima da seiva. Filtrar.
CONCEITOS DE FERTIRRIGAÇÃO EM CITROS
SUPRIMENTO TOTAL DE NUTRIENTES?HIDROPONIA A CÉU ABERTO ‐ SEMI‐ÁRIDO
(QUALIDADE DA FRUTA)
SUPRIMENTO PARCIAL/COMPLEMENTAR?NUTRIENTES E ÉPOCAS DE APLICAÇÃO
(NATUREZA A FAVOR)
Atenção !!• A sustentação da produtividade e a qualidade
dos frutos dependem do fornecimento adequado de água, luz e nutrientes ao longo dos anos !!
• Cada caixa de laranja exporta muitos nutrientes (Ex: Nitrogênio 90 g; Potássio, 80g)
• A eficiência e economia dos pomares dependerão de como tratamos o solo e a planta ao longo do tempo
Motivos para a criação de um sistema integrado de monitoramento e manejo do solo
Programas nutricionais tem resultados variáveis de
acordo com o tipo de solo.
Análises superficiais do solo (0-20 cm) ou de folha
nem sempre revelam as deficiências minerais
encontradas na copa
Camada Superior: Boa concentração de P, K, Ca, Mg e B
Camada Inferior: Baixa concentração de P, K, Ca, Mg e B
Ex: Absorção de água e nutrientes pela planta em solo úmido
Camada Superior Boa concentração de P, K, Ca, B e Zn
Camada Inferior. Baixa concentração de P, K, Ca, B ou Zn
Absorção de água e nutrientes em solo parcialmente úmido com gradiente químico x
Frutos pequenos
Aborto deflores, etc.
Extração de Água e Nutrientes
A profundidade e distribuição das raízes determina a capacidade da planta em explorar os recursos que existem no solo
Extração de Água e NutrientesExemplo: Para solo com 160 litros de água disponível por m3
(Cap Campo – Ponto de Murcha)
3 m
Profundidade Efetiva de 50 cm
Volume explorado: 7 x 3 x 0,5 =10,5 m3
Água disponível = 1680 litros
7 m
3 m
Profundidade Efetiva de 1m (mínima)
Volume explorado: 7 x 3 x 1 = 21 m3
Água disponível = 3160 litros
7 m
Reserva de Nutrientes
1 mmolc K .dm-3 = 39 g. m-3 de K ou equivalente ao consumo de 0,25 caixa de laranja (50% eficiência) (Bataglia et al. 1982)
1 m3
Profundidade efetiva do
Sistema Radicular
K de Reserva para cada 1 mmolc .dm-3
Sustentação
(50% de eficiência)
1200 cxs/hectareconsumiriam o potássio
em 50 cm 195 Kg 1200
cx/hectare~ 1 ano
100 cm 390 Kg 2400 cx/hectare
~ 2 anos
Reserva de Nutrientes
Considerou‐se 150 gramas de potássio por caixa (~ 50% de eficiência).
Eficiência na adubação é influenciada pela densidade e distribuição das raízes !!
Baixo aproveitamento
Alto aproveitamento
Para compreender a produtividade e qualidade é necessário estabelecer uma visão tridimensional do sistema solo,
planta, atmosfera
Sistema Integrado de Monitoramento e Manejo
Sistema: conjunto de informações relacionadas
Integrado: integração de informações
Monitoramento: métodos diferenciados de análisesno espaço e no tempo
Manejo: recomendações geradas pelo sistema
Métodos SIMM
Análises químicas de solo convencionais de 0-20 cm
e 20 a 40 cm (anuais ou bianuais)
Análises de folhas (anuais)
IMPORTANTE !!!
Padronização do método de amostragem
Histórico da fertilidade, doses de adubo e
produtividade.
Métodos SIMM
1- Análises de solo não convencionais
Químicas: Alumínio, Enxofre, Boro e Zinco (Rotina).
2- Física: Concentração de Argila, exame de camadas adensadas
Conceito SIMM
A profundidade efetiva das raízes é possível de ser alterada
Para tanto, é necessário atuar sobre impedimentos, químicos, físicos e biológicos que impedem o desenvolvimento do sistema radicular
Impedimentos Químicos
Boro mg.kg
M I S S I M
10 0,24 0,25 0,39 0,39 0,25 0,24
50 0,16 0,12 0,1 0,1 0,12 0,16
100 0,13 0,11 0,08 0,08 0,11 0,13
ImpedimentosQuímicos
SIMMFósforo LocalProf.(cm) M I S S I M
10 1 6 27 27 6 150 1 5 2 2 5 1100 1 2 1 1 2 1
150 1 1 1 1 1 1
2005 2007
Exemplo de modificação da distribuição radicular de acordo com o SIMM em laranjeira
Natal sobre limoeiro cravo.
Expectativas / Resultados• Maior produtividade e
qualidade• Ajuste do manejo ao
longo do tempo para cada solo
• Aumento de eficiência no uso de fertilizantes
• Redução de custos• Segurança nas ações• Alto retorno no
investimento
Resultados do SIMM
Valência em Swingle 6 anos : 110 Toneladas /hectare: Fazenda Girivá em São João da Boa Vista: