universidade do vale do itajaÍsiaibib01.univali.br/pdf/luiz frantz, luiz gamba, uislen...uma...
TRANSCRIPT
0
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAIacute
CENTRO DE CIEcircNCIAS DA SAUacuteDE
CURSO DE ODONTOLOGIA
LUIZ ANTONIO FRANTZ
LUIZ EDUARDO GAMBA
UISLEN BERIAN CADORE
AVALIACcedilAtildeO DA DENSIDADE OacuteSSEA EM PACIENTES
ENXERTADOS COM OSSO HOMOacuteGENO E AUTOacuteGENOS POR MEIO
DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA CONE BEAM RELATO DE
CASO CLIacuteNICO
Itajaiacute (SC) 2011
1
LUIZ ANTONIO FRANTZ
LUIZ EDUARDO GAMBA
UISLEN BERIAN CADORE
AVALIACcedilAtildeO DA DENSIDADE OacuteSSEA EM PACIENTES
ENXERTADOS COM OSSO HOMOacuteGENO E AUTOacuteGENOS POR MEIO
DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA CONE BEAM RELATO DE
CASO CLIacuteNICO
Itajaiacute (SC) 2011
Trabalho de conclusatildeo de curso apresentado como requisito parcial para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de cirurgiatildeo-dentista do Curso de Odontologia da Universidade do Vale do Itajaiacute Orientador Prof Dr Emerson Alexandre Sgrott
2
LUIZ ANTONIO FRANTZ
LUIZ EDUARDO GAMBA
UISLEN BERIAN CADORE
AVALIACcedilAtildeO DA DENSIDADE OacuteSSEA EM PACIENTES
ENXERTADOS COM OSSO HOMOacuteGENO E AUTOacuteGENOS POR MEIO
DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA CONE BEAM RELATO DE
CASO CLIacuteNICO
1 Prof Dr Emerson Alexandre Sgrott ____________________________________
Curso de Odontologia da Universidade do Vale do Itajaiacute (UNIVALI)
2 Prof Dr Rafael Saviolo Moreira_______________________________________
Curso de Odontologia da Universidade do Vale do Itajaiacute (UNIVALI)
3 Prof MsC Alisson Dante Steil_________________________________________
Curso de Odontologia da Universidade do Vale do Itajaiacute (UNIVALI)
O presente Trabalho de Conclusatildeo de Curso apresentado como requisito parcial para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de cirurgiatildeo-dentista do Curso de Odontologia da Universidade do Vale do Itajaiacute aos xx dias do mecircs de xxx do ano de dois mil e onze eacute considerado aprovado
3
AGRADECIMENTOS
Agradecemos a todas as pessoas e instituiccedilotildees que direta ou indiretamente
contribuiacuteram para a elaboraccedilatildeo deste trabalho
4
AVALIACcedilAtildeO DA DENSIDADE OacuteSSEA EM PACIENTES ENXERTADOS COM OSSO
HOMOacuteGENO E AUTOacuteGENOS POR MEIO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
CONE BEAM RELATO DE CASO CLIacuteNICO
Luiz Antonio FRANTZ Luiz Eduardo GAMBA Uislen Berian CADORE Orientador Prof Dr Emerson Alexandre Sgrott Data de defesa 23 de Setembro de 2011
Resumo Com o grande avanccedilo da implantodontia constata-se a necessidade de espessura miacutenima de tecido oacutesseo evoluindo com isso a enxertia oacutessea na aacuterea odontoloacutegica para a realizaccedilatildeo de reabilitaccedilotildees O intuito deste trabalho foi a descriccedilatildeo de quatro casos cliacutenicos e avaliar a qualidade do material de enxerto sendo dois de origem autoacutegena e dois de origem homoacutegena em situaccedilatildeo de preacute implante dentaacuterio por meio da tomografia computadorizada CONE BEAM Foram determinadas a densidade do tecido oacutesseo adjacente (leito receptor) no periacuteodo preacute-ciruacutergico a densidade oacutessea do material enxertado no periacuteodo poacutes-ciruacutergico e realizada uma comparaccedilatildeo da densidade oacutessea obtida pelo material enxertado com a densidade do tecido oacutesseo adjacente Os dados foram coletados junto a prontuaacuterios das clinicas ldquoCliacutenica Odonto Imagem Radiologiardquo situada em Balneaacuterio Camboriuacute (SC) e ldquoCliacutenica Radioimagemrdquo situada em Itajaiacute (SC) A anaacutelise dos dados seraacute efetuada em funccedilatildeo da densidade e origem do osso com o auxiacutelio do programa Planmeca Romexis Viewer Concluindo assim que o enxerto oacutesseo autoacutegeno e procedente de banco de ossos demonstra-se eficaz na reabilitaccedilatildeo de pacientes que apresentam maxilas atroacuteficas e que necessitam de implantes dentaacuterios para a reabilitaccedilatildeo proteacutetica A densidade obtida do material enxertado eacute semelhante a densidade do tecido oacutesseo adjacente necessitando de mais casos para esta comprovaccedilatildeo Palavras chave Densidade oacutessea Tomografia computadorizada de feixe cocircnico Enxerto oacutesseo mandibular Implante Dentaacuterio Endoacutesseo
5
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 6 2 REVISAtildeO DE LITERATURA 7 3 MATERIAIS E MEacuteTODOS 32 4 RESULTADOS 34 5 DISCUSSAtildeO 39 6 CONCLUSAtildeO 43
6
1 INTRODUCcedilAtildeO
Os implantes dentaacuterios estatildeo sendo usados em grande nuacutemero por pacientes
edecircntulos totais ou parciais Eles satildeo um excelente meacutetodo de tratamento para se
obter uma adequada reabilitaccedilatildeo bucal No entanto o seu sucesso depende de uma
quantidade miacutenima de tecido oacutesseo para a sua inserccedilatildeo com comprimento e
espessura seguros a fim de suportar as forccedilas mastigatoacuterias
A condiccedilatildeo de um remanescente oacutesseo miacutenimo para inserccedilatildeo do implante
nem sempre se faz presente por isso teacutecnicas de aumento de rebordo alveolar e de
levantamento de assoalho do seio maxilar tecircm sido desenvolvidas viabilizando
dessa forma a reabilitaccedilatildeo(AJZEN et al 2005)
A regeneraccedilatildeo do osso alveolar reabsorvido eacute um dos desafios atuais da
cliacutenica odontoloacutegica Existindo basicamente trecircs origens diferentes de osso a ser
enxertado osso autoacutegeno (autoacutelogo) homoacutegeno (homoacutelogo) osso heteroacutegeno
(heteroacutelogo) O osso autoacutegeno tem como origem o osso do proacuteprio paciente o osso
homoacutegeno tem origem da mesma espeacutecie (cadaacuteveres nos bancos de ossos) e o
osso heteroacutegeno tem como origem o osso de doador de outra espeacutecie (geralmente
bovina)
A partir da constataccedilatildeo da demanda atual dessa modalidade de reabilitaccedilatildeo oral
avaliou-se a qualidade do material de enxerto oacutesseo procedente de banco de ossos
(osso homoacutegeno) e osso autoacutegeno em situaccedilatildeo de implante dentaacuterio por meio da
tomografia computadorizada Cone Beam E dessa forma definir qual a indicaccedilatildeo do
material e atraveacutes de suas vantagens e desvantagens servir de auxiacutelio ao Cirurgiatildeo-
Dentista em sua praacutetica diaacuteria de implantodontia levando-o agrave seguranccedila e
confiabilidade em seus procedimentos
7
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
Cauacutela Machado e Barboza (2000) descreveram os diferentes tipos de
densidade oacutessea e sua influecircncia na Implantodontia A densidade do osso disponiacutevel
em um siacutetio edecircntulo tem influecircncia no planejamento do tratamento no design do
implante no tipo de cirurgia no tempo de cicatrizaccedilatildeo e na colocaccedilatildeo progressiva
de carga durante a reconstruccedilatildeo proteacutetica O osso pode ser classificado
macroscopicamente em quatro grupos de densidades diferentes do mais denso ao
menos denso compacto denso compacto poroso trabecular grosso e trabecular
fino O osso considerado como densidade 1 (D1) manteacutem sua forma e densidade
devido ao stress das inserccedilotildees musculares Sendo composto de osso lamelar
histoloacutegico eacute altamente mineralizado e capaz de suportar grandes cargas O osso
compacto denso tambeacutem apresenta algumas desvantagens que devem ser
consideradas O osso D1 eacute mais difiacutecil de ser preparado para receber implantes do
que qualquer outro tipo oacutesseo O osso com densidade 2 (D2) eacute uma combinaccedilatildeo de
osso compacto denso para poroso na porccedilatildeo externa e osso trabecular grosso na
porccedilatildeo interna Na superfiacutecie e nas proporccedilotildees laterais do implante oferece uma
interface inicial riacutegida A densidade oacutessea D2 eacute mais comumente encontrada na
mandiacutebula A regiatildeo anterior da mandiacutebula apresenta este tipo oacutesseo em 23 dos
casos O osso com densidade 3 (D3) eacute composto de uma cortical oacutessea fina na
crista e osso trabecular fino no interior Uma das desvantagens desse tipo oacutesseo eacute a
delicadeza com a qual esse osso deve ser manipulado Quanto menor for a
densidade mais facilmente o osso eacute expandido para que implantes sejam inseridos
A regiatildeo anterior da maxila apresenta em 65 dos casos o osso D3 e em quase
metade dos casos o osso D3 eacute encontrado tambeacutem na regiatildeo posterior da maxila
O osso com densidade 4 (D4) eacute um osso trabecular fino cuja cortical oacutessea eacute
miacutenima ou nenhuma A necessidade da altura maacutexima de osso disponiacutevel eacute maior
em D4 do que em outros tipos oacutesseos para aumentar a superfiacutecie de contato
ossoimplante O tempo de cicatrizaccedilatildeo deve ultrapassar os 6 meses como
preconizado nos protocolos existentes O osso menos denso D4 tem sido relatado
em aproximadamente 40 dos casos eacute encontrado na parte posterior da maxila
especialmente na regiatildeo dos molares ou apoacutes levantamento do seio maxilar Os
autores concluiacuteram que dependendo da localizaccedilatildeo e do tempo pelo qual uma aacuterea
8
permaneceu edecircntula sua densidade seraacute variaacutevel Poreacutem existem aacutereas onde os
tipos oacutesseos satildeo mais comumente encontrados D1 eacute encontrado em mandiacutebula
anterior atroacutefica D2 eacute encontrado em regiatildeo de mandiacutebula anterior mandiacutebula
posterior e maxila anterior D3 eacute encontrado em regiatildeo de maxila anterior maxila
posterior e mandiacutebula posterior e D4 eacute encontrado em regiatildeo de maxila posterior
Kuabara et al (2000) apresentaram um caso cliacutenico de reabilitaccedilatildeo oral por
meio de cirurgia avanccedilada em implantologia destacando a teacutecnica ciruacutergica para
elevaccedilatildeo do seio maxilar usando um enxerto oacutesseo da regiatildeo retromolar da
mandiacutebula Todo procedimento ciruacutergico foi realizado sob anestesia local e
medicaccedilatildeo previamente agrave cirurgia O enxerto foi removido da regiatildeo retromolar da
mandiacutebula aacuterea onde encontra-se maior quantidade de osso cortical e pouca
medular Apoacutes anestesia local por bloqueio regional e complementar a incisatildeo foi
realizada na base do ramo da mandiacutebula seguindo pela linha obliqua ateacute a regiatildeo de
1ordm molar inferior Foi realizado o deslocamento do retalho muco-periostal e o tecido
oacutesseo foi exposto a ostectomia foi realizada com brocas e cinzeacuteis provocando uma
fratura do fragmento Enquanto as perfuraccedilotildees dos implantes eram confeccionadas
o enxerto foi particulado e colocado no interior da cavidade sinusal em sua porccedilatildeo
medial seguindo-se a colocaccedilatildeo dos implantes e posterior preenchimento da
cavidade com osso triturado Passado o periacuteodo de seis meses foi iniciada a fase
proteacutetica Os autores concluiacuteram que a pequena morbidade poacutes-operatoacuteria da
regiatildeo doadora do enxerto elege a regiatildeo retromolar inferior como uma excelente
opccedilatildeo ciruacutergica para reabilitaccedilatildeo de pequenos defeitos oacutesseos A enxertia oacutessea no
interior da cavidade sinusal provou ser uma alternativa eficiente para reabilitar a
regiatildeo posterior de maxila onde a colocaccedilatildeo de implantes osseointegrados eacute
limitada pela quantidade oacutessea remanescente
Mazzonetto et al (2000) avaliaram o aumento em espessura oacutessea apoacutes a
realizaccedilatildeo de enxerto autoacutegeno obtido da regiatildeo de siacutenfise mandibular em regiatildeo
anterior de maxilas com grandes reabsorccedilotildees oacutesseas de pacientes que
necessitavam de reabilitaccedilatildeo por meio de implantes osseointegrados Seis pacientes
apresentando perdas dentaacuterias e defeitos oacutesseos na regiatildeo anterior de maxila foram
submetidos agrave reconstruccedilatildeo alveolar utilizando enxerto autoacutegeno da regiatildeo da siacutenfise
mandibular com o objetivo de restabelecer a espessura oacutessea para posteriormente
serem reabilitados com implantes Foram realizadas radiografias intrabucais
9
panoracircmica e tomografia convencional linear no exame inicial para avaliar a aacuterea
maxilar e determinar se a aacuterea doadora ou seja a siacutenfise mandibular apresentava
osso suficiente para reconstruir o defeito Realizada a cirurgia apoacutes 4 meses foi feito
outro procedimento ciruacutergico reabrindo a aacuterea para remoccedilatildeo dos parafusos Passado
um periacuteodo de 6 meses da realizaccedilatildeo do enxerto cada paciente foi submetido a
novo exame tomograacutefico convencional linear tomada esta que foi realizada de
maneira padronizada com a primeira Foram realizadas medidas do ganho oacutesseo
pela anaacutelise das tomografias preacute e poacutes-operatoacuterias dos pacientes Foi traccedilada uma
linha no longo eixo do rebordo a partir do ponto mais alto da crista A partir desta
projetou-se uma linha perpendicular a 5 mm de distacircncia da porccedilatildeo mais oclusal
sobre a qual foi medida a distacircncia entre as duas corticais vestibular e lingual Dos 6
pacientes analisados foram obtidas 12 medidas comparativas Em 3 das medida
natildeo foram obtidos os resultados desejados devido agrave reabsorccedilatildeo do enxerto
Portanto 75 das aacutereas avaliadas obtiveram aumento em espessura suficientes
para a colocaccedilatildeo de implantes As observaccedilotildees cliacutenicas e radiograacuteficas das aacutereas
enxertadas demonstraram ganho oacutesseo em altura e em largura indicando que o
enxerto retirado da siacutenfise mandibular eacute uma aIternativa viaacutevel para a reconstruccedilatildeo
de defeitos alveolares a maxila anterior onde seratildeo colocados implantes A aacuterea da
siacutenfise mandibular tem muitas vantagens em relaccedilatildeo a outros locais doadores
Misch et al (2000) apoacutes realizar uma revisatildeo de literatura verificou a
importacircncia da densidade oacutessea no sucesso do implante osseointegrado e
apresentou uma atualizaccedilatildeo de sua classificaccedilatildeo oacutessea de 1988 acrescentando o
tipo oacutesseo D5 o qual associou nuacutemeros aos tipos oacutesseos relacionando
numericamente os valores aos tipos oacutesseos
10
Zeacutetola et al (2002) investigaram a neoformaccedilatildeo oacutessea de enxerto autoacutelogo
medular natildeo vascularizado de crista iliacuteaca para seio maxilar atroacutefico por meio de
uma avaliaccedilatildeo comparativa da precisatildeo entre a Tomografia Computadorizada (TC) e
a radiografia panoracircmica Foram selecionados 14 pacientes submetidos a 25
enxertos de crista iliacuteaca natildeo vascularizados sendo eles 9 do sexo feminino e 5 do
sexo masculino tendo como meacutedia de idade de 443 anos O criteacuterio de inclusatildeo foi
a altura residual menor que 5mm entre o rebordo gengival e o soalho antral
(medidos comparativamente pela tomografia computadorizada e radiografia
panoracircmica) e todos pacientes eram edentados uni ou bilateralmente A parede
lateral do seio maxilar foi exposta totalmente para a confecccedilatildeo de uma janela oval
com tamanho aproximado de 15 a 25mm feita com broca esfeacuterica diamantada
nuacutemero seis sendo preservada a integridade da mucosa antral que foi totalmente
rebatida sendo exposta a cuba e parede medial do antro maxilar O fragmento
oacutesseo da crista iliacuteaca autoacutegena foi colocado perpendicularmente agrave parede lateral da
maxila isolando o compartimento superior do seio Jaacute no inferior foi empregado osso
medular autoacutegeno fragmentado isolado ou misturado com hidroxiapatita (HA) que foi
recoberto pelo retalho mucoperiostal suturado com fio reabsorviacutevel de poligalactina
40 em sutura simples Para a avaliaccedilatildeo quantitativa e qualitativa poacutes-operatoacuteria
foram empregadas a radiografia panoracircmica e a tomografia computadorizada Foi
utilizado o teste de meacutedias atraveacutes da distribuiccedilatildeo t de Student para anaacutelise das
varianccedilas com a prevalecircncia de 005 para os dois grupos de imagens Na avaliaccedilatildeo
qualitativa houve consenso dos observadores nos dois grupos de exames (RX
panoracircmico e TC) e para a imagem panoracircmica (RP) o conceito foi regular e para a
tomografia boa Com relaccedilatildeo agrave anaacutelise quantitativa houve consenso na tomografia
11
computadorizada e para a radiografia panoracircmica a diferenccedila foi miacutenima entre os
observadores sem significado O ganho meacutedio foi de 148mm em todos os
procedimentos com erro maior que 3mm em 16 procedimentos (64) Os autores
concluiacuteram que a tomografia computadorizada foi o meacutetodo de escolha na avaliaccedilatildeo
qualitativa e quantitativa da incorporaccedilatildeo de enxerto autoacutelogo natildeo vascularizado em
seio maxilar atroacutefico
Blay Tunchel e Sendyk (2003) avaliaram a viabilidade microbioloacutegica e
histoloacutegica de tecido oacutesseo que ateacute a data tem sido ignorado em oacutesseos integrados
em cirurgias de implante Foram selecionados trinta pacientes sendo 13 homens e
17 mulheres com meacutedia de idade de 54 anos estando em bom estado de sauacutede
geral Os criteacuterios de seleccedilatildeo foram pacientes com perda de um ou mais elementos
dentaacuterios e com atrofia alveolar moderada Foi adotada uma teacutecnica baseada no uso
de coletores de osso para a obtenccedilatildeo de material oacutesseo autoacutegeno sem ter que
envolver um segundo (intra-oral ou extra-oral) aacuterea ciruacutergica para a obtenccedilatildeo de
osso autoacutegeno As amostras foram obtidas durante o processo de perfuraccedilatildeo do
osso alveolar utilizando dois tipos de coletores de ossos especiais As mesmas
foram utilizadas para o preenchimento de falha oacutessea Uma pequena amostra do
material coletado foi enviado para anaacutelise microbioloacutegica e histoloacutegica Os retalhos
foram fechados com Donath thread tipo de cirurgia e suturas simples individual
Apoacutes o periacuteodo de 6 a 8 meses foi realizada a reabertura na aacuterea da instalaccedilatildeo dos
implantes e realizado bioacutepsias na aacuterea de deiscecircncia para fornecer pequenos
fragmentos de ossos para anaacutelise histoloacutegica Para analise microbiana as amostras
foram transportadas em meio de tioglicolato e incubados por 24 horas a uma
temperatura de 36 plusmn 1 ordm C em condiccedilotildees aeroacutebias e anaeroacutebias a fim de avaliar a
presenccedila de contaminaccedilatildeo bacteriana As bacteacuterias encontradas nas amostras natildeo
apresentaram patogenicidade ou virulecircncia suficiente para prejudicar o enxerto ou
implante de forma alguma A avaliaccedilatildeo histoloacutegica das amostras mostrou que
mesmo em um estado de partiacuteculas a estrutura oacutessea foi bem preservada contendo
um grande nuacutemero de osteoacutecitos no interior da matriz calcificada sugerindo que a
viabilidade do tecido oacutesseo era mantida No periacuteodo de segunda fase mostraram
uma estrutura oacutessea histoloacutegica semelhante agrave do osso secundaacuterio Os autores
concluiacuteram que clinicamente assim como histologicamente o meacutetodo de coleta foi
capaz de preservar as ceacutelulas com capacidade de induccedilatildeo oacutessea
12
Buscatti (2003) avaliou as densidades oacutesseas das porccedilotildees medulares e
corticais maxilomandibulares por meio da escala tomodensitomeacutetrica de Hounsfield
utilizada nos exames de tomografia computadorizada A amostra foi composta por
12 pacientes de ambos os sexos Em cada aacuterea foi realizada a mensuraccedilatildeo da
densidade oacutessea por meio de uma ferramenta especiacutefica onde se avaliou a
qualidade oacutessea das corticais vestibular lingual ou palatina da base da mandiacutebula
ou assoalho do seio maxilarfossa nasal e da regiatildeo central do trabeculado oacutesseo
Para cada aacuterea foi mensurado o valor meacutedio de densidade e seu desvio padratildeo
Para a anaacutelise estatiacutestica dividiram-se os dados em dois grupos o primeiro com as
aacutereas correspondentes agrave regiatildeo anterior dos arcos e o segundo para a regiatildeo
posterior Para cada arco foi obtido 6 valores de densidade oacutessea para a porccedilatildeo
medular e cada cortical oacutessea da a regiatildeo anterior e 10 valores para a regiatildeo
posterior Uma anaacutelise inicial dos valores tomodensitomeacutetricos de Hounsfield (escala
Hounsfield) obtidos nesse presente estudo mostra de maneira geral que a
densidade oacutessea quando analisada sem distinccedilatildeo de gecircnero arco ou regiatildeo
apresenta-se na meacutedia maior na cortical oacutessea do que na porccedilatildeo medular situaccedilatildeo
constante em todas as anaacutelises realizadas durante esse estudo e cujo valor era
esperado devido ao maior grau de mineralizaccedilatildeo da cortical em relaccedilatildeo agrave medular
oacutessea O autor concluiu que quando da anaacutelise das densidades oacutesseas nos gecircneros
masculino e feminino natildeo houve diferenccedila estatisticamente significante para seus
valores tanto nas corticais quanto na porccedilatildeo medular A anaacutelise das densidades
oacutesseas em funccedilatildeo das regiotildees anatocircmicas (anterior e posterior) demonstrou
diferenccedila estatisticamente significante entre elas para os valores da porccedilatildeo medular
Em relaccedilatildeo aos arcos (superior e inferior) houve diferenccedila estatisticamente
significante entre eles para os valores das corticais vestibular lingual ou palatina e
base da mandiacutebula ou assoalho do seio maxilarfossa nasal
Ajzen et al (2005) quantificaram por meio da TC a formaccedilatildeo oacutessea nos
enxertos realizados apenas com osso autoacutegeno e nos enxertos com osso autoacutegeno
e plasma rico em plaquetas (PRP) obtido pelos meacutetodos de centrifugaccedilatildeo e afeacuterese
comparando seis meses depois os trecircs tipos de enxertos realizados Este estudo
utilizou como amostra 34 pacientes adultos de ambos os sexos (sete do sexo
masculino e 28 do sexo feminino) sem distinccedilatildeo de raccedila com idades entre 23 e 65
anos idade meacutedia de 48 anos e 8 meses que foram previamente avaliados por
radiografias panoracircmicas A avaliaccedilatildeo constou dos seguintes itens pneumatizaccedilatildeo
13
unilateral ou bilateral dos seios maxilares relacionada agraves perdas dentaacuterias e que
necessitavam de enxertos oacutesseos Nestes 34 pacientes foram operados 53 seios
maxilares sendo a amostra dividida em trecircs grupos grupo afeacuterese pacientes que
receberam enxerto de osso autoacutegeno e PRP obtido pelo meacutetodo de afeacuterese grupo
centriacutefuga pacientes que receberam enxerto de osso autoacutegeno e PRP obtido pelo
meacutetodo de centrifugaccedilatildeo e grupo osso autoacutegeno pacientes que receberam enxerto
apenas de osso Foram realizados exames preacute-operatoacuterios radiograacuteficos radiografia
periapical radiografia panoracircmica e TC Esses exames foram repetidos seis meses
apoacutes a intervenccedilatildeo ciruacutergica para a avaliaccedilatildeo da quantificaccedilatildeo oacutessea cortical e
medular da regiatildeo enxertada Para analisar o crescimento oacutesseo obtiveram-se as
meacutedias e os desvios-padratildeo (que mede a variabilidade dos dados) para a altura e a
largura considerando os trecircs grupos (afeacuterese centriacutefuga e osso autoacutegeno) e as
diferenccedilas entre as medidas finais e iniciais Para verificar se existe diferenccedila
significativa entre os crescimentos meacutedios foi feita a anaacutelise de variacircncia para
medidas repetidas (ANOVA) O niacutevel de significacircncia (p) foi fixado em um valor
menor ou igual a 005 (5) para a rejeiccedilatildeo da hipoacutetese de nulidade Pela avaliaccedilatildeo
da TC houve crescimento do remanescente oacutesseo em altura nos trecircs grupos
quando comparados os momentos inicial e final do experimento Natildeo houve
diferenccedila estatiacutestica para a altura (p= 0078) e para a largura (p = 0556) Os autores
concluiacuteram que apesar dos resultados natildeo serem estatisticamente significantes
evidecircncias cliacutenicas tecircm mostrado a eficaacutecia dos enxertos de osso autoacutegeno
principalmente aqueles associados a fatores indutores de crescimento oacutesseo como
o PRP alterando a altura e a largura necessaacuterias para a reconstruccedilatildeo proteacutetica do
arcabouccedilo maxilofacial atraveacutes de implantes osteointegrados porque na
odontologia atual busca-se cada vez mais devolver aos pacientes edecircntulos a sua
capacidade mastigatoacuteria e esteacutetica e consequumlentemente promovendo a integridade
dos vaacuterios elementos que compotildeem o sistema estomatognaacutetico
Chem et al (2005) afirmaram que a falta de tecido oacutesseo deve ser reparada
Situaccedilotildees como estas deixam os pacientes carentes fisiologicamente
esteticamente e psicologicamente Este trabalho iraacute relatar a teacutecnica de retalho livre
de fiacutebula para reconstruccedilatildeo da mandiacutebula e da maxila Foram realizados
atendimentos a dois pacientes pelo Serviccedilo de Cirurgia e Traumatologia Buco-
maxilo-facial do Complexo Hospitalar da Santa Casa de Misericoacuterdia de Porto
14
Alegre Possiacuteveis complicaccedilotildees podem se justificar pela maacute fixaccedilatildeo do retalho aos
cotos ou pela insuficiecircncia vascular Nos dois casos relatados o retalho foi fixado
aos cotos com placas e parafusos de forma a apresentar imobilidade obtendo-se
dessa forma a regeneraccedilatildeo entre os tecidos O retalho livre de fiacutebula ou enxerto
vascularizado caracteriza-se por ser um enxerto autoacutegeno segmentado e removido
da aacuterea doadora tendo sua vascularizaccedilatildeo preservada a fim de nutrir esse tecido
quando no leito receptor a partir da sua anastomose com o sistema vascular da
regiatildeo receptora O retalho de fiacutebula eacute o mais frequumlentemente pois esse retalho
fornece o maior montante de tecido oacutesseo entre todos os retalhos oacutesseos e causa
pouca morbidade na aacuterea doadora Os autores concluiacuteram que o emprego de
enxertos oacutesseos vascularizados em reconstruccedilotildees da face gera bons resultados
esteacuteticos e funcionais Pois os dois casos relatados os enxertos apresentaram
sucesso agrave observaccedilatildeo imediata e longitudinal alcanccedilando-se resultados esteacuteticos e
funcionais satisfatoacuterios
Cyriaco e Azevedo (2006) analisaram e revisaram a utilizaccedilatildeo do enxerto
oacutesseo em suas vaacuterias formas autoacutelogo homoacutelogo e heteroacutelogo descalcificado e
vascularizado na reparaccedilatildeo de falha oacutessea aleacutem das principais caracteriacutesticas
pertinentes a cada tipo buscando com isso um melhor direcionamento na sua
utilizaccedilatildeo Segundo diversos autores haacute disponiacuteveis opccedilotildees doadoras de enxertos
vascularizados como calota craniana fiacutebula costela escaacutepula crista iliacuteaca e raacutedio
Suas vantagens estatildeo nos iacutendices elevados de sucesso e a chance de fazecirc-lo em
pacientes irradiados ou que passaraacute por seccedilotildees de radioterapia como ocorre na
retirada de tumores malignos Quando se trata de enxertos menores as melhores
aacutereas doadoras para regiatildeo oral seriam o mento e a regiatildeo retromolar e para
maiores quantidades a crista iliacuteaca a calota craniana a costela e a tiacutebia A calota
craniana e osso iliacuteaco satildeo vantajosos por ter um grande volume de tecido oacutesseo no
que se refere agraves aacutereas doadoras externas sendo indicadas para a correccedilatildeo de
grandes defeitos oacutesseos De acordo com a pesquisa foi possiacutevel concluir que as
melhores aacutereas doadoras intrabucais satildeo o mento a regiatildeo retromolar e a
tuberosidade da maxila e que as aacutereas doadoras externas possiacuteveis satildeo a crista
iliacuteaca e a calota craniana
Del Valle et al (2006) tiveram como objetivo comparar o enxerto homoacutegeno
com o enxerto autoacutegeno nas cirurgias reconstrutivas de maxila com finalidade
implantodocircntica atraveacutes de um relato de caso cliacutenico Neste caso o paciente
15
apresentava ausecircncia dos elementos 11 e 12 com migraccedilatildeo mesial dos elementos
13 e 21 Atraveacutes do exame cliacutenico foi verificado falta de espessura do rebordo
alveolar na regiatildeo resultado da perda da taacutebua oacutessea vestibular por ocasiatildeo da
exodontia Foram realizados exames radiograacuteficos de regiatildeo panoracircmica periapical
Foi constatado pouca espessura palato-vestibular do rebordo oacutesseo na regiatildeo dos
dentes 11 e 12 contra-indicando a colocaccedilatildeo de implante dentaacuterio por risco de
fenestraccedilatildeo vestibular Com isto o tratamento indicado foi enxertia oacutessea utilizando
osso homoacutegeno bicortical com medular interna retirado da crista do osso iliacuteaco
medindo 27x17x9 milimetros e recebido os antibioacuteticos Vancomicina e Polimixina B
Foi feito o deslocamento muco-periostal do retalho esculpido o bloco oacutesseo e
adaptado ao leito receptor Para realizar a fixaccedilatildeo foi feito perfuraccedilotildees oacutesseas no
leito receptor com brocas esfeacutericas laminadas e imobilizados com 2 parafusos de
15mm de diacircmetros e 11mm de comprimento promovendo um enxerto do tipo
onlay Todo enxerto foi recoberto com osso particulado do mesmo bloco
amalgamado ao plasma rico em plaquetas e suturado Apoacutes passar 3 meses da
cirurgia houve exposiccedilatildeo do parafuso de osteossiacutentese de posiccedilatildeo mais cervical e
na sua remoccedilatildeo constatamos a formaccedilatildeo de tecido fibroso entre o fragmento
enxertado e o leito receptor somente nessa regiatildeo tendo sido removido Apoacutes 5
meses da enxertia foi colocado implantes e recoberto com membrana oacutessea
reabsorviacutevel por ter havido fenestraccedilatildeo oacutessea cervical Os autores apoacutes relatar o
caso concluiacuteram que o osso mais indicado para enxertia eacute o autoacutegeno e uma
alternativa para sua substituiccedilatildeo eacute o homoacutegeno por ter caracteriacutesticas a longo prazo
semelhantes embora o iacutendice de reabsorccedilatildeo eacute maior entretanto relataram que eacute
necessaacuterios maiores estudos principalmente de aacutereas doadoras utilizadas para
enxertias
Garcia Juacutenior et al (2006) avaliaram clinicamente os enxertos oacutesseos
retirados da crista do osso iliacuteaco para reconstruccedilatildeo total de maxilas atroacuteficas e
posterior instalaccedilatildeo de implantes oacutesseointegraacuteveis Foram selecionados doze
pacientes no qual foram submetidos agrave cirurgia de enxerto oacutesseo na maxila
utilizando-se fragmentos oacutesseos removidos da porccedilatildeo anterior da crista iliacuteaca A
meacutedia de idade dos pacientes era de 495 anos sendo 3 do sexo masculino e 12
eram do sexo feminino O tempo de espera para a cirurgia de instalaccedilatildeo de
implantes variou de 5 a 6 meses apoacutes enxerto oacutesseo Na reabertura do enxerto para
instalaccedilatildeo dos implantes oacutesseointegrados foram realizadas as avaliaccedilotildees cliacutenicas
16
dos enxertos oacutesseos Os resultados mostraram que em todos os casos houve ganho
oacutesseo no rebordo alveolar e tambeacutem uma melhora no perfil facial e o contorno labial
dos pacientes Os autores concluiacuteram que o enxerto oacutesseo retirado do osso iliacuteaco eacute
uma alternativa viaacutevel para reconstruccedilotildees de maxilas atroacuteficas tambeacutem que houve
melhora cliacutenica significativa quanto ao volume oacutesseo em altura e largura do rebordo
alveolar e que em todos os casos foram possiacuteveis a instalaccedilatildeo de implantes
oacutesseointegraacuteveis
Santiago e Vitral (2006) analisaram os meacutetodos de avaliaccedilatildeo da densidade
mineral oacutessea (DMO) e seu emprego na odontologia com o objetivo de descrever os
diferentes meacutetodos empregados bem como avaliar a relevacircncia em se determinar a
densidade oacutessea no planejamento e sucesso de tratamentos odontoloacutegicos
especiacuteficos Foi feita uma revisatildeo de literatura onde abordaram as teacutecnicas de
densitometria oacutessea e como eacute feita a avaliaccedilatildeo da densidade oacutessea em odontologia
Diversos satildeo os meacutetodos para se avaliar a densidade mineral oacutessea tanto na aacuterea
meacutedica quanto em Odontologia A questatildeo sobre qual a melhor teacutecnica e a melhor
regiatildeo para se avaliar a DMO de cada individuo parece ainda natildeo ter resposta
Entretanto o que se sabe eacute que dentre as diferentes teacutecnicas disponiacuteveis diferentes
vantagens e desvantagens satildeo apresentadas Em Odontologia a tomografia
computadorizada tem demonstrado ser o meacutetodo de eleiccedilatildeo para a determinaccedilatildeo da
densidade oacutessea na regiatildeo dos maxilares pois fornece dados objetivos precisos da
variaccedilatildeo da densidade oacutessea entre diferentes regiotildees em um mesmo indiviacuteduo
permitindo dessa forma correlacionar positivamente os valores encontrados com a
qualidade oacutessea descrita subjetivamente Aleacutem disso a tomografia computadorizada
eacute o uacutenico meacutetodo que permite avaliar osso cortical e medular separadamente
Cosmo et al (2007) relataram um caso cliacutenico com avaliaccedilatildeo radiograacutefica e
histoloacutegica da utilizaccedilatildeo de osso humano fresco congelado em procedimento de
elevaccedilatildeo do assoalho do seio maxilar A paciente CAR 47 anos compareceu agrave
Cliacutenica Odontoloacutegica da Faculdade de Odontologia da Universidade de Santo Amaro
- Unisa para avaliaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo da arcada superior posterior esquerda com a
utilizaccedilatildeo de implantes endoacutesseos Os exames de imagem demonstraram haver
rebordo residual com menos de 6 mm de altura remanescente tendo sido indicada agrave
paciente a reabilitaccedilatildeo oacutessea bilateral atraveacutes da teacutecnica de levantamento do
assoalho do seio maxilar com enxerto de osso aloacutegeno fresco congelado
proveniente de banco de tecidos musculoesqueleacuteticos Apoacutes seis meses da cirurgia
17
foi realizada abertura para instalaccedilatildeo dos implantes tendo sido colhido fragmento
oacutesseo que foi enviado para anaacutelise histoloacutegica Frente ao apresentado conclui-se
que o material de enxertia proveniente de banco de ossos humanos (enxerto
aloacutegeno fresco congelado) proporciona em cirurgias de levantamento de seio
maxilar um adequado volume oacutesseo para futura instalaccedilatildeo de implantes A anaacutelise
histoloacutegica do enxerto incorporado evidencia a vitalidade do mesmo Material deve
ser adquirido em banco de tecidos regularizados pelo Ministeacuterio da Sauacutede A
possibilidade de transmissatildeo de doenccedilas pela utilizaccedilatildeo do material eacute de baixa
magnitude
Oliveira Filho et al (2007) apresentaram um caso cliacutenico de trauma facial com
perda oacutessea na regiatildeo anterior da mandiacutebula que foi tratado com teacutecnicas de
reconstruccedilatildeo em duas fases primeiramente a parte basilar da mandiacutebula
posteriormente a parte alveolar permitindo a reabilitaccedilatildeo atraveacutes de implantes
osseointegrados O paciente deu entrada no pronto socorro do Hospital Universitaacuterio
Evangeacutelico de Curitiba viacutetima de trauma localizado nas regiotildees submandibular e
cervical alta Em um primeiro momento foi realizado o tratamento ciruacutergico para
fixaccedilatildeo intermaxilar riacutegida trans-operatoacuteria e estabilizaccedilatildeo da mandiacutebula com uma
placa de reconstruccedilatildeo em titacircnio Apoacutes trecircs meses do procedimento foi realizada a
reconstruccedilatildeo mandibular utilizando enxerto em bloco tomado da crista do osso
iliacuteaco Este tempo ciruacutergico teve a preocupaccedilatildeo de reconstruir apenas a parte basilar
da mandiacutebula devido a falta de tecidos moles na regiatildeo traumatizada Em um
segundo momento foi realizada enxertia com bloco tomado da crista do osso iliacuteaco
para reconstruccedilatildeo alveolar da mandibular Seis meses apoacutes o procedimento de
reconstruccedilatildeo alveolar cliacutenica e radiograficamente houve uma boa integraccedilatildeo do
enxerto sem a ocorrecircncia de reabsorccedilatildeo oacutessea significativa Foi criado um rebordo
alveolar adequado permitindo a instalaccedilatildeo de trecircs implantes na regiatildeo enxertada
Os autores concluiacuteram que o enxerto de oacutesseo autoacutegeno pode ser uma alternativa
vaacutelida na aplicaccedilatildeo como meio de reconstruccedilatildeo de defeitos oacutesseos que comprometa
a porccedilatildeo alveolar e basal da mandiacutebula mas uma anaacutelise mais detalhada eacute
necessaacuteria para que possa definir de forma mais abrangente os possiacuteveis riscos e
complicaccedilotildees da teacutecnica utilizada
Pinto et al (2007) confrontaram a utilizaccedilatildeo do enxerto autoacutegeno para
reconstruccedilatildeo das sequumlelas de fraturas faciais comparando-o com outros
18
biomateriais atualmente disponiacuteveis discutindo as melhores indicaccedilotildees e os toacutepicos
mais atuais relativos a esses materiais As propriedades de um material ideal para
enxerto oacutesseo satildeo ser quimicamente inerte biocompatiacutevel natildeo aleacutergico natildeo
canceriacutegeno ser totalmente reabsorviacutevel e substituiacutevel por novo tecido oacutesseo entre
outros O osso autoacutegeno eacute considerado ideal para realizaccedilatildeo de enxertos oacutesseos
Estudos tecircm comprovado a eficaacutecia deste tipo de material especialmente do enxerto
oacutesseo autoacutegeno cortical obtido da crista do osso iliacuteaco que tem sido considerado o
melhor de
ntre os materiais de reconstruccedilatildeo Satildeo os uacutenicos entre os tipos de enxerto
oacutesseo a fornecer ceacutelulas oacutesseas vivas imunocompatiacuteveis Os enxertos alogecircnicos
satildeo aqueles obtidos de outro indiviacuteduo da mesma espeacutecie O enxerto alogecircnico mais
comumente utilizado eacute o liofilizado cuja vantagem eacute natildeo haver a necessidade de se
realizar uma segunda cirurgia num outro siacutetio Os oacutesseos xenoacutegenos satildeo aqueles
retirados de uma espeacutecie e transplantados para outra Exigem um tratamento mais
vigoroso do enxerto e natildeo fornecem ceacutelulas viaacuteveis para a formaccedilatildeo da fase I da
osteogecircnese Aleacutem dos enxertos oacutesseos existem ainda os materiais chamados
aloplaacutesticos como alternativa tendo como benefiacutecios a diminuiccedilatildeo do tempo
ciruacutergico aleacutem de muacuteltiplos tamanhos e formatos disponiacuteveis Entre os biomateriais
os mais utilizados satildeo o vidro bioativo o titacircnio que apresenta excelente
biocompatibilidade e boa osseointegraccedilatildeo ao organismo quando justaposto ao osso
A hidroxiapatita que por ser considerada um componente quiacutemico natural do corpo
humano natildeo satildeo observadas respostas inflamatoacuteria ou toacutexica nos tecidos
circunvizinhos Atraveacutes da pesquisa foi possiacutevel concluir que o osso autoacutegeno ainda
eacute considerado um material ideal para enxerto entretanto novos biomateriais tecircm
surgido apresentando vantagens promissoras para utilizaccedilatildeo na praacutetica diaacuteria
Rodrigues e Vitral (2007) descreveram as principais teacutecnicas tomograacuteficas existentes
e suas aplicaccedilotildees na Odontologia atraveacutes de uma revisatildeo da literatura sobre os
avanccedilos das principais teacutecnicas tomograacuteficas que resultaram em maior acuraacutecia no
diagnoacutestico menor tempo de exame e menor quantidade de radiaccedilatildeo A tomografia
computadorizada eacute considerada o meacutetodo de escolha para a imagem das estruturas
oacutesseas Ela eacute um meacutetodo radioloacutegico que permite obter a reproduccedilatildeo de uma secccedilatildeo
do corpo humano com finalidade diagnoacutestica Apresenta trecircs vantagens gerais
importantes sobre a radiografia convencional a primeira eacute que as informaccedilotildees
19
tridimensionais satildeo apresentadas na forma de uma seacuterie de cortes finos da estrutura
interna da parte estudada A segunda eacute que o sistema eacute mais sensiacutevel na
diferenciaccedilatildeo de tipos de tecido quando comparado com a radiografia convencional
de modo que diferenccedilas entre tipos de tecidos podem ser mais claramente
delineadas e estudadas A terceira eacute a habilidade para manipular e ajustar a imagem
apoacutes ter sido completada a varredura como ocorre de fato com toda a tecnologia
digital Com o advento da tomografia computadorizada helicoidal foi alcanccedilada
grande melhora nas reconstruccedilotildees tridimensionais e diminuiccedilatildeo na dose de
exposiccedilatildeo do paciente agrave radiaccedilatildeo A mesma proveacutem vantagens sobre a natildeo
helicoidal como menor tempo de avaliaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de reconstruccedilatildeo multiplanar
Ela propicia imagens com alta resoluccedilatildeo espacial e a mesma dose de radiaccedilatildeo da
tomografia computadorizada convencional A tomografia computadorizada pode ser
usada para identificar e delinear processos patoloacutegicos visualizar dentes retidos
avaliar os seios paranasais diagnosticar trauma mostrar os componentes oacutesseos
da articulaccedilatildeo temporomandibular e os leitos para implantes dentaacuterios Permite a
reformataccedilatildeo axial obliacutequa da imagem no sentido perpendicular da curvatura do
arco mostrando nitidamente o niacutevel oacutesseo no lado vestibular e lingual E tambeacutem
permite uma avaliaccedilatildeo intra-oacutessea dos locais para colocaccedilatildeo dos implantes Os
autores concluiacuteram que a Tomografia Computadorizada eacute o exame de eleiccedilatildeo no
diagnoacutestico de muitas condiccedilotildees que envolvem o complexo maxilo-mandibular O
valor cliacutenico das teacutecnicas de tomografia computadorizada depende da condiccedilatildeo que
se estaacute sendo diagnosticada atraveacutes das imagens do modelo e da idade do
equipamento usado do protocolo do exame da experiecircncia e capacidade dos
operadores do equipamento e do radiologista
Gonccedilalves (2008) analisaram implantes instalados em enxertos de seio
maxilar com biomaterial de origem bovina e plasma rico em plaquetas observando
histologicamente a neoformaccedilatildeo oacutessea e o iacutendice de sucesso cliacutenico e histoloacutegico
apresentado Este estudo envolveu 30 pacientes que necessitavam de enxerto em
regiatildeo de soalho de seio maxilar para inserccedilatildeo de implantes Um total de 101
implantes foi instalado em 36 enxertos de seio maxilar com intervalo meacutedio de
tempo do enxerto de 75 meses dos quais nove amostras oacutesseas foram colhidas de
forma aleatoacuteria e consentidas para a anaacutelise histoloacutegica Na colocaccedilatildeo dos
implantes foi utilizado um guia ciruacutergico para um correto posicionamento dos
implantes Foi feita a remoccedilatildeo do fragmento oacutesseo e enviado para a anaacutelise com
20
isto foi capturado ao todo 26 imagens histopatoloacutegicas Histologicamente os
fragmentos colhidos estavam constituiacutedos predominantemente por tecido oacutesseo
com iacutendice de sucesso de 8888 Quando comparados o remanescente oacutesseo do
seio maxilar antes e depois do enxerto houve crescimento em altura e a maioria
apresentou densidade oacutessea D3 Dez dos 101 implantes foram perdidos e 91
estavam osseointegrados no seio maxilar enxertado Os autores concluiacuteram que
implantes instalados em enxertos de seio maxilar com a ajuda de substitutos oacutesseos
apresentam uma taxa de sucesso cliacutenico de 9009
Ribeiro Juacutenior et al (2008) revisaram a literatura referente aos enxertos
oacutesseos vascularizados com o objetivo de avaliar os princiacutepios bioloacutegicos e ciruacutergicos
que fundamentam sua aplicaccedilatildeo na reconstruccedilatildeo mandibular Os retalhos
microciruacutergicos que contecircm enxertos oacutesseos satildeo classificados como
osteomusculares ou osteomiocutacircneos dependendo da natureza dos tecidos moles
que o compotildeem permitindo restauraccedilotildees de grandes defeitos oacutesseos A
revascularizaccedilatildeo microciruacutergica manteacutem a irrigaccedilatildeo e a drenagem do tecido oacutesseo
enxertado em todo o periacuteodo de integraccedilatildeo permitindo a manutenccedilatildeo de suas
funccedilotildees celulares metaboacutelicas e fiacutesicas Dessa forma a reparaccedilatildeo entre o enxerto e
o remanescente mandibular ocorre de forma semelhante agrave cicatrizaccedilatildeo de uma
fratura eliminando a longa fase de substituiccedilatildeo observada nos enxertos
convencionais Como o sucesso da reconstruccedilatildeo microciruacutergica eacute diretamente
dependente da qualidade vascular estudos angiograacuteficos preacute-operatoacuterios das aacutereas
receptora e doadora satildeo essenciais Alguns cuidados preacute-cirurgicos satildeo de extrema
importacircncia como a hidrataccedilatildeo endovenosa para manutenccedilatildeo do diacircmetro vascular
uso de cobertores para manter a temperatura corporal em torno de 37degC O estudo
concluiu que os enxertos oacutesseos vascularizados satildeo excelentes na restauraccedilatildeo
esteacutetico-funcional dos defeitos mandibulares suprindo as deficiecircncias dos enxertos
convencionais em casos de pior prognoacutestico Os enxertos oacutesseos vascularizados
satildeo indispensaacuteveis em defeitos compostos extensos irradiados e secundaacuterios agrave
osteorradionecrose
Tanaka et al (2008) elaboraram uma revisatildeo de literatura com o objetivo de
descrever os mecanismos de incorporaccedilatildeo dos enxertos oacutesseos em bloco e discutir
algumas caracteriacutesticas dos diferentes tipos existentes para distinguir as vantagens
de cada um Concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo dos enxertos em bloco para reconstruccedilatildeo
21
dos rebordos alveolares eacute uma realidade e estaacute intimamente ligada agrave terapia
implantar Os diversos fatores que influenciam a escolha do melhor meacutetodo de
enxertia a ser utilizado passam pelo conhecimento dos paracircmetros citados neste
artigo e muitos outros natildeo abordados e podem parecer inicialmente um desafio
mas sem duvida o domiacutenio das teacutecnicas existentes e das outras que surgiratildeo eacute o
ponto de partida para o profissional que procura o refinamento de seus
procedimentos e a exelencia de seus resultados
Arauacutejo et al (2009) realizaram uma revisatildeo de literatura sobre os resultados
cliacutenicos obtidos com a utilizaccedilatildeo dos enxertos de origem autoacutegena e xenoacutegena
(bovino) nas cirurgias de levantamento de assoalho de seio maxilar O
envelhecimento e a perda dentaacuteria fazem com que o seio se expanda podendo
haver uniatildeo entre o assoalho sinusal e a crista do rebordo alveolar residual
expansatildeo esta relacionada com a altura e largura do seio e natildeo com a
profundidade Os materiais para enxerto oacutesseo podem ser classificados como
osteogecircnicos osteoindutores e osteocondutores Os osteogecircnicos referem-se aos
materiais orgacircnicos capazes de estimular a neoformaccedilatildeo oacutessea a partir de
osteoblastos Os osteoindutores satildeo capazes de induzir a diferenciaccedilatildeo de ceacutelulas
mesenquimais em osteoblastos e condroblastos estimulando a formaccedilatildeo oacutessea no
local ou mesmo em um siacutetio heterotiacutepico Os materiais osteocondutores (geralmente
inorgacircnicos) permitem a aposiccedilatildeo de um novo tecido na sua superfiacutecie requerendo
a presenccedila de tecido oacutesseo preacute-existente como fonte de ceacutelulas osteoprogenitoras
Alguns criteacuterios foram propostos para o enxerto ideal quanto para que o material
enxertado se incorpore com sucesso ao siacutetio Dentre os possiacuteveis enxertos
xenoacutegenos encontram-se disponiacuteveis comercialmente os enxertos bovinos em
vaacuterias formas de apresentaccedilatildeo como aqueles que contecircm a fraccedilatildeo mineral do osso
os inorgacircnicos ou desproteinizados entre outros Todos eles apresentam excelente
biocompatibilidade agem favorecendo o processo de osteoconduccedilatildeo e natildeo
desencadeando respostas imunoloacutegicas desfavoraacuteveis A melhor accedilatildeo do enxerto
oacutesseo autoacutegeno de crista iliacuteaca quando comparado com a associaccedilatildeo do osso
autoacutegeno com osso desmineralizado bovino em cirurgias de levantamento de
assoalho de seio maxilar Apesar da diferenccedila estatiacutestica significante clinicamente
natildeo houve diferenccedila jaacute que os aacutepices dos implantes estavam todos cobertos por
osso sugerindo o sucesso do uso da associaccedilatildeo e ainda poupando o paciente de
uma intervenccedilatildeo ciruacutergica extraoral concluindo que o osso autoacutegeno eacute o que
22
apresenta os melhores resultados no processo de regeneraccedilatildeo oacutessea poreacutem os
enxertos de origem bovina apesar de demonstrarem um processo de neoformaccedilatildeo
oacutessea inferior promovem uma neoformaccedilatildeo satisfatoacuteria para que haja a reabilitaccedilatildeo
do paciente com implantes osseointegraacuteveis podendo ser utilizados com sucesso na
cliacutenica odontoloacutegica
Bassi e Carneiro (2009) citaram que os pacientes vem se queixando de
desconforto pelo uso de proacuteteses deficiecircncia na mastigaccedilatildeo onde entatildeo se
destacam os implantes dentaacuterios que minimizam estes aspectos negativos No
entanto seu sucesso depende de uma quantidade miacutenima de suporte oacutesseo por
este motivo foi oportuna pelos autores avaliar o iacutendice de sucesso dos enxertos e
implantes instalados na regiatildeo do seio maxilar reconstruiacuteda com osso autoacutegeno de
linha obliacutequa tanto imediata quanto mediato ao levantamento do seio maxilar
Foram avaliadas 51 cirurgias durante os anos de 2005 a 2007 com total de 107
implantes instalados sendo 28 de maneira imediata e 79 instalados posteriormente
Com relaccedilatildeo aos de maneira imediata o sucesso foi de 9286 sendo que dos 14
submetidos agrave implantaccedilatildeo imediata apenas 1 perdeu o implante De um total de 37
pacientes com instalaccedilatildeo posterior houve um sucesso de 9459 Podendo ser
analisado que natildeo haacute diferenccedila significante entre instalaccedilatildeo mediata e imediata
Acredita-se que para haver sucesso no tratamento eacute imprescindiacutevel que seja levado
em consideraccedilatildeo a quantidade de rebordo residual e tambeacutem a qualidade de osso
para a estabilidade do implante A conclusatildeo deste artigo eacute que o levantamento do
seio maxilar com o enxerto autoacutegeno por meio de acesso lateral eacute uma opccedilatildeo
segura no tratamento para regiatildeo posterior da maxila E natildeo houve diferenccedila em
relaccedilatildeo ao sucesso dos implantes instalados de maneira medita e imediata
Contar et al (2009) avaliaram o uso de enxertos provenientes de osso fresco-
congelado para na reconstruccedilatildeo de rebordos alveolares maxilares posteriormente a
aplicaccedilatildeo de implantes dentaacuterios Foram analisados quinze pacientes que tinham
atrofia crista maxilar onde necessitava de blocos de enxerto oacutesseo para
posteriormente se fazer a colocaccedilatildeo dos implantes Nove meses depois foi retirado
o nuacutecleo de osso do enxerto para analisar histologicamente Trinta e quatro blocos
foram colocados e do nuacutemero de blocos cada paciente recebeu uma numeraccedilatildeo de
1 a 4 Em todos os enxertos foram verificados para serem de consistecircncia firme
bem constituiacutedo e vascularizado Cinquumlenta e um implantes foram aplicados sobre
os enxertos com torque no miacutenimo de 40 N (Newton) Natildeo havendo problema em
23
nenhum implante O periacuteodo de acompanhamento variou de 24 a 35 meses Alo
enxertos pode ser bem satisfatoacuterios aplicados como material de enxerto para o
tratamento de defeitos oacutesseos maxilares se for aplicada a teacutecnica de forma
cautelosa e coerente
Costa et al (2009) descreveram cirurgias de enxertia oacutessea para reconstruccedilatildeo
do rebordo alveolar atroacutefico causado por traumas Em dois pacientes foram
utilizados blocos de osso homoacutegeno fresco congelado puro e em outros dois
pacientes esses blocos foram embebidos em medula oacutessea autoacuteloga aspirada do
proacuteprio paciente Os quatro pacientes que perderam seus dentes anteriores-
superiores 11122122 As cirurgias foram realizadas dentro do protocolo do
Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Cirurgia e Experimentaccedilatildeo da Universidade
Federal de Satildeo Paulo ndash Unifesp Cada paciente recebeu um bloco de enxerto oacutesseo
homoacutegeno fresco congelado proveniente de banco de tecidos oacutesseos em cada um
dos lados da regiatildeo anterior de maxila sendo que em dois dos pacientes os blocos
tiveram a sua porccedilatildeo medular embebida em medula oacutessea autoacuteloga aspirada do
proacuteprio paciente e nos outros dois pacientes os blocos foram fixados da mesma
maneira e na mesma regiatildeo poreacutem sem a utilizaccedilatildeo de medula oacutessea autoacuteloga
como preenchimento Foi observado clinicamente no segundo procedimento
ciruacutergico que os siacutetios enxertados com osso homoacutegeno associado agrave medula oacutessea
autoacuteloga obtiveram um menor niacutevel de reabsorccedilatildeo o que facilitou a instalaccedilatildeo dos
implantes osseointegraacuteveis Com as bioacutepsias oacutesseas obtidas por meio da utilizaccedilatildeo
da broca trefi na foram confeccionadas no Laboratoacuterio de Patologia da Unifesp uma
lacircmina em HE para cada regiatildeo enxertada com associaccedilatildeo agrave medula e tambeacutem
para as regiotildees de enxertia sem essa associaccedilatildeo Essas lacircminas foram
encaminhadas para o Departamento de Morfologia da Unifesp para avaliaccedilatildeo Tanto
as lacircminas histoloacutegicas do grupo onde se associou o aspirado de medula oacutessea ao
enxerto oacutesseo homoacutegeno quanto onde natildeo foi feita esta associaccedilatildeo mostraram uma
grande quantidade de tecido mineralizado vital Foi observado em ambos os grupos
uma pequena quantidade de tecido mineralizado desvitalizado Em todas as lacircminas
foi observada intensa vascularizaccedilatildeo assim como a presenccedila de tecido oacutesseo
lamelar A utilizaccedilatildeo de osso humano fresco congelado conservado em banco de
tecidos eacute uma alternativa viaacutevel para a reconstruccedilatildeo dos rebordos atroacuteficos
diminuindo a morbidade e riscos inerentes agrave abordagem da regiatildeo doadora dos
enxertos autoacutegenos A associaccedilatildeo do bloco de osso homoacutegeno agrave medula oacutessea
24
autoacuteloga parece representar uma alternativa terapecircutica para se minimizar os niacuteveis
de reabsorccedilatildeo dos materiais de enxertia
Gonccedilalves et al (2009) citaram que o melhor material para enxertia oacutessea eacute o
autoacutegeno o problema eacute o poacutes-operatoacuterio que eacute desconfortaacutevel para o paciente Na
existecircncia de desvantagens para a utilizaccedilatildeo de osso autoacutegeno o osso proveniente
de banco de tecidos surge como uma alternativa viaacutevel nas reconstruccedilotildees oacutesseas
maxilomandibulares O osso homoacutegeno pode ser utilizado em algumas situaccedilotildees
que impossibilite obter uma quantidade necessaacuteria de osso autoacutegeno requisitado
pelo receptor ou quando induz ao procedimento com grande morbidade onde exista
negativa do paciente em se submeter a um segundo siacutetio ciruacutergico Mesmo com toda
a previsibilidade de utilizaccedilatildeo de tecido oacutesseo homoacutelogo ele ainda gera
controveacutersias pela possibilidade de infecccedilotildees cruzadas com sua utilizaccedilatildeo Com o
estudo citado foi concluiacutedo que o enxerto homoacutelogo induz mais rapidamente a
remodelaccedilatildeo quando comparado com o autoacutegeno E o estaacutegio da remodelaccedilatildeo
esteve mais dependente da resposta orgacircnica individual de cada paciente
Jahn et al (2009) avaliaram o procedimento de retalho em dupla paacutegina para acesso
ao osso da regiatildeo do mento em comparaccedilatildeo a teacutecnica de retalho mucoperiosteal
Foram realizados procedimentos de obtenccedilatildeo de enxerto oacutesseo da regiatildeo do mento
para utilizaccedilatildeo na reabilitaccedilatildeo de pacientes que receberiam implantes
osseointegrados na regiatildeo anterior da maxila e que necessitavam de aumento de
espessura oacutessea localizada Foram operados 20 pacientes da cliacutenica de Periodontia
da Universidade de Santo Amaro entre 28 e 60 anos de idade Dez pacientes foram
submetidos agrave teacutecnica de retalho mucoperiosteal de espessura parcial e total
convencional e dez pacientes foram submetidos ao retalho em dupla Os pacientes
foram avaliados apoacutes 7 e 14 dias do procedimento ciruacutergico quanto aos seguintes
aspectos parestesia dor edema infecccedilatildeo hemorragia hematoma contato com as
raiacutezes dentaacuterias deiscecircncia de sutura presenccedila ou ausecircncia de trismo Todos os
procedimentos realizados permitiram acesso agrave regiatildeo do mento para obtenccedilatildeo de
enxertos oacutesseos autoacutegenos A avaliaccedilatildeo poacutes-operatoacuteria dos pacientes mostrou que
em ambos os grupos natildeo houve casos de hemorragia trismo contato acidental com
as raiacutezes dentaacuterias e infecccedilatildeo Edema foi constatado em seis casos no grupo de
retalho em dupla paacutegina e sete casos nos retalhos muco periosteais dor foi relatada
por dois e seis pacientes respectivamente Dois casos apresentaram parestesia na
regiatildeo de mento e nos dentes anteriores inferiores por ateacute duas semanas nos
25
pacientes operados pela teacutecnica do retalho mucoperiosteal enquanto nenhum caso
aconteceu em pacientes operados por retalho em dupla paacutegina Os autores
concluiacuteram que a teacutecnica de retalho em dupla paacutegina eacute um importante auxiacutelio no
acesso agrave aacuterea doadora o que pela facilidade de uso pode encorajar os cirurgiotildees a
usarem o mento como aacuterea doadora para pequenos enxertos oacutesseos intrabucais
Molon et al (2009) tiveram como objetivo relatar um caso cliacutenico de maxila
atroacutefica com necessidade de reconstruccedilatildeo alveolar atraveacutes de enxerto homoacutegeno
Apoacutes a realizaccedilatildeo da anamnese foi constatado clinicamente que o paciente
apresentava forma em lacircmina do osso e radiograficamente a panoracircmica mostrou
uma perda oacutessea em altura e uma proximidade do rebordo com a parede inferior do
seio maxilar Foi utilizado enxerto provenientes do UniOss processados e
congelados a -80degCos tecidos foram submetidos a testes soroloacutegicos Na regiatildeo
anterior foi realizado enxerto com osso humano congelado em bloco para restaurar
espessura oacutessea possibilitando a colocaccedilatildeo de implantes dentaacuterios Os blocos
foram fixados com o sistema 15mm e o osso particulado foi acomodado nos
espaccedilos mortos para evitar a formaccedilatildeo de GAPs Apoacutes seis meses da cirurgia foi
removido os parafusos e o guia ciruacutergico posicionado para a instalaccedilatildeo dos seis
implantes A osseointegraccedilatildeo dos implantes foi verificada apoacutes seis meses da
segunda cirurgia pela radiografia panoracircmica Atualmente vem sendo muito utilizado
osso autoacutegeno para reconstruccedilatildeo de maxilares contudo haacute desvantagens
relacionadas com a morbidade do sitio doador quantidade inadequada de osso
intraoral para grandes defeitos e necessidade de osso de regiatildeo extra-oral para
maiores reconstruccedilotildees limitam as expectativas do paciente Por isso os osso
estudos utilizando osso homoacutelogo para reabilitaccedilatildeo com implantes vecircm se
intensificando e apresentando bons resultados Os autores consideram o enxerto de
osso homoacutelogo uma alternativa viaacutevel para reconstruccedilatildeo de rebordos alveolares
severamente atroacuteficos ao mesmo tempo em que reduz a morbidade e os riscos
inerentes aos procedimentos de enxertos autoacutegenos
Pereira et al (2009) discutiram revisaram e compararam as teacutecnicas
envolvidas em remoccedilatildeo de blocos oacutesseos da linha obliacutequa e mento demonstrando
sua efetividade por meio de exemplos cliacutenicos O osso mandibular tem sido utilizado
na reconstruccedilatildeo alveolar para permitir a instalaccedilatildeo de implantes com resultados
extremamente favoraacuteveis Para a regiatildeo de mento a teacutecnica consiste em osteotomia
26
efetuada pelo menos 5 mm abaixo dos aacutepices dentaacuterios e o osso basal da
mandiacutebula preservado A profundidade das osteotomias limita-se agrave cortical externa
Para a regiatildeo da linha obliacutequa haacute trecircs diferentes meacutetodos para acessar a aacuterea
doadora 1 Intrasulcular Realizada no sulco gengival dos dentes naturais 2
Submarginal Indicada quando da presenccedila de coroas proteacuteticas nos molares e preacute-
molares 3 Crestal Indicada para rebordos edecircntulos ou quando os implantes
estiverem planejados para a mesma regiatildeo Uma vez feita agrave incisatildeo o retalho
mucoperiosteal eacute descolado do corpo mandibular expondo a face lateral do
ramocorpo Um bloco cortical retangular ateacute 4 mm de espessura pode ser coletado
da regiatildeo do ramo O comprimento do bloco pode se aproximar de 35 mm mas
altura natildeo deve exceder 10 mm Para o preparo do siacutetio receptor e enxertia o osso
removido eacute posicionado com a face medular do bloco em contato com a face cortical
do siacutetio receptor previamente perfurada com brocas proporcionando sangramento
O bloco deve ser adaptado intimamente ao leito e fixado com parafusos de titacircnio
Os autores concluiacuteram que ambas as teacutecnicas podem ser utilizadas com sucesso
de acordo com a quantidade oacutessea desejada localizaccedilatildeo do siacutetio doador e
experiecircncia do profissional
Piccinelli et al (2009) analisaram retrospectivamente 59 pacientes submetidos
agrave enxertia oacutessea obtida de aacutereas intrabucais com a instalaccedilatildeo de implantes
osseointegrados As aacutereas doadoras foram a regiatildeo da siacutenfise mandibular ramo
mandibular e tuberosidade da maxila Os enxertos foram imobilizados atraveacutes de
parafusos de titacircnio especiacuteficos para fixaccedilatildeo interna riacutegida com diacircmetro de 16 mm
e comprimentos de 8 10 e 12 mm com encaixe em forma de cruz De todas as
cirurgias realizadas foi constatado insucesso em 5 (742 ) pacientes todos do
sexo feminino Destes em 2 (338 ) casos ocorreram perfuraccedilatildeo de membrana do
seio maxilar sendo os dois pacientes tabagistas com idades de 40 e 41 anos Em
um paciente de 30 anos ocorreu a perda do enxerto na regiatildeo anterior de maxila
tendo por aacuterea doadora o osso retirado do ramo mandibular Em outro com 50 anos
ocorreu a perda do enxerto em regiatildeo posterior de mandiacutebula recebendo da aacuterea
retromolar E noutro com 40 anos a perda ocorreu em regiatildeo posterior da
mandiacutebula tendo aacuterea doadora a siacutenfise mandibular A maior causa de falhas de
enxerto eacute deiscecircncia de sutura e posterior necrose asseacuteptica do osso enxertado
sendo demonstrado altas taxas de complicaccedilotildees quando utilizamos a mandiacutebula
27
como aacuterea receptora Existe um iacutendice de sucesso de 904 quando os implantes
satildeo instalados apoacutes um periacuteodo de cicatrizaccedilatildeo dos enxertos O estudo concluiu que
os siacutetios intrabucais doadores de enxertos oacutesseos podem prover volumes oacutesseos
suficientes para a reconstruccedilatildeo dos rebordos alveolares da maioria dos pacientes
desdentados parciais A mandiacutebula eacute vista como siacutetio de eleiccedilatildeo para retirada de
enxertos oacutesseos pois eacute capaz de prover blocos oacutesseos de composiccedilatildeo
predominantemente corticais
Silveira e Wassall (2009) analisaram a aacuterea doadora de enxertos por meio de
tomografias volumeacutetricas tipo feixe cocircnico para avaliaccedilatildeo da remodelaccedilatildeo oacutessea
verificando o grau de morbidade quanto a este paracircmetro Foram selecionados vinte
voluntaacuterios de ambos os gecircneros sem risco de sauacutede e com risco de sauacutede
controlados da cliacutenica de Poacutes-Graduaccedilatildeo do Centro de Pesquisas Odontoloacutegica
Satildeo Leopoldo Mandic e cliacutenica particular As tomografias foram obtidas com
aparelho de aquisiccedilatildeo volumeacutetrica tipo feixe cocircnico este aparelho usa a nova
tecnologia do feixe de tomografia computadorizada cocircnico no qual obtemos todas
as estruturas maxilofaciais do indiviacuteduo em volume ou seja em terceira dimensatildeo
Foi utilizado o tempo de exposiccedilatildeo de 36 segundos e apenas 3 de radiaccedilatildeo uma
tomografia meacutedica As primeiras mediccedilotildees foram obtidas no momento da tomografia
computadorizada inicial anteriormente a cirurgia Logo apoacutes a cirurgia foi realizada
a segunda tomada e medida na qual foi mensurado o quanto foi retirado de tecido
oacutesseo para enxerto Na terceira tomada de medidas foi calculado o ganho real
oacutesseo obtido na remodelaccedilatildeo apoacutes 180 dias de remoccedilatildeo do enxerto Embora a
quantidade retirada de aacuterea varie a recomposiccedilatildeo acompanha com a mesma
variabilidade Os autores concluiacuteram que a remodelaccedilatildeo oacutessea meacutedia da regiatildeo
posterior da mandiacutebula avaliada 180 dias apoacutes a remoccedilatildeo do bloco oacutesseo (enxerto
oacutesseo) foi de 813
Sousa et al (2009) verificaram atraveacutes de uma revisatildeo sistemaacutetica se os
enxertos homoacutegenos satildeo tatildeo eficientes quanto os enxertos autoacutegenos Apoacutes a busca
nas bases foram selecionados 1215 tiacutetulos de artigos Um uacutenico artigo atendeu os
criteacuterios da pesquisa o mesmo foi lido na iacutentegra por ambos examinadores e suas
caracteriacutesticas foram distribuiacutedas em uma tabela Este artigo analisado resultou em
16 pacientes entre 38 e 65 anos (9 do sexo masculino e 7 do sexo feminino) foi
comparado dois grupos enxerto autoacutegeno do iliacuteaco (grupo 1) e enxerto autoacutegeno da
calvaacuteria (grupo 2) Foi avaliado o volume oacutesseo total (VOT) o volume oacutesseo
28
necroacutetico (VON) e o osso vital (OV) e os resultados do grupo 1 foi de VOT (466)
VON (126) e OV (34) jaacute do grupo 2 foi VOT (734) VON (55) e OV (67)
Estatisticamente o enxerto da calvaacuteria foi melhor que o enxerto do iliacuteaco Os autores
concluiacuteram que o uacutenico artigo considerado natildeo consistia numa comparaccedilatildeo entre
enxerto autoacutegeno e homoacutegeno e sim numa comparaccedilatildeo entre enxertos autoacutegenos
de siacutetios diferentes
Spin-Neto et al (2009) realizaram uma revisatildeo de literatura sobre a utilizaccedilatildeo
de osso homoacutelogo em Odontologia sobre a legislaccedilatildeo envolvida na aplicaccedilatildeo deste
material Foram analisados artigos publicados nos uacuteltimos 25 anos no Medline e
pela ANVISA leis decretos que regulamentam o funcionamento dos bancos de
ossos de tecidos musculoesqueleacuteticos brasileiros Sobre o enxerto homoacutelogo haacute
um nuacutemero enorme de processos que ocorrem eacute iniciado por uma reaccedilatildeo
inflamatoacuteria criando espaccedilos que permitam sua invasatildeo por vasos sanguiacuteneos e
chegada das ceacutelulas responsaacuteveis pelo metabolismo oacutesseo atuando na
remodelaccedilatildeo gradativa do local Remover tecidos oacutergatildeos ou partes da pessoa ou do
cadaacutever eacute crime podendo resultar em reclusatildeo (2 a 6 anos) ou em 100 a 360 dias
de multa Jaacute no caso de sepultamento cabe aos meacutedicos realizar a reconstruccedilatildeo do
corpo para evitar constrangimento e manter a dignidade diante de seus familiares
no qual natildeo realizado eacute considerado crime por tal ato Foi concluiacutedo que eacute
necessaacuterio mais estudos e resultados sobre a aplicaccedilatildeo deste biomaterial para
aliados com o conhecimento juriacutedico aumentarmos o conhecimento e informaccedilotildees
sobre o caso
Piffer et al (2010) descreveram um caso cliacutenico de reabilitaccedilatildeo oral de uma
aacuterea de maxila posterior extremamente reabsorvida atraveacutes de levantamento de
seio maxilar utilizando osso xenoacutegeno e posterior uso de implante O caso constava
de uma paciente do sexo feminino que foi submetida a levantamento de seio
maxilar utilizando osso xenoacutegeno liofilizado e concomitante colocaccedilatildeo de dois
implantes nos elementos 15 e 16 Foi relatado que devido agraves limitadas quantidades
oacutesseas para colocaccedilatildeo de implantes dentaacuterios surgiram as teacutecnicas de enxertos
oacutesseos Inicialmente era utilizado osso autoacutegeno da regiatildeo intra-bucal gerando
algumas desvantagens devido a morbidade do siacutetio doador podendo gerar dor
parestesias hematoma Como alternativa surgiu possibilidade de utilizaccedilatildeo de
biomateriais para reconstruccedilotildees maxilares no qual foi utilizado neste caso o Bio-
Oss e obteve um resultado excelente em relaccedilatildeo aacute formaccedilatildeo oacutessea formando
29
extensa regiatildeo de osso denso ao redor dos implantes Assim atraveacutes de uma
revisatildeo sistemaacutetica criacutetica de trabalhos cliacutenicos controlados randomizados
evidenciou que substitutos de ossos autoacutegenos podem ser utilizados obtendo
sucesso Concluindo assim que a colocaccedilatildeo de implantes concomitantes com
enxertias oacutesseas natildeo interferem no processo de reparo oacutesseo e nem na
estabilizaccedilatildeo dos implantes e mostrou-se um tratamento viaacutevel para o presente
caso cliacutenico
Souza et al (2010) realizaram uma revisatildeo da literatura das principais
aplicaccedilotildees e indicaccedilotildees dos enxertos de bancos de ossos na Odontologia Os
enxertos oacutesseos autoacutegenos satildeo eleitos como os de primeira escolha pela sua
eficiecircncia biosseguranccedila e facilidade de obtenccedilatildeo poreacutem apresentam algumas
desvantagens e limitaccedilotildees A utilizaccedilatildeo de homoenxertos provenientes de bancos
de ossos representa uma alternativa aos enxertos oacutesseos autoacutegenos e demonstra
ser uma ferramenta bastante uacutetil para a odontologia com a finalidade de regenerar o
tecido oacutesseo perdido dos maxilares Os autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de
homoenxertos provenientes de bancos de ossos demonstra ser uma ferramenta
bastante uacutetil para a odontologia com a finalidade de regenerar o tecido oacutesseo
perdido dos maxilares Faz-se necessaacuterio que mais bancos de coleta e preparo do
tecido oacutesseo sejam instalados nos hospitais para que esta opccedilatildeo torne-se viaacutevel e
acessiacutevel a um nuacutemero maior de serviccedilos que atuam com reconstruccedilotildees oacutesseas
Aloy-Proacutesper et al (2011) realizaram uma revisatildeo bibliograacutefica sobre
regeneraccedilatildeo oacutessea usando partiacuteculas de enxertos Foram avaliados os resultados
obtidos bem como as complicaccedilotildees de teacutecnicas cirurgircas e as taxas de
sobrevivecircncia e sucesso de implantes colocados nestas aacutereas regeneradas Foram
identificados 64 artigos dos quais 53 foram excluiacutedos em 14 casos de partiacuteculas de
enxerto foi combinado com o bloco de enxerto em quatro casos natildeo ocorreu
defeitos periimplantares durante a colocaccedilatildeo do implante Quanto agrave taxa de sucesso
dos implantes nem todos os estudos bem definidos utilizaram os criteacuterios de
sucesso tornando difiacutecil a comparaccedilatildeo Com base nos criteacuterios de sucesso de
Albrektsson houve uma taxa de sucesso de 932 dois anos apoacutes o carregamento
(857 na maxila superior e 100 na mandiacutebula) Quando os criteacuterios eram do
cortador e Ederer houve uma taxa de sucesso de 857 trecircs anos apoacutes o
carregamento A conclusatildeo dos autores foi de que enxertos de partiacuteculas satildeo
30
eficazes na correccedilatildeo localizada de defeitos do processo alveolar com poucas
complicaccedilotildees e a taxa de sucesso satildeo sempre elevadas variando de 875 a 100
Oliveira Diebold e Silva (2011) analisaram as estruturas da regiatildeo maxilar de
interesse na implantodontia por meio de imagens de tomografia computadorizada
buscando uma avaliaccedilatildeo qualitativa e quantitativa da densidade oacutessea Foram
utilizadas imagens de tomograacutefia computadorizada por raios X obtidas da regiatildeo
maxilar de 31 pacientes avaliados para a colocaccedilatildeo de implantes As regiotildees de
interesse analisadas (seio maxilar fossa nasal tuberosidade maxilar e foramem
naso-alveolar) foram delimitadas de modo semi-automaacutetico com o auxiacutelio da
ferramenta ldquoCell Outlinerrdquo pelo software ImageJ Essas regiotildees foram analisadas nos
cortes axiais cortes sagitais e coronais obtidos pelo TC e com o software A partir
da delimitaccedilatildeo das regiotildees de interesse (ROI) foram determinados os valores
meacutedios e desvio padratildeo do nuacutemero CT em HU (Hounsfield) O nuacutemero CT de uma
imagem tomograacutefica representa o valor de cada pixel que compotildee a imagem esta
relacionada com o coeficiente de atenuaccedilatildeo linear dos tecidos contidos em um voxel
correspondente Estes valores constituem-se em uma informaccedilatildeo importante tanto
para a avaliaccedilatildeo quantitativa das densidades oacutesseas como para a produccedilatildeo de uma
metodologia de realce das estruturas de interesse em implantodontia Com anaacutelise
dos dados obtidos para cada paciente nas estruturas analisadas foi observado que
as regiotildees do seio maxilar e a fossa nasal satildeo semelhantes mas estatisticamente
diferentes Estas satildeo regiotildees pneumaacuteticas que em consequumlecircncia da presenccedila do
ar possuem medidas de nuacutemero CT semelhantes a fossa nasal apresenta uma
estrutura mais irregular e obteve-se uma diferenccedila estatisticamente significativa
entre estas duas regiotildees estudadas O foramem naso-alveolar e a tuberosidade satildeo
regiotildees distintas porque a tuberosidade eacute um osso trabecular de densidades
heterogecircneas que possui a meacutedia do nuacutemero CT maior que a meacutedia do foramen
naso-alveolar que se trata de uma estrutura tubular de densidade homogecircnea para
passagem do feixe vasculo-nervoso Com a comparaccedilatildeo das estruturas analisadas
pelo meacutetodo ANOVA entre pacientes masculinos e femininos evidenciou-se que natildeo
existe diferenccedila estatisticamente significativa entre sexos As conclusotildees obtidas
neste trabalho mostraram que o nuacutemero CT eacute uma medida eficiente para
caracterizar estruturas do corpo humano Os dados obtidos com a anaacutelise das
meacutedias do nuacutemero CT de cada regiatildeo estudada nos permite caracterizar
separadamente cada regiatildeo
31
3 MATERIAS E MEacuteTODOS
O presente trabalho aborda a descriccedilatildeo de quatro casos cliacutenicos que foram
selecionados dos prontuaacuterios de pacientes enxertados submetidos agrave tomografia
computadorizada Cone Beam no periacuteodo preacute-enxerto e apoacutes o procedimento
ciruacutergico das cliacutenicas radiograacuteficas ldquoCliacutenica Odonto Imagem Radiologiardquo situada em
Balneaacuterio Camboriuacute (SC) e ldquoCliacutenica Radioimagemrdquo situada em Itajaiacute (SC)
Foram incluiacutedos no estudo os laudos radiograacuteficos de pacientes que atendem
as seguintes caracteriacutesticas pacientes de ambos os sexos com bom estado de
sauacutede geral idade de quarenta a setenta anos que foram submetidos a enxerto
oacutesseo em regiatildeo de maxila
Primeiramente foi realizada uma coleta de dados junto aos laudos
radiograacuteficos emitidos pelas cliacutenicas citadas Foram selecionados os casos e
posteriormente foi acessado agraves imagens tomograacuteficas dos pacientes
Os exames tomograacuteficos computadorizado de aquisiccedilatildeo volumeacutetrica (cone
beam) foram realizados atraveacutes de cortes parasagitais de espessura de 2mm e
distacircncia de 1 mm entre os cortes
Na segunda etapa foi efetuada a anaacutelise das tomografias observando as
imagens preacute e poacutes-ciruacutergicas simultaneamente nesse momento delimitou-se a aacuterea
do leito receptor e do material enxertado Utilizando o programa Planmeca Romexis
Viewer acessou-se as imagens fornecidas digitalmente analisando primeiramente
as imagens do leito receptor por meio de trecircs traccedilados (em planos perpendiculares)
realizados com o auxiacutelio da ferramenta denominada Linha Hounsfield que nos
fornece a densidade oacutessea do local traccedilado e uma meacutedia do mesmo Foi realizada
uma meacutedia aritmeacutetica simples dos trecircs traccedilados resultando uma meacutedia de
densidade oacutessea que foi enquadrada na escala O mesmo procedimento foi
realizado na aacuterea do material enxertado
Com a posse destes valores meacutedios comparou-se a densidade oacutesseo do leito
receptor com a densidade oacutessea do material enxertado
32
Os dados seratildeo divulgados atraveacutes de painel exposto no bloco de Odontologia
e apresentaccedilatildeo oral Uma coacutepia da pesquisa concluiacuteda seraacute enviada agraves Cliacutenicas
envolvidas na pesquisa
O projeto de pesquisa foi aprovado pela Comissatildeo de Eacutetica em Pesquisa
sobre o nuacutemero 44610
33
4 RESULTADOS
De acordo com a tabela a seguir podemos expressar de forma resumida os
resultados obtidos atraveacutes da pesquisa comparando os mesmos com a escala de
Misch
Paciente (P1) MS sexo feminino com idade de 49 anos apresentando bom
estado de sauacutede geral No dia 28 de outubro de 2009 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes (Figura 1)
34
Figura 1 Vista panoracircmica preacute-enxertia
A densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield
obteve os seguintes resultados Axial (Z) = 7650 Coronal (Y) = 5196 Sagital (X)
= 7818
No dia 29 de janeiro de 2010 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
homoacutegeno O material proveniente do Banco de Tecidos Muacutesculo Esqueleacuteticos HC-
UFPR consistia de um bloco cortical de Fecircmur medindo 30x20mm lote C0917 FD
BC 26 processado no dia 15 de julho de 2009 com validade de 5 anos conservado
a temperatura abaixo de -40ordmC O osso foi particulado e acrescido de lincomicina
No dia 19102010 foram realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da
densitometria oacutessea do material enxertado e obtiveram os seguintes resultados
Axial (Z) = 6590 Coronal (Y) = 4986 Sagital (X) = 2948 (Figura 2)
35
Figura 2 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
Paciente (P2) AWU sexo feminino com idade de 67 anos apresentando
bom estado de sauacutede geral no dia 29 de agosto de 2009 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes A
densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield obteve os
seguintes resultados Axial (Z) = 7104 Coronal (Y) = 7002 Sagital (X) = 10412
(Figura 3)
Figura 3 Vista panoracircmica preacute-enxertia
No dia 06 de novembro de 2009 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
36
homoacutegeno O material proveniente do Banco de Tecidos Muacutesculo Esqueleacuteticos HC-
UFPR consistia de um bloco cortical de Fecircmur medindo 30x20mm lote C0917 FD
BC 39 processado no dia 15 de julho de 2009 com validade de 5 anos conservado
a temperatura abaixo de -40ordmC O osso foi particulado e acrescido de lincomicina
Passado o periacuteodo de 10 meses apoacutes o procedimento ciruacutergico foram
realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da densitometria oacutessea do material
enxertado e obtiveram os seguintes resultados Axial (Z) = 6972 Coronal (Y) =
8138 Sagital (X) = 4984 (Figura 4)
Figura 4 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
Paciente (P3) IS sexo feminino com idade de 42 anos apresentando bom
estado de sauacutede geral no dia 13 de Novembro de 2007 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes A
densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield obteve os
seguintes resultados Axial (Z) = 4917 Coronal (Y) = 3481 Sagital (X) = 4207
(Figura 5)
37
Figura 5 Vista panoracircmica preacute-enxertia
No dia 26 de Novembro de 2007 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
autoacutegeno tendo como aacuterea doadora a regiatildeo de ramo mandibular
Passado o periacuteodo de 09 (nove) meses apoacutes o procedimento ciruacutergico foram
realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da densitometria oacutessea do material
enxertado e obtiveram os seguintes resultados Axial (Z) = 7176 Coronal (Y) =
5443 Sagital (X) = 5638 (Figura 6)
Figura 6 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
38
Paciente (P4) ATL sexo feminino com idade de 45 anos apresentando
bom estado de sauacutede geral no dia 18 de Agosto de 2009 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes A
densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield obteve os
seguintes resultados Axial (Z) = 6028 Coronal (Y) = 6681 Sagital (X) = 6397
(Figura 7)
Figura 7 Vista panoracircmica preacute-enxertia
No dia 09 de Outubro de 2009 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
autoacutegeno tendo como aacuterea doadora a regiatildeo de ramo mandibular
Passado o periacuteodo de 4 (quatro) meses apoacutes o procedimento ciruacutergico foram
realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da densitometria oacutessea do material
enxertado e obtiveram os seguintes resultados Axial (Z) = 8549 Coronal (Y) =
9340 Sagital (X) = 8624 (Figura 8)
39
Figura 8 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
40
5 DISCUSSAtildeO
Em Odontologia a tomografia computadorizada tem demonstrado ser o
meacutetodo de eleiccedilatildeo para a determinaccedilatildeo da densidade oacutessea na regiatildeo dos
maxilares pois fornece dados objetivos precisos da variaccedilatildeo da densidade oacutessea
entre diferentes regiotildees em um mesmo indiviacuteduo A tomografia computadorizada eacute o
uacutenico meacutetodo que permite avaliar osso cortical e medular separadamente com a
vantagem de que as informaccedilotildees tridimensionais satildeo apresentadas em uma seacuterie de
cortes finos da estrutura interna da parte estudada onde as informaccedilotildees resultantes
natildeo sofrem superposiccedilatildeo por estruturas anatocircmicas (SANTIAGO e VITRAL 2006)
Logo a tomografia computadorizada eacute um meacutetodo de escolha na avaliaccedilatildeo
qualitativa e quantitativa de enxertos em seio maxilar (ZEacuteTOLA et al 2002)
Bassi et al (2009) citaram que para o sucesso da reabilitaccedilatildeo com implantes
dentaacuterios eacute imprescindiacutevel que seja levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
rebordo residual e tambeacutem a qualidade de osso para a estabilidade do implante
Aleacutem disso o osso disponiacutevel (volume) deve ser avaliado em sua densidade
o que determinaraacute sua resistecircncia Densidade eacute a relaccedilatildeo entre a massa e o volume
de um corpo e o meacutetodo de avaliaccedilatildeo da densidade mineral oacutessea eacute denominado
densitometria As unidades de medidas mais empregadas satildeo gcmsup2 (densidade por
aacuterea) gcmsup3 (densidade por volume) ou HU (unidade Hounsfield) (CAUacuteLA
MACHADO BARBOSA 2000)
A densidade oacutessea eacute diretamente relacionada agrave resistecircncia do tecido oacutesseo
antes da fratura Uma diferenccedila de dez vezes na resistecircncia do tecido oacutesseo pode
ser observada entre o osso D1 e D4 O osso D2 exibe uma resistecircncia agrave
compressatildeo 47 a 68 maior se comparado com o D3 (MISCH 2000)
O osso com densidade 2 (D2) eacute uma combinaccedilatildeo de osso compacto denso
para poroso na porccedilatildeo externa e osso trabecular grosso na porccedilatildeo interna Na
superfiacutecie e nas proporccedilotildees laterais do implante oferece uma interface inicial riacutegida
A densidade oacutessea D2 eacute mais comumente encontrada na mandiacutebula A regiatildeo
anterior da mandiacutebula apresenta este tipo oacutesseo em 23 dos casos O osso com
densidade 3 (D3) eacute composto de uma cortical oacutessea fina na crista e osso trabecular
fino no interior Uma das desvantagens desse tipo oacutesseo eacute a delicadeza com a qual
esse osso deve ser manipulado Quanto menor for a densidade mais facilmente o
41
osso eacute expandido para que implantes sejam inseridos A regiatildeo anterior da maxila
apresenta em 65 dos casos o osso D3 e em quase metade dos casos o osso
D3 eacute encontrado tambeacutem na regiatildeo posterior da maxila O osso menos denso D4
tem sido relatado em aproximadamente 40 dos casos eacute encontrado na parte
posterior da maxila especialmente na regiatildeo dos molares ou apoacutes levantamento do
seio maxilar (CAUacuteLA MACHADO BARBOSA 2000 BUSCATTI 2003)
Em 1988 Misch realizou uma pesquisa tendo como base de estudos a escala
apresentada por Hounsfield que tem como objetivo a diferenciaccedilatildeo de densidades
de oacutergatildeos do corpo pela diferenccedila de tons de cinza atraveacutes da tomografia A partir
desta Misch propocircs uma nova escala o qual associou nuacutemeros aos tipos oacutesseos
relacionando numericamente os valores aos tipos oacutesseos
No periacuteodo preacute-enxertia foi verificado que em todos os casos estudados a
densidade presente na regiatildeo de leito receptor caracteriza osso tipo D3 Sendo esta
densidade compatiacutevel com a regiatildeo anterior e posterior da maxila
Apoacutes 10 meses dos enxertos homoacutegenos serem realizados (P1 e P2)
observou-se que a densidade em unidades HU diminuiu na maioria dos eixos
avaliados somente no eixo coronal da P2 que apresentou um leve aumento Apesar
desta variaccedilatildeo de valores natildeo houve mudanccedila da qualidade oacutessea Tanto o osso
neoformado quanto o do leito receptor mantiveram-se qualidade de osso D3
Nos casos onde o material de escolha foi osso autoacutegeno observou-se atraveacutes
da densidade em unidades HU aumento dos valores em todos os eixos avaliados
Entre os dois casos (P3 e P4) houve uma pequena diferenccedila entre os valores que
atraveacutes da escala proposta por Misch resultou na diferenccedila que no caso P3 o
material enxertado natildeo apresentou alteraccedilatildeo na qualidade em relaccedilatildeo agrave aacuterea
receptora Jaacute no caso P4 o material enxertado caracteriza-se como qualidade oacutessea
D2 Suponha-se que esta diferenccedila entre a densidade do material enxertado nestes
dois casos seja devido ao grau de condensaccedilatildeo do material na regiatildeo tamanho das
partiacuteculas e quantidade de material enxertado Os dados obtidos natildeo correspondem
a uma populaccedilatildeo em geral devido a pequena quantidade de amostras e se tratando
de um relato de caso cliacutenico
Pinto et al (2007) comenta que os enxertos autoacutegenos satildeo os uacutenicos entre os
tipos de enxerto oacutesseo a fornecer ceacutelulas oacutesseas vivas imunocompatiacuteveis
essenciais agrave fase I da osteogecircnese que eacute responsaacutevel pela proliferaccedilatildeo das ceacutelulas
oacutesseas em especial do osteoacuteide assim quanto mais ceacutelulas vivas forem
42
transplantadas mais tecido oacutesseo seraacute formado Kuabara et al (2000) concluiacuteram
que a pequena morbidade poacutes-operatoria da regiatildeo doadora do enxerto elege a
regiatildeo retromolar inferior como uma excelente opccedilatildeo ciruacutergica para reabilitaccedilatildeo de
pequenos defeitos oacutesseos Jaacute Cyriaco e Azevedo (2006) relatam que quando se
trata de enxertos menores as melhores aacutereas doadoras para regiatildeo oral seriam o
mento e a regiatildeo retromolar e para maiores quantidades a crista iliacuteaca a calota
craniana a costela e a tiacutebia
Pereira et al (2009) enxerto com osso autoacutegeno eacute considerado padratildeo ouro
para reconstruccedilatildeo de defeitos oacutesseos residuais Algumas teacutecnicas ciruacutergicas podem
ser realizadas abrangendo aacutereas doadoras extra e intrabucais dependendo do grau
de perda oacutessea planejamento ciruacutergico-proteacutetico e das condiccedilotildees gerais do
paciente O osso autoacutegeno cortical oferece excelente suporte estrutural para o siacutetio
receptor sendo uma excelente alternativa para segmentos de defeitos maiores que
5 ou 6 cm que requerem suporte estrutural imediato restabelecendo devidamente a
funccedilatildeo
Gonccedilalves (2008) concluiu que implantes instalados em enxertos de seio maxilar
com a ajuda de substitutos oacutesseos apresentam uma taxa de sucesso cliacutenico de
9009
O osso mais indicado para enxertia eacute o autoacutegeno pela sua eficiecircncia
bioseguranccedila e facilidade de obtenccedilatildeo e uma alternativa para sua substituiccedilatildeo eacute o
homoacutegeno por ter caracteriacutesticas a longo prazo semelhantes embora o iacutendice de
reabsorccedilatildeo ser maior (DEL VALE et al 2006 SOUZA et al 2010 GONCcedilALVEZ et
al 2009) O enxerto de osso homoacutelogo eacute uma alternativa viaacutevel para reconstruccedilatildeo
de rebordos alveolares severamente atroacuteficos ao mesmo tempo em que reduz a
morbidade e os riscos inerentes aos procedimentos de enxertos autoacutegenos como
dor parestesia e hematomas (MOLON et al 2009 PIFFER et al2010) Ele mostra-
se efetivo conforme Contar et al (2009) que realizou 51 implantes sobre enxerto
homoacutegeno alcanccedilando o torque miacutenimo de 40N(newton) em todos eles natildeo
havendo problema em nenhum implante em um periacuteodo de acompanhamento de 24
a 35 meses
Ajzen et al (2005) comenta do uso de fatores indutores como plasma rico em
plaquetas sugerindo uma melhor qualidade e quantidade oacutessea necessaacuteria para
reconstruccedilatildeo proteacutetica atraveacutes de implantes oacutesseo integrados A associaccedilatildeo do
bloco de osso homoacutegeno agrave medula oacutessea autoacuteloga parece representar uma
43
alternativa terapecircutica para se minimizar os niacuteveis de reabsorccedilatildeo dos materiais de
enxertia (COSTA et al 2009)
Faz-se necessaacuterio a coleta de mais casos para se obter um tratamento
estatiacutestico que possibilite uma comprovaccedilatildeo da previsibilidade da densidade oacutessea
com os materiais enxertados e variaccedilotildees de teacutecnicas ciruacutergicas
44
6 CONCLUSAtildeO
Conclui-se que o enxerto oacutesseo autoacutegeno e procedente de banco de ossos
demonstra-se eficaz na reabilitaccedilatildeo de pacientes que apresentam maxilas atroacuteficas
e que necessitam de implantes dentaacuterios para a reabilitaccedilatildeo proteacutetica
A densidade obtida do material enxertado eacute semelhante a densidade do
tecido oacutesseo adjacente necessitando de mais casos para esta comprovaccedilatildeo
45
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AJZEN S A et al Anaacutelise por tomografia computadorizada do enxerto autoacutegeno na cirurgia de sinus lift Radiol bras Rio de Janeiro v 38 n 1 p 25-31 janfev 2005 ALOY-PROacuteSPER A et al Bone regeneration using particulate grafts an update Med oral patol oral cir bucal Valencia v16 n2 p210-214 Mar 2011 ARAUacuteJO JMS de et al Enxerto oacutesseo bovino como alternativa para cirurgias de levantamento de assoalho de seio maxilar Rev cir traumatol buco-maxilo-fac Recife v9 n 3 p 89-96 julset 2009
BASSI A P F CARNEIRO G P Avaliaccedilatildeo do iacutendice de sucesso dos enxertos autoacutegenos e dos implantes instalados em regiatildeo do seio maxilar Implant News Satildeo Paulo v7 n2 p257-260 dez 2009
BLAY A TUNCHEL S SENDYK W R Viabilidade dos enxertos autoacutegenos obtidos com a utilizaccedilatildeo de coletores para osso estudo histoloacutegico e microbioloacutegico Pesqui Odontol Bras Satildeo Paulo v 17 n 3 p 234-40 julset 2003 BUSCATTI M Y Contribuiccedilatildeo para o estudo das densidades oacutesseas maxilomandibulares por meio da escala tomodensitomeacutetrica de Hounsfield quando da aplicaccedilatildeo de programa computadorizado para planejamento de implantes osseointegrados 2003 122f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Radiologia) - Faculdade de Odontologia da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2003 CAUacuteLA A L MACHADO F O de BARBOZA E P Densidade Oacutessea no planejamento em Implantodontia BCI Curitiba v 7 n 25 2000
CHEM RC et al Uso de retalho livre de fiacutebula no complexo bucomaxila-facial ndash Relato de dois casos Rev Cir Traumatol Buco-maxilo-fac Camaragibe v5 n4 p 23-30 outdez 2005 CONTAR C M M et al Maxillary ridge augmentation with fresh-frozen bone allografts J Oral Maxillofac Surg Copenhagen v67 n6 p1280-1285 June 2009 COSMO L A M et al Enxerto oacutesseo em levantamento de seio maxilar com osso humano fresco congelado ImplantNews Satildeo Paulo v 4 n 3 p 249-253 2007 COSTA C E S da et al Utilizaccedilatildeo de medula oacutessea autoacuteloga na integraccedilatildeo de enxertos oacutesseos homoacutelogos ImplantNews Satildeo Paulo v 6 n 4 p 395-402 2009
CYRIACO E AZEVEDO D Enxertos oacutesseos aplicados na cirurgia buccedilo-maxilo facial Cispre [on line] Petroacutepolis 27 jul 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcisprecombracervo_detalhesaspId=60gt Acesso em 20 abr 2011
DEL VALLE R A CARVALHO M L de GONZALEZ M R Estudo do comportamento de enxerto oacutesseo com material doador obtido dos bancos de tecidos muacutesculos-esqueleacuteticos Rev odontol Univ Cid Satildeo Paulo Satildeo Paulo v 18 n 2 p 189-194 maioago 2006
46
GARCIA JUacuteNIOR I R et al Avaliaccedilatildeo cliacutenica de enxertos oacutesseos autoacutegenos de crista iliacuteaca em maxilas atroacuteficas para instalaccedilatildeo de implantes oacutesseointegraacuteveis Innov implant j biomater esthet (Impr) Satildeo Paulo v 1 n 1 p 34-40 maio 2006 GONCcedilALVES A R de Q Avaliaccedilatildeo do sucesso de implantes osseointegraacuteveis em enxerto de seio maxilar RGO (Porto Alegre) Porto Alegre v 56 n 4 p 423-427 outdez 2008 GONCcedilALVES A O et al Avaliaccedilatildeo histomorfoloacutegica de maxilares humanos submetidos a enxerto oacutesseo autoacutegeno e homoacutegeno Implant News Satildeo Paulo v7 n2 p213-222 nov 2009
JAHN R S et al Retalho em dupla paacutegina Innov implant j biomater esthet Satildeo Paulo v 4 n 3 p 20-24 setdez 2009
KUABARA M R et al Levantamento de seio maxilar utilizando enxerto autoacutegeno da regiatildeo retromolar e simultacircnea colocaccedilatildeo de implantes ossointegrados Relato de caso cliacutenico ROBRAC Goiacircnia v 9 n 28 p 14-17 2000
MAZZONETTO R et al Avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de enxertos de siacutenfise mandibular na reconstruccedilatildeo de defeitos oacutesseos em regiatildeo anterior de maxila estudo por meio de tomografia convencional linear Rev bras implant Satildeo Paulo v 6 n 1 p 19-22 janmar 2000
MISCH C E et al Doaccedilatildeo de enxertos oacutesseos autoacutegenos extra orais para implantes endo oacutesseo In Implantes Dentaacuterios Contemporacircneos 2ordm ed Satildeo Paulo Santos 2000 cap 33 p 521-535 MOLON R S de et al Reconstruccedilatildeo de maxila atroacutefica utilizando enxerto oacutesseo homoacutegeno Rev Cir Traumatol Buco-Maxilo-fac Camaragibe v 9 n 4 p 25-30 outdez 2009 OLIVEIRA FILHO M A de et alReconstruccedilatildeo de defeito de continuidade em mandiacutebula com posterior reconstruccedilatildeo alveolar RGO (Porto Alegre) Porto Alegre v 55 n 3 p 305-310 julset 2007 OLIVEIRA H W de DIEBOLD E SILVA A M M da Avaliaccedilatildeo da regiatildeo maxilar em imagens de tc por raios x para o uso em implantodontia e cirurgia bucomaxilofaciaL Disponiacutevel em lthttpwwwpucrsbrunipoafisicapesquisasnimedartigosArtigo20Canal20CientEDficopdfgt Acesso em 20 de Junho de 2011 PEREIRA C C S et al Enxertos oacutesseos autoacutegenos mandibulares para reconstruccedilatildeo de processos alveolares atroacutefi cos revisatildeo e teacutecnica ciruacutergica Innov Implant J Biomater Esthet Satildeo Paulo v 4 n 3 p 96-102 setdez 2009 PICCINELLI L B et al Estudo retrospectivo de 59 pacientes tratados com enxertos oacutesseos autoacutegenos intrabucais e implantes dentais Innov Implant J Biomater Esthet Satildeo Paulo v 4 n 3 p 30-34 setdez 2009 PIFFER C S et al Levantamento de seio maxilar utilizando Bio-Oss concomitante com a instalaccedilatildeo de implantes ImplantNews Satildeo Paulo v 7 n 4 p 489-495 2010
47
PINTO J G S et al Enxerto autoacutegeno x biomateriais no tratamento de fraturas e deformidades faciais ndash uma revisatildeo de conceitos atuais RFO UPF Passo Fundo v 12 n 3 p 79-84 setdez 2007 RIBEIRO JUacuteNIOR O et al Princiacutepios da reconstruccedilatildeo mandibular com enxerto oacutesseo vascularizado Rev cir traumatol buco-maxilo-fac Recife v 8 n 1 p 15 ndash 22 janmar 2008 RODRIGUES A F VITRAL R W F Aplicaccedilotildees da Tomografia Computadorizada na Odontologia Pesq Bras Odontoped Clin Integr Joatildeo Pessoa v 7 n 3 p 317-324 setdez 2007 SANTIAGO R C VITRAL R W F Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da densidade mineral oacutessea e seu emprego na odontologia Pesq Bras Odontoped Clin Integr Joatildeo Pessoa v6 n3 p 289-294 setdez 2006 SILVEIRA A C G WASSALL T Anaacutelise da aacuterea doadora de enxerto mandibular por meio de tomografia computadorizada do feixe cocircnico para avaliaccedilatildeo da remodelaccedilatildeo oacutessea RGO (Porto Alegre) Porto Alegre v 57 n 1 p 61-65 janmar 2009 SOUSA J N L de et al Avaliaccedilatildeo dos enxertos homoacutegenos como substitutos aos enxertos autoacutegenos na fixaccedilatildeo de implantes osteointegrados uma revisatildeo sistemaacutetica da literatura Innov Implant J Satildeo Paulo v 4 n 3 p 54-57 setdez 2009 SOUZA D O et al Aplicaccedilotildees de enxertos de bancos de ossos em odontologia R Ci meacuted biol Salvador v 9 n 1 p 45-48 2010 SPIN-NETO R et al Tecido oacutesseo homoacutelogo para utilizaccedilatildeo em Odontologia Implant News Satildeo Paulo v7 n4 p555-560 dez 2009 TANAKA R et al Incorporaccedilatildeo dos enxertos oacutesseos em bloco processos bioloacutegicos e consideraccedilotildees relevantes Conscientia e sauacutede Satildeo Paulo v 7 n 3 p 323-327 2008 ZEacuteTOLA A L et al Reconstruccedilatildeo do seio maxilar atroacutefico com enxerto autoacutelogo de crista iliacuteaca avaliaccedilatildeo por tomografia computadorizada e radiografia panoracircmica Rev col bras cir Rio de Janeiro v 29 n 1 p 13-18 janfev 2002
1
LUIZ ANTONIO FRANTZ
LUIZ EDUARDO GAMBA
UISLEN BERIAN CADORE
AVALIACcedilAtildeO DA DENSIDADE OacuteSSEA EM PACIENTES
ENXERTADOS COM OSSO HOMOacuteGENO E AUTOacuteGENOS POR MEIO
DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA CONE BEAM RELATO DE
CASO CLIacuteNICO
Itajaiacute (SC) 2011
Trabalho de conclusatildeo de curso apresentado como requisito parcial para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de cirurgiatildeo-dentista do Curso de Odontologia da Universidade do Vale do Itajaiacute Orientador Prof Dr Emerson Alexandre Sgrott
2
LUIZ ANTONIO FRANTZ
LUIZ EDUARDO GAMBA
UISLEN BERIAN CADORE
AVALIACcedilAtildeO DA DENSIDADE OacuteSSEA EM PACIENTES
ENXERTADOS COM OSSO HOMOacuteGENO E AUTOacuteGENOS POR MEIO
DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA CONE BEAM RELATO DE
CASO CLIacuteNICO
1 Prof Dr Emerson Alexandre Sgrott ____________________________________
Curso de Odontologia da Universidade do Vale do Itajaiacute (UNIVALI)
2 Prof Dr Rafael Saviolo Moreira_______________________________________
Curso de Odontologia da Universidade do Vale do Itajaiacute (UNIVALI)
3 Prof MsC Alisson Dante Steil_________________________________________
Curso de Odontologia da Universidade do Vale do Itajaiacute (UNIVALI)
O presente Trabalho de Conclusatildeo de Curso apresentado como requisito parcial para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de cirurgiatildeo-dentista do Curso de Odontologia da Universidade do Vale do Itajaiacute aos xx dias do mecircs de xxx do ano de dois mil e onze eacute considerado aprovado
3
AGRADECIMENTOS
Agradecemos a todas as pessoas e instituiccedilotildees que direta ou indiretamente
contribuiacuteram para a elaboraccedilatildeo deste trabalho
4
AVALIACcedilAtildeO DA DENSIDADE OacuteSSEA EM PACIENTES ENXERTADOS COM OSSO
HOMOacuteGENO E AUTOacuteGENOS POR MEIO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
CONE BEAM RELATO DE CASO CLIacuteNICO
Luiz Antonio FRANTZ Luiz Eduardo GAMBA Uislen Berian CADORE Orientador Prof Dr Emerson Alexandre Sgrott Data de defesa 23 de Setembro de 2011
Resumo Com o grande avanccedilo da implantodontia constata-se a necessidade de espessura miacutenima de tecido oacutesseo evoluindo com isso a enxertia oacutessea na aacuterea odontoloacutegica para a realizaccedilatildeo de reabilitaccedilotildees O intuito deste trabalho foi a descriccedilatildeo de quatro casos cliacutenicos e avaliar a qualidade do material de enxerto sendo dois de origem autoacutegena e dois de origem homoacutegena em situaccedilatildeo de preacute implante dentaacuterio por meio da tomografia computadorizada CONE BEAM Foram determinadas a densidade do tecido oacutesseo adjacente (leito receptor) no periacuteodo preacute-ciruacutergico a densidade oacutessea do material enxertado no periacuteodo poacutes-ciruacutergico e realizada uma comparaccedilatildeo da densidade oacutessea obtida pelo material enxertado com a densidade do tecido oacutesseo adjacente Os dados foram coletados junto a prontuaacuterios das clinicas ldquoCliacutenica Odonto Imagem Radiologiardquo situada em Balneaacuterio Camboriuacute (SC) e ldquoCliacutenica Radioimagemrdquo situada em Itajaiacute (SC) A anaacutelise dos dados seraacute efetuada em funccedilatildeo da densidade e origem do osso com o auxiacutelio do programa Planmeca Romexis Viewer Concluindo assim que o enxerto oacutesseo autoacutegeno e procedente de banco de ossos demonstra-se eficaz na reabilitaccedilatildeo de pacientes que apresentam maxilas atroacuteficas e que necessitam de implantes dentaacuterios para a reabilitaccedilatildeo proteacutetica A densidade obtida do material enxertado eacute semelhante a densidade do tecido oacutesseo adjacente necessitando de mais casos para esta comprovaccedilatildeo Palavras chave Densidade oacutessea Tomografia computadorizada de feixe cocircnico Enxerto oacutesseo mandibular Implante Dentaacuterio Endoacutesseo
5
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 6 2 REVISAtildeO DE LITERATURA 7 3 MATERIAIS E MEacuteTODOS 32 4 RESULTADOS 34 5 DISCUSSAtildeO 39 6 CONCLUSAtildeO 43
6
1 INTRODUCcedilAtildeO
Os implantes dentaacuterios estatildeo sendo usados em grande nuacutemero por pacientes
edecircntulos totais ou parciais Eles satildeo um excelente meacutetodo de tratamento para se
obter uma adequada reabilitaccedilatildeo bucal No entanto o seu sucesso depende de uma
quantidade miacutenima de tecido oacutesseo para a sua inserccedilatildeo com comprimento e
espessura seguros a fim de suportar as forccedilas mastigatoacuterias
A condiccedilatildeo de um remanescente oacutesseo miacutenimo para inserccedilatildeo do implante
nem sempre se faz presente por isso teacutecnicas de aumento de rebordo alveolar e de
levantamento de assoalho do seio maxilar tecircm sido desenvolvidas viabilizando
dessa forma a reabilitaccedilatildeo(AJZEN et al 2005)
A regeneraccedilatildeo do osso alveolar reabsorvido eacute um dos desafios atuais da
cliacutenica odontoloacutegica Existindo basicamente trecircs origens diferentes de osso a ser
enxertado osso autoacutegeno (autoacutelogo) homoacutegeno (homoacutelogo) osso heteroacutegeno
(heteroacutelogo) O osso autoacutegeno tem como origem o osso do proacuteprio paciente o osso
homoacutegeno tem origem da mesma espeacutecie (cadaacuteveres nos bancos de ossos) e o
osso heteroacutegeno tem como origem o osso de doador de outra espeacutecie (geralmente
bovina)
A partir da constataccedilatildeo da demanda atual dessa modalidade de reabilitaccedilatildeo oral
avaliou-se a qualidade do material de enxerto oacutesseo procedente de banco de ossos
(osso homoacutegeno) e osso autoacutegeno em situaccedilatildeo de implante dentaacuterio por meio da
tomografia computadorizada Cone Beam E dessa forma definir qual a indicaccedilatildeo do
material e atraveacutes de suas vantagens e desvantagens servir de auxiacutelio ao Cirurgiatildeo-
Dentista em sua praacutetica diaacuteria de implantodontia levando-o agrave seguranccedila e
confiabilidade em seus procedimentos
7
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
Cauacutela Machado e Barboza (2000) descreveram os diferentes tipos de
densidade oacutessea e sua influecircncia na Implantodontia A densidade do osso disponiacutevel
em um siacutetio edecircntulo tem influecircncia no planejamento do tratamento no design do
implante no tipo de cirurgia no tempo de cicatrizaccedilatildeo e na colocaccedilatildeo progressiva
de carga durante a reconstruccedilatildeo proteacutetica O osso pode ser classificado
macroscopicamente em quatro grupos de densidades diferentes do mais denso ao
menos denso compacto denso compacto poroso trabecular grosso e trabecular
fino O osso considerado como densidade 1 (D1) manteacutem sua forma e densidade
devido ao stress das inserccedilotildees musculares Sendo composto de osso lamelar
histoloacutegico eacute altamente mineralizado e capaz de suportar grandes cargas O osso
compacto denso tambeacutem apresenta algumas desvantagens que devem ser
consideradas O osso D1 eacute mais difiacutecil de ser preparado para receber implantes do
que qualquer outro tipo oacutesseo O osso com densidade 2 (D2) eacute uma combinaccedilatildeo de
osso compacto denso para poroso na porccedilatildeo externa e osso trabecular grosso na
porccedilatildeo interna Na superfiacutecie e nas proporccedilotildees laterais do implante oferece uma
interface inicial riacutegida A densidade oacutessea D2 eacute mais comumente encontrada na
mandiacutebula A regiatildeo anterior da mandiacutebula apresenta este tipo oacutesseo em 23 dos
casos O osso com densidade 3 (D3) eacute composto de uma cortical oacutessea fina na
crista e osso trabecular fino no interior Uma das desvantagens desse tipo oacutesseo eacute a
delicadeza com a qual esse osso deve ser manipulado Quanto menor for a
densidade mais facilmente o osso eacute expandido para que implantes sejam inseridos
A regiatildeo anterior da maxila apresenta em 65 dos casos o osso D3 e em quase
metade dos casos o osso D3 eacute encontrado tambeacutem na regiatildeo posterior da maxila
O osso com densidade 4 (D4) eacute um osso trabecular fino cuja cortical oacutessea eacute
miacutenima ou nenhuma A necessidade da altura maacutexima de osso disponiacutevel eacute maior
em D4 do que em outros tipos oacutesseos para aumentar a superfiacutecie de contato
ossoimplante O tempo de cicatrizaccedilatildeo deve ultrapassar os 6 meses como
preconizado nos protocolos existentes O osso menos denso D4 tem sido relatado
em aproximadamente 40 dos casos eacute encontrado na parte posterior da maxila
especialmente na regiatildeo dos molares ou apoacutes levantamento do seio maxilar Os
autores concluiacuteram que dependendo da localizaccedilatildeo e do tempo pelo qual uma aacuterea
8
permaneceu edecircntula sua densidade seraacute variaacutevel Poreacutem existem aacutereas onde os
tipos oacutesseos satildeo mais comumente encontrados D1 eacute encontrado em mandiacutebula
anterior atroacutefica D2 eacute encontrado em regiatildeo de mandiacutebula anterior mandiacutebula
posterior e maxila anterior D3 eacute encontrado em regiatildeo de maxila anterior maxila
posterior e mandiacutebula posterior e D4 eacute encontrado em regiatildeo de maxila posterior
Kuabara et al (2000) apresentaram um caso cliacutenico de reabilitaccedilatildeo oral por
meio de cirurgia avanccedilada em implantologia destacando a teacutecnica ciruacutergica para
elevaccedilatildeo do seio maxilar usando um enxerto oacutesseo da regiatildeo retromolar da
mandiacutebula Todo procedimento ciruacutergico foi realizado sob anestesia local e
medicaccedilatildeo previamente agrave cirurgia O enxerto foi removido da regiatildeo retromolar da
mandiacutebula aacuterea onde encontra-se maior quantidade de osso cortical e pouca
medular Apoacutes anestesia local por bloqueio regional e complementar a incisatildeo foi
realizada na base do ramo da mandiacutebula seguindo pela linha obliqua ateacute a regiatildeo de
1ordm molar inferior Foi realizado o deslocamento do retalho muco-periostal e o tecido
oacutesseo foi exposto a ostectomia foi realizada com brocas e cinzeacuteis provocando uma
fratura do fragmento Enquanto as perfuraccedilotildees dos implantes eram confeccionadas
o enxerto foi particulado e colocado no interior da cavidade sinusal em sua porccedilatildeo
medial seguindo-se a colocaccedilatildeo dos implantes e posterior preenchimento da
cavidade com osso triturado Passado o periacuteodo de seis meses foi iniciada a fase
proteacutetica Os autores concluiacuteram que a pequena morbidade poacutes-operatoacuteria da
regiatildeo doadora do enxerto elege a regiatildeo retromolar inferior como uma excelente
opccedilatildeo ciruacutergica para reabilitaccedilatildeo de pequenos defeitos oacutesseos A enxertia oacutessea no
interior da cavidade sinusal provou ser uma alternativa eficiente para reabilitar a
regiatildeo posterior de maxila onde a colocaccedilatildeo de implantes osseointegrados eacute
limitada pela quantidade oacutessea remanescente
Mazzonetto et al (2000) avaliaram o aumento em espessura oacutessea apoacutes a
realizaccedilatildeo de enxerto autoacutegeno obtido da regiatildeo de siacutenfise mandibular em regiatildeo
anterior de maxilas com grandes reabsorccedilotildees oacutesseas de pacientes que
necessitavam de reabilitaccedilatildeo por meio de implantes osseointegrados Seis pacientes
apresentando perdas dentaacuterias e defeitos oacutesseos na regiatildeo anterior de maxila foram
submetidos agrave reconstruccedilatildeo alveolar utilizando enxerto autoacutegeno da regiatildeo da siacutenfise
mandibular com o objetivo de restabelecer a espessura oacutessea para posteriormente
serem reabilitados com implantes Foram realizadas radiografias intrabucais
9
panoracircmica e tomografia convencional linear no exame inicial para avaliar a aacuterea
maxilar e determinar se a aacuterea doadora ou seja a siacutenfise mandibular apresentava
osso suficiente para reconstruir o defeito Realizada a cirurgia apoacutes 4 meses foi feito
outro procedimento ciruacutergico reabrindo a aacuterea para remoccedilatildeo dos parafusos Passado
um periacuteodo de 6 meses da realizaccedilatildeo do enxerto cada paciente foi submetido a
novo exame tomograacutefico convencional linear tomada esta que foi realizada de
maneira padronizada com a primeira Foram realizadas medidas do ganho oacutesseo
pela anaacutelise das tomografias preacute e poacutes-operatoacuterias dos pacientes Foi traccedilada uma
linha no longo eixo do rebordo a partir do ponto mais alto da crista A partir desta
projetou-se uma linha perpendicular a 5 mm de distacircncia da porccedilatildeo mais oclusal
sobre a qual foi medida a distacircncia entre as duas corticais vestibular e lingual Dos 6
pacientes analisados foram obtidas 12 medidas comparativas Em 3 das medida
natildeo foram obtidos os resultados desejados devido agrave reabsorccedilatildeo do enxerto
Portanto 75 das aacutereas avaliadas obtiveram aumento em espessura suficientes
para a colocaccedilatildeo de implantes As observaccedilotildees cliacutenicas e radiograacuteficas das aacutereas
enxertadas demonstraram ganho oacutesseo em altura e em largura indicando que o
enxerto retirado da siacutenfise mandibular eacute uma aIternativa viaacutevel para a reconstruccedilatildeo
de defeitos alveolares a maxila anterior onde seratildeo colocados implantes A aacuterea da
siacutenfise mandibular tem muitas vantagens em relaccedilatildeo a outros locais doadores
Misch et al (2000) apoacutes realizar uma revisatildeo de literatura verificou a
importacircncia da densidade oacutessea no sucesso do implante osseointegrado e
apresentou uma atualizaccedilatildeo de sua classificaccedilatildeo oacutessea de 1988 acrescentando o
tipo oacutesseo D5 o qual associou nuacutemeros aos tipos oacutesseos relacionando
numericamente os valores aos tipos oacutesseos
10
Zeacutetola et al (2002) investigaram a neoformaccedilatildeo oacutessea de enxerto autoacutelogo
medular natildeo vascularizado de crista iliacuteaca para seio maxilar atroacutefico por meio de
uma avaliaccedilatildeo comparativa da precisatildeo entre a Tomografia Computadorizada (TC) e
a radiografia panoracircmica Foram selecionados 14 pacientes submetidos a 25
enxertos de crista iliacuteaca natildeo vascularizados sendo eles 9 do sexo feminino e 5 do
sexo masculino tendo como meacutedia de idade de 443 anos O criteacuterio de inclusatildeo foi
a altura residual menor que 5mm entre o rebordo gengival e o soalho antral
(medidos comparativamente pela tomografia computadorizada e radiografia
panoracircmica) e todos pacientes eram edentados uni ou bilateralmente A parede
lateral do seio maxilar foi exposta totalmente para a confecccedilatildeo de uma janela oval
com tamanho aproximado de 15 a 25mm feita com broca esfeacuterica diamantada
nuacutemero seis sendo preservada a integridade da mucosa antral que foi totalmente
rebatida sendo exposta a cuba e parede medial do antro maxilar O fragmento
oacutesseo da crista iliacuteaca autoacutegena foi colocado perpendicularmente agrave parede lateral da
maxila isolando o compartimento superior do seio Jaacute no inferior foi empregado osso
medular autoacutegeno fragmentado isolado ou misturado com hidroxiapatita (HA) que foi
recoberto pelo retalho mucoperiostal suturado com fio reabsorviacutevel de poligalactina
40 em sutura simples Para a avaliaccedilatildeo quantitativa e qualitativa poacutes-operatoacuteria
foram empregadas a radiografia panoracircmica e a tomografia computadorizada Foi
utilizado o teste de meacutedias atraveacutes da distribuiccedilatildeo t de Student para anaacutelise das
varianccedilas com a prevalecircncia de 005 para os dois grupos de imagens Na avaliaccedilatildeo
qualitativa houve consenso dos observadores nos dois grupos de exames (RX
panoracircmico e TC) e para a imagem panoracircmica (RP) o conceito foi regular e para a
tomografia boa Com relaccedilatildeo agrave anaacutelise quantitativa houve consenso na tomografia
11
computadorizada e para a radiografia panoracircmica a diferenccedila foi miacutenima entre os
observadores sem significado O ganho meacutedio foi de 148mm em todos os
procedimentos com erro maior que 3mm em 16 procedimentos (64) Os autores
concluiacuteram que a tomografia computadorizada foi o meacutetodo de escolha na avaliaccedilatildeo
qualitativa e quantitativa da incorporaccedilatildeo de enxerto autoacutelogo natildeo vascularizado em
seio maxilar atroacutefico
Blay Tunchel e Sendyk (2003) avaliaram a viabilidade microbioloacutegica e
histoloacutegica de tecido oacutesseo que ateacute a data tem sido ignorado em oacutesseos integrados
em cirurgias de implante Foram selecionados trinta pacientes sendo 13 homens e
17 mulheres com meacutedia de idade de 54 anos estando em bom estado de sauacutede
geral Os criteacuterios de seleccedilatildeo foram pacientes com perda de um ou mais elementos
dentaacuterios e com atrofia alveolar moderada Foi adotada uma teacutecnica baseada no uso
de coletores de osso para a obtenccedilatildeo de material oacutesseo autoacutegeno sem ter que
envolver um segundo (intra-oral ou extra-oral) aacuterea ciruacutergica para a obtenccedilatildeo de
osso autoacutegeno As amostras foram obtidas durante o processo de perfuraccedilatildeo do
osso alveolar utilizando dois tipos de coletores de ossos especiais As mesmas
foram utilizadas para o preenchimento de falha oacutessea Uma pequena amostra do
material coletado foi enviado para anaacutelise microbioloacutegica e histoloacutegica Os retalhos
foram fechados com Donath thread tipo de cirurgia e suturas simples individual
Apoacutes o periacuteodo de 6 a 8 meses foi realizada a reabertura na aacuterea da instalaccedilatildeo dos
implantes e realizado bioacutepsias na aacuterea de deiscecircncia para fornecer pequenos
fragmentos de ossos para anaacutelise histoloacutegica Para analise microbiana as amostras
foram transportadas em meio de tioglicolato e incubados por 24 horas a uma
temperatura de 36 plusmn 1 ordm C em condiccedilotildees aeroacutebias e anaeroacutebias a fim de avaliar a
presenccedila de contaminaccedilatildeo bacteriana As bacteacuterias encontradas nas amostras natildeo
apresentaram patogenicidade ou virulecircncia suficiente para prejudicar o enxerto ou
implante de forma alguma A avaliaccedilatildeo histoloacutegica das amostras mostrou que
mesmo em um estado de partiacuteculas a estrutura oacutessea foi bem preservada contendo
um grande nuacutemero de osteoacutecitos no interior da matriz calcificada sugerindo que a
viabilidade do tecido oacutesseo era mantida No periacuteodo de segunda fase mostraram
uma estrutura oacutessea histoloacutegica semelhante agrave do osso secundaacuterio Os autores
concluiacuteram que clinicamente assim como histologicamente o meacutetodo de coleta foi
capaz de preservar as ceacutelulas com capacidade de induccedilatildeo oacutessea
12
Buscatti (2003) avaliou as densidades oacutesseas das porccedilotildees medulares e
corticais maxilomandibulares por meio da escala tomodensitomeacutetrica de Hounsfield
utilizada nos exames de tomografia computadorizada A amostra foi composta por
12 pacientes de ambos os sexos Em cada aacuterea foi realizada a mensuraccedilatildeo da
densidade oacutessea por meio de uma ferramenta especiacutefica onde se avaliou a
qualidade oacutessea das corticais vestibular lingual ou palatina da base da mandiacutebula
ou assoalho do seio maxilarfossa nasal e da regiatildeo central do trabeculado oacutesseo
Para cada aacuterea foi mensurado o valor meacutedio de densidade e seu desvio padratildeo
Para a anaacutelise estatiacutestica dividiram-se os dados em dois grupos o primeiro com as
aacutereas correspondentes agrave regiatildeo anterior dos arcos e o segundo para a regiatildeo
posterior Para cada arco foi obtido 6 valores de densidade oacutessea para a porccedilatildeo
medular e cada cortical oacutessea da a regiatildeo anterior e 10 valores para a regiatildeo
posterior Uma anaacutelise inicial dos valores tomodensitomeacutetricos de Hounsfield (escala
Hounsfield) obtidos nesse presente estudo mostra de maneira geral que a
densidade oacutessea quando analisada sem distinccedilatildeo de gecircnero arco ou regiatildeo
apresenta-se na meacutedia maior na cortical oacutessea do que na porccedilatildeo medular situaccedilatildeo
constante em todas as anaacutelises realizadas durante esse estudo e cujo valor era
esperado devido ao maior grau de mineralizaccedilatildeo da cortical em relaccedilatildeo agrave medular
oacutessea O autor concluiu que quando da anaacutelise das densidades oacutesseas nos gecircneros
masculino e feminino natildeo houve diferenccedila estatisticamente significante para seus
valores tanto nas corticais quanto na porccedilatildeo medular A anaacutelise das densidades
oacutesseas em funccedilatildeo das regiotildees anatocircmicas (anterior e posterior) demonstrou
diferenccedila estatisticamente significante entre elas para os valores da porccedilatildeo medular
Em relaccedilatildeo aos arcos (superior e inferior) houve diferenccedila estatisticamente
significante entre eles para os valores das corticais vestibular lingual ou palatina e
base da mandiacutebula ou assoalho do seio maxilarfossa nasal
Ajzen et al (2005) quantificaram por meio da TC a formaccedilatildeo oacutessea nos
enxertos realizados apenas com osso autoacutegeno e nos enxertos com osso autoacutegeno
e plasma rico em plaquetas (PRP) obtido pelos meacutetodos de centrifugaccedilatildeo e afeacuterese
comparando seis meses depois os trecircs tipos de enxertos realizados Este estudo
utilizou como amostra 34 pacientes adultos de ambos os sexos (sete do sexo
masculino e 28 do sexo feminino) sem distinccedilatildeo de raccedila com idades entre 23 e 65
anos idade meacutedia de 48 anos e 8 meses que foram previamente avaliados por
radiografias panoracircmicas A avaliaccedilatildeo constou dos seguintes itens pneumatizaccedilatildeo
13
unilateral ou bilateral dos seios maxilares relacionada agraves perdas dentaacuterias e que
necessitavam de enxertos oacutesseos Nestes 34 pacientes foram operados 53 seios
maxilares sendo a amostra dividida em trecircs grupos grupo afeacuterese pacientes que
receberam enxerto de osso autoacutegeno e PRP obtido pelo meacutetodo de afeacuterese grupo
centriacutefuga pacientes que receberam enxerto de osso autoacutegeno e PRP obtido pelo
meacutetodo de centrifugaccedilatildeo e grupo osso autoacutegeno pacientes que receberam enxerto
apenas de osso Foram realizados exames preacute-operatoacuterios radiograacuteficos radiografia
periapical radiografia panoracircmica e TC Esses exames foram repetidos seis meses
apoacutes a intervenccedilatildeo ciruacutergica para a avaliaccedilatildeo da quantificaccedilatildeo oacutessea cortical e
medular da regiatildeo enxertada Para analisar o crescimento oacutesseo obtiveram-se as
meacutedias e os desvios-padratildeo (que mede a variabilidade dos dados) para a altura e a
largura considerando os trecircs grupos (afeacuterese centriacutefuga e osso autoacutegeno) e as
diferenccedilas entre as medidas finais e iniciais Para verificar se existe diferenccedila
significativa entre os crescimentos meacutedios foi feita a anaacutelise de variacircncia para
medidas repetidas (ANOVA) O niacutevel de significacircncia (p) foi fixado em um valor
menor ou igual a 005 (5) para a rejeiccedilatildeo da hipoacutetese de nulidade Pela avaliaccedilatildeo
da TC houve crescimento do remanescente oacutesseo em altura nos trecircs grupos
quando comparados os momentos inicial e final do experimento Natildeo houve
diferenccedila estatiacutestica para a altura (p= 0078) e para a largura (p = 0556) Os autores
concluiacuteram que apesar dos resultados natildeo serem estatisticamente significantes
evidecircncias cliacutenicas tecircm mostrado a eficaacutecia dos enxertos de osso autoacutegeno
principalmente aqueles associados a fatores indutores de crescimento oacutesseo como
o PRP alterando a altura e a largura necessaacuterias para a reconstruccedilatildeo proteacutetica do
arcabouccedilo maxilofacial atraveacutes de implantes osteointegrados porque na
odontologia atual busca-se cada vez mais devolver aos pacientes edecircntulos a sua
capacidade mastigatoacuteria e esteacutetica e consequumlentemente promovendo a integridade
dos vaacuterios elementos que compotildeem o sistema estomatognaacutetico
Chem et al (2005) afirmaram que a falta de tecido oacutesseo deve ser reparada
Situaccedilotildees como estas deixam os pacientes carentes fisiologicamente
esteticamente e psicologicamente Este trabalho iraacute relatar a teacutecnica de retalho livre
de fiacutebula para reconstruccedilatildeo da mandiacutebula e da maxila Foram realizados
atendimentos a dois pacientes pelo Serviccedilo de Cirurgia e Traumatologia Buco-
maxilo-facial do Complexo Hospitalar da Santa Casa de Misericoacuterdia de Porto
14
Alegre Possiacuteveis complicaccedilotildees podem se justificar pela maacute fixaccedilatildeo do retalho aos
cotos ou pela insuficiecircncia vascular Nos dois casos relatados o retalho foi fixado
aos cotos com placas e parafusos de forma a apresentar imobilidade obtendo-se
dessa forma a regeneraccedilatildeo entre os tecidos O retalho livre de fiacutebula ou enxerto
vascularizado caracteriza-se por ser um enxerto autoacutegeno segmentado e removido
da aacuterea doadora tendo sua vascularizaccedilatildeo preservada a fim de nutrir esse tecido
quando no leito receptor a partir da sua anastomose com o sistema vascular da
regiatildeo receptora O retalho de fiacutebula eacute o mais frequumlentemente pois esse retalho
fornece o maior montante de tecido oacutesseo entre todos os retalhos oacutesseos e causa
pouca morbidade na aacuterea doadora Os autores concluiacuteram que o emprego de
enxertos oacutesseos vascularizados em reconstruccedilotildees da face gera bons resultados
esteacuteticos e funcionais Pois os dois casos relatados os enxertos apresentaram
sucesso agrave observaccedilatildeo imediata e longitudinal alcanccedilando-se resultados esteacuteticos e
funcionais satisfatoacuterios
Cyriaco e Azevedo (2006) analisaram e revisaram a utilizaccedilatildeo do enxerto
oacutesseo em suas vaacuterias formas autoacutelogo homoacutelogo e heteroacutelogo descalcificado e
vascularizado na reparaccedilatildeo de falha oacutessea aleacutem das principais caracteriacutesticas
pertinentes a cada tipo buscando com isso um melhor direcionamento na sua
utilizaccedilatildeo Segundo diversos autores haacute disponiacuteveis opccedilotildees doadoras de enxertos
vascularizados como calota craniana fiacutebula costela escaacutepula crista iliacuteaca e raacutedio
Suas vantagens estatildeo nos iacutendices elevados de sucesso e a chance de fazecirc-lo em
pacientes irradiados ou que passaraacute por seccedilotildees de radioterapia como ocorre na
retirada de tumores malignos Quando se trata de enxertos menores as melhores
aacutereas doadoras para regiatildeo oral seriam o mento e a regiatildeo retromolar e para
maiores quantidades a crista iliacuteaca a calota craniana a costela e a tiacutebia A calota
craniana e osso iliacuteaco satildeo vantajosos por ter um grande volume de tecido oacutesseo no
que se refere agraves aacutereas doadoras externas sendo indicadas para a correccedilatildeo de
grandes defeitos oacutesseos De acordo com a pesquisa foi possiacutevel concluir que as
melhores aacutereas doadoras intrabucais satildeo o mento a regiatildeo retromolar e a
tuberosidade da maxila e que as aacutereas doadoras externas possiacuteveis satildeo a crista
iliacuteaca e a calota craniana
Del Valle et al (2006) tiveram como objetivo comparar o enxerto homoacutegeno
com o enxerto autoacutegeno nas cirurgias reconstrutivas de maxila com finalidade
implantodocircntica atraveacutes de um relato de caso cliacutenico Neste caso o paciente
15
apresentava ausecircncia dos elementos 11 e 12 com migraccedilatildeo mesial dos elementos
13 e 21 Atraveacutes do exame cliacutenico foi verificado falta de espessura do rebordo
alveolar na regiatildeo resultado da perda da taacutebua oacutessea vestibular por ocasiatildeo da
exodontia Foram realizados exames radiograacuteficos de regiatildeo panoracircmica periapical
Foi constatado pouca espessura palato-vestibular do rebordo oacutesseo na regiatildeo dos
dentes 11 e 12 contra-indicando a colocaccedilatildeo de implante dentaacuterio por risco de
fenestraccedilatildeo vestibular Com isto o tratamento indicado foi enxertia oacutessea utilizando
osso homoacutegeno bicortical com medular interna retirado da crista do osso iliacuteaco
medindo 27x17x9 milimetros e recebido os antibioacuteticos Vancomicina e Polimixina B
Foi feito o deslocamento muco-periostal do retalho esculpido o bloco oacutesseo e
adaptado ao leito receptor Para realizar a fixaccedilatildeo foi feito perfuraccedilotildees oacutesseas no
leito receptor com brocas esfeacutericas laminadas e imobilizados com 2 parafusos de
15mm de diacircmetros e 11mm de comprimento promovendo um enxerto do tipo
onlay Todo enxerto foi recoberto com osso particulado do mesmo bloco
amalgamado ao plasma rico em plaquetas e suturado Apoacutes passar 3 meses da
cirurgia houve exposiccedilatildeo do parafuso de osteossiacutentese de posiccedilatildeo mais cervical e
na sua remoccedilatildeo constatamos a formaccedilatildeo de tecido fibroso entre o fragmento
enxertado e o leito receptor somente nessa regiatildeo tendo sido removido Apoacutes 5
meses da enxertia foi colocado implantes e recoberto com membrana oacutessea
reabsorviacutevel por ter havido fenestraccedilatildeo oacutessea cervical Os autores apoacutes relatar o
caso concluiacuteram que o osso mais indicado para enxertia eacute o autoacutegeno e uma
alternativa para sua substituiccedilatildeo eacute o homoacutegeno por ter caracteriacutesticas a longo prazo
semelhantes embora o iacutendice de reabsorccedilatildeo eacute maior entretanto relataram que eacute
necessaacuterios maiores estudos principalmente de aacutereas doadoras utilizadas para
enxertias
Garcia Juacutenior et al (2006) avaliaram clinicamente os enxertos oacutesseos
retirados da crista do osso iliacuteaco para reconstruccedilatildeo total de maxilas atroacuteficas e
posterior instalaccedilatildeo de implantes oacutesseointegraacuteveis Foram selecionados doze
pacientes no qual foram submetidos agrave cirurgia de enxerto oacutesseo na maxila
utilizando-se fragmentos oacutesseos removidos da porccedilatildeo anterior da crista iliacuteaca A
meacutedia de idade dos pacientes era de 495 anos sendo 3 do sexo masculino e 12
eram do sexo feminino O tempo de espera para a cirurgia de instalaccedilatildeo de
implantes variou de 5 a 6 meses apoacutes enxerto oacutesseo Na reabertura do enxerto para
instalaccedilatildeo dos implantes oacutesseointegrados foram realizadas as avaliaccedilotildees cliacutenicas
16
dos enxertos oacutesseos Os resultados mostraram que em todos os casos houve ganho
oacutesseo no rebordo alveolar e tambeacutem uma melhora no perfil facial e o contorno labial
dos pacientes Os autores concluiacuteram que o enxerto oacutesseo retirado do osso iliacuteaco eacute
uma alternativa viaacutevel para reconstruccedilotildees de maxilas atroacuteficas tambeacutem que houve
melhora cliacutenica significativa quanto ao volume oacutesseo em altura e largura do rebordo
alveolar e que em todos os casos foram possiacuteveis a instalaccedilatildeo de implantes
oacutesseointegraacuteveis
Santiago e Vitral (2006) analisaram os meacutetodos de avaliaccedilatildeo da densidade
mineral oacutessea (DMO) e seu emprego na odontologia com o objetivo de descrever os
diferentes meacutetodos empregados bem como avaliar a relevacircncia em se determinar a
densidade oacutessea no planejamento e sucesso de tratamentos odontoloacutegicos
especiacuteficos Foi feita uma revisatildeo de literatura onde abordaram as teacutecnicas de
densitometria oacutessea e como eacute feita a avaliaccedilatildeo da densidade oacutessea em odontologia
Diversos satildeo os meacutetodos para se avaliar a densidade mineral oacutessea tanto na aacuterea
meacutedica quanto em Odontologia A questatildeo sobre qual a melhor teacutecnica e a melhor
regiatildeo para se avaliar a DMO de cada individuo parece ainda natildeo ter resposta
Entretanto o que se sabe eacute que dentre as diferentes teacutecnicas disponiacuteveis diferentes
vantagens e desvantagens satildeo apresentadas Em Odontologia a tomografia
computadorizada tem demonstrado ser o meacutetodo de eleiccedilatildeo para a determinaccedilatildeo da
densidade oacutessea na regiatildeo dos maxilares pois fornece dados objetivos precisos da
variaccedilatildeo da densidade oacutessea entre diferentes regiotildees em um mesmo indiviacuteduo
permitindo dessa forma correlacionar positivamente os valores encontrados com a
qualidade oacutessea descrita subjetivamente Aleacutem disso a tomografia computadorizada
eacute o uacutenico meacutetodo que permite avaliar osso cortical e medular separadamente
Cosmo et al (2007) relataram um caso cliacutenico com avaliaccedilatildeo radiograacutefica e
histoloacutegica da utilizaccedilatildeo de osso humano fresco congelado em procedimento de
elevaccedilatildeo do assoalho do seio maxilar A paciente CAR 47 anos compareceu agrave
Cliacutenica Odontoloacutegica da Faculdade de Odontologia da Universidade de Santo Amaro
- Unisa para avaliaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo da arcada superior posterior esquerda com a
utilizaccedilatildeo de implantes endoacutesseos Os exames de imagem demonstraram haver
rebordo residual com menos de 6 mm de altura remanescente tendo sido indicada agrave
paciente a reabilitaccedilatildeo oacutessea bilateral atraveacutes da teacutecnica de levantamento do
assoalho do seio maxilar com enxerto de osso aloacutegeno fresco congelado
proveniente de banco de tecidos musculoesqueleacuteticos Apoacutes seis meses da cirurgia
17
foi realizada abertura para instalaccedilatildeo dos implantes tendo sido colhido fragmento
oacutesseo que foi enviado para anaacutelise histoloacutegica Frente ao apresentado conclui-se
que o material de enxertia proveniente de banco de ossos humanos (enxerto
aloacutegeno fresco congelado) proporciona em cirurgias de levantamento de seio
maxilar um adequado volume oacutesseo para futura instalaccedilatildeo de implantes A anaacutelise
histoloacutegica do enxerto incorporado evidencia a vitalidade do mesmo Material deve
ser adquirido em banco de tecidos regularizados pelo Ministeacuterio da Sauacutede A
possibilidade de transmissatildeo de doenccedilas pela utilizaccedilatildeo do material eacute de baixa
magnitude
Oliveira Filho et al (2007) apresentaram um caso cliacutenico de trauma facial com
perda oacutessea na regiatildeo anterior da mandiacutebula que foi tratado com teacutecnicas de
reconstruccedilatildeo em duas fases primeiramente a parte basilar da mandiacutebula
posteriormente a parte alveolar permitindo a reabilitaccedilatildeo atraveacutes de implantes
osseointegrados O paciente deu entrada no pronto socorro do Hospital Universitaacuterio
Evangeacutelico de Curitiba viacutetima de trauma localizado nas regiotildees submandibular e
cervical alta Em um primeiro momento foi realizado o tratamento ciruacutergico para
fixaccedilatildeo intermaxilar riacutegida trans-operatoacuteria e estabilizaccedilatildeo da mandiacutebula com uma
placa de reconstruccedilatildeo em titacircnio Apoacutes trecircs meses do procedimento foi realizada a
reconstruccedilatildeo mandibular utilizando enxerto em bloco tomado da crista do osso
iliacuteaco Este tempo ciruacutergico teve a preocupaccedilatildeo de reconstruir apenas a parte basilar
da mandiacutebula devido a falta de tecidos moles na regiatildeo traumatizada Em um
segundo momento foi realizada enxertia com bloco tomado da crista do osso iliacuteaco
para reconstruccedilatildeo alveolar da mandibular Seis meses apoacutes o procedimento de
reconstruccedilatildeo alveolar cliacutenica e radiograficamente houve uma boa integraccedilatildeo do
enxerto sem a ocorrecircncia de reabsorccedilatildeo oacutessea significativa Foi criado um rebordo
alveolar adequado permitindo a instalaccedilatildeo de trecircs implantes na regiatildeo enxertada
Os autores concluiacuteram que o enxerto de oacutesseo autoacutegeno pode ser uma alternativa
vaacutelida na aplicaccedilatildeo como meio de reconstruccedilatildeo de defeitos oacutesseos que comprometa
a porccedilatildeo alveolar e basal da mandiacutebula mas uma anaacutelise mais detalhada eacute
necessaacuteria para que possa definir de forma mais abrangente os possiacuteveis riscos e
complicaccedilotildees da teacutecnica utilizada
Pinto et al (2007) confrontaram a utilizaccedilatildeo do enxerto autoacutegeno para
reconstruccedilatildeo das sequumlelas de fraturas faciais comparando-o com outros
18
biomateriais atualmente disponiacuteveis discutindo as melhores indicaccedilotildees e os toacutepicos
mais atuais relativos a esses materiais As propriedades de um material ideal para
enxerto oacutesseo satildeo ser quimicamente inerte biocompatiacutevel natildeo aleacutergico natildeo
canceriacutegeno ser totalmente reabsorviacutevel e substituiacutevel por novo tecido oacutesseo entre
outros O osso autoacutegeno eacute considerado ideal para realizaccedilatildeo de enxertos oacutesseos
Estudos tecircm comprovado a eficaacutecia deste tipo de material especialmente do enxerto
oacutesseo autoacutegeno cortical obtido da crista do osso iliacuteaco que tem sido considerado o
melhor de
ntre os materiais de reconstruccedilatildeo Satildeo os uacutenicos entre os tipos de enxerto
oacutesseo a fornecer ceacutelulas oacutesseas vivas imunocompatiacuteveis Os enxertos alogecircnicos
satildeo aqueles obtidos de outro indiviacuteduo da mesma espeacutecie O enxerto alogecircnico mais
comumente utilizado eacute o liofilizado cuja vantagem eacute natildeo haver a necessidade de se
realizar uma segunda cirurgia num outro siacutetio Os oacutesseos xenoacutegenos satildeo aqueles
retirados de uma espeacutecie e transplantados para outra Exigem um tratamento mais
vigoroso do enxerto e natildeo fornecem ceacutelulas viaacuteveis para a formaccedilatildeo da fase I da
osteogecircnese Aleacutem dos enxertos oacutesseos existem ainda os materiais chamados
aloplaacutesticos como alternativa tendo como benefiacutecios a diminuiccedilatildeo do tempo
ciruacutergico aleacutem de muacuteltiplos tamanhos e formatos disponiacuteveis Entre os biomateriais
os mais utilizados satildeo o vidro bioativo o titacircnio que apresenta excelente
biocompatibilidade e boa osseointegraccedilatildeo ao organismo quando justaposto ao osso
A hidroxiapatita que por ser considerada um componente quiacutemico natural do corpo
humano natildeo satildeo observadas respostas inflamatoacuteria ou toacutexica nos tecidos
circunvizinhos Atraveacutes da pesquisa foi possiacutevel concluir que o osso autoacutegeno ainda
eacute considerado um material ideal para enxerto entretanto novos biomateriais tecircm
surgido apresentando vantagens promissoras para utilizaccedilatildeo na praacutetica diaacuteria
Rodrigues e Vitral (2007) descreveram as principais teacutecnicas tomograacuteficas existentes
e suas aplicaccedilotildees na Odontologia atraveacutes de uma revisatildeo da literatura sobre os
avanccedilos das principais teacutecnicas tomograacuteficas que resultaram em maior acuraacutecia no
diagnoacutestico menor tempo de exame e menor quantidade de radiaccedilatildeo A tomografia
computadorizada eacute considerada o meacutetodo de escolha para a imagem das estruturas
oacutesseas Ela eacute um meacutetodo radioloacutegico que permite obter a reproduccedilatildeo de uma secccedilatildeo
do corpo humano com finalidade diagnoacutestica Apresenta trecircs vantagens gerais
importantes sobre a radiografia convencional a primeira eacute que as informaccedilotildees
19
tridimensionais satildeo apresentadas na forma de uma seacuterie de cortes finos da estrutura
interna da parte estudada A segunda eacute que o sistema eacute mais sensiacutevel na
diferenciaccedilatildeo de tipos de tecido quando comparado com a radiografia convencional
de modo que diferenccedilas entre tipos de tecidos podem ser mais claramente
delineadas e estudadas A terceira eacute a habilidade para manipular e ajustar a imagem
apoacutes ter sido completada a varredura como ocorre de fato com toda a tecnologia
digital Com o advento da tomografia computadorizada helicoidal foi alcanccedilada
grande melhora nas reconstruccedilotildees tridimensionais e diminuiccedilatildeo na dose de
exposiccedilatildeo do paciente agrave radiaccedilatildeo A mesma proveacutem vantagens sobre a natildeo
helicoidal como menor tempo de avaliaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de reconstruccedilatildeo multiplanar
Ela propicia imagens com alta resoluccedilatildeo espacial e a mesma dose de radiaccedilatildeo da
tomografia computadorizada convencional A tomografia computadorizada pode ser
usada para identificar e delinear processos patoloacutegicos visualizar dentes retidos
avaliar os seios paranasais diagnosticar trauma mostrar os componentes oacutesseos
da articulaccedilatildeo temporomandibular e os leitos para implantes dentaacuterios Permite a
reformataccedilatildeo axial obliacutequa da imagem no sentido perpendicular da curvatura do
arco mostrando nitidamente o niacutevel oacutesseo no lado vestibular e lingual E tambeacutem
permite uma avaliaccedilatildeo intra-oacutessea dos locais para colocaccedilatildeo dos implantes Os
autores concluiacuteram que a Tomografia Computadorizada eacute o exame de eleiccedilatildeo no
diagnoacutestico de muitas condiccedilotildees que envolvem o complexo maxilo-mandibular O
valor cliacutenico das teacutecnicas de tomografia computadorizada depende da condiccedilatildeo que
se estaacute sendo diagnosticada atraveacutes das imagens do modelo e da idade do
equipamento usado do protocolo do exame da experiecircncia e capacidade dos
operadores do equipamento e do radiologista
Gonccedilalves (2008) analisaram implantes instalados em enxertos de seio
maxilar com biomaterial de origem bovina e plasma rico em plaquetas observando
histologicamente a neoformaccedilatildeo oacutessea e o iacutendice de sucesso cliacutenico e histoloacutegico
apresentado Este estudo envolveu 30 pacientes que necessitavam de enxerto em
regiatildeo de soalho de seio maxilar para inserccedilatildeo de implantes Um total de 101
implantes foi instalado em 36 enxertos de seio maxilar com intervalo meacutedio de
tempo do enxerto de 75 meses dos quais nove amostras oacutesseas foram colhidas de
forma aleatoacuteria e consentidas para a anaacutelise histoloacutegica Na colocaccedilatildeo dos
implantes foi utilizado um guia ciruacutergico para um correto posicionamento dos
implantes Foi feita a remoccedilatildeo do fragmento oacutesseo e enviado para a anaacutelise com
20
isto foi capturado ao todo 26 imagens histopatoloacutegicas Histologicamente os
fragmentos colhidos estavam constituiacutedos predominantemente por tecido oacutesseo
com iacutendice de sucesso de 8888 Quando comparados o remanescente oacutesseo do
seio maxilar antes e depois do enxerto houve crescimento em altura e a maioria
apresentou densidade oacutessea D3 Dez dos 101 implantes foram perdidos e 91
estavam osseointegrados no seio maxilar enxertado Os autores concluiacuteram que
implantes instalados em enxertos de seio maxilar com a ajuda de substitutos oacutesseos
apresentam uma taxa de sucesso cliacutenico de 9009
Ribeiro Juacutenior et al (2008) revisaram a literatura referente aos enxertos
oacutesseos vascularizados com o objetivo de avaliar os princiacutepios bioloacutegicos e ciruacutergicos
que fundamentam sua aplicaccedilatildeo na reconstruccedilatildeo mandibular Os retalhos
microciruacutergicos que contecircm enxertos oacutesseos satildeo classificados como
osteomusculares ou osteomiocutacircneos dependendo da natureza dos tecidos moles
que o compotildeem permitindo restauraccedilotildees de grandes defeitos oacutesseos A
revascularizaccedilatildeo microciruacutergica manteacutem a irrigaccedilatildeo e a drenagem do tecido oacutesseo
enxertado em todo o periacuteodo de integraccedilatildeo permitindo a manutenccedilatildeo de suas
funccedilotildees celulares metaboacutelicas e fiacutesicas Dessa forma a reparaccedilatildeo entre o enxerto e
o remanescente mandibular ocorre de forma semelhante agrave cicatrizaccedilatildeo de uma
fratura eliminando a longa fase de substituiccedilatildeo observada nos enxertos
convencionais Como o sucesso da reconstruccedilatildeo microciruacutergica eacute diretamente
dependente da qualidade vascular estudos angiograacuteficos preacute-operatoacuterios das aacutereas
receptora e doadora satildeo essenciais Alguns cuidados preacute-cirurgicos satildeo de extrema
importacircncia como a hidrataccedilatildeo endovenosa para manutenccedilatildeo do diacircmetro vascular
uso de cobertores para manter a temperatura corporal em torno de 37degC O estudo
concluiu que os enxertos oacutesseos vascularizados satildeo excelentes na restauraccedilatildeo
esteacutetico-funcional dos defeitos mandibulares suprindo as deficiecircncias dos enxertos
convencionais em casos de pior prognoacutestico Os enxertos oacutesseos vascularizados
satildeo indispensaacuteveis em defeitos compostos extensos irradiados e secundaacuterios agrave
osteorradionecrose
Tanaka et al (2008) elaboraram uma revisatildeo de literatura com o objetivo de
descrever os mecanismos de incorporaccedilatildeo dos enxertos oacutesseos em bloco e discutir
algumas caracteriacutesticas dos diferentes tipos existentes para distinguir as vantagens
de cada um Concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo dos enxertos em bloco para reconstruccedilatildeo
21
dos rebordos alveolares eacute uma realidade e estaacute intimamente ligada agrave terapia
implantar Os diversos fatores que influenciam a escolha do melhor meacutetodo de
enxertia a ser utilizado passam pelo conhecimento dos paracircmetros citados neste
artigo e muitos outros natildeo abordados e podem parecer inicialmente um desafio
mas sem duvida o domiacutenio das teacutecnicas existentes e das outras que surgiratildeo eacute o
ponto de partida para o profissional que procura o refinamento de seus
procedimentos e a exelencia de seus resultados
Arauacutejo et al (2009) realizaram uma revisatildeo de literatura sobre os resultados
cliacutenicos obtidos com a utilizaccedilatildeo dos enxertos de origem autoacutegena e xenoacutegena
(bovino) nas cirurgias de levantamento de assoalho de seio maxilar O
envelhecimento e a perda dentaacuteria fazem com que o seio se expanda podendo
haver uniatildeo entre o assoalho sinusal e a crista do rebordo alveolar residual
expansatildeo esta relacionada com a altura e largura do seio e natildeo com a
profundidade Os materiais para enxerto oacutesseo podem ser classificados como
osteogecircnicos osteoindutores e osteocondutores Os osteogecircnicos referem-se aos
materiais orgacircnicos capazes de estimular a neoformaccedilatildeo oacutessea a partir de
osteoblastos Os osteoindutores satildeo capazes de induzir a diferenciaccedilatildeo de ceacutelulas
mesenquimais em osteoblastos e condroblastos estimulando a formaccedilatildeo oacutessea no
local ou mesmo em um siacutetio heterotiacutepico Os materiais osteocondutores (geralmente
inorgacircnicos) permitem a aposiccedilatildeo de um novo tecido na sua superfiacutecie requerendo
a presenccedila de tecido oacutesseo preacute-existente como fonte de ceacutelulas osteoprogenitoras
Alguns criteacuterios foram propostos para o enxerto ideal quanto para que o material
enxertado se incorpore com sucesso ao siacutetio Dentre os possiacuteveis enxertos
xenoacutegenos encontram-se disponiacuteveis comercialmente os enxertos bovinos em
vaacuterias formas de apresentaccedilatildeo como aqueles que contecircm a fraccedilatildeo mineral do osso
os inorgacircnicos ou desproteinizados entre outros Todos eles apresentam excelente
biocompatibilidade agem favorecendo o processo de osteoconduccedilatildeo e natildeo
desencadeando respostas imunoloacutegicas desfavoraacuteveis A melhor accedilatildeo do enxerto
oacutesseo autoacutegeno de crista iliacuteaca quando comparado com a associaccedilatildeo do osso
autoacutegeno com osso desmineralizado bovino em cirurgias de levantamento de
assoalho de seio maxilar Apesar da diferenccedila estatiacutestica significante clinicamente
natildeo houve diferenccedila jaacute que os aacutepices dos implantes estavam todos cobertos por
osso sugerindo o sucesso do uso da associaccedilatildeo e ainda poupando o paciente de
uma intervenccedilatildeo ciruacutergica extraoral concluindo que o osso autoacutegeno eacute o que
22
apresenta os melhores resultados no processo de regeneraccedilatildeo oacutessea poreacutem os
enxertos de origem bovina apesar de demonstrarem um processo de neoformaccedilatildeo
oacutessea inferior promovem uma neoformaccedilatildeo satisfatoacuteria para que haja a reabilitaccedilatildeo
do paciente com implantes osseointegraacuteveis podendo ser utilizados com sucesso na
cliacutenica odontoloacutegica
Bassi e Carneiro (2009) citaram que os pacientes vem se queixando de
desconforto pelo uso de proacuteteses deficiecircncia na mastigaccedilatildeo onde entatildeo se
destacam os implantes dentaacuterios que minimizam estes aspectos negativos No
entanto seu sucesso depende de uma quantidade miacutenima de suporte oacutesseo por
este motivo foi oportuna pelos autores avaliar o iacutendice de sucesso dos enxertos e
implantes instalados na regiatildeo do seio maxilar reconstruiacuteda com osso autoacutegeno de
linha obliacutequa tanto imediata quanto mediato ao levantamento do seio maxilar
Foram avaliadas 51 cirurgias durante os anos de 2005 a 2007 com total de 107
implantes instalados sendo 28 de maneira imediata e 79 instalados posteriormente
Com relaccedilatildeo aos de maneira imediata o sucesso foi de 9286 sendo que dos 14
submetidos agrave implantaccedilatildeo imediata apenas 1 perdeu o implante De um total de 37
pacientes com instalaccedilatildeo posterior houve um sucesso de 9459 Podendo ser
analisado que natildeo haacute diferenccedila significante entre instalaccedilatildeo mediata e imediata
Acredita-se que para haver sucesso no tratamento eacute imprescindiacutevel que seja levado
em consideraccedilatildeo a quantidade de rebordo residual e tambeacutem a qualidade de osso
para a estabilidade do implante A conclusatildeo deste artigo eacute que o levantamento do
seio maxilar com o enxerto autoacutegeno por meio de acesso lateral eacute uma opccedilatildeo
segura no tratamento para regiatildeo posterior da maxila E natildeo houve diferenccedila em
relaccedilatildeo ao sucesso dos implantes instalados de maneira medita e imediata
Contar et al (2009) avaliaram o uso de enxertos provenientes de osso fresco-
congelado para na reconstruccedilatildeo de rebordos alveolares maxilares posteriormente a
aplicaccedilatildeo de implantes dentaacuterios Foram analisados quinze pacientes que tinham
atrofia crista maxilar onde necessitava de blocos de enxerto oacutesseo para
posteriormente se fazer a colocaccedilatildeo dos implantes Nove meses depois foi retirado
o nuacutecleo de osso do enxerto para analisar histologicamente Trinta e quatro blocos
foram colocados e do nuacutemero de blocos cada paciente recebeu uma numeraccedilatildeo de
1 a 4 Em todos os enxertos foram verificados para serem de consistecircncia firme
bem constituiacutedo e vascularizado Cinquumlenta e um implantes foram aplicados sobre
os enxertos com torque no miacutenimo de 40 N (Newton) Natildeo havendo problema em
23
nenhum implante O periacuteodo de acompanhamento variou de 24 a 35 meses Alo
enxertos pode ser bem satisfatoacuterios aplicados como material de enxerto para o
tratamento de defeitos oacutesseos maxilares se for aplicada a teacutecnica de forma
cautelosa e coerente
Costa et al (2009) descreveram cirurgias de enxertia oacutessea para reconstruccedilatildeo
do rebordo alveolar atroacutefico causado por traumas Em dois pacientes foram
utilizados blocos de osso homoacutegeno fresco congelado puro e em outros dois
pacientes esses blocos foram embebidos em medula oacutessea autoacuteloga aspirada do
proacuteprio paciente Os quatro pacientes que perderam seus dentes anteriores-
superiores 11122122 As cirurgias foram realizadas dentro do protocolo do
Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Cirurgia e Experimentaccedilatildeo da Universidade
Federal de Satildeo Paulo ndash Unifesp Cada paciente recebeu um bloco de enxerto oacutesseo
homoacutegeno fresco congelado proveniente de banco de tecidos oacutesseos em cada um
dos lados da regiatildeo anterior de maxila sendo que em dois dos pacientes os blocos
tiveram a sua porccedilatildeo medular embebida em medula oacutessea autoacuteloga aspirada do
proacuteprio paciente e nos outros dois pacientes os blocos foram fixados da mesma
maneira e na mesma regiatildeo poreacutem sem a utilizaccedilatildeo de medula oacutessea autoacuteloga
como preenchimento Foi observado clinicamente no segundo procedimento
ciruacutergico que os siacutetios enxertados com osso homoacutegeno associado agrave medula oacutessea
autoacuteloga obtiveram um menor niacutevel de reabsorccedilatildeo o que facilitou a instalaccedilatildeo dos
implantes osseointegraacuteveis Com as bioacutepsias oacutesseas obtidas por meio da utilizaccedilatildeo
da broca trefi na foram confeccionadas no Laboratoacuterio de Patologia da Unifesp uma
lacircmina em HE para cada regiatildeo enxertada com associaccedilatildeo agrave medula e tambeacutem
para as regiotildees de enxertia sem essa associaccedilatildeo Essas lacircminas foram
encaminhadas para o Departamento de Morfologia da Unifesp para avaliaccedilatildeo Tanto
as lacircminas histoloacutegicas do grupo onde se associou o aspirado de medula oacutessea ao
enxerto oacutesseo homoacutegeno quanto onde natildeo foi feita esta associaccedilatildeo mostraram uma
grande quantidade de tecido mineralizado vital Foi observado em ambos os grupos
uma pequena quantidade de tecido mineralizado desvitalizado Em todas as lacircminas
foi observada intensa vascularizaccedilatildeo assim como a presenccedila de tecido oacutesseo
lamelar A utilizaccedilatildeo de osso humano fresco congelado conservado em banco de
tecidos eacute uma alternativa viaacutevel para a reconstruccedilatildeo dos rebordos atroacuteficos
diminuindo a morbidade e riscos inerentes agrave abordagem da regiatildeo doadora dos
enxertos autoacutegenos A associaccedilatildeo do bloco de osso homoacutegeno agrave medula oacutessea
24
autoacuteloga parece representar uma alternativa terapecircutica para se minimizar os niacuteveis
de reabsorccedilatildeo dos materiais de enxertia
Gonccedilalves et al (2009) citaram que o melhor material para enxertia oacutessea eacute o
autoacutegeno o problema eacute o poacutes-operatoacuterio que eacute desconfortaacutevel para o paciente Na
existecircncia de desvantagens para a utilizaccedilatildeo de osso autoacutegeno o osso proveniente
de banco de tecidos surge como uma alternativa viaacutevel nas reconstruccedilotildees oacutesseas
maxilomandibulares O osso homoacutegeno pode ser utilizado em algumas situaccedilotildees
que impossibilite obter uma quantidade necessaacuteria de osso autoacutegeno requisitado
pelo receptor ou quando induz ao procedimento com grande morbidade onde exista
negativa do paciente em se submeter a um segundo siacutetio ciruacutergico Mesmo com toda
a previsibilidade de utilizaccedilatildeo de tecido oacutesseo homoacutelogo ele ainda gera
controveacutersias pela possibilidade de infecccedilotildees cruzadas com sua utilizaccedilatildeo Com o
estudo citado foi concluiacutedo que o enxerto homoacutelogo induz mais rapidamente a
remodelaccedilatildeo quando comparado com o autoacutegeno E o estaacutegio da remodelaccedilatildeo
esteve mais dependente da resposta orgacircnica individual de cada paciente
Jahn et al (2009) avaliaram o procedimento de retalho em dupla paacutegina para acesso
ao osso da regiatildeo do mento em comparaccedilatildeo a teacutecnica de retalho mucoperiosteal
Foram realizados procedimentos de obtenccedilatildeo de enxerto oacutesseo da regiatildeo do mento
para utilizaccedilatildeo na reabilitaccedilatildeo de pacientes que receberiam implantes
osseointegrados na regiatildeo anterior da maxila e que necessitavam de aumento de
espessura oacutessea localizada Foram operados 20 pacientes da cliacutenica de Periodontia
da Universidade de Santo Amaro entre 28 e 60 anos de idade Dez pacientes foram
submetidos agrave teacutecnica de retalho mucoperiosteal de espessura parcial e total
convencional e dez pacientes foram submetidos ao retalho em dupla Os pacientes
foram avaliados apoacutes 7 e 14 dias do procedimento ciruacutergico quanto aos seguintes
aspectos parestesia dor edema infecccedilatildeo hemorragia hematoma contato com as
raiacutezes dentaacuterias deiscecircncia de sutura presenccedila ou ausecircncia de trismo Todos os
procedimentos realizados permitiram acesso agrave regiatildeo do mento para obtenccedilatildeo de
enxertos oacutesseos autoacutegenos A avaliaccedilatildeo poacutes-operatoacuteria dos pacientes mostrou que
em ambos os grupos natildeo houve casos de hemorragia trismo contato acidental com
as raiacutezes dentaacuterias e infecccedilatildeo Edema foi constatado em seis casos no grupo de
retalho em dupla paacutegina e sete casos nos retalhos muco periosteais dor foi relatada
por dois e seis pacientes respectivamente Dois casos apresentaram parestesia na
regiatildeo de mento e nos dentes anteriores inferiores por ateacute duas semanas nos
25
pacientes operados pela teacutecnica do retalho mucoperiosteal enquanto nenhum caso
aconteceu em pacientes operados por retalho em dupla paacutegina Os autores
concluiacuteram que a teacutecnica de retalho em dupla paacutegina eacute um importante auxiacutelio no
acesso agrave aacuterea doadora o que pela facilidade de uso pode encorajar os cirurgiotildees a
usarem o mento como aacuterea doadora para pequenos enxertos oacutesseos intrabucais
Molon et al (2009) tiveram como objetivo relatar um caso cliacutenico de maxila
atroacutefica com necessidade de reconstruccedilatildeo alveolar atraveacutes de enxerto homoacutegeno
Apoacutes a realizaccedilatildeo da anamnese foi constatado clinicamente que o paciente
apresentava forma em lacircmina do osso e radiograficamente a panoracircmica mostrou
uma perda oacutessea em altura e uma proximidade do rebordo com a parede inferior do
seio maxilar Foi utilizado enxerto provenientes do UniOss processados e
congelados a -80degCos tecidos foram submetidos a testes soroloacutegicos Na regiatildeo
anterior foi realizado enxerto com osso humano congelado em bloco para restaurar
espessura oacutessea possibilitando a colocaccedilatildeo de implantes dentaacuterios Os blocos
foram fixados com o sistema 15mm e o osso particulado foi acomodado nos
espaccedilos mortos para evitar a formaccedilatildeo de GAPs Apoacutes seis meses da cirurgia foi
removido os parafusos e o guia ciruacutergico posicionado para a instalaccedilatildeo dos seis
implantes A osseointegraccedilatildeo dos implantes foi verificada apoacutes seis meses da
segunda cirurgia pela radiografia panoracircmica Atualmente vem sendo muito utilizado
osso autoacutegeno para reconstruccedilatildeo de maxilares contudo haacute desvantagens
relacionadas com a morbidade do sitio doador quantidade inadequada de osso
intraoral para grandes defeitos e necessidade de osso de regiatildeo extra-oral para
maiores reconstruccedilotildees limitam as expectativas do paciente Por isso os osso
estudos utilizando osso homoacutelogo para reabilitaccedilatildeo com implantes vecircm se
intensificando e apresentando bons resultados Os autores consideram o enxerto de
osso homoacutelogo uma alternativa viaacutevel para reconstruccedilatildeo de rebordos alveolares
severamente atroacuteficos ao mesmo tempo em que reduz a morbidade e os riscos
inerentes aos procedimentos de enxertos autoacutegenos
Pereira et al (2009) discutiram revisaram e compararam as teacutecnicas
envolvidas em remoccedilatildeo de blocos oacutesseos da linha obliacutequa e mento demonstrando
sua efetividade por meio de exemplos cliacutenicos O osso mandibular tem sido utilizado
na reconstruccedilatildeo alveolar para permitir a instalaccedilatildeo de implantes com resultados
extremamente favoraacuteveis Para a regiatildeo de mento a teacutecnica consiste em osteotomia
26
efetuada pelo menos 5 mm abaixo dos aacutepices dentaacuterios e o osso basal da
mandiacutebula preservado A profundidade das osteotomias limita-se agrave cortical externa
Para a regiatildeo da linha obliacutequa haacute trecircs diferentes meacutetodos para acessar a aacuterea
doadora 1 Intrasulcular Realizada no sulco gengival dos dentes naturais 2
Submarginal Indicada quando da presenccedila de coroas proteacuteticas nos molares e preacute-
molares 3 Crestal Indicada para rebordos edecircntulos ou quando os implantes
estiverem planejados para a mesma regiatildeo Uma vez feita agrave incisatildeo o retalho
mucoperiosteal eacute descolado do corpo mandibular expondo a face lateral do
ramocorpo Um bloco cortical retangular ateacute 4 mm de espessura pode ser coletado
da regiatildeo do ramo O comprimento do bloco pode se aproximar de 35 mm mas
altura natildeo deve exceder 10 mm Para o preparo do siacutetio receptor e enxertia o osso
removido eacute posicionado com a face medular do bloco em contato com a face cortical
do siacutetio receptor previamente perfurada com brocas proporcionando sangramento
O bloco deve ser adaptado intimamente ao leito e fixado com parafusos de titacircnio
Os autores concluiacuteram que ambas as teacutecnicas podem ser utilizadas com sucesso
de acordo com a quantidade oacutessea desejada localizaccedilatildeo do siacutetio doador e
experiecircncia do profissional
Piccinelli et al (2009) analisaram retrospectivamente 59 pacientes submetidos
agrave enxertia oacutessea obtida de aacutereas intrabucais com a instalaccedilatildeo de implantes
osseointegrados As aacutereas doadoras foram a regiatildeo da siacutenfise mandibular ramo
mandibular e tuberosidade da maxila Os enxertos foram imobilizados atraveacutes de
parafusos de titacircnio especiacuteficos para fixaccedilatildeo interna riacutegida com diacircmetro de 16 mm
e comprimentos de 8 10 e 12 mm com encaixe em forma de cruz De todas as
cirurgias realizadas foi constatado insucesso em 5 (742 ) pacientes todos do
sexo feminino Destes em 2 (338 ) casos ocorreram perfuraccedilatildeo de membrana do
seio maxilar sendo os dois pacientes tabagistas com idades de 40 e 41 anos Em
um paciente de 30 anos ocorreu a perda do enxerto na regiatildeo anterior de maxila
tendo por aacuterea doadora o osso retirado do ramo mandibular Em outro com 50 anos
ocorreu a perda do enxerto em regiatildeo posterior de mandiacutebula recebendo da aacuterea
retromolar E noutro com 40 anos a perda ocorreu em regiatildeo posterior da
mandiacutebula tendo aacuterea doadora a siacutenfise mandibular A maior causa de falhas de
enxerto eacute deiscecircncia de sutura e posterior necrose asseacuteptica do osso enxertado
sendo demonstrado altas taxas de complicaccedilotildees quando utilizamos a mandiacutebula
27
como aacuterea receptora Existe um iacutendice de sucesso de 904 quando os implantes
satildeo instalados apoacutes um periacuteodo de cicatrizaccedilatildeo dos enxertos O estudo concluiu que
os siacutetios intrabucais doadores de enxertos oacutesseos podem prover volumes oacutesseos
suficientes para a reconstruccedilatildeo dos rebordos alveolares da maioria dos pacientes
desdentados parciais A mandiacutebula eacute vista como siacutetio de eleiccedilatildeo para retirada de
enxertos oacutesseos pois eacute capaz de prover blocos oacutesseos de composiccedilatildeo
predominantemente corticais
Silveira e Wassall (2009) analisaram a aacuterea doadora de enxertos por meio de
tomografias volumeacutetricas tipo feixe cocircnico para avaliaccedilatildeo da remodelaccedilatildeo oacutessea
verificando o grau de morbidade quanto a este paracircmetro Foram selecionados vinte
voluntaacuterios de ambos os gecircneros sem risco de sauacutede e com risco de sauacutede
controlados da cliacutenica de Poacutes-Graduaccedilatildeo do Centro de Pesquisas Odontoloacutegica
Satildeo Leopoldo Mandic e cliacutenica particular As tomografias foram obtidas com
aparelho de aquisiccedilatildeo volumeacutetrica tipo feixe cocircnico este aparelho usa a nova
tecnologia do feixe de tomografia computadorizada cocircnico no qual obtemos todas
as estruturas maxilofaciais do indiviacuteduo em volume ou seja em terceira dimensatildeo
Foi utilizado o tempo de exposiccedilatildeo de 36 segundos e apenas 3 de radiaccedilatildeo uma
tomografia meacutedica As primeiras mediccedilotildees foram obtidas no momento da tomografia
computadorizada inicial anteriormente a cirurgia Logo apoacutes a cirurgia foi realizada
a segunda tomada e medida na qual foi mensurado o quanto foi retirado de tecido
oacutesseo para enxerto Na terceira tomada de medidas foi calculado o ganho real
oacutesseo obtido na remodelaccedilatildeo apoacutes 180 dias de remoccedilatildeo do enxerto Embora a
quantidade retirada de aacuterea varie a recomposiccedilatildeo acompanha com a mesma
variabilidade Os autores concluiacuteram que a remodelaccedilatildeo oacutessea meacutedia da regiatildeo
posterior da mandiacutebula avaliada 180 dias apoacutes a remoccedilatildeo do bloco oacutesseo (enxerto
oacutesseo) foi de 813
Sousa et al (2009) verificaram atraveacutes de uma revisatildeo sistemaacutetica se os
enxertos homoacutegenos satildeo tatildeo eficientes quanto os enxertos autoacutegenos Apoacutes a busca
nas bases foram selecionados 1215 tiacutetulos de artigos Um uacutenico artigo atendeu os
criteacuterios da pesquisa o mesmo foi lido na iacutentegra por ambos examinadores e suas
caracteriacutesticas foram distribuiacutedas em uma tabela Este artigo analisado resultou em
16 pacientes entre 38 e 65 anos (9 do sexo masculino e 7 do sexo feminino) foi
comparado dois grupos enxerto autoacutegeno do iliacuteaco (grupo 1) e enxerto autoacutegeno da
calvaacuteria (grupo 2) Foi avaliado o volume oacutesseo total (VOT) o volume oacutesseo
28
necroacutetico (VON) e o osso vital (OV) e os resultados do grupo 1 foi de VOT (466)
VON (126) e OV (34) jaacute do grupo 2 foi VOT (734) VON (55) e OV (67)
Estatisticamente o enxerto da calvaacuteria foi melhor que o enxerto do iliacuteaco Os autores
concluiacuteram que o uacutenico artigo considerado natildeo consistia numa comparaccedilatildeo entre
enxerto autoacutegeno e homoacutegeno e sim numa comparaccedilatildeo entre enxertos autoacutegenos
de siacutetios diferentes
Spin-Neto et al (2009) realizaram uma revisatildeo de literatura sobre a utilizaccedilatildeo
de osso homoacutelogo em Odontologia sobre a legislaccedilatildeo envolvida na aplicaccedilatildeo deste
material Foram analisados artigos publicados nos uacuteltimos 25 anos no Medline e
pela ANVISA leis decretos que regulamentam o funcionamento dos bancos de
ossos de tecidos musculoesqueleacuteticos brasileiros Sobre o enxerto homoacutelogo haacute
um nuacutemero enorme de processos que ocorrem eacute iniciado por uma reaccedilatildeo
inflamatoacuteria criando espaccedilos que permitam sua invasatildeo por vasos sanguiacuteneos e
chegada das ceacutelulas responsaacuteveis pelo metabolismo oacutesseo atuando na
remodelaccedilatildeo gradativa do local Remover tecidos oacutergatildeos ou partes da pessoa ou do
cadaacutever eacute crime podendo resultar em reclusatildeo (2 a 6 anos) ou em 100 a 360 dias
de multa Jaacute no caso de sepultamento cabe aos meacutedicos realizar a reconstruccedilatildeo do
corpo para evitar constrangimento e manter a dignidade diante de seus familiares
no qual natildeo realizado eacute considerado crime por tal ato Foi concluiacutedo que eacute
necessaacuterio mais estudos e resultados sobre a aplicaccedilatildeo deste biomaterial para
aliados com o conhecimento juriacutedico aumentarmos o conhecimento e informaccedilotildees
sobre o caso
Piffer et al (2010) descreveram um caso cliacutenico de reabilitaccedilatildeo oral de uma
aacuterea de maxila posterior extremamente reabsorvida atraveacutes de levantamento de
seio maxilar utilizando osso xenoacutegeno e posterior uso de implante O caso constava
de uma paciente do sexo feminino que foi submetida a levantamento de seio
maxilar utilizando osso xenoacutegeno liofilizado e concomitante colocaccedilatildeo de dois
implantes nos elementos 15 e 16 Foi relatado que devido agraves limitadas quantidades
oacutesseas para colocaccedilatildeo de implantes dentaacuterios surgiram as teacutecnicas de enxertos
oacutesseos Inicialmente era utilizado osso autoacutegeno da regiatildeo intra-bucal gerando
algumas desvantagens devido a morbidade do siacutetio doador podendo gerar dor
parestesias hematoma Como alternativa surgiu possibilidade de utilizaccedilatildeo de
biomateriais para reconstruccedilotildees maxilares no qual foi utilizado neste caso o Bio-
Oss e obteve um resultado excelente em relaccedilatildeo aacute formaccedilatildeo oacutessea formando
29
extensa regiatildeo de osso denso ao redor dos implantes Assim atraveacutes de uma
revisatildeo sistemaacutetica criacutetica de trabalhos cliacutenicos controlados randomizados
evidenciou que substitutos de ossos autoacutegenos podem ser utilizados obtendo
sucesso Concluindo assim que a colocaccedilatildeo de implantes concomitantes com
enxertias oacutesseas natildeo interferem no processo de reparo oacutesseo e nem na
estabilizaccedilatildeo dos implantes e mostrou-se um tratamento viaacutevel para o presente
caso cliacutenico
Souza et al (2010) realizaram uma revisatildeo da literatura das principais
aplicaccedilotildees e indicaccedilotildees dos enxertos de bancos de ossos na Odontologia Os
enxertos oacutesseos autoacutegenos satildeo eleitos como os de primeira escolha pela sua
eficiecircncia biosseguranccedila e facilidade de obtenccedilatildeo poreacutem apresentam algumas
desvantagens e limitaccedilotildees A utilizaccedilatildeo de homoenxertos provenientes de bancos
de ossos representa uma alternativa aos enxertos oacutesseos autoacutegenos e demonstra
ser uma ferramenta bastante uacutetil para a odontologia com a finalidade de regenerar o
tecido oacutesseo perdido dos maxilares Os autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de
homoenxertos provenientes de bancos de ossos demonstra ser uma ferramenta
bastante uacutetil para a odontologia com a finalidade de regenerar o tecido oacutesseo
perdido dos maxilares Faz-se necessaacuterio que mais bancos de coleta e preparo do
tecido oacutesseo sejam instalados nos hospitais para que esta opccedilatildeo torne-se viaacutevel e
acessiacutevel a um nuacutemero maior de serviccedilos que atuam com reconstruccedilotildees oacutesseas
Aloy-Proacutesper et al (2011) realizaram uma revisatildeo bibliograacutefica sobre
regeneraccedilatildeo oacutessea usando partiacuteculas de enxertos Foram avaliados os resultados
obtidos bem como as complicaccedilotildees de teacutecnicas cirurgircas e as taxas de
sobrevivecircncia e sucesso de implantes colocados nestas aacutereas regeneradas Foram
identificados 64 artigos dos quais 53 foram excluiacutedos em 14 casos de partiacuteculas de
enxerto foi combinado com o bloco de enxerto em quatro casos natildeo ocorreu
defeitos periimplantares durante a colocaccedilatildeo do implante Quanto agrave taxa de sucesso
dos implantes nem todos os estudos bem definidos utilizaram os criteacuterios de
sucesso tornando difiacutecil a comparaccedilatildeo Com base nos criteacuterios de sucesso de
Albrektsson houve uma taxa de sucesso de 932 dois anos apoacutes o carregamento
(857 na maxila superior e 100 na mandiacutebula) Quando os criteacuterios eram do
cortador e Ederer houve uma taxa de sucesso de 857 trecircs anos apoacutes o
carregamento A conclusatildeo dos autores foi de que enxertos de partiacuteculas satildeo
30
eficazes na correccedilatildeo localizada de defeitos do processo alveolar com poucas
complicaccedilotildees e a taxa de sucesso satildeo sempre elevadas variando de 875 a 100
Oliveira Diebold e Silva (2011) analisaram as estruturas da regiatildeo maxilar de
interesse na implantodontia por meio de imagens de tomografia computadorizada
buscando uma avaliaccedilatildeo qualitativa e quantitativa da densidade oacutessea Foram
utilizadas imagens de tomograacutefia computadorizada por raios X obtidas da regiatildeo
maxilar de 31 pacientes avaliados para a colocaccedilatildeo de implantes As regiotildees de
interesse analisadas (seio maxilar fossa nasal tuberosidade maxilar e foramem
naso-alveolar) foram delimitadas de modo semi-automaacutetico com o auxiacutelio da
ferramenta ldquoCell Outlinerrdquo pelo software ImageJ Essas regiotildees foram analisadas nos
cortes axiais cortes sagitais e coronais obtidos pelo TC e com o software A partir
da delimitaccedilatildeo das regiotildees de interesse (ROI) foram determinados os valores
meacutedios e desvio padratildeo do nuacutemero CT em HU (Hounsfield) O nuacutemero CT de uma
imagem tomograacutefica representa o valor de cada pixel que compotildee a imagem esta
relacionada com o coeficiente de atenuaccedilatildeo linear dos tecidos contidos em um voxel
correspondente Estes valores constituem-se em uma informaccedilatildeo importante tanto
para a avaliaccedilatildeo quantitativa das densidades oacutesseas como para a produccedilatildeo de uma
metodologia de realce das estruturas de interesse em implantodontia Com anaacutelise
dos dados obtidos para cada paciente nas estruturas analisadas foi observado que
as regiotildees do seio maxilar e a fossa nasal satildeo semelhantes mas estatisticamente
diferentes Estas satildeo regiotildees pneumaacuteticas que em consequumlecircncia da presenccedila do
ar possuem medidas de nuacutemero CT semelhantes a fossa nasal apresenta uma
estrutura mais irregular e obteve-se uma diferenccedila estatisticamente significativa
entre estas duas regiotildees estudadas O foramem naso-alveolar e a tuberosidade satildeo
regiotildees distintas porque a tuberosidade eacute um osso trabecular de densidades
heterogecircneas que possui a meacutedia do nuacutemero CT maior que a meacutedia do foramen
naso-alveolar que se trata de uma estrutura tubular de densidade homogecircnea para
passagem do feixe vasculo-nervoso Com a comparaccedilatildeo das estruturas analisadas
pelo meacutetodo ANOVA entre pacientes masculinos e femininos evidenciou-se que natildeo
existe diferenccedila estatisticamente significativa entre sexos As conclusotildees obtidas
neste trabalho mostraram que o nuacutemero CT eacute uma medida eficiente para
caracterizar estruturas do corpo humano Os dados obtidos com a anaacutelise das
meacutedias do nuacutemero CT de cada regiatildeo estudada nos permite caracterizar
separadamente cada regiatildeo
31
3 MATERIAS E MEacuteTODOS
O presente trabalho aborda a descriccedilatildeo de quatro casos cliacutenicos que foram
selecionados dos prontuaacuterios de pacientes enxertados submetidos agrave tomografia
computadorizada Cone Beam no periacuteodo preacute-enxerto e apoacutes o procedimento
ciruacutergico das cliacutenicas radiograacuteficas ldquoCliacutenica Odonto Imagem Radiologiardquo situada em
Balneaacuterio Camboriuacute (SC) e ldquoCliacutenica Radioimagemrdquo situada em Itajaiacute (SC)
Foram incluiacutedos no estudo os laudos radiograacuteficos de pacientes que atendem
as seguintes caracteriacutesticas pacientes de ambos os sexos com bom estado de
sauacutede geral idade de quarenta a setenta anos que foram submetidos a enxerto
oacutesseo em regiatildeo de maxila
Primeiramente foi realizada uma coleta de dados junto aos laudos
radiograacuteficos emitidos pelas cliacutenicas citadas Foram selecionados os casos e
posteriormente foi acessado agraves imagens tomograacuteficas dos pacientes
Os exames tomograacuteficos computadorizado de aquisiccedilatildeo volumeacutetrica (cone
beam) foram realizados atraveacutes de cortes parasagitais de espessura de 2mm e
distacircncia de 1 mm entre os cortes
Na segunda etapa foi efetuada a anaacutelise das tomografias observando as
imagens preacute e poacutes-ciruacutergicas simultaneamente nesse momento delimitou-se a aacuterea
do leito receptor e do material enxertado Utilizando o programa Planmeca Romexis
Viewer acessou-se as imagens fornecidas digitalmente analisando primeiramente
as imagens do leito receptor por meio de trecircs traccedilados (em planos perpendiculares)
realizados com o auxiacutelio da ferramenta denominada Linha Hounsfield que nos
fornece a densidade oacutessea do local traccedilado e uma meacutedia do mesmo Foi realizada
uma meacutedia aritmeacutetica simples dos trecircs traccedilados resultando uma meacutedia de
densidade oacutessea que foi enquadrada na escala O mesmo procedimento foi
realizado na aacuterea do material enxertado
Com a posse destes valores meacutedios comparou-se a densidade oacutesseo do leito
receptor com a densidade oacutessea do material enxertado
32
Os dados seratildeo divulgados atraveacutes de painel exposto no bloco de Odontologia
e apresentaccedilatildeo oral Uma coacutepia da pesquisa concluiacuteda seraacute enviada agraves Cliacutenicas
envolvidas na pesquisa
O projeto de pesquisa foi aprovado pela Comissatildeo de Eacutetica em Pesquisa
sobre o nuacutemero 44610
33
4 RESULTADOS
De acordo com a tabela a seguir podemos expressar de forma resumida os
resultados obtidos atraveacutes da pesquisa comparando os mesmos com a escala de
Misch
Paciente (P1) MS sexo feminino com idade de 49 anos apresentando bom
estado de sauacutede geral No dia 28 de outubro de 2009 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes (Figura 1)
34
Figura 1 Vista panoracircmica preacute-enxertia
A densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield
obteve os seguintes resultados Axial (Z) = 7650 Coronal (Y) = 5196 Sagital (X)
= 7818
No dia 29 de janeiro de 2010 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
homoacutegeno O material proveniente do Banco de Tecidos Muacutesculo Esqueleacuteticos HC-
UFPR consistia de um bloco cortical de Fecircmur medindo 30x20mm lote C0917 FD
BC 26 processado no dia 15 de julho de 2009 com validade de 5 anos conservado
a temperatura abaixo de -40ordmC O osso foi particulado e acrescido de lincomicina
No dia 19102010 foram realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da
densitometria oacutessea do material enxertado e obtiveram os seguintes resultados
Axial (Z) = 6590 Coronal (Y) = 4986 Sagital (X) = 2948 (Figura 2)
35
Figura 2 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
Paciente (P2) AWU sexo feminino com idade de 67 anos apresentando
bom estado de sauacutede geral no dia 29 de agosto de 2009 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes A
densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield obteve os
seguintes resultados Axial (Z) = 7104 Coronal (Y) = 7002 Sagital (X) = 10412
(Figura 3)
Figura 3 Vista panoracircmica preacute-enxertia
No dia 06 de novembro de 2009 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
36
homoacutegeno O material proveniente do Banco de Tecidos Muacutesculo Esqueleacuteticos HC-
UFPR consistia de um bloco cortical de Fecircmur medindo 30x20mm lote C0917 FD
BC 39 processado no dia 15 de julho de 2009 com validade de 5 anos conservado
a temperatura abaixo de -40ordmC O osso foi particulado e acrescido de lincomicina
Passado o periacuteodo de 10 meses apoacutes o procedimento ciruacutergico foram
realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da densitometria oacutessea do material
enxertado e obtiveram os seguintes resultados Axial (Z) = 6972 Coronal (Y) =
8138 Sagital (X) = 4984 (Figura 4)
Figura 4 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
Paciente (P3) IS sexo feminino com idade de 42 anos apresentando bom
estado de sauacutede geral no dia 13 de Novembro de 2007 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes A
densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield obteve os
seguintes resultados Axial (Z) = 4917 Coronal (Y) = 3481 Sagital (X) = 4207
(Figura 5)
37
Figura 5 Vista panoracircmica preacute-enxertia
No dia 26 de Novembro de 2007 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
autoacutegeno tendo como aacuterea doadora a regiatildeo de ramo mandibular
Passado o periacuteodo de 09 (nove) meses apoacutes o procedimento ciruacutergico foram
realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da densitometria oacutessea do material
enxertado e obtiveram os seguintes resultados Axial (Z) = 7176 Coronal (Y) =
5443 Sagital (X) = 5638 (Figura 6)
Figura 6 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
38
Paciente (P4) ATL sexo feminino com idade de 45 anos apresentando
bom estado de sauacutede geral no dia 18 de Agosto de 2009 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes A
densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield obteve os
seguintes resultados Axial (Z) = 6028 Coronal (Y) = 6681 Sagital (X) = 6397
(Figura 7)
Figura 7 Vista panoracircmica preacute-enxertia
No dia 09 de Outubro de 2009 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
autoacutegeno tendo como aacuterea doadora a regiatildeo de ramo mandibular
Passado o periacuteodo de 4 (quatro) meses apoacutes o procedimento ciruacutergico foram
realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da densitometria oacutessea do material
enxertado e obtiveram os seguintes resultados Axial (Z) = 8549 Coronal (Y) =
9340 Sagital (X) = 8624 (Figura 8)
39
Figura 8 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
40
5 DISCUSSAtildeO
Em Odontologia a tomografia computadorizada tem demonstrado ser o
meacutetodo de eleiccedilatildeo para a determinaccedilatildeo da densidade oacutessea na regiatildeo dos
maxilares pois fornece dados objetivos precisos da variaccedilatildeo da densidade oacutessea
entre diferentes regiotildees em um mesmo indiviacuteduo A tomografia computadorizada eacute o
uacutenico meacutetodo que permite avaliar osso cortical e medular separadamente com a
vantagem de que as informaccedilotildees tridimensionais satildeo apresentadas em uma seacuterie de
cortes finos da estrutura interna da parte estudada onde as informaccedilotildees resultantes
natildeo sofrem superposiccedilatildeo por estruturas anatocircmicas (SANTIAGO e VITRAL 2006)
Logo a tomografia computadorizada eacute um meacutetodo de escolha na avaliaccedilatildeo
qualitativa e quantitativa de enxertos em seio maxilar (ZEacuteTOLA et al 2002)
Bassi et al (2009) citaram que para o sucesso da reabilitaccedilatildeo com implantes
dentaacuterios eacute imprescindiacutevel que seja levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
rebordo residual e tambeacutem a qualidade de osso para a estabilidade do implante
Aleacutem disso o osso disponiacutevel (volume) deve ser avaliado em sua densidade
o que determinaraacute sua resistecircncia Densidade eacute a relaccedilatildeo entre a massa e o volume
de um corpo e o meacutetodo de avaliaccedilatildeo da densidade mineral oacutessea eacute denominado
densitometria As unidades de medidas mais empregadas satildeo gcmsup2 (densidade por
aacuterea) gcmsup3 (densidade por volume) ou HU (unidade Hounsfield) (CAUacuteLA
MACHADO BARBOSA 2000)
A densidade oacutessea eacute diretamente relacionada agrave resistecircncia do tecido oacutesseo
antes da fratura Uma diferenccedila de dez vezes na resistecircncia do tecido oacutesseo pode
ser observada entre o osso D1 e D4 O osso D2 exibe uma resistecircncia agrave
compressatildeo 47 a 68 maior se comparado com o D3 (MISCH 2000)
O osso com densidade 2 (D2) eacute uma combinaccedilatildeo de osso compacto denso
para poroso na porccedilatildeo externa e osso trabecular grosso na porccedilatildeo interna Na
superfiacutecie e nas proporccedilotildees laterais do implante oferece uma interface inicial riacutegida
A densidade oacutessea D2 eacute mais comumente encontrada na mandiacutebula A regiatildeo
anterior da mandiacutebula apresenta este tipo oacutesseo em 23 dos casos O osso com
densidade 3 (D3) eacute composto de uma cortical oacutessea fina na crista e osso trabecular
fino no interior Uma das desvantagens desse tipo oacutesseo eacute a delicadeza com a qual
esse osso deve ser manipulado Quanto menor for a densidade mais facilmente o
41
osso eacute expandido para que implantes sejam inseridos A regiatildeo anterior da maxila
apresenta em 65 dos casos o osso D3 e em quase metade dos casos o osso
D3 eacute encontrado tambeacutem na regiatildeo posterior da maxila O osso menos denso D4
tem sido relatado em aproximadamente 40 dos casos eacute encontrado na parte
posterior da maxila especialmente na regiatildeo dos molares ou apoacutes levantamento do
seio maxilar (CAUacuteLA MACHADO BARBOSA 2000 BUSCATTI 2003)
Em 1988 Misch realizou uma pesquisa tendo como base de estudos a escala
apresentada por Hounsfield que tem como objetivo a diferenciaccedilatildeo de densidades
de oacutergatildeos do corpo pela diferenccedila de tons de cinza atraveacutes da tomografia A partir
desta Misch propocircs uma nova escala o qual associou nuacutemeros aos tipos oacutesseos
relacionando numericamente os valores aos tipos oacutesseos
No periacuteodo preacute-enxertia foi verificado que em todos os casos estudados a
densidade presente na regiatildeo de leito receptor caracteriza osso tipo D3 Sendo esta
densidade compatiacutevel com a regiatildeo anterior e posterior da maxila
Apoacutes 10 meses dos enxertos homoacutegenos serem realizados (P1 e P2)
observou-se que a densidade em unidades HU diminuiu na maioria dos eixos
avaliados somente no eixo coronal da P2 que apresentou um leve aumento Apesar
desta variaccedilatildeo de valores natildeo houve mudanccedila da qualidade oacutessea Tanto o osso
neoformado quanto o do leito receptor mantiveram-se qualidade de osso D3
Nos casos onde o material de escolha foi osso autoacutegeno observou-se atraveacutes
da densidade em unidades HU aumento dos valores em todos os eixos avaliados
Entre os dois casos (P3 e P4) houve uma pequena diferenccedila entre os valores que
atraveacutes da escala proposta por Misch resultou na diferenccedila que no caso P3 o
material enxertado natildeo apresentou alteraccedilatildeo na qualidade em relaccedilatildeo agrave aacuterea
receptora Jaacute no caso P4 o material enxertado caracteriza-se como qualidade oacutessea
D2 Suponha-se que esta diferenccedila entre a densidade do material enxertado nestes
dois casos seja devido ao grau de condensaccedilatildeo do material na regiatildeo tamanho das
partiacuteculas e quantidade de material enxertado Os dados obtidos natildeo correspondem
a uma populaccedilatildeo em geral devido a pequena quantidade de amostras e se tratando
de um relato de caso cliacutenico
Pinto et al (2007) comenta que os enxertos autoacutegenos satildeo os uacutenicos entre os
tipos de enxerto oacutesseo a fornecer ceacutelulas oacutesseas vivas imunocompatiacuteveis
essenciais agrave fase I da osteogecircnese que eacute responsaacutevel pela proliferaccedilatildeo das ceacutelulas
oacutesseas em especial do osteoacuteide assim quanto mais ceacutelulas vivas forem
42
transplantadas mais tecido oacutesseo seraacute formado Kuabara et al (2000) concluiacuteram
que a pequena morbidade poacutes-operatoria da regiatildeo doadora do enxerto elege a
regiatildeo retromolar inferior como uma excelente opccedilatildeo ciruacutergica para reabilitaccedilatildeo de
pequenos defeitos oacutesseos Jaacute Cyriaco e Azevedo (2006) relatam que quando se
trata de enxertos menores as melhores aacutereas doadoras para regiatildeo oral seriam o
mento e a regiatildeo retromolar e para maiores quantidades a crista iliacuteaca a calota
craniana a costela e a tiacutebia
Pereira et al (2009) enxerto com osso autoacutegeno eacute considerado padratildeo ouro
para reconstruccedilatildeo de defeitos oacutesseos residuais Algumas teacutecnicas ciruacutergicas podem
ser realizadas abrangendo aacutereas doadoras extra e intrabucais dependendo do grau
de perda oacutessea planejamento ciruacutergico-proteacutetico e das condiccedilotildees gerais do
paciente O osso autoacutegeno cortical oferece excelente suporte estrutural para o siacutetio
receptor sendo uma excelente alternativa para segmentos de defeitos maiores que
5 ou 6 cm que requerem suporte estrutural imediato restabelecendo devidamente a
funccedilatildeo
Gonccedilalves (2008) concluiu que implantes instalados em enxertos de seio maxilar
com a ajuda de substitutos oacutesseos apresentam uma taxa de sucesso cliacutenico de
9009
O osso mais indicado para enxertia eacute o autoacutegeno pela sua eficiecircncia
bioseguranccedila e facilidade de obtenccedilatildeo e uma alternativa para sua substituiccedilatildeo eacute o
homoacutegeno por ter caracteriacutesticas a longo prazo semelhantes embora o iacutendice de
reabsorccedilatildeo ser maior (DEL VALE et al 2006 SOUZA et al 2010 GONCcedilALVEZ et
al 2009) O enxerto de osso homoacutelogo eacute uma alternativa viaacutevel para reconstruccedilatildeo
de rebordos alveolares severamente atroacuteficos ao mesmo tempo em que reduz a
morbidade e os riscos inerentes aos procedimentos de enxertos autoacutegenos como
dor parestesia e hematomas (MOLON et al 2009 PIFFER et al2010) Ele mostra-
se efetivo conforme Contar et al (2009) que realizou 51 implantes sobre enxerto
homoacutegeno alcanccedilando o torque miacutenimo de 40N(newton) em todos eles natildeo
havendo problema em nenhum implante em um periacuteodo de acompanhamento de 24
a 35 meses
Ajzen et al (2005) comenta do uso de fatores indutores como plasma rico em
plaquetas sugerindo uma melhor qualidade e quantidade oacutessea necessaacuteria para
reconstruccedilatildeo proteacutetica atraveacutes de implantes oacutesseo integrados A associaccedilatildeo do
bloco de osso homoacutegeno agrave medula oacutessea autoacuteloga parece representar uma
43
alternativa terapecircutica para se minimizar os niacuteveis de reabsorccedilatildeo dos materiais de
enxertia (COSTA et al 2009)
Faz-se necessaacuterio a coleta de mais casos para se obter um tratamento
estatiacutestico que possibilite uma comprovaccedilatildeo da previsibilidade da densidade oacutessea
com os materiais enxertados e variaccedilotildees de teacutecnicas ciruacutergicas
44
6 CONCLUSAtildeO
Conclui-se que o enxerto oacutesseo autoacutegeno e procedente de banco de ossos
demonstra-se eficaz na reabilitaccedilatildeo de pacientes que apresentam maxilas atroacuteficas
e que necessitam de implantes dentaacuterios para a reabilitaccedilatildeo proteacutetica
A densidade obtida do material enxertado eacute semelhante a densidade do
tecido oacutesseo adjacente necessitando de mais casos para esta comprovaccedilatildeo
45
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AJZEN S A et al Anaacutelise por tomografia computadorizada do enxerto autoacutegeno na cirurgia de sinus lift Radiol bras Rio de Janeiro v 38 n 1 p 25-31 janfev 2005 ALOY-PROacuteSPER A et al Bone regeneration using particulate grafts an update Med oral patol oral cir bucal Valencia v16 n2 p210-214 Mar 2011 ARAUacuteJO JMS de et al Enxerto oacutesseo bovino como alternativa para cirurgias de levantamento de assoalho de seio maxilar Rev cir traumatol buco-maxilo-fac Recife v9 n 3 p 89-96 julset 2009
BASSI A P F CARNEIRO G P Avaliaccedilatildeo do iacutendice de sucesso dos enxertos autoacutegenos e dos implantes instalados em regiatildeo do seio maxilar Implant News Satildeo Paulo v7 n2 p257-260 dez 2009
BLAY A TUNCHEL S SENDYK W R Viabilidade dos enxertos autoacutegenos obtidos com a utilizaccedilatildeo de coletores para osso estudo histoloacutegico e microbioloacutegico Pesqui Odontol Bras Satildeo Paulo v 17 n 3 p 234-40 julset 2003 BUSCATTI M Y Contribuiccedilatildeo para o estudo das densidades oacutesseas maxilomandibulares por meio da escala tomodensitomeacutetrica de Hounsfield quando da aplicaccedilatildeo de programa computadorizado para planejamento de implantes osseointegrados 2003 122f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Radiologia) - Faculdade de Odontologia da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2003 CAUacuteLA A L MACHADO F O de BARBOZA E P Densidade Oacutessea no planejamento em Implantodontia BCI Curitiba v 7 n 25 2000
CHEM RC et al Uso de retalho livre de fiacutebula no complexo bucomaxila-facial ndash Relato de dois casos Rev Cir Traumatol Buco-maxilo-fac Camaragibe v5 n4 p 23-30 outdez 2005 CONTAR C M M et al Maxillary ridge augmentation with fresh-frozen bone allografts J Oral Maxillofac Surg Copenhagen v67 n6 p1280-1285 June 2009 COSMO L A M et al Enxerto oacutesseo em levantamento de seio maxilar com osso humano fresco congelado ImplantNews Satildeo Paulo v 4 n 3 p 249-253 2007 COSTA C E S da et al Utilizaccedilatildeo de medula oacutessea autoacuteloga na integraccedilatildeo de enxertos oacutesseos homoacutelogos ImplantNews Satildeo Paulo v 6 n 4 p 395-402 2009
CYRIACO E AZEVEDO D Enxertos oacutesseos aplicados na cirurgia buccedilo-maxilo facial Cispre [on line] Petroacutepolis 27 jul 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcisprecombracervo_detalhesaspId=60gt Acesso em 20 abr 2011
DEL VALLE R A CARVALHO M L de GONZALEZ M R Estudo do comportamento de enxerto oacutesseo com material doador obtido dos bancos de tecidos muacutesculos-esqueleacuteticos Rev odontol Univ Cid Satildeo Paulo Satildeo Paulo v 18 n 2 p 189-194 maioago 2006
46
GARCIA JUacuteNIOR I R et al Avaliaccedilatildeo cliacutenica de enxertos oacutesseos autoacutegenos de crista iliacuteaca em maxilas atroacuteficas para instalaccedilatildeo de implantes oacutesseointegraacuteveis Innov implant j biomater esthet (Impr) Satildeo Paulo v 1 n 1 p 34-40 maio 2006 GONCcedilALVES A R de Q Avaliaccedilatildeo do sucesso de implantes osseointegraacuteveis em enxerto de seio maxilar RGO (Porto Alegre) Porto Alegre v 56 n 4 p 423-427 outdez 2008 GONCcedilALVES A O et al Avaliaccedilatildeo histomorfoloacutegica de maxilares humanos submetidos a enxerto oacutesseo autoacutegeno e homoacutegeno Implant News Satildeo Paulo v7 n2 p213-222 nov 2009
JAHN R S et al Retalho em dupla paacutegina Innov implant j biomater esthet Satildeo Paulo v 4 n 3 p 20-24 setdez 2009
KUABARA M R et al Levantamento de seio maxilar utilizando enxerto autoacutegeno da regiatildeo retromolar e simultacircnea colocaccedilatildeo de implantes ossointegrados Relato de caso cliacutenico ROBRAC Goiacircnia v 9 n 28 p 14-17 2000
MAZZONETTO R et al Avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de enxertos de siacutenfise mandibular na reconstruccedilatildeo de defeitos oacutesseos em regiatildeo anterior de maxila estudo por meio de tomografia convencional linear Rev bras implant Satildeo Paulo v 6 n 1 p 19-22 janmar 2000
MISCH C E et al Doaccedilatildeo de enxertos oacutesseos autoacutegenos extra orais para implantes endo oacutesseo In Implantes Dentaacuterios Contemporacircneos 2ordm ed Satildeo Paulo Santos 2000 cap 33 p 521-535 MOLON R S de et al Reconstruccedilatildeo de maxila atroacutefica utilizando enxerto oacutesseo homoacutegeno Rev Cir Traumatol Buco-Maxilo-fac Camaragibe v 9 n 4 p 25-30 outdez 2009 OLIVEIRA FILHO M A de et alReconstruccedilatildeo de defeito de continuidade em mandiacutebula com posterior reconstruccedilatildeo alveolar RGO (Porto Alegre) Porto Alegre v 55 n 3 p 305-310 julset 2007 OLIVEIRA H W de DIEBOLD E SILVA A M M da Avaliaccedilatildeo da regiatildeo maxilar em imagens de tc por raios x para o uso em implantodontia e cirurgia bucomaxilofaciaL Disponiacutevel em lthttpwwwpucrsbrunipoafisicapesquisasnimedartigosArtigo20Canal20CientEDficopdfgt Acesso em 20 de Junho de 2011 PEREIRA C C S et al Enxertos oacutesseos autoacutegenos mandibulares para reconstruccedilatildeo de processos alveolares atroacutefi cos revisatildeo e teacutecnica ciruacutergica Innov Implant J Biomater Esthet Satildeo Paulo v 4 n 3 p 96-102 setdez 2009 PICCINELLI L B et al Estudo retrospectivo de 59 pacientes tratados com enxertos oacutesseos autoacutegenos intrabucais e implantes dentais Innov Implant J Biomater Esthet Satildeo Paulo v 4 n 3 p 30-34 setdez 2009 PIFFER C S et al Levantamento de seio maxilar utilizando Bio-Oss concomitante com a instalaccedilatildeo de implantes ImplantNews Satildeo Paulo v 7 n 4 p 489-495 2010
47
PINTO J G S et al Enxerto autoacutegeno x biomateriais no tratamento de fraturas e deformidades faciais ndash uma revisatildeo de conceitos atuais RFO UPF Passo Fundo v 12 n 3 p 79-84 setdez 2007 RIBEIRO JUacuteNIOR O et al Princiacutepios da reconstruccedilatildeo mandibular com enxerto oacutesseo vascularizado Rev cir traumatol buco-maxilo-fac Recife v 8 n 1 p 15 ndash 22 janmar 2008 RODRIGUES A F VITRAL R W F Aplicaccedilotildees da Tomografia Computadorizada na Odontologia Pesq Bras Odontoped Clin Integr Joatildeo Pessoa v 7 n 3 p 317-324 setdez 2007 SANTIAGO R C VITRAL R W F Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da densidade mineral oacutessea e seu emprego na odontologia Pesq Bras Odontoped Clin Integr Joatildeo Pessoa v6 n3 p 289-294 setdez 2006 SILVEIRA A C G WASSALL T Anaacutelise da aacuterea doadora de enxerto mandibular por meio de tomografia computadorizada do feixe cocircnico para avaliaccedilatildeo da remodelaccedilatildeo oacutessea RGO (Porto Alegre) Porto Alegre v 57 n 1 p 61-65 janmar 2009 SOUSA J N L de et al Avaliaccedilatildeo dos enxertos homoacutegenos como substitutos aos enxertos autoacutegenos na fixaccedilatildeo de implantes osteointegrados uma revisatildeo sistemaacutetica da literatura Innov Implant J Satildeo Paulo v 4 n 3 p 54-57 setdez 2009 SOUZA D O et al Aplicaccedilotildees de enxertos de bancos de ossos em odontologia R Ci meacuted biol Salvador v 9 n 1 p 45-48 2010 SPIN-NETO R et al Tecido oacutesseo homoacutelogo para utilizaccedilatildeo em Odontologia Implant News Satildeo Paulo v7 n4 p555-560 dez 2009 TANAKA R et al Incorporaccedilatildeo dos enxertos oacutesseos em bloco processos bioloacutegicos e consideraccedilotildees relevantes Conscientia e sauacutede Satildeo Paulo v 7 n 3 p 323-327 2008 ZEacuteTOLA A L et al Reconstruccedilatildeo do seio maxilar atroacutefico com enxerto autoacutelogo de crista iliacuteaca avaliaccedilatildeo por tomografia computadorizada e radiografia panoracircmica Rev col bras cir Rio de Janeiro v 29 n 1 p 13-18 janfev 2002
2
LUIZ ANTONIO FRANTZ
LUIZ EDUARDO GAMBA
UISLEN BERIAN CADORE
AVALIACcedilAtildeO DA DENSIDADE OacuteSSEA EM PACIENTES
ENXERTADOS COM OSSO HOMOacuteGENO E AUTOacuteGENOS POR MEIO
DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA CONE BEAM RELATO DE
CASO CLIacuteNICO
1 Prof Dr Emerson Alexandre Sgrott ____________________________________
Curso de Odontologia da Universidade do Vale do Itajaiacute (UNIVALI)
2 Prof Dr Rafael Saviolo Moreira_______________________________________
Curso de Odontologia da Universidade do Vale do Itajaiacute (UNIVALI)
3 Prof MsC Alisson Dante Steil_________________________________________
Curso de Odontologia da Universidade do Vale do Itajaiacute (UNIVALI)
O presente Trabalho de Conclusatildeo de Curso apresentado como requisito parcial para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de cirurgiatildeo-dentista do Curso de Odontologia da Universidade do Vale do Itajaiacute aos xx dias do mecircs de xxx do ano de dois mil e onze eacute considerado aprovado
3
AGRADECIMENTOS
Agradecemos a todas as pessoas e instituiccedilotildees que direta ou indiretamente
contribuiacuteram para a elaboraccedilatildeo deste trabalho
4
AVALIACcedilAtildeO DA DENSIDADE OacuteSSEA EM PACIENTES ENXERTADOS COM OSSO
HOMOacuteGENO E AUTOacuteGENOS POR MEIO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
CONE BEAM RELATO DE CASO CLIacuteNICO
Luiz Antonio FRANTZ Luiz Eduardo GAMBA Uislen Berian CADORE Orientador Prof Dr Emerson Alexandre Sgrott Data de defesa 23 de Setembro de 2011
Resumo Com o grande avanccedilo da implantodontia constata-se a necessidade de espessura miacutenima de tecido oacutesseo evoluindo com isso a enxertia oacutessea na aacuterea odontoloacutegica para a realizaccedilatildeo de reabilitaccedilotildees O intuito deste trabalho foi a descriccedilatildeo de quatro casos cliacutenicos e avaliar a qualidade do material de enxerto sendo dois de origem autoacutegena e dois de origem homoacutegena em situaccedilatildeo de preacute implante dentaacuterio por meio da tomografia computadorizada CONE BEAM Foram determinadas a densidade do tecido oacutesseo adjacente (leito receptor) no periacuteodo preacute-ciruacutergico a densidade oacutessea do material enxertado no periacuteodo poacutes-ciruacutergico e realizada uma comparaccedilatildeo da densidade oacutessea obtida pelo material enxertado com a densidade do tecido oacutesseo adjacente Os dados foram coletados junto a prontuaacuterios das clinicas ldquoCliacutenica Odonto Imagem Radiologiardquo situada em Balneaacuterio Camboriuacute (SC) e ldquoCliacutenica Radioimagemrdquo situada em Itajaiacute (SC) A anaacutelise dos dados seraacute efetuada em funccedilatildeo da densidade e origem do osso com o auxiacutelio do programa Planmeca Romexis Viewer Concluindo assim que o enxerto oacutesseo autoacutegeno e procedente de banco de ossos demonstra-se eficaz na reabilitaccedilatildeo de pacientes que apresentam maxilas atroacuteficas e que necessitam de implantes dentaacuterios para a reabilitaccedilatildeo proteacutetica A densidade obtida do material enxertado eacute semelhante a densidade do tecido oacutesseo adjacente necessitando de mais casos para esta comprovaccedilatildeo Palavras chave Densidade oacutessea Tomografia computadorizada de feixe cocircnico Enxerto oacutesseo mandibular Implante Dentaacuterio Endoacutesseo
5
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 6 2 REVISAtildeO DE LITERATURA 7 3 MATERIAIS E MEacuteTODOS 32 4 RESULTADOS 34 5 DISCUSSAtildeO 39 6 CONCLUSAtildeO 43
6
1 INTRODUCcedilAtildeO
Os implantes dentaacuterios estatildeo sendo usados em grande nuacutemero por pacientes
edecircntulos totais ou parciais Eles satildeo um excelente meacutetodo de tratamento para se
obter uma adequada reabilitaccedilatildeo bucal No entanto o seu sucesso depende de uma
quantidade miacutenima de tecido oacutesseo para a sua inserccedilatildeo com comprimento e
espessura seguros a fim de suportar as forccedilas mastigatoacuterias
A condiccedilatildeo de um remanescente oacutesseo miacutenimo para inserccedilatildeo do implante
nem sempre se faz presente por isso teacutecnicas de aumento de rebordo alveolar e de
levantamento de assoalho do seio maxilar tecircm sido desenvolvidas viabilizando
dessa forma a reabilitaccedilatildeo(AJZEN et al 2005)
A regeneraccedilatildeo do osso alveolar reabsorvido eacute um dos desafios atuais da
cliacutenica odontoloacutegica Existindo basicamente trecircs origens diferentes de osso a ser
enxertado osso autoacutegeno (autoacutelogo) homoacutegeno (homoacutelogo) osso heteroacutegeno
(heteroacutelogo) O osso autoacutegeno tem como origem o osso do proacuteprio paciente o osso
homoacutegeno tem origem da mesma espeacutecie (cadaacuteveres nos bancos de ossos) e o
osso heteroacutegeno tem como origem o osso de doador de outra espeacutecie (geralmente
bovina)
A partir da constataccedilatildeo da demanda atual dessa modalidade de reabilitaccedilatildeo oral
avaliou-se a qualidade do material de enxerto oacutesseo procedente de banco de ossos
(osso homoacutegeno) e osso autoacutegeno em situaccedilatildeo de implante dentaacuterio por meio da
tomografia computadorizada Cone Beam E dessa forma definir qual a indicaccedilatildeo do
material e atraveacutes de suas vantagens e desvantagens servir de auxiacutelio ao Cirurgiatildeo-
Dentista em sua praacutetica diaacuteria de implantodontia levando-o agrave seguranccedila e
confiabilidade em seus procedimentos
7
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
Cauacutela Machado e Barboza (2000) descreveram os diferentes tipos de
densidade oacutessea e sua influecircncia na Implantodontia A densidade do osso disponiacutevel
em um siacutetio edecircntulo tem influecircncia no planejamento do tratamento no design do
implante no tipo de cirurgia no tempo de cicatrizaccedilatildeo e na colocaccedilatildeo progressiva
de carga durante a reconstruccedilatildeo proteacutetica O osso pode ser classificado
macroscopicamente em quatro grupos de densidades diferentes do mais denso ao
menos denso compacto denso compacto poroso trabecular grosso e trabecular
fino O osso considerado como densidade 1 (D1) manteacutem sua forma e densidade
devido ao stress das inserccedilotildees musculares Sendo composto de osso lamelar
histoloacutegico eacute altamente mineralizado e capaz de suportar grandes cargas O osso
compacto denso tambeacutem apresenta algumas desvantagens que devem ser
consideradas O osso D1 eacute mais difiacutecil de ser preparado para receber implantes do
que qualquer outro tipo oacutesseo O osso com densidade 2 (D2) eacute uma combinaccedilatildeo de
osso compacto denso para poroso na porccedilatildeo externa e osso trabecular grosso na
porccedilatildeo interna Na superfiacutecie e nas proporccedilotildees laterais do implante oferece uma
interface inicial riacutegida A densidade oacutessea D2 eacute mais comumente encontrada na
mandiacutebula A regiatildeo anterior da mandiacutebula apresenta este tipo oacutesseo em 23 dos
casos O osso com densidade 3 (D3) eacute composto de uma cortical oacutessea fina na
crista e osso trabecular fino no interior Uma das desvantagens desse tipo oacutesseo eacute a
delicadeza com a qual esse osso deve ser manipulado Quanto menor for a
densidade mais facilmente o osso eacute expandido para que implantes sejam inseridos
A regiatildeo anterior da maxila apresenta em 65 dos casos o osso D3 e em quase
metade dos casos o osso D3 eacute encontrado tambeacutem na regiatildeo posterior da maxila
O osso com densidade 4 (D4) eacute um osso trabecular fino cuja cortical oacutessea eacute
miacutenima ou nenhuma A necessidade da altura maacutexima de osso disponiacutevel eacute maior
em D4 do que em outros tipos oacutesseos para aumentar a superfiacutecie de contato
ossoimplante O tempo de cicatrizaccedilatildeo deve ultrapassar os 6 meses como
preconizado nos protocolos existentes O osso menos denso D4 tem sido relatado
em aproximadamente 40 dos casos eacute encontrado na parte posterior da maxila
especialmente na regiatildeo dos molares ou apoacutes levantamento do seio maxilar Os
autores concluiacuteram que dependendo da localizaccedilatildeo e do tempo pelo qual uma aacuterea
8
permaneceu edecircntula sua densidade seraacute variaacutevel Poreacutem existem aacutereas onde os
tipos oacutesseos satildeo mais comumente encontrados D1 eacute encontrado em mandiacutebula
anterior atroacutefica D2 eacute encontrado em regiatildeo de mandiacutebula anterior mandiacutebula
posterior e maxila anterior D3 eacute encontrado em regiatildeo de maxila anterior maxila
posterior e mandiacutebula posterior e D4 eacute encontrado em regiatildeo de maxila posterior
Kuabara et al (2000) apresentaram um caso cliacutenico de reabilitaccedilatildeo oral por
meio de cirurgia avanccedilada em implantologia destacando a teacutecnica ciruacutergica para
elevaccedilatildeo do seio maxilar usando um enxerto oacutesseo da regiatildeo retromolar da
mandiacutebula Todo procedimento ciruacutergico foi realizado sob anestesia local e
medicaccedilatildeo previamente agrave cirurgia O enxerto foi removido da regiatildeo retromolar da
mandiacutebula aacuterea onde encontra-se maior quantidade de osso cortical e pouca
medular Apoacutes anestesia local por bloqueio regional e complementar a incisatildeo foi
realizada na base do ramo da mandiacutebula seguindo pela linha obliqua ateacute a regiatildeo de
1ordm molar inferior Foi realizado o deslocamento do retalho muco-periostal e o tecido
oacutesseo foi exposto a ostectomia foi realizada com brocas e cinzeacuteis provocando uma
fratura do fragmento Enquanto as perfuraccedilotildees dos implantes eram confeccionadas
o enxerto foi particulado e colocado no interior da cavidade sinusal em sua porccedilatildeo
medial seguindo-se a colocaccedilatildeo dos implantes e posterior preenchimento da
cavidade com osso triturado Passado o periacuteodo de seis meses foi iniciada a fase
proteacutetica Os autores concluiacuteram que a pequena morbidade poacutes-operatoacuteria da
regiatildeo doadora do enxerto elege a regiatildeo retromolar inferior como uma excelente
opccedilatildeo ciruacutergica para reabilitaccedilatildeo de pequenos defeitos oacutesseos A enxertia oacutessea no
interior da cavidade sinusal provou ser uma alternativa eficiente para reabilitar a
regiatildeo posterior de maxila onde a colocaccedilatildeo de implantes osseointegrados eacute
limitada pela quantidade oacutessea remanescente
Mazzonetto et al (2000) avaliaram o aumento em espessura oacutessea apoacutes a
realizaccedilatildeo de enxerto autoacutegeno obtido da regiatildeo de siacutenfise mandibular em regiatildeo
anterior de maxilas com grandes reabsorccedilotildees oacutesseas de pacientes que
necessitavam de reabilitaccedilatildeo por meio de implantes osseointegrados Seis pacientes
apresentando perdas dentaacuterias e defeitos oacutesseos na regiatildeo anterior de maxila foram
submetidos agrave reconstruccedilatildeo alveolar utilizando enxerto autoacutegeno da regiatildeo da siacutenfise
mandibular com o objetivo de restabelecer a espessura oacutessea para posteriormente
serem reabilitados com implantes Foram realizadas radiografias intrabucais
9
panoracircmica e tomografia convencional linear no exame inicial para avaliar a aacuterea
maxilar e determinar se a aacuterea doadora ou seja a siacutenfise mandibular apresentava
osso suficiente para reconstruir o defeito Realizada a cirurgia apoacutes 4 meses foi feito
outro procedimento ciruacutergico reabrindo a aacuterea para remoccedilatildeo dos parafusos Passado
um periacuteodo de 6 meses da realizaccedilatildeo do enxerto cada paciente foi submetido a
novo exame tomograacutefico convencional linear tomada esta que foi realizada de
maneira padronizada com a primeira Foram realizadas medidas do ganho oacutesseo
pela anaacutelise das tomografias preacute e poacutes-operatoacuterias dos pacientes Foi traccedilada uma
linha no longo eixo do rebordo a partir do ponto mais alto da crista A partir desta
projetou-se uma linha perpendicular a 5 mm de distacircncia da porccedilatildeo mais oclusal
sobre a qual foi medida a distacircncia entre as duas corticais vestibular e lingual Dos 6
pacientes analisados foram obtidas 12 medidas comparativas Em 3 das medida
natildeo foram obtidos os resultados desejados devido agrave reabsorccedilatildeo do enxerto
Portanto 75 das aacutereas avaliadas obtiveram aumento em espessura suficientes
para a colocaccedilatildeo de implantes As observaccedilotildees cliacutenicas e radiograacuteficas das aacutereas
enxertadas demonstraram ganho oacutesseo em altura e em largura indicando que o
enxerto retirado da siacutenfise mandibular eacute uma aIternativa viaacutevel para a reconstruccedilatildeo
de defeitos alveolares a maxila anterior onde seratildeo colocados implantes A aacuterea da
siacutenfise mandibular tem muitas vantagens em relaccedilatildeo a outros locais doadores
Misch et al (2000) apoacutes realizar uma revisatildeo de literatura verificou a
importacircncia da densidade oacutessea no sucesso do implante osseointegrado e
apresentou uma atualizaccedilatildeo de sua classificaccedilatildeo oacutessea de 1988 acrescentando o
tipo oacutesseo D5 o qual associou nuacutemeros aos tipos oacutesseos relacionando
numericamente os valores aos tipos oacutesseos
10
Zeacutetola et al (2002) investigaram a neoformaccedilatildeo oacutessea de enxerto autoacutelogo
medular natildeo vascularizado de crista iliacuteaca para seio maxilar atroacutefico por meio de
uma avaliaccedilatildeo comparativa da precisatildeo entre a Tomografia Computadorizada (TC) e
a radiografia panoracircmica Foram selecionados 14 pacientes submetidos a 25
enxertos de crista iliacuteaca natildeo vascularizados sendo eles 9 do sexo feminino e 5 do
sexo masculino tendo como meacutedia de idade de 443 anos O criteacuterio de inclusatildeo foi
a altura residual menor que 5mm entre o rebordo gengival e o soalho antral
(medidos comparativamente pela tomografia computadorizada e radiografia
panoracircmica) e todos pacientes eram edentados uni ou bilateralmente A parede
lateral do seio maxilar foi exposta totalmente para a confecccedilatildeo de uma janela oval
com tamanho aproximado de 15 a 25mm feita com broca esfeacuterica diamantada
nuacutemero seis sendo preservada a integridade da mucosa antral que foi totalmente
rebatida sendo exposta a cuba e parede medial do antro maxilar O fragmento
oacutesseo da crista iliacuteaca autoacutegena foi colocado perpendicularmente agrave parede lateral da
maxila isolando o compartimento superior do seio Jaacute no inferior foi empregado osso
medular autoacutegeno fragmentado isolado ou misturado com hidroxiapatita (HA) que foi
recoberto pelo retalho mucoperiostal suturado com fio reabsorviacutevel de poligalactina
40 em sutura simples Para a avaliaccedilatildeo quantitativa e qualitativa poacutes-operatoacuteria
foram empregadas a radiografia panoracircmica e a tomografia computadorizada Foi
utilizado o teste de meacutedias atraveacutes da distribuiccedilatildeo t de Student para anaacutelise das
varianccedilas com a prevalecircncia de 005 para os dois grupos de imagens Na avaliaccedilatildeo
qualitativa houve consenso dos observadores nos dois grupos de exames (RX
panoracircmico e TC) e para a imagem panoracircmica (RP) o conceito foi regular e para a
tomografia boa Com relaccedilatildeo agrave anaacutelise quantitativa houve consenso na tomografia
11
computadorizada e para a radiografia panoracircmica a diferenccedila foi miacutenima entre os
observadores sem significado O ganho meacutedio foi de 148mm em todos os
procedimentos com erro maior que 3mm em 16 procedimentos (64) Os autores
concluiacuteram que a tomografia computadorizada foi o meacutetodo de escolha na avaliaccedilatildeo
qualitativa e quantitativa da incorporaccedilatildeo de enxerto autoacutelogo natildeo vascularizado em
seio maxilar atroacutefico
Blay Tunchel e Sendyk (2003) avaliaram a viabilidade microbioloacutegica e
histoloacutegica de tecido oacutesseo que ateacute a data tem sido ignorado em oacutesseos integrados
em cirurgias de implante Foram selecionados trinta pacientes sendo 13 homens e
17 mulheres com meacutedia de idade de 54 anos estando em bom estado de sauacutede
geral Os criteacuterios de seleccedilatildeo foram pacientes com perda de um ou mais elementos
dentaacuterios e com atrofia alveolar moderada Foi adotada uma teacutecnica baseada no uso
de coletores de osso para a obtenccedilatildeo de material oacutesseo autoacutegeno sem ter que
envolver um segundo (intra-oral ou extra-oral) aacuterea ciruacutergica para a obtenccedilatildeo de
osso autoacutegeno As amostras foram obtidas durante o processo de perfuraccedilatildeo do
osso alveolar utilizando dois tipos de coletores de ossos especiais As mesmas
foram utilizadas para o preenchimento de falha oacutessea Uma pequena amostra do
material coletado foi enviado para anaacutelise microbioloacutegica e histoloacutegica Os retalhos
foram fechados com Donath thread tipo de cirurgia e suturas simples individual
Apoacutes o periacuteodo de 6 a 8 meses foi realizada a reabertura na aacuterea da instalaccedilatildeo dos
implantes e realizado bioacutepsias na aacuterea de deiscecircncia para fornecer pequenos
fragmentos de ossos para anaacutelise histoloacutegica Para analise microbiana as amostras
foram transportadas em meio de tioglicolato e incubados por 24 horas a uma
temperatura de 36 plusmn 1 ordm C em condiccedilotildees aeroacutebias e anaeroacutebias a fim de avaliar a
presenccedila de contaminaccedilatildeo bacteriana As bacteacuterias encontradas nas amostras natildeo
apresentaram patogenicidade ou virulecircncia suficiente para prejudicar o enxerto ou
implante de forma alguma A avaliaccedilatildeo histoloacutegica das amostras mostrou que
mesmo em um estado de partiacuteculas a estrutura oacutessea foi bem preservada contendo
um grande nuacutemero de osteoacutecitos no interior da matriz calcificada sugerindo que a
viabilidade do tecido oacutesseo era mantida No periacuteodo de segunda fase mostraram
uma estrutura oacutessea histoloacutegica semelhante agrave do osso secundaacuterio Os autores
concluiacuteram que clinicamente assim como histologicamente o meacutetodo de coleta foi
capaz de preservar as ceacutelulas com capacidade de induccedilatildeo oacutessea
12
Buscatti (2003) avaliou as densidades oacutesseas das porccedilotildees medulares e
corticais maxilomandibulares por meio da escala tomodensitomeacutetrica de Hounsfield
utilizada nos exames de tomografia computadorizada A amostra foi composta por
12 pacientes de ambos os sexos Em cada aacuterea foi realizada a mensuraccedilatildeo da
densidade oacutessea por meio de uma ferramenta especiacutefica onde se avaliou a
qualidade oacutessea das corticais vestibular lingual ou palatina da base da mandiacutebula
ou assoalho do seio maxilarfossa nasal e da regiatildeo central do trabeculado oacutesseo
Para cada aacuterea foi mensurado o valor meacutedio de densidade e seu desvio padratildeo
Para a anaacutelise estatiacutestica dividiram-se os dados em dois grupos o primeiro com as
aacutereas correspondentes agrave regiatildeo anterior dos arcos e o segundo para a regiatildeo
posterior Para cada arco foi obtido 6 valores de densidade oacutessea para a porccedilatildeo
medular e cada cortical oacutessea da a regiatildeo anterior e 10 valores para a regiatildeo
posterior Uma anaacutelise inicial dos valores tomodensitomeacutetricos de Hounsfield (escala
Hounsfield) obtidos nesse presente estudo mostra de maneira geral que a
densidade oacutessea quando analisada sem distinccedilatildeo de gecircnero arco ou regiatildeo
apresenta-se na meacutedia maior na cortical oacutessea do que na porccedilatildeo medular situaccedilatildeo
constante em todas as anaacutelises realizadas durante esse estudo e cujo valor era
esperado devido ao maior grau de mineralizaccedilatildeo da cortical em relaccedilatildeo agrave medular
oacutessea O autor concluiu que quando da anaacutelise das densidades oacutesseas nos gecircneros
masculino e feminino natildeo houve diferenccedila estatisticamente significante para seus
valores tanto nas corticais quanto na porccedilatildeo medular A anaacutelise das densidades
oacutesseas em funccedilatildeo das regiotildees anatocircmicas (anterior e posterior) demonstrou
diferenccedila estatisticamente significante entre elas para os valores da porccedilatildeo medular
Em relaccedilatildeo aos arcos (superior e inferior) houve diferenccedila estatisticamente
significante entre eles para os valores das corticais vestibular lingual ou palatina e
base da mandiacutebula ou assoalho do seio maxilarfossa nasal
Ajzen et al (2005) quantificaram por meio da TC a formaccedilatildeo oacutessea nos
enxertos realizados apenas com osso autoacutegeno e nos enxertos com osso autoacutegeno
e plasma rico em plaquetas (PRP) obtido pelos meacutetodos de centrifugaccedilatildeo e afeacuterese
comparando seis meses depois os trecircs tipos de enxertos realizados Este estudo
utilizou como amostra 34 pacientes adultos de ambos os sexos (sete do sexo
masculino e 28 do sexo feminino) sem distinccedilatildeo de raccedila com idades entre 23 e 65
anos idade meacutedia de 48 anos e 8 meses que foram previamente avaliados por
radiografias panoracircmicas A avaliaccedilatildeo constou dos seguintes itens pneumatizaccedilatildeo
13
unilateral ou bilateral dos seios maxilares relacionada agraves perdas dentaacuterias e que
necessitavam de enxertos oacutesseos Nestes 34 pacientes foram operados 53 seios
maxilares sendo a amostra dividida em trecircs grupos grupo afeacuterese pacientes que
receberam enxerto de osso autoacutegeno e PRP obtido pelo meacutetodo de afeacuterese grupo
centriacutefuga pacientes que receberam enxerto de osso autoacutegeno e PRP obtido pelo
meacutetodo de centrifugaccedilatildeo e grupo osso autoacutegeno pacientes que receberam enxerto
apenas de osso Foram realizados exames preacute-operatoacuterios radiograacuteficos radiografia
periapical radiografia panoracircmica e TC Esses exames foram repetidos seis meses
apoacutes a intervenccedilatildeo ciruacutergica para a avaliaccedilatildeo da quantificaccedilatildeo oacutessea cortical e
medular da regiatildeo enxertada Para analisar o crescimento oacutesseo obtiveram-se as
meacutedias e os desvios-padratildeo (que mede a variabilidade dos dados) para a altura e a
largura considerando os trecircs grupos (afeacuterese centriacutefuga e osso autoacutegeno) e as
diferenccedilas entre as medidas finais e iniciais Para verificar se existe diferenccedila
significativa entre os crescimentos meacutedios foi feita a anaacutelise de variacircncia para
medidas repetidas (ANOVA) O niacutevel de significacircncia (p) foi fixado em um valor
menor ou igual a 005 (5) para a rejeiccedilatildeo da hipoacutetese de nulidade Pela avaliaccedilatildeo
da TC houve crescimento do remanescente oacutesseo em altura nos trecircs grupos
quando comparados os momentos inicial e final do experimento Natildeo houve
diferenccedila estatiacutestica para a altura (p= 0078) e para a largura (p = 0556) Os autores
concluiacuteram que apesar dos resultados natildeo serem estatisticamente significantes
evidecircncias cliacutenicas tecircm mostrado a eficaacutecia dos enxertos de osso autoacutegeno
principalmente aqueles associados a fatores indutores de crescimento oacutesseo como
o PRP alterando a altura e a largura necessaacuterias para a reconstruccedilatildeo proteacutetica do
arcabouccedilo maxilofacial atraveacutes de implantes osteointegrados porque na
odontologia atual busca-se cada vez mais devolver aos pacientes edecircntulos a sua
capacidade mastigatoacuteria e esteacutetica e consequumlentemente promovendo a integridade
dos vaacuterios elementos que compotildeem o sistema estomatognaacutetico
Chem et al (2005) afirmaram que a falta de tecido oacutesseo deve ser reparada
Situaccedilotildees como estas deixam os pacientes carentes fisiologicamente
esteticamente e psicologicamente Este trabalho iraacute relatar a teacutecnica de retalho livre
de fiacutebula para reconstruccedilatildeo da mandiacutebula e da maxila Foram realizados
atendimentos a dois pacientes pelo Serviccedilo de Cirurgia e Traumatologia Buco-
maxilo-facial do Complexo Hospitalar da Santa Casa de Misericoacuterdia de Porto
14
Alegre Possiacuteveis complicaccedilotildees podem se justificar pela maacute fixaccedilatildeo do retalho aos
cotos ou pela insuficiecircncia vascular Nos dois casos relatados o retalho foi fixado
aos cotos com placas e parafusos de forma a apresentar imobilidade obtendo-se
dessa forma a regeneraccedilatildeo entre os tecidos O retalho livre de fiacutebula ou enxerto
vascularizado caracteriza-se por ser um enxerto autoacutegeno segmentado e removido
da aacuterea doadora tendo sua vascularizaccedilatildeo preservada a fim de nutrir esse tecido
quando no leito receptor a partir da sua anastomose com o sistema vascular da
regiatildeo receptora O retalho de fiacutebula eacute o mais frequumlentemente pois esse retalho
fornece o maior montante de tecido oacutesseo entre todos os retalhos oacutesseos e causa
pouca morbidade na aacuterea doadora Os autores concluiacuteram que o emprego de
enxertos oacutesseos vascularizados em reconstruccedilotildees da face gera bons resultados
esteacuteticos e funcionais Pois os dois casos relatados os enxertos apresentaram
sucesso agrave observaccedilatildeo imediata e longitudinal alcanccedilando-se resultados esteacuteticos e
funcionais satisfatoacuterios
Cyriaco e Azevedo (2006) analisaram e revisaram a utilizaccedilatildeo do enxerto
oacutesseo em suas vaacuterias formas autoacutelogo homoacutelogo e heteroacutelogo descalcificado e
vascularizado na reparaccedilatildeo de falha oacutessea aleacutem das principais caracteriacutesticas
pertinentes a cada tipo buscando com isso um melhor direcionamento na sua
utilizaccedilatildeo Segundo diversos autores haacute disponiacuteveis opccedilotildees doadoras de enxertos
vascularizados como calota craniana fiacutebula costela escaacutepula crista iliacuteaca e raacutedio
Suas vantagens estatildeo nos iacutendices elevados de sucesso e a chance de fazecirc-lo em
pacientes irradiados ou que passaraacute por seccedilotildees de radioterapia como ocorre na
retirada de tumores malignos Quando se trata de enxertos menores as melhores
aacutereas doadoras para regiatildeo oral seriam o mento e a regiatildeo retromolar e para
maiores quantidades a crista iliacuteaca a calota craniana a costela e a tiacutebia A calota
craniana e osso iliacuteaco satildeo vantajosos por ter um grande volume de tecido oacutesseo no
que se refere agraves aacutereas doadoras externas sendo indicadas para a correccedilatildeo de
grandes defeitos oacutesseos De acordo com a pesquisa foi possiacutevel concluir que as
melhores aacutereas doadoras intrabucais satildeo o mento a regiatildeo retromolar e a
tuberosidade da maxila e que as aacutereas doadoras externas possiacuteveis satildeo a crista
iliacuteaca e a calota craniana
Del Valle et al (2006) tiveram como objetivo comparar o enxerto homoacutegeno
com o enxerto autoacutegeno nas cirurgias reconstrutivas de maxila com finalidade
implantodocircntica atraveacutes de um relato de caso cliacutenico Neste caso o paciente
15
apresentava ausecircncia dos elementos 11 e 12 com migraccedilatildeo mesial dos elementos
13 e 21 Atraveacutes do exame cliacutenico foi verificado falta de espessura do rebordo
alveolar na regiatildeo resultado da perda da taacutebua oacutessea vestibular por ocasiatildeo da
exodontia Foram realizados exames radiograacuteficos de regiatildeo panoracircmica periapical
Foi constatado pouca espessura palato-vestibular do rebordo oacutesseo na regiatildeo dos
dentes 11 e 12 contra-indicando a colocaccedilatildeo de implante dentaacuterio por risco de
fenestraccedilatildeo vestibular Com isto o tratamento indicado foi enxertia oacutessea utilizando
osso homoacutegeno bicortical com medular interna retirado da crista do osso iliacuteaco
medindo 27x17x9 milimetros e recebido os antibioacuteticos Vancomicina e Polimixina B
Foi feito o deslocamento muco-periostal do retalho esculpido o bloco oacutesseo e
adaptado ao leito receptor Para realizar a fixaccedilatildeo foi feito perfuraccedilotildees oacutesseas no
leito receptor com brocas esfeacutericas laminadas e imobilizados com 2 parafusos de
15mm de diacircmetros e 11mm de comprimento promovendo um enxerto do tipo
onlay Todo enxerto foi recoberto com osso particulado do mesmo bloco
amalgamado ao plasma rico em plaquetas e suturado Apoacutes passar 3 meses da
cirurgia houve exposiccedilatildeo do parafuso de osteossiacutentese de posiccedilatildeo mais cervical e
na sua remoccedilatildeo constatamos a formaccedilatildeo de tecido fibroso entre o fragmento
enxertado e o leito receptor somente nessa regiatildeo tendo sido removido Apoacutes 5
meses da enxertia foi colocado implantes e recoberto com membrana oacutessea
reabsorviacutevel por ter havido fenestraccedilatildeo oacutessea cervical Os autores apoacutes relatar o
caso concluiacuteram que o osso mais indicado para enxertia eacute o autoacutegeno e uma
alternativa para sua substituiccedilatildeo eacute o homoacutegeno por ter caracteriacutesticas a longo prazo
semelhantes embora o iacutendice de reabsorccedilatildeo eacute maior entretanto relataram que eacute
necessaacuterios maiores estudos principalmente de aacutereas doadoras utilizadas para
enxertias
Garcia Juacutenior et al (2006) avaliaram clinicamente os enxertos oacutesseos
retirados da crista do osso iliacuteaco para reconstruccedilatildeo total de maxilas atroacuteficas e
posterior instalaccedilatildeo de implantes oacutesseointegraacuteveis Foram selecionados doze
pacientes no qual foram submetidos agrave cirurgia de enxerto oacutesseo na maxila
utilizando-se fragmentos oacutesseos removidos da porccedilatildeo anterior da crista iliacuteaca A
meacutedia de idade dos pacientes era de 495 anos sendo 3 do sexo masculino e 12
eram do sexo feminino O tempo de espera para a cirurgia de instalaccedilatildeo de
implantes variou de 5 a 6 meses apoacutes enxerto oacutesseo Na reabertura do enxerto para
instalaccedilatildeo dos implantes oacutesseointegrados foram realizadas as avaliaccedilotildees cliacutenicas
16
dos enxertos oacutesseos Os resultados mostraram que em todos os casos houve ganho
oacutesseo no rebordo alveolar e tambeacutem uma melhora no perfil facial e o contorno labial
dos pacientes Os autores concluiacuteram que o enxerto oacutesseo retirado do osso iliacuteaco eacute
uma alternativa viaacutevel para reconstruccedilotildees de maxilas atroacuteficas tambeacutem que houve
melhora cliacutenica significativa quanto ao volume oacutesseo em altura e largura do rebordo
alveolar e que em todos os casos foram possiacuteveis a instalaccedilatildeo de implantes
oacutesseointegraacuteveis
Santiago e Vitral (2006) analisaram os meacutetodos de avaliaccedilatildeo da densidade
mineral oacutessea (DMO) e seu emprego na odontologia com o objetivo de descrever os
diferentes meacutetodos empregados bem como avaliar a relevacircncia em se determinar a
densidade oacutessea no planejamento e sucesso de tratamentos odontoloacutegicos
especiacuteficos Foi feita uma revisatildeo de literatura onde abordaram as teacutecnicas de
densitometria oacutessea e como eacute feita a avaliaccedilatildeo da densidade oacutessea em odontologia
Diversos satildeo os meacutetodos para se avaliar a densidade mineral oacutessea tanto na aacuterea
meacutedica quanto em Odontologia A questatildeo sobre qual a melhor teacutecnica e a melhor
regiatildeo para se avaliar a DMO de cada individuo parece ainda natildeo ter resposta
Entretanto o que se sabe eacute que dentre as diferentes teacutecnicas disponiacuteveis diferentes
vantagens e desvantagens satildeo apresentadas Em Odontologia a tomografia
computadorizada tem demonstrado ser o meacutetodo de eleiccedilatildeo para a determinaccedilatildeo da
densidade oacutessea na regiatildeo dos maxilares pois fornece dados objetivos precisos da
variaccedilatildeo da densidade oacutessea entre diferentes regiotildees em um mesmo indiviacuteduo
permitindo dessa forma correlacionar positivamente os valores encontrados com a
qualidade oacutessea descrita subjetivamente Aleacutem disso a tomografia computadorizada
eacute o uacutenico meacutetodo que permite avaliar osso cortical e medular separadamente
Cosmo et al (2007) relataram um caso cliacutenico com avaliaccedilatildeo radiograacutefica e
histoloacutegica da utilizaccedilatildeo de osso humano fresco congelado em procedimento de
elevaccedilatildeo do assoalho do seio maxilar A paciente CAR 47 anos compareceu agrave
Cliacutenica Odontoloacutegica da Faculdade de Odontologia da Universidade de Santo Amaro
- Unisa para avaliaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo da arcada superior posterior esquerda com a
utilizaccedilatildeo de implantes endoacutesseos Os exames de imagem demonstraram haver
rebordo residual com menos de 6 mm de altura remanescente tendo sido indicada agrave
paciente a reabilitaccedilatildeo oacutessea bilateral atraveacutes da teacutecnica de levantamento do
assoalho do seio maxilar com enxerto de osso aloacutegeno fresco congelado
proveniente de banco de tecidos musculoesqueleacuteticos Apoacutes seis meses da cirurgia
17
foi realizada abertura para instalaccedilatildeo dos implantes tendo sido colhido fragmento
oacutesseo que foi enviado para anaacutelise histoloacutegica Frente ao apresentado conclui-se
que o material de enxertia proveniente de banco de ossos humanos (enxerto
aloacutegeno fresco congelado) proporciona em cirurgias de levantamento de seio
maxilar um adequado volume oacutesseo para futura instalaccedilatildeo de implantes A anaacutelise
histoloacutegica do enxerto incorporado evidencia a vitalidade do mesmo Material deve
ser adquirido em banco de tecidos regularizados pelo Ministeacuterio da Sauacutede A
possibilidade de transmissatildeo de doenccedilas pela utilizaccedilatildeo do material eacute de baixa
magnitude
Oliveira Filho et al (2007) apresentaram um caso cliacutenico de trauma facial com
perda oacutessea na regiatildeo anterior da mandiacutebula que foi tratado com teacutecnicas de
reconstruccedilatildeo em duas fases primeiramente a parte basilar da mandiacutebula
posteriormente a parte alveolar permitindo a reabilitaccedilatildeo atraveacutes de implantes
osseointegrados O paciente deu entrada no pronto socorro do Hospital Universitaacuterio
Evangeacutelico de Curitiba viacutetima de trauma localizado nas regiotildees submandibular e
cervical alta Em um primeiro momento foi realizado o tratamento ciruacutergico para
fixaccedilatildeo intermaxilar riacutegida trans-operatoacuteria e estabilizaccedilatildeo da mandiacutebula com uma
placa de reconstruccedilatildeo em titacircnio Apoacutes trecircs meses do procedimento foi realizada a
reconstruccedilatildeo mandibular utilizando enxerto em bloco tomado da crista do osso
iliacuteaco Este tempo ciruacutergico teve a preocupaccedilatildeo de reconstruir apenas a parte basilar
da mandiacutebula devido a falta de tecidos moles na regiatildeo traumatizada Em um
segundo momento foi realizada enxertia com bloco tomado da crista do osso iliacuteaco
para reconstruccedilatildeo alveolar da mandibular Seis meses apoacutes o procedimento de
reconstruccedilatildeo alveolar cliacutenica e radiograficamente houve uma boa integraccedilatildeo do
enxerto sem a ocorrecircncia de reabsorccedilatildeo oacutessea significativa Foi criado um rebordo
alveolar adequado permitindo a instalaccedilatildeo de trecircs implantes na regiatildeo enxertada
Os autores concluiacuteram que o enxerto de oacutesseo autoacutegeno pode ser uma alternativa
vaacutelida na aplicaccedilatildeo como meio de reconstruccedilatildeo de defeitos oacutesseos que comprometa
a porccedilatildeo alveolar e basal da mandiacutebula mas uma anaacutelise mais detalhada eacute
necessaacuteria para que possa definir de forma mais abrangente os possiacuteveis riscos e
complicaccedilotildees da teacutecnica utilizada
Pinto et al (2007) confrontaram a utilizaccedilatildeo do enxerto autoacutegeno para
reconstruccedilatildeo das sequumlelas de fraturas faciais comparando-o com outros
18
biomateriais atualmente disponiacuteveis discutindo as melhores indicaccedilotildees e os toacutepicos
mais atuais relativos a esses materiais As propriedades de um material ideal para
enxerto oacutesseo satildeo ser quimicamente inerte biocompatiacutevel natildeo aleacutergico natildeo
canceriacutegeno ser totalmente reabsorviacutevel e substituiacutevel por novo tecido oacutesseo entre
outros O osso autoacutegeno eacute considerado ideal para realizaccedilatildeo de enxertos oacutesseos
Estudos tecircm comprovado a eficaacutecia deste tipo de material especialmente do enxerto
oacutesseo autoacutegeno cortical obtido da crista do osso iliacuteaco que tem sido considerado o
melhor de
ntre os materiais de reconstruccedilatildeo Satildeo os uacutenicos entre os tipos de enxerto
oacutesseo a fornecer ceacutelulas oacutesseas vivas imunocompatiacuteveis Os enxertos alogecircnicos
satildeo aqueles obtidos de outro indiviacuteduo da mesma espeacutecie O enxerto alogecircnico mais
comumente utilizado eacute o liofilizado cuja vantagem eacute natildeo haver a necessidade de se
realizar uma segunda cirurgia num outro siacutetio Os oacutesseos xenoacutegenos satildeo aqueles
retirados de uma espeacutecie e transplantados para outra Exigem um tratamento mais
vigoroso do enxerto e natildeo fornecem ceacutelulas viaacuteveis para a formaccedilatildeo da fase I da
osteogecircnese Aleacutem dos enxertos oacutesseos existem ainda os materiais chamados
aloplaacutesticos como alternativa tendo como benefiacutecios a diminuiccedilatildeo do tempo
ciruacutergico aleacutem de muacuteltiplos tamanhos e formatos disponiacuteveis Entre os biomateriais
os mais utilizados satildeo o vidro bioativo o titacircnio que apresenta excelente
biocompatibilidade e boa osseointegraccedilatildeo ao organismo quando justaposto ao osso
A hidroxiapatita que por ser considerada um componente quiacutemico natural do corpo
humano natildeo satildeo observadas respostas inflamatoacuteria ou toacutexica nos tecidos
circunvizinhos Atraveacutes da pesquisa foi possiacutevel concluir que o osso autoacutegeno ainda
eacute considerado um material ideal para enxerto entretanto novos biomateriais tecircm
surgido apresentando vantagens promissoras para utilizaccedilatildeo na praacutetica diaacuteria
Rodrigues e Vitral (2007) descreveram as principais teacutecnicas tomograacuteficas existentes
e suas aplicaccedilotildees na Odontologia atraveacutes de uma revisatildeo da literatura sobre os
avanccedilos das principais teacutecnicas tomograacuteficas que resultaram em maior acuraacutecia no
diagnoacutestico menor tempo de exame e menor quantidade de radiaccedilatildeo A tomografia
computadorizada eacute considerada o meacutetodo de escolha para a imagem das estruturas
oacutesseas Ela eacute um meacutetodo radioloacutegico que permite obter a reproduccedilatildeo de uma secccedilatildeo
do corpo humano com finalidade diagnoacutestica Apresenta trecircs vantagens gerais
importantes sobre a radiografia convencional a primeira eacute que as informaccedilotildees
19
tridimensionais satildeo apresentadas na forma de uma seacuterie de cortes finos da estrutura
interna da parte estudada A segunda eacute que o sistema eacute mais sensiacutevel na
diferenciaccedilatildeo de tipos de tecido quando comparado com a radiografia convencional
de modo que diferenccedilas entre tipos de tecidos podem ser mais claramente
delineadas e estudadas A terceira eacute a habilidade para manipular e ajustar a imagem
apoacutes ter sido completada a varredura como ocorre de fato com toda a tecnologia
digital Com o advento da tomografia computadorizada helicoidal foi alcanccedilada
grande melhora nas reconstruccedilotildees tridimensionais e diminuiccedilatildeo na dose de
exposiccedilatildeo do paciente agrave radiaccedilatildeo A mesma proveacutem vantagens sobre a natildeo
helicoidal como menor tempo de avaliaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de reconstruccedilatildeo multiplanar
Ela propicia imagens com alta resoluccedilatildeo espacial e a mesma dose de radiaccedilatildeo da
tomografia computadorizada convencional A tomografia computadorizada pode ser
usada para identificar e delinear processos patoloacutegicos visualizar dentes retidos
avaliar os seios paranasais diagnosticar trauma mostrar os componentes oacutesseos
da articulaccedilatildeo temporomandibular e os leitos para implantes dentaacuterios Permite a
reformataccedilatildeo axial obliacutequa da imagem no sentido perpendicular da curvatura do
arco mostrando nitidamente o niacutevel oacutesseo no lado vestibular e lingual E tambeacutem
permite uma avaliaccedilatildeo intra-oacutessea dos locais para colocaccedilatildeo dos implantes Os
autores concluiacuteram que a Tomografia Computadorizada eacute o exame de eleiccedilatildeo no
diagnoacutestico de muitas condiccedilotildees que envolvem o complexo maxilo-mandibular O
valor cliacutenico das teacutecnicas de tomografia computadorizada depende da condiccedilatildeo que
se estaacute sendo diagnosticada atraveacutes das imagens do modelo e da idade do
equipamento usado do protocolo do exame da experiecircncia e capacidade dos
operadores do equipamento e do radiologista
Gonccedilalves (2008) analisaram implantes instalados em enxertos de seio
maxilar com biomaterial de origem bovina e plasma rico em plaquetas observando
histologicamente a neoformaccedilatildeo oacutessea e o iacutendice de sucesso cliacutenico e histoloacutegico
apresentado Este estudo envolveu 30 pacientes que necessitavam de enxerto em
regiatildeo de soalho de seio maxilar para inserccedilatildeo de implantes Um total de 101
implantes foi instalado em 36 enxertos de seio maxilar com intervalo meacutedio de
tempo do enxerto de 75 meses dos quais nove amostras oacutesseas foram colhidas de
forma aleatoacuteria e consentidas para a anaacutelise histoloacutegica Na colocaccedilatildeo dos
implantes foi utilizado um guia ciruacutergico para um correto posicionamento dos
implantes Foi feita a remoccedilatildeo do fragmento oacutesseo e enviado para a anaacutelise com
20
isto foi capturado ao todo 26 imagens histopatoloacutegicas Histologicamente os
fragmentos colhidos estavam constituiacutedos predominantemente por tecido oacutesseo
com iacutendice de sucesso de 8888 Quando comparados o remanescente oacutesseo do
seio maxilar antes e depois do enxerto houve crescimento em altura e a maioria
apresentou densidade oacutessea D3 Dez dos 101 implantes foram perdidos e 91
estavam osseointegrados no seio maxilar enxertado Os autores concluiacuteram que
implantes instalados em enxertos de seio maxilar com a ajuda de substitutos oacutesseos
apresentam uma taxa de sucesso cliacutenico de 9009
Ribeiro Juacutenior et al (2008) revisaram a literatura referente aos enxertos
oacutesseos vascularizados com o objetivo de avaliar os princiacutepios bioloacutegicos e ciruacutergicos
que fundamentam sua aplicaccedilatildeo na reconstruccedilatildeo mandibular Os retalhos
microciruacutergicos que contecircm enxertos oacutesseos satildeo classificados como
osteomusculares ou osteomiocutacircneos dependendo da natureza dos tecidos moles
que o compotildeem permitindo restauraccedilotildees de grandes defeitos oacutesseos A
revascularizaccedilatildeo microciruacutergica manteacutem a irrigaccedilatildeo e a drenagem do tecido oacutesseo
enxertado em todo o periacuteodo de integraccedilatildeo permitindo a manutenccedilatildeo de suas
funccedilotildees celulares metaboacutelicas e fiacutesicas Dessa forma a reparaccedilatildeo entre o enxerto e
o remanescente mandibular ocorre de forma semelhante agrave cicatrizaccedilatildeo de uma
fratura eliminando a longa fase de substituiccedilatildeo observada nos enxertos
convencionais Como o sucesso da reconstruccedilatildeo microciruacutergica eacute diretamente
dependente da qualidade vascular estudos angiograacuteficos preacute-operatoacuterios das aacutereas
receptora e doadora satildeo essenciais Alguns cuidados preacute-cirurgicos satildeo de extrema
importacircncia como a hidrataccedilatildeo endovenosa para manutenccedilatildeo do diacircmetro vascular
uso de cobertores para manter a temperatura corporal em torno de 37degC O estudo
concluiu que os enxertos oacutesseos vascularizados satildeo excelentes na restauraccedilatildeo
esteacutetico-funcional dos defeitos mandibulares suprindo as deficiecircncias dos enxertos
convencionais em casos de pior prognoacutestico Os enxertos oacutesseos vascularizados
satildeo indispensaacuteveis em defeitos compostos extensos irradiados e secundaacuterios agrave
osteorradionecrose
Tanaka et al (2008) elaboraram uma revisatildeo de literatura com o objetivo de
descrever os mecanismos de incorporaccedilatildeo dos enxertos oacutesseos em bloco e discutir
algumas caracteriacutesticas dos diferentes tipos existentes para distinguir as vantagens
de cada um Concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo dos enxertos em bloco para reconstruccedilatildeo
21
dos rebordos alveolares eacute uma realidade e estaacute intimamente ligada agrave terapia
implantar Os diversos fatores que influenciam a escolha do melhor meacutetodo de
enxertia a ser utilizado passam pelo conhecimento dos paracircmetros citados neste
artigo e muitos outros natildeo abordados e podem parecer inicialmente um desafio
mas sem duvida o domiacutenio das teacutecnicas existentes e das outras que surgiratildeo eacute o
ponto de partida para o profissional que procura o refinamento de seus
procedimentos e a exelencia de seus resultados
Arauacutejo et al (2009) realizaram uma revisatildeo de literatura sobre os resultados
cliacutenicos obtidos com a utilizaccedilatildeo dos enxertos de origem autoacutegena e xenoacutegena
(bovino) nas cirurgias de levantamento de assoalho de seio maxilar O
envelhecimento e a perda dentaacuteria fazem com que o seio se expanda podendo
haver uniatildeo entre o assoalho sinusal e a crista do rebordo alveolar residual
expansatildeo esta relacionada com a altura e largura do seio e natildeo com a
profundidade Os materiais para enxerto oacutesseo podem ser classificados como
osteogecircnicos osteoindutores e osteocondutores Os osteogecircnicos referem-se aos
materiais orgacircnicos capazes de estimular a neoformaccedilatildeo oacutessea a partir de
osteoblastos Os osteoindutores satildeo capazes de induzir a diferenciaccedilatildeo de ceacutelulas
mesenquimais em osteoblastos e condroblastos estimulando a formaccedilatildeo oacutessea no
local ou mesmo em um siacutetio heterotiacutepico Os materiais osteocondutores (geralmente
inorgacircnicos) permitem a aposiccedilatildeo de um novo tecido na sua superfiacutecie requerendo
a presenccedila de tecido oacutesseo preacute-existente como fonte de ceacutelulas osteoprogenitoras
Alguns criteacuterios foram propostos para o enxerto ideal quanto para que o material
enxertado se incorpore com sucesso ao siacutetio Dentre os possiacuteveis enxertos
xenoacutegenos encontram-se disponiacuteveis comercialmente os enxertos bovinos em
vaacuterias formas de apresentaccedilatildeo como aqueles que contecircm a fraccedilatildeo mineral do osso
os inorgacircnicos ou desproteinizados entre outros Todos eles apresentam excelente
biocompatibilidade agem favorecendo o processo de osteoconduccedilatildeo e natildeo
desencadeando respostas imunoloacutegicas desfavoraacuteveis A melhor accedilatildeo do enxerto
oacutesseo autoacutegeno de crista iliacuteaca quando comparado com a associaccedilatildeo do osso
autoacutegeno com osso desmineralizado bovino em cirurgias de levantamento de
assoalho de seio maxilar Apesar da diferenccedila estatiacutestica significante clinicamente
natildeo houve diferenccedila jaacute que os aacutepices dos implantes estavam todos cobertos por
osso sugerindo o sucesso do uso da associaccedilatildeo e ainda poupando o paciente de
uma intervenccedilatildeo ciruacutergica extraoral concluindo que o osso autoacutegeno eacute o que
22
apresenta os melhores resultados no processo de regeneraccedilatildeo oacutessea poreacutem os
enxertos de origem bovina apesar de demonstrarem um processo de neoformaccedilatildeo
oacutessea inferior promovem uma neoformaccedilatildeo satisfatoacuteria para que haja a reabilitaccedilatildeo
do paciente com implantes osseointegraacuteveis podendo ser utilizados com sucesso na
cliacutenica odontoloacutegica
Bassi e Carneiro (2009) citaram que os pacientes vem se queixando de
desconforto pelo uso de proacuteteses deficiecircncia na mastigaccedilatildeo onde entatildeo se
destacam os implantes dentaacuterios que minimizam estes aspectos negativos No
entanto seu sucesso depende de uma quantidade miacutenima de suporte oacutesseo por
este motivo foi oportuna pelos autores avaliar o iacutendice de sucesso dos enxertos e
implantes instalados na regiatildeo do seio maxilar reconstruiacuteda com osso autoacutegeno de
linha obliacutequa tanto imediata quanto mediato ao levantamento do seio maxilar
Foram avaliadas 51 cirurgias durante os anos de 2005 a 2007 com total de 107
implantes instalados sendo 28 de maneira imediata e 79 instalados posteriormente
Com relaccedilatildeo aos de maneira imediata o sucesso foi de 9286 sendo que dos 14
submetidos agrave implantaccedilatildeo imediata apenas 1 perdeu o implante De um total de 37
pacientes com instalaccedilatildeo posterior houve um sucesso de 9459 Podendo ser
analisado que natildeo haacute diferenccedila significante entre instalaccedilatildeo mediata e imediata
Acredita-se que para haver sucesso no tratamento eacute imprescindiacutevel que seja levado
em consideraccedilatildeo a quantidade de rebordo residual e tambeacutem a qualidade de osso
para a estabilidade do implante A conclusatildeo deste artigo eacute que o levantamento do
seio maxilar com o enxerto autoacutegeno por meio de acesso lateral eacute uma opccedilatildeo
segura no tratamento para regiatildeo posterior da maxila E natildeo houve diferenccedila em
relaccedilatildeo ao sucesso dos implantes instalados de maneira medita e imediata
Contar et al (2009) avaliaram o uso de enxertos provenientes de osso fresco-
congelado para na reconstruccedilatildeo de rebordos alveolares maxilares posteriormente a
aplicaccedilatildeo de implantes dentaacuterios Foram analisados quinze pacientes que tinham
atrofia crista maxilar onde necessitava de blocos de enxerto oacutesseo para
posteriormente se fazer a colocaccedilatildeo dos implantes Nove meses depois foi retirado
o nuacutecleo de osso do enxerto para analisar histologicamente Trinta e quatro blocos
foram colocados e do nuacutemero de blocos cada paciente recebeu uma numeraccedilatildeo de
1 a 4 Em todos os enxertos foram verificados para serem de consistecircncia firme
bem constituiacutedo e vascularizado Cinquumlenta e um implantes foram aplicados sobre
os enxertos com torque no miacutenimo de 40 N (Newton) Natildeo havendo problema em
23
nenhum implante O periacuteodo de acompanhamento variou de 24 a 35 meses Alo
enxertos pode ser bem satisfatoacuterios aplicados como material de enxerto para o
tratamento de defeitos oacutesseos maxilares se for aplicada a teacutecnica de forma
cautelosa e coerente
Costa et al (2009) descreveram cirurgias de enxertia oacutessea para reconstruccedilatildeo
do rebordo alveolar atroacutefico causado por traumas Em dois pacientes foram
utilizados blocos de osso homoacutegeno fresco congelado puro e em outros dois
pacientes esses blocos foram embebidos em medula oacutessea autoacuteloga aspirada do
proacuteprio paciente Os quatro pacientes que perderam seus dentes anteriores-
superiores 11122122 As cirurgias foram realizadas dentro do protocolo do
Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Cirurgia e Experimentaccedilatildeo da Universidade
Federal de Satildeo Paulo ndash Unifesp Cada paciente recebeu um bloco de enxerto oacutesseo
homoacutegeno fresco congelado proveniente de banco de tecidos oacutesseos em cada um
dos lados da regiatildeo anterior de maxila sendo que em dois dos pacientes os blocos
tiveram a sua porccedilatildeo medular embebida em medula oacutessea autoacuteloga aspirada do
proacuteprio paciente e nos outros dois pacientes os blocos foram fixados da mesma
maneira e na mesma regiatildeo poreacutem sem a utilizaccedilatildeo de medula oacutessea autoacuteloga
como preenchimento Foi observado clinicamente no segundo procedimento
ciruacutergico que os siacutetios enxertados com osso homoacutegeno associado agrave medula oacutessea
autoacuteloga obtiveram um menor niacutevel de reabsorccedilatildeo o que facilitou a instalaccedilatildeo dos
implantes osseointegraacuteveis Com as bioacutepsias oacutesseas obtidas por meio da utilizaccedilatildeo
da broca trefi na foram confeccionadas no Laboratoacuterio de Patologia da Unifesp uma
lacircmina em HE para cada regiatildeo enxertada com associaccedilatildeo agrave medula e tambeacutem
para as regiotildees de enxertia sem essa associaccedilatildeo Essas lacircminas foram
encaminhadas para o Departamento de Morfologia da Unifesp para avaliaccedilatildeo Tanto
as lacircminas histoloacutegicas do grupo onde se associou o aspirado de medula oacutessea ao
enxerto oacutesseo homoacutegeno quanto onde natildeo foi feita esta associaccedilatildeo mostraram uma
grande quantidade de tecido mineralizado vital Foi observado em ambos os grupos
uma pequena quantidade de tecido mineralizado desvitalizado Em todas as lacircminas
foi observada intensa vascularizaccedilatildeo assim como a presenccedila de tecido oacutesseo
lamelar A utilizaccedilatildeo de osso humano fresco congelado conservado em banco de
tecidos eacute uma alternativa viaacutevel para a reconstruccedilatildeo dos rebordos atroacuteficos
diminuindo a morbidade e riscos inerentes agrave abordagem da regiatildeo doadora dos
enxertos autoacutegenos A associaccedilatildeo do bloco de osso homoacutegeno agrave medula oacutessea
24
autoacuteloga parece representar uma alternativa terapecircutica para se minimizar os niacuteveis
de reabsorccedilatildeo dos materiais de enxertia
Gonccedilalves et al (2009) citaram que o melhor material para enxertia oacutessea eacute o
autoacutegeno o problema eacute o poacutes-operatoacuterio que eacute desconfortaacutevel para o paciente Na
existecircncia de desvantagens para a utilizaccedilatildeo de osso autoacutegeno o osso proveniente
de banco de tecidos surge como uma alternativa viaacutevel nas reconstruccedilotildees oacutesseas
maxilomandibulares O osso homoacutegeno pode ser utilizado em algumas situaccedilotildees
que impossibilite obter uma quantidade necessaacuteria de osso autoacutegeno requisitado
pelo receptor ou quando induz ao procedimento com grande morbidade onde exista
negativa do paciente em se submeter a um segundo siacutetio ciruacutergico Mesmo com toda
a previsibilidade de utilizaccedilatildeo de tecido oacutesseo homoacutelogo ele ainda gera
controveacutersias pela possibilidade de infecccedilotildees cruzadas com sua utilizaccedilatildeo Com o
estudo citado foi concluiacutedo que o enxerto homoacutelogo induz mais rapidamente a
remodelaccedilatildeo quando comparado com o autoacutegeno E o estaacutegio da remodelaccedilatildeo
esteve mais dependente da resposta orgacircnica individual de cada paciente
Jahn et al (2009) avaliaram o procedimento de retalho em dupla paacutegina para acesso
ao osso da regiatildeo do mento em comparaccedilatildeo a teacutecnica de retalho mucoperiosteal
Foram realizados procedimentos de obtenccedilatildeo de enxerto oacutesseo da regiatildeo do mento
para utilizaccedilatildeo na reabilitaccedilatildeo de pacientes que receberiam implantes
osseointegrados na regiatildeo anterior da maxila e que necessitavam de aumento de
espessura oacutessea localizada Foram operados 20 pacientes da cliacutenica de Periodontia
da Universidade de Santo Amaro entre 28 e 60 anos de idade Dez pacientes foram
submetidos agrave teacutecnica de retalho mucoperiosteal de espessura parcial e total
convencional e dez pacientes foram submetidos ao retalho em dupla Os pacientes
foram avaliados apoacutes 7 e 14 dias do procedimento ciruacutergico quanto aos seguintes
aspectos parestesia dor edema infecccedilatildeo hemorragia hematoma contato com as
raiacutezes dentaacuterias deiscecircncia de sutura presenccedila ou ausecircncia de trismo Todos os
procedimentos realizados permitiram acesso agrave regiatildeo do mento para obtenccedilatildeo de
enxertos oacutesseos autoacutegenos A avaliaccedilatildeo poacutes-operatoacuteria dos pacientes mostrou que
em ambos os grupos natildeo houve casos de hemorragia trismo contato acidental com
as raiacutezes dentaacuterias e infecccedilatildeo Edema foi constatado em seis casos no grupo de
retalho em dupla paacutegina e sete casos nos retalhos muco periosteais dor foi relatada
por dois e seis pacientes respectivamente Dois casos apresentaram parestesia na
regiatildeo de mento e nos dentes anteriores inferiores por ateacute duas semanas nos
25
pacientes operados pela teacutecnica do retalho mucoperiosteal enquanto nenhum caso
aconteceu em pacientes operados por retalho em dupla paacutegina Os autores
concluiacuteram que a teacutecnica de retalho em dupla paacutegina eacute um importante auxiacutelio no
acesso agrave aacuterea doadora o que pela facilidade de uso pode encorajar os cirurgiotildees a
usarem o mento como aacuterea doadora para pequenos enxertos oacutesseos intrabucais
Molon et al (2009) tiveram como objetivo relatar um caso cliacutenico de maxila
atroacutefica com necessidade de reconstruccedilatildeo alveolar atraveacutes de enxerto homoacutegeno
Apoacutes a realizaccedilatildeo da anamnese foi constatado clinicamente que o paciente
apresentava forma em lacircmina do osso e radiograficamente a panoracircmica mostrou
uma perda oacutessea em altura e uma proximidade do rebordo com a parede inferior do
seio maxilar Foi utilizado enxerto provenientes do UniOss processados e
congelados a -80degCos tecidos foram submetidos a testes soroloacutegicos Na regiatildeo
anterior foi realizado enxerto com osso humano congelado em bloco para restaurar
espessura oacutessea possibilitando a colocaccedilatildeo de implantes dentaacuterios Os blocos
foram fixados com o sistema 15mm e o osso particulado foi acomodado nos
espaccedilos mortos para evitar a formaccedilatildeo de GAPs Apoacutes seis meses da cirurgia foi
removido os parafusos e o guia ciruacutergico posicionado para a instalaccedilatildeo dos seis
implantes A osseointegraccedilatildeo dos implantes foi verificada apoacutes seis meses da
segunda cirurgia pela radiografia panoracircmica Atualmente vem sendo muito utilizado
osso autoacutegeno para reconstruccedilatildeo de maxilares contudo haacute desvantagens
relacionadas com a morbidade do sitio doador quantidade inadequada de osso
intraoral para grandes defeitos e necessidade de osso de regiatildeo extra-oral para
maiores reconstruccedilotildees limitam as expectativas do paciente Por isso os osso
estudos utilizando osso homoacutelogo para reabilitaccedilatildeo com implantes vecircm se
intensificando e apresentando bons resultados Os autores consideram o enxerto de
osso homoacutelogo uma alternativa viaacutevel para reconstruccedilatildeo de rebordos alveolares
severamente atroacuteficos ao mesmo tempo em que reduz a morbidade e os riscos
inerentes aos procedimentos de enxertos autoacutegenos
Pereira et al (2009) discutiram revisaram e compararam as teacutecnicas
envolvidas em remoccedilatildeo de blocos oacutesseos da linha obliacutequa e mento demonstrando
sua efetividade por meio de exemplos cliacutenicos O osso mandibular tem sido utilizado
na reconstruccedilatildeo alveolar para permitir a instalaccedilatildeo de implantes com resultados
extremamente favoraacuteveis Para a regiatildeo de mento a teacutecnica consiste em osteotomia
26
efetuada pelo menos 5 mm abaixo dos aacutepices dentaacuterios e o osso basal da
mandiacutebula preservado A profundidade das osteotomias limita-se agrave cortical externa
Para a regiatildeo da linha obliacutequa haacute trecircs diferentes meacutetodos para acessar a aacuterea
doadora 1 Intrasulcular Realizada no sulco gengival dos dentes naturais 2
Submarginal Indicada quando da presenccedila de coroas proteacuteticas nos molares e preacute-
molares 3 Crestal Indicada para rebordos edecircntulos ou quando os implantes
estiverem planejados para a mesma regiatildeo Uma vez feita agrave incisatildeo o retalho
mucoperiosteal eacute descolado do corpo mandibular expondo a face lateral do
ramocorpo Um bloco cortical retangular ateacute 4 mm de espessura pode ser coletado
da regiatildeo do ramo O comprimento do bloco pode se aproximar de 35 mm mas
altura natildeo deve exceder 10 mm Para o preparo do siacutetio receptor e enxertia o osso
removido eacute posicionado com a face medular do bloco em contato com a face cortical
do siacutetio receptor previamente perfurada com brocas proporcionando sangramento
O bloco deve ser adaptado intimamente ao leito e fixado com parafusos de titacircnio
Os autores concluiacuteram que ambas as teacutecnicas podem ser utilizadas com sucesso
de acordo com a quantidade oacutessea desejada localizaccedilatildeo do siacutetio doador e
experiecircncia do profissional
Piccinelli et al (2009) analisaram retrospectivamente 59 pacientes submetidos
agrave enxertia oacutessea obtida de aacutereas intrabucais com a instalaccedilatildeo de implantes
osseointegrados As aacutereas doadoras foram a regiatildeo da siacutenfise mandibular ramo
mandibular e tuberosidade da maxila Os enxertos foram imobilizados atraveacutes de
parafusos de titacircnio especiacuteficos para fixaccedilatildeo interna riacutegida com diacircmetro de 16 mm
e comprimentos de 8 10 e 12 mm com encaixe em forma de cruz De todas as
cirurgias realizadas foi constatado insucesso em 5 (742 ) pacientes todos do
sexo feminino Destes em 2 (338 ) casos ocorreram perfuraccedilatildeo de membrana do
seio maxilar sendo os dois pacientes tabagistas com idades de 40 e 41 anos Em
um paciente de 30 anos ocorreu a perda do enxerto na regiatildeo anterior de maxila
tendo por aacuterea doadora o osso retirado do ramo mandibular Em outro com 50 anos
ocorreu a perda do enxerto em regiatildeo posterior de mandiacutebula recebendo da aacuterea
retromolar E noutro com 40 anos a perda ocorreu em regiatildeo posterior da
mandiacutebula tendo aacuterea doadora a siacutenfise mandibular A maior causa de falhas de
enxerto eacute deiscecircncia de sutura e posterior necrose asseacuteptica do osso enxertado
sendo demonstrado altas taxas de complicaccedilotildees quando utilizamos a mandiacutebula
27
como aacuterea receptora Existe um iacutendice de sucesso de 904 quando os implantes
satildeo instalados apoacutes um periacuteodo de cicatrizaccedilatildeo dos enxertos O estudo concluiu que
os siacutetios intrabucais doadores de enxertos oacutesseos podem prover volumes oacutesseos
suficientes para a reconstruccedilatildeo dos rebordos alveolares da maioria dos pacientes
desdentados parciais A mandiacutebula eacute vista como siacutetio de eleiccedilatildeo para retirada de
enxertos oacutesseos pois eacute capaz de prover blocos oacutesseos de composiccedilatildeo
predominantemente corticais
Silveira e Wassall (2009) analisaram a aacuterea doadora de enxertos por meio de
tomografias volumeacutetricas tipo feixe cocircnico para avaliaccedilatildeo da remodelaccedilatildeo oacutessea
verificando o grau de morbidade quanto a este paracircmetro Foram selecionados vinte
voluntaacuterios de ambos os gecircneros sem risco de sauacutede e com risco de sauacutede
controlados da cliacutenica de Poacutes-Graduaccedilatildeo do Centro de Pesquisas Odontoloacutegica
Satildeo Leopoldo Mandic e cliacutenica particular As tomografias foram obtidas com
aparelho de aquisiccedilatildeo volumeacutetrica tipo feixe cocircnico este aparelho usa a nova
tecnologia do feixe de tomografia computadorizada cocircnico no qual obtemos todas
as estruturas maxilofaciais do indiviacuteduo em volume ou seja em terceira dimensatildeo
Foi utilizado o tempo de exposiccedilatildeo de 36 segundos e apenas 3 de radiaccedilatildeo uma
tomografia meacutedica As primeiras mediccedilotildees foram obtidas no momento da tomografia
computadorizada inicial anteriormente a cirurgia Logo apoacutes a cirurgia foi realizada
a segunda tomada e medida na qual foi mensurado o quanto foi retirado de tecido
oacutesseo para enxerto Na terceira tomada de medidas foi calculado o ganho real
oacutesseo obtido na remodelaccedilatildeo apoacutes 180 dias de remoccedilatildeo do enxerto Embora a
quantidade retirada de aacuterea varie a recomposiccedilatildeo acompanha com a mesma
variabilidade Os autores concluiacuteram que a remodelaccedilatildeo oacutessea meacutedia da regiatildeo
posterior da mandiacutebula avaliada 180 dias apoacutes a remoccedilatildeo do bloco oacutesseo (enxerto
oacutesseo) foi de 813
Sousa et al (2009) verificaram atraveacutes de uma revisatildeo sistemaacutetica se os
enxertos homoacutegenos satildeo tatildeo eficientes quanto os enxertos autoacutegenos Apoacutes a busca
nas bases foram selecionados 1215 tiacutetulos de artigos Um uacutenico artigo atendeu os
criteacuterios da pesquisa o mesmo foi lido na iacutentegra por ambos examinadores e suas
caracteriacutesticas foram distribuiacutedas em uma tabela Este artigo analisado resultou em
16 pacientes entre 38 e 65 anos (9 do sexo masculino e 7 do sexo feminino) foi
comparado dois grupos enxerto autoacutegeno do iliacuteaco (grupo 1) e enxerto autoacutegeno da
calvaacuteria (grupo 2) Foi avaliado o volume oacutesseo total (VOT) o volume oacutesseo
28
necroacutetico (VON) e o osso vital (OV) e os resultados do grupo 1 foi de VOT (466)
VON (126) e OV (34) jaacute do grupo 2 foi VOT (734) VON (55) e OV (67)
Estatisticamente o enxerto da calvaacuteria foi melhor que o enxerto do iliacuteaco Os autores
concluiacuteram que o uacutenico artigo considerado natildeo consistia numa comparaccedilatildeo entre
enxerto autoacutegeno e homoacutegeno e sim numa comparaccedilatildeo entre enxertos autoacutegenos
de siacutetios diferentes
Spin-Neto et al (2009) realizaram uma revisatildeo de literatura sobre a utilizaccedilatildeo
de osso homoacutelogo em Odontologia sobre a legislaccedilatildeo envolvida na aplicaccedilatildeo deste
material Foram analisados artigos publicados nos uacuteltimos 25 anos no Medline e
pela ANVISA leis decretos que regulamentam o funcionamento dos bancos de
ossos de tecidos musculoesqueleacuteticos brasileiros Sobre o enxerto homoacutelogo haacute
um nuacutemero enorme de processos que ocorrem eacute iniciado por uma reaccedilatildeo
inflamatoacuteria criando espaccedilos que permitam sua invasatildeo por vasos sanguiacuteneos e
chegada das ceacutelulas responsaacuteveis pelo metabolismo oacutesseo atuando na
remodelaccedilatildeo gradativa do local Remover tecidos oacutergatildeos ou partes da pessoa ou do
cadaacutever eacute crime podendo resultar em reclusatildeo (2 a 6 anos) ou em 100 a 360 dias
de multa Jaacute no caso de sepultamento cabe aos meacutedicos realizar a reconstruccedilatildeo do
corpo para evitar constrangimento e manter a dignidade diante de seus familiares
no qual natildeo realizado eacute considerado crime por tal ato Foi concluiacutedo que eacute
necessaacuterio mais estudos e resultados sobre a aplicaccedilatildeo deste biomaterial para
aliados com o conhecimento juriacutedico aumentarmos o conhecimento e informaccedilotildees
sobre o caso
Piffer et al (2010) descreveram um caso cliacutenico de reabilitaccedilatildeo oral de uma
aacuterea de maxila posterior extremamente reabsorvida atraveacutes de levantamento de
seio maxilar utilizando osso xenoacutegeno e posterior uso de implante O caso constava
de uma paciente do sexo feminino que foi submetida a levantamento de seio
maxilar utilizando osso xenoacutegeno liofilizado e concomitante colocaccedilatildeo de dois
implantes nos elementos 15 e 16 Foi relatado que devido agraves limitadas quantidades
oacutesseas para colocaccedilatildeo de implantes dentaacuterios surgiram as teacutecnicas de enxertos
oacutesseos Inicialmente era utilizado osso autoacutegeno da regiatildeo intra-bucal gerando
algumas desvantagens devido a morbidade do siacutetio doador podendo gerar dor
parestesias hematoma Como alternativa surgiu possibilidade de utilizaccedilatildeo de
biomateriais para reconstruccedilotildees maxilares no qual foi utilizado neste caso o Bio-
Oss e obteve um resultado excelente em relaccedilatildeo aacute formaccedilatildeo oacutessea formando
29
extensa regiatildeo de osso denso ao redor dos implantes Assim atraveacutes de uma
revisatildeo sistemaacutetica criacutetica de trabalhos cliacutenicos controlados randomizados
evidenciou que substitutos de ossos autoacutegenos podem ser utilizados obtendo
sucesso Concluindo assim que a colocaccedilatildeo de implantes concomitantes com
enxertias oacutesseas natildeo interferem no processo de reparo oacutesseo e nem na
estabilizaccedilatildeo dos implantes e mostrou-se um tratamento viaacutevel para o presente
caso cliacutenico
Souza et al (2010) realizaram uma revisatildeo da literatura das principais
aplicaccedilotildees e indicaccedilotildees dos enxertos de bancos de ossos na Odontologia Os
enxertos oacutesseos autoacutegenos satildeo eleitos como os de primeira escolha pela sua
eficiecircncia biosseguranccedila e facilidade de obtenccedilatildeo poreacutem apresentam algumas
desvantagens e limitaccedilotildees A utilizaccedilatildeo de homoenxertos provenientes de bancos
de ossos representa uma alternativa aos enxertos oacutesseos autoacutegenos e demonstra
ser uma ferramenta bastante uacutetil para a odontologia com a finalidade de regenerar o
tecido oacutesseo perdido dos maxilares Os autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de
homoenxertos provenientes de bancos de ossos demonstra ser uma ferramenta
bastante uacutetil para a odontologia com a finalidade de regenerar o tecido oacutesseo
perdido dos maxilares Faz-se necessaacuterio que mais bancos de coleta e preparo do
tecido oacutesseo sejam instalados nos hospitais para que esta opccedilatildeo torne-se viaacutevel e
acessiacutevel a um nuacutemero maior de serviccedilos que atuam com reconstruccedilotildees oacutesseas
Aloy-Proacutesper et al (2011) realizaram uma revisatildeo bibliograacutefica sobre
regeneraccedilatildeo oacutessea usando partiacuteculas de enxertos Foram avaliados os resultados
obtidos bem como as complicaccedilotildees de teacutecnicas cirurgircas e as taxas de
sobrevivecircncia e sucesso de implantes colocados nestas aacutereas regeneradas Foram
identificados 64 artigos dos quais 53 foram excluiacutedos em 14 casos de partiacuteculas de
enxerto foi combinado com o bloco de enxerto em quatro casos natildeo ocorreu
defeitos periimplantares durante a colocaccedilatildeo do implante Quanto agrave taxa de sucesso
dos implantes nem todos os estudos bem definidos utilizaram os criteacuterios de
sucesso tornando difiacutecil a comparaccedilatildeo Com base nos criteacuterios de sucesso de
Albrektsson houve uma taxa de sucesso de 932 dois anos apoacutes o carregamento
(857 na maxila superior e 100 na mandiacutebula) Quando os criteacuterios eram do
cortador e Ederer houve uma taxa de sucesso de 857 trecircs anos apoacutes o
carregamento A conclusatildeo dos autores foi de que enxertos de partiacuteculas satildeo
30
eficazes na correccedilatildeo localizada de defeitos do processo alveolar com poucas
complicaccedilotildees e a taxa de sucesso satildeo sempre elevadas variando de 875 a 100
Oliveira Diebold e Silva (2011) analisaram as estruturas da regiatildeo maxilar de
interesse na implantodontia por meio de imagens de tomografia computadorizada
buscando uma avaliaccedilatildeo qualitativa e quantitativa da densidade oacutessea Foram
utilizadas imagens de tomograacutefia computadorizada por raios X obtidas da regiatildeo
maxilar de 31 pacientes avaliados para a colocaccedilatildeo de implantes As regiotildees de
interesse analisadas (seio maxilar fossa nasal tuberosidade maxilar e foramem
naso-alveolar) foram delimitadas de modo semi-automaacutetico com o auxiacutelio da
ferramenta ldquoCell Outlinerrdquo pelo software ImageJ Essas regiotildees foram analisadas nos
cortes axiais cortes sagitais e coronais obtidos pelo TC e com o software A partir
da delimitaccedilatildeo das regiotildees de interesse (ROI) foram determinados os valores
meacutedios e desvio padratildeo do nuacutemero CT em HU (Hounsfield) O nuacutemero CT de uma
imagem tomograacutefica representa o valor de cada pixel que compotildee a imagem esta
relacionada com o coeficiente de atenuaccedilatildeo linear dos tecidos contidos em um voxel
correspondente Estes valores constituem-se em uma informaccedilatildeo importante tanto
para a avaliaccedilatildeo quantitativa das densidades oacutesseas como para a produccedilatildeo de uma
metodologia de realce das estruturas de interesse em implantodontia Com anaacutelise
dos dados obtidos para cada paciente nas estruturas analisadas foi observado que
as regiotildees do seio maxilar e a fossa nasal satildeo semelhantes mas estatisticamente
diferentes Estas satildeo regiotildees pneumaacuteticas que em consequumlecircncia da presenccedila do
ar possuem medidas de nuacutemero CT semelhantes a fossa nasal apresenta uma
estrutura mais irregular e obteve-se uma diferenccedila estatisticamente significativa
entre estas duas regiotildees estudadas O foramem naso-alveolar e a tuberosidade satildeo
regiotildees distintas porque a tuberosidade eacute um osso trabecular de densidades
heterogecircneas que possui a meacutedia do nuacutemero CT maior que a meacutedia do foramen
naso-alveolar que se trata de uma estrutura tubular de densidade homogecircnea para
passagem do feixe vasculo-nervoso Com a comparaccedilatildeo das estruturas analisadas
pelo meacutetodo ANOVA entre pacientes masculinos e femininos evidenciou-se que natildeo
existe diferenccedila estatisticamente significativa entre sexos As conclusotildees obtidas
neste trabalho mostraram que o nuacutemero CT eacute uma medida eficiente para
caracterizar estruturas do corpo humano Os dados obtidos com a anaacutelise das
meacutedias do nuacutemero CT de cada regiatildeo estudada nos permite caracterizar
separadamente cada regiatildeo
31
3 MATERIAS E MEacuteTODOS
O presente trabalho aborda a descriccedilatildeo de quatro casos cliacutenicos que foram
selecionados dos prontuaacuterios de pacientes enxertados submetidos agrave tomografia
computadorizada Cone Beam no periacuteodo preacute-enxerto e apoacutes o procedimento
ciruacutergico das cliacutenicas radiograacuteficas ldquoCliacutenica Odonto Imagem Radiologiardquo situada em
Balneaacuterio Camboriuacute (SC) e ldquoCliacutenica Radioimagemrdquo situada em Itajaiacute (SC)
Foram incluiacutedos no estudo os laudos radiograacuteficos de pacientes que atendem
as seguintes caracteriacutesticas pacientes de ambos os sexos com bom estado de
sauacutede geral idade de quarenta a setenta anos que foram submetidos a enxerto
oacutesseo em regiatildeo de maxila
Primeiramente foi realizada uma coleta de dados junto aos laudos
radiograacuteficos emitidos pelas cliacutenicas citadas Foram selecionados os casos e
posteriormente foi acessado agraves imagens tomograacuteficas dos pacientes
Os exames tomograacuteficos computadorizado de aquisiccedilatildeo volumeacutetrica (cone
beam) foram realizados atraveacutes de cortes parasagitais de espessura de 2mm e
distacircncia de 1 mm entre os cortes
Na segunda etapa foi efetuada a anaacutelise das tomografias observando as
imagens preacute e poacutes-ciruacutergicas simultaneamente nesse momento delimitou-se a aacuterea
do leito receptor e do material enxertado Utilizando o programa Planmeca Romexis
Viewer acessou-se as imagens fornecidas digitalmente analisando primeiramente
as imagens do leito receptor por meio de trecircs traccedilados (em planos perpendiculares)
realizados com o auxiacutelio da ferramenta denominada Linha Hounsfield que nos
fornece a densidade oacutessea do local traccedilado e uma meacutedia do mesmo Foi realizada
uma meacutedia aritmeacutetica simples dos trecircs traccedilados resultando uma meacutedia de
densidade oacutessea que foi enquadrada na escala O mesmo procedimento foi
realizado na aacuterea do material enxertado
Com a posse destes valores meacutedios comparou-se a densidade oacutesseo do leito
receptor com a densidade oacutessea do material enxertado
32
Os dados seratildeo divulgados atraveacutes de painel exposto no bloco de Odontologia
e apresentaccedilatildeo oral Uma coacutepia da pesquisa concluiacuteda seraacute enviada agraves Cliacutenicas
envolvidas na pesquisa
O projeto de pesquisa foi aprovado pela Comissatildeo de Eacutetica em Pesquisa
sobre o nuacutemero 44610
33
4 RESULTADOS
De acordo com a tabela a seguir podemos expressar de forma resumida os
resultados obtidos atraveacutes da pesquisa comparando os mesmos com a escala de
Misch
Paciente (P1) MS sexo feminino com idade de 49 anos apresentando bom
estado de sauacutede geral No dia 28 de outubro de 2009 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes (Figura 1)
34
Figura 1 Vista panoracircmica preacute-enxertia
A densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield
obteve os seguintes resultados Axial (Z) = 7650 Coronal (Y) = 5196 Sagital (X)
= 7818
No dia 29 de janeiro de 2010 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
homoacutegeno O material proveniente do Banco de Tecidos Muacutesculo Esqueleacuteticos HC-
UFPR consistia de um bloco cortical de Fecircmur medindo 30x20mm lote C0917 FD
BC 26 processado no dia 15 de julho de 2009 com validade de 5 anos conservado
a temperatura abaixo de -40ordmC O osso foi particulado e acrescido de lincomicina
No dia 19102010 foram realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da
densitometria oacutessea do material enxertado e obtiveram os seguintes resultados
Axial (Z) = 6590 Coronal (Y) = 4986 Sagital (X) = 2948 (Figura 2)
35
Figura 2 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
Paciente (P2) AWU sexo feminino com idade de 67 anos apresentando
bom estado de sauacutede geral no dia 29 de agosto de 2009 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes A
densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield obteve os
seguintes resultados Axial (Z) = 7104 Coronal (Y) = 7002 Sagital (X) = 10412
(Figura 3)
Figura 3 Vista panoracircmica preacute-enxertia
No dia 06 de novembro de 2009 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
36
homoacutegeno O material proveniente do Banco de Tecidos Muacutesculo Esqueleacuteticos HC-
UFPR consistia de um bloco cortical de Fecircmur medindo 30x20mm lote C0917 FD
BC 39 processado no dia 15 de julho de 2009 com validade de 5 anos conservado
a temperatura abaixo de -40ordmC O osso foi particulado e acrescido de lincomicina
Passado o periacuteodo de 10 meses apoacutes o procedimento ciruacutergico foram
realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da densitometria oacutessea do material
enxertado e obtiveram os seguintes resultados Axial (Z) = 6972 Coronal (Y) =
8138 Sagital (X) = 4984 (Figura 4)
Figura 4 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
Paciente (P3) IS sexo feminino com idade de 42 anos apresentando bom
estado de sauacutede geral no dia 13 de Novembro de 2007 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes A
densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield obteve os
seguintes resultados Axial (Z) = 4917 Coronal (Y) = 3481 Sagital (X) = 4207
(Figura 5)
37
Figura 5 Vista panoracircmica preacute-enxertia
No dia 26 de Novembro de 2007 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
autoacutegeno tendo como aacuterea doadora a regiatildeo de ramo mandibular
Passado o periacuteodo de 09 (nove) meses apoacutes o procedimento ciruacutergico foram
realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da densitometria oacutessea do material
enxertado e obtiveram os seguintes resultados Axial (Z) = 7176 Coronal (Y) =
5443 Sagital (X) = 5638 (Figura 6)
Figura 6 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
38
Paciente (P4) ATL sexo feminino com idade de 45 anos apresentando
bom estado de sauacutede geral no dia 18 de Agosto de 2009 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes A
densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield obteve os
seguintes resultados Axial (Z) = 6028 Coronal (Y) = 6681 Sagital (X) = 6397
(Figura 7)
Figura 7 Vista panoracircmica preacute-enxertia
No dia 09 de Outubro de 2009 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
autoacutegeno tendo como aacuterea doadora a regiatildeo de ramo mandibular
Passado o periacuteodo de 4 (quatro) meses apoacutes o procedimento ciruacutergico foram
realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da densitometria oacutessea do material
enxertado e obtiveram os seguintes resultados Axial (Z) = 8549 Coronal (Y) =
9340 Sagital (X) = 8624 (Figura 8)
39
Figura 8 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
40
5 DISCUSSAtildeO
Em Odontologia a tomografia computadorizada tem demonstrado ser o
meacutetodo de eleiccedilatildeo para a determinaccedilatildeo da densidade oacutessea na regiatildeo dos
maxilares pois fornece dados objetivos precisos da variaccedilatildeo da densidade oacutessea
entre diferentes regiotildees em um mesmo indiviacuteduo A tomografia computadorizada eacute o
uacutenico meacutetodo que permite avaliar osso cortical e medular separadamente com a
vantagem de que as informaccedilotildees tridimensionais satildeo apresentadas em uma seacuterie de
cortes finos da estrutura interna da parte estudada onde as informaccedilotildees resultantes
natildeo sofrem superposiccedilatildeo por estruturas anatocircmicas (SANTIAGO e VITRAL 2006)
Logo a tomografia computadorizada eacute um meacutetodo de escolha na avaliaccedilatildeo
qualitativa e quantitativa de enxertos em seio maxilar (ZEacuteTOLA et al 2002)
Bassi et al (2009) citaram que para o sucesso da reabilitaccedilatildeo com implantes
dentaacuterios eacute imprescindiacutevel que seja levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
rebordo residual e tambeacutem a qualidade de osso para a estabilidade do implante
Aleacutem disso o osso disponiacutevel (volume) deve ser avaliado em sua densidade
o que determinaraacute sua resistecircncia Densidade eacute a relaccedilatildeo entre a massa e o volume
de um corpo e o meacutetodo de avaliaccedilatildeo da densidade mineral oacutessea eacute denominado
densitometria As unidades de medidas mais empregadas satildeo gcmsup2 (densidade por
aacuterea) gcmsup3 (densidade por volume) ou HU (unidade Hounsfield) (CAUacuteLA
MACHADO BARBOSA 2000)
A densidade oacutessea eacute diretamente relacionada agrave resistecircncia do tecido oacutesseo
antes da fratura Uma diferenccedila de dez vezes na resistecircncia do tecido oacutesseo pode
ser observada entre o osso D1 e D4 O osso D2 exibe uma resistecircncia agrave
compressatildeo 47 a 68 maior se comparado com o D3 (MISCH 2000)
O osso com densidade 2 (D2) eacute uma combinaccedilatildeo de osso compacto denso
para poroso na porccedilatildeo externa e osso trabecular grosso na porccedilatildeo interna Na
superfiacutecie e nas proporccedilotildees laterais do implante oferece uma interface inicial riacutegida
A densidade oacutessea D2 eacute mais comumente encontrada na mandiacutebula A regiatildeo
anterior da mandiacutebula apresenta este tipo oacutesseo em 23 dos casos O osso com
densidade 3 (D3) eacute composto de uma cortical oacutessea fina na crista e osso trabecular
fino no interior Uma das desvantagens desse tipo oacutesseo eacute a delicadeza com a qual
esse osso deve ser manipulado Quanto menor for a densidade mais facilmente o
41
osso eacute expandido para que implantes sejam inseridos A regiatildeo anterior da maxila
apresenta em 65 dos casos o osso D3 e em quase metade dos casos o osso
D3 eacute encontrado tambeacutem na regiatildeo posterior da maxila O osso menos denso D4
tem sido relatado em aproximadamente 40 dos casos eacute encontrado na parte
posterior da maxila especialmente na regiatildeo dos molares ou apoacutes levantamento do
seio maxilar (CAUacuteLA MACHADO BARBOSA 2000 BUSCATTI 2003)
Em 1988 Misch realizou uma pesquisa tendo como base de estudos a escala
apresentada por Hounsfield que tem como objetivo a diferenciaccedilatildeo de densidades
de oacutergatildeos do corpo pela diferenccedila de tons de cinza atraveacutes da tomografia A partir
desta Misch propocircs uma nova escala o qual associou nuacutemeros aos tipos oacutesseos
relacionando numericamente os valores aos tipos oacutesseos
No periacuteodo preacute-enxertia foi verificado que em todos os casos estudados a
densidade presente na regiatildeo de leito receptor caracteriza osso tipo D3 Sendo esta
densidade compatiacutevel com a regiatildeo anterior e posterior da maxila
Apoacutes 10 meses dos enxertos homoacutegenos serem realizados (P1 e P2)
observou-se que a densidade em unidades HU diminuiu na maioria dos eixos
avaliados somente no eixo coronal da P2 que apresentou um leve aumento Apesar
desta variaccedilatildeo de valores natildeo houve mudanccedila da qualidade oacutessea Tanto o osso
neoformado quanto o do leito receptor mantiveram-se qualidade de osso D3
Nos casos onde o material de escolha foi osso autoacutegeno observou-se atraveacutes
da densidade em unidades HU aumento dos valores em todos os eixos avaliados
Entre os dois casos (P3 e P4) houve uma pequena diferenccedila entre os valores que
atraveacutes da escala proposta por Misch resultou na diferenccedila que no caso P3 o
material enxertado natildeo apresentou alteraccedilatildeo na qualidade em relaccedilatildeo agrave aacuterea
receptora Jaacute no caso P4 o material enxertado caracteriza-se como qualidade oacutessea
D2 Suponha-se que esta diferenccedila entre a densidade do material enxertado nestes
dois casos seja devido ao grau de condensaccedilatildeo do material na regiatildeo tamanho das
partiacuteculas e quantidade de material enxertado Os dados obtidos natildeo correspondem
a uma populaccedilatildeo em geral devido a pequena quantidade de amostras e se tratando
de um relato de caso cliacutenico
Pinto et al (2007) comenta que os enxertos autoacutegenos satildeo os uacutenicos entre os
tipos de enxerto oacutesseo a fornecer ceacutelulas oacutesseas vivas imunocompatiacuteveis
essenciais agrave fase I da osteogecircnese que eacute responsaacutevel pela proliferaccedilatildeo das ceacutelulas
oacutesseas em especial do osteoacuteide assim quanto mais ceacutelulas vivas forem
42
transplantadas mais tecido oacutesseo seraacute formado Kuabara et al (2000) concluiacuteram
que a pequena morbidade poacutes-operatoria da regiatildeo doadora do enxerto elege a
regiatildeo retromolar inferior como uma excelente opccedilatildeo ciruacutergica para reabilitaccedilatildeo de
pequenos defeitos oacutesseos Jaacute Cyriaco e Azevedo (2006) relatam que quando se
trata de enxertos menores as melhores aacutereas doadoras para regiatildeo oral seriam o
mento e a regiatildeo retromolar e para maiores quantidades a crista iliacuteaca a calota
craniana a costela e a tiacutebia
Pereira et al (2009) enxerto com osso autoacutegeno eacute considerado padratildeo ouro
para reconstruccedilatildeo de defeitos oacutesseos residuais Algumas teacutecnicas ciruacutergicas podem
ser realizadas abrangendo aacutereas doadoras extra e intrabucais dependendo do grau
de perda oacutessea planejamento ciruacutergico-proteacutetico e das condiccedilotildees gerais do
paciente O osso autoacutegeno cortical oferece excelente suporte estrutural para o siacutetio
receptor sendo uma excelente alternativa para segmentos de defeitos maiores que
5 ou 6 cm que requerem suporte estrutural imediato restabelecendo devidamente a
funccedilatildeo
Gonccedilalves (2008) concluiu que implantes instalados em enxertos de seio maxilar
com a ajuda de substitutos oacutesseos apresentam uma taxa de sucesso cliacutenico de
9009
O osso mais indicado para enxertia eacute o autoacutegeno pela sua eficiecircncia
bioseguranccedila e facilidade de obtenccedilatildeo e uma alternativa para sua substituiccedilatildeo eacute o
homoacutegeno por ter caracteriacutesticas a longo prazo semelhantes embora o iacutendice de
reabsorccedilatildeo ser maior (DEL VALE et al 2006 SOUZA et al 2010 GONCcedilALVEZ et
al 2009) O enxerto de osso homoacutelogo eacute uma alternativa viaacutevel para reconstruccedilatildeo
de rebordos alveolares severamente atroacuteficos ao mesmo tempo em que reduz a
morbidade e os riscos inerentes aos procedimentos de enxertos autoacutegenos como
dor parestesia e hematomas (MOLON et al 2009 PIFFER et al2010) Ele mostra-
se efetivo conforme Contar et al (2009) que realizou 51 implantes sobre enxerto
homoacutegeno alcanccedilando o torque miacutenimo de 40N(newton) em todos eles natildeo
havendo problema em nenhum implante em um periacuteodo de acompanhamento de 24
a 35 meses
Ajzen et al (2005) comenta do uso de fatores indutores como plasma rico em
plaquetas sugerindo uma melhor qualidade e quantidade oacutessea necessaacuteria para
reconstruccedilatildeo proteacutetica atraveacutes de implantes oacutesseo integrados A associaccedilatildeo do
bloco de osso homoacutegeno agrave medula oacutessea autoacuteloga parece representar uma
43
alternativa terapecircutica para se minimizar os niacuteveis de reabsorccedilatildeo dos materiais de
enxertia (COSTA et al 2009)
Faz-se necessaacuterio a coleta de mais casos para se obter um tratamento
estatiacutestico que possibilite uma comprovaccedilatildeo da previsibilidade da densidade oacutessea
com os materiais enxertados e variaccedilotildees de teacutecnicas ciruacutergicas
44
6 CONCLUSAtildeO
Conclui-se que o enxerto oacutesseo autoacutegeno e procedente de banco de ossos
demonstra-se eficaz na reabilitaccedilatildeo de pacientes que apresentam maxilas atroacuteficas
e que necessitam de implantes dentaacuterios para a reabilitaccedilatildeo proteacutetica
A densidade obtida do material enxertado eacute semelhante a densidade do
tecido oacutesseo adjacente necessitando de mais casos para esta comprovaccedilatildeo
45
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AJZEN S A et al Anaacutelise por tomografia computadorizada do enxerto autoacutegeno na cirurgia de sinus lift Radiol bras Rio de Janeiro v 38 n 1 p 25-31 janfev 2005 ALOY-PROacuteSPER A et al Bone regeneration using particulate grafts an update Med oral patol oral cir bucal Valencia v16 n2 p210-214 Mar 2011 ARAUacuteJO JMS de et al Enxerto oacutesseo bovino como alternativa para cirurgias de levantamento de assoalho de seio maxilar Rev cir traumatol buco-maxilo-fac Recife v9 n 3 p 89-96 julset 2009
BASSI A P F CARNEIRO G P Avaliaccedilatildeo do iacutendice de sucesso dos enxertos autoacutegenos e dos implantes instalados em regiatildeo do seio maxilar Implant News Satildeo Paulo v7 n2 p257-260 dez 2009
BLAY A TUNCHEL S SENDYK W R Viabilidade dos enxertos autoacutegenos obtidos com a utilizaccedilatildeo de coletores para osso estudo histoloacutegico e microbioloacutegico Pesqui Odontol Bras Satildeo Paulo v 17 n 3 p 234-40 julset 2003 BUSCATTI M Y Contribuiccedilatildeo para o estudo das densidades oacutesseas maxilomandibulares por meio da escala tomodensitomeacutetrica de Hounsfield quando da aplicaccedilatildeo de programa computadorizado para planejamento de implantes osseointegrados 2003 122f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Radiologia) - Faculdade de Odontologia da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2003 CAUacuteLA A L MACHADO F O de BARBOZA E P Densidade Oacutessea no planejamento em Implantodontia BCI Curitiba v 7 n 25 2000
CHEM RC et al Uso de retalho livre de fiacutebula no complexo bucomaxila-facial ndash Relato de dois casos Rev Cir Traumatol Buco-maxilo-fac Camaragibe v5 n4 p 23-30 outdez 2005 CONTAR C M M et al Maxillary ridge augmentation with fresh-frozen bone allografts J Oral Maxillofac Surg Copenhagen v67 n6 p1280-1285 June 2009 COSMO L A M et al Enxerto oacutesseo em levantamento de seio maxilar com osso humano fresco congelado ImplantNews Satildeo Paulo v 4 n 3 p 249-253 2007 COSTA C E S da et al Utilizaccedilatildeo de medula oacutessea autoacuteloga na integraccedilatildeo de enxertos oacutesseos homoacutelogos ImplantNews Satildeo Paulo v 6 n 4 p 395-402 2009
CYRIACO E AZEVEDO D Enxertos oacutesseos aplicados na cirurgia buccedilo-maxilo facial Cispre [on line] Petroacutepolis 27 jul 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcisprecombracervo_detalhesaspId=60gt Acesso em 20 abr 2011
DEL VALLE R A CARVALHO M L de GONZALEZ M R Estudo do comportamento de enxerto oacutesseo com material doador obtido dos bancos de tecidos muacutesculos-esqueleacuteticos Rev odontol Univ Cid Satildeo Paulo Satildeo Paulo v 18 n 2 p 189-194 maioago 2006
46
GARCIA JUacuteNIOR I R et al Avaliaccedilatildeo cliacutenica de enxertos oacutesseos autoacutegenos de crista iliacuteaca em maxilas atroacuteficas para instalaccedilatildeo de implantes oacutesseointegraacuteveis Innov implant j biomater esthet (Impr) Satildeo Paulo v 1 n 1 p 34-40 maio 2006 GONCcedilALVES A R de Q Avaliaccedilatildeo do sucesso de implantes osseointegraacuteveis em enxerto de seio maxilar RGO (Porto Alegre) Porto Alegre v 56 n 4 p 423-427 outdez 2008 GONCcedilALVES A O et al Avaliaccedilatildeo histomorfoloacutegica de maxilares humanos submetidos a enxerto oacutesseo autoacutegeno e homoacutegeno Implant News Satildeo Paulo v7 n2 p213-222 nov 2009
JAHN R S et al Retalho em dupla paacutegina Innov implant j biomater esthet Satildeo Paulo v 4 n 3 p 20-24 setdez 2009
KUABARA M R et al Levantamento de seio maxilar utilizando enxerto autoacutegeno da regiatildeo retromolar e simultacircnea colocaccedilatildeo de implantes ossointegrados Relato de caso cliacutenico ROBRAC Goiacircnia v 9 n 28 p 14-17 2000
MAZZONETTO R et al Avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de enxertos de siacutenfise mandibular na reconstruccedilatildeo de defeitos oacutesseos em regiatildeo anterior de maxila estudo por meio de tomografia convencional linear Rev bras implant Satildeo Paulo v 6 n 1 p 19-22 janmar 2000
MISCH C E et al Doaccedilatildeo de enxertos oacutesseos autoacutegenos extra orais para implantes endo oacutesseo In Implantes Dentaacuterios Contemporacircneos 2ordm ed Satildeo Paulo Santos 2000 cap 33 p 521-535 MOLON R S de et al Reconstruccedilatildeo de maxila atroacutefica utilizando enxerto oacutesseo homoacutegeno Rev Cir Traumatol Buco-Maxilo-fac Camaragibe v 9 n 4 p 25-30 outdez 2009 OLIVEIRA FILHO M A de et alReconstruccedilatildeo de defeito de continuidade em mandiacutebula com posterior reconstruccedilatildeo alveolar RGO (Porto Alegre) Porto Alegre v 55 n 3 p 305-310 julset 2007 OLIVEIRA H W de DIEBOLD E SILVA A M M da Avaliaccedilatildeo da regiatildeo maxilar em imagens de tc por raios x para o uso em implantodontia e cirurgia bucomaxilofaciaL Disponiacutevel em lthttpwwwpucrsbrunipoafisicapesquisasnimedartigosArtigo20Canal20CientEDficopdfgt Acesso em 20 de Junho de 2011 PEREIRA C C S et al Enxertos oacutesseos autoacutegenos mandibulares para reconstruccedilatildeo de processos alveolares atroacutefi cos revisatildeo e teacutecnica ciruacutergica Innov Implant J Biomater Esthet Satildeo Paulo v 4 n 3 p 96-102 setdez 2009 PICCINELLI L B et al Estudo retrospectivo de 59 pacientes tratados com enxertos oacutesseos autoacutegenos intrabucais e implantes dentais Innov Implant J Biomater Esthet Satildeo Paulo v 4 n 3 p 30-34 setdez 2009 PIFFER C S et al Levantamento de seio maxilar utilizando Bio-Oss concomitante com a instalaccedilatildeo de implantes ImplantNews Satildeo Paulo v 7 n 4 p 489-495 2010
47
PINTO J G S et al Enxerto autoacutegeno x biomateriais no tratamento de fraturas e deformidades faciais ndash uma revisatildeo de conceitos atuais RFO UPF Passo Fundo v 12 n 3 p 79-84 setdez 2007 RIBEIRO JUacuteNIOR O et al Princiacutepios da reconstruccedilatildeo mandibular com enxerto oacutesseo vascularizado Rev cir traumatol buco-maxilo-fac Recife v 8 n 1 p 15 ndash 22 janmar 2008 RODRIGUES A F VITRAL R W F Aplicaccedilotildees da Tomografia Computadorizada na Odontologia Pesq Bras Odontoped Clin Integr Joatildeo Pessoa v 7 n 3 p 317-324 setdez 2007 SANTIAGO R C VITRAL R W F Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da densidade mineral oacutessea e seu emprego na odontologia Pesq Bras Odontoped Clin Integr Joatildeo Pessoa v6 n3 p 289-294 setdez 2006 SILVEIRA A C G WASSALL T Anaacutelise da aacuterea doadora de enxerto mandibular por meio de tomografia computadorizada do feixe cocircnico para avaliaccedilatildeo da remodelaccedilatildeo oacutessea RGO (Porto Alegre) Porto Alegre v 57 n 1 p 61-65 janmar 2009 SOUSA J N L de et al Avaliaccedilatildeo dos enxertos homoacutegenos como substitutos aos enxertos autoacutegenos na fixaccedilatildeo de implantes osteointegrados uma revisatildeo sistemaacutetica da literatura Innov Implant J Satildeo Paulo v 4 n 3 p 54-57 setdez 2009 SOUZA D O et al Aplicaccedilotildees de enxertos de bancos de ossos em odontologia R Ci meacuted biol Salvador v 9 n 1 p 45-48 2010 SPIN-NETO R et al Tecido oacutesseo homoacutelogo para utilizaccedilatildeo em Odontologia Implant News Satildeo Paulo v7 n4 p555-560 dez 2009 TANAKA R et al Incorporaccedilatildeo dos enxertos oacutesseos em bloco processos bioloacutegicos e consideraccedilotildees relevantes Conscientia e sauacutede Satildeo Paulo v 7 n 3 p 323-327 2008 ZEacuteTOLA A L et al Reconstruccedilatildeo do seio maxilar atroacutefico com enxerto autoacutelogo de crista iliacuteaca avaliaccedilatildeo por tomografia computadorizada e radiografia panoracircmica Rev col bras cir Rio de Janeiro v 29 n 1 p 13-18 janfev 2002
3
AGRADECIMENTOS
Agradecemos a todas as pessoas e instituiccedilotildees que direta ou indiretamente
contribuiacuteram para a elaboraccedilatildeo deste trabalho
4
AVALIACcedilAtildeO DA DENSIDADE OacuteSSEA EM PACIENTES ENXERTADOS COM OSSO
HOMOacuteGENO E AUTOacuteGENOS POR MEIO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
CONE BEAM RELATO DE CASO CLIacuteNICO
Luiz Antonio FRANTZ Luiz Eduardo GAMBA Uislen Berian CADORE Orientador Prof Dr Emerson Alexandre Sgrott Data de defesa 23 de Setembro de 2011
Resumo Com o grande avanccedilo da implantodontia constata-se a necessidade de espessura miacutenima de tecido oacutesseo evoluindo com isso a enxertia oacutessea na aacuterea odontoloacutegica para a realizaccedilatildeo de reabilitaccedilotildees O intuito deste trabalho foi a descriccedilatildeo de quatro casos cliacutenicos e avaliar a qualidade do material de enxerto sendo dois de origem autoacutegena e dois de origem homoacutegena em situaccedilatildeo de preacute implante dentaacuterio por meio da tomografia computadorizada CONE BEAM Foram determinadas a densidade do tecido oacutesseo adjacente (leito receptor) no periacuteodo preacute-ciruacutergico a densidade oacutessea do material enxertado no periacuteodo poacutes-ciruacutergico e realizada uma comparaccedilatildeo da densidade oacutessea obtida pelo material enxertado com a densidade do tecido oacutesseo adjacente Os dados foram coletados junto a prontuaacuterios das clinicas ldquoCliacutenica Odonto Imagem Radiologiardquo situada em Balneaacuterio Camboriuacute (SC) e ldquoCliacutenica Radioimagemrdquo situada em Itajaiacute (SC) A anaacutelise dos dados seraacute efetuada em funccedilatildeo da densidade e origem do osso com o auxiacutelio do programa Planmeca Romexis Viewer Concluindo assim que o enxerto oacutesseo autoacutegeno e procedente de banco de ossos demonstra-se eficaz na reabilitaccedilatildeo de pacientes que apresentam maxilas atroacuteficas e que necessitam de implantes dentaacuterios para a reabilitaccedilatildeo proteacutetica A densidade obtida do material enxertado eacute semelhante a densidade do tecido oacutesseo adjacente necessitando de mais casos para esta comprovaccedilatildeo Palavras chave Densidade oacutessea Tomografia computadorizada de feixe cocircnico Enxerto oacutesseo mandibular Implante Dentaacuterio Endoacutesseo
5
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 6 2 REVISAtildeO DE LITERATURA 7 3 MATERIAIS E MEacuteTODOS 32 4 RESULTADOS 34 5 DISCUSSAtildeO 39 6 CONCLUSAtildeO 43
6
1 INTRODUCcedilAtildeO
Os implantes dentaacuterios estatildeo sendo usados em grande nuacutemero por pacientes
edecircntulos totais ou parciais Eles satildeo um excelente meacutetodo de tratamento para se
obter uma adequada reabilitaccedilatildeo bucal No entanto o seu sucesso depende de uma
quantidade miacutenima de tecido oacutesseo para a sua inserccedilatildeo com comprimento e
espessura seguros a fim de suportar as forccedilas mastigatoacuterias
A condiccedilatildeo de um remanescente oacutesseo miacutenimo para inserccedilatildeo do implante
nem sempre se faz presente por isso teacutecnicas de aumento de rebordo alveolar e de
levantamento de assoalho do seio maxilar tecircm sido desenvolvidas viabilizando
dessa forma a reabilitaccedilatildeo(AJZEN et al 2005)
A regeneraccedilatildeo do osso alveolar reabsorvido eacute um dos desafios atuais da
cliacutenica odontoloacutegica Existindo basicamente trecircs origens diferentes de osso a ser
enxertado osso autoacutegeno (autoacutelogo) homoacutegeno (homoacutelogo) osso heteroacutegeno
(heteroacutelogo) O osso autoacutegeno tem como origem o osso do proacuteprio paciente o osso
homoacutegeno tem origem da mesma espeacutecie (cadaacuteveres nos bancos de ossos) e o
osso heteroacutegeno tem como origem o osso de doador de outra espeacutecie (geralmente
bovina)
A partir da constataccedilatildeo da demanda atual dessa modalidade de reabilitaccedilatildeo oral
avaliou-se a qualidade do material de enxerto oacutesseo procedente de banco de ossos
(osso homoacutegeno) e osso autoacutegeno em situaccedilatildeo de implante dentaacuterio por meio da
tomografia computadorizada Cone Beam E dessa forma definir qual a indicaccedilatildeo do
material e atraveacutes de suas vantagens e desvantagens servir de auxiacutelio ao Cirurgiatildeo-
Dentista em sua praacutetica diaacuteria de implantodontia levando-o agrave seguranccedila e
confiabilidade em seus procedimentos
7
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
Cauacutela Machado e Barboza (2000) descreveram os diferentes tipos de
densidade oacutessea e sua influecircncia na Implantodontia A densidade do osso disponiacutevel
em um siacutetio edecircntulo tem influecircncia no planejamento do tratamento no design do
implante no tipo de cirurgia no tempo de cicatrizaccedilatildeo e na colocaccedilatildeo progressiva
de carga durante a reconstruccedilatildeo proteacutetica O osso pode ser classificado
macroscopicamente em quatro grupos de densidades diferentes do mais denso ao
menos denso compacto denso compacto poroso trabecular grosso e trabecular
fino O osso considerado como densidade 1 (D1) manteacutem sua forma e densidade
devido ao stress das inserccedilotildees musculares Sendo composto de osso lamelar
histoloacutegico eacute altamente mineralizado e capaz de suportar grandes cargas O osso
compacto denso tambeacutem apresenta algumas desvantagens que devem ser
consideradas O osso D1 eacute mais difiacutecil de ser preparado para receber implantes do
que qualquer outro tipo oacutesseo O osso com densidade 2 (D2) eacute uma combinaccedilatildeo de
osso compacto denso para poroso na porccedilatildeo externa e osso trabecular grosso na
porccedilatildeo interna Na superfiacutecie e nas proporccedilotildees laterais do implante oferece uma
interface inicial riacutegida A densidade oacutessea D2 eacute mais comumente encontrada na
mandiacutebula A regiatildeo anterior da mandiacutebula apresenta este tipo oacutesseo em 23 dos
casos O osso com densidade 3 (D3) eacute composto de uma cortical oacutessea fina na
crista e osso trabecular fino no interior Uma das desvantagens desse tipo oacutesseo eacute a
delicadeza com a qual esse osso deve ser manipulado Quanto menor for a
densidade mais facilmente o osso eacute expandido para que implantes sejam inseridos
A regiatildeo anterior da maxila apresenta em 65 dos casos o osso D3 e em quase
metade dos casos o osso D3 eacute encontrado tambeacutem na regiatildeo posterior da maxila
O osso com densidade 4 (D4) eacute um osso trabecular fino cuja cortical oacutessea eacute
miacutenima ou nenhuma A necessidade da altura maacutexima de osso disponiacutevel eacute maior
em D4 do que em outros tipos oacutesseos para aumentar a superfiacutecie de contato
ossoimplante O tempo de cicatrizaccedilatildeo deve ultrapassar os 6 meses como
preconizado nos protocolos existentes O osso menos denso D4 tem sido relatado
em aproximadamente 40 dos casos eacute encontrado na parte posterior da maxila
especialmente na regiatildeo dos molares ou apoacutes levantamento do seio maxilar Os
autores concluiacuteram que dependendo da localizaccedilatildeo e do tempo pelo qual uma aacuterea
8
permaneceu edecircntula sua densidade seraacute variaacutevel Poreacutem existem aacutereas onde os
tipos oacutesseos satildeo mais comumente encontrados D1 eacute encontrado em mandiacutebula
anterior atroacutefica D2 eacute encontrado em regiatildeo de mandiacutebula anterior mandiacutebula
posterior e maxila anterior D3 eacute encontrado em regiatildeo de maxila anterior maxila
posterior e mandiacutebula posterior e D4 eacute encontrado em regiatildeo de maxila posterior
Kuabara et al (2000) apresentaram um caso cliacutenico de reabilitaccedilatildeo oral por
meio de cirurgia avanccedilada em implantologia destacando a teacutecnica ciruacutergica para
elevaccedilatildeo do seio maxilar usando um enxerto oacutesseo da regiatildeo retromolar da
mandiacutebula Todo procedimento ciruacutergico foi realizado sob anestesia local e
medicaccedilatildeo previamente agrave cirurgia O enxerto foi removido da regiatildeo retromolar da
mandiacutebula aacuterea onde encontra-se maior quantidade de osso cortical e pouca
medular Apoacutes anestesia local por bloqueio regional e complementar a incisatildeo foi
realizada na base do ramo da mandiacutebula seguindo pela linha obliqua ateacute a regiatildeo de
1ordm molar inferior Foi realizado o deslocamento do retalho muco-periostal e o tecido
oacutesseo foi exposto a ostectomia foi realizada com brocas e cinzeacuteis provocando uma
fratura do fragmento Enquanto as perfuraccedilotildees dos implantes eram confeccionadas
o enxerto foi particulado e colocado no interior da cavidade sinusal em sua porccedilatildeo
medial seguindo-se a colocaccedilatildeo dos implantes e posterior preenchimento da
cavidade com osso triturado Passado o periacuteodo de seis meses foi iniciada a fase
proteacutetica Os autores concluiacuteram que a pequena morbidade poacutes-operatoacuteria da
regiatildeo doadora do enxerto elege a regiatildeo retromolar inferior como uma excelente
opccedilatildeo ciruacutergica para reabilitaccedilatildeo de pequenos defeitos oacutesseos A enxertia oacutessea no
interior da cavidade sinusal provou ser uma alternativa eficiente para reabilitar a
regiatildeo posterior de maxila onde a colocaccedilatildeo de implantes osseointegrados eacute
limitada pela quantidade oacutessea remanescente
Mazzonetto et al (2000) avaliaram o aumento em espessura oacutessea apoacutes a
realizaccedilatildeo de enxerto autoacutegeno obtido da regiatildeo de siacutenfise mandibular em regiatildeo
anterior de maxilas com grandes reabsorccedilotildees oacutesseas de pacientes que
necessitavam de reabilitaccedilatildeo por meio de implantes osseointegrados Seis pacientes
apresentando perdas dentaacuterias e defeitos oacutesseos na regiatildeo anterior de maxila foram
submetidos agrave reconstruccedilatildeo alveolar utilizando enxerto autoacutegeno da regiatildeo da siacutenfise
mandibular com o objetivo de restabelecer a espessura oacutessea para posteriormente
serem reabilitados com implantes Foram realizadas radiografias intrabucais
9
panoracircmica e tomografia convencional linear no exame inicial para avaliar a aacuterea
maxilar e determinar se a aacuterea doadora ou seja a siacutenfise mandibular apresentava
osso suficiente para reconstruir o defeito Realizada a cirurgia apoacutes 4 meses foi feito
outro procedimento ciruacutergico reabrindo a aacuterea para remoccedilatildeo dos parafusos Passado
um periacuteodo de 6 meses da realizaccedilatildeo do enxerto cada paciente foi submetido a
novo exame tomograacutefico convencional linear tomada esta que foi realizada de
maneira padronizada com a primeira Foram realizadas medidas do ganho oacutesseo
pela anaacutelise das tomografias preacute e poacutes-operatoacuterias dos pacientes Foi traccedilada uma
linha no longo eixo do rebordo a partir do ponto mais alto da crista A partir desta
projetou-se uma linha perpendicular a 5 mm de distacircncia da porccedilatildeo mais oclusal
sobre a qual foi medida a distacircncia entre as duas corticais vestibular e lingual Dos 6
pacientes analisados foram obtidas 12 medidas comparativas Em 3 das medida
natildeo foram obtidos os resultados desejados devido agrave reabsorccedilatildeo do enxerto
Portanto 75 das aacutereas avaliadas obtiveram aumento em espessura suficientes
para a colocaccedilatildeo de implantes As observaccedilotildees cliacutenicas e radiograacuteficas das aacutereas
enxertadas demonstraram ganho oacutesseo em altura e em largura indicando que o
enxerto retirado da siacutenfise mandibular eacute uma aIternativa viaacutevel para a reconstruccedilatildeo
de defeitos alveolares a maxila anterior onde seratildeo colocados implantes A aacuterea da
siacutenfise mandibular tem muitas vantagens em relaccedilatildeo a outros locais doadores
Misch et al (2000) apoacutes realizar uma revisatildeo de literatura verificou a
importacircncia da densidade oacutessea no sucesso do implante osseointegrado e
apresentou uma atualizaccedilatildeo de sua classificaccedilatildeo oacutessea de 1988 acrescentando o
tipo oacutesseo D5 o qual associou nuacutemeros aos tipos oacutesseos relacionando
numericamente os valores aos tipos oacutesseos
10
Zeacutetola et al (2002) investigaram a neoformaccedilatildeo oacutessea de enxerto autoacutelogo
medular natildeo vascularizado de crista iliacuteaca para seio maxilar atroacutefico por meio de
uma avaliaccedilatildeo comparativa da precisatildeo entre a Tomografia Computadorizada (TC) e
a radiografia panoracircmica Foram selecionados 14 pacientes submetidos a 25
enxertos de crista iliacuteaca natildeo vascularizados sendo eles 9 do sexo feminino e 5 do
sexo masculino tendo como meacutedia de idade de 443 anos O criteacuterio de inclusatildeo foi
a altura residual menor que 5mm entre o rebordo gengival e o soalho antral
(medidos comparativamente pela tomografia computadorizada e radiografia
panoracircmica) e todos pacientes eram edentados uni ou bilateralmente A parede
lateral do seio maxilar foi exposta totalmente para a confecccedilatildeo de uma janela oval
com tamanho aproximado de 15 a 25mm feita com broca esfeacuterica diamantada
nuacutemero seis sendo preservada a integridade da mucosa antral que foi totalmente
rebatida sendo exposta a cuba e parede medial do antro maxilar O fragmento
oacutesseo da crista iliacuteaca autoacutegena foi colocado perpendicularmente agrave parede lateral da
maxila isolando o compartimento superior do seio Jaacute no inferior foi empregado osso
medular autoacutegeno fragmentado isolado ou misturado com hidroxiapatita (HA) que foi
recoberto pelo retalho mucoperiostal suturado com fio reabsorviacutevel de poligalactina
40 em sutura simples Para a avaliaccedilatildeo quantitativa e qualitativa poacutes-operatoacuteria
foram empregadas a radiografia panoracircmica e a tomografia computadorizada Foi
utilizado o teste de meacutedias atraveacutes da distribuiccedilatildeo t de Student para anaacutelise das
varianccedilas com a prevalecircncia de 005 para os dois grupos de imagens Na avaliaccedilatildeo
qualitativa houve consenso dos observadores nos dois grupos de exames (RX
panoracircmico e TC) e para a imagem panoracircmica (RP) o conceito foi regular e para a
tomografia boa Com relaccedilatildeo agrave anaacutelise quantitativa houve consenso na tomografia
11
computadorizada e para a radiografia panoracircmica a diferenccedila foi miacutenima entre os
observadores sem significado O ganho meacutedio foi de 148mm em todos os
procedimentos com erro maior que 3mm em 16 procedimentos (64) Os autores
concluiacuteram que a tomografia computadorizada foi o meacutetodo de escolha na avaliaccedilatildeo
qualitativa e quantitativa da incorporaccedilatildeo de enxerto autoacutelogo natildeo vascularizado em
seio maxilar atroacutefico
Blay Tunchel e Sendyk (2003) avaliaram a viabilidade microbioloacutegica e
histoloacutegica de tecido oacutesseo que ateacute a data tem sido ignorado em oacutesseos integrados
em cirurgias de implante Foram selecionados trinta pacientes sendo 13 homens e
17 mulheres com meacutedia de idade de 54 anos estando em bom estado de sauacutede
geral Os criteacuterios de seleccedilatildeo foram pacientes com perda de um ou mais elementos
dentaacuterios e com atrofia alveolar moderada Foi adotada uma teacutecnica baseada no uso
de coletores de osso para a obtenccedilatildeo de material oacutesseo autoacutegeno sem ter que
envolver um segundo (intra-oral ou extra-oral) aacuterea ciruacutergica para a obtenccedilatildeo de
osso autoacutegeno As amostras foram obtidas durante o processo de perfuraccedilatildeo do
osso alveolar utilizando dois tipos de coletores de ossos especiais As mesmas
foram utilizadas para o preenchimento de falha oacutessea Uma pequena amostra do
material coletado foi enviado para anaacutelise microbioloacutegica e histoloacutegica Os retalhos
foram fechados com Donath thread tipo de cirurgia e suturas simples individual
Apoacutes o periacuteodo de 6 a 8 meses foi realizada a reabertura na aacuterea da instalaccedilatildeo dos
implantes e realizado bioacutepsias na aacuterea de deiscecircncia para fornecer pequenos
fragmentos de ossos para anaacutelise histoloacutegica Para analise microbiana as amostras
foram transportadas em meio de tioglicolato e incubados por 24 horas a uma
temperatura de 36 plusmn 1 ordm C em condiccedilotildees aeroacutebias e anaeroacutebias a fim de avaliar a
presenccedila de contaminaccedilatildeo bacteriana As bacteacuterias encontradas nas amostras natildeo
apresentaram patogenicidade ou virulecircncia suficiente para prejudicar o enxerto ou
implante de forma alguma A avaliaccedilatildeo histoloacutegica das amostras mostrou que
mesmo em um estado de partiacuteculas a estrutura oacutessea foi bem preservada contendo
um grande nuacutemero de osteoacutecitos no interior da matriz calcificada sugerindo que a
viabilidade do tecido oacutesseo era mantida No periacuteodo de segunda fase mostraram
uma estrutura oacutessea histoloacutegica semelhante agrave do osso secundaacuterio Os autores
concluiacuteram que clinicamente assim como histologicamente o meacutetodo de coleta foi
capaz de preservar as ceacutelulas com capacidade de induccedilatildeo oacutessea
12
Buscatti (2003) avaliou as densidades oacutesseas das porccedilotildees medulares e
corticais maxilomandibulares por meio da escala tomodensitomeacutetrica de Hounsfield
utilizada nos exames de tomografia computadorizada A amostra foi composta por
12 pacientes de ambos os sexos Em cada aacuterea foi realizada a mensuraccedilatildeo da
densidade oacutessea por meio de uma ferramenta especiacutefica onde se avaliou a
qualidade oacutessea das corticais vestibular lingual ou palatina da base da mandiacutebula
ou assoalho do seio maxilarfossa nasal e da regiatildeo central do trabeculado oacutesseo
Para cada aacuterea foi mensurado o valor meacutedio de densidade e seu desvio padratildeo
Para a anaacutelise estatiacutestica dividiram-se os dados em dois grupos o primeiro com as
aacutereas correspondentes agrave regiatildeo anterior dos arcos e o segundo para a regiatildeo
posterior Para cada arco foi obtido 6 valores de densidade oacutessea para a porccedilatildeo
medular e cada cortical oacutessea da a regiatildeo anterior e 10 valores para a regiatildeo
posterior Uma anaacutelise inicial dos valores tomodensitomeacutetricos de Hounsfield (escala
Hounsfield) obtidos nesse presente estudo mostra de maneira geral que a
densidade oacutessea quando analisada sem distinccedilatildeo de gecircnero arco ou regiatildeo
apresenta-se na meacutedia maior na cortical oacutessea do que na porccedilatildeo medular situaccedilatildeo
constante em todas as anaacutelises realizadas durante esse estudo e cujo valor era
esperado devido ao maior grau de mineralizaccedilatildeo da cortical em relaccedilatildeo agrave medular
oacutessea O autor concluiu que quando da anaacutelise das densidades oacutesseas nos gecircneros
masculino e feminino natildeo houve diferenccedila estatisticamente significante para seus
valores tanto nas corticais quanto na porccedilatildeo medular A anaacutelise das densidades
oacutesseas em funccedilatildeo das regiotildees anatocircmicas (anterior e posterior) demonstrou
diferenccedila estatisticamente significante entre elas para os valores da porccedilatildeo medular
Em relaccedilatildeo aos arcos (superior e inferior) houve diferenccedila estatisticamente
significante entre eles para os valores das corticais vestibular lingual ou palatina e
base da mandiacutebula ou assoalho do seio maxilarfossa nasal
Ajzen et al (2005) quantificaram por meio da TC a formaccedilatildeo oacutessea nos
enxertos realizados apenas com osso autoacutegeno e nos enxertos com osso autoacutegeno
e plasma rico em plaquetas (PRP) obtido pelos meacutetodos de centrifugaccedilatildeo e afeacuterese
comparando seis meses depois os trecircs tipos de enxertos realizados Este estudo
utilizou como amostra 34 pacientes adultos de ambos os sexos (sete do sexo
masculino e 28 do sexo feminino) sem distinccedilatildeo de raccedila com idades entre 23 e 65
anos idade meacutedia de 48 anos e 8 meses que foram previamente avaliados por
radiografias panoracircmicas A avaliaccedilatildeo constou dos seguintes itens pneumatizaccedilatildeo
13
unilateral ou bilateral dos seios maxilares relacionada agraves perdas dentaacuterias e que
necessitavam de enxertos oacutesseos Nestes 34 pacientes foram operados 53 seios
maxilares sendo a amostra dividida em trecircs grupos grupo afeacuterese pacientes que
receberam enxerto de osso autoacutegeno e PRP obtido pelo meacutetodo de afeacuterese grupo
centriacutefuga pacientes que receberam enxerto de osso autoacutegeno e PRP obtido pelo
meacutetodo de centrifugaccedilatildeo e grupo osso autoacutegeno pacientes que receberam enxerto
apenas de osso Foram realizados exames preacute-operatoacuterios radiograacuteficos radiografia
periapical radiografia panoracircmica e TC Esses exames foram repetidos seis meses
apoacutes a intervenccedilatildeo ciruacutergica para a avaliaccedilatildeo da quantificaccedilatildeo oacutessea cortical e
medular da regiatildeo enxertada Para analisar o crescimento oacutesseo obtiveram-se as
meacutedias e os desvios-padratildeo (que mede a variabilidade dos dados) para a altura e a
largura considerando os trecircs grupos (afeacuterese centriacutefuga e osso autoacutegeno) e as
diferenccedilas entre as medidas finais e iniciais Para verificar se existe diferenccedila
significativa entre os crescimentos meacutedios foi feita a anaacutelise de variacircncia para
medidas repetidas (ANOVA) O niacutevel de significacircncia (p) foi fixado em um valor
menor ou igual a 005 (5) para a rejeiccedilatildeo da hipoacutetese de nulidade Pela avaliaccedilatildeo
da TC houve crescimento do remanescente oacutesseo em altura nos trecircs grupos
quando comparados os momentos inicial e final do experimento Natildeo houve
diferenccedila estatiacutestica para a altura (p= 0078) e para a largura (p = 0556) Os autores
concluiacuteram que apesar dos resultados natildeo serem estatisticamente significantes
evidecircncias cliacutenicas tecircm mostrado a eficaacutecia dos enxertos de osso autoacutegeno
principalmente aqueles associados a fatores indutores de crescimento oacutesseo como
o PRP alterando a altura e a largura necessaacuterias para a reconstruccedilatildeo proteacutetica do
arcabouccedilo maxilofacial atraveacutes de implantes osteointegrados porque na
odontologia atual busca-se cada vez mais devolver aos pacientes edecircntulos a sua
capacidade mastigatoacuteria e esteacutetica e consequumlentemente promovendo a integridade
dos vaacuterios elementos que compotildeem o sistema estomatognaacutetico
Chem et al (2005) afirmaram que a falta de tecido oacutesseo deve ser reparada
Situaccedilotildees como estas deixam os pacientes carentes fisiologicamente
esteticamente e psicologicamente Este trabalho iraacute relatar a teacutecnica de retalho livre
de fiacutebula para reconstruccedilatildeo da mandiacutebula e da maxila Foram realizados
atendimentos a dois pacientes pelo Serviccedilo de Cirurgia e Traumatologia Buco-
maxilo-facial do Complexo Hospitalar da Santa Casa de Misericoacuterdia de Porto
14
Alegre Possiacuteveis complicaccedilotildees podem se justificar pela maacute fixaccedilatildeo do retalho aos
cotos ou pela insuficiecircncia vascular Nos dois casos relatados o retalho foi fixado
aos cotos com placas e parafusos de forma a apresentar imobilidade obtendo-se
dessa forma a regeneraccedilatildeo entre os tecidos O retalho livre de fiacutebula ou enxerto
vascularizado caracteriza-se por ser um enxerto autoacutegeno segmentado e removido
da aacuterea doadora tendo sua vascularizaccedilatildeo preservada a fim de nutrir esse tecido
quando no leito receptor a partir da sua anastomose com o sistema vascular da
regiatildeo receptora O retalho de fiacutebula eacute o mais frequumlentemente pois esse retalho
fornece o maior montante de tecido oacutesseo entre todos os retalhos oacutesseos e causa
pouca morbidade na aacuterea doadora Os autores concluiacuteram que o emprego de
enxertos oacutesseos vascularizados em reconstruccedilotildees da face gera bons resultados
esteacuteticos e funcionais Pois os dois casos relatados os enxertos apresentaram
sucesso agrave observaccedilatildeo imediata e longitudinal alcanccedilando-se resultados esteacuteticos e
funcionais satisfatoacuterios
Cyriaco e Azevedo (2006) analisaram e revisaram a utilizaccedilatildeo do enxerto
oacutesseo em suas vaacuterias formas autoacutelogo homoacutelogo e heteroacutelogo descalcificado e
vascularizado na reparaccedilatildeo de falha oacutessea aleacutem das principais caracteriacutesticas
pertinentes a cada tipo buscando com isso um melhor direcionamento na sua
utilizaccedilatildeo Segundo diversos autores haacute disponiacuteveis opccedilotildees doadoras de enxertos
vascularizados como calota craniana fiacutebula costela escaacutepula crista iliacuteaca e raacutedio
Suas vantagens estatildeo nos iacutendices elevados de sucesso e a chance de fazecirc-lo em
pacientes irradiados ou que passaraacute por seccedilotildees de radioterapia como ocorre na
retirada de tumores malignos Quando se trata de enxertos menores as melhores
aacutereas doadoras para regiatildeo oral seriam o mento e a regiatildeo retromolar e para
maiores quantidades a crista iliacuteaca a calota craniana a costela e a tiacutebia A calota
craniana e osso iliacuteaco satildeo vantajosos por ter um grande volume de tecido oacutesseo no
que se refere agraves aacutereas doadoras externas sendo indicadas para a correccedilatildeo de
grandes defeitos oacutesseos De acordo com a pesquisa foi possiacutevel concluir que as
melhores aacutereas doadoras intrabucais satildeo o mento a regiatildeo retromolar e a
tuberosidade da maxila e que as aacutereas doadoras externas possiacuteveis satildeo a crista
iliacuteaca e a calota craniana
Del Valle et al (2006) tiveram como objetivo comparar o enxerto homoacutegeno
com o enxerto autoacutegeno nas cirurgias reconstrutivas de maxila com finalidade
implantodocircntica atraveacutes de um relato de caso cliacutenico Neste caso o paciente
15
apresentava ausecircncia dos elementos 11 e 12 com migraccedilatildeo mesial dos elementos
13 e 21 Atraveacutes do exame cliacutenico foi verificado falta de espessura do rebordo
alveolar na regiatildeo resultado da perda da taacutebua oacutessea vestibular por ocasiatildeo da
exodontia Foram realizados exames radiograacuteficos de regiatildeo panoracircmica periapical
Foi constatado pouca espessura palato-vestibular do rebordo oacutesseo na regiatildeo dos
dentes 11 e 12 contra-indicando a colocaccedilatildeo de implante dentaacuterio por risco de
fenestraccedilatildeo vestibular Com isto o tratamento indicado foi enxertia oacutessea utilizando
osso homoacutegeno bicortical com medular interna retirado da crista do osso iliacuteaco
medindo 27x17x9 milimetros e recebido os antibioacuteticos Vancomicina e Polimixina B
Foi feito o deslocamento muco-periostal do retalho esculpido o bloco oacutesseo e
adaptado ao leito receptor Para realizar a fixaccedilatildeo foi feito perfuraccedilotildees oacutesseas no
leito receptor com brocas esfeacutericas laminadas e imobilizados com 2 parafusos de
15mm de diacircmetros e 11mm de comprimento promovendo um enxerto do tipo
onlay Todo enxerto foi recoberto com osso particulado do mesmo bloco
amalgamado ao plasma rico em plaquetas e suturado Apoacutes passar 3 meses da
cirurgia houve exposiccedilatildeo do parafuso de osteossiacutentese de posiccedilatildeo mais cervical e
na sua remoccedilatildeo constatamos a formaccedilatildeo de tecido fibroso entre o fragmento
enxertado e o leito receptor somente nessa regiatildeo tendo sido removido Apoacutes 5
meses da enxertia foi colocado implantes e recoberto com membrana oacutessea
reabsorviacutevel por ter havido fenestraccedilatildeo oacutessea cervical Os autores apoacutes relatar o
caso concluiacuteram que o osso mais indicado para enxertia eacute o autoacutegeno e uma
alternativa para sua substituiccedilatildeo eacute o homoacutegeno por ter caracteriacutesticas a longo prazo
semelhantes embora o iacutendice de reabsorccedilatildeo eacute maior entretanto relataram que eacute
necessaacuterios maiores estudos principalmente de aacutereas doadoras utilizadas para
enxertias
Garcia Juacutenior et al (2006) avaliaram clinicamente os enxertos oacutesseos
retirados da crista do osso iliacuteaco para reconstruccedilatildeo total de maxilas atroacuteficas e
posterior instalaccedilatildeo de implantes oacutesseointegraacuteveis Foram selecionados doze
pacientes no qual foram submetidos agrave cirurgia de enxerto oacutesseo na maxila
utilizando-se fragmentos oacutesseos removidos da porccedilatildeo anterior da crista iliacuteaca A
meacutedia de idade dos pacientes era de 495 anos sendo 3 do sexo masculino e 12
eram do sexo feminino O tempo de espera para a cirurgia de instalaccedilatildeo de
implantes variou de 5 a 6 meses apoacutes enxerto oacutesseo Na reabertura do enxerto para
instalaccedilatildeo dos implantes oacutesseointegrados foram realizadas as avaliaccedilotildees cliacutenicas
16
dos enxertos oacutesseos Os resultados mostraram que em todos os casos houve ganho
oacutesseo no rebordo alveolar e tambeacutem uma melhora no perfil facial e o contorno labial
dos pacientes Os autores concluiacuteram que o enxerto oacutesseo retirado do osso iliacuteaco eacute
uma alternativa viaacutevel para reconstruccedilotildees de maxilas atroacuteficas tambeacutem que houve
melhora cliacutenica significativa quanto ao volume oacutesseo em altura e largura do rebordo
alveolar e que em todos os casos foram possiacuteveis a instalaccedilatildeo de implantes
oacutesseointegraacuteveis
Santiago e Vitral (2006) analisaram os meacutetodos de avaliaccedilatildeo da densidade
mineral oacutessea (DMO) e seu emprego na odontologia com o objetivo de descrever os
diferentes meacutetodos empregados bem como avaliar a relevacircncia em se determinar a
densidade oacutessea no planejamento e sucesso de tratamentos odontoloacutegicos
especiacuteficos Foi feita uma revisatildeo de literatura onde abordaram as teacutecnicas de
densitometria oacutessea e como eacute feita a avaliaccedilatildeo da densidade oacutessea em odontologia
Diversos satildeo os meacutetodos para se avaliar a densidade mineral oacutessea tanto na aacuterea
meacutedica quanto em Odontologia A questatildeo sobre qual a melhor teacutecnica e a melhor
regiatildeo para se avaliar a DMO de cada individuo parece ainda natildeo ter resposta
Entretanto o que se sabe eacute que dentre as diferentes teacutecnicas disponiacuteveis diferentes
vantagens e desvantagens satildeo apresentadas Em Odontologia a tomografia
computadorizada tem demonstrado ser o meacutetodo de eleiccedilatildeo para a determinaccedilatildeo da
densidade oacutessea na regiatildeo dos maxilares pois fornece dados objetivos precisos da
variaccedilatildeo da densidade oacutessea entre diferentes regiotildees em um mesmo indiviacuteduo
permitindo dessa forma correlacionar positivamente os valores encontrados com a
qualidade oacutessea descrita subjetivamente Aleacutem disso a tomografia computadorizada
eacute o uacutenico meacutetodo que permite avaliar osso cortical e medular separadamente
Cosmo et al (2007) relataram um caso cliacutenico com avaliaccedilatildeo radiograacutefica e
histoloacutegica da utilizaccedilatildeo de osso humano fresco congelado em procedimento de
elevaccedilatildeo do assoalho do seio maxilar A paciente CAR 47 anos compareceu agrave
Cliacutenica Odontoloacutegica da Faculdade de Odontologia da Universidade de Santo Amaro
- Unisa para avaliaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo da arcada superior posterior esquerda com a
utilizaccedilatildeo de implantes endoacutesseos Os exames de imagem demonstraram haver
rebordo residual com menos de 6 mm de altura remanescente tendo sido indicada agrave
paciente a reabilitaccedilatildeo oacutessea bilateral atraveacutes da teacutecnica de levantamento do
assoalho do seio maxilar com enxerto de osso aloacutegeno fresco congelado
proveniente de banco de tecidos musculoesqueleacuteticos Apoacutes seis meses da cirurgia
17
foi realizada abertura para instalaccedilatildeo dos implantes tendo sido colhido fragmento
oacutesseo que foi enviado para anaacutelise histoloacutegica Frente ao apresentado conclui-se
que o material de enxertia proveniente de banco de ossos humanos (enxerto
aloacutegeno fresco congelado) proporciona em cirurgias de levantamento de seio
maxilar um adequado volume oacutesseo para futura instalaccedilatildeo de implantes A anaacutelise
histoloacutegica do enxerto incorporado evidencia a vitalidade do mesmo Material deve
ser adquirido em banco de tecidos regularizados pelo Ministeacuterio da Sauacutede A
possibilidade de transmissatildeo de doenccedilas pela utilizaccedilatildeo do material eacute de baixa
magnitude
Oliveira Filho et al (2007) apresentaram um caso cliacutenico de trauma facial com
perda oacutessea na regiatildeo anterior da mandiacutebula que foi tratado com teacutecnicas de
reconstruccedilatildeo em duas fases primeiramente a parte basilar da mandiacutebula
posteriormente a parte alveolar permitindo a reabilitaccedilatildeo atraveacutes de implantes
osseointegrados O paciente deu entrada no pronto socorro do Hospital Universitaacuterio
Evangeacutelico de Curitiba viacutetima de trauma localizado nas regiotildees submandibular e
cervical alta Em um primeiro momento foi realizado o tratamento ciruacutergico para
fixaccedilatildeo intermaxilar riacutegida trans-operatoacuteria e estabilizaccedilatildeo da mandiacutebula com uma
placa de reconstruccedilatildeo em titacircnio Apoacutes trecircs meses do procedimento foi realizada a
reconstruccedilatildeo mandibular utilizando enxerto em bloco tomado da crista do osso
iliacuteaco Este tempo ciruacutergico teve a preocupaccedilatildeo de reconstruir apenas a parte basilar
da mandiacutebula devido a falta de tecidos moles na regiatildeo traumatizada Em um
segundo momento foi realizada enxertia com bloco tomado da crista do osso iliacuteaco
para reconstruccedilatildeo alveolar da mandibular Seis meses apoacutes o procedimento de
reconstruccedilatildeo alveolar cliacutenica e radiograficamente houve uma boa integraccedilatildeo do
enxerto sem a ocorrecircncia de reabsorccedilatildeo oacutessea significativa Foi criado um rebordo
alveolar adequado permitindo a instalaccedilatildeo de trecircs implantes na regiatildeo enxertada
Os autores concluiacuteram que o enxerto de oacutesseo autoacutegeno pode ser uma alternativa
vaacutelida na aplicaccedilatildeo como meio de reconstruccedilatildeo de defeitos oacutesseos que comprometa
a porccedilatildeo alveolar e basal da mandiacutebula mas uma anaacutelise mais detalhada eacute
necessaacuteria para que possa definir de forma mais abrangente os possiacuteveis riscos e
complicaccedilotildees da teacutecnica utilizada
Pinto et al (2007) confrontaram a utilizaccedilatildeo do enxerto autoacutegeno para
reconstruccedilatildeo das sequumlelas de fraturas faciais comparando-o com outros
18
biomateriais atualmente disponiacuteveis discutindo as melhores indicaccedilotildees e os toacutepicos
mais atuais relativos a esses materiais As propriedades de um material ideal para
enxerto oacutesseo satildeo ser quimicamente inerte biocompatiacutevel natildeo aleacutergico natildeo
canceriacutegeno ser totalmente reabsorviacutevel e substituiacutevel por novo tecido oacutesseo entre
outros O osso autoacutegeno eacute considerado ideal para realizaccedilatildeo de enxertos oacutesseos
Estudos tecircm comprovado a eficaacutecia deste tipo de material especialmente do enxerto
oacutesseo autoacutegeno cortical obtido da crista do osso iliacuteaco que tem sido considerado o
melhor de
ntre os materiais de reconstruccedilatildeo Satildeo os uacutenicos entre os tipos de enxerto
oacutesseo a fornecer ceacutelulas oacutesseas vivas imunocompatiacuteveis Os enxertos alogecircnicos
satildeo aqueles obtidos de outro indiviacuteduo da mesma espeacutecie O enxerto alogecircnico mais
comumente utilizado eacute o liofilizado cuja vantagem eacute natildeo haver a necessidade de se
realizar uma segunda cirurgia num outro siacutetio Os oacutesseos xenoacutegenos satildeo aqueles
retirados de uma espeacutecie e transplantados para outra Exigem um tratamento mais
vigoroso do enxerto e natildeo fornecem ceacutelulas viaacuteveis para a formaccedilatildeo da fase I da
osteogecircnese Aleacutem dos enxertos oacutesseos existem ainda os materiais chamados
aloplaacutesticos como alternativa tendo como benefiacutecios a diminuiccedilatildeo do tempo
ciruacutergico aleacutem de muacuteltiplos tamanhos e formatos disponiacuteveis Entre os biomateriais
os mais utilizados satildeo o vidro bioativo o titacircnio que apresenta excelente
biocompatibilidade e boa osseointegraccedilatildeo ao organismo quando justaposto ao osso
A hidroxiapatita que por ser considerada um componente quiacutemico natural do corpo
humano natildeo satildeo observadas respostas inflamatoacuteria ou toacutexica nos tecidos
circunvizinhos Atraveacutes da pesquisa foi possiacutevel concluir que o osso autoacutegeno ainda
eacute considerado um material ideal para enxerto entretanto novos biomateriais tecircm
surgido apresentando vantagens promissoras para utilizaccedilatildeo na praacutetica diaacuteria
Rodrigues e Vitral (2007) descreveram as principais teacutecnicas tomograacuteficas existentes
e suas aplicaccedilotildees na Odontologia atraveacutes de uma revisatildeo da literatura sobre os
avanccedilos das principais teacutecnicas tomograacuteficas que resultaram em maior acuraacutecia no
diagnoacutestico menor tempo de exame e menor quantidade de radiaccedilatildeo A tomografia
computadorizada eacute considerada o meacutetodo de escolha para a imagem das estruturas
oacutesseas Ela eacute um meacutetodo radioloacutegico que permite obter a reproduccedilatildeo de uma secccedilatildeo
do corpo humano com finalidade diagnoacutestica Apresenta trecircs vantagens gerais
importantes sobre a radiografia convencional a primeira eacute que as informaccedilotildees
19
tridimensionais satildeo apresentadas na forma de uma seacuterie de cortes finos da estrutura
interna da parte estudada A segunda eacute que o sistema eacute mais sensiacutevel na
diferenciaccedilatildeo de tipos de tecido quando comparado com a radiografia convencional
de modo que diferenccedilas entre tipos de tecidos podem ser mais claramente
delineadas e estudadas A terceira eacute a habilidade para manipular e ajustar a imagem
apoacutes ter sido completada a varredura como ocorre de fato com toda a tecnologia
digital Com o advento da tomografia computadorizada helicoidal foi alcanccedilada
grande melhora nas reconstruccedilotildees tridimensionais e diminuiccedilatildeo na dose de
exposiccedilatildeo do paciente agrave radiaccedilatildeo A mesma proveacutem vantagens sobre a natildeo
helicoidal como menor tempo de avaliaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de reconstruccedilatildeo multiplanar
Ela propicia imagens com alta resoluccedilatildeo espacial e a mesma dose de radiaccedilatildeo da
tomografia computadorizada convencional A tomografia computadorizada pode ser
usada para identificar e delinear processos patoloacutegicos visualizar dentes retidos
avaliar os seios paranasais diagnosticar trauma mostrar os componentes oacutesseos
da articulaccedilatildeo temporomandibular e os leitos para implantes dentaacuterios Permite a
reformataccedilatildeo axial obliacutequa da imagem no sentido perpendicular da curvatura do
arco mostrando nitidamente o niacutevel oacutesseo no lado vestibular e lingual E tambeacutem
permite uma avaliaccedilatildeo intra-oacutessea dos locais para colocaccedilatildeo dos implantes Os
autores concluiacuteram que a Tomografia Computadorizada eacute o exame de eleiccedilatildeo no
diagnoacutestico de muitas condiccedilotildees que envolvem o complexo maxilo-mandibular O
valor cliacutenico das teacutecnicas de tomografia computadorizada depende da condiccedilatildeo que
se estaacute sendo diagnosticada atraveacutes das imagens do modelo e da idade do
equipamento usado do protocolo do exame da experiecircncia e capacidade dos
operadores do equipamento e do radiologista
Gonccedilalves (2008) analisaram implantes instalados em enxertos de seio
maxilar com biomaterial de origem bovina e plasma rico em plaquetas observando
histologicamente a neoformaccedilatildeo oacutessea e o iacutendice de sucesso cliacutenico e histoloacutegico
apresentado Este estudo envolveu 30 pacientes que necessitavam de enxerto em
regiatildeo de soalho de seio maxilar para inserccedilatildeo de implantes Um total de 101
implantes foi instalado em 36 enxertos de seio maxilar com intervalo meacutedio de
tempo do enxerto de 75 meses dos quais nove amostras oacutesseas foram colhidas de
forma aleatoacuteria e consentidas para a anaacutelise histoloacutegica Na colocaccedilatildeo dos
implantes foi utilizado um guia ciruacutergico para um correto posicionamento dos
implantes Foi feita a remoccedilatildeo do fragmento oacutesseo e enviado para a anaacutelise com
20
isto foi capturado ao todo 26 imagens histopatoloacutegicas Histologicamente os
fragmentos colhidos estavam constituiacutedos predominantemente por tecido oacutesseo
com iacutendice de sucesso de 8888 Quando comparados o remanescente oacutesseo do
seio maxilar antes e depois do enxerto houve crescimento em altura e a maioria
apresentou densidade oacutessea D3 Dez dos 101 implantes foram perdidos e 91
estavam osseointegrados no seio maxilar enxertado Os autores concluiacuteram que
implantes instalados em enxertos de seio maxilar com a ajuda de substitutos oacutesseos
apresentam uma taxa de sucesso cliacutenico de 9009
Ribeiro Juacutenior et al (2008) revisaram a literatura referente aos enxertos
oacutesseos vascularizados com o objetivo de avaliar os princiacutepios bioloacutegicos e ciruacutergicos
que fundamentam sua aplicaccedilatildeo na reconstruccedilatildeo mandibular Os retalhos
microciruacutergicos que contecircm enxertos oacutesseos satildeo classificados como
osteomusculares ou osteomiocutacircneos dependendo da natureza dos tecidos moles
que o compotildeem permitindo restauraccedilotildees de grandes defeitos oacutesseos A
revascularizaccedilatildeo microciruacutergica manteacutem a irrigaccedilatildeo e a drenagem do tecido oacutesseo
enxertado em todo o periacuteodo de integraccedilatildeo permitindo a manutenccedilatildeo de suas
funccedilotildees celulares metaboacutelicas e fiacutesicas Dessa forma a reparaccedilatildeo entre o enxerto e
o remanescente mandibular ocorre de forma semelhante agrave cicatrizaccedilatildeo de uma
fratura eliminando a longa fase de substituiccedilatildeo observada nos enxertos
convencionais Como o sucesso da reconstruccedilatildeo microciruacutergica eacute diretamente
dependente da qualidade vascular estudos angiograacuteficos preacute-operatoacuterios das aacutereas
receptora e doadora satildeo essenciais Alguns cuidados preacute-cirurgicos satildeo de extrema
importacircncia como a hidrataccedilatildeo endovenosa para manutenccedilatildeo do diacircmetro vascular
uso de cobertores para manter a temperatura corporal em torno de 37degC O estudo
concluiu que os enxertos oacutesseos vascularizados satildeo excelentes na restauraccedilatildeo
esteacutetico-funcional dos defeitos mandibulares suprindo as deficiecircncias dos enxertos
convencionais em casos de pior prognoacutestico Os enxertos oacutesseos vascularizados
satildeo indispensaacuteveis em defeitos compostos extensos irradiados e secundaacuterios agrave
osteorradionecrose
Tanaka et al (2008) elaboraram uma revisatildeo de literatura com o objetivo de
descrever os mecanismos de incorporaccedilatildeo dos enxertos oacutesseos em bloco e discutir
algumas caracteriacutesticas dos diferentes tipos existentes para distinguir as vantagens
de cada um Concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo dos enxertos em bloco para reconstruccedilatildeo
21
dos rebordos alveolares eacute uma realidade e estaacute intimamente ligada agrave terapia
implantar Os diversos fatores que influenciam a escolha do melhor meacutetodo de
enxertia a ser utilizado passam pelo conhecimento dos paracircmetros citados neste
artigo e muitos outros natildeo abordados e podem parecer inicialmente um desafio
mas sem duvida o domiacutenio das teacutecnicas existentes e das outras que surgiratildeo eacute o
ponto de partida para o profissional que procura o refinamento de seus
procedimentos e a exelencia de seus resultados
Arauacutejo et al (2009) realizaram uma revisatildeo de literatura sobre os resultados
cliacutenicos obtidos com a utilizaccedilatildeo dos enxertos de origem autoacutegena e xenoacutegena
(bovino) nas cirurgias de levantamento de assoalho de seio maxilar O
envelhecimento e a perda dentaacuteria fazem com que o seio se expanda podendo
haver uniatildeo entre o assoalho sinusal e a crista do rebordo alveolar residual
expansatildeo esta relacionada com a altura e largura do seio e natildeo com a
profundidade Os materiais para enxerto oacutesseo podem ser classificados como
osteogecircnicos osteoindutores e osteocondutores Os osteogecircnicos referem-se aos
materiais orgacircnicos capazes de estimular a neoformaccedilatildeo oacutessea a partir de
osteoblastos Os osteoindutores satildeo capazes de induzir a diferenciaccedilatildeo de ceacutelulas
mesenquimais em osteoblastos e condroblastos estimulando a formaccedilatildeo oacutessea no
local ou mesmo em um siacutetio heterotiacutepico Os materiais osteocondutores (geralmente
inorgacircnicos) permitem a aposiccedilatildeo de um novo tecido na sua superfiacutecie requerendo
a presenccedila de tecido oacutesseo preacute-existente como fonte de ceacutelulas osteoprogenitoras
Alguns criteacuterios foram propostos para o enxerto ideal quanto para que o material
enxertado se incorpore com sucesso ao siacutetio Dentre os possiacuteveis enxertos
xenoacutegenos encontram-se disponiacuteveis comercialmente os enxertos bovinos em
vaacuterias formas de apresentaccedilatildeo como aqueles que contecircm a fraccedilatildeo mineral do osso
os inorgacircnicos ou desproteinizados entre outros Todos eles apresentam excelente
biocompatibilidade agem favorecendo o processo de osteoconduccedilatildeo e natildeo
desencadeando respostas imunoloacutegicas desfavoraacuteveis A melhor accedilatildeo do enxerto
oacutesseo autoacutegeno de crista iliacuteaca quando comparado com a associaccedilatildeo do osso
autoacutegeno com osso desmineralizado bovino em cirurgias de levantamento de
assoalho de seio maxilar Apesar da diferenccedila estatiacutestica significante clinicamente
natildeo houve diferenccedila jaacute que os aacutepices dos implantes estavam todos cobertos por
osso sugerindo o sucesso do uso da associaccedilatildeo e ainda poupando o paciente de
uma intervenccedilatildeo ciruacutergica extraoral concluindo que o osso autoacutegeno eacute o que
22
apresenta os melhores resultados no processo de regeneraccedilatildeo oacutessea poreacutem os
enxertos de origem bovina apesar de demonstrarem um processo de neoformaccedilatildeo
oacutessea inferior promovem uma neoformaccedilatildeo satisfatoacuteria para que haja a reabilitaccedilatildeo
do paciente com implantes osseointegraacuteveis podendo ser utilizados com sucesso na
cliacutenica odontoloacutegica
Bassi e Carneiro (2009) citaram que os pacientes vem se queixando de
desconforto pelo uso de proacuteteses deficiecircncia na mastigaccedilatildeo onde entatildeo se
destacam os implantes dentaacuterios que minimizam estes aspectos negativos No
entanto seu sucesso depende de uma quantidade miacutenima de suporte oacutesseo por
este motivo foi oportuna pelos autores avaliar o iacutendice de sucesso dos enxertos e
implantes instalados na regiatildeo do seio maxilar reconstruiacuteda com osso autoacutegeno de
linha obliacutequa tanto imediata quanto mediato ao levantamento do seio maxilar
Foram avaliadas 51 cirurgias durante os anos de 2005 a 2007 com total de 107
implantes instalados sendo 28 de maneira imediata e 79 instalados posteriormente
Com relaccedilatildeo aos de maneira imediata o sucesso foi de 9286 sendo que dos 14
submetidos agrave implantaccedilatildeo imediata apenas 1 perdeu o implante De um total de 37
pacientes com instalaccedilatildeo posterior houve um sucesso de 9459 Podendo ser
analisado que natildeo haacute diferenccedila significante entre instalaccedilatildeo mediata e imediata
Acredita-se que para haver sucesso no tratamento eacute imprescindiacutevel que seja levado
em consideraccedilatildeo a quantidade de rebordo residual e tambeacutem a qualidade de osso
para a estabilidade do implante A conclusatildeo deste artigo eacute que o levantamento do
seio maxilar com o enxerto autoacutegeno por meio de acesso lateral eacute uma opccedilatildeo
segura no tratamento para regiatildeo posterior da maxila E natildeo houve diferenccedila em
relaccedilatildeo ao sucesso dos implantes instalados de maneira medita e imediata
Contar et al (2009) avaliaram o uso de enxertos provenientes de osso fresco-
congelado para na reconstruccedilatildeo de rebordos alveolares maxilares posteriormente a
aplicaccedilatildeo de implantes dentaacuterios Foram analisados quinze pacientes que tinham
atrofia crista maxilar onde necessitava de blocos de enxerto oacutesseo para
posteriormente se fazer a colocaccedilatildeo dos implantes Nove meses depois foi retirado
o nuacutecleo de osso do enxerto para analisar histologicamente Trinta e quatro blocos
foram colocados e do nuacutemero de blocos cada paciente recebeu uma numeraccedilatildeo de
1 a 4 Em todos os enxertos foram verificados para serem de consistecircncia firme
bem constituiacutedo e vascularizado Cinquumlenta e um implantes foram aplicados sobre
os enxertos com torque no miacutenimo de 40 N (Newton) Natildeo havendo problema em
23
nenhum implante O periacuteodo de acompanhamento variou de 24 a 35 meses Alo
enxertos pode ser bem satisfatoacuterios aplicados como material de enxerto para o
tratamento de defeitos oacutesseos maxilares se for aplicada a teacutecnica de forma
cautelosa e coerente
Costa et al (2009) descreveram cirurgias de enxertia oacutessea para reconstruccedilatildeo
do rebordo alveolar atroacutefico causado por traumas Em dois pacientes foram
utilizados blocos de osso homoacutegeno fresco congelado puro e em outros dois
pacientes esses blocos foram embebidos em medula oacutessea autoacuteloga aspirada do
proacuteprio paciente Os quatro pacientes que perderam seus dentes anteriores-
superiores 11122122 As cirurgias foram realizadas dentro do protocolo do
Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Cirurgia e Experimentaccedilatildeo da Universidade
Federal de Satildeo Paulo ndash Unifesp Cada paciente recebeu um bloco de enxerto oacutesseo
homoacutegeno fresco congelado proveniente de banco de tecidos oacutesseos em cada um
dos lados da regiatildeo anterior de maxila sendo que em dois dos pacientes os blocos
tiveram a sua porccedilatildeo medular embebida em medula oacutessea autoacuteloga aspirada do
proacuteprio paciente e nos outros dois pacientes os blocos foram fixados da mesma
maneira e na mesma regiatildeo poreacutem sem a utilizaccedilatildeo de medula oacutessea autoacuteloga
como preenchimento Foi observado clinicamente no segundo procedimento
ciruacutergico que os siacutetios enxertados com osso homoacutegeno associado agrave medula oacutessea
autoacuteloga obtiveram um menor niacutevel de reabsorccedilatildeo o que facilitou a instalaccedilatildeo dos
implantes osseointegraacuteveis Com as bioacutepsias oacutesseas obtidas por meio da utilizaccedilatildeo
da broca trefi na foram confeccionadas no Laboratoacuterio de Patologia da Unifesp uma
lacircmina em HE para cada regiatildeo enxertada com associaccedilatildeo agrave medula e tambeacutem
para as regiotildees de enxertia sem essa associaccedilatildeo Essas lacircminas foram
encaminhadas para o Departamento de Morfologia da Unifesp para avaliaccedilatildeo Tanto
as lacircminas histoloacutegicas do grupo onde se associou o aspirado de medula oacutessea ao
enxerto oacutesseo homoacutegeno quanto onde natildeo foi feita esta associaccedilatildeo mostraram uma
grande quantidade de tecido mineralizado vital Foi observado em ambos os grupos
uma pequena quantidade de tecido mineralizado desvitalizado Em todas as lacircminas
foi observada intensa vascularizaccedilatildeo assim como a presenccedila de tecido oacutesseo
lamelar A utilizaccedilatildeo de osso humano fresco congelado conservado em banco de
tecidos eacute uma alternativa viaacutevel para a reconstruccedilatildeo dos rebordos atroacuteficos
diminuindo a morbidade e riscos inerentes agrave abordagem da regiatildeo doadora dos
enxertos autoacutegenos A associaccedilatildeo do bloco de osso homoacutegeno agrave medula oacutessea
24
autoacuteloga parece representar uma alternativa terapecircutica para se minimizar os niacuteveis
de reabsorccedilatildeo dos materiais de enxertia
Gonccedilalves et al (2009) citaram que o melhor material para enxertia oacutessea eacute o
autoacutegeno o problema eacute o poacutes-operatoacuterio que eacute desconfortaacutevel para o paciente Na
existecircncia de desvantagens para a utilizaccedilatildeo de osso autoacutegeno o osso proveniente
de banco de tecidos surge como uma alternativa viaacutevel nas reconstruccedilotildees oacutesseas
maxilomandibulares O osso homoacutegeno pode ser utilizado em algumas situaccedilotildees
que impossibilite obter uma quantidade necessaacuteria de osso autoacutegeno requisitado
pelo receptor ou quando induz ao procedimento com grande morbidade onde exista
negativa do paciente em se submeter a um segundo siacutetio ciruacutergico Mesmo com toda
a previsibilidade de utilizaccedilatildeo de tecido oacutesseo homoacutelogo ele ainda gera
controveacutersias pela possibilidade de infecccedilotildees cruzadas com sua utilizaccedilatildeo Com o
estudo citado foi concluiacutedo que o enxerto homoacutelogo induz mais rapidamente a
remodelaccedilatildeo quando comparado com o autoacutegeno E o estaacutegio da remodelaccedilatildeo
esteve mais dependente da resposta orgacircnica individual de cada paciente
Jahn et al (2009) avaliaram o procedimento de retalho em dupla paacutegina para acesso
ao osso da regiatildeo do mento em comparaccedilatildeo a teacutecnica de retalho mucoperiosteal
Foram realizados procedimentos de obtenccedilatildeo de enxerto oacutesseo da regiatildeo do mento
para utilizaccedilatildeo na reabilitaccedilatildeo de pacientes que receberiam implantes
osseointegrados na regiatildeo anterior da maxila e que necessitavam de aumento de
espessura oacutessea localizada Foram operados 20 pacientes da cliacutenica de Periodontia
da Universidade de Santo Amaro entre 28 e 60 anos de idade Dez pacientes foram
submetidos agrave teacutecnica de retalho mucoperiosteal de espessura parcial e total
convencional e dez pacientes foram submetidos ao retalho em dupla Os pacientes
foram avaliados apoacutes 7 e 14 dias do procedimento ciruacutergico quanto aos seguintes
aspectos parestesia dor edema infecccedilatildeo hemorragia hematoma contato com as
raiacutezes dentaacuterias deiscecircncia de sutura presenccedila ou ausecircncia de trismo Todos os
procedimentos realizados permitiram acesso agrave regiatildeo do mento para obtenccedilatildeo de
enxertos oacutesseos autoacutegenos A avaliaccedilatildeo poacutes-operatoacuteria dos pacientes mostrou que
em ambos os grupos natildeo houve casos de hemorragia trismo contato acidental com
as raiacutezes dentaacuterias e infecccedilatildeo Edema foi constatado em seis casos no grupo de
retalho em dupla paacutegina e sete casos nos retalhos muco periosteais dor foi relatada
por dois e seis pacientes respectivamente Dois casos apresentaram parestesia na
regiatildeo de mento e nos dentes anteriores inferiores por ateacute duas semanas nos
25
pacientes operados pela teacutecnica do retalho mucoperiosteal enquanto nenhum caso
aconteceu em pacientes operados por retalho em dupla paacutegina Os autores
concluiacuteram que a teacutecnica de retalho em dupla paacutegina eacute um importante auxiacutelio no
acesso agrave aacuterea doadora o que pela facilidade de uso pode encorajar os cirurgiotildees a
usarem o mento como aacuterea doadora para pequenos enxertos oacutesseos intrabucais
Molon et al (2009) tiveram como objetivo relatar um caso cliacutenico de maxila
atroacutefica com necessidade de reconstruccedilatildeo alveolar atraveacutes de enxerto homoacutegeno
Apoacutes a realizaccedilatildeo da anamnese foi constatado clinicamente que o paciente
apresentava forma em lacircmina do osso e radiograficamente a panoracircmica mostrou
uma perda oacutessea em altura e uma proximidade do rebordo com a parede inferior do
seio maxilar Foi utilizado enxerto provenientes do UniOss processados e
congelados a -80degCos tecidos foram submetidos a testes soroloacutegicos Na regiatildeo
anterior foi realizado enxerto com osso humano congelado em bloco para restaurar
espessura oacutessea possibilitando a colocaccedilatildeo de implantes dentaacuterios Os blocos
foram fixados com o sistema 15mm e o osso particulado foi acomodado nos
espaccedilos mortos para evitar a formaccedilatildeo de GAPs Apoacutes seis meses da cirurgia foi
removido os parafusos e o guia ciruacutergico posicionado para a instalaccedilatildeo dos seis
implantes A osseointegraccedilatildeo dos implantes foi verificada apoacutes seis meses da
segunda cirurgia pela radiografia panoracircmica Atualmente vem sendo muito utilizado
osso autoacutegeno para reconstruccedilatildeo de maxilares contudo haacute desvantagens
relacionadas com a morbidade do sitio doador quantidade inadequada de osso
intraoral para grandes defeitos e necessidade de osso de regiatildeo extra-oral para
maiores reconstruccedilotildees limitam as expectativas do paciente Por isso os osso
estudos utilizando osso homoacutelogo para reabilitaccedilatildeo com implantes vecircm se
intensificando e apresentando bons resultados Os autores consideram o enxerto de
osso homoacutelogo uma alternativa viaacutevel para reconstruccedilatildeo de rebordos alveolares
severamente atroacuteficos ao mesmo tempo em que reduz a morbidade e os riscos
inerentes aos procedimentos de enxertos autoacutegenos
Pereira et al (2009) discutiram revisaram e compararam as teacutecnicas
envolvidas em remoccedilatildeo de blocos oacutesseos da linha obliacutequa e mento demonstrando
sua efetividade por meio de exemplos cliacutenicos O osso mandibular tem sido utilizado
na reconstruccedilatildeo alveolar para permitir a instalaccedilatildeo de implantes com resultados
extremamente favoraacuteveis Para a regiatildeo de mento a teacutecnica consiste em osteotomia
26
efetuada pelo menos 5 mm abaixo dos aacutepices dentaacuterios e o osso basal da
mandiacutebula preservado A profundidade das osteotomias limita-se agrave cortical externa
Para a regiatildeo da linha obliacutequa haacute trecircs diferentes meacutetodos para acessar a aacuterea
doadora 1 Intrasulcular Realizada no sulco gengival dos dentes naturais 2
Submarginal Indicada quando da presenccedila de coroas proteacuteticas nos molares e preacute-
molares 3 Crestal Indicada para rebordos edecircntulos ou quando os implantes
estiverem planejados para a mesma regiatildeo Uma vez feita agrave incisatildeo o retalho
mucoperiosteal eacute descolado do corpo mandibular expondo a face lateral do
ramocorpo Um bloco cortical retangular ateacute 4 mm de espessura pode ser coletado
da regiatildeo do ramo O comprimento do bloco pode se aproximar de 35 mm mas
altura natildeo deve exceder 10 mm Para o preparo do siacutetio receptor e enxertia o osso
removido eacute posicionado com a face medular do bloco em contato com a face cortical
do siacutetio receptor previamente perfurada com brocas proporcionando sangramento
O bloco deve ser adaptado intimamente ao leito e fixado com parafusos de titacircnio
Os autores concluiacuteram que ambas as teacutecnicas podem ser utilizadas com sucesso
de acordo com a quantidade oacutessea desejada localizaccedilatildeo do siacutetio doador e
experiecircncia do profissional
Piccinelli et al (2009) analisaram retrospectivamente 59 pacientes submetidos
agrave enxertia oacutessea obtida de aacutereas intrabucais com a instalaccedilatildeo de implantes
osseointegrados As aacutereas doadoras foram a regiatildeo da siacutenfise mandibular ramo
mandibular e tuberosidade da maxila Os enxertos foram imobilizados atraveacutes de
parafusos de titacircnio especiacuteficos para fixaccedilatildeo interna riacutegida com diacircmetro de 16 mm
e comprimentos de 8 10 e 12 mm com encaixe em forma de cruz De todas as
cirurgias realizadas foi constatado insucesso em 5 (742 ) pacientes todos do
sexo feminino Destes em 2 (338 ) casos ocorreram perfuraccedilatildeo de membrana do
seio maxilar sendo os dois pacientes tabagistas com idades de 40 e 41 anos Em
um paciente de 30 anos ocorreu a perda do enxerto na regiatildeo anterior de maxila
tendo por aacuterea doadora o osso retirado do ramo mandibular Em outro com 50 anos
ocorreu a perda do enxerto em regiatildeo posterior de mandiacutebula recebendo da aacuterea
retromolar E noutro com 40 anos a perda ocorreu em regiatildeo posterior da
mandiacutebula tendo aacuterea doadora a siacutenfise mandibular A maior causa de falhas de
enxerto eacute deiscecircncia de sutura e posterior necrose asseacuteptica do osso enxertado
sendo demonstrado altas taxas de complicaccedilotildees quando utilizamos a mandiacutebula
27
como aacuterea receptora Existe um iacutendice de sucesso de 904 quando os implantes
satildeo instalados apoacutes um periacuteodo de cicatrizaccedilatildeo dos enxertos O estudo concluiu que
os siacutetios intrabucais doadores de enxertos oacutesseos podem prover volumes oacutesseos
suficientes para a reconstruccedilatildeo dos rebordos alveolares da maioria dos pacientes
desdentados parciais A mandiacutebula eacute vista como siacutetio de eleiccedilatildeo para retirada de
enxertos oacutesseos pois eacute capaz de prover blocos oacutesseos de composiccedilatildeo
predominantemente corticais
Silveira e Wassall (2009) analisaram a aacuterea doadora de enxertos por meio de
tomografias volumeacutetricas tipo feixe cocircnico para avaliaccedilatildeo da remodelaccedilatildeo oacutessea
verificando o grau de morbidade quanto a este paracircmetro Foram selecionados vinte
voluntaacuterios de ambos os gecircneros sem risco de sauacutede e com risco de sauacutede
controlados da cliacutenica de Poacutes-Graduaccedilatildeo do Centro de Pesquisas Odontoloacutegica
Satildeo Leopoldo Mandic e cliacutenica particular As tomografias foram obtidas com
aparelho de aquisiccedilatildeo volumeacutetrica tipo feixe cocircnico este aparelho usa a nova
tecnologia do feixe de tomografia computadorizada cocircnico no qual obtemos todas
as estruturas maxilofaciais do indiviacuteduo em volume ou seja em terceira dimensatildeo
Foi utilizado o tempo de exposiccedilatildeo de 36 segundos e apenas 3 de radiaccedilatildeo uma
tomografia meacutedica As primeiras mediccedilotildees foram obtidas no momento da tomografia
computadorizada inicial anteriormente a cirurgia Logo apoacutes a cirurgia foi realizada
a segunda tomada e medida na qual foi mensurado o quanto foi retirado de tecido
oacutesseo para enxerto Na terceira tomada de medidas foi calculado o ganho real
oacutesseo obtido na remodelaccedilatildeo apoacutes 180 dias de remoccedilatildeo do enxerto Embora a
quantidade retirada de aacuterea varie a recomposiccedilatildeo acompanha com a mesma
variabilidade Os autores concluiacuteram que a remodelaccedilatildeo oacutessea meacutedia da regiatildeo
posterior da mandiacutebula avaliada 180 dias apoacutes a remoccedilatildeo do bloco oacutesseo (enxerto
oacutesseo) foi de 813
Sousa et al (2009) verificaram atraveacutes de uma revisatildeo sistemaacutetica se os
enxertos homoacutegenos satildeo tatildeo eficientes quanto os enxertos autoacutegenos Apoacutes a busca
nas bases foram selecionados 1215 tiacutetulos de artigos Um uacutenico artigo atendeu os
criteacuterios da pesquisa o mesmo foi lido na iacutentegra por ambos examinadores e suas
caracteriacutesticas foram distribuiacutedas em uma tabela Este artigo analisado resultou em
16 pacientes entre 38 e 65 anos (9 do sexo masculino e 7 do sexo feminino) foi
comparado dois grupos enxerto autoacutegeno do iliacuteaco (grupo 1) e enxerto autoacutegeno da
calvaacuteria (grupo 2) Foi avaliado o volume oacutesseo total (VOT) o volume oacutesseo
28
necroacutetico (VON) e o osso vital (OV) e os resultados do grupo 1 foi de VOT (466)
VON (126) e OV (34) jaacute do grupo 2 foi VOT (734) VON (55) e OV (67)
Estatisticamente o enxerto da calvaacuteria foi melhor que o enxerto do iliacuteaco Os autores
concluiacuteram que o uacutenico artigo considerado natildeo consistia numa comparaccedilatildeo entre
enxerto autoacutegeno e homoacutegeno e sim numa comparaccedilatildeo entre enxertos autoacutegenos
de siacutetios diferentes
Spin-Neto et al (2009) realizaram uma revisatildeo de literatura sobre a utilizaccedilatildeo
de osso homoacutelogo em Odontologia sobre a legislaccedilatildeo envolvida na aplicaccedilatildeo deste
material Foram analisados artigos publicados nos uacuteltimos 25 anos no Medline e
pela ANVISA leis decretos que regulamentam o funcionamento dos bancos de
ossos de tecidos musculoesqueleacuteticos brasileiros Sobre o enxerto homoacutelogo haacute
um nuacutemero enorme de processos que ocorrem eacute iniciado por uma reaccedilatildeo
inflamatoacuteria criando espaccedilos que permitam sua invasatildeo por vasos sanguiacuteneos e
chegada das ceacutelulas responsaacuteveis pelo metabolismo oacutesseo atuando na
remodelaccedilatildeo gradativa do local Remover tecidos oacutergatildeos ou partes da pessoa ou do
cadaacutever eacute crime podendo resultar em reclusatildeo (2 a 6 anos) ou em 100 a 360 dias
de multa Jaacute no caso de sepultamento cabe aos meacutedicos realizar a reconstruccedilatildeo do
corpo para evitar constrangimento e manter a dignidade diante de seus familiares
no qual natildeo realizado eacute considerado crime por tal ato Foi concluiacutedo que eacute
necessaacuterio mais estudos e resultados sobre a aplicaccedilatildeo deste biomaterial para
aliados com o conhecimento juriacutedico aumentarmos o conhecimento e informaccedilotildees
sobre o caso
Piffer et al (2010) descreveram um caso cliacutenico de reabilitaccedilatildeo oral de uma
aacuterea de maxila posterior extremamente reabsorvida atraveacutes de levantamento de
seio maxilar utilizando osso xenoacutegeno e posterior uso de implante O caso constava
de uma paciente do sexo feminino que foi submetida a levantamento de seio
maxilar utilizando osso xenoacutegeno liofilizado e concomitante colocaccedilatildeo de dois
implantes nos elementos 15 e 16 Foi relatado que devido agraves limitadas quantidades
oacutesseas para colocaccedilatildeo de implantes dentaacuterios surgiram as teacutecnicas de enxertos
oacutesseos Inicialmente era utilizado osso autoacutegeno da regiatildeo intra-bucal gerando
algumas desvantagens devido a morbidade do siacutetio doador podendo gerar dor
parestesias hematoma Como alternativa surgiu possibilidade de utilizaccedilatildeo de
biomateriais para reconstruccedilotildees maxilares no qual foi utilizado neste caso o Bio-
Oss e obteve um resultado excelente em relaccedilatildeo aacute formaccedilatildeo oacutessea formando
29
extensa regiatildeo de osso denso ao redor dos implantes Assim atraveacutes de uma
revisatildeo sistemaacutetica criacutetica de trabalhos cliacutenicos controlados randomizados
evidenciou que substitutos de ossos autoacutegenos podem ser utilizados obtendo
sucesso Concluindo assim que a colocaccedilatildeo de implantes concomitantes com
enxertias oacutesseas natildeo interferem no processo de reparo oacutesseo e nem na
estabilizaccedilatildeo dos implantes e mostrou-se um tratamento viaacutevel para o presente
caso cliacutenico
Souza et al (2010) realizaram uma revisatildeo da literatura das principais
aplicaccedilotildees e indicaccedilotildees dos enxertos de bancos de ossos na Odontologia Os
enxertos oacutesseos autoacutegenos satildeo eleitos como os de primeira escolha pela sua
eficiecircncia biosseguranccedila e facilidade de obtenccedilatildeo poreacutem apresentam algumas
desvantagens e limitaccedilotildees A utilizaccedilatildeo de homoenxertos provenientes de bancos
de ossos representa uma alternativa aos enxertos oacutesseos autoacutegenos e demonstra
ser uma ferramenta bastante uacutetil para a odontologia com a finalidade de regenerar o
tecido oacutesseo perdido dos maxilares Os autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de
homoenxertos provenientes de bancos de ossos demonstra ser uma ferramenta
bastante uacutetil para a odontologia com a finalidade de regenerar o tecido oacutesseo
perdido dos maxilares Faz-se necessaacuterio que mais bancos de coleta e preparo do
tecido oacutesseo sejam instalados nos hospitais para que esta opccedilatildeo torne-se viaacutevel e
acessiacutevel a um nuacutemero maior de serviccedilos que atuam com reconstruccedilotildees oacutesseas
Aloy-Proacutesper et al (2011) realizaram uma revisatildeo bibliograacutefica sobre
regeneraccedilatildeo oacutessea usando partiacuteculas de enxertos Foram avaliados os resultados
obtidos bem como as complicaccedilotildees de teacutecnicas cirurgircas e as taxas de
sobrevivecircncia e sucesso de implantes colocados nestas aacutereas regeneradas Foram
identificados 64 artigos dos quais 53 foram excluiacutedos em 14 casos de partiacuteculas de
enxerto foi combinado com o bloco de enxerto em quatro casos natildeo ocorreu
defeitos periimplantares durante a colocaccedilatildeo do implante Quanto agrave taxa de sucesso
dos implantes nem todos os estudos bem definidos utilizaram os criteacuterios de
sucesso tornando difiacutecil a comparaccedilatildeo Com base nos criteacuterios de sucesso de
Albrektsson houve uma taxa de sucesso de 932 dois anos apoacutes o carregamento
(857 na maxila superior e 100 na mandiacutebula) Quando os criteacuterios eram do
cortador e Ederer houve uma taxa de sucesso de 857 trecircs anos apoacutes o
carregamento A conclusatildeo dos autores foi de que enxertos de partiacuteculas satildeo
30
eficazes na correccedilatildeo localizada de defeitos do processo alveolar com poucas
complicaccedilotildees e a taxa de sucesso satildeo sempre elevadas variando de 875 a 100
Oliveira Diebold e Silva (2011) analisaram as estruturas da regiatildeo maxilar de
interesse na implantodontia por meio de imagens de tomografia computadorizada
buscando uma avaliaccedilatildeo qualitativa e quantitativa da densidade oacutessea Foram
utilizadas imagens de tomograacutefia computadorizada por raios X obtidas da regiatildeo
maxilar de 31 pacientes avaliados para a colocaccedilatildeo de implantes As regiotildees de
interesse analisadas (seio maxilar fossa nasal tuberosidade maxilar e foramem
naso-alveolar) foram delimitadas de modo semi-automaacutetico com o auxiacutelio da
ferramenta ldquoCell Outlinerrdquo pelo software ImageJ Essas regiotildees foram analisadas nos
cortes axiais cortes sagitais e coronais obtidos pelo TC e com o software A partir
da delimitaccedilatildeo das regiotildees de interesse (ROI) foram determinados os valores
meacutedios e desvio padratildeo do nuacutemero CT em HU (Hounsfield) O nuacutemero CT de uma
imagem tomograacutefica representa o valor de cada pixel que compotildee a imagem esta
relacionada com o coeficiente de atenuaccedilatildeo linear dos tecidos contidos em um voxel
correspondente Estes valores constituem-se em uma informaccedilatildeo importante tanto
para a avaliaccedilatildeo quantitativa das densidades oacutesseas como para a produccedilatildeo de uma
metodologia de realce das estruturas de interesse em implantodontia Com anaacutelise
dos dados obtidos para cada paciente nas estruturas analisadas foi observado que
as regiotildees do seio maxilar e a fossa nasal satildeo semelhantes mas estatisticamente
diferentes Estas satildeo regiotildees pneumaacuteticas que em consequumlecircncia da presenccedila do
ar possuem medidas de nuacutemero CT semelhantes a fossa nasal apresenta uma
estrutura mais irregular e obteve-se uma diferenccedila estatisticamente significativa
entre estas duas regiotildees estudadas O foramem naso-alveolar e a tuberosidade satildeo
regiotildees distintas porque a tuberosidade eacute um osso trabecular de densidades
heterogecircneas que possui a meacutedia do nuacutemero CT maior que a meacutedia do foramen
naso-alveolar que se trata de uma estrutura tubular de densidade homogecircnea para
passagem do feixe vasculo-nervoso Com a comparaccedilatildeo das estruturas analisadas
pelo meacutetodo ANOVA entre pacientes masculinos e femininos evidenciou-se que natildeo
existe diferenccedila estatisticamente significativa entre sexos As conclusotildees obtidas
neste trabalho mostraram que o nuacutemero CT eacute uma medida eficiente para
caracterizar estruturas do corpo humano Os dados obtidos com a anaacutelise das
meacutedias do nuacutemero CT de cada regiatildeo estudada nos permite caracterizar
separadamente cada regiatildeo
31
3 MATERIAS E MEacuteTODOS
O presente trabalho aborda a descriccedilatildeo de quatro casos cliacutenicos que foram
selecionados dos prontuaacuterios de pacientes enxertados submetidos agrave tomografia
computadorizada Cone Beam no periacuteodo preacute-enxerto e apoacutes o procedimento
ciruacutergico das cliacutenicas radiograacuteficas ldquoCliacutenica Odonto Imagem Radiologiardquo situada em
Balneaacuterio Camboriuacute (SC) e ldquoCliacutenica Radioimagemrdquo situada em Itajaiacute (SC)
Foram incluiacutedos no estudo os laudos radiograacuteficos de pacientes que atendem
as seguintes caracteriacutesticas pacientes de ambos os sexos com bom estado de
sauacutede geral idade de quarenta a setenta anos que foram submetidos a enxerto
oacutesseo em regiatildeo de maxila
Primeiramente foi realizada uma coleta de dados junto aos laudos
radiograacuteficos emitidos pelas cliacutenicas citadas Foram selecionados os casos e
posteriormente foi acessado agraves imagens tomograacuteficas dos pacientes
Os exames tomograacuteficos computadorizado de aquisiccedilatildeo volumeacutetrica (cone
beam) foram realizados atraveacutes de cortes parasagitais de espessura de 2mm e
distacircncia de 1 mm entre os cortes
Na segunda etapa foi efetuada a anaacutelise das tomografias observando as
imagens preacute e poacutes-ciruacutergicas simultaneamente nesse momento delimitou-se a aacuterea
do leito receptor e do material enxertado Utilizando o programa Planmeca Romexis
Viewer acessou-se as imagens fornecidas digitalmente analisando primeiramente
as imagens do leito receptor por meio de trecircs traccedilados (em planos perpendiculares)
realizados com o auxiacutelio da ferramenta denominada Linha Hounsfield que nos
fornece a densidade oacutessea do local traccedilado e uma meacutedia do mesmo Foi realizada
uma meacutedia aritmeacutetica simples dos trecircs traccedilados resultando uma meacutedia de
densidade oacutessea que foi enquadrada na escala O mesmo procedimento foi
realizado na aacuterea do material enxertado
Com a posse destes valores meacutedios comparou-se a densidade oacutesseo do leito
receptor com a densidade oacutessea do material enxertado
32
Os dados seratildeo divulgados atraveacutes de painel exposto no bloco de Odontologia
e apresentaccedilatildeo oral Uma coacutepia da pesquisa concluiacuteda seraacute enviada agraves Cliacutenicas
envolvidas na pesquisa
O projeto de pesquisa foi aprovado pela Comissatildeo de Eacutetica em Pesquisa
sobre o nuacutemero 44610
33
4 RESULTADOS
De acordo com a tabela a seguir podemos expressar de forma resumida os
resultados obtidos atraveacutes da pesquisa comparando os mesmos com a escala de
Misch
Paciente (P1) MS sexo feminino com idade de 49 anos apresentando bom
estado de sauacutede geral No dia 28 de outubro de 2009 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes (Figura 1)
34
Figura 1 Vista panoracircmica preacute-enxertia
A densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield
obteve os seguintes resultados Axial (Z) = 7650 Coronal (Y) = 5196 Sagital (X)
= 7818
No dia 29 de janeiro de 2010 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
homoacutegeno O material proveniente do Banco de Tecidos Muacutesculo Esqueleacuteticos HC-
UFPR consistia de um bloco cortical de Fecircmur medindo 30x20mm lote C0917 FD
BC 26 processado no dia 15 de julho de 2009 com validade de 5 anos conservado
a temperatura abaixo de -40ordmC O osso foi particulado e acrescido de lincomicina
No dia 19102010 foram realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da
densitometria oacutessea do material enxertado e obtiveram os seguintes resultados
Axial (Z) = 6590 Coronal (Y) = 4986 Sagital (X) = 2948 (Figura 2)
35
Figura 2 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
Paciente (P2) AWU sexo feminino com idade de 67 anos apresentando
bom estado de sauacutede geral no dia 29 de agosto de 2009 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes A
densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield obteve os
seguintes resultados Axial (Z) = 7104 Coronal (Y) = 7002 Sagital (X) = 10412
(Figura 3)
Figura 3 Vista panoracircmica preacute-enxertia
No dia 06 de novembro de 2009 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
36
homoacutegeno O material proveniente do Banco de Tecidos Muacutesculo Esqueleacuteticos HC-
UFPR consistia de um bloco cortical de Fecircmur medindo 30x20mm lote C0917 FD
BC 39 processado no dia 15 de julho de 2009 com validade de 5 anos conservado
a temperatura abaixo de -40ordmC O osso foi particulado e acrescido de lincomicina
Passado o periacuteodo de 10 meses apoacutes o procedimento ciruacutergico foram
realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da densitometria oacutessea do material
enxertado e obtiveram os seguintes resultados Axial (Z) = 6972 Coronal (Y) =
8138 Sagital (X) = 4984 (Figura 4)
Figura 4 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
Paciente (P3) IS sexo feminino com idade de 42 anos apresentando bom
estado de sauacutede geral no dia 13 de Novembro de 2007 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes A
densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield obteve os
seguintes resultados Axial (Z) = 4917 Coronal (Y) = 3481 Sagital (X) = 4207
(Figura 5)
37
Figura 5 Vista panoracircmica preacute-enxertia
No dia 26 de Novembro de 2007 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
autoacutegeno tendo como aacuterea doadora a regiatildeo de ramo mandibular
Passado o periacuteodo de 09 (nove) meses apoacutes o procedimento ciruacutergico foram
realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da densitometria oacutessea do material
enxertado e obtiveram os seguintes resultados Axial (Z) = 7176 Coronal (Y) =
5443 Sagital (X) = 5638 (Figura 6)
Figura 6 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
38
Paciente (P4) ATL sexo feminino com idade de 45 anos apresentando
bom estado de sauacutede geral no dia 18 de Agosto de 2009 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes A
densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield obteve os
seguintes resultados Axial (Z) = 6028 Coronal (Y) = 6681 Sagital (X) = 6397
(Figura 7)
Figura 7 Vista panoracircmica preacute-enxertia
No dia 09 de Outubro de 2009 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
autoacutegeno tendo como aacuterea doadora a regiatildeo de ramo mandibular
Passado o periacuteodo de 4 (quatro) meses apoacutes o procedimento ciruacutergico foram
realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da densitometria oacutessea do material
enxertado e obtiveram os seguintes resultados Axial (Z) = 8549 Coronal (Y) =
9340 Sagital (X) = 8624 (Figura 8)
39
Figura 8 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
40
5 DISCUSSAtildeO
Em Odontologia a tomografia computadorizada tem demonstrado ser o
meacutetodo de eleiccedilatildeo para a determinaccedilatildeo da densidade oacutessea na regiatildeo dos
maxilares pois fornece dados objetivos precisos da variaccedilatildeo da densidade oacutessea
entre diferentes regiotildees em um mesmo indiviacuteduo A tomografia computadorizada eacute o
uacutenico meacutetodo que permite avaliar osso cortical e medular separadamente com a
vantagem de que as informaccedilotildees tridimensionais satildeo apresentadas em uma seacuterie de
cortes finos da estrutura interna da parte estudada onde as informaccedilotildees resultantes
natildeo sofrem superposiccedilatildeo por estruturas anatocircmicas (SANTIAGO e VITRAL 2006)
Logo a tomografia computadorizada eacute um meacutetodo de escolha na avaliaccedilatildeo
qualitativa e quantitativa de enxertos em seio maxilar (ZEacuteTOLA et al 2002)
Bassi et al (2009) citaram que para o sucesso da reabilitaccedilatildeo com implantes
dentaacuterios eacute imprescindiacutevel que seja levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
rebordo residual e tambeacutem a qualidade de osso para a estabilidade do implante
Aleacutem disso o osso disponiacutevel (volume) deve ser avaliado em sua densidade
o que determinaraacute sua resistecircncia Densidade eacute a relaccedilatildeo entre a massa e o volume
de um corpo e o meacutetodo de avaliaccedilatildeo da densidade mineral oacutessea eacute denominado
densitometria As unidades de medidas mais empregadas satildeo gcmsup2 (densidade por
aacuterea) gcmsup3 (densidade por volume) ou HU (unidade Hounsfield) (CAUacuteLA
MACHADO BARBOSA 2000)
A densidade oacutessea eacute diretamente relacionada agrave resistecircncia do tecido oacutesseo
antes da fratura Uma diferenccedila de dez vezes na resistecircncia do tecido oacutesseo pode
ser observada entre o osso D1 e D4 O osso D2 exibe uma resistecircncia agrave
compressatildeo 47 a 68 maior se comparado com o D3 (MISCH 2000)
O osso com densidade 2 (D2) eacute uma combinaccedilatildeo de osso compacto denso
para poroso na porccedilatildeo externa e osso trabecular grosso na porccedilatildeo interna Na
superfiacutecie e nas proporccedilotildees laterais do implante oferece uma interface inicial riacutegida
A densidade oacutessea D2 eacute mais comumente encontrada na mandiacutebula A regiatildeo
anterior da mandiacutebula apresenta este tipo oacutesseo em 23 dos casos O osso com
densidade 3 (D3) eacute composto de uma cortical oacutessea fina na crista e osso trabecular
fino no interior Uma das desvantagens desse tipo oacutesseo eacute a delicadeza com a qual
esse osso deve ser manipulado Quanto menor for a densidade mais facilmente o
41
osso eacute expandido para que implantes sejam inseridos A regiatildeo anterior da maxila
apresenta em 65 dos casos o osso D3 e em quase metade dos casos o osso
D3 eacute encontrado tambeacutem na regiatildeo posterior da maxila O osso menos denso D4
tem sido relatado em aproximadamente 40 dos casos eacute encontrado na parte
posterior da maxila especialmente na regiatildeo dos molares ou apoacutes levantamento do
seio maxilar (CAUacuteLA MACHADO BARBOSA 2000 BUSCATTI 2003)
Em 1988 Misch realizou uma pesquisa tendo como base de estudos a escala
apresentada por Hounsfield que tem como objetivo a diferenciaccedilatildeo de densidades
de oacutergatildeos do corpo pela diferenccedila de tons de cinza atraveacutes da tomografia A partir
desta Misch propocircs uma nova escala o qual associou nuacutemeros aos tipos oacutesseos
relacionando numericamente os valores aos tipos oacutesseos
No periacuteodo preacute-enxertia foi verificado que em todos os casos estudados a
densidade presente na regiatildeo de leito receptor caracteriza osso tipo D3 Sendo esta
densidade compatiacutevel com a regiatildeo anterior e posterior da maxila
Apoacutes 10 meses dos enxertos homoacutegenos serem realizados (P1 e P2)
observou-se que a densidade em unidades HU diminuiu na maioria dos eixos
avaliados somente no eixo coronal da P2 que apresentou um leve aumento Apesar
desta variaccedilatildeo de valores natildeo houve mudanccedila da qualidade oacutessea Tanto o osso
neoformado quanto o do leito receptor mantiveram-se qualidade de osso D3
Nos casos onde o material de escolha foi osso autoacutegeno observou-se atraveacutes
da densidade em unidades HU aumento dos valores em todos os eixos avaliados
Entre os dois casos (P3 e P4) houve uma pequena diferenccedila entre os valores que
atraveacutes da escala proposta por Misch resultou na diferenccedila que no caso P3 o
material enxertado natildeo apresentou alteraccedilatildeo na qualidade em relaccedilatildeo agrave aacuterea
receptora Jaacute no caso P4 o material enxertado caracteriza-se como qualidade oacutessea
D2 Suponha-se que esta diferenccedila entre a densidade do material enxertado nestes
dois casos seja devido ao grau de condensaccedilatildeo do material na regiatildeo tamanho das
partiacuteculas e quantidade de material enxertado Os dados obtidos natildeo correspondem
a uma populaccedilatildeo em geral devido a pequena quantidade de amostras e se tratando
de um relato de caso cliacutenico
Pinto et al (2007) comenta que os enxertos autoacutegenos satildeo os uacutenicos entre os
tipos de enxerto oacutesseo a fornecer ceacutelulas oacutesseas vivas imunocompatiacuteveis
essenciais agrave fase I da osteogecircnese que eacute responsaacutevel pela proliferaccedilatildeo das ceacutelulas
oacutesseas em especial do osteoacuteide assim quanto mais ceacutelulas vivas forem
42
transplantadas mais tecido oacutesseo seraacute formado Kuabara et al (2000) concluiacuteram
que a pequena morbidade poacutes-operatoria da regiatildeo doadora do enxerto elege a
regiatildeo retromolar inferior como uma excelente opccedilatildeo ciruacutergica para reabilitaccedilatildeo de
pequenos defeitos oacutesseos Jaacute Cyriaco e Azevedo (2006) relatam que quando se
trata de enxertos menores as melhores aacutereas doadoras para regiatildeo oral seriam o
mento e a regiatildeo retromolar e para maiores quantidades a crista iliacuteaca a calota
craniana a costela e a tiacutebia
Pereira et al (2009) enxerto com osso autoacutegeno eacute considerado padratildeo ouro
para reconstruccedilatildeo de defeitos oacutesseos residuais Algumas teacutecnicas ciruacutergicas podem
ser realizadas abrangendo aacutereas doadoras extra e intrabucais dependendo do grau
de perda oacutessea planejamento ciruacutergico-proteacutetico e das condiccedilotildees gerais do
paciente O osso autoacutegeno cortical oferece excelente suporte estrutural para o siacutetio
receptor sendo uma excelente alternativa para segmentos de defeitos maiores que
5 ou 6 cm que requerem suporte estrutural imediato restabelecendo devidamente a
funccedilatildeo
Gonccedilalves (2008) concluiu que implantes instalados em enxertos de seio maxilar
com a ajuda de substitutos oacutesseos apresentam uma taxa de sucesso cliacutenico de
9009
O osso mais indicado para enxertia eacute o autoacutegeno pela sua eficiecircncia
bioseguranccedila e facilidade de obtenccedilatildeo e uma alternativa para sua substituiccedilatildeo eacute o
homoacutegeno por ter caracteriacutesticas a longo prazo semelhantes embora o iacutendice de
reabsorccedilatildeo ser maior (DEL VALE et al 2006 SOUZA et al 2010 GONCcedilALVEZ et
al 2009) O enxerto de osso homoacutelogo eacute uma alternativa viaacutevel para reconstruccedilatildeo
de rebordos alveolares severamente atroacuteficos ao mesmo tempo em que reduz a
morbidade e os riscos inerentes aos procedimentos de enxertos autoacutegenos como
dor parestesia e hematomas (MOLON et al 2009 PIFFER et al2010) Ele mostra-
se efetivo conforme Contar et al (2009) que realizou 51 implantes sobre enxerto
homoacutegeno alcanccedilando o torque miacutenimo de 40N(newton) em todos eles natildeo
havendo problema em nenhum implante em um periacuteodo de acompanhamento de 24
a 35 meses
Ajzen et al (2005) comenta do uso de fatores indutores como plasma rico em
plaquetas sugerindo uma melhor qualidade e quantidade oacutessea necessaacuteria para
reconstruccedilatildeo proteacutetica atraveacutes de implantes oacutesseo integrados A associaccedilatildeo do
bloco de osso homoacutegeno agrave medula oacutessea autoacuteloga parece representar uma
43
alternativa terapecircutica para se minimizar os niacuteveis de reabsorccedilatildeo dos materiais de
enxertia (COSTA et al 2009)
Faz-se necessaacuterio a coleta de mais casos para se obter um tratamento
estatiacutestico que possibilite uma comprovaccedilatildeo da previsibilidade da densidade oacutessea
com os materiais enxertados e variaccedilotildees de teacutecnicas ciruacutergicas
44
6 CONCLUSAtildeO
Conclui-se que o enxerto oacutesseo autoacutegeno e procedente de banco de ossos
demonstra-se eficaz na reabilitaccedilatildeo de pacientes que apresentam maxilas atroacuteficas
e que necessitam de implantes dentaacuterios para a reabilitaccedilatildeo proteacutetica
A densidade obtida do material enxertado eacute semelhante a densidade do
tecido oacutesseo adjacente necessitando de mais casos para esta comprovaccedilatildeo
45
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AJZEN S A et al Anaacutelise por tomografia computadorizada do enxerto autoacutegeno na cirurgia de sinus lift Radiol bras Rio de Janeiro v 38 n 1 p 25-31 janfev 2005 ALOY-PROacuteSPER A et al Bone regeneration using particulate grafts an update Med oral patol oral cir bucal Valencia v16 n2 p210-214 Mar 2011 ARAUacuteJO JMS de et al Enxerto oacutesseo bovino como alternativa para cirurgias de levantamento de assoalho de seio maxilar Rev cir traumatol buco-maxilo-fac Recife v9 n 3 p 89-96 julset 2009
BASSI A P F CARNEIRO G P Avaliaccedilatildeo do iacutendice de sucesso dos enxertos autoacutegenos e dos implantes instalados em regiatildeo do seio maxilar Implant News Satildeo Paulo v7 n2 p257-260 dez 2009
BLAY A TUNCHEL S SENDYK W R Viabilidade dos enxertos autoacutegenos obtidos com a utilizaccedilatildeo de coletores para osso estudo histoloacutegico e microbioloacutegico Pesqui Odontol Bras Satildeo Paulo v 17 n 3 p 234-40 julset 2003 BUSCATTI M Y Contribuiccedilatildeo para o estudo das densidades oacutesseas maxilomandibulares por meio da escala tomodensitomeacutetrica de Hounsfield quando da aplicaccedilatildeo de programa computadorizado para planejamento de implantes osseointegrados 2003 122f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Radiologia) - Faculdade de Odontologia da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2003 CAUacuteLA A L MACHADO F O de BARBOZA E P Densidade Oacutessea no planejamento em Implantodontia BCI Curitiba v 7 n 25 2000
CHEM RC et al Uso de retalho livre de fiacutebula no complexo bucomaxila-facial ndash Relato de dois casos Rev Cir Traumatol Buco-maxilo-fac Camaragibe v5 n4 p 23-30 outdez 2005 CONTAR C M M et al Maxillary ridge augmentation with fresh-frozen bone allografts J Oral Maxillofac Surg Copenhagen v67 n6 p1280-1285 June 2009 COSMO L A M et al Enxerto oacutesseo em levantamento de seio maxilar com osso humano fresco congelado ImplantNews Satildeo Paulo v 4 n 3 p 249-253 2007 COSTA C E S da et al Utilizaccedilatildeo de medula oacutessea autoacuteloga na integraccedilatildeo de enxertos oacutesseos homoacutelogos ImplantNews Satildeo Paulo v 6 n 4 p 395-402 2009
CYRIACO E AZEVEDO D Enxertos oacutesseos aplicados na cirurgia buccedilo-maxilo facial Cispre [on line] Petroacutepolis 27 jul 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcisprecombracervo_detalhesaspId=60gt Acesso em 20 abr 2011
DEL VALLE R A CARVALHO M L de GONZALEZ M R Estudo do comportamento de enxerto oacutesseo com material doador obtido dos bancos de tecidos muacutesculos-esqueleacuteticos Rev odontol Univ Cid Satildeo Paulo Satildeo Paulo v 18 n 2 p 189-194 maioago 2006
46
GARCIA JUacuteNIOR I R et al Avaliaccedilatildeo cliacutenica de enxertos oacutesseos autoacutegenos de crista iliacuteaca em maxilas atroacuteficas para instalaccedilatildeo de implantes oacutesseointegraacuteveis Innov implant j biomater esthet (Impr) Satildeo Paulo v 1 n 1 p 34-40 maio 2006 GONCcedilALVES A R de Q Avaliaccedilatildeo do sucesso de implantes osseointegraacuteveis em enxerto de seio maxilar RGO (Porto Alegre) Porto Alegre v 56 n 4 p 423-427 outdez 2008 GONCcedilALVES A O et al Avaliaccedilatildeo histomorfoloacutegica de maxilares humanos submetidos a enxerto oacutesseo autoacutegeno e homoacutegeno Implant News Satildeo Paulo v7 n2 p213-222 nov 2009
JAHN R S et al Retalho em dupla paacutegina Innov implant j biomater esthet Satildeo Paulo v 4 n 3 p 20-24 setdez 2009
KUABARA M R et al Levantamento de seio maxilar utilizando enxerto autoacutegeno da regiatildeo retromolar e simultacircnea colocaccedilatildeo de implantes ossointegrados Relato de caso cliacutenico ROBRAC Goiacircnia v 9 n 28 p 14-17 2000
MAZZONETTO R et al Avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de enxertos de siacutenfise mandibular na reconstruccedilatildeo de defeitos oacutesseos em regiatildeo anterior de maxila estudo por meio de tomografia convencional linear Rev bras implant Satildeo Paulo v 6 n 1 p 19-22 janmar 2000
MISCH C E et al Doaccedilatildeo de enxertos oacutesseos autoacutegenos extra orais para implantes endo oacutesseo In Implantes Dentaacuterios Contemporacircneos 2ordm ed Satildeo Paulo Santos 2000 cap 33 p 521-535 MOLON R S de et al Reconstruccedilatildeo de maxila atroacutefica utilizando enxerto oacutesseo homoacutegeno Rev Cir Traumatol Buco-Maxilo-fac Camaragibe v 9 n 4 p 25-30 outdez 2009 OLIVEIRA FILHO M A de et alReconstruccedilatildeo de defeito de continuidade em mandiacutebula com posterior reconstruccedilatildeo alveolar RGO (Porto Alegre) Porto Alegre v 55 n 3 p 305-310 julset 2007 OLIVEIRA H W de DIEBOLD E SILVA A M M da Avaliaccedilatildeo da regiatildeo maxilar em imagens de tc por raios x para o uso em implantodontia e cirurgia bucomaxilofaciaL Disponiacutevel em lthttpwwwpucrsbrunipoafisicapesquisasnimedartigosArtigo20Canal20CientEDficopdfgt Acesso em 20 de Junho de 2011 PEREIRA C C S et al Enxertos oacutesseos autoacutegenos mandibulares para reconstruccedilatildeo de processos alveolares atroacutefi cos revisatildeo e teacutecnica ciruacutergica Innov Implant J Biomater Esthet Satildeo Paulo v 4 n 3 p 96-102 setdez 2009 PICCINELLI L B et al Estudo retrospectivo de 59 pacientes tratados com enxertos oacutesseos autoacutegenos intrabucais e implantes dentais Innov Implant J Biomater Esthet Satildeo Paulo v 4 n 3 p 30-34 setdez 2009 PIFFER C S et al Levantamento de seio maxilar utilizando Bio-Oss concomitante com a instalaccedilatildeo de implantes ImplantNews Satildeo Paulo v 7 n 4 p 489-495 2010
47
PINTO J G S et al Enxerto autoacutegeno x biomateriais no tratamento de fraturas e deformidades faciais ndash uma revisatildeo de conceitos atuais RFO UPF Passo Fundo v 12 n 3 p 79-84 setdez 2007 RIBEIRO JUacuteNIOR O et al Princiacutepios da reconstruccedilatildeo mandibular com enxerto oacutesseo vascularizado Rev cir traumatol buco-maxilo-fac Recife v 8 n 1 p 15 ndash 22 janmar 2008 RODRIGUES A F VITRAL R W F Aplicaccedilotildees da Tomografia Computadorizada na Odontologia Pesq Bras Odontoped Clin Integr Joatildeo Pessoa v 7 n 3 p 317-324 setdez 2007 SANTIAGO R C VITRAL R W F Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da densidade mineral oacutessea e seu emprego na odontologia Pesq Bras Odontoped Clin Integr Joatildeo Pessoa v6 n3 p 289-294 setdez 2006 SILVEIRA A C G WASSALL T Anaacutelise da aacuterea doadora de enxerto mandibular por meio de tomografia computadorizada do feixe cocircnico para avaliaccedilatildeo da remodelaccedilatildeo oacutessea RGO (Porto Alegre) Porto Alegre v 57 n 1 p 61-65 janmar 2009 SOUSA J N L de et al Avaliaccedilatildeo dos enxertos homoacutegenos como substitutos aos enxertos autoacutegenos na fixaccedilatildeo de implantes osteointegrados uma revisatildeo sistemaacutetica da literatura Innov Implant J Satildeo Paulo v 4 n 3 p 54-57 setdez 2009 SOUZA D O et al Aplicaccedilotildees de enxertos de bancos de ossos em odontologia R Ci meacuted biol Salvador v 9 n 1 p 45-48 2010 SPIN-NETO R et al Tecido oacutesseo homoacutelogo para utilizaccedilatildeo em Odontologia Implant News Satildeo Paulo v7 n4 p555-560 dez 2009 TANAKA R et al Incorporaccedilatildeo dos enxertos oacutesseos em bloco processos bioloacutegicos e consideraccedilotildees relevantes Conscientia e sauacutede Satildeo Paulo v 7 n 3 p 323-327 2008 ZEacuteTOLA A L et al Reconstruccedilatildeo do seio maxilar atroacutefico com enxerto autoacutelogo de crista iliacuteaca avaliaccedilatildeo por tomografia computadorizada e radiografia panoracircmica Rev col bras cir Rio de Janeiro v 29 n 1 p 13-18 janfev 2002
4
AVALIACcedilAtildeO DA DENSIDADE OacuteSSEA EM PACIENTES ENXERTADOS COM OSSO
HOMOacuteGENO E AUTOacuteGENOS POR MEIO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
CONE BEAM RELATO DE CASO CLIacuteNICO
Luiz Antonio FRANTZ Luiz Eduardo GAMBA Uislen Berian CADORE Orientador Prof Dr Emerson Alexandre Sgrott Data de defesa 23 de Setembro de 2011
Resumo Com o grande avanccedilo da implantodontia constata-se a necessidade de espessura miacutenima de tecido oacutesseo evoluindo com isso a enxertia oacutessea na aacuterea odontoloacutegica para a realizaccedilatildeo de reabilitaccedilotildees O intuito deste trabalho foi a descriccedilatildeo de quatro casos cliacutenicos e avaliar a qualidade do material de enxerto sendo dois de origem autoacutegena e dois de origem homoacutegena em situaccedilatildeo de preacute implante dentaacuterio por meio da tomografia computadorizada CONE BEAM Foram determinadas a densidade do tecido oacutesseo adjacente (leito receptor) no periacuteodo preacute-ciruacutergico a densidade oacutessea do material enxertado no periacuteodo poacutes-ciruacutergico e realizada uma comparaccedilatildeo da densidade oacutessea obtida pelo material enxertado com a densidade do tecido oacutesseo adjacente Os dados foram coletados junto a prontuaacuterios das clinicas ldquoCliacutenica Odonto Imagem Radiologiardquo situada em Balneaacuterio Camboriuacute (SC) e ldquoCliacutenica Radioimagemrdquo situada em Itajaiacute (SC) A anaacutelise dos dados seraacute efetuada em funccedilatildeo da densidade e origem do osso com o auxiacutelio do programa Planmeca Romexis Viewer Concluindo assim que o enxerto oacutesseo autoacutegeno e procedente de banco de ossos demonstra-se eficaz na reabilitaccedilatildeo de pacientes que apresentam maxilas atroacuteficas e que necessitam de implantes dentaacuterios para a reabilitaccedilatildeo proteacutetica A densidade obtida do material enxertado eacute semelhante a densidade do tecido oacutesseo adjacente necessitando de mais casos para esta comprovaccedilatildeo Palavras chave Densidade oacutessea Tomografia computadorizada de feixe cocircnico Enxerto oacutesseo mandibular Implante Dentaacuterio Endoacutesseo
5
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 6 2 REVISAtildeO DE LITERATURA 7 3 MATERIAIS E MEacuteTODOS 32 4 RESULTADOS 34 5 DISCUSSAtildeO 39 6 CONCLUSAtildeO 43
6
1 INTRODUCcedilAtildeO
Os implantes dentaacuterios estatildeo sendo usados em grande nuacutemero por pacientes
edecircntulos totais ou parciais Eles satildeo um excelente meacutetodo de tratamento para se
obter uma adequada reabilitaccedilatildeo bucal No entanto o seu sucesso depende de uma
quantidade miacutenima de tecido oacutesseo para a sua inserccedilatildeo com comprimento e
espessura seguros a fim de suportar as forccedilas mastigatoacuterias
A condiccedilatildeo de um remanescente oacutesseo miacutenimo para inserccedilatildeo do implante
nem sempre se faz presente por isso teacutecnicas de aumento de rebordo alveolar e de
levantamento de assoalho do seio maxilar tecircm sido desenvolvidas viabilizando
dessa forma a reabilitaccedilatildeo(AJZEN et al 2005)
A regeneraccedilatildeo do osso alveolar reabsorvido eacute um dos desafios atuais da
cliacutenica odontoloacutegica Existindo basicamente trecircs origens diferentes de osso a ser
enxertado osso autoacutegeno (autoacutelogo) homoacutegeno (homoacutelogo) osso heteroacutegeno
(heteroacutelogo) O osso autoacutegeno tem como origem o osso do proacuteprio paciente o osso
homoacutegeno tem origem da mesma espeacutecie (cadaacuteveres nos bancos de ossos) e o
osso heteroacutegeno tem como origem o osso de doador de outra espeacutecie (geralmente
bovina)
A partir da constataccedilatildeo da demanda atual dessa modalidade de reabilitaccedilatildeo oral
avaliou-se a qualidade do material de enxerto oacutesseo procedente de banco de ossos
(osso homoacutegeno) e osso autoacutegeno em situaccedilatildeo de implante dentaacuterio por meio da
tomografia computadorizada Cone Beam E dessa forma definir qual a indicaccedilatildeo do
material e atraveacutes de suas vantagens e desvantagens servir de auxiacutelio ao Cirurgiatildeo-
Dentista em sua praacutetica diaacuteria de implantodontia levando-o agrave seguranccedila e
confiabilidade em seus procedimentos
7
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
Cauacutela Machado e Barboza (2000) descreveram os diferentes tipos de
densidade oacutessea e sua influecircncia na Implantodontia A densidade do osso disponiacutevel
em um siacutetio edecircntulo tem influecircncia no planejamento do tratamento no design do
implante no tipo de cirurgia no tempo de cicatrizaccedilatildeo e na colocaccedilatildeo progressiva
de carga durante a reconstruccedilatildeo proteacutetica O osso pode ser classificado
macroscopicamente em quatro grupos de densidades diferentes do mais denso ao
menos denso compacto denso compacto poroso trabecular grosso e trabecular
fino O osso considerado como densidade 1 (D1) manteacutem sua forma e densidade
devido ao stress das inserccedilotildees musculares Sendo composto de osso lamelar
histoloacutegico eacute altamente mineralizado e capaz de suportar grandes cargas O osso
compacto denso tambeacutem apresenta algumas desvantagens que devem ser
consideradas O osso D1 eacute mais difiacutecil de ser preparado para receber implantes do
que qualquer outro tipo oacutesseo O osso com densidade 2 (D2) eacute uma combinaccedilatildeo de
osso compacto denso para poroso na porccedilatildeo externa e osso trabecular grosso na
porccedilatildeo interna Na superfiacutecie e nas proporccedilotildees laterais do implante oferece uma
interface inicial riacutegida A densidade oacutessea D2 eacute mais comumente encontrada na
mandiacutebula A regiatildeo anterior da mandiacutebula apresenta este tipo oacutesseo em 23 dos
casos O osso com densidade 3 (D3) eacute composto de uma cortical oacutessea fina na
crista e osso trabecular fino no interior Uma das desvantagens desse tipo oacutesseo eacute a
delicadeza com a qual esse osso deve ser manipulado Quanto menor for a
densidade mais facilmente o osso eacute expandido para que implantes sejam inseridos
A regiatildeo anterior da maxila apresenta em 65 dos casos o osso D3 e em quase
metade dos casos o osso D3 eacute encontrado tambeacutem na regiatildeo posterior da maxila
O osso com densidade 4 (D4) eacute um osso trabecular fino cuja cortical oacutessea eacute
miacutenima ou nenhuma A necessidade da altura maacutexima de osso disponiacutevel eacute maior
em D4 do que em outros tipos oacutesseos para aumentar a superfiacutecie de contato
ossoimplante O tempo de cicatrizaccedilatildeo deve ultrapassar os 6 meses como
preconizado nos protocolos existentes O osso menos denso D4 tem sido relatado
em aproximadamente 40 dos casos eacute encontrado na parte posterior da maxila
especialmente na regiatildeo dos molares ou apoacutes levantamento do seio maxilar Os
autores concluiacuteram que dependendo da localizaccedilatildeo e do tempo pelo qual uma aacuterea
8
permaneceu edecircntula sua densidade seraacute variaacutevel Poreacutem existem aacutereas onde os
tipos oacutesseos satildeo mais comumente encontrados D1 eacute encontrado em mandiacutebula
anterior atroacutefica D2 eacute encontrado em regiatildeo de mandiacutebula anterior mandiacutebula
posterior e maxila anterior D3 eacute encontrado em regiatildeo de maxila anterior maxila
posterior e mandiacutebula posterior e D4 eacute encontrado em regiatildeo de maxila posterior
Kuabara et al (2000) apresentaram um caso cliacutenico de reabilitaccedilatildeo oral por
meio de cirurgia avanccedilada em implantologia destacando a teacutecnica ciruacutergica para
elevaccedilatildeo do seio maxilar usando um enxerto oacutesseo da regiatildeo retromolar da
mandiacutebula Todo procedimento ciruacutergico foi realizado sob anestesia local e
medicaccedilatildeo previamente agrave cirurgia O enxerto foi removido da regiatildeo retromolar da
mandiacutebula aacuterea onde encontra-se maior quantidade de osso cortical e pouca
medular Apoacutes anestesia local por bloqueio regional e complementar a incisatildeo foi
realizada na base do ramo da mandiacutebula seguindo pela linha obliqua ateacute a regiatildeo de
1ordm molar inferior Foi realizado o deslocamento do retalho muco-periostal e o tecido
oacutesseo foi exposto a ostectomia foi realizada com brocas e cinzeacuteis provocando uma
fratura do fragmento Enquanto as perfuraccedilotildees dos implantes eram confeccionadas
o enxerto foi particulado e colocado no interior da cavidade sinusal em sua porccedilatildeo
medial seguindo-se a colocaccedilatildeo dos implantes e posterior preenchimento da
cavidade com osso triturado Passado o periacuteodo de seis meses foi iniciada a fase
proteacutetica Os autores concluiacuteram que a pequena morbidade poacutes-operatoacuteria da
regiatildeo doadora do enxerto elege a regiatildeo retromolar inferior como uma excelente
opccedilatildeo ciruacutergica para reabilitaccedilatildeo de pequenos defeitos oacutesseos A enxertia oacutessea no
interior da cavidade sinusal provou ser uma alternativa eficiente para reabilitar a
regiatildeo posterior de maxila onde a colocaccedilatildeo de implantes osseointegrados eacute
limitada pela quantidade oacutessea remanescente
Mazzonetto et al (2000) avaliaram o aumento em espessura oacutessea apoacutes a
realizaccedilatildeo de enxerto autoacutegeno obtido da regiatildeo de siacutenfise mandibular em regiatildeo
anterior de maxilas com grandes reabsorccedilotildees oacutesseas de pacientes que
necessitavam de reabilitaccedilatildeo por meio de implantes osseointegrados Seis pacientes
apresentando perdas dentaacuterias e defeitos oacutesseos na regiatildeo anterior de maxila foram
submetidos agrave reconstruccedilatildeo alveolar utilizando enxerto autoacutegeno da regiatildeo da siacutenfise
mandibular com o objetivo de restabelecer a espessura oacutessea para posteriormente
serem reabilitados com implantes Foram realizadas radiografias intrabucais
9
panoracircmica e tomografia convencional linear no exame inicial para avaliar a aacuterea
maxilar e determinar se a aacuterea doadora ou seja a siacutenfise mandibular apresentava
osso suficiente para reconstruir o defeito Realizada a cirurgia apoacutes 4 meses foi feito
outro procedimento ciruacutergico reabrindo a aacuterea para remoccedilatildeo dos parafusos Passado
um periacuteodo de 6 meses da realizaccedilatildeo do enxerto cada paciente foi submetido a
novo exame tomograacutefico convencional linear tomada esta que foi realizada de
maneira padronizada com a primeira Foram realizadas medidas do ganho oacutesseo
pela anaacutelise das tomografias preacute e poacutes-operatoacuterias dos pacientes Foi traccedilada uma
linha no longo eixo do rebordo a partir do ponto mais alto da crista A partir desta
projetou-se uma linha perpendicular a 5 mm de distacircncia da porccedilatildeo mais oclusal
sobre a qual foi medida a distacircncia entre as duas corticais vestibular e lingual Dos 6
pacientes analisados foram obtidas 12 medidas comparativas Em 3 das medida
natildeo foram obtidos os resultados desejados devido agrave reabsorccedilatildeo do enxerto
Portanto 75 das aacutereas avaliadas obtiveram aumento em espessura suficientes
para a colocaccedilatildeo de implantes As observaccedilotildees cliacutenicas e radiograacuteficas das aacutereas
enxertadas demonstraram ganho oacutesseo em altura e em largura indicando que o
enxerto retirado da siacutenfise mandibular eacute uma aIternativa viaacutevel para a reconstruccedilatildeo
de defeitos alveolares a maxila anterior onde seratildeo colocados implantes A aacuterea da
siacutenfise mandibular tem muitas vantagens em relaccedilatildeo a outros locais doadores
Misch et al (2000) apoacutes realizar uma revisatildeo de literatura verificou a
importacircncia da densidade oacutessea no sucesso do implante osseointegrado e
apresentou uma atualizaccedilatildeo de sua classificaccedilatildeo oacutessea de 1988 acrescentando o
tipo oacutesseo D5 o qual associou nuacutemeros aos tipos oacutesseos relacionando
numericamente os valores aos tipos oacutesseos
10
Zeacutetola et al (2002) investigaram a neoformaccedilatildeo oacutessea de enxerto autoacutelogo
medular natildeo vascularizado de crista iliacuteaca para seio maxilar atroacutefico por meio de
uma avaliaccedilatildeo comparativa da precisatildeo entre a Tomografia Computadorizada (TC) e
a radiografia panoracircmica Foram selecionados 14 pacientes submetidos a 25
enxertos de crista iliacuteaca natildeo vascularizados sendo eles 9 do sexo feminino e 5 do
sexo masculino tendo como meacutedia de idade de 443 anos O criteacuterio de inclusatildeo foi
a altura residual menor que 5mm entre o rebordo gengival e o soalho antral
(medidos comparativamente pela tomografia computadorizada e radiografia
panoracircmica) e todos pacientes eram edentados uni ou bilateralmente A parede
lateral do seio maxilar foi exposta totalmente para a confecccedilatildeo de uma janela oval
com tamanho aproximado de 15 a 25mm feita com broca esfeacuterica diamantada
nuacutemero seis sendo preservada a integridade da mucosa antral que foi totalmente
rebatida sendo exposta a cuba e parede medial do antro maxilar O fragmento
oacutesseo da crista iliacuteaca autoacutegena foi colocado perpendicularmente agrave parede lateral da
maxila isolando o compartimento superior do seio Jaacute no inferior foi empregado osso
medular autoacutegeno fragmentado isolado ou misturado com hidroxiapatita (HA) que foi
recoberto pelo retalho mucoperiostal suturado com fio reabsorviacutevel de poligalactina
40 em sutura simples Para a avaliaccedilatildeo quantitativa e qualitativa poacutes-operatoacuteria
foram empregadas a radiografia panoracircmica e a tomografia computadorizada Foi
utilizado o teste de meacutedias atraveacutes da distribuiccedilatildeo t de Student para anaacutelise das
varianccedilas com a prevalecircncia de 005 para os dois grupos de imagens Na avaliaccedilatildeo
qualitativa houve consenso dos observadores nos dois grupos de exames (RX
panoracircmico e TC) e para a imagem panoracircmica (RP) o conceito foi regular e para a
tomografia boa Com relaccedilatildeo agrave anaacutelise quantitativa houve consenso na tomografia
11
computadorizada e para a radiografia panoracircmica a diferenccedila foi miacutenima entre os
observadores sem significado O ganho meacutedio foi de 148mm em todos os
procedimentos com erro maior que 3mm em 16 procedimentos (64) Os autores
concluiacuteram que a tomografia computadorizada foi o meacutetodo de escolha na avaliaccedilatildeo
qualitativa e quantitativa da incorporaccedilatildeo de enxerto autoacutelogo natildeo vascularizado em
seio maxilar atroacutefico
Blay Tunchel e Sendyk (2003) avaliaram a viabilidade microbioloacutegica e
histoloacutegica de tecido oacutesseo que ateacute a data tem sido ignorado em oacutesseos integrados
em cirurgias de implante Foram selecionados trinta pacientes sendo 13 homens e
17 mulheres com meacutedia de idade de 54 anos estando em bom estado de sauacutede
geral Os criteacuterios de seleccedilatildeo foram pacientes com perda de um ou mais elementos
dentaacuterios e com atrofia alveolar moderada Foi adotada uma teacutecnica baseada no uso
de coletores de osso para a obtenccedilatildeo de material oacutesseo autoacutegeno sem ter que
envolver um segundo (intra-oral ou extra-oral) aacuterea ciruacutergica para a obtenccedilatildeo de
osso autoacutegeno As amostras foram obtidas durante o processo de perfuraccedilatildeo do
osso alveolar utilizando dois tipos de coletores de ossos especiais As mesmas
foram utilizadas para o preenchimento de falha oacutessea Uma pequena amostra do
material coletado foi enviado para anaacutelise microbioloacutegica e histoloacutegica Os retalhos
foram fechados com Donath thread tipo de cirurgia e suturas simples individual
Apoacutes o periacuteodo de 6 a 8 meses foi realizada a reabertura na aacuterea da instalaccedilatildeo dos
implantes e realizado bioacutepsias na aacuterea de deiscecircncia para fornecer pequenos
fragmentos de ossos para anaacutelise histoloacutegica Para analise microbiana as amostras
foram transportadas em meio de tioglicolato e incubados por 24 horas a uma
temperatura de 36 plusmn 1 ordm C em condiccedilotildees aeroacutebias e anaeroacutebias a fim de avaliar a
presenccedila de contaminaccedilatildeo bacteriana As bacteacuterias encontradas nas amostras natildeo
apresentaram patogenicidade ou virulecircncia suficiente para prejudicar o enxerto ou
implante de forma alguma A avaliaccedilatildeo histoloacutegica das amostras mostrou que
mesmo em um estado de partiacuteculas a estrutura oacutessea foi bem preservada contendo
um grande nuacutemero de osteoacutecitos no interior da matriz calcificada sugerindo que a
viabilidade do tecido oacutesseo era mantida No periacuteodo de segunda fase mostraram
uma estrutura oacutessea histoloacutegica semelhante agrave do osso secundaacuterio Os autores
concluiacuteram que clinicamente assim como histologicamente o meacutetodo de coleta foi
capaz de preservar as ceacutelulas com capacidade de induccedilatildeo oacutessea
12
Buscatti (2003) avaliou as densidades oacutesseas das porccedilotildees medulares e
corticais maxilomandibulares por meio da escala tomodensitomeacutetrica de Hounsfield
utilizada nos exames de tomografia computadorizada A amostra foi composta por
12 pacientes de ambos os sexos Em cada aacuterea foi realizada a mensuraccedilatildeo da
densidade oacutessea por meio de uma ferramenta especiacutefica onde se avaliou a
qualidade oacutessea das corticais vestibular lingual ou palatina da base da mandiacutebula
ou assoalho do seio maxilarfossa nasal e da regiatildeo central do trabeculado oacutesseo
Para cada aacuterea foi mensurado o valor meacutedio de densidade e seu desvio padratildeo
Para a anaacutelise estatiacutestica dividiram-se os dados em dois grupos o primeiro com as
aacutereas correspondentes agrave regiatildeo anterior dos arcos e o segundo para a regiatildeo
posterior Para cada arco foi obtido 6 valores de densidade oacutessea para a porccedilatildeo
medular e cada cortical oacutessea da a regiatildeo anterior e 10 valores para a regiatildeo
posterior Uma anaacutelise inicial dos valores tomodensitomeacutetricos de Hounsfield (escala
Hounsfield) obtidos nesse presente estudo mostra de maneira geral que a
densidade oacutessea quando analisada sem distinccedilatildeo de gecircnero arco ou regiatildeo
apresenta-se na meacutedia maior na cortical oacutessea do que na porccedilatildeo medular situaccedilatildeo
constante em todas as anaacutelises realizadas durante esse estudo e cujo valor era
esperado devido ao maior grau de mineralizaccedilatildeo da cortical em relaccedilatildeo agrave medular
oacutessea O autor concluiu que quando da anaacutelise das densidades oacutesseas nos gecircneros
masculino e feminino natildeo houve diferenccedila estatisticamente significante para seus
valores tanto nas corticais quanto na porccedilatildeo medular A anaacutelise das densidades
oacutesseas em funccedilatildeo das regiotildees anatocircmicas (anterior e posterior) demonstrou
diferenccedila estatisticamente significante entre elas para os valores da porccedilatildeo medular
Em relaccedilatildeo aos arcos (superior e inferior) houve diferenccedila estatisticamente
significante entre eles para os valores das corticais vestibular lingual ou palatina e
base da mandiacutebula ou assoalho do seio maxilarfossa nasal
Ajzen et al (2005) quantificaram por meio da TC a formaccedilatildeo oacutessea nos
enxertos realizados apenas com osso autoacutegeno e nos enxertos com osso autoacutegeno
e plasma rico em plaquetas (PRP) obtido pelos meacutetodos de centrifugaccedilatildeo e afeacuterese
comparando seis meses depois os trecircs tipos de enxertos realizados Este estudo
utilizou como amostra 34 pacientes adultos de ambos os sexos (sete do sexo
masculino e 28 do sexo feminino) sem distinccedilatildeo de raccedila com idades entre 23 e 65
anos idade meacutedia de 48 anos e 8 meses que foram previamente avaliados por
radiografias panoracircmicas A avaliaccedilatildeo constou dos seguintes itens pneumatizaccedilatildeo
13
unilateral ou bilateral dos seios maxilares relacionada agraves perdas dentaacuterias e que
necessitavam de enxertos oacutesseos Nestes 34 pacientes foram operados 53 seios
maxilares sendo a amostra dividida em trecircs grupos grupo afeacuterese pacientes que
receberam enxerto de osso autoacutegeno e PRP obtido pelo meacutetodo de afeacuterese grupo
centriacutefuga pacientes que receberam enxerto de osso autoacutegeno e PRP obtido pelo
meacutetodo de centrifugaccedilatildeo e grupo osso autoacutegeno pacientes que receberam enxerto
apenas de osso Foram realizados exames preacute-operatoacuterios radiograacuteficos radiografia
periapical radiografia panoracircmica e TC Esses exames foram repetidos seis meses
apoacutes a intervenccedilatildeo ciruacutergica para a avaliaccedilatildeo da quantificaccedilatildeo oacutessea cortical e
medular da regiatildeo enxertada Para analisar o crescimento oacutesseo obtiveram-se as
meacutedias e os desvios-padratildeo (que mede a variabilidade dos dados) para a altura e a
largura considerando os trecircs grupos (afeacuterese centriacutefuga e osso autoacutegeno) e as
diferenccedilas entre as medidas finais e iniciais Para verificar se existe diferenccedila
significativa entre os crescimentos meacutedios foi feita a anaacutelise de variacircncia para
medidas repetidas (ANOVA) O niacutevel de significacircncia (p) foi fixado em um valor
menor ou igual a 005 (5) para a rejeiccedilatildeo da hipoacutetese de nulidade Pela avaliaccedilatildeo
da TC houve crescimento do remanescente oacutesseo em altura nos trecircs grupos
quando comparados os momentos inicial e final do experimento Natildeo houve
diferenccedila estatiacutestica para a altura (p= 0078) e para a largura (p = 0556) Os autores
concluiacuteram que apesar dos resultados natildeo serem estatisticamente significantes
evidecircncias cliacutenicas tecircm mostrado a eficaacutecia dos enxertos de osso autoacutegeno
principalmente aqueles associados a fatores indutores de crescimento oacutesseo como
o PRP alterando a altura e a largura necessaacuterias para a reconstruccedilatildeo proteacutetica do
arcabouccedilo maxilofacial atraveacutes de implantes osteointegrados porque na
odontologia atual busca-se cada vez mais devolver aos pacientes edecircntulos a sua
capacidade mastigatoacuteria e esteacutetica e consequumlentemente promovendo a integridade
dos vaacuterios elementos que compotildeem o sistema estomatognaacutetico
Chem et al (2005) afirmaram que a falta de tecido oacutesseo deve ser reparada
Situaccedilotildees como estas deixam os pacientes carentes fisiologicamente
esteticamente e psicologicamente Este trabalho iraacute relatar a teacutecnica de retalho livre
de fiacutebula para reconstruccedilatildeo da mandiacutebula e da maxila Foram realizados
atendimentos a dois pacientes pelo Serviccedilo de Cirurgia e Traumatologia Buco-
maxilo-facial do Complexo Hospitalar da Santa Casa de Misericoacuterdia de Porto
14
Alegre Possiacuteveis complicaccedilotildees podem se justificar pela maacute fixaccedilatildeo do retalho aos
cotos ou pela insuficiecircncia vascular Nos dois casos relatados o retalho foi fixado
aos cotos com placas e parafusos de forma a apresentar imobilidade obtendo-se
dessa forma a regeneraccedilatildeo entre os tecidos O retalho livre de fiacutebula ou enxerto
vascularizado caracteriza-se por ser um enxerto autoacutegeno segmentado e removido
da aacuterea doadora tendo sua vascularizaccedilatildeo preservada a fim de nutrir esse tecido
quando no leito receptor a partir da sua anastomose com o sistema vascular da
regiatildeo receptora O retalho de fiacutebula eacute o mais frequumlentemente pois esse retalho
fornece o maior montante de tecido oacutesseo entre todos os retalhos oacutesseos e causa
pouca morbidade na aacuterea doadora Os autores concluiacuteram que o emprego de
enxertos oacutesseos vascularizados em reconstruccedilotildees da face gera bons resultados
esteacuteticos e funcionais Pois os dois casos relatados os enxertos apresentaram
sucesso agrave observaccedilatildeo imediata e longitudinal alcanccedilando-se resultados esteacuteticos e
funcionais satisfatoacuterios
Cyriaco e Azevedo (2006) analisaram e revisaram a utilizaccedilatildeo do enxerto
oacutesseo em suas vaacuterias formas autoacutelogo homoacutelogo e heteroacutelogo descalcificado e
vascularizado na reparaccedilatildeo de falha oacutessea aleacutem das principais caracteriacutesticas
pertinentes a cada tipo buscando com isso um melhor direcionamento na sua
utilizaccedilatildeo Segundo diversos autores haacute disponiacuteveis opccedilotildees doadoras de enxertos
vascularizados como calota craniana fiacutebula costela escaacutepula crista iliacuteaca e raacutedio
Suas vantagens estatildeo nos iacutendices elevados de sucesso e a chance de fazecirc-lo em
pacientes irradiados ou que passaraacute por seccedilotildees de radioterapia como ocorre na
retirada de tumores malignos Quando se trata de enxertos menores as melhores
aacutereas doadoras para regiatildeo oral seriam o mento e a regiatildeo retromolar e para
maiores quantidades a crista iliacuteaca a calota craniana a costela e a tiacutebia A calota
craniana e osso iliacuteaco satildeo vantajosos por ter um grande volume de tecido oacutesseo no
que se refere agraves aacutereas doadoras externas sendo indicadas para a correccedilatildeo de
grandes defeitos oacutesseos De acordo com a pesquisa foi possiacutevel concluir que as
melhores aacutereas doadoras intrabucais satildeo o mento a regiatildeo retromolar e a
tuberosidade da maxila e que as aacutereas doadoras externas possiacuteveis satildeo a crista
iliacuteaca e a calota craniana
Del Valle et al (2006) tiveram como objetivo comparar o enxerto homoacutegeno
com o enxerto autoacutegeno nas cirurgias reconstrutivas de maxila com finalidade
implantodocircntica atraveacutes de um relato de caso cliacutenico Neste caso o paciente
15
apresentava ausecircncia dos elementos 11 e 12 com migraccedilatildeo mesial dos elementos
13 e 21 Atraveacutes do exame cliacutenico foi verificado falta de espessura do rebordo
alveolar na regiatildeo resultado da perda da taacutebua oacutessea vestibular por ocasiatildeo da
exodontia Foram realizados exames radiograacuteficos de regiatildeo panoracircmica periapical
Foi constatado pouca espessura palato-vestibular do rebordo oacutesseo na regiatildeo dos
dentes 11 e 12 contra-indicando a colocaccedilatildeo de implante dentaacuterio por risco de
fenestraccedilatildeo vestibular Com isto o tratamento indicado foi enxertia oacutessea utilizando
osso homoacutegeno bicortical com medular interna retirado da crista do osso iliacuteaco
medindo 27x17x9 milimetros e recebido os antibioacuteticos Vancomicina e Polimixina B
Foi feito o deslocamento muco-periostal do retalho esculpido o bloco oacutesseo e
adaptado ao leito receptor Para realizar a fixaccedilatildeo foi feito perfuraccedilotildees oacutesseas no
leito receptor com brocas esfeacutericas laminadas e imobilizados com 2 parafusos de
15mm de diacircmetros e 11mm de comprimento promovendo um enxerto do tipo
onlay Todo enxerto foi recoberto com osso particulado do mesmo bloco
amalgamado ao plasma rico em plaquetas e suturado Apoacutes passar 3 meses da
cirurgia houve exposiccedilatildeo do parafuso de osteossiacutentese de posiccedilatildeo mais cervical e
na sua remoccedilatildeo constatamos a formaccedilatildeo de tecido fibroso entre o fragmento
enxertado e o leito receptor somente nessa regiatildeo tendo sido removido Apoacutes 5
meses da enxertia foi colocado implantes e recoberto com membrana oacutessea
reabsorviacutevel por ter havido fenestraccedilatildeo oacutessea cervical Os autores apoacutes relatar o
caso concluiacuteram que o osso mais indicado para enxertia eacute o autoacutegeno e uma
alternativa para sua substituiccedilatildeo eacute o homoacutegeno por ter caracteriacutesticas a longo prazo
semelhantes embora o iacutendice de reabsorccedilatildeo eacute maior entretanto relataram que eacute
necessaacuterios maiores estudos principalmente de aacutereas doadoras utilizadas para
enxertias
Garcia Juacutenior et al (2006) avaliaram clinicamente os enxertos oacutesseos
retirados da crista do osso iliacuteaco para reconstruccedilatildeo total de maxilas atroacuteficas e
posterior instalaccedilatildeo de implantes oacutesseointegraacuteveis Foram selecionados doze
pacientes no qual foram submetidos agrave cirurgia de enxerto oacutesseo na maxila
utilizando-se fragmentos oacutesseos removidos da porccedilatildeo anterior da crista iliacuteaca A
meacutedia de idade dos pacientes era de 495 anos sendo 3 do sexo masculino e 12
eram do sexo feminino O tempo de espera para a cirurgia de instalaccedilatildeo de
implantes variou de 5 a 6 meses apoacutes enxerto oacutesseo Na reabertura do enxerto para
instalaccedilatildeo dos implantes oacutesseointegrados foram realizadas as avaliaccedilotildees cliacutenicas
16
dos enxertos oacutesseos Os resultados mostraram que em todos os casos houve ganho
oacutesseo no rebordo alveolar e tambeacutem uma melhora no perfil facial e o contorno labial
dos pacientes Os autores concluiacuteram que o enxerto oacutesseo retirado do osso iliacuteaco eacute
uma alternativa viaacutevel para reconstruccedilotildees de maxilas atroacuteficas tambeacutem que houve
melhora cliacutenica significativa quanto ao volume oacutesseo em altura e largura do rebordo
alveolar e que em todos os casos foram possiacuteveis a instalaccedilatildeo de implantes
oacutesseointegraacuteveis
Santiago e Vitral (2006) analisaram os meacutetodos de avaliaccedilatildeo da densidade
mineral oacutessea (DMO) e seu emprego na odontologia com o objetivo de descrever os
diferentes meacutetodos empregados bem como avaliar a relevacircncia em se determinar a
densidade oacutessea no planejamento e sucesso de tratamentos odontoloacutegicos
especiacuteficos Foi feita uma revisatildeo de literatura onde abordaram as teacutecnicas de
densitometria oacutessea e como eacute feita a avaliaccedilatildeo da densidade oacutessea em odontologia
Diversos satildeo os meacutetodos para se avaliar a densidade mineral oacutessea tanto na aacuterea
meacutedica quanto em Odontologia A questatildeo sobre qual a melhor teacutecnica e a melhor
regiatildeo para se avaliar a DMO de cada individuo parece ainda natildeo ter resposta
Entretanto o que se sabe eacute que dentre as diferentes teacutecnicas disponiacuteveis diferentes
vantagens e desvantagens satildeo apresentadas Em Odontologia a tomografia
computadorizada tem demonstrado ser o meacutetodo de eleiccedilatildeo para a determinaccedilatildeo da
densidade oacutessea na regiatildeo dos maxilares pois fornece dados objetivos precisos da
variaccedilatildeo da densidade oacutessea entre diferentes regiotildees em um mesmo indiviacuteduo
permitindo dessa forma correlacionar positivamente os valores encontrados com a
qualidade oacutessea descrita subjetivamente Aleacutem disso a tomografia computadorizada
eacute o uacutenico meacutetodo que permite avaliar osso cortical e medular separadamente
Cosmo et al (2007) relataram um caso cliacutenico com avaliaccedilatildeo radiograacutefica e
histoloacutegica da utilizaccedilatildeo de osso humano fresco congelado em procedimento de
elevaccedilatildeo do assoalho do seio maxilar A paciente CAR 47 anos compareceu agrave
Cliacutenica Odontoloacutegica da Faculdade de Odontologia da Universidade de Santo Amaro
- Unisa para avaliaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo da arcada superior posterior esquerda com a
utilizaccedilatildeo de implantes endoacutesseos Os exames de imagem demonstraram haver
rebordo residual com menos de 6 mm de altura remanescente tendo sido indicada agrave
paciente a reabilitaccedilatildeo oacutessea bilateral atraveacutes da teacutecnica de levantamento do
assoalho do seio maxilar com enxerto de osso aloacutegeno fresco congelado
proveniente de banco de tecidos musculoesqueleacuteticos Apoacutes seis meses da cirurgia
17
foi realizada abertura para instalaccedilatildeo dos implantes tendo sido colhido fragmento
oacutesseo que foi enviado para anaacutelise histoloacutegica Frente ao apresentado conclui-se
que o material de enxertia proveniente de banco de ossos humanos (enxerto
aloacutegeno fresco congelado) proporciona em cirurgias de levantamento de seio
maxilar um adequado volume oacutesseo para futura instalaccedilatildeo de implantes A anaacutelise
histoloacutegica do enxerto incorporado evidencia a vitalidade do mesmo Material deve
ser adquirido em banco de tecidos regularizados pelo Ministeacuterio da Sauacutede A
possibilidade de transmissatildeo de doenccedilas pela utilizaccedilatildeo do material eacute de baixa
magnitude
Oliveira Filho et al (2007) apresentaram um caso cliacutenico de trauma facial com
perda oacutessea na regiatildeo anterior da mandiacutebula que foi tratado com teacutecnicas de
reconstruccedilatildeo em duas fases primeiramente a parte basilar da mandiacutebula
posteriormente a parte alveolar permitindo a reabilitaccedilatildeo atraveacutes de implantes
osseointegrados O paciente deu entrada no pronto socorro do Hospital Universitaacuterio
Evangeacutelico de Curitiba viacutetima de trauma localizado nas regiotildees submandibular e
cervical alta Em um primeiro momento foi realizado o tratamento ciruacutergico para
fixaccedilatildeo intermaxilar riacutegida trans-operatoacuteria e estabilizaccedilatildeo da mandiacutebula com uma
placa de reconstruccedilatildeo em titacircnio Apoacutes trecircs meses do procedimento foi realizada a
reconstruccedilatildeo mandibular utilizando enxerto em bloco tomado da crista do osso
iliacuteaco Este tempo ciruacutergico teve a preocupaccedilatildeo de reconstruir apenas a parte basilar
da mandiacutebula devido a falta de tecidos moles na regiatildeo traumatizada Em um
segundo momento foi realizada enxertia com bloco tomado da crista do osso iliacuteaco
para reconstruccedilatildeo alveolar da mandibular Seis meses apoacutes o procedimento de
reconstruccedilatildeo alveolar cliacutenica e radiograficamente houve uma boa integraccedilatildeo do
enxerto sem a ocorrecircncia de reabsorccedilatildeo oacutessea significativa Foi criado um rebordo
alveolar adequado permitindo a instalaccedilatildeo de trecircs implantes na regiatildeo enxertada
Os autores concluiacuteram que o enxerto de oacutesseo autoacutegeno pode ser uma alternativa
vaacutelida na aplicaccedilatildeo como meio de reconstruccedilatildeo de defeitos oacutesseos que comprometa
a porccedilatildeo alveolar e basal da mandiacutebula mas uma anaacutelise mais detalhada eacute
necessaacuteria para que possa definir de forma mais abrangente os possiacuteveis riscos e
complicaccedilotildees da teacutecnica utilizada
Pinto et al (2007) confrontaram a utilizaccedilatildeo do enxerto autoacutegeno para
reconstruccedilatildeo das sequumlelas de fraturas faciais comparando-o com outros
18
biomateriais atualmente disponiacuteveis discutindo as melhores indicaccedilotildees e os toacutepicos
mais atuais relativos a esses materiais As propriedades de um material ideal para
enxerto oacutesseo satildeo ser quimicamente inerte biocompatiacutevel natildeo aleacutergico natildeo
canceriacutegeno ser totalmente reabsorviacutevel e substituiacutevel por novo tecido oacutesseo entre
outros O osso autoacutegeno eacute considerado ideal para realizaccedilatildeo de enxertos oacutesseos
Estudos tecircm comprovado a eficaacutecia deste tipo de material especialmente do enxerto
oacutesseo autoacutegeno cortical obtido da crista do osso iliacuteaco que tem sido considerado o
melhor de
ntre os materiais de reconstruccedilatildeo Satildeo os uacutenicos entre os tipos de enxerto
oacutesseo a fornecer ceacutelulas oacutesseas vivas imunocompatiacuteveis Os enxertos alogecircnicos
satildeo aqueles obtidos de outro indiviacuteduo da mesma espeacutecie O enxerto alogecircnico mais
comumente utilizado eacute o liofilizado cuja vantagem eacute natildeo haver a necessidade de se
realizar uma segunda cirurgia num outro siacutetio Os oacutesseos xenoacutegenos satildeo aqueles
retirados de uma espeacutecie e transplantados para outra Exigem um tratamento mais
vigoroso do enxerto e natildeo fornecem ceacutelulas viaacuteveis para a formaccedilatildeo da fase I da
osteogecircnese Aleacutem dos enxertos oacutesseos existem ainda os materiais chamados
aloplaacutesticos como alternativa tendo como benefiacutecios a diminuiccedilatildeo do tempo
ciruacutergico aleacutem de muacuteltiplos tamanhos e formatos disponiacuteveis Entre os biomateriais
os mais utilizados satildeo o vidro bioativo o titacircnio que apresenta excelente
biocompatibilidade e boa osseointegraccedilatildeo ao organismo quando justaposto ao osso
A hidroxiapatita que por ser considerada um componente quiacutemico natural do corpo
humano natildeo satildeo observadas respostas inflamatoacuteria ou toacutexica nos tecidos
circunvizinhos Atraveacutes da pesquisa foi possiacutevel concluir que o osso autoacutegeno ainda
eacute considerado um material ideal para enxerto entretanto novos biomateriais tecircm
surgido apresentando vantagens promissoras para utilizaccedilatildeo na praacutetica diaacuteria
Rodrigues e Vitral (2007) descreveram as principais teacutecnicas tomograacuteficas existentes
e suas aplicaccedilotildees na Odontologia atraveacutes de uma revisatildeo da literatura sobre os
avanccedilos das principais teacutecnicas tomograacuteficas que resultaram em maior acuraacutecia no
diagnoacutestico menor tempo de exame e menor quantidade de radiaccedilatildeo A tomografia
computadorizada eacute considerada o meacutetodo de escolha para a imagem das estruturas
oacutesseas Ela eacute um meacutetodo radioloacutegico que permite obter a reproduccedilatildeo de uma secccedilatildeo
do corpo humano com finalidade diagnoacutestica Apresenta trecircs vantagens gerais
importantes sobre a radiografia convencional a primeira eacute que as informaccedilotildees
19
tridimensionais satildeo apresentadas na forma de uma seacuterie de cortes finos da estrutura
interna da parte estudada A segunda eacute que o sistema eacute mais sensiacutevel na
diferenciaccedilatildeo de tipos de tecido quando comparado com a radiografia convencional
de modo que diferenccedilas entre tipos de tecidos podem ser mais claramente
delineadas e estudadas A terceira eacute a habilidade para manipular e ajustar a imagem
apoacutes ter sido completada a varredura como ocorre de fato com toda a tecnologia
digital Com o advento da tomografia computadorizada helicoidal foi alcanccedilada
grande melhora nas reconstruccedilotildees tridimensionais e diminuiccedilatildeo na dose de
exposiccedilatildeo do paciente agrave radiaccedilatildeo A mesma proveacutem vantagens sobre a natildeo
helicoidal como menor tempo de avaliaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de reconstruccedilatildeo multiplanar
Ela propicia imagens com alta resoluccedilatildeo espacial e a mesma dose de radiaccedilatildeo da
tomografia computadorizada convencional A tomografia computadorizada pode ser
usada para identificar e delinear processos patoloacutegicos visualizar dentes retidos
avaliar os seios paranasais diagnosticar trauma mostrar os componentes oacutesseos
da articulaccedilatildeo temporomandibular e os leitos para implantes dentaacuterios Permite a
reformataccedilatildeo axial obliacutequa da imagem no sentido perpendicular da curvatura do
arco mostrando nitidamente o niacutevel oacutesseo no lado vestibular e lingual E tambeacutem
permite uma avaliaccedilatildeo intra-oacutessea dos locais para colocaccedilatildeo dos implantes Os
autores concluiacuteram que a Tomografia Computadorizada eacute o exame de eleiccedilatildeo no
diagnoacutestico de muitas condiccedilotildees que envolvem o complexo maxilo-mandibular O
valor cliacutenico das teacutecnicas de tomografia computadorizada depende da condiccedilatildeo que
se estaacute sendo diagnosticada atraveacutes das imagens do modelo e da idade do
equipamento usado do protocolo do exame da experiecircncia e capacidade dos
operadores do equipamento e do radiologista
Gonccedilalves (2008) analisaram implantes instalados em enxertos de seio
maxilar com biomaterial de origem bovina e plasma rico em plaquetas observando
histologicamente a neoformaccedilatildeo oacutessea e o iacutendice de sucesso cliacutenico e histoloacutegico
apresentado Este estudo envolveu 30 pacientes que necessitavam de enxerto em
regiatildeo de soalho de seio maxilar para inserccedilatildeo de implantes Um total de 101
implantes foi instalado em 36 enxertos de seio maxilar com intervalo meacutedio de
tempo do enxerto de 75 meses dos quais nove amostras oacutesseas foram colhidas de
forma aleatoacuteria e consentidas para a anaacutelise histoloacutegica Na colocaccedilatildeo dos
implantes foi utilizado um guia ciruacutergico para um correto posicionamento dos
implantes Foi feita a remoccedilatildeo do fragmento oacutesseo e enviado para a anaacutelise com
20
isto foi capturado ao todo 26 imagens histopatoloacutegicas Histologicamente os
fragmentos colhidos estavam constituiacutedos predominantemente por tecido oacutesseo
com iacutendice de sucesso de 8888 Quando comparados o remanescente oacutesseo do
seio maxilar antes e depois do enxerto houve crescimento em altura e a maioria
apresentou densidade oacutessea D3 Dez dos 101 implantes foram perdidos e 91
estavam osseointegrados no seio maxilar enxertado Os autores concluiacuteram que
implantes instalados em enxertos de seio maxilar com a ajuda de substitutos oacutesseos
apresentam uma taxa de sucesso cliacutenico de 9009
Ribeiro Juacutenior et al (2008) revisaram a literatura referente aos enxertos
oacutesseos vascularizados com o objetivo de avaliar os princiacutepios bioloacutegicos e ciruacutergicos
que fundamentam sua aplicaccedilatildeo na reconstruccedilatildeo mandibular Os retalhos
microciruacutergicos que contecircm enxertos oacutesseos satildeo classificados como
osteomusculares ou osteomiocutacircneos dependendo da natureza dos tecidos moles
que o compotildeem permitindo restauraccedilotildees de grandes defeitos oacutesseos A
revascularizaccedilatildeo microciruacutergica manteacutem a irrigaccedilatildeo e a drenagem do tecido oacutesseo
enxertado em todo o periacuteodo de integraccedilatildeo permitindo a manutenccedilatildeo de suas
funccedilotildees celulares metaboacutelicas e fiacutesicas Dessa forma a reparaccedilatildeo entre o enxerto e
o remanescente mandibular ocorre de forma semelhante agrave cicatrizaccedilatildeo de uma
fratura eliminando a longa fase de substituiccedilatildeo observada nos enxertos
convencionais Como o sucesso da reconstruccedilatildeo microciruacutergica eacute diretamente
dependente da qualidade vascular estudos angiograacuteficos preacute-operatoacuterios das aacutereas
receptora e doadora satildeo essenciais Alguns cuidados preacute-cirurgicos satildeo de extrema
importacircncia como a hidrataccedilatildeo endovenosa para manutenccedilatildeo do diacircmetro vascular
uso de cobertores para manter a temperatura corporal em torno de 37degC O estudo
concluiu que os enxertos oacutesseos vascularizados satildeo excelentes na restauraccedilatildeo
esteacutetico-funcional dos defeitos mandibulares suprindo as deficiecircncias dos enxertos
convencionais em casos de pior prognoacutestico Os enxertos oacutesseos vascularizados
satildeo indispensaacuteveis em defeitos compostos extensos irradiados e secundaacuterios agrave
osteorradionecrose
Tanaka et al (2008) elaboraram uma revisatildeo de literatura com o objetivo de
descrever os mecanismos de incorporaccedilatildeo dos enxertos oacutesseos em bloco e discutir
algumas caracteriacutesticas dos diferentes tipos existentes para distinguir as vantagens
de cada um Concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo dos enxertos em bloco para reconstruccedilatildeo
21
dos rebordos alveolares eacute uma realidade e estaacute intimamente ligada agrave terapia
implantar Os diversos fatores que influenciam a escolha do melhor meacutetodo de
enxertia a ser utilizado passam pelo conhecimento dos paracircmetros citados neste
artigo e muitos outros natildeo abordados e podem parecer inicialmente um desafio
mas sem duvida o domiacutenio das teacutecnicas existentes e das outras que surgiratildeo eacute o
ponto de partida para o profissional que procura o refinamento de seus
procedimentos e a exelencia de seus resultados
Arauacutejo et al (2009) realizaram uma revisatildeo de literatura sobre os resultados
cliacutenicos obtidos com a utilizaccedilatildeo dos enxertos de origem autoacutegena e xenoacutegena
(bovino) nas cirurgias de levantamento de assoalho de seio maxilar O
envelhecimento e a perda dentaacuteria fazem com que o seio se expanda podendo
haver uniatildeo entre o assoalho sinusal e a crista do rebordo alveolar residual
expansatildeo esta relacionada com a altura e largura do seio e natildeo com a
profundidade Os materiais para enxerto oacutesseo podem ser classificados como
osteogecircnicos osteoindutores e osteocondutores Os osteogecircnicos referem-se aos
materiais orgacircnicos capazes de estimular a neoformaccedilatildeo oacutessea a partir de
osteoblastos Os osteoindutores satildeo capazes de induzir a diferenciaccedilatildeo de ceacutelulas
mesenquimais em osteoblastos e condroblastos estimulando a formaccedilatildeo oacutessea no
local ou mesmo em um siacutetio heterotiacutepico Os materiais osteocondutores (geralmente
inorgacircnicos) permitem a aposiccedilatildeo de um novo tecido na sua superfiacutecie requerendo
a presenccedila de tecido oacutesseo preacute-existente como fonte de ceacutelulas osteoprogenitoras
Alguns criteacuterios foram propostos para o enxerto ideal quanto para que o material
enxertado se incorpore com sucesso ao siacutetio Dentre os possiacuteveis enxertos
xenoacutegenos encontram-se disponiacuteveis comercialmente os enxertos bovinos em
vaacuterias formas de apresentaccedilatildeo como aqueles que contecircm a fraccedilatildeo mineral do osso
os inorgacircnicos ou desproteinizados entre outros Todos eles apresentam excelente
biocompatibilidade agem favorecendo o processo de osteoconduccedilatildeo e natildeo
desencadeando respostas imunoloacutegicas desfavoraacuteveis A melhor accedilatildeo do enxerto
oacutesseo autoacutegeno de crista iliacuteaca quando comparado com a associaccedilatildeo do osso
autoacutegeno com osso desmineralizado bovino em cirurgias de levantamento de
assoalho de seio maxilar Apesar da diferenccedila estatiacutestica significante clinicamente
natildeo houve diferenccedila jaacute que os aacutepices dos implantes estavam todos cobertos por
osso sugerindo o sucesso do uso da associaccedilatildeo e ainda poupando o paciente de
uma intervenccedilatildeo ciruacutergica extraoral concluindo que o osso autoacutegeno eacute o que
22
apresenta os melhores resultados no processo de regeneraccedilatildeo oacutessea poreacutem os
enxertos de origem bovina apesar de demonstrarem um processo de neoformaccedilatildeo
oacutessea inferior promovem uma neoformaccedilatildeo satisfatoacuteria para que haja a reabilitaccedilatildeo
do paciente com implantes osseointegraacuteveis podendo ser utilizados com sucesso na
cliacutenica odontoloacutegica
Bassi e Carneiro (2009) citaram que os pacientes vem se queixando de
desconforto pelo uso de proacuteteses deficiecircncia na mastigaccedilatildeo onde entatildeo se
destacam os implantes dentaacuterios que minimizam estes aspectos negativos No
entanto seu sucesso depende de uma quantidade miacutenima de suporte oacutesseo por
este motivo foi oportuna pelos autores avaliar o iacutendice de sucesso dos enxertos e
implantes instalados na regiatildeo do seio maxilar reconstruiacuteda com osso autoacutegeno de
linha obliacutequa tanto imediata quanto mediato ao levantamento do seio maxilar
Foram avaliadas 51 cirurgias durante os anos de 2005 a 2007 com total de 107
implantes instalados sendo 28 de maneira imediata e 79 instalados posteriormente
Com relaccedilatildeo aos de maneira imediata o sucesso foi de 9286 sendo que dos 14
submetidos agrave implantaccedilatildeo imediata apenas 1 perdeu o implante De um total de 37
pacientes com instalaccedilatildeo posterior houve um sucesso de 9459 Podendo ser
analisado que natildeo haacute diferenccedila significante entre instalaccedilatildeo mediata e imediata
Acredita-se que para haver sucesso no tratamento eacute imprescindiacutevel que seja levado
em consideraccedilatildeo a quantidade de rebordo residual e tambeacutem a qualidade de osso
para a estabilidade do implante A conclusatildeo deste artigo eacute que o levantamento do
seio maxilar com o enxerto autoacutegeno por meio de acesso lateral eacute uma opccedilatildeo
segura no tratamento para regiatildeo posterior da maxila E natildeo houve diferenccedila em
relaccedilatildeo ao sucesso dos implantes instalados de maneira medita e imediata
Contar et al (2009) avaliaram o uso de enxertos provenientes de osso fresco-
congelado para na reconstruccedilatildeo de rebordos alveolares maxilares posteriormente a
aplicaccedilatildeo de implantes dentaacuterios Foram analisados quinze pacientes que tinham
atrofia crista maxilar onde necessitava de blocos de enxerto oacutesseo para
posteriormente se fazer a colocaccedilatildeo dos implantes Nove meses depois foi retirado
o nuacutecleo de osso do enxerto para analisar histologicamente Trinta e quatro blocos
foram colocados e do nuacutemero de blocos cada paciente recebeu uma numeraccedilatildeo de
1 a 4 Em todos os enxertos foram verificados para serem de consistecircncia firme
bem constituiacutedo e vascularizado Cinquumlenta e um implantes foram aplicados sobre
os enxertos com torque no miacutenimo de 40 N (Newton) Natildeo havendo problema em
23
nenhum implante O periacuteodo de acompanhamento variou de 24 a 35 meses Alo
enxertos pode ser bem satisfatoacuterios aplicados como material de enxerto para o
tratamento de defeitos oacutesseos maxilares se for aplicada a teacutecnica de forma
cautelosa e coerente
Costa et al (2009) descreveram cirurgias de enxertia oacutessea para reconstruccedilatildeo
do rebordo alveolar atroacutefico causado por traumas Em dois pacientes foram
utilizados blocos de osso homoacutegeno fresco congelado puro e em outros dois
pacientes esses blocos foram embebidos em medula oacutessea autoacuteloga aspirada do
proacuteprio paciente Os quatro pacientes que perderam seus dentes anteriores-
superiores 11122122 As cirurgias foram realizadas dentro do protocolo do
Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Cirurgia e Experimentaccedilatildeo da Universidade
Federal de Satildeo Paulo ndash Unifesp Cada paciente recebeu um bloco de enxerto oacutesseo
homoacutegeno fresco congelado proveniente de banco de tecidos oacutesseos em cada um
dos lados da regiatildeo anterior de maxila sendo que em dois dos pacientes os blocos
tiveram a sua porccedilatildeo medular embebida em medula oacutessea autoacuteloga aspirada do
proacuteprio paciente e nos outros dois pacientes os blocos foram fixados da mesma
maneira e na mesma regiatildeo poreacutem sem a utilizaccedilatildeo de medula oacutessea autoacuteloga
como preenchimento Foi observado clinicamente no segundo procedimento
ciruacutergico que os siacutetios enxertados com osso homoacutegeno associado agrave medula oacutessea
autoacuteloga obtiveram um menor niacutevel de reabsorccedilatildeo o que facilitou a instalaccedilatildeo dos
implantes osseointegraacuteveis Com as bioacutepsias oacutesseas obtidas por meio da utilizaccedilatildeo
da broca trefi na foram confeccionadas no Laboratoacuterio de Patologia da Unifesp uma
lacircmina em HE para cada regiatildeo enxertada com associaccedilatildeo agrave medula e tambeacutem
para as regiotildees de enxertia sem essa associaccedilatildeo Essas lacircminas foram
encaminhadas para o Departamento de Morfologia da Unifesp para avaliaccedilatildeo Tanto
as lacircminas histoloacutegicas do grupo onde se associou o aspirado de medula oacutessea ao
enxerto oacutesseo homoacutegeno quanto onde natildeo foi feita esta associaccedilatildeo mostraram uma
grande quantidade de tecido mineralizado vital Foi observado em ambos os grupos
uma pequena quantidade de tecido mineralizado desvitalizado Em todas as lacircminas
foi observada intensa vascularizaccedilatildeo assim como a presenccedila de tecido oacutesseo
lamelar A utilizaccedilatildeo de osso humano fresco congelado conservado em banco de
tecidos eacute uma alternativa viaacutevel para a reconstruccedilatildeo dos rebordos atroacuteficos
diminuindo a morbidade e riscos inerentes agrave abordagem da regiatildeo doadora dos
enxertos autoacutegenos A associaccedilatildeo do bloco de osso homoacutegeno agrave medula oacutessea
24
autoacuteloga parece representar uma alternativa terapecircutica para se minimizar os niacuteveis
de reabsorccedilatildeo dos materiais de enxertia
Gonccedilalves et al (2009) citaram que o melhor material para enxertia oacutessea eacute o
autoacutegeno o problema eacute o poacutes-operatoacuterio que eacute desconfortaacutevel para o paciente Na
existecircncia de desvantagens para a utilizaccedilatildeo de osso autoacutegeno o osso proveniente
de banco de tecidos surge como uma alternativa viaacutevel nas reconstruccedilotildees oacutesseas
maxilomandibulares O osso homoacutegeno pode ser utilizado em algumas situaccedilotildees
que impossibilite obter uma quantidade necessaacuteria de osso autoacutegeno requisitado
pelo receptor ou quando induz ao procedimento com grande morbidade onde exista
negativa do paciente em se submeter a um segundo siacutetio ciruacutergico Mesmo com toda
a previsibilidade de utilizaccedilatildeo de tecido oacutesseo homoacutelogo ele ainda gera
controveacutersias pela possibilidade de infecccedilotildees cruzadas com sua utilizaccedilatildeo Com o
estudo citado foi concluiacutedo que o enxerto homoacutelogo induz mais rapidamente a
remodelaccedilatildeo quando comparado com o autoacutegeno E o estaacutegio da remodelaccedilatildeo
esteve mais dependente da resposta orgacircnica individual de cada paciente
Jahn et al (2009) avaliaram o procedimento de retalho em dupla paacutegina para acesso
ao osso da regiatildeo do mento em comparaccedilatildeo a teacutecnica de retalho mucoperiosteal
Foram realizados procedimentos de obtenccedilatildeo de enxerto oacutesseo da regiatildeo do mento
para utilizaccedilatildeo na reabilitaccedilatildeo de pacientes que receberiam implantes
osseointegrados na regiatildeo anterior da maxila e que necessitavam de aumento de
espessura oacutessea localizada Foram operados 20 pacientes da cliacutenica de Periodontia
da Universidade de Santo Amaro entre 28 e 60 anos de idade Dez pacientes foram
submetidos agrave teacutecnica de retalho mucoperiosteal de espessura parcial e total
convencional e dez pacientes foram submetidos ao retalho em dupla Os pacientes
foram avaliados apoacutes 7 e 14 dias do procedimento ciruacutergico quanto aos seguintes
aspectos parestesia dor edema infecccedilatildeo hemorragia hematoma contato com as
raiacutezes dentaacuterias deiscecircncia de sutura presenccedila ou ausecircncia de trismo Todos os
procedimentos realizados permitiram acesso agrave regiatildeo do mento para obtenccedilatildeo de
enxertos oacutesseos autoacutegenos A avaliaccedilatildeo poacutes-operatoacuteria dos pacientes mostrou que
em ambos os grupos natildeo houve casos de hemorragia trismo contato acidental com
as raiacutezes dentaacuterias e infecccedilatildeo Edema foi constatado em seis casos no grupo de
retalho em dupla paacutegina e sete casos nos retalhos muco periosteais dor foi relatada
por dois e seis pacientes respectivamente Dois casos apresentaram parestesia na
regiatildeo de mento e nos dentes anteriores inferiores por ateacute duas semanas nos
25
pacientes operados pela teacutecnica do retalho mucoperiosteal enquanto nenhum caso
aconteceu em pacientes operados por retalho em dupla paacutegina Os autores
concluiacuteram que a teacutecnica de retalho em dupla paacutegina eacute um importante auxiacutelio no
acesso agrave aacuterea doadora o que pela facilidade de uso pode encorajar os cirurgiotildees a
usarem o mento como aacuterea doadora para pequenos enxertos oacutesseos intrabucais
Molon et al (2009) tiveram como objetivo relatar um caso cliacutenico de maxila
atroacutefica com necessidade de reconstruccedilatildeo alveolar atraveacutes de enxerto homoacutegeno
Apoacutes a realizaccedilatildeo da anamnese foi constatado clinicamente que o paciente
apresentava forma em lacircmina do osso e radiograficamente a panoracircmica mostrou
uma perda oacutessea em altura e uma proximidade do rebordo com a parede inferior do
seio maxilar Foi utilizado enxerto provenientes do UniOss processados e
congelados a -80degCos tecidos foram submetidos a testes soroloacutegicos Na regiatildeo
anterior foi realizado enxerto com osso humano congelado em bloco para restaurar
espessura oacutessea possibilitando a colocaccedilatildeo de implantes dentaacuterios Os blocos
foram fixados com o sistema 15mm e o osso particulado foi acomodado nos
espaccedilos mortos para evitar a formaccedilatildeo de GAPs Apoacutes seis meses da cirurgia foi
removido os parafusos e o guia ciruacutergico posicionado para a instalaccedilatildeo dos seis
implantes A osseointegraccedilatildeo dos implantes foi verificada apoacutes seis meses da
segunda cirurgia pela radiografia panoracircmica Atualmente vem sendo muito utilizado
osso autoacutegeno para reconstruccedilatildeo de maxilares contudo haacute desvantagens
relacionadas com a morbidade do sitio doador quantidade inadequada de osso
intraoral para grandes defeitos e necessidade de osso de regiatildeo extra-oral para
maiores reconstruccedilotildees limitam as expectativas do paciente Por isso os osso
estudos utilizando osso homoacutelogo para reabilitaccedilatildeo com implantes vecircm se
intensificando e apresentando bons resultados Os autores consideram o enxerto de
osso homoacutelogo uma alternativa viaacutevel para reconstruccedilatildeo de rebordos alveolares
severamente atroacuteficos ao mesmo tempo em que reduz a morbidade e os riscos
inerentes aos procedimentos de enxertos autoacutegenos
Pereira et al (2009) discutiram revisaram e compararam as teacutecnicas
envolvidas em remoccedilatildeo de blocos oacutesseos da linha obliacutequa e mento demonstrando
sua efetividade por meio de exemplos cliacutenicos O osso mandibular tem sido utilizado
na reconstruccedilatildeo alveolar para permitir a instalaccedilatildeo de implantes com resultados
extremamente favoraacuteveis Para a regiatildeo de mento a teacutecnica consiste em osteotomia
26
efetuada pelo menos 5 mm abaixo dos aacutepices dentaacuterios e o osso basal da
mandiacutebula preservado A profundidade das osteotomias limita-se agrave cortical externa
Para a regiatildeo da linha obliacutequa haacute trecircs diferentes meacutetodos para acessar a aacuterea
doadora 1 Intrasulcular Realizada no sulco gengival dos dentes naturais 2
Submarginal Indicada quando da presenccedila de coroas proteacuteticas nos molares e preacute-
molares 3 Crestal Indicada para rebordos edecircntulos ou quando os implantes
estiverem planejados para a mesma regiatildeo Uma vez feita agrave incisatildeo o retalho
mucoperiosteal eacute descolado do corpo mandibular expondo a face lateral do
ramocorpo Um bloco cortical retangular ateacute 4 mm de espessura pode ser coletado
da regiatildeo do ramo O comprimento do bloco pode se aproximar de 35 mm mas
altura natildeo deve exceder 10 mm Para o preparo do siacutetio receptor e enxertia o osso
removido eacute posicionado com a face medular do bloco em contato com a face cortical
do siacutetio receptor previamente perfurada com brocas proporcionando sangramento
O bloco deve ser adaptado intimamente ao leito e fixado com parafusos de titacircnio
Os autores concluiacuteram que ambas as teacutecnicas podem ser utilizadas com sucesso
de acordo com a quantidade oacutessea desejada localizaccedilatildeo do siacutetio doador e
experiecircncia do profissional
Piccinelli et al (2009) analisaram retrospectivamente 59 pacientes submetidos
agrave enxertia oacutessea obtida de aacutereas intrabucais com a instalaccedilatildeo de implantes
osseointegrados As aacutereas doadoras foram a regiatildeo da siacutenfise mandibular ramo
mandibular e tuberosidade da maxila Os enxertos foram imobilizados atraveacutes de
parafusos de titacircnio especiacuteficos para fixaccedilatildeo interna riacutegida com diacircmetro de 16 mm
e comprimentos de 8 10 e 12 mm com encaixe em forma de cruz De todas as
cirurgias realizadas foi constatado insucesso em 5 (742 ) pacientes todos do
sexo feminino Destes em 2 (338 ) casos ocorreram perfuraccedilatildeo de membrana do
seio maxilar sendo os dois pacientes tabagistas com idades de 40 e 41 anos Em
um paciente de 30 anos ocorreu a perda do enxerto na regiatildeo anterior de maxila
tendo por aacuterea doadora o osso retirado do ramo mandibular Em outro com 50 anos
ocorreu a perda do enxerto em regiatildeo posterior de mandiacutebula recebendo da aacuterea
retromolar E noutro com 40 anos a perda ocorreu em regiatildeo posterior da
mandiacutebula tendo aacuterea doadora a siacutenfise mandibular A maior causa de falhas de
enxerto eacute deiscecircncia de sutura e posterior necrose asseacuteptica do osso enxertado
sendo demonstrado altas taxas de complicaccedilotildees quando utilizamos a mandiacutebula
27
como aacuterea receptora Existe um iacutendice de sucesso de 904 quando os implantes
satildeo instalados apoacutes um periacuteodo de cicatrizaccedilatildeo dos enxertos O estudo concluiu que
os siacutetios intrabucais doadores de enxertos oacutesseos podem prover volumes oacutesseos
suficientes para a reconstruccedilatildeo dos rebordos alveolares da maioria dos pacientes
desdentados parciais A mandiacutebula eacute vista como siacutetio de eleiccedilatildeo para retirada de
enxertos oacutesseos pois eacute capaz de prover blocos oacutesseos de composiccedilatildeo
predominantemente corticais
Silveira e Wassall (2009) analisaram a aacuterea doadora de enxertos por meio de
tomografias volumeacutetricas tipo feixe cocircnico para avaliaccedilatildeo da remodelaccedilatildeo oacutessea
verificando o grau de morbidade quanto a este paracircmetro Foram selecionados vinte
voluntaacuterios de ambos os gecircneros sem risco de sauacutede e com risco de sauacutede
controlados da cliacutenica de Poacutes-Graduaccedilatildeo do Centro de Pesquisas Odontoloacutegica
Satildeo Leopoldo Mandic e cliacutenica particular As tomografias foram obtidas com
aparelho de aquisiccedilatildeo volumeacutetrica tipo feixe cocircnico este aparelho usa a nova
tecnologia do feixe de tomografia computadorizada cocircnico no qual obtemos todas
as estruturas maxilofaciais do indiviacuteduo em volume ou seja em terceira dimensatildeo
Foi utilizado o tempo de exposiccedilatildeo de 36 segundos e apenas 3 de radiaccedilatildeo uma
tomografia meacutedica As primeiras mediccedilotildees foram obtidas no momento da tomografia
computadorizada inicial anteriormente a cirurgia Logo apoacutes a cirurgia foi realizada
a segunda tomada e medida na qual foi mensurado o quanto foi retirado de tecido
oacutesseo para enxerto Na terceira tomada de medidas foi calculado o ganho real
oacutesseo obtido na remodelaccedilatildeo apoacutes 180 dias de remoccedilatildeo do enxerto Embora a
quantidade retirada de aacuterea varie a recomposiccedilatildeo acompanha com a mesma
variabilidade Os autores concluiacuteram que a remodelaccedilatildeo oacutessea meacutedia da regiatildeo
posterior da mandiacutebula avaliada 180 dias apoacutes a remoccedilatildeo do bloco oacutesseo (enxerto
oacutesseo) foi de 813
Sousa et al (2009) verificaram atraveacutes de uma revisatildeo sistemaacutetica se os
enxertos homoacutegenos satildeo tatildeo eficientes quanto os enxertos autoacutegenos Apoacutes a busca
nas bases foram selecionados 1215 tiacutetulos de artigos Um uacutenico artigo atendeu os
criteacuterios da pesquisa o mesmo foi lido na iacutentegra por ambos examinadores e suas
caracteriacutesticas foram distribuiacutedas em uma tabela Este artigo analisado resultou em
16 pacientes entre 38 e 65 anos (9 do sexo masculino e 7 do sexo feminino) foi
comparado dois grupos enxerto autoacutegeno do iliacuteaco (grupo 1) e enxerto autoacutegeno da
calvaacuteria (grupo 2) Foi avaliado o volume oacutesseo total (VOT) o volume oacutesseo
28
necroacutetico (VON) e o osso vital (OV) e os resultados do grupo 1 foi de VOT (466)
VON (126) e OV (34) jaacute do grupo 2 foi VOT (734) VON (55) e OV (67)
Estatisticamente o enxerto da calvaacuteria foi melhor que o enxerto do iliacuteaco Os autores
concluiacuteram que o uacutenico artigo considerado natildeo consistia numa comparaccedilatildeo entre
enxerto autoacutegeno e homoacutegeno e sim numa comparaccedilatildeo entre enxertos autoacutegenos
de siacutetios diferentes
Spin-Neto et al (2009) realizaram uma revisatildeo de literatura sobre a utilizaccedilatildeo
de osso homoacutelogo em Odontologia sobre a legislaccedilatildeo envolvida na aplicaccedilatildeo deste
material Foram analisados artigos publicados nos uacuteltimos 25 anos no Medline e
pela ANVISA leis decretos que regulamentam o funcionamento dos bancos de
ossos de tecidos musculoesqueleacuteticos brasileiros Sobre o enxerto homoacutelogo haacute
um nuacutemero enorme de processos que ocorrem eacute iniciado por uma reaccedilatildeo
inflamatoacuteria criando espaccedilos que permitam sua invasatildeo por vasos sanguiacuteneos e
chegada das ceacutelulas responsaacuteveis pelo metabolismo oacutesseo atuando na
remodelaccedilatildeo gradativa do local Remover tecidos oacutergatildeos ou partes da pessoa ou do
cadaacutever eacute crime podendo resultar em reclusatildeo (2 a 6 anos) ou em 100 a 360 dias
de multa Jaacute no caso de sepultamento cabe aos meacutedicos realizar a reconstruccedilatildeo do
corpo para evitar constrangimento e manter a dignidade diante de seus familiares
no qual natildeo realizado eacute considerado crime por tal ato Foi concluiacutedo que eacute
necessaacuterio mais estudos e resultados sobre a aplicaccedilatildeo deste biomaterial para
aliados com o conhecimento juriacutedico aumentarmos o conhecimento e informaccedilotildees
sobre o caso
Piffer et al (2010) descreveram um caso cliacutenico de reabilitaccedilatildeo oral de uma
aacuterea de maxila posterior extremamente reabsorvida atraveacutes de levantamento de
seio maxilar utilizando osso xenoacutegeno e posterior uso de implante O caso constava
de uma paciente do sexo feminino que foi submetida a levantamento de seio
maxilar utilizando osso xenoacutegeno liofilizado e concomitante colocaccedilatildeo de dois
implantes nos elementos 15 e 16 Foi relatado que devido agraves limitadas quantidades
oacutesseas para colocaccedilatildeo de implantes dentaacuterios surgiram as teacutecnicas de enxertos
oacutesseos Inicialmente era utilizado osso autoacutegeno da regiatildeo intra-bucal gerando
algumas desvantagens devido a morbidade do siacutetio doador podendo gerar dor
parestesias hematoma Como alternativa surgiu possibilidade de utilizaccedilatildeo de
biomateriais para reconstruccedilotildees maxilares no qual foi utilizado neste caso o Bio-
Oss e obteve um resultado excelente em relaccedilatildeo aacute formaccedilatildeo oacutessea formando
29
extensa regiatildeo de osso denso ao redor dos implantes Assim atraveacutes de uma
revisatildeo sistemaacutetica criacutetica de trabalhos cliacutenicos controlados randomizados
evidenciou que substitutos de ossos autoacutegenos podem ser utilizados obtendo
sucesso Concluindo assim que a colocaccedilatildeo de implantes concomitantes com
enxertias oacutesseas natildeo interferem no processo de reparo oacutesseo e nem na
estabilizaccedilatildeo dos implantes e mostrou-se um tratamento viaacutevel para o presente
caso cliacutenico
Souza et al (2010) realizaram uma revisatildeo da literatura das principais
aplicaccedilotildees e indicaccedilotildees dos enxertos de bancos de ossos na Odontologia Os
enxertos oacutesseos autoacutegenos satildeo eleitos como os de primeira escolha pela sua
eficiecircncia biosseguranccedila e facilidade de obtenccedilatildeo poreacutem apresentam algumas
desvantagens e limitaccedilotildees A utilizaccedilatildeo de homoenxertos provenientes de bancos
de ossos representa uma alternativa aos enxertos oacutesseos autoacutegenos e demonstra
ser uma ferramenta bastante uacutetil para a odontologia com a finalidade de regenerar o
tecido oacutesseo perdido dos maxilares Os autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de
homoenxertos provenientes de bancos de ossos demonstra ser uma ferramenta
bastante uacutetil para a odontologia com a finalidade de regenerar o tecido oacutesseo
perdido dos maxilares Faz-se necessaacuterio que mais bancos de coleta e preparo do
tecido oacutesseo sejam instalados nos hospitais para que esta opccedilatildeo torne-se viaacutevel e
acessiacutevel a um nuacutemero maior de serviccedilos que atuam com reconstruccedilotildees oacutesseas
Aloy-Proacutesper et al (2011) realizaram uma revisatildeo bibliograacutefica sobre
regeneraccedilatildeo oacutessea usando partiacuteculas de enxertos Foram avaliados os resultados
obtidos bem como as complicaccedilotildees de teacutecnicas cirurgircas e as taxas de
sobrevivecircncia e sucesso de implantes colocados nestas aacutereas regeneradas Foram
identificados 64 artigos dos quais 53 foram excluiacutedos em 14 casos de partiacuteculas de
enxerto foi combinado com o bloco de enxerto em quatro casos natildeo ocorreu
defeitos periimplantares durante a colocaccedilatildeo do implante Quanto agrave taxa de sucesso
dos implantes nem todos os estudos bem definidos utilizaram os criteacuterios de
sucesso tornando difiacutecil a comparaccedilatildeo Com base nos criteacuterios de sucesso de
Albrektsson houve uma taxa de sucesso de 932 dois anos apoacutes o carregamento
(857 na maxila superior e 100 na mandiacutebula) Quando os criteacuterios eram do
cortador e Ederer houve uma taxa de sucesso de 857 trecircs anos apoacutes o
carregamento A conclusatildeo dos autores foi de que enxertos de partiacuteculas satildeo
30
eficazes na correccedilatildeo localizada de defeitos do processo alveolar com poucas
complicaccedilotildees e a taxa de sucesso satildeo sempre elevadas variando de 875 a 100
Oliveira Diebold e Silva (2011) analisaram as estruturas da regiatildeo maxilar de
interesse na implantodontia por meio de imagens de tomografia computadorizada
buscando uma avaliaccedilatildeo qualitativa e quantitativa da densidade oacutessea Foram
utilizadas imagens de tomograacutefia computadorizada por raios X obtidas da regiatildeo
maxilar de 31 pacientes avaliados para a colocaccedilatildeo de implantes As regiotildees de
interesse analisadas (seio maxilar fossa nasal tuberosidade maxilar e foramem
naso-alveolar) foram delimitadas de modo semi-automaacutetico com o auxiacutelio da
ferramenta ldquoCell Outlinerrdquo pelo software ImageJ Essas regiotildees foram analisadas nos
cortes axiais cortes sagitais e coronais obtidos pelo TC e com o software A partir
da delimitaccedilatildeo das regiotildees de interesse (ROI) foram determinados os valores
meacutedios e desvio padratildeo do nuacutemero CT em HU (Hounsfield) O nuacutemero CT de uma
imagem tomograacutefica representa o valor de cada pixel que compotildee a imagem esta
relacionada com o coeficiente de atenuaccedilatildeo linear dos tecidos contidos em um voxel
correspondente Estes valores constituem-se em uma informaccedilatildeo importante tanto
para a avaliaccedilatildeo quantitativa das densidades oacutesseas como para a produccedilatildeo de uma
metodologia de realce das estruturas de interesse em implantodontia Com anaacutelise
dos dados obtidos para cada paciente nas estruturas analisadas foi observado que
as regiotildees do seio maxilar e a fossa nasal satildeo semelhantes mas estatisticamente
diferentes Estas satildeo regiotildees pneumaacuteticas que em consequumlecircncia da presenccedila do
ar possuem medidas de nuacutemero CT semelhantes a fossa nasal apresenta uma
estrutura mais irregular e obteve-se uma diferenccedila estatisticamente significativa
entre estas duas regiotildees estudadas O foramem naso-alveolar e a tuberosidade satildeo
regiotildees distintas porque a tuberosidade eacute um osso trabecular de densidades
heterogecircneas que possui a meacutedia do nuacutemero CT maior que a meacutedia do foramen
naso-alveolar que se trata de uma estrutura tubular de densidade homogecircnea para
passagem do feixe vasculo-nervoso Com a comparaccedilatildeo das estruturas analisadas
pelo meacutetodo ANOVA entre pacientes masculinos e femininos evidenciou-se que natildeo
existe diferenccedila estatisticamente significativa entre sexos As conclusotildees obtidas
neste trabalho mostraram que o nuacutemero CT eacute uma medida eficiente para
caracterizar estruturas do corpo humano Os dados obtidos com a anaacutelise das
meacutedias do nuacutemero CT de cada regiatildeo estudada nos permite caracterizar
separadamente cada regiatildeo
31
3 MATERIAS E MEacuteTODOS
O presente trabalho aborda a descriccedilatildeo de quatro casos cliacutenicos que foram
selecionados dos prontuaacuterios de pacientes enxertados submetidos agrave tomografia
computadorizada Cone Beam no periacuteodo preacute-enxerto e apoacutes o procedimento
ciruacutergico das cliacutenicas radiograacuteficas ldquoCliacutenica Odonto Imagem Radiologiardquo situada em
Balneaacuterio Camboriuacute (SC) e ldquoCliacutenica Radioimagemrdquo situada em Itajaiacute (SC)
Foram incluiacutedos no estudo os laudos radiograacuteficos de pacientes que atendem
as seguintes caracteriacutesticas pacientes de ambos os sexos com bom estado de
sauacutede geral idade de quarenta a setenta anos que foram submetidos a enxerto
oacutesseo em regiatildeo de maxila
Primeiramente foi realizada uma coleta de dados junto aos laudos
radiograacuteficos emitidos pelas cliacutenicas citadas Foram selecionados os casos e
posteriormente foi acessado agraves imagens tomograacuteficas dos pacientes
Os exames tomograacuteficos computadorizado de aquisiccedilatildeo volumeacutetrica (cone
beam) foram realizados atraveacutes de cortes parasagitais de espessura de 2mm e
distacircncia de 1 mm entre os cortes
Na segunda etapa foi efetuada a anaacutelise das tomografias observando as
imagens preacute e poacutes-ciruacutergicas simultaneamente nesse momento delimitou-se a aacuterea
do leito receptor e do material enxertado Utilizando o programa Planmeca Romexis
Viewer acessou-se as imagens fornecidas digitalmente analisando primeiramente
as imagens do leito receptor por meio de trecircs traccedilados (em planos perpendiculares)
realizados com o auxiacutelio da ferramenta denominada Linha Hounsfield que nos
fornece a densidade oacutessea do local traccedilado e uma meacutedia do mesmo Foi realizada
uma meacutedia aritmeacutetica simples dos trecircs traccedilados resultando uma meacutedia de
densidade oacutessea que foi enquadrada na escala O mesmo procedimento foi
realizado na aacuterea do material enxertado
Com a posse destes valores meacutedios comparou-se a densidade oacutesseo do leito
receptor com a densidade oacutessea do material enxertado
32
Os dados seratildeo divulgados atraveacutes de painel exposto no bloco de Odontologia
e apresentaccedilatildeo oral Uma coacutepia da pesquisa concluiacuteda seraacute enviada agraves Cliacutenicas
envolvidas na pesquisa
O projeto de pesquisa foi aprovado pela Comissatildeo de Eacutetica em Pesquisa
sobre o nuacutemero 44610
33
4 RESULTADOS
De acordo com a tabela a seguir podemos expressar de forma resumida os
resultados obtidos atraveacutes da pesquisa comparando os mesmos com a escala de
Misch
Paciente (P1) MS sexo feminino com idade de 49 anos apresentando bom
estado de sauacutede geral No dia 28 de outubro de 2009 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes (Figura 1)
34
Figura 1 Vista panoracircmica preacute-enxertia
A densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield
obteve os seguintes resultados Axial (Z) = 7650 Coronal (Y) = 5196 Sagital (X)
= 7818
No dia 29 de janeiro de 2010 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
homoacutegeno O material proveniente do Banco de Tecidos Muacutesculo Esqueleacuteticos HC-
UFPR consistia de um bloco cortical de Fecircmur medindo 30x20mm lote C0917 FD
BC 26 processado no dia 15 de julho de 2009 com validade de 5 anos conservado
a temperatura abaixo de -40ordmC O osso foi particulado e acrescido de lincomicina
No dia 19102010 foram realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da
densitometria oacutessea do material enxertado e obtiveram os seguintes resultados
Axial (Z) = 6590 Coronal (Y) = 4986 Sagital (X) = 2948 (Figura 2)
35
Figura 2 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
Paciente (P2) AWU sexo feminino com idade de 67 anos apresentando
bom estado de sauacutede geral no dia 29 de agosto de 2009 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes A
densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield obteve os
seguintes resultados Axial (Z) = 7104 Coronal (Y) = 7002 Sagital (X) = 10412
(Figura 3)
Figura 3 Vista panoracircmica preacute-enxertia
No dia 06 de novembro de 2009 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
36
homoacutegeno O material proveniente do Banco de Tecidos Muacutesculo Esqueleacuteticos HC-
UFPR consistia de um bloco cortical de Fecircmur medindo 30x20mm lote C0917 FD
BC 39 processado no dia 15 de julho de 2009 com validade de 5 anos conservado
a temperatura abaixo de -40ordmC O osso foi particulado e acrescido de lincomicina
Passado o periacuteodo de 10 meses apoacutes o procedimento ciruacutergico foram
realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da densitometria oacutessea do material
enxertado e obtiveram os seguintes resultados Axial (Z) = 6972 Coronal (Y) =
8138 Sagital (X) = 4984 (Figura 4)
Figura 4 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
Paciente (P3) IS sexo feminino com idade de 42 anos apresentando bom
estado de sauacutede geral no dia 13 de Novembro de 2007 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes A
densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield obteve os
seguintes resultados Axial (Z) = 4917 Coronal (Y) = 3481 Sagital (X) = 4207
(Figura 5)
37
Figura 5 Vista panoracircmica preacute-enxertia
No dia 26 de Novembro de 2007 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
autoacutegeno tendo como aacuterea doadora a regiatildeo de ramo mandibular
Passado o periacuteodo de 09 (nove) meses apoacutes o procedimento ciruacutergico foram
realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da densitometria oacutessea do material
enxertado e obtiveram os seguintes resultados Axial (Z) = 7176 Coronal (Y) =
5443 Sagital (X) = 5638 (Figura 6)
Figura 6 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
38
Paciente (P4) ATL sexo feminino com idade de 45 anos apresentando
bom estado de sauacutede geral no dia 18 de Agosto de 2009 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes A
densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield obteve os
seguintes resultados Axial (Z) = 6028 Coronal (Y) = 6681 Sagital (X) = 6397
(Figura 7)
Figura 7 Vista panoracircmica preacute-enxertia
No dia 09 de Outubro de 2009 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
autoacutegeno tendo como aacuterea doadora a regiatildeo de ramo mandibular
Passado o periacuteodo de 4 (quatro) meses apoacutes o procedimento ciruacutergico foram
realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da densitometria oacutessea do material
enxertado e obtiveram os seguintes resultados Axial (Z) = 8549 Coronal (Y) =
9340 Sagital (X) = 8624 (Figura 8)
39
Figura 8 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
40
5 DISCUSSAtildeO
Em Odontologia a tomografia computadorizada tem demonstrado ser o
meacutetodo de eleiccedilatildeo para a determinaccedilatildeo da densidade oacutessea na regiatildeo dos
maxilares pois fornece dados objetivos precisos da variaccedilatildeo da densidade oacutessea
entre diferentes regiotildees em um mesmo indiviacuteduo A tomografia computadorizada eacute o
uacutenico meacutetodo que permite avaliar osso cortical e medular separadamente com a
vantagem de que as informaccedilotildees tridimensionais satildeo apresentadas em uma seacuterie de
cortes finos da estrutura interna da parte estudada onde as informaccedilotildees resultantes
natildeo sofrem superposiccedilatildeo por estruturas anatocircmicas (SANTIAGO e VITRAL 2006)
Logo a tomografia computadorizada eacute um meacutetodo de escolha na avaliaccedilatildeo
qualitativa e quantitativa de enxertos em seio maxilar (ZEacuteTOLA et al 2002)
Bassi et al (2009) citaram que para o sucesso da reabilitaccedilatildeo com implantes
dentaacuterios eacute imprescindiacutevel que seja levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
rebordo residual e tambeacutem a qualidade de osso para a estabilidade do implante
Aleacutem disso o osso disponiacutevel (volume) deve ser avaliado em sua densidade
o que determinaraacute sua resistecircncia Densidade eacute a relaccedilatildeo entre a massa e o volume
de um corpo e o meacutetodo de avaliaccedilatildeo da densidade mineral oacutessea eacute denominado
densitometria As unidades de medidas mais empregadas satildeo gcmsup2 (densidade por
aacuterea) gcmsup3 (densidade por volume) ou HU (unidade Hounsfield) (CAUacuteLA
MACHADO BARBOSA 2000)
A densidade oacutessea eacute diretamente relacionada agrave resistecircncia do tecido oacutesseo
antes da fratura Uma diferenccedila de dez vezes na resistecircncia do tecido oacutesseo pode
ser observada entre o osso D1 e D4 O osso D2 exibe uma resistecircncia agrave
compressatildeo 47 a 68 maior se comparado com o D3 (MISCH 2000)
O osso com densidade 2 (D2) eacute uma combinaccedilatildeo de osso compacto denso
para poroso na porccedilatildeo externa e osso trabecular grosso na porccedilatildeo interna Na
superfiacutecie e nas proporccedilotildees laterais do implante oferece uma interface inicial riacutegida
A densidade oacutessea D2 eacute mais comumente encontrada na mandiacutebula A regiatildeo
anterior da mandiacutebula apresenta este tipo oacutesseo em 23 dos casos O osso com
densidade 3 (D3) eacute composto de uma cortical oacutessea fina na crista e osso trabecular
fino no interior Uma das desvantagens desse tipo oacutesseo eacute a delicadeza com a qual
esse osso deve ser manipulado Quanto menor for a densidade mais facilmente o
41
osso eacute expandido para que implantes sejam inseridos A regiatildeo anterior da maxila
apresenta em 65 dos casos o osso D3 e em quase metade dos casos o osso
D3 eacute encontrado tambeacutem na regiatildeo posterior da maxila O osso menos denso D4
tem sido relatado em aproximadamente 40 dos casos eacute encontrado na parte
posterior da maxila especialmente na regiatildeo dos molares ou apoacutes levantamento do
seio maxilar (CAUacuteLA MACHADO BARBOSA 2000 BUSCATTI 2003)
Em 1988 Misch realizou uma pesquisa tendo como base de estudos a escala
apresentada por Hounsfield que tem como objetivo a diferenciaccedilatildeo de densidades
de oacutergatildeos do corpo pela diferenccedila de tons de cinza atraveacutes da tomografia A partir
desta Misch propocircs uma nova escala o qual associou nuacutemeros aos tipos oacutesseos
relacionando numericamente os valores aos tipos oacutesseos
No periacuteodo preacute-enxertia foi verificado que em todos os casos estudados a
densidade presente na regiatildeo de leito receptor caracteriza osso tipo D3 Sendo esta
densidade compatiacutevel com a regiatildeo anterior e posterior da maxila
Apoacutes 10 meses dos enxertos homoacutegenos serem realizados (P1 e P2)
observou-se que a densidade em unidades HU diminuiu na maioria dos eixos
avaliados somente no eixo coronal da P2 que apresentou um leve aumento Apesar
desta variaccedilatildeo de valores natildeo houve mudanccedila da qualidade oacutessea Tanto o osso
neoformado quanto o do leito receptor mantiveram-se qualidade de osso D3
Nos casos onde o material de escolha foi osso autoacutegeno observou-se atraveacutes
da densidade em unidades HU aumento dos valores em todos os eixos avaliados
Entre os dois casos (P3 e P4) houve uma pequena diferenccedila entre os valores que
atraveacutes da escala proposta por Misch resultou na diferenccedila que no caso P3 o
material enxertado natildeo apresentou alteraccedilatildeo na qualidade em relaccedilatildeo agrave aacuterea
receptora Jaacute no caso P4 o material enxertado caracteriza-se como qualidade oacutessea
D2 Suponha-se que esta diferenccedila entre a densidade do material enxertado nestes
dois casos seja devido ao grau de condensaccedilatildeo do material na regiatildeo tamanho das
partiacuteculas e quantidade de material enxertado Os dados obtidos natildeo correspondem
a uma populaccedilatildeo em geral devido a pequena quantidade de amostras e se tratando
de um relato de caso cliacutenico
Pinto et al (2007) comenta que os enxertos autoacutegenos satildeo os uacutenicos entre os
tipos de enxerto oacutesseo a fornecer ceacutelulas oacutesseas vivas imunocompatiacuteveis
essenciais agrave fase I da osteogecircnese que eacute responsaacutevel pela proliferaccedilatildeo das ceacutelulas
oacutesseas em especial do osteoacuteide assim quanto mais ceacutelulas vivas forem
42
transplantadas mais tecido oacutesseo seraacute formado Kuabara et al (2000) concluiacuteram
que a pequena morbidade poacutes-operatoria da regiatildeo doadora do enxerto elege a
regiatildeo retromolar inferior como uma excelente opccedilatildeo ciruacutergica para reabilitaccedilatildeo de
pequenos defeitos oacutesseos Jaacute Cyriaco e Azevedo (2006) relatam que quando se
trata de enxertos menores as melhores aacutereas doadoras para regiatildeo oral seriam o
mento e a regiatildeo retromolar e para maiores quantidades a crista iliacuteaca a calota
craniana a costela e a tiacutebia
Pereira et al (2009) enxerto com osso autoacutegeno eacute considerado padratildeo ouro
para reconstruccedilatildeo de defeitos oacutesseos residuais Algumas teacutecnicas ciruacutergicas podem
ser realizadas abrangendo aacutereas doadoras extra e intrabucais dependendo do grau
de perda oacutessea planejamento ciruacutergico-proteacutetico e das condiccedilotildees gerais do
paciente O osso autoacutegeno cortical oferece excelente suporte estrutural para o siacutetio
receptor sendo uma excelente alternativa para segmentos de defeitos maiores que
5 ou 6 cm que requerem suporte estrutural imediato restabelecendo devidamente a
funccedilatildeo
Gonccedilalves (2008) concluiu que implantes instalados em enxertos de seio maxilar
com a ajuda de substitutos oacutesseos apresentam uma taxa de sucesso cliacutenico de
9009
O osso mais indicado para enxertia eacute o autoacutegeno pela sua eficiecircncia
bioseguranccedila e facilidade de obtenccedilatildeo e uma alternativa para sua substituiccedilatildeo eacute o
homoacutegeno por ter caracteriacutesticas a longo prazo semelhantes embora o iacutendice de
reabsorccedilatildeo ser maior (DEL VALE et al 2006 SOUZA et al 2010 GONCcedilALVEZ et
al 2009) O enxerto de osso homoacutelogo eacute uma alternativa viaacutevel para reconstruccedilatildeo
de rebordos alveolares severamente atroacuteficos ao mesmo tempo em que reduz a
morbidade e os riscos inerentes aos procedimentos de enxertos autoacutegenos como
dor parestesia e hematomas (MOLON et al 2009 PIFFER et al2010) Ele mostra-
se efetivo conforme Contar et al (2009) que realizou 51 implantes sobre enxerto
homoacutegeno alcanccedilando o torque miacutenimo de 40N(newton) em todos eles natildeo
havendo problema em nenhum implante em um periacuteodo de acompanhamento de 24
a 35 meses
Ajzen et al (2005) comenta do uso de fatores indutores como plasma rico em
plaquetas sugerindo uma melhor qualidade e quantidade oacutessea necessaacuteria para
reconstruccedilatildeo proteacutetica atraveacutes de implantes oacutesseo integrados A associaccedilatildeo do
bloco de osso homoacutegeno agrave medula oacutessea autoacuteloga parece representar uma
43
alternativa terapecircutica para se minimizar os niacuteveis de reabsorccedilatildeo dos materiais de
enxertia (COSTA et al 2009)
Faz-se necessaacuterio a coleta de mais casos para se obter um tratamento
estatiacutestico que possibilite uma comprovaccedilatildeo da previsibilidade da densidade oacutessea
com os materiais enxertados e variaccedilotildees de teacutecnicas ciruacutergicas
44
6 CONCLUSAtildeO
Conclui-se que o enxerto oacutesseo autoacutegeno e procedente de banco de ossos
demonstra-se eficaz na reabilitaccedilatildeo de pacientes que apresentam maxilas atroacuteficas
e que necessitam de implantes dentaacuterios para a reabilitaccedilatildeo proteacutetica
A densidade obtida do material enxertado eacute semelhante a densidade do
tecido oacutesseo adjacente necessitando de mais casos para esta comprovaccedilatildeo
45
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AJZEN S A et al Anaacutelise por tomografia computadorizada do enxerto autoacutegeno na cirurgia de sinus lift Radiol bras Rio de Janeiro v 38 n 1 p 25-31 janfev 2005 ALOY-PROacuteSPER A et al Bone regeneration using particulate grafts an update Med oral patol oral cir bucal Valencia v16 n2 p210-214 Mar 2011 ARAUacuteJO JMS de et al Enxerto oacutesseo bovino como alternativa para cirurgias de levantamento de assoalho de seio maxilar Rev cir traumatol buco-maxilo-fac Recife v9 n 3 p 89-96 julset 2009
BASSI A P F CARNEIRO G P Avaliaccedilatildeo do iacutendice de sucesso dos enxertos autoacutegenos e dos implantes instalados em regiatildeo do seio maxilar Implant News Satildeo Paulo v7 n2 p257-260 dez 2009
BLAY A TUNCHEL S SENDYK W R Viabilidade dos enxertos autoacutegenos obtidos com a utilizaccedilatildeo de coletores para osso estudo histoloacutegico e microbioloacutegico Pesqui Odontol Bras Satildeo Paulo v 17 n 3 p 234-40 julset 2003 BUSCATTI M Y Contribuiccedilatildeo para o estudo das densidades oacutesseas maxilomandibulares por meio da escala tomodensitomeacutetrica de Hounsfield quando da aplicaccedilatildeo de programa computadorizado para planejamento de implantes osseointegrados 2003 122f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Radiologia) - Faculdade de Odontologia da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2003 CAUacuteLA A L MACHADO F O de BARBOZA E P Densidade Oacutessea no planejamento em Implantodontia BCI Curitiba v 7 n 25 2000
CHEM RC et al Uso de retalho livre de fiacutebula no complexo bucomaxila-facial ndash Relato de dois casos Rev Cir Traumatol Buco-maxilo-fac Camaragibe v5 n4 p 23-30 outdez 2005 CONTAR C M M et al Maxillary ridge augmentation with fresh-frozen bone allografts J Oral Maxillofac Surg Copenhagen v67 n6 p1280-1285 June 2009 COSMO L A M et al Enxerto oacutesseo em levantamento de seio maxilar com osso humano fresco congelado ImplantNews Satildeo Paulo v 4 n 3 p 249-253 2007 COSTA C E S da et al Utilizaccedilatildeo de medula oacutessea autoacuteloga na integraccedilatildeo de enxertos oacutesseos homoacutelogos ImplantNews Satildeo Paulo v 6 n 4 p 395-402 2009
CYRIACO E AZEVEDO D Enxertos oacutesseos aplicados na cirurgia buccedilo-maxilo facial Cispre [on line] Petroacutepolis 27 jul 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcisprecombracervo_detalhesaspId=60gt Acesso em 20 abr 2011
DEL VALLE R A CARVALHO M L de GONZALEZ M R Estudo do comportamento de enxerto oacutesseo com material doador obtido dos bancos de tecidos muacutesculos-esqueleacuteticos Rev odontol Univ Cid Satildeo Paulo Satildeo Paulo v 18 n 2 p 189-194 maioago 2006
46
GARCIA JUacuteNIOR I R et al Avaliaccedilatildeo cliacutenica de enxertos oacutesseos autoacutegenos de crista iliacuteaca em maxilas atroacuteficas para instalaccedilatildeo de implantes oacutesseointegraacuteveis Innov implant j biomater esthet (Impr) Satildeo Paulo v 1 n 1 p 34-40 maio 2006 GONCcedilALVES A R de Q Avaliaccedilatildeo do sucesso de implantes osseointegraacuteveis em enxerto de seio maxilar RGO (Porto Alegre) Porto Alegre v 56 n 4 p 423-427 outdez 2008 GONCcedilALVES A O et al Avaliaccedilatildeo histomorfoloacutegica de maxilares humanos submetidos a enxerto oacutesseo autoacutegeno e homoacutegeno Implant News Satildeo Paulo v7 n2 p213-222 nov 2009
JAHN R S et al Retalho em dupla paacutegina Innov implant j biomater esthet Satildeo Paulo v 4 n 3 p 20-24 setdez 2009
KUABARA M R et al Levantamento de seio maxilar utilizando enxerto autoacutegeno da regiatildeo retromolar e simultacircnea colocaccedilatildeo de implantes ossointegrados Relato de caso cliacutenico ROBRAC Goiacircnia v 9 n 28 p 14-17 2000
MAZZONETTO R et al Avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de enxertos de siacutenfise mandibular na reconstruccedilatildeo de defeitos oacutesseos em regiatildeo anterior de maxila estudo por meio de tomografia convencional linear Rev bras implant Satildeo Paulo v 6 n 1 p 19-22 janmar 2000
MISCH C E et al Doaccedilatildeo de enxertos oacutesseos autoacutegenos extra orais para implantes endo oacutesseo In Implantes Dentaacuterios Contemporacircneos 2ordm ed Satildeo Paulo Santos 2000 cap 33 p 521-535 MOLON R S de et al Reconstruccedilatildeo de maxila atroacutefica utilizando enxerto oacutesseo homoacutegeno Rev Cir Traumatol Buco-Maxilo-fac Camaragibe v 9 n 4 p 25-30 outdez 2009 OLIVEIRA FILHO M A de et alReconstruccedilatildeo de defeito de continuidade em mandiacutebula com posterior reconstruccedilatildeo alveolar RGO (Porto Alegre) Porto Alegre v 55 n 3 p 305-310 julset 2007 OLIVEIRA H W de DIEBOLD E SILVA A M M da Avaliaccedilatildeo da regiatildeo maxilar em imagens de tc por raios x para o uso em implantodontia e cirurgia bucomaxilofaciaL Disponiacutevel em lthttpwwwpucrsbrunipoafisicapesquisasnimedartigosArtigo20Canal20CientEDficopdfgt Acesso em 20 de Junho de 2011 PEREIRA C C S et al Enxertos oacutesseos autoacutegenos mandibulares para reconstruccedilatildeo de processos alveolares atroacutefi cos revisatildeo e teacutecnica ciruacutergica Innov Implant J Biomater Esthet Satildeo Paulo v 4 n 3 p 96-102 setdez 2009 PICCINELLI L B et al Estudo retrospectivo de 59 pacientes tratados com enxertos oacutesseos autoacutegenos intrabucais e implantes dentais Innov Implant J Biomater Esthet Satildeo Paulo v 4 n 3 p 30-34 setdez 2009 PIFFER C S et al Levantamento de seio maxilar utilizando Bio-Oss concomitante com a instalaccedilatildeo de implantes ImplantNews Satildeo Paulo v 7 n 4 p 489-495 2010
47
PINTO J G S et al Enxerto autoacutegeno x biomateriais no tratamento de fraturas e deformidades faciais ndash uma revisatildeo de conceitos atuais RFO UPF Passo Fundo v 12 n 3 p 79-84 setdez 2007 RIBEIRO JUacuteNIOR O et al Princiacutepios da reconstruccedilatildeo mandibular com enxerto oacutesseo vascularizado Rev cir traumatol buco-maxilo-fac Recife v 8 n 1 p 15 ndash 22 janmar 2008 RODRIGUES A F VITRAL R W F Aplicaccedilotildees da Tomografia Computadorizada na Odontologia Pesq Bras Odontoped Clin Integr Joatildeo Pessoa v 7 n 3 p 317-324 setdez 2007 SANTIAGO R C VITRAL R W F Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da densidade mineral oacutessea e seu emprego na odontologia Pesq Bras Odontoped Clin Integr Joatildeo Pessoa v6 n3 p 289-294 setdez 2006 SILVEIRA A C G WASSALL T Anaacutelise da aacuterea doadora de enxerto mandibular por meio de tomografia computadorizada do feixe cocircnico para avaliaccedilatildeo da remodelaccedilatildeo oacutessea RGO (Porto Alegre) Porto Alegre v 57 n 1 p 61-65 janmar 2009 SOUSA J N L de et al Avaliaccedilatildeo dos enxertos homoacutegenos como substitutos aos enxertos autoacutegenos na fixaccedilatildeo de implantes osteointegrados uma revisatildeo sistemaacutetica da literatura Innov Implant J Satildeo Paulo v 4 n 3 p 54-57 setdez 2009 SOUZA D O et al Aplicaccedilotildees de enxertos de bancos de ossos em odontologia R Ci meacuted biol Salvador v 9 n 1 p 45-48 2010 SPIN-NETO R et al Tecido oacutesseo homoacutelogo para utilizaccedilatildeo em Odontologia Implant News Satildeo Paulo v7 n4 p555-560 dez 2009 TANAKA R et al Incorporaccedilatildeo dos enxertos oacutesseos em bloco processos bioloacutegicos e consideraccedilotildees relevantes Conscientia e sauacutede Satildeo Paulo v 7 n 3 p 323-327 2008 ZEacuteTOLA A L et al Reconstruccedilatildeo do seio maxilar atroacutefico com enxerto autoacutelogo de crista iliacuteaca avaliaccedilatildeo por tomografia computadorizada e radiografia panoracircmica Rev col bras cir Rio de Janeiro v 29 n 1 p 13-18 janfev 2002
5
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 6 2 REVISAtildeO DE LITERATURA 7 3 MATERIAIS E MEacuteTODOS 32 4 RESULTADOS 34 5 DISCUSSAtildeO 39 6 CONCLUSAtildeO 43
6
1 INTRODUCcedilAtildeO
Os implantes dentaacuterios estatildeo sendo usados em grande nuacutemero por pacientes
edecircntulos totais ou parciais Eles satildeo um excelente meacutetodo de tratamento para se
obter uma adequada reabilitaccedilatildeo bucal No entanto o seu sucesso depende de uma
quantidade miacutenima de tecido oacutesseo para a sua inserccedilatildeo com comprimento e
espessura seguros a fim de suportar as forccedilas mastigatoacuterias
A condiccedilatildeo de um remanescente oacutesseo miacutenimo para inserccedilatildeo do implante
nem sempre se faz presente por isso teacutecnicas de aumento de rebordo alveolar e de
levantamento de assoalho do seio maxilar tecircm sido desenvolvidas viabilizando
dessa forma a reabilitaccedilatildeo(AJZEN et al 2005)
A regeneraccedilatildeo do osso alveolar reabsorvido eacute um dos desafios atuais da
cliacutenica odontoloacutegica Existindo basicamente trecircs origens diferentes de osso a ser
enxertado osso autoacutegeno (autoacutelogo) homoacutegeno (homoacutelogo) osso heteroacutegeno
(heteroacutelogo) O osso autoacutegeno tem como origem o osso do proacuteprio paciente o osso
homoacutegeno tem origem da mesma espeacutecie (cadaacuteveres nos bancos de ossos) e o
osso heteroacutegeno tem como origem o osso de doador de outra espeacutecie (geralmente
bovina)
A partir da constataccedilatildeo da demanda atual dessa modalidade de reabilitaccedilatildeo oral
avaliou-se a qualidade do material de enxerto oacutesseo procedente de banco de ossos
(osso homoacutegeno) e osso autoacutegeno em situaccedilatildeo de implante dentaacuterio por meio da
tomografia computadorizada Cone Beam E dessa forma definir qual a indicaccedilatildeo do
material e atraveacutes de suas vantagens e desvantagens servir de auxiacutelio ao Cirurgiatildeo-
Dentista em sua praacutetica diaacuteria de implantodontia levando-o agrave seguranccedila e
confiabilidade em seus procedimentos
7
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
Cauacutela Machado e Barboza (2000) descreveram os diferentes tipos de
densidade oacutessea e sua influecircncia na Implantodontia A densidade do osso disponiacutevel
em um siacutetio edecircntulo tem influecircncia no planejamento do tratamento no design do
implante no tipo de cirurgia no tempo de cicatrizaccedilatildeo e na colocaccedilatildeo progressiva
de carga durante a reconstruccedilatildeo proteacutetica O osso pode ser classificado
macroscopicamente em quatro grupos de densidades diferentes do mais denso ao
menos denso compacto denso compacto poroso trabecular grosso e trabecular
fino O osso considerado como densidade 1 (D1) manteacutem sua forma e densidade
devido ao stress das inserccedilotildees musculares Sendo composto de osso lamelar
histoloacutegico eacute altamente mineralizado e capaz de suportar grandes cargas O osso
compacto denso tambeacutem apresenta algumas desvantagens que devem ser
consideradas O osso D1 eacute mais difiacutecil de ser preparado para receber implantes do
que qualquer outro tipo oacutesseo O osso com densidade 2 (D2) eacute uma combinaccedilatildeo de
osso compacto denso para poroso na porccedilatildeo externa e osso trabecular grosso na
porccedilatildeo interna Na superfiacutecie e nas proporccedilotildees laterais do implante oferece uma
interface inicial riacutegida A densidade oacutessea D2 eacute mais comumente encontrada na
mandiacutebula A regiatildeo anterior da mandiacutebula apresenta este tipo oacutesseo em 23 dos
casos O osso com densidade 3 (D3) eacute composto de uma cortical oacutessea fina na
crista e osso trabecular fino no interior Uma das desvantagens desse tipo oacutesseo eacute a
delicadeza com a qual esse osso deve ser manipulado Quanto menor for a
densidade mais facilmente o osso eacute expandido para que implantes sejam inseridos
A regiatildeo anterior da maxila apresenta em 65 dos casos o osso D3 e em quase
metade dos casos o osso D3 eacute encontrado tambeacutem na regiatildeo posterior da maxila
O osso com densidade 4 (D4) eacute um osso trabecular fino cuja cortical oacutessea eacute
miacutenima ou nenhuma A necessidade da altura maacutexima de osso disponiacutevel eacute maior
em D4 do que em outros tipos oacutesseos para aumentar a superfiacutecie de contato
ossoimplante O tempo de cicatrizaccedilatildeo deve ultrapassar os 6 meses como
preconizado nos protocolos existentes O osso menos denso D4 tem sido relatado
em aproximadamente 40 dos casos eacute encontrado na parte posterior da maxila
especialmente na regiatildeo dos molares ou apoacutes levantamento do seio maxilar Os
autores concluiacuteram que dependendo da localizaccedilatildeo e do tempo pelo qual uma aacuterea
8
permaneceu edecircntula sua densidade seraacute variaacutevel Poreacutem existem aacutereas onde os
tipos oacutesseos satildeo mais comumente encontrados D1 eacute encontrado em mandiacutebula
anterior atroacutefica D2 eacute encontrado em regiatildeo de mandiacutebula anterior mandiacutebula
posterior e maxila anterior D3 eacute encontrado em regiatildeo de maxila anterior maxila
posterior e mandiacutebula posterior e D4 eacute encontrado em regiatildeo de maxila posterior
Kuabara et al (2000) apresentaram um caso cliacutenico de reabilitaccedilatildeo oral por
meio de cirurgia avanccedilada em implantologia destacando a teacutecnica ciruacutergica para
elevaccedilatildeo do seio maxilar usando um enxerto oacutesseo da regiatildeo retromolar da
mandiacutebula Todo procedimento ciruacutergico foi realizado sob anestesia local e
medicaccedilatildeo previamente agrave cirurgia O enxerto foi removido da regiatildeo retromolar da
mandiacutebula aacuterea onde encontra-se maior quantidade de osso cortical e pouca
medular Apoacutes anestesia local por bloqueio regional e complementar a incisatildeo foi
realizada na base do ramo da mandiacutebula seguindo pela linha obliqua ateacute a regiatildeo de
1ordm molar inferior Foi realizado o deslocamento do retalho muco-periostal e o tecido
oacutesseo foi exposto a ostectomia foi realizada com brocas e cinzeacuteis provocando uma
fratura do fragmento Enquanto as perfuraccedilotildees dos implantes eram confeccionadas
o enxerto foi particulado e colocado no interior da cavidade sinusal em sua porccedilatildeo
medial seguindo-se a colocaccedilatildeo dos implantes e posterior preenchimento da
cavidade com osso triturado Passado o periacuteodo de seis meses foi iniciada a fase
proteacutetica Os autores concluiacuteram que a pequena morbidade poacutes-operatoacuteria da
regiatildeo doadora do enxerto elege a regiatildeo retromolar inferior como uma excelente
opccedilatildeo ciruacutergica para reabilitaccedilatildeo de pequenos defeitos oacutesseos A enxertia oacutessea no
interior da cavidade sinusal provou ser uma alternativa eficiente para reabilitar a
regiatildeo posterior de maxila onde a colocaccedilatildeo de implantes osseointegrados eacute
limitada pela quantidade oacutessea remanescente
Mazzonetto et al (2000) avaliaram o aumento em espessura oacutessea apoacutes a
realizaccedilatildeo de enxerto autoacutegeno obtido da regiatildeo de siacutenfise mandibular em regiatildeo
anterior de maxilas com grandes reabsorccedilotildees oacutesseas de pacientes que
necessitavam de reabilitaccedilatildeo por meio de implantes osseointegrados Seis pacientes
apresentando perdas dentaacuterias e defeitos oacutesseos na regiatildeo anterior de maxila foram
submetidos agrave reconstruccedilatildeo alveolar utilizando enxerto autoacutegeno da regiatildeo da siacutenfise
mandibular com o objetivo de restabelecer a espessura oacutessea para posteriormente
serem reabilitados com implantes Foram realizadas radiografias intrabucais
9
panoracircmica e tomografia convencional linear no exame inicial para avaliar a aacuterea
maxilar e determinar se a aacuterea doadora ou seja a siacutenfise mandibular apresentava
osso suficiente para reconstruir o defeito Realizada a cirurgia apoacutes 4 meses foi feito
outro procedimento ciruacutergico reabrindo a aacuterea para remoccedilatildeo dos parafusos Passado
um periacuteodo de 6 meses da realizaccedilatildeo do enxerto cada paciente foi submetido a
novo exame tomograacutefico convencional linear tomada esta que foi realizada de
maneira padronizada com a primeira Foram realizadas medidas do ganho oacutesseo
pela anaacutelise das tomografias preacute e poacutes-operatoacuterias dos pacientes Foi traccedilada uma
linha no longo eixo do rebordo a partir do ponto mais alto da crista A partir desta
projetou-se uma linha perpendicular a 5 mm de distacircncia da porccedilatildeo mais oclusal
sobre a qual foi medida a distacircncia entre as duas corticais vestibular e lingual Dos 6
pacientes analisados foram obtidas 12 medidas comparativas Em 3 das medida
natildeo foram obtidos os resultados desejados devido agrave reabsorccedilatildeo do enxerto
Portanto 75 das aacutereas avaliadas obtiveram aumento em espessura suficientes
para a colocaccedilatildeo de implantes As observaccedilotildees cliacutenicas e radiograacuteficas das aacutereas
enxertadas demonstraram ganho oacutesseo em altura e em largura indicando que o
enxerto retirado da siacutenfise mandibular eacute uma aIternativa viaacutevel para a reconstruccedilatildeo
de defeitos alveolares a maxila anterior onde seratildeo colocados implantes A aacuterea da
siacutenfise mandibular tem muitas vantagens em relaccedilatildeo a outros locais doadores
Misch et al (2000) apoacutes realizar uma revisatildeo de literatura verificou a
importacircncia da densidade oacutessea no sucesso do implante osseointegrado e
apresentou uma atualizaccedilatildeo de sua classificaccedilatildeo oacutessea de 1988 acrescentando o
tipo oacutesseo D5 o qual associou nuacutemeros aos tipos oacutesseos relacionando
numericamente os valores aos tipos oacutesseos
10
Zeacutetola et al (2002) investigaram a neoformaccedilatildeo oacutessea de enxerto autoacutelogo
medular natildeo vascularizado de crista iliacuteaca para seio maxilar atroacutefico por meio de
uma avaliaccedilatildeo comparativa da precisatildeo entre a Tomografia Computadorizada (TC) e
a radiografia panoracircmica Foram selecionados 14 pacientes submetidos a 25
enxertos de crista iliacuteaca natildeo vascularizados sendo eles 9 do sexo feminino e 5 do
sexo masculino tendo como meacutedia de idade de 443 anos O criteacuterio de inclusatildeo foi
a altura residual menor que 5mm entre o rebordo gengival e o soalho antral
(medidos comparativamente pela tomografia computadorizada e radiografia
panoracircmica) e todos pacientes eram edentados uni ou bilateralmente A parede
lateral do seio maxilar foi exposta totalmente para a confecccedilatildeo de uma janela oval
com tamanho aproximado de 15 a 25mm feita com broca esfeacuterica diamantada
nuacutemero seis sendo preservada a integridade da mucosa antral que foi totalmente
rebatida sendo exposta a cuba e parede medial do antro maxilar O fragmento
oacutesseo da crista iliacuteaca autoacutegena foi colocado perpendicularmente agrave parede lateral da
maxila isolando o compartimento superior do seio Jaacute no inferior foi empregado osso
medular autoacutegeno fragmentado isolado ou misturado com hidroxiapatita (HA) que foi
recoberto pelo retalho mucoperiostal suturado com fio reabsorviacutevel de poligalactina
40 em sutura simples Para a avaliaccedilatildeo quantitativa e qualitativa poacutes-operatoacuteria
foram empregadas a radiografia panoracircmica e a tomografia computadorizada Foi
utilizado o teste de meacutedias atraveacutes da distribuiccedilatildeo t de Student para anaacutelise das
varianccedilas com a prevalecircncia de 005 para os dois grupos de imagens Na avaliaccedilatildeo
qualitativa houve consenso dos observadores nos dois grupos de exames (RX
panoracircmico e TC) e para a imagem panoracircmica (RP) o conceito foi regular e para a
tomografia boa Com relaccedilatildeo agrave anaacutelise quantitativa houve consenso na tomografia
11
computadorizada e para a radiografia panoracircmica a diferenccedila foi miacutenima entre os
observadores sem significado O ganho meacutedio foi de 148mm em todos os
procedimentos com erro maior que 3mm em 16 procedimentos (64) Os autores
concluiacuteram que a tomografia computadorizada foi o meacutetodo de escolha na avaliaccedilatildeo
qualitativa e quantitativa da incorporaccedilatildeo de enxerto autoacutelogo natildeo vascularizado em
seio maxilar atroacutefico
Blay Tunchel e Sendyk (2003) avaliaram a viabilidade microbioloacutegica e
histoloacutegica de tecido oacutesseo que ateacute a data tem sido ignorado em oacutesseos integrados
em cirurgias de implante Foram selecionados trinta pacientes sendo 13 homens e
17 mulheres com meacutedia de idade de 54 anos estando em bom estado de sauacutede
geral Os criteacuterios de seleccedilatildeo foram pacientes com perda de um ou mais elementos
dentaacuterios e com atrofia alveolar moderada Foi adotada uma teacutecnica baseada no uso
de coletores de osso para a obtenccedilatildeo de material oacutesseo autoacutegeno sem ter que
envolver um segundo (intra-oral ou extra-oral) aacuterea ciruacutergica para a obtenccedilatildeo de
osso autoacutegeno As amostras foram obtidas durante o processo de perfuraccedilatildeo do
osso alveolar utilizando dois tipos de coletores de ossos especiais As mesmas
foram utilizadas para o preenchimento de falha oacutessea Uma pequena amostra do
material coletado foi enviado para anaacutelise microbioloacutegica e histoloacutegica Os retalhos
foram fechados com Donath thread tipo de cirurgia e suturas simples individual
Apoacutes o periacuteodo de 6 a 8 meses foi realizada a reabertura na aacuterea da instalaccedilatildeo dos
implantes e realizado bioacutepsias na aacuterea de deiscecircncia para fornecer pequenos
fragmentos de ossos para anaacutelise histoloacutegica Para analise microbiana as amostras
foram transportadas em meio de tioglicolato e incubados por 24 horas a uma
temperatura de 36 plusmn 1 ordm C em condiccedilotildees aeroacutebias e anaeroacutebias a fim de avaliar a
presenccedila de contaminaccedilatildeo bacteriana As bacteacuterias encontradas nas amostras natildeo
apresentaram patogenicidade ou virulecircncia suficiente para prejudicar o enxerto ou
implante de forma alguma A avaliaccedilatildeo histoloacutegica das amostras mostrou que
mesmo em um estado de partiacuteculas a estrutura oacutessea foi bem preservada contendo
um grande nuacutemero de osteoacutecitos no interior da matriz calcificada sugerindo que a
viabilidade do tecido oacutesseo era mantida No periacuteodo de segunda fase mostraram
uma estrutura oacutessea histoloacutegica semelhante agrave do osso secundaacuterio Os autores
concluiacuteram que clinicamente assim como histologicamente o meacutetodo de coleta foi
capaz de preservar as ceacutelulas com capacidade de induccedilatildeo oacutessea
12
Buscatti (2003) avaliou as densidades oacutesseas das porccedilotildees medulares e
corticais maxilomandibulares por meio da escala tomodensitomeacutetrica de Hounsfield
utilizada nos exames de tomografia computadorizada A amostra foi composta por
12 pacientes de ambos os sexos Em cada aacuterea foi realizada a mensuraccedilatildeo da
densidade oacutessea por meio de uma ferramenta especiacutefica onde se avaliou a
qualidade oacutessea das corticais vestibular lingual ou palatina da base da mandiacutebula
ou assoalho do seio maxilarfossa nasal e da regiatildeo central do trabeculado oacutesseo
Para cada aacuterea foi mensurado o valor meacutedio de densidade e seu desvio padratildeo
Para a anaacutelise estatiacutestica dividiram-se os dados em dois grupos o primeiro com as
aacutereas correspondentes agrave regiatildeo anterior dos arcos e o segundo para a regiatildeo
posterior Para cada arco foi obtido 6 valores de densidade oacutessea para a porccedilatildeo
medular e cada cortical oacutessea da a regiatildeo anterior e 10 valores para a regiatildeo
posterior Uma anaacutelise inicial dos valores tomodensitomeacutetricos de Hounsfield (escala
Hounsfield) obtidos nesse presente estudo mostra de maneira geral que a
densidade oacutessea quando analisada sem distinccedilatildeo de gecircnero arco ou regiatildeo
apresenta-se na meacutedia maior na cortical oacutessea do que na porccedilatildeo medular situaccedilatildeo
constante em todas as anaacutelises realizadas durante esse estudo e cujo valor era
esperado devido ao maior grau de mineralizaccedilatildeo da cortical em relaccedilatildeo agrave medular
oacutessea O autor concluiu que quando da anaacutelise das densidades oacutesseas nos gecircneros
masculino e feminino natildeo houve diferenccedila estatisticamente significante para seus
valores tanto nas corticais quanto na porccedilatildeo medular A anaacutelise das densidades
oacutesseas em funccedilatildeo das regiotildees anatocircmicas (anterior e posterior) demonstrou
diferenccedila estatisticamente significante entre elas para os valores da porccedilatildeo medular
Em relaccedilatildeo aos arcos (superior e inferior) houve diferenccedila estatisticamente
significante entre eles para os valores das corticais vestibular lingual ou palatina e
base da mandiacutebula ou assoalho do seio maxilarfossa nasal
Ajzen et al (2005) quantificaram por meio da TC a formaccedilatildeo oacutessea nos
enxertos realizados apenas com osso autoacutegeno e nos enxertos com osso autoacutegeno
e plasma rico em plaquetas (PRP) obtido pelos meacutetodos de centrifugaccedilatildeo e afeacuterese
comparando seis meses depois os trecircs tipos de enxertos realizados Este estudo
utilizou como amostra 34 pacientes adultos de ambos os sexos (sete do sexo
masculino e 28 do sexo feminino) sem distinccedilatildeo de raccedila com idades entre 23 e 65
anos idade meacutedia de 48 anos e 8 meses que foram previamente avaliados por
radiografias panoracircmicas A avaliaccedilatildeo constou dos seguintes itens pneumatizaccedilatildeo
13
unilateral ou bilateral dos seios maxilares relacionada agraves perdas dentaacuterias e que
necessitavam de enxertos oacutesseos Nestes 34 pacientes foram operados 53 seios
maxilares sendo a amostra dividida em trecircs grupos grupo afeacuterese pacientes que
receberam enxerto de osso autoacutegeno e PRP obtido pelo meacutetodo de afeacuterese grupo
centriacutefuga pacientes que receberam enxerto de osso autoacutegeno e PRP obtido pelo
meacutetodo de centrifugaccedilatildeo e grupo osso autoacutegeno pacientes que receberam enxerto
apenas de osso Foram realizados exames preacute-operatoacuterios radiograacuteficos radiografia
periapical radiografia panoracircmica e TC Esses exames foram repetidos seis meses
apoacutes a intervenccedilatildeo ciruacutergica para a avaliaccedilatildeo da quantificaccedilatildeo oacutessea cortical e
medular da regiatildeo enxertada Para analisar o crescimento oacutesseo obtiveram-se as
meacutedias e os desvios-padratildeo (que mede a variabilidade dos dados) para a altura e a
largura considerando os trecircs grupos (afeacuterese centriacutefuga e osso autoacutegeno) e as
diferenccedilas entre as medidas finais e iniciais Para verificar se existe diferenccedila
significativa entre os crescimentos meacutedios foi feita a anaacutelise de variacircncia para
medidas repetidas (ANOVA) O niacutevel de significacircncia (p) foi fixado em um valor
menor ou igual a 005 (5) para a rejeiccedilatildeo da hipoacutetese de nulidade Pela avaliaccedilatildeo
da TC houve crescimento do remanescente oacutesseo em altura nos trecircs grupos
quando comparados os momentos inicial e final do experimento Natildeo houve
diferenccedila estatiacutestica para a altura (p= 0078) e para a largura (p = 0556) Os autores
concluiacuteram que apesar dos resultados natildeo serem estatisticamente significantes
evidecircncias cliacutenicas tecircm mostrado a eficaacutecia dos enxertos de osso autoacutegeno
principalmente aqueles associados a fatores indutores de crescimento oacutesseo como
o PRP alterando a altura e a largura necessaacuterias para a reconstruccedilatildeo proteacutetica do
arcabouccedilo maxilofacial atraveacutes de implantes osteointegrados porque na
odontologia atual busca-se cada vez mais devolver aos pacientes edecircntulos a sua
capacidade mastigatoacuteria e esteacutetica e consequumlentemente promovendo a integridade
dos vaacuterios elementos que compotildeem o sistema estomatognaacutetico
Chem et al (2005) afirmaram que a falta de tecido oacutesseo deve ser reparada
Situaccedilotildees como estas deixam os pacientes carentes fisiologicamente
esteticamente e psicologicamente Este trabalho iraacute relatar a teacutecnica de retalho livre
de fiacutebula para reconstruccedilatildeo da mandiacutebula e da maxila Foram realizados
atendimentos a dois pacientes pelo Serviccedilo de Cirurgia e Traumatologia Buco-
maxilo-facial do Complexo Hospitalar da Santa Casa de Misericoacuterdia de Porto
14
Alegre Possiacuteveis complicaccedilotildees podem se justificar pela maacute fixaccedilatildeo do retalho aos
cotos ou pela insuficiecircncia vascular Nos dois casos relatados o retalho foi fixado
aos cotos com placas e parafusos de forma a apresentar imobilidade obtendo-se
dessa forma a regeneraccedilatildeo entre os tecidos O retalho livre de fiacutebula ou enxerto
vascularizado caracteriza-se por ser um enxerto autoacutegeno segmentado e removido
da aacuterea doadora tendo sua vascularizaccedilatildeo preservada a fim de nutrir esse tecido
quando no leito receptor a partir da sua anastomose com o sistema vascular da
regiatildeo receptora O retalho de fiacutebula eacute o mais frequumlentemente pois esse retalho
fornece o maior montante de tecido oacutesseo entre todos os retalhos oacutesseos e causa
pouca morbidade na aacuterea doadora Os autores concluiacuteram que o emprego de
enxertos oacutesseos vascularizados em reconstruccedilotildees da face gera bons resultados
esteacuteticos e funcionais Pois os dois casos relatados os enxertos apresentaram
sucesso agrave observaccedilatildeo imediata e longitudinal alcanccedilando-se resultados esteacuteticos e
funcionais satisfatoacuterios
Cyriaco e Azevedo (2006) analisaram e revisaram a utilizaccedilatildeo do enxerto
oacutesseo em suas vaacuterias formas autoacutelogo homoacutelogo e heteroacutelogo descalcificado e
vascularizado na reparaccedilatildeo de falha oacutessea aleacutem das principais caracteriacutesticas
pertinentes a cada tipo buscando com isso um melhor direcionamento na sua
utilizaccedilatildeo Segundo diversos autores haacute disponiacuteveis opccedilotildees doadoras de enxertos
vascularizados como calota craniana fiacutebula costela escaacutepula crista iliacuteaca e raacutedio
Suas vantagens estatildeo nos iacutendices elevados de sucesso e a chance de fazecirc-lo em
pacientes irradiados ou que passaraacute por seccedilotildees de radioterapia como ocorre na
retirada de tumores malignos Quando se trata de enxertos menores as melhores
aacutereas doadoras para regiatildeo oral seriam o mento e a regiatildeo retromolar e para
maiores quantidades a crista iliacuteaca a calota craniana a costela e a tiacutebia A calota
craniana e osso iliacuteaco satildeo vantajosos por ter um grande volume de tecido oacutesseo no
que se refere agraves aacutereas doadoras externas sendo indicadas para a correccedilatildeo de
grandes defeitos oacutesseos De acordo com a pesquisa foi possiacutevel concluir que as
melhores aacutereas doadoras intrabucais satildeo o mento a regiatildeo retromolar e a
tuberosidade da maxila e que as aacutereas doadoras externas possiacuteveis satildeo a crista
iliacuteaca e a calota craniana
Del Valle et al (2006) tiveram como objetivo comparar o enxerto homoacutegeno
com o enxerto autoacutegeno nas cirurgias reconstrutivas de maxila com finalidade
implantodocircntica atraveacutes de um relato de caso cliacutenico Neste caso o paciente
15
apresentava ausecircncia dos elementos 11 e 12 com migraccedilatildeo mesial dos elementos
13 e 21 Atraveacutes do exame cliacutenico foi verificado falta de espessura do rebordo
alveolar na regiatildeo resultado da perda da taacutebua oacutessea vestibular por ocasiatildeo da
exodontia Foram realizados exames radiograacuteficos de regiatildeo panoracircmica periapical
Foi constatado pouca espessura palato-vestibular do rebordo oacutesseo na regiatildeo dos
dentes 11 e 12 contra-indicando a colocaccedilatildeo de implante dentaacuterio por risco de
fenestraccedilatildeo vestibular Com isto o tratamento indicado foi enxertia oacutessea utilizando
osso homoacutegeno bicortical com medular interna retirado da crista do osso iliacuteaco
medindo 27x17x9 milimetros e recebido os antibioacuteticos Vancomicina e Polimixina B
Foi feito o deslocamento muco-periostal do retalho esculpido o bloco oacutesseo e
adaptado ao leito receptor Para realizar a fixaccedilatildeo foi feito perfuraccedilotildees oacutesseas no
leito receptor com brocas esfeacutericas laminadas e imobilizados com 2 parafusos de
15mm de diacircmetros e 11mm de comprimento promovendo um enxerto do tipo
onlay Todo enxerto foi recoberto com osso particulado do mesmo bloco
amalgamado ao plasma rico em plaquetas e suturado Apoacutes passar 3 meses da
cirurgia houve exposiccedilatildeo do parafuso de osteossiacutentese de posiccedilatildeo mais cervical e
na sua remoccedilatildeo constatamos a formaccedilatildeo de tecido fibroso entre o fragmento
enxertado e o leito receptor somente nessa regiatildeo tendo sido removido Apoacutes 5
meses da enxertia foi colocado implantes e recoberto com membrana oacutessea
reabsorviacutevel por ter havido fenestraccedilatildeo oacutessea cervical Os autores apoacutes relatar o
caso concluiacuteram que o osso mais indicado para enxertia eacute o autoacutegeno e uma
alternativa para sua substituiccedilatildeo eacute o homoacutegeno por ter caracteriacutesticas a longo prazo
semelhantes embora o iacutendice de reabsorccedilatildeo eacute maior entretanto relataram que eacute
necessaacuterios maiores estudos principalmente de aacutereas doadoras utilizadas para
enxertias
Garcia Juacutenior et al (2006) avaliaram clinicamente os enxertos oacutesseos
retirados da crista do osso iliacuteaco para reconstruccedilatildeo total de maxilas atroacuteficas e
posterior instalaccedilatildeo de implantes oacutesseointegraacuteveis Foram selecionados doze
pacientes no qual foram submetidos agrave cirurgia de enxerto oacutesseo na maxila
utilizando-se fragmentos oacutesseos removidos da porccedilatildeo anterior da crista iliacuteaca A
meacutedia de idade dos pacientes era de 495 anos sendo 3 do sexo masculino e 12
eram do sexo feminino O tempo de espera para a cirurgia de instalaccedilatildeo de
implantes variou de 5 a 6 meses apoacutes enxerto oacutesseo Na reabertura do enxerto para
instalaccedilatildeo dos implantes oacutesseointegrados foram realizadas as avaliaccedilotildees cliacutenicas
16
dos enxertos oacutesseos Os resultados mostraram que em todos os casos houve ganho
oacutesseo no rebordo alveolar e tambeacutem uma melhora no perfil facial e o contorno labial
dos pacientes Os autores concluiacuteram que o enxerto oacutesseo retirado do osso iliacuteaco eacute
uma alternativa viaacutevel para reconstruccedilotildees de maxilas atroacuteficas tambeacutem que houve
melhora cliacutenica significativa quanto ao volume oacutesseo em altura e largura do rebordo
alveolar e que em todos os casos foram possiacuteveis a instalaccedilatildeo de implantes
oacutesseointegraacuteveis
Santiago e Vitral (2006) analisaram os meacutetodos de avaliaccedilatildeo da densidade
mineral oacutessea (DMO) e seu emprego na odontologia com o objetivo de descrever os
diferentes meacutetodos empregados bem como avaliar a relevacircncia em se determinar a
densidade oacutessea no planejamento e sucesso de tratamentos odontoloacutegicos
especiacuteficos Foi feita uma revisatildeo de literatura onde abordaram as teacutecnicas de
densitometria oacutessea e como eacute feita a avaliaccedilatildeo da densidade oacutessea em odontologia
Diversos satildeo os meacutetodos para se avaliar a densidade mineral oacutessea tanto na aacuterea
meacutedica quanto em Odontologia A questatildeo sobre qual a melhor teacutecnica e a melhor
regiatildeo para se avaliar a DMO de cada individuo parece ainda natildeo ter resposta
Entretanto o que se sabe eacute que dentre as diferentes teacutecnicas disponiacuteveis diferentes
vantagens e desvantagens satildeo apresentadas Em Odontologia a tomografia
computadorizada tem demonstrado ser o meacutetodo de eleiccedilatildeo para a determinaccedilatildeo da
densidade oacutessea na regiatildeo dos maxilares pois fornece dados objetivos precisos da
variaccedilatildeo da densidade oacutessea entre diferentes regiotildees em um mesmo indiviacuteduo
permitindo dessa forma correlacionar positivamente os valores encontrados com a
qualidade oacutessea descrita subjetivamente Aleacutem disso a tomografia computadorizada
eacute o uacutenico meacutetodo que permite avaliar osso cortical e medular separadamente
Cosmo et al (2007) relataram um caso cliacutenico com avaliaccedilatildeo radiograacutefica e
histoloacutegica da utilizaccedilatildeo de osso humano fresco congelado em procedimento de
elevaccedilatildeo do assoalho do seio maxilar A paciente CAR 47 anos compareceu agrave
Cliacutenica Odontoloacutegica da Faculdade de Odontologia da Universidade de Santo Amaro
- Unisa para avaliaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo da arcada superior posterior esquerda com a
utilizaccedilatildeo de implantes endoacutesseos Os exames de imagem demonstraram haver
rebordo residual com menos de 6 mm de altura remanescente tendo sido indicada agrave
paciente a reabilitaccedilatildeo oacutessea bilateral atraveacutes da teacutecnica de levantamento do
assoalho do seio maxilar com enxerto de osso aloacutegeno fresco congelado
proveniente de banco de tecidos musculoesqueleacuteticos Apoacutes seis meses da cirurgia
17
foi realizada abertura para instalaccedilatildeo dos implantes tendo sido colhido fragmento
oacutesseo que foi enviado para anaacutelise histoloacutegica Frente ao apresentado conclui-se
que o material de enxertia proveniente de banco de ossos humanos (enxerto
aloacutegeno fresco congelado) proporciona em cirurgias de levantamento de seio
maxilar um adequado volume oacutesseo para futura instalaccedilatildeo de implantes A anaacutelise
histoloacutegica do enxerto incorporado evidencia a vitalidade do mesmo Material deve
ser adquirido em banco de tecidos regularizados pelo Ministeacuterio da Sauacutede A
possibilidade de transmissatildeo de doenccedilas pela utilizaccedilatildeo do material eacute de baixa
magnitude
Oliveira Filho et al (2007) apresentaram um caso cliacutenico de trauma facial com
perda oacutessea na regiatildeo anterior da mandiacutebula que foi tratado com teacutecnicas de
reconstruccedilatildeo em duas fases primeiramente a parte basilar da mandiacutebula
posteriormente a parte alveolar permitindo a reabilitaccedilatildeo atraveacutes de implantes
osseointegrados O paciente deu entrada no pronto socorro do Hospital Universitaacuterio
Evangeacutelico de Curitiba viacutetima de trauma localizado nas regiotildees submandibular e
cervical alta Em um primeiro momento foi realizado o tratamento ciruacutergico para
fixaccedilatildeo intermaxilar riacutegida trans-operatoacuteria e estabilizaccedilatildeo da mandiacutebula com uma
placa de reconstruccedilatildeo em titacircnio Apoacutes trecircs meses do procedimento foi realizada a
reconstruccedilatildeo mandibular utilizando enxerto em bloco tomado da crista do osso
iliacuteaco Este tempo ciruacutergico teve a preocupaccedilatildeo de reconstruir apenas a parte basilar
da mandiacutebula devido a falta de tecidos moles na regiatildeo traumatizada Em um
segundo momento foi realizada enxertia com bloco tomado da crista do osso iliacuteaco
para reconstruccedilatildeo alveolar da mandibular Seis meses apoacutes o procedimento de
reconstruccedilatildeo alveolar cliacutenica e radiograficamente houve uma boa integraccedilatildeo do
enxerto sem a ocorrecircncia de reabsorccedilatildeo oacutessea significativa Foi criado um rebordo
alveolar adequado permitindo a instalaccedilatildeo de trecircs implantes na regiatildeo enxertada
Os autores concluiacuteram que o enxerto de oacutesseo autoacutegeno pode ser uma alternativa
vaacutelida na aplicaccedilatildeo como meio de reconstruccedilatildeo de defeitos oacutesseos que comprometa
a porccedilatildeo alveolar e basal da mandiacutebula mas uma anaacutelise mais detalhada eacute
necessaacuteria para que possa definir de forma mais abrangente os possiacuteveis riscos e
complicaccedilotildees da teacutecnica utilizada
Pinto et al (2007) confrontaram a utilizaccedilatildeo do enxerto autoacutegeno para
reconstruccedilatildeo das sequumlelas de fraturas faciais comparando-o com outros
18
biomateriais atualmente disponiacuteveis discutindo as melhores indicaccedilotildees e os toacutepicos
mais atuais relativos a esses materiais As propriedades de um material ideal para
enxerto oacutesseo satildeo ser quimicamente inerte biocompatiacutevel natildeo aleacutergico natildeo
canceriacutegeno ser totalmente reabsorviacutevel e substituiacutevel por novo tecido oacutesseo entre
outros O osso autoacutegeno eacute considerado ideal para realizaccedilatildeo de enxertos oacutesseos
Estudos tecircm comprovado a eficaacutecia deste tipo de material especialmente do enxerto
oacutesseo autoacutegeno cortical obtido da crista do osso iliacuteaco que tem sido considerado o
melhor de
ntre os materiais de reconstruccedilatildeo Satildeo os uacutenicos entre os tipos de enxerto
oacutesseo a fornecer ceacutelulas oacutesseas vivas imunocompatiacuteveis Os enxertos alogecircnicos
satildeo aqueles obtidos de outro indiviacuteduo da mesma espeacutecie O enxerto alogecircnico mais
comumente utilizado eacute o liofilizado cuja vantagem eacute natildeo haver a necessidade de se
realizar uma segunda cirurgia num outro siacutetio Os oacutesseos xenoacutegenos satildeo aqueles
retirados de uma espeacutecie e transplantados para outra Exigem um tratamento mais
vigoroso do enxerto e natildeo fornecem ceacutelulas viaacuteveis para a formaccedilatildeo da fase I da
osteogecircnese Aleacutem dos enxertos oacutesseos existem ainda os materiais chamados
aloplaacutesticos como alternativa tendo como benefiacutecios a diminuiccedilatildeo do tempo
ciruacutergico aleacutem de muacuteltiplos tamanhos e formatos disponiacuteveis Entre os biomateriais
os mais utilizados satildeo o vidro bioativo o titacircnio que apresenta excelente
biocompatibilidade e boa osseointegraccedilatildeo ao organismo quando justaposto ao osso
A hidroxiapatita que por ser considerada um componente quiacutemico natural do corpo
humano natildeo satildeo observadas respostas inflamatoacuteria ou toacutexica nos tecidos
circunvizinhos Atraveacutes da pesquisa foi possiacutevel concluir que o osso autoacutegeno ainda
eacute considerado um material ideal para enxerto entretanto novos biomateriais tecircm
surgido apresentando vantagens promissoras para utilizaccedilatildeo na praacutetica diaacuteria
Rodrigues e Vitral (2007) descreveram as principais teacutecnicas tomograacuteficas existentes
e suas aplicaccedilotildees na Odontologia atraveacutes de uma revisatildeo da literatura sobre os
avanccedilos das principais teacutecnicas tomograacuteficas que resultaram em maior acuraacutecia no
diagnoacutestico menor tempo de exame e menor quantidade de radiaccedilatildeo A tomografia
computadorizada eacute considerada o meacutetodo de escolha para a imagem das estruturas
oacutesseas Ela eacute um meacutetodo radioloacutegico que permite obter a reproduccedilatildeo de uma secccedilatildeo
do corpo humano com finalidade diagnoacutestica Apresenta trecircs vantagens gerais
importantes sobre a radiografia convencional a primeira eacute que as informaccedilotildees
19
tridimensionais satildeo apresentadas na forma de uma seacuterie de cortes finos da estrutura
interna da parte estudada A segunda eacute que o sistema eacute mais sensiacutevel na
diferenciaccedilatildeo de tipos de tecido quando comparado com a radiografia convencional
de modo que diferenccedilas entre tipos de tecidos podem ser mais claramente
delineadas e estudadas A terceira eacute a habilidade para manipular e ajustar a imagem
apoacutes ter sido completada a varredura como ocorre de fato com toda a tecnologia
digital Com o advento da tomografia computadorizada helicoidal foi alcanccedilada
grande melhora nas reconstruccedilotildees tridimensionais e diminuiccedilatildeo na dose de
exposiccedilatildeo do paciente agrave radiaccedilatildeo A mesma proveacutem vantagens sobre a natildeo
helicoidal como menor tempo de avaliaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de reconstruccedilatildeo multiplanar
Ela propicia imagens com alta resoluccedilatildeo espacial e a mesma dose de radiaccedilatildeo da
tomografia computadorizada convencional A tomografia computadorizada pode ser
usada para identificar e delinear processos patoloacutegicos visualizar dentes retidos
avaliar os seios paranasais diagnosticar trauma mostrar os componentes oacutesseos
da articulaccedilatildeo temporomandibular e os leitos para implantes dentaacuterios Permite a
reformataccedilatildeo axial obliacutequa da imagem no sentido perpendicular da curvatura do
arco mostrando nitidamente o niacutevel oacutesseo no lado vestibular e lingual E tambeacutem
permite uma avaliaccedilatildeo intra-oacutessea dos locais para colocaccedilatildeo dos implantes Os
autores concluiacuteram que a Tomografia Computadorizada eacute o exame de eleiccedilatildeo no
diagnoacutestico de muitas condiccedilotildees que envolvem o complexo maxilo-mandibular O
valor cliacutenico das teacutecnicas de tomografia computadorizada depende da condiccedilatildeo que
se estaacute sendo diagnosticada atraveacutes das imagens do modelo e da idade do
equipamento usado do protocolo do exame da experiecircncia e capacidade dos
operadores do equipamento e do radiologista
Gonccedilalves (2008) analisaram implantes instalados em enxertos de seio
maxilar com biomaterial de origem bovina e plasma rico em plaquetas observando
histologicamente a neoformaccedilatildeo oacutessea e o iacutendice de sucesso cliacutenico e histoloacutegico
apresentado Este estudo envolveu 30 pacientes que necessitavam de enxerto em
regiatildeo de soalho de seio maxilar para inserccedilatildeo de implantes Um total de 101
implantes foi instalado em 36 enxertos de seio maxilar com intervalo meacutedio de
tempo do enxerto de 75 meses dos quais nove amostras oacutesseas foram colhidas de
forma aleatoacuteria e consentidas para a anaacutelise histoloacutegica Na colocaccedilatildeo dos
implantes foi utilizado um guia ciruacutergico para um correto posicionamento dos
implantes Foi feita a remoccedilatildeo do fragmento oacutesseo e enviado para a anaacutelise com
20
isto foi capturado ao todo 26 imagens histopatoloacutegicas Histologicamente os
fragmentos colhidos estavam constituiacutedos predominantemente por tecido oacutesseo
com iacutendice de sucesso de 8888 Quando comparados o remanescente oacutesseo do
seio maxilar antes e depois do enxerto houve crescimento em altura e a maioria
apresentou densidade oacutessea D3 Dez dos 101 implantes foram perdidos e 91
estavam osseointegrados no seio maxilar enxertado Os autores concluiacuteram que
implantes instalados em enxertos de seio maxilar com a ajuda de substitutos oacutesseos
apresentam uma taxa de sucesso cliacutenico de 9009
Ribeiro Juacutenior et al (2008) revisaram a literatura referente aos enxertos
oacutesseos vascularizados com o objetivo de avaliar os princiacutepios bioloacutegicos e ciruacutergicos
que fundamentam sua aplicaccedilatildeo na reconstruccedilatildeo mandibular Os retalhos
microciruacutergicos que contecircm enxertos oacutesseos satildeo classificados como
osteomusculares ou osteomiocutacircneos dependendo da natureza dos tecidos moles
que o compotildeem permitindo restauraccedilotildees de grandes defeitos oacutesseos A
revascularizaccedilatildeo microciruacutergica manteacutem a irrigaccedilatildeo e a drenagem do tecido oacutesseo
enxertado em todo o periacuteodo de integraccedilatildeo permitindo a manutenccedilatildeo de suas
funccedilotildees celulares metaboacutelicas e fiacutesicas Dessa forma a reparaccedilatildeo entre o enxerto e
o remanescente mandibular ocorre de forma semelhante agrave cicatrizaccedilatildeo de uma
fratura eliminando a longa fase de substituiccedilatildeo observada nos enxertos
convencionais Como o sucesso da reconstruccedilatildeo microciruacutergica eacute diretamente
dependente da qualidade vascular estudos angiograacuteficos preacute-operatoacuterios das aacutereas
receptora e doadora satildeo essenciais Alguns cuidados preacute-cirurgicos satildeo de extrema
importacircncia como a hidrataccedilatildeo endovenosa para manutenccedilatildeo do diacircmetro vascular
uso de cobertores para manter a temperatura corporal em torno de 37degC O estudo
concluiu que os enxertos oacutesseos vascularizados satildeo excelentes na restauraccedilatildeo
esteacutetico-funcional dos defeitos mandibulares suprindo as deficiecircncias dos enxertos
convencionais em casos de pior prognoacutestico Os enxertos oacutesseos vascularizados
satildeo indispensaacuteveis em defeitos compostos extensos irradiados e secundaacuterios agrave
osteorradionecrose
Tanaka et al (2008) elaboraram uma revisatildeo de literatura com o objetivo de
descrever os mecanismos de incorporaccedilatildeo dos enxertos oacutesseos em bloco e discutir
algumas caracteriacutesticas dos diferentes tipos existentes para distinguir as vantagens
de cada um Concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo dos enxertos em bloco para reconstruccedilatildeo
21
dos rebordos alveolares eacute uma realidade e estaacute intimamente ligada agrave terapia
implantar Os diversos fatores que influenciam a escolha do melhor meacutetodo de
enxertia a ser utilizado passam pelo conhecimento dos paracircmetros citados neste
artigo e muitos outros natildeo abordados e podem parecer inicialmente um desafio
mas sem duvida o domiacutenio das teacutecnicas existentes e das outras que surgiratildeo eacute o
ponto de partida para o profissional que procura o refinamento de seus
procedimentos e a exelencia de seus resultados
Arauacutejo et al (2009) realizaram uma revisatildeo de literatura sobre os resultados
cliacutenicos obtidos com a utilizaccedilatildeo dos enxertos de origem autoacutegena e xenoacutegena
(bovino) nas cirurgias de levantamento de assoalho de seio maxilar O
envelhecimento e a perda dentaacuteria fazem com que o seio se expanda podendo
haver uniatildeo entre o assoalho sinusal e a crista do rebordo alveolar residual
expansatildeo esta relacionada com a altura e largura do seio e natildeo com a
profundidade Os materiais para enxerto oacutesseo podem ser classificados como
osteogecircnicos osteoindutores e osteocondutores Os osteogecircnicos referem-se aos
materiais orgacircnicos capazes de estimular a neoformaccedilatildeo oacutessea a partir de
osteoblastos Os osteoindutores satildeo capazes de induzir a diferenciaccedilatildeo de ceacutelulas
mesenquimais em osteoblastos e condroblastos estimulando a formaccedilatildeo oacutessea no
local ou mesmo em um siacutetio heterotiacutepico Os materiais osteocondutores (geralmente
inorgacircnicos) permitem a aposiccedilatildeo de um novo tecido na sua superfiacutecie requerendo
a presenccedila de tecido oacutesseo preacute-existente como fonte de ceacutelulas osteoprogenitoras
Alguns criteacuterios foram propostos para o enxerto ideal quanto para que o material
enxertado se incorpore com sucesso ao siacutetio Dentre os possiacuteveis enxertos
xenoacutegenos encontram-se disponiacuteveis comercialmente os enxertos bovinos em
vaacuterias formas de apresentaccedilatildeo como aqueles que contecircm a fraccedilatildeo mineral do osso
os inorgacircnicos ou desproteinizados entre outros Todos eles apresentam excelente
biocompatibilidade agem favorecendo o processo de osteoconduccedilatildeo e natildeo
desencadeando respostas imunoloacutegicas desfavoraacuteveis A melhor accedilatildeo do enxerto
oacutesseo autoacutegeno de crista iliacuteaca quando comparado com a associaccedilatildeo do osso
autoacutegeno com osso desmineralizado bovino em cirurgias de levantamento de
assoalho de seio maxilar Apesar da diferenccedila estatiacutestica significante clinicamente
natildeo houve diferenccedila jaacute que os aacutepices dos implantes estavam todos cobertos por
osso sugerindo o sucesso do uso da associaccedilatildeo e ainda poupando o paciente de
uma intervenccedilatildeo ciruacutergica extraoral concluindo que o osso autoacutegeno eacute o que
22
apresenta os melhores resultados no processo de regeneraccedilatildeo oacutessea poreacutem os
enxertos de origem bovina apesar de demonstrarem um processo de neoformaccedilatildeo
oacutessea inferior promovem uma neoformaccedilatildeo satisfatoacuteria para que haja a reabilitaccedilatildeo
do paciente com implantes osseointegraacuteveis podendo ser utilizados com sucesso na
cliacutenica odontoloacutegica
Bassi e Carneiro (2009) citaram que os pacientes vem se queixando de
desconforto pelo uso de proacuteteses deficiecircncia na mastigaccedilatildeo onde entatildeo se
destacam os implantes dentaacuterios que minimizam estes aspectos negativos No
entanto seu sucesso depende de uma quantidade miacutenima de suporte oacutesseo por
este motivo foi oportuna pelos autores avaliar o iacutendice de sucesso dos enxertos e
implantes instalados na regiatildeo do seio maxilar reconstruiacuteda com osso autoacutegeno de
linha obliacutequa tanto imediata quanto mediato ao levantamento do seio maxilar
Foram avaliadas 51 cirurgias durante os anos de 2005 a 2007 com total de 107
implantes instalados sendo 28 de maneira imediata e 79 instalados posteriormente
Com relaccedilatildeo aos de maneira imediata o sucesso foi de 9286 sendo que dos 14
submetidos agrave implantaccedilatildeo imediata apenas 1 perdeu o implante De um total de 37
pacientes com instalaccedilatildeo posterior houve um sucesso de 9459 Podendo ser
analisado que natildeo haacute diferenccedila significante entre instalaccedilatildeo mediata e imediata
Acredita-se que para haver sucesso no tratamento eacute imprescindiacutevel que seja levado
em consideraccedilatildeo a quantidade de rebordo residual e tambeacutem a qualidade de osso
para a estabilidade do implante A conclusatildeo deste artigo eacute que o levantamento do
seio maxilar com o enxerto autoacutegeno por meio de acesso lateral eacute uma opccedilatildeo
segura no tratamento para regiatildeo posterior da maxila E natildeo houve diferenccedila em
relaccedilatildeo ao sucesso dos implantes instalados de maneira medita e imediata
Contar et al (2009) avaliaram o uso de enxertos provenientes de osso fresco-
congelado para na reconstruccedilatildeo de rebordos alveolares maxilares posteriormente a
aplicaccedilatildeo de implantes dentaacuterios Foram analisados quinze pacientes que tinham
atrofia crista maxilar onde necessitava de blocos de enxerto oacutesseo para
posteriormente se fazer a colocaccedilatildeo dos implantes Nove meses depois foi retirado
o nuacutecleo de osso do enxerto para analisar histologicamente Trinta e quatro blocos
foram colocados e do nuacutemero de blocos cada paciente recebeu uma numeraccedilatildeo de
1 a 4 Em todos os enxertos foram verificados para serem de consistecircncia firme
bem constituiacutedo e vascularizado Cinquumlenta e um implantes foram aplicados sobre
os enxertos com torque no miacutenimo de 40 N (Newton) Natildeo havendo problema em
23
nenhum implante O periacuteodo de acompanhamento variou de 24 a 35 meses Alo
enxertos pode ser bem satisfatoacuterios aplicados como material de enxerto para o
tratamento de defeitos oacutesseos maxilares se for aplicada a teacutecnica de forma
cautelosa e coerente
Costa et al (2009) descreveram cirurgias de enxertia oacutessea para reconstruccedilatildeo
do rebordo alveolar atroacutefico causado por traumas Em dois pacientes foram
utilizados blocos de osso homoacutegeno fresco congelado puro e em outros dois
pacientes esses blocos foram embebidos em medula oacutessea autoacuteloga aspirada do
proacuteprio paciente Os quatro pacientes que perderam seus dentes anteriores-
superiores 11122122 As cirurgias foram realizadas dentro do protocolo do
Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Cirurgia e Experimentaccedilatildeo da Universidade
Federal de Satildeo Paulo ndash Unifesp Cada paciente recebeu um bloco de enxerto oacutesseo
homoacutegeno fresco congelado proveniente de banco de tecidos oacutesseos em cada um
dos lados da regiatildeo anterior de maxila sendo que em dois dos pacientes os blocos
tiveram a sua porccedilatildeo medular embebida em medula oacutessea autoacuteloga aspirada do
proacuteprio paciente e nos outros dois pacientes os blocos foram fixados da mesma
maneira e na mesma regiatildeo poreacutem sem a utilizaccedilatildeo de medula oacutessea autoacuteloga
como preenchimento Foi observado clinicamente no segundo procedimento
ciruacutergico que os siacutetios enxertados com osso homoacutegeno associado agrave medula oacutessea
autoacuteloga obtiveram um menor niacutevel de reabsorccedilatildeo o que facilitou a instalaccedilatildeo dos
implantes osseointegraacuteveis Com as bioacutepsias oacutesseas obtidas por meio da utilizaccedilatildeo
da broca trefi na foram confeccionadas no Laboratoacuterio de Patologia da Unifesp uma
lacircmina em HE para cada regiatildeo enxertada com associaccedilatildeo agrave medula e tambeacutem
para as regiotildees de enxertia sem essa associaccedilatildeo Essas lacircminas foram
encaminhadas para o Departamento de Morfologia da Unifesp para avaliaccedilatildeo Tanto
as lacircminas histoloacutegicas do grupo onde se associou o aspirado de medula oacutessea ao
enxerto oacutesseo homoacutegeno quanto onde natildeo foi feita esta associaccedilatildeo mostraram uma
grande quantidade de tecido mineralizado vital Foi observado em ambos os grupos
uma pequena quantidade de tecido mineralizado desvitalizado Em todas as lacircminas
foi observada intensa vascularizaccedilatildeo assim como a presenccedila de tecido oacutesseo
lamelar A utilizaccedilatildeo de osso humano fresco congelado conservado em banco de
tecidos eacute uma alternativa viaacutevel para a reconstruccedilatildeo dos rebordos atroacuteficos
diminuindo a morbidade e riscos inerentes agrave abordagem da regiatildeo doadora dos
enxertos autoacutegenos A associaccedilatildeo do bloco de osso homoacutegeno agrave medula oacutessea
24
autoacuteloga parece representar uma alternativa terapecircutica para se minimizar os niacuteveis
de reabsorccedilatildeo dos materiais de enxertia
Gonccedilalves et al (2009) citaram que o melhor material para enxertia oacutessea eacute o
autoacutegeno o problema eacute o poacutes-operatoacuterio que eacute desconfortaacutevel para o paciente Na
existecircncia de desvantagens para a utilizaccedilatildeo de osso autoacutegeno o osso proveniente
de banco de tecidos surge como uma alternativa viaacutevel nas reconstruccedilotildees oacutesseas
maxilomandibulares O osso homoacutegeno pode ser utilizado em algumas situaccedilotildees
que impossibilite obter uma quantidade necessaacuteria de osso autoacutegeno requisitado
pelo receptor ou quando induz ao procedimento com grande morbidade onde exista
negativa do paciente em se submeter a um segundo siacutetio ciruacutergico Mesmo com toda
a previsibilidade de utilizaccedilatildeo de tecido oacutesseo homoacutelogo ele ainda gera
controveacutersias pela possibilidade de infecccedilotildees cruzadas com sua utilizaccedilatildeo Com o
estudo citado foi concluiacutedo que o enxerto homoacutelogo induz mais rapidamente a
remodelaccedilatildeo quando comparado com o autoacutegeno E o estaacutegio da remodelaccedilatildeo
esteve mais dependente da resposta orgacircnica individual de cada paciente
Jahn et al (2009) avaliaram o procedimento de retalho em dupla paacutegina para acesso
ao osso da regiatildeo do mento em comparaccedilatildeo a teacutecnica de retalho mucoperiosteal
Foram realizados procedimentos de obtenccedilatildeo de enxerto oacutesseo da regiatildeo do mento
para utilizaccedilatildeo na reabilitaccedilatildeo de pacientes que receberiam implantes
osseointegrados na regiatildeo anterior da maxila e que necessitavam de aumento de
espessura oacutessea localizada Foram operados 20 pacientes da cliacutenica de Periodontia
da Universidade de Santo Amaro entre 28 e 60 anos de idade Dez pacientes foram
submetidos agrave teacutecnica de retalho mucoperiosteal de espessura parcial e total
convencional e dez pacientes foram submetidos ao retalho em dupla Os pacientes
foram avaliados apoacutes 7 e 14 dias do procedimento ciruacutergico quanto aos seguintes
aspectos parestesia dor edema infecccedilatildeo hemorragia hematoma contato com as
raiacutezes dentaacuterias deiscecircncia de sutura presenccedila ou ausecircncia de trismo Todos os
procedimentos realizados permitiram acesso agrave regiatildeo do mento para obtenccedilatildeo de
enxertos oacutesseos autoacutegenos A avaliaccedilatildeo poacutes-operatoacuteria dos pacientes mostrou que
em ambos os grupos natildeo houve casos de hemorragia trismo contato acidental com
as raiacutezes dentaacuterias e infecccedilatildeo Edema foi constatado em seis casos no grupo de
retalho em dupla paacutegina e sete casos nos retalhos muco periosteais dor foi relatada
por dois e seis pacientes respectivamente Dois casos apresentaram parestesia na
regiatildeo de mento e nos dentes anteriores inferiores por ateacute duas semanas nos
25
pacientes operados pela teacutecnica do retalho mucoperiosteal enquanto nenhum caso
aconteceu em pacientes operados por retalho em dupla paacutegina Os autores
concluiacuteram que a teacutecnica de retalho em dupla paacutegina eacute um importante auxiacutelio no
acesso agrave aacuterea doadora o que pela facilidade de uso pode encorajar os cirurgiotildees a
usarem o mento como aacuterea doadora para pequenos enxertos oacutesseos intrabucais
Molon et al (2009) tiveram como objetivo relatar um caso cliacutenico de maxila
atroacutefica com necessidade de reconstruccedilatildeo alveolar atraveacutes de enxerto homoacutegeno
Apoacutes a realizaccedilatildeo da anamnese foi constatado clinicamente que o paciente
apresentava forma em lacircmina do osso e radiograficamente a panoracircmica mostrou
uma perda oacutessea em altura e uma proximidade do rebordo com a parede inferior do
seio maxilar Foi utilizado enxerto provenientes do UniOss processados e
congelados a -80degCos tecidos foram submetidos a testes soroloacutegicos Na regiatildeo
anterior foi realizado enxerto com osso humano congelado em bloco para restaurar
espessura oacutessea possibilitando a colocaccedilatildeo de implantes dentaacuterios Os blocos
foram fixados com o sistema 15mm e o osso particulado foi acomodado nos
espaccedilos mortos para evitar a formaccedilatildeo de GAPs Apoacutes seis meses da cirurgia foi
removido os parafusos e o guia ciruacutergico posicionado para a instalaccedilatildeo dos seis
implantes A osseointegraccedilatildeo dos implantes foi verificada apoacutes seis meses da
segunda cirurgia pela radiografia panoracircmica Atualmente vem sendo muito utilizado
osso autoacutegeno para reconstruccedilatildeo de maxilares contudo haacute desvantagens
relacionadas com a morbidade do sitio doador quantidade inadequada de osso
intraoral para grandes defeitos e necessidade de osso de regiatildeo extra-oral para
maiores reconstruccedilotildees limitam as expectativas do paciente Por isso os osso
estudos utilizando osso homoacutelogo para reabilitaccedilatildeo com implantes vecircm se
intensificando e apresentando bons resultados Os autores consideram o enxerto de
osso homoacutelogo uma alternativa viaacutevel para reconstruccedilatildeo de rebordos alveolares
severamente atroacuteficos ao mesmo tempo em que reduz a morbidade e os riscos
inerentes aos procedimentos de enxertos autoacutegenos
Pereira et al (2009) discutiram revisaram e compararam as teacutecnicas
envolvidas em remoccedilatildeo de blocos oacutesseos da linha obliacutequa e mento demonstrando
sua efetividade por meio de exemplos cliacutenicos O osso mandibular tem sido utilizado
na reconstruccedilatildeo alveolar para permitir a instalaccedilatildeo de implantes com resultados
extremamente favoraacuteveis Para a regiatildeo de mento a teacutecnica consiste em osteotomia
26
efetuada pelo menos 5 mm abaixo dos aacutepices dentaacuterios e o osso basal da
mandiacutebula preservado A profundidade das osteotomias limita-se agrave cortical externa
Para a regiatildeo da linha obliacutequa haacute trecircs diferentes meacutetodos para acessar a aacuterea
doadora 1 Intrasulcular Realizada no sulco gengival dos dentes naturais 2
Submarginal Indicada quando da presenccedila de coroas proteacuteticas nos molares e preacute-
molares 3 Crestal Indicada para rebordos edecircntulos ou quando os implantes
estiverem planejados para a mesma regiatildeo Uma vez feita agrave incisatildeo o retalho
mucoperiosteal eacute descolado do corpo mandibular expondo a face lateral do
ramocorpo Um bloco cortical retangular ateacute 4 mm de espessura pode ser coletado
da regiatildeo do ramo O comprimento do bloco pode se aproximar de 35 mm mas
altura natildeo deve exceder 10 mm Para o preparo do siacutetio receptor e enxertia o osso
removido eacute posicionado com a face medular do bloco em contato com a face cortical
do siacutetio receptor previamente perfurada com brocas proporcionando sangramento
O bloco deve ser adaptado intimamente ao leito e fixado com parafusos de titacircnio
Os autores concluiacuteram que ambas as teacutecnicas podem ser utilizadas com sucesso
de acordo com a quantidade oacutessea desejada localizaccedilatildeo do siacutetio doador e
experiecircncia do profissional
Piccinelli et al (2009) analisaram retrospectivamente 59 pacientes submetidos
agrave enxertia oacutessea obtida de aacutereas intrabucais com a instalaccedilatildeo de implantes
osseointegrados As aacutereas doadoras foram a regiatildeo da siacutenfise mandibular ramo
mandibular e tuberosidade da maxila Os enxertos foram imobilizados atraveacutes de
parafusos de titacircnio especiacuteficos para fixaccedilatildeo interna riacutegida com diacircmetro de 16 mm
e comprimentos de 8 10 e 12 mm com encaixe em forma de cruz De todas as
cirurgias realizadas foi constatado insucesso em 5 (742 ) pacientes todos do
sexo feminino Destes em 2 (338 ) casos ocorreram perfuraccedilatildeo de membrana do
seio maxilar sendo os dois pacientes tabagistas com idades de 40 e 41 anos Em
um paciente de 30 anos ocorreu a perda do enxerto na regiatildeo anterior de maxila
tendo por aacuterea doadora o osso retirado do ramo mandibular Em outro com 50 anos
ocorreu a perda do enxerto em regiatildeo posterior de mandiacutebula recebendo da aacuterea
retromolar E noutro com 40 anos a perda ocorreu em regiatildeo posterior da
mandiacutebula tendo aacuterea doadora a siacutenfise mandibular A maior causa de falhas de
enxerto eacute deiscecircncia de sutura e posterior necrose asseacuteptica do osso enxertado
sendo demonstrado altas taxas de complicaccedilotildees quando utilizamos a mandiacutebula
27
como aacuterea receptora Existe um iacutendice de sucesso de 904 quando os implantes
satildeo instalados apoacutes um periacuteodo de cicatrizaccedilatildeo dos enxertos O estudo concluiu que
os siacutetios intrabucais doadores de enxertos oacutesseos podem prover volumes oacutesseos
suficientes para a reconstruccedilatildeo dos rebordos alveolares da maioria dos pacientes
desdentados parciais A mandiacutebula eacute vista como siacutetio de eleiccedilatildeo para retirada de
enxertos oacutesseos pois eacute capaz de prover blocos oacutesseos de composiccedilatildeo
predominantemente corticais
Silveira e Wassall (2009) analisaram a aacuterea doadora de enxertos por meio de
tomografias volumeacutetricas tipo feixe cocircnico para avaliaccedilatildeo da remodelaccedilatildeo oacutessea
verificando o grau de morbidade quanto a este paracircmetro Foram selecionados vinte
voluntaacuterios de ambos os gecircneros sem risco de sauacutede e com risco de sauacutede
controlados da cliacutenica de Poacutes-Graduaccedilatildeo do Centro de Pesquisas Odontoloacutegica
Satildeo Leopoldo Mandic e cliacutenica particular As tomografias foram obtidas com
aparelho de aquisiccedilatildeo volumeacutetrica tipo feixe cocircnico este aparelho usa a nova
tecnologia do feixe de tomografia computadorizada cocircnico no qual obtemos todas
as estruturas maxilofaciais do indiviacuteduo em volume ou seja em terceira dimensatildeo
Foi utilizado o tempo de exposiccedilatildeo de 36 segundos e apenas 3 de radiaccedilatildeo uma
tomografia meacutedica As primeiras mediccedilotildees foram obtidas no momento da tomografia
computadorizada inicial anteriormente a cirurgia Logo apoacutes a cirurgia foi realizada
a segunda tomada e medida na qual foi mensurado o quanto foi retirado de tecido
oacutesseo para enxerto Na terceira tomada de medidas foi calculado o ganho real
oacutesseo obtido na remodelaccedilatildeo apoacutes 180 dias de remoccedilatildeo do enxerto Embora a
quantidade retirada de aacuterea varie a recomposiccedilatildeo acompanha com a mesma
variabilidade Os autores concluiacuteram que a remodelaccedilatildeo oacutessea meacutedia da regiatildeo
posterior da mandiacutebula avaliada 180 dias apoacutes a remoccedilatildeo do bloco oacutesseo (enxerto
oacutesseo) foi de 813
Sousa et al (2009) verificaram atraveacutes de uma revisatildeo sistemaacutetica se os
enxertos homoacutegenos satildeo tatildeo eficientes quanto os enxertos autoacutegenos Apoacutes a busca
nas bases foram selecionados 1215 tiacutetulos de artigos Um uacutenico artigo atendeu os
criteacuterios da pesquisa o mesmo foi lido na iacutentegra por ambos examinadores e suas
caracteriacutesticas foram distribuiacutedas em uma tabela Este artigo analisado resultou em
16 pacientes entre 38 e 65 anos (9 do sexo masculino e 7 do sexo feminino) foi
comparado dois grupos enxerto autoacutegeno do iliacuteaco (grupo 1) e enxerto autoacutegeno da
calvaacuteria (grupo 2) Foi avaliado o volume oacutesseo total (VOT) o volume oacutesseo
28
necroacutetico (VON) e o osso vital (OV) e os resultados do grupo 1 foi de VOT (466)
VON (126) e OV (34) jaacute do grupo 2 foi VOT (734) VON (55) e OV (67)
Estatisticamente o enxerto da calvaacuteria foi melhor que o enxerto do iliacuteaco Os autores
concluiacuteram que o uacutenico artigo considerado natildeo consistia numa comparaccedilatildeo entre
enxerto autoacutegeno e homoacutegeno e sim numa comparaccedilatildeo entre enxertos autoacutegenos
de siacutetios diferentes
Spin-Neto et al (2009) realizaram uma revisatildeo de literatura sobre a utilizaccedilatildeo
de osso homoacutelogo em Odontologia sobre a legislaccedilatildeo envolvida na aplicaccedilatildeo deste
material Foram analisados artigos publicados nos uacuteltimos 25 anos no Medline e
pela ANVISA leis decretos que regulamentam o funcionamento dos bancos de
ossos de tecidos musculoesqueleacuteticos brasileiros Sobre o enxerto homoacutelogo haacute
um nuacutemero enorme de processos que ocorrem eacute iniciado por uma reaccedilatildeo
inflamatoacuteria criando espaccedilos que permitam sua invasatildeo por vasos sanguiacuteneos e
chegada das ceacutelulas responsaacuteveis pelo metabolismo oacutesseo atuando na
remodelaccedilatildeo gradativa do local Remover tecidos oacutergatildeos ou partes da pessoa ou do
cadaacutever eacute crime podendo resultar em reclusatildeo (2 a 6 anos) ou em 100 a 360 dias
de multa Jaacute no caso de sepultamento cabe aos meacutedicos realizar a reconstruccedilatildeo do
corpo para evitar constrangimento e manter a dignidade diante de seus familiares
no qual natildeo realizado eacute considerado crime por tal ato Foi concluiacutedo que eacute
necessaacuterio mais estudos e resultados sobre a aplicaccedilatildeo deste biomaterial para
aliados com o conhecimento juriacutedico aumentarmos o conhecimento e informaccedilotildees
sobre o caso
Piffer et al (2010) descreveram um caso cliacutenico de reabilitaccedilatildeo oral de uma
aacuterea de maxila posterior extremamente reabsorvida atraveacutes de levantamento de
seio maxilar utilizando osso xenoacutegeno e posterior uso de implante O caso constava
de uma paciente do sexo feminino que foi submetida a levantamento de seio
maxilar utilizando osso xenoacutegeno liofilizado e concomitante colocaccedilatildeo de dois
implantes nos elementos 15 e 16 Foi relatado que devido agraves limitadas quantidades
oacutesseas para colocaccedilatildeo de implantes dentaacuterios surgiram as teacutecnicas de enxertos
oacutesseos Inicialmente era utilizado osso autoacutegeno da regiatildeo intra-bucal gerando
algumas desvantagens devido a morbidade do siacutetio doador podendo gerar dor
parestesias hematoma Como alternativa surgiu possibilidade de utilizaccedilatildeo de
biomateriais para reconstruccedilotildees maxilares no qual foi utilizado neste caso o Bio-
Oss e obteve um resultado excelente em relaccedilatildeo aacute formaccedilatildeo oacutessea formando
29
extensa regiatildeo de osso denso ao redor dos implantes Assim atraveacutes de uma
revisatildeo sistemaacutetica criacutetica de trabalhos cliacutenicos controlados randomizados
evidenciou que substitutos de ossos autoacutegenos podem ser utilizados obtendo
sucesso Concluindo assim que a colocaccedilatildeo de implantes concomitantes com
enxertias oacutesseas natildeo interferem no processo de reparo oacutesseo e nem na
estabilizaccedilatildeo dos implantes e mostrou-se um tratamento viaacutevel para o presente
caso cliacutenico
Souza et al (2010) realizaram uma revisatildeo da literatura das principais
aplicaccedilotildees e indicaccedilotildees dos enxertos de bancos de ossos na Odontologia Os
enxertos oacutesseos autoacutegenos satildeo eleitos como os de primeira escolha pela sua
eficiecircncia biosseguranccedila e facilidade de obtenccedilatildeo poreacutem apresentam algumas
desvantagens e limitaccedilotildees A utilizaccedilatildeo de homoenxertos provenientes de bancos
de ossos representa uma alternativa aos enxertos oacutesseos autoacutegenos e demonstra
ser uma ferramenta bastante uacutetil para a odontologia com a finalidade de regenerar o
tecido oacutesseo perdido dos maxilares Os autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de
homoenxertos provenientes de bancos de ossos demonstra ser uma ferramenta
bastante uacutetil para a odontologia com a finalidade de regenerar o tecido oacutesseo
perdido dos maxilares Faz-se necessaacuterio que mais bancos de coleta e preparo do
tecido oacutesseo sejam instalados nos hospitais para que esta opccedilatildeo torne-se viaacutevel e
acessiacutevel a um nuacutemero maior de serviccedilos que atuam com reconstruccedilotildees oacutesseas
Aloy-Proacutesper et al (2011) realizaram uma revisatildeo bibliograacutefica sobre
regeneraccedilatildeo oacutessea usando partiacuteculas de enxertos Foram avaliados os resultados
obtidos bem como as complicaccedilotildees de teacutecnicas cirurgircas e as taxas de
sobrevivecircncia e sucesso de implantes colocados nestas aacutereas regeneradas Foram
identificados 64 artigos dos quais 53 foram excluiacutedos em 14 casos de partiacuteculas de
enxerto foi combinado com o bloco de enxerto em quatro casos natildeo ocorreu
defeitos periimplantares durante a colocaccedilatildeo do implante Quanto agrave taxa de sucesso
dos implantes nem todos os estudos bem definidos utilizaram os criteacuterios de
sucesso tornando difiacutecil a comparaccedilatildeo Com base nos criteacuterios de sucesso de
Albrektsson houve uma taxa de sucesso de 932 dois anos apoacutes o carregamento
(857 na maxila superior e 100 na mandiacutebula) Quando os criteacuterios eram do
cortador e Ederer houve uma taxa de sucesso de 857 trecircs anos apoacutes o
carregamento A conclusatildeo dos autores foi de que enxertos de partiacuteculas satildeo
30
eficazes na correccedilatildeo localizada de defeitos do processo alveolar com poucas
complicaccedilotildees e a taxa de sucesso satildeo sempre elevadas variando de 875 a 100
Oliveira Diebold e Silva (2011) analisaram as estruturas da regiatildeo maxilar de
interesse na implantodontia por meio de imagens de tomografia computadorizada
buscando uma avaliaccedilatildeo qualitativa e quantitativa da densidade oacutessea Foram
utilizadas imagens de tomograacutefia computadorizada por raios X obtidas da regiatildeo
maxilar de 31 pacientes avaliados para a colocaccedilatildeo de implantes As regiotildees de
interesse analisadas (seio maxilar fossa nasal tuberosidade maxilar e foramem
naso-alveolar) foram delimitadas de modo semi-automaacutetico com o auxiacutelio da
ferramenta ldquoCell Outlinerrdquo pelo software ImageJ Essas regiotildees foram analisadas nos
cortes axiais cortes sagitais e coronais obtidos pelo TC e com o software A partir
da delimitaccedilatildeo das regiotildees de interesse (ROI) foram determinados os valores
meacutedios e desvio padratildeo do nuacutemero CT em HU (Hounsfield) O nuacutemero CT de uma
imagem tomograacutefica representa o valor de cada pixel que compotildee a imagem esta
relacionada com o coeficiente de atenuaccedilatildeo linear dos tecidos contidos em um voxel
correspondente Estes valores constituem-se em uma informaccedilatildeo importante tanto
para a avaliaccedilatildeo quantitativa das densidades oacutesseas como para a produccedilatildeo de uma
metodologia de realce das estruturas de interesse em implantodontia Com anaacutelise
dos dados obtidos para cada paciente nas estruturas analisadas foi observado que
as regiotildees do seio maxilar e a fossa nasal satildeo semelhantes mas estatisticamente
diferentes Estas satildeo regiotildees pneumaacuteticas que em consequumlecircncia da presenccedila do
ar possuem medidas de nuacutemero CT semelhantes a fossa nasal apresenta uma
estrutura mais irregular e obteve-se uma diferenccedila estatisticamente significativa
entre estas duas regiotildees estudadas O foramem naso-alveolar e a tuberosidade satildeo
regiotildees distintas porque a tuberosidade eacute um osso trabecular de densidades
heterogecircneas que possui a meacutedia do nuacutemero CT maior que a meacutedia do foramen
naso-alveolar que se trata de uma estrutura tubular de densidade homogecircnea para
passagem do feixe vasculo-nervoso Com a comparaccedilatildeo das estruturas analisadas
pelo meacutetodo ANOVA entre pacientes masculinos e femininos evidenciou-se que natildeo
existe diferenccedila estatisticamente significativa entre sexos As conclusotildees obtidas
neste trabalho mostraram que o nuacutemero CT eacute uma medida eficiente para
caracterizar estruturas do corpo humano Os dados obtidos com a anaacutelise das
meacutedias do nuacutemero CT de cada regiatildeo estudada nos permite caracterizar
separadamente cada regiatildeo
31
3 MATERIAS E MEacuteTODOS
O presente trabalho aborda a descriccedilatildeo de quatro casos cliacutenicos que foram
selecionados dos prontuaacuterios de pacientes enxertados submetidos agrave tomografia
computadorizada Cone Beam no periacuteodo preacute-enxerto e apoacutes o procedimento
ciruacutergico das cliacutenicas radiograacuteficas ldquoCliacutenica Odonto Imagem Radiologiardquo situada em
Balneaacuterio Camboriuacute (SC) e ldquoCliacutenica Radioimagemrdquo situada em Itajaiacute (SC)
Foram incluiacutedos no estudo os laudos radiograacuteficos de pacientes que atendem
as seguintes caracteriacutesticas pacientes de ambos os sexos com bom estado de
sauacutede geral idade de quarenta a setenta anos que foram submetidos a enxerto
oacutesseo em regiatildeo de maxila
Primeiramente foi realizada uma coleta de dados junto aos laudos
radiograacuteficos emitidos pelas cliacutenicas citadas Foram selecionados os casos e
posteriormente foi acessado agraves imagens tomograacuteficas dos pacientes
Os exames tomograacuteficos computadorizado de aquisiccedilatildeo volumeacutetrica (cone
beam) foram realizados atraveacutes de cortes parasagitais de espessura de 2mm e
distacircncia de 1 mm entre os cortes
Na segunda etapa foi efetuada a anaacutelise das tomografias observando as
imagens preacute e poacutes-ciruacutergicas simultaneamente nesse momento delimitou-se a aacuterea
do leito receptor e do material enxertado Utilizando o programa Planmeca Romexis
Viewer acessou-se as imagens fornecidas digitalmente analisando primeiramente
as imagens do leito receptor por meio de trecircs traccedilados (em planos perpendiculares)
realizados com o auxiacutelio da ferramenta denominada Linha Hounsfield que nos
fornece a densidade oacutessea do local traccedilado e uma meacutedia do mesmo Foi realizada
uma meacutedia aritmeacutetica simples dos trecircs traccedilados resultando uma meacutedia de
densidade oacutessea que foi enquadrada na escala O mesmo procedimento foi
realizado na aacuterea do material enxertado
Com a posse destes valores meacutedios comparou-se a densidade oacutesseo do leito
receptor com a densidade oacutessea do material enxertado
32
Os dados seratildeo divulgados atraveacutes de painel exposto no bloco de Odontologia
e apresentaccedilatildeo oral Uma coacutepia da pesquisa concluiacuteda seraacute enviada agraves Cliacutenicas
envolvidas na pesquisa
O projeto de pesquisa foi aprovado pela Comissatildeo de Eacutetica em Pesquisa
sobre o nuacutemero 44610
33
4 RESULTADOS
De acordo com a tabela a seguir podemos expressar de forma resumida os
resultados obtidos atraveacutes da pesquisa comparando os mesmos com a escala de
Misch
Paciente (P1) MS sexo feminino com idade de 49 anos apresentando bom
estado de sauacutede geral No dia 28 de outubro de 2009 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes (Figura 1)
34
Figura 1 Vista panoracircmica preacute-enxertia
A densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield
obteve os seguintes resultados Axial (Z) = 7650 Coronal (Y) = 5196 Sagital (X)
= 7818
No dia 29 de janeiro de 2010 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
homoacutegeno O material proveniente do Banco de Tecidos Muacutesculo Esqueleacuteticos HC-
UFPR consistia de um bloco cortical de Fecircmur medindo 30x20mm lote C0917 FD
BC 26 processado no dia 15 de julho de 2009 com validade de 5 anos conservado
a temperatura abaixo de -40ordmC O osso foi particulado e acrescido de lincomicina
No dia 19102010 foram realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da
densitometria oacutessea do material enxertado e obtiveram os seguintes resultados
Axial (Z) = 6590 Coronal (Y) = 4986 Sagital (X) = 2948 (Figura 2)
35
Figura 2 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
Paciente (P2) AWU sexo feminino com idade de 67 anos apresentando
bom estado de sauacutede geral no dia 29 de agosto de 2009 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes A
densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield obteve os
seguintes resultados Axial (Z) = 7104 Coronal (Y) = 7002 Sagital (X) = 10412
(Figura 3)
Figura 3 Vista panoracircmica preacute-enxertia
No dia 06 de novembro de 2009 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
36
homoacutegeno O material proveniente do Banco de Tecidos Muacutesculo Esqueleacuteticos HC-
UFPR consistia de um bloco cortical de Fecircmur medindo 30x20mm lote C0917 FD
BC 39 processado no dia 15 de julho de 2009 com validade de 5 anos conservado
a temperatura abaixo de -40ordmC O osso foi particulado e acrescido de lincomicina
Passado o periacuteodo de 10 meses apoacutes o procedimento ciruacutergico foram
realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da densitometria oacutessea do material
enxertado e obtiveram os seguintes resultados Axial (Z) = 6972 Coronal (Y) =
8138 Sagital (X) = 4984 (Figura 4)
Figura 4 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
Paciente (P3) IS sexo feminino com idade de 42 anos apresentando bom
estado de sauacutede geral no dia 13 de Novembro de 2007 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes A
densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield obteve os
seguintes resultados Axial (Z) = 4917 Coronal (Y) = 3481 Sagital (X) = 4207
(Figura 5)
37
Figura 5 Vista panoracircmica preacute-enxertia
No dia 26 de Novembro de 2007 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
autoacutegeno tendo como aacuterea doadora a regiatildeo de ramo mandibular
Passado o periacuteodo de 09 (nove) meses apoacutes o procedimento ciruacutergico foram
realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da densitometria oacutessea do material
enxertado e obtiveram os seguintes resultados Axial (Z) = 7176 Coronal (Y) =
5443 Sagital (X) = 5638 (Figura 6)
Figura 6 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
38
Paciente (P4) ATL sexo feminino com idade de 45 anos apresentando
bom estado de sauacutede geral no dia 18 de Agosto de 2009 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes A
densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield obteve os
seguintes resultados Axial (Z) = 6028 Coronal (Y) = 6681 Sagital (X) = 6397
(Figura 7)
Figura 7 Vista panoracircmica preacute-enxertia
No dia 09 de Outubro de 2009 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
autoacutegeno tendo como aacuterea doadora a regiatildeo de ramo mandibular
Passado o periacuteodo de 4 (quatro) meses apoacutes o procedimento ciruacutergico foram
realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da densitometria oacutessea do material
enxertado e obtiveram os seguintes resultados Axial (Z) = 8549 Coronal (Y) =
9340 Sagital (X) = 8624 (Figura 8)
39
Figura 8 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
40
5 DISCUSSAtildeO
Em Odontologia a tomografia computadorizada tem demonstrado ser o
meacutetodo de eleiccedilatildeo para a determinaccedilatildeo da densidade oacutessea na regiatildeo dos
maxilares pois fornece dados objetivos precisos da variaccedilatildeo da densidade oacutessea
entre diferentes regiotildees em um mesmo indiviacuteduo A tomografia computadorizada eacute o
uacutenico meacutetodo que permite avaliar osso cortical e medular separadamente com a
vantagem de que as informaccedilotildees tridimensionais satildeo apresentadas em uma seacuterie de
cortes finos da estrutura interna da parte estudada onde as informaccedilotildees resultantes
natildeo sofrem superposiccedilatildeo por estruturas anatocircmicas (SANTIAGO e VITRAL 2006)
Logo a tomografia computadorizada eacute um meacutetodo de escolha na avaliaccedilatildeo
qualitativa e quantitativa de enxertos em seio maxilar (ZEacuteTOLA et al 2002)
Bassi et al (2009) citaram que para o sucesso da reabilitaccedilatildeo com implantes
dentaacuterios eacute imprescindiacutevel que seja levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
rebordo residual e tambeacutem a qualidade de osso para a estabilidade do implante
Aleacutem disso o osso disponiacutevel (volume) deve ser avaliado em sua densidade
o que determinaraacute sua resistecircncia Densidade eacute a relaccedilatildeo entre a massa e o volume
de um corpo e o meacutetodo de avaliaccedilatildeo da densidade mineral oacutessea eacute denominado
densitometria As unidades de medidas mais empregadas satildeo gcmsup2 (densidade por
aacuterea) gcmsup3 (densidade por volume) ou HU (unidade Hounsfield) (CAUacuteLA
MACHADO BARBOSA 2000)
A densidade oacutessea eacute diretamente relacionada agrave resistecircncia do tecido oacutesseo
antes da fratura Uma diferenccedila de dez vezes na resistecircncia do tecido oacutesseo pode
ser observada entre o osso D1 e D4 O osso D2 exibe uma resistecircncia agrave
compressatildeo 47 a 68 maior se comparado com o D3 (MISCH 2000)
O osso com densidade 2 (D2) eacute uma combinaccedilatildeo de osso compacto denso
para poroso na porccedilatildeo externa e osso trabecular grosso na porccedilatildeo interna Na
superfiacutecie e nas proporccedilotildees laterais do implante oferece uma interface inicial riacutegida
A densidade oacutessea D2 eacute mais comumente encontrada na mandiacutebula A regiatildeo
anterior da mandiacutebula apresenta este tipo oacutesseo em 23 dos casos O osso com
densidade 3 (D3) eacute composto de uma cortical oacutessea fina na crista e osso trabecular
fino no interior Uma das desvantagens desse tipo oacutesseo eacute a delicadeza com a qual
esse osso deve ser manipulado Quanto menor for a densidade mais facilmente o
41
osso eacute expandido para que implantes sejam inseridos A regiatildeo anterior da maxila
apresenta em 65 dos casos o osso D3 e em quase metade dos casos o osso
D3 eacute encontrado tambeacutem na regiatildeo posterior da maxila O osso menos denso D4
tem sido relatado em aproximadamente 40 dos casos eacute encontrado na parte
posterior da maxila especialmente na regiatildeo dos molares ou apoacutes levantamento do
seio maxilar (CAUacuteLA MACHADO BARBOSA 2000 BUSCATTI 2003)
Em 1988 Misch realizou uma pesquisa tendo como base de estudos a escala
apresentada por Hounsfield que tem como objetivo a diferenciaccedilatildeo de densidades
de oacutergatildeos do corpo pela diferenccedila de tons de cinza atraveacutes da tomografia A partir
desta Misch propocircs uma nova escala o qual associou nuacutemeros aos tipos oacutesseos
relacionando numericamente os valores aos tipos oacutesseos
No periacuteodo preacute-enxertia foi verificado que em todos os casos estudados a
densidade presente na regiatildeo de leito receptor caracteriza osso tipo D3 Sendo esta
densidade compatiacutevel com a regiatildeo anterior e posterior da maxila
Apoacutes 10 meses dos enxertos homoacutegenos serem realizados (P1 e P2)
observou-se que a densidade em unidades HU diminuiu na maioria dos eixos
avaliados somente no eixo coronal da P2 que apresentou um leve aumento Apesar
desta variaccedilatildeo de valores natildeo houve mudanccedila da qualidade oacutessea Tanto o osso
neoformado quanto o do leito receptor mantiveram-se qualidade de osso D3
Nos casos onde o material de escolha foi osso autoacutegeno observou-se atraveacutes
da densidade em unidades HU aumento dos valores em todos os eixos avaliados
Entre os dois casos (P3 e P4) houve uma pequena diferenccedila entre os valores que
atraveacutes da escala proposta por Misch resultou na diferenccedila que no caso P3 o
material enxertado natildeo apresentou alteraccedilatildeo na qualidade em relaccedilatildeo agrave aacuterea
receptora Jaacute no caso P4 o material enxertado caracteriza-se como qualidade oacutessea
D2 Suponha-se que esta diferenccedila entre a densidade do material enxertado nestes
dois casos seja devido ao grau de condensaccedilatildeo do material na regiatildeo tamanho das
partiacuteculas e quantidade de material enxertado Os dados obtidos natildeo correspondem
a uma populaccedilatildeo em geral devido a pequena quantidade de amostras e se tratando
de um relato de caso cliacutenico
Pinto et al (2007) comenta que os enxertos autoacutegenos satildeo os uacutenicos entre os
tipos de enxerto oacutesseo a fornecer ceacutelulas oacutesseas vivas imunocompatiacuteveis
essenciais agrave fase I da osteogecircnese que eacute responsaacutevel pela proliferaccedilatildeo das ceacutelulas
oacutesseas em especial do osteoacuteide assim quanto mais ceacutelulas vivas forem
42
transplantadas mais tecido oacutesseo seraacute formado Kuabara et al (2000) concluiacuteram
que a pequena morbidade poacutes-operatoria da regiatildeo doadora do enxerto elege a
regiatildeo retromolar inferior como uma excelente opccedilatildeo ciruacutergica para reabilitaccedilatildeo de
pequenos defeitos oacutesseos Jaacute Cyriaco e Azevedo (2006) relatam que quando se
trata de enxertos menores as melhores aacutereas doadoras para regiatildeo oral seriam o
mento e a regiatildeo retromolar e para maiores quantidades a crista iliacuteaca a calota
craniana a costela e a tiacutebia
Pereira et al (2009) enxerto com osso autoacutegeno eacute considerado padratildeo ouro
para reconstruccedilatildeo de defeitos oacutesseos residuais Algumas teacutecnicas ciruacutergicas podem
ser realizadas abrangendo aacutereas doadoras extra e intrabucais dependendo do grau
de perda oacutessea planejamento ciruacutergico-proteacutetico e das condiccedilotildees gerais do
paciente O osso autoacutegeno cortical oferece excelente suporte estrutural para o siacutetio
receptor sendo uma excelente alternativa para segmentos de defeitos maiores que
5 ou 6 cm que requerem suporte estrutural imediato restabelecendo devidamente a
funccedilatildeo
Gonccedilalves (2008) concluiu que implantes instalados em enxertos de seio maxilar
com a ajuda de substitutos oacutesseos apresentam uma taxa de sucesso cliacutenico de
9009
O osso mais indicado para enxertia eacute o autoacutegeno pela sua eficiecircncia
bioseguranccedila e facilidade de obtenccedilatildeo e uma alternativa para sua substituiccedilatildeo eacute o
homoacutegeno por ter caracteriacutesticas a longo prazo semelhantes embora o iacutendice de
reabsorccedilatildeo ser maior (DEL VALE et al 2006 SOUZA et al 2010 GONCcedilALVEZ et
al 2009) O enxerto de osso homoacutelogo eacute uma alternativa viaacutevel para reconstruccedilatildeo
de rebordos alveolares severamente atroacuteficos ao mesmo tempo em que reduz a
morbidade e os riscos inerentes aos procedimentos de enxertos autoacutegenos como
dor parestesia e hematomas (MOLON et al 2009 PIFFER et al2010) Ele mostra-
se efetivo conforme Contar et al (2009) que realizou 51 implantes sobre enxerto
homoacutegeno alcanccedilando o torque miacutenimo de 40N(newton) em todos eles natildeo
havendo problema em nenhum implante em um periacuteodo de acompanhamento de 24
a 35 meses
Ajzen et al (2005) comenta do uso de fatores indutores como plasma rico em
plaquetas sugerindo uma melhor qualidade e quantidade oacutessea necessaacuteria para
reconstruccedilatildeo proteacutetica atraveacutes de implantes oacutesseo integrados A associaccedilatildeo do
bloco de osso homoacutegeno agrave medula oacutessea autoacuteloga parece representar uma
43
alternativa terapecircutica para se minimizar os niacuteveis de reabsorccedilatildeo dos materiais de
enxertia (COSTA et al 2009)
Faz-se necessaacuterio a coleta de mais casos para se obter um tratamento
estatiacutestico que possibilite uma comprovaccedilatildeo da previsibilidade da densidade oacutessea
com os materiais enxertados e variaccedilotildees de teacutecnicas ciruacutergicas
44
6 CONCLUSAtildeO
Conclui-se que o enxerto oacutesseo autoacutegeno e procedente de banco de ossos
demonstra-se eficaz na reabilitaccedilatildeo de pacientes que apresentam maxilas atroacuteficas
e que necessitam de implantes dentaacuterios para a reabilitaccedilatildeo proteacutetica
A densidade obtida do material enxertado eacute semelhante a densidade do
tecido oacutesseo adjacente necessitando de mais casos para esta comprovaccedilatildeo
45
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AJZEN S A et al Anaacutelise por tomografia computadorizada do enxerto autoacutegeno na cirurgia de sinus lift Radiol bras Rio de Janeiro v 38 n 1 p 25-31 janfev 2005 ALOY-PROacuteSPER A et al Bone regeneration using particulate grafts an update Med oral patol oral cir bucal Valencia v16 n2 p210-214 Mar 2011 ARAUacuteJO JMS de et al Enxerto oacutesseo bovino como alternativa para cirurgias de levantamento de assoalho de seio maxilar Rev cir traumatol buco-maxilo-fac Recife v9 n 3 p 89-96 julset 2009
BASSI A P F CARNEIRO G P Avaliaccedilatildeo do iacutendice de sucesso dos enxertos autoacutegenos e dos implantes instalados em regiatildeo do seio maxilar Implant News Satildeo Paulo v7 n2 p257-260 dez 2009
BLAY A TUNCHEL S SENDYK W R Viabilidade dos enxertos autoacutegenos obtidos com a utilizaccedilatildeo de coletores para osso estudo histoloacutegico e microbioloacutegico Pesqui Odontol Bras Satildeo Paulo v 17 n 3 p 234-40 julset 2003 BUSCATTI M Y Contribuiccedilatildeo para o estudo das densidades oacutesseas maxilomandibulares por meio da escala tomodensitomeacutetrica de Hounsfield quando da aplicaccedilatildeo de programa computadorizado para planejamento de implantes osseointegrados 2003 122f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Radiologia) - Faculdade de Odontologia da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2003 CAUacuteLA A L MACHADO F O de BARBOZA E P Densidade Oacutessea no planejamento em Implantodontia BCI Curitiba v 7 n 25 2000
CHEM RC et al Uso de retalho livre de fiacutebula no complexo bucomaxila-facial ndash Relato de dois casos Rev Cir Traumatol Buco-maxilo-fac Camaragibe v5 n4 p 23-30 outdez 2005 CONTAR C M M et al Maxillary ridge augmentation with fresh-frozen bone allografts J Oral Maxillofac Surg Copenhagen v67 n6 p1280-1285 June 2009 COSMO L A M et al Enxerto oacutesseo em levantamento de seio maxilar com osso humano fresco congelado ImplantNews Satildeo Paulo v 4 n 3 p 249-253 2007 COSTA C E S da et al Utilizaccedilatildeo de medula oacutessea autoacuteloga na integraccedilatildeo de enxertos oacutesseos homoacutelogos ImplantNews Satildeo Paulo v 6 n 4 p 395-402 2009
CYRIACO E AZEVEDO D Enxertos oacutesseos aplicados na cirurgia buccedilo-maxilo facial Cispre [on line] Petroacutepolis 27 jul 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcisprecombracervo_detalhesaspId=60gt Acesso em 20 abr 2011
DEL VALLE R A CARVALHO M L de GONZALEZ M R Estudo do comportamento de enxerto oacutesseo com material doador obtido dos bancos de tecidos muacutesculos-esqueleacuteticos Rev odontol Univ Cid Satildeo Paulo Satildeo Paulo v 18 n 2 p 189-194 maioago 2006
46
GARCIA JUacuteNIOR I R et al Avaliaccedilatildeo cliacutenica de enxertos oacutesseos autoacutegenos de crista iliacuteaca em maxilas atroacuteficas para instalaccedilatildeo de implantes oacutesseointegraacuteveis Innov implant j biomater esthet (Impr) Satildeo Paulo v 1 n 1 p 34-40 maio 2006 GONCcedilALVES A R de Q Avaliaccedilatildeo do sucesso de implantes osseointegraacuteveis em enxerto de seio maxilar RGO (Porto Alegre) Porto Alegre v 56 n 4 p 423-427 outdez 2008 GONCcedilALVES A O et al Avaliaccedilatildeo histomorfoloacutegica de maxilares humanos submetidos a enxerto oacutesseo autoacutegeno e homoacutegeno Implant News Satildeo Paulo v7 n2 p213-222 nov 2009
JAHN R S et al Retalho em dupla paacutegina Innov implant j biomater esthet Satildeo Paulo v 4 n 3 p 20-24 setdez 2009
KUABARA M R et al Levantamento de seio maxilar utilizando enxerto autoacutegeno da regiatildeo retromolar e simultacircnea colocaccedilatildeo de implantes ossointegrados Relato de caso cliacutenico ROBRAC Goiacircnia v 9 n 28 p 14-17 2000
MAZZONETTO R et al Avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de enxertos de siacutenfise mandibular na reconstruccedilatildeo de defeitos oacutesseos em regiatildeo anterior de maxila estudo por meio de tomografia convencional linear Rev bras implant Satildeo Paulo v 6 n 1 p 19-22 janmar 2000
MISCH C E et al Doaccedilatildeo de enxertos oacutesseos autoacutegenos extra orais para implantes endo oacutesseo In Implantes Dentaacuterios Contemporacircneos 2ordm ed Satildeo Paulo Santos 2000 cap 33 p 521-535 MOLON R S de et al Reconstruccedilatildeo de maxila atroacutefica utilizando enxerto oacutesseo homoacutegeno Rev Cir Traumatol Buco-Maxilo-fac Camaragibe v 9 n 4 p 25-30 outdez 2009 OLIVEIRA FILHO M A de et alReconstruccedilatildeo de defeito de continuidade em mandiacutebula com posterior reconstruccedilatildeo alveolar RGO (Porto Alegre) Porto Alegre v 55 n 3 p 305-310 julset 2007 OLIVEIRA H W de DIEBOLD E SILVA A M M da Avaliaccedilatildeo da regiatildeo maxilar em imagens de tc por raios x para o uso em implantodontia e cirurgia bucomaxilofaciaL Disponiacutevel em lthttpwwwpucrsbrunipoafisicapesquisasnimedartigosArtigo20Canal20CientEDficopdfgt Acesso em 20 de Junho de 2011 PEREIRA C C S et al Enxertos oacutesseos autoacutegenos mandibulares para reconstruccedilatildeo de processos alveolares atroacutefi cos revisatildeo e teacutecnica ciruacutergica Innov Implant J Biomater Esthet Satildeo Paulo v 4 n 3 p 96-102 setdez 2009 PICCINELLI L B et al Estudo retrospectivo de 59 pacientes tratados com enxertos oacutesseos autoacutegenos intrabucais e implantes dentais Innov Implant J Biomater Esthet Satildeo Paulo v 4 n 3 p 30-34 setdez 2009 PIFFER C S et al Levantamento de seio maxilar utilizando Bio-Oss concomitante com a instalaccedilatildeo de implantes ImplantNews Satildeo Paulo v 7 n 4 p 489-495 2010
47
PINTO J G S et al Enxerto autoacutegeno x biomateriais no tratamento de fraturas e deformidades faciais ndash uma revisatildeo de conceitos atuais RFO UPF Passo Fundo v 12 n 3 p 79-84 setdez 2007 RIBEIRO JUacuteNIOR O et al Princiacutepios da reconstruccedilatildeo mandibular com enxerto oacutesseo vascularizado Rev cir traumatol buco-maxilo-fac Recife v 8 n 1 p 15 ndash 22 janmar 2008 RODRIGUES A F VITRAL R W F Aplicaccedilotildees da Tomografia Computadorizada na Odontologia Pesq Bras Odontoped Clin Integr Joatildeo Pessoa v 7 n 3 p 317-324 setdez 2007 SANTIAGO R C VITRAL R W F Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da densidade mineral oacutessea e seu emprego na odontologia Pesq Bras Odontoped Clin Integr Joatildeo Pessoa v6 n3 p 289-294 setdez 2006 SILVEIRA A C G WASSALL T Anaacutelise da aacuterea doadora de enxerto mandibular por meio de tomografia computadorizada do feixe cocircnico para avaliaccedilatildeo da remodelaccedilatildeo oacutessea RGO (Porto Alegre) Porto Alegre v 57 n 1 p 61-65 janmar 2009 SOUSA J N L de et al Avaliaccedilatildeo dos enxertos homoacutegenos como substitutos aos enxertos autoacutegenos na fixaccedilatildeo de implantes osteointegrados uma revisatildeo sistemaacutetica da literatura Innov Implant J Satildeo Paulo v 4 n 3 p 54-57 setdez 2009 SOUZA D O et al Aplicaccedilotildees de enxertos de bancos de ossos em odontologia R Ci meacuted biol Salvador v 9 n 1 p 45-48 2010 SPIN-NETO R et al Tecido oacutesseo homoacutelogo para utilizaccedilatildeo em Odontologia Implant News Satildeo Paulo v7 n4 p555-560 dez 2009 TANAKA R et al Incorporaccedilatildeo dos enxertos oacutesseos em bloco processos bioloacutegicos e consideraccedilotildees relevantes Conscientia e sauacutede Satildeo Paulo v 7 n 3 p 323-327 2008 ZEacuteTOLA A L et al Reconstruccedilatildeo do seio maxilar atroacutefico com enxerto autoacutelogo de crista iliacuteaca avaliaccedilatildeo por tomografia computadorizada e radiografia panoracircmica Rev col bras cir Rio de Janeiro v 29 n 1 p 13-18 janfev 2002
6
1 INTRODUCcedilAtildeO
Os implantes dentaacuterios estatildeo sendo usados em grande nuacutemero por pacientes
edecircntulos totais ou parciais Eles satildeo um excelente meacutetodo de tratamento para se
obter uma adequada reabilitaccedilatildeo bucal No entanto o seu sucesso depende de uma
quantidade miacutenima de tecido oacutesseo para a sua inserccedilatildeo com comprimento e
espessura seguros a fim de suportar as forccedilas mastigatoacuterias
A condiccedilatildeo de um remanescente oacutesseo miacutenimo para inserccedilatildeo do implante
nem sempre se faz presente por isso teacutecnicas de aumento de rebordo alveolar e de
levantamento de assoalho do seio maxilar tecircm sido desenvolvidas viabilizando
dessa forma a reabilitaccedilatildeo(AJZEN et al 2005)
A regeneraccedilatildeo do osso alveolar reabsorvido eacute um dos desafios atuais da
cliacutenica odontoloacutegica Existindo basicamente trecircs origens diferentes de osso a ser
enxertado osso autoacutegeno (autoacutelogo) homoacutegeno (homoacutelogo) osso heteroacutegeno
(heteroacutelogo) O osso autoacutegeno tem como origem o osso do proacuteprio paciente o osso
homoacutegeno tem origem da mesma espeacutecie (cadaacuteveres nos bancos de ossos) e o
osso heteroacutegeno tem como origem o osso de doador de outra espeacutecie (geralmente
bovina)
A partir da constataccedilatildeo da demanda atual dessa modalidade de reabilitaccedilatildeo oral
avaliou-se a qualidade do material de enxerto oacutesseo procedente de banco de ossos
(osso homoacutegeno) e osso autoacutegeno em situaccedilatildeo de implante dentaacuterio por meio da
tomografia computadorizada Cone Beam E dessa forma definir qual a indicaccedilatildeo do
material e atraveacutes de suas vantagens e desvantagens servir de auxiacutelio ao Cirurgiatildeo-
Dentista em sua praacutetica diaacuteria de implantodontia levando-o agrave seguranccedila e
confiabilidade em seus procedimentos
7
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
Cauacutela Machado e Barboza (2000) descreveram os diferentes tipos de
densidade oacutessea e sua influecircncia na Implantodontia A densidade do osso disponiacutevel
em um siacutetio edecircntulo tem influecircncia no planejamento do tratamento no design do
implante no tipo de cirurgia no tempo de cicatrizaccedilatildeo e na colocaccedilatildeo progressiva
de carga durante a reconstruccedilatildeo proteacutetica O osso pode ser classificado
macroscopicamente em quatro grupos de densidades diferentes do mais denso ao
menos denso compacto denso compacto poroso trabecular grosso e trabecular
fino O osso considerado como densidade 1 (D1) manteacutem sua forma e densidade
devido ao stress das inserccedilotildees musculares Sendo composto de osso lamelar
histoloacutegico eacute altamente mineralizado e capaz de suportar grandes cargas O osso
compacto denso tambeacutem apresenta algumas desvantagens que devem ser
consideradas O osso D1 eacute mais difiacutecil de ser preparado para receber implantes do
que qualquer outro tipo oacutesseo O osso com densidade 2 (D2) eacute uma combinaccedilatildeo de
osso compacto denso para poroso na porccedilatildeo externa e osso trabecular grosso na
porccedilatildeo interna Na superfiacutecie e nas proporccedilotildees laterais do implante oferece uma
interface inicial riacutegida A densidade oacutessea D2 eacute mais comumente encontrada na
mandiacutebula A regiatildeo anterior da mandiacutebula apresenta este tipo oacutesseo em 23 dos
casos O osso com densidade 3 (D3) eacute composto de uma cortical oacutessea fina na
crista e osso trabecular fino no interior Uma das desvantagens desse tipo oacutesseo eacute a
delicadeza com a qual esse osso deve ser manipulado Quanto menor for a
densidade mais facilmente o osso eacute expandido para que implantes sejam inseridos
A regiatildeo anterior da maxila apresenta em 65 dos casos o osso D3 e em quase
metade dos casos o osso D3 eacute encontrado tambeacutem na regiatildeo posterior da maxila
O osso com densidade 4 (D4) eacute um osso trabecular fino cuja cortical oacutessea eacute
miacutenima ou nenhuma A necessidade da altura maacutexima de osso disponiacutevel eacute maior
em D4 do que em outros tipos oacutesseos para aumentar a superfiacutecie de contato
ossoimplante O tempo de cicatrizaccedilatildeo deve ultrapassar os 6 meses como
preconizado nos protocolos existentes O osso menos denso D4 tem sido relatado
em aproximadamente 40 dos casos eacute encontrado na parte posterior da maxila
especialmente na regiatildeo dos molares ou apoacutes levantamento do seio maxilar Os
autores concluiacuteram que dependendo da localizaccedilatildeo e do tempo pelo qual uma aacuterea
8
permaneceu edecircntula sua densidade seraacute variaacutevel Poreacutem existem aacutereas onde os
tipos oacutesseos satildeo mais comumente encontrados D1 eacute encontrado em mandiacutebula
anterior atroacutefica D2 eacute encontrado em regiatildeo de mandiacutebula anterior mandiacutebula
posterior e maxila anterior D3 eacute encontrado em regiatildeo de maxila anterior maxila
posterior e mandiacutebula posterior e D4 eacute encontrado em regiatildeo de maxila posterior
Kuabara et al (2000) apresentaram um caso cliacutenico de reabilitaccedilatildeo oral por
meio de cirurgia avanccedilada em implantologia destacando a teacutecnica ciruacutergica para
elevaccedilatildeo do seio maxilar usando um enxerto oacutesseo da regiatildeo retromolar da
mandiacutebula Todo procedimento ciruacutergico foi realizado sob anestesia local e
medicaccedilatildeo previamente agrave cirurgia O enxerto foi removido da regiatildeo retromolar da
mandiacutebula aacuterea onde encontra-se maior quantidade de osso cortical e pouca
medular Apoacutes anestesia local por bloqueio regional e complementar a incisatildeo foi
realizada na base do ramo da mandiacutebula seguindo pela linha obliqua ateacute a regiatildeo de
1ordm molar inferior Foi realizado o deslocamento do retalho muco-periostal e o tecido
oacutesseo foi exposto a ostectomia foi realizada com brocas e cinzeacuteis provocando uma
fratura do fragmento Enquanto as perfuraccedilotildees dos implantes eram confeccionadas
o enxerto foi particulado e colocado no interior da cavidade sinusal em sua porccedilatildeo
medial seguindo-se a colocaccedilatildeo dos implantes e posterior preenchimento da
cavidade com osso triturado Passado o periacuteodo de seis meses foi iniciada a fase
proteacutetica Os autores concluiacuteram que a pequena morbidade poacutes-operatoacuteria da
regiatildeo doadora do enxerto elege a regiatildeo retromolar inferior como uma excelente
opccedilatildeo ciruacutergica para reabilitaccedilatildeo de pequenos defeitos oacutesseos A enxertia oacutessea no
interior da cavidade sinusal provou ser uma alternativa eficiente para reabilitar a
regiatildeo posterior de maxila onde a colocaccedilatildeo de implantes osseointegrados eacute
limitada pela quantidade oacutessea remanescente
Mazzonetto et al (2000) avaliaram o aumento em espessura oacutessea apoacutes a
realizaccedilatildeo de enxerto autoacutegeno obtido da regiatildeo de siacutenfise mandibular em regiatildeo
anterior de maxilas com grandes reabsorccedilotildees oacutesseas de pacientes que
necessitavam de reabilitaccedilatildeo por meio de implantes osseointegrados Seis pacientes
apresentando perdas dentaacuterias e defeitos oacutesseos na regiatildeo anterior de maxila foram
submetidos agrave reconstruccedilatildeo alveolar utilizando enxerto autoacutegeno da regiatildeo da siacutenfise
mandibular com o objetivo de restabelecer a espessura oacutessea para posteriormente
serem reabilitados com implantes Foram realizadas radiografias intrabucais
9
panoracircmica e tomografia convencional linear no exame inicial para avaliar a aacuterea
maxilar e determinar se a aacuterea doadora ou seja a siacutenfise mandibular apresentava
osso suficiente para reconstruir o defeito Realizada a cirurgia apoacutes 4 meses foi feito
outro procedimento ciruacutergico reabrindo a aacuterea para remoccedilatildeo dos parafusos Passado
um periacuteodo de 6 meses da realizaccedilatildeo do enxerto cada paciente foi submetido a
novo exame tomograacutefico convencional linear tomada esta que foi realizada de
maneira padronizada com a primeira Foram realizadas medidas do ganho oacutesseo
pela anaacutelise das tomografias preacute e poacutes-operatoacuterias dos pacientes Foi traccedilada uma
linha no longo eixo do rebordo a partir do ponto mais alto da crista A partir desta
projetou-se uma linha perpendicular a 5 mm de distacircncia da porccedilatildeo mais oclusal
sobre a qual foi medida a distacircncia entre as duas corticais vestibular e lingual Dos 6
pacientes analisados foram obtidas 12 medidas comparativas Em 3 das medida
natildeo foram obtidos os resultados desejados devido agrave reabsorccedilatildeo do enxerto
Portanto 75 das aacutereas avaliadas obtiveram aumento em espessura suficientes
para a colocaccedilatildeo de implantes As observaccedilotildees cliacutenicas e radiograacuteficas das aacutereas
enxertadas demonstraram ganho oacutesseo em altura e em largura indicando que o
enxerto retirado da siacutenfise mandibular eacute uma aIternativa viaacutevel para a reconstruccedilatildeo
de defeitos alveolares a maxila anterior onde seratildeo colocados implantes A aacuterea da
siacutenfise mandibular tem muitas vantagens em relaccedilatildeo a outros locais doadores
Misch et al (2000) apoacutes realizar uma revisatildeo de literatura verificou a
importacircncia da densidade oacutessea no sucesso do implante osseointegrado e
apresentou uma atualizaccedilatildeo de sua classificaccedilatildeo oacutessea de 1988 acrescentando o
tipo oacutesseo D5 o qual associou nuacutemeros aos tipos oacutesseos relacionando
numericamente os valores aos tipos oacutesseos
10
Zeacutetola et al (2002) investigaram a neoformaccedilatildeo oacutessea de enxerto autoacutelogo
medular natildeo vascularizado de crista iliacuteaca para seio maxilar atroacutefico por meio de
uma avaliaccedilatildeo comparativa da precisatildeo entre a Tomografia Computadorizada (TC) e
a radiografia panoracircmica Foram selecionados 14 pacientes submetidos a 25
enxertos de crista iliacuteaca natildeo vascularizados sendo eles 9 do sexo feminino e 5 do
sexo masculino tendo como meacutedia de idade de 443 anos O criteacuterio de inclusatildeo foi
a altura residual menor que 5mm entre o rebordo gengival e o soalho antral
(medidos comparativamente pela tomografia computadorizada e radiografia
panoracircmica) e todos pacientes eram edentados uni ou bilateralmente A parede
lateral do seio maxilar foi exposta totalmente para a confecccedilatildeo de uma janela oval
com tamanho aproximado de 15 a 25mm feita com broca esfeacuterica diamantada
nuacutemero seis sendo preservada a integridade da mucosa antral que foi totalmente
rebatida sendo exposta a cuba e parede medial do antro maxilar O fragmento
oacutesseo da crista iliacuteaca autoacutegena foi colocado perpendicularmente agrave parede lateral da
maxila isolando o compartimento superior do seio Jaacute no inferior foi empregado osso
medular autoacutegeno fragmentado isolado ou misturado com hidroxiapatita (HA) que foi
recoberto pelo retalho mucoperiostal suturado com fio reabsorviacutevel de poligalactina
40 em sutura simples Para a avaliaccedilatildeo quantitativa e qualitativa poacutes-operatoacuteria
foram empregadas a radiografia panoracircmica e a tomografia computadorizada Foi
utilizado o teste de meacutedias atraveacutes da distribuiccedilatildeo t de Student para anaacutelise das
varianccedilas com a prevalecircncia de 005 para os dois grupos de imagens Na avaliaccedilatildeo
qualitativa houve consenso dos observadores nos dois grupos de exames (RX
panoracircmico e TC) e para a imagem panoracircmica (RP) o conceito foi regular e para a
tomografia boa Com relaccedilatildeo agrave anaacutelise quantitativa houve consenso na tomografia
11
computadorizada e para a radiografia panoracircmica a diferenccedila foi miacutenima entre os
observadores sem significado O ganho meacutedio foi de 148mm em todos os
procedimentos com erro maior que 3mm em 16 procedimentos (64) Os autores
concluiacuteram que a tomografia computadorizada foi o meacutetodo de escolha na avaliaccedilatildeo
qualitativa e quantitativa da incorporaccedilatildeo de enxerto autoacutelogo natildeo vascularizado em
seio maxilar atroacutefico
Blay Tunchel e Sendyk (2003) avaliaram a viabilidade microbioloacutegica e
histoloacutegica de tecido oacutesseo que ateacute a data tem sido ignorado em oacutesseos integrados
em cirurgias de implante Foram selecionados trinta pacientes sendo 13 homens e
17 mulheres com meacutedia de idade de 54 anos estando em bom estado de sauacutede
geral Os criteacuterios de seleccedilatildeo foram pacientes com perda de um ou mais elementos
dentaacuterios e com atrofia alveolar moderada Foi adotada uma teacutecnica baseada no uso
de coletores de osso para a obtenccedilatildeo de material oacutesseo autoacutegeno sem ter que
envolver um segundo (intra-oral ou extra-oral) aacuterea ciruacutergica para a obtenccedilatildeo de
osso autoacutegeno As amostras foram obtidas durante o processo de perfuraccedilatildeo do
osso alveolar utilizando dois tipos de coletores de ossos especiais As mesmas
foram utilizadas para o preenchimento de falha oacutessea Uma pequena amostra do
material coletado foi enviado para anaacutelise microbioloacutegica e histoloacutegica Os retalhos
foram fechados com Donath thread tipo de cirurgia e suturas simples individual
Apoacutes o periacuteodo de 6 a 8 meses foi realizada a reabertura na aacuterea da instalaccedilatildeo dos
implantes e realizado bioacutepsias na aacuterea de deiscecircncia para fornecer pequenos
fragmentos de ossos para anaacutelise histoloacutegica Para analise microbiana as amostras
foram transportadas em meio de tioglicolato e incubados por 24 horas a uma
temperatura de 36 plusmn 1 ordm C em condiccedilotildees aeroacutebias e anaeroacutebias a fim de avaliar a
presenccedila de contaminaccedilatildeo bacteriana As bacteacuterias encontradas nas amostras natildeo
apresentaram patogenicidade ou virulecircncia suficiente para prejudicar o enxerto ou
implante de forma alguma A avaliaccedilatildeo histoloacutegica das amostras mostrou que
mesmo em um estado de partiacuteculas a estrutura oacutessea foi bem preservada contendo
um grande nuacutemero de osteoacutecitos no interior da matriz calcificada sugerindo que a
viabilidade do tecido oacutesseo era mantida No periacuteodo de segunda fase mostraram
uma estrutura oacutessea histoloacutegica semelhante agrave do osso secundaacuterio Os autores
concluiacuteram que clinicamente assim como histologicamente o meacutetodo de coleta foi
capaz de preservar as ceacutelulas com capacidade de induccedilatildeo oacutessea
12
Buscatti (2003) avaliou as densidades oacutesseas das porccedilotildees medulares e
corticais maxilomandibulares por meio da escala tomodensitomeacutetrica de Hounsfield
utilizada nos exames de tomografia computadorizada A amostra foi composta por
12 pacientes de ambos os sexos Em cada aacuterea foi realizada a mensuraccedilatildeo da
densidade oacutessea por meio de uma ferramenta especiacutefica onde se avaliou a
qualidade oacutessea das corticais vestibular lingual ou palatina da base da mandiacutebula
ou assoalho do seio maxilarfossa nasal e da regiatildeo central do trabeculado oacutesseo
Para cada aacuterea foi mensurado o valor meacutedio de densidade e seu desvio padratildeo
Para a anaacutelise estatiacutestica dividiram-se os dados em dois grupos o primeiro com as
aacutereas correspondentes agrave regiatildeo anterior dos arcos e o segundo para a regiatildeo
posterior Para cada arco foi obtido 6 valores de densidade oacutessea para a porccedilatildeo
medular e cada cortical oacutessea da a regiatildeo anterior e 10 valores para a regiatildeo
posterior Uma anaacutelise inicial dos valores tomodensitomeacutetricos de Hounsfield (escala
Hounsfield) obtidos nesse presente estudo mostra de maneira geral que a
densidade oacutessea quando analisada sem distinccedilatildeo de gecircnero arco ou regiatildeo
apresenta-se na meacutedia maior na cortical oacutessea do que na porccedilatildeo medular situaccedilatildeo
constante em todas as anaacutelises realizadas durante esse estudo e cujo valor era
esperado devido ao maior grau de mineralizaccedilatildeo da cortical em relaccedilatildeo agrave medular
oacutessea O autor concluiu que quando da anaacutelise das densidades oacutesseas nos gecircneros
masculino e feminino natildeo houve diferenccedila estatisticamente significante para seus
valores tanto nas corticais quanto na porccedilatildeo medular A anaacutelise das densidades
oacutesseas em funccedilatildeo das regiotildees anatocircmicas (anterior e posterior) demonstrou
diferenccedila estatisticamente significante entre elas para os valores da porccedilatildeo medular
Em relaccedilatildeo aos arcos (superior e inferior) houve diferenccedila estatisticamente
significante entre eles para os valores das corticais vestibular lingual ou palatina e
base da mandiacutebula ou assoalho do seio maxilarfossa nasal
Ajzen et al (2005) quantificaram por meio da TC a formaccedilatildeo oacutessea nos
enxertos realizados apenas com osso autoacutegeno e nos enxertos com osso autoacutegeno
e plasma rico em plaquetas (PRP) obtido pelos meacutetodos de centrifugaccedilatildeo e afeacuterese
comparando seis meses depois os trecircs tipos de enxertos realizados Este estudo
utilizou como amostra 34 pacientes adultos de ambos os sexos (sete do sexo
masculino e 28 do sexo feminino) sem distinccedilatildeo de raccedila com idades entre 23 e 65
anos idade meacutedia de 48 anos e 8 meses que foram previamente avaliados por
radiografias panoracircmicas A avaliaccedilatildeo constou dos seguintes itens pneumatizaccedilatildeo
13
unilateral ou bilateral dos seios maxilares relacionada agraves perdas dentaacuterias e que
necessitavam de enxertos oacutesseos Nestes 34 pacientes foram operados 53 seios
maxilares sendo a amostra dividida em trecircs grupos grupo afeacuterese pacientes que
receberam enxerto de osso autoacutegeno e PRP obtido pelo meacutetodo de afeacuterese grupo
centriacutefuga pacientes que receberam enxerto de osso autoacutegeno e PRP obtido pelo
meacutetodo de centrifugaccedilatildeo e grupo osso autoacutegeno pacientes que receberam enxerto
apenas de osso Foram realizados exames preacute-operatoacuterios radiograacuteficos radiografia
periapical radiografia panoracircmica e TC Esses exames foram repetidos seis meses
apoacutes a intervenccedilatildeo ciruacutergica para a avaliaccedilatildeo da quantificaccedilatildeo oacutessea cortical e
medular da regiatildeo enxertada Para analisar o crescimento oacutesseo obtiveram-se as
meacutedias e os desvios-padratildeo (que mede a variabilidade dos dados) para a altura e a
largura considerando os trecircs grupos (afeacuterese centriacutefuga e osso autoacutegeno) e as
diferenccedilas entre as medidas finais e iniciais Para verificar se existe diferenccedila
significativa entre os crescimentos meacutedios foi feita a anaacutelise de variacircncia para
medidas repetidas (ANOVA) O niacutevel de significacircncia (p) foi fixado em um valor
menor ou igual a 005 (5) para a rejeiccedilatildeo da hipoacutetese de nulidade Pela avaliaccedilatildeo
da TC houve crescimento do remanescente oacutesseo em altura nos trecircs grupos
quando comparados os momentos inicial e final do experimento Natildeo houve
diferenccedila estatiacutestica para a altura (p= 0078) e para a largura (p = 0556) Os autores
concluiacuteram que apesar dos resultados natildeo serem estatisticamente significantes
evidecircncias cliacutenicas tecircm mostrado a eficaacutecia dos enxertos de osso autoacutegeno
principalmente aqueles associados a fatores indutores de crescimento oacutesseo como
o PRP alterando a altura e a largura necessaacuterias para a reconstruccedilatildeo proteacutetica do
arcabouccedilo maxilofacial atraveacutes de implantes osteointegrados porque na
odontologia atual busca-se cada vez mais devolver aos pacientes edecircntulos a sua
capacidade mastigatoacuteria e esteacutetica e consequumlentemente promovendo a integridade
dos vaacuterios elementos que compotildeem o sistema estomatognaacutetico
Chem et al (2005) afirmaram que a falta de tecido oacutesseo deve ser reparada
Situaccedilotildees como estas deixam os pacientes carentes fisiologicamente
esteticamente e psicologicamente Este trabalho iraacute relatar a teacutecnica de retalho livre
de fiacutebula para reconstruccedilatildeo da mandiacutebula e da maxila Foram realizados
atendimentos a dois pacientes pelo Serviccedilo de Cirurgia e Traumatologia Buco-
maxilo-facial do Complexo Hospitalar da Santa Casa de Misericoacuterdia de Porto
14
Alegre Possiacuteveis complicaccedilotildees podem se justificar pela maacute fixaccedilatildeo do retalho aos
cotos ou pela insuficiecircncia vascular Nos dois casos relatados o retalho foi fixado
aos cotos com placas e parafusos de forma a apresentar imobilidade obtendo-se
dessa forma a regeneraccedilatildeo entre os tecidos O retalho livre de fiacutebula ou enxerto
vascularizado caracteriza-se por ser um enxerto autoacutegeno segmentado e removido
da aacuterea doadora tendo sua vascularizaccedilatildeo preservada a fim de nutrir esse tecido
quando no leito receptor a partir da sua anastomose com o sistema vascular da
regiatildeo receptora O retalho de fiacutebula eacute o mais frequumlentemente pois esse retalho
fornece o maior montante de tecido oacutesseo entre todos os retalhos oacutesseos e causa
pouca morbidade na aacuterea doadora Os autores concluiacuteram que o emprego de
enxertos oacutesseos vascularizados em reconstruccedilotildees da face gera bons resultados
esteacuteticos e funcionais Pois os dois casos relatados os enxertos apresentaram
sucesso agrave observaccedilatildeo imediata e longitudinal alcanccedilando-se resultados esteacuteticos e
funcionais satisfatoacuterios
Cyriaco e Azevedo (2006) analisaram e revisaram a utilizaccedilatildeo do enxerto
oacutesseo em suas vaacuterias formas autoacutelogo homoacutelogo e heteroacutelogo descalcificado e
vascularizado na reparaccedilatildeo de falha oacutessea aleacutem das principais caracteriacutesticas
pertinentes a cada tipo buscando com isso um melhor direcionamento na sua
utilizaccedilatildeo Segundo diversos autores haacute disponiacuteveis opccedilotildees doadoras de enxertos
vascularizados como calota craniana fiacutebula costela escaacutepula crista iliacuteaca e raacutedio
Suas vantagens estatildeo nos iacutendices elevados de sucesso e a chance de fazecirc-lo em
pacientes irradiados ou que passaraacute por seccedilotildees de radioterapia como ocorre na
retirada de tumores malignos Quando se trata de enxertos menores as melhores
aacutereas doadoras para regiatildeo oral seriam o mento e a regiatildeo retromolar e para
maiores quantidades a crista iliacuteaca a calota craniana a costela e a tiacutebia A calota
craniana e osso iliacuteaco satildeo vantajosos por ter um grande volume de tecido oacutesseo no
que se refere agraves aacutereas doadoras externas sendo indicadas para a correccedilatildeo de
grandes defeitos oacutesseos De acordo com a pesquisa foi possiacutevel concluir que as
melhores aacutereas doadoras intrabucais satildeo o mento a regiatildeo retromolar e a
tuberosidade da maxila e que as aacutereas doadoras externas possiacuteveis satildeo a crista
iliacuteaca e a calota craniana
Del Valle et al (2006) tiveram como objetivo comparar o enxerto homoacutegeno
com o enxerto autoacutegeno nas cirurgias reconstrutivas de maxila com finalidade
implantodocircntica atraveacutes de um relato de caso cliacutenico Neste caso o paciente
15
apresentava ausecircncia dos elementos 11 e 12 com migraccedilatildeo mesial dos elementos
13 e 21 Atraveacutes do exame cliacutenico foi verificado falta de espessura do rebordo
alveolar na regiatildeo resultado da perda da taacutebua oacutessea vestibular por ocasiatildeo da
exodontia Foram realizados exames radiograacuteficos de regiatildeo panoracircmica periapical
Foi constatado pouca espessura palato-vestibular do rebordo oacutesseo na regiatildeo dos
dentes 11 e 12 contra-indicando a colocaccedilatildeo de implante dentaacuterio por risco de
fenestraccedilatildeo vestibular Com isto o tratamento indicado foi enxertia oacutessea utilizando
osso homoacutegeno bicortical com medular interna retirado da crista do osso iliacuteaco
medindo 27x17x9 milimetros e recebido os antibioacuteticos Vancomicina e Polimixina B
Foi feito o deslocamento muco-periostal do retalho esculpido o bloco oacutesseo e
adaptado ao leito receptor Para realizar a fixaccedilatildeo foi feito perfuraccedilotildees oacutesseas no
leito receptor com brocas esfeacutericas laminadas e imobilizados com 2 parafusos de
15mm de diacircmetros e 11mm de comprimento promovendo um enxerto do tipo
onlay Todo enxerto foi recoberto com osso particulado do mesmo bloco
amalgamado ao plasma rico em plaquetas e suturado Apoacutes passar 3 meses da
cirurgia houve exposiccedilatildeo do parafuso de osteossiacutentese de posiccedilatildeo mais cervical e
na sua remoccedilatildeo constatamos a formaccedilatildeo de tecido fibroso entre o fragmento
enxertado e o leito receptor somente nessa regiatildeo tendo sido removido Apoacutes 5
meses da enxertia foi colocado implantes e recoberto com membrana oacutessea
reabsorviacutevel por ter havido fenestraccedilatildeo oacutessea cervical Os autores apoacutes relatar o
caso concluiacuteram que o osso mais indicado para enxertia eacute o autoacutegeno e uma
alternativa para sua substituiccedilatildeo eacute o homoacutegeno por ter caracteriacutesticas a longo prazo
semelhantes embora o iacutendice de reabsorccedilatildeo eacute maior entretanto relataram que eacute
necessaacuterios maiores estudos principalmente de aacutereas doadoras utilizadas para
enxertias
Garcia Juacutenior et al (2006) avaliaram clinicamente os enxertos oacutesseos
retirados da crista do osso iliacuteaco para reconstruccedilatildeo total de maxilas atroacuteficas e
posterior instalaccedilatildeo de implantes oacutesseointegraacuteveis Foram selecionados doze
pacientes no qual foram submetidos agrave cirurgia de enxerto oacutesseo na maxila
utilizando-se fragmentos oacutesseos removidos da porccedilatildeo anterior da crista iliacuteaca A
meacutedia de idade dos pacientes era de 495 anos sendo 3 do sexo masculino e 12
eram do sexo feminino O tempo de espera para a cirurgia de instalaccedilatildeo de
implantes variou de 5 a 6 meses apoacutes enxerto oacutesseo Na reabertura do enxerto para
instalaccedilatildeo dos implantes oacutesseointegrados foram realizadas as avaliaccedilotildees cliacutenicas
16
dos enxertos oacutesseos Os resultados mostraram que em todos os casos houve ganho
oacutesseo no rebordo alveolar e tambeacutem uma melhora no perfil facial e o contorno labial
dos pacientes Os autores concluiacuteram que o enxerto oacutesseo retirado do osso iliacuteaco eacute
uma alternativa viaacutevel para reconstruccedilotildees de maxilas atroacuteficas tambeacutem que houve
melhora cliacutenica significativa quanto ao volume oacutesseo em altura e largura do rebordo
alveolar e que em todos os casos foram possiacuteveis a instalaccedilatildeo de implantes
oacutesseointegraacuteveis
Santiago e Vitral (2006) analisaram os meacutetodos de avaliaccedilatildeo da densidade
mineral oacutessea (DMO) e seu emprego na odontologia com o objetivo de descrever os
diferentes meacutetodos empregados bem como avaliar a relevacircncia em se determinar a
densidade oacutessea no planejamento e sucesso de tratamentos odontoloacutegicos
especiacuteficos Foi feita uma revisatildeo de literatura onde abordaram as teacutecnicas de
densitometria oacutessea e como eacute feita a avaliaccedilatildeo da densidade oacutessea em odontologia
Diversos satildeo os meacutetodos para se avaliar a densidade mineral oacutessea tanto na aacuterea
meacutedica quanto em Odontologia A questatildeo sobre qual a melhor teacutecnica e a melhor
regiatildeo para se avaliar a DMO de cada individuo parece ainda natildeo ter resposta
Entretanto o que se sabe eacute que dentre as diferentes teacutecnicas disponiacuteveis diferentes
vantagens e desvantagens satildeo apresentadas Em Odontologia a tomografia
computadorizada tem demonstrado ser o meacutetodo de eleiccedilatildeo para a determinaccedilatildeo da
densidade oacutessea na regiatildeo dos maxilares pois fornece dados objetivos precisos da
variaccedilatildeo da densidade oacutessea entre diferentes regiotildees em um mesmo indiviacuteduo
permitindo dessa forma correlacionar positivamente os valores encontrados com a
qualidade oacutessea descrita subjetivamente Aleacutem disso a tomografia computadorizada
eacute o uacutenico meacutetodo que permite avaliar osso cortical e medular separadamente
Cosmo et al (2007) relataram um caso cliacutenico com avaliaccedilatildeo radiograacutefica e
histoloacutegica da utilizaccedilatildeo de osso humano fresco congelado em procedimento de
elevaccedilatildeo do assoalho do seio maxilar A paciente CAR 47 anos compareceu agrave
Cliacutenica Odontoloacutegica da Faculdade de Odontologia da Universidade de Santo Amaro
- Unisa para avaliaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo da arcada superior posterior esquerda com a
utilizaccedilatildeo de implantes endoacutesseos Os exames de imagem demonstraram haver
rebordo residual com menos de 6 mm de altura remanescente tendo sido indicada agrave
paciente a reabilitaccedilatildeo oacutessea bilateral atraveacutes da teacutecnica de levantamento do
assoalho do seio maxilar com enxerto de osso aloacutegeno fresco congelado
proveniente de banco de tecidos musculoesqueleacuteticos Apoacutes seis meses da cirurgia
17
foi realizada abertura para instalaccedilatildeo dos implantes tendo sido colhido fragmento
oacutesseo que foi enviado para anaacutelise histoloacutegica Frente ao apresentado conclui-se
que o material de enxertia proveniente de banco de ossos humanos (enxerto
aloacutegeno fresco congelado) proporciona em cirurgias de levantamento de seio
maxilar um adequado volume oacutesseo para futura instalaccedilatildeo de implantes A anaacutelise
histoloacutegica do enxerto incorporado evidencia a vitalidade do mesmo Material deve
ser adquirido em banco de tecidos regularizados pelo Ministeacuterio da Sauacutede A
possibilidade de transmissatildeo de doenccedilas pela utilizaccedilatildeo do material eacute de baixa
magnitude
Oliveira Filho et al (2007) apresentaram um caso cliacutenico de trauma facial com
perda oacutessea na regiatildeo anterior da mandiacutebula que foi tratado com teacutecnicas de
reconstruccedilatildeo em duas fases primeiramente a parte basilar da mandiacutebula
posteriormente a parte alveolar permitindo a reabilitaccedilatildeo atraveacutes de implantes
osseointegrados O paciente deu entrada no pronto socorro do Hospital Universitaacuterio
Evangeacutelico de Curitiba viacutetima de trauma localizado nas regiotildees submandibular e
cervical alta Em um primeiro momento foi realizado o tratamento ciruacutergico para
fixaccedilatildeo intermaxilar riacutegida trans-operatoacuteria e estabilizaccedilatildeo da mandiacutebula com uma
placa de reconstruccedilatildeo em titacircnio Apoacutes trecircs meses do procedimento foi realizada a
reconstruccedilatildeo mandibular utilizando enxerto em bloco tomado da crista do osso
iliacuteaco Este tempo ciruacutergico teve a preocupaccedilatildeo de reconstruir apenas a parte basilar
da mandiacutebula devido a falta de tecidos moles na regiatildeo traumatizada Em um
segundo momento foi realizada enxertia com bloco tomado da crista do osso iliacuteaco
para reconstruccedilatildeo alveolar da mandibular Seis meses apoacutes o procedimento de
reconstruccedilatildeo alveolar cliacutenica e radiograficamente houve uma boa integraccedilatildeo do
enxerto sem a ocorrecircncia de reabsorccedilatildeo oacutessea significativa Foi criado um rebordo
alveolar adequado permitindo a instalaccedilatildeo de trecircs implantes na regiatildeo enxertada
Os autores concluiacuteram que o enxerto de oacutesseo autoacutegeno pode ser uma alternativa
vaacutelida na aplicaccedilatildeo como meio de reconstruccedilatildeo de defeitos oacutesseos que comprometa
a porccedilatildeo alveolar e basal da mandiacutebula mas uma anaacutelise mais detalhada eacute
necessaacuteria para que possa definir de forma mais abrangente os possiacuteveis riscos e
complicaccedilotildees da teacutecnica utilizada
Pinto et al (2007) confrontaram a utilizaccedilatildeo do enxerto autoacutegeno para
reconstruccedilatildeo das sequumlelas de fraturas faciais comparando-o com outros
18
biomateriais atualmente disponiacuteveis discutindo as melhores indicaccedilotildees e os toacutepicos
mais atuais relativos a esses materiais As propriedades de um material ideal para
enxerto oacutesseo satildeo ser quimicamente inerte biocompatiacutevel natildeo aleacutergico natildeo
canceriacutegeno ser totalmente reabsorviacutevel e substituiacutevel por novo tecido oacutesseo entre
outros O osso autoacutegeno eacute considerado ideal para realizaccedilatildeo de enxertos oacutesseos
Estudos tecircm comprovado a eficaacutecia deste tipo de material especialmente do enxerto
oacutesseo autoacutegeno cortical obtido da crista do osso iliacuteaco que tem sido considerado o
melhor de
ntre os materiais de reconstruccedilatildeo Satildeo os uacutenicos entre os tipos de enxerto
oacutesseo a fornecer ceacutelulas oacutesseas vivas imunocompatiacuteveis Os enxertos alogecircnicos
satildeo aqueles obtidos de outro indiviacuteduo da mesma espeacutecie O enxerto alogecircnico mais
comumente utilizado eacute o liofilizado cuja vantagem eacute natildeo haver a necessidade de se
realizar uma segunda cirurgia num outro siacutetio Os oacutesseos xenoacutegenos satildeo aqueles
retirados de uma espeacutecie e transplantados para outra Exigem um tratamento mais
vigoroso do enxerto e natildeo fornecem ceacutelulas viaacuteveis para a formaccedilatildeo da fase I da
osteogecircnese Aleacutem dos enxertos oacutesseos existem ainda os materiais chamados
aloplaacutesticos como alternativa tendo como benefiacutecios a diminuiccedilatildeo do tempo
ciruacutergico aleacutem de muacuteltiplos tamanhos e formatos disponiacuteveis Entre os biomateriais
os mais utilizados satildeo o vidro bioativo o titacircnio que apresenta excelente
biocompatibilidade e boa osseointegraccedilatildeo ao organismo quando justaposto ao osso
A hidroxiapatita que por ser considerada um componente quiacutemico natural do corpo
humano natildeo satildeo observadas respostas inflamatoacuteria ou toacutexica nos tecidos
circunvizinhos Atraveacutes da pesquisa foi possiacutevel concluir que o osso autoacutegeno ainda
eacute considerado um material ideal para enxerto entretanto novos biomateriais tecircm
surgido apresentando vantagens promissoras para utilizaccedilatildeo na praacutetica diaacuteria
Rodrigues e Vitral (2007) descreveram as principais teacutecnicas tomograacuteficas existentes
e suas aplicaccedilotildees na Odontologia atraveacutes de uma revisatildeo da literatura sobre os
avanccedilos das principais teacutecnicas tomograacuteficas que resultaram em maior acuraacutecia no
diagnoacutestico menor tempo de exame e menor quantidade de radiaccedilatildeo A tomografia
computadorizada eacute considerada o meacutetodo de escolha para a imagem das estruturas
oacutesseas Ela eacute um meacutetodo radioloacutegico que permite obter a reproduccedilatildeo de uma secccedilatildeo
do corpo humano com finalidade diagnoacutestica Apresenta trecircs vantagens gerais
importantes sobre a radiografia convencional a primeira eacute que as informaccedilotildees
19
tridimensionais satildeo apresentadas na forma de uma seacuterie de cortes finos da estrutura
interna da parte estudada A segunda eacute que o sistema eacute mais sensiacutevel na
diferenciaccedilatildeo de tipos de tecido quando comparado com a radiografia convencional
de modo que diferenccedilas entre tipos de tecidos podem ser mais claramente
delineadas e estudadas A terceira eacute a habilidade para manipular e ajustar a imagem
apoacutes ter sido completada a varredura como ocorre de fato com toda a tecnologia
digital Com o advento da tomografia computadorizada helicoidal foi alcanccedilada
grande melhora nas reconstruccedilotildees tridimensionais e diminuiccedilatildeo na dose de
exposiccedilatildeo do paciente agrave radiaccedilatildeo A mesma proveacutem vantagens sobre a natildeo
helicoidal como menor tempo de avaliaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de reconstruccedilatildeo multiplanar
Ela propicia imagens com alta resoluccedilatildeo espacial e a mesma dose de radiaccedilatildeo da
tomografia computadorizada convencional A tomografia computadorizada pode ser
usada para identificar e delinear processos patoloacutegicos visualizar dentes retidos
avaliar os seios paranasais diagnosticar trauma mostrar os componentes oacutesseos
da articulaccedilatildeo temporomandibular e os leitos para implantes dentaacuterios Permite a
reformataccedilatildeo axial obliacutequa da imagem no sentido perpendicular da curvatura do
arco mostrando nitidamente o niacutevel oacutesseo no lado vestibular e lingual E tambeacutem
permite uma avaliaccedilatildeo intra-oacutessea dos locais para colocaccedilatildeo dos implantes Os
autores concluiacuteram que a Tomografia Computadorizada eacute o exame de eleiccedilatildeo no
diagnoacutestico de muitas condiccedilotildees que envolvem o complexo maxilo-mandibular O
valor cliacutenico das teacutecnicas de tomografia computadorizada depende da condiccedilatildeo que
se estaacute sendo diagnosticada atraveacutes das imagens do modelo e da idade do
equipamento usado do protocolo do exame da experiecircncia e capacidade dos
operadores do equipamento e do radiologista
Gonccedilalves (2008) analisaram implantes instalados em enxertos de seio
maxilar com biomaterial de origem bovina e plasma rico em plaquetas observando
histologicamente a neoformaccedilatildeo oacutessea e o iacutendice de sucesso cliacutenico e histoloacutegico
apresentado Este estudo envolveu 30 pacientes que necessitavam de enxerto em
regiatildeo de soalho de seio maxilar para inserccedilatildeo de implantes Um total de 101
implantes foi instalado em 36 enxertos de seio maxilar com intervalo meacutedio de
tempo do enxerto de 75 meses dos quais nove amostras oacutesseas foram colhidas de
forma aleatoacuteria e consentidas para a anaacutelise histoloacutegica Na colocaccedilatildeo dos
implantes foi utilizado um guia ciruacutergico para um correto posicionamento dos
implantes Foi feita a remoccedilatildeo do fragmento oacutesseo e enviado para a anaacutelise com
20
isto foi capturado ao todo 26 imagens histopatoloacutegicas Histologicamente os
fragmentos colhidos estavam constituiacutedos predominantemente por tecido oacutesseo
com iacutendice de sucesso de 8888 Quando comparados o remanescente oacutesseo do
seio maxilar antes e depois do enxerto houve crescimento em altura e a maioria
apresentou densidade oacutessea D3 Dez dos 101 implantes foram perdidos e 91
estavam osseointegrados no seio maxilar enxertado Os autores concluiacuteram que
implantes instalados em enxertos de seio maxilar com a ajuda de substitutos oacutesseos
apresentam uma taxa de sucesso cliacutenico de 9009
Ribeiro Juacutenior et al (2008) revisaram a literatura referente aos enxertos
oacutesseos vascularizados com o objetivo de avaliar os princiacutepios bioloacutegicos e ciruacutergicos
que fundamentam sua aplicaccedilatildeo na reconstruccedilatildeo mandibular Os retalhos
microciruacutergicos que contecircm enxertos oacutesseos satildeo classificados como
osteomusculares ou osteomiocutacircneos dependendo da natureza dos tecidos moles
que o compotildeem permitindo restauraccedilotildees de grandes defeitos oacutesseos A
revascularizaccedilatildeo microciruacutergica manteacutem a irrigaccedilatildeo e a drenagem do tecido oacutesseo
enxertado em todo o periacuteodo de integraccedilatildeo permitindo a manutenccedilatildeo de suas
funccedilotildees celulares metaboacutelicas e fiacutesicas Dessa forma a reparaccedilatildeo entre o enxerto e
o remanescente mandibular ocorre de forma semelhante agrave cicatrizaccedilatildeo de uma
fratura eliminando a longa fase de substituiccedilatildeo observada nos enxertos
convencionais Como o sucesso da reconstruccedilatildeo microciruacutergica eacute diretamente
dependente da qualidade vascular estudos angiograacuteficos preacute-operatoacuterios das aacutereas
receptora e doadora satildeo essenciais Alguns cuidados preacute-cirurgicos satildeo de extrema
importacircncia como a hidrataccedilatildeo endovenosa para manutenccedilatildeo do diacircmetro vascular
uso de cobertores para manter a temperatura corporal em torno de 37degC O estudo
concluiu que os enxertos oacutesseos vascularizados satildeo excelentes na restauraccedilatildeo
esteacutetico-funcional dos defeitos mandibulares suprindo as deficiecircncias dos enxertos
convencionais em casos de pior prognoacutestico Os enxertos oacutesseos vascularizados
satildeo indispensaacuteveis em defeitos compostos extensos irradiados e secundaacuterios agrave
osteorradionecrose
Tanaka et al (2008) elaboraram uma revisatildeo de literatura com o objetivo de
descrever os mecanismos de incorporaccedilatildeo dos enxertos oacutesseos em bloco e discutir
algumas caracteriacutesticas dos diferentes tipos existentes para distinguir as vantagens
de cada um Concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo dos enxertos em bloco para reconstruccedilatildeo
21
dos rebordos alveolares eacute uma realidade e estaacute intimamente ligada agrave terapia
implantar Os diversos fatores que influenciam a escolha do melhor meacutetodo de
enxertia a ser utilizado passam pelo conhecimento dos paracircmetros citados neste
artigo e muitos outros natildeo abordados e podem parecer inicialmente um desafio
mas sem duvida o domiacutenio das teacutecnicas existentes e das outras que surgiratildeo eacute o
ponto de partida para o profissional que procura o refinamento de seus
procedimentos e a exelencia de seus resultados
Arauacutejo et al (2009) realizaram uma revisatildeo de literatura sobre os resultados
cliacutenicos obtidos com a utilizaccedilatildeo dos enxertos de origem autoacutegena e xenoacutegena
(bovino) nas cirurgias de levantamento de assoalho de seio maxilar O
envelhecimento e a perda dentaacuteria fazem com que o seio se expanda podendo
haver uniatildeo entre o assoalho sinusal e a crista do rebordo alveolar residual
expansatildeo esta relacionada com a altura e largura do seio e natildeo com a
profundidade Os materiais para enxerto oacutesseo podem ser classificados como
osteogecircnicos osteoindutores e osteocondutores Os osteogecircnicos referem-se aos
materiais orgacircnicos capazes de estimular a neoformaccedilatildeo oacutessea a partir de
osteoblastos Os osteoindutores satildeo capazes de induzir a diferenciaccedilatildeo de ceacutelulas
mesenquimais em osteoblastos e condroblastos estimulando a formaccedilatildeo oacutessea no
local ou mesmo em um siacutetio heterotiacutepico Os materiais osteocondutores (geralmente
inorgacircnicos) permitem a aposiccedilatildeo de um novo tecido na sua superfiacutecie requerendo
a presenccedila de tecido oacutesseo preacute-existente como fonte de ceacutelulas osteoprogenitoras
Alguns criteacuterios foram propostos para o enxerto ideal quanto para que o material
enxertado se incorpore com sucesso ao siacutetio Dentre os possiacuteveis enxertos
xenoacutegenos encontram-se disponiacuteveis comercialmente os enxertos bovinos em
vaacuterias formas de apresentaccedilatildeo como aqueles que contecircm a fraccedilatildeo mineral do osso
os inorgacircnicos ou desproteinizados entre outros Todos eles apresentam excelente
biocompatibilidade agem favorecendo o processo de osteoconduccedilatildeo e natildeo
desencadeando respostas imunoloacutegicas desfavoraacuteveis A melhor accedilatildeo do enxerto
oacutesseo autoacutegeno de crista iliacuteaca quando comparado com a associaccedilatildeo do osso
autoacutegeno com osso desmineralizado bovino em cirurgias de levantamento de
assoalho de seio maxilar Apesar da diferenccedila estatiacutestica significante clinicamente
natildeo houve diferenccedila jaacute que os aacutepices dos implantes estavam todos cobertos por
osso sugerindo o sucesso do uso da associaccedilatildeo e ainda poupando o paciente de
uma intervenccedilatildeo ciruacutergica extraoral concluindo que o osso autoacutegeno eacute o que
22
apresenta os melhores resultados no processo de regeneraccedilatildeo oacutessea poreacutem os
enxertos de origem bovina apesar de demonstrarem um processo de neoformaccedilatildeo
oacutessea inferior promovem uma neoformaccedilatildeo satisfatoacuteria para que haja a reabilitaccedilatildeo
do paciente com implantes osseointegraacuteveis podendo ser utilizados com sucesso na
cliacutenica odontoloacutegica
Bassi e Carneiro (2009) citaram que os pacientes vem se queixando de
desconforto pelo uso de proacuteteses deficiecircncia na mastigaccedilatildeo onde entatildeo se
destacam os implantes dentaacuterios que minimizam estes aspectos negativos No
entanto seu sucesso depende de uma quantidade miacutenima de suporte oacutesseo por
este motivo foi oportuna pelos autores avaliar o iacutendice de sucesso dos enxertos e
implantes instalados na regiatildeo do seio maxilar reconstruiacuteda com osso autoacutegeno de
linha obliacutequa tanto imediata quanto mediato ao levantamento do seio maxilar
Foram avaliadas 51 cirurgias durante os anos de 2005 a 2007 com total de 107
implantes instalados sendo 28 de maneira imediata e 79 instalados posteriormente
Com relaccedilatildeo aos de maneira imediata o sucesso foi de 9286 sendo que dos 14
submetidos agrave implantaccedilatildeo imediata apenas 1 perdeu o implante De um total de 37
pacientes com instalaccedilatildeo posterior houve um sucesso de 9459 Podendo ser
analisado que natildeo haacute diferenccedila significante entre instalaccedilatildeo mediata e imediata
Acredita-se que para haver sucesso no tratamento eacute imprescindiacutevel que seja levado
em consideraccedilatildeo a quantidade de rebordo residual e tambeacutem a qualidade de osso
para a estabilidade do implante A conclusatildeo deste artigo eacute que o levantamento do
seio maxilar com o enxerto autoacutegeno por meio de acesso lateral eacute uma opccedilatildeo
segura no tratamento para regiatildeo posterior da maxila E natildeo houve diferenccedila em
relaccedilatildeo ao sucesso dos implantes instalados de maneira medita e imediata
Contar et al (2009) avaliaram o uso de enxertos provenientes de osso fresco-
congelado para na reconstruccedilatildeo de rebordos alveolares maxilares posteriormente a
aplicaccedilatildeo de implantes dentaacuterios Foram analisados quinze pacientes que tinham
atrofia crista maxilar onde necessitava de blocos de enxerto oacutesseo para
posteriormente se fazer a colocaccedilatildeo dos implantes Nove meses depois foi retirado
o nuacutecleo de osso do enxerto para analisar histologicamente Trinta e quatro blocos
foram colocados e do nuacutemero de blocos cada paciente recebeu uma numeraccedilatildeo de
1 a 4 Em todos os enxertos foram verificados para serem de consistecircncia firme
bem constituiacutedo e vascularizado Cinquumlenta e um implantes foram aplicados sobre
os enxertos com torque no miacutenimo de 40 N (Newton) Natildeo havendo problema em
23
nenhum implante O periacuteodo de acompanhamento variou de 24 a 35 meses Alo
enxertos pode ser bem satisfatoacuterios aplicados como material de enxerto para o
tratamento de defeitos oacutesseos maxilares se for aplicada a teacutecnica de forma
cautelosa e coerente
Costa et al (2009) descreveram cirurgias de enxertia oacutessea para reconstruccedilatildeo
do rebordo alveolar atroacutefico causado por traumas Em dois pacientes foram
utilizados blocos de osso homoacutegeno fresco congelado puro e em outros dois
pacientes esses blocos foram embebidos em medula oacutessea autoacuteloga aspirada do
proacuteprio paciente Os quatro pacientes que perderam seus dentes anteriores-
superiores 11122122 As cirurgias foram realizadas dentro do protocolo do
Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Cirurgia e Experimentaccedilatildeo da Universidade
Federal de Satildeo Paulo ndash Unifesp Cada paciente recebeu um bloco de enxerto oacutesseo
homoacutegeno fresco congelado proveniente de banco de tecidos oacutesseos em cada um
dos lados da regiatildeo anterior de maxila sendo que em dois dos pacientes os blocos
tiveram a sua porccedilatildeo medular embebida em medula oacutessea autoacuteloga aspirada do
proacuteprio paciente e nos outros dois pacientes os blocos foram fixados da mesma
maneira e na mesma regiatildeo poreacutem sem a utilizaccedilatildeo de medula oacutessea autoacuteloga
como preenchimento Foi observado clinicamente no segundo procedimento
ciruacutergico que os siacutetios enxertados com osso homoacutegeno associado agrave medula oacutessea
autoacuteloga obtiveram um menor niacutevel de reabsorccedilatildeo o que facilitou a instalaccedilatildeo dos
implantes osseointegraacuteveis Com as bioacutepsias oacutesseas obtidas por meio da utilizaccedilatildeo
da broca trefi na foram confeccionadas no Laboratoacuterio de Patologia da Unifesp uma
lacircmina em HE para cada regiatildeo enxertada com associaccedilatildeo agrave medula e tambeacutem
para as regiotildees de enxertia sem essa associaccedilatildeo Essas lacircminas foram
encaminhadas para o Departamento de Morfologia da Unifesp para avaliaccedilatildeo Tanto
as lacircminas histoloacutegicas do grupo onde se associou o aspirado de medula oacutessea ao
enxerto oacutesseo homoacutegeno quanto onde natildeo foi feita esta associaccedilatildeo mostraram uma
grande quantidade de tecido mineralizado vital Foi observado em ambos os grupos
uma pequena quantidade de tecido mineralizado desvitalizado Em todas as lacircminas
foi observada intensa vascularizaccedilatildeo assim como a presenccedila de tecido oacutesseo
lamelar A utilizaccedilatildeo de osso humano fresco congelado conservado em banco de
tecidos eacute uma alternativa viaacutevel para a reconstruccedilatildeo dos rebordos atroacuteficos
diminuindo a morbidade e riscos inerentes agrave abordagem da regiatildeo doadora dos
enxertos autoacutegenos A associaccedilatildeo do bloco de osso homoacutegeno agrave medula oacutessea
24
autoacuteloga parece representar uma alternativa terapecircutica para se minimizar os niacuteveis
de reabsorccedilatildeo dos materiais de enxertia
Gonccedilalves et al (2009) citaram que o melhor material para enxertia oacutessea eacute o
autoacutegeno o problema eacute o poacutes-operatoacuterio que eacute desconfortaacutevel para o paciente Na
existecircncia de desvantagens para a utilizaccedilatildeo de osso autoacutegeno o osso proveniente
de banco de tecidos surge como uma alternativa viaacutevel nas reconstruccedilotildees oacutesseas
maxilomandibulares O osso homoacutegeno pode ser utilizado em algumas situaccedilotildees
que impossibilite obter uma quantidade necessaacuteria de osso autoacutegeno requisitado
pelo receptor ou quando induz ao procedimento com grande morbidade onde exista
negativa do paciente em se submeter a um segundo siacutetio ciruacutergico Mesmo com toda
a previsibilidade de utilizaccedilatildeo de tecido oacutesseo homoacutelogo ele ainda gera
controveacutersias pela possibilidade de infecccedilotildees cruzadas com sua utilizaccedilatildeo Com o
estudo citado foi concluiacutedo que o enxerto homoacutelogo induz mais rapidamente a
remodelaccedilatildeo quando comparado com o autoacutegeno E o estaacutegio da remodelaccedilatildeo
esteve mais dependente da resposta orgacircnica individual de cada paciente
Jahn et al (2009) avaliaram o procedimento de retalho em dupla paacutegina para acesso
ao osso da regiatildeo do mento em comparaccedilatildeo a teacutecnica de retalho mucoperiosteal
Foram realizados procedimentos de obtenccedilatildeo de enxerto oacutesseo da regiatildeo do mento
para utilizaccedilatildeo na reabilitaccedilatildeo de pacientes que receberiam implantes
osseointegrados na regiatildeo anterior da maxila e que necessitavam de aumento de
espessura oacutessea localizada Foram operados 20 pacientes da cliacutenica de Periodontia
da Universidade de Santo Amaro entre 28 e 60 anos de idade Dez pacientes foram
submetidos agrave teacutecnica de retalho mucoperiosteal de espessura parcial e total
convencional e dez pacientes foram submetidos ao retalho em dupla Os pacientes
foram avaliados apoacutes 7 e 14 dias do procedimento ciruacutergico quanto aos seguintes
aspectos parestesia dor edema infecccedilatildeo hemorragia hematoma contato com as
raiacutezes dentaacuterias deiscecircncia de sutura presenccedila ou ausecircncia de trismo Todos os
procedimentos realizados permitiram acesso agrave regiatildeo do mento para obtenccedilatildeo de
enxertos oacutesseos autoacutegenos A avaliaccedilatildeo poacutes-operatoacuteria dos pacientes mostrou que
em ambos os grupos natildeo houve casos de hemorragia trismo contato acidental com
as raiacutezes dentaacuterias e infecccedilatildeo Edema foi constatado em seis casos no grupo de
retalho em dupla paacutegina e sete casos nos retalhos muco periosteais dor foi relatada
por dois e seis pacientes respectivamente Dois casos apresentaram parestesia na
regiatildeo de mento e nos dentes anteriores inferiores por ateacute duas semanas nos
25
pacientes operados pela teacutecnica do retalho mucoperiosteal enquanto nenhum caso
aconteceu em pacientes operados por retalho em dupla paacutegina Os autores
concluiacuteram que a teacutecnica de retalho em dupla paacutegina eacute um importante auxiacutelio no
acesso agrave aacuterea doadora o que pela facilidade de uso pode encorajar os cirurgiotildees a
usarem o mento como aacuterea doadora para pequenos enxertos oacutesseos intrabucais
Molon et al (2009) tiveram como objetivo relatar um caso cliacutenico de maxila
atroacutefica com necessidade de reconstruccedilatildeo alveolar atraveacutes de enxerto homoacutegeno
Apoacutes a realizaccedilatildeo da anamnese foi constatado clinicamente que o paciente
apresentava forma em lacircmina do osso e radiograficamente a panoracircmica mostrou
uma perda oacutessea em altura e uma proximidade do rebordo com a parede inferior do
seio maxilar Foi utilizado enxerto provenientes do UniOss processados e
congelados a -80degCos tecidos foram submetidos a testes soroloacutegicos Na regiatildeo
anterior foi realizado enxerto com osso humano congelado em bloco para restaurar
espessura oacutessea possibilitando a colocaccedilatildeo de implantes dentaacuterios Os blocos
foram fixados com o sistema 15mm e o osso particulado foi acomodado nos
espaccedilos mortos para evitar a formaccedilatildeo de GAPs Apoacutes seis meses da cirurgia foi
removido os parafusos e o guia ciruacutergico posicionado para a instalaccedilatildeo dos seis
implantes A osseointegraccedilatildeo dos implantes foi verificada apoacutes seis meses da
segunda cirurgia pela radiografia panoracircmica Atualmente vem sendo muito utilizado
osso autoacutegeno para reconstruccedilatildeo de maxilares contudo haacute desvantagens
relacionadas com a morbidade do sitio doador quantidade inadequada de osso
intraoral para grandes defeitos e necessidade de osso de regiatildeo extra-oral para
maiores reconstruccedilotildees limitam as expectativas do paciente Por isso os osso
estudos utilizando osso homoacutelogo para reabilitaccedilatildeo com implantes vecircm se
intensificando e apresentando bons resultados Os autores consideram o enxerto de
osso homoacutelogo uma alternativa viaacutevel para reconstruccedilatildeo de rebordos alveolares
severamente atroacuteficos ao mesmo tempo em que reduz a morbidade e os riscos
inerentes aos procedimentos de enxertos autoacutegenos
Pereira et al (2009) discutiram revisaram e compararam as teacutecnicas
envolvidas em remoccedilatildeo de blocos oacutesseos da linha obliacutequa e mento demonstrando
sua efetividade por meio de exemplos cliacutenicos O osso mandibular tem sido utilizado
na reconstruccedilatildeo alveolar para permitir a instalaccedilatildeo de implantes com resultados
extremamente favoraacuteveis Para a regiatildeo de mento a teacutecnica consiste em osteotomia
26
efetuada pelo menos 5 mm abaixo dos aacutepices dentaacuterios e o osso basal da
mandiacutebula preservado A profundidade das osteotomias limita-se agrave cortical externa
Para a regiatildeo da linha obliacutequa haacute trecircs diferentes meacutetodos para acessar a aacuterea
doadora 1 Intrasulcular Realizada no sulco gengival dos dentes naturais 2
Submarginal Indicada quando da presenccedila de coroas proteacuteticas nos molares e preacute-
molares 3 Crestal Indicada para rebordos edecircntulos ou quando os implantes
estiverem planejados para a mesma regiatildeo Uma vez feita agrave incisatildeo o retalho
mucoperiosteal eacute descolado do corpo mandibular expondo a face lateral do
ramocorpo Um bloco cortical retangular ateacute 4 mm de espessura pode ser coletado
da regiatildeo do ramo O comprimento do bloco pode se aproximar de 35 mm mas
altura natildeo deve exceder 10 mm Para o preparo do siacutetio receptor e enxertia o osso
removido eacute posicionado com a face medular do bloco em contato com a face cortical
do siacutetio receptor previamente perfurada com brocas proporcionando sangramento
O bloco deve ser adaptado intimamente ao leito e fixado com parafusos de titacircnio
Os autores concluiacuteram que ambas as teacutecnicas podem ser utilizadas com sucesso
de acordo com a quantidade oacutessea desejada localizaccedilatildeo do siacutetio doador e
experiecircncia do profissional
Piccinelli et al (2009) analisaram retrospectivamente 59 pacientes submetidos
agrave enxertia oacutessea obtida de aacutereas intrabucais com a instalaccedilatildeo de implantes
osseointegrados As aacutereas doadoras foram a regiatildeo da siacutenfise mandibular ramo
mandibular e tuberosidade da maxila Os enxertos foram imobilizados atraveacutes de
parafusos de titacircnio especiacuteficos para fixaccedilatildeo interna riacutegida com diacircmetro de 16 mm
e comprimentos de 8 10 e 12 mm com encaixe em forma de cruz De todas as
cirurgias realizadas foi constatado insucesso em 5 (742 ) pacientes todos do
sexo feminino Destes em 2 (338 ) casos ocorreram perfuraccedilatildeo de membrana do
seio maxilar sendo os dois pacientes tabagistas com idades de 40 e 41 anos Em
um paciente de 30 anos ocorreu a perda do enxerto na regiatildeo anterior de maxila
tendo por aacuterea doadora o osso retirado do ramo mandibular Em outro com 50 anos
ocorreu a perda do enxerto em regiatildeo posterior de mandiacutebula recebendo da aacuterea
retromolar E noutro com 40 anos a perda ocorreu em regiatildeo posterior da
mandiacutebula tendo aacuterea doadora a siacutenfise mandibular A maior causa de falhas de
enxerto eacute deiscecircncia de sutura e posterior necrose asseacuteptica do osso enxertado
sendo demonstrado altas taxas de complicaccedilotildees quando utilizamos a mandiacutebula
27
como aacuterea receptora Existe um iacutendice de sucesso de 904 quando os implantes
satildeo instalados apoacutes um periacuteodo de cicatrizaccedilatildeo dos enxertos O estudo concluiu que
os siacutetios intrabucais doadores de enxertos oacutesseos podem prover volumes oacutesseos
suficientes para a reconstruccedilatildeo dos rebordos alveolares da maioria dos pacientes
desdentados parciais A mandiacutebula eacute vista como siacutetio de eleiccedilatildeo para retirada de
enxertos oacutesseos pois eacute capaz de prover blocos oacutesseos de composiccedilatildeo
predominantemente corticais
Silveira e Wassall (2009) analisaram a aacuterea doadora de enxertos por meio de
tomografias volumeacutetricas tipo feixe cocircnico para avaliaccedilatildeo da remodelaccedilatildeo oacutessea
verificando o grau de morbidade quanto a este paracircmetro Foram selecionados vinte
voluntaacuterios de ambos os gecircneros sem risco de sauacutede e com risco de sauacutede
controlados da cliacutenica de Poacutes-Graduaccedilatildeo do Centro de Pesquisas Odontoloacutegica
Satildeo Leopoldo Mandic e cliacutenica particular As tomografias foram obtidas com
aparelho de aquisiccedilatildeo volumeacutetrica tipo feixe cocircnico este aparelho usa a nova
tecnologia do feixe de tomografia computadorizada cocircnico no qual obtemos todas
as estruturas maxilofaciais do indiviacuteduo em volume ou seja em terceira dimensatildeo
Foi utilizado o tempo de exposiccedilatildeo de 36 segundos e apenas 3 de radiaccedilatildeo uma
tomografia meacutedica As primeiras mediccedilotildees foram obtidas no momento da tomografia
computadorizada inicial anteriormente a cirurgia Logo apoacutes a cirurgia foi realizada
a segunda tomada e medida na qual foi mensurado o quanto foi retirado de tecido
oacutesseo para enxerto Na terceira tomada de medidas foi calculado o ganho real
oacutesseo obtido na remodelaccedilatildeo apoacutes 180 dias de remoccedilatildeo do enxerto Embora a
quantidade retirada de aacuterea varie a recomposiccedilatildeo acompanha com a mesma
variabilidade Os autores concluiacuteram que a remodelaccedilatildeo oacutessea meacutedia da regiatildeo
posterior da mandiacutebula avaliada 180 dias apoacutes a remoccedilatildeo do bloco oacutesseo (enxerto
oacutesseo) foi de 813
Sousa et al (2009) verificaram atraveacutes de uma revisatildeo sistemaacutetica se os
enxertos homoacutegenos satildeo tatildeo eficientes quanto os enxertos autoacutegenos Apoacutes a busca
nas bases foram selecionados 1215 tiacutetulos de artigos Um uacutenico artigo atendeu os
criteacuterios da pesquisa o mesmo foi lido na iacutentegra por ambos examinadores e suas
caracteriacutesticas foram distribuiacutedas em uma tabela Este artigo analisado resultou em
16 pacientes entre 38 e 65 anos (9 do sexo masculino e 7 do sexo feminino) foi
comparado dois grupos enxerto autoacutegeno do iliacuteaco (grupo 1) e enxerto autoacutegeno da
calvaacuteria (grupo 2) Foi avaliado o volume oacutesseo total (VOT) o volume oacutesseo
28
necroacutetico (VON) e o osso vital (OV) e os resultados do grupo 1 foi de VOT (466)
VON (126) e OV (34) jaacute do grupo 2 foi VOT (734) VON (55) e OV (67)
Estatisticamente o enxerto da calvaacuteria foi melhor que o enxerto do iliacuteaco Os autores
concluiacuteram que o uacutenico artigo considerado natildeo consistia numa comparaccedilatildeo entre
enxerto autoacutegeno e homoacutegeno e sim numa comparaccedilatildeo entre enxertos autoacutegenos
de siacutetios diferentes
Spin-Neto et al (2009) realizaram uma revisatildeo de literatura sobre a utilizaccedilatildeo
de osso homoacutelogo em Odontologia sobre a legislaccedilatildeo envolvida na aplicaccedilatildeo deste
material Foram analisados artigos publicados nos uacuteltimos 25 anos no Medline e
pela ANVISA leis decretos que regulamentam o funcionamento dos bancos de
ossos de tecidos musculoesqueleacuteticos brasileiros Sobre o enxerto homoacutelogo haacute
um nuacutemero enorme de processos que ocorrem eacute iniciado por uma reaccedilatildeo
inflamatoacuteria criando espaccedilos que permitam sua invasatildeo por vasos sanguiacuteneos e
chegada das ceacutelulas responsaacuteveis pelo metabolismo oacutesseo atuando na
remodelaccedilatildeo gradativa do local Remover tecidos oacutergatildeos ou partes da pessoa ou do
cadaacutever eacute crime podendo resultar em reclusatildeo (2 a 6 anos) ou em 100 a 360 dias
de multa Jaacute no caso de sepultamento cabe aos meacutedicos realizar a reconstruccedilatildeo do
corpo para evitar constrangimento e manter a dignidade diante de seus familiares
no qual natildeo realizado eacute considerado crime por tal ato Foi concluiacutedo que eacute
necessaacuterio mais estudos e resultados sobre a aplicaccedilatildeo deste biomaterial para
aliados com o conhecimento juriacutedico aumentarmos o conhecimento e informaccedilotildees
sobre o caso
Piffer et al (2010) descreveram um caso cliacutenico de reabilitaccedilatildeo oral de uma
aacuterea de maxila posterior extremamente reabsorvida atraveacutes de levantamento de
seio maxilar utilizando osso xenoacutegeno e posterior uso de implante O caso constava
de uma paciente do sexo feminino que foi submetida a levantamento de seio
maxilar utilizando osso xenoacutegeno liofilizado e concomitante colocaccedilatildeo de dois
implantes nos elementos 15 e 16 Foi relatado que devido agraves limitadas quantidades
oacutesseas para colocaccedilatildeo de implantes dentaacuterios surgiram as teacutecnicas de enxertos
oacutesseos Inicialmente era utilizado osso autoacutegeno da regiatildeo intra-bucal gerando
algumas desvantagens devido a morbidade do siacutetio doador podendo gerar dor
parestesias hematoma Como alternativa surgiu possibilidade de utilizaccedilatildeo de
biomateriais para reconstruccedilotildees maxilares no qual foi utilizado neste caso o Bio-
Oss e obteve um resultado excelente em relaccedilatildeo aacute formaccedilatildeo oacutessea formando
29
extensa regiatildeo de osso denso ao redor dos implantes Assim atraveacutes de uma
revisatildeo sistemaacutetica criacutetica de trabalhos cliacutenicos controlados randomizados
evidenciou que substitutos de ossos autoacutegenos podem ser utilizados obtendo
sucesso Concluindo assim que a colocaccedilatildeo de implantes concomitantes com
enxertias oacutesseas natildeo interferem no processo de reparo oacutesseo e nem na
estabilizaccedilatildeo dos implantes e mostrou-se um tratamento viaacutevel para o presente
caso cliacutenico
Souza et al (2010) realizaram uma revisatildeo da literatura das principais
aplicaccedilotildees e indicaccedilotildees dos enxertos de bancos de ossos na Odontologia Os
enxertos oacutesseos autoacutegenos satildeo eleitos como os de primeira escolha pela sua
eficiecircncia biosseguranccedila e facilidade de obtenccedilatildeo poreacutem apresentam algumas
desvantagens e limitaccedilotildees A utilizaccedilatildeo de homoenxertos provenientes de bancos
de ossos representa uma alternativa aos enxertos oacutesseos autoacutegenos e demonstra
ser uma ferramenta bastante uacutetil para a odontologia com a finalidade de regenerar o
tecido oacutesseo perdido dos maxilares Os autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de
homoenxertos provenientes de bancos de ossos demonstra ser uma ferramenta
bastante uacutetil para a odontologia com a finalidade de regenerar o tecido oacutesseo
perdido dos maxilares Faz-se necessaacuterio que mais bancos de coleta e preparo do
tecido oacutesseo sejam instalados nos hospitais para que esta opccedilatildeo torne-se viaacutevel e
acessiacutevel a um nuacutemero maior de serviccedilos que atuam com reconstruccedilotildees oacutesseas
Aloy-Proacutesper et al (2011) realizaram uma revisatildeo bibliograacutefica sobre
regeneraccedilatildeo oacutessea usando partiacuteculas de enxertos Foram avaliados os resultados
obtidos bem como as complicaccedilotildees de teacutecnicas cirurgircas e as taxas de
sobrevivecircncia e sucesso de implantes colocados nestas aacutereas regeneradas Foram
identificados 64 artigos dos quais 53 foram excluiacutedos em 14 casos de partiacuteculas de
enxerto foi combinado com o bloco de enxerto em quatro casos natildeo ocorreu
defeitos periimplantares durante a colocaccedilatildeo do implante Quanto agrave taxa de sucesso
dos implantes nem todos os estudos bem definidos utilizaram os criteacuterios de
sucesso tornando difiacutecil a comparaccedilatildeo Com base nos criteacuterios de sucesso de
Albrektsson houve uma taxa de sucesso de 932 dois anos apoacutes o carregamento
(857 na maxila superior e 100 na mandiacutebula) Quando os criteacuterios eram do
cortador e Ederer houve uma taxa de sucesso de 857 trecircs anos apoacutes o
carregamento A conclusatildeo dos autores foi de que enxertos de partiacuteculas satildeo
30
eficazes na correccedilatildeo localizada de defeitos do processo alveolar com poucas
complicaccedilotildees e a taxa de sucesso satildeo sempre elevadas variando de 875 a 100
Oliveira Diebold e Silva (2011) analisaram as estruturas da regiatildeo maxilar de
interesse na implantodontia por meio de imagens de tomografia computadorizada
buscando uma avaliaccedilatildeo qualitativa e quantitativa da densidade oacutessea Foram
utilizadas imagens de tomograacutefia computadorizada por raios X obtidas da regiatildeo
maxilar de 31 pacientes avaliados para a colocaccedilatildeo de implantes As regiotildees de
interesse analisadas (seio maxilar fossa nasal tuberosidade maxilar e foramem
naso-alveolar) foram delimitadas de modo semi-automaacutetico com o auxiacutelio da
ferramenta ldquoCell Outlinerrdquo pelo software ImageJ Essas regiotildees foram analisadas nos
cortes axiais cortes sagitais e coronais obtidos pelo TC e com o software A partir
da delimitaccedilatildeo das regiotildees de interesse (ROI) foram determinados os valores
meacutedios e desvio padratildeo do nuacutemero CT em HU (Hounsfield) O nuacutemero CT de uma
imagem tomograacutefica representa o valor de cada pixel que compotildee a imagem esta
relacionada com o coeficiente de atenuaccedilatildeo linear dos tecidos contidos em um voxel
correspondente Estes valores constituem-se em uma informaccedilatildeo importante tanto
para a avaliaccedilatildeo quantitativa das densidades oacutesseas como para a produccedilatildeo de uma
metodologia de realce das estruturas de interesse em implantodontia Com anaacutelise
dos dados obtidos para cada paciente nas estruturas analisadas foi observado que
as regiotildees do seio maxilar e a fossa nasal satildeo semelhantes mas estatisticamente
diferentes Estas satildeo regiotildees pneumaacuteticas que em consequumlecircncia da presenccedila do
ar possuem medidas de nuacutemero CT semelhantes a fossa nasal apresenta uma
estrutura mais irregular e obteve-se uma diferenccedila estatisticamente significativa
entre estas duas regiotildees estudadas O foramem naso-alveolar e a tuberosidade satildeo
regiotildees distintas porque a tuberosidade eacute um osso trabecular de densidades
heterogecircneas que possui a meacutedia do nuacutemero CT maior que a meacutedia do foramen
naso-alveolar que se trata de uma estrutura tubular de densidade homogecircnea para
passagem do feixe vasculo-nervoso Com a comparaccedilatildeo das estruturas analisadas
pelo meacutetodo ANOVA entre pacientes masculinos e femininos evidenciou-se que natildeo
existe diferenccedila estatisticamente significativa entre sexos As conclusotildees obtidas
neste trabalho mostraram que o nuacutemero CT eacute uma medida eficiente para
caracterizar estruturas do corpo humano Os dados obtidos com a anaacutelise das
meacutedias do nuacutemero CT de cada regiatildeo estudada nos permite caracterizar
separadamente cada regiatildeo
31
3 MATERIAS E MEacuteTODOS
O presente trabalho aborda a descriccedilatildeo de quatro casos cliacutenicos que foram
selecionados dos prontuaacuterios de pacientes enxertados submetidos agrave tomografia
computadorizada Cone Beam no periacuteodo preacute-enxerto e apoacutes o procedimento
ciruacutergico das cliacutenicas radiograacuteficas ldquoCliacutenica Odonto Imagem Radiologiardquo situada em
Balneaacuterio Camboriuacute (SC) e ldquoCliacutenica Radioimagemrdquo situada em Itajaiacute (SC)
Foram incluiacutedos no estudo os laudos radiograacuteficos de pacientes que atendem
as seguintes caracteriacutesticas pacientes de ambos os sexos com bom estado de
sauacutede geral idade de quarenta a setenta anos que foram submetidos a enxerto
oacutesseo em regiatildeo de maxila
Primeiramente foi realizada uma coleta de dados junto aos laudos
radiograacuteficos emitidos pelas cliacutenicas citadas Foram selecionados os casos e
posteriormente foi acessado agraves imagens tomograacuteficas dos pacientes
Os exames tomograacuteficos computadorizado de aquisiccedilatildeo volumeacutetrica (cone
beam) foram realizados atraveacutes de cortes parasagitais de espessura de 2mm e
distacircncia de 1 mm entre os cortes
Na segunda etapa foi efetuada a anaacutelise das tomografias observando as
imagens preacute e poacutes-ciruacutergicas simultaneamente nesse momento delimitou-se a aacuterea
do leito receptor e do material enxertado Utilizando o programa Planmeca Romexis
Viewer acessou-se as imagens fornecidas digitalmente analisando primeiramente
as imagens do leito receptor por meio de trecircs traccedilados (em planos perpendiculares)
realizados com o auxiacutelio da ferramenta denominada Linha Hounsfield que nos
fornece a densidade oacutessea do local traccedilado e uma meacutedia do mesmo Foi realizada
uma meacutedia aritmeacutetica simples dos trecircs traccedilados resultando uma meacutedia de
densidade oacutessea que foi enquadrada na escala O mesmo procedimento foi
realizado na aacuterea do material enxertado
Com a posse destes valores meacutedios comparou-se a densidade oacutesseo do leito
receptor com a densidade oacutessea do material enxertado
32
Os dados seratildeo divulgados atraveacutes de painel exposto no bloco de Odontologia
e apresentaccedilatildeo oral Uma coacutepia da pesquisa concluiacuteda seraacute enviada agraves Cliacutenicas
envolvidas na pesquisa
O projeto de pesquisa foi aprovado pela Comissatildeo de Eacutetica em Pesquisa
sobre o nuacutemero 44610
33
4 RESULTADOS
De acordo com a tabela a seguir podemos expressar de forma resumida os
resultados obtidos atraveacutes da pesquisa comparando os mesmos com a escala de
Misch
Paciente (P1) MS sexo feminino com idade de 49 anos apresentando bom
estado de sauacutede geral No dia 28 de outubro de 2009 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes (Figura 1)
34
Figura 1 Vista panoracircmica preacute-enxertia
A densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield
obteve os seguintes resultados Axial (Z) = 7650 Coronal (Y) = 5196 Sagital (X)
= 7818
No dia 29 de janeiro de 2010 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
homoacutegeno O material proveniente do Banco de Tecidos Muacutesculo Esqueleacuteticos HC-
UFPR consistia de um bloco cortical de Fecircmur medindo 30x20mm lote C0917 FD
BC 26 processado no dia 15 de julho de 2009 com validade de 5 anos conservado
a temperatura abaixo de -40ordmC O osso foi particulado e acrescido de lincomicina
No dia 19102010 foram realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da
densitometria oacutessea do material enxertado e obtiveram os seguintes resultados
Axial (Z) = 6590 Coronal (Y) = 4986 Sagital (X) = 2948 (Figura 2)
35
Figura 2 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
Paciente (P2) AWU sexo feminino com idade de 67 anos apresentando
bom estado de sauacutede geral no dia 29 de agosto de 2009 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes A
densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield obteve os
seguintes resultados Axial (Z) = 7104 Coronal (Y) = 7002 Sagital (X) = 10412
(Figura 3)
Figura 3 Vista panoracircmica preacute-enxertia
No dia 06 de novembro de 2009 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
36
homoacutegeno O material proveniente do Banco de Tecidos Muacutesculo Esqueleacuteticos HC-
UFPR consistia de um bloco cortical de Fecircmur medindo 30x20mm lote C0917 FD
BC 39 processado no dia 15 de julho de 2009 com validade de 5 anos conservado
a temperatura abaixo de -40ordmC O osso foi particulado e acrescido de lincomicina
Passado o periacuteodo de 10 meses apoacutes o procedimento ciruacutergico foram
realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da densitometria oacutessea do material
enxertado e obtiveram os seguintes resultados Axial (Z) = 6972 Coronal (Y) =
8138 Sagital (X) = 4984 (Figura 4)
Figura 4 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
Paciente (P3) IS sexo feminino com idade de 42 anos apresentando bom
estado de sauacutede geral no dia 13 de Novembro de 2007 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes A
densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield obteve os
seguintes resultados Axial (Z) = 4917 Coronal (Y) = 3481 Sagital (X) = 4207
(Figura 5)
37
Figura 5 Vista panoracircmica preacute-enxertia
No dia 26 de Novembro de 2007 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
autoacutegeno tendo como aacuterea doadora a regiatildeo de ramo mandibular
Passado o periacuteodo de 09 (nove) meses apoacutes o procedimento ciruacutergico foram
realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da densitometria oacutessea do material
enxertado e obtiveram os seguintes resultados Axial (Z) = 7176 Coronal (Y) =
5443 Sagital (X) = 5638 (Figura 6)
Figura 6 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
38
Paciente (P4) ATL sexo feminino com idade de 45 anos apresentando
bom estado de sauacutede geral no dia 18 de Agosto de 2009 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes A
densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield obteve os
seguintes resultados Axial (Z) = 6028 Coronal (Y) = 6681 Sagital (X) = 6397
(Figura 7)
Figura 7 Vista panoracircmica preacute-enxertia
No dia 09 de Outubro de 2009 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
autoacutegeno tendo como aacuterea doadora a regiatildeo de ramo mandibular
Passado o periacuteodo de 4 (quatro) meses apoacutes o procedimento ciruacutergico foram
realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da densitometria oacutessea do material
enxertado e obtiveram os seguintes resultados Axial (Z) = 8549 Coronal (Y) =
9340 Sagital (X) = 8624 (Figura 8)
39
Figura 8 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
40
5 DISCUSSAtildeO
Em Odontologia a tomografia computadorizada tem demonstrado ser o
meacutetodo de eleiccedilatildeo para a determinaccedilatildeo da densidade oacutessea na regiatildeo dos
maxilares pois fornece dados objetivos precisos da variaccedilatildeo da densidade oacutessea
entre diferentes regiotildees em um mesmo indiviacuteduo A tomografia computadorizada eacute o
uacutenico meacutetodo que permite avaliar osso cortical e medular separadamente com a
vantagem de que as informaccedilotildees tridimensionais satildeo apresentadas em uma seacuterie de
cortes finos da estrutura interna da parte estudada onde as informaccedilotildees resultantes
natildeo sofrem superposiccedilatildeo por estruturas anatocircmicas (SANTIAGO e VITRAL 2006)
Logo a tomografia computadorizada eacute um meacutetodo de escolha na avaliaccedilatildeo
qualitativa e quantitativa de enxertos em seio maxilar (ZEacuteTOLA et al 2002)
Bassi et al (2009) citaram que para o sucesso da reabilitaccedilatildeo com implantes
dentaacuterios eacute imprescindiacutevel que seja levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
rebordo residual e tambeacutem a qualidade de osso para a estabilidade do implante
Aleacutem disso o osso disponiacutevel (volume) deve ser avaliado em sua densidade
o que determinaraacute sua resistecircncia Densidade eacute a relaccedilatildeo entre a massa e o volume
de um corpo e o meacutetodo de avaliaccedilatildeo da densidade mineral oacutessea eacute denominado
densitometria As unidades de medidas mais empregadas satildeo gcmsup2 (densidade por
aacuterea) gcmsup3 (densidade por volume) ou HU (unidade Hounsfield) (CAUacuteLA
MACHADO BARBOSA 2000)
A densidade oacutessea eacute diretamente relacionada agrave resistecircncia do tecido oacutesseo
antes da fratura Uma diferenccedila de dez vezes na resistecircncia do tecido oacutesseo pode
ser observada entre o osso D1 e D4 O osso D2 exibe uma resistecircncia agrave
compressatildeo 47 a 68 maior se comparado com o D3 (MISCH 2000)
O osso com densidade 2 (D2) eacute uma combinaccedilatildeo de osso compacto denso
para poroso na porccedilatildeo externa e osso trabecular grosso na porccedilatildeo interna Na
superfiacutecie e nas proporccedilotildees laterais do implante oferece uma interface inicial riacutegida
A densidade oacutessea D2 eacute mais comumente encontrada na mandiacutebula A regiatildeo
anterior da mandiacutebula apresenta este tipo oacutesseo em 23 dos casos O osso com
densidade 3 (D3) eacute composto de uma cortical oacutessea fina na crista e osso trabecular
fino no interior Uma das desvantagens desse tipo oacutesseo eacute a delicadeza com a qual
esse osso deve ser manipulado Quanto menor for a densidade mais facilmente o
41
osso eacute expandido para que implantes sejam inseridos A regiatildeo anterior da maxila
apresenta em 65 dos casos o osso D3 e em quase metade dos casos o osso
D3 eacute encontrado tambeacutem na regiatildeo posterior da maxila O osso menos denso D4
tem sido relatado em aproximadamente 40 dos casos eacute encontrado na parte
posterior da maxila especialmente na regiatildeo dos molares ou apoacutes levantamento do
seio maxilar (CAUacuteLA MACHADO BARBOSA 2000 BUSCATTI 2003)
Em 1988 Misch realizou uma pesquisa tendo como base de estudos a escala
apresentada por Hounsfield que tem como objetivo a diferenciaccedilatildeo de densidades
de oacutergatildeos do corpo pela diferenccedila de tons de cinza atraveacutes da tomografia A partir
desta Misch propocircs uma nova escala o qual associou nuacutemeros aos tipos oacutesseos
relacionando numericamente os valores aos tipos oacutesseos
No periacuteodo preacute-enxertia foi verificado que em todos os casos estudados a
densidade presente na regiatildeo de leito receptor caracteriza osso tipo D3 Sendo esta
densidade compatiacutevel com a regiatildeo anterior e posterior da maxila
Apoacutes 10 meses dos enxertos homoacutegenos serem realizados (P1 e P2)
observou-se que a densidade em unidades HU diminuiu na maioria dos eixos
avaliados somente no eixo coronal da P2 que apresentou um leve aumento Apesar
desta variaccedilatildeo de valores natildeo houve mudanccedila da qualidade oacutessea Tanto o osso
neoformado quanto o do leito receptor mantiveram-se qualidade de osso D3
Nos casos onde o material de escolha foi osso autoacutegeno observou-se atraveacutes
da densidade em unidades HU aumento dos valores em todos os eixos avaliados
Entre os dois casos (P3 e P4) houve uma pequena diferenccedila entre os valores que
atraveacutes da escala proposta por Misch resultou na diferenccedila que no caso P3 o
material enxertado natildeo apresentou alteraccedilatildeo na qualidade em relaccedilatildeo agrave aacuterea
receptora Jaacute no caso P4 o material enxertado caracteriza-se como qualidade oacutessea
D2 Suponha-se que esta diferenccedila entre a densidade do material enxertado nestes
dois casos seja devido ao grau de condensaccedilatildeo do material na regiatildeo tamanho das
partiacuteculas e quantidade de material enxertado Os dados obtidos natildeo correspondem
a uma populaccedilatildeo em geral devido a pequena quantidade de amostras e se tratando
de um relato de caso cliacutenico
Pinto et al (2007) comenta que os enxertos autoacutegenos satildeo os uacutenicos entre os
tipos de enxerto oacutesseo a fornecer ceacutelulas oacutesseas vivas imunocompatiacuteveis
essenciais agrave fase I da osteogecircnese que eacute responsaacutevel pela proliferaccedilatildeo das ceacutelulas
oacutesseas em especial do osteoacuteide assim quanto mais ceacutelulas vivas forem
42
transplantadas mais tecido oacutesseo seraacute formado Kuabara et al (2000) concluiacuteram
que a pequena morbidade poacutes-operatoria da regiatildeo doadora do enxerto elege a
regiatildeo retromolar inferior como uma excelente opccedilatildeo ciruacutergica para reabilitaccedilatildeo de
pequenos defeitos oacutesseos Jaacute Cyriaco e Azevedo (2006) relatam que quando se
trata de enxertos menores as melhores aacutereas doadoras para regiatildeo oral seriam o
mento e a regiatildeo retromolar e para maiores quantidades a crista iliacuteaca a calota
craniana a costela e a tiacutebia
Pereira et al (2009) enxerto com osso autoacutegeno eacute considerado padratildeo ouro
para reconstruccedilatildeo de defeitos oacutesseos residuais Algumas teacutecnicas ciruacutergicas podem
ser realizadas abrangendo aacutereas doadoras extra e intrabucais dependendo do grau
de perda oacutessea planejamento ciruacutergico-proteacutetico e das condiccedilotildees gerais do
paciente O osso autoacutegeno cortical oferece excelente suporte estrutural para o siacutetio
receptor sendo uma excelente alternativa para segmentos de defeitos maiores que
5 ou 6 cm que requerem suporte estrutural imediato restabelecendo devidamente a
funccedilatildeo
Gonccedilalves (2008) concluiu que implantes instalados em enxertos de seio maxilar
com a ajuda de substitutos oacutesseos apresentam uma taxa de sucesso cliacutenico de
9009
O osso mais indicado para enxertia eacute o autoacutegeno pela sua eficiecircncia
bioseguranccedila e facilidade de obtenccedilatildeo e uma alternativa para sua substituiccedilatildeo eacute o
homoacutegeno por ter caracteriacutesticas a longo prazo semelhantes embora o iacutendice de
reabsorccedilatildeo ser maior (DEL VALE et al 2006 SOUZA et al 2010 GONCcedilALVEZ et
al 2009) O enxerto de osso homoacutelogo eacute uma alternativa viaacutevel para reconstruccedilatildeo
de rebordos alveolares severamente atroacuteficos ao mesmo tempo em que reduz a
morbidade e os riscos inerentes aos procedimentos de enxertos autoacutegenos como
dor parestesia e hematomas (MOLON et al 2009 PIFFER et al2010) Ele mostra-
se efetivo conforme Contar et al (2009) que realizou 51 implantes sobre enxerto
homoacutegeno alcanccedilando o torque miacutenimo de 40N(newton) em todos eles natildeo
havendo problema em nenhum implante em um periacuteodo de acompanhamento de 24
a 35 meses
Ajzen et al (2005) comenta do uso de fatores indutores como plasma rico em
plaquetas sugerindo uma melhor qualidade e quantidade oacutessea necessaacuteria para
reconstruccedilatildeo proteacutetica atraveacutes de implantes oacutesseo integrados A associaccedilatildeo do
bloco de osso homoacutegeno agrave medula oacutessea autoacuteloga parece representar uma
43
alternativa terapecircutica para se minimizar os niacuteveis de reabsorccedilatildeo dos materiais de
enxertia (COSTA et al 2009)
Faz-se necessaacuterio a coleta de mais casos para se obter um tratamento
estatiacutestico que possibilite uma comprovaccedilatildeo da previsibilidade da densidade oacutessea
com os materiais enxertados e variaccedilotildees de teacutecnicas ciruacutergicas
44
6 CONCLUSAtildeO
Conclui-se que o enxerto oacutesseo autoacutegeno e procedente de banco de ossos
demonstra-se eficaz na reabilitaccedilatildeo de pacientes que apresentam maxilas atroacuteficas
e que necessitam de implantes dentaacuterios para a reabilitaccedilatildeo proteacutetica
A densidade obtida do material enxertado eacute semelhante a densidade do
tecido oacutesseo adjacente necessitando de mais casos para esta comprovaccedilatildeo
45
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AJZEN S A et al Anaacutelise por tomografia computadorizada do enxerto autoacutegeno na cirurgia de sinus lift Radiol bras Rio de Janeiro v 38 n 1 p 25-31 janfev 2005 ALOY-PROacuteSPER A et al Bone regeneration using particulate grafts an update Med oral patol oral cir bucal Valencia v16 n2 p210-214 Mar 2011 ARAUacuteJO JMS de et al Enxerto oacutesseo bovino como alternativa para cirurgias de levantamento de assoalho de seio maxilar Rev cir traumatol buco-maxilo-fac Recife v9 n 3 p 89-96 julset 2009
BASSI A P F CARNEIRO G P Avaliaccedilatildeo do iacutendice de sucesso dos enxertos autoacutegenos e dos implantes instalados em regiatildeo do seio maxilar Implant News Satildeo Paulo v7 n2 p257-260 dez 2009
BLAY A TUNCHEL S SENDYK W R Viabilidade dos enxertos autoacutegenos obtidos com a utilizaccedilatildeo de coletores para osso estudo histoloacutegico e microbioloacutegico Pesqui Odontol Bras Satildeo Paulo v 17 n 3 p 234-40 julset 2003 BUSCATTI M Y Contribuiccedilatildeo para o estudo das densidades oacutesseas maxilomandibulares por meio da escala tomodensitomeacutetrica de Hounsfield quando da aplicaccedilatildeo de programa computadorizado para planejamento de implantes osseointegrados 2003 122f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Radiologia) - Faculdade de Odontologia da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2003 CAUacuteLA A L MACHADO F O de BARBOZA E P Densidade Oacutessea no planejamento em Implantodontia BCI Curitiba v 7 n 25 2000
CHEM RC et al Uso de retalho livre de fiacutebula no complexo bucomaxila-facial ndash Relato de dois casos Rev Cir Traumatol Buco-maxilo-fac Camaragibe v5 n4 p 23-30 outdez 2005 CONTAR C M M et al Maxillary ridge augmentation with fresh-frozen bone allografts J Oral Maxillofac Surg Copenhagen v67 n6 p1280-1285 June 2009 COSMO L A M et al Enxerto oacutesseo em levantamento de seio maxilar com osso humano fresco congelado ImplantNews Satildeo Paulo v 4 n 3 p 249-253 2007 COSTA C E S da et al Utilizaccedilatildeo de medula oacutessea autoacuteloga na integraccedilatildeo de enxertos oacutesseos homoacutelogos ImplantNews Satildeo Paulo v 6 n 4 p 395-402 2009
CYRIACO E AZEVEDO D Enxertos oacutesseos aplicados na cirurgia buccedilo-maxilo facial Cispre [on line] Petroacutepolis 27 jul 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcisprecombracervo_detalhesaspId=60gt Acesso em 20 abr 2011
DEL VALLE R A CARVALHO M L de GONZALEZ M R Estudo do comportamento de enxerto oacutesseo com material doador obtido dos bancos de tecidos muacutesculos-esqueleacuteticos Rev odontol Univ Cid Satildeo Paulo Satildeo Paulo v 18 n 2 p 189-194 maioago 2006
46
GARCIA JUacuteNIOR I R et al Avaliaccedilatildeo cliacutenica de enxertos oacutesseos autoacutegenos de crista iliacuteaca em maxilas atroacuteficas para instalaccedilatildeo de implantes oacutesseointegraacuteveis Innov implant j biomater esthet (Impr) Satildeo Paulo v 1 n 1 p 34-40 maio 2006 GONCcedilALVES A R de Q Avaliaccedilatildeo do sucesso de implantes osseointegraacuteveis em enxerto de seio maxilar RGO (Porto Alegre) Porto Alegre v 56 n 4 p 423-427 outdez 2008 GONCcedilALVES A O et al Avaliaccedilatildeo histomorfoloacutegica de maxilares humanos submetidos a enxerto oacutesseo autoacutegeno e homoacutegeno Implant News Satildeo Paulo v7 n2 p213-222 nov 2009
JAHN R S et al Retalho em dupla paacutegina Innov implant j biomater esthet Satildeo Paulo v 4 n 3 p 20-24 setdez 2009
KUABARA M R et al Levantamento de seio maxilar utilizando enxerto autoacutegeno da regiatildeo retromolar e simultacircnea colocaccedilatildeo de implantes ossointegrados Relato de caso cliacutenico ROBRAC Goiacircnia v 9 n 28 p 14-17 2000
MAZZONETTO R et al Avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de enxertos de siacutenfise mandibular na reconstruccedilatildeo de defeitos oacutesseos em regiatildeo anterior de maxila estudo por meio de tomografia convencional linear Rev bras implant Satildeo Paulo v 6 n 1 p 19-22 janmar 2000
MISCH C E et al Doaccedilatildeo de enxertos oacutesseos autoacutegenos extra orais para implantes endo oacutesseo In Implantes Dentaacuterios Contemporacircneos 2ordm ed Satildeo Paulo Santos 2000 cap 33 p 521-535 MOLON R S de et al Reconstruccedilatildeo de maxila atroacutefica utilizando enxerto oacutesseo homoacutegeno Rev Cir Traumatol Buco-Maxilo-fac Camaragibe v 9 n 4 p 25-30 outdez 2009 OLIVEIRA FILHO M A de et alReconstruccedilatildeo de defeito de continuidade em mandiacutebula com posterior reconstruccedilatildeo alveolar RGO (Porto Alegre) Porto Alegre v 55 n 3 p 305-310 julset 2007 OLIVEIRA H W de DIEBOLD E SILVA A M M da Avaliaccedilatildeo da regiatildeo maxilar em imagens de tc por raios x para o uso em implantodontia e cirurgia bucomaxilofaciaL Disponiacutevel em lthttpwwwpucrsbrunipoafisicapesquisasnimedartigosArtigo20Canal20CientEDficopdfgt Acesso em 20 de Junho de 2011 PEREIRA C C S et al Enxertos oacutesseos autoacutegenos mandibulares para reconstruccedilatildeo de processos alveolares atroacutefi cos revisatildeo e teacutecnica ciruacutergica Innov Implant J Biomater Esthet Satildeo Paulo v 4 n 3 p 96-102 setdez 2009 PICCINELLI L B et al Estudo retrospectivo de 59 pacientes tratados com enxertos oacutesseos autoacutegenos intrabucais e implantes dentais Innov Implant J Biomater Esthet Satildeo Paulo v 4 n 3 p 30-34 setdez 2009 PIFFER C S et al Levantamento de seio maxilar utilizando Bio-Oss concomitante com a instalaccedilatildeo de implantes ImplantNews Satildeo Paulo v 7 n 4 p 489-495 2010
47
PINTO J G S et al Enxerto autoacutegeno x biomateriais no tratamento de fraturas e deformidades faciais ndash uma revisatildeo de conceitos atuais RFO UPF Passo Fundo v 12 n 3 p 79-84 setdez 2007 RIBEIRO JUacuteNIOR O et al Princiacutepios da reconstruccedilatildeo mandibular com enxerto oacutesseo vascularizado Rev cir traumatol buco-maxilo-fac Recife v 8 n 1 p 15 ndash 22 janmar 2008 RODRIGUES A F VITRAL R W F Aplicaccedilotildees da Tomografia Computadorizada na Odontologia Pesq Bras Odontoped Clin Integr Joatildeo Pessoa v 7 n 3 p 317-324 setdez 2007 SANTIAGO R C VITRAL R W F Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da densidade mineral oacutessea e seu emprego na odontologia Pesq Bras Odontoped Clin Integr Joatildeo Pessoa v6 n3 p 289-294 setdez 2006 SILVEIRA A C G WASSALL T Anaacutelise da aacuterea doadora de enxerto mandibular por meio de tomografia computadorizada do feixe cocircnico para avaliaccedilatildeo da remodelaccedilatildeo oacutessea RGO (Porto Alegre) Porto Alegre v 57 n 1 p 61-65 janmar 2009 SOUSA J N L de et al Avaliaccedilatildeo dos enxertos homoacutegenos como substitutos aos enxertos autoacutegenos na fixaccedilatildeo de implantes osteointegrados uma revisatildeo sistemaacutetica da literatura Innov Implant J Satildeo Paulo v 4 n 3 p 54-57 setdez 2009 SOUZA D O et al Aplicaccedilotildees de enxertos de bancos de ossos em odontologia R Ci meacuted biol Salvador v 9 n 1 p 45-48 2010 SPIN-NETO R et al Tecido oacutesseo homoacutelogo para utilizaccedilatildeo em Odontologia Implant News Satildeo Paulo v7 n4 p555-560 dez 2009 TANAKA R et al Incorporaccedilatildeo dos enxertos oacutesseos em bloco processos bioloacutegicos e consideraccedilotildees relevantes Conscientia e sauacutede Satildeo Paulo v 7 n 3 p 323-327 2008 ZEacuteTOLA A L et al Reconstruccedilatildeo do seio maxilar atroacutefico com enxerto autoacutelogo de crista iliacuteaca avaliaccedilatildeo por tomografia computadorizada e radiografia panoracircmica Rev col bras cir Rio de Janeiro v 29 n 1 p 13-18 janfev 2002
7
2 REVISAtildeO DE LITERATURA
Cauacutela Machado e Barboza (2000) descreveram os diferentes tipos de
densidade oacutessea e sua influecircncia na Implantodontia A densidade do osso disponiacutevel
em um siacutetio edecircntulo tem influecircncia no planejamento do tratamento no design do
implante no tipo de cirurgia no tempo de cicatrizaccedilatildeo e na colocaccedilatildeo progressiva
de carga durante a reconstruccedilatildeo proteacutetica O osso pode ser classificado
macroscopicamente em quatro grupos de densidades diferentes do mais denso ao
menos denso compacto denso compacto poroso trabecular grosso e trabecular
fino O osso considerado como densidade 1 (D1) manteacutem sua forma e densidade
devido ao stress das inserccedilotildees musculares Sendo composto de osso lamelar
histoloacutegico eacute altamente mineralizado e capaz de suportar grandes cargas O osso
compacto denso tambeacutem apresenta algumas desvantagens que devem ser
consideradas O osso D1 eacute mais difiacutecil de ser preparado para receber implantes do
que qualquer outro tipo oacutesseo O osso com densidade 2 (D2) eacute uma combinaccedilatildeo de
osso compacto denso para poroso na porccedilatildeo externa e osso trabecular grosso na
porccedilatildeo interna Na superfiacutecie e nas proporccedilotildees laterais do implante oferece uma
interface inicial riacutegida A densidade oacutessea D2 eacute mais comumente encontrada na
mandiacutebula A regiatildeo anterior da mandiacutebula apresenta este tipo oacutesseo em 23 dos
casos O osso com densidade 3 (D3) eacute composto de uma cortical oacutessea fina na
crista e osso trabecular fino no interior Uma das desvantagens desse tipo oacutesseo eacute a
delicadeza com a qual esse osso deve ser manipulado Quanto menor for a
densidade mais facilmente o osso eacute expandido para que implantes sejam inseridos
A regiatildeo anterior da maxila apresenta em 65 dos casos o osso D3 e em quase
metade dos casos o osso D3 eacute encontrado tambeacutem na regiatildeo posterior da maxila
O osso com densidade 4 (D4) eacute um osso trabecular fino cuja cortical oacutessea eacute
miacutenima ou nenhuma A necessidade da altura maacutexima de osso disponiacutevel eacute maior
em D4 do que em outros tipos oacutesseos para aumentar a superfiacutecie de contato
ossoimplante O tempo de cicatrizaccedilatildeo deve ultrapassar os 6 meses como
preconizado nos protocolos existentes O osso menos denso D4 tem sido relatado
em aproximadamente 40 dos casos eacute encontrado na parte posterior da maxila
especialmente na regiatildeo dos molares ou apoacutes levantamento do seio maxilar Os
autores concluiacuteram que dependendo da localizaccedilatildeo e do tempo pelo qual uma aacuterea
8
permaneceu edecircntula sua densidade seraacute variaacutevel Poreacutem existem aacutereas onde os
tipos oacutesseos satildeo mais comumente encontrados D1 eacute encontrado em mandiacutebula
anterior atroacutefica D2 eacute encontrado em regiatildeo de mandiacutebula anterior mandiacutebula
posterior e maxila anterior D3 eacute encontrado em regiatildeo de maxila anterior maxila
posterior e mandiacutebula posterior e D4 eacute encontrado em regiatildeo de maxila posterior
Kuabara et al (2000) apresentaram um caso cliacutenico de reabilitaccedilatildeo oral por
meio de cirurgia avanccedilada em implantologia destacando a teacutecnica ciruacutergica para
elevaccedilatildeo do seio maxilar usando um enxerto oacutesseo da regiatildeo retromolar da
mandiacutebula Todo procedimento ciruacutergico foi realizado sob anestesia local e
medicaccedilatildeo previamente agrave cirurgia O enxerto foi removido da regiatildeo retromolar da
mandiacutebula aacuterea onde encontra-se maior quantidade de osso cortical e pouca
medular Apoacutes anestesia local por bloqueio regional e complementar a incisatildeo foi
realizada na base do ramo da mandiacutebula seguindo pela linha obliqua ateacute a regiatildeo de
1ordm molar inferior Foi realizado o deslocamento do retalho muco-periostal e o tecido
oacutesseo foi exposto a ostectomia foi realizada com brocas e cinzeacuteis provocando uma
fratura do fragmento Enquanto as perfuraccedilotildees dos implantes eram confeccionadas
o enxerto foi particulado e colocado no interior da cavidade sinusal em sua porccedilatildeo
medial seguindo-se a colocaccedilatildeo dos implantes e posterior preenchimento da
cavidade com osso triturado Passado o periacuteodo de seis meses foi iniciada a fase
proteacutetica Os autores concluiacuteram que a pequena morbidade poacutes-operatoacuteria da
regiatildeo doadora do enxerto elege a regiatildeo retromolar inferior como uma excelente
opccedilatildeo ciruacutergica para reabilitaccedilatildeo de pequenos defeitos oacutesseos A enxertia oacutessea no
interior da cavidade sinusal provou ser uma alternativa eficiente para reabilitar a
regiatildeo posterior de maxila onde a colocaccedilatildeo de implantes osseointegrados eacute
limitada pela quantidade oacutessea remanescente
Mazzonetto et al (2000) avaliaram o aumento em espessura oacutessea apoacutes a
realizaccedilatildeo de enxerto autoacutegeno obtido da regiatildeo de siacutenfise mandibular em regiatildeo
anterior de maxilas com grandes reabsorccedilotildees oacutesseas de pacientes que
necessitavam de reabilitaccedilatildeo por meio de implantes osseointegrados Seis pacientes
apresentando perdas dentaacuterias e defeitos oacutesseos na regiatildeo anterior de maxila foram
submetidos agrave reconstruccedilatildeo alveolar utilizando enxerto autoacutegeno da regiatildeo da siacutenfise
mandibular com o objetivo de restabelecer a espessura oacutessea para posteriormente
serem reabilitados com implantes Foram realizadas radiografias intrabucais
9
panoracircmica e tomografia convencional linear no exame inicial para avaliar a aacuterea
maxilar e determinar se a aacuterea doadora ou seja a siacutenfise mandibular apresentava
osso suficiente para reconstruir o defeito Realizada a cirurgia apoacutes 4 meses foi feito
outro procedimento ciruacutergico reabrindo a aacuterea para remoccedilatildeo dos parafusos Passado
um periacuteodo de 6 meses da realizaccedilatildeo do enxerto cada paciente foi submetido a
novo exame tomograacutefico convencional linear tomada esta que foi realizada de
maneira padronizada com a primeira Foram realizadas medidas do ganho oacutesseo
pela anaacutelise das tomografias preacute e poacutes-operatoacuterias dos pacientes Foi traccedilada uma
linha no longo eixo do rebordo a partir do ponto mais alto da crista A partir desta
projetou-se uma linha perpendicular a 5 mm de distacircncia da porccedilatildeo mais oclusal
sobre a qual foi medida a distacircncia entre as duas corticais vestibular e lingual Dos 6
pacientes analisados foram obtidas 12 medidas comparativas Em 3 das medida
natildeo foram obtidos os resultados desejados devido agrave reabsorccedilatildeo do enxerto
Portanto 75 das aacutereas avaliadas obtiveram aumento em espessura suficientes
para a colocaccedilatildeo de implantes As observaccedilotildees cliacutenicas e radiograacuteficas das aacutereas
enxertadas demonstraram ganho oacutesseo em altura e em largura indicando que o
enxerto retirado da siacutenfise mandibular eacute uma aIternativa viaacutevel para a reconstruccedilatildeo
de defeitos alveolares a maxila anterior onde seratildeo colocados implantes A aacuterea da
siacutenfise mandibular tem muitas vantagens em relaccedilatildeo a outros locais doadores
Misch et al (2000) apoacutes realizar uma revisatildeo de literatura verificou a
importacircncia da densidade oacutessea no sucesso do implante osseointegrado e
apresentou uma atualizaccedilatildeo de sua classificaccedilatildeo oacutessea de 1988 acrescentando o
tipo oacutesseo D5 o qual associou nuacutemeros aos tipos oacutesseos relacionando
numericamente os valores aos tipos oacutesseos
10
Zeacutetola et al (2002) investigaram a neoformaccedilatildeo oacutessea de enxerto autoacutelogo
medular natildeo vascularizado de crista iliacuteaca para seio maxilar atroacutefico por meio de
uma avaliaccedilatildeo comparativa da precisatildeo entre a Tomografia Computadorizada (TC) e
a radiografia panoracircmica Foram selecionados 14 pacientes submetidos a 25
enxertos de crista iliacuteaca natildeo vascularizados sendo eles 9 do sexo feminino e 5 do
sexo masculino tendo como meacutedia de idade de 443 anos O criteacuterio de inclusatildeo foi
a altura residual menor que 5mm entre o rebordo gengival e o soalho antral
(medidos comparativamente pela tomografia computadorizada e radiografia
panoracircmica) e todos pacientes eram edentados uni ou bilateralmente A parede
lateral do seio maxilar foi exposta totalmente para a confecccedilatildeo de uma janela oval
com tamanho aproximado de 15 a 25mm feita com broca esfeacuterica diamantada
nuacutemero seis sendo preservada a integridade da mucosa antral que foi totalmente
rebatida sendo exposta a cuba e parede medial do antro maxilar O fragmento
oacutesseo da crista iliacuteaca autoacutegena foi colocado perpendicularmente agrave parede lateral da
maxila isolando o compartimento superior do seio Jaacute no inferior foi empregado osso
medular autoacutegeno fragmentado isolado ou misturado com hidroxiapatita (HA) que foi
recoberto pelo retalho mucoperiostal suturado com fio reabsorviacutevel de poligalactina
40 em sutura simples Para a avaliaccedilatildeo quantitativa e qualitativa poacutes-operatoacuteria
foram empregadas a radiografia panoracircmica e a tomografia computadorizada Foi
utilizado o teste de meacutedias atraveacutes da distribuiccedilatildeo t de Student para anaacutelise das
varianccedilas com a prevalecircncia de 005 para os dois grupos de imagens Na avaliaccedilatildeo
qualitativa houve consenso dos observadores nos dois grupos de exames (RX
panoracircmico e TC) e para a imagem panoracircmica (RP) o conceito foi regular e para a
tomografia boa Com relaccedilatildeo agrave anaacutelise quantitativa houve consenso na tomografia
11
computadorizada e para a radiografia panoracircmica a diferenccedila foi miacutenima entre os
observadores sem significado O ganho meacutedio foi de 148mm em todos os
procedimentos com erro maior que 3mm em 16 procedimentos (64) Os autores
concluiacuteram que a tomografia computadorizada foi o meacutetodo de escolha na avaliaccedilatildeo
qualitativa e quantitativa da incorporaccedilatildeo de enxerto autoacutelogo natildeo vascularizado em
seio maxilar atroacutefico
Blay Tunchel e Sendyk (2003) avaliaram a viabilidade microbioloacutegica e
histoloacutegica de tecido oacutesseo que ateacute a data tem sido ignorado em oacutesseos integrados
em cirurgias de implante Foram selecionados trinta pacientes sendo 13 homens e
17 mulheres com meacutedia de idade de 54 anos estando em bom estado de sauacutede
geral Os criteacuterios de seleccedilatildeo foram pacientes com perda de um ou mais elementos
dentaacuterios e com atrofia alveolar moderada Foi adotada uma teacutecnica baseada no uso
de coletores de osso para a obtenccedilatildeo de material oacutesseo autoacutegeno sem ter que
envolver um segundo (intra-oral ou extra-oral) aacuterea ciruacutergica para a obtenccedilatildeo de
osso autoacutegeno As amostras foram obtidas durante o processo de perfuraccedilatildeo do
osso alveolar utilizando dois tipos de coletores de ossos especiais As mesmas
foram utilizadas para o preenchimento de falha oacutessea Uma pequena amostra do
material coletado foi enviado para anaacutelise microbioloacutegica e histoloacutegica Os retalhos
foram fechados com Donath thread tipo de cirurgia e suturas simples individual
Apoacutes o periacuteodo de 6 a 8 meses foi realizada a reabertura na aacuterea da instalaccedilatildeo dos
implantes e realizado bioacutepsias na aacuterea de deiscecircncia para fornecer pequenos
fragmentos de ossos para anaacutelise histoloacutegica Para analise microbiana as amostras
foram transportadas em meio de tioglicolato e incubados por 24 horas a uma
temperatura de 36 plusmn 1 ordm C em condiccedilotildees aeroacutebias e anaeroacutebias a fim de avaliar a
presenccedila de contaminaccedilatildeo bacteriana As bacteacuterias encontradas nas amostras natildeo
apresentaram patogenicidade ou virulecircncia suficiente para prejudicar o enxerto ou
implante de forma alguma A avaliaccedilatildeo histoloacutegica das amostras mostrou que
mesmo em um estado de partiacuteculas a estrutura oacutessea foi bem preservada contendo
um grande nuacutemero de osteoacutecitos no interior da matriz calcificada sugerindo que a
viabilidade do tecido oacutesseo era mantida No periacuteodo de segunda fase mostraram
uma estrutura oacutessea histoloacutegica semelhante agrave do osso secundaacuterio Os autores
concluiacuteram que clinicamente assim como histologicamente o meacutetodo de coleta foi
capaz de preservar as ceacutelulas com capacidade de induccedilatildeo oacutessea
12
Buscatti (2003) avaliou as densidades oacutesseas das porccedilotildees medulares e
corticais maxilomandibulares por meio da escala tomodensitomeacutetrica de Hounsfield
utilizada nos exames de tomografia computadorizada A amostra foi composta por
12 pacientes de ambos os sexos Em cada aacuterea foi realizada a mensuraccedilatildeo da
densidade oacutessea por meio de uma ferramenta especiacutefica onde se avaliou a
qualidade oacutessea das corticais vestibular lingual ou palatina da base da mandiacutebula
ou assoalho do seio maxilarfossa nasal e da regiatildeo central do trabeculado oacutesseo
Para cada aacuterea foi mensurado o valor meacutedio de densidade e seu desvio padratildeo
Para a anaacutelise estatiacutestica dividiram-se os dados em dois grupos o primeiro com as
aacutereas correspondentes agrave regiatildeo anterior dos arcos e o segundo para a regiatildeo
posterior Para cada arco foi obtido 6 valores de densidade oacutessea para a porccedilatildeo
medular e cada cortical oacutessea da a regiatildeo anterior e 10 valores para a regiatildeo
posterior Uma anaacutelise inicial dos valores tomodensitomeacutetricos de Hounsfield (escala
Hounsfield) obtidos nesse presente estudo mostra de maneira geral que a
densidade oacutessea quando analisada sem distinccedilatildeo de gecircnero arco ou regiatildeo
apresenta-se na meacutedia maior na cortical oacutessea do que na porccedilatildeo medular situaccedilatildeo
constante em todas as anaacutelises realizadas durante esse estudo e cujo valor era
esperado devido ao maior grau de mineralizaccedilatildeo da cortical em relaccedilatildeo agrave medular
oacutessea O autor concluiu que quando da anaacutelise das densidades oacutesseas nos gecircneros
masculino e feminino natildeo houve diferenccedila estatisticamente significante para seus
valores tanto nas corticais quanto na porccedilatildeo medular A anaacutelise das densidades
oacutesseas em funccedilatildeo das regiotildees anatocircmicas (anterior e posterior) demonstrou
diferenccedila estatisticamente significante entre elas para os valores da porccedilatildeo medular
Em relaccedilatildeo aos arcos (superior e inferior) houve diferenccedila estatisticamente
significante entre eles para os valores das corticais vestibular lingual ou palatina e
base da mandiacutebula ou assoalho do seio maxilarfossa nasal
Ajzen et al (2005) quantificaram por meio da TC a formaccedilatildeo oacutessea nos
enxertos realizados apenas com osso autoacutegeno e nos enxertos com osso autoacutegeno
e plasma rico em plaquetas (PRP) obtido pelos meacutetodos de centrifugaccedilatildeo e afeacuterese
comparando seis meses depois os trecircs tipos de enxertos realizados Este estudo
utilizou como amostra 34 pacientes adultos de ambos os sexos (sete do sexo
masculino e 28 do sexo feminino) sem distinccedilatildeo de raccedila com idades entre 23 e 65
anos idade meacutedia de 48 anos e 8 meses que foram previamente avaliados por
radiografias panoracircmicas A avaliaccedilatildeo constou dos seguintes itens pneumatizaccedilatildeo
13
unilateral ou bilateral dos seios maxilares relacionada agraves perdas dentaacuterias e que
necessitavam de enxertos oacutesseos Nestes 34 pacientes foram operados 53 seios
maxilares sendo a amostra dividida em trecircs grupos grupo afeacuterese pacientes que
receberam enxerto de osso autoacutegeno e PRP obtido pelo meacutetodo de afeacuterese grupo
centriacutefuga pacientes que receberam enxerto de osso autoacutegeno e PRP obtido pelo
meacutetodo de centrifugaccedilatildeo e grupo osso autoacutegeno pacientes que receberam enxerto
apenas de osso Foram realizados exames preacute-operatoacuterios radiograacuteficos radiografia
periapical radiografia panoracircmica e TC Esses exames foram repetidos seis meses
apoacutes a intervenccedilatildeo ciruacutergica para a avaliaccedilatildeo da quantificaccedilatildeo oacutessea cortical e
medular da regiatildeo enxertada Para analisar o crescimento oacutesseo obtiveram-se as
meacutedias e os desvios-padratildeo (que mede a variabilidade dos dados) para a altura e a
largura considerando os trecircs grupos (afeacuterese centriacutefuga e osso autoacutegeno) e as
diferenccedilas entre as medidas finais e iniciais Para verificar se existe diferenccedila
significativa entre os crescimentos meacutedios foi feita a anaacutelise de variacircncia para
medidas repetidas (ANOVA) O niacutevel de significacircncia (p) foi fixado em um valor
menor ou igual a 005 (5) para a rejeiccedilatildeo da hipoacutetese de nulidade Pela avaliaccedilatildeo
da TC houve crescimento do remanescente oacutesseo em altura nos trecircs grupos
quando comparados os momentos inicial e final do experimento Natildeo houve
diferenccedila estatiacutestica para a altura (p= 0078) e para a largura (p = 0556) Os autores
concluiacuteram que apesar dos resultados natildeo serem estatisticamente significantes
evidecircncias cliacutenicas tecircm mostrado a eficaacutecia dos enxertos de osso autoacutegeno
principalmente aqueles associados a fatores indutores de crescimento oacutesseo como
o PRP alterando a altura e a largura necessaacuterias para a reconstruccedilatildeo proteacutetica do
arcabouccedilo maxilofacial atraveacutes de implantes osteointegrados porque na
odontologia atual busca-se cada vez mais devolver aos pacientes edecircntulos a sua
capacidade mastigatoacuteria e esteacutetica e consequumlentemente promovendo a integridade
dos vaacuterios elementos que compotildeem o sistema estomatognaacutetico
Chem et al (2005) afirmaram que a falta de tecido oacutesseo deve ser reparada
Situaccedilotildees como estas deixam os pacientes carentes fisiologicamente
esteticamente e psicologicamente Este trabalho iraacute relatar a teacutecnica de retalho livre
de fiacutebula para reconstruccedilatildeo da mandiacutebula e da maxila Foram realizados
atendimentos a dois pacientes pelo Serviccedilo de Cirurgia e Traumatologia Buco-
maxilo-facial do Complexo Hospitalar da Santa Casa de Misericoacuterdia de Porto
14
Alegre Possiacuteveis complicaccedilotildees podem se justificar pela maacute fixaccedilatildeo do retalho aos
cotos ou pela insuficiecircncia vascular Nos dois casos relatados o retalho foi fixado
aos cotos com placas e parafusos de forma a apresentar imobilidade obtendo-se
dessa forma a regeneraccedilatildeo entre os tecidos O retalho livre de fiacutebula ou enxerto
vascularizado caracteriza-se por ser um enxerto autoacutegeno segmentado e removido
da aacuterea doadora tendo sua vascularizaccedilatildeo preservada a fim de nutrir esse tecido
quando no leito receptor a partir da sua anastomose com o sistema vascular da
regiatildeo receptora O retalho de fiacutebula eacute o mais frequumlentemente pois esse retalho
fornece o maior montante de tecido oacutesseo entre todos os retalhos oacutesseos e causa
pouca morbidade na aacuterea doadora Os autores concluiacuteram que o emprego de
enxertos oacutesseos vascularizados em reconstruccedilotildees da face gera bons resultados
esteacuteticos e funcionais Pois os dois casos relatados os enxertos apresentaram
sucesso agrave observaccedilatildeo imediata e longitudinal alcanccedilando-se resultados esteacuteticos e
funcionais satisfatoacuterios
Cyriaco e Azevedo (2006) analisaram e revisaram a utilizaccedilatildeo do enxerto
oacutesseo em suas vaacuterias formas autoacutelogo homoacutelogo e heteroacutelogo descalcificado e
vascularizado na reparaccedilatildeo de falha oacutessea aleacutem das principais caracteriacutesticas
pertinentes a cada tipo buscando com isso um melhor direcionamento na sua
utilizaccedilatildeo Segundo diversos autores haacute disponiacuteveis opccedilotildees doadoras de enxertos
vascularizados como calota craniana fiacutebula costela escaacutepula crista iliacuteaca e raacutedio
Suas vantagens estatildeo nos iacutendices elevados de sucesso e a chance de fazecirc-lo em
pacientes irradiados ou que passaraacute por seccedilotildees de radioterapia como ocorre na
retirada de tumores malignos Quando se trata de enxertos menores as melhores
aacutereas doadoras para regiatildeo oral seriam o mento e a regiatildeo retromolar e para
maiores quantidades a crista iliacuteaca a calota craniana a costela e a tiacutebia A calota
craniana e osso iliacuteaco satildeo vantajosos por ter um grande volume de tecido oacutesseo no
que se refere agraves aacutereas doadoras externas sendo indicadas para a correccedilatildeo de
grandes defeitos oacutesseos De acordo com a pesquisa foi possiacutevel concluir que as
melhores aacutereas doadoras intrabucais satildeo o mento a regiatildeo retromolar e a
tuberosidade da maxila e que as aacutereas doadoras externas possiacuteveis satildeo a crista
iliacuteaca e a calota craniana
Del Valle et al (2006) tiveram como objetivo comparar o enxerto homoacutegeno
com o enxerto autoacutegeno nas cirurgias reconstrutivas de maxila com finalidade
implantodocircntica atraveacutes de um relato de caso cliacutenico Neste caso o paciente
15
apresentava ausecircncia dos elementos 11 e 12 com migraccedilatildeo mesial dos elementos
13 e 21 Atraveacutes do exame cliacutenico foi verificado falta de espessura do rebordo
alveolar na regiatildeo resultado da perda da taacutebua oacutessea vestibular por ocasiatildeo da
exodontia Foram realizados exames radiograacuteficos de regiatildeo panoracircmica periapical
Foi constatado pouca espessura palato-vestibular do rebordo oacutesseo na regiatildeo dos
dentes 11 e 12 contra-indicando a colocaccedilatildeo de implante dentaacuterio por risco de
fenestraccedilatildeo vestibular Com isto o tratamento indicado foi enxertia oacutessea utilizando
osso homoacutegeno bicortical com medular interna retirado da crista do osso iliacuteaco
medindo 27x17x9 milimetros e recebido os antibioacuteticos Vancomicina e Polimixina B
Foi feito o deslocamento muco-periostal do retalho esculpido o bloco oacutesseo e
adaptado ao leito receptor Para realizar a fixaccedilatildeo foi feito perfuraccedilotildees oacutesseas no
leito receptor com brocas esfeacutericas laminadas e imobilizados com 2 parafusos de
15mm de diacircmetros e 11mm de comprimento promovendo um enxerto do tipo
onlay Todo enxerto foi recoberto com osso particulado do mesmo bloco
amalgamado ao plasma rico em plaquetas e suturado Apoacutes passar 3 meses da
cirurgia houve exposiccedilatildeo do parafuso de osteossiacutentese de posiccedilatildeo mais cervical e
na sua remoccedilatildeo constatamos a formaccedilatildeo de tecido fibroso entre o fragmento
enxertado e o leito receptor somente nessa regiatildeo tendo sido removido Apoacutes 5
meses da enxertia foi colocado implantes e recoberto com membrana oacutessea
reabsorviacutevel por ter havido fenestraccedilatildeo oacutessea cervical Os autores apoacutes relatar o
caso concluiacuteram que o osso mais indicado para enxertia eacute o autoacutegeno e uma
alternativa para sua substituiccedilatildeo eacute o homoacutegeno por ter caracteriacutesticas a longo prazo
semelhantes embora o iacutendice de reabsorccedilatildeo eacute maior entretanto relataram que eacute
necessaacuterios maiores estudos principalmente de aacutereas doadoras utilizadas para
enxertias
Garcia Juacutenior et al (2006) avaliaram clinicamente os enxertos oacutesseos
retirados da crista do osso iliacuteaco para reconstruccedilatildeo total de maxilas atroacuteficas e
posterior instalaccedilatildeo de implantes oacutesseointegraacuteveis Foram selecionados doze
pacientes no qual foram submetidos agrave cirurgia de enxerto oacutesseo na maxila
utilizando-se fragmentos oacutesseos removidos da porccedilatildeo anterior da crista iliacuteaca A
meacutedia de idade dos pacientes era de 495 anos sendo 3 do sexo masculino e 12
eram do sexo feminino O tempo de espera para a cirurgia de instalaccedilatildeo de
implantes variou de 5 a 6 meses apoacutes enxerto oacutesseo Na reabertura do enxerto para
instalaccedilatildeo dos implantes oacutesseointegrados foram realizadas as avaliaccedilotildees cliacutenicas
16
dos enxertos oacutesseos Os resultados mostraram que em todos os casos houve ganho
oacutesseo no rebordo alveolar e tambeacutem uma melhora no perfil facial e o contorno labial
dos pacientes Os autores concluiacuteram que o enxerto oacutesseo retirado do osso iliacuteaco eacute
uma alternativa viaacutevel para reconstruccedilotildees de maxilas atroacuteficas tambeacutem que houve
melhora cliacutenica significativa quanto ao volume oacutesseo em altura e largura do rebordo
alveolar e que em todos os casos foram possiacuteveis a instalaccedilatildeo de implantes
oacutesseointegraacuteveis
Santiago e Vitral (2006) analisaram os meacutetodos de avaliaccedilatildeo da densidade
mineral oacutessea (DMO) e seu emprego na odontologia com o objetivo de descrever os
diferentes meacutetodos empregados bem como avaliar a relevacircncia em se determinar a
densidade oacutessea no planejamento e sucesso de tratamentos odontoloacutegicos
especiacuteficos Foi feita uma revisatildeo de literatura onde abordaram as teacutecnicas de
densitometria oacutessea e como eacute feita a avaliaccedilatildeo da densidade oacutessea em odontologia
Diversos satildeo os meacutetodos para se avaliar a densidade mineral oacutessea tanto na aacuterea
meacutedica quanto em Odontologia A questatildeo sobre qual a melhor teacutecnica e a melhor
regiatildeo para se avaliar a DMO de cada individuo parece ainda natildeo ter resposta
Entretanto o que se sabe eacute que dentre as diferentes teacutecnicas disponiacuteveis diferentes
vantagens e desvantagens satildeo apresentadas Em Odontologia a tomografia
computadorizada tem demonstrado ser o meacutetodo de eleiccedilatildeo para a determinaccedilatildeo da
densidade oacutessea na regiatildeo dos maxilares pois fornece dados objetivos precisos da
variaccedilatildeo da densidade oacutessea entre diferentes regiotildees em um mesmo indiviacuteduo
permitindo dessa forma correlacionar positivamente os valores encontrados com a
qualidade oacutessea descrita subjetivamente Aleacutem disso a tomografia computadorizada
eacute o uacutenico meacutetodo que permite avaliar osso cortical e medular separadamente
Cosmo et al (2007) relataram um caso cliacutenico com avaliaccedilatildeo radiograacutefica e
histoloacutegica da utilizaccedilatildeo de osso humano fresco congelado em procedimento de
elevaccedilatildeo do assoalho do seio maxilar A paciente CAR 47 anos compareceu agrave
Cliacutenica Odontoloacutegica da Faculdade de Odontologia da Universidade de Santo Amaro
- Unisa para avaliaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo da arcada superior posterior esquerda com a
utilizaccedilatildeo de implantes endoacutesseos Os exames de imagem demonstraram haver
rebordo residual com menos de 6 mm de altura remanescente tendo sido indicada agrave
paciente a reabilitaccedilatildeo oacutessea bilateral atraveacutes da teacutecnica de levantamento do
assoalho do seio maxilar com enxerto de osso aloacutegeno fresco congelado
proveniente de banco de tecidos musculoesqueleacuteticos Apoacutes seis meses da cirurgia
17
foi realizada abertura para instalaccedilatildeo dos implantes tendo sido colhido fragmento
oacutesseo que foi enviado para anaacutelise histoloacutegica Frente ao apresentado conclui-se
que o material de enxertia proveniente de banco de ossos humanos (enxerto
aloacutegeno fresco congelado) proporciona em cirurgias de levantamento de seio
maxilar um adequado volume oacutesseo para futura instalaccedilatildeo de implantes A anaacutelise
histoloacutegica do enxerto incorporado evidencia a vitalidade do mesmo Material deve
ser adquirido em banco de tecidos regularizados pelo Ministeacuterio da Sauacutede A
possibilidade de transmissatildeo de doenccedilas pela utilizaccedilatildeo do material eacute de baixa
magnitude
Oliveira Filho et al (2007) apresentaram um caso cliacutenico de trauma facial com
perda oacutessea na regiatildeo anterior da mandiacutebula que foi tratado com teacutecnicas de
reconstruccedilatildeo em duas fases primeiramente a parte basilar da mandiacutebula
posteriormente a parte alveolar permitindo a reabilitaccedilatildeo atraveacutes de implantes
osseointegrados O paciente deu entrada no pronto socorro do Hospital Universitaacuterio
Evangeacutelico de Curitiba viacutetima de trauma localizado nas regiotildees submandibular e
cervical alta Em um primeiro momento foi realizado o tratamento ciruacutergico para
fixaccedilatildeo intermaxilar riacutegida trans-operatoacuteria e estabilizaccedilatildeo da mandiacutebula com uma
placa de reconstruccedilatildeo em titacircnio Apoacutes trecircs meses do procedimento foi realizada a
reconstruccedilatildeo mandibular utilizando enxerto em bloco tomado da crista do osso
iliacuteaco Este tempo ciruacutergico teve a preocupaccedilatildeo de reconstruir apenas a parte basilar
da mandiacutebula devido a falta de tecidos moles na regiatildeo traumatizada Em um
segundo momento foi realizada enxertia com bloco tomado da crista do osso iliacuteaco
para reconstruccedilatildeo alveolar da mandibular Seis meses apoacutes o procedimento de
reconstruccedilatildeo alveolar cliacutenica e radiograficamente houve uma boa integraccedilatildeo do
enxerto sem a ocorrecircncia de reabsorccedilatildeo oacutessea significativa Foi criado um rebordo
alveolar adequado permitindo a instalaccedilatildeo de trecircs implantes na regiatildeo enxertada
Os autores concluiacuteram que o enxerto de oacutesseo autoacutegeno pode ser uma alternativa
vaacutelida na aplicaccedilatildeo como meio de reconstruccedilatildeo de defeitos oacutesseos que comprometa
a porccedilatildeo alveolar e basal da mandiacutebula mas uma anaacutelise mais detalhada eacute
necessaacuteria para que possa definir de forma mais abrangente os possiacuteveis riscos e
complicaccedilotildees da teacutecnica utilizada
Pinto et al (2007) confrontaram a utilizaccedilatildeo do enxerto autoacutegeno para
reconstruccedilatildeo das sequumlelas de fraturas faciais comparando-o com outros
18
biomateriais atualmente disponiacuteveis discutindo as melhores indicaccedilotildees e os toacutepicos
mais atuais relativos a esses materiais As propriedades de um material ideal para
enxerto oacutesseo satildeo ser quimicamente inerte biocompatiacutevel natildeo aleacutergico natildeo
canceriacutegeno ser totalmente reabsorviacutevel e substituiacutevel por novo tecido oacutesseo entre
outros O osso autoacutegeno eacute considerado ideal para realizaccedilatildeo de enxertos oacutesseos
Estudos tecircm comprovado a eficaacutecia deste tipo de material especialmente do enxerto
oacutesseo autoacutegeno cortical obtido da crista do osso iliacuteaco que tem sido considerado o
melhor de
ntre os materiais de reconstruccedilatildeo Satildeo os uacutenicos entre os tipos de enxerto
oacutesseo a fornecer ceacutelulas oacutesseas vivas imunocompatiacuteveis Os enxertos alogecircnicos
satildeo aqueles obtidos de outro indiviacuteduo da mesma espeacutecie O enxerto alogecircnico mais
comumente utilizado eacute o liofilizado cuja vantagem eacute natildeo haver a necessidade de se
realizar uma segunda cirurgia num outro siacutetio Os oacutesseos xenoacutegenos satildeo aqueles
retirados de uma espeacutecie e transplantados para outra Exigem um tratamento mais
vigoroso do enxerto e natildeo fornecem ceacutelulas viaacuteveis para a formaccedilatildeo da fase I da
osteogecircnese Aleacutem dos enxertos oacutesseos existem ainda os materiais chamados
aloplaacutesticos como alternativa tendo como benefiacutecios a diminuiccedilatildeo do tempo
ciruacutergico aleacutem de muacuteltiplos tamanhos e formatos disponiacuteveis Entre os biomateriais
os mais utilizados satildeo o vidro bioativo o titacircnio que apresenta excelente
biocompatibilidade e boa osseointegraccedilatildeo ao organismo quando justaposto ao osso
A hidroxiapatita que por ser considerada um componente quiacutemico natural do corpo
humano natildeo satildeo observadas respostas inflamatoacuteria ou toacutexica nos tecidos
circunvizinhos Atraveacutes da pesquisa foi possiacutevel concluir que o osso autoacutegeno ainda
eacute considerado um material ideal para enxerto entretanto novos biomateriais tecircm
surgido apresentando vantagens promissoras para utilizaccedilatildeo na praacutetica diaacuteria
Rodrigues e Vitral (2007) descreveram as principais teacutecnicas tomograacuteficas existentes
e suas aplicaccedilotildees na Odontologia atraveacutes de uma revisatildeo da literatura sobre os
avanccedilos das principais teacutecnicas tomograacuteficas que resultaram em maior acuraacutecia no
diagnoacutestico menor tempo de exame e menor quantidade de radiaccedilatildeo A tomografia
computadorizada eacute considerada o meacutetodo de escolha para a imagem das estruturas
oacutesseas Ela eacute um meacutetodo radioloacutegico que permite obter a reproduccedilatildeo de uma secccedilatildeo
do corpo humano com finalidade diagnoacutestica Apresenta trecircs vantagens gerais
importantes sobre a radiografia convencional a primeira eacute que as informaccedilotildees
19
tridimensionais satildeo apresentadas na forma de uma seacuterie de cortes finos da estrutura
interna da parte estudada A segunda eacute que o sistema eacute mais sensiacutevel na
diferenciaccedilatildeo de tipos de tecido quando comparado com a radiografia convencional
de modo que diferenccedilas entre tipos de tecidos podem ser mais claramente
delineadas e estudadas A terceira eacute a habilidade para manipular e ajustar a imagem
apoacutes ter sido completada a varredura como ocorre de fato com toda a tecnologia
digital Com o advento da tomografia computadorizada helicoidal foi alcanccedilada
grande melhora nas reconstruccedilotildees tridimensionais e diminuiccedilatildeo na dose de
exposiccedilatildeo do paciente agrave radiaccedilatildeo A mesma proveacutem vantagens sobre a natildeo
helicoidal como menor tempo de avaliaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de reconstruccedilatildeo multiplanar
Ela propicia imagens com alta resoluccedilatildeo espacial e a mesma dose de radiaccedilatildeo da
tomografia computadorizada convencional A tomografia computadorizada pode ser
usada para identificar e delinear processos patoloacutegicos visualizar dentes retidos
avaliar os seios paranasais diagnosticar trauma mostrar os componentes oacutesseos
da articulaccedilatildeo temporomandibular e os leitos para implantes dentaacuterios Permite a
reformataccedilatildeo axial obliacutequa da imagem no sentido perpendicular da curvatura do
arco mostrando nitidamente o niacutevel oacutesseo no lado vestibular e lingual E tambeacutem
permite uma avaliaccedilatildeo intra-oacutessea dos locais para colocaccedilatildeo dos implantes Os
autores concluiacuteram que a Tomografia Computadorizada eacute o exame de eleiccedilatildeo no
diagnoacutestico de muitas condiccedilotildees que envolvem o complexo maxilo-mandibular O
valor cliacutenico das teacutecnicas de tomografia computadorizada depende da condiccedilatildeo que
se estaacute sendo diagnosticada atraveacutes das imagens do modelo e da idade do
equipamento usado do protocolo do exame da experiecircncia e capacidade dos
operadores do equipamento e do radiologista
Gonccedilalves (2008) analisaram implantes instalados em enxertos de seio
maxilar com biomaterial de origem bovina e plasma rico em plaquetas observando
histologicamente a neoformaccedilatildeo oacutessea e o iacutendice de sucesso cliacutenico e histoloacutegico
apresentado Este estudo envolveu 30 pacientes que necessitavam de enxerto em
regiatildeo de soalho de seio maxilar para inserccedilatildeo de implantes Um total de 101
implantes foi instalado em 36 enxertos de seio maxilar com intervalo meacutedio de
tempo do enxerto de 75 meses dos quais nove amostras oacutesseas foram colhidas de
forma aleatoacuteria e consentidas para a anaacutelise histoloacutegica Na colocaccedilatildeo dos
implantes foi utilizado um guia ciruacutergico para um correto posicionamento dos
implantes Foi feita a remoccedilatildeo do fragmento oacutesseo e enviado para a anaacutelise com
20
isto foi capturado ao todo 26 imagens histopatoloacutegicas Histologicamente os
fragmentos colhidos estavam constituiacutedos predominantemente por tecido oacutesseo
com iacutendice de sucesso de 8888 Quando comparados o remanescente oacutesseo do
seio maxilar antes e depois do enxerto houve crescimento em altura e a maioria
apresentou densidade oacutessea D3 Dez dos 101 implantes foram perdidos e 91
estavam osseointegrados no seio maxilar enxertado Os autores concluiacuteram que
implantes instalados em enxertos de seio maxilar com a ajuda de substitutos oacutesseos
apresentam uma taxa de sucesso cliacutenico de 9009
Ribeiro Juacutenior et al (2008) revisaram a literatura referente aos enxertos
oacutesseos vascularizados com o objetivo de avaliar os princiacutepios bioloacutegicos e ciruacutergicos
que fundamentam sua aplicaccedilatildeo na reconstruccedilatildeo mandibular Os retalhos
microciruacutergicos que contecircm enxertos oacutesseos satildeo classificados como
osteomusculares ou osteomiocutacircneos dependendo da natureza dos tecidos moles
que o compotildeem permitindo restauraccedilotildees de grandes defeitos oacutesseos A
revascularizaccedilatildeo microciruacutergica manteacutem a irrigaccedilatildeo e a drenagem do tecido oacutesseo
enxertado em todo o periacuteodo de integraccedilatildeo permitindo a manutenccedilatildeo de suas
funccedilotildees celulares metaboacutelicas e fiacutesicas Dessa forma a reparaccedilatildeo entre o enxerto e
o remanescente mandibular ocorre de forma semelhante agrave cicatrizaccedilatildeo de uma
fratura eliminando a longa fase de substituiccedilatildeo observada nos enxertos
convencionais Como o sucesso da reconstruccedilatildeo microciruacutergica eacute diretamente
dependente da qualidade vascular estudos angiograacuteficos preacute-operatoacuterios das aacutereas
receptora e doadora satildeo essenciais Alguns cuidados preacute-cirurgicos satildeo de extrema
importacircncia como a hidrataccedilatildeo endovenosa para manutenccedilatildeo do diacircmetro vascular
uso de cobertores para manter a temperatura corporal em torno de 37degC O estudo
concluiu que os enxertos oacutesseos vascularizados satildeo excelentes na restauraccedilatildeo
esteacutetico-funcional dos defeitos mandibulares suprindo as deficiecircncias dos enxertos
convencionais em casos de pior prognoacutestico Os enxertos oacutesseos vascularizados
satildeo indispensaacuteveis em defeitos compostos extensos irradiados e secundaacuterios agrave
osteorradionecrose
Tanaka et al (2008) elaboraram uma revisatildeo de literatura com o objetivo de
descrever os mecanismos de incorporaccedilatildeo dos enxertos oacutesseos em bloco e discutir
algumas caracteriacutesticas dos diferentes tipos existentes para distinguir as vantagens
de cada um Concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo dos enxertos em bloco para reconstruccedilatildeo
21
dos rebordos alveolares eacute uma realidade e estaacute intimamente ligada agrave terapia
implantar Os diversos fatores que influenciam a escolha do melhor meacutetodo de
enxertia a ser utilizado passam pelo conhecimento dos paracircmetros citados neste
artigo e muitos outros natildeo abordados e podem parecer inicialmente um desafio
mas sem duvida o domiacutenio das teacutecnicas existentes e das outras que surgiratildeo eacute o
ponto de partida para o profissional que procura o refinamento de seus
procedimentos e a exelencia de seus resultados
Arauacutejo et al (2009) realizaram uma revisatildeo de literatura sobre os resultados
cliacutenicos obtidos com a utilizaccedilatildeo dos enxertos de origem autoacutegena e xenoacutegena
(bovino) nas cirurgias de levantamento de assoalho de seio maxilar O
envelhecimento e a perda dentaacuteria fazem com que o seio se expanda podendo
haver uniatildeo entre o assoalho sinusal e a crista do rebordo alveolar residual
expansatildeo esta relacionada com a altura e largura do seio e natildeo com a
profundidade Os materiais para enxerto oacutesseo podem ser classificados como
osteogecircnicos osteoindutores e osteocondutores Os osteogecircnicos referem-se aos
materiais orgacircnicos capazes de estimular a neoformaccedilatildeo oacutessea a partir de
osteoblastos Os osteoindutores satildeo capazes de induzir a diferenciaccedilatildeo de ceacutelulas
mesenquimais em osteoblastos e condroblastos estimulando a formaccedilatildeo oacutessea no
local ou mesmo em um siacutetio heterotiacutepico Os materiais osteocondutores (geralmente
inorgacircnicos) permitem a aposiccedilatildeo de um novo tecido na sua superfiacutecie requerendo
a presenccedila de tecido oacutesseo preacute-existente como fonte de ceacutelulas osteoprogenitoras
Alguns criteacuterios foram propostos para o enxerto ideal quanto para que o material
enxertado se incorpore com sucesso ao siacutetio Dentre os possiacuteveis enxertos
xenoacutegenos encontram-se disponiacuteveis comercialmente os enxertos bovinos em
vaacuterias formas de apresentaccedilatildeo como aqueles que contecircm a fraccedilatildeo mineral do osso
os inorgacircnicos ou desproteinizados entre outros Todos eles apresentam excelente
biocompatibilidade agem favorecendo o processo de osteoconduccedilatildeo e natildeo
desencadeando respostas imunoloacutegicas desfavoraacuteveis A melhor accedilatildeo do enxerto
oacutesseo autoacutegeno de crista iliacuteaca quando comparado com a associaccedilatildeo do osso
autoacutegeno com osso desmineralizado bovino em cirurgias de levantamento de
assoalho de seio maxilar Apesar da diferenccedila estatiacutestica significante clinicamente
natildeo houve diferenccedila jaacute que os aacutepices dos implantes estavam todos cobertos por
osso sugerindo o sucesso do uso da associaccedilatildeo e ainda poupando o paciente de
uma intervenccedilatildeo ciruacutergica extraoral concluindo que o osso autoacutegeno eacute o que
22
apresenta os melhores resultados no processo de regeneraccedilatildeo oacutessea poreacutem os
enxertos de origem bovina apesar de demonstrarem um processo de neoformaccedilatildeo
oacutessea inferior promovem uma neoformaccedilatildeo satisfatoacuteria para que haja a reabilitaccedilatildeo
do paciente com implantes osseointegraacuteveis podendo ser utilizados com sucesso na
cliacutenica odontoloacutegica
Bassi e Carneiro (2009) citaram que os pacientes vem se queixando de
desconforto pelo uso de proacuteteses deficiecircncia na mastigaccedilatildeo onde entatildeo se
destacam os implantes dentaacuterios que minimizam estes aspectos negativos No
entanto seu sucesso depende de uma quantidade miacutenima de suporte oacutesseo por
este motivo foi oportuna pelos autores avaliar o iacutendice de sucesso dos enxertos e
implantes instalados na regiatildeo do seio maxilar reconstruiacuteda com osso autoacutegeno de
linha obliacutequa tanto imediata quanto mediato ao levantamento do seio maxilar
Foram avaliadas 51 cirurgias durante os anos de 2005 a 2007 com total de 107
implantes instalados sendo 28 de maneira imediata e 79 instalados posteriormente
Com relaccedilatildeo aos de maneira imediata o sucesso foi de 9286 sendo que dos 14
submetidos agrave implantaccedilatildeo imediata apenas 1 perdeu o implante De um total de 37
pacientes com instalaccedilatildeo posterior houve um sucesso de 9459 Podendo ser
analisado que natildeo haacute diferenccedila significante entre instalaccedilatildeo mediata e imediata
Acredita-se que para haver sucesso no tratamento eacute imprescindiacutevel que seja levado
em consideraccedilatildeo a quantidade de rebordo residual e tambeacutem a qualidade de osso
para a estabilidade do implante A conclusatildeo deste artigo eacute que o levantamento do
seio maxilar com o enxerto autoacutegeno por meio de acesso lateral eacute uma opccedilatildeo
segura no tratamento para regiatildeo posterior da maxila E natildeo houve diferenccedila em
relaccedilatildeo ao sucesso dos implantes instalados de maneira medita e imediata
Contar et al (2009) avaliaram o uso de enxertos provenientes de osso fresco-
congelado para na reconstruccedilatildeo de rebordos alveolares maxilares posteriormente a
aplicaccedilatildeo de implantes dentaacuterios Foram analisados quinze pacientes que tinham
atrofia crista maxilar onde necessitava de blocos de enxerto oacutesseo para
posteriormente se fazer a colocaccedilatildeo dos implantes Nove meses depois foi retirado
o nuacutecleo de osso do enxerto para analisar histologicamente Trinta e quatro blocos
foram colocados e do nuacutemero de blocos cada paciente recebeu uma numeraccedilatildeo de
1 a 4 Em todos os enxertos foram verificados para serem de consistecircncia firme
bem constituiacutedo e vascularizado Cinquumlenta e um implantes foram aplicados sobre
os enxertos com torque no miacutenimo de 40 N (Newton) Natildeo havendo problema em
23
nenhum implante O periacuteodo de acompanhamento variou de 24 a 35 meses Alo
enxertos pode ser bem satisfatoacuterios aplicados como material de enxerto para o
tratamento de defeitos oacutesseos maxilares se for aplicada a teacutecnica de forma
cautelosa e coerente
Costa et al (2009) descreveram cirurgias de enxertia oacutessea para reconstruccedilatildeo
do rebordo alveolar atroacutefico causado por traumas Em dois pacientes foram
utilizados blocos de osso homoacutegeno fresco congelado puro e em outros dois
pacientes esses blocos foram embebidos em medula oacutessea autoacuteloga aspirada do
proacuteprio paciente Os quatro pacientes que perderam seus dentes anteriores-
superiores 11122122 As cirurgias foram realizadas dentro do protocolo do
Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Cirurgia e Experimentaccedilatildeo da Universidade
Federal de Satildeo Paulo ndash Unifesp Cada paciente recebeu um bloco de enxerto oacutesseo
homoacutegeno fresco congelado proveniente de banco de tecidos oacutesseos em cada um
dos lados da regiatildeo anterior de maxila sendo que em dois dos pacientes os blocos
tiveram a sua porccedilatildeo medular embebida em medula oacutessea autoacuteloga aspirada do
proacuteprio paciente e nos outros dois pacientes os blocos foram fixados da mesma
maneira e na mesma regiatildeo poreacutem sem a utilizaccedilatildeo de medula oacutessea autoacuteloga
como preenchimento Foi observado clinicamente no segundo procedimento
ciruacutergico que os siacutetios enxertados com osso homoacutegeno associado agrave medula oacutessea
autoacuteloga obtiveram um menor niacutevel de reabsorccedilatildeo o que facilitou a instalaccedilatildeo dos
implantes osseointegraacuteveis Com as bioacutepsias oacutesseas obtidas por meio da utilizaccedilatildeo
da broca trefi na foram confeccionadas no Laboratoacuterio de Patologia da Unifesp uma
lacircmina em HE para cada regiatildeo enxertada com associaccedilatildeo agrave medula e tambeacutem
para as regiotildees de enxertia sem essa associaccedilatildeo Essas lacircminas foram
encaminhadas para o Departamento de Morfologia da Unifesp para avaliaccedilatildeo Tanto
as lacircminas histoloacutegicas do grupo onde se associou o aspirado de medula oacutessea ao
enxerto oacutesseo homoacutegeno quanto onde natildeo foi feita esta associaccedilatildeo mostraram uma
grande quantidade de tecido mineralizado vital Foi observado em ambos os grupos
uma pequena quantidade de tecido mineralizado desvitalizado Em todas as lacircminas
foi observada intensa vascularizaccedilatildeo assim como a presenccedila de tecido oacutesseo
lamelar A utilizaccedilatildeo de osso humano fresco congelado conservado em banco de
tecidos eacute uma alternativa viaacutevel para a reconstruccedilatildeo dos rebordos atroacuteficos
diminuindo a morbidade e riscos inerentes agrave abordagem da regiatildeo doadora dos
enxertos autoacutegenos A associaccedilatildeo do bloco de osso homoacutegeno agrave medula oacutessea
24
autoacuteloga parece representar uma alternativa terapecircutica para se minimizar os niacuteveis
de reabsorccedilatildeo dos materiais de enxertia
Gonccedilalves et al (2009) citaram que o melhor material para enxertia oacutessea eacute o
autoacutegeno o problema eacute o poacutes-operatoacuterio que eacute desconfortaacutevel para o paciente Na
existecircncia de desvantagens para a utilizaccedilatildeo de osso autoacutegeno o osso proveniente
de banco de tecidos surge como uma alternativa viaacutevel nas reconstruccedilotildees oacutesseas
maxilomandibulares O osso homoacutegeno pode ser utilizado em algumas situaccedilotildees
que impossibilite obter uma quantidade necessaacuteria de osso autoacutegeno requisitado
pelo receptor ou quando induz ao procedimento com grande morbidade onde exista
negativa do paciente em se submeter a um segundo siacutetio ciruacutergico Mesmo com toda
a previsibilidade de utilizaccedilatildeo de tecido oacutesseo homoacutelogo ele ainda gera
controveacutersias pela possibilidade de infecccedilotildees cruzadas com sua utilizaccedilatildeo Com o
estudo citado foi concluiacutedo que o enxerto homoacutelogo induz mais rapidamente a
remodelaccedilatildeo quando comparado com o autoacutegeno E o estaacutegio da remodelaccedilatildeo
esteve mais dependente da resposta orgacircnica individual de cada paciente
Jahn et al (2009) avaliaram o procedimento de retalho em dupla paacutegina para acesso
ao osso da regiatildeo do mento em comparaccedilatildeo a teacutecnica de retalho mucoperiosteal
Foram realizados procedimentos de obtenccedilatildeo de enxerto oacutesseo da regiatildeo do mento
para utilizaccedilatildeo na reabilitaccedilatildeo de pacientes que receberiam implantes
osseointegrados na regiatildeo anterior da maxila e que necessitavam de aumento de
espessura oacutessea localizada Foram operados 20 pacientes da cliacutenica de Periodontia
da Universidade de Santo Amaro entre 28 e 60 anos de idade Dez pacientes foram
submetidos agrave teacutecnica de retalho mucoperiosteal de espessura parcial e total
convencional e dez pacientes foram submetidos ao retalho em dupla Os pacientes
foram avaliados apoacutes 7 e 14 dias do procedimento ciruacutergico quanto aos seguintes
aspectos parestesia dor edema infecccedilatildeo hemorragia hematoma contato com as
raiacutezes dentaacuterias deiscecircncia de sutura presenccedila ou ausecircncia de trismo Todos os
procedimentos realizados permitiram acesso agrave regiatildeo do mento para obtenccedilatildeo de
enxertos oacutesseos autoacutegenos A avaliaccedilatildeo poacutes-operatoacuteria dos pacientes mostrou que
em ambos os grupos natildeo houve casos de hemorragia trismo contato acidental com
as raiacutezes dentaacuterias e infecccedilatildeo Edema foi constatado em seis casos no grupo de
retalho em dupla paacutegina e sete casos nos retalhos muco periosteais dor foi relatada
por dois e seis pacientes respectivamente Dois casos apresentaram parestesia na
regiatildeo de mento e nos dentes anteriores inferiores por ateacute duas semanas nos
25
pacientes operados pela teacutecnica do retalho mucoperiosteal enquanto nenhum caso
aconteceu em pacientes operados por retalho em dupla paacutegina Os autores
concluiacuteram que a teacutecnica de retalho em dupla paacutegina eacute um importante auxiacutelio no
acesso agrave aacuterea doadora o que pela facilidade de uso pode encorajar os cirurgiotildees a
usarem o mento como aacuterea doadora para pequenos enxertos oacutesseos intrabucais
Molon et al (2009) tiveram como objetivo relatar um caso cliacutenico de maxila
atroacutefica com necessidade de reconstruccedilatildeo alveolar atraveacutes de enxerto homoacutegeno
Apoacutes a realizaccedilatildeo da anamnese foi constatado clinicamente que o paciente
apresentava forma em lacircmina do osso e radiograficamente a panoracircmica mostrou
uma perda oacutessea em altura e uma proximidade do rebordo com a parede inferior do
seio maxilar Foi utilizado enxerto provenientes do UniOss processados e
congelados a -80degCos tecidos foram submetidos a testes soroloacutegicos Na regiatildeo
anterior foi realizado enxerto com osso humano congelado em bloco para restaurar
espessura oacutessea possibilitando a colocaccedilatildeo de implantes dentaacuterios Os blocos
foram fixados com o sistema 15mm e o osso particulado foi acomodado nos
espaccedilos mortos para evitar a formaccedilatildeo de GAPs Apoacutes seis meses da cirurgia foi
removido os parafusos e o guia ciruacutergico posicionado para a instalaccedilatildeo dos seis
implantes A osseointegraccedilatildeo dos implantes foi verificada apoacutes seis meses da
segunda cirurgia pela radiografia panoracircmica Atualmente vem sendo muito utilizado
osso autoacutegeno para reconstruccedilatildeo de maxilares contudo haacute desvantagens
relacionadas com a morbidade do sitio doador quantidade inadequada de osso
intraoral para grandes defeitos e necessidade de osso de regiatildeo extra-oral para
maiores reconstruccedilotildees limitam as expectativas do paciente Por isso os osso
estudos utilizando osso homoacutelogo para reabilitaccedilatildeo com implantes vecircm se
intensificando e apresentando bons resultados Os autores consideram o enxerto de
osso homoacutelogo uma alternativa viaacutevel para reconstruccedilatildeo de rebordos alveolares
severamente atroacuteficos ao mesmo tempo em que reduz a morbidade e os riscos
inerentes aos procedimentos de enxertos autoacutegenos
Pereira et al (2009) discutiram revisaram e compararam as teacutecnicas
envolvidas em remoccedilatildeo de blocos oacutesseos da linha obliacutequa e mento demonstrando
sua efetividade por meio de exemplos cliacutenicos O osso mandibular tem sido utilizado
na reconstruccedilatildeo alveolar para permitir a instalaccedilatildeo de implantes com resultados
extremamente favoraacuteveis Para a regiatildeo de mento a teacutecnica consiste em osteotomia
26
efetuada pelo menos 5 mm abaixo dos aacutepices dentaacuterios e o osso basal da
mandiacutebula preservado A profundidade das osteotomias limita-se agrave cortical externa
Para a regiatildeo da linha obliacutequa haacute trecircs diferentes meacutetodos para acessar a aacuterea
doadora 1 Intrasulcular Realizada no sulco gengival dos dentes naturais 2
Submarginal Indicada quando da presenccedila de coroas proteacuteticas nos molares e preacute-
molares 3 Crestal Indicada para rebordos edecircntulos ou quando os implantes
estiverem planejados para a mesma regiatildeo Uma vez feita agrave incisatildeo o retalho
mucoperiosteal eacute descolado do corpo mandibular expondo a face lateral do
ramocorpo Um bloco cortical retangular ateacute 4 mm de espessura pode ser coletado
da regiatildeo do ramo O comprimento do bloco pode se aproximar de 35 mm mas
altura natildeo deve exceder 10 mm Para o preparo do siacutetio receptor e enxertia o osso
removido eacute posicionado com a face medular do bloco em contato com a face cortical
do siacutetio receptor previamente perfurada com brocas proporcionando sangramento
O bloco deve ser adaptado intimamente ao leito e fixado com parafusos de titacircnio
Os autores concluiacuteram que ambas as teacutecnicas podem ser utilizadas com sucesso
de acordo com a quantidade oacutessea desejada localizaccedilatildeo do siacutetio doador e
experiecircncia do profissional
Piccinelli et al (2009) analisaram retrospectivamente 59 pacientes submetidos
agrave enxertia oacutessea obtida de aacutereas intrabucais com a instalaccedilatildeo de implantes
osseointegrados As aacutereas doadoras foram a regiatildeo da siacutenfise mandibular ramo
mandibular e tuberosidade da maxila Os enxertos foram imobilizados atraveacutes de
parafusos de titacircnio especiacuteficos para fixaccedilatildeo interna riacutegida com diacircmetro de 16 mm
e comprimentos de 8 10 e 12 mm com encaixe em forma de cruz De todas as
cirurgias realizadas foi constatado insucesso em 5 (742 ) pacientes todos do
sexo feminino Destes em 2 (338 ) casos ocorreram perfuraccedilatildeo de membrana do
seio maxilar sendo os dois pacientes tabagistas com idades de 40 e 41 anos Em
um paciente de 30 anos ocorreu a perda do enxerto na regiatildeo anterior de maxila
tendo por aacuterea doadora o osso retirado do ramo mandibular Em outro com 50 anos
ocorreu a perda do enxerto em regiatildeo posterior de mandiacutebula recebendo da aacuterea
retromolar E noutro com 40 anos a perda ocorreu em regiatildeo posterior da
mandiacutebula tendo aacuterea doadora a siacutenfise mandibular A maior causa de falhas de
enxerto eacute deiscecircncia de sutura e posterior necrose asseacuteptica do osso enxertado
sendo demonstrado altas taxas de complicaccedilotildees quando utilizamos a mandiacutebula
27
como aacuterea receptora Existe um iacutendice de sucesso de 904 quando os implantes
satildeo instalados apoacutes um periacuteodo de cicatrizaccedilatildeo dos enxertos O estudo concluiu que
os siacutetios intrabucais doadores de enxertos oacutesseos podem prover volumes oacutesseos
suficientes para a reconstruccedilatildeo dos rebordos alveolares da maioria dos pacientes
desdentados parciais A mandiacutebula eacute vista como siacutetio de eleiccedilatildeo para retirada de
enxertos oacutesseos pois eacute capaz de prover blocos oacutesseos de composiccedilatildeo
predominantemente corticais
Silveira e Wassall (2009) analisaram a aacuterea doadora de enxertos por meio de
tomografias volumeacutetricas tipo feixe cocircnico para avaliaccedilatildeo da remodelaccedilatildeo oacutessea
verificando o grau de morbidade quanto a este paracircmetro Foram selecionados vinte
voluntaacuterios de ambos os gecircneros sem risco de sauacutede e com risco de sauacutede
controlados da cliacutenica de Poacutes-Graduaccedilatildeo do Centro de Pesquisas Odontoloacutegica
Satildeo Leopoldo Mandic e cliacutenica particular As tomografias foram obtidas com
aparelho de aquisiccedilatildeo volumeacutetrica tipo feixe cocircnico este aparelho usa a nova
tecnologia do feixe de tomografia computadorizada cocircnico no qual obtemos todas
as estruturas maxilofaciais do indiviacuteduo em volume ou seja em terceira dimensatildeo
Foi utilizado o tempo de exposiccedilatildeo de 36 segundos e apenas 3 de radiaccedilatildeo uma
tomografia meacutedica As primeiras mediccedilotildees foram obtidas no momento da tomografia
computadorizada inicial anteriormente a cirurgia Logo apoacutes a cirurgia foi realizada
a segunda tomada e medida na qual foi mensurado o quanto foi retirado de tecido
oacutesseo para enxerto Na terceira tomada de medidas foi calculado o ganho real
oacutesseo obtido na remodelaccedilatildeo apoacutes 180 dias de remoccedilatildeo do enxerto Embora a
quantidade retirada de aacuterea varie a recomposiccedilatildeo acompanha com a mesma
variabilidade Os autores concluiacuteram que a remodelaccedilatildeo oacutessea meacutedia da regiatildeo
posterior da mandiacutebula avaliada 180 dias apoacutes a remoccedilatildeo do bloco oacutesseo (enxerto
oacutesseo) foi de 813
Sousa et al (2009) verificaram atraveacutes de uma revisatildeo sistemaacutetica se os
enxertos homoacutegenos satildeo tatildeo eficientes quanto os enxertos autoacutegenos Apoacutes a busca
nas bases foram selecionados 1215 tiacutetulos de artigos Um uacutenico artigo atendeu os
criteacuterios da pesquisa o mesmo foi lido na iacutentegra por ambos examinadores e suas
caracteriacutesticas foram distribuiacutedas em uma tabela Este artigo analisado resultou em
16 pacientes entre 38 e 65 anos (9 do sexo masculino e 7 do sexo feminino) foi
comparado dois grupos enxerto autoacutegeno do iliacuteaco (grupo 1) e enxerto autoacutegeno da
calvaacuteria (grupo 2) Foi avaliado o volume oacutesseo total (VOT) o volume oacutesseo
28
necroacutetico (VON) e o osso vital (OV) e os resultados do grupo 1 foi de VOT (466)
VON (126) e OV (34) jaacute do grupo 2 foi VOT (734) VON (55) e OV (67)
Estatisticamente o enxerto da calvaacuteria foi melhor que o enxerto do iliacuteaco Os autores
concluiacuteram que o uacutenico artigo considerado natildeo consistia numa comparaccedilatildeo entre
enxerto autoacutegeno e homoacutegeno e sim numa comparaccedilatildeo entre enxertos autoacutegenos
de siacutetios diferentes
Spin-Neto et al (2009) realizaram uma revisatildeo de literatura sobre a utilizaccedilatildeo
de osso homoacutelogo em Odontologia sobre a legislaccedilatildeo envolvida na aplicaccedilatildeo deste
material Foram analisados artigos publicados nos uacuteltimos 25 anos no Medline e
pela ANVISA leis decretos que regulamentam o funcionamento dos bancos de
ossos de tecidos musculoesqueleacuteticos brasileiros Sobre o enxerto homoacutelogo haacute
um nuacutemero enorme de processos que ocorrem eacute iniciado por uma reaccedilatildeo
inflamatoacuteria criando espaccedilos que permitam sua invasatildeo por vasos sanguiacuteneos e
chegada das ceacutelulas responsaacuteveis pelo metabolismo oacutesseo atuando na
remodelaccedilatildeo gradativa do local Remover tecidos oacutergatildeos ou partes da pessoa ou do
cadaacutever eacute crime podendo resultar em reclusatildeo (2 a 6 anos) ou em 100 a 360 dias
de multa Jaacute no caso de sepultamento cabe aos meacutedicos realizar a reconstruccedilatildeo do
corpo para evitar constrangimento e manter a dignidade diante de seus familiares
no qual natildeo realizado eacute considerado crime por tal ato Foi concluiacutedo que eacute
necessaacuterio mais estudos e resultados sobre a aplicaccedilatildeo deste biomaterial para
aliados com o conhecimento juriacutedico aumentarmos o conhecimento e informaccedilotildees
sobre o caso
Piffer et al (2010) descreveram um caso cliacutenico de reabilitaccedilatildeo oral de uma
aacuterea de maxila posterior extremamente reabsorvida atraveacutes de levantamento de
seio maxilar utilizando osso xenoacutegeno e posterior uso de implante O caso constava
de uma paciente do sexo feminino que foi submetida a levantamento de seio
maxilar utilizando osso xenoacutegeno liofilizado e concomitante colocaccedilatildeo de dois
implantes nos elementos 15 e 16 Foi relatado que devido agraves limitadas quantidades
oacutesseas para colocaccedilatildeo de implantes dentaacuterios surgiram as teacutecnicas de enxertos
oacutesseos Inicialmente era utilizado osso autoacutegeno da regiatildeo intra-bucal gerando
algumas desvantagens devido a morbidade do siacutetio doador podendo gerar dor
parestesias hematoma Como alternativa surgiu possibilidade de utilizaccedilatildeo de
biomateriais para reconstruccedilotildees maxilares no qual foi utilizado neste caso o Bio-
Oss e obteve um resultado excelente em relaccedilatildeo aacute formaccedilatildeo oacutessea formando
29
extensa regiatildeo de osso denso ao redor dos implantes Assim atraveacutes de uma
revisatildeo sistemaacutetica criacutetica de trabalhos cliacutenicos controlados randomizados
evidenciou que substitutos de ossos autoacutegenos podem ser utilizados obtendo
sucesso Concluindo assim que a colocaccedilatildeo de implantes concomitantes com
enxertias oacutesseas natildeo interferem no processo de reparo oacutesseo e nem na
estabilizaccedilatildeo dos implantes e mostrou-se um tratamento viaacutevel para o presente
caso cliacutenico
Souza et al (2010) realizaram uma revisatildeo da literatura das principais
aplicaccedilotildees e indicaccedilotildees dos enxertos de bancos de ossos na Odontologia Os
enxertos oacutesseos autoacutegenos satildeo eleitos como os de primeira escolha pela sua
eficiecircncia biosseguranccedila e facilidade de obtenccedilatildeo poreacutem apresentam algumas
desvantagens e limitaccedilotildees A utilizaccedilatildeo de homoenxertos provenientes de bancos
de ossos representa uma alternativa aos enxertos oacutesseos autoacutegenos e demonstra
ser uma ferramenta bastante uacutetil para a odontologia com a finalidade de regenerar o
tecido oacutesseo perdido dos maxilares Os autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de
homoenxertos provenientes de bancos de ossos demonstra ser uma ferramenta
bastante uacutetil para a odontologia com a finalidade de regenerar o tecido oacutesseo
perdido dos maxilares Faz-se necessaacuterio que mais bancos de coleta e preparo do
tecido oacutesseo sejam instalados nos hospitais para que esta opccedilatildeo torne-se viaacutevel e
acessiacutevel a um nuacutemero maior de serviccedilos que atuam com reconstruccedilotildees oacutesseas
Aloy-Proacutesper et al (2011) realizaram uma revisatildeo bibliograacutefica sobre
regeneraccedilatildeo oacutessea usando partiacuteculas de enxertos Foram avaliados os resultados
obtidos bem como as complicaccedilotildees de teacutecnicas cirurgircas e as taxas de
sobrevivecircncia e sucesso de implantes colocados nestas aacutereas regeneradas Foram
identificados 64 artigos dos quais 53 foram excluiacutedos em 14 casos de partiacuteculas de
enxerto foi combinado com o bloco de enxerto em quatro casos natildeo ocorreu
defeitos periimplantares durante a colocaccedilatildeo do implante Quanto agrave taxa de sucesso
dos implantes nem todos os estudos bem definidos utilizaram os criteacuterios de
sucesso tornando difiacutecil a comparaccedilatildeo Com base nos criteacuterios de sucesso de
Albrektsson houve uma taxa de sucesso de 932 dois anos apoacutes o carregamento
(857 na maxila superior e 100 na mandiacutebula) Quando os criteacuterios eram do
cortador e Ederer houve uma taxa de sucesso de 857 trecircs anos apoacutes o
carregamento A conclusatildeo dos autores foi de que enxertos de partiacuteculas satildeo
30
eficazes na correccedilatildeo localizada de defeitos do processo alveolar com poucas
complicaccedilotildees e a taxa de sucesso satildeo sempre elevadas variando de 875 a 100
Oliveira Diebold e Silva (2011) analisaram as estruturas da regiatildeo maxilar de
interesse na implantodontia por meio de imagens de tomografia computadorizada
buscando uma avaliaccedilatildeo qualitativa e quantitativa da densidade oacutessea Foram
utilizadas imagens de tomograacutefia computadorizada por raios X obtidas da regiatildeo
maxilar de 31 pacientes avaliados para a colocaccedilatildeo de implantes As regiotildees de
interesse analisadas (seio maxilar fossa nasal tuberosidade maxilar e foramem
naso-alveolar) foram delimitadas de modo semi-automaacutetico com o auxiacutelio da
ferramenta ldquoCell Outlinerrdquo pelo software ImageJ Essas regiotildees foram analisadas nos
cortes axiais cortes sagitais e coronais obtidos pelo TC e com o software A partir
da delimitaccedilatildeo das regiotildees de interesse (ROI) foram determinados os valores
meacutedios e desvio padratildeo do nuacutemero CT em HU (Hounsfield) O nuacutemero CT de uma
imagem tomograacutefica representa o valor de cada pixel que compotildee a imagem esta
relacionada com o coeficiente de atenuaccedilatildeo linear dos tecidos contidos em um voxel
correspondente Estes valores constituem-se em uma informaccedilatildeo importante tanto
para a avaliaccedilatildeo quantitativa das densidades oacutesseas como para a produccedilatildeo de uma
metodologia de realce das estruturas de interesse em implantodontia Com anaacutelise
dos dados obtidos para cada paciente nas estruturas analisadas foi observado que
as regiotildees do seio maxilar e a fossa nasal satildeo semelhantes mas estatisticamente
diferentes Estas satildeo regiotildees pneumaacuteticas que em consequumlecircncia da presenccedila do
ar possuem medidas de nuacutemero CT semelhantes a fossa nasal apresenta uma
estrutura mais irregular e obteve-se uma diferenccedila estatisticamente significativa
entre estas duas regiotildees estudadas O foramem naso-alveolar e a tuberosidade satildeo
regiotildees distintas porque a tuberosidade eacute um osso trabecular de densidades
heterogecircneas que possui a meacutedia do nuacutemero CT maior que a meacutedia do foramen
naso-alveolar que se trata de uma estrutura tubular de densidade homogecircnea para
passagem do feixe vasculo-nervoso Com a comparaccedilatildeo das estruturas analisadas
pelo meacutetodo ANOVA entre pacientes masculinos e femininos evidenciou-se que natildeo
existe diferenccedila estatisticamente significativa entre sexos As conclusotildees obtidas
neste trabalho mostraram que o nuacutemero CT eacute uma medida eficiente para
caracterizar estruturas do corpo humano Os dados obtidos com a anaacutelise das
meacutedias do nuacutemero CT de cada regiatildeo estudada nos permite caracterizar
separadamente cada regiatildeo
31
3 MATERIAS E MEacuteTODOS
O presente trabalho aborda a descriccedilatildeo de quatro casos cliacutenicos que foram
selecionados dos prontuaacuterios de pacientes enxertados submetidos agrave tomografia
computadorizada Cone Beam no periacuteodo preacute-enxerto e apoacutes o procedimento
ciruacutergico das cliacutenicas radiograacuteficas ldquoCliacutenica Odonto Imagem Radiologiardquo situada em
Balneaacuterio Camboriuacute (SC) e ldquoCliacutenica Radioimagemrdquo situada em Itajaiacute (SC)
Foram incluiacutedos no estudo os laudos radiograacuteficos de pacientes que atendem
as seguintes caracteriacutesticas pacientes de ambos os sexos com bom estado de
sauacutede geral idade de quarenta a setenta anos que foram submetidos a enxerto
oacutesseo em regiatildeo de maxila
Primeiramente foi realizada uma coleta de dados junto aos laudos
radiograacuteficos emitidos pelas cliacutenicas citadas Foram selecionados os casos e
posteriormente foi acessado agraves imagens tomograacuteficas dos pacientes
Os exames tomograacuteficos computadorizado de aquisiccedilatildeo volumeacutetrica (cone
beam) foram realizados atraveacutes de cortes parasagitais de espessura de 2mm e
distacircncia de 1 mm entre os cortes
Na segunda etapa foi efetuada a anaacutelise das tomografias observando as
imagens preacute e poacutes-ciruacutergicas simultaneamente nesse momento delimitou-se a aacuterea
do leito receptor e do material enxertado Utilizando o programa Planmeca Romexis
Viewer acessou-se as imagens fornecidas digitalmente analisando primeiramente
as imagens do leito receptor por meio de trecircs traccedilados (em planos perpendiculares)
realizados com o auxiacutelio da ferramenta denominada Linha Hounsfield que nos
fornece a densidade oacutessea do local traccedilado e uma meacutedia do mesmo Foi realizada
uma meacutedia aritmeacutetica simples dos trecircs traccedilados resultando uma meacutedia de
densidade oacutessea que foi enquadrada na escala O mesmo procedimento foi
realizado na aacuterea do material enxertado
Com a posse destes valores meacutedios comparou-se a densidade oacutesseo do leito
receptor com a densidade oacutessea do material enxertado
32
Os dados seratildeo divulgados atraveacutes de painel exposto no bloco de Odontologia
e apresentaccedilatildeo oral Uma coacutepia da pesquisa concluiacuteda seraacute enviada agraves Cliacutenicas
envolvidas na pesquisa
O projeto de pesquisa foi aprovado pela Comissatildeo de Eacutetica em Pesquisa
sobre o nuacutemero 44610
33
4 RESULTADOS
De acordo com a tabela a seguir podemos expressar de forma resumida os
resultados obtidos atraveacutes da pesquisa comparando os mesmos com a escala de
Misch
Paciente (P1) MS sexo feminino com idade de 49 anos apresentando bom
estado de sauacutede geral No dia 28 de outubro de 2009 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes (Figura 1)
34
Figura 1 Vista panoracircmica preacute-enxertia
A densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield
obteve os seguintes resultados Axial (Z) = 7650 Coronal (Y) = 5196 Sagital (X)
= 7818
No dia 29 de janeiro de 2010 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
homoacutegeno O material proveniente do Banco de Tecidos Muacutesculo Esqueleacuteticos HC-
UFPR consistia de um bloco cortical de Fecircmur medindo 30x20mm lote C0917 FD
BC 26 processado no dia 15 de julho de 2009 com validade de 5 anos conservado
a temperatura abaixo de -40ordmC O osso foi particulado e acrescido de lincomicina
No dia 19102010 foram realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da
densitometria oacutessea do material enxertado e obtiveram os seguintes resultados
Axial (Z) = 6590 Coronal (Y) = 4986 Sagital (X) = 2948 (Figura 2)
35
Figura 2 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
Paciente (P2) AWU sexo feminino com idade de 67 anos apresentando
bom estado de sauacutede geral no dia 29 de agosto de 2009 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes A
densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield obteve os
seguintes resultados Axial (Z) = 7104 Coronal (Y) = 7002 Sagital (X) = 10412
(Figura 3)
Figura 3 Vista panoracircmica preacute-enxertia
No dia 06 de novembro de 2009 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
36
homoacutegeno O material proveniente do Banco de Tecidos Muacutesculo Esqueleacuteticos HC-
UFPR consistia de um bloco cortical de Fecircmur medindo 30x20mm lote C0917 FD
BC 39 processado no dia 15 de julho de 2009 com validade de 5 anos conservado
a temperatura abaixo de -40ordmC O osso foi particulado e acrescido de lincomicina
Passado o periacuteodo de 10 meses apoacutes o procedimento ciruacutergico foram
realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da densitometria oacutessea do material
enxertado e obtiveram os seguintes resultados Axial (Z) = 6972 Coronal (Y) =
8138 Sagital (X) = 4984 (Figura 4)
Figura 4 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
Paciente (P3) IS sexo feminino com idade de 42 anos apresentando bom
estado de sauacutede geral no dia 13 de Novembro de 2007 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes A
densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield obteve os
seguintes resultados Axial (Z) = 4917 Coronal (Y) = 3481 Sagital (X) = 4207
(Figura 5)
37
Figura 5 Vista panoracircmica preacute-enxertia
No dia 26 de Novembro de 2007 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
autoacutegeno tendo como aacuterea doadora a regiatildeo de ramo mandibular
Passado o periacuteodo de 09 (nove) meses apoacutes o procedimento ciruacutergico foram
realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da densitometria oacutessea do material
enxertado e obtiveram os seguintes resultados Axial (Z) = 7176 Coronal (Y) =
5443 Sagital (X) = 5638 (Figura 6)
Figura 6 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
38
Paciente (P4) ATL sexo feminino com idade de 45 anos apresentando
bom estado de sauacutede geral no dia 18 de Agosto de 2009 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes A
densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield obteve os
seguintes resultados Axial (Z) = 6028 Coronal (Y) = 6681 Sagital (X) = 6397
(Figura 7)
Figura 7 Vista panoracircmica preacute-enxertia
No dia 09 de Outubro de 2009 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
autoacutegeno tendo como aacuterea doadora a regiatildeo de ramo mandibular
Passado o periacuteodo de 4 (quatro) meses apoacutes o procedimento ciruacutergico foram
realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da densitometria oacutessea do material
enxertado e obtiveram os seguintes resultados Axial (Z) = 8549 Coronal (Y) =
9340 Sagital (X) = 8624 (Figura 8)
39
Figura 8 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
40
5 DISCUSSAtildeO
Em Odontologia a tomografia computadorizada tem demonstrado ser o
meacutetodo de eleiccedilatildeo para a determinaccedilatildeo da densidade oacutessea na regiatildeo dos
maxilares pois fornece dados objetivos precisos da variaccedilatildeo da densidade oacutessea
entre diferentes regiotildees em um mesmo indiviacuteduo A tomografia computadorizada eacute o
uacutenico meacutetodo que permite avaliar osso cortical e medular separadamente com a
vantagem de que as informaccedilotildees tridimensionais satildeo apresentadas em uma seacuterie de
cortes finos da estrutura interna da parte estudada onde as informaccedilotildees resultantes
natildeo sofrem superposiccedilatildeo por estruturas anatocircmicas (SANTIAGO e VITRAL 2006)
Logo a tomografia computadorizada eacute um meacutetodo de escolha na avaliaccedilatildeo
qualitativa e quantitativa de enxertos em seio maxilar (ZEacuteTOLA et al 2002)
Bassi et al (2009) citaram que para o sucesso da reabilitaccedilatildeo com implantes
dentaacuterios eacute imprescindiacutevel que seja levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
rebordo residual e tambeacutem a qualidade de osso para a estabilidade do implante
Aleacutem disso o osso disponiacutevel (volume) deve ser avaliado em sua densidade
o que determinaraacute sua resistecircncia Densidade eacute a relaccedilatildeo entre a massa e o volume
de um corpo e o meacutetodo de avaliaccedilatildeo da densidade mineral oacutessea eacute denominado
densitometria As unidades de medidas mais empregadas satildeo gcmsup2 (densidade por
aacuterea) gcmsup3 (densidade por volume) ou HU (unidade Hounsfield) (CAUacuteLA
MACHADO BARBOSA 2000)
A densidade oacutessea eacute diretamente relacionada agrave resistecircncia do tecido oacutesseo
antes da fratura Uma diferenccedila de dez vezes na resistecircncia do tecido oacutesseo pode
ser observada entre o osso D1 e D4 O osso D2 exibe uma resistecircncia agrave
compressatildeo 47 a 68 maior se comparado com o D3 (MISCH 2000)
O osso com densidade 2 (D2) eacute uma combinaccedilatildeo de osso compacto denso
para poroso na porccedilatildeo externa e osso trabecular grosso na porccedilatildeo interna Na
superfiacutecie e nas proporccedilotildees laterais do implante oferece uma interface inicial riacutegida
A densidade oacutessea D2 eacute mais comumente encontrada na mandiacutebula A regiatildeo
anterior da mandiacutebula apresenta este tipo oacutesseo em 23 dos casos O osso com
densidade 3 (D3) eacute composto de uma cortical oacutessea fina na crista e osso trabecular
fino no interior Uma das desvantagens desse tipo oacutesseo eacute a delicadeza com a qual
esse osso deve ser manipulado Quanto menor for a densidade mais facilmente o
41
osso eacute expandido para que implantes sejam inseridos A regiatildeo anterior da maxila
apresenta em 65 dos casos o osso D3 e em quase metade dos casos o osso
D3 eacute encontrado tambeacutem na regiatildeo posterior da maxila O osso menos denso D4
tem sido relatado em aproximadamente 40 dos casos eacute encontrado na parte
posterior da maxila especialmente na regiatildeo dos molares ou apoacutes levantamento do
seio maxilar (CAUacuteLA MACHADO BARBOSA 2000 BUSCATTI 2003)
Em 1988 Misch realizou uma pesquisa tendo como base de estudos a escala
apresentada por Hounsfield que tem como objetivo a diferenciaccedilatildeo de densidades
de oacutergatildeos do corpo pela diferenccedila de tons de cinza atraveacutes da tomografia A partir
desta Misch propocircs uma nova escala o qual associou nuacutemeros aos tipos oacutesseos
relacionando numericamente os valores aos tipos oacutesseos
No periacuteodo preacute-enxertia foi verificado que em todos os casos estudados a
densidade presente na regiatildeo de leito receptor caracteriza osso tipo D3 Sendo esta
densidade compatiacutevel com a regiatildeo anterior e posterior da maxila
Apoacutes 10 meses dos enxertos homoacutegenos serem realizados (P1 e P2)
observou-se que a densidade em unidades HU diminuiu na maioria dos eixos
avaliados somente no eixo coronal da P2 que apresentou um leve aumento Apesar
desta variaccedilatildeo de valores natildeo houve mudanccedila da qualidade oacutessea Tanto o osso
neoformado quanto o do leito receptor mantiveram-se qualidade de osso D3
Nos casos onde o material de escolha foi osso autoacutegeno observou-se atraveacutes
da densidade em unidades HU aumento dos valores em todos os eixos avaliados
Entre os dois casos (P3 e P4) houve uma pequena diferenccedila entre os valores que
atraveacutes da escala proposta por Misch resultou na diferenccedila que no caso P3 o
material enxertado natildeo apresentou alteraccedilatildeo na qualidade em relaccedilatildeo agrave aacuterea
receptora Jaacute no caso P4 o material enxertado caracteriza-se como qualidade oacutessea
D2 Suponha-se que esta diferenccedila entre a densidade do material enxertado nestes
dois casos seja devido ao grau de condensaccedilatildeo do material na regiatildeo tamanho das
partiacuteculas e quantidade de material enxertado Os dados obtidos natildeo correspondem
a uma populaccedilatildeo em geral devido a pequena quantidade de amostras e se tratando
de um relato de caso cliacutenico
Pinto et al (2007) comenta que os enxertos autoacutegenos satildeo os uacutenicos entre os
tipos de enxerto oacutesseo a fornecer ceacutelulas oacutesseas vivas imunocompatiacuteveis
essenciais agrave fase I da osteogecircnese que eacute responsaacutevel pela proliferaccedilatildeo das ceacutelulas
oacutesseas em especial do osteoacuteide assim quanto mais ceacutelulas vivas forem
42
transplantadas mais tecido oacutesseo seraacute formado Kuabara et al (2000) concluiacuteram
que a pequena morbidade poacutes-operatoria da regiatildeo doadora do enxerto elege a
regiatildeo retromolar inferior como uma excelente opccedilatildeo ciruacutergica para reabilitaccedilatildeo de
pequenos defeitos oacutesseos Jaacute Cyriaco e Azevedo (2006) relatam que quando se
trata de enxertos menores as melhores aacutereas doadoras para regiatildeo oral seriam o
mento e a regiatildeo retromolar e para maiores quantidades a crista iliacuteaca a calota
craniana a costela e a tiacutebia
Pereira et al (2009) enxerto com osso autoacutegeno eacute considerado padratildeo ouro
para reconstruccedilatildeo de defeitos oacutesseos residuais Algumas teacutecnicas ciruacutergicas podem
ser realizadas abrangendo aacutereas doadoras extra e intrabucais dependendo do grau
de perda oacutessea planejamento ciruacutergico-proteacutetico e das condiccedilotildees gerais do
paciente O osso autoacutegeno cortical oferece excelente suporte estrutural para o siacutetio
receptor sendo uma excelente alternativa para segmentos de defeitos maiores que
5 ou 6 cm que requerem suporte estrutural imediato restabelecendo devidamente a
funccedilatildeo
Gonccedilalves (2008) concluiu que implantes instalados em enxertos de seio maxilar
com a ajuda de substitutos oacutesseos apresentam uma taxa de sucesso cliacutenico de
9009
O osso mais indicado para enxertia eacute o autoacutegeno pela sua eficiecircncia
bioseguranccedila e facilidade de obtenccedilatildeo e uma alternativa para sua substituiccedilatildeo eacute o
homoacutegeno por ter caracteriacutesticas a longo prazo semelhantes embora o iacutendice de
reabsorccedilatildeo ser maior (DEL VALE et al 2006 SOUZA et al 2010 GONCcedilALVEZ et
al 2009) O enxerto de osso homoacutelogo eacute uma alternativa viaacutevel para reconstruccedilatildeo
de rebordos alveolares severamente atroacuteficos ao mesmo tempo em que reduz a
morbidade e os riscos inerentes aos procedimentos de enxertos autoacutegenos como
dor parestesia e hematomas (MOLON et al 2009 PIFFER et al2010) Ele mostra-
se efetivo conforme Contar et al (2009) que realizou 51 implantes sobre enxerto
homoacutegeno alcanccedilando o torque miacutenimo de 40N(newton) em todos eles natildeo
havendo problema em nenhum implante em um periacuteodo de acompanhamento de 24
a 35 meses
Ajzen et al (2005) comenta do uso de fatores indutores como plasma rico em
plaquetas sugerindo uma melhor qualidade e quantidade oacutessea necessaacuteria para
reconstruccedilatildeo proteacutetica atraveacutes de implantes oacutesseo integrados A associaccedilatildeo do
bloco de osso homoacutegeno agrave medula oacutessea autoacuteloga parece representar uma
43
alternativa terapecircutica para se minimizar os niacuteveis de reabsorccedilatildeo dos materiais de
enxertia (COSTA et al 2009)
Faz-se necessaacuterio a coleta de mais casos para se obter um tratamento
estatiacutestico que possibilite uma comprovaccedilatildeo da previsibilidade da densidade oacutessea
com os materiais enxertados e variaccedilotildees de teacutecnicas ciruacutergicas
44
6 CONCLUSAtildeO
Conclui-se que o enxerto oacutesseo autoacutegeno e procedente de banco de ossos
demonstra-se eficaz na reabilitaccedilatildeo de pacientes que apresentam maxilas atroacuteficas
e que necessitam de implantes dentaacuterios para a reabilitaccedilatildeo proteacutetica
A densidade obtida do material enxertado eacute semelhante a densidade do
tecido oacutesseo adjacente necessitando de mais casos para esta comprovaccedilatildeo
45
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AJZEN S A et al Anaacutelise por tomografia computadorizada do enxerto autoacutegeno na cirurgia de sinus lift Radiol bras Rio de Janeiro v 38 n 1 p 25-31 janfev 2005 ALOY-PROacuteSPER A et al Bone regeneration using particulate grafts an update Med oral patol oral cir bucal Valencia v16 n2 p210-214 Mar 2011 ARAUacuteJO JMS de et al Enxerto oacutesseo bovino como alternativa para cirurgias de levantamento de assoalho de seio maxilar Rev cir traumatol buco-maxilo-fac Recife v9 n 3 p 89-96 julset 2009
BASSI A P F CARNEIRO G P Avaliaccedilatildeo do iacutendice de sucesso dos enxertos autoacutegenos e dos implantes instalados em regiatildeo do seio maxilar Implant News Satildeo Paulo v7 n2 p257-260 dez 2009
BLAY A TUNCHEL S SENDYK W R Viabilidade dos enxertos autoacutegenos obtidos com a utilizaccedilatildeo de coletores para osso estudo histoloacutegico e microbioloacutegico Pesqui Odontol Bras Satildeo Paulo v 17 n 3 p 234-40 julset 2003 BUSCATTI M Y Contribuiccedilatildeo para o estudo das densidades oacutesseas maxilomandibulares por meio da escala tomodensitomeacutetrica de Hounsfield quando da aplicaccedilatildeo de programa computadorizado para planejamento de implantes osseointegrados 2003 122f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Radiologia) - Faculdade de Odontologia da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2003 CAUacuteLA A L MACHADO F O de BARBOZA E P Densidade Oacutessea no planejamento em Implantodontia BCI Curitiba v 7 n 25 2000
CHEM RC et al Uso de retalho livre de fiacutebula no complexo bucomaxila-facial ndash Relato de dois casos Rev Cir Traumatol Buco-maxilo-fac Camaragibe v5 n4 p 23-30 outdez 2005 CONTAR C M M et al Maxillary ridge augmentation with fresh-frozen bone allografts J Oral Maxillofac Surg Copenhagen v67 n6 p1280-1285 June 2009 COSMO L A M et al Enxerto oacutesseo em levantamento de seio maxilar com osso humano fresco congelado ImplantNews Satildeo Paulo v 4 n 3 p 249-253 2007 COSTA C E S da et al Utilizaccedilatildeo de medula oacutessea autoacuteloga na integraccedilatildeo de enxertos oacutesseos homoacutelogos ImplantNews Satildeo Paulo v 6 n 4 p 395-402 2009
CYRIACO E AZEVEDO D Enxertos oacutesseos aplicados na cirurgia buccedilo-maxilo facial Cispre [on line] Petroacutepolis 27 jul 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcisprecombracervo_detalhesaspId=60gt Acesso em 20 abr 2011
DEL VALLE R A CARVALHO M L de GONZALEZ M R Estudo do comportamento de enxerto oacutesseo com material doador obtido dos bancos de tecidos muacutesculos-esqueleacuteticos Rev odontol Univ Cid Satildeo Paulo Satildeo Paulo v 18 n 2 p 189-194 maioago 2006
46
GARCIA JUacuteNIOR I R et al Avaliaccedilatildeo cliacutenica de enxertos oacutesseos autoacutegenos de crista iliacuteaca em maxilas atroacuteficas para instalaccedilatildeo de implantes oacutesseointegraacuteveis Innov implant j biomater esthet (Impr) Satildeo Paulo v 1 n 1 p 34-40 maio 2006 GONCcedilALVES A R de Q Avaliaccedilatildeo do sucesso de implantes osseointegraacuteveis em enxerto de seio maxilar RGO (Porto Alegre) Porto Alegre v 56 n 4 p 423-427 outdez 2008 GONCcedilALVES A O et al Avaliaccedilatildeo histomorfoloacutegica de maxilares humanos submetidos a enxerto oacutesseo autoacutegeno e homoacutegeno Implant News Satildeo Paulo v7 n2 p213-222 nov 2009
JAHN R S et al Retalho em dupla paacutegina Innov implant j biomater esthet Satildeo Paulo v 4 n 3 p 20-24 setdez 2009
KUABARA M R et al Levantamento de seio maxilar utilizando enxerto autoacutegeno da regiatildeo retromolar e simultacircnea colocaccedilatildeo de implantes ossointegrados Relato de caso cliacutenico ROBRAC Goiacircnia v 9 n 28 p 14-17 2000
MAZZONETTO R et al Avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de enxertos de siacutenfise mandibular na reconstruccedilatildeo de defeitos oacutesseos em regiatildeo anterior de maxila estudo por meio de tomografia convencional linear Rev bras implant Satildeo Paulo v 6 n 1 p 19-22 janmar 2000
MISCH C E et al Doaccedilatildeo de enxertos oacutesseos autoacutegenos extra orais para implantes endo oacutesseo In Implantes Dentaacuterios Contemporacircneos 2ordm ed Satildeo Paulo Santos 2000 cap 33 p 521-535 MOLON R S de et al Reconstruccedilatildeo de maxila atroacutefica utilizando enxerto oacutesseo homoacutegeno Rev Cir Traumatol Buco-Maxilo-fac Camaragibe v 9 n 4 p 25-30 outdez 2009 OLIVEIRA FILHO M A de et alReconstruccedilatildeo de defeito de continuidade em mandiacutebula com posterior reconstruccedilatildeo alveolar RGO (Porto Alegre) Porto Alegre v 55 n 3 p 305-310 julset 2007 OLIVEIRA H W de DIEBOLD E SILVA A M M da Avaliaccedilatildeo da regiatildeo maxilar em imagens de tc por raios x para o uso em implantodontia e cirurgia bucomaxilofaciaL Disponiacutevel em lthttpwwwpucrsbrunipoafisicapesquisasnimedartigosArtigo20Canal20CientEDficopdfgt Acesso em 20 de Junho de 2011 PEREIRA C C S et al Enxertos oacutesseos autoacutegenos mandibulares para reconstruccedilatildeo de processos alveolares atroacutefi cos revisatildeo e teacutecnica ciruacutergica Innov Implant J Biomater Esthet Satildeo Paulo v 4 n 3 p 96-102 setdez 2009 PICCINELLI L B et al Estudo retrospectivo de 59 pacientes tratados com enxertos oacutesseos autoacutegenos intrabucais e implantes dentais Innov Implant J Biomater Esthet Satildeo Paulo v 4 n 3 p 30-34 setdez 2009 PIFFER C S et al Levantamento de seio maxilar utilizando Bio-Oss concomitante com a instalaccedilatildeo de implantes ImplantNews Satildeo Paulo v 7 n 4 p 489-495 2010
47
PINTO J G S et al Enxerto autoacutegeno x biomateriais no tratamento de fraturas e deformidades faciais ndash uma revisatildeo de conceitos atuais RFO UPF Passo Fundo v 12 n 3 p 79-84 setdez 2007 RIBEIRO JUacuteNIOR O et al Princiacutepios da reconstruccedilatildeo mandibular com enxerto oacutesseo vascularizado Rev cir traumatol buco-maxilo-fac Recife v 8 n 1 p 15 ndash 22 janmar 2008 RODRIGUES A F VITRAL R W F Aplicaccedilotildees da Tomografia Computadorizada na Odontologia Pesq Bras Odontoped Clin Integr Joatildeo Pessoa v 7 n 3 p 317-324 setdez 2007 SANTIAGO R C VITRAL R W F Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da densidade mineral oacutessea e seu emprego na odontologia Pesq Bras Odontoped Clin Integr Joatildeo Pessoa v6 n3 p 289-294 setdez 2006 SILVEIRA A C G WASSALL T Anaacutelise da aacuterea doadora de enxerto mandibular por meio de tomografia computadorizada do feixe cocircnico para avaliaccedilatildeo da remodelaccedilatildeo oacutessea RGO (Porto Alegre) Porto Alegre v 57 n 1 p 61-65 janmar 2009 SOUSA J N L de et al Avaliaccedilatildeo dos enxertos homoacutegenos como substitutos aos enxertos autoacutegenos na fixaccedilatildeo de implantes osteointegrados uma revisatildeo sistemaacutetica da literatura Innov Implant J Satildeo Paulo v 4 n 3 p 54-57 setdez 2009 SOUZA D O et al Aplicaccedilotildees de enxertos de bancos de ossos em odontologia R Ci meacuted biol Salvador v 9 n 1 p 45-48 2010 SPIN-NETO R et al Tecido oacutesseo homoacutelogo para utilizaccedilatildeo em Odontologia Implant News Satildeo Paulo v7 n4 p555-560 dez 2009 TANAKA R et al Incorporaccedilatildeo dos enxertos oacutesseos em bloco processos bioloacutegicos e consideraccedilotildees relevantes Conscientia e sauacutede Satildeo Paulo v 7 n 3 p 323-327 2008 ZEacuteTOLA A L et al Reconstruccedilatildeo do seio maxilar atroacutefico com enxerto autoacutelogo de crista iliacuteaca avaliaccedilatildeo por tomografia computadorizada e radiografia panoracircmica Rev col bras cir Rio de Janeiro v 29 n 1 p 13-18 janfev 2002
8
permaneceu edecircntula sua densidade seraacute variaacutevel Poreacutem existem aacutereas onde os
tipos oacutesseos satildeo mais comumente encontrados D1 eacute encontrado em mandiacutebula
anterior atroacutefica D2 eacute encontrado em regiatildeo de mandiacutebula anterior mandiacutebula
posterior e maxila anterior D3 eacute encontrado em regiatildeo de maxila anterior maxila
posterior e mandiacutebula posterior e D4 eacute encontrado em regiatildeo de maxila posterior
Kuabara et al (2000) apresentaram um caso cliacutenico de reabilitaccedilatildeo oral por
meio de cirurgia avanccedilada em implantologia destacando a teacutecnica ciruacutergica para
elevaccedilatildeo do seio maxilar usando um enxerto oacutesseo da regiatildeo retromolar da
mandiacutebula Todo procedimento ciruacutergico foi realizado sob anestesia local e
medicaccedilatildeo previamente agrave cirurgia O enxerto foi removido da regiatildeo retromolar da
mandiacutebula aacuterea onde encontra-se maior quantidade de osso cortical e pouca
medular Apoacutes anestesia local por bloqueio regional e complementar a incisatildeo foi
realizada na base do ramo da mandiacutebula seguindo pela linha obliqua ateacute a regiatildeo de
1ordm molar inferior Foi realizado o deslocamento do retalho muco-periostal e o tecido
oacutesseo foi exposto a ostectomia foi realizada com brocas e cinzeacuteis provocando uma
fratura do fragmento Enquanto as perfuraccedilotildees dos implantes eram confeccionadas
o enxerto foi particulado e colocado no interior da cavidade sinusal em sua porccedilatildeo
medial seguindo-se a colocaccedilatildeo dos implantes e posterior preenchimento da
cavidade com osso triturado Passado o periacuteodo de seis meses foi iniciada a fase
proteacutetica Os autores concluiacuteram que a pequena morbidade poacutes-operatoacuteria da
regiatildeo doadora do enxerto elege a regiatildeo retromolar inferior como uma excelente
opccedilatildeo ciruacutergica para reabilitaccedilatildeo de pequenos defeitos oacutesseos A enxertia oacutessea no
interior da cavidade sinusal provou ser uma alternativa eficiente para reabilitar a
regiatildeo posterior de maxila onde a colocaccedilatildeo de implantes osseointegrados eacute
limitada pela quantidade oacutessea remanescente
Mazzonetto et al (2000) avaliaram o aumento em espessura oacutessea apoacutes a
realizaccedilatildeo de enxerto autoacutegeno obtido da regiatildeo de siacutenfise mandibular em regiatildeo
anterior de maxilas com grandes reabsorccedilotildees oacutesseas de pacientes que
necessitavam de reabilitaccedilatildeo por meio de implantes osseointegrados Seis pacientes
apresentando perdas dentaacuterias e defeitos oacutesseos na regiatildeo anterior de maxila foram
submetidos agrave reconstruccedilatildeo alveolar utilizando enxerto autoacutegeno da regiatildeo da siacutenfise
mandibular com o objetivo de restabelecer a espessura oacutessea para posteriormente
serem reabilitados com implantes Foram realizadas radiografias intrabucais
9
panoracircmica e tomografia convencional linear no exame inicial para avaliar a aacuterea
maxilar e determinar se a aacuterea doadora ou seja a siacutenfise mandibular apresentava
osso suficiente para reconstruir o defeito Realizada a cirurgia apoacutes 4 meses foi feito
outro procedimento ciruacutergico reabrindo a aacuterea para remoccedilatildeo dos parafusos Passado
um periacuteodo de 6 meses da realizaccedilatildeo do enxerto cada paciente foi submetido a
novo exame tomograacutefico convencional linear tomada esta que foi realizada de
maneira padronizada com a primeira Foram realizadas medidas do ganho oacutesseo
pela anaacutelise das tomografias preacute e poacutes-operatoacuterias dos pacientes Foi traccedilada uma
linha no longo eixo do rebordo a partir do ponto mais alto da crista A partir desta
projetou-se uma linha perpendicular a 5 mm de distacircncia da porccedilatildeo mais oclusal
sobre a qual foi medida a distacircncia entre as duas corticais vestibular e lingual Dos 6
pacientes analisados foram obtidas 12 medidas comparativas Em 3 das medida
natildeo foram obtidos os resultados desejados devido agrave reabsorccedilatildeo do enxerto
Portanto 75 das aacutereas avaliadas obtiveram aumento em espessura suficientes
para a colocaccedilatildeo de implantes As observaccedilotildees cliacutenicas e radiograacuteficas das aacutereas
enxertadas demonstraram ganho oacutesseo em altura e em largura indicando que o
enxerto retirado da siacutenfise mandibular eacute uma aIternativa viaacutevel para a reconstruccedilatildeo
de defeitos alveolares a maxila anterior onde seratildeo colocados implantes A aacuterea da
siacutenfise mandibular tem muitas vantagens em relaccedilatildeo a outros locais doadores
Misch et al (2000) apoacutes realizar uma revisatildeo de literatura verificou a
importacircncia da densidade oacutessea no sucesso do implante osseointegrado e
apresentou uma atualizaccedilatildeo de sua classificaccedilatildeo oacutessea de 1988 acrescentando o
tipo oacutesseo D5 o qual associou nuacutemeros aos tipos oacutesseos relacionando
numericamente os valores aos tipos oacutesseos
10
Zeacutetola et al (2002) investigaram a neoformaccedilatildeo oacutessea de enxerto autoacutelogo
medular natildeo vascularizado de crista iliacuteaca para seio maxilar atroacutefico por meio de
uma avaliaccedilatildeo comparativa da precisatildeo entre a Tomografia Computadorizada (TC) e
a radiografia panoracircmica Foram selecionados 14 pacientes submetidos a 25
enxertos de crista iliacuteaca natildeo vascularizados sendo eles 9 do sexo feminino e 5 do
sexo masculino tendo como meacutedia de idade de 443 anos O criteacuterio de inclusatildeo foi
a altura residual menor que 5mm entre o rebordo gengival e o soalho antral
(medidos comparativamente pela tomografia computadorizada e radiografia
panoracircmica) e todos pacientes eram edentados uni ou bilateralmente A parede
lateral do seio maxilar foi exposta totalmente para a confecccedilatildeo de uma janela oval
com tamanho aproximado de 15 a 25mm feita com broca esfeacuterica diamantada
nuacutemero seis sendo preservada a integridade da mucosa antral que foi totalmente
rebatida sendo exposta a cuba e parede medial do antro maxilar O fragmento
oacutesseo da crista iliacuteaca autoacutegena foi colocado perpendicularmente agrave parede lateral da
maxila isolando o compartimento superior do seio Jaacute no inferior foi empregado osso
medular autoacutegeno fragmentado isolado ou misturado com hidroxiapatita (HA) que foi
recoberto pelo retalho mucoperiostal suturado com fio reabsorviacutevel de poligalactina
40 em sutura simples Para a avaliaccedilatildeo quantitativa e qualitativa poacutes-operatoacuteria
foram empregadas a radiografia panoracircmica e a tomografia computadorizada Foi
utilizado o teste de meacutedias atraveacutes da distribuiccedilatildeo t de Student para anaacutelise das
varianccedilas com a prevalecircncia de 005 para os dois grupos de imagens Na avaliaccedilatildeo
qualitativa houve consenso dos observadores nos dois grupos de exames (RX
panoracircmico e TC) e para a imagem panoracircmica (RP) o conceito foi regular e para a
tomografia boa Com relaccedilatildeo agrave anaacutelise quantitativa houve consenso na tomografia
11
computadorizada e para a radiografia panoracircmica a diferenccedila foi miacutenima entre os
observadores sem significado O ganho meacutedio foi de 148mm em todos os
procedimentos com erro maior que 3mm em 16 procedimentos (64) Os autores
concluiacuteram que a tomografia computadorizada foi o meacutetodo de escolha na avaliaccedilatildeo
qualitativa e quantitativa da incorporaccedilatildeo de enxerto autoacutelogo natildeo vascularizado em
seio maxilar atroacutefico
Blay Tunchel e Sendyk (2003) avaliaram a viabilidade microbioloacutegica e
histoloacutegica de tecido oacutesseo que ateacute a data tem sido ignorado em oacutesseos integrados
em cirurgias de implante Foram selecionados trinta pacientes sendo 13 homens e
17 mulheres com meacutedia de idade de 54 anos estando em bom estado de sauacutede
geral Os criteacuterios de seleccedilatildeo foram pacientes com perda de um ou mais elementos
dentaacuterios e com atrofia alveolar moderada Foi adotada uma teacutecnica baseada no uso
de coletores de osso para a obtenccedilatildeo de material oacutesseo autoacutegeno sem ter que
envolver um segundo (intra-oral ou extra-oral) aacuterea ciruacutergica para a obtenccedilatildeo de
osso autoacutegeno As amostras foram obtidas durante o processo de perfuraccedilatildeo do
osso alveolar utilizando dois tipos de coletores de ossos especiais As mesmas
foram utilizadas para o preenchimento de falha oacutessea Uma pequena amostra do
material coletado foi enviado para anaacutelise microbioloacutegica e histoloacutegica Os retalhos
foram fechados com Donath thread tipo de cirurgia e suturas simples individual
Apoacutes o periacuteodo de 6 a 8 meses foi realizada a reabertura na aacuterea da instalaccedilatildeo dos
implantes e realizado bioacutepsias na aacuterea de deiscecircncia para fornecer pequenos
fragmentos de ossos para anaacutelise histoloacutegica Para analise microbiana as amostras
foram transportadas em meio de tioglicolato e incubados por 24 horas a uma
temperatura de 36 plusmn 1 ordm C em condiccedilotildees aeroacutebias e anaeroacutebias a fim de avaliar a
presenccedila de contaminaccedilatildeo bacteriana As bacteacuterias encontradas nas amostras natildeo
apresentaram patogenicidade ou virulecircncia suficiente para prejudicar o enxerto ou
implante de forma alguma A avaliaccedilatildeo histoloacutegica das amostras mostrou que
mesmo em um estado de partiacuteculas a estrutura oacutessea foi bem preservada contendo
um grande nuacutemero de osteoacutecitos no interior da matriz calcificada sugerindo que a
viabilidade do tecido oacutesseo era mantida No periacuteodo de segunda fase mostraram
uma estrutura oacutessea histoloacutegica semelhante agrave do osso secundaacuterio Os autores
concluiacuteram que clinicamente assim como histologicamente o meacutetodo de coleta foi
capaz de preservar as ceacutelulas com capacidade de induccedilatildeo oacutessea
12
Buscatti (2003) avaliou as densidades oacutesseas das porccedilotildees medulares e
corticais maxilomandibulares por meio da escala tomodensitomeacutetrica de Hounsfield
utilizada nos exames de tomografia computadorizada A amostra foi composta por
12 pacientes de ambos os sexos Em cada aacuterea foi realizada a mensuraccedilatildeo da
densidade oacutessea por meio de uma ferramenta especiacutefica onde se avaliou a
qualidade oacutessea das corticais vestibular lingual ou palatina da base da mandiacutebula
ou assoalho do seio maxilarfossa nasal e da regiatildeo central do trabeculado oacutesseo
Para cada aacuterea foi mensurado o valor meacutedio de densidade e seu desvio padratildeo
Para a anaacutelise estatiacutestica dividiram-se os dados em dois grupos o primeiro com as
aacutereas correspondentes agrave regiatildeo anterior dos arcos e o segundo para a regiatildeo
posterior Para cada arco foi obtido 6 valores de densidade oacutessea para a porccedilatildeo
medular e cada cortical oacutessea da a regiatildeo anterior e 10 valores para a regiatildeo
posterior Uma anaacutelise inicial dos valores tomodensitomeacutetricos de Hounsfield (escala
Hounsfield) obtidos nesse presente estudo mostra de maneira geral que a
densidade oacutessea quando analisada sem distinccedilatildeo de gecircnero arco ou regiatildeo
apresenta-se na meacutedia maior na cortical oacutessea do que na porccedilatildeo medular situaccedilatildeo
constante em todas as anaacutelises realizadas durante esse estudo e cujo valor era
esperado devido ao maior grau de mineralizaccedilatildeo da cortical em relaccedilatildeo agrave medular
oacutessea O autor concluiu que quando da anaacutelise das densidades oacutesseas nos gecircneros
masculino e feminino natildeo houve diferenccedila estatisticamente significante para seus
valores tanto nas corticais quanto na porccedilatildeo medular A anaacutelise das densidades
oacutesseas em funccedilatildeo das regiotildees anatocircmicas (anterior e posterior) demonstrou
diferenccedila estatisticamente significante entre elas para os valores da porccedilatildeo medular
Em relaccedilatildeo aos arcos (superior e inferior) houve diferenccedila estatisticamente
significante entre eles para os valores das corticais vestibular lingual ou palatina e
base da mandiacutebula ou assoalho do seio maxilarfossa nasal
Ajzen et al (2005) quantificaram por meio da TC a formaccedilatildeo oacutessea nos
enxertos realizados apenas com osso autoacutegeno e nos enxertos com osso autoacutegeno
e plasma rico em plaquetas (PRP) obtido pelos meacutetodos de centrifugaccedilatildeo e afeacuterese
comparando seis meses depois os trecircs tipos de enxertos realizados Este estudo
utilizou como amostra 34 pacientes adultos de ambos os sexos (sete do sexo
masculino e 28 do sexo feminino) sem distinccedilatildeo de raccedila com idades entre 23 e 65
anos idade meacutedia de 48 anos e 8 meses que foram previamente avaliados por
radiografias panoracircmicas A avaliaccedilatildeo constou dos seguintes itens pneumatizaccedilatildeo
13
unilateral ou bilateral dos seios maxilares relacionada agraves perdas dentaacuterias e que
necessitavam de enxertos oacutesseos Nestes 34 pacientes foram operados 53 seios
maxilares sendo a amostra dividida em trecircs grupos grupo afeacuterese pacientes que
receberam enxerto de osso autoacutegeno e PRP obtido pelo meacutetodo de afeacuterese grupo
centriacutefuga pacientes que receberam enxerto de osso autoacutegeno e PRP obtido pelo
meacutetodo de centrifugaccedilatildeo e grupo osso autoacutegeno pacientes que receberam enxerto
apenas de osso Foram realizados exames preacute-operatoacuterios radiograacuteficos radiografia
periapical radiografia panoracircmica e TC Esses exames foram repetidos seis meses
apoacutes a intervenccedilatildeo ciruacutergica para a avaliaccedilatildeo da quantificaccedilatildeo oacutessea cortical e
medular da regiatildeo enxertada Para analisar o crescimento oacutesseo obtiveram-se as
meacutedias e os desvios-padratildeo (que mede a variabilidade dos dados) para a altura e a
largura considerando os trecircs grupos (afeacuterese centriacutefuga e osso autoacutegeno) e as
diferenccedilas entre as medidas finais e iniciais Para verificar se existe diferenccedila
significativa entre os crescimentos meacutedios foi feita a anaacutelise de variacircncia para
medidas repetidas (ANOVA) O niacutevel de significacircncia (p) foi fixado em um valor
menor ou igual a 005 (5) para a rejeiccedilatildeo da hipoacutetese de nulidade Pela avaliaccedilatildeo
da TC houve crescimento do remanescente oacutesseo em altura nos trecircs grupos
quando comparados os momentos inicial e final do experimento Natildeo houve
diferenccedila estatiacutestica para a altura (p= 0078) e para a largura (p = 0556) Os autores
concluiacuteram que apesar dos resultados natildeo serem estatisticamente significantes
evidecircncias cliacutenicas tecircm mostrado a eficaacutecia dos enxertos de osso autoacutegeno
principalmente aqueles associados a fatores indutores de crescimento oacutesseo como
o PRP alterando a altura e a largura necessaacuterias para a reconstruccedilatildeo proteacutetica do
arcabouccedilo maxilofacial atraveacutes de implantes osteointegrados porque na
odontologia atual busca-se cada vez mais devolver aos pacientes edecircntulos a sua
capacidade mastigatoacuteria e esteacutetica e consequumlentemente promovendo a integridade
dos vaacuterios elementos que compotildeem o sistema estomatognaacutetico
Chem et al (2005) afirmaram que a falta de tecido oacutesseo deve ser reparada
Situaccedilotildees como estas deixam os pacientes carentes fisiologicamente
esteticamente e psicologicamente Este trabalho iraacute relatar a teacutecnica de retalho livre
de fiacutebula para reconstruccedilatildeo da mandiacutebula e da maxila Foram realizados
atendimentos a dois pacientes pelo Serviccedilo de Cirurgia e Traumatologia Buco-
maxilo-facial do Complexo Hospitalar da Santa Casa de Misericoacuterdia de Porto
14
Alegre Possiacuteveis complicaccedilotildees podem se justificar pela maacute fixaccedilatildeo do retalho aos
cotos ou pela insuficiecircncia vascular Nos dois casos relatados o retalho foi fixado
aos cotos com placas e parafusos de forma a apresentar imobilidade obtendo-se
dessa forma a regeneraccedilatildeo entre os tecidos O retalho livre de fiacutebula ou enxerto
vascularizado caracteriza-se por ser um enxerto autoacutegeno segmentado e removido
da aacuterea doadora tendo sua vascularizaccedilatildeo preservada a fim de nutrir esse tecido
quando no leito receptor a partir da sua anastomose com o sistema vascular da
regiatildeo receptora O retalho de fiacutebula eacute o mais frequumlentemente pois esse retalho
fornece o maior montante de tecido oacutesseo entre todos os retalhos oacutesseos e causa
pouca morbidade na aacuterea doadora Os autores concluiacuteram que o emprego de
enxertos oacutesseos vascularizados em reconstruccedilotildees da face gera bons resultados
esteacuteticos e funcionais Pois os dois casos relatados os enxertos apresentaram
sucesso agrave observaccedilatildeo imediata e longitudinal alcanccedilando-se resultados esteacuteticos e
funcionais satisfatoacuterios
Cyriaco e Azevedo (2006) analisaram e revisaram a utilizaccedilatildeo do enxerto
oacutesseo em suas vaacuterias formas autoacutelogo homoacutelogo e heteroacutelogo descalcificado e
vascularizado na reparaccedilatildeo de falha oacutessea aleacutem das principais caracteriacutesticas
pertinentes a cada tipo buscando com isso um melhor direcionamento na sua
utilizaccedilatildeo Segundo diversos autores haacute disponiacuteveis opccedilotildees doadoras de enxertos
vascularizados como calota craniana fiacutebula costela escaacutepula crista iliacuteaca e raacutedio
Suas vantagens estatildeo nos iacutendices elevados de sucesso e a chance de fazecirc-lo em
pacientes irradiados ou que passaraacute por seccedilotildees de radioterapia como ocorre na
retirada de tumores malignos Quando se trata de enxertos menores as melhores
aacutereas doadoras para regiatildeo oral seriam o mento e a regiatildeo retromolar e para
maiores quantidades a crista iliacuteaca a calota craniana a costela e a tiacutebia A calota
craniana e osso iliacuteaco satildeo vantajosos por ter um grande volume de tecido oacutesseo no
que se refere agraves aacutereas doadoras externas sendo indicadas para a correccedilatildeo de
grandes defeitos oacutesseos De acordo com a pesquisa foi possiacutevel concluir que as
melhores aacutereas doadoras intrabucais satildeo o mento a regiatildeo retromolar e a
tuberosidade da maxila e que as aacutereas doadoras externas possiacuteveis satildeo a crista
iliacuteaca e a calota craniana
Del Valle et al (2006) tiveram como objetivo comparar o enxerto homoacutegeno
com o enxerto autoacutegeno nas cirurgias reconstrutivas de maxila com finalidade
implantodocircntica atraveacutes de um relato de caso cliacutenico Neste caso o paciente
15
apresentava ausecircncia dos elementos 11 e 12 com migraccedilatildeo mesial dos elementos
13 e 21 Atraveacutes do exame cliacutenico foi verificado falta de espessura do rebordo
alveolar na regiatildeo resultado da perda da taacutebua oacutessea vestibular por ocasiatildeo da
exodontia Foram realizados exames radiograacuteficos de regiatildeo panoracircmica periapical
Foi constatado pouca espessura palato-vestibular do rebordo oacutesseo na regiatildeo dos
dentes 11 e 12 contra-indicando a colocaccedilatildeo de implante dentaacuterio por risco de
fenestraccedilatildeo vestibular Com isto o tratamento indicado foi enxertia oacutessea utilizando
osso homoacutegeno bicortical com medular interna retirado da crista do osso iliacuteaco
medindo 27x17x9 milimetros e recebido os antibioacuteticos Vancomicina e Polimixina B
Foi feito o deslocamento muco-periostal do retalho esculpido o bloco oacutesseo e
adaptado ao leito receptor Para realizar a fixaccedilatildeo foi feito perfuraccedilotildees oacutesseas no
leito receptor com brocas esfeacutericas laminadas e imobilizados com 2 parafusos de
15mm de diacircmetros e 11mm de comprimento promovendo um enxerto do tipo
onlay Todo enxerto foi recoberto com osso particulado do mesmo bloco
amalgamado ao plasma rico em plaquetas e suturado Apoacutes passar 3 meses da
cirurgia houve exposiccedilatildeo do parafuso de osteossiacutentese de posiccedilatildeo mais cervical e
na sua remoccedilatildeo constatamos a formaccedilatildeo de tecido fibroso entre o fragmento
enxertado e o leito receptor somente nessa regiatildeo tendo sido removido Apoacutes 5
meses da enxertia foi colocado implantes e recoberto com membrana oacutessea
reabsorviacutevel por ter havido fenestraccedilatildeo oacutessea cervical Os autores apoacutes relatar o
caso concluiacuteram que o osso mais indicado para enxertia eacute o autoacutegeno e uma
alternativa para sua substituiccedilatildeo eacute o homoacutegeno por ter caracteriacutesticas a longo prazo
semelhantes embora o iacutendice de reabsorccedilatildeo eacute maior entretanto relataram que eacute
necessaacuterios maiores estudos principalmente de aacutereas doadoras utilizadas para
enxertias
Garcia Juacutenior et al (2006) avaliaram clinicamente os enxertos oacutesseos
retirados da crista do osso iliacuteaco para reconstruccedilatildeo total de maxilas atroacuteficas e
posterior instalaccedilatildeo de implantes oacutesseointegraacuteveis Foram selecionados doze
pacientes no qual foram submetidos agrave cirurgia de enxerto oacutesseo na maxila
utilizando-se fragmentos oacutesseos removidos da porccedilatildeo anterior da crista iliacuteaca A
meacutedia de idade dos pacientes era de 495 anos sendo 3 do sexo masculino e 12
eram do sexo feminino O tempo de espera para a cirurgia de instalaccedilatildeo de
implantes variou de 5 a 6 meses apoacutes enxerto oacutesseo Na reabertura do enxerto para
instalaccedilatildeo dos implantes oacutesseointegrados foram realizadas as avaliaccedilotildees cliacutenicas
16
dos enxertos oacutesseos Os resultados mostraram que em todos os casos houve ganho
oacutesseo no rebordo alveolar e tambeacutem uma melhora no perfil facial e o contorno labial
dos pacientes Os autores concluiacuteram que o enxerto oacutesseo retirado do osso iliacuteaco eacute
uma alternativa viaacutevel para reconstruccedilotildees de maxilas atroacuteficas tambeacutem que houve
melhora cliacutenica significativa quanto ao volume oacutesseo em altura e largura do rebordo
alveolar e que em todos os casos foram possiacuteveis a instalaccedilatildeo de implantes
oacutesseointegraacuteveis
Santiago e Vitral (2006) analisaram os meacutetodos de avaliaccedilatildeo da densidade
mineral oacutessea (DMO) e seu emprego na odontologia com o objetivo de descrever os
diferentes meacutetodos empregados bem como avaliar a relevacircncia em se determinar a
densidade oacutessea no planejamento e sucesso de tratamentos odontoloacutegicos
especiacuteficos Foi feita uma revisatildeo de literatura onde abordaram as teacutecnicas de
densitometria oacutessea e como eacute feita a avaliaccedilatildeo da densidade oacutessea em odontologia
Diversos satildeo os meacutetodos para se avaliar a densidade mineral oacutessea tanto na aacuterea
meacutedica quanto em Odontologia A questatildeo sobre qual a melhor teacutecnica e a melhor
regiatildeo para se avaliar a DMO de cada individuo parece ainda natildeo ter resposta
Entretanto o que se sabe eacute que dentre as diferentes teacutecnicas disponiacuteveis diferentes
vantagens e desvantagens satildeo apresentadas Em Odontologia a tomografia
computadorizada tem demonstrado ser o meacutetodo de eleiccedilatildeo para a determinaccedilatildeo da
densidade oacutessea na regiatildeo dos maxilares pois fornece dados objetivos precisos da
variaccedilatildeo da densidade oacutessea entre diferentes regiotildees em um mesmo indiviacuteduo
permitindo dessa forma correlacionar positivamente os valores encontrados com a
qualidade oacutessea descrita subjetivamente Aleacutem disso a tomografia computadorizada
eacute o uacutenico meacutetodo que permite avaliar osso cortical e medular separadamente
Cosmo et al (2007) relataram um caso cliacutenico com avaliaccedilatildeo radiograacutefica e
histoloacutegica da utilizaccedilatildeo de osso humano fresco congelado em procedimento de
elevaccedilatildeo do assoalho do seio maxilar A paciente CAR 47 anos compareceu agrave
Cliacutenica Odontoloacutegica da Faculdade de Odontologia da Universidade de Santo Amaro
- Unisa para avaliaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo da arcada superior posterior esquerda com a
utilizaccedilatildeo de implantes endoacutesseos Os exames de imagem demonstraram haver
rebordo residual com menos de 6 mm de altura remanescente tendo sido indicada agrave
paciente a reabilitaccedilatildeo oacutessea bilateral atraveacutes da teacutecnica de levantamento do
assoalho do seio maxilar com enxerto de osso aloacutegeno fresco congelado
proveniente de banco de tecidos musculoesqueleacuteticos Apoacutes seis meses da cirurgia
17
foi realizada abertura para instalaccedilatildeo dos implantes tendo sido colhido fragmento
oacutesseo que foi enviado para anaacutelise histoloacutegica Frente ao apresentado conclui-se
que o material de enxertia proveniente de banco de ossos humanos (enxerto
aloacutegeno fresco congelado) proporciona em cirurgias de levantamento de seio
maxilar um adequado volume oacutesseo para futura instalaccedilatildeo de implantes A anaacutelise
histoloacutegica do enxerto incorporado evidencia a vitalidade do mesmo Material deve
ser adquirido em banco de tecidos regularizados pelo Ministeacuterio da Sauacutede A
possibilidade de transmissatildeo de doenccedilas pela utilizaccedilatildeo do material eacute de baixa
magnitude
Oliveira Filho et al (2007) apresentaram um caso cliacutenico de trauma facial com
perda oacutessea na regiatildeo anterior da mandiacutebula que foi tratado com teacutecnicas de
reconstruccedilatildeo em duas fases primeiramente a parte basilar da mandiacutebula
posteriormente a parte alveolar permitindo a reabilitaccedilatildeo atraveacutes de implantes
osseointegrados O paciente deu entrada no pronto socorro do Hospital Universitaacuterio
Evangeacutelico de Curitiba viacutetima de trauma localizado nas regiotildees submandibular e
cervical alta Em um primeiro momento foi realizado o tratamento ciruacutergico para
fixaccedilatildeo intermaxilar riacutegida trans-operatoacuteria e estabilizaccedilatildeo da mandiacutebula com uma
placa de reconstruccedilatildeo em titacircnio Apoacutes trecircs meses do procedimento foi realizada a
reconstruccedilatildeo mandibular utilizando enxerto em bloco tomado da crista do osso
iliacuteaco Este tempo ciruacutergico teve a preocupaccedilatildeo de reconstruir apenas a parte basilar
da mandiacutebula devido a falta de tecidos moles na regiatildeo traumatizada Em um
segundo momento foi realizada enxertia com bloco tomado da crista do osso iliacuteaco
para reconstruccedilatildeo alveolar da mandibular Seis meses apoacutes o procedimento de
reconstruccedilatildeo alveolar cliacutenica e radiograficamente houve uma boa integraccedilatildeo do
enxerto sem a ocorrecircncia de reabsorccedilatildeo oacutessea significativa Foi criado um rebordo
alveolar adequado permitindo a instalaccedilatildeo de trecircs implantes na regiatildeo enxertada
Os autores concluiacuteram que o enxerto de oacutesseo autoacutegeno pode ser uma alternativa
vaacutelida na aplicaccedilatildeo como meio de reconstruccedilatildeo de defeitos oacutesseos que comprometa
a porccedilatildeo alveolar e basal da mandiacutebula mas uma anaacutelise mais detalhada eacute
necessaacuteria para que possa definir de forma mais abrangente os possiacuteveis riscos e
complicaccedilotildees da teacutecnica utilizada
Pinto et al (2007) confrontaram a utilizaccedilatildeo do enxerto autoacutegeno para
reconstruccedilatildeo das sequumlelas de fraturas faciais comparando-o com outros
18
biomateriais atualmente disponiacuteveis discutindo as melhores indicaccedilotildees e os toacutepicos
mais atuais relativos a esses materiais As propriedades de um material ideal para
enxerto oacutesseo satildeo ser quimicamente inerte biocompatiacutevel natildeo aleacutergico natildeo
canceriacutegeno ser totalmente reabsorviacutevel e substituiacutevel por novo tecido oacutesseo entre
outros O osso autoacutegeno eacute considerado ideal para realizaccedilatildeo de enxertos oacutesseos
Estudos tecircm comprovado a eficaacutecia deste tipo de material especialmente do enxerto
oacutesseo autoacutegeno cortical obtido da crista do osso iliacuteaco que tem sido considerado o
melhor de
ntre os materiais de reconstruccedilatildeo Satildeo os uacutenicos entre os tipos de enxerto
oacutesseo a fornecer ceacutelulas oacutesseas vivas imunocompatiacuteveis Os enxertos alogecircnicos
satildeo aqueles obtidos de outro indiviacuteduo da mesma espeacutecie O enxerto alogecircnico mais
comumente utilizado eacute o liofilizado cuja vantagem eacute natildeo haver a necessidade de se
realizar uma segunda cirurgia num outro siacutetio Os oacutesseos xenoacutegenos satildeo aqueles
retirados de uma espeacutecie e transplantados para outra Exigem um tratamento mais
vigoroso do enxerto e natildeo fornecem ceacutelulas viaacuteveis para a formaccedilatildeo da fase I da
osteogecircnese Aleacutem dos enxertos oacutesseos existem ainda os materiais chamados
aloplaacutesticos como alternativa tendo como benefiacutecios a diminuiccedilatildeo do tempo
ciruacutergico aleacutem de muacuteltiplos tamanhos e formatos disponiacuteveis Entre os biomateriais
os mais utilizados satildeo o vidro bioativo o titacircnio que apresenta excelente
biocompatibilidade e boa osseointegraccedilatildeo ao organismo quando justaposto ao osso
A hidroxiapatita que por ser considerada um componente quiacutemico natural do corpo
humano natildeo satildeo observadas respostas inflamatoacuteria ou toacutexica nos tecidos
circunvizinhos Atraveacutes da pesquisa foi possiacutevel concluir que o osso autoacutegeno ainda
eacute considerado um material ideal para enxerto entretanto novos biomateriais tecircm
surgido apresentando vantagens promissoras para utilizaccedilatildeo na praacutetica diaacuteria
Rodrigues e Vitral (2007) descreveram as principais teacutecnicas tomograacuteficas existentes
e suas aplicaccedilotildees na Odontologia atraveacutes de uma revisatildeo da literatura sobre os
avanccedilos das principais teacutecnicas tomograacuteficas que resultaram em maior acuraacutecia no
diagnoacutestico menor tempo de exame e menor quantidade de radiaccedilatildeo A tomografia
computadorizada eacute considerada o meacutetodo de escolha para a imagem das estruturas
oacutesseas Ela eacute um meacutetodo radioloacutegico que permite obter a reproduccedilatildeo de uma secccedilatildeo
do corpo humano com finalidade diagnoacutestica Apresenta trecircs vantagens gerais
importantes sobre a radiografia convencional a primeira eacute que as informaccedilotildees
19
tridimensionais satildeo apresentadas na forma de uma seacuterie de cortes finos da estrutura
interna da parte estudada A segunda eacute que o sistema eacute mais sensiacutevel na
diferenciaccedilatildeo de tipos de tecido quando comparado com a radiografia convencional
de modo que diferenccedilas entre tipos de tecidos podem ser mais claramente
delineadas e estudadas A terceira eacute a habilidade para manipular e ajustar a imagem
apoacutes ter sido completada a varredura como ocorre de fato com toda a tecnologia
digital Com o advento da tomografia computadorizada helicoidal foi alcanccedilada
grande melhora nas reconstruccedilotildees tridimensionais e diminuiccedilatildeo na dose de
exposiccedilatildeo do paciente agrave radiaccedilatildeo A mesma proveacutem vantagens sobre a natildeo
helicoidal como menor tempo de avaliaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de reconstruccedilatildeo multiplanar
Ela propicia imagens com alta resoluccedilatildeo espacial e a mesma dose de radiaccedilatildeo da
tomografia computadorizada convencional A tomografia computadorizada pode ser
usada para identificar e delinear processos patoloacutegicos visualizar dentes retidos
avaliar os seios paranasais diagnosticar trauma mostrar os componentes oacutesseos
da articulaccedilatildeo temporomandibular e os leitos para implantes dentaacuterios Permite a
reformataccedilatildeo axial obliacutequa da imagem no sentido perpendicular da curvatura do
arco mostrando nitidamente o niacutevel oacutesseo no lado vestibular e lingual E tambeacutem
permite uma avaliaccedilatildeo intra-oacutessea dos locais para colocaccedilatildeo dos implantes Os
autores concluiacuteram que a Tomografia Computadorizada eacute o exame de eleiccedilatildeo no
diagnoacutestico de muitas condiccedilotildees que envolvem o complexo maxilo-mandibular O
valor cliacutenico das teacutecnicas de tomografia computadorizada depende da condiccedilatildeo que
se estaacute sendo diagnosticada atraveacutes das imagens do modelo e da idade do
equipamento usado do protocolo do exame da experiecircncia e capacidade dos
operadores do equipamento e do radiologista
Gonccedilalves (2008) analisaram implantes instalados em enxertos de seio
maxilar com biomaterial de origem bovina e plasma rico em plaquetas observando
histologicamente a neoformaccedilatildeo oacutessea e o iacutendice de sucesso cliacutenico e histoloacutegico
apresentado Este estudo envolveu 30 pacientes que necessitavam de enxerto em
regiatildeo de soalho de seio maxilar para inserccedilatildeo de implantes Um total de 101
implantes foi instalado em 36 enxertos de seio maxilar com intervalo meacutedio de
tempo do enxerto de 75 meses dos quais nove amostras oacutesseas foram colhidas de
forma aleatoacuteria e consentidas para a anaacutelise histoloacutegica Na colocaccedilatildeo dos
implantes foi utilizado um guia ciruacutergico para um correto posicionamento dos
implantes Foi feita a remoccedilatildeo do fragmento oacutesseo e enviado para a anaacutelise com
20
isto foi capturado ao todo 26 imagens histopatoloacutegicas Histologicamente os
fragmentos colhidos estavam constituiacutedos predominantemente por tecido oacutesseo
com iacutendice de sucesso de 8888 Quando comparados o remanescente oacutesseo do
seio maxilar antes e depois do enxerto houve crescimento em altura e a maioria
apresentou densidade oacutessea D3 Dez dos 101 implantes foram perdidos e 91
estavam osseointegrados no seio maxilar enxertado Os autores concluiacuteram que
implantes instalados em enxertos de seio maxilar com a ajuda de substitutos oacutesseos
apresentam uma taxa de sucesso cliacutenico de 9009
Ribeiro Juacutenior et al (2008) revisaram a literatura referente aos enxertos
oacutesseos vascularizados com o objetivo de avaliar os princiacutepios bioloacutegicos e ciruacutergicos
que fundamentam sua aplicaccedilatildeo na reconstruccedilatildeo mandibular Os retalhos
microciruacutergicos que contecircm enxertos oacutesseos satildeo classificados como
osteomusculares ou osteomiocutacircneos dependendo da natureza dos tecidos moles
que o compotildeem permitindo restauraccedilotildees de grandes defeitos oacutesseos A
revascularizaccedilatildeo microciruacutergica manteacutem a irrigaccedilatildeo e a drenagem do tecido oacutesseo
enxertado em todo o periacuteodo de integraccedilatildeo permitindo a manutenccedilatildeo de suas
funccedilotildees celulares metaboacutelicas e fiacutesicas Dessa forma a reparaccedilatildeo entre o enxerto e
o remanescente mandibular ocorre de forma semelhante agrave cicatrizaccedilatildeo de uma
fratura eliminando a longa fase de substituiccedilatildeo observada nos enxertos
convencionais Como o sucesso da reconstruccedilatildeo microciruacutergica eacute diretamente
dependente da qualidade vascular estudos angiograacuteficos preacute-operatoacuterios das aacutereas
receptora e doadora satildeo essenciais Alguns cuidados preacute-cirurgicos satildeo de extrema
importacircncia como a hidrataccedilatildeo endovenosa para manutenccedilatildeo do diacircmetro vascular
uso de cobertores para manter a temperatura corporal em torno de 37degC O estudo
concluiu que os enxertos oacutesseos vascularizados satildeo excelentes na restauraccedilatildeo
esteacutetico-funcional dos defeitos mandibulares suprindo as deficiecircncias dos enxertos
convencionais em casos de pior prognoacutestico Os enxertos oacutesseos vascularizados
satildeo indispensaacuteveis em defeitos compostos extensos irradiados e secundaacuterios agrave
osteorradionecrose
Tanaka et al (2008) elaboraram uma revisatildeo de literatura com o objetivo de
descrever os mecanismos de incorporaccedilatildeo dos enxertos oacutesseos em bloco e discutir
algumas caracteriacutesticas dos diferentes tipos existentes para distinguir as vantagens
de cada um Concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo dos enxertos em bloco para reconstruccedilatildeo
21
dos rebordos alveolares eacute uma realidade e estaacute intimamente ligada agrave terapia
implantar Os diversos fatores que influenciam a escolha do melhor meacutetodo de
enxertia a ser utilizado passam pelo conhecimento dos paracircmetros citados neste
artigo e muitos outros natildeo abordados e podem parecer inicialmente um desafio
mas sem duvida o domiacutenio das teacutecnicas existentes e das outras que surgiratildeo eacute o
ponto de partida para o profissional que procura o refinamento de seus
procedimentos e a exelencia de seus resultados
Arauacutejo et al (2009) realizaram uma revisatildeo de literatura sobre os resultados
cliacutenicos obtidos com a utilizaccedilatildeo dos enxertos de origem autoacutegena e xenoacutegena
(bovino) nas cirurgias de levantamento de assoalho de seio maxilar O
envelhecimento e a perda dentaacuteria fazem com que o seio se expanda podendo
haver uniatildeo entre o assoalho sinusal e a crista do rebordo alveolar residual
expansatildeo esta relacionada com a altura e largura do seio e natildeo com a
profundidade Os materiais para enxerto oacutesseo podem ser classificados como
osteogecircnicos osteoindutores e osteocondutores Os osteogecircnicos referem-se aos
materiais orgacircnicos capazes de estimular a neoformaccedilatildeo oacutessea a partir de
osteoblastos Os osteoindutores satildeo capazes de induzir a diferenciaccedilatildeo de ceacutelulas
mesenquimais em osteoblastos e condroblastos estimulando a formaccedilatildeo oacutessea no
local ou mesmo em um siacutetio heterotiacutepico Os materiais osteocondutores (geralmente
inorgacircnicos) permitem a aposiccedilatildeo de um novo tecido na sua superfiacutecie requerendo
a presenccedila de tecido oacutesseo preacute-existente como fonte de ceacutelulas osteoprogenitoras
Alguns criteacuterios foram propostos para o enxerto ideal quanto para que o material
enxertado se incorpore com sucesso ao siacutetio Dentre os possiacuteveis enxertos
xenoacutegenos encontram-se disponiacuteveis comercialmente os enxertos bovinos em
vaacuterias formas de apresentaccedilatildeo como aqueles que contecircm a fraccedilatildeo mineral do osso
os inorgacircnicos ou desproteinizados entre outros Todos eles apresentam excelente
biocompatibilidade agem favorecendo o processo de osteoconduccedilatildeo e natildeo
desencadeando respostas imunoloacutegicas desfavoraacuteveis A melhor accedilatildeo do enxerto
oacutesseo autoacutegeno de crista iliacuteaca quando comparado com a associaccedilatildeo do osso
autoacutegeno com osso desmineralizado bovino em cirurgias de levantamento de
assoalho de seio maxilar Apesar da diferenccedila estatiacutestica significante clinicamente
natildeo houve diferenccedila jaacute que os aacutepices dos implantes estavam todos cobertos por
osso sugerindo o sucesso do uso da associaccedilatildeo e ainda poupando o paciente de
uma intervenccedilatildeo ciruacutergica extraoral concluindo que o osso autoacutegeno eacute o que
22
apresenta os melhores resultados no processo de regeneraccedilatildeo oacutessea poreacutem os
enxertos de origem bovina apesar de demonstrarem um processo de neoformaccedilatildeo
oacutessea inferior promovem uma neoformaccedilatildeo satisfatoacuteria para que haja a reabilitaccedilatildeo
do paciente com implantes osseointegraacuteveis podendo ser utilizados com sucesso na
cliacutenica odontoloacutegica
Bassi e Carneiro (2009) citaram que os pacientes vem se queixando de
desconforto pelo uso de proacuteteses deficiecircncia na mastigaccedilatildeo onde entatildeo se
destacam os implantes dentaacuterios que minimizam estes aspectos negativos No
entanto seu sucesso depende de uma quantidade miacutenima de suporte oacutesseo por
este motivo foi oportuna pelos autores avaliar o iacutendice de sucesso dos enxertos e
implantes instalados na regiatildeo do seio maxilar reconstruiacuteda com osso autoacutegeno de
linha obliacutequa tanto imediata quanto mediato ao levantamento do seio maxilar
Foram avaliadas 51 cirurgias durante os anos de 2005 a 2007 com total de 107
implantes instalados sendo 28 de maneira imediata e 79 instalados posteriormente
Com relaccedilatildeo aos de maneira imediata o sucesso foi de 9286 sendo que dos 14
submetidos agrave implantaccedilatildeo imediata apenas 1 perdeu o implante De um total de 37
pacientes com instalaccedilatildeo posterior houve um sucesso de 9459 Podendo ser
analisado que natildeo haacute diferenccedila significante entre instalaccedilatildeo mediata e imediata
Acredita-se que para haver sucesso no tratamento eacute imprescindiacutevel que seja levado
em consideraccedilatildeo a quantidade de rebordo residual e tambeacutem a qualidade de osso
para a estabilidade do implante A conclusatildeo deste artigo eacute que o levantamento do
seio maxilar com o enxerto autoacutegeno por meio de acesso lateral eacute uma opccedilatildeo
segura no tratamento para regiatildeo posterior da maxila E natildeo houve diferenccedila em
relaccedilatildeo ao sucesso dos implantes instalados de maneira medita e imediata
Contar et al (2009) avaliaram o uso de enxertos provenientes de osso fresco-
congelado para na reconstruccedilatildeo de rebordos alveolares maxilares posteriormente a
aplicaccedilatildeo de implantes dentaacuterios Foram analisados quinze pacientes que tinham
atrofia crista maxilar onde necessitava de blocos de enxerto oacutesseo para
posteriormente se fazer a colocaccedilatildeo dos implantes Nove meses depois foi retirado
o nuacutecleo de osso do enxerto para analisar histologicamente Trinta e quatro blocos
foram colocados e do nuacutemero de blocos cada paciente recebeu uma numeraccedilatildeo de
1 a 4 Em todos os enxertos foram verificados para serem de consistecircncia firme
bem constituiacutedo e vascularizado Cinquumlenta e um implantes foram aplicados sobre
os enxertos com torque no miacutenimo de 40 N (Newton) Natildeo havendo problema em
23
nenhum implante O periacuteodo de acompanhamento variou de 24 a 35 meses Alo
enxertos pode ser bem satisfatoacuterios aplicados como material de enxerto para o
tratamento de defeitos oacutesseos maxilares se for aplicada a teacutecnica de forma
cautelosa e coerente
Costa et al (2009) descreveram cirurgias de enxertia oacutessea para reconstruccedilatildeo
do rebordo alveolar atroacutefico causado por traumas Em dois pacientes foram
utilizados blocos de osso homoacutegeno fresco congelado puro e em outros dois
pacientes esses blocos foram embebidos em medula oacutessea autoacuteloga aspirada do
proacuteprio paciente Os quatro pacientes que perderam seus dentes anteriores-
superiores 11122122 As cirurgias foram realizadas dentro do protocolo do
Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Cirurgia e Experimentaccedilatildeo da Universidade
Federal de Satildeo Paulo ndash Unifesp Cada paciente recebeu um bloco de enxerto oacutesseo
homoacutegeno fresco congelado proveniente de banco de tecidos oacutesseos em cada um
dos lados da regiatildeo anterior de maxila sendo que em dois dos pacientes os blocos
tiveram a sua porccedilatildeo medular embebida em medula oacutessea autoacuteloga aspirada do
proacuteprio paciente e nos outros dois pacientes os blocos foram fixados da mesma
maneira e na mesma regiatildeo poreacutem sem a utilizaccedilatildeo de medula oacutessea autoacuteloga
como preenchimento Foi observado clinicamente no segundo procedimento
ciruacutergico que os siacutetios enxertados com osso homoacutegeno associado agrave medula oacutessea
autoacuteloga obtiveram um menor niacutevel de reabsorccedilatildeo o que facilitou a instalaccedilatildeo dos
implantes osseointegraacuteveis Com as bioacutepsias oacutesseas obtidas por meio da utilizaccedilatildeo
da broca trefi na foram confeccionadas no Laboratoacuterio de Patologia da Unifesp uma
lacircmina em HE para cada regiatildeo enxertada com associaccedilatildeo agrave medula e tambeacutem
para as regiotildees de enxertia sem essa associaccedilatildeo Essas lacircminas foram
encaminhadas para o Departamento de Morfologia da Unifesp para avaliaccedilatildeo Tanto
as lacircminas histoloacutegicas do grupo onde se associou o aspirado de medula oacutessea ao
enxerto oacutesseo homoacutegeno quanto onde natildeo foi feita esta associaccedilatildeo mostraram uma
grande quantidade de tecido mineralizado vital Foi observado em ambos os grupos
uma pequena quantidade de tecido mineralizado desvitalizado Em todas as lacircminas
foi observada intensa vascularizaccedilatildeo assim como a presenccedila de tecido oacutesseo
lamelar A utilizaccedilatildeo de osso humano fresco congelado conservado em banco de
tecidos eacute uma alternativa viaacutevel para a reconstruccedilatildeo dos rebordos atroacuteficos
diminuindo a morbidade e riscos inerentes agrave abordagem da regiatildeo doadora dos
enxertos autoacutegenos A associaccedilatildeo do bloco de osso homoacutegeno agrave medula oacutessea
24
autoacuteloga parece representar uma alternativa terapecircutica para se minimizar os niacuteveis
de reabsorccedilatildeo dos materiais de enxertia
Gonccedilalves et al (2009) citaram que o melhor material para enxertia oacutessea eacute o
autoacutegeno o problema eacute o poacutes-operatoacuterio que eacute desconfortaacutevel para o paciente Na
existecircncia de desvantagens para a utilizaccedilatildeo de osso autoacutegeno o osso proveniente
de banco de tecidos surge como uma alternativa viaacutevel nas reconstruccedilotildees oacutesseas
maxilomandibulares O osso homoacutegeno pode ser utilizado em algumas situaccedilotildees
que impossibilite obter uma quantidade necessaacuteria de osso autoacutegeno requisitado
pelo receptor ou quando induz ao procedimento com grande morbidade onde exista
negativa do paciente em se submeter a um segundo siacutetio ciruacutergico Mesmo com toda
a previsibilidade de utilizaccedilatildeo de tecido oacutesseo homoacutelogo ele ainda gera
controveacutersias pela possibilidade de infecccedilotildees cruzadas com sua utilizaccedilatildeo Com o
estudo citado foi concluiacutedo que o enxerto homoacutelogo induz mais rapidamente a
remodelaccedilatildeo quando comparado com o autoacutegeno E o estaacutegio da remodelaccedilatildeo
esteve mais dependente da resposta orgacircnica individual de cada paciente
Jahn et al (2009) avaliaram o procedimento de retalho em dupla paacutegina para acesso
ao osso da regiatildeo do mento em comparaccedilatildeo a teacutecnica de retalho mucoperiosteal
Foram realizados procedimentos de obtenccedilatildeo de enxerto oacutesseo da regiatildeo do mento
para utilizaccedilatildeo na reabilitaccedilatildeo de pacientes que receberiam implantes
osseointegrados na regiatildeo anterior da maxila e que necessitavam de aumento de
espessura oacutessea localizada Foram operados 20 pacientes da cliacutenica de Periodontia
da Universidade de Santo Amaro entre 28 e 60 anos de idade Dez pacientes foram
submetidos agrave teacutecnica de retalho mucoperiosteal de espessura parcial e total
convencional e dez pacientes foram submetidos ao retalho em dupla Os pacientes
foram avaliados apoacutes 7 e 14 dias do procedimento ciruacutergico quanto aos seguintes
aspectos parestesia dor edema infecccedilatildeo hemorragia hematoma contato com as
raiacutezes dentaacuterias deiscecircncia de sutura presenccedila ou ausecircncia de trismo Todos os
procedimentos realizados permitiram acesso agrave regiatildeo do mento para obtenccedilatildeo de
enxertos oacutesseos autoacutegenos A avaliaccedilatildeo poacutes-operatoacuteria dos pacientes mostrou que
em ambos os grupos natildeo houve casos de hemorragia trismo contato acidental com
as raiacutezes dentaacuterias e infecccedilatildeo Edema foi constatado em seis casos no grupo de
retalho em dupla paacutegina e sete casos nos retalhos muco periosteais dor foi relatada
por dois e seis pacientes respectivamente Dois casos apresentaram parestesia na
regiatildeo de mento e nos dentes anteriores inferiores por ateacute duas semanas nos
25
pacientes operados pela teacutecnica do retalho mucoperiosteal enquanto nenhum caso
aconteceu em pacientes operados por retalho em dupla paacutegina Os autores
concluiacuteram que a teacutecnica de retalho em dupla paacutegina eacute um importante auxiacutelio no
acesso agrave aacuterea doadora o que pela facilidade de uso pode encorajar os cirurgiotildees a
usarem o mento como aacuterea doadora para pequenos enxertos oacutesseos intrabucais
Molon et al (2009) tiveram como objetivo relatar um caso cliacutenico de maxila
atroacutefica com necessidade de reconstruccedilatildeo alveolar atraveacutes de enxerto homoacutegeno
Apoacutes a realizaccedilatildeo da anamnese foi constatado clinicamente que o paciente
apresentava forma em lacircmina do osso e radiograficamente a panoracircmica mostrou
uma perda oacutessea em altura e uma proximidade do rebordo com a parede inferior do
seio maxilar Foi utilizado enxerto provenientes do UniOss processados e
congelados a -80degCos tecidos foram submetidos a testes soroloacutegicos Na regiatildeo
anterior foi realizado enxerto com osso humano congelado em bloco para restaurar
espessura oacutessea possibilitando a colocaccedilatildeo de implantes dentaacuterios Os blocos
foram fixados com o sistema 15mm e o osso particulado foi acomodado nos
espaccedilos mortos para evitar a formaccedilatildeo de GAPs Apoacutes seis meses da cirurgia foi
removido os parafusos e o guia ciruacutergico posicionado para a instalaccedilatildeo dos seis
implantes A osseointegraccedilatildeo dos implantes foi verificada apoacutes seis meses da
segunda cirurgia pela radiografia panoracircmica Atualmente vem sendo muito utilizado
osso autoacutegeno para reconstruccedilatildeo de maxilares contudo haacute desvantagens
relacionadas com a morbidade do sitio doador quantidade inadequada de osso
intraoral para grandes defeitos e necessidade de osso de regiatildeo extra-oral para
maiores reconstruccedilotildees limitam as expectativas do paciente Por isso os osso
estudos utilizando osso homoacutelogo para reabilitaccedilatildeo com implantes vecircm se
intensificando e apresentando bons resultados Os autores consideram o enxerto de
osso homoacutelogo uma alternativa viaacutevel para reconstruccedilatildeo de rebordos alveolares
severamente atroacuteficos ao mesmo tempo em que reduz a morbidade e os riscos
inerentes aos procedimentos de enxertos autoacutegenos
Pereira et al (2009) discutiram revisaram e compararam as teacutecnicas
envolvidas em remoccedilatildeo de blocos oacutesseos da linha obliacutequa e mento demonstrando
sua efetividade por meio de exemplos cliacutenicos O osso mandibular tem sido utilizado
na reconstruccedilatildeo alveolar para permitir a instalaccedilatildeo de implantes com resultados
extremamente favoraacuteveis Para a regiatildeo de mento a teacutecnica consiste em osteotomia
26
efetuada pelo menos 5 mm abaixo dos aacutepices dentaacuterios e o osso basal da
mandiacutebula preservado A profundidade das osteotomias limita-se agrave cortical externa
Para a regiatildeo da linha obliacutequa haacute trecircs diferentes meacutetodos para acessar a aacuterea
doadora 1 Intrasulcular Realizada no sulco gengival dos dentes naturais 2
Submarginal Indicada quando da presenccedila de coroas proteacuteticas nos molares e preacute-
molares 3 Crestal Indicada para rebordos edecircntulos ou quando os implantes
estiverem planejados para a mesma regiatildeo Uma vez feita agrave incisatildeo o retalho
mucoperiosteal eacute descolado do corpo mandibular expondo a face lateral do
ramocorpo Um bloco cortical retangular ateacute 4 mm de espessura pode ser coletado
da regiatildeo do ramo O comprimento do bloco pode se aproximar de 35 mm mas
altura natildeo deve exceder 10 mm Para o preparo do siacutetio receptor e enxertia o osso
removido eacute posicionado com a face medular do bloco em contato com a face cortical
do siacutetio receptor previamente perfurada com brocas proporcionando sangramento
O bloco deve ser adaptado intimamente ao leito e fixado com parafusos de titacircnio
Os autores concluiacuteram que ambas as teacutecnicas podem ser utilizadas com sucesso
de acordo com a quantidade oacutessea desejada localizaccedilatildeo do siacutetio doador e
experiecircncia do profissional
Piccinelli et al (2009) analisaram retrospectivamente 59 pacientes submetidos
agrave enxertia oacutessea obtida de aacutereas intrabucais com a instalaccedilatildeo de implantes
osseointegrados As aacutereas doadoras foram a regiatildeo da siacutenfise mandibular ramo
mandibular e tuberosidade da maxila Os enxertos foram imobilizados atraveacutes de
parafusos de titacircnio especiacuteficos para fixaccedilatildeo interna riacutegida com diacircmetro de 16 mm
e comprimentos de 8 10 e 12 mm com encaixe em forma de cruz De todas as
cirurgias realizadas foi constatado insucesso em 5 (742 ) pacientes todos do
sexo feminino Destes em 2 (338 ) casos ocorreram perfuraccedilatildeo de membrana do
seio maxilar sendo os dois pacientes tabagistas com idades de 40 e 41 anos Em
um paciente de 30 anos ocorreu a perda do enxerto na regiatildeo anterior de maxila
tendo por aacuterea doadora o osso retirado do ramo mandibular Em outro com 50 anos
ocorreu a perda do enxerto em regiatildeo posterior de mandiacutebula recebendo da aacuterea
retromolar E noutro com 40 anos a perda ocorreu em regiatildeo posterior da
mandiacutebula tendo aacuterea doadora a siacutenfise mandibular A maior causa de falhas de
enxerto eacute deiscecircncia de sutura e posterior necrose asseacuteptica do osso enxertado
sendo demonstrado altas taxas de complicaccedilotildees quando utilizamos a mandiacutebula
27
como aacuterea receptora Existe um iacutendice de sucesso de 904 quando os implantes
satildeo instalados apoacutes um periacuteodo de cicatrizaccedilatildeo dos enxertos O estudo concluiu que
os siacutetios intrabucais doadores de enxertos oacutesseos podem prover volumes oacutesseos
suficientes para a reconstruccedilatildeo dos rebordos alveolares da maioria dos pacientes
desdentados parciais A mandiacutebula eacute vista como siacutetio de eleiccedilatildeo para retirada de
enxertos oacutesseos pois eacute capaz de prover blocos oacutesseos de composiccedilatildeo
predominantemente corticais
Silveira e Wassall (2009) analisaram a aacuterea doadora de enxertos por meio de
tomografias volumeacutetricas tipo feixe cocircnico para avaliaccedilatildeo da remodelaccedilatildeo oacutessea
verificando o grau de morbidade quanto a este paracircmetro Foram selecionados vinte
voluntaacuterios de ambos os gecircneros sem risco de sauacutede e com risco de sauacutede
controlados da cliacutenica de Poacutes-Graduaccedilatildeo do Centro de Pesquisas Odontoloacutegica
Satildeo Leopoldo Mandic e cliacutenica particular As tomografias foram obtidas com
aparelho de aquisiccedilatildeo volumeacutetrica tipo feixe cocircnico este aparelho usa a nova
tecnologia do feixe de tomografia computadorizada cocircnico no qual obtemos todas
as estruturas maxilofaciais do indiviacuteduo em volume ou seja em terceira dimensatildeo
Foi utilizado o tempo de exposiccedilatildeo de 36 segundos e apenas 3 de radiaccedilatildeo uma
tomografia meacutedica As primeiras mediccedilotildees foram obtidas no momento da tomografia
computadorizada inicial anteriormente a cirurgia Logo apoacutes a cirurgia foi realizada
a segunda tomada e medida na qual foi mensurado o quanto foi retirado de tecido
oacutesseo para enxerto Na terceira tomada de medidas foi calculado o ganho real
oacutesseo obtido na remodelaccedilatildeo apoacutes 180 dias de remoccedilatildeo do enxerto Embora a
quantidade retirada de aacuterea varie a recomposiccedilatildeo acompanha com a mesma
variabilidade Os autores concluiacuteram que a remodelaccedilatildeo oacutessea meacutedia da regiatildeo
posterior da mandiacutebula avaliada 180 dias apoacutes a remoccedilatildeo do bloco oacutesseo (enxerto
oacutesseo) foi de 813
Sousa et al (2009) verificaram atraveacutes de uma revisatildeo sistemaacutetica se os
enxertos homoacutegenos satildeo tatildeo eficientes quanto os enxertos autoacutegenos Apoacutes a busca
nas bases foram selecionados 1215 tiacutetulos de artigos Um uacutenico artigo atendeu os
criteacuterios da pesquisa o mesmo foi lido na iacutentegra por ambos examinadores e suas
caracteriacutesticas foram distribuiacutedas em uma tabela Este artigo analisado resultou em
16 pacientes entre 38 e 65 anos (9 do sexo masculino e 7 do sexo feminino) foi
comparado dois grupos enxerto autoacutegeno do iliacuteaco (grupo 1) e enxerto autoacutegeno da
calvaacuteria (grupo 2) Foi avaliado o volume oacutesseo total (VOT) o volume oacutesseo
28
necroacutetico (VON) e o osso vital (OV) e os resultados do grupo 1 foi de VOT (466)
VON (126) e OV (34) jaacute do grupo 2 foi VOT (734) VON (55) e OV (67)
Estatisticamente o enxerto da calvaacuteria foi melhor que o enxerto do iliacuteaco Os autores
concluiacuteram que o uacutenico artigo considerado natildeo consistia numa comparaccedilatildeo entre
enxerto autoacutegeno e homoacutegeno e sim numa comparaccedilatildeo entre enxertos autoacutegenos
de siacutetios diferentes
Spin-Neto et al (2009) realizaram uma revisatildeo de literatura sobre a utilizaccedilatildeo
de osso homoacutelogo em Odontologia sobre a legislaccedilatildeo envolvida na aplicaccedilatildeo deste
material Foram analisados artigos publicados nos uacuteltimos 25 anos no Medline e
pela ANVISA leis decretos que regulamentam o funcionamento dos bancos de
ossos de tecidos musculoesqueleacuteticos brasileiros Sobre o enxerto homoacutelogo haacute
um nuacutemero enorme de processos que ocorrem eacute iniciado por uma reaccedilatildeo
inflamatoacuteria criando espaccedilos que permitam sua invasatildeo por vasos sanguiacuteneos e
chegada das ceacutelulas responsaacuteveis pelo metabolismo oacutesseo atuando na
remodelaccedilatildeo gradativa do local Remover tecidos oacutergatildeos ou partes da pessoa ou do
cadaacutever eacute crime podendo resultar em reclusatildeo (2 a 6 anos) ou em 100 a 360 dias
de multa Jaacute no caso de sepultamento cabe aos meacutedicos realizar a reconstruccedilatildeo do
corpo para evitar constrangimento e manter a dignidade diante de seus familiares
no qual natildeo realizado eacute considerado crime por tal ato Foi concluiacutedo que eacute
necessaacuterio mais estudos e resultados sobre a aplicaccedilatildeo deste biomaterial para
aliados com o conhecimento juriacutedico aumentarmos o conhecimento e informaccedilotildees
sobre o caso
Piffer et al (2010) descreveram um caso cliacutenico de reabilitaccedilatildeo oral de uma
aacuterea de maxila posterior extremamente reabsorvida atraveacutes de levantamento de
seio maxilar utilizando osso xenoacutegeno e posterior uso de implante O caso constava
de uma paciente do sexo feminino que foi submetida a levantamento de seio
maxilar utilizando osso xenoacutegeno liofilizado e concomitante colocaccedilatildeo de dois
implantes nos elementos 15 e 16 Foi relatado que devido agraves limitadas quantidades
oacutesseas para colocaccedilatildeo de implantes dentaacuterios surgiram as teacutecnicas de enxertos
oacutesseos Inicialmente era utilizado osso autoacutegeno da regiatildeo intra-bucal gerando
algumas desvantagens devido a morbidade do siacutetio doador podendo gerar dor
parestesias hematoma Como alternativa surgiu possibilidade de utilizaccedilatildeo de
biomateriais para reconstruccedilotildees maxilares no qual foi utilizado neste caso o Bio-
Oss e obteve um resultado excelente em relaccedilatildeo aacute formaccedilatildeo oacutessea formando
29
extensa regiatildeo de osso denso ao redor dos implantes Assim atraveacutes de uma
revisatildeo sistemaacutetica criacutetica de trabalhos cliacutenicos controlados randomizados
evidenciou que substitutos de ossos autoacutegenos podem ser utilizados obtendo
sucesso Concluindo assim que a colocaccedilatildeo de implantes concomitantes com
enxertias oacutesseas natildeo interferem no processo de reparo oacutesseo e nem na
estabilizaccedilatildeo dos implantes e mostrou-se um tratamento viaacutevel para o presente
caso cliacutenico
Souza et al (2010) realizaram uma revisatildeo da literatura das principais
aplicaccedilotildees e indicaccedilotildees dos enxertos de bancos de ossos na Odontologia Os
enxertos oacutesseos autoacutegenos satildeo eleitos como os de primeira escolha pela sua
eficiecircncia biosseguranccedila e facilidade de obtenccedilatildeo poreacutem apresentam algumas
desvantagens e limitaccedilotildees A utilizaccedilatildeo de homoenxertos provenientes de bancos
de ossos representa uma alternativa aos enxertos oacutesseos autoacutegenos e demonstra
ser uma ferramenta bastante uacutetil para a odontologia com a finalidade de regenerar o
tecido oacutesseo perdido dos maxilares Os autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de
homoenxertos provenientes de bancos de ossos demonstra ser uma ferramenta
bastante uacutetil para a odontologia com a finalidade de regenerar o tecido oacutesseo
perdido dos maxilares Faz-se necessaacuterio que mais bancos de coleta e preparo do
tecido oacutesseo sejam instalados nos hospitais para que esta opccedilatildeo torne-se viaacutevel e
acessiacutevel a um nuacutemero maior de serviccedilos que atuam com reconstruccedilotildees oacutesseas
Aloy-Proacutesper et al (2011) realizaram uma revisatildeo bibliograacutefica sobre
regeneraccedilatildeo oacutessea usando partiacuteculas de enxertos Foram avaliados os resultados
obtidos bem como as complicaccedilotildees de teacutecnicas cirurgircas e as taxas de
sobrevivecircncia e sucesso de implantes colocados nestas aacutereas regeneradas Foram
identificados 64 artigos dos quais 53 foram excluiacutedos em 14 casos de partiacuteculas de
enxerto foi combinado com o bloco de enxerto em quatro casos natildeo ocorreu
defeitos periimplantares durante a colocaccedilatildeo do implante Quanto agrave taxa de sucesso
dos implantes nem todos os estudos bem definidos utilizaram os criteacuterios de
sucesso tornando difiacutecil a comparaccedilatildeo Com base nos criteacuterios de sucesso de
Albrektsson houve uma taxa de sucesso de 932 dois anos apoacutes o carregamento
(857 na maxila superior e 100 na mandiacutebula) Quando os criteacuterios eram do
cortador e Ederer houve uma taxa de sucesso de 857 trecircs anos apoacutes o
carregamento A conclusatildeo dos autores foi de que enxertos de partiacuteculas satildeo
30
eficazes na correccedilatildeo localizada de defeitos do processo alveolar com poucas
complicaccedilotildees e a taxa de sucesso satildeo sempre elevadas variando de 875 a 100
Oliveira Diebold e Silva (2011) analisaram as estruturas da regiatildeo maxilar de
interesse na implantodontia por meio de imagens de tomografia computadorizada
buscando uma avaliaccedilatildeo qualitativa e quantitativa da densidade oacutessea Foram
utilizadas imagens de tomograacutefia computadorizada por raios X obtidas da regiatildeo
maxilar de 31 pacientes avaliados para a colocaccedilatildeo de implantes As regiotildees de
interesse analisadas (seio maxilar fossa nasal tuberosidade maxilar e foramem
naso-alveolar) foram delimitadas de modo semi-automaacutetico com o auxiacutelio da
ferramenta ldquoCell Outlinerrdquo pelo software ImageJ Essas regiotildees foram analisadas nos
cortes axiais cortes sagitais e coronais obtidos pelo TC e com o software A partir
da delimitaccedilatildeo das regiotildees de interesse (ROI) foram determinados os valores
meacutedios e desvio padratildeo do nuacutemero CT em HU (Hounsfield) O nuacutemero CT de uma
imagem tomograacutefica representa o valor de cada pixel que compotildee a imagem esta
relacionada com o coeficiente de atenuaccedilatildeo linear dos tecidos contidos em um voxel
correspondente Estes valores constituem-se em uma informaccedilatildeo importante tanto
para a avaliaccedilatildeo quantitativa das densidades oacutesseas como para a produccedilatildeo de uma
metodologia de realce das estruturas de interesse em implantodontia Com anaacutelise
dos dados obtidos para cada paciente nas estruturas analisadas foi observado que
as regiotildees do seio maxilar e a fossa nasal satildeo semelhantes mas estatisticamente
diferentes Estas satildeo regiotildees pneumaacuteticas que em consequumlecircncia da presenccedila do
ar possuem medidas de nuacutemero CT semelhantes a fossa nasal apresenta uma
estrutura mais irregular e obteve-se uma diferenccedila estatisticamente significativa
entre estas duas regiotildees estudadas O foramem naso-alveolar e a tuberosidade satildeo
regiotildees distintas porque a tuberosidade eacute um osso trabecular de densidades
heterogecircneas que possui a meacutedia do nuacutemero CT maior que a meacutedia do foramen
naso-alveolar que se trata de uma estrutura tubular de densidade homogecircnea para
passagem do feixe vasculo-nervoso Com a comparaccedilatildeo das estruturas analisadas
pelo meacutetodo ANOVA entre pacientes masculinos e femininos evidenciou-se que natildeo
existe diferenccedila estatisticamente significativa entre sexos As conclusotildees obtidas
neste trabalho mostraram que o nuacutemero CT eacute uma medida eficiente para
caracterizar estruturas do corpo humano Os dados obtidos com a anaacutelise das
meacutedias do nuacutemero CT de cada regiatildeo estudada nos permite caracterizar
separadamente cada regiatildeo
31
3 MATERIAS E MEacuteTODOS
O presente trabalho aborda a descriccedilatildeo de quatro casos cliacutenicos que foram
selecionados dos prontuaacuterios de pacientes enxertados submetidos agrave tomografia
computadorizada Cone Beam no periacuteodo preacute-enxerto e apoacutes o procedimento
ciruacutergico das cliacutenicas radiograacuteficas ldquoCliacutenica Odonto Imagem Radiologiardquo situada em
Balneaacuterio Camboriuacute (SC) e ldquoCliacutenica Radioimagemrdquo situada em Itajaiacute (SC)
Foram incluiacutedos no estudo os laudos radiograacuteficos de pacientes que atendem
as seguintes caracteriacutesticas pacientes de ambos os sexos com bom estado de
sauacutede geral idade de quarenta a setenta anos que foram submetidos a enxerto
oacutesseo em regiatildeo de maxila
Primeiramente foi realizada uma coleta de dados junto aos laudos
radiograacuteficos emitidos pelas cliacutenicas citadas Foram selecionados os casos e
posteriormente foi acessado agraves imagens tomograacuteficas dos pacientes
Os exames tomograacuteficos computadorizado de aquisiccedilatildeo volumeacutetrica (cone
beam) foram realizados atraveacutes de cortes parasagitais de espessura de 2mm e
distacircncia de 1 mm entre os cortes
Na segunda etapa foi efetuada a anaacutelise das tomografias observando as
imagens preacute e poacutes-ciruacutergicas simultaneamente nesse momento delimitou-se a aacuterea
do leito receptor e do material enxertado Utilizando o programa Planmeca Romexis
Viewer acessou-se as imagens fornecidas digitalmente analisando primeiramente
as imagens do leito receptor por meio de trecircs traccedilados (em planos perpendiculares)
realizados com o auxiacutelio da ferramenta denominada Linha Hounsfield que nos
fornece a densidade oacutessea do local traccedilado e uma meacutedia do mesmo Foi realizada
uma meacutedia aritmeacutetica simples dos trecircs traccedilados resultando uma meacutedia de
densidade oacutessea que foi enquadrada na escala O mesmo procedimento foi
realizado na aacuterea do material enxertado
Com a posse destes valores meacutedios comparou-se a densidade oacutesseo do leito
receptor com a densidade oacutessea do material enxertado
32
Os dados seratildeo divulgados atraveacutes de painel exposto no bloco de Odontologia
e apresentaccedilatildeo oral Uma coacutepia da pesquisa concluiacuteda seraacute enviada agraves Cliacutenicas
envolvidas na pesquisa
O projeto de pesquisa foi aprovado pela Comissatildeo de Eacutetica em Pesquisa
sobre o nuacutemero 44610
33
4 RESULTADOS
De acordo com a tabela a seguir podemos expressar de forma resumida os
resultados obtidos atraveacutes da pesquisa comparando os mesmos com a escala de
Misch
Paciente (P1) MS sexo feminino com idade de 49 anos apresentando bom
estado de sauacutede geral No dia 28 de outubro de 2009 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes (Figura 1)
34
Figura 1 Vista panoracircmica preacute-enxertia
A densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield
obteve os seguintes resultados Axial (Z) = 7650 Coronal (Y) = 5196 Sagital (X)
= 7818
No dia 29 de janeiro de 2010 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
homoacutegeno O material proveniente do Banco de Tecidos Muacutesculo Esqueleacuteticos HC-
UFPR consistia de um bloco cortical de Fecircmur medindo 30x20mm lote C0917 FD
BC 26 processado no dia 15 de julho de 2009 com validade de 5 anos conservado
a temperatura abaixo de -40ordmC O osso foi particulado e acrescido de lincomicina
No dia 19102010 foram realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da
densitometria oacutessea do material enxertado e obtiveram os seguintes resultados
Axial (Z) = 6590 Coronal (Y) = 4986 Sagital (X) = 2948 (Figura 2)
35
Figura 2 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
Paciente (P2) AWU sexo feminino com idade de 67 anos apresentando
bom estado de sauacutede geral no dia 29 de agosto de 2009 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes A
densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield obteve os
seguintes resultados Axial (Z) = 7104 Coronal (Y) = 7002 Sagital (X) = 10412
(Figura 3)
Figura 3 Vista panoracircmica preacute-enxertia
No dia 06 de novembro de 2009 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
36
homoacutegeno O material proveniente do Banco de Tecidos Muacutesculo Esqueleacuteticos HC-
UFPR consistia de um bloco cortical de Fecircmur medindo 30x20mm lote C0917 FD
BC 39 processado no dia 15 de julho de 2009 com validade de 5 anos conservado
a temperatura abaixo de -40ordmC O osso foi particulado e acrescido de lincomicina
Passado o periacuteodo de 10 meses apoacutes o procedimento ciruacutergico foram
realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da densitometria oacutessea do material
enxertado e obtiveram os seguintes resultados Axial (Z) = 6972 Coronal (Y) =
8138 Sagital (X) = 4984 (Figura 4)
Figura 4 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
Paciente (P3) IS sexo feminino com idade de 42 anos apresentando bom
estado de sauacutede geral no dia 13 de Novembro de 2007 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes A
densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield obteve os
seguintes resultados Axial (Z) = 4917 Coronal (Y) = 3481 Sagital (X) = 4207
(Figura 5)
37
Figura 5 Vista panoracircmica preacute-enxertia
No dia 26 de Novembro de 2007 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
autoacutegeno tendo como aacuterea doadora a regiatildeo de ramo mandibular
Passado o periacuteodo de 09 (nove) meses apoacutes o procedimento ciruacutergico foram
realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da densitometria oacutessea do material
enxertado e obtiveram os seguintes resultados Axial (Z) = 7176 Coronal (Y) =
5443 Sagital (X) = 5638 (Figura 6)
Figura 6 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
38
Paciente (P4) ATL sexo feminino com idade de 45 anos apresentando
bom estado de sauacutede geral no dia 18 de Agosto de 2009 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes A
densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield obteve os
seguintes resultados Axial (Z) = 6028 Coronal (Y) = 6681 Sagital (X) = 6397
(Figura 7)
Figura 7 Vista panoracircmica preacute-enxertia
No dia 09 de Outubro de 2009 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
autoacutegeno tendo como aacuterea doadora a regiatildeo de ramo mandibular
Passado o periacuteodo de 4 (quatro) meses apoacutes o procedimento ciruacutergico foram
realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da densitometria oacutessea do material
enxertado e obtiveram os seguintes resultados Axial (Z) = 8549 Coronal (Y) =
9340 Sagital (X) = 8624 (Figura 8)
39
Figura 8 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
40
5 DISCUSSAtildeO
Em Odontologia a tomografia computadorizada tem demonstrado ser o
meacutetodo de eleiccedilatildeo para a determinaccedilatildeo da densidade oacutessea na regiatildeo dos
maxilares pois fornece dados objetivos precisos da variaccedilatildeo da densidade oacutessea
entre diferentes regiotildees em um mesmo indiviacuteduo A tomografia computadorizada eacute o
uacutenico meacutetodo que permite avaliar osso cortical e medular separadamente com a
vantagem de que as informaccedilotildees tridimensionais satildeo apresentadas em uma seacuterie de
cortes finos da estrutura interna da parte estudada onde as informaccedilotildees resultantes
natildeo sofrem superposiccedilatildeo por estruturas anatocircmicas (SANTIAGO e VITRAL 2006)
Logo a tomografia computadorizada eacute um meacutetodo de escolha na avaliaccedilatildeo
qualitativa e quantitativa de enxertos em seio maxilar (ZEacuteTOLA et al 2002)
Bassi et al (2009) citaram que para o sucesso da reabilitaccedilatildeo com implantes
dentaacuterios eacute imprescindiacutevel que seja levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
rebordo residual e tambeacutem a qualidade de osso para a estabilidade do implante
Aleacutem disso o osso disponiacutevel (volume) deve ser avaliado em sua densidade
o que determinaraacute sua resistecircncia Densidade eacute a relaccedilatildeo entre a massa e o volume
de um corpo e o meacutetodo de avaliaccedilatildeo da densidade mineral oacutessea eacute denominado
densitometria As unidades de medidas mais empregadas satildeo gcmsup2 (densidade por
aacuterea) gcmsup3 (densidade por volume) ou HU (unidade Hounsfield) (CAUacuteLA
MACHADO BARBOSA 2000)
A densidade oacutessea eacute diretamente relacionada agrave resistecircncia do tecido oacutesseo
antes da fratura Uma diferenccedila de dez vezes na resistecircncia do tecido oacutesseo pode
ser observada entre o osso D1 e D4 O osso D2 exibe uma resistecircncia agrave
compressatildeo 47 a 68 maior se comparado com o D3 (MISCH 2000)
O osso com densidade 2 (D2) eacute uma combinaccedilatildeo de osso compacto denso
para poroso na porccedilatildeo externa e osso trabecular grosso na porccedilatildeo interna Na
superfiacutecie e nas proporccedilotildees laterais do implante oferece uma interface inicial riacutegida
A densidade oacutessea D2 eacute mais comumente encontrada na mandiacutebula A regiatildeo
anterior da mandiacutebula apresenta este tipo oacutesseo em 23 dos casos O osso com
densidade 3 (D3) eacute composto de uma cortical oacutessea fina na crista e osso trabecular
fino no interior Uma das desvantagens desse tipo oacutesseo eacute a delicadeza com a qual
esse osso deve ser manipulado Quanto menor for a densidade mais facilmente o
41
osso eacute expandido para que implantes sejam inseridos A regiatildeo anterior da maxila
apresenta em 65 dos casos o osso D3 e em quase metade dos casos o osso
D3 eacute encontrado tambeacutem na regiatildeo posterior da maxila O osso menos denso D4
tem sido relatado em aproximadamente 40 dos casos eacute encontrado na parte
posterior da maxila especialmente na regiatildeo dos molares ou apoacutes levantamento do
seio maxilar (CAUacuteLA MACHADO BARBOSA 2000 BUSCATTI 2003)
Em 1988 Misch realizou uma pesquisa tendo como base de estudos a escala
apresentada por Hounsfield que tem como objetivo a diferenciaccedilatildeo de densidades
de oacutergatildeos do corpo pela diferenccedila de tons de cinza atraveacutes da tomografia A partir
desta Misch propocircs uma nova escala o qual associou nuacutemeros aos tipos oacutesseos
relacionando numericamente os valores aos tipos oacutesseos
No periacuteodo preacute-enxertia foi verificado que em todos os casos estudados a
densidade presente na regiatildeo de leito receptor caracteriza osso tipo D3 Sendo esta
densidade compatiacutevel com a regiatildeo anterior e posterior da maxila
Apoacutes 10 meses dos enxertos homoacutegenos serem realizados (P1 e P2)
observou-se que a densidade em unidades HU diminuiu na maioria dos eixos
avaliados somente no eixo coronal da P2 que apresentou um leve aumento Apesar
desta variaccedilatildeo de valores natildeo houve mudanccedila da qualidade oacutessea Tanto o osso
neoformado quanto o do leito receptor mantiveram-se qualidade de osso D3
Nos casos onde o material de escolha foi osso autoacutegeno observou-se atraveacutes
da densidade em unidades HU aumento dos valores em todos os eixos avaliados
Entre os dois casos (P3 e P4) houve uma pequena diferenccedila entre os valores que
atraveacutes da escala proposta por Misch resultou na diferenccedila que no caso P3 o
material enxertado natildeo apresentou alteraccedilatildeo na qualidade em relaccedilatildeo agrave aacuterea
receptora Jaacute no caso P4 o material enxertado caracteriza-se como qualidade oacutessea
D2 Suponha-se que esta diferenccedila entre a densidade do material enxertado nestes
dois casos seja devido ao grau de condensaccedilatildeo do material na regiatildeo tamanho das
partiacuteculas e quantidade de material enxertado Os dados obtidos natildeo correspondem
a uma populaccedilatildeo em geral devido a pequena quantidade de amostras e se tratando
de um relato de caso cliacutenico
Pinto et al (2007) comenta que os enxertos autoacutegenos satildeo os uacutenicos entre os
tipos de enxerto oacutesseo a fornecer ceacutelulas oacutesseas vivas imunocompatiacuteveis
essenciais agrave fase I da osteogecircnese que eacute responsaacutevel pela proliferaccedilatildeo das ceacutelulas
oacutesseas em especial do osteoacuteide assim quanto mais ceacutelulas vivas forem
42
transplantadas mais tecido oacutesseo seraacute formado Kuabara et al (2000) concluiacuteram
que a pequena morbidade poacutes-operatoria da regiatildeo doadora do enxerto elege a
regiatildeo retromolar inferior como uma excelente opccedilatildeo ciruacutergica para reabilitaccedilatildeo de
pequenos defeitos oacutesseos Jaacute Cyriaco e Azevedo (2006) relatam que quando se
trata de enxertos menores as melhores aacutereas doadoras para regiatildeo oral seriam o
mento e a regiatildeo retromolar e para maiores quantidades a crista iliacuteaca a calota
craniana a costela e a tiacutebia
Pereira et al (2009) enxerto com osso autoacutegeno eacute considerado padratildeo ouro
para reconstruccedilatildeo de defeitos oacutesseos residuais Algumas teacutecnicas ciruacutergicas podem
ser realizadas abrangendo aacutereas doadoras extra e intrabucais dependendo do grau
de perda oacutessea planejamento ciruacutergico-proteacutetico e das condiccedilotildees gerais do
paciente O osso autoacutegeno cortical oferece excelente suporte estrutural para o siacutetio
receptor sendo uma excelente alternativa para segmentos de defeitos maiores que
5 ou 6 cm que requerem suporte estrutural imediato restabelecendo devidamente a
funccedilatildeo
Gonccedilalves (2008) concluiu que implantes instalados em enxertos de seio maxilar
com a ajuda de substitutos oacutesseos apresentam uma taxa de sucesso cliacutenico de
9009
O osso mais indicado para enxertia eacute o autoacutegeno pela sua eficiecircncia
bioseguranccedila e facilidade de obtenccedilatildeo e uma alternativa para sua substituiccedilatildeo eacute o
homoacutegeno por ter caracteriacutesticas a longo prazo semelhantes embora o iacutendice de
reabsorccedilatildeo ser maior (DEL VALE et al 2006 SOUZA et al 2010 GONCcedilALVEZ et
al 2009) O enxerto de osso homoacutelogo eacute uma alternativa viaacutevel para reconstruccedilatildeo
de rebordos alveolares severamente atroacuteficos ao mesmo tempo em que reduz a
morbidade e os riscos inerentes aos procedimentos de enxertos autoacutegenos como
dor parestesia e hematomas (MOLON et al 2009 PIFFER et al2010) Ele mostra-
se efetivo conforme Contar et al (2009) que realizou 51 implantes sobre enxerto
homoacutegeno alcanccedilando o torque miacutenimo de 40N(newton) em todos eles natildeo
havendo problema em nenhum implante em um periacuteodo de acompanhamento de 24
a 35 meses
Ajzen et al (2005) comenta do uso de fatores indutores como plasma rico em
plaquetas sugerindo uma melhor qualidade e quantidade oacutessea necessaacuteria para
reconstruccedilatildeo proteacutetica atraveacutes de implantes oacutesseo integrados A associaccedilatildeo do
bloco de osso homoacutegeno agrave medula oacutessea autoacuteloga parece representar uma
43
alternativa terapecircutica para se minimizar os niacuteveis de reabsorccedilatildeo dos materiais de
enxertia (COSTA et al 2009)
Faz-se necessaacuterio a coleta de mais casos para se obter um tratamento
estatiacutestico que possibilite uma comprovaccedilatildeo da previsibilidade da densidade oacutessea
com os materiais enxertados e variaccedilotildees de teacutecnicas ciruacutergicas
44
6 CONCLUSAtildeO
Conclui-se que o enxerto oacutesseo autoacutegeno e procedente de banco de ossos
demonstra-se eficaz na reabilitaccedilatildeo de pacientes que apresentam maxilas atroacuteficas
e que necessitam de implantes dentaacuterios para a reabilitaccedilatildeo proteacutetica
A densidade obtida do material enxertado eacute semelhante a densidade do
tecido oacutesseo adjacente necessitando de mais casos para esta comprovaccedilatildeo
45
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AJZEN S A et al Anaacutelise por tomografia computadorizada do enxerto autoacutegeno na cirurgia de sinus lift Radiol bras Rio de Janeiro v 38 n 1 p 25-31 janfev 2005 ALOY-PROacuteSPER A et al Bone regeneration using particulate grafts an update Med oral patol oral cir bucal Valencia v16 n2 p210-214 Mar 2011 ARAUacuteJO JMS de et al Enxerto oacutesseo bovino como alternativa para cirurgias de levantamento de assoalho de seio maxilar Rev cir traumatol buco-maxilo-fac Recife v9 n 3 p 89-96 julset 2009
BASSI A P F CARNEIRO G P Avaliaccedilatildeo do iacutendice de sucesso dos enxertos autoacutegenos e dos implantes instalados em regiatildeo do seio maxilar Implant News Satildeo Paulo v7 n2 p257-260 dez 2009
BLAY A TUNCHEL S SENDYK W R Viabilidade dos enxertos autoacutegenos obtidos com a utilizaccedilatildeo de coletores para osso estudo histoloacutegico e microbioloacutegico Pesqui Odontol Bras Satildeo Paulo v 17 n 3 p 234-40 julset 2003 BUSCATTI M Y Contribuiccedilatildeo para o estudo das densidades oacutesseas maxilomandibulares por meio da escala tomodensitomeacutetrica de Hounsfield quando da aplicaccedilatildeo de programa computadorizado para planejamento de implantes osseointegrados 2003 122f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Radiologia) - Faculdade de Odontologia da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2003 CAUacuteLA A L MACHADO F O de BARBOZA E P Densidade Oacutessea no planejamento em Implantodontia BCI Curitiba v 7 n 25 2000
CHEM RC et al Uso de retalho livre de fiacutebula no complexo bucomaxila-facial ndash Relato de dois casos Rev Cir Traumatol Buco-maxilo-fac Camaragibe v5 n4 p 23-30 outdez 2005 CONTAR C M M et al Maxillary ridge augmentation with fresh-frozen bone allografts J Oral Maxillofac Surg Copenhagen v67 n6 p1280-1285 June 2009 COSMO L A M et al Enxerto oacutesseo em levantamento de seio maxilar com osso humano fresco congelado ImplantNews Satildeo Paulo v 4 n 3 p 249-253 2007 COSTA C E S da et al Utilizaccedilatildeo de medula oacutessea autoacuteloga na integraccedilatildeo de enxertos oacutesseos homoacutelogos ImplantNews Satildeo Paulo v 6 n 4 p 395-402 2009
CYRIACO E AZEVEDO D Enxertos oacutesseos aplicados na cirurgia buccedilo-maxilo facial Cispre [on line] Petroacutepolis 27 jul 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcisprecombracervo_detalhesaspId=60gt Acesso em 20 abr 2011
DEL VALLE R A CARVALHO M L de GONZALEZ M R Estudo do comportamento de enxerto oacutesseo com material doador obtido dos bancos de tecidos muacutesculos-esqueleacuteticos Rev odontol Univ Cid Satildeo Paulo Satildeo Paulo v 18 n 2 p 189-194 maioago 2006
46
GARCIA JUacuteNIOR I R et al Avaliaccedilatildeo cliacutenica de enxertos oacutesseos autoacutegenos de crista iliacuteaca em maxilas atroacuteficas para instalaccedilatildeo de implantes oacutesseointegraacuteveis Innov implant j biomater esthet (Impr) Satildeo Paulo v 1 n 1 p 34-40 maio 2006 GONCcedilALVES A R de Q Avaliaccedilatildeo do sucesso de implantes osseointegraacuteveis em enxerto de seio maxilar RGO (Porto Alegre) Porto Alegre v 56 n 4 p 423-427 outdez 2008 GONCcedilALVES A O et al Avaliaccedilatildeo histomorfoloacutegica de maxilares humanos submetidos a enxerto oacutesseo autoacutegeno e homoacutegeno Implant News Satildeo Paulo v7 n2 p213-222 nov 2009
JAHN R S et al Retalho em dupla paacutegina Innov implant j biomater esthet Satildeo Paulo v 4 n 3 p 20-24 setdez 2009
KUABARA M R et al Levantamento de seio maxilar utilizando enxerto autoacutegeno da regiatildeo retromolar e simultacircnea colocaccedilatildeo de implantes ossointegrados Relato de caso cliacutenico ROBRAC Goiacircnia v 9 n 28 p 14-17 2000
MAZZONETTO R et al Avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de enxertos de siacutenfise mandibular na reconstruccedilatildeo de defeitos oacutesseos em regiatildeo anterior de maxila estudo por meio de tomografia convencional linear Rev bras implant Satildeo Paulo v 6 n 1 p 19-22 janmar 2000
MISCH C E et al Doaccedilatildeo de enxertos oacutesseos autoacutegenos extra orais para implantes endo oacutesseo In Implantes Dentaacuterios Contemporacircneos 2ordm ed Satildeo Paulo Santos 2000 cap 33 p 521-535 MOLON R S de et al Reconstruccedilatildeo de maxila atroacutefica utilizando enxerto oacutesseo homoacutegeno Rev Cir Traumatol Buco-Maxilo-fac Camaragibe v 9 n 4 p 25-30 outdez 2009 OLIVEIRA FILHO M A de et alReconstruccedilatildeo de defeito de continuidade em mandiacutebula com posterior reconstruccedilatildeo alveolar RGO (Porto Alegre) Porto Alegre v 55 n 3 p 305-310 julset 2007 OLIVEIRA H W de DIEBOLD E SILVA A M M da Avaliaccedilatildeo da regiatildeo maxilar em imagens de tc por raios x para o uso em implantodontia e cirurgia bucomaxilofaciaL Disponiacutevel em lthttpwwwpucrsbrunipoafisicapesquisasnimedartigosArtigo20Canal20CientEDficopdfgt Acesso em 20 de Junho de 2011 PEREIRA C C S et al Enxertos oacutesseos autoacutegenos mandibulares para reconstruccedilatildeo de processos alveolares atroacutefi cos revisatildeo e teacutecnica ciruacutergica Innov Implant J Biomater Esthet Satildeo Paulo v 4 n 3 p 96-102 setdez 2009 PICCINELLI L B et al Estudo retrospectivo de 59 pacientes tratados com enxertos oacutesseos autoacutegenos intrabucais e implantes dentais Innov Implant J Biomater Esthet Satildeo Paulo v 4 n 3 p 30-34 setdez 2009 PIFFER C S et al Levantamento de seio maxilar utilizando Bio-Oss concomitante com a instalaccedilatildeo de implantes ImplantNews Satildeo Paulo v 7 n 4 p 489-495 2010
47
PINTO J G S et al Enxerto autoacutegeno x biomateriais no tratamento de fraturas e deformidades faciais ndash uma revisatildeo de conceitos atuais RFO UPF Passo Fundo v 12 n 3 p 79-84 setdez 2007 RIBEIRO JUacuteNIOR O et al Princiacutepios da reconstruccedilatildeo mandibular com enxerto oacutesseo vascularizado Rev cir traumatol buco-maxilo-fac Recife v 8 n 1 p 15 ndash 22 janmar 2008 RODRIGUES A F VITRAL R W F Aplicaccedilotildees da Tomografia Computadorizada na Odontologia Pesq Bras Odontoped Clin Integr Joatildeo Pessoa v 7 n 3 p 317-324 setdez 2007 SANTIAGO R C VITRAL R W F Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da densidade mineral oacutessea e seu emprego na odontologia Pesq Bras Odontoped Clin Integr Joatildeo Pessoa v6 n3 p 289-294 setdez 2006 SILVEIRA A C G WASSALL T Anaacutelise da aacuterea doadora de enxerto mandibular por meio de tomografia computadorizada do feixe cocircnico para avaliaccedilatildeo da remodelaccedilatildeo oacutessea RGO (Porto Alegre) Porto Alegre v 57 n 1 p 61-65 janmar 2009 SOUSA J N L de et al Avaliaccedilatildeo dos enxertos homoacutegenos como substitutos aos enxertos autoacutegenos na fixaccedilatildeo de implantes osteointegrados uma revisatildeo sistemaacutetica da literatura Innov Implant J Satildeo Paulo v 4 n 3 p 54-57 setdez 2009 SOUZA D O et al Aplicaccedilotildees de enxertos de bancos de ossos em odontologia R Ci meacuted biol Salvador v 9 n 1 p 45-48 2010 SPIN-NETO R et al Tecido oacutesseo homoacutelogo para utilizaccedilatildeo em Odontologia Implant News Satildeo Paulo v7 n4 p555-560 dez 2009 TANAKA R et al Incorporaccedilatildeo dos enxertos oacutesseos em bloco processos bioloacutegicos e consideraccedilotildees relevantes Conscientia e sauacutede Satildeo Paulo v 7 n 3 p 323-327 2008 ZEacuteTOLA A L et al Reconstruccedilatildeo do seio maxilar atroacutefico com enxerto autoacutelogo de crista iliacuteaca avaliaccedilatildeo por tomografia computadorizada e radiografia panoracircmica Rev col bras cir Rio de Janeiro v 29 n 1 p 13-18 janfev 2002
9
panoracircmica e tomografia convencional linear no exame inicial para avaliar a aacuterea
maxilar e determinar se a aacuterea doadora ou seja a siacutenfise mandibular apresentava
osso suficiente para reconstruir o defeito Realizada a cirurgia apoacutes 4 meses foi feito
outro procedimento ciruacutergico reabrindo a aacuterea para remoccedilatildeo dos parafusos Passado
um periacuteodo de 6 meses da realizaccedilatildeo do enxerto cada paciente foi submetido a
novo exame tomograacutefico convencional linear tomada esta que foi realizada de
maneira padronizada com a primeira Foram realizadas medidas do ganho oacutesseo
pela anaacutelise das tomografias preacute e poacutes-operatoacuterias dos pacientes Foi traccedilada uma
linha no longo eixo do rebordo a partir do ponto mais alto da crista A partir desta
projetou-se uma linha perpendicular a 5 mm de distacircncia da porccedilatildeo mais oclusal
sobre a qual foi medida a distacircncia entre as duas corticais vestibular e lingual Dos 6
pacientes analisados foram obtidas 12 medidas comparativas Em 3 das medida
natildeo foram obtidos os resultados desejados devido agrave reabsorccedilatildeo do enxerto
Portanto 75 das aacutereas avaliadas obtiveram aumento em espessura suficientes
para a colocaccedilatildeo de implantes As observaccedilotildees cliacutenicas e radiograacuteficas das aacutereas
enxertadas demonstraram ganho oacutesseo em altura e em largura indicando que o
enxerto retirado da siacutenfise mandibular eacute uma aIternativa viaacutevel para a reconstruccedilatildeo
de defeitos alveolares a maxila anterior onde seratildeo colocados implantes A aacuterea da
siacutenfise mandibular tem muitas vantagens em relaccedilatildeo a outros locais doadores
Misch et al (2000) apoacutes realizar uma revisatildeo de literatura verificou a
importacircncia da densidade oacutessea no sucesso do implante osseointegrado e
apresentou uma atualizaccedilatildeo de sua classificaccedilatildeo oacutessea de 1988 acrescentando o
tipo oacutesseo D5 o qual associou nuacutemeros aos tipos oacutesseos relacionando
numericamente os valores aos tipos oacutesseos
10
Zeacutetola et al (2002) investigaram a neoformaccedilatildeo oacutessea de enxerto autoacutelogo
medular natildeo vascularizado de crista iliacuteaca para seio maxilar atroacutefico por meio de
uma avaliaccedilatildeo comparativa da precisatildeo entre a Tomografia Computadorizada (TC) e
a radiografia panoracircmica Foram selecionados 14 pacientes submetidos a 25
enxertos de crista iliacuteaca natildeo vascularizados sendo eles 9 do sexo feminino e 5 do
sexo masculino tendo como meacutedia de idade de 443 anos O criteacuterio de inclusatildeo foi
a altura residual menor que 5mm entre o rebordo gengival e o soalho antral
(medidos comparativamente pela tomografia computadorizada e radiografia
panoracircmica) e todos pacientes eram edentados uni ou bilateralmente A parede
lateral do seio maxilar foi exposta totalmente para a confecccedilatildeo de uma janela oval
com tamanho aproximado de 15 a 25mm feita com broca esfeacuterica diamantada
nuacutemero seis sendo preservada a integridade da mucosa antral que foi totalmente
rebatida sendo exposta a cuba e parede medial do antro maxilar O fragmento
oacutesseo da crista iliacuteaca autoacutegena foi colocado perpendicularmente agrave parede lateral da
maxila isolando o compartimento superior do seio Jaacute no inferior foi empregado osso
medular autoacutegeno fragmentado isolado ou misturado com hidroxiapatita (HA) que foi
recoberto pelo retalho mucoperiostal suturado com fio reabsorviacutevel de poligalactina
40 em sutura simples Para a avaliaccedilatildeo quantitativa e qualitativa poacutes-operatoacuteria
foram empregadas a radiografia panoracircmica e a tomografia computadorizada Foi
utilizado o teste de meacutedias atraveacutes da distribuiccedilatildeo t de Student para anaacutelise das
varianccedilas com a prevalecircncia de 005 para os dois grupos de imagens Na avaliaccedilatildeo
qualitativa houve consenso dos observadores nos dois grupos de exames (RX
panoracircmico e TC) e para a imagem panoracircmica (RP) o conceito foi regular e para a
tomografia boa Com relaccedilatildeo agrave anaacutelise quantitativa houve consenso na tomografia
11
computadorizada e para a radiografia panoracircmica a diferenccedila foi miacutenima entre os
observadores sem significado O ganho meacutedio foi de 148mm em todos os
procedimentos com erro maior que 3mm em 16 procedimentos (64) Os autores
concluiacuteram que a tomografia computadorizada foi o meacutetodo de escolha na avaliaccedilatildeo
qualitativa e quantitativa da incorporaccedilatildeo de enxerto autoacutelogo natildeo vascularizado em
seio maxilar atroacutefico
Blay Tunchel e Sendyk (2003) avaliaram a viabilidade microbioloacutegica e
histoloacutegica de tecido oacutesseo que ateacute a data tem sido ignorado em oacutesseos integrados
em cirurgias de implante Foram selecionados trinta pacientes sendo 13 homens e
17 mulheres com meacutedia de idade de 54 anos estando em bom estado de sauacutede
geral Os criteacuterios de seleccedilatildeo foram pacientes com perda de um ou mais elementos
dentaacuterios e com atrofia alveolar moderada Foi adotada uma teacutecnica baseada no uso
de coletores de osso para a obtenccedilatildeo de material oacutesseo autoacutegeno sem ter que
envolver um segundo (intra-oral ou extra-oral) aacuterea ciruacutergica para a obtenccedilatildeo de
osso autoacutegeno As amostras foram obtidas durante o processo de perfuraccedilatildeo do
osso alveolar utilizando dois tipos de coletores de ossos especiais As mesmas
foram utilizadas para o preenchimento de falha oacutessea Uma pequena amostra do
material coletado foi enviado para anaacutelise microbioloacutegica e histoloacutegica Os retalhos
foram fechados com Donath thread tipo de cirurgia e suturas simples individual
Apoacutes o periacuteodo de 6 a 8 meses foi realizada a reabertura na aacuterea da instalaccedilatildeo dos
implantes e realizado bioacutepsias na aacuterea de deiscecircncia para fornecer pequenos
fragmentos de ossos para anaacutelise histoloacutegica Para analise microbiana as amostras
foram transportadas em meio de tioglicolato e incubados por 24 horas a uma
temperatura de 36 plusmn 1 ordm C em condiccedilotildees aeroacutebias e anaeroacutebias a fim de avaliar a
presenccedila de contaminaccedilatildeo bacteriana As bacteacuterias encontradas nas amostras natildeo
apresentaram patogenicidade ou virulecircncia suficiente para prejudicar o enxerto ou
implante de forma alguma A avaliaccedilatildeo histoloacutegica das amostras mostrou que
mesmo em um estado de partiacuteculas a estrutura oacutessea foi bem preservada contendo
um grande nuacutemero de osteoacutecitos no interior da matriz calcificada sugerindo que a
viabilidade do tecido oacutesseo era mantida No periacuteodo de segunda fase mostraram
uma estrutura oacutessea histoloacutegica semelhante agrave do osso secundaacuterio Os autores
concluiacuteram que clinicamente assim como histologicamente o meacutetodo de coleta foi
capaz de preservar as ceacutelulas com capacidade de induccedilatildeo oacutessea
12
Buscatti (2003) avaliou as densidades oacutesseas das porccedilotildees medulares e
corticais maxilomandibulares por meio da escala tomodensitomeacutetrica de Hounsfield
utilizada nos exames de tomografia computadorizada A amostra foi composta por
12 pacientes de ambos os sexos Em cada aacuterea foi realizada a mensuraccedilatildeo da
densidade oacutessea por meio de uma ferramenta especiacutefica onde se avaliou a
qualidade oacutessea das corticais vestibular lingual ou palatina da base da mandiacutebula
ou assoalho do seio maxilarfossa nasal e da regiatildeo central do trabeculado oacutesseo
Para cada aacuterea foi mensurado o valor meacutedio de densidade e seu desvio padratildeo
Para a anaacutelise estatiacutestica dividiram-se os dados em dois grupos o primeiro com as
aacutereas correspondentes agrave regiatildeo anterior dos arcos e o segundo para a regiatildeo
posterior Para cada arco foi obtido 6 valores de densidade oacutessea para a porccedilatildeo
medular e cada cortical oacutessea da a regiatildeo anterior e 10 valores para a regiatildeo
posterior Uma anaacutelise inicial dos valores tomodensitomeacutetricos de Hounsfield (escala
Hounsfield) obtidos nesse presente estudo mostra de maneira geral que a
densidade oacutessea quando analisada sem distinccedilatildeo de gecircnero arco ou regiatildeo
apresenta-se na meacutedia maior na cortical oacutessea do que na porccedilatildeo medular situaccedilatildeo
constante em todas as anaacutelises realizadas durante esse estudo e cujo valor era
esperado devido ao maior grau de mineralizaccedilatildeo da cortical em relaccedilatildeo agrave medular
oacutessea O autor concluiu que quando da anaacutelise das densidades oacutesseas nos gecircneros
masculino e feminino natildeo houve diferenccedila estatisticamente significante para seus
valores tanto nas corticais quanto na porccedilatildeo medular A anaacutelise das densidades
oacutesseas em funccedilatildeo das regiotildees anatocircmicas (anterior e posterior) demonstrou
diferenccedila estatisticamente significante entre elas para os valores da porccedilatildeo medular
Em relaccedilatildeo aos arcos (superior e inferior) houve diferenccedila estatisticamente
significante entre eles para os valores das corticais vestibular lingual ou palatina e
base da mandiacutebula ou assoalho do seio maxilarfossa nasal
Ajzen et al (2005) quantificaram por meio da TC a formaccedilatildeo oacutessea nos
enxertos realizados apenas com osso autoacutegeno e nos enxertos com osso autoacutegeno
e plasma rico em plaquetas (PRP) obtido pelos meacutetodos de centrifugaccedilatildeo e afeacuterese
comparando seis meses depois os trecircs tipos de enxertos realizados Este estudo
utilizou como amostra 34 pacientes adultos de ambos os sexos (sete do sexo
masculino e 28 do sexo feminino) sem distinccedilatildeo de raccedila com idades entre 23 e 65
anos idade meacutedia de 48 anos e 8 meses que foram previamente avaliados por
radiografias panoracircmicas A avaliaccedilatildeo constou dos seguintes itens pneumatizaccedilatildeo
13
unilateral ou bilateral dos seios maxilares relacionada agraves perdas dentaacuterias e que
necessitavam de enxertos oacutesseos Nestes 34 pacientes foram operados 53 seios
maxilares sendo a amostra dividida em trecircs grupos grupo afeacuterese pacientes que
receberam enxerto de osso autoacutegeno e PRP obtido pelo meacutetodo de afeacuterese grupo
centriacutefuga pacientes que receberam enxerto de osso autoacutegeno e PRP obtido pelo
meacutetodo de centrifugaccedilatildeo e grupo osso autoacutegeno pacientes que receberam enxerto
apenas de osso Foram realizados exames preacute-operatoacuterios radiograacuteficos radiografia
periapical radiografia panoracircmica e TC Esses exames foram repetidos seis meses
apoacutes a intervenccedilatildeo ciruacutergica para a avaliaccedilatildeo da quantificaccedilatildeo oacutessea cortical e
medular da regiatildeo enxertada Para analisar o crescimento oacutesseo obtiveram-se as
meacutedias e os desvios-padratildeo (que mede a variabilidade dos dados) para a altura e a
largura considerando os trecircs grupos (afeacuterese centriacutefuga e osso autoacutegeno) e as
diferenccedilas entre as medidas finais e iniciais Para verificar se existe diferenccedila
significativa entre os crescimentos meacutedios foi feita a anaacutelise de variacircncia para
medidas repetidas (ANOVA) O niacutevel de significacircncia (p) foi fixado em um valor
menor ou igual a 005 (5) para a rejeiccedilatildeo da hipoacutetese de nulidade Pela avaliaccedilatildeo
da TC houve crescimento do remanescente oacutesseo em altura nos trecircs grupos
quando comparados os momentos inicial e final do experimento Natildeo houve
diferenccedila estatiacutestica para a altura (p= 0078) e para a largura (p = 0556) Os autores
concluiacuteram que apesar dos resultados natildeo serem estatisticamente significantes
evidecircncias cliacutenicas tecircm mostrado a eficaacutecia dos enxertos de osso autoacutegeno
principalmente aqueles associados a fatores indutores de crescimento oacutesseo como
o PRP alterando a altura e a largura necessaacuterias para a reconstruccedilatildeo proteacutetica do
arcabouccedilo maxilofacial atraveacutes de implantes osteointegrados porque na
odontologia atual busca-se cada vez mais devolver aos pacientes edecircntulos a sua
capacidade mastigatoacuteria e esteacutetica e consequumlentemente promovendo a integridade
dos vaacuterios elementos que compotildeem o sistema estomatognaacutetico
Chem et al (2005) afirmaram que a falta de tecido oacutesseo deve ser reparada
Situaccedilotildees como estas deixam os pacientes carentes fisiologicamente
esteticamente e psicologicamente Este trabalho iraacute relatar a teacutecnica de retalho livre
de fiacutebula para reconstruccedilatildeo da mandiacutebula e da maxila Foram realizados
atendimentos a dois pacientes pelo Serviccedilo de Cirurgia e Traumatologia Buco-
maxilo-facial do Complexo Hospitalar da Santa Casa de Misericoacuterdia de Porto
14
Alegre Possiacuteveis complicaccedilotildees podem se justificar pela maacute fixaccedilatildeo do retalho aos
cotos ou pela insuficiecircncia vascular Nos dois casos relatados o retalho foi fixado
aos cotos com placas e parafusos de forma a apresentar imobilidade obtendo-se
dessa forma a regeneraccedilatildeo entre os tecidos O retalho livre de fiacutebula ou enxerto
vascularizado caracteriza-se por ser um enxerto autoacutegeno segmentado e removido
da aacuterea doadora tendo sua vascularizaccedilatildeo preservada a fim de nutrir esse tecido
quando no leito receptor a partir da sua anastomose com o sistema vascular da
regiatildeo receptora O retalho de fiacutebula eacute o mais frequumlentemente pois esse retalho
fornece o maior montante de tecido oacutesseo entre todos os retalhos oacutesseos e causa
pouca morbidade na aacuterea doadora Os autores concluiacuteram que o emprego de
enxertos oacutesseos vascularizados em reconstruccedilotildees da face gera bons resultados
esteacuteticos e funcionais Pois os dois casos relatados os enxertos apresentaram
sucesso agrave observaccedilatildeo imediata e longitudinal alcanccedilando-se resultados esteacuteticos e
funcionais satisfatoacuterios
Cyriaco e Azevedo (2006) analisaram e revisaram a utilizaccedilatildeo do enxerto
oacutesseo em suas vaacuterias formas autoacutelogo homoacutelogo e heteroacutelogo descalcificado e
vascularizado na reparaccedilatildeo de falha oacutessea aleacutem das principais caracteriacutesticas
pertinentes a cada tipo buscando com isso um melhor direcionamento na sua
utilizaccedilatildeo Segundo diversos autores haacute disponiacuteveis opccedilotildees doadoras de enxertos
vascularizados como calota craniana fiacutebula costela escaacutepula crista iliacuteaca e raacutedio
Suas vantagens estatildeo nos iacutendices elevados de sucesso e a chance de fazecirc-lo em
pacientes irradiados ou que passaraacute por seccedilotildees de radioterapia como ocorre na
retirada de tumores malignos Quando se trata de enxertos menores as melhores
aacutereas doadoras para regiatildeo oral seriam o mento e a regiatildeo retromolar e para
maiores quantidades a crista iliacuteaca a calota craniana a costela e a tiacutebia A calota
craniana e osso iliacuteaco satildeo vantajosos por ter um grande volume de tecido oacutesseo no
que se refere agraves aacutereas doadoras externas sendo indicadas para a correccedilatildeo de
grandes defeitos oacutesseos De acordo com a pesquisa foi possiacutevel concluir que as
melhores aacutereas doadoras intrabucais satildeo o mento a regiatildeo retromolar e a
tuberosidade da maxila e que as aacutereas doadoras externas possiacuteveis satildeo a crista
iliacuteaca e a calota craniana
Del Valle et al (2006) tiveram como objetivo comparar o enxerto homoacutegeno
com o enxerto autoacutegeno nas cirurgias reconstrutivas de maxila com finalidade
implantodocircntica atraveacutes de um relato de caso cliacutenico Neste caso o paciente
15
apresentava ausecircncia dos elementos 11 e 12 com migraccedilatildeo mesial dos elementos
13 e 21 Atraveacutes do exame cliacutenico foi verificado falta de espessura do rebordo
alveolar na regiatildeo resultado da perda da taacutebua oacutessea vestibular por ocasiatildeo da
exodontia Foram realizados exames radiograacuteficos de regiatildeo panoracircmica periapical
Foi constatado pouca espessura palato-vestibular do rebordo oacutesseo na regiatildeo dos
dentes 11 e 12 contra-indicando a colocaccedilatildeo de implante dentaacuterio por risco de
fenestraccedilatildeo vestibular Com isto o tratamento indicado foi enxertia oacutessea utilizando
osso homoacutegeno bicortical com medular interna retirado da crista do osso iliacuteaco
medindo 27x17x9 milimetros e recebido os antibioacuteticos Vancomicina e Polimixina B
Foi feito o deslocamento muco-periostal do retalho esculpido o bloco oacutesseo e
adaptado ao leito receptor Para realizar a fixaccedilatildeo foi feito perfuraccedilotildees oacutesseas no
leito receptor com brocas esfeacutericas laminadas e imobilizados com 2 parafusos de
15mm de diacircmetros e 11mm de comprimento promovendo um enxerto do tipo
onlay Todo enxerto foi recoberto com osso particulado do mesmo bloco
amalgamado ao plasma rico em plaquetas e suturado Apoacutes passar 3 meses da
cirurgia houve exposiccedilatildeo do parafuso de osteossiacutentese de posiccedilatildeo mais cervical e
na sua remoccedilatildeo constatamos a formaccedilatildeo de tecido fibroso entre o fragmento
enxertado e o leito receptor somente nessa regiatildeo tendo sido removido Apoacutes 5
meses da enxertia foi colocado implantes e recoberto com membrana oacutessea
reabsorviacutevel por ter havido fenestraccedilatildeo oacutessea cervical Os autores apoacutes relatar o
caso concluiacuteram que o osso mais indicado para enxertia eacute o autoacutegeno e uma
alternativa para sua substituiccedilatildeo eacute o homoacutegeno por ter caracteriacutesticas a longo prazo
semelhantes embora o iacutendice de reabsorccedilatildeo eacute maior entretanto relataram que eacute
necessaacuterios maiores estudos principalmente de aacutereas doadoras utilizadas para
enxertias
Garcia Juacutenior et al (2006) avaliaram clinicamente os enxertos oacutesseos
retirados da crista do osso iliacuteaco para reconstruccedilatildeo total de maxilas atroacuteficas e
posterior instalaccedilatildeo de implantes oacutesseointegraacuteveis Foram selecionados doze
pacientes no qual foram submetidos agrave cirurgia de enxerto oacutesseo na maxila
utilizando-se fragmentos oacutesseos removidos da porccedilatildeo anterior da crista iliacuteaca A
meacutedia de idade dos pacientes era de 495 anos sendo 3 do sexo masculino e 12
eram do sexo feminino O tempo de espera para a cirurgia de instalaccedilatildeo de
implantes variou de 5 a 6 meses apoacutes enxerto oacutesseo Na reabertura do enxerto para
instalaccedilatildeo dos implantes oacutesseointegrados foram realizadas as avaliaccedilotildees cliacutenicas
16
dos enxertos oacutesseos Os resultados mostraram que em todos os casos houve ganho
oacutesseo no rebordo alveolar e tambeacutem uma melhora no perfil facial e o contorno labial
dos pacientes Os autores concluiacuteram que o enxerto oacutesseo retirado do osso iliacuteaco eacute
uma alternativa viaacutevel para reconstruccedilotildees de maxilas atroacuteficas tambeacutem que houve
melhora cliacutenica significativa quanto ao volume oacutesseo em altura e largura do rebordo
alveolar e que em todos os casos foram possiacuteveis a instalaccedilatildeo de implantes
oacutesseointegraacuteveis
Santiago e Vitral (2006) analisaram os meacutetodos de avaliaccedilatildeo da densidade
mineral oacutessea (DMO) e seu emprego na odontologia com o objetivo de descrever os
diferentes meacutetodos empregados bem como avaliar a relevacircncia em se determinar a
densidade oacutessea no planejamento e sucesso de tratamentos odontoloacutegicos
especiacuteficos Foi feita uma revisatildeo de literatura onde abordaram as teacutecnicas de
densitometria oacutessea e como eacute feita a avaliaccedilatildeo da densidade oacutessea em odontologia
Diversos satildeo os meacutetodos para se avaliar a densidade mineral oacutessea tanto na aacuterea
meacutedica quanto em Odontologia A questatildeo sobre qual a melhor teacutecnica e a melhor
regiatildeo para se avaliar a DMO de cada individuo parece ainda natildeo ter resposta
Entretanto o que se sabe eacute que dentre as diferentes teacutecnicas disponiacuteveis diferentes
vantagens e desvantagens satildeo apresentadas Em Odontologia a tomografia
computadorizada tem demonstrado ser o meacutetodo de eleiccedilatildeo para a determinaccedilatildeo da
densidade oacutessea na regiatildeo dos maxilares pois fornece dados objetivos precisos da
variaccedilatildeo da densidade oacutessea entre diferentes regiotildees em um mesmo indiviacuteduo
permitindo dessa forma correlacionar positivamente os valores encontrados com a
qualidade oacutessea descrita subjetivamente Aleacutem disso a tomografia computadorizada
eacute o uacutenico meacutetodo que permite avaliar osso cortical e medular separadamente
Cosmo et al (2007) relataram um caso cliacutenico com avaliaccedilatildeo radiograacutefica e
histoloacutegica da utilizaccedilatildeo de osso humano fresco congelado em procedimento de
elevaccedilatildeo do assoalho do seio maxilar A paciente CAR 47 anos compareceu agrave
Cliacutenica Odontoloacutegica da Faculdade de Odontologia da Universidade de Santo Amaro
- Unisa para avaliaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo da arcada superior posterior esquerda com a
utilizaccedilatildeo de implantes endoacutesseos Os exames de imagem demonstraram haver
rebordo residual com menos de 6 mm de altura remanescente tendo sido indicada agrave
paciente a reabilitaccedilatildeo oacutessea bilateral atraveacutes da teacutecnica de levantamento do
assoalho do seio maxilar com enxerto de osso aloacutegeno fresco congelado
proveniente de banco de tecidos musculoesqueleacuteticos Apoacutes seis meses da cirurgia
17
foi realizada abertura para instalaccedilatildeo dos implantes tendo sido colhido fragmento
oacutesseo que foi enviado para anaacutelise histoloacutegica Frente ao apresentado conclui-se
que o material de enxertia proveniente de banco de ossos humanos (enxerto
aloacutegeno fresco congelado) proporciona em cirurgias de levantamento de seio
maxilar um adequado volume oacutesseo para futura instalaccedilatildeo de implantes A anaacutelise
histoloacutegica do enxerto incorporado evidencia a vitalidade do mesmo Material deve
ser adquirido em banco de tecidos regularizados pelo Ministeacuterio da Sauacutede A
possibilidade de transmissatildeo de doenccedilas pela utilizaccedilatildeo do material eacute de baixa
magnitude
Oliveira Filho et al (2007) apresentaram um caso cliacutenico de trauma facial com
perda oacutessea na regiatildeo anterior da mandiacutebula que foi tratado com teacutecnicas de
reconstruccedilatildeo em duas fases primeiramente a parte basilar da mandiacutebula
posteriormente a parte alveolar permitindo a reabilitaccedilatildeo atraveacutes de implantes
osseointegrados O paciente deu entrada no pronto socorro do Hospital Universitaacuterio
Evangeacutelico de Curitiba viacutetima de trauma localizado nas regiotildees submandibular e
cervical alta Em um primeiro momento foi realizado o tratamento ciruacutergico para
fixaccedilatildeo intermaxilar riacutegida trans-operatoacuteria e estabilizaccedilatildeo da mandiacutebula com uma
placa de reconstruccedilatildeo em titacircnio Apoacutes trecircs meses do procedimento foi realizada a
reconstruccedilatildeo mandibular utilizando enxerto em bloco tomado da crista do osso
iliacuteaco Este tempo ciruacutergico teve a preocupaccedilatildeo de reconstruir apenas a parte basilar
da mandiacutebula devido a falta de tecidos moles na regiatildeo traumatizada Em um
segundo momento foi realizada enxertia com bloco tomado da crista do osso iliacuteaco
para reconstruccedilatildeo alveolar da mandibular Seis meses apoacutes o procedimento de
reconstruccedilatildeo alveolar cliacutenica e radiograficamente houve uma boa integraccedilatildeo do
enxerto sem a ocorrecircncia de reabsorccedilatildeo oacutessea significativa Foi criado um rebordo
alveolar adequado permitindo a instalaccedilatildeo de trecircs implantes na regiatildeo enxertada
Os autores concluiacuteram que o enxerto de oacutesseo autoacutegeno pode ser uma alternativa
vaacutelida na aplicaccedilatildeo como meio de reconstruccedilatildeo de defeitos oacutesseos que comprometa
a porccedilatildeo alveolar e basal da mandiacutebula mas uma anaacutelise mais detalhada eacute
necessaacuteria para que possa definir de forma mais abrangente os possiacuteveis riscos e
complicaccedilotildees da teacutecnica utilizada
Pinto et al (2007) confrontaram a utilizaccedilatildeo do enxerto autoacutegeno para
reconstruccedilatildeo das sequumlelas de fraturas faciais comparando-o com outros
18
biomateriais atualmente disponiacuteveis discutindo as melhores indicaccedilotildees e os toacutepicos
mais atuais relativos a esses materiais As propriedades de um material ideal para
enxerto oacutesseo satildeo ser quimicamente inerte biocompatiacutevel natildeo aleacutergico natildeo
canceriacutegeno ser totalmente reabsorviacutevel e substituiacutevel por novo tecido oacutesseo entre
outros O osso autoacutegeno eacute considerado ideal para realizaccedilatildeo de enxertos oacutesseos
Estudos tecircm comprovado a eficaacutecia deste tipo de material especialmente do enxerto
oacutesseo autoacutegeno cortical obtido da crista do osso iliacuteaco que tem sido considerado o
melhor de
ntre os materiais de reconstruccedilatildeo Satildeo os uacutenicos entre os tipos de enxerto
oacutesseo a fornecer ceacutelulas oacutesseas vivas imunocompatiacuteveis Os enxertos alogecircnicos
satildeo aqueles obtidos de outro indiviacuteduo da mesma espeacutecie O enxerto alogecircnico mais
comumente utilizado eacute o liofilizado cuja vantagem eacute natildeo haver a necessidade de se
realizar uma segunda cirurgia num outro siacutetio Os oacutesseos xenoacutegenos satildeo aqueles
retirados de uma espeacutecie e transplantados para outra Exigem um tratamento mais
vigoroso do enxerto e natildeo fornecem ceacutelulas viaacuteveis para a formaccedilatildeo da fase I da
osteogecircnese Aleacutem dos enxertos oacutesseos existem ainda os materiais chamados
aloplaacutesticos como alternativa tendo como benefiacutecios a diminuiccedilatildeo do tempo
ciruacutergico aleacutem de muacuteltiplos tamanhos e formatos disponiacuteveis Entre os biomateriais
os mais utilizados satildeo o vidro bioativo o titacircnio que apresenta excelente
biocompatibilidade e boa osseointegraccedilatildeo ao organismo quando justaposto ao osso
A hidroxiapatita que por ser considerada um componente quiacutemico natural do corpo
humano natildeo satildeo observadas respostas inflamatoacuteria ou toacutexica nos tecidos
circunvizinhos Atraveacutes da pesquisa foi possiacutevel concluir que o osso autoacutegeno ainda
eacute considerado um material ideal para enxerto entretanto novos biomateriais tecircm
surgido apresentando vantagens promissoras para utilizaccedilatildeo na praacutetica diaacuteria
Rodrigues e Vitral (2007) descreveram as principais teacutecnicas tomograacuteficas existentes
e suas aplicaccedilotildees na Odontologia atraveacutes de uma revisatildeo da literatura sobre os
avanccedilos das principais teacutecnicas tomograacuteficas que resultaram em maior acuraacutecia no
diagnoacutestico menor tempo de exame e menor quantidade de radiaccedilatildeo A tomografia
computadorizada eacute considerada o meacutetodo de escolha para a imagem das estruturas
oacutesseas Ela eacute um meacutetodo radioloacutegico que permite obter a reproduccedilatildeo de uma secccedilatildeo
do corpo humano com finalidade diagnoacutestica Apresenta trecircs vantagens gerais
importantes sobre a radiografia convencional a primeira eacute que as informaccedilotildees
19
tridimensionais satildeo apresentadas na forma de uma seacuterie de cortes finos da estrutura
interna da parte estudada A segunda eacute que o sistema eacute mais sensiacutevel na
diferenciaccedilatildeo de tipos de tecido quando comparado com a radiografia convencional
de modo que diferenccedilas entre tipos de tecidos podem ser mais claramente
delineadas e estudadas A terceira eacute a habilidade para manipular e ajustar a imagem
apoacutes ter sido completada a varredura como ocorre de fato com toda a tecnologia
digital Com o advento da tomografia computadorizada helicoidal foi alcanccedilada
grande melhora nas reconstruccedilotildees tridimensionais e diminuiccedilatildeo na dose de
exposiccedilatildeo do paciente agrave radiaccedilatildeo A mesma proveacutem vantagens sobre a natildeo
helicoidal como menor tempo de avaliaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de reconstruccedilatildeo multiplanar
Ela propicia imagens com alta resoluccedilatildeo espacial e a mesma dose de radiaccedilatildeo da
tomografia computadorizada convencional A tomografia computadorizada pode ser
usada para identificar e delinear processos patoloacutegicos visualizar dentes retidos
avaliar os seios paranasais diagnosticar trauma mostrar os componentes oacutesseos
da articulaccedilatildeo temporomandibular e os leitos para implantes dentaacuterios Permite a
reformataccedilatildeo axial obliacutequa da imagem no sentido perpendicular da curvatura do
arco mostrando nitidamente o niacutevel oacutesseo no lado vestibular e lingual E tambeacutem
permite uma avaliaccedilatildeo intra-oacutessea dos locais para colocaccedilatildeo dos implantes Os
autores concluiacuteram que a Tomografia Computadorizada eacute o exame de eleiccedilatildeo no
diagnoacutestico de muitas condiccedilotildees que envolvem o complexo maxilo-mandibular O
valor cliacutenico das teacutecnicas de tomografia computadorizada depende da condiccedilatildeo que
se estaacute sendo diagnosticada atraveacutes das imagens do modelo e da idade do
equipamento usado do protocolo do exame da experiecircncia e capacidade dos
operadores do equipamento e do radiologista
Gonccedilalves (2008) analisaram implantes instalados em enxertos de seio
maxilar com biomaterial de origem bovina e plasma rico em plaquetas observando
histologicamente a neoformaccedilatildeo oacutessea e o iacutendice de sucesso cliacutenico e histoloacutegico
apresentado Este estudo envolveu 30 pacientes que necessitavam de enxerto em
regiatildeo de soalho de seio maxilar para inserccedilatildeo de implantes Um total de 101
implantes foi instalado em 36 enxertos de seio maxilar com intervalo meacutedio de
tempo do enxerto de 75 meses dos quais nove amostras oacutesseas foram colhidas de
forma aleatoacuteria e consentidas para a anaacutelise histoloacutegica Na colocaccedilatildeo dos
implantes foi utilizado um guia ciruacutergico para um correto posicionamento dos
implantes Foi feita a remoccedilatildeo do fragmento oacutesseo e enviado para a anaacutelise com
20
isto foi capturado ao todo 26 imagens histopatoloacutegicas Histologicamente os
fragmentos colhidos estavam constituiacutedos predominantemente por tecido oacutesseo
com iacutendice de sucesso de 8888 Quando comparados o remanescente oacutesseo do
seio maxilar antes e depois do enxerto houve crescimento em altura e a maioria
apresentou densidade oacutessea D3 Dez dos 101 implantes foram perdidos e 91
estavam osseointegrados no seio maxilar enxertado Os autores concluiacuteram que
implantes instalados em enxertos de seio maxilar com a ajuda de substitutos oacutesseos
apresentam uma taxa de sucesso cliacutenico de 9009
Ribeiro Juacutenior et al (2008) revisaram a literatura referente aos enxertos
oacutesseos vascularizados com o objetivo de avaliar os princiacutepios bioloacutegicos e ciruacutergicos
que fundamentam sua aplicaccedilatildeo na reconstruccedilatildeo mandibular Os retalhos
microciruacutergicos que contecircm enxertos oacutesseos satildeo classificados como
osteomusculares ou osteomiocutacircneos dependendo da natureza dos tecidos moles
que o compotildeem permitindo restauraccedilotildees de grandes defeitos oacutesseos A
revascularizaccedilatildeo microciruacutergica manteacutem a irrigaccedilatildeo e a drenagem do tecido oacutesseo
enxertado em todo o periacuteodo de integraccedilatildeo permitindo a manutenccedilatildeo de suas
funccedilotildees celulares metaboacutelicas e fiacutesicas Dessa forma a reparaccedilatildeo entre o enxerto e
o remanescente mandibular ocorre de forma semelhante agrave cicatrizaccedilatildeo de uma
fratura eliminando a longa fase de substituiccedilatildeo observada nos enxertos
convencionais Como o sucesso da reconstruccedilatildeo microciruacutergica eacute diretamente
dependente da qualidade vascular estudos angiograacuteficos preacute-operatoacuterios das aacutereas
receptora e doadora satildeo essenciais Alguns cuidados preacute-cirurgicos satildeo de extrema
importacircncia como a hidrataccedilatildeo endovenosa para manutenccedilatildeo do diacircmetro vascular
uso de cobertores para manter a temperatura corporal em torno de 37degC O estudo
concluiu que os enxertos oacutesseos vascularizados satildeo excelentes na restauraccedilatildeo
esteacutetico-funcional dos defeitos mandibulares suprindo as deficiecircncias dos enxertos
convencionais em casos de pior prognoacutestico Os enxertos oacutesseos vascularizados
satildeo indispensaacuteveis em defeitos compostos extensos irradiados e secundaacuterios agrave
osteorradionecrose
Tanaka et al (2008) elaboraram uma revisatildeo de literatura com o objetivo de
descrever os mecanismos de incorporaccedilatildeo dos enxertos oacutesseos em bloco e discutir
algumas caracteriacutesticas dos diferentes tipos existentes para distinguir as vantagens
de cada um Concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo dos enxertos em bloco para reconstruccedilatildeo
21
dos rebordos alveolares eacute uma realidade e estaacute intimamente ligada agrave terapia
implantar Os diversos fatores que influenciam a escolha do melhor meacutetodo de
enxertia a ser utilizado passam pelo conhecimento dos paracircmetros citados neste
artigo e muitos outros natildeo abordados e podem parecer inicialmente um desafio
mas sem duvida o domiacutenio das teacutecnicas existentes e das outras que surgiratildeo eacute o
ponto de partida para o profissional que procura o refinamento de seus
procedimentos e a exelencia de seus resultados
Arauacutejo et al (2009) realizaram uma revisatildeo de literatura sobre os resultados
cliacutenicos obtidos com a utilizaccedilatildeo dos enxertos de origem autoacutegena e xenoacutegena
(bovino) nas cirurgias de levantamento de assoalho de seio maxilar O
envelhecimento e a perda dentaacuteria fazem com que o seio se expanda podendo
haver uniatildeo entre o assoalho sinusal e a crista do rebordo alveolar residual
expansatildeo esta relacionada com a altura e largura do seio e natildeo com a
profundidade Os materiais para enxerto oacutesseo podem ser classificados como
osteogecircnicos osteoindutores e osteocondutores Os osteogecircnicos referem-se aos
materiais orgacircnicos capazes de estimular a neoformaccedilatildeo oacutessea a partir de
osteoblastos Os osteoindutores satildeo capazes de induzir a diferenciaccedilatildeo de ceacutelulas
mesenquimais em osteoblastos e condroblastos estimulando a formaccedilatildeo oacutessea no
local ou mesmo em um siacutetio heterotiacutepico Os materiais osteocondutores (geralmente
inorgacircnicos) permitem a aposiccedilatildeo de um novo tecido na sua superfiacutecie requerendo
a presenccedila de tecido oacutesseo preacute-existente como fonte de ceacutelulas osteoprogenitoras
Alguns criteacuterios foram propostos para o enxerto ideal quanto para que o material
enxertado se incorpore com sucesso ao siacutetio Dentre os possiacuteveis enxertos
xenoacutegenos encontram-se disponiacuteveis comercialmente os enxertos bovinos em
vaacuterias formas de apresentaccedilatildeo como aqueles que contecircm a fraccedilatildeo mineral do osso
os inorgacircnicos ou desproteinizados entre outros Todos eles apresentam excelente
biocompatibilidade agem favorecendo o processo de osteoconduccedilatildeo e natildeo
desencadeando respostas imunoloacutegicas desfavoraacuteveis A melhor accedilatildeo do enxerto
oacutesseo autoacutegeno de crista iliacuteaca quando comparado com a associaccedilatildeo do osso
autoacutegeno com osso desmineralizado bovino em cirurgias de levantamento de
assoalho de seio maxilar Apesar da diferenccedila estatiacutestica significante clinicamente
natildeo houve diferenccedila jaacute que os aacutepices dos implantes estavam todos cobertos por
osso sugerindo o sucesso do uso da associaccedilatildeo e ainda poupando o paciente de
uma intervenccedilatildeo ciruacutergica extraoral concluindo que o osso autoacutegeno eacute o que
22
apresenta os melhores resultados no processo de regeneraccedilatildeo oacutessea poreacutem os
enxertos de origem bovina apesar de demonstrarem um processo de neoformaccedilatildeo
oacutessea inferior promovem uma neoformaccedilatildeo satisfatoacuteria para que haja a reabilitaccedilatildeo
do paciente com implantes osseointegraacuteveis podendo ser utilizados com sucesso na
cliacutenica odontoloacutegica
Bassi e Carneiro (2009) citaram que os pacientes vem se queixando de
desconforto pelo uso de proacuteteses deficiecircncia na mastigaccedilatildeo onde entatildeo se
destacam os implantes dentaacuterios que minimizam estes aspectos negativos No
entanto seu sucesso depende de uma quantidade miacutenima de suporte oacutesseo por
este motivo foi oportuna pelos autores avaliar o iacutendice de sucesso dos enxertos e
implantes instalados na regiatildeo do seio maxilar reconstruiacuteda com osso autoacutegeno de
linha obliacutequa tanto imediata quanto mediato ao levantamento do seio maxilar
Foram avaliadas 51 cirurgias durante os anos de 2005 a 2007 com total de 107
implantes instalados sendo 28 de maneira imediata e 79 instalados posteriormente
Com relaccedilatildeo aos de maneira imediata o sucesso foi de 9286 sendo que dos 14
submetidos agrave implantaccedilatildeo imediata apenas 1 perdeu o implante De um total de 37
pacientes com instalaccedilatildeo posterior houve um sucesso de 9459 Podendo ser
analisado que natildeo haacute diferenccedila significante entre instalaccedilatildeo mediata e imediata
Acredita-se que para haver sucesso no tratamento eacute imprescindiacutevel que seja levado
em consideraccedilatildeo a quantidade de rebordo residual e tambeacutem a qualidade de osso
para a estabilidade do implante A conclusatildeo deste artigo eacute que o levantamento do
seio maxilar com o enxerto autoacutegeno por meio de acesso lateral eacute uma opccedilatildeo
segura no tratamento para regiatildeo posterior da maxila E natildeo houve diferenccedila em
relaccedilatildeo ao sucesso dos implantes instalados de maneira medita e imediata
Contar et al (2009) avaliaram o uso de enxertos provenientes de osso fresco-
congelado para na reconstruccedilatildeo de rebordos alveolares maxilares posteriormente a
aplicaccedilatildeo de implantes dentaacuterios Foram analisados quinze pacientes que tinham
atrofia crista maxilar onde necessitava de blocos de enxerto oacutesseo para
posteriormente se fazer a colocaccedilatildeo dos implantes Nove meses depois foi retirado
o nuacutecleo de osso do enxerto para analisar histologicamente Trinta e quatro blocos
foram colocados e do nuacutemero de blocos cada paciente recebeu uma numeraccedilatildeo de
1 a 4 Em todos os enxertos foram verificados para serem de consistecircncia firme
bem constituiacutedo e vascularizado Cinquumlenta e um implantes foram aplicados sobre
os enxertos com torque no miacutenimo de 40 N (Newton) Natildeo havendo problema em
23
nenhum implante O periacuteodo de acompanhamento variou de 24 a 35 meses Alo
enxertos pode ser bem satisfatoacuterios aplicados como material de enxerto para o
tratamento de defeitos oacutesseos maxilares se for aplicada a teacutecnica de forma
cautelosa e coerente
Costa et al (2009) descreveram cirurgias de enxertia oacutessea para reconstruccedilatildeo
do rebordo alveolar atroacutefico causado por traumas Em dois pacientes foram
utilizados blocos de osso homoacutegeno fresco congelado puro e em outros dois
pacientes esses blocos foram embebidos em medula oacutessea autoacuteloga aspirada do
proacuteprio paciente Os quatro pacientes que perderam seus dentes anteriores-
superiores 11122122 As cirurgias foram realizadas dentro do protocolo do
Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Cirurgia e Experimentaccedilatildeo da Universidade
Federal de Satildeo Paulo ndash Unifesp Cada paciente recebeu um bloco de enxerto oacutesseo
homoacutegeno fresco congelado proveniente de banco de tecidos oacutesseos em cada um
dos lados da regiatildeo anterior de maxila sendo que em dois dos pacientes os blocos
tiveram a sua porccedilatildeo medular embebida em medula oacutessea autoacuteloga aspirada do
proacuteprio paciente e nos outros dois pacientes os blocos foram fixados da mesma
maneira e na mesma regiatildeo poreacutem sem a utilizaccedilatildeo de medula oacutessea autoacuteloga
como preenchimento Foi observado clinicamente no segundo procedimento
ciruacutergico que os siacutetios enxertados com osso homoacutegeno associado agrave medula oacutessea
autoacuteloga obtiveram um menor niacutevel de reabsorccedilatildeo o que facilitou a instalaccedilatildeo dos
implantes osseointegraacuteveis Com as bioacutepsias oacutesseas obtidas por meio da utilizaccedilatildeo
da broca trefi na foram confeccionadas no Laboratoacuterio de Patologia da Unifesp uma
lacircmina em HE para cada regiatildeo enxertada com associaccedilatildeo agrave medula e tambeacutem
para as regiotildees de enxertia sem essa associaccedilatildeo Essas lacircminas foram
encaminhadas para o Departamento de Morfologia da Unifesp para avaliaccedilatildeo Tanto
as lacircminas histoloacutegicas do grupo onde se associou o aspirado de medula oacutessea ao
enxerto oacutesseo homoacutegeno quanto onde natildeo foi feita esta associaccedilatildeo mostraram uma
grande quantidade de tecido mineralizado vital Foi observado em ambos os grupos
uma pequena quantidade de tecido mineralizado desvitalizado Em todas as lacircminas
foi observada intensa vascularizaccedilatildeo assim como a presenccedila de tecido oacutesseo
lamelar A utilizaccedilatildeo de osso humano fresco congelado conservado em banco de
tecidos eacute uma alternativa viaacutevel para a reconstruccedilatildeo dos rebordos atroacuteficos
diminuindo a morbidade e riscos inerentes agrave abordagem da regiatildeo doadora dos
enxertos autoacutegenos A associaccedilatildeo do bloco de osso homoacutegeno agrave medula oacutessea
24
autoacuteloga parece representar uma alternativa terapecircutica para se minimizar os niacuteveis
de reabsorccedilatildeo dos materiais de enxertia
Gonccedilalves et al (2009) citaram que o melhor material para enxertia oacutessea eacute o
autoacutegeno o problema eacute o poacutes-operatoacuterio que eacute desconfortaacutevel para o paciente Na
existecircncia de desvantagens para a utilizaccedilatildeo de osso autoacutegeno o osso proveniente
de banco de tecidos surge como uma alternativa viaacutevel nas reconstruccedilotildees oacutesseas
maxilomandibulares O osso homoacutegeno pode ser utilizado em algumas situaccedilotildees
que impossibilite obter uma quantidade necessaacuteria de osso autoacutegeno requisitado
pelo receptor ou quando induz ao procedimento com grande morbidade onde exista
negativa do paciente em se submeter a um segundo siacutetio ciruacutergico Mesmo com toda
a previsibilidade de utilizaccedilatildeo de tecido oacutesseo homoacutelogo ele ainda gera
controveacutersias pela possibilidade de infecccedilotildees cruzadas com sua utilizaccedilatildeo Com o
estudo citado foi concluiacutedo que o enxerto homoacutelogo induz mais rapidamente a
remodelaccedilatildeo quando comparado com o autoacutegeno E o estaacutegio da remodelaccedilatildeo
esteve mais dependente da resposta orgacircnica individual de cada paciente
Jahn et al (2009) avaliaram o procedimento de retalho em dupla paacutegina para acesso
ao osso da regiatildeo do mento em comparaccedilatildeo a teacutecnica de retalho mucoperiosteal
Foram realizados procedimentos de obtenccedilatildeo de enxerto oacutesseo da regiatildeo do mento
para utilizaccedilatildeo na reabilitaccedilatildeo de pacientes que receberiam implantes
osseointegrados na regiatildeo anterior da maxila e que necessitavam de aumento de
espessura oacutessea localizada Foram operados 20 pacientes da cliacutenica de Periodontia
da Universidade de Santo Amaro entre 28 e 60 anos de idade Dez pacientes foram
submetidos agrave teacutecnica de retalho mucoperiosteal de espessura parcial e total
convencional e dez pacientes foram submetidos ao retalho em dupla Os pacientes
foram avaliados apoacutes 7 e 14 dias do procedimento ciruacutergico quanto aos seguintes
aspectos parestesia dor edema infecccedilatildeo hemorragia hematoma contato com as
raiacutezes dentaacuterias deiscecircncia de sutura presenccedila ou ausecircncia de trismo Todos os
procedimentos realizados permitiram acesso agrave regiatildeo do mento para obtenccedilatildeo de
enxertos oacutesseos autoacutegenos A avaliaccedilatildeo poacutes-operatoacuteria dos pacientes mostrou que
em ambos os grupos natildeo houve casos de hemorragia trismo contato acidental com
as raiacutezes dentaacuterias e infecccedilatildeo Edema foi constatado em seis casos no grupo de
retalho em dupla paacutegina e sete casos nos retalhos muco periosteais dor foi relatada
por dois e seis pacientes respectivamente Dois casos apresentaram parestesia na
regiatildeo de mento e nos dentes anteriores inferiores por ateacute duas semanas nos
25
pacientes operados pela teacutecnica do retalho mucoperiosteal enquanto nenhum caso
aconteceu em pacientes operados por retalho em dupla paacutegina Os autores
concluiacuteram que a teacutecnica de retalho em dupla paacutegina eacute um importante auxiacutelio no
acesso agrave aacuterea doadora o que pela facilidade de uso pode encorajar os cirurgiotildees a
usarem o mento como aacuterea doadora para pequenos enxertos oacutesseos intrabucais
Molon et al (2009) tiveram como objetivo relatar um caso cliacutenico de maxila
atroacutefica com necessidade de reconstruccedilatildeo alveolar atraveacutes de enxerto homoacutegeno
Apoacutes a realizaccedilatildeo da anamnese foi constatado clinicamente que o paciente
apresentava forma em lacircmina do osso e radiograficamente a panoracircmica mostrou
uma perda oacutessea em altura e uma proximidade do rebordo com a parede inferior do
seio maxilar Foi utilizado enxerto provenientes do UniOss processados e
congelados a -80degCos tecidos foram submetidos a testes soroloacutegicos Na regiatildeo
anterior foi realizado enxerto com osso humano congelado em bloco para restaurar
espessura oacutessea possibilitando a colocaccedilatildeo de implantes dentaacuterios Os blocos
foram fixados com o sistema 15mm e o osso particulado foi acomodado nos
espaccedilos mortos para evitar a formaccedilatildeo de GAPs Apoacutes seis meses da cirurgia foi
removido os parafusos e o guia ciruacutergico posicionado para a instalaccedilatildeo dos seis
implantes A osseointegraccedilatildeo dos implantes foi verificada apoacutes seis meses da
segunda cirurgia pela radiografia panoracircmica Atualmente vem sendo muito utilizado
osso autoacutegeno para reconstruccedilatildeo de maxilares contudo haacute desvantagens
relacionadas com a morbidade do sitio doador quantidade inadequada de osso
intraoral para grandes defeitos e necessidade de osso de regiatildeo extra-oral para
maiores reconstruccedilotildees limitam as expectativas do paciente Por isso os osso
estudos utilizando osso homoacutelogo para reabilitaccedilatildeo com implantes vecircm se
intensificando e apresentando bons resultados Os autores consideram o enxerto de
osso homoacutelogo uma alternativa viaacutevel para reconstruccedilatildeo de rebordos alveolares
severamente atroacuteficos ao mesmo tempo em que reduz a morbidade e os riscos
inerentes aos procedimentos de enxertos autoacutegenos
Pereira et al (2009) discutiram revisaram e compararam as teacutecnicas
envolvidas em remoccedilatildeo de blocos oacutesseos da linha obliacutequa e mento demonstrando
sua efetividade por meio de exemplos cliacutenicos O osso mandibular tem sido utilizado
na reconstruccedilatildeo alveolar para permitir a instalaccedilatildeo de implantes com resultados
extremamente favoraacuteveis Para a regiatildeo de mento a teacutecnica consiste em osteotomia
26
efetuada pelo menos 5 mm abaixo dos aacutepices dentaacuterios e o osso basal da
mandiacutebula preservado A profundidade das osteotomias limita-se agrave cortical externa
Para a regiatildeo da linha obliacutequa haacute trecircs diferentes meacutetodos para acessar a aacuterea
doadora 1 Intrasulcular Realizada no sulco gengival dos dentes naturais 2
Submarginal Indicada quando da presenccedila de coroas proteacuteticas nos molares e preacute-
molares 3 Crestal Indicada para rebordos edecircntulos ou quando os implantes
estiverem planejados para a mesma regiatildeo Uma vez feita agrave incisatildeo o retalho
mucoperiosteal eacute descolado do corpo mandibular expondo a face lateral do
ramocorpo Um bloco cortical retangular ateacute 4 mm de espessura pode ser coletado
da regiatildeo do ramo O comprimento do bloco pode se aproximar de 35 mm mas
altura natildeo deve exceder 10 mm Para o preparo do siacutetio receptor e enxertia o osso
removido eacute posicionado com a face medular do bloco em contato com a face cortical
do siacutetio receptor previamente perfurada com brocas proporcionando sangramento
O bloco deve ser adaptado intimamente ao leito e fixado com parafusos de titacircnio
Os autores concluiacuteram que ambas as teacutecnicas podem ser utilizadas com sucesso
de acordo com a quantidade oacutessea desejada localizaccedilatildeo do siacutetio doador e
experiecircncia do profissional
Piccinelli et al (2009) analisaram retrospectivamente 59 pacientes submetidos
agrave enxertia oacutessea obtida de aacutereas intrabucais com a instalaccedilatildeo de implantes
osseointegrados As aacutereas doadoras foram a regiatildeo da siacutenfise mandibular ramo
mandibular e tuberosidade da maxila Os enxertos foram imobilizados atraveacutes de
parafusos de titacircnio especiacuteficos para fixaccedilatildeo interna riacutegida com diacircmetro de 16 mm
e comprimentos de 8 10 e 12 mm com encaixe em forma de cruz De todas as
cirurgias realizadas foi constatado insucesso em 5 (742 ) pacientes todos do
sexo feminino Destes em 2 (338 ) casos ocorreram perfuraccedilatildeo de membrana do
seio maxilar sendo os dois pacientes tabagistas com idades de 40 e 41 anos Em
um paciente de 30 anos ocorreu a perda do enxerto na regiatildeo anterior de maxila
tendo por aacuterea doadora o osso retirado do ramo mandibular Em outro com 50 anos
ocorreu a perda do enxerto em regiatildeo posterior de mandiacutebula recebendo da aacuterea
retromolar E noutro com 40 anos a perda ocorreu em regiatildeo posterior da
mandiacutebula tendo aacuterea doadora a siacutenfise mandibular A maior causa de falhas de
enxerto eacute deiscecircncia de sutura e posterior necrose asseacuteptica do osso enxertado
sendo demonstrado altas taxas de complicaccedilotildees quando utilizamos a mandiacutebula
27
como aacuterea receptora Existe um iacutendice de sucesso de 904 quando os implantes
satildeo instalados apoacutes um periacuteodo de cicatrizaccedilatildeo dos enxertos O estudo concluiu que
os siacutetios intrabucais doadores de enxertos oacutesseos podem prover volumes oacutesseos
suficientes para a reconstruccedilatildeo dos rebordos alveolares da maioria dos pacientes
desdentados parciais A mandiacutebula eacute vista como siacutetio de eleiccedilatildeo para retirada de
enxertos oacutesseos pois eacute capaz de prover blocos oacutesseos de composiccedilatildeo
predominantemente corticais
Silveira e Wassall (2009) analisaram a aacuterea doadora de enxertos por meio de
tomografias volumeacutetricas tipo feixe cocircnico para avaliaccedilatildeo da remodelaccedilatildeo oacutessea
verificando o grau de morbidade quanto a este paracircmetro Foram selecionados vinte
voluntaacuterios de ambos os gecircneros sem risco de sauacutede e com risco de sauacutede
controlados da cliacutenica de Poacutes-Graduaccedilatildeo do Centro de Pesquisas Odontoloacutegica
Satildeo Leopoldo Mandic e cliacutenica particular As tomografias foram obtidas com
aparelho de aquisiccedilatildeo volumeacutetrica tipo feixe cocircnico este aparelho usa a nova
tecnologia do feixe de tomografia computadorizada cocircnico no qual obtemos todas
as estruturas maxilofaciais do indiviacuteduo em volume ou seja em terceira dimensatildeo
Foi utilizado o tempo de exposiccedilatildeo de 36 segundos e apenas 3 de radiaccedilatildeo uma
tomografia meacutedica As primeiras mediccedilotildees foram obtidas no momento da tomografia
computadorizada inicial anteriormente a cirurgia Logo apoacutes a cirurgia foi realizada
a segunda tomada e medida na qual foi mensurado o quanto foi retirado de tecido
oacutesseo para enxerto Na terceira tomada de medidas foi calculado o ganho real
oacutesseo obtido na remodelaccedilatildeo apoacutes 180 dias de remoccedilatildeo do enxerto Embora a
quantidade retirada de aacuterea varie a recomposiccedilatildeo acompanha com a mesma
variabilidade Os autores concluiacuteram que a remodelaccedilatildeo oacutessea meacutedia da regiatildeo
posterior da mandiacutebula avaliada 180 dias apoacutes a remoccedilatildeo do bloco oacutesseo (enxerto
oacutesseo) foi de 813
Sousa et al (2009) verificaram atraveacutes de uma revisatildeo sistemaacutetica se os
enxertos homoacutegenos satildeo tatildeo eficientes quanto os enxertos autoacutegenos Apoacutes a busca
nas bases foram selecionados 1215 tiacutetulos de artigos Um uacutenico artigo atendeu os
criteacuterios da pesquisa o mesmo foi lido na iacutentegra por ambos examinadores e suas
caracteriacutesticas foram distribuiacutedas em uma tabela Este artigo analisado resultou em
16 pacientes entre 38 e 65 anos (9 do sexo masculino e 7 do sexo feminino) foi
comparado dois grupos enxerto autoacutegeno do iliacuteaco (grupo 1) e enxerto autoacutegeno da
calvaacuteria (grupo 2) Foi avaliado o volume oacutesseo total (VOT) o volume oacutesseo
28
necroacutetico (VON) e o osso vital (OV) e os resultados do grupo 1 foi de VOT (466)
VON (126) e OV (34) jaacute do grupo 2 foi VOT (734) VON (55) e OV (67)
Estatisticamente o enxerto da calvaacuteria foi melhor que o enxerto do iliacuteaco Os autores
concluiacuteram que o uacutenico artigo considerado natildeo consistia numa comparaccedilatildeo entre
enxerto autoacutegeno e homoacutegeno e sim numa comparaccedilatildeo entre enxertos autoacutegenos
de siacutetios diferentes
Spin-Neto et al (2009) realizaram uma revisatildeo de literatura sobre a utilizaccedilatildeo
de osso homoacutelogo em Odontologia sobre a legislaccedilatildeo envolvida na aplicaccedilatildeo deste
material Foram analisados artigos publicados nos uacuteltimos 25 anos no Medline e
pela ANVISA leis decretos que regulamentam o funcionamento dos bancos de
ossos de tecidos musculoesqueleacuteticos brasileiros Sobre o enxerto homoacutelogo haacute
um nuacutemero enorme de processos que ocorrem eacute iniciado por uma reaccedilatildeo
inflamatoacuteria criando espaccedilos que permitam sua invasatildeo por vasos sanguiacuteneos e
chegada das ceacutelulas responsaacuteveis pelo metabolismo oacutesseo atuando na
remodelaccedilatildeo gradativa do local Remover tecidos oacutergatildeos ou partes da pessoa ou do
cadaacutever eacute crime podendo resultar em reclusatildeo (2 a 6 anos) ou em 100 a 360 dias
de multa Jaacute no caso de sepultamento cabe aos meacutedicos realizar a reconstruccedilatildeo do
corpo para evitar constrangimento e manter a dignidade diante de seus familiares
no qual natildeo realizado eacute considerado crime por tal ato Foi concluiacutedo que eacute
necessaacuterio mais estudos e resultados sobre a aplicaccedilatildeo deste biomaterial para
aliados com o conhecimento juriacutedico aumentarmos o conhecimento e informaccedilotildees
sobre o caso
Piffer et al (2010) descreveram um caso cliacutenico de reabilitaccedilatildeo oral de uma
aacuterea de maxila posterior extremamente reabsorvida atraveacutes de levantamento de
seio maxilar utilizando osso xenoacutegeno e posterior uso de implante O caso constava
de uma paciente do sexo feminino que foi submetida a levantamento de seio
maxilar utilizando osso xenoacutegeno liofilizado e concomitante colocaccedilatildeo de dois
implantes nos elementos 15 e 16 Foi relatado que devido agraves limitadas quantidades
oacutesseas para colocaccedilatildeo de implantes dentaacuterios surgiram as teacutecnicas de enxertos
oacutesseos Inicialmente era utilizado osso autoacutegeno da regiatildeo intra-bucal gerando
algumas desvantagens devido a morbidade do siacutetio doador podendo gerar dor
parestesias hematoma Como alternativa surgiu possibilidade de utilizaccedilatildeo de
biomateriais para reconstruccedilotildees maxilares no qual foi utilizado neste caso o Bio-
Oss e obteve um resultado excelente em relaccedilatildeo aacute formaccedilatildeo oacutessea formando
29
extensa regiatildeo de osso denso ao redor dos implantes Assim atraveacutes de uma
revisatildeo sistemaacutetica criacutetica de trabalhos cliacutenicos controlados randomizados
evidenciou que substitutos de ossos autoacutegenos podem ser utilizados obtendo
sucesso Concluindo assim que a colocaccedilatildeo de implantes concomitantes com
enxertias oacutesseas natildeo interferem no processo de reparo oacutesseo e nem na
estabilizaccedilatildeo dos implantes e mostrou-se um tratamento viaacutevel para o presente
caso cliacutenico
Souza et al (2010) realizaram uma revisatildeo da literatura das principais
aplicaccedilotildees e indicaccedilotildees dos enxertos de bancos de ossos na Odontologia Os
enxertos oacutesseos autoacutegenos satildeo eleitos como os de primeira escolha pela sua
eficiecircncia biosseguranccedila e facilidade de obtenccedilatildeo poreacutem apresentam algumas
desvantagens e limitaccedilotildees A utilizaccedilatildeo de homoenxertos provenientes de bancos
de ossos representa uma alternativa aos enxertos oacutesseos autoacutegenos e demonstra
ser uma ferramenta bastante uacutetil para a odontologia com a finalidade de regenerar o
tecido oacutesseo perdido dos maxilares Os autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de
homoenxertos provenientes de bancos de ossos demonstra ser uma ferramenta
bastante uacutetil para a odontologia com a finalidade de regenerar o tecido oacutesseo
perdido dos maxilares Faz-se necessaacuterio que mais bancos de coleta e preparo do
tecido oacutesseo sejam instalados nos hospitais para que esta opccedilatildeo torne-se viaacutevel e
acessiacutevel a um nuacutemero maior de serviccedilos que atuam com reconstruccedilotildees oacutesseas
Aloy-Proacutesper et al (2011) realizaram uma revisatildeo bibliograacutefica sobre
regeneraccedilatildeo oacutessea usando partiacuteculas de enxertos Foram avaliados os resultados
obtidos bem como as complicaccedilotildees de teacutecnicas cirurgircas e as taxas de
sobrevivecircncia e sucesso de implantes colocados nestas aacutereas regeneradas Foram
identificados 64 artigos dos quais 53 foram excluiacutedos em 14 casos de partiacuteculas de
enxerto foi combinado com o bloco de enxerto em quatro casos natildeo ocorreu
defeitos periimplantares durante a colocaccedilatildeo do implante Quanto agrave taxa de sucesso
dos implantes nem todos os estudos bem definidos utilizaram os criteacuterios de
sucesso tornando difiacutecil a comparaccedilatildeo Com base nos criteacuterios de sucesso de
Albrektsson houve uma taxa de sucesso de 932 dois anos apoacutes o carregamento
(857 na maxila superior e 100 na mandiacutebula) Quando os criteacuterios eram do
cortador e Ederer houve uma taxa de sucesso de 857 trecircs anos apoacutes o
carregamento A conclusatildeo dos autores foi de que enxertos de partiacuteculas satildeo
30
eficazes na correccedilatildeo localizada de defeitos do processo alveolar com poucas
complicaccedilotildees e a taxa de sucesso satildeo sempre elevadas variando de 875 a 100
Oliveira Diebold e Silva (2011) analisaram as estruturas da regiatildeo maxilar de
interesse na implantodontia por meio de imagens de tomografia computadorizada
buscando uma avaliaccedilatildeo qualitativa e quantitativa da densidade oacutessea Foram
utilizadas imagens de tomograacutefia computadorizada por raios X obtidas da regiatildeo
maxilar de 31 pacientes avaliados para a colocaccedilatildeo de implantes As regiotildees de
interesse analisadas (seio maxilar fossa nasal tuberosidade maxilar e foramem
naso-alveolar) foram delimitadas de modo semi-automaacutetico com o auxiacutelio da
ferramenta ldquoCell Outlinerrdquo pelo software ImageJ Essas regiotildees foram analisadas nos
cortes axiais cortes sagitais e coronais obtidos pelo TC e com o software A partir
da delimitaccedilatildeo das regiotildees de interesse (ROI) foram determinados os valores
meacutedios e desvio padratildeo do nuacutemero CT em HU (Hounsfield) O nuacutemero CT de uma
imagem tomograacutefica representa o valor de cada pixel que compotildee a imagem esta
relacionada com o coeficiente de atenuaccedilatildeo linear dos tecidos contidos em um voxel
correspondente Estes valores constituem-se em uma informaccedilatildeo importante tanto
para a avaliaccedilatildeo quantitativa das densidades oacutesseas como para a produccedilatildeo de uma
metodologia de realce das estruturas de interesse em implantodontia Com anaacutelise
dos dados obtidos para cada paciente nas estruturas analisadas foi observado que
as regiotildees do seio maxilar e a fossa nasal satildeo semelhantes mas estatisticamente
diferentes Estas satildeo regiotildees pneumaacuteticas que em consequumlecircncia da presenccedila do
ar possuem medidas de nuacutemero CT semelhantes a fossa nasal apresenta uma
estrutura mais irregular e obteve-se uma diferenccedila estatisticamente significativa
entre estas duas regiotildees estudadas O foramem naso-alveolar e a tuberosidade satildeo
regiotildees distintas porque a tuberosidade eacute um osso trabecular de densidades
heterogecircneas que possui a meacutedia do nuacutemero CT maior que a meacutedia do foramen
naso-alveolar que se trata de uma estrutura tubular de densidade homogecircnea para
passagem do feixe vasculo-nervoso Com a comparaccedilatildeo das estruturas analisadas
pelo meacutetodo ANOVA entre pacientes masculinos e femininos evidenciou-se que natildeo
existe diferenccedila estatisticamente significativa entre sexos As conclusotildees obtidas
neste trabalho mostraram que o nuacutemero CT eacute uma medida eficiente para
caracterizar estruturas do corpo humano Os dados obtidos com a anaacutelise das
meacutedias do nuacutemero CT de cada regiatildeo estudada nos permite caracterizar
separadamente cada regiatildeo
31
3 MATERIAS E MEacuteTODOS
O presente trabalho aborda a descriccedilatildeo de quatro casos cliacutenicos que foram
selecionados dos prontuaacuterios de pacientes enxertados submetidos agrave tomografia
computadorizada Cone Beam no periacuteodo preacute-enxerto e apoacutes o procedimento
ciruacutergico das cliacutenicas radiograacuteficas ldquoCliacutenica Odonto Imagem Radiologiardquo situada em
Balneaacuterio Camboriuacute (SC) e ldquoCliacutenica Radioimagemrdquo situada em Itajaiacute (SC)
Foram incluiacutedos no estudo os laudos radiograacuteficos de pacientes que atendem
as seguintes caracteriacutesticas pacientes de ambos os sexos com bom estado de
sauacutede geral idade de quarenta a setenta anos que foram submetidos a enxerto
oacutesseo em regiatildeo de maxila
Primeiramente foi realizada uma coleta de dados junto aos laudos
radiograacuteficos emitidos pelas cliacutenicas citadas Foram selecionados os casos e
posteriormente foi acessado agraves imagens tomograacuteficas dos pacientes
Os exames tomograacuteficos computadorizado de aquisiccedilatildeo volumeacutetrica (cone
beam) foram realizados atraveacutes de cortes parasagitais de espessura de 2mm e
distacircncia de 1 mm entre os cortes
Na segunda etapa foi efetuada a anaacutelise das tomografias observando as
imagens preacute e poacutes-ciruacutergicas simultaneamente nesse momento delimitou-se a aacuterea
do leito receptor e do material enxertado Utilizando o programa Planmeca Romexis
Viewer acessou-se as imagens fornecidas digitalmente analisando primeiramente
as imagens do leito receptor por meio de trecircs traccedilados (em planos perpendiculares)
realizados com o auxiacutelio da ferramenta denominada Linha Hounsfield que nos
fornece a densidade oacutessea do local traccedilado e uma meacutedia do mesmo Foi realizada
uma meacutedia aritmeacutetica simples dos trecircs traccedilados resultando uma meacutedia de
densidade oacutessea que foi enquadrada na escala O mesmo procedimento foi
realizado na aacuterea do material enxertado
Com a posse destes valores meacutedios comparou-se a densidade oacutesseo do leito
receptor com a densidade oacutessea do material enxertado
32
Os dados seratildeo divulgados atraveacutes de painel exposto no bloco de Odontologia
e apresentaccedilatildeo oral Uma coacutepia da pesquisa concluiacuteda seraacute enviada agraves Cliacutenicas
envolvidas na pesquisa
O projeto de pesquisa foi aprovado pela Comissatildeo de Eacutetica em Pesquisa
sobre o nuacutemero 44610
33
4 RESULTADOS
De acordo com a tabela a seguir podemos expressar de forma resumida os
resultados obtidos atraveacutes da pesquisa comparando os mesmos com a escala de
Misch
Paciente (P1) MS sexo feminino com idade de 49 anos apresentando bom
estado de sauacutede geral No dia 28 de outubro de 2009 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes (Figura 1)
34
Figura 1 Vista panoracircmica preacute-enxertia
A densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield
obteve os seguintes resultados Axial (Z) = 7650 Coronal (Y) = 5196 Sagital (X)
= 7818
No dia 29 de janeiro de 2010 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
homoacutegeno O material proveniente do Banco de Tecidos Muacutesculo Esqueleacuteticos HC-
UFPR consistia de um bloco cortical de Fecircmur medindo 30x20mm lote C0917 FD
BC 26 processado no dia 15 de julho de 2009 com validade de 5 anos conservado
a temperatura abaixo de -40ordmC O osso foi particulado e acrescido de lincomicina
No dia 19102010 foram realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da
densitometria oacutessea do material enxertado e obtiveram os seguintes resultados
Axial (Z) = 6590 Coronal (Y) = 4986 Sagital (X) = 2948 (Figura 2)
35
Figura 2 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
Paciente (P2) AWU sexo feminino com idade de 67 anos apresentando
bom estado de sauacutede geral no dia 29 de agosto de 2009 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes A
densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield obteve os
seguintes resultados Axial (Z) = 7104 Coronal (Y) = 7002 Sagital (X) = 10412
(Figura 3)
Figura 3 Vista panoracircmica preacute-enxertia
No dia 06 de novembro de 2009 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
36
homoacutegeno O material proveniente do Banco de Tecidos Muacutesculo Esqueleacuteticos HC-
UFPR consistia de um bloco cortical de Fecircmur medindo 30x20mm lote C0917 FD
BC 39 processado no dia 15 de julho de 2009 com validade de 5 anos conservado
a temperatura abaixo de -40ordmC O osso foi particulado e acrescido de lincomicina
Passado o periacuteodo de 10 meses apoacutes o procedimento ciruacutergico foram
realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da densitometria oacutessea do material
enxertado e obtiveram os seguintes resultados Axial (Z) = 6972 Coronal (Y) =
8138 Sagital (X) = 4984 (Figura 4)
Figura 4 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
Paciente (P3) IS sexo feminino com idade de 42 anos apresentando bom
estado de sauacutede geral no dia 13 de Novembro de 2007 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes A
densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield obteve os
seguintes resultados Axial (Z) = 4917 Coronal (Y) = 3481 Sagital (X) = 4207
(Figura 5)
37
Figura 5 Vista panoracircmica preacute-enxertia
No dia 26 de Novembro de 2007 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
autoacutegeno tendo como aacuterea doadora a regiatildeo de ramo mandibular
Passado o periacuteodo de 09 (nove) meses apoacutes o procedimento ciruacutergico foram
realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da densitometria oacutessea do material
enxertado e obtiveram os seguintes resultados Axial (Z) = 7176 Coronal (Y) =
5443 Sagital (X) = 5638 (Figura 6)
Figura 6 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
38
Paciente (P4) ATL sexo feminino com idade de 45 anos apresentando
bom estado de sauacutede geral no dia 18 de Agosto de 2009 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes A
densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield obteve os
seguintes resultados Axial (Z) = 6028 Coronal (Y) = 6681 Sagital (X) = 6397
(Figura 7)
Figura 7 Vista panoracircmica preacute-enxertia
No dia 09 de Outubro de 2009 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
autoacutegeno tendo como aacuterea doadora a regiatildeo de ramo mandibular
Passado o periacuteodo de 4 (quatro) meses apoacutes o procedimento ciruacutergico foram
realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da densitometria oacutessea do material
enxertado e obtiveram os seguintes resultados Axial (Z) = 8549 Coronal (Y) =
9340 Sagital (X) = 8624 (Figura 8)
39
Figura 8 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
40
5 DISCUSSAtildeO
Em Odontologia a tomografia computadorizada tem demonstrado ser o
meacutetodo de eleiccedilatildeo para a determinaccedilatildeo da densidade oacutessea na regiatildeo dos
maxilares pois fornece dados objetivos precisos da variaccedilatildeo da densidade oacutessea
entre diferentes regiotildees em um mesmo indiviacuteduo A tomografia computadorizada eacute o
uacutenico meacutetodo que permite avaliar osso cortical e medular separadamente com a
vantagem de que as informaccedilotildees tridimensionais satildeo apresentadas em uma seacuterie de
cortes finos da estrutura interna da parte estudada onde as informaccedilotildees resultantes
natildeo sofrem superposiccedilatildeo por estruturas anatocircmicas (SANTIAGO e VITRAL 2006)
Logo a tomografia computadorizada eacute um meacutetodo de escolha na avaliaccedilatildeo
qualitativa e quantitativa de enxertos em seio maxilar (ZEacuteTOLA et al 2002)
Bassi et al (2009) citaram que para o sucesso da reabilitaccedilatildeo com implantes
dentaacuterios eacute imprescindiacutevel que seja levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
rebordo residual e tambeacutem a qualidade de osso para a estabilidade do implante
Aleacutem disso o osso disponiacutevel (volume) deve ser avaliado em sua densidade
o que determinaraacute sua resistecircncia Densidade eacute a relaccedilatildeo entre a massa e o volume
de um corpo e o meacutetodo de avaliaccedilatildeo da densidade mineral oacutessea eacute denominado
densitometria As unidades de medidas mais empregadas satildeo gcmsup2 (densidade por
aacuterea) gcmsup3 (densidade por volume) ou HU (unidade Hounsfield) (CAUacuteLA
MACHADO BARBOSA 2000)
A densidade oacutessea eacute diretamente relacionada agrave resistecircncia do tecido oacutesseo
antes da fratura Uma diferenccedila de dez vezes na resistecircncia do tecido oacutesseo pode
ser observada entre o osso D1 e D4 O osso D2 exibe uma resistecircncia agrave
compressatildeo 47 a 68 maior se comparado com o D3 (MISCH 2000)
O osso com densidade 2 (D2) eacute uma combinaccedilatildeo de osso compacto denso
para poroso na porccedilatildeo externa e osso trabecular grosso na porccedilatildeo interna Na
superfiacutecie e nas proporccedilotildees laterais do implante oferece uma interface inicial riacutegida
A densidade oacutessea D2 eacute mais comumente encontrada na mandiacutebula A regiatildeo
anterior da mandiacutebula apresenta este tipo oacutesseo em 23 dos casos O osso com
densidade 3 (D3) eacute composto de uma cortical oacutessea fina na crista e osso trabecular
fino no interior Uma das desvantagens desse tipo oacutesseo eacute a delicadeza com a qual
esse osso deve ser manipulado Quanto menor for a densidade mais facilmente o
41
osso eacute expandido para que implantes sejam inseridos A regiatildeo anterior da maxila
apresenta em 65 dos casos o osso D3 e em quase metade dos casos o osso
D3 eacute encontrado tambeacutem na regiatildeo posterior da maxila O osso menos denso D4
tem sido relatado em aproximadamente 40 dos casos eacute encontrado na parte
posterior da maxila especialmente na regiatildeo dos molares ou apoacutes levantamento do
seio maxilar (CAUacuteLA MACHADO BARBOSA 2000 BUSCATTI 2003)
Em 1988 Misch realizou uma pesquisa tendo como base de estudos a escala
apresentada por Hounsfield que tem como objetivo a diferenciaccedilatildeo de densidades
de oacutergatildeos do corpo pela diferenccedila de tons de cinza atraveacutes da tomografia A partir
desta Misch propocircs uma nova escala o qual associou nuacutemeros aos tipos oacutesseos
relacionando numericamente os valores aos tipos oacutesseos
No periacuteodo preacute-enxertia foi verificado que em todos os casos estudados a
densidade presente na regiatildeo de leito receptor caracteriza osso tipo D3 Sendo esta
densidade compatiacutevel com a regiatildeo anterior e posterior da maxila
Apoacutes 10 meses dos enxertos homoacutegenos serem realizados (P1 e P2)
observou-se que a densidade em unidades HU diminuiu na maioria dos eixos
avaliados somente no eixo coronal da P2 que apresentou um leve aumento Apesar
desta variaccedilatildeo de valores natildeo houve mudanccedila da qualidade oacutessea Tanto o osso
neoformado quanto o do leito receptor mantiveram-se qualidade de osso D3
Nos casos onde o material de escolha foi osso autoacutegeno observou-se atraveacutes
da densidade em unidades HU aumento dos valores em todos os eixos avaliados
Entre os dois casos (P3 e P4) houve uma pequena diferenccedila entre os valores que
atraveacutes da escala proposta por Misch resultou na diferenccedila que no caso P3 o
material enxertado natildeo apresentou alteraccedilatildeo na qualidade em relaccedilatildeo agrave aacuterea
receptora Jaacute no caso P4 o material enxertado caracteriza-se como qualidade oacutessea
D2 Suponha-se que esta diferenccedila entre a densidade do material enxertado nestes
dois casos seja devido ao grau de condensaccedilatildeo do material na regiatildeo tamanho das
partiacuteculas e quantidade de material enxertado Os dados obtidos natildeo correspondem
a uma populaccedilatildeo em geral devido a pequena quantidade de amostras e se tratando
de um relato de caso cliacutenico
Pinto et al (2007) comenta que os enxertos autoacutegenos satildeo os uacutenicos entre os
tipos de enxerto oacutesseo a fornecer ceacutelulas oacutesseas vivas imunocompatiacuteveis
essenciais agrave fase I da osteogecircnese que eacute responsaacutevel pela proliferaccedilatildeo das ceacutelulas
oacutesseas em especial do osteoacuteide assim quanto mais ceacutelulas vivas forem
42
transplantadas mais tecido oacutesseo seraacute formado Kuabara et al (2000) concluiacuteram
que a pequena morbidade poacutes-operatoria da regiatildeo doadora do enxerto elege a
regiatildeo retromolar inferior como uma excelente opccedilatildeo ciruacutergica para reabilitaccedilatildeo de
pequenos defeitos oacutesseos Jaacute Cyriaco e Azevedo (2006) relatam que quando se
trata de enxertos menores as melhores aacutereas doadoras para regiatildeo oral seriam o
mento e a regiatildeo retromolar e para maiores quantidades a crista iliacuteaca a calota
craniana a costela e a tiacutebia
Pereira et al (2009) enxerto com osso autoacutegeno eacute considerado padratildeo ouro
para reconstruccedilatildeo de defeitos oacutesseos residuais Algumas teacutecnicas ciruacutergicas podem
ser realizadas abrangendo aacutereas doadoras extra e intrabucais dependendo do grau
de perda oacutessea planejamento ciruacutergico-proteacutetico e das condiccedilotildees gerais do
paciente O osso autoacutegeno cortical oferece excelente suporte estrutural para o siacutetio
receptor sendo uma excelente alternativa para segmentos de defeitos maiores que
5 ou 6 cm que requerem suporte estrutural imediato restabelecendo devidamente a
funccedilatildeo
Gonccedilalves (2008) concluiu que implantes instalados em enxertos de seio maxilar
com a ajuda de substitutos oacutesseos apresentam uma taxa de sucesso cliacutenico de
9009
O osso mais indicado para enxertia eacute o autoacutegeno pela sua eficiecircncia
bioseguranccedila e facilidade de obtenccedilatildeo e uma alternativa para sua substituiccedilatildeo eacute o
homoacutegeno por ter caracteriacutesticas a longo prazo semelhantes embora o iacutendice de
reabsorccedilatildeo ser maior (DEL VALE et al 2006 SOUZA et al 2010 GONCcedilALVEZ et
al 2009) O enxerto de osso homoacutelogo eacute uma alternativa viaacutevel para reconstruccedilatildeo
de rebordos alveolares severamente atroacuteficos ao mesmo tempo em que reduz a
morbidade e os riscos inerentes aos procedimentos de enxertos autoacutegenos como
dor parestesia e hematomas (MOLON et al 2009 PIFFER et al2010) Ele mostra-
se efetivo conforme Contar et al (2009) que realizou 51 implantes sobre enxerto
homoacutegeno alcanccedilando o torque miacutenimo de 40N(newton) em todos eles natildeo
havendo problema em nenhum implante em um periacuteodo de acompanhamento de 24
a 35 meses
Ajzen et al (2005) comenta do uso de fatores indutores como plasma rico em
plaquetas sugerindo uma melhor qualidade e quantidade oacutessea necessaacuteria para
reconstruccedilatildeo proteacutetica atraveacutes de implantes oacutesseo integrados A associaccedilatildeo do
bloco de osso homoacutegeno agrave medula oacutessea autoacuteloga parece representar uma
43
alternativa terapecircutica para se minimizar os niacuteveis de reabsorccedilatildeo dos materiais de
enxertia (COSTA et al 2009)
Faz-se necessaacuterio a coleta de mais casos para se obter um tratamento
estatiacutestico que possibilite uma comprovaccedilatildeo da previsibilidade da densidade oacutessea
com os materiais enxertados e variaccedilotildees de teacutecnicas ciruacutergicas
44
6 CONCLUSAtildeO
Conclui-se que o enxerto oacutesseo autoacutegeno e procedente de banco de ossos
demonstra-se eficaz na reabilitaccedilatildeo de pacientes que apresentam maxilas atroacuteficas
e que necessitam de implantes dentaacuterios para a reabilitaccedilatildeo proteacutetica
A densidade obtida do material enxertado eacute semelhante a densidade do
tecido oacutesseo adjacente necessitando de mais casos para esta comprovaccedilatildeo
45
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AJZEN S A et al Anaacutelise por tomografia computadorizada do enxerto autoacutegeno na cirurgia de sinus lift Radiol bras Rio de Janeiro v 38 n 1 p 25-31 janfev 2005 ALOY-PROacuteSPER A et al Bone regeneration using particulate grafts an update Med oral patol oral cir bucal Valencia v16 n2 p210-214 Mar 2011 ARAUacuteJO JMS de et al Enxerto oacutesseo bovino como alternativa para cirurgias de levantamento de assoalho de seio maxilar Rev cir traumatol buco-maxilo-fac Recife v9 n 3 p 89-96 julset 2009
BASSI A P F CARNEIRO G P Avaliaccedilatildeo do iacutendice de sucesso dos enxertos autoacutegenos e dos implantes instalados em regiatildeo do seio maxilar Implant News Satildeo Paulo v7 n2 p257-260 dez 2009
BLAY A TUNCHEL S SENDYK W R Viabilidade dos enxertos autoacutegenos obtidos com a utilizaccedilatildeo de coletores para osso estudo histoloacutegico e microbioloacutegico Pesqui Odontol Bras Satildeo Paulo v 17 n 3 p 234-40 julset 2003 BUSCATTI M Y Contribuiccedilatildeo para o estudo das densidades oacutesseas maxilomandibulares por meio da escala tomodensitomeacutetrica de Hounsfield quando da aplicaccedilatildeo de programa computadorizado para planejamento de implantes osseointegrados 2003 122f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Radiologia) - Faculdade de Odontologia da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2003 CAUacuteLA A L MACHADO F O de BARBOZA E P Densidade Oacutessea no planejamento em Implantodontia BCI Curitiba v 7 n 25 2000
CHEM RC et al Uso de retalho livre de fiacutebula no complexo bucomaxila-facial ndash Relato de dois casos Rev Cir Traumatol Buco-maxilo-fac Camaragibe v5 n4 p 23-30 outdez 2005 CONTAR C M M et al Maxillary ridge augmentation with fresh-frozen bone allografts J Oral Maxillofac Surg Copenhagen v67 n6 p1280-1285 June 2009 COSMO L A M et al Enxerto oacutesseo em levantamento de seio maxilar com osso humano fresco congelado ImplantNews Satildeo Paulo v 4 n 3 p 249-253 2007 COSTA C E S da et al Utilizaccedilatildeo de medula oacutessea autoacuteloga na integraccedilatildeo de enxertos oacutesseos homoacutelogos ImplantNews Satildeo Paulo v 6 n 4 p 395-402 2009
CYRIACO E AZEVEDO D Enxertos oacutesseos aplicados na cirurgia buccedilo-maxilo facial Cispre [on line] Petroacutepolis 27 jul 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcisprecombracervo_detalhesaspId=60gt Acesso em 20 abr 2011
DEL VALLE R A CARVALHO M L de GONZALEZ M R Estudo do comportamento de enxerto oacutesseo com material doador obtido dos bancos de tecidos muacutesculos-esqueleacuteticos Rev odontol Univ Cid Satildeo Paulo Satildeo Paulo v 18 n 2 p 189-194 maioago 2006
46
GARCIA JUacuteNIOR I R et al Avaliaccedilatildeo cliacutenica de enxertos oacutesseos autoacutegenos de crista iliacuteaca em maxilas atroacuteficas para instalaccedilatildeo de implantes oacutesseointegraacuteveis Innov implant j biomater esthet (Impr) Satildeo Paulo v 1 n 1 p 34-40 maio 2006 GONCcedilALVES A R de Q Avaliaccedilatildeo do sucesso de implantes osseointegraacuteveis em enxerto de seio maxilar RGO (Porto Alegre) Porto Alegre v 56 n 4 p 423-427 outdez 2008 GONCcedilALVES A O et al Avaliaccedilatildeo histomorfoloacutegica de maxilares humanos submetidos a enxerto oacutesseo autoacutegeno e homoacutegeno Implant News Satildeo Paulo v7 n2 p213-222 nov 2009
JAHN R S et al Retalho em dupla paacutegina Innov implant j biomater esthet Satildeo Paulo v 4 n 3 p 20-24 setdez 2009
KUABARA M R et al Levantamento de seio maxilar utilizando enxerto autoacutegeno da regiatildeo retromolar e simultacircnea colocaccedilatildeo de implantes ossointegrados Relato de caso cliacutenico ROBRAC Goiacircnia v 9 n 28 p 14-17 2000
MAZZONETTO R et al Avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de enxertos de siacutenfise mandibular na reconstruccedilatildeo de defeitos oacutesseos em regiatildeo anterior de maxila estudo por meio de tomografia convencional linear Rev bras implant Satildeo Paulo v 6 n 1 p 19-22 janmar 2000
MISCH C E et al Doaccedilatildeo de enxertos oacutesseos autoacutegenos extra orais para implantes endo oacutesseo In Implantes Dentaacuterios Contemporacircneos 2ordm ed Satildeo Paulo Santos 2000 cap 33 p 521-535 MOLON R S de et al Reconstruccedilatildeo de maxila atroacutefica utilizando enxerto oacutesseo homoacutegeno Rev Cir Traumatol Buco-Maxilo-fac Camaragibe v 9 n 4 p 25-30 outdez 2009 OLIVEIRA FILHO M A de et alReconstruccedilatildeo de defeito de continuidade em mandiacutebula com posterior reconstruccedilatildeo alveolar RGO (Porto Alegre) Porto Alegre v 55 n 3 p 305-310 julset 2007 OLIVEIRA H W de DIEBOLD E SILVA A M M da Avaliaccedilatildeo da regiatildeo maxilar em imagens de tc por raios x para o uso em implantodontia e cirurgia bucomaxilofaciaL Disponiacutevel em lthttpwwwpucrsbrunipoafisicapesquisasnimedartigosArtigo20Canal20CientEDficopdfgt Acesso em 20 de Junho de 2011 PEREIRA C C S et al Enxertos oacutesseos autoacutegenos mandibulares para reconstruccedilatildeo de processos alveolares atroacutefi cos revisatildeo e teacutecnica ciruacutergica Innov Implant J Biomater Esthet Satildeo Paulo v 4 n 3 p 96-102 setdez 2009 PICCINELLI L B et al Estudo retrospectivo de 59 pacientes tratados com enxertos oacutesseos autoacutegenos intrabucais e implantes dentais Innov Implant J Biomater Esthet Satildeo Paulo v 4 n 3 p 30-34 setdez 2009 PIFFER C S et al Levantamento de seio maxilar utilizando Bio-Oss concomitante com a instalaccedilatildeo de implantes ImplantNews Satildeo Paulo v 7 n 4 p 489-495 2010
47
PINTO J G S et al Enxerto autoacutegeno x biomateriais no tratamento de fraturas e deformidades faciais ndash uma revisatildeo de conceitos atuais RFO UPF Passo Fundo v 12 n 3 p 79-84 setdez 2007 RIBEIRO JUacuteNIOR O et al Princiacutepios da reconstruccedilatildeo mandibular com enxerto oacutesseo vascularizado Rev cir traumatol buco-maxilo-fac Recife v 8 n 1 p 15 ndash 22 janmar 2008 RODRIGUES A F VITRAL R W F Aplicaccedilotildees da Tomografia Computadorizada na Odontologia Pesq Bras Odontoped Clin Integr Joatildeo Pessoa v 7 n 3 p 317-324 setdez 2007 SANTIAGO R C VITRAL R W F Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da densidade mineral oacutessea e seu emprego na odontologia Pesq Bras Odontoped Clin Integr Joatildeo Pessoa v6 n3 p 289-294 setdez 2006 SILVEIRA A C G WASSALL T Anaacutelise da aacuterea doadora de enxerto mandibular por meio de tomografia computadorizada do feixe cocircnico para avaliaccedilatildeo da remodelaccedilatildeo oacutessea RGO (Porto Alegre) Porto Alegre v 57 n 1 p 61-65 janmar 2009 SOUSA J N L de et al Avaliaccedilatildeo dos enxertos homoacutegenos como substitutos aos enxertos autoacutegenos na fixaccedilatildeo de implantes osteointegrados uma revisatildeo sistemaacutetica da literatura Innov Implant J Satildeo Paulo v 4 n 3 p 54-57 setdez 2009 SOUZA D O et al Aplicaccedilotildees de enxertos de bancos de ossos em odontologia R Ci meacuted biol Salvador v 9 n 1 p 45-48 2010 SPIN-NETO R et al Tecido oacutesseo homoacutelogo para utilizaccedilatildeo em Odontologia Implant News Satildeo Paulo v7 n4 p555-560 dez 2009 TANAKA R et al Incorporaccedilatildeo dos enxertos oacutesseos em bloco processos bioloacutegicos e consideraccedilotildees relevantes Conscientia e sauacutede Satildeo Paulo v 7 n 3 p 323-327 2008 ZEacuteTOLA A L et al Reconstruccedilatildeo do seio maxilar atroacutefico com enxerto autoacutelogo de crista iliacuteaca avaliaccedilatildeo por tomografia computadorizada e radiografia panoracircmica Rev col bras cir Rio de Janeiro v 29 n 1 p 13-18 janfev 2002
10
Zeacutetola et al (2002) investigaram a neoformaccedilatildeo oacutessea de enxerto autoacutelogo
medular natildeo vascularizado de crista iliacuteaca para seio maxilar atroacutefico por meio de
uma avaliaccedilatildeo comparativa da precisatildeo entre a Tomografia Computadorizada (TC) e
a radiografia panoracircmica Foram selecionados 14 pacientes submetidos a 25
enxertos de crista iliacuteaca natildeo vascularizados sendo eles 9 do sexo feminino e 5 do
sexo masculino tendo como meacutedia de idade de 443 anos O criteacuterio de inclusatildeo foi
a altura residual menor que 5mm entre o rebordo gengival e o soalho antral
(medidos comparativamente pela tomografia computadorizada e radiografia
panoracircmica) e todos pacientes eram edentados uni ou bilateralmente A parede
lateral do seio maxilar foi exposta totalmente para a confecccedilatildeo de uma janela oval
com tamanho aproximado de 15 a 25mm feita com broca esfeacuterica diamantada
nuacutemero seis sendo preservada a integridade da mucosa antral que foi totalmente
rebatida sendo exposta a cuba e parede medial do antro maxilar O fragmento
oacutesseo da crista iliacuteaca autoacutegena foi colocado perpendicularmente agrave parede lateral da
maxila isolando o compartimento superior do seio Jaacute no inferior foi empregado osso
medular autoacutegeno fragmentado isolado ou misturado com hidroxiapatita (HA) que foi
recoberto pelo retalho mucoperiostal suturado com fio reabsorviacutevel de poligalactina
40 em sutura simples Para a avaliaccedilatildeo quantitativa e qualitativa poacutes-operatoacuteria
foram empregadas a radiografia panoracircmica e a tomografia computadorizada Foi
utilizado o teste de meacutedias atraveacutes da distribuiccedilatildeo t de Student para anaacutelise das
varianccedilas com a prevalecircncia de 005 para os dois grupos de imagens Na avaliaccedilatildeo
qualitativa houve consenso dos observadores nos dois grupos de exames (RX
panoracircmico e TC) e para a imagem panoracircmica (RP) o conceito foi regular e para a
tomografia boa Com relaccedilatildeo agrave anaacutelise quantitativa houve consenso na tomografia
11
computadorizada e para a radiografia panoracircmica a diferenccedila foi miacutenima entre os
observadores sem significado O ganho meacutedio foi de 148mm em todos os
procedimentos com erro maior que 3mm em 16 procedimentos (64) Os autores
concluiacuteram que a tomografia computadorizada foi o meacutetodo de escolha na avaliaccedilatildeo
qualitativa e quantitativa da incorporaccedilatildeo de enxerto autoacutelogo natildeo vascularizado em
seio maxilar atroacutefico
Blay Tunchel e Sendyk (2003) avaliaram a viabilidade microbioloacutegica e
histoloacutegica de tecido oacutesseo que ateacute a data tem sido ignorado em oacutesseos integrados
em cirurgias de implante Foram selecionados trinta pacientes sendo 13 homens e
17 mulheres com meacutedia de idade de 54 anos estando em bom estado de sauacutede
geral Os criteacuterios de seleccedilatildeo foram pacientes com perda de um ou mais elementos
dentaacuterios e com atrofia alveolar moderada Foi adotada uma teacutecnica baseada no uso
de coletores de osso para a obtenccedilatildeo de material oacutesseo autoacutegeno sem ter que
envolver um segundo (intra-oral ou extra-oral) aacuterea ciruacutergica para a obtenccedilatildeo de
osso autoacutegeno As amostras foram obtidas durante o processo de perfuraccedilatildeo do
osso alveolar utilizando dois tipos de coletores de ossos especiais As mesmas
foram utilizadas para o preenchimento de falha oacutessea Uma pequena amostra do
material coletado foi enviado para anaacutelise microbioloacutegica e histoloacutegica Os retalhos
foram fechados com Donath thread tipo de cirurgia e suturas simples individual
Apoacutes o periacuteodo de 6 a 8 meses foi realizada a reabertura na aacuterea da instalaccedilatildeo dos
implantes e realizado bioacutepsias na aacuterea de deiscecircncia para fornecer pequenos
fragmentos de ossos para anaacutelise histoloacutegica Para analise microbiana as amostras
foram transportadas em meio de tioglicolato e incubados por 24 horas a uma
temperatura de 36 plusmn 1 ordm C em condiccedilotildees aeroacutebias e anaeroacutebias a fim de avaliar a
presenccedila de contaminaccedilatildeo bacteriana As bacteacuterias encontradas nas amostras natildeo
apresentaram patogenicidade ou virulecircncia suficiente para prejudicar o enxerto ou
implante de forma alguma A avaliaccedilatildeo histoloacutegica das amostras mostrou que
mesmo em um estado de partiacuteculas a estrutura oacutessea foi bem preservada contendo
um grande nuacutemero de osteoacutecitos no interior da matriz calcificada sugerindo que a
viabilidade do tecido oacutesseo era mantida No periacuteodo de segunda fase mostraram
uma estrutura oacutessea histoloacutegica semelhante agrave do osso secundaacuterio Os autores
concluiacuteram que clinicamente assim como histologicamente o meacutetodo de coleta foi
capaz de preservar as ceacutelulas com capacidade de induccedilatildeo oacutessea
12
Buscatti (2003) avaliou as densidades oacutesseas das porccedilotildees medulares e
corticais maxilomandibulares por meio da escala tomodensitomeacutetrica de Hounsfield
utilizada nos exames de tomografia computadorizada A amostra foi composta por
12 pacientes de ambos os sexos Em cada aacuterea foi realizada a mensuraccedilatildeo da
densidade oacutessea por meio de uma ferramenta especiacutefica onde se avaliou a
qualidade oacutessea das corticais vestibular lingual ou palatina da base da mandiacutebula
ou assoalho do seio maxilarfossa nasal e da regiatildeo central do trabeculado oacutesseo
Para cada aacuterea foi mensurado o valor meacutedio de densidade e seu desvio padratildeo
Para a anaacutelise estatiacutestica dividiram-se os dados em dois grupos o primeiro com as
aacutereas correspondentes agrave regiatildeo anterior dos arcos e o segundo para a regiatildeo
posterior Para cada arco foi obtido 6 valores de densidade oacutessea para a porccedilatildeo
medular e cada cortical oacutessea da a regiatildeo anterior e 10 valores para a regiatildeo
posterior Uma anaacutelise inicial dos valores tomodensitomeacutetricos de Hounsfield (escala
Hounsfield) obtidos nesse presente estudo mostra de maneira geral que a
densidade oacutessea quando analisada sem distinccedilatildeo de gecircnero arco ou regiatildeo
apresenta-se na meacutedia maior na cortical oacutessea do que na porccedilatildeo medular situaccedilatildeo
constante em todas as anaacutelises realizadas durante esse estudo e cujo valor era
esperado devido ao maior grau de mineralizaccedilatildeo da cortical em relaccedilatildeo agrave medular
oacutessea O autor concluiu que quando da anaacutelise das densidades oacutesseas nos gecircneros
masculino e feminino natildeo houve diferenccedila estatisticamente significante para seus
valores tanto nas corticais quanto na porccedilatildeo medular A anaacutelise das densidades
oacutesseas em funccedilatildeo das regiotildees anatocircmicas (anterior e posterior) demonstrou
diferenccedila estatisticamente significante entre elas para os valores da porccedilatildeo medular
Em relaccedilatildeo aos arcos (superior e inferior) houve diferenccedila estatisticamente
significante entre eles para os valores das corticais vestibular lingual ou palatina e
base da mandiacutebula ou assoalho do seio maxilarfossa nasal
Ajzen et al (2005) quantificaram por meio da TC a formaccedilatildeo oacutessea nos
enxertos realizados apenas com osso autoacutegeno e nos enxertos com osso autoacutegeno
e plasma rico em plaquetas (PRP) obtido pelos meacutetodos de centrifugaccedilatildeo e afeacuterese
comparando seis meses depois os trecircs tipos de enxertos realizados Este estudo
utilizou como amostra 34 pacientes adultos de ambos os sexos (sete do sexo
masculino e 28 do sexo feminino) sem distinccedilatildeo de raccedila com idades entre 23 e 65
anos idade meacutedia de 48 anos e 8 meses que foram previamente avaliados por
radiografias panoracircmicas A avaliaccedilatildeo constou dos seguintes itens pneumatizaccedilatildeo
13
unilateral ou bilateral dos seios maxilares relacionada agraves perdas dentaacuterias e que
necessitavam de enxertos oacutesseos Nestes 34 pacientes foram operados 53 seios
maxilares sendo a amostra dividida em trecircs grupos grupo afeacuterese pacientes que
receberam enxerto de osso autoacutegeno e PRP obtido pelo meacutetodo de afeacuterese grupo
centriacutefuga pacientes que receberam enxerto de osso autoacutegeno e PRP obtido pelo
meacutetodo de centrifugaccedilatildeo e grupo osso autoacutegeno pacientes que receberam enxerto
apenas de osso Foram realizados exames preacute-operatoacuterios radiograacuteficos radiografia
periapical radiografia panoracircmica e TC Esses exames foram repetidos seis meses
apoacutes a intervenccedilatildeo ciruacutergica para a avaliaccedilatildeo da quantificaccedilatildeo oacutessea cortical e
medular da regiatildeo enxertada Para analisar o crescimento oacutesseo obtiveram-se as
meacutedias e os desvios-padratildeo (que mede a variabilidade dos dados) para a altura e a
largura considerando os trecircs grupos (afeacuterese centriacutefuga e osso autoacutegeno) e as
diferenccedilas entre as medidas finais e iniciais Para verificar se existe diferenccedila
significativa entre os crescimentos meacutedios foi feita a anaacutelise de variacircncia para
medidas repetidas (ANOVA) O niacutevel de significacircncia (p) foi fixado em um valor
menor ou igual a 005 (5) para a rejeiccedilatildeo da hipoacutetese de nulidade Pela avaliaccedilatildeo
da TC houve crescimento do remanescente oacutesseo em altura nos trecircs grupos
quando comparados os momentos inicial e final do experimento Natildeo houve
diferenccedila estatiacutestica para a altura (p= 0078) e para a largura (p = 0556) Os autores
concluiacuteram que apesar dos resultados natildeo serem estatisticamente significantes
evidecircncias cliacutenicas tecircm mostrado a eficaacutecia dos enxertos de osso autoacutegeno
principalmente aqueles associados a fatores indutores de crescimento oacutesseo como
o PRP alterando a altura e a largura necessaacuterias para a reconstruccedilatildeo proteacutetica do
arcabouccedilo maxilofacial atraveacutes de implantes osteointegrados porque na
odontologia atual busca-se cada vez mais devolver aos pacientes edecircntulos a sua
capacidade mastigatoacuteria e esteacutetica e consequumlentemente promovendo a integridade
dos vaacuterios elementos que compotildeem o sistema estomatognaacutetico
Chem et al (2005) afirmaram que a falta de tecido oacutesseo deve ser reparada
Situaccedilotildees como estas deixam os pacientes carentes fisiologicamente
esteticamente e psicologicamente Este trabalho iraacute relatar a teacutecnica de retalho livre
de fiacutebula para reconstruccedilatildeo da mandiacutebula e da maxila Foram realizados
atendimentos a dois pacientes pelo Serviccedilo de Cirurgia e Traumatologia Buco-
maxilo-facial do Complexo Hospitalar da Santa Casa de Misericoacuterdia de Porto
14
Alegre Possiacuteveis complicaccedilotildees podem se justificar pela maacute fixaccedilatildeo do retalho aos
cotos ou pela insuficiecircncia vascular Nos dois casos relatados o retalho foi fixado
aos cotos com placas e parafusos de forma a apresentar imobilidade obtendo-se
dessa forma a regeneraccedilatildeo entre os tecidos O retalho livre de fiacutebula ou enxerto
vascularizado caracteriza-se por ser um enxerto autoacutegeno segmentado e removido
da aacuterea doadora tendo sua vascularizaccedilatildeo preservada a fim de nutrir esse tecido
quando no leito receptor a partir da sua anastomose com o sistema vascular da
regiatildeo receptora O retalho de fiacutebula eacute o mais frequumlentemente pois esse retalho
fornece o maior montante de tecido oacutesseo entre todos os retalhos oacutesseos e causa
pouca morbidade na aacuterea doadora Os autores concluiacuteram que o emprego de
enxertos oacutesseos vascularizados em reconstruccedilotildees da face gera bons resultados
esteacuteticos e funcionais Pois os dois casos relatados os enxertos apresentaram
sucesso agrave observaccedilatildeo imediata e longitudinal alcanccedilando-se resultados esteacuteticos e
funcionais satisfatoacuterios
Cyriaco e Azevedo (2006) analisaram e revisaram a utilizaccedilatildeo do enxerto
oacutesseo em suas vaacuterias formas autoacutelogo homoacutelogo e heteroacutelogo descalcificado e
vascularizado na reparaccedilatildeo de falha oacutessea aleacutem das principais caracteriacutesticas
pertinentes a cada tipo buscando com isso um melhor direcionamento na sua
utilizaccedilatildeo Segundo diversos autores haacute disponiacuteveis opccedilotildees doadoras de enxertos
vascularizados como calota craniana fiacutebula costela escaacutepula crista iliacuteaca e raacutedio
Suas vantagens estatildeo nos iacutendices elevados de sucesso e a chance de fazecirc-lo em
pacientes irradiados ou que passaraacute por seccedilotildees de radioterapia como ocorre na
retirada de tumores malignos Quando se trata de enxertos menores as melhores
aacutereas doadoras para regiatildeo oral seriam o mento e a regiatildeo retromolar e para
maiores quantidades a crista iliacuteaca a calota craniana a costela e a tiacutebia A calota
craniana e osso iliacuteaco satildeo vantajosos por ter um grande volume de tecido oacutesseo no
que se refere agraves aacutereas doadoras externas sendo indicadas para a correccedilatildeo de
grandes defeitos oacutesseos De acordo com a pesquisa foi possiacutevel concluir que as
melhores aacutereas doadoras intrabucais satildeo o mento a regiatildeo retromolar e a
tuberosidade da maxila e que as aacutereas doadoras externas possiacuteveis satildeo a crista
iliacuteaca e a calota craniana
Del Valle et al (2006) tiveram como objetivo comparar o enxerto homoacutegeno
com o enxerto autoacutegeno nas cirurgias reconstrutivas de maxila com finalidade
implantodocircntica atraveacutes de um relato de caso cliacutenico Neste caso o paciente
15
apresentava ausecircncia dos elementos 11 e 12 com migraccedilatildeo mesial dos elementos
13 e 21 Atraveacutes do exame cliacutenico foi verificado falta de espessura do rebordo
alveolar na regiatildeo resultado da perda da taacutebua oacutessea vestibular por ocasiatildeo da
exodontia Foram realizados exames radiograacuteficos de regiatildeo panoracircmica periapical
Foi constatado pouca espessura palato-vestibular do rebordo oacutesseo na regiatildeo dos
dentes 11 e 12 contra-indicando a colocaccedilatildeo de implante dentaacuterio por risco de
fenestraccedilatildeo vestibular Com isto o tratamento indicado foi enxertia oacutessea utilizando
osso homoacutegeno bicortical com medular interna retirado da crista do osso iliacuteaco
medindo 27x17x9 milimetros e recebido os antibioacuteticos Vancomicina e Polimixina B
Foi feito o deslocamento muco-periostal do retalho esculpido o bloco oacutesseo e
adaptado ao leito receptor Para realizar a fixaccedilatildeo foi feito perfuraccedilotildees oacutesseas no
leito receptor com brocas esfeacutericas laminadas e imobilizados com 2 parafusos de
15mm de diacircmetros e 11mm de comprimento promovendo um enxerto do tipo
onlay Todo enxerto foi recoberto com osso particulado do mesmo bloco
amalgamado ao plasma rico em plaquetas e suturado Apoacutes passar 3 meses da
cirurgia houve exposiccedilatildeo do parafuso de osteossiacutentese de posiccedilatildeo mais cervical e
na sua remoccedilatildeo constatamos a formaccedilatildeo de tecido fibroso entre o fragmento
enxertado e o leito receptor somente nessa regiatildeo tendo sido removido Apoacutes 5
meses da enxertia foi colocado implantes e recoberto com membrana oacutessea
reabsorviacutevel por ter havido fenestraccedilatildeo oacutessea cervical Os autores apoacutes relatar o
caso concluiacuteram que o osso mais indicado para enxertia eacute o autoacutegeno e uma
alternativa para sua substituiccedilatildeo eacute o homoacutegeno por ter caracteriacutesticas a longo prazo
semelhantes embora o iacutendice de reabsorccedilatildeo eacute maior entretanto relataram que eacute
necessaacuterios maiores estudos principalmente de aacutereas doadoras utilizadas para
enxertias
Garcia Juacutenior et al (2006) avaliaram clinicamente os enxertos oacutesseos
retirados da crista do osso iliacuteaco para reconstruccedilatildeo total de maxilas atroacuteficas e
posterior instalaccedilatildeo de implantes oacutesseointegraacuteveis Foram selecionados doze
pacientes no qual foram submetidos agrave cirurgia de enxerto oacutesseo na maxila
utilizando-se fragmentos oacutesseos removidos da porccedilatildeo anterior da crista iliacuteaca A
meacutedia de idade dos pacientes era de 495 anos sendo 3 do sexo masculino e 12
eram do sexo feminino O tempo de espera para a cirurgia de instalaccedilatildeo de
implantes variou de 5 a 6 meses apoacutes enxerto oacutesseo Na reabertura do enxerto para
instalaccedilatildeo dos implantes oacutesseointegrados foram realizadas as avaliaccedilotildees cliacutenicas
16
dos enxertos oacutesseos Os resultados mostraram que em todos os casos houve ganho
oacutesseo no rebordo alveolar e tambeacutem uma melhora no perfil facial e o contorno labial
dos pacientes Os autores concluiacuteram que o enxerto oacutesseo retirado do osso iliacuteaco eacute
uma alternativa viaacutevel para reconstruccedilotildees de maxilas atroacuteficas tambeacutem que houve
melhora cliacutenica significativa quanto ao volume oacutesseo em altura e largura do rebordo
alveolar e que em todos os casos foram possiacuteveis a instalaccedilatildeo de implantes
oacutesseointegraacuteveis
Santiago e Vitral (2006) analisaram os meacutetodos de avaliaccedilatildeo da densidade
mineral oacutessea (DMO) e seu emprego na odontologia com o objetivo de descrever os
diferentes meacutetodos empregados bem como avaliar a relevacircncia em se determinar a
densidade oacutessea no planejamento e sucesso de tratamentos odontoloacutegicos
especiacuteficos Foi feita uma revisatildeo de literatura onde abordaram as teacutecnicas de
densitometria oacutessea e como eacute feita a avaliaccedilatildeo da densidade oacutessea em odontologia
Diversos satildeo os meacutetodos para se avaliar a densidade mineral oacutessea tanto na aacuterea
meacutedica quanto em Odontologia A questatildeo sobre qual a melhor teacutecnica e a melhor
regiatildeo para se avaliar a DMO de cada individuo parece ainda natildeo ter resposta
Entretanto o que se sabe eacute que dentre as diferentes teacutecnicas disponiacuteveis diferentes
vantagens e desvantagens satildeo apresentadas Em Odontologia a tomografia
computadorizada tem demonstrado ser o meacutetodo de eleiccedilatildeo para a determinaccedilatildeo da
densidade oacutessea na regiatildeo dos maxilares pois fornece dados objetivos precisos da
variaccedilatildeo da densidade oacutessea entre diferentes regiotildees em um mesmo indiviacuteduo
permitindo dessa forma correlacionar positivamente os valores encontrados com a
qualidade oacutessea descrita subjetivamente Aleacutem disso a tomografia computadorizada
eacute o uacutenico meacutetodo que permite avaliar osso cortical e medular separadamente
Cosmo et al (2007) relataram um caso cliacutenico com avaliaccedilatildeo radiograacutefica e
histoloacutegica da utilizaccedilatildeo de osso humano fresco congelado em procedimento de
elevaccedilatildeo do assoalho do seio maxilar A paciente CAR 47 anos compareceu agrave
Cliacutenica Odontoloacutegica da Faculdade de Odontologia da Universidade de Santo Amaro
- Unisa para avaliaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo da arcada superior posterior esquerda com a
utilizaccedilatildeo de implantes endoacutesseos Os exames de imagem demonstraram haver
rebordo residual com menos de 6 mm de altura remanescente tendo sido indicada agrave
paciente a reabilitaccedilatildeo oacutessea bilateral atraveacutes da teacutecnica de levantamento do
assoalho do seio maxilar com enxerto de osso aloacutegeno fresco congelado
proveniente de banco de tecidos musculoesqueleacuteticos Apoacutes seis meses da cirurgia
17
foi realizada abertura para instalaccedilatildeo dos implantes tendo sido colhido fragmento
oacutesseo que foi enviado para anaacutelise histoloacutegica Frente ao apresentado conclui-se
que o material de enxertia proveniente de banco de ossos humanos (enxerto
aloacutegeno fresco congelado) proporciona em cirurgias de levantamento de seio
maxilar um adequado volume oacutesseo para futura instalaccedilatildeo de implantes A anaacutelise
histoloacutegica do enxerto incorporado evidencia a vitalidade do mesmo Material deve
ser adquirido em banco de tecidos regularizados pelo Ministeacuterio da Sauacutede A
possibilidade de transmissatildeo de doenccedilas pela utilizaccedilatildeo do material eacute de baixa
magnitude
Oliveira Filho et al (2007) apresentaram um caso cliacutenico de trauma facial com
perda oacutessea na regiatildeo anterior da mandiacutebula que foi tratado com teacutecnicas de
reconstruccedilatildeo em duas fases primeiramente a parte basilar da mandiacutebula
posteriormente a parte alveolar permitindo a reabilitaccedilatildeo atraveacutes de implantes
osseointegrados O paciente deu entrada no pronto socorro do Hospital Universitaacuterio
Evangeacutelico de Curitiba viacutetima de trauma localizado nas regiotildees submandibular e
cervical alta Em um primeiro momento foi realizado o tratamento ciruacutergico para
fixaccedilatildeo intermaxilar riacutegida trans-operatoacuteria e estabilizaccedilatildeo da mandiacutebula com uma
placa de reconstruccedilatildeo em titacircnio Apoacutes trecircs meses do procedimento foi realizada a
reconstruccedilatildeo mandibular utilizando enxerto em bloco tomado da crista do osso
iliacuteaco Este tempo ciruacutergico teve a preocupaccedilatildeo de reconstruir apenas a parte basilar
da mandiacutebula devido a falta de tecidos moles na regiatildeo traumatizada Em um
segundo momento foi realizada enxertia com bloco tomado da crista do osso iliacuteaco
para reconstruccedilatildeo alveolar da mandibular Seis meses apoacutes o procedimento de
reconstruccedilatildeo alveolar cliacutenica e radiograficamente houve uma boa integraccedilatildeo do
enxerto sem a ocorrecircncia de reabsorccedilatildeo oacutessea significativa Foi criado um rebordo
alveolar adequado permitindo a instalaccedilatildeo de trecircs implantes na regiatildeo enxertada
Os autores concluiacuteram que o enxerto de oacutesseo autoacutegeno pode ser uma alternativa
vaacutelida na aplicaccedilatildeo como meio de reconstruccedilatildeo de defeitos oacutesseos que comprometa
a porccedilatildeo alveolar e basal da mandiacutebula mas uma anaacutelise mais detalhada eacute
necessaacuteria para que possa definir de forma mais abrangente os possiacuteveis riscos e
complicaccedilotildees da teacutecnica utilizada
Pinto et al (2007) confrontaram a utilizaccedilatildeo do enxerto autoacutegeno para
reconstruccedilatildeo das sequumlelas de fraturas faciais comparando-o com outros
18
biomateriais atualmente disponiacuteveis discutindo as melhores indicaccedilotildees e os toacutepicos
mais atuais relativos a esses materiais As propriedades de um material ideal para
enxerto oacutesseo satildeo ser quimicamente inerte biocompatiacutevel natildeo aleacutergico natildeo
canceriacutegeno ser totalmente reabsorviacutevel e substituiacutevel por novo tecido oacutesseo entre
outros O osso autoacutegeno eacute considerado ideal para realizaccedilatildeo de enxertos oacutesseos
Estudos tecircm comprovado a eficaacutecia deste tipo de material especialmente do enxerto
oacutesseo autoacutegeno cortical obtido da crista do osso iliacuteaco que tem sido considerado o
melhor de
ntre os materiais de reconstruccedilatildeo Satildeo os uacutenicos entre os tipos de enxerto
oacutesseo a fornecer ceacutelulas oacutesseas vivas imunocompatiacuteveis Os enxertos alogecircnicos
satildeo aqueles obtidos de outro indiviacuteduo da mesma espeacutecie O enxerto alogecircnico mais
comumente utilizado eacute o liofilizado cuja vantagem eacute natildeo haver a necessidade de se
realizar uma segunda cirurgia num outro siacutetio Os oacutesseos xenoacutegenos satildeo aqueles
retirados de uma espeacutecie e transplantados para outra Exigem um tratamento mais
vigoroso do enxerto e natildeo fornecem ceacutelulas viaacuteveis para a formaccedilatildeo da fase I da
osteogecircnese Aleacutem dos enxertos oacutesseos existem ainda os materiais chamados
aloplaacutesticos como alternativa tendo como benefiacutecios a diminuiccedilatildeo do tempo
ciruacutergico aleacutem de muacuteltiplos tamanhos e formatos disponiacuteveis Entre os biomateriais
os mais utilizados satildeo o vidro bioativo o titacircnio que apresenta excelente
biocompatibilidade e boa osseointegraccedilatildeo ao organismo quando justaposto ao osso
A hidroxiapatita que por ser considerada um componente quiacutemico natural do corpo
humano natildeo satildeo observadas respostas inflamatoacuteria ou toacutexica nos tecidos
circunvizinhos Atraveacutes da pesquisa foi possiacutevel concluir que o osso autoacutegeno ainda
eacute considerado um material ideal para enxerto entretanto novos biomateriais tecircm
surgido apresentando vantagens promissoras para utilizaccedilatildeo na praacutetica diaacuteria
Rodrigues e Vitral (2007) descreveram as principais teacutecnicas tomograacuteficas existentes
e suas aplicaccedilotildees na Odontologia atraveacutes de uma revisatildeo da literatura sobre os
avanccedilos das principais teacutecnicas tomograacuteficas que resultaram em maior acuraacutecia no
diagnoacutestico menor tempo de exame e menor quantidade de radiaccedilatildeo A tomografia
computadorizada eacute considerada o meacutetodo de escolha para a imagem das estruturas
oacutesseas Ela eacute um meacutetodo radioloacutegico que permite obter a reproduccedilatildeo de uma secccedilatildeo
do corpo humano com finalidade diagnoacutestica Apresenta trecircs vantagens gerais
importantes sobre a radiografia convencional a primeira eacute que as informaccedilotildees
19
tridimensionais satildeo apresentadas na forma de uma seacuterie de cortes finos da estrutura
interna da parte estudada A segunda eacute que o sistema eacute mais sensiacutevel na
diferenciaccedilatildeo de tipos de tecido quando comparado com a radiografia convencional
de modo que diferenccedilas entre tipos de tecidos podem ser mais claramente
delineadas e estudadas A terceira eacute a habilidade para manipular e ajustar a imagem
apoacutes ter sido completada a varredura como ocorre de fato com toda a tecnologia
digital Com o advento da tomografia computadorizada helicoidal foi alcanccedilada
grande melhora nas reconstruccedilotildees tridimensionais e diminuiccedilatildeo na dose de
exposiccedilatildeo do paciente agrave radiaccedilatildeo A mesma proveacutem vantagens sobre a natildeo
helicoidal como menor tempo de avaliaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de reconstruccedilatildeo multiplanar
Ela propicia imagens com alta resoluccedilatildeo espacial e a mesma dose de radiaccedilatildeo da
tomografia computadorizada convencional A tomografia computadorizada pode ser
usada para identificar e delinear processos patoloacutegicos visualizar dentes retidos
avaliar os seios paranasais diagnosticar trauma mostrar os componentes oacutesseos
da articulaccedilatildeo temporomandibular e os leitos para implantes dentaacuterios Permite a
reformataccedilatildeo axial obliacutequa da imagem no sentido perpendicular da curvatura do
arco mostrando nitidamente o niacutevel oacutesseo no lado vestibular e lingual E tambeacutem
permite uma avaliaccedilatildeo intra-oacutessea dos locais para colocaccedilatildeo dos implantes Os
autores concluiacuteram que a Tomografia Computadorizada eacute o exame de eleiccedilatildeo no
diagnoacutestico de muitas condiccedilotildees que envolvem o complexo maxilo-mandibular O
valor cliacutenico das teacutecnicas de tomografia computadorizada depende da condiccedilatildeo que
se estaacute sendo diagnosticada atraveacutes das imagens do modelo e da idade do
equipamento usado do protocolo do exame da experiecircncia e capacidade dos
operadores do equipamento e do radiologista
Gonccedilalves (2008) analisaram implantes instalados em enxertos de seio
maxilar com biomaterial de origem bovina e plasma rico em plaquetas observando
histologicamente a neoformaccedilatildeo oacutessea e o iacutendice de sucesso cliacutenico e histoloacutegico
apresentado Este estudo envolveu 30 pacientes que necessitavam de enxerto em
regiatildeo de soalho de seio maxilar para inserccedilatildeo de implantes Um total de 101
implantes foi instalado em 36 enxertos de seio maxilar com intervalo meacutedio de
tempo do enxerto de 75 meses dos quais nove amostras oacutesseas foram colhidas de
forma aleatoacuteria e consentidas para a anaacutelise histoloacutegica Na colocaccedilatildeo dos
implantes foi utilizado um guia ciruacutergico para um correto posicionamento dos
implantes Foi feita a remoccedilatildeo do fragmento oacutesseo e enviado para a anaacutelise com
20
isto foi capturado ao todo 26 imagens histopatoloacutegicas Histologicamente os
fragmentos colhidos estavam constituiacutedos predominantemente por tecido oacutesseo
com iacutendice de sucesso de 8888 Quando comparados o remanescente oacutesseo do
seio maxilar antes e depois do enxerto houve crescimento em altura e a maioria
apresentou densidade oacutessea D3 Dez dos 101 implantes foram perdidos e 91
estavam osseointegrados no seio maxilar enxertado Os autores concluiacuteram que
implantes instalados em enxertos de seio maxilar com a ajuda de substitutos oacutesseos
apresentam uma taxa de sucesso cliacutenico de 9009
Ribeiro Juacutenior et al (2008) revisaram a literatura referente aos enxertos
oacutesseos vascularizados com o objetivo de avaliar os princiacutepios bioloacutegicos e ciruacutergicos
que fundamentam sua aplicaccedilatildeo na reconstruccedilatildeo mandibular Os retalhos
microciruacutergicos que contecircm enxertos oacutesseos satildeo classificados como
osteomusculares ou osteomiocutacircneos dependendo da natureza dos tecidos moles
que o compotildeem permitindo restauraccedilotildees de grandes defeitos oacutesseos A
revascularizaccedilatildeo microciruacutergica manteacutem a irrigaccedilatildeo e a drenagem do tecido oacutesseo
enxertado em todo o periacuteodo de integraccedilatildeo permitindo a manutenccedilatildeo de suas
funccedilotildees celulares metaboacutelicas e fiacutesicas Dessa forma a reparaccedilatildeo entre o enxerto e
o remanescente mandibular ocorre de forma semelhante agrave cicatrizaccedilatildeo de uma
fratura eliminando a longa fase de substituiccedilatildeo observada nos enxertos
convencionais Como o sucesso da reconstruccedilatildeo microciruacutergica eacute diretamente
dependente da qualidade vascular estudos angiograacuteficos preacute-operatoacuterios das aacutereas
receptora e doadora satildeo essenciais Alguns cuidados preacute-cirurgicos satildeo de extrema
importacircncia como a hidrataccedilatildeo endovenosa para manutenccedilatildeo do diacircmetro vascular
uso de cobertores para manter a temperatura corporal em torno de 37degC O estudo
concluiu que os enxertos oacutesseos vascularizados satildeo excelentes na restauraccedilatildeo
esteacutetico-funcional dos defeitos mandibulares suprindo as deficiecircncias dos enxertos
convencionais em casos de pior prognoacutestico Os enxertos oacutesseos vascularizados
satildeo indispensaacuteveis em defeitos compostos extensos irradiados e secundaacuterios agrave
osteorradionecrose
Tanaka et al (2008) elaboraram uma revisatildeo de literatura com o objetivo de
descrever os mecanismos de incorporaccedilatildeo dos enxertos oacutesseos em bloco e discutir
algumas caracteriacutesticas dos diferentes tipos existentes para distinguir as vantagens
de cada um Concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo dos enxertos em bloco para reconstruccedilatildeo
21
dos rebordos alveolares eacute uma realidade e estaacute intimamente ligada agrave terapia
implantar Os diversos fatores que influenciam a escolha do melhor meacutetodo de
enxertia a ser utilizado passam pelo conhecimento dos paracircmetros citados neste
artigo e muitos outros natildeo abordados e podem parecer inicialmente um desafio
mas sem duvida o domiacutenio das teacutecnicas existentes e das outras que surgiratildeo eacute o
ponto de partida para o profissional que procura o refinamento de seus
procedimentos e a exelencia de seus resultados
Arauacutejo et al (2009) realizaram uma revisatildeo de literatura sobre os resultados
cliacutenicos obtidos com a utilizaccedilatildeo dos enxertos de origem autoacutegena e xenoacutegena
(bovino) nas cirurgias de levantamento de assoalho de seio maxilar O
envelhecimento e a perda dentaacuteria fazem com que o seio se expanda podendo
haver uniatildeo entre o assoalho sinusal e a crista do rebordo alveolar residual
expansatildeo esta relacionada com a altura e largura do seio e natildeo com a
profundidade Os materiais para enxerto oacutesseo podem ser classificados como
osteogecircnicos osteoindutores e osteocondutores Os osteogecircnicos referem-se aos
materiais orgacircnicos capazes de estimular a neoformaccedilatildeo oacutessea a partir de
osteoblastos Os osteoindutores satildeo capazes de induzir a diferenciaccedilatildeo de ceacutelulas
mesenquimais em osteoblastos e condroblastos estimulando a formaccedilatildeo oacutessea no
local ou mesmo em um siacutetio heterotiacutepico Os materiais osteocondutores (geralmente
inorgacircnicos) permitem a aposiccedilatildeo de um novo tecido na sua superfiacutecie requerendo
a presenccedila de tecido oacutesseo preacute-existente como fonte de ceacutelulas osteoprogenitoras
Alguns criteacuterios foram propostos para o enxerto ideal quanto para que o material
enxertado se incorpore com sucesso ao siacutetio Dentre os possiacuteveis enxertos
xenoacutegenos encontram-se disponiacuteveis comercialmente os enxertos bovinos em
vaacuterias formas de apresentaccedilatildeo como aqueles que contecircm a fraccedilatildeo mineral do osso
os inorgacircnicos ou desproteinizados entre outros Todos eles apresentam excelente
biocompatibilidade agem favorecendo o processo de osteoconduccedilatildeo e natildeo
desencadeando respostas imunoloacutegicas desfavoraacuteveis A melhor accedilatildeo do enxerto
oacutesseo autoacutegeno de crista iliacuteaca quando comparado com a associaccedilatildeo do osso
autoacutegeno com osso desmineralizado bovino em cirurgias de levantamento de
assoalho de seio maxilar Apesar da diferenccedila estatiacutestica significante clinicamente
natildeo houve diferenccedila jaacute que os aacutepices dos implantes estavam todos cobertos por
osso sugerindo o sucesso do uso da associaccedilatildeo e ainda poupando o paciente de
uma intervenccedilatildeo ciruacutergica extraoral concluindo que o osso autoacutegeno eacute o que
22
apresenta os melhores resultados no processo de regeneraccedilatildeo oacutessea poreacutem os
enxertos de origem bovina apesar de demonstrarem um processo de neoformaccedilatildeo
oacutessea inferior promovem uma neoformaccedilatildeo satisfatoacuteria para que haja a reabilitaccedilatildeo
do paciente com implantes osseointegraacuteveis podendo ser utilizados com sucesso na
cliacutenica odontoloacutegica
Bassi e Carneiro (2009) citaram que os pacientes vem se queixando de
desconforto pelo uso de proacuteteses deficiecircncia na mastigaccedilatildeo onde entatildeo se
destacam os implantes dentaacuterios que minimizam estes aspectos negativos No
entanto seu sucesso depende de uma quantidade miacutenima de suporte oacutesseo por
este motivo foi oportuna pelos autores avaliar o iacutendice de sucesso dos enxertos e
implantes instalados na regiatildeo do seio maxilar reconstruiacuteda com osso autoacutegeno de
linha obliacutequa tanto imediata quanto mediato ao levantamento do seio maxilar
Foram avaliadas 51 cirurgias durante os anos de 2005 a 2007 com total de 107
implantes instalados sendo 28 de maneira imediata e 79 instalados posteriormente
Com relaccedilatildeo aos de maneira imediata o sucesso foi de 9286 sendo que dos 14
submetidos agrave implantaccedilatildeo imediata apenas 1 perdeu o implante De um total de 37
pacientes com instalaccedilatildeo posterior houve um sucesso de 9459 Podendo ser
analisado que natildeo haacute diferenccedila significante entre instalaccedilatildeo mediata e imediata
Acredita-se que para haver sucesso no tratamento eacute imprescindiacutevel que seja levado
em consideraccedilatildeo a quantidade de rebordo residual e tambeacutem a qualidade de osso
para a estabilidade do implante A conclusatildeo deste artigo eacute que o levantamento do
seio maxilar com o enxerto autoacutegeno por meio de acesso lateral eacute uma opccedilatildeo
segura no tratamento para regiatildeo posterior da maxila E natildeo houve diferenccedila em
relaccedilatildeo ao sucesso dos implantes instalados de maneira medita e imediata
Contar et al (2009) avaliaram o uso de enxertos provenientes de osso fresco-
congelado para na reconstruccedilatildeo de rebordos alveolares maxilares posteriormente a
aplicaccedilatildeo de implantes dentaacuterios Foram analisados quinze pacientes que tinham
atrofia crista maxilar onde necessitava de blocos de enxerto oacutesseo para
posteriormente se fazer a colocaccedilatildeo dos implantes Nove meses depois foi retirado
o nuacutecleo de osso do enxerto para analisar histologicamente Trinta e quatro blocos
foram colocados e do nuacutemero de blocos cada paciente recebeu uma numeraccedilatildeo de
1 a 4 Em todos os enxertos foram verificados para serem de consistecircncia firme
bem constituiacutedo e vascularizado Cinquumlenta e um implantes foram aplicados sobre
os enxertos com torque no miacutenimo de 40 N (Newton) Natildeo havendo problema em
23
nenhum implante O periacuteodo de acompanhamento variou de 24 a 35 meses Alo
enxertos pode ser bem satisfatoacuterios aplicados como material de enxerto para o
tratamento de defeitos oacutesseos maxilares se for aplicada a teacutecnica de forma
cautelosa e coerente
Costa et al (2009) descreveram cirurgias de enxertia oacutessea para reconstruccedilatildeo
do rebordo alveolar atroacutefico causado por traumas Em dois pacientes foram
utilizados blocos de osso homoacutegeno fresco congelado puro e em outros dois
pacientes esses blocos foram embebidos em medula oacutessea autoacuteloga aspirada do
proacuteprio paciente Os quatro pacientes que perderam seus dentes anteriores-
superiores 11122122 As cirurgias foram realizadas dentro do protocolo do
Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Cirurgia e Experimentaccedilatildeo da Universidade
Federal de Satildeo Paulo ndash Unifesp Cada paciente recebeu um bloco de enxerto oacutesseo
homoacutegeno fresco congelado proveniente de banco de tecidos oacutesseos em cada um
dos lados da regiatildeo anterior de maxila sendo que em dois dos pacientes os blocos
tiveram a sua porccedilatildeo medular embebida em medula oacutessea autoacuteloga aspirada do
proacuteprio paciente e nos outros dois pacientes os blocos foram fixados da mesma
maneira e na mesma regiatildeo poreacutem sem a utilizaccedilatildeo de medula oacutessea autoacuteloga
como preenchimento Foi observado clinicamente no segundo procedimento
ciruacutergico que os siacutetios enxertados com osso homoacutegeno associado agrave medula oacutessea
autoacuteloga obtiveram um menor niacutevel de reabsorccedilatildeo o que facilitou a instalaccedilatildeo dos
implantes osseointegraacuteveis Com as bioacutepsias oacutesseas obtidas por meio da utilizaccedilatildeo
da broca trefi na foram confeccionadas no Laboratoacuterio de Patologia da Unifesp uma
lacircmina em HE para cada regiatildeo enxertada com associaccedilatildeo agrave medula e tambeacutem
para as regiotildees de enxertia sem essa associaccedilatildeo Essas lacircminas foram
encaminhadas para o Departamento de Morfologia da Unifesp para avaliaccedilatildeo Tanto
as lacircminas histoloacutegicas do grupo onde se associou o aspirado de medula oacutessea ao
enxerto oacutesseo homoacutegeno quanto onde natildeo foi feita esta associaccedilatildeo mostraram uma
grande quantidade de tecido mineralizado vital Foi observado em ambos os grupos
uma pequena quantidade de tecido mineralizado desvitalizado Em todas as lacircminas
foi observada intensa vascularizaccedilatildeo assim como a presenccedila de tecido oacutesseo
lamelar A utilizaccedilatildeo de osso humano fresco congelado conservado em banco de
tecidos eacute uma alternativa viaacutevel para a reconstruccedilatildeo dos rebordos atroacuteficos
diminuindo a morbidade e riscos inerentes agrave abordagem da regiatildeo doadora dos
enxertos autoacutegenos A associaccedilatildeo do bloco de osso homoacutegeno agrave medula oacutessea
24
autoacuteloga parece representar uma alternativa terapecircutica para se minimizar os niacuteveis
de reabsorccedilatildeo dos materiais de enxertia
Gonccedilalves et al (2009) citaram que o melhor material para enxertia oacutessea eacute o
autoacutegeno o problema eacute o poacutes-operatoacuterio que eacute desconfortaacutevel para o paciente Na
existecircncia de desvantagens para a utilizaccedilatildeo de osso autoacutegeno o osso proveniente
de banco de tecidos surge como uma alternativa viaacutevel nas reconstruccedilotildees oacutesseas
maxilomandibulares O osso homoacutegeno pode ser utilizado em algumas situaccedilotildees
que impossibilite obter uma quantidade necessaacuteria de osso autoacutegeno requisitado
pelo receptor ou quando induz ao procedimento com grande morbidade onde exista
negativa do paciente em se submeter a um segundo siacutetio ciruacutergico Mesmo com toda
a previsibilidade de utilizaccedilatildeo de tecido oacutesseo homoacutelogo ele ainda gera
controveacutersias pela possibilidade de infecccedilotildees cruzadas com sua utilizaccedilatildeo Com o
estudo citado foi concluiacutedo que o enxerto homoacutelogo induz mais rapidamente a
remodelaccedilatildeo quando comparado com o autoacutegeno E o estaacutegio da remodelaccedilatildeo
esteve mais dependente da resposta orgacircnica individual de cada paciente
Jahn et al (2009) avaliaram o procedimento de retalho em dupla paacutegina para acesso
ao osso da regiatildeo do mento em comparaccedilatildeo a teacutecnica de retalho mucoperiosteal
Foram realizados procedimentos de obtenccedilatildeo de enxerto oacutesseo da regiatildeo do mento
para utilizaccedilatildeo na reabilitaccedilatildeo de pacientes que receberiam implantes
osseointegrados na regiatildeo anterior da maxila e que necessitavam de aumento de
espessura oacutessea localizada Foram operados 20 pacientes da cliacutenica de Periodontia
da Universidade de Santo Amaro entre 28 e 60 anos de idade Dez pacientes foram
submetidos agrave teacutecnica de retalho mucoperiosteal de espessura parcial e total
convencional e dez pacientes foram submetidos ao retalho em dupla Os pacientes
foram avaliados apoacutes 7 e 14 dias do procedimento ciruacutergico quanto aos seguintes
aspectos parestesia dor edema infecccedilatildeo hemorragia hematoma contato com as
raiacutezes dentaacuterias deiscecircncia de sutura presenccedila ou ausecircncia de trismo Todos os
procedimentos realizados permitiram acesso agrave regiatildeo do mento para obtenccedilatildeo de
enxertos oacutesseos autoacutegenos A avaliaccedilatildeo poacutes-operatoacuteria dos pacientes mostrou que
em ambos os grupos natildeo houve casos de hemorragia trismo contato acidental com
as raiacutezes dentaacuterias e infecccedilatildeo Edema foi constatado em seis casos no grupo de
retalho em dupla paacutegina e sete casos nos retalhos muco periosteais dor foi relatada
por dois e seis pacientes respectivamente Dois casos apresentaram parestesia na
regiatildeo de mento e nos dentes anteriores inferiores por ateacute duas semanas nos
25
pacientes operados pela teacutecnica do retalho mucoperiosteal enquanto nenhum caso
aconteceu em pacientes operados por retalho em dupla paacutegina Os autores
concluiacuteram que a teacutecnica de retalho em dupla paacutegina eacute um importante auxiacutelio no
acesso agrave aacuterea doadora o que pela facilidade de uso pode encorajar os cirurgiotildees a
usarem o mento como aacuterea doadora para pequenos enxertos oacutesseos intrabucais
Molon et al (2009) tiveram como objetivo relatar um caso cliacutenico de maxila
atroacutefica com necessidade de reconstruccedilatildeo alveolar atraveacutes de enxerto homoacutegeno
Apoacutes a realizaccedilatildeo da anamnese foi constatado clinicamente que o paciente
apresentava forma em lacircmina do osso e radiograficamente a panoracircmica mostrou
uma perda oacutessea em altura e uma proximidade do rebordo com a parede inferior do
seio maxilar Foi utilizado enxerto provenientes do UniOss processados e
congelados a -80degCos tecidos foram submetidos a testes soroloacutegicos Na regiatildeo
anterior foi realizado enxerto com osso humano congelado em bloco para restaurar
espessura oacutessea possibilitando a colocaccedilatildeo de implantes dentaacuterios Os blocos
foram fixados com o sistema 15mm e o osso particulado foi acomodado nos
espaccedilos mortos para evitar a formaccedilatildeo de GAPs Apoacutes seis meses da cirurgia foi
removido os parafusos e o guia ciruacutergico posicionado para a instalaccedilatildeo dos seis
implantes A osseointegraccedilatildeo dos implantes foi verificada apoacutes seis meses da
segunda cirurgia pela radiografia panoracircmica Atualmente vem sendo muito utilizado
osso autoacutegeno para reconstruccedilatildeo de maxilares contudo haacute desvantagens
relacionadas com a morbidade do sitio doador quantidade inadequada de osso
intraoral para grandes defeitos e necessidade de osso de regiatildeo extra-oral para
maiores reconstruccedilotildees limitam as expectativas do paciente Por isso os osso
estudos utilizando osso homoacutelogo para reabilitaccedilatildeo com implantes vecircm se
intensificando e apresentando bons resultados Os autores consideram o enxerto de
osso homoacutelogo uma alternativa viaacutevel para reconstruccedilatildeo de rebordos alveolares
severamente atroacuteficos ao mesmo tempo em que reduz a morbidade e os riscos
inerentes aos procedimentos de enxertos autoacutegenos
Pereira et al (2009) discutiram revisaram e compararam as teacutecnicas
envolvidas em remoccedilatildeo de blocos oacutesseos da linha obliacutequa e mento demonstrando
sua efetividade por meio de exemplos cliacutenicos O osso mandibular tem sido utilizado
na reconstruccedilatildeo alveolar para permitir a instalaccedilatildeo de implantes com resultados
extremamente favoraacuteveis Para a regiatildeo de mento a teacutecnica consiste em osteotomia
26
efetuada pelo menos 5 mm abaixo dos aacutepices dentaacuterios e o osso basal da
mandiacutebula preservado A profundidade das osteotomias limita-se agrave cortical externa
Para a regiatildeo da linha obliacutequa haacute trecircs diferentes meacutetodos para acessar a aacuterea
doadora 1 Intrasulcular Realizada no sulco gengival dos dentes naturais 2
Submarginal Indicada quando da presenccedila de coroas proteacuteticas nos molares e preacute-
molares 3 Crestal Indicada para rebordos edecircntulos ou quando os implantes
estiverem planejados para a mesma regiatildeo Uma vez feita agrave incisatildeo o retalho
mucoperiosteal eacute descolado do corpo mandibular expondo a face lateral do
ramocorpo Um bloco cortical retangular ateacute 4 mm de espessura pode ser coletado
da regiatildeo do ramo O comprimento do bloco pode se aproximar de 35 mm mas
altura natildeo deve exceder 10 mm Para o preparo do siacutetio receptor e enxertia o osso
removido eacute posicionado com a face medular do bloco em contato com a face cortical
do siacutetio receptor previamente perfurada com brocas proporcionando sangramento
O bloco deve ser adaptado intimamente ao leito e fixado com parafusos de titacircnio
Os autores concluiacuteram que ambas as teacutecnicas podem ser utilizadas com sucesso
de acordo com a quantidade oacutessea desejada localizaccedilatildeo do siacutetio doador e
experiecircncia do profissional
Piccinelli et al (2009) analisaram retrospectivamente 59 pacientes submetidos
agrave enxertia oacutessea obtida de aacutereas intrabucais com a instalaccedilatildeo de implantes
osseointegrados As aacutereas doadoras foram a regiatildeo da siacutenfise mandibular ramo
mandibular e tuberosidade da maxila Os enxertos foram imobilizados atraveacutes de
parafusos de titacircnio especiacuteficos para fixaccedilatildeo interna riacutegida com diacircmetro de 16 mm
e comprimentos de 8 10 e 12 mm com encaixe em forma de cruz De todas as
cirurgias realizadas foi constatado insucesso em 5 (742 ) pacientes todos do
sexo feminino Destes em 2 (338 ) casos ocorreram perfuraccedilatildeo de membrana do
seio maxilar sendo os dois pacientes tabagistas com idades de 40 e 41 anos Em
um paciente de 30 anos ocorreu a perda do enxerto na regiatildeo anterior de maxila
tendo por aacuterea doadora o osso retirado do ramo mandibular Em outro com 50 anos
ocorreu a perda do enxerto em regiatildeo posterior de mandiacutebula recebendo da aacuterea
retromolar E noutro com 40 anos a perda ocorreu em regiatildeo posterior da
mandiacutebula tendo aacuterea doadora a siacutenfise mandibular A maior causa de falhas de
enxerto eacute deiscecircncia de sutura e posterior necrose asseacuteptica do osso enxertado
sendo demonstrado altas taxas de complicaccedilotildees quando utilizamos a mandiacutebula
27
como aacuterea receptora Existe um iacutendice de sucesso de 904 quando os implantes
satildeo instalados apoacutes um periacuteodo de cicatrizaccedilatildeo dos enxertos O estudo concluiu que
os siacutetios intrabucais doadores de enxertos oacutesseos podem prover volumes oacutesseos
suficientes para a reconstruccedilatildeo dos rebordos alveolares da maioria dos pacientes
desdentados parciais A mandiacutebula eacute vista como siacutetio de eleiccedilatildeo para retirada de
enxertos oacutesseos pois eacute capaz de prover blocos oacutesseos de composiccedilatildeo
predominantemente corticais
Silveira e Wassall (2009) analisaram a aacuterea doadora de enxertos por meio de
tomografias volumeacutetricas tipo feixe cocircnico para avaliaccedilatildeo da remodelaccedilatildeo oacutessea
verificando o grau de morbidade quanto a este paracircmetro Foram selecionados vinte
voluntaacuterios de ambos os gecircneros sem risco de sauacutede e com risco de sauacutede
controlados da cliacutenica de Poacutes-Graduaccedilatildeo do Centro de Pesquisas Odontoloacutegica
Satildeo Leopoldo Mandic e cliacutenica particular As tomografias foram obtidas com
aparelho de aquisiccedilatildeo volumeacutetrica tipo feixe cocircnico este aparelho usa a nova
tecnologia do feixe de tomografia computadorizada cocircnico no qual obtemos todas
as estruturas maxilofaciais do indiviacuteduo em volume ou seja em terceira dimensatildeo
Foi utilizado o tempo de exposiccedilatildeo de 36 segundos e apenas 3 de radiaccedilatildeo uma
tomografia meacutedica As primeiras mediccedilotildees foram obtidas no momento da tomografia
computadorizada inicial anteriormente a cirurgia Logo apoacutes a cirurgia foi realizada
a segunda tomada e medida na qual foi mensurado o quanto foi retirado de tecido
oacutesseo para enxerto Na terceira tomada de medidas foi calculado o ganho real
oacutesseo obtido na remodelaccedilatildeo apoacutes 180 dias de remoccedilatildeo do enxerto Embora a
quantidade retirada de aacuterea varie a recomposiccedilatildeo acompanha com a mesma
variabilidade Os autores concluiacuteram que a remodelaccedilatildeo oacutessea meacutedia da regiatildeo
posterior da mandiacutebula avaliada 180 dias apoacutes a remoccedilatildeo do bloco oacutesseo (enxerto
oacutesseo) foi de 813
Sousa et al (2009) verificaram atraveacutes de uma revisatildeo sistemaacutetica se os
enxertos homoacutegenos satildeo tatildeo eficientes quanto os enxertos autoacutegenos Apoacutes a busca
nas bases foram selecionados 1215 tiacutetulos de artigos Um uacutenico artigo atendeu os
criteacuterios da pesquisa o mesmo foi lido na iacutentegra por ambos examinadores e suas
caracteriacutesticas foram distribuiacutedas em uma tabela Este artigo analisado resultou em
16 pacientes entre 38 e 65 anos (9 do sexo masculino e 7 do sexo feminino) foi
comparado dois grupos enxerto autoacutegeno do iliacuteaco (grupo 1) e enxerto autoacutegeno da
calvaacuteria (grupo 2) Foi avaliado o volume oacutesseo total (VOT) o volume oacutesseo
28
necroacutetico (VON) e o osso vital (OV) e os resultados do grupo 1 foi de VOT (466)
VON (126) e OV (34) jaacute do grupo 2 foi VOT (734) VON (55) e OV (67)
Estatisticamente o enxerto da calvaacuteria foi melhor que o enxerto do iliacuteaco Os autores
concluiacuteram que o uacutenico artigo considerado natildeo consistia numa comparaccedilatildeo entre
enxerto autoacutegeno e homoacutegeno e sim numa comparaccedilatildeo entre enxertos autoacutegenos
de siacutetios diferentes
Spin-Neto et al (2009) realizaram uma revisatildeo de literatura sobre a utilizaccedilatildeo
de osso homoacutelogo em Odontologia sobre a legislaccedilatildeo envolvida na aplicaccedilatildeo deste
material Foram analisados artigos publicados nos uacuteltimos 25 anos no Medline e
pela ANVISA leis decretos que regulamentam o funcionamento dos bancos de
ossos de tecidos musculoesqueleacuteticos brasileiros Sobre o enxerto homoacutelogo haacute
um nuacutemero enorme de processos que ocorrem eacute iniciado por uma reaccedilatildeo
inflamatoacuteria criando espaccedilos que permitam sua invasatildeo por vasos sanguiacuteneos e
chegada das ceacutelulas responsaacuteveis pelo metabolismo oacutesseo atuando na
remodelaccedilatildeo gradativa do local Remover tecidos oacutergatildeos ou partes da pessoa ou do
cadaacutever eacute crime podendo resultar em reclusatildeo (2 a 6 anos) ou em 100 a 360 dias
de multa Jaacute no caso de sepultamento cabe aos meacutedicos realizar a reconstruccedilatildeo do
corpo para evitar constrangimento e manter a dignidade diante de seus familiares
no qual natildeo realizado eacute considerado crime por tal ato Foi concluiacutedo que eacute
necessaacuterio mais estudos e resultados sobre a aplicaccedilatildeo deste biomaterial para
aliados com o conhecimento juriacutedico aumentarmos o conhecimento e informaccedilotildees
sobre o caso
Piffer et al (2010) descreveram um caso cliacutenico de reabilitaccedilatildeo oral de uma
aacuterea de maxila posterior extremamente reabsorvida atraveacutes de levantamento de
seio maxilar utilizando osso xenoacutegeno e posterior uso de implante O caso constava
de uma paciente do sexo feminino que foi submetida a levantamento de seio
maxilar utilizando osso xenoacutegeno liofilizado e concomitante colocaccedilatildeo de dois
implantes nos elementos 15 e 16 Foi relatado que devido agraves limitadas quantidades
oacutesseas para colocaccedilatildeo de implantes dentaacuterios surgiram as teacutecnicas de enxertos
oacutesseos Inicialmente era utilizado osso autoacutegeno da regiatildeo intra-bucal gerando
algumas desvantagens devido a morbidade do siacutetio doador podendo gerar dor
parestesias hematoma Como alternativa surgiu possibilidade de utilizaccedilatildeo de
biomateriais para reconstruccedilotildees maxilares no qual foi utilizado neste caso o Bio-
Oss e obteve um resultado excelente em relaccedilatildeo aacute formaccedilatildeo oacutessea formando
29
extensa regiatildeo de osso denso ao redor dos implantes Assim atraveacutes de uma
revisatildeo sistemaacutetica criacutetica de trabalhos cliacutenicos controlados randomizados
evidenciou que substitutos de ossos autoacutegenos podem ser utilizados obtendo
sucesso Concluindo assim que a colocaccedilatildeo de implantes concomitantes com
enxertias oacutesseas natildeo interferem no processo de reparo oacutesseo e nem na
estabilizaccedilatildeo dos implantes e mostrou-se um tratamento viaacutevel para o presente
caso cliacutenico
Souza et al (2010) realizaram uma revisatildeo da literatura das principais
aplicaccedilotildees e indicaccedilotildees dos enxertos de bancos de ossos na Odontologia Os
enxertos oacutesseos autoacutegenos satildeo eleitos como os de primeira escolha pela sua
eficiecircncia biosseguranccedila e facilidade de obtenccedilatildeo poreacutem apresentam algumas
desvantagens e limitaccedilotildees A utilizaccedilatildeo de homoenxertos provenientes de bancos
de ossos representa uma alternativa aos enxertos oacutesseos autoacutegenos e demonstra
ser uma ferramenta bastante uacutetil para a odontologia com a finalidade de regenerar o
tecido oacutesseo perdido dos maxilares Os autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de
homoenxertos provenientes de bancos de ossos demonstra ser uma ferramenta
bastante uacutetil para a odontologia com a finalidade de regenerar o tecido oacutesseo
perdido dos maxilares Faz-se necessaacuterio que mais bancos de coleta e preparo do
tecido oacutesseo sejam instalados nos hospitais para que esta opccedilatildeo torne-se viaacutevel e
acessiacutevel a um nuacutemero maior de serviccedilos que atuam com reconstruccedilotildees oacutesseas
Aloy-Proacutesper et al (2011) realizaram uma revisatildeo bibliograacutefica sobre
regeneraccedilatildeo oacutessea usando partiacuteculas de enxertos Foram avaliados os resultados
obtidos bem como as complicaccedilotildees de teacutecnicas cirurgircas e as taxas de
sobrevivecircncia e sucesso de implantes colocados nestas aacutereas regeneradas Foram
identificados 64 artigos dos quais 53 foram excluiacutedos em 14 casos de partiacuteculas de
enxerto foi combinado com o bloco de enxerto em quatro casos natildeo ocorreu
defeitos periimplantares durante a colocaccedilatildeo do implante Quanto agrave taxa de sucesso
dos implantes nem todos os estudos bem definidos utilizaram os criteacuterios de
sucesso tornando difiacutecil a comparaccedilatildeo Com base nos criteacuterios de sucesso de
Albrektsson houve uma taxa de sucesso de 932 dois anos apoacutes o carregamento
(857 na maxila superior e 100 na mandiacutebula) Quando os criteacuterios eram do
cortador e Ederer houve uma taxa de sucesso de 857 trecircs anos apoacutes o
carregamento A conclusatildeo dos autores foi de que enxertos de partiacuteculas satildeo
30
eficazes na correccedilatildeo localizada de defeitos do processo alveolar com poucas
complicaccedilotildees e a taxa de sucesso satildeo sempre elevadas variando de 875 a 100
Oliveira Diebold e Silva (2011) analisaram as estruturas da regiatildeo maxilar de
interesse na implantodontia por meio de imagens de tomografia computadorizada
buscando uma avaliaccedilatildeo qualitativa e quantitativa da densidade oacutessea Foram
utilizadas imagens de tomograacutefia computadorizada por raios X obtidas da regiatildeo
maxilar de 31 pacientes avaliados para a colocaccedilatildeo de implantes As regiotildees de
interesse analisadas (seio maxilar fossa nasal tuberosidade maxilar e foramem
naso-alveolar) foram delimitadas de modo semi-automaacutetico com o auxiacutelio da
ferramenta ldquoCell Outlinerrdquo pelo software ImageJ Essas regiotildees foram analisadas nos
cortes axiais cortes sagitais e coronais obtidos pelo TC e com o software A partir
da delimitaccedilatildeo das regiotildees de interesse (ROI) foram determinados os valores
meacutedios e desvio padratildeo do nuacutemero CT em HU (Hounsfield) O nuacutemero CT de uma
imagem tomograacutefica representa o valor de cada pixel que compotildee a imagem esta
relacionada com o coeficiente de atenuaccedilatildeo linear dos tecidos contidos em um voxel
correspondente Estes valores constituem-se em uma informaccedilatildeo importante tanto
para a avaliaccedilatildeo quantitativa das densidades oacutesseas como para a produccedilatildeo de uma
metodologia de realce das estruturas de interesse em implantodontia Com anaacutelise
dos dados obtidos para cada paciente nas estruturas analisadas foi observado que
as regiotildees do seio maxilar e a fossa nasal satildeo semelhantes mas estatisticamente
diferentes Estas satildeo regiotildees pneumaacuteticas que em consequumlecircncia da presenccedila do
ar possuem medidas de nuacutemero CT semelhantes a fossa nasal apresenta uma
estrutura mais irregular e obteve-se uma diferenccedila estatisticamente significativa
entre estas duas regiotildees estudadas O foramem naso-alveolar e a tuberosidade satildeo
regiotildees distintas porque a tuberosidade eacute um osso trabecular de densidades
heterogecircneas que possui a meacutedia do nuacutemero CT maior que a meacutedia do foramen
naso-alveolar que se trata de uma estrutura tubular de densidade homogecircnea para
passagem do feixe vasculo-nervoso Com a comparaccedilatildeo das estruturas analisadas
pelo meacutetodo ANOVA entre pacientes masculinos e femininos evidenciou-se que natildeo
existe diferenccedila estatisticamente significativa entre sexos As conclusotildees obtidas
neste trabalho mostraram que o nuacutemero CT eacute uma medida eficiente para
caracterizar estruturas do corpo humano Os dados obtidos com a anaacutelise das
meacutedias do nuacutemero CT de cada regiatildeo estudada nos permite caracterizar
separadamente cada regiatildeo
31
3 MATERIAS E MEacuteTODOS
O presente trabalho aborda a descriccedilatildeo de quatro casos cliacutenicos que foram
selecionados dos prontuaacuterios de pacientes enxertados submetidos agrave tomografia
computadorizada Cone Beam no periacuteodo preacute-enxerto e apoacutes o procedimento
ciruacutergico das cliacutenicas radiograacuteficas ldquoCliacutenica Odonto Imagem Radiologiardquo situada em
Balneaacuterio Camboriuacute (SC) e ldquoCliacutenica Radioimagemrdquo situada em Itajaiacute (SC)
Foram incluiacutedos no estudo os laudos radiograacuteficos de pacientes que atendem
as seguintes caracteriacutesticas pacientes de ambos os sexos com bom estado de
sauacutede geral idade de quarenta a setenta anos que foram submetidos a enxerto
oacutesseo em regiatildeo de maxila
Primeiramente foi realizada uma coleta de dados junto aos laudos
radiograacuteficos emitidos pelas cliacutenicas citadas Foram selecionados os casos e
posteriormente foi acessado agraves imagens tomograacuteficas dos pacientes
Os exames tomograacuteficos computadorizado de aquisiccedilatildeo volumeacutetrica (cone
beam) foram realizados atraveacutes de cortes parasagitais de espessura de 2mm e
distacircncia de 1 mm entre os cortes
Na segunda etapa foi efetuada a anaacutelise das tomografias observando as
imagens preacute e poacutes-ciruacutergicas simultaneamente nesse momento delimitou-se a aacuterea
do leito receptor e do material enxertado Utilizando o programa Planmeca Romexis
Viewer acessou-se as imagens fornecidas digitalmente analisando primeiramente
as imagens do leito receptor por meio de trecircs traccedilados (em planos perpendiculares)
realizados com o auxiacutelio da ferramenta denominada Linha Hounsfield que nos
fornece a densidade oacutessea do local traccedilado e uma meacutedia do mesmo Foi realizada
uma meacutedia aritmeacutetica simples dos trecircs traccedilados resultando uma meacutedia de
densidade oacutessea que foi enquadrada na escala O mesmo procedimento foi
realizado na aacuterea do material enxertado
Com a posse destes valores meacutedios comparou-se a densidade oacutesseo do leito
receptor com a densidade oacutessea do material enxertado
32
Os dados seratildeo divulgados atraveacutes de painel exposto no bloco de Odontologia
e apresentaccedilatildeo oral Uma coacutepia da pesquisa concluiacuteda seraacute enviada agraves Cliacutenicas
envolvidas na pesquisa
O projeto de pesquisa foi aprovado pela Comissatildeo de Eacutetica em Pesquisa
sobre o nuacutemero 44610
33
4 RESULTADOS
De acordo com a tabela a seguir podemos expressar de forma resumida os
resultados obtidos atraveacutes da pesquisa comparando os mesmos com a escala de
Misch
Paciente (P1) MS sexo feminino com idade de 49 anos apresentando bom
estado de sauacutede geral No dia 28 de outubro de 2009 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes (Figura 1)
34
Figura 1 Vista panoracircmica preacute-enxertia
A densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield
obteve os seguintes resultados Axial (Z) = 7650 Coronal (Y) = 5196 Sagital (X)
= 7818
No dia 29 de janeiro de 2010 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
homoacutegeno O material proveniente do Banco de Tecidos Muacutesculo Esqueleacuteticos HC-
UFPR consistia de um bloco cortical de Fecircmur medindo 30x20mm lote C0917 FD
BC 26 processado no dia 15 de julho de 2009 com validade de 5 anos conservado
a temperatura abaixo de -40ordmC O osso foi particulado e acrescido de lincomicina
No dia 19102010 foram realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da
densitometria oacutessea do material enxertado e obtiveram os seguintes resultados
Axial (Z) = 6590 Coronal (Y) = 4986 Sagital (X) = 2948 (Figura 2)
35
Figura 2 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
Paciente (P2) AWU sexo feminino com idade de 67 anos apresentando
bom estado de sauacutede geral no dia 29 de agosto de 2009 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes A
densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield obteve os
seguintes resultados Axial (Z) = 7104 Coronal (Y) = 7002 Sagital (X) = 10412
(Figura 3)
Figura 3 Vista panoracircmica preacute-enxertia
No dia 06 de novembro de 2009 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
36
homoacutegeno O material proveniente do Banco de Tecidos Muacutesculo Esqueleacuteticos HC-
UFPR consistia de um bloco cortical de Fecircmur medindo 30x20mm lote C0917 FD
BC 39 processado no dia 15 de julho de 2009 com validade de 5 anos conservado
a temperatura abaixo de -40ordmC O osso foi particulado e acrescido de lincomicina
Passado o periacuteodo de 10 meses apoacutes o procedimento ciruacutergico foram
realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da densitometria oacutessea do material
enxertado e obtiveram os seguintes resultados Axial (Z) = 6972 Coronal (Y) =
8138 Sagital (X) = 4984 (Figura 4)
Figura 4 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
Paciente (P3) IS sexo feminino com idade de 42 anos apresentando bom
estado de sauacutede geral no dia 13 de Novembro de 2007 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes A
densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield obteve os
seguintes resultados Axial (Z) = 4917 Coronal (Y) = 3481 Sagital (X) = 4207
(Figura 5)
37
Figura 5 Vista panoracircmica preacute-enxertia
No dia 26 de Novembro de 2007 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
autoacutegeno tendo como aacuterea doadora a regiatildeo de ramo mandibular
Passado o periacuteodo de 09 (nove) meses apoacutes o procedimento ciruacutergico foram
realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da densitometria oacutessea do material
enxertado e obtiveram os seguintes resultados Axial (Z) = 7176 Coronal (Y) =
5443 Sagital (X) = 5638 (Figura 6)
Figura 6 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
38
Paciente (P4) ATL sexo feminino com idade de 45 anos apresentando
bom estado de sauacutede geral no dia 18 de Agosto de 2009 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes A
densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield obteve os
seguintes resultados Axial (Z) = 6028 Coronal (Y) = 6681 Sagital (X) = 6397
(Figura 7)
Figura 7 Vista panoracircmica preacute-enxertia
No dia 09 de Outubro de 2009 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
autoacutegeno tendo como aacuterea doadora a regiatildeo de ramo mandibular
Passado o periacuteodo de 4 (quatro) meses apoacutes o procedimento ciruacutergico foram
realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da densitometria oacutessea do material
enxertado e obtiveram os seguintes resultados Axial (Z) = 8549 Coronal (Y) =
9340 Sagital (X) = 8624 (Figura 8)
39
Figura 8 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
40
5 DISCUSSAtildeO
Em Odontologia a tomografia computadorizada tem demonstrado ser o
meacutetodo de eleiccedilatildeo para a determinaccedilatildeo da densidade oacutessea na regiatildeo dos
maxilares pois fornece dados objetivos precisos da variaccedilatildeo da densidade oacutessea
entre diferentes regiotildees em um mesmo indiviacuteduo A tomografia computadorizada eacute o
uacutenico meacutetodo que permite avaliar osso cortical e medular separadamente com a
vantagem de que as informaccedilotildees tridimensionais satildeo apresentadas em uma seacuterie de
cortes finos da estrutura interna da parte estudada onde as informaccedilotildees resultantes
natildeo sofrem superposiccedilatildeo por estruturas anatocircmicas (SANTIAGO e VITRAL 2006)
Logo a tomografia computadorizada eacute um meacutetodo de escolha na avaliaccedilatildeo
qualitativa e quantitativa de enxertos em seio maxilar (ZEacuteTOLA et al 2002)
Bassi et al (2009) citaram que para o sucesso da reabilitaccedilatildeo com implantes
dentaacuterios eacute imprescindiacutevel que seja levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
rebordo residual e tambeacutem a qualidade de osso para a estabilidade do implante
Aleacutem disso o osso disponiacutevel (volume) deve ser avaliado em sua densidade
o que determinaraacute sua resistecircncia Densidade eacute a relaccedilatildeo entre a massa e o volume
de um corpo e o meacutetodo de avaliaccedilatildeo da densidade mineral oacutessea eacute denominado
densitometria As unidades de medidas mais empregadas satildeo gcmsup2 (densidade por
aacuterea) gcmsup3 (densidade por volume) ou HU (unidade Hounsfield) (CAUacuteLA
MACHADO BARBOSA 2000)
A densidade oacutessea eacute diretamente relacionada agrave resistecircncia do tecido oacutesseo
antes da fratura Uma diferenccedila de dez vezes na resistecircncia do tecido oacutesseo pode
ser observada entre o osso D1 e D4 O osso D2 exibe uma resistecircncia agrave
compressatildeo 47 a 68 maior se comparado com o D3 (MISCH 2000)
O osso com densidade 2 (D2) eacute uma combinaccedilatildeo de osso compacto denso
para poroso na porccedilatildeo externa e osso trabecular grosso na porccedilatildeo interna Na
superfiacutecie e nas proporccedilotildees laterais do implante oferece uma interface inicial riacutegida
A densidade oacutessea D2 eacute mais comumente encontrada na mandiacutebula A regiatildeo
anterior da mandiacutebula apresenta este tipo oacutesseo em 23 dos casos O osso com
densidade 3 (D3) eacute composto de uma cortical oacutessea fina na crista e osso trabecular
fino no interior Uma das desvantagens desse tipo oacutesseo eacute a delicadeza com a qual
esse osso deve ser manipulado Quanto menor for a densidade mais facilmente o
41
osso eacute expandido para que implantes sejam inseridos A regiatildeo anterior da maxila
apresenta em 65 dos casos o osso D3 e em quase metade dos casos o osso
D3 eacute encontrado tambeacutem na regiatildeo posterior da maxila O osso menos denso D4
tem sido relatado em aproximadamente 40 dos casos eacute encontrado na parte
posterior da maxila especialmente na regiatildeo dos molares ou apoacutes levantamento do
seio maxilar (CAUacuteLA MACHADO BARBOSA 2000 BUSCATTI 2003)
Em 1988 Misch realizou uma pesquisa tendo como base de estudos a escala
apresentada por Hounsfield que tem como objetivo a diferenciaccedilatildeo de densidades
de oacutergatildeos do corpo pela diferenccedila de tons de cinza atraveacutes da tomografia A partir
desta Misch propocircs uma nova escala o qual associou nuacutemeros aos tipos oacutesseos
relacionando numericamente os valores aos tipos oacutesseos
No periacuteodo preacute-enxertia foi verificado que em todos os casos estudados a
densidade presente na regiatildeo de leito receptor caracteriza osso tipo D3 Sendo esta
densidade compatiacutevel com a regiatildeo anterior e posterior da maxila
Apoacutes 10 meses dos enxertos homoacutegenos serem realizados (P1 e P2)
observou-se que a densidade em unidades HU diminuiu na maioria dos eixos
avaliados somente no eixo coronal da P2 que apresentou um leve aumento Apesar
desta variaccedilatildeo de valores natildeo houve mudanccedila da qualidade oacutessea Tanto o osso
neoformado quanto o do leito receptor mantiveram-se qualidade de osso D3
Nos casos onde o material de escolha foi osso autoacutegeno observou-se atraveacutes
da densidade em unidades HU aumento dos valores em todos os eixos avaliados
Entre os dois casos (P3 e P4) houve uma pequena diferenccedila entre os valores que
atraveacutes da escala proposta por Misch resultou na diferenccedila que no caso P3 o
material enxertado natildeo apresentou alteraccedilatildeo na qualidade em relaccedilatildeo agrave aacuterea
receptora Jaacute no caso P4 o material enxertado caracteriza-se como qualidade oacutessea
D2 Suponha-se que esta diferenccedila entre a densidade do material enxertado nestes
dois casos seja devido ao grau de condensaccedilatildeo do material na regiatildeo tamanho das
partiacuteculas e quantidade de material enxertado Os dados obtidos natildeo correspondem
a uma populaccedilatildeo em geral devido a pequena quantidade de amostras e se tratando
de um relato de caso cliacutenico
Pinto et al (2007) comenta que os enxertos autoacutegenos satildeo os uacutenicos entre os
tipos de enxerto oacutesseo a fornecer ceacutelulas oacutesseas vivas imunocompatiacuteveis
essenciais agrave fase I da osteogecircnese que eacute responsaacutevel pela proliferaccedilatildeo das ceacutelulas
oacutesseas em especial do osteoacuteide assim quanto mais ceacutelulas vivas forem
42
transplantadas mais tecido oacutesseo seraacute formado Kuabara et al (2000) concluiacuteram
que a pequena morbidade poacutes-operatoria da regiatildeo doadora do enxerto elege a
regiatildeo retromolar inferior como uma excelente opccedilatildeo ciruacutergica para reabilitaccedilatildeo de
pequenos defeitos oacutesseos Jaacute Cyriaco e Azevedo (2006) relatam que quando se
trata de enxertos menores as melhores aacutereas doadoras para regiatildeo oral seriam o
mento e a regiatildeo retromolar e para maiores quantidades a crista iliacuteaca a calota
craniana a costela e a tiacutebia
Pereira et al (2009) enxerto com osso autoacutegeno eacute considerado padratildeo ouro
para reconstruccedilatildeo de defeitos oacutesseos residuais Algumas teacutecnicas ciruacutergicas podem
ser realizadas abrangendo aacutereas doadoras extra e intrabucais dependendo do grau
de perda oacutessea planejamento ciruacutergico-proteacutetico e das condiccedilotildees gerais do
paciente O osso autoacutegeno cortical oferece excelente suporte estrutural para o siacutetio
receptor sendo uma excelente alternativa para segmentos de defeitos maiores que
5 ou 6 cm que requerem suporte estrutural imediato restabelecendo devidamente a
funccedilatildeo
Gonccedilalves (2008) concluiu que implantes instalados em enxertos de seio maxilar
com a ajuda de substitutos oacutesseos apresentam uma taxa de sucesso cliacutenico de
9009
O osso mais indicado para enxertia eacute o autoacutegeno pela sua eficiecircncia
bioseguranccedila e facilidade de obtenccedilatildeo e uma alternativa para sua substituiccedilatildeo eacute o
homoacutegeno por ter caracteriacutesticas a longo prazo semelhantes embora o iacutendice de
reabsorccedilatildeo ser maior (DEL VALE et al 2006 SOUZA et al 2010 GONCcedilALVEZ et
al 2009) O enxerto de osso homoacutelogo eacute uma alternativa viaacutevel para reconstruccedilatildeo
de rebordos alveolares severamente atroacuteficos ao mesmo tempo em que reduz a
morbidade e os riscos inerentes aos procedimentos de enxertos autoacutegenos como
dor parestesia e hematomas (MOLON et al 2009 PIFFER et al2010) Ele mostra-
se efetivo conforme Contar et al (2009) que realizou 51 implantes sobre enxerto
homoacutegeno alcanccedilando o torque miacutenimo de 40N(newton) em todos eles natildeo
havendo problema em nenhum implante em um periacuteodo de acompanhamento de 24
a 35 meses
Ajzen et al (2005) comenta do uso de fatores indutores como plasma rico em
plaquetas sugerindo uma melhor qualidade e quantidade oacutessea necessaacuteria para
reconstruccedilatildeo proteacutetica atraveacutes de implantes oacutesseo integrados A associaccedilatildeo do
bloco de osso homoacutegeno agrave medula oacutessea autoacuteloga parece representar uma
43
alternativa terapecircutica para se minimizar os niacuteveis de reabsorccedilatildeo dos materiais de
enxertia (COSTA et al 2009)
Faz-se necessaacuterio a coleta de mais casos para se obter um tratamento
estatiacutestico que possibilite uma comprovaccedilatildeo da previsibilidade da densidade oacutessea
com os materiais enxertados e variaccedilotildees de teacutecnicas ciruacutergicas
44
6 CONCLUSAtildeO
Conclui-se que o enxerto oacutesseo autoacutegeno e procedente de banco de ossos
demonstra-se eficaz na reabilitaccedilatildeo de pacientes que apresentam maxilas atroacuteficas
e que necessitam de implantes dentaacuterios para a reabilitaccedilatildeo proteacutetica
A densidade obtida do material enxertado eacute semelhante a densidade do
tecido oacutesseo adjacente necessitando de mais casos para esta comprovaccedilatildeo
45
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AJZEN S A et al Anaacutelise por tomografia computadorizada do enxerto autoacutegeno na cirurgia de sinus lift Radiol bras Rio de Janeiro v 38 n 1 p 25-31 janfev 2005 ALOY-PROacuteSPER A et al Bone regeneration using particulate grafts an update Med oral patol oral cir bucal Valencia v16 n2 p210-214 Mar 2011 ARAUacuteJO JMS de et al Enxerto oacutesseo bovino como alternativa para cirurgias de levantamento de assoalho de seio maxilar Rev cir traumatol buco-maxilo-fac Recife v9 n 3 p 89-96 julset 2009
BASSI A P F CARNEIRO G P Avaliaccedilatildeo do iacutendice de sucesso dos enxertos autoacutegenos e dos implantes instalados em regiatildeo do seio maxilar Implant News Satildeo Paulo v7 n2 p257-260 dez 2009
BLAY A TUNCHEL S SENDYK W R Viabilidade dos enxertos autoacutegenos obtidos com a utilizaccedilatildeo de coletores para osso estudo histoloacutegico e microbioloacutegico Pesqui Odontol Bras Satildeo Paulo v 17 n 3 p 234-40 julset 2003 BUSCATTI M Y Contribuiccedilatildeo para o estudo das densidades oacutesseas maxilomandibulares por meio da escala tomodensitomeacutetrica de Hounsfield quando da aplicaccedilatildeo de programa computadorizado para planejamento de implantes osseointegrados 2003 122f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Radiologia) - Faculdade de Odontologia da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2003 CAUacuteLA A L MACHADO F O de BARBOZA E P Densidade Oacutessea no planejamento em Implantodontia BCI Curitiba v 7 n 25 2000
CHEM RC et al Uso de retalho livre de fiacutebula no complexo bucomaxila-facial ndash Relato de dois casos Rev Cir Traumatol Buco-maxilo-fac Camaragibe v5 n4 p 23-30 outdez 2005 CONTAR C M M et al Maxillary ridge augmentation with fresh-frozen bone allografts J Oral Maxillofac Surg Copenhagen v67 n6 p1280-1285 June 2009 COSMO L A M et al Enxerto oacutesseo em levantamento de seio maxilar com osso humano fresco congelado ImplantNews Satildeo Paulo v 4 n 3 p 249-253 2007 COSTA C E S da et al Utilizaccedilatildeo de medula oacutessea autoacuteloga na integraccedilatildeo de enxertos oacutesseos homoacutelogos ImplantNews Satildeo Paulo v 6 n 4 p 395-402 2009
CYRIACO E AZEVEDO D Enxertos oacutesseos aplicados na cirurgia buccedilo-maxilo facial Cispre [on line] Petroacutepolis 27 jul 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcisprecombracervo_detalhesaspId=60gt Acesso em 20 abr 2011
DEL VALLE R A CARVALHO M L de GONZALEZ M R Estudo do comportamento de enxerto oacutesseo com material doador obtido dos bancos de tecidos muacutesculos-esqueleacuteticos Rev odontol Univ Cid Satildeo Paulo Satildeo Paulo v 18 n 2 p 189-194 maioago 2006
46
GARCIA JUacuteNIOR I R et al Avaliaccedilatildeo cliacutenica de enxertos oacutesseos autoacutegenos de crista iliacuteaca em maxilas atroacuteficas para instalaccedilatildeo de implantes oacutesseointegraacuteveis Innov implant j biomater esthet (Impr) Satildeo Paulo v 1 n 1 p 34-40 maio 2006 GONCcedilALVES A R de Q Avaliaccedilatildeo do sucesso de implantes osseointegraacuteveis em enxerto de seio maxilar RGO (Porto Alegre) Porto Alegre v 56 n 4 p 423-427 outdez 2008 GONCcedilALVES A O et al Avaliaccedilatildeo histomorfoloacutegica de maxilares humanos submetidos a enxerto oacutesseo autoacutegeno e homoacutegeno Implant News Satildeo Paulo v7 n2 p213-222 nov 2009
JAHN R S et al Retalho em dupla paacutegina Innov implant j biomater esthet Satildeo Paulo v 4 n 3 p 20-24 setdez 2009
KUABARA M R et al Levantamento de seio maxilar utilizando enxerto autoacutegeno da regiatildeo retromolar e simultacircnea colocaccedilatildeo de implantes ossointegrados Relato de caso cliacutenico ROBRAC Goiacircnia v 9 n 28 p 14-17 2000
MAZZONETTO R et al Avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de enxertos de siacutenfise mandibular na reconstruccedilatildeo de defeitos oacutesseos em regiatildeo anterior de maxila estudo por meio de tomografia convencional linear Rev bras implant Satildeo Paulo v 6 n 1 p 19-22 janmar 2000
MISCH C E et al Doaccedilatildeo de enxertos oacutesseos autoacutegenos extra orais para implantes endo oacutesseo In Implantes Dentaacuterios Contemporacircneos 2ordm ed Satildeo Paulo Santos 2000 cap 33 p 521-535 MOLON R S de et al Reconstruccedilatildeo de maxila atroacutefica utilizando enxerto oacutesseo homoacutegeno Rev Cir Traumatol Buco-Maxilo-fac Camaragibe v 9 n 4 p 25-30 outdez 2009 OLIVEIRA FILHO M A de et alReconstruccedilatildeo de defeito de continuidade em mandiacutebula com posterior reconstruccedilatildeo alveolar RGO (Porto Alegre) Porto Alegre v 55 n 3 p 305-310 julset 2007 OLIVEIRA H W de DIEBOLD E SILVA A M M da Avaliaccedilatildeo da regiatildeo maxilar em imagens de tc por raios x para o uso em implantodontia e cirurgia bucomaxilofaciaL Disponiacutevel em lthttpwwwpucrsbrunipoafisicapesquisasnimedartigosArtigo20Canal20CientEDficopdfgt Acesso em 20 de Junho de 2011 PEREIRA C C S et al Enxertos oacutesseos autoacutegenos mandibulares para reconstruccedilatildeo de processos alveolares atroacutefi cos revisatildeo e teacutecnica ciruacutergica Innov Implant J Biomater Esthet Satildeo Paulo v 4 n 3 p 96-102 setdez 2009 PICCINELLI L B et al Estudo retrospectivo de 59 pacientes tratados com enxertos oacutesseos autoacutegenos intrabucais e implantes dentais Innov Implant J Biomater Esthet Satildeo Paulo v 4 n 3 p 30-34 setdez 2009 PIFFER C S et al Levantamento de seio maxilar utilizando Bio-Oss concomitante com a instalaccedilatildeo de implantes ImplantNews Satildeo Paulo v 7 n 4 p 489-495 2010
47
PINTO J G S et al Enxerto autoacutegeno x biomateriais no tratamento de fraturas e deformidades faciais ndash uma revisatildeo de conceitos atuais RFO UPF Passo Fundo v 12 n 3 p 79-84 setdez 2007 RIBEIRO JUacuteNIOR O et al Princiacutepios da reconstruccedilatildeo mandibular com enxerto oacutesseo vascularizado Rev cir traumatol buco-maxilo-fac Recife v 8 n 1 p 15 ndash 22 janmar 2008 RODRIGUES A F VITRAL R W F Aplicaccedilotildees da Tomografia Computadorizada na Odontologia Pesq Bras Odontoped Clin Integr Joatildeo Pessoa v 7 n 3 p 317-324 setdez 2007 SANTIAGO R C VITRAL R W F Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da densidade mineral oacutessea e seu emprego na odontologia Pesq Bras Odontoped Clin Integr Joatildeo Pessoa v6 n3 p 289-294 setdez 2006 SILVEIRA A C G WASSALL T Anaacutelise da aacuterea doadora de enxerto mandibular por meio de tomografia computadorizada do feixe cocircnico para avaliaccedilatildeo da remodelaccedilatildeo oacutessea RGO (Porto Alegre) Porto Alegre v 57 n 1 p 61-65 janmar 2009 SOUSA J N L de et al Avaliaccedilatildeo dos enxertos homoacutegenos como substitutos aos enxertos autoacutegenos na fixaccedilatildeo de implantes osteointegrados uma revisatildeo sistemaacutetica da literatura Innov Implant J Satildeo Paulo v 4 n 3 p 54-57 setdez 2009 SOUZA D O et al Aplicaccedilotildees de enxertos de bancos de ossos em odontologia R Ci meacuted biol Salvador v 9 n 1 p 45-48 2010 SPIN-NETO R et al Tecido oacutesseo homoacutelogo para utilizaccedilatildeo em Odontologia Implant News Satildeo Paulo v7 n4 p555-560 dez 2009 TANAKA R et al Incorporaccedilatildeo dos enxertos oacutesseos em bloco processos bioloacutegicos e consideraccedilotildees relevantes Conscientia e sauacutede Satildeo Paulo v 7 n 3 p 323-327 2008 ZEacuteTOLA A L et al Reconstruccedilatildeo do seio maxilar atroacutefico com enxerto autoacutelogo de crista iliacuteaca avaliaccedilatildeo por tomografia computadorizada e radiografia panoracircmica Rev col bras cir Rio de Janeiro v 29 n 1 p 13-18 janfev 2002
11
computadorizada e para a radiografia panoracircmica a diferenccedila foi miacutenima entre os
observadores sem significado O ganho meacutedio foi de 148mm em todos os
procedimentos com erro maior que 3mm em 16 procedimentos (64) Os autores
concluiacuteram que a tomografia computadorizada foi o meacutetodo de escolha na avaliaccedilatildeo
qualitativa e quantitativa da incorporaccedilatildeo de enxerto autoacutelogo natildeo vascularizado em
seio maxilar atroacutefico
Blay Tunchel e Sendyk (2003) avaliaram a viabilidade microbioloacutegica e
histoloacutegica de tecido oacutesseo que ateacute a data tem sido ignorado em oacutesseos integrados
em cirurgias de implante Foram selecionados trinta pacientes sendo 13 homens e
17 mulheres com meacutedia de idade de 54 anos estando em bom estado de sauacutede
geral Os criteacuterios de seleccedilatildeo foram pacientes com perda de um ou mais elementos
dentaacuterios e com atrofia alveolar moderada Foi adotada uma teacutecnica baseada no uso
de coletores de osso para a obtenccedilatildeo de material oacutesseo autoacutegeno sem ter que
envolver um segundo (intra-oral ou extra-oral) aacuterea ciruacutergica para a obtenccedilatildeo de
osso autoacutegeno As amostras foram obtidas durante o processo de perfuraccedilatildeo do
osso alveolar utilizando dois tipos de coletores de ossos especiais As mesmas
foram utilizadas para o preenchimento de falha oacutessea Uma pequena amostra do
material coletado foi enviado para anaacutelise microbioloacutegica e histoloacutegica Os retalhos
foram fechados com Donath thread tipo de cirurgia e suturas simples individual
Apoacutes o periacuteodo de 6 a 8 meses foi realizada a reabertura na aacuterea da instalaccedilatildeo dos
implantes e realizado bioacutepsias na aacuterea de deiscecircncia para fornecer pequenos
fragmentos de ossos para anaacutelise histoloacutegica Para analise microbiana as amostras
foram transportadas em meio de tioglicolato e incubados por 24 horas a uma
temperatura de 36 plusmn 1 ordm C em condiccedilotildees aeroacutebias e anaeroacutebias a fim de avaliar a
presenccedila de contaminaccedilatildeo bacteriana As bacteacuterias encontradas nas amostras natildeo
apresentaram patogenicidade ou virulecircncia suficiente para prejudicar o enxerto ou
implante de forma alguma A avaliaccedilatildeo histoloacutegica das amostras mostrou que
mesmo em um estado de partiacuteculas a estrutura oacutessea foi bem preservada contendo
um grande nuacutemero de osteoacutecitos no interior da matriz calcificada sugerindo que a
viabilidade do tecido oacutesseo era mantida No periacuteodo de segunda fase mostraram
uma estrutura oacutessea histoloacutegica semelhante agrave do osso secundaacuterio Os autores
concluiacuteram que clinicamente assim como histologicamente o meacutetodo de coleta foi
capaz de preservar as ceacutelulas com capacidade de induccedilatildeo oacutessea
12
Buscatti (2003) avaliou as densidades oacutesseas das porccedilotildees medulares e
corticais maxilomandibulares por meio da escala tomodensitomeacutetrica de Hounsfield
utilizada nos exames de tomografia computadorizada A amostra foi composta por
12 pacientes de ambos os sexos Em cada aacuterea foi realizada a mensuraccedilatildeo da
densidade oacutessea por meio de uma ferramenta especiacutefica onde se avaliou a
qualidade oacutessea das corticais vestibular lingual ou palatina da base da mandiacutebula
ou assoalho do seio maxilarfossa nasal e da regiatildeo central do trabeculado oacutesseo
Para cada aacuterea foi mensurado o valor meacutedio de densidade e seu desvio padratildeo
Para a anaacutelise estatiacutestica dividiram-se os dados em dois grupos o primeiro com as
aacutereas correspondentes agrave regiatildeo anterior dos arcos e o segundo para a regiatildeo
posterior Para cada arco foi obtido 6 valores de densidade oacutessea para a porccedilatildeo
medular e cada cortical oacutessea da a regiatildeo anterior e 10 valores para a regiatildeo
posterior Uma anaacutelise inicial dos valores tomodensitomeacutetricos de Hounsfield (escala
Hounsfield) obtidos nesse presente estudo mostra de maneira geral que a
densidade oacutessea quando analisada sem distinccedilatildeo de gecircnero arco ou regiatildeo
apresenta-se na meacutedia maior na cortical oacutessea do que na porccedilatildeo medular situaccedilatildeo
constante em todas as anaacutelises realizadas durante esse estudo e cujo valor era
esperado devido ao maior grau de mineralizaccedilatildeo da cortical em relaccedilatildeo agrave medular
oacutessea O autor concluiu que quando da anaacutelise das densidades oacutesseas nos gecircneros
masculino e feminino natildeo houve diferenccedila estatisticamente significante para seus
valores tanto nas corticais quanto na porccedilatildeo medular A anaacutelise das densidades
oacutesseas em funccedilatildeo das regiotildees anatocircmicas (anterior e posterior) demonstrou
diferenccedila estatisticamente significante entre elas para os valores da porccedilatildeo medular
Em relaccedilatildeo aos arcos (superior e inferior) houve diferenccedila estatisticamente
significante entre eles para os valores das corticais vestibular lingual ou palatina e
base da mandiacutebula ou assoalho do seio maxilarfossa nasal
Ajzen et al (2005) quantificaram por meio da TC a formaccedilatildeo oacutessea nos
enxertos realizados apenas com osso autoacutegeno e nos enxertos com osso autoacutegeno
e plasma rico em plaquetas (PRP) obtido pelos meacutetodos de centrifugaccedilatildeo e afeacuterese
comparando seis meses depois os trecircs tipos de enxertos realizados Este estudo
utilizou como amostra 34 pacientes adultos de ambos os sexos (sete do sexo
masculino e 28 do sexo feminino) sem distinccedilatildeo de raccedila com idades entre 23 e 65
anos idade meacutedia de 48 anos e 8 meses que foram previamente avaliados por
radiografias panoracircmicas A avaliaccedilatildeo constou dos seguintes itens pneumatizaccedilatildeo
13
unilateral ou bilateral dos seios maxilares relacionada agraves perdas dentaacuterias e que
necessitavam de enxertos oacutesseos Nestes 34 pacientes foram operados 53 seios
maxilares sendo a amostra dividida em trecircs grupos grupo afeacuterese pacientes que
receberam enxerto de osso autoacutegeno e PRP obtido pelo meacutetodo de afeacuterese grupo
centriacutefuga pacientes que receberam enxerto de osso autoacutegeno e PRP obtido pelo
meacutetodo de centrifugaccedilatildeo e grupo osso autoacutegeno pacientes que receberam enxerto
apenas de osso Foram realizados exames preacute-operatoacuterios radiograacuteficos radiografia
periapical radiografia panoracircmica e TC Esses exames foram repetidos seis meses
apoacutes a intervenccedilatildeo ciruacutergica para a avaliaccedilatildeo da quantificaccedilatildeo oacutessea cortical e
medular da regiatildeo enxertada Para analisar o crescimento oacutesseo obtiveram-se as
meacutedias e os desvios-padratildeo (que mede a variabilidade dos dados) para a altura e a
largura considerando os trecircs grupos (afeacuterese centriacutefuga e osso autoacutegeno) e as
diferenccedilas entre as medidas finais e iniciais Para verificar se existe diferenccedila
significativa entre os crescimentos meacutedios foi feita a anaacutelise de variacircncia para
medidas repetidas (ANOVA) O niacutevel de significacircncia (p) foi fixado em um valor
menor ou igual a 005 (5) para a rejeiccedilatildeo da hipoacutetese de nulidade Pela avaliaccedilatildeo
da TC houve crescimento do remanescente oacutesseo em altura nos trecircs grupos
quando comparados os momentos inicial e final do experimento Natildeo houve
diferenccedila estatiacutestica para a altura (p= 0078) e para a largura (p = 0556) Os autores
concluiacuteram que apesar dos resultados natildeo serem estatisticamente significantes
evidecircncias cliacutenicas tecircm mostrado a eficaacutecia dos enxertos de osso autoacutegeno
principalmente aqueles associados a fatores indutores de crescimento oacutesseo como
o PRP alterando a altura e a largura necessaacuterias para a reconstruccedilatildeo proteacutetica do
arcabouccedilo maxilofacial atraveacutes de implantes osteointegrados porque na
odontologia atual busca-se cada vez mais devolver aos pacientes edecircntulos a sua
capacidade mastigatoacuteria e esteacutetica e consequumlentemente promovendo a integridade
dos vaacuterios elementos que compotildeem o sistema estomatognaacutetico
Chem et al (2005) afirmaram que a falta de tecido oacutesseo deve ser reparada
Situaccedilotildees como estas deixam os pacientes carentes fisiologicamente
esteticamente e psicologicamente Este trabalho iraacute relatar a teacutecnica de retalho livre
de fiacutebula para reconstruccedilatildeo da mandiacutebula e da maxila Foram realizados
atendimentos a dois pacientes pelo Serviccedilo de Cirurgia e Traumatologia Buco-
maxilo-facial do Complexo Hospitalar da Santa Casa de Misericoacuterdia de Porto
14
Alegre Possiacuteveis complicaccedilotildees podem se justificar pela maacute fixaccedilatildeo do retalho aos
cotos ou pela insuficiecircncia vascular Nos dois casos relatados o retalho foi fixado
aos cotos com placas e parafusos de forma a apresentar imobilidade obtendo-se
dessa forma a regeneraccedilatildeo entre os tecidos O retalho livre de fiacutebula ou enxerto
vascularizado caracteriza-se por ser um enxerto autoacutegeno segmentado e removido
da aacuterea doadora tendo sua vascularizaccedilatildeo preservada a fim de nutrir esse tecido
quando no leito receptor a partir da sua anastomose com o sistema vascular da
regiatildeo receptora O retalho de fiacutebula eacute o mais frequumlentemente pois esse retalho
fornece o maior montante de tecido oacutesseo entre todos os retalhos oacutesseos e causa
pouca morbidade na aacuterea doadora Os autores concluiacuteram que o emprego de
enxertos oacutesseos vascularizados em reconstruccedilotildees da face gera bons resultados
esteacuteticos e funcionais Pois os dois casos relatados os enxertos apresentaram
sucesso agrave observaccedilatildeo imediata e longitudinal alcanccedilando-se resultados esteacuteticos e
funcionais satisfatoacuterios
Cyriaco e Azevedo (2006) analisaram e revisaram a utilizaccedilatildeo do enxerto
oacutesseo em suas vaacuterias formas autoacutelogo homoacutelogo e heteroacutelogo descalcificado e
vascularizado na reparaccedilatildeo de falha oacutessea aleacutem das principais caracteriacutesticas
pertinentes a cada tipo buscando com isso um melhor direcionamento na sua
utilizaccedilatildeo Segundo diversos autores haacute disponiacuteveis opccedilotildees doadoras de enxertos
vascularizados como calota craniana fiacutebula costela escaacutepula crista iliacuteaca e raacutedio
Suas vantagens estatildeo nos iacutendices elevados de sucesso e a chance de fazecirc-lo em
pacientes irradiados ou que passaraacute por seccedilotildees de radioterapia como ocorre na
retirada de tumores malignos Quando se trata de enxertos menores as melhores
aacutereas doadoras para regiatildeo oral seriam o mento e a regiatildeo retromolar e para
maiores quantidades a crista iliacuteaca a calota craniana a costela e a tiacutebia A calota
craniana e osso iliacuteaco satildeo vantajosos por ter um grande volume de tecido oacutesseo no
que se refere agraves aacutereas doadoras externas sendo indicadas para a correccedilatildeo de
grandes defeitos oacutesseos De acordo com a pesquisa foi possiacutevel concluir que as
melhores aacutereas doadoras intrabucais satildeo o mento a regiatildeo retromolar e a
tuberosidade da maxila e que as aacutereas doadoras externas possiacuteveis satildeo a crista
iliacuteaca e a calota craniana
Del Valle et al (2006) tiveram como objetivo comparar o enxerto homoacutegeno
com o enxerto autoacutegeno nas cirurgias reconstrutivas de maxila com finalidade
implantodocircntica atraveacutes de um relato de caso cliacutenico Neste caso o paciente
15
apresentava ausecircncia dos elementos 11 e 12 com migraccedilatildeo mesial dos elementos
13 e 21 Atraveacutes do exame cliacutenico foi verificado falta de espessura do rebordo
alveolar na regiatildeo resultado da perda da taacutebua oacutessea vestibular por ocasiatildeo da
exodontia Foram realizados exames radiograacuteficos de regiatildeo panoracircmica periapical
Foi constatado pouca espessura palato-vestibular do rebordo oacutesseo na regiatildeo dos
dentes 11 e 12 contra-indicando a colocaccedilatildeo de implante dentaacuterio por risco de
fenestraccedilatildeo vestibular Com isto o tratamento indicado foi enxertia oacutessea utilizando
osso homoacutegeno bicortical com medular interna retirado da crista do osso iliacuteaco
medindo 27x17x9 milimetros e recebido os antibioacuteticos Vancomicina e Polimixina B
Foi feito o deslocamento muco-periostal do retalho esculpido o bloco oacutesseo e
adaptado ao leito receptor Para realizar a fixaccedilatildeo foi feito perfuraccedilotildees oacutesseas no
leito receptor com brocas esfeacutericas laminadas e imobilizados com 2 parafusos de
15mm de diacircmetros e 11mm de comprimento promovendo um enxerto do tipo
onlay Todo enxerto foi recoberto com osso particulado do mesmo bloco
amalgamado ao plasma rico em plaquetas e suturado Apoacutes passar 3 meses da
cirurgia houve exposiccedilatildeo do parafuso de osteossiacutentese de posiccedilatildeo mais cervical e
na sua remoccedilatildeo constatamos a formaccedilatildeo de tecido fibroso entre o fragmento
enxertado e o leito receptor somente nessa regiatildeo tendo sido removido Apoacutes 5
meses da enxertia foi colocado implantes e recoberto com membrana oacutessea
reabsorviacutevel por ter havido fenestraccedilatildeo oacutessea cervical Os autores apoacutes relatar o
caso concluiacuteram que o osso mais indicado para enxertia eacute o autoacutegeno e uma
alternativa para sua substituiccedilatildeo eacute o homoacutegeno por ter caracteriacutesticas a longo prazo
semelhantes embora o iacutendice de reabsorccedilatildeo eacute maior entretanto relataram que eacute
necessaacuterios maiores estudos principalmente de aacutereas doadoras utilizadas para
enxertias
Garcia Juacutenior et al (2006) avaliaram clinicamente os enxertos oacutesseos
retirados da crista do osso iliacuteaco para reconstruccedilatildeo total de maxilas atroacuteficas e
posterior instalaccedilatildeo de implantes oacutesseointegraacuteveis Foram selecionados doze
pacientes no qual foram submetidos agrave cirurgia de enxerto oacutesseo na maxila
utilizando-se fragmentos oacutesseos removidos da porccedilatildeo anterior da crista iliacuteaca A
meacutedia de idade dos pacientes era de 495 anos sendo 3 do sexo masculino e 12
eram do sexo feminino O tempo de espera para a cirurgia de instalaccedilatildeo de
implantes variou de 5 a 6 meses apoacutes enxerto oacutesseo Na reabertura do enxerto para
instalaccedilatildeo dos implantes oacutesseointegrados foram realizadas as avaliaccedilotildees cliacutenicas
16
dos enxertos oacutesseos Os resultados mostraram que em todos os casos houve ganho
oacutesseo no rebordo alveolar e tambeacutem uma melhora no perfil facial e o contorno labial
dos pacientes Os autores concluiacuteram que o enxerto oacutesseo retirado do osso iliacuteaco eacute
uma alternativa viaacutevel para reconstruccedilotildees de maxilas atroacuteficas tambeacutem que houve
melhora cliacutenica significativa quanto ao volume oacutesseo em altura e largura do rebordo
alveolar e que em todos os casos foram possiacuteveis a instalaccedilatildeo de implantes
oacutesseointegraacuteveis
Santiago e Vitral (2006) analisaram os meacutetodos de avaliaccedilatildeo da densidade
mineral oacutessea (DMO) e seu emprego na odontologia com o objetivo de descrever os
diferentes meacutetodos empregados bem como avaliar a relevacircncia em se determinar a
densidade oacutessea no planejamento e sucesso de tratamentos odontoloacutegicos
especiacuteficos Foi feita uma revisatildeo de literatura onde abordaram as teacutecnicas de
densitometria oacutessea e como eacute feita a avaliaccedilatildeo da densidade oacutessea em odontologia
Diversos satildeo os meacutetodos para se avaliar a densidade mineral oacutessea tanto na aacuterea
meacutedica quanto em Odontologia A questatildeo sobre qual a melhor teacutecnica e a melhor
regiatildeo para se avaliar a DMO de cada individuo parece ainda natildeo ter resposta
Entretanto o que se sabe eacute que dentre as diferentes teacutecnicas disponiacuteveis diferentes
vantagens e desvantagens satildeo apresentadas Em Odontologia a tomografia
computadorizada tem demonstrado ser o meacutetodo de eleiccedilatildeo para a determinaccedilatildeo da
densidade oacutessea na regiatildeo dos maxilares pois fornece dados objetivos precisos da
variaccedilatildeo da densidade oacutessea entre diferentes regiotildees em um mesmo indiviacuteduo
permitindo dessa forma correlacionar positivamente os valores encontrados com a
qualidade oacutessea descrita subjetivamente Aleacutem disso a tomografia computadorizada
eacute o uacutenico meacutetodo que permite avaliar osso cortical e medular separadamente
Cosmo et al (2007) relataram um caso cliacutenico com avaliaccedilatildeo radiograacutefica e
histoloacutegica da utilizaccedilatildeo de osso humano fresco congelado em procedimento de
elevaccedilatildeo do assoalho do seio maxilar A paciente CAR 47 anos compareceu agrave
Cliacutenica Odontoloacutegica da Faculdade de Odontologia da Universidade de Santo Amaro
- Unisa para avaliaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo da arcada superior posterior esquerda com a
utilizaccedilatildeo de implantes endoacutesseos Os exames de imagem demonstraram haver
rebordo residual com menos de 6 mm de altura remanescente tendo sido indicada agrave
paciente a reabilitaccedilatildeo oacutessea bilateral atraveacutes da teacutecnica de levantamento do
assoalho do seio maxilar com enxerto de osso aloacutegeno fresco congelado
proveniente de banco de tecidos musculoesqueleacuteticos Apoacutes seis meses da cirurgia
17
foi realizada abertura para instalaccedilatildeo dos implantes tendo sido colhido fragmento
oacutesseo que foi enviado para anaacutelise histoloacutegica Frente ao apresentado conclui-se
que o material de enxertia proveniente de banco de ossos humanos (enxerto
aloacutegeno fresco congelado) proporciona em cirurgias de levantamento de seio
maxilar um adequado volume oacutesseo para futura instalaccedilatildeo de implantes A anaacutelise
histoloacutegica do enxerto incorporado evidencia a vitalidade do mesmo Material deve
ser adquirido em banco de tecidos regularizados pelo Ministeacuterio da Sauacutede A
possibilidade de transmissatildeo de doenccedilas pela utilizaccedilatildeo do material eacute de baixa
magnitude
Oliveira Filho et al (2007) apresentaram um caso cliacutenico de trauma facial com
perda oacutessea na regiatildeo anterior da mandiacutebula que foi tratado com teacutecnicas de
reconstruccedilatildeo em duas fases primeiramente a parte basilar da mandiacutebula
posteriormente a parte alveolar permitindo a reabilitaccedilatildeo atraveacutes de implantes
osseointegrados O paciente deu entrada no pronto socorro do Hospital Universitaacuterio
Evangeacutelico de Curitiba viacutetima de trauma localizado nas regiotildees submandibular e
cervical alta Em um primeiro momento foi realizado o tratamento ciruacutergico para
fixaccedilatildeo intermaxilar riacutegida trans-operatoacuteria e estabilizaccedilatildeo da mandiacutebula com uma
placa de reconstruccedilatildeo em titacircnio Apoacutes trecircs meses do procedimento foi realizada a
reconstruccedilatildeo mandibular utilizando enxerto em bloco tomado da crista do osso
iliacuteaco Este tempo ciruacutergico teve a preocupaccedilatildeo de reconstruir apenas a parte basilar
da mandiacutebula devido a falta de tecidos moles na regiatildeo traumatizada Em um
segundo momento foi realizada enxertia com bloco tomado da crista do osso iliacuteaco
para reconstruccedilatildeo alveolar da mandibular Seis meses apoacutes o procedimento de
reconstruccedilatildeo alveolar cliacutenica e radiograficamente houve uma boa integraccedilatildeo do
enxerto sem a ocorrecircncia de reabsorccedilatildeo oacutessea significativa Foi criado um rebordo
alveolar adequado permitindo a instalaccedilatildeo de trecircs implantes na regiatildeo enxertada
Os autores concluiacuteram que o enxerto de oacutesseo autoacutegeno pode ser uma alternativa
vaacutelida na aplicaccedilatildeo como meio de reconstruccedilatildeo de defeitos oacutesseos que comprometa
a porccedilatildeo alveolar e basal da mandiacutebula mas uma anaacutelise mais detalhada eacute
necessaacuteria para que possa definir de forma mais abrangente os possiacuteveis riscos e
complicaccedilotildees da teacutecnica utilizada
Pinto et al (2007) confrontaram a utilizaccedilatildeo do enxerto autoacutegeno para
reconstruccedilatildeo das sequumlelas de fraturas faciais comparando-o com outros
18
biomateriais atualmente disponiacuteveis discutindo as melhores indicaccedilotildees e os toacutepicos
mais atuais relativos a esses materiais As propriedades de um material ideal para
enxerto oacutesseo satildeo ser quimicamente inerte biocompatiacutevel natildeo aleacutergico natildeo
canceriacutegeno ser totalmente reabsorviacutevel e substituiacutevel por novo tecido oacutesseo entre
outros O osso autoacutegeno eacute considerado ideal para realizaccedilatildeo de enxertos oacutesseos
Estudos tecircm comprovado a eficaacutecia deste tipo de material especialmente do enxerto
oacutesseo autoacutegeno cortical obtido da crista do osso iliacuteaco que tem sido considerado o
melhor de
ntre os materiais de reconstruccedilatildeo Satildeo os uacutenicos entre os tipos de enxerto
oacutesseo a fornecer ceacutelulas oacutesseas vivas imunocompatiacuteveis Os enxertos alogecircnicos
satildeo aqueles obtidos de outro indiviacuteduo da mesma espeacutecie O enxerto alogecircnico mais
comumente utilizado eacute o liofilizado cuja vantagem eacute natildeo haver a necessidade de se
realizar uma segunda cirurgia num outro siacutetio Os oacutesseos xenoacutegenos satildeo aqueles
retirados de uma espeacutecie e transplantados para outra Exigem um tratamento mais
vigoroso do enxerto e natildeo fornecem ceacutelulas viaacuteveis para a formaccedilatildeo da fase I da
osteogecircnese Aleacutem dos enxertos oacutesseos existem ainda os materiais chamados
aloplaacutesticos como alternativa tendo como benefiacutecios a diminuiccedilatildeo do tempo
ciruacutergico aleacutem de muacuteltiplos tamanhos e formatos disponiacuteveis Entre os biomateriais
os mais utilizados satildeo o vidro bioativo o titacircnio que apresenta excelente
biocompatibilidade e boa osseointegraccedilatildeo ao organismo quando justaposto ao osso
A hidroxiapatita que por ser considerada um componente quiacutemico natural do corpo
humano natildeo satildeo observadas respostas inflamatoacuteria ou toacutexica nos tecidos
circunvizinhos Atraveacutes da pesquisa foi possiacutevel concluir que o osso autoacutegeno ainda
eacute considerado um material ideal para enxerto entretanto novos biomateriais tecircm
surgido apresentando vantagens promissoras para utilizaccedilatildeo na praacutetica diaacuteria
Rodrigues e Vitral (2007) descreveram as principais teacutecnicas tomograacuteficas existentes
e suas aplicaccedilotildees na Odontologia atraveacutes de uma revisatildeo da literatura sobre os
avanccedilos das principais teacutecnicas tomograacuteficas que resultaram em maior acuraacutecia no
diagnoacutestico menor tempo de exame e menor quantidade de radiaccedilatildeo A tomografia
computadorizada eacute considerada o meacutetodo de escolha para a imagem das estruturas
oacutesseas Ela eacute um meacutetodo radioloacutegico que permite obter a reproduccedilatildeo de uma secccedilatildeo
do corpo humano com finalidade diagnoacutestica Apresenta trecircs vantagens gerais
importantes sobre a radiografia convencional a primeira eacute que as informaccedilotildees
19
tridimensionais satildeo apresentadas na forma de uma seacuterie de cortes finos da estrutura
interna da parte estudada A segunda eacute que o sistema eacute mais sensiacutevel na
diferenciaccedilatildeo de tipos de tecido quando comparado com a radiografia convencional
de modo que diferenccedilas entre tipos de tecidos podem ser mais claramente
delineadas e estudadas A terceira eacute a habilidade para manipular e ajustar a imagem
apoacutes ter sido completada a varredura como ocorre de fato com toda a tecnologia
digital Com o advento da tomografia computadorizada helicoidal foi alcanccedilada
grande melhora nas reconstruccedilotildees tridimensionais e diminuiccedilatildeo na dose de
exposiccedilatildeo do paciente agrave radiaccedilatildeo A mesma proveacutem vantagens sobre a natildeo
helicoidal como menor tempo de avaliaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de reconstruccedilatildeo multiplanar
Ela propicia imagens com alta resoluccedilatildeo espacial e a mesma dose de radiaccedilatildeo da
tomografia computadorizada convencional A tomografia computadorizada pode ser
usada para identificar e delinear processos patoloacutegicos visualizar dentes retidos
avaliar os seios paranasais diagnosticar trauma mostrar os componentes oacutesseos
da articulaccedilatildeo temporomandibular e os leitos para implantes dentaacuterios Permite a
reformataccedilatildeo axial obliacutequa da imagem no sentido perpendicular da curvatura do
arco mostrando nitidamente o niacutevel oacutesseo no lado vestibular e lingual E tambeacutem
permite uma avaliaccedilatildeo intra-oacutessea dos locais para colocaccedilatildeo dos implantes Os
autores concluiacuteram que a Tomografia Computadorizada eacute o exame de eleiccedilatildeo no
diagnoacutestico de muitas condiccedilotildees que envolvem o complexo maxilo-mandibular O
valor cliacutenico das teacutecnicas de tomografia computadorizada depende da condiccedilatildeo que
se estaacute sendo diagnosticada atraveacutes das imagens do modelo e da idade do
equipamento usado do protocolo do exame da experiecircncia e capacidade dos
operadores do equipamento e do radiologista
Gonccedilalves (2008) analisaram implantes instalados em enxertos de seio
maxilar com biomaterial de origem bovina e plasma rico em plaquetas observando
histologicamente a neoformaccedilatildeo oacutessea e o iacutendice de sucesso cliacutenico e histoloacutegico
apresentado Este estudo envolveu 30 pacientes que necessitavam de enxerto em
regiatildeo de soalho de seio maxilar para inserccedilatildeo de implantes Um total de 101
implantes foi instalado em 36 enxertos de seio maxilar com intervalo meacutedio de
tempo do enxerto de 75 meses dos quais nove amostras oacutesseas foram colhidas de
forma aleatoacuteria e consentidas para a anaacutelise histoloacutegica Na colocaccedilatildeo dos
implantes foi utilizado um guia ciruacutergico para um correto posicionamento dos
implantes Foi feita a remoccedilatildeo do fragmento oacutesseo e enviado para a anaacutelise com
20
isto foi capturado ao todo 26 imagens histopatoloacutegicas Histologicamente os
fragmentos colhidos estavam constituiacutedos predominantemente por tecido oacutesseo
com iacutendice de sucesso de 8888 Quando comparados o remanescente oacutesseo do
seio maxilar antes e depois do enxerto houve crescimento em altura e a maioria
apresentou densidade oacutessea D3 Dez dos 101 implantes foram perdidos e 91
estavam osseointegrados no seio maxilar enxertado Os autores concluiacuteram que
implantes instalados em enxertos de seio maxilar com a ajuda de substitutos oacutesseos
apresentam uma taxa de sucesso cliacutenico de 9009
Ribeiro Juacutenior et al (2008) revisaram a literatura referente aos enxertos
oacutesseos vascularizados com o objetivo de avaliar os princiacutepios bioloacutegicos e ciruacutergicos
que fundamentam sua aplicaccedilatildeo na reconstruccedilatildeo mandibular Os retalhos
microciruacutergicos que contecircm enxertos oacutesseos satildeo classificados como
osteomusculares ou osteomiocutacircneos dependendo da natureza dos tecidos moles
que o compotildeem permitindo restauraccedilotildees de grandes defeitos oacutesseos A
revascularizaccedilatildeo microciruacutergica manteacutem a irrigaccedilatildeo e a drenagem do tecido oacutesseo
enxertado em todo o periacuteodo de integraccedilatildeo permitindo a manutenccedilatildeo de suas
funccedilotildees celulares metaboacutelicas e fiacutesicas Dessa forma a reparaccedilatildeo entre o enxerto e
o remanescente mandibular ocorre de forma semelhante agrave cicatrizaccedilatildeo de uma
fratura eliminando a longa fase de substituiccedilatildeo observada nos enxertos
convencionais Como o sucesso da reconstruccedilatildeo microciruacutergica eacute diretamente
dependente da qualidade vascular estudos angiograacuteficos preacute-operatoacuterios das aacutereas
receptora e doadora satildeo essenciais Alguns cuidados preacute-cirurgicos satildeo de extrema
importacircncia como a hidrataccedilatildeo endovenosa para manutenccedilatildeo do diacircmetro vascular
uso de cobertores para manter a temperatura corporal em torno de 37degC O estudo
concluiu que os enxertos oacutesseos vascularizados satildeo excelentes na restauraccedilatildeo
esteacutetico-funcional dos defeitos mandibulares suprindo as deficiecircncias dos enxertos
convencionais em casos de pior prognoacutestico Os enxertos oacutesseos vascularizados
satildeo indispensaacuteveis em defeitos compostos extensos irradiados e secundaacuterios agrave
osteorradionecrose
Tanaka et al (2008) elaboraram uma revisatildeo de literatura com o objetivo de
descrever os mecanismos de incorporaccedilatildeo dos enxertos oacutesseos em bloco e discutir
algumas caracteriacutesticas dos diferentes tipos existentes para distinguir as vantagens
de cada um Concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo dos enxertos em bloco para reconstruccedilatildeo
21
dos rebordos alveolares eacute uma realidade e estaacute intimamente ligada agrave terapia
implantar Os diversos fatores que influenciam a escolha do melhor meacutetodo de
enxertia a ser utilizado passam pelo conhecimento dos paracircmetros citados neste
artigo e muitos outros natildeo abordados e podem parecer inicialmente um desafio
mas sem duvida o domiacutenio das teacutecnicas existentes e das outras que surgiratildeo eacute o
ponto de partida para o profissional que procura o refinamento de seus
procedimentos e a exelencia de seus resultados
Arauacutejo et al (2009) realizaram uma revisatildeo de literatura sobre os resultados
cliacutenicos obtidos com a utilizaccedilatildeo dos enxertos de origem autoacutegena e xenoacutegena
(bovino) nas cirurgias de levantamento de assoalho de seio maxilar O
envelhecimento e a perda dentaacuteria fazem com que o seio se expanda podendo
haver uniatildeo entre o assoalho sinusal e a crista do rebordo alveolar residual
expansatildeo esta relacionada com a altura e largura do seio e natildeo com a
profundidade Os materiais para enxerto oacutesseo podem ser classificados como
osteogecircnicos osteoindutores e osteocondutores Os osteogecircnicos referem-se aos
materiais orgacircnicos capazes de estimular a neoformaccedilatildeo oacutessea a partir de
osteoblastos Os osteoindutores satildeo capazes de induzir a diferenciaccedilatildeo de ceacutelulas
mesenquimais em osteoblastos e condroblastos estimulando a formaccedilatildeo oacutessea no
local ou mesmo em um siacutetio heterotiacutepico Os materiais osteocondutores (geralmente
inorgacircnicos) permitem a aposiccedilatildeo de um novo tecido na sua superfiacutecie requerendo
a presenccedila de tecido oacutesseo preacute-existente como fonte de ceacutelulas osteoprogenitoras
Alguns criteacuterios foram propostos para o enxerto ideal quanto para que o material
enxertado se incorpore com sucesso ao siacutetio Dentre os possiacuteveis enxertos
xenoacutegenos encontram-se disponiacuteveis comercialmente os enxertos bovinos em
vaacuterias formas de apresentaccedilatildeo como aqueles que contecircm a fraccedilatildeo mineral do osso
os inorgacircnicos ou desproteinizados entre outros Todos eles apresentam excelente
biocompatibilidade agem favorecendo o processo de osteoconduccedilatildeo e natildeo
desencadeando respostas imunoloacutegicas desfavoraacuteveis A melhor accedilatildeo do enxerto
oacutesseo autoacutegeno de crista iliacuteaca quando comparado com a associaccedilatildeo do osso
autoacutegeno com osso desmineralizado bovino em cirurgias de levantamento de
assoalho de seio maxilar Apesar da diferenccedila estatiacutestica significante clinicamente
natildeo houve diferenccedila jaacute que os aacutepices dos implantes estavam todos cobertos por
osso sugerindo o sucesso do uso da associaccedilatildeo e ainda poupando o paciente de
uma intervenccedilatildeo ciruacutergica extraoral concluindo que o osso autoacutegeno eacute o que
22
apresenta os melhores resultados no processo de regeneraccedilatildeo oacutessea poreacutem os
enxertos de origem bovina apesar de demonstrarem um processo de neoformaccedilatildeo
oacutessea inferior promovem uma neoformaccedilatildeo satisfatoacuteria para que haja a reabilitaccedilatildeo
do paciente com implantes osseointegraacuteveis podendo ser utilizados com sucesso na
cliacutenica odontoloacutegica
Bassi e Carneiro (2009) citaram que os pacientes vem se queixando de
desconforto pelo uso de proacuteteses deficiecircncia na mastigaccedilatildeo onde entatildeo se
destacam os implantes dentaacuterios que minimizam estes aspectos negativos No
entanto seu sucesso depende de uma quantidade miacutenima de suporte oacutesseo por
este motivo foi oportuna pelos autores avaliar o iacutendice de sucesso dos enxertos e
implantes instalados na regiatildeo do seio maxilar reconstruiacuteda com osso autoacutegeno de
linha obliacutequa tanto imediata quanto mediato ao levantamento do seio maxilar
Foram avaliadas 51 cirurgias durante os anos de 2005 a 2007 com total de 107
implantes instalados sendo 28 de maneira imediata e 79 instalados posteriormente
Com relaccedilatildeo aos de maneira imediata o sucesso foi de 9286 sendo que dos 14
submetidos agrave implantaccedilatildeo imediata apenas 1 perdeu o implante De um total de 37
pacientes com instalaccedilatildeo posterior houve um sucesso de 9459 Podendo ser
analisado que natildeo haacute diferenccedila significante entre instalaccedilatildeo mediata e imediata
Acredita-se que para haver sucesso no tratamento eacute imprescindiacutevel que seja levado
em consideraccedilatildeo a quantidade de rebordo residual e tambeacutem a qualidade de osso
para a estabilidade do implante A conclusatildeo deste artigo eacute que o levantamento do
seio maxilar com o enxerto autoacutegeno por meio de acesso lateral eacute uma opccedilatildeo
segura no tratamento para regiatildeo posterior da maxila E natildeo houve diferenccedila em
relaccedilatildeo ao sucesso dos implantes instalados de maneira medita e imediata
Contar et al (2009) avaliaram o uso de enxertos provenientes de osso fresco-
congelado para na reconstruccedilatildeo de rebordos alveolares maxilares posteriormente a
aplicaccedilatildeo de implantes dentaacuterios Foram analisados quinze pacientes que tinham
atrofia crista maxilar onde necessitava de blocos de enxerto oacutesseo para
posteriormente se fazer a colocaccedilatildeo dos implantes Nove meses depois foi retirado
o nuacutecleo de osso do enxerto para analisar histologicamente Trinta e quatro blocos
foram colocados e do nuacutemero de blocos cada paciente recebeu uma numeraccedilatildeo de
1 a 4 Em todos os enxertos foram verificados para serem de consistecircncia firme
bem constituiacutedo e vascularizado Cinquumlenta e um implantes foram aplicados sobre
os enxertos com torque no miacutenimo de 40 N (Newton) Natildeo havendo problema em
23
nenhum implante O periacuteodo de acompanhamento variou de 24 a 35 meses Alo
enxertos pode ser bem satisfatoacuterios aplicados como material de enxerto para o
tratamento de defeitos oacutesseos maxilares se for aplicada a teacutecnica de forma
cautelosa e coerente
Costa et al (2009) descreveram cirurgias de enxertia oacutessea para reconstruccedilatildeo
do rebordo alveolar atroacutefico causado por traumas Em dois pacientes foram
utilizados blocos de osso homoacutegeno fresco congelado puro e em outros dois
pacientes esses blocos foram embebidos em medula oacutessea autoacuteloga aspirada do
proacuteprio paciente Os quatro pacientes que perderam seus dentes anteriores-
superiores 11122122 As cirurgias foram realizadas dentro do protocolo do
Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Cirurgia e Experimentaccedilatildeo da Universidade
Federal de Satildeo Paulo ndash Unifesp Cada paciente recebeu um bloco de enxerto oacutesseo
homoacutegeno fresco congelado proveniente de banco de tecidos oacutesseos em cada um
dos lados da regiatildeo anterior de maxila sendo que em dois dos pacientes os blocos
tiveram a sua porccedilatildeo medular embebida em medula oacutessea autoacuteloga aspirada do
proacuteprio paciente e nos outros dois pacientes os blocos foram fixados da mesma
maneira e na mesma regiatildeo poreacutem sem a utilizaccedilatildeo de medula oacutessea autoacuteloga
como preenchimento Foi observado clinicamente no segundo procedimento
ciruacutergico que os siacutetios enxertados com osso homoacutegeno associado agrave medula oacutessea
autoacuteloga obtiveram um menor niacutevel de reabsorccedilatildeo o que facilitou a instalaccedilatildeo dos
implantes osseointegraacuteveis Com as bioacutepsias oacutesseas obtidas por meio da utilizaccedilatildeo
da broca trefi na foram confeccionadas no Laboratoacuterio de Patologia da Unifesp uma
lacircmina em HE para cada regiatildeo enxertada com associaccedilatildeo agrave medula e tambeacutem
para as regiotildees de enxertia sem essa associaccedilatildeo Essas lacircminas foram
encaminhadas para o Departamento de Morfologia da Unifesp para avaliaccedilatildeo Tanto
as lacircminas histoloacutegicas do grupo onde se associou o aspirado de medula oacutessea ao
enxerto oacutesseo homoacutegeno quanto onde natildeo foi feita esta associaccedilatildeo mostraram uma
grande quantidade de tecido mineralizado vital Foi observado em ambos os grupos
uma pequena quantidade de tecido mineralizado desvitalizado Em todas as lacircminas
foi observada intensa vascularizaccedilatildeo assim como a presenccedila de tecido oacutesseo
lamelar A utilizaccedilatildeo de osso humano fresco congelado conservado em banco de
tecidos eacute uma alternativa viaacutevel para a reconstruccedilatildeo dos rebordos atroacuteficos
diminuindo a morbidade e riscos inerentes agrave abordagem da regiatildeo doadora dos
enxertos autoacutegenos A associaccedilatildeo do bloco de osso homoacutegeno agrave medula oacutessea
24
autoacuteloga parece representar uma alternativa terapecircutica para se minimizar os niacuteveis
de reabsorccedilatildeo dos materiais de enxertia
Gonccedilalves et al (2009) citaram que o melhor material para enxertia oacutessea eacute o
autoacutegeno o problema eacute o poacutes-operatoacuterio que eacute desconfortaacutevel para o paciente Na
existecircncia de desvantagens para a utilizaccedilatildeo de osso autoacutegeno o osso proveniente
de banco de tecidos surge como uma alternativa viaacutevel nas reconstruccedilotildees oacutesseas
maxilomandibulares O osso homoacutegeno pode ser utilizado em algumas situaccedilotildees
que impossibilite obter uma quantidade necessaacuteria de osso autoacutegeno requisitado
pelo receptor ou quando induz ao procedimento com grande morbidade onde exista
negativa do paciente em se submeter a um segundo siacutetio ciruacutergico Mesmo com toda
a previsibilidade de utilizaccedilatildeo de tecido oacutesseo homoacutelogo ele ainda gera
controveacutersias pela possibilidade de infecccedilotildees cruzadas com sua utilizaccedilatildeo Com o
estudo citado foi concluiacutedo que o enxerto homoacutelogo induz mais rapidamente a
remodelaccedilatildeo quando comparado com o autoacutegeno E o estaacutegio da remodelaccedilatildeo
esteve mais dependente da resposta orgacircnica individual de cada paciente
Jahn et al (2009) avaliaram o procedimento de retalho em dupla paacutegina para acesso
ao osso da regiatildeo do mento em comparaccedilatildeo a teacutecnica de retalho mucoperiosteal
Foram realizados procedimentos de obtenccedilatildeo de enxerto oacutesseo da regiatildeo do mento
para utilizaccedilatildeo na reabilitaccedilatildeo de pacientes que receberiam implantes
osseointegrados na regiatildeo anterior da maxila e que necessitavam de aumento de
espessura oacutessea localizada Foram operados 20 pacientes da cliacutenica de Periodontia
da Universidade de Santo Amaro entre 28 e 60 anos de idade Dez pacientes foram
submetidos agrave teacutecnica de retalho mucoperiosteal de espessura parcial e total
convencional e dez pacientes foram submetidos ao retalho em dupla Os pacientes
foram avaliados apoacutes 7 e 14 dias do procedimento ciruacutergico quanto aos seguintes
aspectos parestesia dor edema infecccedilatildeo hemorragia hematoma contato com as
raiacutezes dentaacuterias deiscecircncia de sutura presenccedila ou ausecircncia de trismo Todos os
procedimentos realizados permitiram acesso agrave regiatildeo do mento para obtenccedilatildeo de
enxertos oacutesseos autoacutegenos A avaliaccedilatildeo poacutes-operatoacuteria dos pacientes mostrou que
em ambos os grupos natildeo houve casos de hemorragia trismo contato acidental com
as raiacutezes dentaacuterias e infecccedilatildeo Edema foi constatado em seis casos no grupo de
retalho em dupla paacutegina e sete casos nos retalhos muco periosteais dor foi relatada
por dois e seis pacientes respectivamente Dois casos apresentaram parestesia na
regiatildeo de mento e nos dentes anteriores inferiores por ateacute duas semanas nos
25
pacientes operados pela teacutecnica do retalho mucoperiosteal enquanto nenhum caso
aconteceu em pacientes operados por retalho em dupla paacutegina Os autores
concluiacuteram que a teacutecnica de retalho em dupla paacutegina eacute um importante auxiacutelio no
acesso agrave aacuterea doadora o que pela facilidade de uso pode encorajar os cirurgiotildees a
usarem o mento como aacuterea doadora para pequenos enxertos oacutesseos intrabucais
Molon et al (2009) tiveram como objetivo relatar um caso cliacutenico de maxila
atroacutefica com necessidade de reconstruccedilatildeo alveolar atraveacutes de enxerto homoacutegeno
Apoacutes a realizaccedilatildeo da anamnese foi constatado clinicamente que o paciente
apresentava forma em lacircmina do osso e radiograficamente a panoracircmica mostrou
uma perda oacutessea em altura e uma proximidade do rebordo com a parede inferior do
seio maxilar Foi utilizado enxerto provenientes do UniOss processados e
congelados a -80degCos tecidos foram submetidos a testes soroloacutegicos Na regiatildeo
anterior foi realizado enxerto com osso humano congelado em bloco para restaurar
espessura oacutessea possibilitando a colocaccedilatildeo de implantes dentaacuterios Os blocos
foram fixados com o sistema 15mm e o osso particulado foi acomodado nos
espaccedilos mortos para evitar a formaccedilatildeo de GAPs Apoacutes seis meses da cirurgia foi
removido os parafusos e o guia ciruacutergico posicionado para a instalaccedilatildeo dos seis
implantes A osseointegraccedilatildeo dos implantes foi verificada apoacutes seis meses da
segunda cirurgia pela radiografia panoracircmica Atualmente vem sendo muito utilizado
osso autoacutegeno para reconstruccedilatildeo de maxilares contudo haacute desvantagens
relacionadas com a morbidade do sitio doador quantidade inadequada de osso
intraoral para grandes defeitos e necessidade de osso de regiatildeo extra-oral para
maiores reconstruccedilotildees limitam as expectativas do paciente Por isso os osso
estudos utilizando osso homoacutelogo para reabilitaccedilatildeo com implantes vecircm se
intensificando e apresentando bons resultados Os autores consideram o enxerto de
osso homoacutelogo uma alternativa viaacutevel para reconstruccedilatildeo de rebordos alveolares
severamente atroacuteficos ao mesmo tempo em que reduz a morbidade e os riscos
inerentes aos procedimentos de enxertos autoacutegenos
Pereira et al (2009) discutiram revisaram e compararam as teacutecnicas
envolvidas em remoccedilatildeo de blocos oacutesseos da linha obliacutequa e mento demonstrando
sua efetividade por meio de exemplos cliacutenicos O osso mandibular tem sido utilizado
na reconstruccedilatildeo alveolar para permitir a instalaccedilatildeo de implantes com resultados
extremamente favoraacuteveis Para a regiatildeo de mento a teacutecnica consiste em osteotomia
26
efetuada pelo menos 5 mm abaixo dos aacutepices dentaacuterios e o osso basal da
mandiacutebula preservado A profundidade das osteotomias limita-se agrave cortical externa
Para a regiatildeo da linha obliacutequa haacute trecircs diferentes meacutetodos para acessar a aacuterea
doadora 1 Intrasulcular Realizada no sulco gengival dos dentes naturais 2
Submarginal Indicada quando da presenccedila de coroas proteacuteticas nos molares e preacute-
molares 3 Crestal Indicada para rebordos edecircntulos ou quando os implantes
estiverem planejados para a mesma regiatildeo Uma vez feita agrave incisatildeo o retalho
mucoperiosteal eacute descolado do corpo mandibular expondo a face lateral do
ramocorpo Um bloco cortical retangular ateacute 4 mm de espessura pode ser coletado
da regiatildeo do ramo O comprimento do bloco pode se aproximar de 35 mm mas
altura natildeo deve exceder 10 mm Para o preparo do siacutetio receptor e enxertia o osso
removido eacute posicionado com a face medular do bloco em contato com a face cortical
do siacutetio receptor previamente perfurada com brocas proporcionando sangramento
O bloco deve ser adaptado intimamente ao leito e fixado com parafusos de titacircnio
Os autores concluiacuteram que ambas as teacutecnicas podem ser utilizadas com sucesso
de acordo com a quantidade oacutessea desejada localizaccedilatildeo do siacutetio doador e
experiecircncia do profissional
Piccinelli et al (2009) analisaram retrospectivamente 59 pacientes submetidos
agrave enxertia oacutessea obtida de aacutereas intrabucais com a instalaccedilatildeo de implantes
osseointegrados As aacutereas doadoras foram a regiatildeo da siacutenfise mandibular ramo
mandibular e tuberosidade da maxila Os enxertos foram imobilizados atraveacutes de
parafusos de titacircnio especiacuteficos para fixaccedilatildeo interna riacutegida com diacircmetro de 16 mm
e comprimentos de 8 10 e 12 mm com encaixe em forma de cruz De todas as
cirurgias realizadas foi constatado insucesso em 5 (742 ) pacientes todos do
sexo feminino Destes em 2 (338 ) casos ocorreram perfuraccedilatildeo de membrana do
seio maxilar sendo os dois pacientes tabagistas com idades de 40 e 41 anos Em
um paciente de 30 anos ocorreu a perda do enxerto na regiatildeo anterior de maxila
tendo por aacuterea doadora o osso retirado do ramo mandibular Em outro com 50 anos
ocorreu a perda do enxerto em regiatildeo posterior de mandiacutebula recebendo da aacuterea
retromolar E noutro com 40 anos a perda ocorreu em regiatildeo posterior da
mandiacutebula tendo aacuterea doadora a siacutenfise mandibular A maior causa de falhas de
enxerto eacute deiscecircncia de sutura e posterior necrose asseacuteptica do osso enxertado
sendo demonstrado altas taxas de complicaccedilotildees quando utilizamos a mandiacutebula
27
como aacuterea receptora Existe um iacutendice de sucesso de 904 quando os implantes
satildeo instalados apoacutes um periacuteodo de cicatrizaccedilatildeo dos enxertos O estudo concluiu que
os siacutetios intrabucais doadores de enxertos oacutesseos podem prover volumes oacutesseos
suficientes para a reconstruccedilatildeo dos rebordos alveolares da maioria dos pacientes
desdentados parciais A mandiacutebula eacute vista como siacutetio de eleiccedilatildeo para retirada de
enxertos oacutesseos pois eacute capaz de prover blocos oacutesseos de composiccedilatildeo
predominantemente corticais
Silveira e Wassall (2009) analisaram a aacuterea doadora de enxertos por meio de
tomografias volumeacutetricas tipo feixe cocircnico para avaliaccedilatildeo da remodelaccedilatildeo oacutessea
verificando o grau de morbidade quanto a este paracircmetro Foram selecionados vinte
voluntaacuterios de ambos os gecircneros sem risco de sauacutede e com risco de sauacutede
controlados da cliacutenica de Poacutes-Graduaccedilatildeo do Centro de Pesquisas Odontoloacutegica
Satildeo Leopoldo Mandic e cliacutenica particular As tomografias foram obtidas com
aparelho de aquisiccedilatildeo volumeacutetrica tipo feixe cocircnico este aparelho usa a nova
tecnologia do feixe de tomografia computadorizada cocircnico no qual obtemos todas
as estruturas maxilofaciais do indiviacuteduo em volume ou seja em terceira dimensatildeo
Foi utilizado o tempo de exposiccedilatildeo de 36 segundos e apenas 3 de radiaccedilatildeo uma
tomografia meacutedica As primeiras mediccedilotildees foram obtidas no momento da tomografia
computadorizada inicial anteriormente a cirurgia Logo apoacutes a cirurgia foi realizada
a segunda tomada e medida na qual foi mensurado o quanto foi retirado de tecido
oacutesseo para enxerto Na terceira tomada de medidas foi calculado o ganho real
oacutesseo obtido na remodelaccedilatildeo apoacutes 180 dias de remoccedilatildeo do enxerto Embora a
quantidade retirada de aacuterea varie a recomposiccedilatildeo acompanha com a mesma
variabilidade Os autores concluiacuteram que a remodelaccedilatildeo oacutessea meacutedia da regiatildeo
posterior da mandiacutebula avaliada 180 dias apoacutes a remoccedilatildeo do bloco oacutesseo (enxerto
oacutesseo) foi de 813
Sousa et al (2009) verificaram atraveacutes de uma revisatildeo sistemaacutetica se os
enxertos homoacutegenos satildeo tatildeo eficientes quanto os enxertos autoacutegenos Apoacutes a busca
nas bases foram selecionados 1215 tiacutetulos de artigos Um uacutenico artigo atendeu os
criteacuterios da pesquisa o mesmo foi lido na iacutentegra por ambos examinadores e suas
caracteriacutesticas foram distribuiacutedas em uma tabela Este artigo analisado resultou em
16 pacientes entre 38 e 65 anos (9 do sexo masculino e 7 do sexo feminino) foi
comparado dois grupos enxerto autoacutegeno do iliacuteaco (grupo 1) e enxerto autoacutegeno da
calvaacuteria (grupo 2) Foi avaliado o volume oacutesseo total (VOT) o volume oacutesseo
28
necroacutetico (VON) e o osso vital (OV) e os resultados do grupo 1 foi de VOT (466)
VON (126) e OV (34) jaacute do grupo 2 foi VOT (734) VON (55) e OV (67)
Estatisticamente o enxerto da calvaacuteria foi melhor que o enxerto do iliacuteaco Os autores
concluiacuteram que o uacutenico artigo considerado natildeo consistia numa comparaccedilatildeo entre
enxerto autoacutegeno e homoacutegeno e sim numa comparaccedilatildeo entre enxertos autoacutegenos
de siacutetios diferentes
Spin-Neto et al (2009) realizaram uma revisatildeo de literatura sobre a utilizaccedilatildeo
de osso homoacutelogo em Odontologia sobre a legislaccedilatildeo envolvida na aplicaccedilatildeo deste
material Foram analisados artigos publicados nos uacuteltimos 25 anos no Medline e
pela ANVISA leis decretos que regulamentam o funcionamento dos bancos de
ossos de tecidos musculoesqueleacuteticos brasileiros Sobre o enxerto homoacutelogo haacute
um nuacutemero enorme de processos que ocorrem eacute iniciado por uma reaccedilatildeo
inflamatoacuteria criando espaccedilos que permitam sua invasatildeo por vasos sanguiacuteneos e
chegada das ceacutelulas responsaacuteveis pelo metabolismo oacutesseo atuando na
remodelaccedilatildeo gradativa do local Remover tecidos oacutergatildeos ou partes da pessoa ou do
cadaacutever eacute crime podendo resultar em reclusatildeo (2 a 6 anos) ou em 100 a 360 dias
de multa Jaacute no caso de sepultamento cabe aos meacutedicos realizar a reconstruccedilatildeo do
corpo para evitar constrangimento e manter a dignidade diante de seus familiares
no qual natildeo realizado eacute considerado crime por tal ato Foi concluiacutedo que eacute
necessaacuterio mais estudos e resultados sobre a aplicaccedilatildeo deste biomaterial para
aliados com o conhecimento juriacutedico aumentarmos o conhecimento e informaccedilotildees
sobre o caso
Piffer et al (2010) descreveram um caso cliacutenico de reabilitaccedilatildeo oral de uma
aacuterea de maxila posterior extremamente reabsorvida atraveacutes de levantamento de
seio maxilar utilizando osso xenoacutegeno e posterior uso de implante O caso constava
de uma paciente do sexo feminino que foi submetida a levantamento de seio
maxilar utilizando osso xenoacutegeno liofilizado e concomitante colocaccedilatildeo de dois
implantes nos elementos 15 e 16 Foi relatado que devido agraves limitadas quantidades
oacutesseas para colocaccedilatildeo de implantes dentaacuterios surgiram as teacutecnicas de enxertos
oacutesseos Inicialmente era utilizado osso autoacutegeno da regiatildeo intra-bucal gerando
algumas desvantagens devido a morbidade do siacutetio doador podendo gerar dor
parestesias hematoma Como alternativa surgiu possibilidade de utilizaccedilatildeo de
biomateriais para reconstruccedilotildees maxilares no qual foi utilizado neste caso o Bio-
Oss e obteve um resultado excelente em relaccedilatildeo aacute formaccedilatildeo oacutessea formando
29
extensa regiatildeo de osso denso ao redor dos implantes Assim atraveacutes de uma
revisatildeo sistemaacutetica criacutetica de trabalhos cliacutenicos controlados randomizados
evidenciou que substitutos de ossos autoacutegenos podem ser utilizados obtendo
sucesso Concluindo assim que a colocaccedilatildeo de implantes concomitantes com
enxertias oacutesseas natildeo interferem no processo de reparo oacutesseo e nem na
estabilizaccedilatildeo dos implantes e mostrou-se um tratamento viaacutevel para o presente
caso cliacutenico
Souza et al (2010) realizaram uma revisatildeo da literatura das principais
aplicaccedilotildees e indicaccedilotildees dos enxertos de bancos de ossos na Odontologia Os
enxertos oacutesseos autoacutegenos satildeo eleitos como os de primeira escolha pela sua
eficiecircncia biosseguranccedila e facilidade de obtenccedilatildeo poreacutem apresentam algumas
desvantagens e limitaccedilotildees A utilizaccedilatildeo de homoenxertos provenientes de bancos
de ossos representa uma alternativa aos enxertos oacutesseos autoacutegenos e demonstra
ser uma ferramenta bastante uacutetil para a odontologia com a finalidade de regenerar o
tecido oacutesseo perdido dos maxilares Os autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de
homoenxertos provenientes de bancos de ossos demonstra ser uma ferramenta
bastante uacutetil para a odontologia com a finalidade de regenerar o tecido oacutesseo
perdido dos maxilares Faz-se necessaacuterio que mais bancos de coleta e preparo do
tecido oacutesseo sejam instalados nos hospitais para que esta opccedilatildeo torne-se viaacutevel e
acessiacutevel a um nuacutemero maior de serviccedilos que atuam com reconstruccedilotildees oacutesseas
Aloy-Proacutesper et al (2011) realizaram uma revisatildeo bibliograacutefica sobre
regeneraccedilatildeo oacutessea usando partiacuteculas de enxertos Foram avaliados os resultados
obtidos bem como as complicaccedilotildees de teacutecnicas cirurgircas e as taxas de
sobrevivecircncia e sucesso de implantes colocados nestas aacutereas regeneradas Foram
identificados 64 artigos dos quais 53 foram excluiacutedos em 14 casos de partiacuteculas de
enxerto foi combinado com o bloco de enxerto em quatro casos natildeo ocorreu
defeitos periimplantares durante a colocaccedilatildeo do implante Quanto agrave taxa de sucesso
dos implantes nem todos os estudos bem definidos utilizaram os criteacuterios de
sucesso tornando difiacutecil a comparaccedilatildeo Com base nos criteacuterios de sucesso de
Albrektsson houve uma taxa de sucesso de 932 dois anos apoacutes o carregamento
(857 na maxila superior e 100 na mandiacutebula) Quando os criteacuterios eram do
cortador e Ederer houve uma taxa de sucesso de 857 trecircs anos apoacutes o
carregamento A conclusatildeo dos autores foi de que enxertos de partiacuteculas satildeo
30
eficazes na correccedilatildeo localizada de defeitos do processo alveolar com poucas
complicaccedilotildees e a taxa de sucesso satildeo sempre elevadas variando de 875 a 100
Oliveira Diebold e Silva (2011) analisaram as estruturas da regiatildeo maxilar de
interesse na implantodontia por meio de imagens de tomografia computadorizada
buscando uma avaliaccedilatildeo qualitativa e quantitativa da densidade oacutessea Foram
utilizadas imagens de tomograacutefia computadorizada por raios X obtidas da regiatildeo
maxilar de 31 pacientes avaliados para a colocaccedilatildeo de implantes As regiotildees de
interesse analisadas (seio maxilar fossa nasal tuberosidade maxilar e foramem
naso-alveolar) foram delimitadas de modo semi-automaacutetico com o auxiacutelio da
ferramenta ldquoCell Outlinerrdquo pelo software ImageJ Essas regiotildees foram analisadas nos
cortes axiais cortes sagitais e coronais obtidos pelo TC e com o software A partir
da delimitaccedilatildeo das regiotildees de interesse (ROI) foram determinados os valores
meacutedios e desvio padratildeo do nuacutemero CT em HU (Hounsfield) O nuacutemero CT de uma
imagem tomograacutefica representa o valor de cada pixel que compotildee a imagem esta
relacionada com o coeficiente de atenuaccedilatildeo linear dos tecidos contidos em um voxel
correspondente Estes valores constituem-se em uma informaccedilatildeo importante tanto
para a avaliaccedilatildeo quantitativa das densidades oacutesseas como para a produccedilatildeo de uma
metodologia de realce das estruturas de interesse em implantodontia Com anaacutelise
dos dados obtidos para cada paciente nas estruturas analisadas foi observado que
as regiotildees do seio maxilar e a fossa nasal satildeo semelhantes mas estatisticamente
diferentes Estas satildeo regiotildees pneumaacuteticas que em consequumlecircncia da presenccedila do
ar possuem medidas de nuacutemero CT semelhantes a fossa nasal apresenta uma
estrutura mais irregular e obteve-se uma diferenccedila estatisticamente significativa
entre estas duas regiotildees estudadas O foramem naso-alveolar e a tuberosidade satildeo
regiotildees distintas porque a tuberosidade eacute um osso trabecular de densidades
heterogecircneas que possui a meacutedia do nuacutemero CT maior que a meacutedia do foramen
naso-alveolar que se trata de uma estrutura tubular de densidade homogecircnea para
passagem do feixe vasculo-nervoso Com a comparaccedilatildeo das estruturas analisadas
pelo meacutetodo ANOVA entre pacientes masculinos e femininos evidenciou-se que natildeo
existe diferenccedila estatisticamente significativa entre sexos As conclusotildees obtidas
neste trabalho mostraram que o nuacutemero CT eacute uma medida eficiente para
caracterizar estruturas do corpo humano Os dados obtidos com a anaacutelise das
meacutedias do nuacutemero CT de cada regiatildeo estudada nos permite caracterizar
separadamente cada regiatildeo
31
3 MATERIAS E MEacuteTODOS
O presente trabalho aborda a descriccedilatildeo de quatro casos cliacutenicos que foram
selecionados dos prontuaacuterios de pacientes enxertados submetidos agrave tomografia
computadorizada Cone Beam no periacuteodo preacute-enxerto e apoacutes o procedimento
ciruacutergico das cliacutenicas radiograacuteficas ldquoCliacutenica Odonto Imagem Radiologiardquo situada em
Balneaacuterio Camboriuacute (SC) e ldquoCliacutenica Radioimagemrdquo situada em Itajaiacute (SC)
Foram incluiacutedos no estudo os laudos radiograacuteficos de pacientes que atendem
as seguintes caracteriacutesticas pacientes de ambos os sexos com bom estado de
sauacutede geral idade de quarenta a setenta anos que foram submetidos a enxerto
oacutesseo em regiatildeo de maxila
Primeiramente foi realizada uma coleta de dados junto aos laudos
radiograacuteficos emitidos pelas cliacutenicas citadas Foram selecionados os casos e
posteriormente foi acessado agraves imagens tomograacuteficas dos pacientes
Os exames tomograacuteficos computadorizado de aquisiccedilatildeo volumeacutetrica (cone
beam) foram realizados atraveacutes de cortes parasagitais de espessura de 2mm e
distacircncia de 1 mm entre os cortes
Na segunda etapa foi efetuada a anaacutelise das tomografias observando as
imagens preacute e poacutes-ciruacutergicas simultaneamente nesse momento delimitou-se a aacuterea
do leito receptor e do material enxertado Utilizando o programa Planmeca Romexis
Viewer acessou-se as imagens fornecidas digitalmente analisando primeiramente
as imagens do leito receptor por meio de trecircs traccedilados (em planos perpendiculares)
realizados com o auxiacutelio da ferramenta denominada Linha Hounsfield que nos
fornece a densidade oacutessea do local traccedilado e uma meacutedia do mesmo Foi realizada
uma meacutedia aritmeacutetica simples dos trecircs traccedilados resultando uma meacutedia de
densidade oacutessea que foi enquadrada na escala O mesmo procedimento foi
realizado na aacuterea do material enxertado
Com a posse destes valores meacutedios comparou-se a densidade oacutesseo do leito
receptor com a densidade oacutessea do material enxertado
32
Os dados seratildeo divulgados atraveacutes de painel exposto no bloco de Odontologia
e apresentaccedilatildeo oral Uma coacutepia da pesquisa concluiacuteda seraacute enviada agraves Cliacutenicas
envolvidas na pesquisa
O projeto de pesquisa foi aprovado pela Comissatildeo de Eacutetica em Pesquisa
sobre o nuacutemero 44610
33
4 RESULTADOS
De acordo com a tabela a seguir podemos expressar de forma resumida os
resultados obtidos atraveacutes da pesquisa comparando os mesmos com a escala de
Misch
Paciente (P1) MS sexo feminino com idade de 49 anos apresentando bom
estado de sauacutede geral No dia 28 de outubro de 2009 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes (Figura 1)
34
Figura 1 Vista panoracircmica preacute-enxertia
A densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield
obteve os seguintes resultados Axial (Z) = 7650 Coronal (Y) = 5196 Sagital (X)
= 7818
No dia 29 de janeiro de 2010 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
homoacutegeno O material proveniente do Banco de Tecidos Muacutesculo Esqueleacuteticos HC-
UFPR consistia de um bloco cortical de Fecircmur medindo 30x20mm lote C0917 FD
BC 26 processado no dia 15 de julho de 2009 com validade de 5 anos conservado
a temperatura abaixo de -40ordmC O osso foi particulado e acrescido de lincomicina
No dia 19102010 foram realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da
densitometria oacutessea do material enxertado e obtiveram os seguintes resultados
Axial (Z) = 6590 Coronal (Y) = 4986 Sagital (X) = 2948 (Figura 2)
35
Figura 2 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
Paciente (P2) AWU sexo feminino com idade de 67 anos apresentando
bom estado de sauacutede geral no dia 29 de agosto de 2009 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes A
densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield obteve os
seguintes resultados Axial (Z) = 7104 Coronal (Y) = 7002 Sagital (X) = 10412
(Figura 3)
Figura 3 Vista panoracircmica preacute-enxertia
No dia 06 de novembro de 2009 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
36
homoacutegeno O material proveniente do Banco de Tecidos Muacutesculo Esqueleacuteticos HC-
UFPR consistia de um bloco cortical de Fecircmur medindo 30x20mm lote C0917 FD
BC 39 processado no dia 15 de julho de 2009 com validade de 5 anos conservado
a temperatura abaixo de -40ordmC O osso foi particulado e acrescido de lincomicina
Passado o periacuteodo de 10 meses apoacutes o procedimento ciruacutergico foram
realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da densitometria oacutessea do material
enxertado e obtiveram os seguintes resultados Axial (Z) = 6972 Coronal (Y) =
8138 Sagital (X) = 4984 (Figura 4)
Figura 4 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
Paciente (P3) IS sexo feminino com idade de 42 anos apresentando bom
estado de sauacutede geral no dia 13 de Novembro de 2007 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes A
densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield obteve os
seguintes resultados Axial (Z) = 4917 Coronal (Y) = 3481 Sagital (X) = 4207
(Figura 5)
37
Figura 5 Vista panoracircmica preacute-enxertia
No dia 26 de Novembro de 2007 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
autoacutegeno tendo como aacuterea doadora a regiatildeo de ramo mandibular
Passado o periacuteodo de 09 (nove) meses apoacutes o procedimento ciruacutergico foram
realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da densitometria oacutessea do material
enxertado e obtiveram os seguintes resultados Axial (Z) = 7176 Coronal (Y) =
5443 Sagital (X) = 5638 (Figura 6)
Figura 6 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
38
Paciente (P4) ATL sexo feminino com idade de 45 anos apresentando
bom estado de sauacutede geral no dia 18 de Agosto de 2009 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes A
densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield obteve os
seguintes resultados Axial (Z) = 6028 Coronal (Y) = 6681 Sagital (X) = 6397
(Figura 7)
Figura 7 Vista panoracircmica preacute-enxertia
No dia 09 de Outubro de 2009 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
autoacutegeno tendo como aacuterea doadora a regiatildeo de ramo mandibular
Passado o periacuteodo de 4 (quatro) meses apoacutes o procedimento ciruacutergico foram
realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da densitometria oacutessea do material
enxertado e obtiveram os seguintes resultados Axial (Z) = 8549 Coronal (Y) =
9340 Sagital (X) = 8624 (Figura 8)
39
Figura 8 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
40
5 DISCUSSAtildeO
Em Odontologia a tomografia computadorizada tem demonstrado ser o
meacutetodo de eleiccedilatildeo para a determinaccedilatildeo da densidade oacutessea na regiatildeo dos
maxilares pois fornece dados objetivos precisos da variaccedilatildeo da densidade oacutessea
entre diferentes regiotildees em um mesmo indiviacuteduo A tomografia computadorizada eacute o
uacutenico meacutetodo que permite avaliar osso cortical e medular separadamente com a
vantagem de que as informaccedilotildees tridimensionais satildeo apresentadas em uma seacuterie de
cortes finos da estrutura interna da parte estudada onde as informaccedilotildees resultantes
natildeo sofrem superposiccedilatildeo por estruturas anatocircmicas (SANTIAGO e VITRAL 2006)
Logo a tomografia computadorizada eacute um meacutetodo de escolha na avaliaccedilatildeo
qualitativa e quantitativa de enxertos em seio maxilar (ZEacuteTOLA et al 2002)
Bassi et al (2009) citaram que para o sucesso da reabilitaccedilatildeo com implantes
dentaacuterios eacute imprescindiacutevel que seja levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
rebordo residual e tambeacutem a qualidade de osso para a estabilidade do implante
Aleacutem disso o osso disponiacutevel (volume) deve ser avaliado em sua densidade
o que determinaraacute sua resistecircncia Densidade eacute a relaccedilatildeo entre a massa e o volume
de um corpo e o meacutetodo de avaliaccedilatildeo da densidade mineral oacutessea eacute denominado
densitometria As unidades de medidas mais empregadas satildeo gcmsup2 (densidade por
aacuterea) gcmsup3 (densidade por volume) ou HU (unidade Hounsfield) (CAUacuteLA
MACHADO BARBOSA 2000)
A densidade oacutessea eacute diretamente relacionada agrave resistecircncia do tecido oacutesseo
antes da fratura Uma diferenccedila de dez vezes na resistecircncia do tecido oacutesseo pode
ser observada entre o osso D1 e D4 O osso D2 exibe uma resistecircncia agrave
compressatildeo 47 a 68 maior se comparado com o D3 (MISCH 2000)
O osso com densidade 2 (D2) eacute uma combinaccedilatildeo de osso compacto denso
para poroso na porccedilatildeo externa e osso trabecular grosso na porccedilatildeo interna Na
superfiacutecie e nas proporccedilotildees laterais do implante oferece uma interface inicial riacutegida
A densidade oacutessea D2 eacute mais comumente encontrada na mandiacutebula A regiatildeo
anterior da mandiacutebula apresenta este tipo oacutesseo em 23 dos casos O osso com
densidade 3 (D3) eacute composto de uma cortical oacutessea fina na crista e osso trabecular
fino no interior Uma das desvantagens desse tipo oacutesseo eacute a delicadeza com a qual
esse osso deve ser manipulado Quanto menor for a densidade mais facilmente o
41
osso eacute expandido para que implantes sejam inseridos A regiatildeo anterior da maxila
apresenta em 65 dos casos o osso D3 e em quase metade dos casos o osso
D3 eacute encontrado tambeacutem na regiatildeo posterior da maxila O osso menos denso D4
tem sido relatado em aproximadamente 40 dos casos eacute encontrado na parte
posterior da maxila especialmente na regiatildeo dos molares ou apoacutes levantamento do
seio maxilar (CAUacuteLA MACHADO BARBOSA 2000 BUSCATTI 2003)
Em 1988 Misch realizou uma pesquisa tendo como base de estudos a escala
apresentada por Hounsfield que tem como objetivo a diferenciaccedilatildeo de densidades
de oacutergatildeos do corpo pela diferenccedila de tons de cinza atraveacutes da tomografia A partir
desta Misch propocircs uma nova escala o qual associou nuacutemeros aos tipos oacutesseos
relacionando numericamente os valores aos tipos oacutesseos
No periacuteodo preacute-enxertia foi verificado que em todos os casos estudados a
densidade presente na regiatildeo de leito receptor caracteriza osso tipo D3 Sendo esta
densidade compatiacutevel com a regiatildeo anterior e posterior da maxila
Apoacutes 10 meses dos enxertos homoacutegenos serem realizados (P1 e P2)
observou-se que a densidade em unidades HU diminuiu na maioria dos eixos
avaliados somente no eixo coronal da P2 que apresentou um leve aumento Apesar
desta variaccedilatildeo de valores natildeo houve mudanccedila da qualidade oacutessea Tanto o osso
neoformado quanto o do leito receptor mantiveram-se qualidade de osso D3
Nos casos onde o material de escolha foi osso autoacutegeno observou-se atraveacutes
da densidade em unidades HU aumento dos valores em todos os eixos avaliados
Entre os dois casos (P3 e P4) houve uma pequena diferenccedila entre os valores que
atraveacutes da escala proposta por Misch resultou na diferenccedila que no caso P3 o
material enxertado natildeo apresentou alteraccedilatildeo na qualidade em relaccedilatildeo agrave aacuterea
receptora Jaacute no caso P4 o material enxertado caracteriza-se como qualidade oacutessea
D2 Suponha-se que esta diferenccedila entre a densidade do material enxertado nestes
dois casos seja devido ao grau de condensaccedilatildeo do material na regiatildeo tamanho das
partiacuteculas e quantidade de material enxertado Os dados obtidos natildeo correspondem
a uma populaccedilatildeo em geral devido a pequena quantidade de amostras e se tratando
de um relato de caso cliacutenico
Pinto et al (2007) comenta que os enxertos autoacutegenos satildeo os uacutenicos entre os
tipos de enxerto oacutesseo a fornecer ceacutelulas oacutesseas vivas imunocompatiacuteveis
essenciais agrave fase I da osteogecircnese que eacute responsaacutevel pela proliferaccedilatildeo das ceacutelulas
oacutesseas em especial do osteoacuteide assim quanto mais ceacutelulas vivas forem
42
transplantadas mais tecido oacutesseo seraacute formado Kuabara et al (2000) concluiacuteram
que a pequena morbidade poacutes-operatoria da regiatildeo doadora do enxerto elege a
regiatildeo retromolar inferior como uma excelente opccedilatildeo ciruacutergica para reabilitaccedilatildeo de
pequenos defeitos oacutesseos Jaacute Cyriaco e Azevedo (2006) relatam que quando se
trata de enxertos menores as melhores aacutereas doadoras para regiatildeo oral seriam o
mento e a regiatildeo retromolar e para maiores quantidades a crista iliacuteaca a calota
craniana a costela e a tiacutebia
Pereira et al (2009) enxerto com osso autoacutegeno eacute considerado padratildeo ouro
para reconstruccedilatildeo de defeitos oacutesseos residuais Algumas teacutecnicas ciruacutergicas podem
ser realizadas abrangendo aacutereas doadoras extra e intrabucais dependendo do grau
de perda oacutessea planejamento ciruacutergico-proteacutetico e das condiccedilotildees gerais do
paciente O osso autoacutegeno cortical oferece excelente suporte estrutural para o siacutetio
receptor sendo uma excelente alternativa para segmentos de defeitos maiores que
5 ou 6 cm que requerem suporte estrutural imediato restabelecendo devidamente a
funccedilatildeo
Gonccedilalves (2008) concluiu que implantes instalados em enxertos de seio maxilar
com a ajuda de substitutos oacutesseos apresentam uma taxa de sucesso cliacutenico de
9009
O osso mais indicado para enxertia eacute o autoacutegeno pela sua eficiecircncia
bioseguranccedila e facilidade de obtenccedilatildeo e uma alternativa para sua substituiccedilatildeo eacute o
homoacutegeno por ter caracteriacutesticas a longo prazo semelhantes embora o iacutendice de
reabsorccedilatildeo ser maior (DEL VALE et al 2006 SOUZA et al 2010 GONCcedilALVEZ et
al 2009) O enxerto de osso homoacutelogo eacute uma alternativa viaacutevel para reconstruccedilatildeo
de rebordos alveolares severamente atroacuteficos ao mesmo tempo em que reduz a
morbidade e os riscos inerentes aos procedimentos de enxertos autoacutegenos como
dor parestesia e hematomas (MOLON et al 2009 PIFFER et al2010) Ele mostra-
se efetivo conforme Contar et al (2009) que realizou 51 implantes sobre enxerto
homoacutegeno alcanccedilando o torque miacutenimo de 40N(newton) em todos eles natildeo
havendo problema em nenhum implante em um periacuteodo de acompanhamento de 24
a 35 meses
Ajzen et al (2005) comenta do uso de fatores indutores como plasma rico em
plaquetas sugerindo uma melhor qualidade e quantidade oacutessea necessaacuteria para
reconstruccedilatildeo proteacutetica atraveacutes de implantes oacutesseo integrados A associaccedilatildeo do
bloco de osso homoacutegeno agrave medula oacutessea autoacuteloga parece representar uma
43
alternativa terapecircutica para se minimizar os niacuteveis de reabsorccedilatildeo dos materiais de
enxertia (COSTA et al 2009)
Faz-se necessaacuterio a coleta de mais casos para se obter um tratamento
estatiacutestico que possibilite uma comprovaccedilatildeo da previsibilidade da densidade oacutessea
com os materiais enxertados e variaccedilotildees de teacutecnicas ciruacutergicas
44
6 CONCLUSAtildeO
Conclui-se que o enxerto oacutesseo autoacutegeno e procedente de banco de ossos
demonstra-se eficaz na reabilitaccedilatildeo de pacientes que apresentam maxilas atroacuteficas
e que necessitam de implantes dentaacuterios para a reabilitaccedilatildeo proteacutetica
A densidade obtida do material enxertado eacute semelhante a densidade do
tecido oacutesseo adjacente necessitando de mais casos para esta comprovaccedilatildeo
45
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AJZEN S A et al Anaacutelise por tomografia computadorizada do enxerto autoacutegeno na cirurgia de sinus lift Radiol bras Rio de Janeiro v 38 n 1 p 25-31 janfev 2005 ALOY-PROacuteSPER A et al Bone regeneration using particulate grafts an update Med oral patol oral cir bucal Valencia v16 n2 p210-214 Mar 2011 ARAUacuteJO JMS de et al Enxerto oacutesseo bovino como alternativa para cirurgias de levantamento de assoalho de seio maxilar Rev cir traumatol buco-maxilo-fac Recife v9 n 3 p 89-96 julset 2009
BASSI A P F CARNEIRO G P Avaliaccedilatildeo do iacutendice de sucesso dos enxertos autoacutegenos e dos implantes instalados em regiatildeo do seio maxilar Implant News Satildeo Paulo v7 n2 p257-260 dez 2009
BLAY A TUNCHEL S SENDYK W R Viabilidade dos enxertos autoacutegenos obtidos com a utilizaccedilatildeo de coletores para osso estudo histoloacutegico e microbioloacutegico Pesqui Odontol Bras Satildeo Paulo v 17 n 3 p 234-40 julset 2003 BUSCATTI M Y Contribuiccedilatildeo para o estudo das densidades oacutesseas maxilomandibulares por meio da escala tomodensitomeacutetrica de Hounsfield quando da aplicaccedilatildeo de programa computadorizado para planejamento de implantes osseointegrados 2003 122f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Radiologia) - Faculdade de Odontologia da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2003 CAUacuteLA A L MACHADO F O de BARBOZA E P Densidade Oacutessea no planejamento em Implantodontia BCI Curitiba v 7 n 25 2000
CHEM RC et al Uso de retalho livre de fiacutebula no complexo bucomaxila-facial ndash Relato de dois casos Rev Cir Traumatol Buco-maxilo-fac Camaragibe v5 n4 p 23-30 outdez 2005 CONTAR C M M et al Maxillary ridge augmentation with fresh-frozen bone allografts J Oral Maxillofac Surg Copenhagen v67 n6 p1280-1285 June 2009 COSMO L A M et al Enxerto oacutesseo em levantamento de seio maxilar com osso humano fresco congelado ImplantNews Satildeo Paulo v 4 n 3 p 249-253 2007 COSTA C E S da et al Utilizaccedilatildeo de medula oacutessea autoacuteloga na integraccedilatildeo de enxertos oacutesseos homoacutelogos ImplantNews Satildeo Paulo v 6 n 4 p 395-402 2009
CYRIACO E AZEVEDO D Enxertos oacutesseos aplicados na cirurgia buccedilo-maxilo facial Cispre [on line] Petroacutepolis 27 jul 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcisprecombracervo_detalhesaspId=60gt Acesso em 20 abr 2011
DEL VALLE R A CARVALHO M L de GONZALEZ M R Estudo do comportamento de enxerto oacutesseo com material doador obtido dos bancos de tecidos muacutesculos-esqueleacuteticos Rev odontol Univ Cid Satildeo Paulo Satildeo Paulo v 18 n 2 p 189-194 maioago 2006
46
GARCIA JUacuteNIOR I R et al Avaliaccedilatildeo cliacutenica de enxertos oacutesseos autoacutegenos de crista iliacuteaca em maxilas atroacuteficas para instalaccedilatildeo de implantes oacutesseointegraacuteveis Innov implant j biomater esthet (Impr) Satildeo Paulo v 1 n 1 p 34-40 maio 2006 GONCcedilALVES A R de Q Avaliaccedilatildeo do sucesso de implantes osseointegraacuteveis em enxerto de seio maxilar RGO (Porto Alegre) Porto Alegre v 56 n 4 p 423-427 outdez 2008 GONCcedilALVES A O et al Avaliaccedilatildeo histomorfoloacutegica de maxilares humanos submetidos a enxerto oacutesseo autoacutegeno e homoacutegeno Implant News Satildeo Paulo v7 n2 p213-222 nov 2009
JAHN R S et al Retalho em dupla paacutegina Innov implant j biomater esthet Satildeo Paulo v 4 n 3 p 20-24 setdez 2009
KUABARA M R et al Levantamento de seio maxilar utilizando enxerto autoacutegeno da regiatildeo retromolar e simultacircnea colocaccedilatildeo de implantes ossointegrados Relato de caso cliacutenico ROBRAC Goiacircnia v 9 n 28 p 14-17 2000
MAZZONETTO R et al Avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de enxertos de siacutenfise mandibular na reconstruccedilatildeo de defeitos oacutesseos em regiatildeo anterior de maxila estudo por meio de tomografia convencional linear Rev bras implant Satildeo Paulo v 6 n 1 p 19-22 janmar 2000
MISCH C E et al Doaccedilatildeo de enxertos oacutesseos autoacutegenos extra orais para implantes endo oacutesseo In Implantes Dentaacuterios Contemporacircneos 2ordm ed Satildeo Paulo Santos 2000 cap 33 p 521-535 MOLON R S de et al Reconstruccedilatildeo de maxila atroacutefica utilizando enxerto oacutesseo homoacutegeno Rev Cir Traumatol Buco-Maxilo-fac Camaragibe v 9 n 4 p 25-30 outdez 2009 OLIVEIRA FILHO M A de et alReconstruccedilatildeo de defeito de continuidade em mandiacutebula com posterior reconstruccedilatildeo alveolar RGO (Porto Alegre) Porto Alegre v 55 n 3 p 305-310 julset 2007 OLIVEIRA H W de DIEBOLD E SILVA A M M da Avaliaccedilatildeo da regiatildeo maxilar em imagens de tc por raios x para o uso em implantodontia e cirurgia bucomaxilofaciaL Disponiacutevel em lthttpwwwpucrsbrunipoafisicapesquisasnimedartigosArtigo20Canal20CientEDficopdfgt Acesso em 20 de Junho de 2011 PEREIRA C C S et al Enxertos oacutesseos autoacutegenos mandibulares para reconstruccedilatildeo de processos alveolares atroacutefi cos revisatildeo e teacutecnica ciruacutergica Innov Implant J Biomater Esthet Satildeo Paulo v 4 n 3 p 96-102 setdez 2009 PICCINELLI L B et al Estudo retrospectivo de 59 pacientes tratados com enxertos oacutesseos autoacutegenos intrabucais e implantes dentais Innov Implant J Biomater Esthet Satildeo Paulo v 4 n 3 p 30-34 setdez 2009 PIFFER C S et al Levantamento de seio maxilar utilizando Bio-Oss concomitante com a instalaccedilatildeo de implantes ImplantNews Satildeo Paulo v 7 n 4 p 489-495 2010
47
PINTO J G S et al Enxerto autoacutegeno x biomateriais no tratamento de fraturas e deformidades faciais ndash uma revisatildeo de conceitos atuais RFO UPF Passo Fundo v 12 n 3 p 79-84 setdez 2007 RIBEIRO JUacuteNIOR O et al Princiacutepios da reconstruccedilatildeo mandibular com enxerto oacutesseo vascularizado Rev cir traumatol buco-maxilo-fac Recife v 8 n 1 p 15 ndash 22 janmar 2008 RODRIGUES A F VITRAL R W F Aplicaccedilotildees da Tomografia Computadorizada na Odontologia Pesq Bras Odontoped Clin Integr Joatildeo Pessoa v 7 n 3 p 317-324 setdez 2007 SANTIAGO R C VITRAL R W F Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da densidade mineral oacutessea e seu emprego na odontologia Pesq Bras Odontoped Clin Integr Joatildeo Pessoa v6 n3 p 289-294 setdez 2006 SILVEIRA A C G WASSALL T Anaacutelise da aacuterea doadora de enxerto mandibular por meio de tomografia computadorizada do feixe cocircnico para avaliaccedilatildeo da remodelaccedilatildeo oacutessea RGO (Porto Alegre) Porto Alegre v 57 n 1 p 61-65 janmar 2009 SOUSA J N L de et al Avaliaccedilatildeo dos enxertos homoacutegenos como substitutos aos enxertos autoacutegenos na fixaccedilatildeo de implantes osteointegrados uma revisatildeo sistemaacutetica da literatura Innov Implant J Satildeo Paulo v 4 n 3 p 54-57 setdez 2009 SOUZA D O et al Aplicaccedilotildees de enxertos de bancos de ossos em odontologia R Ci meacuted biol Salvador v 9 n 1 p 45-48 2010 SPIN-NETO R et al Tecido oacutesseo homoacutelogo para utilizaccedilatildeo em Odontologia Implant News Satildeo Paulo v7 n4 p555-560 dez 2009 TANAKA R et al Incorporaccedilatildeo dos enxertos oacutesseos em bloco processos bioloacutegicos e consideraccedilotildees relevantes Conscientia e sauacutede Satildeo Paulo v 7 n 3 p 323-327 2008 ZEacuteTOLA A L et al Reconstruccedilatildeo do seio maxilar atroacutefico com enxerto autoacutelogo de crista iliacuteaca avaliaccedilatildeo por tomografia computadorizada e radiografia panoracircmica Rev col bras cir Rio de Janeiro v 29 n 1 p 13-18 janfev 2002
12
Buscatti (2003) avaliou as densidades oacutesseas das porccedilotildees medulares e
corticais maxilomandibulares por meio da escala tomodensitomeacutetrica de Hounsfield
utilizada nos exames de tomografia computadorizada A amostra foi composta por
12 pacientes de ambos os sexos Em cada aacuterea foi realizada a mensuraccedilatildeo da
densidade oacutessea por meio de uma ferramenta especiacutefica onde se avaliou a
qualidade oacutessea das corticais vestibular lingual ou palatina da base da mandiacutebula
ou assoalho do seio maxilarfossa nasal e da regiatildeo central do trabeculado oacutesseo
Para cada aacuterea foi mensurado o valor meacutedio de densidade e seu desvio padratildeo
Para a anaacutelise estatiacutestica dividiram-se os dados em dois grupos o primeiro com as
aacutereas correspondentes agrave regiatildeo anterior dos arcos e o segundo para a regiatildeo
posterior Para cada arco foi obtido 6 valores de densidade oacutessea para a porccedilatildeo
medular e cada cortical oacutessea da a regiatildeo anterior e 10 valores para a regiatildeo
posterior Uma anaacutelise inicial dos valores tomodensitomeacutetricos de Hounsfield (escala
Hounsfield) obtidos nesse presente estudo mostra de maneira geral que a
densidade oacutessea quando analisada sem distinccedilatildeo de gecircnero arco ou regiatildeo
apresenta-se na meacutedia maior na cortical oacutessea do que na porccedilatildeo medular situaccedilatildeo
constante em todas as anaacutelises realizadas durante esse estudo e cujo valor era
esperado devido ao maior grau de mineralizaccedilatildeo da cortical em relaccedilatildeo agrave medular
oacutessea O autor concluiu que quando da anaacutelise das densidades oacutesseas nos gecircneros
masculino e feminino natildeo houve diferenccedila estatisticamente significante para seus
valores tanto nas corticais quanto na porccedilatildeo medular A anaacutelise das densidades
oacutesseas em funccedilatildeo das regiotildees anatocircmicas (anterior e posterior) demonstrou
diferenccedila estatisticamente significante entre elas para os valores da porccedilatildeo medular
Em relaccedilatildeo aos arcos (superior e inferior) houve diferenccedila estatisticamente
significante entre eles para os valores das corticais vestibular lingual ou palatina e
base da mandiacutebula ou assoalho do seio maxilarfossa nasal
Ajzen et al (2005) quantificaram por meio da TC a formaccedilatildeo oacutessea nos
enxertos realizados apenas com osso autoacutegeno e nos enxertos com osso autoacutegeno
e plasma rico em plaquetas (PRP) obtido pelos meacutetodos de centrifugaccedilatildeo e afeacuterese
comparando seis meses depois os trecircs tipos de enxertos realizados Este estudo
utilizou como amostra 34 pacientes adultos de ambos os sexos (sete do sexo
masculino e 28 do sexo feminino) sem distinccedilatildeo de raccedila com idades entre 23 e 65
anos idade meacutedia de 48 anos e 8 meses que foram previamente avaliados por
radiografias panoracircmicas A avaliaccedilatildeo constou dos seguintes itens pneumatizaccedilatildeo
13
unilateral ou bilateral dos seios maxilares relacionada agraves perdas dentaacuterias e que
necessitavam de enxertos oacutesseos Nestes 34 pacientes foram operados 53 seios
maxilares sendo a amostra dividida em trecircs grupos grupo afeacuterese pacientes que
receberam enxerto de osso autoacutegeno e PRP obtido pelo meacutetodo de afeacuterese grupo
centriacutefuga pacientes que receberam enxerto de osso autoacutegeno e PRP obtido pelo
meacutetodo de centrifugaccedilatildeo e grupo osso autoacutegeno pacientes que receberam enxerto
apenas de osso Foram realizados exames preacute-operatoacuterios radiograacuteficos radiografia
periapical radiografia panoracircmica e TC Esses exames foram repetidos seis meses
apoacutes a intervenccedilatildeo ciruacutergica para a avaliaccedilatildeo da quantificaccedilatildeo oacutessea cortical e
medular da regiatildeo enxertada Para analisar o crescimento oacutesseo obtiveram-se as
meacutedias e os desvios-padratildeo (que mede a variabilidade dos dados) para a altura e a
largura considerando os trecircs grupos (afeacuterese centriacutefuga e osso autoacutegeno) e as
diferenccedilas entre as medidas finais e iniciais Para verificar se existe diferenccedila
significativa entre os crescimentos meacutedios foi feita a anaacutelise de variacircncia para
medidas repetidas (ANOVA) O niacutevel de significacircncia (p) foi fixado em um valor
menor ou igual a 005 (5) para a rejeiccedilatildeo da hipoacutetese de nulidade Pela avaliaccedilatildeo
da TC houve crescimento do remanescente oacutesseo em altura nos trecircs grupos
quando comparados os momentos inicial e final do experimento Natildeo houve
diferenccedila estatiacutestica para a altura (p= 0078) e para a largura (p = 0556) Os autores
concluiacuteram que apesar dos resultados natildeo serem estatisticamente significantes
evidecircncias cliacutenicas tecircm mostrado a eficaacutecia dos enxertos de osso autoacutegeno
principalmente aqueles associados a fatores indutores de crescimento oacutesseo como
o PRP alterando a altura e a largura necessaacuterias para a reconstruccedilatildeo proteacutetica do
arcabouccedilo maxilofacial atraveacutes de implantes osteointegrados porque na
odontologia atual busca-se cada vez mais devolver aos pacientes edecircntulos a sua
capacidade mastigatoacuteria e esteacutetica e consequumlentemente promovendo a integridade
dos vaacuterios elementos que compotildeem o sistema estomatognaacutetico
Chem et al (2005) afirmaram que a falta de tecido oacutesseo deve ser reparada
Situaccedilotildees como estas deixam os pacientes carentes fisiologicamente
esteticamente e psicologicamente Este trabalho iraacute relatar a teacutecnica de retalho livre
de fiacutebula para reconstruccedilatildeo da mandiacutebula e da maxila Foram realizados
atendimentos a dois pacientes pelo Serviccedilo de Cirurgia e Traumatologia Buco-
maxilo-facial do Complexo Hospitalar da Santa Casa de Misericoacuterdia de Porto
14
Alegre Possiacuteveis complicaccedilotildees podem se justificar pela maacute fixaccedilatildeo do retalho aos
cotos ou pela insuficiecircncia vascular Nos dois casos relatados o retalho foi fixado
aos cotos com placas e parafusos de forma a apresentar imobilidade obtendo-se
dessa forma a regeneraccedilatildeo entre os tecidos O retalho livre de fiacutebula ou enxerto
vascularizado caracteriza-se por ser um enxerto autoacutegeno segmentado e removido
da aacuterea doadora tendo sua vascularizaccedilatildeo preservada a fim de nutrir esse tecido
quando no leito receptor a partir da sua anastomose com o sistema vascular da
regiatildeo receptora O retalho de fiacutebula eacute o mais frequumlentemente pois esse retalho
fornece o maior montante de tecido oacutesseo entre todos os retalhos oacutesseos e causa
pouca morbidade na aacuterea doadora Os autores concluiacuteram que o emprego de
enxertos oacutesseos vascularizados em reconstruccedilotildees da face gera bons resultados
esteacuteticos e funcionais Pois os dois casos relatados os enxertos apresentaram
sucesso agrave observaccedilatildeo imediata e longitudinal alcanccedilando-se resultados esteacuteticos e
funcionais satisfatoacuterios
Cyriaco e Azevedo (2006) analisaram e revisaram a utilizaccedilatildeo do enxerto
oacutesseo em suas vaacuterias formas autoacutelogo homoacutelogo e heteroacutelogo descalcificado e
vascularizado na reparaccedilatildeo de falha oacutessea aleacutem das principais caracteriacutesticas
pertinentes a cada tipo buscando com isso um melhor direcionamento na sua
utilizaccedilatildeo Segundo diversos autores haacute disponiacuteveis opccedilotildees doadoras de enxertos
vascularizados como calota craniana fiacutebula costela escaacutepula crista iliacuteaca e raacutedio
Suas vantagens estatildeo nos iacutendices elevados de sucesso e a chance de fazecirc-lo em
pacientes irradiados ou que passaraacute por seccedilotildees de radioterapia como ocorre na
retirada de tumores malignos Quando se trata de enxertos menores as melhores
aacutereas doadoras para regiatildeo oral seriam o mento e a regiatildeo retromolar e para
maiores quantidades a crista iliacuteaca a calota craniana a costela e a tiacutebia A calota
craniana e osso iliacuteaco satildeo vantajosos por ter um grande volume de tecido oacutesseo no
que se refere agraves aacutereas doadoras externas sendo indicadas para a correccedilatildeo de
grandes defeitos oacutesseos De acordo com a pesquisa foi possiacutevel concluir que as
melhores aacutereas doadoras intrabucais satildeo o mento a regiatildeo retromolar e a
tuberosidade da maxila e que as aacutereas doadoras externas possiacuteveis satildeo a crista
iliacuteaca e a calota craniana
Del Valle et al (2006) tiveram como objetivo comparar o enxerto homoacutegeno
com o enxerto autoacutegeno nas cirurgias reconstrutivas de maxila com finalidade
implantodocircntica atraveacutes de um relato de caso cliacutenico Neste caso o paciente
15
apresentava ausecircncia dos elementos 11 e 12 com migraccedilatildeo mesial dos elementos
13 e 21 Atraveacutes do exame cliacutenico foi verificado falta de espessura do rebordo
alveolar na regiatildeo resultado da perda da taacutebua oacutessea vestibular por ocasiatildeo da
exodontia Foram realizados exames radiograacuteficos de regiatildeo panoracircmica periapical
Foi constatado pouca espessura palato-vestibular do rebordo oacutesseo na regiatildeo dos
dentes 11 e 12 contra-indicando a colocaccedilatildeo de implante dentaacuterio por risco de
fenestraccedilatildeo vestibular Com isto o tratamento indicado foi enxertia oacutessea utilizando
osso homoacutegeno bicortical com medular interna retirado da crista do osso iliacuteaco
medindo 27x17x9 milimetros e recebido os antibioacuteticos Vancomicina e Polimixina B
Foi feito o deslocamento muco-periostal do retalho esculpido o bloco oacutesseo e
adaptado ao leito receptor Para realizar a fixaccedilatildeo foi feito perfuraccedilotildees oacutesseas no
leito receptor com brocas esfeacutericas laminadas e imobilizados com 2 parafusos de
15mm de diacircmetros e 11mm de comprimento promovendo um enxerto do tipo
onlay Todo enxerto foi recoberto com osso particulado do mesmo bloco
amalgamado ao plasma rico em plaquetas e suturado Apoacutes passar 3 meses da
cirurgia houve exposiccedilatildeo do parafuso de osteossiacutentese de posiccedilatildeo mais cervical e
na sua remoccedilatildeo constatamos a formaccedilatildeo de tecido fibroso entre o fragmento
enxertado e o leito receptor somente nessa regiatildeo tendo sido removido Apoacutes 5
meses da enxertia foi colocado implantes e recoberto com membrana oacutessea
reabsorviacutevel por ter havido fenestraccedilatildeo oacutessea cervical Os autores apoacutes relatar o
caso concluiacuteram que o osso mais indicado para enxertia eacute o autoacutegeno e uma
alternativa para sua substituiccedilatildeo eacute o homoacutegeno por ter caracteriacutesticas a longo prazo
semelhantes embora o iacutendice de reabsorccedilatildeo eacute maior entretanto relataram que eacute
necessaacuterios maiores estudos principalmente de aacutereas doadoras utilizadas para
enxertias
Garcia Juacutenior et al (2006) avaliaram clinicamente os enxertos oacutesseos
retirados da crista do osso iliacuteaco para reconstruccedilatildeo total de maxilas atroacuteficas e
posterior instalaccedilatildeo de implantes oacutesseointegraacuteveis Foram selecionados doze
pacientes no qual foram submetidos agrave cirurgia de enxerto oacutesseo na maxila
utilizando-se fragmentos oacutesseos removidos da porccedilatildeo anterior da crista iliacuteaca A
meacutedia de idade dos pacientes era de 495 anos sendo 3 do sexo masculino e 12
eram do sexo feminino O tempo de espera para a cirurgia de instalaccedilatildeo de
implantes variou de 5 a 6 meses apoacutes enxerto oacutesseo Na reabertura do enxerto para
instalaccedilatildeo dos implantes oacutesseointegrados foram realizadas as avaliaccedilotildees cliacutenicas
16
dos enxertos oacutesseos Os resultados mostraram que em todos os casos houve ganho
oacutesseo no rebordo alveolar e tambeacutem uma melhora no perfil facial e o contorno labial
dos pacientes Os autores concluiacuteram que o enxerto oacutesseo retirado do osso iliacuteaco eacute
uma alternativa viaacutevel para reconstruccedilotildees de maxilas atroacuteficas tambeacutem que houve
melhora cliacutenica significativa quanto ao volume oacutesseo em altura e largura do rebordo
alveolar e que em todos os casos foram possiacuteveis a instalaccedilatildeo de implantes
oacutesseointegraacuteveis
Santiago e Vitral (2006) analisaram os meacutetodos de avaliaccedilatildeo da densidade
mineral oacutessea (DMO) e seu emprego na odontologia com o objetivo de descrever os
diferentes meacutetodos empregados bem como avaliar a relevacircncia em se determinar a
densidade oacutessea no planejamento e sucesso de tratamentos odontoloacutegicos
especiacuteficos Foi feita uma revisatildeo de literatura onde abordaram as teacutecnicas de
densitometria oacutessea e como eacute feita a avaliaccedilatildeo da densidade oacutessea em odontologia
Diversos satildeo os meacutetodos para se avaliar a densidade mineral oacutessea tanto na aacuterea
meacutedica quanto em Odontologia A questatildeo sobre qual a melhor teacutecnica e a melhor
regiatildeo para se avaliar a DMO de cada individuo parece ainda natildeo ter resposta
Entretanto o que se sabe eacute que dentre as diferentes teacutecnicas disponiacuteveis diferentes
vantagens e desvantagens satildeo apresentadas Em Odontologia a tomografia
computadorizada tem demonstrado ser o meacutetodo de eleiccedilatildeo para a determinaccedilatildeo da
densidade oacutessea na regiatildeo dos maxilares pois fornece dados objetivos precisos da
variaccedilatildeo da densidade oacutessea entre diferentes regiotildees em um mesmo indiviacuteduo
permitindo dessa forma correlacionar positivamente os valores encontrados com a
qualidade oacutessea descrita subjetivamente Aleacutem disso a tomografia computadorizada
eacute o uacutenico meacutetodo que permite avaliar osso cortical e medular separadamente
Cosmo et al (2007) relataram um caso cliacutenico com avaliaccedilatildeo radiograacutefica e
histoloacutegica da utilizaccedilatildeo de osso humano fresco congelado em procedimento de
elevaccedilatildeo do assoalho do seio maxilar A paciente CAR 47 anos compareceu agrave
Cliacutenica Odontoloacutegica da Faculdade de Odontologia da Universidade de Santo Amaro
- Unisa para avaliaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo da arcada superior posterior esquerda com a
utilizaccedilatildeo de implantes endoacutesseos Os exames de imagem demonstraram haver
rebordo residual com menos de 6 mm de altura remanescente tendo sido indicada agrave
paciente a reabilitaccedilatildeo oacutessea bilateral atraveacutes da teacutecnica de levantamento do
assoalho do seio maxilar com enxerto de osso aloacutegeno fresco congelado
proveniente de banco de tecidos musculoesqueleacuteticos Apoacutes seis meses da cirurgia
17
foi realizada abertura para instalaccedilatildeo dos implantes tendo sido colhido fragmento
oacutesseo que foi enviado para anaacutelise histoloacutegica Frente ao apresentado conclui-se
que o material de enxertia proveniente de banco de ossos humanos (enxerto
aloacutegeno fresco congelado) proporciona em cirurgias de levantamento de seio
maxilar um adequado volume oacutesseo para futura instalaccedilatildeo de implantes A anaacutelise
histoloacutegica do enxerto incorporado evidencia a vitalidade do mesmo Material deve
ser adquirido em banco de tecidos regularizados pelo Ministeacuterio da Sauacutede A
possibilidade de transmissatildeo de doenccedilas pela utilizaccedilatildeo do material eacute de baixa
magnitude
Oliveira Filho et al (2007) apresentaram um caso cliacutenico de trauma facial com
perda oacutessea na regiatildeo anterior da mandiacutebula que foi tratado com teacutecnicas de
reconstruccedilatildeo em duas fases primeiramente a parte basilar da mandiacutebula
posteriormente a parte alveolar permitindo a reabilitaccedilatildeo atraveacutes de implantes
osseointegrados O paciente deu entrada no pronto socorro do Hospital Universitaacuterio
Evangeacutelico de Curitiba viacutetima de trauma localizado nas regiotildees submandibular e
cervical alta Em um primeiro momento foi realizado o tratamento ciruacutergico para
fixaccedilatildeo intermaxilar riacutegida trans-operatoacuteria e estabilizaccedilatildeo da mandiacutebula com uma
placa de reconstruccedilatildeo em titacircnio Apoacutes trecircs meses do procedimento foi realizada a
reconstruccedilatildeo mandibular utilizando enxerto em bloco tomado da crista do osso
iliacuteaco Este tempo ciruacutergico teve a preocupaccedilatildeo de reconstruir apenas a parte basilar
da mandiacutebula devido a falta de tecidos moles na regiatildeo traumatizada Em um
segundo momento foi realizada enxertia com bloco tomado da crista do osso iliacuteaco
para reconstruccedilatildeo alveolar da mandibular Seis meses apoacutes o procedimento de
reconstruccedilatildeo alveolar cliacutenica e radiograficamente houve uma boa integraccedilatildeo do
enxerto sem a ocorrecircncia de reabsorccedilatildeo oacutessea significativa Foi criado um rebordo
alveolar adequado permitindo a instalaccedilatildeo de trecircs implantes na regiatildeo enxertada
Os autores concluiacuteram que o enxerto de oacutesseo autoacutegeno pode ser uma alternativa
vaacutelida na aplicaccedilatildeo como meio de reconstruccedilatildeo de defeitos oacutesseos que comprometa
a porccedilatildeo alveolar e basal da mandiacutebula mas uma anaacutelise mais detalhada eacute
necessaacuteria para que possa definir de forma mais abrangente os possiacuteveis riscos e
complicaccedilotildees da teacutecnica utilizada
Pinto et al (2007) confrontaram a utilizaccedilatildeo do enxerto autoacutegeno para
reconstruccedilatildeo das sequumlelas de fraturas faciais comparando-o com outros
18
biomateriais atualmente disponiacuteveis discutindo as melhores indicaccedilotildees e os toacutepicos
mais atuais relativos a esses materiais As propriedades de um material ideal para
enxerto oacutesseo satildeo ser quimicamente inerte biocompatiacutevel natildeo aleacutergico natildeo
canceriacutegeno ser totalmente reabsorviacutevel e substituiacutevel por novo tecido oacutesseo entre
outros O osso autoacutegeno eacute considerado ideal para realizaccedilatildeo de enxertos oacutesseos
Estudos tecircm comprovado a eficaacutecia deste tipo de material especialmente do enxerto
oacutesseo autoacutegeno cortical obtido da crista do osso iliacuteaco que tem sido considerado o
melhor de
ntre os materiais de reconstruccedilatildeo Satildeo os uacutenicos entre os tipos de enxerto
oacutesseo a fornecer ceacutelulas oacutesseas vivas imunocompatiacuteveis Os enxertos alogecircnicos
satildeo aqueles obtidos de outro indiviacuteduo da mesma espeacutecie O enxerto alogecircnico mais
comumente utilizado eacute o liofilizado cuja vantagem eacute natildeo haver a necessidade de se
realizar uma segunda cirurgia num outro siacutetio Os oacutesseos xenoacutegenos satildeo aqueles
retirados de uma espeacutecie e transplantados para outra Exigem um tratamento mais
vigoroso do enxerto e natildeo fornecem ceacutelulas viaacuteveis para a formaccedilatildeo da fase I da
osteogecircnese Aleacutem dos enxertos oacutesseos existem ainda os materiais chamados
aloplaacutesticos como alternativa tendo como benefiacutecios a diminuiccedilatildeo do tempo
ciruacutergico aleacutem de muacuteltiplos tamanhos e formatos disponiacuteveis Entre os biomateriais
os mais utilizados satildeo o vidro bioativo o titacircnio que apresenta excelente
biocompatibilidade e boa osseointegraccedilatildeo ao organismo quando justaposto ao osso
A hidroxiapatita que por ser considerada um componente quiacutemico natural do corpo
humano natildeo satildeo observadas respostas inflamatoacuteria ou toacutexica nos tecidos
circunvizinhos Atraveacutes da pesquisa foi possiacutevel concluir que o osso autoacutegeno ainda
eacute considerado um material ideal para enxerto entretanto novos biomateriais tecircm
surgido apresentando vantagens promissoras para utilizaccedilatildeo na praacutetica diaacuteria
Rodrigues e Vitral (2007) descreveram as principais teacutecnicas tomograacuteficas existentes
e suas aplicaccedilotildees na Odontologia atraveacutes de uma revisatildeo da literatura sobre os
avanccedilos das principais teacutecnicas tomograacuteficas que resultaram em maior acuraacutecia no
diagnoacutestico menor tempo de exame e menor quantidade de radiaccedilatildeo A tomografia
computadorizada eacute considerada o meacutetodo de escolha para a imagem das estruturas
oacutesseas Ela eacute um meacutetodo radioloacutegico que permite obter a reproduccedilatildeo de uma secccedilatildeo
do corpo humano com finalidade diagnoacutestica Apresenta trecircs vantagens gerais
importantes sobre a radiografia convencional a primeira eacute que as informaccedilotildees
19
tridimensionais satildeo apresentadas na forma de uma seacuterie de cortes finos da estrutura
interna da parte estudada A segunda eacute que o sistema eacute mais sensiacutevel na
diferenciaccedilatildeo de tipos de tecido quando comparado com a radiografia convencional
de modo que diferenccedilas entre tipos de tecidos podem ser mais claramente
delineadas e estudadas A terceira eacute a habilidade para manipular e ajustar a imagem
apoacutes ter sido completada a varredura como ocorre de fato com toda a tecnologia
digital Com o advento da tomografia computadorizada helicoidal foi alcanccedilada
grande melhora nas reconstruccedilotildees tridimensionais e diminuiccedilatildeo na dose de
exposiccedilatildeo do paciente agrave radiaccedilatildeo A mesma proveacutem vantagens sobre a natildeo
helicoidal como menor tempo de avaliaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de reconstruccedilatildeo multiplanar
Ela propicia imagens com alta resoluccedilatildeo espacial e a mesma dose de radiaccedilatildeo da
tomografia computadorizada convencional A tomografia computadorizada pode ser
usada para identificar e delinear processos patoloacutegicos visualizar dentes retidos
avaliar os seios paranasais diagnosticar trauma mostrar os componentes oacutesseos
da articulaccedilatildeo temporomandibular e os leitos para implantes dentaacuterios Permite a
reformataccedilatildeo axial obliacutequa da imagem no sentido perpendicular da curvatura do
arco mostrando nitidamente o niacutevel oacutesseo no lado vestibular e lingual E tambeacutem
permite uma avaliaccedilatildeo intra-oacutessea dos locais para colocaccedilatildeo dos implantes Os
autores concluiacuteram que a Tomografia Computadorizada eacute o exame de eleiccedilatildeo no
diagnoacutestico de muitas condiccedilotildees que envolvem o complexo maxilo-mandibular O
valor cliacutenico das teacutecnicas de tomografia computadorizada depende da condiccedilatildeo que
se estaacute sendo diagnosticada atraveacutes das imagens do modelo e da idade do
equipamento usado do protocolo do exame da experiecircncia e capacidade dos
operadores do equipamento e do radiologista
Gonccedilalves (2008) analisaram implantes instalados em enxertos de seio
maxilar com biomaterial de origem bovina e plasma rico em plaquetas observando
histologicamente a neoformaccedilatildeo oacutessea e o iacutendice de sucesso cliacutenico e histoloacutegico
apresentado Este estudo envolveu 30 pacientes que necessitavam de enxerto em
regiatildeo de soalho de seio maxilar para inserccedilatildeo de implantes Um total de 101
implantes foi instalado em 36 enxertos de seio maxilar com intervalo meacutedio de
tempo do enxerto de 75 meses dos quais nove amostras oacutesseas foram colhidas de
forma aleatoacuteria e consentidas para a anaacutelise histoloacutegica Na colocaccedilatildeo dos
implantes foi utilizado um guia ciruacutergico para um correto posicionamento dos
implantes Foi feita a remoccedilatildeo do fragmento oacutesseo e enviado para a anaacutelise com
20
isto foi capturado ao todo 26 imagens histopatoloacutegicas Histologicamente os
fragmentos colhidos estavam constituiacutedos predominantemente por tecido oacutesseo
com iacutendice de sucesso de 8888 Quando comparados o remanescente oacutesseo do
seio maxilar antes e depois do enxerto houve crescimento em altura e a maioria
apresentou densidade oacutessea D3 Dez dos 101 implantes foram perdidos e 91
estavam osseointegrados no seio maxilar enxertado Os autores concluiacuteram que
implantes instalados em enxertos de seio maxilar com a ajuda de substitutos oacutesseos
apresentam uma taxa de sucesso cliacutenico de 9009
Ribeiro Juacutenior et al (2008) revisaram a literatura referente aos enxertos
oacutesseos vascularizados com o objetivo de avaliar os princiacutepios bioloacutegicos e ciruacutergicos
que fundamentam sua aplicaccedilatildeo na reconstruccedilatildeo mandibular Os retalhos
microciruacutergicos que contecircm enxertos oacutesseos satildeo classificados como
osteomusculares ou osteomiocutacircneos dependendo da natureza dos tecidos moles
que o compotildeem permitindo restauraccedilotildees de grandes defeitos oacutesseos A
revascularizaccedilatildeo microciruacutergica manteacutem a irrigaccedilatildeo e a drenagem do tecido oacutesseo
enxertado em todo o periacuteodo de integraccedilatildeo permitindo a manutenccedilatildeo de suas
funccedilotildees celulares metaboacutelicas e fiacutesicas Dessa forma a reparaccedilatildeo entre o enxerto e
o remanescente mandibular ocorre de forma semelhante agrave cicatrizaccedilatildeo de uma
fratura eliminando a longa fase de substituiccedilatildeo observada nos enxertos
convencionais Como o sucesso da reconstruccedilatildeo microciruacutergica eacute diretamente
dependente da qualidade vascular estudos angiograacuteficos preacute-operatoacuterios das aacutereas
receptora e doadora satildeo essenciais Alguns cuidados preacute-cirurgicos satildeo de extrema
importacircncia como a hidrataccedilatildeo endovenosa para manutenccedilatildeo do diacircmetro vascular
uso de cobertores para manter a temperatura corporal em torno de 37degC O estudo
concluiu que os enxertos oacutesseos vascularizados satildeo excelentes na restauraccedilatildeo
esteacutetico-funcional dos defeitos mandibulares suprindo as deficiecircncias dos enxertos
convencionais em casos de pior prognoacutestico Os enxertos oacutesseos vascularizados
satildeo indispensaacuteveis em defeitos compostos extensos irradiados e secundaacuterios agrave
osteorradionecrose
Tanaka et al (2008) elaboraram uma revisatildeo de literatura com o objetivo de
descrever os mecanismos de incorporaccedilatildeo dos enxertos oacutesseos em bloco e discutir
algumas caracteriacutesticas dos diferentes tipos existentes para distinguir as vantagens
de cada um Concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo dos enxertos em bloco para reconstruccedilatildeo
21
dos rebordos alveolares eacute uma realidade e estaacute intimamente ligada agrave terapia
implantar Os diversos fatores que influenciam a escolha do melhor meacutetodo de
enxertia a ser utilizado passam pelo conhecimento dos paracircmetros citados neste
artigo e muitos outros natildeo abordados e podem parecer inicialmente um desafio
mas sem duvida o domiacutenio das teacutecnicas existentes e das outras que surgiratildeo eacute o
ponto de partida para o profissional que procura o refinamento de seus
procedimentos e a exelencia de seus resultados
Arauacutejo et al (2009) realizaram uma revisatildeo de literatura sobre os resultados
cliacutenicos obtidos com a utilizaccedilatildeo dos enxertos de origem autoacutegena e xenoacutegena
(bovino) nas cirurgias de levantamento de assoalho de seio maxilar O
envelhecimento e a perda dentaacuteria fazem com que o seio se expanda podendo
haver uniatildeo entre o assoalho sinusal e a crista do rebordo alveolar residual
expansatildeo esta relacionada com a altura e largura do seio e natildeo com a
profundidade Os materiais para enxerto oacutesseo podem ser classificados como
osteogecircnicos osteoindutores e osteocondutores Os osteogecircnicos referem-se aos
materiais orgacircnicos capazes de estimular a neoformaccedilatildeo oacutessea a partir de
osteoblastos Os osteoindutores satildeo capazes de induzir a diferenciaccedilatildeo de ceacutelulas
mesenquimais em osteoblastos e condroblastos estimulando a formaccedilatildeo oacutessea no
local ou mesmo em um siacutetio heterotiacutepico Os materiais osteocondutores (geralmente
inorgacircnicos) permitem a aposiccedilatildeo de um novo tecido na sua superfiacutecie requerendo
a presenccedila de tecido oacutesseo preacute-existente como fonte de ceacutelulas osteoprogenitoras
Alguns criteacuterios foram propostos para o enxerto ideal quanto para que o material
enxertado se incorpore com sucesso ao siacutetio Dentre os possiacuteveis enxertos
xenoacutegenos encontram-se disponiacuteveis comercialmente os enxertos bovinos em
vaacuterias formas de apresentaccedilatildeo como aqueles que contecircm a fraccedilatildeo mineral do osso
os inorgacircnicos ou desproteinizados entre outros Todos eles apresentam excelente
biocompatibilidade agem favorecendo o processo de osteoconduccedilatildeo e natildeo
desencadeando respostas imunoloacutegicas desfavoraacuteveis A melhor accedilatildeo do enxerto
oacutesseo autoacutegeno de crista iliacuteaca quando comparado com a associaccedilatildeo do osso
autoacutegeno com osso desmineralizado bovino em cirurgias de levantamento de
assoalho de seio maxilar Apesar da diferenccedila estatiacutestica significante clinicamente
natildeo houve diferenccedila jaacute que os aacutepices dos implantes estavam todos cobertos por
osso sugerindo o sucesso do uso da associaccedilatildeo e ainda poupando o paciente de
uma intervenccedilatildeo ciruacutergica extraoral concluindo que o osso autoacutegeno eacute o que
22
apresenta os melhores resultados no processo de regeneraccedilatildeo oacutessea poreacutem os
enxertos de origem bovina apesar de demonstrarem um processo de neoformaccedilatildeo
oacutessea inferior promovem uma neoformaccedilatildeo satisfatoacuteria para que haja a reabilitaccedilatildeo
do paciente com implantes osseointegraacuteveis podendo ser utilizados com sucesso na
cliacutenica odontoloacutegica
Bassi e Carneiro (2009) citaram que os pacientes vem se queixando de
desconforto pelo uso de proacuteteses deficiecircncia na mastigaccedilatildeo onde entatildeo se
destacam os implantes dentaacuterios que minimizam estes aspectos negativos No
entanto seu sucesso depende de uma quantidade miacutenima de suporte oacutesseo por
este motivo foi oportuna pelos autores avaliar o iacutendice de sucesso dos enxertos e
implantes instalados na regiatildeo do seio maxilar reconstruiacuteda com osso autoacutegeno de
linha obliacutequa tanto imediata quanto mediato ao levantamento do seio maxilar
Foram avaliadas 51 cirurgias durante os anos de 2005 a 2007 com total de 107
implantes instalados sendo 28 de maneira imediata e 79 instalados posteriormente
Com relaccedilatildeo aos de maneira imediata o sucesso foi de 9286 sendo que dos 14
submetidos agrave implantaccedilatildeo imediata apenas 1 perdeu o implante De um total de 37
pacientes com instalaccedilatildeo posterior houve um sucesso de 9459 Podendo ser
analisado que natildeo haacute diferenccedila significante entre instalaccedilatildeo mediata e imediata
Acredita-se que para haver sucesso no tratamento eacute imprescindiacutevel que seja levado
em consideraccedilatildeo a quantidade de rebordo residual e tambeacutem a qualidade de osso
para a estabilidade do implante A conclusatildeo deste artigo eacute que o levantamento do
seio maxilar com o enxerto autoacutegeno por meio de acesso lateral eacute uma opccedilatildeo
segura no tratamento para regiatildeo posterior da maxila E natildeo houve diferenccedila em
relaccedilatildeo ao sucesso dos implantes instalados de maneira medita e imediata
Contar et al (2009) avaliaram o uso de enxertos provenientes de osso fresco-
congelado para na reconstruccedilatildeo de rebordos alveolares maxilares posteriormente a
aplicaccedilatildeo de implantes dentaacuterios Foram analisados quinze pacientes que tinham
atrofia crista maxilar onde necessitava de blocos de enxerto oacutesseo para
posteriormente se fazer a colocaccedilatildeo dos implantes Nove meses depois foi retirado
o nuacutecleo de osso do enxerto para analisar histologicamente Trinta e quatro blocos
foram colocados e do nuacutemero de blocos cada paciente recebeu uma numeraccedilatildeo de
1 a 4 Em todos os enxertos foram verificados para serem de consistecircncia firme
bem constituiacutedo e vascularizado Cinquumlenta e um implantes foram aplicados sobre
os enxertos com torque no miacutenimo de 40 N (Newton) Natildeo havendo problema em
23
nenhum implante O periacuteodo de acompanhamento variou de 24 a 35 meses Alo
enxertos pode ser bem satisfatoacuterios aplicados como material de enxerto para o
tratamento de defeitos oacutesseos maxilares se for aplicada a teacutecnica de forma
cautelosa e coerente
Costa et al (2009) descreveram cirurgias de enxertia oacutessea para reconstruccedilatildeo
do rebordo alveolar atroacutefico causado por traumas Em dois pacientes foram
utilizados blocos de osso homoacutegeno fresco congelado puro e em outros dois
pacientes esses blocos foram embebidos em medula oacutessea autoacuteloga aspirada do
proacuteprio paciente Os quatro pacientes que perderam seus dentes anteriores-
superiores 11122122 As cirurgias foram realizadas dentro do protocolo do
Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Cirurgia e Experimentaccedilatildeo da Universidade
Federal de Satildeo Paulo ndash Unifesp Cada paciente recebeu um bloco de enxerto oacutesseo
homoacutegeno fresco congelado proveniente de banco de tecidos oacutesseos em cada um
dos lados da regiatildeo anterior de maxila sendo que em dois dos pacientes os blocos
tiveram a sua porccedilatildeo medular embebida em medula oacutessea autoacuteloga aspirada do
proacuteprio paciente e nos outros dois pacientes os blocos foram fixados da mesma
maneira e na mesma regiatildeo poreacutem sem a utilizaccedilatildeo de medula oacutessea autoacuteloga
como preenchimento Foi observado clinicamente no segundo procedimento
ciruacutergico que os siacutetios enxertados com osso homoacutegeno associado agrave medula oacutessea
autoacuteloga obtiveram um menor niacutevel de reabsorccedilatildeo o que facilitou a instalaccedilatildeo dos
implantes osseointegraacuteveis Com as bioacutepsias oacutesseas obtidas por meio da utilizaccedilatildeo
da broca trefi na foram confeccionadas no Laboratoacuterio de Patologia da Unifesp uma
lacircmina em HE para cada regiatildeo enxertada com associaccedilatildeo agrave medula e tambeacutem
para as regiotildees de enxertia sem essa associaccedilatildeo Essas lacircminas foram
encaminhadas para o Departamento de Morfologia da Unifesp para avaliaccedilatildeo Tanto
as lacircminas histoloacutegicas do grupo onde se associou o aspirado de medula oacutessea ao
enxerto oacutesseo homoacutegeno quanto onde natildeo foi feita esta associaccedilatildeo mostraram uma
grande quantidade de tecido mineralizado vital Foi observado em ambos os grupos
uma pequena quantidade de tecido mineralizado desvitalizado Em todas as lacircminas
foi observada intensa vascularizaccedilatildeo assim como a presenccedila de tecido oacutesseo
lamelar A utilizaccedilatildeo de osso humano fresco congelado conservado em banco de
tecidos eacute uma alternativa viaacutevel para a reconstruccedilatildeo dos rebordos atroacuteficos
diminuindo a morbidade e riscos inerentes agrave abordagem da regiatildeo doadora dos
enxertos autoacutegenos A associaccedilatildeo do bloco de osso homoacutegeno agrave medula oacutessea
24
autoacuteloga parece representar uma alternativa terapecircutica para se minimizar os niacuteveis
de reabsorccedilatildeo dos materiais de enxertia
Gonccedilalves et al (2009) citaram que o melhor material para enxertia oacutessea eacute o
autoacutegeno o problema eacute o poacutes-operatoacuterio que eacute desconfortaacutevel para o paciente Na
existecircncia de desvantagens para a utilizaccedilatildeo de osso autoacutegeno o osso proveniente
de banco de tecidos surge como uma alternativa viaacutevel nas reconstruccedilotildees oacutesseas
maxilomandibulares O osso homoacutegeno pode ser utilizado em algumas situaccedilotildees
que impossibilite obter uma quantidade necessaacuteria de osso autoacutegeno requisitado
pelo receptor ou quando induz ao procedimento com grande morbidade onde exista
negativa do paciente em se submeter a um segundo siacutetio ciruacutergico Mesmo com toda
a previsibilidade de utilizaccedilatildeo de tecido oacutesseo homoacutelogo ele ainda gera
controveacutersias pela possibilidade de infecccedilotildees cruzadas com sua utilizaccedilatildeo Com o
estudo citado foi concluiacutedo que o enxerto homoacutelogo induz mais rapidamente a
remodelaccedilatildeo quando comparado com o autoacutegeno E o estaacutegio da remodelaccedilatildeo
esteve mais dependente da resposta orgacircnica individual de cada paciente
Jahn et al (2009) avaliaram o procedimento de retalho em dupla paacutegina para acesso
ao osso da regiatildeo do mento em comparaccedilatildeo a teacutecnica de retalho mucoperiosteal
Foram realizados procedimentos de obtenccedilatildeo de enxerto oacutesseo da regiatildeo do mento
para utilizaccedilatildeo na reabilitaccedilatildeo de pacientes que receberiam implantes
osseointegrados na regiatildeo anterior da maxila e que necessitavam de aumento de
espessura oacutessea localizada Foram operados 20 pacientes da cliacutenica de Periodontia
da Universidade de Santo Amaro entre 28 e 60 anos de idade Dez pacientes foram
submetidos agrave teacutecnica de retalho mucoperiosteal de espessura parcial e total
convencional e dez pacientes foram submetidos ao retalho em dupla Os pacientes
foram avaliados apoacutes 7 e 14 dias do procedimento ciruacutergico quanto aos seguintes
aspectos parestesia dor edema infecccedilatildeo hemorragia hematoma contato com as
raiacutezes dentaacuterias deiscecircncia de sutura presenccedila ou ausecircncia de trismo Todos os
procedimentos realizados permitiram acesso agrave regiatildeo do mento para obtenccedilatildeo de
enxertos oacutesseos autoacutegenos A avaliaccedilatildeo poacutes-operatoacuteria dos pacientes mostrou que
em ambos os grupos natildeo houve casos de hemorragia trismo contato acidental com
as raiacutezes dentaacuterias e infecccedilatildeo Edema foi constatado em seis casos no grupo de
retalho em dupla paacutegina e sete casos nos retalhos muco periosteais dor foi relatada
por dois e seis pacientes respectivamente Dois casos apresentaram parestesia na
regiatildeo de mento e nos dentes anteriores inferiores por ateacute duas semanas nos
25
pacientes operados pela teacutecnica do retalho mucoperiosteal enquanto nenhum caso
aconteceu em pacientes operados por retalho em dupla paacutegina Os autores
concluiacuteram que a teacutecnica de retalho em dupla paacutegina eacute um importante auxiacutelio no
acesso agrave aacuterea doadora o que pela facilidade de uso pode encorajar os cirurgiotildees a
usarem o mento como aacuterea doadora para pequenos enxertos oacutesseos intrabucais
Molon et al (2009) tiveram como objetivo relatar um caso cliacutenico de maxila
atroacutefica com necessidade de reconstruccedilatildeo alveolar atraveacutes de enxerto homoacutegeno
Apoacutes a realizaccedilatildeo da anamnese foi constatado clinicamente que o paciente
apresentava forma em lacircmina do osso e radiograficamente a panoracircmica mostrou
uma perda oacutessea em altura e uma proximidade do rebordo com a parede inferior do
seio maxilar Foi utilizado enxerto provenientes do UniOss processados e
congelados a -80degCos tecidos foram submetidos a testes soroloacutegicos Na regiatildeo
anterior foi realizado enxerto com osso humano congelado em bloco para restaurar
espessura oacutessea possibilitando a colocaccedilatildeo de implantes dentaacuterios Os blocos
foram fixados com o sistema 15mm e o osso particulado foi acomodado nos
espaccedilos mortos para evitar a formaccedilatildeo de GAPs Apoacutes seis meses da cirurgia foi
removido os parafusos e o guia ciruacutergico posicionado para a instalaccedilatildeo dos seis
implantes A osseointegraccedilatildeo dos implantes foi verificada apoacutes seis meses da
segunda cirurgia pela radiografia panoracircmica Atualmente vem sendo muito utilizado
osso autoacutegeno para reconstruccedilatildeo de maxilares contudo haacute desvantagens
relacionadas com a morbidade do sitio doador quantidade inadequada de osso
intraoral para grandes defeitos e necessidade de osso de regiatildeo extra-oral para
maiores reconstruccedilotildees limitam as expectativas do paciente Por isso os osso
estudos utilizando osso homoacutelogo para reabilitaccedilatildeo com implantes vecircm se
intensificando e apresentando bons resultados Os autores consideram o enxerto de
osso homoacutelogo uma alternativa viaacutevel para reconstruccedilatildeo de rebordos alveolares
severamente atroacuteficos ao mesmo tempo em que reduz a morbidade e os riscos
inerentes aos procedimentos de enxertos autoacutegenos
Pereira et al (2009) discutiram revisaram e compararam as teacutecnicas
envolvidas em remoccedilatildeo de blocos oacutesseos da linha obliacutequa e mento demonstrando
sua efetividade por meio de exemplos cliacutenicos O osso mandibular tem sido utilizado
na reconstruccedilatildeo alveolar para permitir a instalaccedilatildeo de implantes com resultados
extremamente favoraacuteveis Para a regiatildeo de mento a teacutecnica consiste em osteotomia
26
efetuada pelo menos 5 mm abaixo dos aacutepices dentaacuterios e o osso basal da
mandiacutebula preservado A profundidade das osteotomias limita-se agrave cortical externa
Para a regiatildeo da linha obliacutequa haacute trecircs diferentes meacutetodos para acessar a aacuterea
doadora 1 Intrasulcular Realizada no sulco gengival dos dentes naturais 2
Submarginal Indicada quando da presenccedila de coroas proteacuteticas nos molares e preacute-
molares 3 Crestal Indicada para rebordos edecircntulos ou quando os implantes
estiverem planejados para a mesma regiatildeo Uma vez feita agrave incisatildeo o retalho
mucoperiosteal eacute descolado do corpo mandibular expondo a face lateral do
ramocorpo Um bloco cortical retangular ateacute 4 mm de espessura pode ser coletado
da regiatildeo do ramo O comprimento do bloco pode se aproximar de 35 mm mas
altura natildeo deve exceder 10 mm Para o preparo do siacutetio receptor e enxertia o osso
removido eacute posicionado com a face medular do bloco em contato com a face cortical
do siacutetio receptor previamente perfurada com brocas proporcionando sangramento
O bloco deve ser adaptado intimamente ao leito e fixado com parafusos de titacircnio
Os autores concluiacuteram que ambas as teacutecnicas podem ser utilizadas com sucesso
de acordo com a quantidade oacutessea desejada localizaccedilatildeo do siacutetio doador e
experiecircncia do profissional
Piccinelli et al (2009) analisaram retrospectivamente 59 pacientes submetidos
agrave enxertia oacutessea obtida de aacutereas intrabucais com a instalaccedilatildeo de implantes
osseointegrados As aacutereas doadoras foram a regiatildeo da siacutenfise mandibular ramo
mandibular e tuberosidade da maxila Os enxertos foram imobilizados atraveacutes de
parafusos de titacircnio especiacuteficos para fixaccedilatildeo interna riacutegida com diacircmetro de 16 mm
e comprimentos de 8 10 e 12 mm com encaixe em forma de cruz De todas as
cirurgias realizadas foi constatado insucesso em 5 (742 ) pacientes todos do
sexo feminino Destes em 2 (338 ) casos ocorreram perfuraccedilatildeo de membrana do
seio maxilar sendo os dois pacientes tabagistas com idades de 40 e 41 anos Em
um paciente de 30 anos ocorreu a perda do enxerto na regiatildeo anterior de maxila
tendo por aacuterea doadora o osso retirado do ramo mandibular Em outro com 50 anos
ocorreu a perda do enxerto em regiatildeo posterior de mandiacutebula recebendo da aacuterea
retromolar E noutro com 40 anos a perda ocorreu em regiatildeo posterior da
mandiacutebula tendo aacuterea doadora a siacutenfise mandibular A maior causa de falhas de
enxerto eacute deiscecircncia de sutura e posterior necrose asseacuteptica do osso enxertado
sendo demonstrado altas taxas de complicaccedilotildees quando utilizamos a mandiacutebula
27
como aacuterea receptora Existe um iacutendice de sucesso de 904 quando os implantes
satildeo instalados apoacutes um periacuteodo de cicatrizaccedilatildeo dos enxertos O estudo concluiu que
os siacutetios intrabucais doadores de enxertos oacutesseos podem prover volumes oacutesseos
suficientes para a reconstruccedilatildeo dos rebordos alveolares da maioria dos pacientes
desdentados parciais A mandiacutebula eacute vista como siacutetio de eleiccedilatildeo para retirada de
enxertos oacutesseos pois eacute capaz de prover blocos oacutesseos de composiccedilatildeo
predominantemente corticais
Silveira e Wassall (2009) analisaram a aacuterea doadora de enxertos por meio de
tomografias volumeacutetricas tipo feixe cocircnico para avaliaccedilatildeo da remodelaccedilatildeo oacutessea
verificando o grau de morbidade quanto a este paracircmetro Foram selecionados vinte
voluntaacuterios de ambos os gecircneros sem risco de sauacutede e com risco de sauacutede
controlados da cliacutenica de Poacutes-Graduaccedilatildeo do Centro de Pesquisas Odontoloacutegica
Satildeo Leopoldo Mandic e cliacutenica particular As tomografias foram obtidas com
aparelho de aquisiccedilatildeo volumeacutetrica tipo feixe cocircnico este aparelho usa a nova
tecnologia do feixe de tomografia computadorizada cocircnico no qual obtemos todas
as estruturas maxilofaciais do indiviacuteduo em volume ou seja em terceira dimensatildeo
Foi utilizado o tempo de exposiccedilatildeo de 36 segundos e apenas 3 de radiaccedilatildeo uma
tomografia meacutedica As primeiras mediccedilotildees foram obtidas no momento da tomografia
computadorizada inicial anteriormente a cirurgia Logo apoacutes a cirurgia foi realizada
a segunda tomada e medida na qual foi mensurado o quanto foi retirado de tecido
oacutesseo para enxerto Na terceira tomada de medidas foi calculado o ganho real
oacutesseo obtido na remodelaccedilatildeo apoacutes 180 dias de remoccedilatildeo do enxerto Embora a
quantidade retirada de aacuterea varie a recomposiccedilatildeo acompanha com a mesma
variabilidade Os autores concluiacuteram que a remodelaccedilatildeo oacutessea meacutedia da regiatildeo
posterior da mandiacutebula avaliada 180 dias apoacutes a remoccedilatildeo do bloco oacutesseo (enxerto
oacutesseo) foi de 813
Sousa et al (2009) verificaram atraveacutes de uma revisatildeo sistemaacutetica se os
enxertos homoacutegenos satildeo tatildeo eficientes quanto os enxertos autoacutegenos Apoacutes a busca
nas bases foram selecionados 1215 tiacutetulos de artigos Um uacutenico artigo atendeu os
criteacuterios da pesquisa o mesmo foi lido na iacutentegra por ambos examinadores e suas
caracteriacutesticas foram distribuiacutedas em uma tabela Este artigo analisado resultou em
16 pacientes entre 38 e 65 anos (9 do sexo masculino e 7 do sexo feminino) foi
comparado dois grupos enxerto autoacutegeno do iliacuteaco (grupo 1) e enxerto autoacutegeno da
calvaacuteria (grupo 2) Foi avaliado o volume oacutesseo total (VOT) o volume oacutesseo
28
necroacutetico (VON) e o osso vital (OV) e os resultados do grupo 1 foi de VOT (466)
VON (126) e OV (34) jaacute do grupo 2 foi VOT (734) VON (55) e OV (67)
Estatisticamente o enxerto da calvaacuteria foi melhor que o enxerto do iliacuteaco Os autores
concluiacuteram que o uacutenico artigo considerado natildeo consistia numa comparaccedilatildeo entre
enxerto autoacutegeno e homoacutegeno e sim numa comparaccedilatildeo entre enxertos autoacutegenos
de siacutetios diferentes
Spin-Neto et al (2009) realizaram uma revisatildeo de literatura sobre a utilizaccedilatildeo
de osso homoacutelogo em Odontologia sobre a legislaccedilatildeo envolvida na aplicaccedilatildeo deste
material Foram analisados artigos publicados nos uacuteltimos 25 anos no Medline e
pela ANVISA leis decretos que regulamentam o funcionamento dos bancos de
ossos de tecidos musculoesqueleacuteticos brasileiros Sobre o enxerto homoacutelogo haacute
um nuacutemero enorme de processos que ocorrem eacute iniciado por uma reaccedilatildeo
inflamatoacuteria criando espaccedilos que permitam sua invasatildeo por vasos sanguiacuteneos e
chegada das ceacutelulas responsaacuteveis pelo metabolismo oacutesseo atuando na
remodelaccedilatildeo gradativa do local Remover tecidos oacutergatildeos ou partes da pessoa ou do
cadaacutever eacute crime podendo resultar em reclusatildeo (2 a 6 anos) ou em 100 a 360 dias
de multa Jaacute no caso de sepultamento cabe aos meacutedicos realizar a reconstruccedilatildeo do
corpo para evitar constrangimento e manter a dignidade diante de seus familiares
no qual natildeo realizado eacute considerado crime por tal ato Foi concluiacutedo que eacute
necessaacuterio mais estudos e resultados sobre a aplicaccedilatildeo deste biomaterial para
aliados com o conhecimento juriacutedico aumentarmos o conhecimento e informaccedilotildees
sobre o caso
Piffer et al (2010) descreveram um caso cliacutenico de reabilitaccedilatildeo oral de uma
aacuterea de maxila posterior extremamente reabsorvida atraveacutes de levantamento de
seio maxilar utilizando osso xenoacutegeno e posterior uso de implante O caso constava
de uma paciente do sexo feminino que foi submetida a levantamento de seio
maxilar utilizando osso xenoacutegeno liofilizado e concomitante colocaccedilatildeo de dois
implantes nos elementos 15 e 16 Foi relatado que devido agraves limitadas quantidades
oacutesseas para colocaccedilatildeo de implantes dentaacuterios surgiram as teacutecnicas de enxertos
oacutesseos Inicialmente era utilizado osso autoacutegeno da regiatildeo intra-bucal gerando
algumas desvantagens devido a morbidade do siacutetio doador podendo gerar dor
parestesias hematoma Como alternativa surgiu possibilidade de utilizaccedilatildeo de
biomateriais para reconstruccedilotildees maxilares no qual foi utilizado neste caso o Bio-
Oss e obteve um resultado excelente em relaccedilatildeo aacute formaccedilatildeo oacutessea formando
29
extensa regiatildeo de osso denso ao redor dos implantes Assim atraveacutes de uma
revisatildeo sistemaacutetica criacutetica de trabalhos cliacutenicos controlados randomizados
evidenciou que substitutos de ossos autoacutegenos podem ser utilizados obtendo
sucesso Concluindo assim que a colocaccedilatildeo de implantes concomitantes com
enxertias oacutesseas natildeo interferem no processo de reparo oacutesseo e nem na
estabilizaccedilatildeo dos implantes e mostrou-se um tratamento viaacutevel para o presente
caso cliacutenico
Souza et al (2010) realizaram uma revisatildeo da literatura das principais
aplicaccedilotildees e indicaccedilotildees dos enxertos de bancos de ossos na Odontologia Os
enxertos oacutesseos autoacutegenos satildeo eleitos como os de primeira escolha pela sua
eficiecircncia biosseguranccedila e facilidade de obtenccedilatildeo poreacutem apresentam algumas
desvantagens e limitaccedilotildees A utilizaccedilatildeo de homoenxertos provenientes de bancos
de ossos representa uma alternativa aos enxertos oacutesseos autoacutegenos e demonstra
ser uma ferramenta bastante uacutetil para a odontologia com a finalidade de regenerar o
tecido oacutesseo perdido dos maxilares Os autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de
homoenxertos provenientes de bancos de ossos demonstra ser uma ferramenta
bastante uacutetil para a odontologia com a finalidade de regenerar o tecido oacutesseo
perdido dos maxilares Faz-se necessaacuterio que mais bancos de coleta e preparo do
tecido oacutesseo sejam instalados nos hospitais para que esta opccedilatildeo torne-se viaacutevel e
acessiacutevel a um nuacutemero maior de serviccedilos que atuam com reconstruccedilotildees oacutesseas
Aloy-Proacutesper et al (2011) realizaram uma revisatildeo bibliograacutefica sobre
regeneraccedilatildeo oacutessea usando partiacuteculas de enxertos Foram avaliados os resultados
obtidos bem como as complicaccedilotildees de teacutecnicas cirurgircas e as taxas de
sobrevivecircncia e sucesso de implantes colocados nestas aacutereas regeneradas Foram
identificados 64 artigos dos quais 53 foram excluiacutedos em 14 casos de partiacuteculas de
enxerto foi combinado com o bloco de enxerto em quatro casos natildeo ocorreu
defeitos periimplantares durante a colocaccedilatildeo do implante Quanto agrave taxa de sucesso
dos implantes nem todos os estudos bem definidos utilizaram os criteacuterios de
sucesso tornando difiacutecil a comparaccedilatildeo Com base nos criteacuterios de sucesso de
Albrektsson houve uma taxa de sucesso de 932 dois anos apoacutes o carregamento
(857 na maxila superior e 100 na mandiacutebula) Quando os criteacuterios eram do
cortador e Ederer houve uma taxa de sucesso de 857 trecircs anos apoacutes o
carregamento A conclusatildeo dos autores foi de que enxertos de partiacuteculas satildeo
30
eficazes na correccedilatildeo localizada de defeitos do processo alveolar com poucas
complicaccedilotildees e a taxa de sucesso satildeo sempre elevadas variando de 875 a 100
Oliveira Diebold e Silva (2011) analisaram as estruturas da regiatildeo maxilar de
interesse na implantodontia por meio de imagens de tomografia computadorizada
buscando uma avaliaccedilatildeo qualitativa e quantitativa da densidade oacutessea Foram
utilizadas imagens de tomograacutefia computadorizada por raios X obtidas da regiatildeo
maxilar de 31 pacientes avaliados para a colocaccedilatildeo de implantes As regiotildees de
interesse analisadas (seio maxilar fossa nasal tuberosidade maxilar e foramem
naso-alveolar) foram delimitadas de modo semi-automaacutetico com o auxiacutelio da
ferramenta ldquoCell Outlinerrdquo pelo software ImageJ Essas regiotildees foram analisadas nos
cortes axiais cortes sagitais e coronais obtidos pelo TC e com o software A partir
da delimitaccedilatildeo das regiotildees de interesse (ROI) foram determinados os valores
meacutedios e desvio padratildeo do nuacutemero CT em HU (Hounsfield) O nuacutemero CT de uma
imagem tomograacutefica representa o valor de cada pixel que compotildee a imagem esta
relacionada com o coeficiente de atenuaccedilatildeo linear dos tecidos contidos em um voxel
correspondente Estes valores constituem-se em uma informaccedilatildeo importante tanto
para a avaliaccedilatildeo quantitativa das densidades oacutesseas como para a produccedilatildeo de uma
metodologia de realce das estruturas de interesse em implantodontia Com anaacutelise
dos dados obtidos para cada paciente nas estruturas analisadas foi observado que
as regiotildees do seio maxilar e a fossa nasal satildeo semelhantes mas estatisticamente
diferentes Estas satildeo regiotildees pneumaacuteticas que em consequumlecircncia da presenccedila do
ar possuem medidas de nuacutemero CT semelhantes a fossa nasal apresenta uma
estrutura mais irregular e obteve-se uma diferenccedila estatisticamente significativa
entre estas duas regiotildees estudadas O foramem naso-alveolar e a tuberosidade satildeo
regiotildees distintas porque a tuberosidade eacute um osso trabecular de densidades
heterogecircneas que possui a meacutedia do nuacutemero CT maior que a meacutedia do foramen
naso-alveolar que se trata de uma estrutura tubular de densidade homogecircnea para
passagem do feixe vasculo-nervoso Com a comparaccedilatildeo das estruturas analisadas
pelo meacutetodo ANOVA entre pacientes masculinos e femininos evidenciou-se que natildeo
existe diferenccedila estatisticamente significativa entre sexos As conclusotildees obtidas
neste trabalho mostraram que o nuacutemero CT eacute uma medida eficiente para
caracterizar estruturas do corpo humano Os dados obtidos com a anaacutelise das
meacutedias do nuacutemero CT de cada regiatildeo estudada nos permite caracterizar
separadamente cada regiatildeo
31
3 MATERIAS E MEacuteTODOS
O presente trabalho aborda a descriccedilatildeo de quatro casos cliacutenicos que foram
selecionados dos prontuaacuterios de pacientes enxertados submetidos agrave tomografia
computadorizada Cone Beam no periacuteodo preacute-enxerto e apoacutes o procedimento
ciruacutergico das cliacutenicas radiograacuteficas ldquoCliacutenica Odonto Imagem Radiologiardquo situada em
Balneaacuterio Camboriuacute (SC) e ldquoCliacutenica Radioimagemrdquo situada em Itajaiacute (SC)
Foram incluiacutedos no estudo os laudos radiograacuteficos de pacientes que atendem
as seguintes caracteriacutesticas pacientes de ambos os sexos com bom estado de
sauacutede geral idade de quarenta a setenta anos que foram submetidos a enxerto
oacutesseo em regiatildeo de maxila
Primeiramente foi realizada uma coleta de dados junto aos laudos
radiograacuteficos emitidos pelas cliacutenicas citadas Foram selecionados os casos e
posteriormente foi acessado agraves imagens tomograacuteficas dos pacientes
Os exames tomograacuteficos computadorizado de aquisiccedilatildeo volumeacutetrica (cone
beam) foram realizados atraveacutes de cortes parasagitais de espessura de 2mm e
distacircncia de 1 mm entre os cortes
Na segunda etapa foi efetuada a anaacutelise das tomografias observando as
imagens preacute e poacutes-ciruacutergicas simultaneamente nesse momento delimitou-se a aacuterea
do leito receptor e do material enxertado Utilizando o programa Planmeca Romexis
Viewer acessou-se as imagens fornecidas digitalmente analisando primeiramente
as imagens do leito receptor por meio de trecircs traccedilados (em planos perpendiculares)
realizados com o auxiacutelio da ferramenta denominada Linha Hounsfield que nos
fornece a densidade oacutessea do local traccedilado e uma meacutedia do mesmo Foi realizada
uma meacutedia aritmeacutetica simples dos trecircs traccedilados resultando uma meacutedia de
densidade oacutessea que foi enquadrada na escala O mesmo procedimento foi
realizado na aacuterea do material enxertado
Com a posse destes valores meacutedios comparou-se a densidade oacutesseo do leito
receptor com a densidade oacutessea do material enxertado
32
Os dados seratildeo divulgados atraveacutes de painel exposto no bloco de Odontologia
e apresentaccedilatildeo oral Uma coacutepia da pesquisa concluiacuteda seraacute enviada agraves Cliacutenicas
envolvidas na pesquisa
O projeto de pesquisa foi aprovado pela Comissatildeo de Eacutetica em Pesquisa
sobre o nuacutemero 44610
33
4 RESULTADOS
De acordo com a tabela a seguir podemos expressar de forma resumida os
resultados obtidos atraveacutes da pesquisa comparando os mesmos com a escala de
Misch
Paciente (P1) MS sexo feminino com idade de 49 anos apresentando bom
estado de sauacutede geral No dia 28 de outubro de 2009 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes (Figura 1)
34
Figura 1 Vista panoracircmica preacute-enxertia
A densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield
obteve os seguintes resultados Axial (Z) = 7650 Coronal (Y) = 5196 Sagital (X)
= 7818
No dia 29 de janeiro de 2010 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
homoacutegeno O material proveniente do Banco de Tecidos Muacutesculo Esqueleacuteticos HC-
UFPR consistia de um bloco cortical de Fecircmur medindo 30x20mm lote C0917 FD
BC 26 processado no dia 15 de julho de 2009 com validade de 5 anos conservado
a temperatura abaixo de -40ordmC O osso foi particulado e acrescido de lincomicina
No dia 19102010 foram realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da
densitometria oacutessea do material enxertado e obtiveram os seguintes resultados
Axial (Z) = 6590 Coronal (Y) = 4986 Sagital (X) = 2948 (Figura 2)
35
Figura 2 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
Paciente (P2) AWU sexo feminino com idade de 67 anos apresentando
bom estado de sauacutede geral no dia 29 de agosto de 2009 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes A
densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield obteve os
seguintes resultados Axial (Z) = 7104 Coronal (Y) = 7002 Sagital (X) = 10412
(Figura 3)
Figura 3 Vista panoracircmica preacute-enxertia
No dia 06 de novembro de 2009 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
36
homoacutegeno O material proveniente do Banco de Tecidos Muacutesculo Esqueleacuteticos HC-
UFPR consistia de um bloco cortical de Fecircmur medindo 30x20mm lote C0917 FD
BC 39 processado no dia 15 de julho de 2009 com validade de 5 anos conservado
a temperatura abaixo de -40ordmC O osso foi particulado e acrescido de lincomicina
Passado o periacuteodo de 10 meses apoacutes o procedimento ciruacutergico foram
realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da densitometria oacutessea do material
enxertado e obtiveram os seguintes resultados Axial (Z) = 6972 Coronal (Y) =
8138 Sagital (X) = 4984 (Figura 4)
Figura 4 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
Paciente (P3) IS sexo feminino com idade de 42 anos apresentando bom
estado de sauacutede geral no dia 13 de Novembro de 2007 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes A
densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield obteve os
seguintes resultados Axial (Z) = 4917 Coronal (Y) = 3481 Sagital (X) = 4207
(Figura 5)
37
Figura 5 Vista panoracircmica preacute-enxertia
No dia 26 de Novembro de 2007 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
autoacutegeno tendo como aacuterea doadora a regiatildeo de ramo mandibular
Passado o periacuteodo de 09 (nove) meses apoacutes o procedimento ciruacutergico foram
realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da densitometria oacutessea do material
enxertado e obtiveram os seguintes resultados Axial (Z) = 7176 Coronal (Y) =
5443 Sagital (X) = 5638 (Figura 6)
Figura 6 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
38
Paciente (P4) ATL sexo feminino com idade de 45 anos apresentando
bom estado de sauacutede geral no dia 18 de Agosto de 2009 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes A
densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield obteve os
seguintes resultados Axial (Z) = 6028 Coronal (Y) = 6681 Sagital (X) = 6397
(Figura 7)
Figura 7 Vista panoracircmica preacute-enxertia
No dia 09 de Outubro de 2009 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
autoacutegeno tendo como aacuterea doadora a regiatildeo de ramo mandibular
Passado o periacuteodo de 4 (quatro) meses apoacutes o procedimento ciruacutergico foram
realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da densitometria oacutessea do material
enxertado e obtiveram os seguintes resultados Axial (Z) = 8549 Coronal (Y) =
9340 Sagital (X) = 8624 (Figura 8)
39
Figura 8 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
40
5 DISCUSSAtildeO
Em Odontologia a tomografia computadorizada tem demonstrado ser o
meacutetodo de eleiccedilatildeo para a determinaccedilatildeo da densidade oacutessea na regiatildeo dos
maxilares pois fornece dados objetivos precisos da variaccedilatildeo da densidade oacutessea
entre diferentes regiotildees em um mesmo indiviacuteduo A tomografia computadorizada eacute o
uacutenico meacutetodo que permite avaliar osso cortical e medular separadamente com a
vantagem de que as informaccedilotildees tridimensionais satildeo apresentadas em uma seacuterie de
cortes finos da estrutura interna da parte estudada onde as informaccedilotildees resultantes
natildeo sofrem superposiccedilatildeo por estruturas anatocircmicas (SANTIAGO e VITRAL 2006)
Logo a tomografia computadorizada eacute um meacutetodo de escolha na avaliaccedilatildeo
qualitativa e quantitativa de enxertos em seio maxilar (ZEacuteTOLA et al 2002)
Bassi et al (2009) citaram que para o sucesso da reabilitaccedilatildeo com implantes
dentaacuterios eacute imprescindiacutevel que seja levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
rebordo residual e tambeacutem a qualidade de osso para a estabilidade do implante
Aleacutem disso o osso disponiacutevel (volume) deve ser avaliado em sua densidade
o que determinaraacute sua resistecircncia Densidade eacute a relaccedilatildeo entre a massa e o volume
de um corpo e o meacutetodo de avaliaccedilatildeo da densidade mineral oacutessea eacute denominado
densitometria As unidades de medidas mais empregadas satildeo gcmsup2 (densidade por
aacuterea) gcmsup3 (densidade por volume) ou HU (unidade Hounsfield) (CAUacuteLA
MACHADO BARBOSA 2000)
A densidade oacutessea eacute diretamente relacionada agrave resistecircncia do tecido oacutesseo
antes da fratura Uma diferenccedila de dez vezes na resistecircncia do tecido oacutesseo pode
ser observada entre o osso D1 e D4 O osso D2 exibe uma resistecircncia agrave
compressatildeo 47 a 68 maior se comparado com o D3 (MISCH 2000)
O osso com densidade 2 (D2) eacute uma combinaccedilatildeo de osso compacto denso
para poroso na porccedilatildeo externa e osso trabecular grosso na porccedilatildeo interna Na
superfiacutecie e nas proporccedilotildees laterais do implante oferece uma interface inicial riacutegida
A densidade oacutessea D2 eacute mais comumente encontrada na mandiacutebula A regiatildeo
anterior da mandiacutebula apresenta este tipo oacutesseo em 23 dos casos O osso com
densidade 3 (D3) eacute composto de uma cortical oacutessea fina na crista e osso trabecular
fino no interior Uma das desvantagens desse tipo oacutesseo eacute a delicadeza com a qual
esse osso deve ser manipulado Quanto menor for a densidade mais facilmente o
41
osso eacute expandido para que implantes sejam inseridos A regiatildeo anterior da maxila
apresenta em 65 dos casos o osso D3 e em quase metade dos casos o osso
D3 eacute encontrado tambeacutem na regiatildeo posterior da maxila O osso menos denso D4
tem sido relatado em aproximadamente 40 dos casos eacute encontrado na parte
posterior da maxila especialmente na regiatildeo dos molares ou apoacutes levantamento do
seio maxilar (CAUacuteLA MACHADO BARBOSA 2000 BUSCATTI 2003)
Em 1988 Misch realizou uma pesquisa tendo como base de estudos a escala
apresentada por Hounsfield que tem como objetivo a diferenciaccedilatildeo de densidades
de oacutergatildeos do corpo pela diferenccedila de tons de cinza atraveacutes da tomografia A partir
desta Misch propocircs uma nova escala o qual associou nuacutemeros aos tipos oacutesseos
relacionando numericamente os valores aos tipos oacutesseos
No periacuteodo preacute-enxertia foi verificado que em todos os casos estudados a
densidade presente na regiatildeo de leito receptor caracteriza osso tipo D3 Sendo esta
densidade compatiacutevel com a regiatildeo anterior e posterior da maxila
Apoacutes 10 meses dos enxertos homoacutegenos serem realizados (P1 e P2)
observou-se que a densidade em unidades HU diminuiu na maioria dos eixos
avaliados somente no eixo coronal da P2 que apresentou um leve aumento Apesar
desta variaccedilatildeo de valores natildeo houve mudanccedila da qualidade oacutessea Tanto o osso
neoformado quanto o do leito receptor mantiveram-se qualidade de osso D3
Nos casos onde o material de escolha foi osso autoacutegeno observou-se atraveacutes
da densidade em unidades HU aumento dos valores em todos os eixos avaliados
Entre os dois casos (P3 e P4) houve uma pequena diferenccedila entre os valores que
atraveacutes da escala proposta por Misch resultou na diferenccedila que no caso P3 o
material enxertado natildeo apresentou alteraccedilatildeo na qualidade em relaccedilatildeo agrave aacuterea
receptora Jaacute no caso P4 o material enxertado caracteriza-se como qualidade oacutessea
D2 Suponha-se que esta diferenccedila entre a densidade do material enxertado nestes
dois casos seja devido ao grau de condensaccedilatildeo do material na regiatildeo tamanho das
partiacuteculas e quantidade de material enxertado Os dados obtidos natildeo correspondem
a uma populaccedilatildeo em geral devido a pequena quantidade de amostras e se tratando
de um relato de caso cliacutenico
Pinto et al (2007) comenta que os enxertos autoacutegenos satildeo os uacutenicos entre os
tipos de enxerto oacutesseo a fornecer ceacutelulas oacutesseas vivas imunocompatiacuteveis
essenciais agrave fase I da osteogecircnese que eacute responsaacutevel pela proliferaccedilatildeo das ceacutelulas
oacutesseas em especial do osteoacuteide assim quanto mais ceacutelulas vivas forem
42
transplantadas mais tecido oacutesseo seraacute formado Kuabara et al (2000) concluiacuteram
que a pequena morbidade poacutes-operatoria da regiatildeo doadora do enxerto elege a
regiatildeo retromolar inferior como uma excelente opccedilatildeo ciruacutergica para reabilitaccedilatildeo de
pequenos defeitos oacutesseos Jaacute Cyriaco e Azevedo (2006) relatam que quando se
trata de enxertos menores as melhores aacutereas doadoras para regiatildeo oral seriam o
mento e a regiatildeo retromolar e para maiores quantidades a crista iliacuteaca a calota
craniana a costela e a tiacutebia
Pereira et al (2009) enxerto com osso autoacutegeno eacute considerado padratildeo ouro
para reconstruccedilatildeo de defeitos oacutesseos residuais Algumas teacutecnicas ciruacutergicas podem
ser realizadas abrangendo aacutereas doadoras extra e intrabucais dependendo do grau
de perda oacutessea planejamento ciruacutergico-proteacutetico e das condiccedilotildees gerais do
paciente O osso autoacutegeno cortical oferece excelente suporte estrutural para o siacutetio
receptor sendo uma excelente alternativa para segmentos de defeitos maiores que
5 ou 6 cm que requerem suporte estrutural imediato restabelecendo devidamente a
funccedilatildeo
Gonccedilalves (2008) concluiu que implantes instalados em enxertos de seio maxilar
com a ajuda de substitutos oacutesseos apresentam uma taxa de sucesso cliacutenico de
9009
O osso mais indicado para enxertia eacute o autoacutegeno pela sua eficiecircncia
bioseguranccedila e facilidade de obtenccedilatildeo e uma alternativa para sua substituiccedilatildeo eacute o
homoacutegeno por ter caracteriacutesticas a longo prazo semelhantes embora o iacutendice de
reabsorccedilatildeo ser maior (DEL VALE et al 2006 SOUZA et al 2010 GONCcedilALVEZ et
al 2009) O enxerto de osso homoacutelogo eacute uma alternativa viaacutevel para reconstruccedilatildeo
de rebordos alveolares severamente atroacuteficos ao mesmo tempo em que reduz a
morbidade e os riscos inerentes aos procedimentos de enxertos autoacutegenos como
dor parestesia e hematomas (MOLON et al 2009 PIFFER et al2010) Ele mostra-
se efetivo conforme Contar et al (2009) que realizou 51 implantes sobre enxerto
homoacutegeno alcanccedilando o torque miacutenimo de 40N(newton) em todos eles natildeo
havendo problema em nenhum implante em um periacuteodo de acompanhamento de 24
a 35 meses
Ajzen et al (2005) comenta do uso de fatores indutores como plasma rico em
plaquetas sugerindo uma melhor qualidade e quantidade oacutessea necessaacuteria para
reconstruccedilatildeo proteacutetica atraveacutes de implantes oacutesseo integrados A associaccedilatildeo do
bloco de osso homoacutegeno agrave medula oacutessea autoacuteloga parece representar uma
43
alternativa terapecircutica para se minimizar os niacuteveis de reabsorccedilatildeo dos materiais de
enxertia (COSTA et al 2009)
Faz-se necessaacuterio a coleta de mais casos para se obter um tratamento
estatiacutestico que possibilite uma comprovaccedilatildeo da previsibilidade da densidade oacutessea
com os materiais enxertados e variaccedilotildees de teacutecnicas ciruacutergicas
44
6 CONCLUSAtildeO
Conclui-se que o enxerto oacutesseo autoacutegeno e procedente de banco de ossos
demonstra-se eficaz na reabilitaccedilatildeo de pacientes que apresentam maxilas atroacuteficas
e que necessitam de implantes dentaacuterios para a reabilitaccedilatildeo proteacutetica
A densidade obtida do material enxertado eacute semelhante a densidade do
tecido oacutesseo adjacente necessitando de mais casos para esta comprovaccedilatildeo
45
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AJZEN S A et al Anaacutelise por tomografia computadorizada do enxerto autoacutegeno na cirurgia de sinus lift Radiol bras Rio de Janeiro v 38 n 1 p 25-31 janfev 2005 ALOY-PROacuteSPER A et al Bone regeneration using particulate grafts an update Med oral patol oral cir bucal Valencia v16 n2 p210-214 Mar 2011 ARAUacuteJO JMS de et al Enxerto oacutesseo bovino como alternativa para cirurgias de levantamento de assoalho de seio maxilar Rev cir traumatol buco-maxilo-fac Recife v9 n 3 p 89-96 julset 2009
BASSI A P F CARNEIRO G P Avaliaccedilatildeo do iacutendice de sucesso dos enxertos autoacutegenos e dos implantes instalados em regiatildeo do seio maxilar Implant News Satildeo Paulo v7 n2 p257-260 dez 2009
BLAY A TUNCHEL S SENDYK W R Viabilidade dos enxertos autoacutegenos obtidos com a utilizaccedilatildeo de coletores para osso estudo histoloacutegico e microbioloacutegico Pesqui Odontol Bras Satildeo Paulo v 17 n 3 p 234-40 julset 2003 BUSCATTI M Y Contribuiccedilatildeo para o estudo das densidades oacutesseas maxilomandibulares por meio da escala tomodensitomeacutetrica de Hounsfield quando da aplicaccedilatildeo de programa computadorizado para planejamento de implantes osseointegrados 2003 122f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Radiologia) - Faculdade de Odontologia da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2003 CAUacuteLA A L MACHADO F O de BARBOZA E P Densidade Oacutessea no planejamento em Implantodontia BCI Curitiba v 7 n 25 2000
CHEM RC et al Uso de retalho livre de fiacutebula no complexo bucomaxila-facial ndash Relato de dois casos Rev Cir Traumatol Buco-maxilo-fac Camaragibe v5 n4 p 23-30 outdez 2005 CONTAR C M M et al Maxillary ridge augmentation with fresh-frozen bone allografts J Oral Maxillofac Surg Copenhagen v67 n6 p1280-1285 June 2009 COSMO L A M et al Enxerto oacutesseo em levantamento de seio maxilar com osso humano fresco congelado ImplantNews Satildeo Paulo v 4 n 3 p 249-253 2007 COSTA C E S da et al Utilizaccedilatildeo de medula oacutessea autoacuteloga na integraccedilatildeo de enxertos oacutesseos homoacutelogos ImplantNews Satildeo Paulo v 6 n 4 p 395-402 2009
CYRIACO E AZEVEDO D Enxertos oacutesseos aplicados na cirurgia buccedilo-maxilo facial Cispre [on line] Petroacutepolis 27 jul 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcisprecombracervo_detalhesaspId=60gt Acesso em 20 abr 2011
DEL VALLE R A CARVALHO M L de GONZALEZ M R Estudo do comportamento de enxerto oacutesseo com material doador obtido dos bancos de tecidos muacutesculos-esqueleacuteticos Rev odontol Univ Cid Satildeo Paulo Satildeo Paulo v 18 n 2 p 189-194 maioago 2006
46
GARCIA JUacuteNIOR I R et al Avaliaccedilatildeo cliacutenica de enxertos oacutesseos autoacutegenos de crista iliacuteaca em maxilas atroacuteficas para instalaccedilatildeo de implantes oacutesseointegraacuteveis Innov implant j biomater esthet (Impr) Satildeo Paulo v 1 n 1 p 34-40 maio 2006 GONCcedilALVES A R de Q Avaliaccedilatildeo do sucesso de implantes osseointegraacuteveis em enxerto de seio maxilar RGO (Porto Alegre) Porto Alegre v 56 n 4 p 423-427 outdez 2008 GONCcedilALVES A O et al Avaliaccedilatildeo histomorfoloacutegica de maxilares humanos submetidos a enxerto oacutesseo autoacutegeno e homoacutegeno Implant News Satildeo Paulo v7 n2 p213-222 nov 2009
JAHN R S et al Retalho em dupla paacutegina Innov implant j biomater esthet Satildeo Paulo v 4 n 3 p 20-24 setdez 2009
KUABARA M R et al Levantamento de seio maxilar utilizando enxerto autoacutegeno da regiatildeo retromolar e simultacircnea colocaccedilatildeo de implantes ossointegrados Relato de caso cliacutenico ROBRAC Goiacircnia v 9 n 28 p 14-17 2000
MAZZONETTO R et al Avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de enxertos de siacutenfise mandibular na reconstruccedilatildeo de defeitos oacutesseos em regiatildeo anterior de maxila estudo por meio de tomografia convencional linear Rev bras implant Satildeo Paulo v 6 n 1 p 19-22 janmar 2000
MISCH C E et al Doaccedilatildeo de enxertos oacutesseos autoacutegenos extra orais para implantes endo oacutesseo In Implantes Dentaacuterios Contemporacircneos 2ordm ed Satildeo Paulo Santos 2000 cap 33 p 521-535 MOLON R S de et al Reconstruccedilatildeo de maxila atroacutefica utilizando enxerto oacutesseo homoacutegeno Rev Cir Traumatol Buco-Maxilo-fac Camaragibe v 9 n 4 p 25-30 outdez 2009 OLIVEIRA FILHO M A de et alReconstruccedilatildeo de defeito de continuidade em mandiacutebula com posterior reconstruccedilatildeo alveolar RGO (Porto Alegre) Porto Alegre v 55 n 3 p 305-310 julset 2007 OLIVEIRA H W de DIEBOLD E SILVA A M M da Avaliaccedilatildeo da regiatildeo maxilar em imagens de tc por raios x para o uso em implantodontia e cirurgia bucomaxilofaciaL Disponiacutevel em lthttpwwwpucrsbrunipoafisicapesquisasnimedartigosArtigo20Canal20CientEDficopdfgt Acesso em 20 de Junho de 2011 PEREIRA C C S et al Enxertos oacutesseos autoacutegenos mandibulares para reconstruccedilatildeo de processos alveolares atroacutefi cos revisatildeo e teacutecnica ciruacutergica Innov Implant J Biomater Esthet Satildeo Paulo v 4 n 3 p 96-102 setdez 2009 PICCINELLI L B et al Estudo retrospectivo de 59 pacientes tratados com enxertos oacutesseos autoacutegenos intrabucais e implantes dentais Innov Implant J Biomater Esthet Satildeo Paulo v 4 n 3 p 30-34 setdez 2009 PIFFER C S et al Levantamento de seio maxilar utilizando Bio-Oss concomitante com a instalaccedilatildeo de implantes ImplantNews Satildeo Paulo v 7 n 4 p 489-495 2010
47
PINTO J G S et al Enxerto autoacutegeno x biomateriais no tratamento de fraturas e deformidades faciais ndash uma revisatildeo de conceitos atuais RFO UPF Passo Fundo v 12 n 3 p 79-84 setdez 2007 RIBEIRO JUacuteNIOR O et al Princiacutepios da reconstruccedilatildeo mandibular com enxerto oacutesseo vascularizado Rev cir traumatol buco-maxilo-fac Recife v 8 n 1 p 15 ndash 22 janmar 2008 RODRIGUES A F VITRAL R W F Aplicaccedilotildees da Tomografia Computadorizada na Odontologia Pesq Bras Odontoped Clin Integr Joatildeo Pessoa v 7 n 3 p 317-324 setdez 2007 SANTIAGO R C VITRAL R W F Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da densidade mineral oacutessea e seu emprego na odontologia Pesq Bras Odontoped Clin Integr Joatildeo Pessoa v6 n3 p 289-294 setdez 2006 SILVEIRA A C G WASSALL T Anaacutelise da aacuterea doadora de enxerto mandibular por meio de tomografia computadorizada do feixe cocircnico para avaliaccedilatildeo da remodelaccedilatildeo oacutessea RGO (Porto Alegre) Porto Alegre v 57 n 1 p 61-65 janmar 2009 SOUSA J N L de et al Avaliaccedilatildeo dos enxertos homoacutegenos como substitutos aos enxertos autoacutegenos na fixaccedilatildeo de implantes osteointegrados uma revisatildeo sistemaacutetica da literatura Innov Implant J Satildeo Paulo v 4 n 3 p 54-57 setdez 2009 SOUZA D O et al Aplicaccedilotildees de enxertos de bancos de ossos em odontologia R Ci meacuted biol Salvador v 9 n 1 p 45-48 2010 SPIN-NETO R et al Tecido oacutesseo homoacutelogo para utilizaccedilatildeo em Odontologia Implant News Satildeo Paulo v7 n4 p555-560 dez 2009 TANAKA R et al Incorporaccedilatildeo dos enxertos oacutesseos em bloco processos bioloacutegicos e consideraccedilotildees relevantes Conscientia e sauacutede Satildeo Paulo v 7 n 3 p 323-327 2008 ZEacuteTOLA A L et al Reconstruccedilatildeo do seio maxilar atroacutefico com enxerto autoacutelogo de crista iliacuteaca avaliaccedilatildeo por tomografia computadorizada e radiografia panoracircmica Rev col bras cir Rio de Janeiro v 29 n 1 p 13-18 janfev 2002
13
unilateral ou bilateral dos seios maxilares relacionada agraves perdas dentaacuterias e que
necessitavam de enxertos oacutesseos Nestes 34 pacientes foram operados 53 seios
maxilares sendo a amostra dividida em trecircs grupos grupo afeacuterese pacientes que
receberam enxerto de osso autoacutegeno e PRP obtido pelo meacutetodo de afeacuterese grupo
centriacutefuga pacientes que receberam enxerto de osso autoacutegeno e PRP obtido pelo
meacutetodo de centrifugaccedilatildeo e grupo osso autoacutegeno pacientes que receberam enxerto
apenas de osso Foram realizados exames preacute-operatoacuterios radiograacuteficos radiografia
periapical radiografia panoracircmica e TC Esses exames foram repetidos seis meses
apoacutes a intervenccedilatildeo ciruacutergica para a avaliaccedilatildeo da quantificaccedilatildeo oacutessea cortical e
medular da regiatildeo enxertada Para analisar o crescimento oacutesseo obtiveram-se as
meacutedias e os desvios-padratildeo (que mede a variabilidade dos dados) para a altura e a
largura considerando os trecircs grupos (afeacuterese centriacutefuga e osso autoacutegeno) e as
diferenccedilas entre as medidas finais e iniciais Para verificar se existe diferenccedila
significativa entre os crescimentos meacutedios foi feita a anaacutelise de variacircncia para
medidas repetidas (ANOVA) O niacutevel de significacircncia (p) foi fixado em um valor
menor ou igual a 005 (5) para a rejeiccedilatildeo da hipoacutetese de nulidade Pela avaliaccedilatildeo
da TC houve crescimento do remanescente oacutesseo em altura nos trecircs grupos
quando comparados os momentos inicial e final do experimento Natildeo houve
diferenccedila estatiacutestica para a altura (p= 0078) e para a largura (p = 0556) Os autores
concluiacuteram que apesar dos resultados natildeo serem estatisticamente significantes
evidecircncias cliacutenicas tecircm mostrado a eficaacutecia dos enxertos de osso autoacutegeno
principalmente aqueles associados a fatores indutores de crescimento oacutesseo como
o PRP alterando a altura e a largura necessaacuterias para a reconstruccedilatildeo proteacutetica do
arcabouccedilo maxilofacial atraveacutes de implantes osteointegrados porque na
odontologia atual busca-se cada vez mais devolver aos pacientes edecircntulos a sua
capacidade mastigatoacuteria e esteacutetica e consequumlentemente promovendo a integridade
dos vaacuterios elementos que compotildeem o sistema estomatognaacutetico
Chem et al (2005) afirmaram que a falta de tecido oacutesseo deve ser reparada
Situaccedilotildees como estas deixam os pacientes carentes fisiologicamente
esteticamente e psicologicamente Este trabalho iraacute relatar a teacutecnica de retalho livre
de fiacutebula para reconstruccedilatildeo da mandiacutebula e da maxila Foram realizados
atendimentos a dois pacientes pelo Serviccedilo de Cirurgia e Traumatologia Buco-
maxilo-facial do Complexo Hospitalar da Santa Casa de Misericoacuterdia de Porto
14
Alegre Possiacuteveis complicaccedilotildees podem se justificar pela maacute fixaccedilatildeo do retalho aos
cotos ou pela insuficiecircncia vascular Nos dois casos relatados o retalho foi fixado
aos cotos com placas e parafusos de forma a apresentar imobilidade obtendo-se
dessa forma a regeneraccedilatildeo entre os tecidos O retalho livre de fiacutebula ou enxerto
vascularizado caracteriza-se por ser um enxerto autoacutegeno segmentado e removido
da aacuterea doadora tendo sua vascularizaccedilatildeo preservada a fim de nutrir esse tecido
quando no leito receptor a partir da sua anastomose com o sistema vascular da
regiatildeo receptora O retalho de fiacutebula eacute o mais frequumlentemente pois esse retalho
fornece o maior montante de tecido oacutesseo entre todos os retalhos oacutesseos e causa
pouca morbidade na aacuterea doadora Os autores concluiacuteram que o emprego de
enxertos oacutesseos vascularizados em reconstruccedilotildees da face gera bons resultados
esteacuteticos e funcionais Pois os dois casos relatados os enxertos apresentaram
sucesso agrave observaccedilatildeo imediata e longitudinal alcanccedilando-se resultados esteacuteticos e
funcionais satisfatoacuterios
Cyriaco e Azevedo (2006) analisaram e revisaram a utilizaccedilatildeo do enxerto
oacutesseo em suas vaacuterias formas autoacutelogo homoacutelogo e heteroacutelogo descalcificado e
vascularizado na reparaccedilatildeo de falha oacutessea aleacutem das principais caracteriacutesticas
pertinentes a cada tipo buscando com isso um melhor direcionamento na sua
utilizaccedilatildeo Segundo diversos autores haacute disponiacuteveis opccedilotildees doadoras de enxertos
vascularizados como calota craniana fiacutebula costela escaacutepula crista iliacuteaca e raacutedio
Suas vantagens estatildeo nos iacutendices elevados de sucesso e a chance de fazecirc-lo em
pacientes irradiados ou que passaraacute por seccedilotildees de radioterapia como ocorre na
retirada de tumores malignos Quando se trata de enxertos menores as melhores
aacutereas doadoras para regiatildeo oral seriam o mento e a regiatildeo retromolar e para
maiores quantidades a crista iliacuteaca a calota craniana a costela e a tiacutebia A calota
craniana e osso iliacuteaco satildeo vantajosos por ter um grande volume de tecido oacutesseo no
que se refere agraves aacutereas doadoras externas sendo indicadas para a correccedilatildeo de
grandes defeitos oacutesseos De acordo com a pesquisa foi possiacutevel concluir que as
melhores aacutereas doadoras intrabucais satildeo o mento a regiatildeo retromolar e a
tuberosidade da maxila e que as aacutereas doadoras externas possiacuteveis satildeo a crista
iliacuteaca e a calota craniana
Del Valle et al (2006) tiveram como objetivo comparar o enxerto homoacutegeno
com o enxerto autoacutegeno nas cirurgias reconstrutivas de maxila com finalidade
implantodocircntica atraveacutes de um relato de caso cliacutenico Neste caso o paciente
15
apresentava ausecircncia dos elementos 11 e 12 com migraccedilatildeo mesial dos elementos
13 e 21 Atraveacutes do exame cliacutenico foi verificado falta de espessura do rebordo
alveolar na regiatildeo resultado da perda da taacutebua oacutessea vestibular por ocasiatildeo da
exodontia Foram realizados exames radiograacuteficos de regiatildeo panoracircmica periapical
Foi constatado pouca espessura palato-vestibular do rebordo oacutesseo na regiatildeo dos
dentes 11 e 12 contra-indicando a colocaccedilatildeo de implante dentaacuterio por risco de
fenestraccedilatildeo vestibular Com isto o tratamento indicado foi enxertia oacutessea utilizando
osso homoacutegeno bicortical com medular interna retirado da crista do osso iliacuteaco
medindo 27x17x9 milimetros e recebido os antibioacuteticos Vancomicina e Polimixina B
Foi feito o deslocamento muco-periostal do retalho esculpido o bloco oacutesseo e
adaptado ao leito receptor Para realizar a fixaccedilatildeo foi feito perfuraccedilotildees oacutesseas no
leito receptor com brocas esfeacutericas laminadas e imobilizados com 2 parafusos de
15mm de diacircmetros e 11mm de comprimento promovendo um enxerto do tipo
onlay Todo enxerto foi recoberto com osso particulado do mesmo bloco
amalgamado ao plasma rico em plaquetas e suturado Apoacutes passar 3 meses da
cirurgia houve exposiccedilatildeo do parafuso de osteossiacutentese de posiccedilatildeo mais cervical e
na sua remoccedilatildeo constatamos a formaccedilatildeo de tecido fibroso entre o fragmento
enxertado e o leito receptor somente nessa regiatildeo tendo sido removido Apoacutes 5
meses da enxertia foi colocado implantes e recoberto com membrana oacutessea
reabsorviacutevel por ter havido fenestraccedilatildeo oacutessea cervical Os autores apoacutes relatar o
caso concluiacuteram que o osso mais indicado para enxertia eacute o autoacutegeno e uma
alternativa para sua substituiccedilatildeo eacute o homoacutegeno por ter caracteriacutesticas a longo prazo
semelhantes embora o iacutendice de reabsorccedilatildeo eacute maior entretanto relataram que eacute
necessaacuterios maiores estudos principalmente de aacutereas doadoras utilizadas para
enxertias
Garcia Juacutenior et al (2006) avaliaram clinicamente os enxertos oacutesseos
retirados da crista do osso iliacuteaco para reconstruccedilatildeo total de maxilas atroacuteficas e
posterior instalaccedilatildeo de implantes oacutesseointegraacuteveis Foram selecionados doze
pacientes no qual foram submetidos agrave cirurgia de enxerto oacutesseo na maxila
utilizando-se fragmentos oacutesseos removidos da porccedilatildeo anterior da crista iliacuteaca A
meacutedia de idade dos pacientes era de 495 anos sendo 3 do sexo masculino e 12
eram do sexo feminino O tempo de espera para a cirurgia de instalaccedilatildeo de
implantes variou de 5 a 6 meses apoacutes enxerto oacutesseo Na reabertura do enxerto para
instalaccedilatildeo dos implantes oacutesseointegrados foram realizadas as avaliaccedilotildees cliacutenicas
16
dos enxertos oacutesseos Os resultados mostraram que em todos os casos houve ganho
oacutesseo no rebordo alveolar e tambeacutem uma melhora no perfil facial e o contorno labial
dos pacientes Os autores concluiacuteram que o enxerto oacutesseo retirado do osso iliacuteaco eacute
uma alternativa viaacutevel para reconstruccedilotildees de maxilas atroacuteficas tambeacutem que houve
melhora cliacutenica significativa quanto ao volume oacutesseo em altura e largura do rebordo
alveolar e que em todos os casos foram possiacuteveis a instalaccedilatildeo de implantes
oacutesseointegraacuteveis
Santiago e Vitral (2006) analisaram os meacutetodos de avaliaccedilatildeo da densidade
mineral oacutessea (DMO) e seu emprego na odontologia com o objetivo de descrever os
diferentes meacutetodos empregados bem como avaliar a relevacircncia em se determinar a
densidade oacutessea no planejamento e sucesso de tratamentos odontoloacutegicos
especiacuteficos Foi feita uma revisatildeo de literatura onde abordaram as teacutecnicas de
densitometria oacutessea e como eacute feita a avaliaccedilatildeo da densidade oacutessea em odontologia
Diversos satildeo os meacutetodos para se avaliar a densidade mineral oacutessea tanto na aacuterea
meacutedica quanto em Odontologia A questatildeo sobre qual a melhor teacutecnica e a melhor
regiatildeo para se avaliar a DMO de cada individuo parece ainda natildeo ter resposta
Entretanto o que se sabe eacute que dentre as diferentes teacutecnicas disponiacuteveis diferentes
vantagens e desvantagens satildeo apresentadas Em Odontologia a tomografia
computadorizada tem demonstrado ser o meacutetodo de eleiccedilatildeo para a determinaccedilatildeo da
densidade oacutessea na regiatildeo dos maxilares pois fornece dados objetivos precisos da
variaccedilatildeo da densidade oacutessea entre diferentes regiotildees em um mesmo indiviacuteduo
permitindo dessa forma correlacionar positivamente os valores encontrados com a
qualidade oacutessea descrita subjetivamente Aleacutem disso a tomografia computadorizada
eacute o uacutenico meacutetodo que permite avaliar osso cortical e medular separadamente
Cosmo et al (2007) relataram um caso cliacutenico com avaliaccedilatildeo radiograacutefica e
histoloacutegica da utilizaccedilatildeo de osso humano fresco congelado em procedimento de
elevaccedilatildeo do assoalho do seio maxilar A paciente CAR 47 anos compareceu agrave
Cliacutenica Odontoloacutegica da Faculdade de Odontologia da Universidade de Santo Amaro
- Unisa para avaliaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo da arcada superior posterior esquerda com a
utilizaccedilatildeo de implantes endoacutesseos Os exames de imagem demonstraram haver
rebordo residual com menos de 6 mm de altura remanescente tendo sido indicada agrave
paciente a reabilitaccedilatildeo oacutessea bilateral atraveacutes da teacutecnica de levantamento do
assoalho do seio maxilar com enxerto de osso aloacutegeno fresco congelado
proveniente de banco de tecidos musculoesqueleacuteticos Apoacutes seis meses da cirurgia
17
foi realizada abertura para instalaccedilatildeo dos implantes tendo sido colhido fragmento
oacutesseo que foi enviado para anaacutelise histoloacutegica Frente ao apresentado conclui-se
que o material de enxertia proveniente de banco de ossos humanos (enxerto
aloacutegeno fresco congelado) proporciona em cirurgias de levantamento de seio
maxilar um adequado volume oacutesseo para futura instalaccedilatildeo de implantes A anaacutelise
histoloacutegica do enxerto incorporado evidencia a vitalidade do mesmo Material deve
ser adquirido em banco de tecidos regularizados pelo Ministeacuterio da Sauacutede A
possibilidade de transmissatildeo de doenccedilas pela utilizaccedilatildeo do material eacute de baixa
magnitude
Oliveira Filho et al (2007) apresentaram um caso cliacutenico de trauma facial com
perda oacutessea na regiatildeo anterior da mandiacutebula que foi tratado com teacutecnicas de
reconstruccedilatildeo em duas fases primeiramente a parte basilar da mandiacutebula
posteriormente a parte alveolar permitindo a reabilitaccedilatildeo atraveacutes de implantes
osseointegrados O paciente deu entrada no pronto socorro do Hospital Universitaacuterio
Evangeacutelico de Curitiba viacutetima de trauma localizado nas regiotildees submandibular e
cervical alta Em um primeiro momento foi realizado o tratamento ciruacutergico para
fixaccedilatildeo intermaxilar riacutegida trans-operatoacuteria e estabilizaccedilatildeo da mandiacutebula com uma
placa de reconstruccedilatildeo em titacircnio Apoacutes trecircs meses do procedimento foi realizada a
reconstruccedilatildeo mandibular utilizando enxerto em bloco tomado da crista do osso
iliacuteaco Este tempo ciruacutergico teve a preocupaccedilatildeo de reconstruir apenas a parte basilar
da mandiacutebula devido a falta de tecidos moles na regiatildeo traumatizada Em um
segundo momento foi realizada enxertia com bloco tomado da crista do osso iliacuteaco
para reconstruccedilatildeo alveolar da mandibular Seis meses apoacutes o procedimento de
reconstruccedilatildeo alveolar cliacutenica e radiograficamente houve uma boa integraccedilatildeo do
enxerto sem a ocorrecircncia de reabsorccedilatildeo oacutessea significativa Foi criado um rebordo
alveolar adequado permitindo a instalaccedilatildeo de trecircs implantes na regiatildeo enxertada
Os autores concluiacuteram que o enxerto de oacutesseo autoacutegeno pode ser uma alternativa
vaacutelida na aplicaccedilatildeo como meio de reconstruccedilatildeo de defeitos oacutesseos que comprometa
a porccedilatildeo alveolar e basal da mandiacutebula mas uma anaacutelise mais detalhada eacute
necessaacuteria para que possa definir de forma mais abrangente os possiacuteveis riscos e
complicaccedilotildees da teacutecnica utilizada
Pinto et al (2007) confrontaram a utilizaccedilatildeo do enxerto autoacutegeno para
reconstruccedilatildeo das sequumlelas de fraturas faciais comparando-o com outros
18
biomateriais atualmente disponiacuteveis discutindo as melhores indicaccedilotildees e os toacutepicos
mais atuais relativos a esses materiais As propriedades de um material ideal para
enxerto oacutesseo satildeo ser quimicamente inerte biocompatiacutevel natildeo aleacutergico natildeo
canceriacutegeno ser totalmente reabsorviacutevel e substituiacutevel por novo tecido oacutesseo entre
outros O osso autoacutegeno eacute considerado ideal para realizaccedilatildeo de enxertos oacutesseos
Estudos tecircm comprovado a eficaacutecia deste tipo de material especialmente do enxerto
oacutesseo autoacutegeno cortical obtido da crista do osso iliacuteaco que tem sido considerado o
melhor de
ntre os materiais de reconstruccedilatildeo Satildeo os uacutenicos entre os tipos de enxerto
oacutesseo a fornecer ceacutelulas oacutesseas vivas imunocompatiacuteveis Os enxertos alogecircnicos
satildeo aqueles obtidos de outro indiviacuteduo da mesma espeacutecie O enxerto alogecircnico mais
comumente utilizado eacute o liofilizado cuja vantagem eacute natildeo haver a necessidade de se
realizar uma segunda cirurgia num outro siacutetio Os oacutesseos xenoacutegenos satildeo aqueles
retirados de uma espeacutecie e transplantados para outra Exigem um tratamento mais
vigoroso do enxerto e natildeo fornecem ceacutelulas viaacuteveis para a formaccedilatildeo da fase I da
osteogecircnese Aleacutem dos enxertos oacutesseos existem ainda os materiais chamados
aloplaacutesticos como alternativa tendo como benefiacutecios a diminuiccedilatildeo do tempo
ciruacutergico aleacutem de muacuteltiplos tamanhos e formatos disponiacuteveis Entre os biomateriais
os mais utilizados satildeo o vidro bioativo o titacircnio que apresenta excelente
biocompatibilidade e boa osseointegraccedilatildeo ao organismo quando justaposto ao osso
A hidroxiapatita que por ser considerada um componente quiacutemico natural do corpo
humano natildeo satildeo observadas respostas inflamatoacuteria ou toacutexica nos tecidos
circunvizinhos Atraveacutes da pesquisa foi possiacutevel concluir que o osso autoacutegeno ainda
eacute considerado um material ideal para enxerto entretanto novos biomateriais tecircm
surgido apresentando vantagens promissoras para utilizaccedilatildeo na praacutetica diaacuteria
Rodrigues e Vitral (2007) descreveram as principais teacutecnicas tomograacuteficas existentes
e suas aplicaccedilotildees na Odontologia atraveacutes de uma revisatildeo da literatura sobre os
avanccedilos das principais teacutecnicas tomograacuteficas que resultaram em maior acuraacutecia no
diagnoacutestico menor tempo de exame e menor quantidade de radiaccedilatildeo A tomografia
computadorizada eacute considerada o meacutetodo de escolha para a imagem das estruturas
oacutesseas Ela eacute um meacutetodo radioloacutegico que permite obter a reproduccedilatildeo de uma secccedilatildeo
do corpo humano com finalidade diagnoacutestica Apresenta trecircs vantagens gerais
importantes sobre a radiografia convencional a primeira eacute que as informaccedilotildees
19
tridimensionais satildeo apresentadas na forma de uma seacuterie de cortes finos da estrutura
interna da parte estudada A segunda eacute que o sistema eacute mais sensiacutevel na
diferenciaccedilatildeo de tipos de tecido quando comparado com a radiografia convencional
de modo que diferenccedilas entre tipos de tecidos podem ser mais claramente
delineadas e estudadas A terceira eacute a habilidade para manipular e ajustar a imagem
apoacutes ter sido completada a varredura como ocorre de fato com toda a tecnologia
digital Com o advento da tomografia computadorizada helicoidal foi alcanccedilada
grande melhora nas reconstruccedilotildees tridimensionais e diminuiccedilatildeo na dose de
exposiccedilatildeo do paciente agrave radiaccedilatildeo A mesma proveacutem vantagens sobre a natildeo
helicoidal como menor tempo de avaliaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de reconstruccedilatildeo multiplanar
Ela propicia imagens com alta resoluccedilatildeo espacial e a mesma dose de radiaccedilatildeo da
tomografia computadorizada convencional A tomografia computadorizada pode ser
usada para identificar e delinear processos patoloacutegicos visualizar dentes retidos
avaliar os seios paranasais diagnosticar trauma mostrar os componentes oacutesseos
da articulaccedilatildeo temporomandibular e os leitos para implantes dentaacuterios Permite a
reformataccedilatildeo axial obliacutequa da imagem no sentido perpendicular da curvatura do
arco mostrando nitidamente o niacutevel oacutesseo no lado vestibular e lingual E tambeacutem
permite uma avaliaccedilatildeo intra-oacutessea dos locais para colocaccedilatildeo dos implantes Os
autores concluiacuteram que a Tomografia Computadorizada eacute o exame de eleiccedilatildeo no
diagnoacutestico de muitas condiccedilotildees que envolvem o complexo maxilo-mandibular O
valor cliacutenico das teacutecnicas de tomografia computadorizada depende da condiccedilatildeo que
se estaacute sendo diagnosticada atraveacutes das imagens do modelo e da idade do
equipamento usado do protocolo do exame da experiecircncia e capacidade dos
operadores do equipamento e do radiologista
Gonccedilalves (2008) analisaram implantes instalados em enxertos de seio
maxilar com biomaterial de origem bovina e plasma rico em plaquetas observando
histologicamente a neoformaccedilatildeo oacutessea e o iacutendice de sucesso cliacutenico e histoloacutegico
apresentado Este estudo envolveu 30 pacientes que necessitavam de enxerto em
regiatildeo de soalho de seio maxilar para inserccedilatildeo de implantes Um total de 101
implantes foi instalado em 36 enxertos de seio maxilar com intervalo meacutedio de
tempo do enxerto de 75 meses dos quais nove amostras oacutesseas foram colhidas de
forma aleatoacuteria e consentidas para a anaacutelise histoloacutegica Na colocaccedilatildeo dos
implantes foi utilizado um guia ciruacutergico para um correto posicionamento dos
implantes Foi feita a remoccedilatildeo do fragmento oacutesseo e enviado para a anaacutelise com
20
isto foi capturado ao todo 26 imagens histopatoloacutegicas Histologicamente os
fragmentos colhidos estavam constituiacutedos predominantemente por tecido oacutesseo
com iacutendice de sucesso de 8888 Quando comparados o remanescente oacutesseo do
seio maxilar antes e depois do enxerto houve crescimento em altura e a maioria
apresentou densidade oacutessea D3 Dez dos 101 implantes foram perdidos e 91
estavam osseointegrados no seio maxilar enxertado Os autores concluiacuteram que
implantes instalados em enxertos de seio maxilar com a ajuda de substitutos oacutesseos
apresentam uma taxa de sucesso cliacutenico de 9009
Ribeiro Juacutenior et al (2008) revisaram a literatura referente aos enxertos
oacutesseos vascularizados com o objetivo de avaliar os princiacutepios bioloacutegicos e ciruacutergicos
que fundamentam sua aplicaccedilatildeo na reconstruccedilatildeo mandibular Os retalhos
microciruacutergicos que contecircm enxertos oacutesseos satildeo classificados como
osteomusculares ou osteomiocutacircneos dependendo da natureza dos tecidos moles
que o compotildeem permitindo restauraccedilotildees de grandes defeitos oacutesseos A
revascularizaccedilatildeo microciruacutergica manteacutem a irrigaccedilatildeo e a drenagem do tecido oacutesseo
enxertado em todo o periacuteodo de integraccedilatildeo permitindo a manutenccedilatildeo de suas
funccedilotildees celulares metaboacutelicas e fiacutesicas Dessa forma a reparaccedilatildeo entre o enxerto e
o remanescente mandibular ocorre de forma semelhante agrave cicatrizaccedilatildeo de uma
fratura eliminando a longa fase de substituiccedilatildeo observada nos enxertos
convencionais Como o sucesso da reconstruccedilatildeo microciruacutergica eacute diretamente
dependente da qualidade vascular estudos angiograacuteficos preacute-operatoacuterios das aacutereas
receptora e doadora satildeo essenciais Alguns cuidados preacute-cirurgicos satildeo de extrema
importacircncia como a hidrataccedilatildeo endovenosa para manutenccedilatildeo do diacircmetro vascular
uso de cobertores para manter a temperatura corporal em torno de 37degC O estudo
concluiu que os enxertos oacutesseos vascularizados satildeo excelentes na restauraccedilatildeo
esteacutetico-funcional dos defeitos mandibulares suprindo as deficiecircncias dos enxertos
convencionais em casos de pior prognoacutestico Os enxertos oacutesseos vascularizados
satildeo indispensaacuteveis em defeitos compostos extensos irradiados e secundaacuterios agrave
osteorradionecrose
Tanaka et al (2008) elaboraram uma revisatildeo de literatura com o objetivo de
descrever os mecanismos de incorporaccedilatildeo dos enxertos oacutesseos em bloco e discutir
algumas caracteriacutesticas dos diferentes tipos existentes para distinguir as vantagens
de cada um Concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo dos enxertos em bloco para reconstruccedilatildeo
21
dos rebordos alveolares eacute uma realidade e estaacute intimamente ligada agrave terapia
implantar Os diversos fatores que influenciam a escolha do melhor meacutetodo de
enxertia a ser utilizado passam pelo conhecimento dos paracircmetros citados neste
artigo e muitos outros natildeo abordados e podem parecer inicialmente um desafio
mas sem duvida o domiacutenio das teacutecnicas existentes e das outras que surgiratildeo eacute o
ponto de partida para o profissional que procura o refinamento de seus
procedimentos e a exelencia de seus resultados
Arauacutejo et al (2009) realizaram uma revisatildeo de literatura sobre os resultados
cliacutenicos obtidos com a utilizaccedilatildeo dos enxertos de origem autoacutegena e xenoacutegena
(bovino) nas cirurgias de levantamento de assoalho de seio maxilar O
envelhecimento e a perda dentaacuteria fazem com que o seio se expanda podendo
haver uniatildeo entre o assoalho sinusal e a crista do rebordo alveolar residual
expansatildeo esta relacionada com a altura e largura do seio e natildeo com a
profundidade Os materiais para enxerto oacutesseo podem ser classificados como
osteogecircnicos osteoindutores e osteocondutores Os osteogecircnicos referem-se aos
materiais orgacircnicos capazes de estimular a neoformaccedilatildeo oacutessea a partir de
osteoblastos Os osteoindutores satildeo capazes de induzir a diferenciaccedilatildeo de ceacutelulas
mesenquimais em osteoblastos e condroblastos estimulando a formaccedilatildeo oacutessea no
local ou mesmo em um siacutetio heterotiacutepico Os materiais osteocondutores (geralmente
inorgacircnicos) permitem a aposiccedilatildeo de um novo tecido na sua superfiacutecie requerendo
a presenccedila de tecido oacutesseo preacute-existente como fonte de ceacutelulas osteoprogenitoras
Alguns criteacuterios foram propostos para o enxerto ideal quanto para que o material
enxertado se incorpore com sucesso ao siacutetio Dentre os possiacuteveis enxertos
xenoacutegenos encontram-se disponiacuteveis comercialmente os enxertos bovinos em
vaacuterias formas de apresentaccedilatildeo como aqueles que contecircm a fraccedilatildeo mineral do osso
os inorgacircnicos ou desproteinizados entre outros Todos eles apresentam excelente
biocompatibilidade agem favorecendo o processo de osteoconduccedilatildeo e natildeo
desencadeando respostas imunoloacutegicas desfavoraacuteveis A melhor accedilatildeo do enxerto
oacutesseo autoacutegeno de crista iliacuteaca quando comparado com a associaccedilatildeo do osso
autoacutegeno com osso desmineralizado bovino em cirurgias de levantamento de
assoalho de seio maxilar Apesar da diferenccedila estatiacutestica significante clinicamente
natildeo houve diferenccedila jaacute que os aacutepices dos implantes estavam todos cobertos por
osso sugerindo o sucesso do uso da associaccedilatildeo e ainda poupando o paciente de
uma intervenccedilatildeo ciruacutergica extraoral concluindo que o osso autoacutegeno eacute o que
22
apresenta os melhores resultados no processo de regeneraccedilatildeo oacutessea poreacutem os
enxertos de origem bovina apesar de demonstrarem um processo de neoformaccedilatildeo
oacutessea inferior promovem uma neoformaccedilatildeo satisfatoacuteria para que haja a reabilitaccedilatildeo
do paciente com implantes osseointegraacuteveis podendo ser utilizados com sucesso na
cliacutenica odontoloacutegica
Bassi e Carneiro (2009) citaram que os pacientes vem se queixando de
desconforto pelo uso de proacuteteses deficiecircncia na mastigaccedilatildeo onde entatildeo se
destacam os implantes dentaacuterios que minimizam estes aspectos negativos No
entanto seu sucesso depende de uma quantidade miacutenima de suporte oacutesseo por
este motivo foi oportuna pelos autores avaliar o iacutendice de sucesso dos enxertos e
implantes instalados na regiatildeo do seio maxilar reconstruiacuteda com osso autoacutegeno de
linha obliacutequa tanto imediata quanto mediato ao levantamento do seio maxilar
Foram avaliadas 51 cirurgias durante os anos de 2005 a 2007 com total de 107
implantes instalados sendo 28 de maneira imediata e 79 instalados posteriormente
Com relaccedilatildeo aos de maneira imediata o sucesso foi de 9286 sendo que dos 14
submetidos agrave implantaccedilatildeo imediata apenas 1 perdeu o implante De um total de 37
pacientes com instalaccedilatildeo posterior houve um sucesso de 9459 Podendo ser
analisado que natildeo haacute diferenccedila significante entre instalaccedilatildeo mediata e imediata
Acredita-se que para haver sucesso no tratamento eacute imprescindiacutevel que seja levado
em consideraccedilatildeo a quantidade de rebordo residual e tambeacutem a qualidade de osso
para a estabilidade do implante A conclusatildeo deste artigo eacute que o levantamento do
seio maxilar com o enxerto autoacutegeno por meio de acesso lateral eacute uma opccedilatildeo
segura no tratamento para regiatildeo posterior da maxila E natildeo houve diferenccedila em
relaccedilatildeo ao sucesso dos implantes instalados de maneira medita e imediata
Contar et al (2009) avaliaram o uso de enxertos provenientes de osso fresco-
congelado para na reconstruccedilatildeo de rebordos alveolares maxilares posteriormente a
aplicaccedilatildeo de implantes dentaacuterios Foram analisados quinze pacientes que tinham
atrofia crista maxilar onde necessitava de blocos de enxerto oacutesseo para
posteriormente se fazer a colocaccedilatildeo dos implantes Nove meses depois foi retirado
o nuacutecleo de osso do enxerto para analisar histologicamente Trinta e quatro blocos
foram colocados e do nuacutemero de blocos cada paciente recebeu uma numeraccedilatildeo de
1 a 4 Em todos os enxertos foram verificados para serem de consistecircncia firme
bem constituiacutedo e vascularizado Cinquumlenta e um implantes foram aplicados sobre
os enxertos com torque no miacutenimo de 40 N (Newton) Natildeo havendo problema em
23
nenhum implante O periacuteodo de acompanhamento variou de 24 a 35 meses Alo
enxertos pode ser bem satisfatoacuterios aplicados como material de enxerto para o
tratamento de defeitos oacutesseos maxilares se for aplicada a teacutecnica de forma
cautelosa e coerente
Costa et al (2009) descreveram cirurgias de enxertia oacutessea para reconstruccedilatildeo
do rebordo alveolar atroacutefico causado por traumas Em dois pacientes foram
utilizados blocos de osso homoacutegeno fresco congelado puro e em outros dois
pacientes esses blocos foram embebidos em medula oacutessea autoacuteloga aspirada do
proacuteprio paciente Os quatro pacientes que perderam seus dentes anteriores-
superiores 11122122 As cirurgias foram realizadas dentro do protocolo do
Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Cirurgia e Experimentaccedilatildeo da Universidade
Federal de Satildeo Paulo ndash Unifesp Cada paciente recebeu um bloco de enxerto oacutesseo
homoacutegeno fresco congelado proveniente de banco de tecidos oacutesseos em cada um
dos lados da regiatildeo anterior de maxila sendo que em dois dos pacientes os blocos
tiveram a sua porccedilatildeo medular embebida em medula oacutessea autoacuteloga aspirada do
proacuteprio paciente e nos outros dois pacientes os blocos foram fixados da mesma
maneira e na mesma regiatildeo poreacutem sem a utilizaccedilatildeo de medula oacutessea autoacuteloga
como preenchimento Foi observado clinicamente no segundo procedimento
ciruacutergico que os siacutetios enxertados com osso homoacutegeno associado agrave medula oacutessea
autoacuteloga obtiveram um menor niacutevel de reabsorccedilatildeo o que facilitou a instalaccedilatildeo dos
implantes osseointegraacuteveis Com as bioacutepsias oacutesseas obtidas por meio da utilizaccedilatildeo
da broca trefi na foram confeccionadas no Laboratoacuterio de Patologia da Unifesp uma
lacircmina em HE para cada regiatildeo enxertada com associaccedilatildeo agrave medula e tambeacutem
para as regiotildees de enxertia sem essa associaccedilatildeo Essas lacircminas foram
encaminhadas para o Departamento de Morfologia da Unifesp para avaliaccedilatildeo Tanto
as lacircminas histoloacutegicas do grupo onde se associou o aspirado de medula oacutessea ao
enxerto oacutesseo homoacutegeno quanto onde natildeo foi feita esta associaccedilatildeo mostraram uma
grande quantidade de tecido mineralizado vital Foi observado em ambos os grupos
uma pequena quantidade de tecido mineralizado desvitalizado Em todas as lacircminas
foi observada intensa vascularizaccedilatildeo assim como a presenccedila de tecido oacutesseo
lamelar A utilizaccedilatildeo de osso humano fresco congelado conservado em banco de
tecidos eacute uma alternativa viaacutevel para a reconstruccedilatildeo dos rebordos atroacuteficos
diminuindo a morbidade e riscos inerentes agrave abordagem da regiatildeo doadora dos
enxertos autoacutegenos A associaccedilatildeo do bloco de osso homoacutegeno agrave medula oacutessea
24
autoacuteloga parece representar uma alternativa terapecircutica para se minimizar os niacuteveis
de reabsorccedilatildeo dos materiais de enxertia
Gonccedilalves et al (2009) citaram que o melhor material para enxertia oacutessea eacute o
autoacutegeno o problema eacute o poacutes-operatoacuterio que eacute desconfortaacutevel para o paciente Na
existecircncia de desvantagens para a utilizaccedilatildeo de osso autoacutegeno o osso proveniente
de banco de tecidos surge como uma alternativa viaacutevel nas reconstruccedilotildees oacutesseas
maxilomandibulares O osso homoacutegeno pode ser utilizado em algumas situaccedilotildees
que impossibilite obter uma quantidade necessaacuteria de osso autoacutegeno requisitado
pelo receptor ou quando induz ao procedimento com grande morbidade onde exista
negativa do paciente em se submeter a um segundo siacutetio ciruacutergico Mesmo com toda
a previsibilidade de utilizaccedilatildeo de tecido oacutesseo homoacutelogo ele ainda gera
controveacutersias pela possibilidade de infecccedilotildees cruzadas com sua utilizaccedilatildeo Com o
estudo citado foi concluiacutedo que o enxerto homoacutelogo induz mais rapidamente a
remodelaccedilatildeo quando comparado com o autoacutegeno E o estaacutegio da remodelaccedilatildeo
esteve mais dependente da resposta orgacircnica individual de cada paciente
Jahn et al (2009) avaliaram o procedimento de retalho em dupla paacutegina para acesso
ao osso da regiatildeo do mento em comparaccedilatildeo a teacutecnica de retalho mucoperiosteal
Foram realizados procedimentos de obtenccedilatildeo de enxerto oacutesseo da regiatildeo do mento
para utilizaccedilatildeo na reabilitaccedilatildeo de pacientes que receberiam implantes
osseointegrados na regiatildeo anterior da maxila e que necessitavam de aumento de
espessura oacutessea localizada Foram operados 20 pacientes da cliacutenica de Periodontia
da Universidade de Santo Amaro entre 28 e 60 anos de idade Dez pacientes foram
submetidos agrave teacutecnica de retalho mucoperiosteal de espessura parcial e total
convencional e dez pacientes foram submetidos ao retalho em dupla Os pacientes
foram avaliados apoacutes 7 e 14 dias do procedimento ciruacutergico quanto aos seguintes
aspectos parestesia dor edema infecccedilatildeo hemorragia hematoma contato com as
raiacutezes dentaacuterias deiscecircncia de sutura presenccedila ou ausecircncia de trismo Todos os
procedimentos realizados permitiram acesso agrave regiatildeo do mento para obtenccedilatildeo de
enxertos oacutesseos autoacutegenos A avaliaccedilatildeo poacutes-operatoacuteria dos pacientes mostrou que
em ambos os grupos natildeo houve casos de hemorragia trismo contato acidental com
as raiacutezes dentaacuterias e infecccedilatildeo Edema foi constatado em seis casos no grupo de
retalho em dupla paacutegina e sete casos nos retalhos muco periosteais dor foi relatada
por dois e seis pacientes respectivamente Dois casos apresentaram parestesia na
regiatildeo de mento e nos dentes anteriores inferiores por ateacute duas semanas nos
25
pacientes operados pela teacutecnica do retalho mucoperiosteal enquanto nenhum caso
aconteceu em pacientes operados por retalho em dupla paacutegina Os autores
concluiacuteram que a teacutecnica de retalho em dupla paacutegina eacute um importante auxiacutelio no
acesso agrave aacuterea doadora o que pela facilidade de uso pode encorajar os cirurgiotildees a
usarem o mento como aacuterea doadora para pequenos enxertos oacutesseos intrabucais
Molon et al (2009) tiveram como objetivo relatar um caso cliacutenico de maxila
atroacutefica com necessidade de reconstruccedilatildeo alveolar atraveacutes de enxerto homoacutegeno
Apoacutes a realizaccedilatildeo da anamnese foi constatado clinicamente que o paciente
apresentava forma em lacircmina do osso e radiograficamente a panoracircmica mostrou
uma perda oacutessea em altura e uma proximidade do rebordo com a parede inferior do
seio maxilar Foi utilizado enxerto provenientes do UniOss processados e
congelados a -80degCos tecidos foram submetidos a testes soroloacutegicos Na regiatildeo
anterior foi realizado enxerto com osso humano congelado em bloco para restaurar
espessura oacutessea possibilitando a colocaccedilatildeo de implantes dentaacuterios Os blocos
foram fixados com o sistema 15mm e o osso particulado foi acomodado nos
espaccedilos mortos para evitar a formaccedilatildeo de GAPs Apoacutes seis meses da cirurgia foi
removido os parafusos e o guia ciruacutergico posicionado para a instalaccedilatildeo dos seis
implantes A osseointegraccedilatildeo dos implantes foi verificada apoacutes seis meses da
segunda cirurgia pela radiografia panoracircmica Atualmente vem sendo muito utilizado
osso autoacutegeno para reconstruccedilatildeo de maxilares contudo haacute desvantagens
relacionadas com a morbidade do sitio doador quantidade inadequada de osso
intraoral para grandes defeitos e necessidade de osso de regiatildeo extra-oral para
maiores reconstruccedilotildees limitam as expectativas do paciente Por isso os osso
estudos utilizando osso homoacutelogo para reabilitaccedilatildeo com implantes vecircm se
intensificando e apresentando bons resultados Os autores consideram o enxerto de
osso homoacutelogo uma alternativa viaacutevel para reconstruccedilatildeo de rebordos alveolares
severamente atroacuteficos ao mesmo tempo em que reduz a morbidade e os riscos
inerentes aos procedimentos de enxertos autoacutegenos
Pereira et al (2009) discutiram revisaram e compararam as teacutecnicas
envolvidas em remoccedilatildeo de blocos oacutesseos da linha obliacutequa e mento demonstrando
sua efetividade por meio de exemplos cliacutenicos O osso mandibular tem sido utilizado
na reconstruccedilatildeo alveolar para permitir a instalaccedilatildeo de implantes com resultados
extremamente favoraacuteveis Para a regiatildeo de mento a teacutecnica consiste em osteotomia
26
efetuada pelo menos 5 mm abaixo dos aacutepices dentaacuterios e o osso basal da
mandiacutebula preservado A profundidade das osteotomias limita-se agrave cortical externa
Para a regiatildeo da linha obliacutequa haacute trecircs diferentes meacutetodos para acessar a aacuterea
doadora 1 Intrasulcular Realizada no sulco gengival dos dentes naturais 2
Submarginal Indicada quando da presenccedila de coroas proteacuteticas nos molares e preacute-
molares 3 Crestal Indicada para rebordos edecircntulos ou quando os implantes
estiverem planejados para a mesma regiatildeo Uma vez feita agrave incisatildeo o retalho
mucoperiosteal eacute descolado do corpo mandibular expondo a face lateral do
ramocorpo Um bloco cortical retangular ateacute 4 mm de espessura pode ser coletado
da regiatildeo do ramo O comprimento do bloco pode se aproximar de 35 mm mas
altura natildeo deve exceder 10 mm Para o preparo do siacutetio receptor e enxertia o osso
removido eacute posicionado com a face medular do bloco em contato com a face cortical
do siacutetio receptor previamente perfurada com brocas proporcionando sangramento
O bloco deve ser adaptado intimamente ao leito e fixado com parafusos de titacircnio
Os autores concluiacuteram que ambas as teacutecnicas podem ser utilizadas com sucesso
de acordo com a quantidade oacutessea desejada localizaccedilatildeo do siacutetio doador e
experiecircncia do profissional
Piccinelli et al (2009) analisaram retrospectivamente 59 pacientes submetidos
agrave enxertia oacutessea obtida de aacutereas intrabucais com a instalaccedilatildeo de implantes
osseointegrados As aacutereas doadoras foram a regiatildeo da siacutenfise mandibular ramo
mandibular e tuberosidade da maxila Os enxertos foram imobilizados atraveacutes de
parafusos de titacircnio especiacuteficos para fixaccedilatildeo interna riacutegida com diacircmetro de 16 mm
e comprimentos de 8 10 e 12 mm com encaixe em forma de cruz De todas as
cirurgias realizadas foi constatado insucesso em 5 (742 ) pacientes todos do
sexo feminino Destes em 2 (338 ) casos ocorreram perfuraccedilatildeo de membrana do
seio maxilar sendo os dois pacientes tabagistas com idades de 40 e 41 anos Em
um paciente de 30 anos ocorreu a perda do enxerto na regiatildeo anterior de maxila
tendo por aacuterea doadora o osso retirado do ramo mandibular Em outro com 50 anos
ocorreu a perda do enxerto em regiatildeo posterior de mandiacutebula recebendo da aacuterea
retromolar E noutro com 40 anos a perda ocorreu em regiatildeo posterior da
mandiacutebula tendo aacuterea doadora a siacutenfise mandibular A maior causa de falhas de
enxerto eacute deiscecircncia de sutura e posterior necrose asseacuteptica do osso enxertado
sendo demonstrado altas taxas de complicaccedilotildees quando utilizamos a mandiacutebula
27
como aacuterea receptora Existe um iacutendice de sucesso de 904 quando os implantes
satildeo instalados apoacutes um periacuteodo de cicatrizaccedilatildeo dos enxertos O estudo concluiu que
os siacutetios intrabucais doadores de enxertos oacutesseos podem prover volumes oacutesseos
suficientes para a reconstruccedilatildeo dos rebordos alveolares da maioria dos pacientes
desdentados parciais A mandiacutebula eacute vista como siacutetio de eleiccedilatildeo para retirada de
enxertos oacutesseos pois eacute capaz de prover blocos oacutesseos de composiccedilatildeo
predominantemente corticais
Silveira e Wassall (2009) analisaram a aacuterea doadora de enxertos por meio de
tomografias volumeacutetricas tipo feixe cocircnico para avaliaccedilatildeo da remodelaccedilatildeo oacutessea
verificando o grau de morbidade quanto a este paracircmetro Foram selecionados vinte
voluntaacuterios de ambos os gecircneros sem risco de sauacutede e com risco de sauacutede
controlados da cliacutenica de Poacutes-Graduaccedilatildeo do Centro de Pesquisas Odontoloacutegica
Satildeo Leopoldo Mandic e cliacutenica particular As tomografias foram obtidas com
aparelho de aquisiccedilatildeo volumeacutetrica tipo feixe cocircnico este aparelho usa a nova
tecnologia do feixe de tomografia computadorizada cocircnico no qual obtemos todas
as estruturas maxilofaciais do indiviacuteduo em volume ou seja em terceira dimensatildeo
Foi utilizado o tempo de exposiccedilatildeo de 36 segundos e apenas 3 de radiaccedilatildeo uma
tomografia meacutedica As primeiras mediccedilotildees foram obtidas no momento da tomografia
computadorizada inicial anteriormente a cirurgia Logo apoacutes a cirurgia foi realizada
a segunda tomada e medida na qual foi mensurado o quanto foi retirado de tecido
oacutesseo para enxerto Na terceira tomada de medidas foi calculado o ganho real
oacutesseo obtido na remodelaccedilatildeo apoacutes 180 dias de remoccedilatildeo do enxerto Embora a
quantidade retirada de aacuterea varie a recomposiccedilatildeo acompanha com a mesma
variabilidade Os autores concluiacuteram que a remodelaccedilatildeo oacutessea meacutedia da regiatildeo
posterior da mandiacutebula avaliada 180 dias apoacutes a remoccedilatildeo do bloco oacutesseo (enxerto
oacutesseo) foi de 813
Sousa et al (2009) verificaram atraveacutes de uma revisatildeo sistemaacutetica se os
enxertos homoacutegenos satildeo tatildeo eficientes quanto os enxertos autoacutegenos Apoacutes a busca
nas bases foram selecionados 1215 tiacutetulos de artigos Um uacutenico artigo atendeu os
criteacuterios da pesquisa o mesmo foi lido na iacutentegra por ambos examinadores e suas
caracteriacutesticas foram distribuiacutedas em uma tabela Este artigo analisado resultou em
16 pacientes entre 38 e 65 anos (9 do sexo masculino e 7 do sexo feminino) foi
comparado dois grupos enxerto autoacutegeno do iliacuteaco (grupo 1) e enxerto autoacutegeno da
calvaacuteria (grupo 2) Foi avaliado o volume oacutesseo total (VOT) o volume oacutesseo
28
necroacutetico (VON) e o osso vital (OV) e os resultados do grupo 1 foi de VOT (466)
VON (126) e OV (34) jaacute do grupo 2 foi VOT (734) VON (55) e OV (67)
Estatisticamente o enxerto da calvaacuteria foi melhor que o enxerto do iliacuteaco Os autores
concluiacuteram que o uacutenico artigo considerado natildeo consistia numa comparaccedilatildeo entre
enxerto autoacutegeno e homoacutegeno e sim numa comparaccedilatildeo entre enxertos autoacutegenos
de siacutetios diferentes
Spin-Neto et al (2009) realizaram uma revisatildeo de literatura sobre a utilizaccedilatildeo
de osso homoacutelogo em Odontologia sobre a legislaccedilatildeo envolvida na aplicaccedilatildeo deste
material Foram analisados artigos publicados nos uacuteltimos 25 anos no Medline e
pela ANVISA leis decretos que regulamentam o funcionamento dos bancos de
ossos de tecidos musculoesqueleacuteticos brasileiros Sobre o enxerto homoacutelogo haacute
um nuacutemero enorme de processos que ocorrem eacute iniciado por uma reaccedilatildeo
inflamatoacuteria criando espaccedilos que permitam sua invasatildeo por vasos sanguiacuteneos e
chegada das ceacutelulas responsaacuteveis pelo metabolismo oacutesseo atuando na
remodelaccedilatildeo gradativa do local Remover tecidos oacutergatildeos ou partes da pessoa ou do
cadaacutever eacute crime podendo resultar em reclusatildeo (2 a 6 anos) ou em 100 a 360 dias
de multa Jaacute no caso de sepultamento cabe aos meacutedicos realizar a reconstruccedilatildeo do
corpo para evitar constrangimento e manter a dignidade diante de seus familiares
no qual natildeo realizado eacute considerado crime por tal ato Foi concluiacutedo que eacute
necessaacuterio mais estudos e resultados sobre a aplicaccedilatildeo deste biomaterial para
aliados com o conhecimento juriacutedico aumentarmos o conhecimento e informaccedilotildees
sobre o caso
Piffer et al (2010) descreveram um caso cliacutenico de reabilitaccedilatildeo oral de uma
aacuterea de maxila posterior extremamente reabsorvida atraveacutes de levantamento de
seio maxilar utilizando osso xenoacutegeno e posterior uso de implante O caso constava
de uma paciente do sexo feminino que foi submetida a levantamento de seio
maxilar utilizando osso xenoacutegeno liofilizado e concomitante colocaccedilatildeo de dois
implantes nos elementos 15 e 16 Foi relatado que devido agraves limitadas quantidades
oacutesseas para colocaccedilatildeo de implantes dentaacuterios surgiram as teacutecnicas de enxertos
oacutesseos Inicialmente era utilizado osso autoacutegeno da regiatildeo intra-bucal gerando
algumas desvantagens devido a morbidade do siacutetio doador podendo gerar dor
parestesias hematoma Como alternativa surgiu possibilidade de utilizaccedilatildeo de
biomateriais para reconstruccedilotildees maxilares no qual foi utilizado neste caso o Bio-
Oss e obteve um resultado excelente em relaccedilatildeo aacute formaccedilatildeo oacutessea formando
29
extensa regiatildeo de osso denso ao redor dos implantes Assim atraveacutes de uma
revisatildeo sistemaacutetica criacutetica de trabalhos cliacutenicos controlados randomizados
evidenciou que substitutos de ossos autoacutegenos podem ser utilizados obtendo
sucesso Concluindo assim que a colocaccedilatildeo de implantes concomitantes com
enxertias oacutesseas natildeo interferem no processo de reparo oacutesseo e nem na
estabilizaccedilatildeo dos implantes e mostrou-se um tratamento viaacutevel para o presente
caso cliacutenico
Souza et al (2010) realizaram uma revisatildeo da literatura das principais
aplicaccedilotildees e indicaccedilotildees dos enxertos de bancos de ossos na Odontologia Os
enxertos oacutesseos autoacutegenos satildeo eleitos como os de primeira escolha pela sua
eficiecircncia biosseguranccedila e facilidade de obtenccedilatildeo poreacutem apresentam algumas
desvantagens e limitaccedilotildees A utilizaccedilatildeo de homoenxertos provenientes de bancos
de ossos representa uma alternativa aos enxertos oacutesseos autoacutegenos e demonstra
ser uma ferramenta bastante uacutetil para a odontologia com a finalidade de regenerar o
tecido oacutesseo perdido dos maxilares Os autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de
homoenxertos provenientes de bancos de ossos demonstra ser uma ferramenta
bastante uacutetil para a odontologia com a finalidade de regenerar o tecido oacutesseo
perdido dos maxilares Faz-se necessaacuterio que mais bancos de coleta e preparo do
tecido oacutesseo sejam instalados nos hospitais para que esta opccedilatildeo torne-se viaacutevel e
acessiacutevel a um nuacutemero maior de serviccedilos que atuam com reconstruccedilotildees oacutesseas
Aloy-Proacutesper et al (2011) realizaram uma revisatildeo bibliograacutefica sobre
regeneraccedilatildeo oacutessea usando partiacuteculas de enxertos Foram avaliados os resultados
obtidos bem como as complicaccedilotildees de teacutecnicas cirurgircas e as taxas de
sobrevivecircncia e sucesso de implantes colocados nestas aacutereas regeneradas Foram
identificados 64 artigos dos quais 53 foram excluiacutedos em 14 casos de partiacuteculas de
enxerto foi combinado com o bloco de enxerto em quatro casos natildeo ocorreu
defeitos periimplantares durante a colocaccedilatildeo do implante Quanto agrave taxa de sucesso
dos implantes nem todos os estudos bem definidos utilizaram os criteacuterios de
sucesso tornando difiacutecil a comparaccedilatildeo Com base nos criteacuterios de sucesso de
Albrektsson houve uma taxa de sucesso de 932 dois anos apoacutes o carregamento
(857 na maxila superior e 100 na mandiacutebula) Quando os criteacuterios eram do
cortador e Ederer houve uma taxa de sucesso de 857 trecircs anos apoacutes o
carregamento A conclusatildeo dos autores foi de que enxertos de partiacuteculas satildeo
30
eficazes na correccedilatildeo localizada de defeitos do processo alveolar com poucas
complicaccedilotildees e a taxa de sucesso satildeo sempre elevadas variando de 875 a 100
Oliveira Diebold e Silva (2011) analisaram as estruturas da regiatildeo maxilar de
interesse na implantodontia por meio de imagens de tomografia computadorizada
buscando uma avaliaccedilatildeo qualitativa e quantitativa da densidade oacutessea Foram
utilizadas imagens de tomograacutefia computadorizada por raios X obtidas da regiatildeo
maxilar de 31 pacientes avaliados para a colocaccedilatildeo de implantes As regiotildees de
interesse analisadas (seio maxilar fossa nasal tuberosidade maxilar e foramem
naso-alveolar) foram delimitadas de modo semi-automaacutetico com o auxiacutelio da
ferramenta ldquoCell Outlinerrdquo pelo software ImageJ Essas regiotildees foram analisadas nos
cortes axiais cortes sagitais e coronais obtidos pelo TC e com o software A partir
da delimitaccedilatildeo das regiotildees de interesse (ROI) foram determinados os valores
meacutedios e desvio padratildeo do nuacutemero CT em HU (Hounsfield) O nuacutemero CT de uma
imagem tomograacutefica representa o valor de cada pixel que compotildee a imagem esta
relacionada com o coeficiente de atenuaccedilatildeo linear dos tecidos contidos em um voxel
correspondente Estes valores constituem-se em uma informaccedilatildeo importante tanto
para a avaliaccedilatildeo quantitativa das densidades oacutesseas como para a produccedilatildeo de uma
metodologia de realce das estruturas de interesse em implantodontia Com anaacutelise
dos dados obtidos para cada paciente nas estruturas analisadas foi observado que
as regiotildees do seio maxilar e a fossa nasal satildeo semelhantes mas estatisticamente
diferentes Estas satildeo regiotildees pneumaacuteticas que em consequumlecircncia da presenccedila do
ar possuem medidas de nuacutemero CT semelhantes a fossa nasal apresenta uma
estrutura mais irregular e obteve-se uma diferenccedila estatisticamente significativa
entre estas duas regiotildees estudadas O foramem naso-alveolar e a tuberosidade satildeo
regiotildees distintas porque a tuberosidade eacute um osso trabecular de densidades
heterogecircneas que possui a meacutedia do nuacutemero CT maior que a meacutedia do foramen
naso-alveolar que se trata de uma estrutura tubular de densidade homogecircnea para
passagem do feixe vasculo-nervoso Com a comparaccedilatildeo das estruturas analisadas
pelo meacutetodo ANOVA entre pacientes masculinos e femininos evidenciou-se que natildeo
existe diferenccedila estatisticamente significativa entre sexos As conclusotildees obtidas
neste trabalho mostraram que o nuacutemero CT eacute uma medida eficiente para
caracterizar estruturas do corpo humano Os dados obtidos com a anaacutelise das
meacutedias do nuacutemero CT de cada regiatildeo estudada nos permite caracterizar
separadamente cada regiatildeo
31
3 MATERIAS E MEacuteTODOS
O presente trabalho aborda a descriccedilatildeo de quatro casos cliacutenicos que foram
selecionados dos prontuaacuterios de pacientes enxertados submetidos agrave tomografia
computadorizada Cone Beam no periacuteodo preacute-enxerto e apoacutes o procedimento
ciruacutergico das cliacutenicas radiograacuteficas ldquoCliacutenica Odonto Imagem Radiologiardquo situada em
Balneaacuterio Camboriuacute (SC) e ldquoCliacutenica Radioimagemrdquo situada em Itajaiacute (SC)
Foram incluiacutedos no estudo os laudos radiograacuteficos de pacientes que atendem
as seguintes caracteriacutesticas pacientes de ambos os sexos com bom estado de
sauacutede geral idade de quarenta a setenta anos que foram submetidos a enxerto
oacutesseo em regiatildeo de maxila
Primeiramente foi realizada uma coleta de dados junto aos laudos
radiograacuteficos emitidos pelas cliacutenicas citadas Foram selecionados os casos e
posteriormente foi acessado agraves imagens tomograacuteficas dos pacientes
Os exames tomograacuteficos computadorizado de aquisiccedilatildeo volumeacutetrica (cone
beam) foram realizados atraveacutes de cortes parasagitais de espessura de 2mm e
distacircncia de 1 mm entre os cortes
Na segunda etapa foi efetuada a anaacutelise das tomografias observando as
imagens preacute e poacutes-ciruacutergicas simultaneamente nesse momento delimitou-se a aacuterea
do leito receptor e do material enxertado Utilizando o programa Planmeca Romexis
Viewer acessou-se as imagens fornecidas digitalmente analisando primeiramente
as imagens do leito receptor por meio de trecircs traccedilados (em planos perpendiculares)
realizados com o auxiacutelio da ferramenta denominada Linha Hounsfield que nos
fornece a densidade oacutessea do local traccedilado e uma meacutedia do mesmo Foi realizada
uma meacutedia aritmeacutetica simples dos trecircs traccedilados resultando uma meacutedia de
densidade oacutessea que foi enquadrada na escala O mesmo procedimento foi
realizado na aacuterea do material enxertado
Com a posse destes valores meacutedios comparou-se a densidade oacutesseo do leito
receptor com a densidade oacutessea do material enxertado
32
Os dados seratildeo divulgados atraveacutes de painel exposto no bloco de Odontologia
e apresentaccedilatildeo oral Uma coacutepia da pesquisa concluiacuteda seraacute enviada agraves Cliacutenicas
envolvidas na pesquisa
O projeto de pesquisa foi aprovado pela Comissatildeo de Eacutetica em Pesquisa
sobre o nuacutemero 44610
33
4 RESULTADOS
De acordo com a tabela a seguir podemos expressar de forma resumida os
resultados obtidos atraveacutes da pesquisa comparando os mesmos com a escala de
Misch
Paciente (P1) MS sexo feminino com idade de 49 anos apresentando bom
estado de sauacutede geral No dia 28 de outubro de 2009 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes (Figura 1)
34
Figura 1 Vista panoracircmica preacute-enxertia
A densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield
obteve os seguintes resultados Axial (Z) = 7650 Coronal (Y) = 5196 Sagital (X)
= 7818
No dia 29 de janeiro de 2010 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
homoacutegeno O material proveniente do Banco de Tecidos Muacutesculo Esqueleacuteticos HC-
UFPR consistia de um bloco cortical de Fecircmur medindo 30x20mm lote C0917 FD
BC 26 processado no dia 15 de julho de 2009 com validade de 5 anos conservado
a temperatura abaixo de -40ordmC O osso foi particulado e acrescido de lincomicina
No dia 19102010 foram realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da
densitometria oacutessea do material enxertado e obtiveram os seguintes resultados
Axial (Z) = 6590 Coronal (Y) = 4986 Sagital (X) = 2948 (Figura 2)
35
Figura 2 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
Paciente (P2) AWU sexo feminino com idade de 67 anos apresentando
bom estado de sauacutede geral no dia 29 de agosto de 2009 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes A
densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield obteve os
seguintes resultados Axial (Z) = 7104 Coronal (Y) = 7002 Sagital (X) = 10412
(Figura 3)
Figura 3 Vista panoracircmica preacute-enxertia
No dia 06 de novembro de 2009 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
36
homoacutegeno O material proveniente do Banco de Tecidos Muacutesculo Esqueleacuteticos HC-
UFPR consistia de um bloco cortical de Fecircmur medindo 30x20mm lote C0917 FD
BC 39 processado no dia 15 de julho de 2009 com validade de 5 anos conservado
a temperatura abaixo de -40ordmC O osso foi particulado e acrescido de lincomicina
Passado o periacuteodo de 10 meses apoacutes o procedimento ciruacutergico foram
realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da densitometria oacutessea do material
enxertado e obtiveram os seguintes resultados Axial (Z) = 6972 Coronal (Y) =
8138 Sagital (X) = 4984 (Figura 4)
Figura 4 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
Paciente (P3) IS sexo feminino com idade de 42 anos apresentando bom
estado de sauacutede geral no dia 13 de Novembro de 2007 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes A
densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield obteve os
seguintes resultados Axial (Z) = 4917 Coronal (Y) = 3481 Sagital (X) = 4207
(Figura 5)
37
Figura 5 Vista panoracircmica preacute-enxertia
No dia 26 de Novembro de 2007 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
autoacutegeno tendo como aacuterea doadora a regiatildeo de ramo mandibular
Passado o periacuteodo de 09 (nove) meses apoacutes o procedimento ciruacutergico foram
realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da densitometria oacutessea do material
enxertado e obtiveram os seguintes resultados Axial (Z) = 7176 Coronal (Y) =
5443 Sagital (X) = 5638 (Figura 6)
Figura 6 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
38
Paciente (P4) ATL sexo feminino com idade de 45 anos apresentando
bom estado de sauacutede geral no dia 18 de Agosto de 2009 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes A
densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield obteve os
seguintes resultados Axial (Z) = 6028 Coronal (Y) = 6681 Sagital (X) = 6397
(Figura 7)
Figura 7 Vista panoracircmica preacute-enxertia
No dia 09 de Outubro de 2009 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
autoacutegeno tendo como aacuterea doadora a regiatildeo de ramo mandibular
Passado o periacuteodo de 4 (quatro) meses apoacutes o procedimento ciruacutergico foram
realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da densitometria oacutessea do material
enxertado e obtiveram os seguintes resultados Axial (Z) = 8549 Coronal (Y) =
9340 Sagital (X) = 8624 (Figura 8)
39
Figura 8 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
40
5 DISCUSSAtildeO
Em Odontologia a tomografia computadorizada tem demonstrado ser o
meacutetodo de eleiccedilatildeo para a determinaccedilatildeo da densidade oacutessea na regiatildeo dos
maxilares pois fornece dados objetivos precisos da variaccedilatildeo da densidade oacutessea
entre diferentes regiotildees em um mesmo indiviacuteduo A tomografia computadorizada eacute o
uacutenico meacutetodo que permite avaliar osso cortical e medular separadamente com a
vantagem de que as informaccedilotildees tridimensionais satildeo apresentadas em uma seacuterie de
cortes finos da estrutura interna da parte estudada onde as informaccedilotildees resultantes
natildeo sofrem superposiccedilatildeo por estruturas anatocircmicas (SANTIAGO e VITRAL 2006)
Logo a tomografia computadorizada eacute um meacutetodo de escolha na avaliaccedilatildeo
qualitativa e quantitativa de enxertos em seio maxilar (ZEacuteTOLA et al 2002)
Bassi et al (2009) citaram que para o sucesso da reabilitaccedilatildeo com implantes
dentaacuterios eacute imprescindiacutevel que seja levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
rebordo residual e tambeacutem a qualidade de osso para a estabilidade do implante
Aleacutem disso o osso disponiacutevel (volume) deve ser avaliado em sua densidade
o que determinaraacute sua resistecircncia Densidade eacute a relaccedilatildeo entre a massa e o volume
de um corpo e o meacutetodo de avaliaccedilatildeo da densidade mineral oacutessea eacute denominado
densitometria As unidades de medidas mais empregadas satildeo gcmsup2 (densidade por
aacuterea) gcmsup3 (densidade por volume) ou HU (unidade Hounsfield) (CAUacuteLA
MACHADO BARBOSA 2000)
A densidade oacutessea eacute diretamente relacionada agrave resistecircncia do tecido oacutesseo
antes da fratura Uma diferenccedila de dez vezes na resistecircncia do tecido oacutesseo pode
ser observada entre o osso D1 e D4 O osso D2 exibe uma resistecircncia agrave
compressatildeo 47 a 68 maior se comparado com o D3 (MISCH 2000)
O osso com densidade 2 (D2) eacute uma combinaccedilatildeo de osso compacto denso
para poroso na porccedilatildeo externa e osso trabecular grosso na porccedilatildeo interna Na
superfiacutecie e nas proporccedilotildees laterais do implante oferece uma interface inicial riacutegida
A densidade oacutessea D2 eacute mais comumente encontrada na mandiacutebula A regiatildeo
anterior da mandiacutebula apresenta este tipo oacutesseo em 23 dos casos O osso com
densidade 3 (D3) eacute composto de uma cortical oacutessea fina na crista e osso trabecular
fino no interior Uma das desvantagens desse tipo oacutesseo eacute a delicadeza com a qual
esse osso deve ser manipulado Quanto menor for a densidade mais facilmente o
41
osso eacute expandido para que implantes sejam inseridos A regiatildeo anterior da maxila
apresenta em 65 dos casos o osso D3 e em quase metade dos casos o osso
D3 eacute encontrado tambeacutem na regiatildeo posterior da maxila O osso menos denso D4
tem sido relatado em aproximadamente 40 dos casos eacute encontrado na parte
posterior da maxila especialmente na regiatildeo dos molares ou apoacutes levantamento do
seio maxilar (CAUacuteLA MACHADO BARBOSA 2000 BUSCATTI 2003)
Em 1988 Misch realizou uma pesquisa tendo como base de estudos a escala
apresentada por Hounsfield que tem como objetivo a diferenciaccedilatildeo de densidades
de oacutergatildeos do corpo pela diferenccedila de tons de cinza atraveacutes da tomografia A partir
desta Misch propocircs uma nova escala o qual associou nuacutemeros aos tipos oacutesseos
relacionando numericamente os valores aos tipos oacutesseos
No periacuteodo preacute-enxertia foi verificado que em todos os casos estudados a
densidade presente na regiatildeo de leito receptor caracteriza osso tipo D3 Sendo esta
densidade compatiacutevel com a regiatildeo anterior e posterior da maxila
Apoacutes 10 meses dos enxertos homoacutegenos serem realizados (P1 e P2)
observou-se que a densidade em unidades HU diminuiu na maioria dos eixos
avaliados somente no eixo coronal da P2 que apresentou um leve aumento Apesar
desta variaccedilatildeo de valores natildeo houve mudanccedila da qualidade oacutessea Tanto o osso
neoformado quanto o do leito receptor mantiveram-se qualidade de osso D3
Nos casos onde o material de escolha foi osso autoacutegeno observou-se atraveacutes
da densidade em unidades HU aumento dos valores em todos os eixos avaliados
Entre os dois casos (P3 e P4) houve uma pequena diferenccedila entre os valores que
atraveacutes da escala proposta por Misch resultou na diferenccedila que no caso P3 o
material enxertado natildeo apresentou alteraccedilatildeo na qualidade em relaccedilatildeo agrave aacuterea
receptora Jaacute no caso P4 o material enxertado caracteriza-se como qualidade oacutessea
D2 Suponha-se que esta diferenccedila entre a densidade do material enxertado nestes
dois casos seja devido ao grau de condensaccedilatildeo do material na regiatildeo tamanho das
partiacuteculas e quantidade de material enxertado Os dados obtidos natildeo correspondem
a uma populaccedilatildeo em geral devido a pequena quantidade de amostras e se tratando
de um relato de caso cliacutenico
Pinto et al (2007) comenta que os enxertos autoacutegenos satildeo os uacutenicos entre os
tipos de enxerto oacutesseo a fornecer ceacutelulas oacutesseas vivas imunocompatiacuteveis
essenciais agrave fase I da osteogecircnese que eacute responsaacutevel pela proliferaccedilatildeo das ceacutelulas
oacutesseas em especial do osteoacuteide assim quanto mais ceacutelulas vivas forem
42
transplantadas mais tecido oacutesseo seraacute formado Kuabara et al (2000) concluiacuteram
que a pequena morbidade poacutes-operatoria da regiatildeo doadora do enxerto elege a
regiatildeo retromolar inferior como uma excelente opccedilatildeo ciruacutergica para reabilitaccedilatildeo de
pequenos defeitos oacutesseos Jaacute Cyriaco e Azevedo (2006) relatam que quando se
trata de enxertos menores as melhores aacutereas doadoras para regiatildeo oral seriam o
mento e a regiatildeo retromolar e para maiores quantidades a crista iliacuteaca a calota
craniana a costela e a tiacutebia
Pereira et al (2009) enxerto com osso autoacutegeno eacute considerado padratildeo ouro
para reconstruccedilatildeo de defeitos oacutesseos residuais Algumas teacutecnicas ciruacutergicas podem
ser realizadas abrangendo aacutereas doadoras extra e intrabucais dependendo do grau
de perda oacutessea planejamento ciruacutergico-proteacutetico e das condiccedilotildees gerais do
paciente O osso autoacutegeno cortical oferece excelente suporte estrutural para o siacutetio
receptor sendo uma excelente alternativa para segmentos de defeitos maiores que
5 ou 6 cm que requerem suporte estrutural imediato restabelecendo devidamente a
funccedilatildeo
Gonccedilalves (2008) concluiu que implantes instalados em enxertos de seio maxilar
com a ajuda de substitutos oacutesseos apresentam uma taxa de sucesso cliacutenico de
9009
O osso mais indicado para enxertia eacute o autoacutegeno pela sua eficiecircncia
bioseguranccedila e facilidade de obtenccedilatildeo e uma alternativa para sua substituiccedilatildeo eacute o
homoacutegeno por ter caracteriacutesticas a longo prazo semelhantes embora o iacutendice de
reabsorccedilatildeo ser maior (DEL VALE et al 2006 SOUZA et al 2010 GONCcedilALVEZ et
al 2009) O enxerto de osso homoacutelogo eacute uma alternativa viaacutevel para reconstruccedilatildeo
de rebordos alveolares severamente atroacuteficos ao mesmo tempo em que reduz a
morbidade e os riscos inerentes aos procedimentos de enxertos autoacutegenos como
dor parestesia e hematomas (MOLON et al 2009 PIFFER et al2010) Ele mostra-
se efetivo conforme Contar et al (2009) que realizou 51 implantes sobre enxerto
homoacutegeno alcanccedilando o torque miacutenimo de 40N(newton) em todos eles natildeo
havendo problema em nenhum implante em um periacuteodo de acompanhamento de 24
a 35 meses
Ajzen et al (2005) comenta do uso de fatores indutores como plasma rico em
plaquetas sugerindo uma melhor qualidade e quantidade oacutessea necessaacuteria para
reconstruccedilatildeo proteacutetica atraveacutes de implantes oacutesseo integrados A associaccedilatildeo do
bloco de osso homoacutegeno agrave medula oacutessea autoacuteloga parece representar uma
43
alternativa terapecircutica para se minimizar os niacuteveis de reabsorccedilatildeo dos materiais de
enxertia (COSTA et al 2009)
Faz-se necessaacuterio a coleta de mais casos para se obter um tratamento
estatiacutestico que possibilite uma comprovaccedilatildeo da previsibilidade da densidade oacutessea
com os materiais enxertados e variaccedilotildees de teacutecnicas ciruacutergicas
44
6 CONCLUSAtildeO
Conclui-se que o enxerto oacutesseo autoacutegeno e procedente de banco de ossos
demonstra-se eficaz na reabilitaccedilatildeo de pacientes que apresentam maxilas atroacuteficas
e que necessitam de implantes dentaacuterios para a reabilitaccedilatildeo proteacutetica
A densidade obtida do material enxertado eacute semelhante a densidade do
tecido oacutesseo adjacente necessitando de mais casos para esta comprovaccedilatildeo
45
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AJZEN S A et al Anaacutelise por tomografia computadorizada do enxerto autoacutegeno na cirurgia de sinus lift Radiol bras Rio de Janeiro v 38 n 1 p 25-31 janfev 2005 ALOY-PROacuteSPER A et al Bone regeneration using particulate grafts an update Med oral patol oral cir bucal Valencia v16 n2 p210-214 Mar 2011 ARAUacuteJO JMS de et al Enxerto oacutesseo bovino como alternativa para cirurgias de levantamento de assoalho de seio maxilar Rev cir traumatol buco-maxilo-fac Recife v9 n 3 p 89-96 julset 2009
BASSI A P F CARNEIRO G P Avaliaccedilatildeo do iacutendice de sucesso dos enxertos autoacutegenos e dos implantes instalados em regiatildeo do seio maxilar Implant News Satildeo Paulo v7 n2 p257-260 dez 2009
BLAY A TUNCHEL S SENDYK W R Viabilidade dos enxertos autoacutegenos obtidos com a utilizaccedilatildeo de coletores para osso estudo histoloacutegico e microbioloacutegico Pesqui Odontol Bras Satildeo Paulo v 17 n 3 p 234-40 julset 2003 BUSCATTI M Y Contribuiccedilatildeo para o estudo das densidades oacutesseas maxilomandibulares por meio da escala tomodensitomeacutetrica de Hounsfield quando da aplicaccedilatildeo de programa computadorizado para planejamento de implantes osseointegrados 2003 122f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Radiologia) - Faculdade de Odontologia da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2003 CAUacuteLA A L MACHADO F O de BARBOZA E P Densidade Oacutessea no planejamento em Implantodontia BCI Curitiba v 7 n 25 2000
CHEM RC et al Uso de retalho livre de fiacutebula no complexo bucomaxila-facial ndash Relato de dois casos Rev Cir Traumatol Buco-maxilo-fac Camaragibe v5 n4 p 23-30 outdez 2005 CONTAR C M M et al Maxillary ridge augmentation with fresh-frozen bone allografts J Oral Maxillofac Surg Copenhagen v67 n6 p1280-1285 June 2009 COSMO L A M et al Enxerto oacutesseo em levantamento de seio maxilar com osso humano fresco congelado ImplantNews Satildeo Paulo v 4 n 3 p 249-253 2007 COSTA C E S da et al Utilizaccedilatildeo de medula oacutessea autoacuteloga na integraccedilatildeo de enxertos oacutesseos homoacutelogos ImplantNews Satildeo Paulo v 6 n 4 p 395-402 2009
CYRIACO E AZEVEDO D Enxertos oacutesseos aplicados na cirurgia buccedilo-maxilo facial Cispre [on line] Petroacutepolis 27 jul 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcisprecombracervo_detalhesaspId=60gt Acesso em 20 abr 2011
DEL VALLE R A CARVALHO M L de GONZALEZ M R Estudo do comportamento de enxerto oacutesseo com material doador obtido dos bancos de tecidos muacutesculos-esqueleacuteticos Rev odontol Univ Cid Satildeo Paulo Satildeo Paulo v 18 n 2 p 189-194 maioago 2006
46
GARCIA JUacuteNIOR I R et al Avaliaccedilatildeo cliacutenica de enxertos oacutesseos autoacutegenos de crista iliacuteaca em maxilas atroacuteficas para instalaccedilatildeo de implantes oacutesseointegraacuteveis Innov implant j biomater esthet (Impr) Satildeo Paulo v 1 n 1 p 34-40 maio 2006 GONCcedilALVES A R de Q Avaliaccedilatildeo do sucesso de implantes osseointegraacuteveis em enxerto de seio maxilar RGO (Porto Alegre) Porto Alegre v 56 n 4 p 423-427 outdez 2008 GONCcedilALVES A O et al Avaliaccedilatildeo histomorfoloacutegica de maxilares humanos submetidos a enxerto oacutesseo autoacutegeno e homoacutegeno Implant News Satildeo Paulo v7 n2 p213-222 nov 2009
JAHN R S et al Retalho em dupla paacutegina Innov implant j biomater esthet Satildeo Paulo v 4 n 3 p 20-24 setdez 2009
KUABARA M R et al Levantamento de seio maxilar utilizando enxerto autoacutegeno da regiatildeo retromolar e simultacircnea colocaccedilatildeo de implantes ossointegrados Relato de caso cliacutenico ROBRAC Goiacircnia v 9 n 28 p 14-17 2000
MAZZONETTO R et al Avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de enxertos de siacutenfise mandibular na reconstruccedilatildeo de defeitos oacutesseos em regiatildeo anterior de maxila estudo por meio de tomografia convencional linear Rev bras implant Satildeo Paulo v 6 n 1 p 19-22 janmar 2000
MISCH C E et al Doaccedilatildeo de enxertos oacutesseos autoacutegenos extra orais para implantes endo oacutesseo In Implantes Dentaacuterios Contemporacircneos 2ordm ed Satildeo Paulo Santos 2000 cap 33 p 521-535 MOLON R S de et al Reconstruccedilatildeo de maxila atroacutefica utilizando enxerto oacutesseo homoacutegeno Rev Cir Traumatol Buco-Maxilo-fac Camaragibe v 9 n 4 p 25-30 outdez 2009 OLIVEIRA FILHO M A de et alReconstruccedilatildeo de defeito de continuidade em mandiacutebula com posterior reconstruccedilatildeo alveolar RGO (Porto Alegre) Porto Alegre v 55 n 3 p 305-310 julset 2007 OLIVEIRA H W de DIEBOLD E SILVA A M M da Avaliaccedilatildeo da regiatildeo maxilar em imagens de tc por raios x para o uso em implantodontia e cirurgia bucomaxilofaciaL Disponiacutevel em lthttpwwwpucrsbrunipoafisicapesquisasnimedartigosArtigo20Canal20CientEDficopdfgt Acesso em 20 de Junho de 2011 PEREIRA C C S et al Enxertos oacutesseos autoacutegenos mandibulares para reconstruccedilatildeo de processos alveolares atroacutefi cos revisatildeo e teacutecnica ciruacutergica Innov Implant J Biomater Esthet Satildeo Paulo v 4 n 3 p 96-102 setdez 2009 PICCINELLI L B et al Estudo retrospectivo de 59 pacientes tratados com enxertos oacutesseos autoacutegenos intrabucais e implantes dentais Innov Implant J Biomater Esthet Satildeo Paulo v 4 n 3 p 30-34 setdez 2009 PIFFER C S et al Levantamento de seio maxilar utilizando Bio-Oss concomitante com a instalaccedilatildeo de implantes ImplantNews Satildeo Paulo v 7 n 4 p 489-495 2010
47
PINTO J G S et al Enxerto autoacutegeno x biomateriais no tratamento de fraturas e deformidades faciais ndash uma revisatildeo de conceitos atuais RFO UPF Passo Fundo v 12 n 3 p 79-84 setdez 2007 RIBEIRO JUacuteNIOR O et al Princiacutepios da reconstruccedilatildeo mandibular com enxerto oacutesseo vascularizado Rev cir traumatol buco-maxilo-fac Recife v 8 n 1 p 15 ndash 22 janmar 2008 RODRIGUES A F VITRAL R W F Aplicaccedilotildees da Tomografia Computadorizada na Odontologia Pesq Bras Odontoped Clin Integr Joatildeo Pessoa v 7 n 3 p 317-324 setdez 2007 SANTIAGO R C VITRAL R W F Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da densidade mineral oacutessea e seu emprego na odontologia Pesq Bras Odontoped Clin Integr Joatildeo Pessoa v6 n3 p 289-294 setdez 2006 SILVEIRA A C G WASSALL T Anaacutelise da aacuterea doadora de enxerto mandibular por meio de tomografia computadorizada do feixe cocircnico para avaliaccedilatildeo da remodelaccedilatildeo oacutessea RGO (Porto Alegre) Porto Alegre v 57 n 1 p 61-65 janmar 2009 SOUSA J N L de et al Avaliaccedilatildeo dos enxertos homoacutegenos como substitutos aos enxertos autoacutegenos na fixaccedilatildeo de implantes osteointegrados uma revisatildeo sistemaacutetica da literatura Innov Implant J Satildeo Paulo v 4 n 3 p 54-57 setdez 2009 SOUZA D O et al Aplicaccedilotildees de enxertos de bancos de ossos em odontologia R Ci meacuted biol Salvador v 9 n 1 p 45-48 2010 SPIN-NETO R et al Tecido oacutesseo homoacutelogo para utilizaccedilatildeo em Odontologia Implant News Satildeo Paulo v7 n4 p555-560 dez 2009 TANAKA R et al Incorporaccedilatildeo dos enxertos oacutesseos em bloco processos bioloacutegicos e consideraccedilotildees relevantes Conscientia e sauacutede Satildeo Paulo v 7 n 3 p 323-327 2008 ZEacuteTOLA A L et al Reconstruccedilatildeo do seio maxilar atroacutefico com enxerto autoacutelogo de crista iliacuteaca avaliaccedilatildeo por tomografia computadorizada e radiografia panoracircmica Rev col bras cir Rio de Janeiro v 29 n 1 p 13-18 janfev 2002
14
Alegre Possiacuteveis complicaccedilotildees podem se justificar pela maacute fixaccedilatildeo do retalho aos
cotos ou pela insuficiecircncia vascular Nos dois casos relatados o retalho foi fixado
aos cotos com placas e parafusos de forma a apresentar imobilidade obtendo-se
dessa forma a regeneraccedilatildeo entre os tecidos O retalho livre de fiacutebula ou enxerto
vascularizado caracteriza-se por ser um enxerto autoacutegeno segmentado e removido
da aacuterea doadora tendo sua vascularizaccedilatildeo preservada a fim de nutrir esse tecido
quando no leito receptor a partir da sua anastomose com o sistema vascular da
regiatildeo receptora O retalho de fiacutebula eacute o mais frequumlentemente pois esse retalho
fornece o maior montante de tecido oacutesseo entre todos os retalhos oacutesseos e causa
pouca morbidade na aacuterea doadora Os autores concluiacuteram que o emprego de
enxertos oacutesseos vascularizados em reconstruccedilotildees da face gera bons resultados
esteacuteticos e funcionais Pois os dois casos relatados os enxertos apresentaram
sucesso agrave observaccedilatildeo imediata e longitudinal alcanccedilando-se resultados esteacuteticos e
funcionais satisfatoacuterios
Cyriaco e Azevedo (2006) analisaram e revisaram a utilizaccedilatildeo do enxerto
oacutesseo em suas vaacuterias formas autoacutelogo homoacutelogo e heteroacutelogo descalcificado e
vascularizado na reparaccedilatildeo de falha oacutessea aleacutem das principais caracteriacutesticas
pertinentes a cada tipo buscando com isso um melhor direcionamento na sua
utilizaccedilatildeo Segundo diversos autores haacute disponiacuteveis opccedilotildees doadoras de enxertos
vascularizados como calota craniana fiacutebula costela escaacutepula crista iliacuteaca e raacutedio
Suas vantagens estatildeo nos iacutendices elevados de sucesso e a chance de fazecirc-lo em
pacientes irradiados ou que passaraacute por seccedilotildees de radioterapia como ocorre na
retirada de tumores malignos Quando se trata de enxertos menores as melhores
aacutereas doadoras para regiatildeo oral seriam o mento e a regiatildeo retromolar e para
maiores quantidades a crista iliacuteaca a calota craniana a costela e a tiacutebia A calota
craniana e osso iliacuteaco satildeo vantajosos por ter um grande volume de tecido oacutesseo no
que se refere agraves aacutereas doadoras externas sendo indicadas para a correccedilatildeo de
grandes defeitos oacutesseos De acordo com a pesquisa foi possiacutevel concluir que as
melhores aacutereas doadoras intrabucais satildeo o mento a regiatildeo retromolar e a
tuberosidade da maxila e que as aacutereas doadoras externas possiacuteveis satildeo a crista
iliacuteaca e a calota craniana
Del Valle et al (2006) tiveram como objetivo comparar o enxerto homoacutegeno
com o enxerto autoacutegeno nas cirurgias reconstrutivas de maxila com finalidade
implantodocircntica atraveacutes de um relato de caso cliacutenico Neste caso o paciente
15
apresentava ausecircncia dos elementos 11 e 12 com migraccedilatildeo mesial dos elementos
13 e 21 Atraveacutes do exame cliacutenico foi verificado falta de espessura do rebordo
alveolar na regiatildeo resultado da perda da taacutebua oacutessea vestibular por ocasiatildeo da
exodontia Foram realizados exames radiograacuteficos de regiatildeo panoracircmica periapical
Foi constatado pouca espessura palato-vestibular do rebordo oacutesseo na regiatildeo dos
dentes 11 e 12 contra-indicando a colocaccedilatildeo de implante dentaacuterio por risco de
fenestraccedilatildeo vestibular Com isto o tratamento indicado foi enxertia oacutessea utilizando
osso homoacutegeno bicortical com medular interna retirado da crista do osso iliacuteaco
medindo 27x17x9 milimetros e recebido os antibioacuteticos Vancomicina e Polimixina B
Foi feito o deslocamento muco-periostal do retalho esculpido o bloco oacutesseo e
adaptado ao leito receptor Para realizar a fixaccedilatildeo foi feito perfuraccedilotildees oacutesseas no
leito receptor com brocas esfeacutericas laminadas e imobilizados com 2 parafusos de
15mm de diacircmetros e 11mm de comprimento promovendo um enxerto do tipo
onlay Todo enxerto foi recoberto com osso particulado do mesmo bloco
amalgamado ao plasma rico em plaquetas e suturado Apoacutes passar 3 meses da
cirurgia houve exposiccedilatildeo do parafuso de osteossiacutentese de posiccedilatildeo mais cervical e
na sua remoccedilatildeo constatamos a formaccedilatildeo de tecido fibroso entre o fragmento
enxertado e o leito receptor somente nessa regiatildeo tendo sido removido Apoacutes 5
meses da enxertia foi colocado implantes e recoberto com membrana oacutessea
reabsorviacutevel por ter havido fenestraccedilatildeo oacutessea cervical Os autores apoacutes relatar o
caso concluiacuteram que o osso mais indicado para enxertia eacute o autoacutegeno e uma
alternativa para sua substituiccedilatildeo eacute o homoacutegeno por ter caracteriacutesticas a longo prazo
semelhantes embora o iacutendice de reabsorccedilatildeo eacute maior entretanto relataram que eacute
necessaacuterios maiores estudos principalmente de aacutereas doadoras utilizadas para
enxertias
Garcia Juacutenior et al (2006) avaliaram clinicamente os enxertos oacutesseos
retirados da crista do osso iliacuteaco para reconstruccedilatildeo total de maxilas atroacuteficas e
posterior instalaccedilatildeo de implantes oacutesseointegraacuteveis Foram selecionados doze
pacientes no qual foram submetidos agrave cirurgia de enxerto oacutesseo na maxila
utilizando-se fragmentos oacutesseos removidos da porccedilatildeo anterior da crista iliacuteaca A
meacutedia de idade dos pacientes era de 495 anos sendo 3 do sexo masculino e 12
eram do sexo feminino O tempo de espera para a cirurgia de instalaccedilatildeo de
implantes variou de 5 a 6 meses apoacutes enxerto oacutesseo Na reabertura do enxerto para
instalaccedilatildeo dos implantes oacutesseointegrados foram realizadas as avaliaccedilotildees cliacutenicas
16
dos enxertos oacutesseos Os resultados mostraram que em todos os casos houve ganho
oacutesseo no rebordo alveolar e tambeacutem uma melhora no perfil facial e o contorno labial
dos pacientes Os autores concluiacuteram que o enxerto oacutesseo retirado do osso iliacuteaco eacute
uma alternativa viaacutevel para reconstruccedilotildees de maxilas atroacuteficas tambeacutem que houve
melhora cliacutenica significativa quanto ao volume oacutesseo em altura e largura do rebordo
alveolar e que em todos os casos foram possiacuteveis a instalaccedilatildeo de implantes
oacutesseointegraacuteveis
Santiago e Vitral (2006) analisaram os meacutetodos de avaliaccedilatildeo da densidade
mineral oacutessea (DMO) e seu emprego na odontologia com o objetivo de descrever os
diferentes meacutetodos empregados bem como avaliar a relevacircncia em se determinar a
densidade oacutessea no planejamento e sucesso de tratamentos odontoloacutegicos
especiacuteficos Foi feita uma revisatildeo de literatura onde abordaram as teacutecnicas de
densitometria oacutessea e como eacute feita a avaliaccedilatildeo da densidade oacutessea em odontologia
Diversos satildeo os meacutetodos para se avaliar a densidade mineral oacutessea tanto na aacuterea
meacutedica quanto em Odontologia A questatildeo sobre qual a melhor teacutecnica e a melhor
regiatildeo para se avaliar a DMO de cada individuo parece ainda natildeo ter resposta
Entretanto o que se sabe eacute que dentre as diferentes teacutecnicas disponiacuteveis diferentes
vantagens e desvantagens satildeo apresentadas Em Odontologia a tomografia
computadorizada tem demonstrado ser o meacutetodo de eleiccedilatildeo para a determinaccedilatildeo da
densidade oacutessea na regiatildeo dos maxilares pois fornece dados objetivos precisos da
variaccedilatildeo da densidade oacutessea entre diferentes regiotildees em um mesmo indiviacuteduo
permitindo dessa forma correlacionar positivamente os valores encontrados com a
qualidade oacutessea descrita subjetivamente Aleacutem disso a tomografia computadorizada
eacute o uacutenico meacutetodo que permite avaliar osso cortical e medular separadamente
Cosmo et al (2007) relataram um caso cliacutenico com avaliaccedilatildeo radiograacutefica e
histoloacutegica da utilizaccedilatildeo de osso humano fresco congelado em procedimento de
elevaccedilatildeo do assoalho do seio maxilar A paciente CAR 47 anos compareceu agrave
Cliacutenica Odontoloacutegica da Faculdade de Odontologia da Universidade de Santo Amaro
- Unisa para avaliaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo da arcada superior posterior esquerda com a
utilizaccedilatildeo de implantes endoacutesseos Os exames de imagem demonstraram haver
rebordo residual com menos de 6 mm de altura remanescente tendo sido indicada agrave
paciente a reabilitaccedilatildeo oacutessea bilateral atraveacutes da teacutecnica de levantamento do
assoalho do seio maxilar com enxerto de osso aloacutegeno fresco congelado
proveniente de banco de tecidos musculoesqueleacuteticos Apoacutes seis meses da cirurgia
17
foi realizada abertura para instalaccedilatildeo dos implantes tendo sido colhido fragmento
oacutesseo que foi enviado para anaacutelise histoloacutegica Frente ao apresentado conclui-se
que o material de enxertia proveniente de banco de ossos humanos (enxerto
aloacutegeno fresco congelado) proporciona em cirurgias de levantamento de seio
maxilar um adequado volume oacutesseo para futura instalaccedilatildeo de implantes A anaacutelise
histoloacutegica do enxerto incorporado evidencia a vitalidade do mesmo Material deve
ser adquirido em banco de tecidos regularizados pelo Ministeacuterio da Sauacutede A
possibilidade de transmissatildeo de doenccedilas pela utilizaccedilatildeo do material eacute de baixa
magnitude
Oliveira Filho et al (2007) apresentaram um caso cliacutenico de trauma facial com
perda oacutessea na regiatildeo anterior da mandiacutebula que foi tratado com teacutecnicas de
reconstruccedilatildeo em duas fases primeiramente a parte basilar da mandiacutebula
posteriormente a parte alveolar permitindo a reabilitaccedilatildeo atraveacutes de implantes
osseointegrados O paciente deu entrada no pronto socorro do Hospital Universitaacuterio
Evangeacutelico de Curitiba viacutetima de trauma localizado nas regiotildees submandibular e
cervical alta Em um primeiro momento foi realizado o tratamento ciruacutergico para
fixaccedilatildeo intermaxilar riacutegida trans-operatoacuteria e estabilizaccedilatildeo da mandiacutebula com uma
placa de reconstruccedilatildeo em titacircnio Apoacutes trecircs meses do procedimento foi realizada a
reconstruccedilatildeo mandibular utilizando enxerto em bloco tomado da crista do osso
iliacuteaco Este tempo ciruacutergico teve a preocupaccedilatildeo de reconstruir apenas a parte basilar
da mandiacutebula devido a falta de tecidos moles na regiatildeo traumatizada Em um
segundo momento foi realizada enxertia com bloco tomado da crista do osso iliacuteaco
para reconstruccedilatildeo alveolar da mandibular Seis meses apoacutes o procedimento de
reconstruccedilatildeo alveolar cliacutenica e radiograficamente houve uma boa integraccedilatildeo do
enxerto sem a ocorrecircncia de reabsorccedilatildeo oacutessea significativa Foi criado um rebordo
alveolar adequado permitindo a instalaccedilatildeo de trecircs implantes na regiatildeo enxertada
Os autores concluiacuteram que o enxerto de oacutesseo autoacutegeno pode ser uma alternativa
vaacutelida na aplicaccedilatildeo como meio de reconstruccedilatildeo de defeitos oacutesseos que comprometa
a porccedilatildeo alveolar e basal da mandiacutebula mas uma anaacutelise mais detalhada eacute
necessaacuteria para que possa definir de forma mais abrangente os possiacuteveis riscos e
complicaccedilotildees da teacutecnica utilizada
Pinto et al (2007) confrontaram a utilizaccedilatildeo do enxerto autoacutegeno para
reconstruccedilatildeo das sequumlelas de fraturas faciais comparando-o com outros
18
biomateriais atualmente disponiacuteveis discutindo as melhores indicaccedilotildees e os toacutepicos
mais atuais relativos a esses materiais As propriedades de um material ideal para
enxerto oacutesseo satildeo ser quimicamente inerte biocompatiacutevel natildeo aleacutergico natildeo
canceriacutegeno ser totalmente reabsorviacutevel e substituiacutevel por novo tecido oacutesseo entre
outros O osso autoacutegeno eacute considerado ideal para realizaccedilatildeo de enxertos oacutesseos
Estudos tecircm comprovado a eficaacutecia deste tipo de material especialmente do enxerto
oacutesseo autoacutegeno cortical obtido da crista do osso iliacuteaco que tem sido considerado o
melhor de
ntre os materiais de reconstruccedilatildeo Satildeo os uacutenicos entre os tipos de enxerto
oacutesseo a fornecer ceacutelulas oacutesseas vivas imunocompatiacuteveis Os enxertos alogecircnicos
satildeo aqueles obtidos de outro indiviacuteduo da mesma espeacutecie O enxerto alogecircnico mais
comumente utilizado eacute o liofilizado cuja vantagem eacute natildeo haver a necessidade de se
realizar uma segunda cirurgia num outro siacutetio Os oacutesseos xenoacutegenos satildeo aqueles
retirados de uma espeacutecie e transplantados para outra Exigem um tratamento mais
vigoroso do enxerto e natildeo fornecem ceacutelulas viaacuteveis para a formaccedilatildeo da fase I da
osteogecircnese Aleacutem dos enxertos oacutesseos existem ainda os materiais chamados
aloplaacutesticos como alternativa tendo como benefiacutecios a diminuiccedilatildeo do tempo
ciruacutergico aleacutem de muacuteltiplos tamanhos e formatos disponiacuteveis Entre os biomateriais
os mais utilizados satildeo o vidro bioativo o titacircnio que apresenta excelente
biocompatibilidade e boa osseointegraccedilatildeo ao organismo quando justaposto ao osso
A hidroxiapatita que por ser considerada um componente quiacutemico natural do corpo
humano natildeo satildeo observadas respostas inflamatoacuteria ou toacutexica nos tecidos
circunvizinhos Atraveacutes da pesquisa foi possiacutevel concluir que o osso autoacutegeno ainda
eacute considerado um material ideal para enxerto entretanto novos biomateriais tecircm
surgido apresentando vantagens promissoras para utilizaccedilatildeo na praacutetica diaacuteria
Rodrigues e Vitral (2007) descreveram as principais teacutecnicas tomograacuteficas existentes
e suas aplicaccedilotildees na Odontologia atraveacutes de uma revisatildeo da literatura sobre os
avanccedilos das principais teacutecnicas tomograacuteficas que resultaram em maior acuraacutecia no
diagnoacutestico menor tempo de exame e menor quantidade de radiaccedilatildeo A tomografia
computadorizada eacute considerada o meacutetodo de escolha para a imagem das estruturas
oacutesseas Ela eacute um meacutetodo radioloacutegico que permite obter a reproduccedilatildeo de uma secccedilatildeo
do corpo humano com finalidade diagnoacutestica Apresenta trecircs vantagens gerais
importantes sobre a radiografia convencional a primeira eacute que as informaccedilotildees
19
tridimensionais satildeo apresentadas na forma de uma seacuterie de cortes finos da estrutura
interna da parte estudada A segunda eacute que o sistema eacute mais sensiacutevel na
diferenciaccedilatildeo de tipos de tecido quando comparado com a radiografia convencional
de modo que diferenccedilas entre tipos de tecidos podem ser mais claramente
delineadas e estudadas A terceira eacute a habilidade para manipular e ajustar a imagem
apoacutes ter sido completada a varredura como ocorre de fato com toda a tecnologia
digital Com o advento da tomografia computadorizada helicoidal foi alcanccedilada
grande melhora nas reconstruccedilotildees tridimensionais e diminuiccedilatildeo na dose de
exposiccedilatildeo do paciente agrave radiaccedilatildeo A mesma proveacutem vantagens sobre a natildeo
helicoidal como menor tempo de avaliaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de reconstruccedilatildeo multiplanar
Ela propicia imagens com alta resoluccedilatildeo espacial e a mesma dose de radiaccedilatildeo da
tomografia computadorizada convencional A tomografia computadorizada pode ser
usada para identificar e delinear processos patoloacutegicos visualizar dentes retidos
avaliar os seios paranasais diagnosticar trauma mostrar os componentes oacutesseos
da articulaccedilatildeo temporomandibular e os leitos para implantes dentaacuterios Permite a
reformataccedilatildeo axial obliacutequa da imagem no sentido perpendicular da curvatura do
arco mostrando nitidamente o niacutevel oacutesseo no lado vestibular e lingual E tambeacutem
permite uma avaliaccedilatildeo intra-oacutessea dos locais para colocaccedilatildeo dos implantes Os
autores concluiacuteram que a Tomografia Computadorizada eacute o exame de eleiccedilatildeo no
diagnoacutestico de muitas condiccedilotildees que envolvem o complexo maxilo-mandibular O
valor cliacutenico das teacutecnicas de tomografia computadorizada depende da condiccedilatildeo que
se estaacute sendo diagnosticada atraveacutes das imagens do modelo e da idade do
equipamento usado do protocolo do exame da experiecircncia e capacidade dos
operadores do equipamento e do radiologista
Gonccedilalves (2008) analisaram implantes instalados em enxertos de seio
maxilar com biomaterial de origem bovina e plasma rico em plaquetas observando
histologicamente a neoformaccedilatildeo oacutessea e o iacutendice de sucesso cliacutenico e histoloacutegico
apresentado Este estudo envolveu 30 pacientes que necessitavam de enxerto em
regiatildeo de soalho de seio maxilar para inserccedilatildeo de implantes Um total de 101
implantes foi instalado em 36 enxertos de seio maxilar com intervalo meacutedio de
tempo do enxerto de 75 meses dos quais nove amostras oacutesseas foram colhidas de
forma aleatoacuteria e consentidas para a anaacutelise histoloacutegica Na colocaccedilatildeo dos
implantes foi utilizado um guia ciruacutergico para um correto posicionamento dos
implantes Foi feita a remoccedilatildeo do fragmento oacutesseo e enviado para a anaacutelise com
20
isto foi capturado ao todo 26 imagens histopatoloacutegicas Histologicamente os
fragmentos colhidos estavam constituiacutedos predominantemente por tecido oacutesseo
com iacutendice de sucesso de 8888 Quando comparados o remanescente oacutesseo do
seio maxilar antes e depois do enxerto houve crescimento em altura e a maioria
apresentou densidade oacutessea D3 Dez dos 101 implantes foram perdidos e 91
estavam osseointegrados no seio maxilar enxertado Os autores concluiacuteram que
implantes instalados em enxertos de seio maxilar com a ajuda de substitutos oacutesseos
apresentam uma taxa de sucesso cliacutenico de 9009
Ribeiro Juacutenior et al (2008) revisaram a literatura referente aos enxertos
oacutesseos vascularizados com o objetivo de avaliar os princiacutepios bioloacutegicos e ciruacutergicos
que fundamentam sua aplicaccedilatildeo na reconstruccedilatildeo mandibular Os retalhos
microciruacutergicos que contecircm enxertos oacutesseos satildeo classificados como
osteomusculares ou osteomiocutacircneos dependendo da natureza dos tecidos moles
que o compotildeem permitindo restauraccedilotildees de grandes defeitos oacutesseos A
revascularizaccedilatildeo microciruacutergica manteacutem a irrigaccedilatildeo e a drenagem do tecido oacutesseo
enxertado em todo o periacuteodo de integraccedilatildeo permitindo a manutenccedilatildeo de suas
funccedilotildees celulares metaboacutelicas e fiacutesicas Dessa forma a reparaccedilatildeo entre o enxerto e
o remanescente mandibular ocorre de forma semelhante agrave cicatrizaccedilatildeo de uma
fratura eliminando a longa fase de substituiccedilatildeo observada nos enxertos
convencionais Como o sucesso da reconstruccedilatildeo microciruacutergica eacute diretamente
dependente da qualidade vascular estudos angiograacuteficos preacute-operatoacuterios das aacutereas
receptora e doadora satildeo essenciais Alguns cuidados preacute-cirurgicos satildeo de extrema
importacircncia como a hidrataccedilatildeo endovenosa para manutenccedilatildeo do diacircmetro vascular
uso de cobertores para manter a temperatura corporal em torno de 37degC O estudo
concluiu que os enxertos oacutesseos vascularizados satildeo excelentes na restauraccedilatildeo
esteacutetico-funcional dos defeitos mandibulares suprindo as deficiecircncias dos enxertos
convencionais em casos de pior prognoacutestico Os enxertos oacutesseos vascularizados
satildeo indispensaacuteveis em defeitos compostos extensos irradiados e secundaacuterios agrave
osteorradionecrose
Tanaka et al (2008) elaboraram uma revisatildeo de literatura com o objetivo de
descrever os mecanismos de incorporaccedilatildeo dos enxertos oacutesseos em bloco e discutir
algumas caracteriacutesticas dos diferentes tipos existentes para distinguir as vantagens
de cada um Concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo dos enxertos em bloco para reconstruccedilatildeo
21
dos rebordos alveolares eacute uma realidade e estaacute intimamente ligada agrave terapia
implantar Os diversos fatores que influenciam a escolha do melhor meacutetodo de
enxertia a ser utilizado passam pelo conhecimento dos paracircmetros citados neste
artigo e muitos outros natildeo abordados e podem parecer inicialmente um desafio
mas sem duvida o domiacutenio das teacutecnicas existentes e das outras que surgiratildeo eacute o
ponto de partida para o profissional que procura o refinamento de seus
procedimentos e a exelencia de seus resultados
Arauacutejo et al (2009) realizaram uma revisatildeo de literatura sobre os resultados
cliacutenicos obtidos com a utilizaccedilatildeo dos enxertos de origem autoacutegena e xenoacutegena
(bovino) nas cirurgias de levantamento de assoalho de seio maxilar O
envelhecimento e a perda dentaacuteria fazem com que o seio se expanda podendo
haver uniatildeo entre o assoalho sinusal e a crista do rebordo alveolar residual
expansatildeo esta relacionada com a altura e largura do seio e natildeo com a
profundidade Os materiais para enxerto oacutesseo podem ser classificados como
osteogecircnicos osteoindutores e osteocondutores Os osteogecircnicos referem-se aos
materiais orgacircnicos capazes de estimular a neoformaccedilatildeo oacutessea a partir de
osteoblastos Os osteoindutores satildeo capazes de induzir a diferenciaccedilatildeo de ceacutelulas
mesenquimais em osteoblastos e condroblastos estimulando a formaccedilatildeo oacutessea no
local ou mesmo em um siacutetio heterotiacutepico Os materiais osteocondutores (geralmente
inorgacircnicos) permitem a aposiccedilatildeo de um novo tecido na sua superfiacutecie requerendo
a presenccedila de tecido oacutesseo preacute-existente como fonte de ceacutelulas osteoprogenitoras
Alguns criteacuterios foram propostos para o enxerto ideal quanto para que o material
enxertado se incorpore com sucesso ao siacutetio Dentre os possiacuteveis enxertos
xenoacutegenos encontram-se disponiacuteveis comercialmente os enxertos bovinos em
vaacuterias formas de apresentaccedilatildeo como aqueles que contecircm a fraccedilatildeo mineral do osso
os inorgacircnicos ou desproteinizados entre outros Todos eles apresentam excelente
biocompatibilidade agem favorecendo o processo de osteoconduccedilatildeo e natildeo
desencadeando respostas imunoloacutegicas desfavoraacuteveis A melhor accedilatildeo do enxerto
oacutesseo autoacutegeno de crista iliacuteaca quando comparado com a associaccedilatildeo do osso
autoacutegeno com osso desmineralizado bovino em cirurgias de levantamento de
assoalho de seio maxilar Apesar da diferenccedila estatiacutestica significante clinicamente
natildeo houve diferenccedila jaacute que os aacutepices dos implantes estavam todos cobertos por
osso sugerindo o sucesso do uso da associaccedilatildeo e ainda poupando o paciente de
uma intervenccedilatildeo ciruacutergica extraoral concluindo que o osso autoacutegeno eacute o que
22
apresenta os melhores resultados no processo de regeneraccedilatildeo oacutessea poreacutem os
enxertos de origem bovina apesar de demonstrarem um processo de neoformaccedilatildeo
oacutessea inferior promovem uma neoformaccedilatildeo satisfatoacuteria para que haja a reabilitaccedilatildeo
do paciente com implantes osseointegraacuteveis podendo ser utilizados com sucesso na
cliacutenica odontoloacutegica
Bassi e Carneiro (2009) citaram que os pacientes vem se queixando de
desconforto pelo uso de proacuteteses deficiecircncia na mastigaccedilatildeo onde entatildeo se
destacam os implantes dentaacuterios que minimizam estes aspectos negativos No
entanto seu sucesso depende de uma quantidade miacutenima de suporte oacutesseo por
este motivo foi oportuna pelos autores avaliar o iacutendice de sucesso dos enxertos e
implantes instalados na regiatildeo do seio maxilar reconstruiacuteda com osso autoacutegeno de
linha obliacutequa tanto imediata quanto mediato ao levantamento do seio maxilar
Foram avaliadas 51 cirurgias durante os anos de 2005 a 2007 com total de 107
implantes instalados sendo 28 de maneira imediata e 79 instalados posteriormente
Com relaccedilatildeo aos de maneira imediata o sucesso foi de 9286 sendo que dos 14
submetidos agrave implantaccedilatildeo imediata apenas 1 perdeu o implante De um total de 37
pacientes com instalaccedilatildeo posterior houve um sucesso de 9459 Podendo ser
analisado que natildeo haacute diferenccedila significante entre instalaccedilatildeo mediata e imediata
Acredita-se que para haver sucesso no tratamento eacute imprescindiacutevel que seja levado
em consideraccedilatildeo a quantidade de rebordo residual e tambeacutem a qualidade de osso
para a estabilidade do implante A conclusatildeo deste artigo eacute que o levantamento do
seio maxilar com o enxerto autoacutegeno por meio de acesso lateral eacute uma opccedilatildeo
segura no tratamento para regiatildeo posterior da maxila E natildeo houve diferenccedila em
relaccedilatildeo ao sucesso dos implantes instalados de maneira medita e imediata
Contar et al (2009) avaliaram o uso de enxertos provenientes de osso fresco-
congelado para na reconstruccedilatildeo de rebordos alveolares maxilares posteriormente a
aplicaccedilatildeo de implantes dentaacuterios Foram analisados quinze pacientes que tinham
atrofia crista maxilar onde necessitava de blocos de enxerto oacutesseo para
posteriormente se fazer a colocaccedilatildeo dos implantes Nove meses depois foi retirado
o nuacutecleo de osso do enxerto para analisar histologicamente Trinta e quatro blocos
foram colocados e do nuacutemero de blocos cada paciente recebeu uma numeraccedilatildeo de
1 a 4 Em todos os enxertos foram verificados para serem de consistecircncia firme
bem constituiacutedo e vascularizado Cinquumlenta e um implantes foram aplicados sobre
os enxertos com torque no miacutenimo de 40 N (Newton) Natildeo havendo problema em
23
nenhum implante O periacuteodo de acompanhamento variou de 24 a 35 meses Alo
enxertos pode ser bem satisfatoacuterios aplicados como material de enxerto para o
tratamento de defeitos oacutesseos maxilares se for aplicada a teacutecnica de forma
cautelosa e coerente
Costa et al (2009) descreveram cirurgias de enxertia oacutessea para reconstruccedilatildeo
do rebordo alveolar atroacutefico causado por traumas Em dois pacientes foram
utilizados blocos de osso homoacutegeno fresco congelado puro e em outros dois
pacientes esses blocos foram embebidos em medula oacutessea autoacuteloga aspirada do
proacuteprio paciente Os quatro pacientes que perderam seus dentes anteriores-
superiores 11122122 As cirurgias foram realizadas dentro do protocolo do
Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Cirurgia e Experimentaccedilatildeo da Universidade
Federal de Satildeo Paulo ndash Unifesp Cada paciente recebeu um bloco de enxerto oacutesseo
homoacutegeno fresco congelado proveniente de banco de tecidos oacutesseos em cada um
dos lados da regiatildeo anterior de maxila sendo que em dois dos pacientes os blocos
tiveram a sua porccedilatildeo medular embebida em medula oacutessea autoacuteloga aspirada do
proacuteprio paciente e nos outros dois pacientes os blocos foram fixados da mesma
maneira e na mesma regiatildeo poreacutem sem a utilizaccedilatildeo de medula oacutessea autoacuteloga
como preenchimento Foi observado clinicamente no segundo procedimento
ciruacutergico que os siacutetios enxertados com osso homoacutegeno associado agrave medula oacutessea
autoacuteloga obtiveram um menor niacutevel de reabsorccedilatildeo o que facilitou a instalaccedilatildeo dos
implantes osseointegraacuteveis Com as bioacutepsias oacutesseas obtidas por meio da utilizaccedilatildeo
da broca trefi na foram confeccionadas no Laboratoacuterio de Patologia da Unifesp uma
lacircmina em HE para cada regiatildeo enxertada com associaccedilatildeo agrave medula e tambeacutem
para as regiotildees de enxertia sem essa associaccedilatildeo Essas lacircminas foram
encaminhadas para o Departamento de Morfologia da Unifesp para avaliaccedilatildeo Tanto
as lacircminas histoloacutegicas do grupo onde se associou o aspirado de medula oacutessea ao
enxerto oacutesseo homoacutegeno quanto onde natildeo foi feita esta associaccedilatildeo mostraram uma
grande quantidade de tecido mineralizado vital Foi observado em ambos os grupos
uma pequena quantidade de tecido mineralizado desvitalizado Em todas as lacircminas
foi observada intensa vascularizaccedilatildeo assim como a presenccedila de tecido oacutesseo
lamelar A utilizaccedilatildeo de osso humano fresco congelado conservado em banco de
tecidos eacute uma alternativa viaacutevel para a reconstruccedilatildeo dos rebordos atroacuteficos
diminuindo a morbidade e riscos inerentes agrave abordagem da regiatildeo doadora dos
enxertos autoacutegenos A associaccedilatildeo do bloco de osso homoacutegeno agrave medula oacutessea
24
autoacuteloga parece representar uma alternativa terapecircutica para se minimizar os niacuteveis
de reabsorccedilatildeo dos materiais de enxertia
Gonccedilalves et al (2009) citaram que o melhor material para enxertia oacutessea eacute o
autoacutegeno o problema eacute o poacutes-operatoacuterio que eacute desconfortaacutevel para o paciente Na
existecircncia de desvantagens para a utilizaccedilatildeo de osso autoacutegeno o osso proveniente
de banco de tecidos surge como uma alternativa viaacutevel nas reconstruccedilotildees oacutesseas
maxilomandibulares O osso homoacutegeno pode ser utilizado em algumas situaccedilotildees
que impossibilite obter uma quantidade necessaacuteria de osso autoacutegeno requisitado
pelo receptor ou quando induz ao procedimento com grande morbidade onde exista
negativa do paciente em se submeter a um segundo siacutetio ciruacutergico Mesmo com toda
a previsibilidade de utilizaccedilatildeo de tecido oacutesseo homoacutelogo ele ainda gera
controveacutersias pela possibilidade de infecccedilotildees cruzadas com sua utilizaccedilatildeo Com o
estudo citado foi concluiacutedo que o enxerto homoacutelogo induz mais rapidamente a
remodelaccedilatildeo quando comparado com o autoacutegeno E o estaacutegio da remodelaccedilatildeo
esteve mais dependente da resposta orgacircnica individual de cada paciente
Jahn et al (2009) avaliaram o procedimento de retalho em dupla paacutegina para acesso
ao osso da regiatildeo do mento em comparaccedilatildeo a teacutecnica de retalho mucoperiosteal
Foram realizados procedimentos de obtenccedilatildeo de enxerto oacutesseo da regiatildeo do mento
para utilizaccedilatildeo na reabilitaccedilatildeo de pacientes que receberiam implantes
osseointegrados na regiatildeo anterior da maxila e que necessitavam de aumento de
espessura oacutessea localizada Foram operados 20 pacientes da cliacutenica de Periodontia
da Universidade de Santo Amaro entre 28 e 60 anos de idade Dez pacientes foram
submetidos agrave teacutecnica de retalho mucoperiosteal de espessura parcial e total
convencional e dez pacientes foram submetidos ao retalho em dupla Os pacientes
foram avaliados apoacutes 7 e 14 dias do procedimento ciruacutergico quanto aos seguintes
aspectos parestesia dor edema infecccedilatildeo hemorragia hematoma contato com as
raiacutezes dentaacuterias deiscecircncia de sutura presenccedila ou ausecircncia de trismo Todos os
procedimentos realizados permitiram acesso agrave regiatildeo do mento para obtenccedilatildeo de
enxertos oacutesseos autoacutegenos A avaliaccedilatildeo poacutes-operatoacuteria dos pacientes mostrou que
em ambos os grupos natildeo houve casos de hemorragia trismo contato acidental com
as raiacutezes dentaacuterias e infecccedilatildeo Edema foi constatado em seis casos no grupo de
retalho em dupla paacutegina e sete casos nos retalhos muco periosteais dor foi relatada
por dois e seis pacientes respectivamente Dois casos apresentaram parestesia na
regiatildeo de mento e nos dentes anteriores inferiores por ateacute duas semanas nos
25
pacientes operados pela teacutecnica do retalho mucoperiosteal enquanto nenhum caso
aconteceu em pacientes operados por retalho em dupla paacutegina Os autores
concluiacuteram que a teacutecnica de retalho em dupla paacutegina eacute um importante auxiacutelio no
acesso agrave aacuterea doadora o que pela facilidade de uso pode encorajar os cirurgiotildees a
usarem o mento como aacuterea doadora para pequenos enxertos oacutesseos intrabucais
Molon et al (2009) tiveram como objetivo relatar um caso cliacutenico de maxila
atroacutefica com necessidade de reconstruccedilatildeo alveolar atraveacutes de enxerto homoacutegeno
Apoacutes a realizaccedilatildeo da anamnese foi constatado clinicamente que o paciente
apresentava forma em lacircmina do osso e radiograficamente a panoracircmica mostrou
uma perda oacutessea em altura e uma proximidade do rebordo com a parede inferior do
seio maxilar Foi utilizado enxerto provenientes do UniOss processados e
congelados a -80degCos tecidos foram submetidos a testes soroloacutegicos Na regiatildeo
anterior foi realizado enxerto com osso humano congelado em bloco para restaurar
espessura oacutessea possibilitando a colocaccedilatildeo de implantes dentaacuterios Os blocos
foram fixados com o sistema 15mm e o osso particulado foi acomodado nos
espaccedilos mortos para evitar a formaccedilatildeo de GAPs Apoacutes seis meses da cirurgia foi
removido os parafusos e o guia ciruacutergico posicionado para a instalaccedilatildeo dos seis
implantes A osseointegraccedilatildeo dos implantes foi verificada apoacutes seis meses da
segunda cirurgia pela radiografia panoracircmica Atualmente vem sendo muito utilizado
osso autoacutegeno para reconstruccedilatildeo de maxilares contudo haacute desvantagens
relacionadas com a morbidade do sitio doador quantidade inadequada de osso
intraoral para grandes defeitos e necessidade de osso de regiatildeo extra-oral para
maiores reconstruccedilotildees limitam as expectativas do paciente Por isso os osso
estudos utilizando osso homoacutelogo para reabilitaccedilatildeo com implantes vecircm se
intensificando e apresentando bons resultados Os autores consideram o enxerto de
osso homoacutelogo uma alternativa viaacutevel para reconstruccedilatildeo de rebordos alveolares
severamente atroacuteficos ao mesmo tempo em que reduz a morbidade e os riscos
inerentes aos procedimentos de enxertos autoacutegenos
Pereira et al (2009) discutiram revisaram e compararam as teacutecnicas
envolvidas em remoccedilatildeo de blocos oacutesseos da linha obliacutequa e mento demonstrando
sua efetividade por meio de exemplos cliacutenicos O osso mandibular tem sido utilizado
na reconstruccedilatildeo alveolar para permitir a instalaccedilatildeo de implantes com resultados
extremamente favoraacuteveis Para a regiatildeo de mento a teacutecnica consiste em osteotomia
26
efetuada pelo menos 5 mm abaixo dos aacutepices dentaacuterios e o osso basal da
mandiacutebula preservado A profundidade das osteotomias limita-se agrave cortical externa
Para a regiatildeo da linha obliacutequa haacute trecircs diferentes meacutetodos para acessar a aacuterea
doadora 1 Intrasulcular Realizada no sulco gengival dos dentes naturais 2
Submarginal Indicada quando da presenccedila de coroas proteacuteticas nos molares e preacute-
molares 3 Crestal Indicada para rebordos edecircntulos ou quando os implantes
estiverem planejados para a mesma regiatildeo Uma vez feita agrave incisatildeo o retalho
mucoperiosteal eacute descolado do corpo mandibular expondo a face lateral do
ramocorpo Um bloco cortical retangular ateacute 4 mm de espessura pode ser coletado
da regiatildeo do ramo O comprimento do bloco pode se aproximar de 35 mm mas
altura natildeo deve exceder 10 mm Para o preparo do siacutetio receptor e enxertia o osso
removido eacute posicionado com a face medular do bloco em contato com a face cortical
do siacutetio receptor previamente perfurada com brocas proporcionando sangramento
O bloco deve ser adaptado intimamente ao leito e fixado com parafusos de titacircnio
Os autores concluiacuteram que ambas as teacutecnicas podem ser utilizadas com sucesso
de acordo com a quantidade oacutessea desejada localizaccedilatildeo do siacutetio doador e
experiecircncia do profissional
Piccinelli et al (2009) analisaram retrospectivamente 59 pacientes submetidos
agrave enxertia oacutessea obtida de aacutereas intrabucais com a instalaccedilatildeo de implantes
osseointegrados As aacutereas doadoras foram a regiatildeo da siacutenfise mandibular ramo
mandibular e tuberosidade da maxila Os enxertos foram imobilizados atraveacutes de
parafusos de titacircnio especiacuteficos para fixaccedilatildeo interna riacutegida com diacircmetro de 16 mm
e comprimentos de 8 10 e 12 mm com encaixe em forma de cruz De todas as
cirurgias realizadas foi constatado insucesso em 5 (742 ) pacientes todos do
sexo feminino Destes em 2 (338 ) casos ocorreram perfuraccedilatildeo de membrana do
seio maxilar sendo os dois pacientes tabagistas com idades de 40 e 41 anos Em
um paciente de 30 anos ocorreu a perda do enxerto na regiatildeo anterior de maxila
tendo por aacuterea doadora o osso retirado do ramo mandibular Em outro com 50 anos
ocorreu a perda do enxerto em regiatildeo posterior de mandiacutebula recebendo da aacuterea
retromolar E noutro com 40 anos a perda ocorreu em regiatildeo posterior da
mandiacutebula tendo aacuterea doadora a siacutenfise mandibular A maior causa de falhas de
enxerto eacute deiscecircncia de sutura e posterior necrose asseacuteptica do osso enxertado
sendo demonstrado altas taxas de complicaccedilotildees quando utilizamos a mandiacutebula
27
como aacuterea receptora Existe um iacutendice de sucesso de 904 quando os implantes
satildeo instalados apoacutes um periacuteodo de cicatrizaccedilatildeo dos enxertos O estudo concluiu que
os siacutetios intrabucais doadores de enxertos oacutesseos podem prover volumes oacutesseos
suficientes para a reconstruccedilatildeo dos rebordos alveolares da maioria dos pacientes
desdentados parciais A mandiacutebula eacute vista como siacutetio de eleiccedilatildeo para retirada de
enxertos oacutesseos pois eacute capaz de prover blocos oacutesseos de composiccedilatildeo
predominantemente corticais
Silveira e Wassall (2009) analisaram a aacuterea doadora de enxertos por meio de
tomografias volumeacutetricas tipo feixe cocircnico para avaliaccedilatildeo da remodelaccedilatildeo oacutessea
verificando o grau de morbidade quanto a este paracircmetro Foram selecionados vinte
voluntaacuterios de ambos os gecircneros sem risco de sauacutede e com risco de sauacutede
controlados da cliacutenica de Poacutes-Graduaccedilatildeo do Centro de Pesquisas Odontoloacutegica
Satildeo Leopoldo Mandic e cliacutenica particular As tomografias foram obtidas com
aparelho de aquisiccedilatildeo volumeacutetrica tipo feixe cocircnico este aparelho usa a nova
tecnologia do feixe de tomografia computadorizada cocircnico no qual obtemos todas
as estruturas maxilofaciais do indiviacuteduo em volume ou seja em terceira dimensatildeo
Foi utilizado o tempo de exposiccedilatildeo de 36 segundos e apenas 3 de radiaccedilatildeo uma
tomografia meacutedica As primeiras mediccedilotildees foram obtidas no momento da tomografia
computadorizada inicial anteriormente a cirurgia Logo apoacutes a cirurgia foi realizada
a segunda tomada e medida na qual foi mensurado o quanto foi retirado de tecido
oacutesseo para enxerto Na terceira tomada de medidas foi calculado o ganho real
oacutesseo obtido na remodelaccedilatildeo apoacutes 180 dias de remoccedilatildeo do enxerto Embora a
quantidade retirada de aacuterea varie a recomposiccedilatildeo acompanha com a mesma
variabilidade Os autores concluiacuteram que a remodelaccedilatildeo oacutessea meacutedia da regiatildeo
posterior da mandiacutebula avaliada 180 dias apoacutes a remoccedilatildeo do bloco oacutesseo (enxerto
oacutesseo) foi de 813
Sousa et al (2009) verificaram atraveacutes de uma revisatildeo sistemaacutetica se os
enxertos homoacutegenos satildeo tatildeo eficientes quanto os enxertos autoacutegenos Apoacutes a busca
nas bases foram selecionados 1215 tiacutetulos de artigos Um uacutenico artigo atendeu os
criteacuterios da pesquisa o mesmo foi lido na iacutentegra por ambos examinadores e suas
caracteriacutesticas foram distribuiacutedas em uma tabela Este artigo analisado resultou em
16 pacientes entre 38 e 65 anos (9 do sexo masculino e 7 do sexo feminino) foi
comparado dois grupos enxerto autoacutegeno do iliacuteaco (grupo 1) e enxerto autoacutegeno da
calvaacuteria (grupo 2) Foi avaliado o volume oacutesseo total (VOT) o volume oacutesseo
28
necroacutetico (VON) e o osso vital (OV) e os resultados do grupo 1 foi de VOT (466)
VON (126) e OV (34) jaacute do grupo 2 foi VOT (734) VON (55) e OV (67)
Estatisticamente o enxerto da calvaacuteria foi melhor que o enxerto do iliacuteaco Os autores
concluiacuteram que o uacutenico artigo considerado natildeo consistia numa comparaccedilatildeo entre
enxerto autoacutegeno e homoacutegeno e sim numa comparaccedilatildeo entre enxertos autoacutegenos
de siacutetios diferentes
Spin-Neto et al (2009) realizaram uma revisatildeo de literatura sobre a utilizaccedilatildeo
de osso homoacutelogo em Odontologia sobre a legislaccedilatildeo envolvida na aplicaccedilatildeo deste
material Foram analisados artigos publicados nos uacuteltimos 25 anos no Medline e
pela ANVISA leis decretos que regulamentam o funcionamento dos bancos de
ossos de tecidos musculoesqueleacuteticos brasileiros Sobre o enxerto homoacutelogo haacute
um nuacutemero enorme de processos que ocorrem eacute iniciado por uma reaccedilatildeo
inflamatoacuteria criando espaccedilos que permitam sua invasatildeo por vasos sanguiacuteneos e
chegada das ceacutelulas responsaacuteveis pelo metabolismo oacutesseo atuando na
remodelaccedilatildeo gradativa do local Remover tecidos oacutergatildeos ou partes da pessoa ou do
cadaacutever eacute crime podendo resultar em reclusatildeo (2 a 6 anos) ou em 100 a 360 dias
de multa Jaacute no caso de sepultamento cabe aos meacutedicos realizar a reconstruccedilatildeo do
corpo para evitar constrangimento e manter a dignidade diante de seus familiares
no qual natildeo realizado eacute considerado crime por tal ato Foi concluiacutedo que eacute
necessaacuterio mais estudos e resultados sobre a aplicaccedilatildeo deste biomaterial para
aliados com o conhecimento juriacutedico aumentarmos o conhecimento e informaccedilotildees
sobre o caso
Piffer et al (2010) descreveram um caso cliacutenico de reabilitaccedilatildeo oral de uma
aacuterea de maxila posterior extremamente reabsorvida atraveacutes de levantamento de
seio maxilar utilizando osso xenoacutegeno e posterior uso de implante O caso constava
de uma paciente do sexo feminino que foi submetida a levantamento de seio
maxilar utilizando osso xenoacutegeno liofilizado e concomitante colocaccedilatildeo de dois
implantes nos elementos 15 e 16 Foi relatado que devido agraves limitadas quantidades
oacutesseas para colocaccedilatildeo de implantes dentaacuterios surgiram as teacutecnicas de enxertos
oacutesseos Inicialmente era utilizado osso autoacutegeno da regiatildeo intra-bucal gerando
algumas desvantagens devido a morbidade do siacutetio doador podendo gerar dor
parestesias hematoma Como alternativa surgiu possibilidade de utilizaccedilatildeo de
biomateriais para reconstruccedilotildees maxilares no qual foi utilizado neste caso o Bio-
Oss e obteve um resultado excelente em relaccedilatildeo aacute formaccedilatildeo oacutessea formando
29
extensa regiatildeo de osso denso ao redor dos implantes Assim atraveacutes de uma
revisatildeo sistemaacutetica criacutetica de trabalhos cliacutenicos controlados randomizados
evidenciou que substitutos de ossos autoacutegenos podem ser utilizados obtendo
sucesso Concluindo assim que a colocaccedilatildeo de implantes concomitantes com
enxertias oacutesseas natildeo interferem no processo de reparo oacutesseo e nem na
estabilizaccedilatildeo dos implantes e mostrou-se um tratamento viaacutevel para o presente
caso cliacutenico
Souza et al (2010) realizaram uma revisatildeo da literatura das principais
aplicaccedilotildees e indicaccedilotildees dos enxertos de bancos de ossos na Odontologia Os
enxertos oacutesseos autoacutegenos satildeo eleitos como os de primeira escolha pela sua
eficiecircncia biosseguranccedila e facilidade de obtenccedilatildeo poreacutem apresentam algumas
desvantagens e limitaccedilotildees A utilizaccedilatildeo de homoenxertos provenientes de bancos
de ossos representa uma alternativa aos enxertos oacutesseos autoacutegenos e demonstra
ser uma ferramenta bastante uacutetil para a odontologia com a finalidade de regenerar o
tecido oacutesseo perdido dos maxilares Os autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de
homoenxertos provenientes de bancos de ossos demonstra ser uma ferramenta
bastante uacutetil para a odontologia com a finalidade de regenerar o tecido oacutesseo
perdido dos maxilares Faz-se necessaacuterio que mais bancos de coleta e preparo do
tecido oacutesseo sejam instalados nos hospitais para que esta opccedilatildeo torne-se viaacutevel e
acessiacutevel a um nuacutemero maior de serviccedilos que atuam com reconstruccedilotildees oacutesseas
Aloy-Proacutesper et al (2011) realizaram uma revisatildeo bibliograacutefica sobre
regeneraccedilatildeo oacutessea usando partiacuteculas de enxertos Foram avaliados os resultados
obtidos bem como as complicaccedilotildees de teacutecnicas cirurgircas e as taxas de
sobrevivecircncia e sucesso de implantes colocados nestas aacutereas regeneradas Foram
identificados 64 artigos dos quais 53 foram excluiacutedos em 14 casos de partiacuteculas de
enxerto foi combinado com o bloco de enxerto em quatro casos natildeo ocorreu
defeitos periimplantares durante a colocaccedilatildeo do implante Quanto agrave taxa de sucesso
dos implantes nem todos os estudos bem definidos utilizaram os criteacuterios de
sucesso tornando difiacutecil a comparaccedilatildeo Com base nos criteacuterios de sucesso de
Albrektsson houve uma taxa de sucesso de 932 dois anos apoacutes o carregamento
(857 na maxila superior e 100 na mandiacutebula) Quando os criteacuterios eram do
cortador e Ederer houve uma taxa de sucesso de 857 trecircs anos apoacutes o
carregamento A conclusatildeo dos autores foi de que enxertos de partiacuteculas satildeo
30
eficazes na correccedilatildeo localizada de defeitos do processo alveolar com poucas
complicaccedilotildees e a taxa de sucesso satildeo sempre elevadas variando de 875 a 100
Oliveira Diebold e Silva (2011) analisaram as estruturas da regiatildeo maxilar de
interesse na implantodontia por meio de imagens de tomografia computadorizada
buscando uma avaliaccedilatildeo qualitativa e quantitativa da densidade oacutessea Foram
utilizadas imagens de tomograacutefia computadorizada por raios X obtidas da regiatildeo
maxilar de 31 pacientes avaliados para a colocaccedilatildeo de implantes As regiotildees de
interesse analisadas (seio maxilar fossa nasal tuberosidade maxilar e foramem
naso-alveolar) foram delimitadas de modo semi-automaacutetico com o auxiacutelio da
ferramenta ldquoCell Outlinerrdquo pelo software ImageJ Essas regiotildees foram analisadas nos
cortes axiais cortes sagitais e coronais obtidos pelo TC e com o software A partir
da delimitaccedilatildeo das regiotildees de interesse (ROI) foram determinados os valores
meacutedios e desvio padratildeo do nuacutemero CT em HU (Hounsfield) O nuacutemero CT de uma
imagem tomograacutefica representa o valor de cada pixel que compotildee a imagem esta
relacionada com o coeficiente de atenuaccedilatildeo linear dos tecidos contidos em um voxel
correspondente Estes valores constituem-se em uma informaccedilatildeo importante tanto
para a avaliaccedilatildeo quantitativa das densidades oacutesseas como para a produccedilatildeo de uma
metodologia de realce das estruturas de interesse em implantodontia Com anaacutelise
dos dados obtidos para cada paciente nas estruturas analisadas foi observado que
as regiotildees do seio maxilar e a fossa nasal satildeo semelhantes mas estatisticamente
diferentes Estas satildeo regiotildees pneumaacuteticas que em consequumlecircncia da presenccedila do
ar possuem medidas de nuacutemero CT semelhantes a fossa nasal apresenta uma
estrutura mais irregular e obteve-se uma diferenccedila estatisticamente significativa
entre estas duas regiotildees estudadas O foramem naso-alveolar e a tuberosidade satildeo
regiotildees distintas porque a tuberosidade eacute um osso trabecular de densidades
heterogecircneas que possui a meacutedia do nuacutemero CT maior que a meacutedia do foramen
naso-alveolar que se trata de uma estrutura tubular de densidade homogecircnea para
passagem do feixe vasculo-nervoso Com a comparaccedilatildeo das estruturas analisadas
pelo meacutetodo ANOVA entre pacientes masculinos e femininos evidenciou-se que natildeo
existe diferenccedila estatisticamente significativa entre sexos As conclusotildees obtidas
neste trabalho mostraram que o nuacutemero CT eacute uma medida eficiente para
caracterizar estruturas do corpo humano Os dados obtidos com a anaacutelise das
meacutedias do nuacutemero CT de cada regiatildeo estudada nos permite caracterizar
separadamente cada regiatildeo
31
3 MATERIAS E MEacuteTODOS
O presente trabalho aborda a descriccedilatildeo de quatro casos cliacutenicos que foram
selecionados dos prontuaacuterios de pacientes enxertados submetidos agrave tomografia
computadorizada Cone Beam no periacuteodo preacute-enxerto e apoacutes o procedimento
ciruacutergico das cliacutenicas radiograacuteficas ldquoCliacutenica Odonto Imagem Radiologiardquo situada em
Balneaacuterio Camboriuacute (SC) e ldquoCliacutenica Radioimagemrdquo situada em Itajaiacute (SC)
Foram incluiacutedos no estudo os laudos radiograacuteficos de pacientes que atendem
as seguintes caracteriacutesticas pacientes de ambos os sexos com bom estado de
sauacutede geral idade de quarenta a setenta anos que foram submetidos a enxerto
oacutesseo em regiatildeo de maxila
Primeiramente foi realizada uma coleta de dados junto aos laudos
radiograacuteficos emitidos pelas cliacutenicas citadas Foram selecionados os casos e
posteriormente foi acessado agraves imagens tomograacuteficas dos pacientes
Os exames tomograacuteficos computadorizado de aquisiccedilatildeo volumeacutetrica (cone
beam) foram realizados atraveacutes de cortes parasagitais de espessura de 2mm e
distacircncia de 1 mm entre os cortes
Na segunda etapa foi efetuada a anaacutelise das tomografias observando as
imagens preacute e poacutes-ciruacutergicas simultaneamente nesse momento delimitou-se a aacuterea
do leito receptor e do material enxertado Utilizando o programa Planmeca Romexis
Viewer acessou-se as imagens fornecidas digitalmente analisando primeiramente
as imagens do leito receptor por meio de trecircs traccedilados (em planos perpendiculares)
realizados com o auxiacutelio da ferramenta denominada Linha Hounsfield que nos
fornece a densidade oacutessea do local traccedilado e uma meacutedia do mesmo Foi realizada
uma meacutedia aritmeacutetica simples dos trecircs traccedilados resultando uma meacutedia de
densidade oacutessea que foi enquadrada na escala O mesmo procedimento foi
realizado na aacuterea do material enxertado
Com a posse destes valores meacutedios comparou-se a densidade oacutesseo do leito
receptor com a densidade oacutessea do material enxertado
32
Os dados seratildeo divulgados atraveacutes de painel exposto no bloco de Odontologia
e apresentaccedilatildeo oral Uma coacutepia da pesquisa concluiacuteda seraacute enviada agraves Cliacutenicas
envolvidas na pesquisa
O projeto de pesquisa foi aprovado pela Comissatildeo de Eacutetica em Pesquisa
sobre o nuacutemero 44610
33
4 RESULTADOS
De acordo com a tabela a seguir podemos expressar de forma resumida os
resultados obtidos atraveacutes da pesquisa comparando os mesmos com a escala de
Misch
Paciente (P1) MS sexo feminino com idade de 49 anos apresentando bom
estado de sauacutede geral No dia 28 de outubro de 2009 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes (Figura 1)
34
Figura 1 Vista panoracircmica preacute-enxertia
A densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield
obteve os seguintes resultados Axial (Z) = 7650 Coronal (Y) = 5196 Sagital (X)
= 7818
No dia 29 de janeiro de 2010 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
homoacutegeno O material proveniente do Banco de Tecidos Muacutesculo Esqueleacuteticos HC-
UFPR consistia de um bloco cortical de Fecircmur medindo 30x20mm lote C0917 FD
BC 26 processado no dia 15 de julho de 2009 com validade de 5 anos conservado
a temperatura abaixo de -40ordmC O osso foi particulado e acrescido de lincomicina
No dia 19102010 foram realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da
densitometria oacutessea do material enxertado e obtiveram os seguintes resultados
Axial (Z) = 6590 Coronal (Y) = 4986 Sagital (X) = 2948 (Figura 2)
35
Figura 2 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
Paciente (P2) AWU sexo feminino com idade de 67 anos apresentando
bom estado de sauacutede geral no dia 29 de agosto de 2009 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes A
densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield obteve os
seguintes resultados Axial (Z) = 7104 Coronal (Y) = 7002 Sagital (X) = 10412
(Figura 3)
Figura 3 Vista panoracircmica preacute-enxertia
No dia 06 de novembro de 2009 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
36
homoacutegeno O material proveniente do Banco de Tecidos Muacutesculo Esqueleacuteticos HC-
UFPR consistia de um bloco cortical de Fecircmur medindo 30x20mm lote C0917 FD
BC 39 processado no dia 15 de julho de 2009 com validade de 5 anos conservado
a temperatura abaixo de -40ordmC O osso foi particulado e acrescido de lincomicina
Passado o periacuteodo de 10 meses apoacutes o procedimento ciruacutergico foram
realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da densitometria oacutessea do material
enxertado e obtiveram os seguintes resultados Axial (Z) = 6972 Coronal (Y) =
8138 Sagital (X) = 4984 (Figura 4)
Figura 4 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
Paciente (P3) IS sexo feminino com idade de 42 anos apresentando bom
estado de sauacutede geral no dia 13 de Novembro de 2007 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes A
densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield obteve os
seguintes resultados Axial (Z) = 4917 Coronal (Y) = 3481 Sagital (X) = 4207
(Figura 5)
37
Figura 5 Vista panoracircmica preacute-enxertia
No dia 26 de Novembro de 2007 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
autoacutegeno tendo como aacuterea doadora a regiatildeo de ramo mandibular
Passado o periacuteodo de 09 (nove) meses apoacutes o procedimento ciruacutergico foram
realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da densitometria oacutessea do material
enxertado e obtiveram os seguintes resultados Axial (Z) = 7176 Coronal (Y) =
5443 Sagital (X) = 5638 (Figura 6)
Figura 6 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
38
Paciente (P4) ATL sexo feminino com idade de 45 anos apresentando
bom estado de sauacutede geral no dia 18 de Agosto de 2009 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes A
densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield obteve os
seguintes resultados Axial (Z) = 6028 Coronal (Y) = 6681 Sagital (X) = 6397
(Figura 7)
Figura 7 Vista panoracircmica preacute-enxertia
No dia 09 de Outubro de 2009 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
autoacutegeno tendo como aacuterea doadora a regiatildeo de ramo mandibular
Passado o periacuteodo de 4 (quatro) meses apoacutes o procedimento ciruacutergico foram
realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da densitometria oacutessea do material
enxertado e obtiveram os seguintes resultados Axial (Z) = 8549 Coronal (Y) =
9340 Sagital (X) = 8624 (Figura 8)
39
Figura 8 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
40
5 DISCUSSAtildeO
Em Odontologia a tomografia computadorizada tem demonstrado ser o
meacutetodo de eleiccedilatildeo para a determinaccedilatildeo da densidade oacutessea na regiatildeo dos
maxilares pois fornece dados objetivos precisos da variaccedilatildeo da densidade oacutessea
entre diferentes regiotildees em um mesmo indiviacuteduo A tomografia computadorizada eacute o
uacutenico meacutetodo que permite avaliar osso cortical e medular separadamente com a
vantagem de que as informaccedilotildees tridimensionais satildeo apresentadas em uma seacuterie de
cortes finos da estrutura interna da parte estudada onde as informaccedilotildees resultantes
natildeo sofrem superposiccedilatildeo por estruturas anatocircmicas (SANTIAGO e VITRAL 2006)
Logo a tomografia computadorizada eacute um meacutetodo de escolha na avaliaccedilatildeo
qualitativa e quantitativa de enxertos em seio maxilar (ZEacuteTOLA et al 2002)
Bassi et al (2009) citaram que para o sucesso da reabilitaccedilatildeo com implantes
dentaacuterios eacute imprescindiacutevel que seja levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
rebordo residual e tambeacutem a qualidade de osso para a estabilidade do implante
Aleacutem disso o osso disponiacutevel (volume) deve ser avaliado em sua densidade
o que determinaraacute sua resistecircncia Densidade eacute a relaccedilatildeo entre a massa e o volume
de um corpo e o meacutetodo de avaliaccedilatildeo da densidade mineral oacutessea eacute denominado
densitometria As unidades de medidas mais empregadas satildeo gcmsup2 (densidade por
aacuterea) gcmsup3 (densidade por volume) ou HU (unidade Hounsfield) (CAUacuteLA
MACHADO BARBOSA 2000)
A densidade oacutessea eacute diretamente relacionada agrave resistecircncia do tecido oacutesseo
antes da fratura Uma diferenccedila de dez vezes na resistecircncia do tecido oacutesseo pode
ser observada entre o osso D1 e D4 O osso D2 exibe uma resistecircncia agrave
compressatildeo 47 a 68 maior se comparado com o D3 (MISCH 2000)
O osso com densidade 2 (D2) eacute uma combinaccedilatildeo de osso compacto denso
para poroso na porccedilatildeo externa e osso trabecular grosso na porccedilatildeo interna Na
superfiacutecie e nas proporccedilotildees laterais do implante oferece uma interface inicial riacutegida
A densidade oacutessea D2 eacute mais comumente encontrada na mandiacutebula A regiatildeo
anterior da mandiacutebula apresenta este tipo oacutesseo em 23 dos casos O osso com
densidade 3 (D3) eacute composto de uma cortical oacutessea fina na crista e osso trabecular
fino no interior Uma das desvantagens desse tipo oacutesseo eacute a delicadeza com a qual
esse osso deve ser manipulado Quanto menor for a densidade mais facilmente o
41
osso eacute expandido para que implantes sejam inseridos A regiatildeo anterior da maxila
apresenta em 65 dos casos o osso D3 e em quase metade dos casos o osso
D3 eacute encontrado tambeacutem na regiatildeo posterior da maxila O osso menos denso D4
tem sido relatado em aproximadamente 40 dos casos eacute encontrado na parte
posterior da maxila especialmente na regiatildeo dos molares ou apoacutes levantamento do
seio maxilar (CAUacuteLA MACHADO BARBOSA 2000 BUSCATTI 2003)
Em 1988 Misch realizou uma pesquisa tendo como base de estudos a escala
apresentada por Hounsfield que tem como objetivo a diferenciaccedilatildeo de densidades
de oacutergatildeos do corpo pela diferenccedila de tons de cinza atraveacutes da tomografia A partir
desta Misch propocircs uma nova escala o qual associou nuacutemeros aos tipos oacutesseos
relacionando numericamente os valores aos tipos oacutesseos
No periacuteodo preacute-enxertia foi verificado que em todos os casos estudados a
densidade presente na regiatildeo de leito receptor caracteriza osso tipo D3 Sendo esta
densidade compatiacutevel com a regiatildeo anterior e posterior da maxila
Apoacutes 10 meses dos enxertos homoacutegenos serem realizados (P1 e P2)
observou-se que a densidade em unidades HU diminuiu na maioria dos eixos
avaliados somente no eixo coronal da P2 que apresentou um leve aumento Apesar
desta variaccedilatildeo de valores natildeo houve mudanccedila da qualidade oacutessea Tanto o osso
neoformado quanto o do leito receptor mantiveram-se qualidade de osso D3
Nos casos onde o material de escolha foi osso autoacutegeno observou-se atraveacutes
da densidade em unidades HU aumento dos valores em todos os eixos avaliados
Entre os dois casos (P3 e P4) houve uma pequena diferenccedila entre os valores que
atraveacutes da escala proposta por Misch resultou na diferenccedila que no caso P3 o
material enxertado natildeo apresentou alteraccedilatildeo na qualidade em relaccedilatildeo agrave aacuterea
receptora Jaacute no caso P4 o material enxertado caracteriza-se como qualidade oacutessea
D2 Suponha-se que esta diferenccedila entre a densidade do material enxertado nestes
dois casos seja devido ao grau de condensaccedilatildeo do material na regiatildeo tamanho das
partiacuteculas e quantidade de material enxertado Os dados obtidos natildeo correspondem
a uma populaccedilatildeo em geral devido a pequena quantidade de amostras e se tratando
de um relato de caso cliacutenico
Pinto et al (2007) comenta que os enxertos autoacutegenos satildeo os uacutenicos entre os
tipos de enxerto oacutesseo a fornecer ceacutelulas oacutesseas vivas imunocompatiacuteveis
essenciais agrave fase I da osteogecircnese que eacute responsaacutevel pela proliferaccedilatildeo das ceacutelulas
oacutesseas em especial do osteoacuteide assim quanto mais ceacutelulas vivas forem
42
transplantadas mais tecido oacutesseo seraacute formado Kuabara et al (2000) concluiacuteram
que a pequena morbidade poacutes-operatoria da regiatildeo doadora do enxerto elege a
regiatildeo retromolar inferior como uma excelente opccedilatildeo ciruacutergica para reabilitaccedilatildeo de
pequenos defeitos oacutesseos Jaacute Cyriaco e Azevedo (2006) relatam que quando se
trata de enxertos menores as melhores aacutereas doadoras para regiatildeo oral seriam o
mento e a regiatildeo retromolar e para maiores quantidades a crista iliacuteaca a calota
craniana a costela e a tiacutebia
Pereira et al (2009) enxerto com osso autoacutegeno eacute considerado padratildeo ouro
para reconstruccedilatildeo de defeitos oacutesseos residuais Algumas teacutecnicas ciruacutergicas podem
ser realizadas abrangendo aacutereas doadoras extra e intrabucais dependendo do grau
de perda oacutessea planejamento ciruacutergico-proteacutetico e das condiccedilotildees gerais do
paciente O osso autoacutegeno cortical oferece excelente suporte estrutural para o siacutetio
receptor sendo uma excelente alternativa para segmentos de defeitos maiores que
5 ou 6 cm que requerem suporte estrutural imediato restabelecendo devidamente a
funccedilatildeo
Gonccedilalves (2008) concluiu que implantes instalados em enxertos de seio maxilar
com a ajuda de substitutos oacutesseos apresentam uma taxa de sucesso cliacutenico de
9009
O osso mais indicado para enxertia eacute o autoacutegeno pela sua eficiecircncia
bioseguranccedila e facilidade de obtenccedilatildeo e uma alternativa para sua substituiccedilatildeo eacute o
homoacutegeno por ter caracteriacutesticas a longo prazo semelhantes embora o iacutendice de
reabsorccedilatildeo ser maior (DEL VALE et al 2006 SOUZA et al 2010 GONCcedilALVEZ et
al 2009) O enxerto de osso homoacutelogo eacute uma alternativa viaacutevel para reconstruccedilatildeo
de rebordos alveolares severamente atroacuteficos ao mesmo tempo em que reduz a
morbidade e os riscos inerentes aos procedimentos de enxertos autoacutegenos como
dor parestesia e hematomas (MOLON et al 2009 PIFFER et al2010) Ele mostra-
se efetivo conforme Contar et al (2009) que realizou 51 implantes sobre enxerto
homoacutegeno alcanccedilando o torque miacutenimo de 40N(newton) em todos eles natildeo
havendo problema em nenhum implante em um periacuteodo de acompanhamento de 24
a 35 meses
Ajzen et al (2005) comenta do uso de fatores indutores como plasma rico em
plaquetas sugerindo uma melhor qualidade e quantidade oacutessea necessaacuteria para
reconstruccedilatildeo proteacutetica atraveacutes de implantes oacutesseo integrados A associaccedilatildeo do
bloco de osso homoacutegeno agrave medula oacutessea autoacuteloga parece representar uma
43
alternativa terapecircutica para se minimizar os niacuteveis de reabsorccedilatildeo dos materiais de
enxertia (COSTA et al 2009)
Faz-se necessaacuterio a coleta de mais casos para se obter um tratamento
estatiacutestico que possibilite uma comprovaccedilatildeo da previsibilidade da densidade oacutessea
com os materiais enxertados e variaccedilotildees de teacutecnicas ciruacutergicas
44
6 CONCLUSAtildeO
Conclui-se que o enxerto oacutesseo autoacutegeno e procedente de banco de ossos
demonstra-se eficaz na reabilitaccedilatildeo de pacientes que apresentam maxilas atroacuteficas
e que necessitam de implantes dentaacuterios para a reabilitaccedilatildeo proteacutetica
A densidade obtida do material enxertado eacute semelhante a densidade do
tecido oacutesseo adjacente necessitando de mais casos para esta comprovaccedilatildeo
45
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AJZEN S A et al Anaacutelise por tomografia computadorizada do enxerto autoacutegeno na cirurgia de sinus lift Radiol bras Rio de Janeiro v 38 n 1 p 25-31 janfev 2005 ALOY-PROacuteSPER A et al Bone regeneration using particulate grafts an update Med oral patol oral cir bucal Valencia v16 n2 p210-214 Mar 2011 ARAUacuteJO JMS de et al Enxerto oacutesseo bovino como alternativa para cirurgias de levantamento de assoalho de seio maxilar Rev cir traumatol buco-maxilo-fac Recife v9 n 3 p 89-96 julset 2009
BASSI A P F CARNEIRO G P Avaliaccedilatildeo do iacutendice de sucesso dos enxertos autoacutegenos e dos implantes instalados em regiatildeo do seio maxilar Implant News Satildeo Paulo v7 n2 p257-260 dez 2009
BLAY A TUNCHEL S SENDYK W R Viabilidade dos enxertos autoacutegenos obtidos com a utilizaccedilatildeo de coletores para osso estudo histoloacutegico e microbioloacutegico Pesqui Odontol Bras Satildeo Paulo v 17 n 3 p 234-40 julset 2003 BUSCATTI M Y Contribuiccedilatildeo para o estudo das densidades oacutesseas maxilomandibulares por meio da escala tomodensitomeacutetrica de Hounsfield quando da aplicaccedilatildeo de programa computadorizado para planejamento de implantes osseointegrados 2003 122f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Radiologia) - Faculdade de Odontologia da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2003 CAUacuteLA A L MACHADO F O de BARBOZA E P Densidade Oacutessea no planejamento em Implantodontia BCI Curitiba v 7 n 25 2000
CHEM RC et al Uso de retalho livre de fiacutebula no complexo bucomaxila-facial ndash Relato de dois casos Rev Cir Traumatol Buco-maxilo-fac Camaragibe v5 n4 p 23-30 outdez 2005 CONTAR C M M et al Maxillary ridge augmentation with fresh-frozen bone allografts J Oral Maxillofac Surg Copenhagen v67 n6 p1280-1285 June 2009 COSMO L A M et al Enxerto oacutesseo em levantamento de seio maxilar com osso humano fresco congelado ImplantNews Satildeo Paulo v 4 n 3 p 249-253 2007 COSTA C E S da et al Utilizaccedilatildeo de medula oacutessea autoacuteloga na integraccedilatildeo de enxertos oacutesseos homoacutelogos ImplantNews Satildeo Paulo v 6 n 4 p 395-402 2009
CYRIACO E AZEVEDO D Enxertos oacutesseos aplicados na cirurgia buccedilo-maxilo facial Cispre [on line] Petroacutepolis 27 jul 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcisprecombracervo_detalhesaspId=60gt Acesso em 20 abr 2011
DEL VALLE R A CARVALHO M L de GONZALEZ M R Estudo do comportamento de enxerto oacutesseo com material doador obtido dos bancos de tecidos muacutesculos-esqueleacuteticos Rev odontol Univ Cid Satildeo Paulo Satildeo Paulo v 18 n 2 p 189-194 maioago 2006
46
GARCIA JUacuteNIOR I R et al Avaliaccedilatildeo cliacutenica de enxertos oacutesseos autoacutegenos de crista iliacuteaca em maxilas atroacuteficas para instalaccedilatildeo de implantes oacutesseointegraacuteveis Innov implant j biomater esthet (Impr) Satildeo Paulo v 1 n 1 p 34-40 maio 2006 GONCcedilALVES A R de Q Avaliaccedilatildeo do sucesso de implantes osseointegraacuteveis em enxerto de seio maxilar RGO (Porto Alegre) Porto Alegre v 56 n 4 p 423-427 outdez 2008 GONCcedilALVES A O et al Avaliaccedilatildeo histomorfoloacutegica de maxilares humanos submetidos a enxerto oacutesseo autoacutegeno e homoacutegeno Implant News Satildeo Paulo v7 n2 p213-222 nov 2009
JAHN R S et al Retalho em dupla paacutegina Innov implant j biomater esthet Satildeo Paulo v 4 n 3 p 20-24 setdez 2009
KUABARA M R et al Levantamento de seio maxilar utilizando enxerto autoacutegeno da regiatildeo retromolar e simultacircnea colocaccedilatildeo de implantes ossointegrados Relato de caso cliacutenico ROBRAC Goiacircnia v 9 n 28 p 14-17 2000
MAZZONETTO R et al Avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de enxertos de siacutenfise mandibular na reconstruccedilatildeo de defeitos oacutesseos em regiatildeo anterior de maxila estudo por meio de tomografia convencional linear Rev bras implant Satildeo Paulo v 6 n 1 p 19-22 janmar 2000
MISCH C E et al Doaccedilatildeo de enxertos oacutesseos autoacutegenos extra orais para implantes endo oacutesseo In Implantes Dentaacuterios Contemporacircneos 2ordm ed Satildeo Paulo Santos 2000 cap 33 p 521-535 MOLON R S de et al Reconstruccedilatildeo de maxila atroacutefica utilizando enxerto oacutesseo homoacutegeno Rev Cir Traumatol Buco-Maxilo-fac Camaragibe v 9 n 4 p 25-30 outdez 2009 OLIVEIRA FILHO M A de et alReconstruccedilatildeo de defeito de continuidade em mandiacutebula com posterior reconstruccedilatildeo alveolar RGO (Porto Alegre) Porto Alegre v 55 n 3 p 305-310 julset 2007 OLIVEIRA H W de DIEBOLD E SILVA A M M da Avaliaccedilatildeo da regiatildeo maxilar em imagens de tc por raios x para o uso em implantodontia e cirurgia bucomaxilofaciaL Disponiacutevel em lthttpwwwpucrsbrunipoafisicapesquisasnimedartigosArtigo20Canal20CientEDficopdfgt Acesso em 20 de Junho de 2011 PEREIRA C C S et al Enxertos oacutesseos autoacutegenos mandibulares para reconstruccedilatildeo de processos alveolares atroacutefi cos revisatildeo e teacutecnica ciruacutergica Innov Implant J Biomater Esthet Satildeo Paulo v 4 n 3 p 96-102 setdez 2009 PICCINELLI L B et al Estudo retrospectivo de 59 pacientes tratados com enxertos oacutesseos autoacutegenos intrabucais e implantes dentais Innov Implant J Biomater Esthet Satildeo Paulo v 4 n 3 p 30-34 setdez 2009 PIFFER C S et al Levantamento de seio maxilar utilizando Bio-Oss concomitante com a instalaccedilatildeo de implantes ImplantNews Satildeo Paulo v 7 n 4 p 489-495 2010
47
PINTO J G S et al Enxerto autoacutegeno x biomateriais no tratamento de fraturas e deformidades faciais ndash uma revisatildeo de conceitos atuais RFO UPF Passo Fundo v 12 n 3 p 79-84 setdez 2007 RIBEIRO JUacuteNIOR O et al Princiacutepios da reconstruccedilatildeo mandibular com enxerto oacutesseo vascularizado Rev cir traumatol buco-maxilo-fac Recife v 8 n 1 p 15 ndash 22 janmar 2008 RODRIGUES A F VITRAL R W F Aplicaccedilotildees da Tomografia Computadorizada na Odontologia Pesq Bras Odontoped Clin Integr Joatildeo Pessoa v 7 n 3 p 317-324 setdez 2007 SANTIAGO R C VITRAL R W F Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da densidade mineral oacutessea e seu emprego na odontologia Pesq Bras Odontoped Clin Integr Joatildeo Pessoa v6 n3 p 289-294 setdez 2006 SILVEIRA A C G WASSALL T Anaacutelise da aacuterea doadora de enxerto mandibular por meio de tomografia computadorizada do feixe cocircnico para avaliaccedilatildeo da remodelaccedilatildeo oacutessea RGO (Porto Alegre) Porto Alegre v 57 n 1 p 61-65 janmar 2009 SOUSA J N L de et al Avaliaccedilatildeo dos enxertos homoacutegenos como substitutos aos enxertos autoacutegenos na fixaccedilatildeo de implantes osteointegrados uma revisatildeo sistemaacutetica da literatura Innov Implant J Satildeo Paulo v 4 n 3 p 54-57 setdez 2009 SOUZA D O et al Aplicaccedilotildees de enxertos de bancos de ossos em odontologia R Ci meacuted biol Salvador v 9 n 1 p 45-48 2010 SPIN-NETO R et al Tecido oacutesseo homoacutelogo para utilizaccedilatildeo em Odontologia Implant News Satildeo Paulo v7 n4 p555-560 dez 2009 TANAKA R et al Incorporaccedilatildeo dos enxertos oacutesseos em bloco processos bioloacutegicos e consideraccedilotildees relevantes Conscientia e sauacutede Satildeo Paulo v 7 n 3 p 323-327 2008 ZEacuteTOLA A L et al Reconstruccedilatildeo do seio maxilar atroacutefico com enxerto autoacutelogo de crista iliacuteaca avaliaccedilatildeo por tomografia computadorizada e radiografia panoracircmica Rev col bras cir Rio de Janeiro v 29 n 1 p 13-18 janfev 2002
15
apresentava ausecircncia dos elementos 11 e 12 com migraccedilatildeo mesial dos elementos
13 e 21 Atraveacutes do exame cliacutenico foi verificado falta de espessura do rebordo
alveolar na regiatildeo resultado da perda da taacutebua oacutessea vestibular por ocasiatildeo da
exodontia Foram realizados exames radiograacuteficos de regiatildeo panoracircmica periapical
Foi constatado pouca espessura palato-vestibular do rebordo oacutesseo na regiatildeo dos
dentes 11 e 12 contra-indicando a colocaccedilatildeo de implante dentaacuterio por risco de
fenestraccedilatildeo vestibular Com isto o tratamento indicado foi enxertia oacutessea utilizando
osso homoacutegeno bicortical com medular interna retirado da crista do osso iliacuteaco
medindo 27x17x9 milimetros e recebido os antibioacuteticos Vancomicina e Polimixina B
Foi feito o deslocamento muco-periostal do retalho esculpido o bloco oacutesseo e
adaptado ao leito receptor Para realizar a fixaccedilatildeo foi feito perfuraccedilotildees oacutesseas no
leito receptor com brocas esfeacutericas laminadas e imobilizados com 2 parafusos de
15mm de diacircmetros e 11mm de comprimento promovendo um enxerto do tipo
onlay Todo enxerto foi recoberto com osso particulado do mesmo bloco
amalgamado ao plasma rico em plaquetas e suturado Apoacutes passar 3 meses da
cirurgia houve exposiccedilatildeo do parafuso de osteossiacutentese de posiccedilatildeo mais cervical e
na sua remoccedilatildeo constatamos a formaccedilatildeo de tecido fibroso entre o fragmento
enxertado e o leito receptor somente nessa regiatildeo tendo sido removido Apoacutes 5
meses da enxertia foi colocado implantes e recoberto com membrana oacutessea
reabsorviacutevel por ter havido fenestraccedilatildeo oacutessea cervical Os autores apoacutes relatar o
caso concluiacuteram que o osso mais indicado para enxertia eacute o autoacutegeno e uma
alternativa para sua substituiccedilatildeo eacute o homoacutegeno por ter caracteriacutesticas a longo prazo
semelhantes embora o iacutendice de reabsorccedilatildeo eacute maior entretanto relataram que eacute
necessaacuterios maiores estudos principalmente de aacutereas doadoras utilizadas para
enxertias
Garcia Juacutenior et al (2006) avaliaram clinicamente os enxertos oacutesseos
retirados da crista do osso iliacuteaco para reconstruccedilatildeo total de maxilas atroacuteficas e
posterior instalaccedilatildeo de implantes oacutesseointegraacuteveis Foram selecionados doze
pacientes no qual foram submetidos agrave cirurgia de enxerto oacutesseo na maxila
utilizando-se fragmentos oacutesseos removidos da porccedilatildeo anterior da crista iliacuteaca A
meacutedia de idade dos pacientes era de 495 anos sendo 3 do sexo masculino e 12
eram do sexo feminino O tempo de espera para a cirurgia de instalaccedilatildeo de
implantes variou de 5 a 6 meses apoacutes enxerto oacutesseo Na reabertura do enxerto para
instalaccedilatildeo dos implantes oacutesseointegrados foram realizadas as avaliaccedilotildees cliacutenicas
16
dos enxertos oacutesseos Os resultados mostraram que em todos os casos houve ganho
oacutesseo no rebordo alveolar e tambeacutem uma melhora no perfil facial e o contorno labial
dos pacientes Os autores concluiacuteram que o enxerto oacutesseo retirado do osso iliacuteaco eacute
uma alternativa viaacutevel para reconstruccedilotildees de maxilas atroacuteficas tambeacutem que houve
melhora cliacutenica significativa quanto ao volume oacutesseo em altura e largura do rebordo
alveolar e que em todos os casos foram possiacuteveis a instalaccedilatildeo de implantes
oacutesseointegraacuteveis
Santiago e Vitral (2006) analisaram os meacutetodos de avaliaccedilatildeo da densidade
mineral oacutessea (DMO) e seu emprego na odontologia com o objetivo de descrever os
diferentes meacutetodos empregados bem como avaliar a relevacircncia em se determinar a
densidade oacutessea no planejamento e sucesso de tratamentos odontoloacutegicos
especiacuteficos Foi feita uma revisatildeo de literatura onde abordaram as teacutecnicas de
densitometria oacutessea e como eacute feita a avaliaccedilatildeo da densidade oacutessea em odontologia
Diversos satildeo os meacutetodos para se avaliar a densidade mineral oacutessea tanto na aacuterea
meacutedica quanto em Odontologia A questatildeo sobre qual a melhor teacutecnica e a melhor
regiatildeo para se avaliar a DMO de cada individuo parece ainda natildeo ter resposta
Entretanto o que se sabe eacute que dentre as diferentes teacutecnicas disponiacuteveis diferentes
vantagens e desvantagens satildeo apresentadas Em Odontologia a tomografia
computadorizada tem demonstrado ser o meacutetodo de eleiccedilatildeo para a determinaccedilatildeo da
densidade oacutessea na regiatildeo dos maxilares pois fornece dados objetivos precisos da
variaccedilatildeo da densidade oacutessea entre diferentes regiotildees em um mesmo indiviacuteduo
permitindo dessa forma correlacionar positivamente os valores encontrados com a
qualidade oacutessea descrita subjetivamente Aleacutem disso a tomografia computadorizada
eacute o uacutenico meacutetodo que permite avaliar osso cortical e medular separadamente
Cosmo et al (2007) relataram um caso cliacutenico com avaliaccedilatildeo radiograacutefica e
histoloacutegica da utilizaccedilatildeo de osso humano fresco congelado em procedimento de
elevaccedilatildeo do assoalho do seio maxilar A paciente CAR 47 anos compareceu agrave
Cliacutenica Odontoloacutegica da Faculdade de Odontologia da Universidade de Santo Amaro
- Unisa para avaliaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo da arcada superior posterior esquerda com a
utilizaccedilatildeo de implantes endoacutesseos Os exames de imagem demonstraram haver
rebordo residual com menos de 6 mm de altura remanescente tendo sido indicada agrave
paciente a reabilitaccedilatildeo oacutessea bilateral atraveacutes da teacutecnica de levantamento do
assoalho do seio maxilar com enxerto de osso aloacutegeno fresco congelado
proveniente de banco de tecidos musculoesqueleacuteticos Apoacutes seis meses da cirurgia
17
foi realizada abertura para instalaccedilatildeo dos implantes tendo sido colhido fragmento
oacutesseo que foi enviado para anaacutelise histoloacutegica Frente ao apresentado conclui-se
que o material de enxertia proveniente de banco de ossos humanos (enxerto
aloacutegeno fresco congelado) proporciona em cirurgias de levantamento de seio
maxilar um adequado volume oacutesseo para futura instalaccedilatildeo de implantes A anaacutelise
histoloacutegica do enxerto incorporado evidencia a vitalidade do mesmo Material deve
ser adquirido em banco de tecidos regularizados pelo Ministeacuterio da Sauacutede A
possibilidade de transmissatildeo de doenccedilas pela utilizaccedilatildeo do material eacute de baixa
magnitude
Oliveira Filho et al (2007) apresentaram um caso cliacutenico de trauma facial com
perda oacutessea na regiatildeo anterior da mandiacutebula que foi tratado com teacutecnicas de
reconstruccedilatildeo em duas fases primeiramente a parte basilar da mandiacutebula
posteriormente a parte alveolar permitindo a reabilitaccedilatildeo atraveacutes de implantes
osseointegrados O paciente deu entrada no pronto socorro do Hospital Universitaacuterio
Evangeacutelico de Curitiba viacutetima de trauma localizado nas regiotildees submandibular e
cervical alta Em um primeiro momento foi realizado o tratamento ciruacutergico para
fixaccedilatildeo intermaxilar riacutegida trans-operatoacuteria e estabilizaccedilatildeo da mandiacutebula com uma
placa de reconstruccedilatildeo em titacircnio Apoacutes trecircs meses do procedimento foi realizada a
reconstruccedilatildeo mandibular utilizando enxerto em bloco tomado da crista do osso
iliacuteaco Este tempo ciruacutergico teve a preocupaccedilatildeo de reconstruir apenas a parte basilar
da mandiacutebula devido a falta de tecidos moles na regiatildeo traumatizada Em um
segundo momento foi realizada enxertia com bloco tomado da crista do osso iliacuteaco
para reconstruccedilatildeo alveolar da mandibular Seis meses apoacutes o procedimento de
reconstruccedilatildeo alveolar cliacutenica e radiograficamente houve uma boa integraccedilatildeo do
enxerto sem a ocorrecircncia de reabsorccedilatildeo oacutessea significativa Foi criado um rebordo
alveolar adequado permitindo a instalaccedilatildeo de trecircs implantes na regiatildeo enxertada
Os autores concluiacuteram que o enxerto de oacutesseo autoacutegeno pode ser uma alternativa
vaacutelida na aplicaccedilatildeo como meio de reconstruccedilatildeo de defeitos oacutesseos que comprometa
a porccedilatildeo alveolar e basal da mandiacutebula mas uma anaacutelise mais detalhada eacute
necessaacuteria para que possa definir de forma mais abrangente os possiacuteveis riscos e
complicaccedilotildees da teacutecnica utilizada
Pinto et al (2007) confrontaram a utilizaccedilatildeo do enxerto autoacutegeno para
reconstruccedilatildeo das sequumlelas de fraturas faciais comparando-o com outros
18
biomateriais atualmente disponiacuteveis discutindo as melhores indicaccedilotildees e os toacutepicos
mais atuais relativos a esses materiais As propriedades de um material ideal para
enxerto oacutesseo satildeo ser quimicamente inerte biocompatiacutevel natildeo aleacutergico natildeo
canceriacutegeno ser totalmente reabsorviacutevel e substituiacutevel por novo tecido oacutesseo entre
outros O osso autoacutegeno eacute considerado ideal para realizaccedilatildeo de enxertos oacutesseos
Estudos tecircm comprovado a eficaacutecia deste tipo de material especialmente do enxerto
oacutesseo autoacutegeno cortical obtido da crista do osso iliacuteaco que tem sido considerado o
melhor de
ntre os materiais de reconstruccedilatildeo Satildeo os uacutenicos entre os tipos de enxerto
oacutesseo a fornecer ceacutelulas oacutesseas vivas imunocompatiacuteveis Os enxertos alogecircnicos
satildeo aqueles obtidos de outro indiviacuteduo da mesma espeacutecie O enxerto alogecircnico mais
comumente utilizado eacute o liofilizado cuja vantagem eacute natildeo haver a necessidade de se
realizar uma segunda cirurgia num outro siacutetio Os oacutesseos xenoacutegenos satildeo aqueles
retirados de uma espeacutecie e transplantados para outra Exigem um tratamento mais
vigoroso do enxerto e natildeo fornecem ceacutelulas viaacuteveis para a formaccedilatildeo da fase I da
osteogecircnese Aleacutem dos enxertos oacutesseos existem ainda os materiais chamados
aloplaacutesticos como alternativa tendo como benefiacutecios a diminuiccedilatildeo do tempo
ciruacutergico aleacutem de muacuteltiplos tamanhos e formatos disponiacuteveis Entre os biomateriais
os mais utilizados satildeo o vidro bioativo o titacircnio que apresenta excelente
biocompatibilidade e boa osseointegraccedilatildeo ao organismo quando justaposto ao osso
A hidroxiapatita que por ser considerada um componente quiacutemico natural do corpo
humano natildeo satildeo observadas respostas inflamatoacuteria ou toacutexica nos tecidos
circunvizinhos Atraveacutes da pesquisa foi possiacutevel concluir que o osso autoacutegeno ainda
eacute considerado um material ideal para enxerto entretanto novos biomateriais tecircm
surgido apresentando vantagens promissoras para utilizaccedilatildeo na praacutetica diaacuteria
Rodrigues e Vitral (2007) descreveram as principais teacutecnicas tomograacuteficas existentes
e suas aplicaccedilotildees na Odontologia atraveacutes de uma revisatildeo da literatura sobre os
avanccedilos das principais teacutecnicas tomograacuteficas que resultaram em maior acuraacutecia no
diagnoacutestico menor tempo de exame e menor quantidade de radiaccedilatildeo A tomografia
computadorizada eacute considerada o meacutetodo de escolha para a imagem das estruturas
oacutesseas Ela eacute um meacutetodo radioloacutegico que permite obter a reproduccedilatildeo de uma secccedilatildeo
do corpo humano com finalidade diagnoacutestica Apresenta trecircs vantagens gerais
importantes sobre a radiografia convencional a primeira eacute que as informaccedilotildees
19
tridimensionais satildeo apresentadas na forma de uma seacuterie de cortes finos da estrutura
interna da parte estudada A segunda eacute que o sistema eacute mais sensiacutevel na
diferenciaccedilatildeo de tipos de tecido quando comparado com a radiografia convencional
de modo que diferenccedilas entre tipos de tecidos podem ser mais claramente
delineadas e estudadas A terceira eacute a habilidade para manipular e ajustar a imagem
apoacutes ter sido completada a varredura como ocorre de fato com toda a tecnologia
digital Com o advento da tomografia computadorizada helicoidal foi alcanccedilada
grande melhora nas reconstruccedilotildees tridimensionais e diminuiccedilatildeo na dose de
exposiccedilatildeo do paciente agrave radiaccedilatildeo A mesma proveacutem vantagens sobre a natildeo
helicoidal como menor tempo de avaliaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de reconstruccedilatildeo multiplanar
Ela propicia imagens com alta resoluccedilatildeo espacial e a mesma dose de radiaccedilatildeo da
tomografia computadorizada convencional A tomografia computadorizada pode ser
usada para identificar e delinear processos patoloacutegicos visualizar dentes retidos
avaliar os seios paranasais diagnosticar trauma mostrar os componentes oacutesseos
da articulaccedilatildeo temporomandibular e os leitos para implantes dentaacuterios Permite a
reformataccedilatildeo axial obliacutequa da imagem no sentido perpendicular da curvatura do
arco mostrando nitidamente o niacutevel oacutesseo no lado vestibular e lingual E tambeacutem
permite uma avaliaccedilatildeo intra-oacutessea dos locais para colocaccedilatildeo dos implantes Os
autores concluiacuteram que a Tomografia Computadorizada eacute o exame de eleiccedilatildeo no
diagnoacutestico de muitas condiccedilotildees que envolvem o complexo maxilo-mandibular O
valor cliacutenico das teacutecnicas de tomografia computadorizada depende da condiccedilatildeo que
se estaacute sendo diagnosticada atraveacutes das imagens do modelo e da idade do
equipamento usado do protocolo do exame da experiecircncia e capacidade dos
operadores do equipamento e do radiologista
Gonccedilalves (2008) analisaram implantes instalados em enxertos de seio
maxilar com biomaterial de origem bovina e plasma rico em plaquetas observando
histologicamente a neoformaccedilatildeo oacutessea e o iacutendice de sucesso cliacutenico e histoloacutegico
apresentado Este estudo envolveu 30 pacientes que necessitavam de enxerto em
regiatildeo de soalho de seio maxilar para inserccedilatildeo de implantes Um total de 101
implantes foi instalado em 36 enxertos de seio maxilar com intervalo meacutedio de
tempo do enxerto de 75 meses dos quais nove amostras oacutesseas foram colhidas de
forma aleatoacuteria e consentidas para a anaacutelise histoloacutegica Na colocaccedilatildeo dos
implantes foi utilizado um guia ciruacutergico para um correto posicionamento dos
implantes Foi feita a remoccedilatildeo do fragmento oacutesseo e enviado para a anaacutelise com
20
isto foi capturado ao todo 26 imagens histopatoloacutegicas Histologicamente os
fragmentos colhidos estavam constituiacutedos predominantemente por tecido oacutesseo
com iacutendice de sucesso de 8888 Quando comparados o remanescente oacutesseo do
seio maxilar antes e depois do enxerto houve crescimento em altura e a maioria
apresentou densidade oacutessea D3 Dez dos 101 implantes foram perdidos e 91
estavam osseointegrados no seio maxilar enxertado Os autores concluiacuteram que
implantes instalados em enxertos de seio maxilar com a ajuda de substitutos oacutesseos
apresentam uma taxa de sucesso cliacutenico de 9009
Ribeiro Juacutenior et al (2008) revisaram a literatura referente aos enxertos
oacutesseos vascularizados com o objetivo de avaliar os princiacutepios bioloacutegicos e ciruacutergicos
que fundamentam sua aplicaccedilatildeo na reconstruccedilatildeo mandibular Os retalhos
microciruacutergicos que contecircm enxertos oacutesseos satildeo classificados como
osteomusculares ou osteomiocutacircneos dependendo da natureza dos tecidos moles
que o compotildeem permitindo restauraccedilotildees de grandes defeitos oacutesseos A
revascularizaccedilatildeo microciruacutergica manteacutem a irrigaccedilatildeo e a drenagem do tecido oacutesseo
enxertado em todo o periacuteodo de integraccedilatildeo permitindo a manutenccedilatildeo de suas
funccedilotildees celulares metaboacutelicas e fiacutesicas Dessa forma a reparaccedilatildeo entre o enxerto e
o remanescente mandibular ocorre de forma semelhante agrave cicatrizaccedilatildeo de uma
fratura eliminando a longa fase de substituiccedilatildeo observada nos enxertos
convencionais Como o sucesso da reconstruccedilatildeo microciruacutergica eacute diretamente
dependente da qualidade vascular estudos angiograacuteficos preacute-operatoacuterios das aacutereas
receptora e doadora satildeo essenciais Alguns cuidados preacute-cirurgicos satildeo de extrema
importacircncia como a hidrataccedilatildeo endovenosa para manutenccedilatildeo do diacircmetro vascular
uso de cobertores para manter a temperatura corporal em torno de 37degC O estudo
concluiu que os enxertos oacutesseos vascularizados satildeo excelentes na restauraccedilatildeo
esteacutetico-funcional dos defeitos mandibulares suprindo as deficiecircncias dos enxertos
convencionais em casos de pior prognoacutestico Os enxertos oacutesseos vascularizados
satildeo indispensaacuteveis em defeitos compostos extensos irradiados e secundaacuterios agrave
osteorradionecrose
Tanaka et al (2008) elaboraram uma revisatildeo de literatura com o objetivo de
descrever os mecanismos de incorporaccedilatildeo dos enxertos oacutesseos em bloco e discutir
algumas caracteriacutesticas dos diferentes tipos existentes para distinguir as vantagens
de cada um Concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo dos enxertos em bloco para reconstruccedilatildeo
21
dos rebordos alveolares eacute uma realidade e estaacute intimamente ligada agrave terapia
implantar Os diversos fatores que influenciam a escolha do melhor meacutetodo de
enxertia a ser utilizado passam pelo conhecimento dos paracircmetros citados neste
artigo e muitos outros natildeo abordados e podem parecer inicialmente um desafio
mas sem duvida o domiacutenio das teacutecnicas existentes e das outras que surgiratildeo eacute o
ponto de partida para o profissional que procura o refinamento de seus
procedimentos e a exelencia de seus resultados
Arauacutejo et al (2009) realizaram uma revisatildeo de literatura sobre os resultados
cliacutenicos obtidos com a utilizaccedilatildeo dos enxertos de origem autoacutegena e xenoacutegena
(bovino) nas cirurgias de levantamento de assoalho de seio maxilar O
envelhecimento e a perda dentaacuteria fazem com que o seio se expanda podendo
haver uniatildeo entre o assoalho sinusal e a crista do rebordo alveolar residual
expansatildeo esta relacionada com a altura e largura do seio e natildeo com a
profundidade Os materiais para enxerto oacutesseo podem ser classificados como
osteogecircnicos osteoindutores e osteocondutores Os osteogecircnicos referem-se aos
materiais orgacircnicos capazes de estimular a neoformaccedilatildeo oacutessea a partir de
osteoblastos Os osteoindutores satildeo capazes de induzir a diferenciaccedilatildeo de ceacutelulas
mesenquimais em osteoblastos e condroblastos estimulando a formaccedilatildeo oacutessea no
local ou mesmo em um siacutetio heterotiacutepico Os materiais osteocondutores (geralmente
inorgacircnicos) permitem a aposiccedilatildeo de um novo tecido na sua superfiacutecie requerendo
a presenccedila de tecido oacutesseo preacute-existente como fonte de ceacutelulas osteoprogenitoras
Alguns criteacuterios foram propostos para o enxerto ideal quanto para que o material
enxertado se incorpore com sucesso ao siacutetio Dentre os possiacuteveis enxertos
xenoacutegenos encontram-se disponiacuteveis comercialmente os enxertos bovinos em
vaacuterias formas de apresentaccedilatildeo como aqueles que contecircm a fraccedilatildeo mineral do osso
os inorgacircnicos ou desproteinizados entre outros Todos eles apresentam excelente
biocompatibilidade agem favorecendo o processo de osteoconduccedilatildeo e natildeo
desencadeando respostas imunoloacutegicas desfavoraacuteveis A melhor accedilatildeo do enxerto
oacutesseo autoacutegeno de crista iliacuteaca quando comparado com a associaccedilatildeo do osso
autoacutegeno com osso desmineralizado bovino em cirurgias de levantamento de
assoalho de seio maxilar Apesar da diferenccedila estatiacutestica significante clinicamente
natildeo houve diferenccedila jaacute que os aacutepices dos implantes estavam todos cobertos por
osso sugerindo o sucesso do uso da associaccedilatildeo e ainda poupando o paciente de
uma intervenccedilatildeo ciruacutergica extraoral concluindo que o osso autoacutegeno eacute o que
22
apresenta os melhores resultados no processo de regeneraccedilatildeo oacutessea poreacutem os
enxertos de origem bovina apesar de demonstrarem um processo de neoformaccedilatildeo
oacutessea inferior promovem uma neoformaccedilatildeo satisfatoacuteria para que haja a reabilitaccedilatildeo
do paciente com implantes osseointegraacuteveis podendo ser utilizados com sucesso na
cliacutenica odontoloacutegica
Bassi e Carneiro (2009) citaram que os pacientes vem se queixando de
desconforto pelo uso de proacuteteses deficiecircncia na mastigaccedilatildeo onde entatildeo se
destacam os implantes dentaacuterios que minimizam estes aspectos negativos No
entanto seu sucesso depende de uma quantidade miacutenima de suporte oacutesseo por
este motivo foi oportuna pelos autores avaliar o iacutendice de sucesso dos enxertos e
implantes instalados na regiatildeo do seio maxilar reconstruiacuteda com osso autoacutegeno de
linha obliacutequa tanto imediata quanto mediato ao levantamento do seio maxilar
Foram avaliadas 51 cirurgias durante os anos de 2005 a 2007 com total de 107
implantes instalados sendo 28 de maneira imediata e 79 instalados posteriormente
Com relaccedilatildeo aos de maneira imediata o sucesso foi de 9286 sendo que dos 14
submetidos agrave implantaccedilatildeo imediata apenas 1 perdeu o implante De um total de 37
pacientes com instalaccedilatildeo posterior houve um sucesso de 9459 Podendo ser
analisado que natildeo haacute diferenccedila significante entre instalaccedilatildeo mediata e imediata
Acredita-se que para haver sucesso no tratamento eacute imprescindiacutevel que seja levado
em consideraccedilatildeo a quantidade de rebordo residual e tambeacutem a qualidade de osso
para a estabilidade do implante A conclusatildeo deste artigo eacute que o levantamento do
seio maxilar com o enxerto autoacutegeno por meio de acesso lateral eacute uma opccedilatildeo
segura no tratamento para regiatildeo posterior da maxila E natildeo houve diferenccedila em
relaccedilatildeo ao sucesso dos implantes instalados de maneira medita e imediata
Contar et al (2009) avaliaram o uso de enxertos provenientes de osso fresco-
congelado para na reconstruccedilatildeo de rebordos alveolares maxilares posteriormente a
aplicaccedilatildeo de implantes dentaacuterios Foram analisados quinze pacientes que tinham
atrofia crista maxilar onde necessitava de blocos de enxerto oacutesseo para
posteriormente se fazer a colocaccedilatildeo dos implantes Nove meses depois foi retirado
o nuacutecleo de osso do enxerto para analisar histologicamente Trinta e quatro blocos
foram colocados e do nuacutemero de blocos cada paciente recebeu uma numeraccedilatildeo de
1 a 4 Em todos os enxertos foram verificados para serem de consistecircncia firme
bem constituiacutedo e vascularizado Cinquumlenta e um implantes foram aplicados sobre
os enxertos com torque no miacutenimo de 40 N (Newton) Natildeo havendo problema em
23
nenhum implante O periacuteodo de acompanhamento variou de 24 a 35 meses Alo
enxertos pode ser bem satisfatoacuterios aplicados como material de enxerto para o
tratamento de defeitos oacutesseos maxilares se for aplicada a teacutecnica de forma
cautelosa e coerente
Costa et al (2009) descreveram cirurgias de enxertia oacutessea para reconstruccedilatildeo
do rebordo alveolar atroacutefico causado por traumas Em dois pacientes foram
utilizados blocos de osso homoacutegeno fresco congelado puro e em outros dois
pacientes esses blocos foram embebidos em medula oacutessea autoacuteloga aspirada do
proacuteprio paciente Os quatro pacientes que perderam seus dentes anteriores-
superiores 11122122 As cirurgias foram realizadas dentro do protocolo do
Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Cirurgia e Experimentaccedilatildeo da Universidade
Federal de Satildeo Paulo ndash Unifesp Cada paciente recebeu um bloco de enxerto oacutesseo
homoacutegeno fresco congelado proveniente de banco de tecidos oacutesseos em cada um
dos lados da regiatildeo anterior de maxila sendo que em dois dos pacientes os blocos
tiveram a sua porccedilatildeo medular embebida em medula oacutessea autoacuteloga aspirada do
proacuteprio paciente e nos outros dois pacientes os blocos foram fixados da mesma
maneira e na mesma regiatildeo poreacutem sem a utilizaccedilatildeo de medula oacutessea autoacuteloga
como preenchimento Foi observado clinicamente no segundo procedimento
ciruacutergico que os siacutetios enxertados com osso homoacutegeno associado agrave medula oacutessea
autoacuteloga obtiveram um menor niacutevel de reabsorccedilatildeo o que facilitou a instalaccedilatildeo dos
implantes osseointegraacuteveis Com as bioacutepsias oacutesseas obtidas por meio da utilizaccedilatildeo
da broca trefi na foram confeccionadas no Laboratoacuterio de Patologia da Unifesp uma
lacircmina em HE para cada regiatildeo enxertada com associaccedilatildeo agrave medula e tambeacutem
para as regiotildees de enxertia sem essa associaccedilatildeo Essas lacircminas foram
encaminhadas para o Departamento de Morfologia da Unifesp para avaliaccedilatildeo Tanto
as lacircminas histoloacutegicas do grupo onde se associou o aspirado de medula oacutessea ao
enxerto oacutesseo homoacutegeno quanto onde natildeo foi feita esta associaccedilatildeo mostraram uma
grande quantidade de tecido mineralizado vital Foi observado em ambos os grupos
uma pequena quantidade de tecido mineralizado desvitalizado Em todas as lacircminas
foi observada intensa vascularizaccedilatildeo assim como a presenccedila de tecido oacutesseo
lamelar A utilizaccedilatildeo de osso humano fresco congelado conservado em banco de
tecidos eacute uma alternativa viaacutevel para a reconstruccedilatildeo dos rebordos atroacuteficos
diminuindo a morbidade e riscos inerentes agrave abordagem da regiatildeo doadora dos
enxertos autoacutegenos A associaccedilatildeo do bloco de osso homoacutegeno agrave medula oacutessea
24
autoacuteloga parece representar uma alternativa terapecircutica para se minimizar os niacuteveis
de reabsorccedilatildeo dos materiais de enxertia
Gonccedilalves et al (2009) citaram que o melhor material para enxertia oacutessea eacute o
autoacutegeno o problema eacute o poacutes-operatoacuterio que eacute desconfortaacutevel para o paciente Na
existecircncia de desvantagens para a utilizaccedilatildeo de osso autoacutegeno o osso proveniente
de banco de tecidos surge como uma alternativa viaacutevel nas reconstruccedilotildees oacutesseas
maxilomandibulares O osso homoacutegeno pode ser utilizado em algumas situaccedilotildees
que impossibilite obter uma quantidade necessaacuteria de osso autoacutegeno requisitado
pelo receptor ou quando induz ao procedimento com grande morbidade onde exista
negativa do paciente em se submeter a um segundo siacutetio ciruacutergico Mesmo com toda
a previsibilidade de utilizaccedilatildeo de tecido oacutesseo homoacutelogo ele ainda gera
controveacutersias pela possibilidade de infecccedilotildees cruzadas com sua utilizaccedilatildeo Com o
estudo citado foi concluiacutedo que o enxerto homoacutelogo induz mais rapidamente a
remodelaccedilatildeo quando comparado com o autoacutegeno E o estaacutegio da remodelaccedilatildeo
esteve mais dependente da resposta orgacircnica individual de cada paciente
Jahn et al (2009) avaliaram o procedimento de retalho em dupla paacutegina para acesso
ao osso da regiatildeo do mento em comparaccedilatildeo a teacutecnica de retalho mucoperiosteal
Foram realizados procedimentos de obtenccedilatildeo de enxerto oacutesseo da regiatildeo do mento
para utilizaccedilatildeo na reabilitaccedilatildeo de pacientes que receberiam implantes
osseointegrados na regiatildeo anterior da maxila e que necessitavam de aumento de
espessura oacutessea localizada Foram operados 20 pacientes da cliacutenica de Periodontia
da Universidade de Santo Amaro entre 28 e 60 anos de idade Dez pacientes foram
submetidos agrave teacutecnica de retalho mucoperiosteal de espessura parcial e total
convencional e dez pacientes foram submetidos ao retalho em dupla Os pacientes
foram avaliados apoacutes 7 e 14 dias do procedimento ciruacutergico quanto aos seguintes
aspectos parestesia dor edema infecccedilatildeo hemorragia hematoma contato com as
raiacutezes dentaacuterias deiscecircncia de sutura presenccedila ou ausecircncia de trismo Todos os
procedimentos realizados permitiram acesso agrave regiatildeo do mento para obtenccedilatildeo de
enxertos oacutesseos autoacutegenos A avaliaccedilatildeo poacutes-operatoacuteria dos pacientes mostrou que
em ambos os grupos natildeo houve casos de hemorragia trismo contato acidental com
as raiacutezes dentaacuterias e infecccedilatildeo Edema foi constatado em seis casos no grupo de
retalho em dupla paacutegina e sete casos nos retalhos muco periosteais dor foi relatada
por dois e seis pacientes respectivamente Dois casos apresentaram parestesia na
regiatildeo de mento e nos dentes anteriores inferiores por ateacute duas semanas nos
25
pacientes operados pela teacutecnica do retalho mucoperiosteal enquanto nenhum caso
aconteceu em pacientes operados por retalho em dupla paacutegina Os autores
concluiacuteram que a teacutecnica de retalho em dupla paacutegina eacute um importante auxiacutelio no
acesso agrave aacuterea doadora o que pela facilidade de uso pode encorajar os cirurgiotildees a
usarem o mento como aacuterea doadora para pequenos enxertos oacutesseos intrabucais
Molon et al (2009) tiveram como objetivo relatar um caso cliacutenico de maxila
atroacutefica com necessidade de reconstruccedilatildeo alveolar atraveacutes de enxerto homoacutegeno
Apoacutes a realizaccedilatildeo da anamnese foi constatado clinicamente que o paciente
apresentava forma em lacircmina do osso e radiograficamente a panoracircmica mostrou
uma perda oacutessea em altura e uma proximidade do rebordo com a parede inferior do
seio maxilar Foi utilizado enxerto provenientes do UniOss processados e
congelados a -80degCos tecidos foram submetidos a testes soroloacutegicos Na regiatildeo
anterior foi realizado enxerto com osso humano congelado em bloco para restaurar
espessura oacutessea possibilitando a colocaccedilatildeo de implantes dentaacuterios Os blocos
foram fixados com o sistema 15mm e o osso particulado foi acomodado nos
espaccedilos mortos para evitar a formaccedilatildeo de GAPs Apoacutes seis meses da cirurgia foi
removido os parafusos e o guia ciruacutergico posicionado para a instalaccedilatildeo dos seis
implantes A osseointegraccedilatildeo dos implantes foi verificada apoacutes seis meses da
segunda cirurgia pela radiografia panoracircmica Atualmente vem sendo muito utilizado
osso autoacutegeno para reconstruccedilatildeo de maxilares contudo haacute desvantagens
relacionadas com a morbidade do sitio doador quantidade inadequada de osso
intraoral para grandes defeitos e necessidade de osso de regiatildeo extra-oral para
maiores reconstruccedilotildees limitam as expectativas do paciente Por isso os osso
estudos utilizando osso homoacutelogo para reabilitaccedilatildeo com implantes vecircm se
intensificando e apresentando bons resultados Os autores consideram o enxerto de
osso homoacutelogo uma alternativa viaacutevel para reconstruccedilatildeo de rebordos alveolares
severamente atroacuteficos ao mesmo tempo em que reduz a morbidade e os riscos
inerentes aos procedimentos de enxertos autoacutegenos
Pereira et al (2009) discutiram revisaram e compararam as teacutecnicas
envolvidas em remoccedilatildeo de blocos oacutesseos da linha obliacutequa e mento demonstrando
sua efetividade por meio de exemplos cliacutenicos O osso mandibular tem sido utilizado
na reconstruccedilatildeo alveolar para permitir a instalaccedilatildeo de implantes com resultados
extremamente favoraacuteveis Para a regiatildeo de mento a teacutecnica consiste em osteotomia
26
efetuada pelo menos 5 mm abaixo dos aacutepices dentaacuterios e o osso basal da
mandiacutebula preservado A profundidade das osteotomias limita-se agrave cortical externa
Para a regiatildeo da linha obliacutequa haacute trecircs diferentes meacutetodos para acessar a aacuterea
doadora 1 Intrasulcular Realizada no sulco gengival dos dentes naturais 2
Submarginal Indicada quando da presenccedila de coroas proteacuteticas nos molares e preacute-
molares 3 Crestal Indicada para rebordos edecircntulos ou quando os implantes
estiverem planejados para a mesma regiatildeo Uma vez feita agrave incisatildeo o retalho
mucoperiosteal eacute descolado do corpo mandibular expondo a face lateral do
ramocorpo Um bloco cortical retangular ateacute 4 mm de espessura pode ser coletado
da regiatildeo do ramo O comprimento do bloco pode se aproximar de 35 mm mas
altura natildeo deve exceder 10 mm Para o preparo do siacutetio receptor e enxertia o osso
removido eacute posicionado com a face medular do bloco em contato com a face cortical
do siacutetio receptor previamente perfurada com brocas proporcionando sangramento
O bloco deve ser adaptado intimamente ao leito e fixado com parafusos de titacircnio
Os autores concluiacuteram que ambas as teacutecnicas podem ser utilizadas com sucesso
de acordo com a quantidade oacutessea desejada localizaccedilatildeo do siacutetio doador e
experiecircncia do profissional
Piccinelli et al (2009) analisaram retrospectivamente 59 pacientes submetidos
agrave enxertia oacutessea obtida de aacutereas intrabucais com a instalaccedilatildeo de implantes
osseointegrados As aacutereas doadoras foram a regiatildeo da siacutenfise mandibular ramo
mandibular e tuberosidade da maxila Os enxertos foram imobilizados atraveacutes de
parafusos de titacircnio especiacuteficos para fixaccedilatildeo interna riacutegida com diacircmetro de 16 mm
e comprimentos de 8 10 e 12 mm com encaixe em forma de cruz De todas as
cirurgias realizadas foi constatado insucesso em 5 (742 ) pacientes todos do
sexo feminino Destes em 2 (338 ) casos ocorreram perfuraccedilatildeo de membrana do
seio maxilar sendo os dois pacientes tabagistas com idades de 40 e 41 anos Em
um paciente de 30 anos ocorreu a perda do enxerto na regiatildeo anterior de maxila
tendo por aacuterea doadora o osso retirado do ramo mandibular Em outro com 50 anos
ocorreu a perda do enxerto em regiatildeo posterior de mandiacutebula recebendo da aacuterea
retromolar E noutro com 40 anos a perda ocorreu em regiatildeo posterior da
mandiacutebula tendo aacuterea doadora a siacutenfise mandibular A maior causa de falhas de
enxerto eacute deiscecircncia de sutura e posterior necrose asseacuteptica do osso enxertado
sendo demonstrado altas taxas de complicaccedilotildees quando utilizamos a mandiacutebula
27
como aacuterea receptora Existe um iacutendice de sucesso de 904 quando os implantes
satildeo instalados apoacutes um periacuteodo de cicatrizaccedilatildeo dos enxertos O estudo concluiu que
os siacutetios intrabucais doadores de enxertos oacutesseos podem prover volumes oacutesseos
suficientes para a reconstruccedilatildeo dos rebordos alveolares da maioria dos pacientes
desdentados parciais A mandiacutebula eacute vista como siacutetio de eleiccedilatildeo para retirada de
enxertos oacutesseos pois eacute capaz de prover blocos oacutesseos de composiccedilatildeo
predominantemente corticais
Silveira e Wassall (2009) analisaram a aacuterea doadora de enxertos por meio de
tomografias volumeacutetricas tipo feixe cocircnico para avaliaccedilatildeo da remodelaccedilatildeo oacutessea
verificando o grau de morbidade quanto a este paracircmetro Foram selecionados vinte
voluntaacuterios de ambos os gecircneros sem risco de sauacutede e com risco de sauacutede
controlados da cliacutenica de Poacutes-Graduaccedilatildeo do Centro de Pesquisas Odontoloacutegica
Satildeo Leopoldo Mandic e cliacutenica particular As tomografias foram obtidas com
aparelho de aquisiccedilatildeo volumeacutetrica tipo feixe cocircnico este aparelho usa a nova
tecnologia do feixe de tomografia computadorizada cocircnico no qual obtemos todas
as estruturas maxilofaciais do indiviacuteduo em volume ou seja em terceira dimensatildeo
Foi utilizado o tempo de exposiccedilatildeo de 36 segundos e apenas 3 de radiaccedilatildeo uma
tomografia meacutedica As primeiras mediccedilotildees foram obtidas no momento da tomografia
computadorizada inicial anteriormente a cirurgia Logo apoacutes a cirurgia foi realizada
a segunda tomada e medida na qual foi mensurado o quanto foi retirado de tecido
oacutesseo para enxerto Na terceira tomada de medidas foi calculado o ganho real
oacutesseo obtido na remodelaccedilatildeo apoacutes 180 dias de remoccedilatildeo do enxerto Embora a
quantidade retirada de aacuterea varie a recomposiccedilatildeo acompanha com a mesma
variabilidade Os autores concluiacuteram que a remodelaccedilatildeo oacutessea meacutedia da regiatildeo
posterior da mandiacutebula avaliada 180 dias apoacutes a remoccedilatildeo do bloco oacutesseo (enxerto
oacutesseo) foi de 813
Sousa et al (2009) verificaram atraveacutes de uma revisatildeo sistemaacutetica se os
enxertos homoacutegenos satildeo tatildeo eficientes quanto os enxertos autoacutegenos Apoacutes a busca
nas bases foram selecionados 1215 tiacutetulos de artigos Um uacutenico artigo atendeu os
criteacuterios da pesquisa o mesmo foi lido na iacutentegra por ambos examinadores e suas
caracteriacutesticas foram distribuiacutedas em uma tabela Este artigo analisado resultou em
16 pacientes entre 38 e 65 anos (9 do sexo masculino e 7 do sexo feminino) foi
comparado dois grupos enxerto autoacutegeno do iliacuteaco (grupo 1) e enxerto autoacutegeno da
calvaacuteria (grupo 2) Foi avaliado o volume oacutesseo total (VOT) o volume oacutesseo
28
necroacutetico (VON) e o osso vital (OV) e os resultados do grupo 1 foi de VOT (466)
VON (126) e OV (34) jaacute do grupo 2 foi VOT (734) VON (55) e OV (67)
Estatisticamente o enxerto da calvaacuteria foi melhor que o enxerto do iliacuteaco Os autores
concluiacuteram que o uacutenico artigo considerado natildeo consistia numa comparaccedilatildeo entre
enxerto autoacutegeno e homoacutegeno e sim numa comparaccedilatildeo entre enxertos autoacutegenos
de siacutetios diferentes
Spin-Neto et al (2009) realizaram uma revisatildeo de literatura sobre a utilizaccedilatildeo
de osso homoacutelogo em Odontologia sobre a legislaccedilatildeo envolvida na aplicaccedilatildeo deste
material Foram analisados artigos publicados nos uacuteltimos 25 anos no Medline e
pela ANVISA leis decretos que regulamentam o funcionamento dos bancos de
ossos de tecidos musculoesqueleacuteticos brasileiros Sobre o enxerto homoacutelogo haacute
um nuacutemero enorme de processos que ocorrem eacute iniciado por uma reaccedilatildeo
inflamatoacuteria criando espaccedilos que permitam sua invasatildeo por vasos sanguiacuteneos e
chegada das ceacutelulas responsaacuteveis pelo metabolismo oacutesseo atuando na
remodelaccedilatildeo gradativa do local Remover tecidos oacutergatildeos ou partes da pessoa ou do
cadaacutever eacute crime podendo resultar em reclusatildeo (2 a 6 anos) ou em 100 a 360 dias
de multa Jaacute no caso de sepultamento cabe aos meacutedicos realizar a reconstruccedilatildeo do
corpo para evitar constrangimento e manter a dignidade diante de seus familiares
no qual natildeo realizado eacute considerado crime por tal ato Foi concluiacutedo que eacute
necessaacuterio mais estudos e resultados sobre a aplicaccedilatildeo deste biomaterial para
aliados com o conhecimento juriacutedico aumentarmos o conhecimento e informaccedilotildees
sobre o caso
Piffer et al (2010) descreveram um caso cliacutenico de reabilitaccedilatildeo oral de uma
aacuterea de maxila posterior extremamente reabsorvida atraveacutes de levantamento de
seio maxilar utilizando osso xenoacutegeno e posterior uso de implante O caso constava
de uma paciente do sexo feminino que foi submetida a levantamento de seio
maxilar utilizando osso xenoacutegeno liofilizado e concomitante colocaccedilatildeo de dois
implantes nos elementos 15 e 16 Foi relatado que devido agraves limitadas quantidades
oacutesseas para colocaccedilatildeo de implantes dentaacuterios surgiram as teacutecnicas de enxertos
oacutesseos Inicialmente era utilizado osso autoacutegeno da regiatildeo intra-bucal gerando
algumas desvantagens devido a morbidade do siacutetio doador podendo gerar dor
parestesias hematoma Como alternativa surgiu possibilidade de utilizaccedilatildeo de
biomateriais para reconstruccedilotildees maxilares no qual foi utilizado neste caso o Bio-
Oss e obteve um resultado excelente em relaccedilatildeo aacute formaccedilatildeo oacutessea formando
29
extensa regiatildeo de osso denso ao redor dos implantes Assim atraveacutes de uma
revisatildeo sistemaacutetica criacutetica de trabalhos cliacutenicos controlados randomizados
evidenciou que substitutos de ossos autoacutegenos podem ser utilizados obtendo
sucesso Concluindo assim que a colocaccedilatildeo de implantes concomitantes com
enxertias oacutesseas natildeo interferem no processo de reparo oacutesseo e nem na
estabilizaccedilatildeo dos implantes e mostrou-se um tratamento viaacutevel para o presente
caso cliacutenico
Souza et al (2010) realizaram uma revisatildeo da literatura das principais
aplicaccedilotildees e indicaccedilotildees dos enxertos de bancos de ossos na Odontologia Os
enxertos oacutesseos autoacutegenos satildeo eleitos como os de primeira escolha pela sua
eficiecircncia biosseguranccedila e facilidade de obtenccedilatildeo poreacutem apresentam algumas
desvantagens e limitaccedilotildees A utilizaccedilatildeo de homoenxertos provenientes de bancos
de ossos representa uma alternativa aos enxertos oacutesseos autoacutegenos e demonstra
ser uma ferramenta bastante uacutetil para a odontologia com a finalidade de regenerar o
tecido oacutesseo perdido dos maxilares Os autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de
homoenxertos provenientes de bancos de ossos demonstra ser uma ferramenta
bastante uacutetil para a odontologia com a finalidade de regenerar o tecido oacutesseo
perdido dos maxilares Faz-se necessaacuterio que mais bancos de coleta e preparo do
tecido oacutesseo sejam instalados nos hospitais para que esta opccedilatildeo torne-se viaacutevel e
acessiacutevel a um nuacutemero maior de serviccedilos que atuam com reconstruccedilotildees oacutesseas
Aloy-Proacutesper et al (2011) realizaram uma revisatildeo bibliograacutefica sobre
regeneraccedilatildeo oacutessea usando partiacuteculas de enxertos Foram avaliados os resultados
obtidos bem como as complicaccedilotildees de teacutecnicas cirurgircas e as taxas de
sobrevivecircncia e sucesso de implantes colocados nestas aacutereas regeneradas Foram
identificados 64 artigos dos quais 53 foram excluiacutedos em 14 casos de partiacuteculas de
enxerto foi combinado com o bloco de enxerto em quatro casos natildeo ocorreu
defeitos periimplantares durante a colocaccedilatildeo do implante Quanto agrave taxa de sucesso
dos implantes nem todos os estudos bem definidos utilizaram os criteacuterios de
sucesso tornando difiacutecil a comparaccedilatildeo Com base nos criteacuterios de sucesso de
Albrektsson houve uma taxa de sucesso de 932 dois anos apoacutes o carregamento
(857 na maxila superior e 100 na mandiacutebula) Quando os criteacuterios eram do
cortador e Ederer houve uma taxa de sucesso de 857 trecircs anos apoacutes o
carregamento A conclusatildeo dos autores foi de que enxertos de partiacuteculas satildeo
30
eficazes na correccedilatildeo localizada de defeitos do processo alveolar com poucas
complicaccedilotildees e a taxa de sucesso satildeo sempre elevadas variando de 875 a 100
Oliveira Diebold e Silva (2011) analisaram as estruturas da regiatildeo maxilar de
interesse na implantodontia por meio de imagens de tomografia computadorizada
buscando uma avaliaccedilatildeo qualitativa e quantitativa da densidade oacutessea Foram
utilizadas imagens de tomograacutefia computadorizada por raios X obtidas da regiatildeo
maxilar de 31 pacientes avaliados para a colocaccedilatildeo de implantes As regiotildees de
interesse analisadas (seio maxilar fossa nasal tuberosidade maxilar e foramem
naso-alveolar) foram delimitadas de modo semi-automaacutetico com o auxiacutelio da
ferramenta ldquoCell Outlinerrdquo pelo software ImageJ Essas regiotildees foram analisadas nos
cortes axiais cortes sagitais e coronais obtidos pelo TC e com o software A partir
da delimitaccedilatildeo das regiotildees de interesse (ROI) foram determinados os valores
meacutedios e desvio padratildeo do nuacutemero CT em HU (Hounsfield) O nuacutemero CT de uma
imagem tomograacutefica representa o valor de cada pixel que compotildee a imagem esta
relacionada com o coeficiente de atenuaccedilatildeo linear dos tecidos contidos em um voxel
correspondente Estes valores constituem-se em uma informaccedilatildeo importante tanto
para a avaliaccedilatildeo quantitativa das densidades oacutesseas como para a produccedilatildeo de uma
metodologia de realce das estruturas de interesse em implantodontia Com anaacutelise
dos dados obtidos para cada paciente nas estruturas analisadas foi observado que
as regiotildees do seio maxilar e a fossa nasal satildeo semelhantes mas estatisticamente
diferentes Estas satildeo regiotildees pneumaacuteticas que em consequumlecircncia da presenccedila do
ar possuem medidas de nuacutemero CT semelhantes a fossa nasal apresenta uma
estrutura mais irregular e obteve-se uma diferenccedila estatisticamente significativa
entre estas duas regiotildees estudadas O foramem naso-alveolar e a tuberosidade satildeo
regiotildees distintas porque a tuberosidade eacute um osso trabecular de densidades
heterogecircneas que possui a meacutedia do nuacutemero CT maior que a meacutedia do foramen
naso-alveolar que se trata de uma estrutura tubular de densidade homogecircnea para
passagem do feixe vasculo-nervoso Com a comparaccedilatildeo das estruturas analisadas
pelo meacutetodo ANOVA entre pacientes masculinos e femininos evidenciou-se que natildeo
existe diferenccedila estatisticamente significativa entre sexos As conclusotildees obtidas
neste trabalho mostraram que o nuacutemero CT eacute uma medida eficiente para
caracterizar estruturas do corpo humano Os dados obtidos com a anaacutelise das
meacutedias do nuacutemero CT de cada regiatildeo estudada nos permite caracterizar
separadamente cada regiatildeo
31
3 MATERIAS E MEacuteTODOS
O presente trabalho aborda a descriccedilatildeo de quatro casos cliacutenicos que foram
selecionados dos prontuaacuterios de pacientes enxertados submetidos agrave tomografia
computadorizada Cone Beam no periacuteodo preacute-enxerto e apoacutes o procedimento
ciruacutergico das cliacutenicas radiograacuteficas ldquoCliacutenica Odonto Imagem Radiologiardquo situada em
Balneaacuterio Camboriuacute (SC) e ldquoCliacutenica Radioimagemrdquo situada em Itajaiacute (SC)
Foram incluiacutedos no estudo os laudos radiograacuteficos de pacientes que atendem
as seguintes caracteriacutesticas pacientes de ambos os sexos com bom estado de
sauacutede geral idade de quarenta a setenta anos que foram submetidos a enxerto
oacutesseo em regiatildeo de maxila
Primeiramente foi realizada uma coleta de dados junto aos laudos
radiograacuteficos emitidos pelas cliacutenicas citadas Foram selecionados os casos e
posteriormente foi acessado agraves imagens tomograacuteficas dos pacientes
Os exames tomograacuteficos computadorizado de aquisiccedilatildeo volumeacutetrica (cone
beam) foram realizados atraveacutes de cortes parasagitais de espessura de 2mm e
distacircncia de 1 mm entre os cortes
Na segunda etapa foi efetuada a anaacutelise das tomografias observando as
imagens preacute e poacutes-ciruacutergicas simultaneamente nesse momento delimitou-se a aacuterea
do leito receptor e do material enxertado Utilizando o programa Planmeca Romexis
Viewer acessou-se as imagens fornecidas digitalmente analisando primeiramente
as imagens do leito receptor por meio de trecircs traccedilados (em planos perpendiculares)
realizados com o auxiacutelio da ferramenta denominada Linha Hounsfield que nos
fornece a densidade oacutessea do local traccedilado e uma meacutedia do mesmo Foi realizada
uma meacutedia aritmeacutetica simples dos trecircs traccedilados resultando uma meacutedia de
densidade oacutessea que foi enquadrada na escala O mesmo procedimento foi
realizado na aacuterea do material enxertado
Com a posse destes valores meacutedios comparou-se a densidade oacutesseo do leito
receptor com a densidade oacutessea do material enxertado
32
Os dados seratildeo divulgados atraveacutes de painel exposto no bloco de Odontologia
e apresentaccedilatildeo oral Uma coacutepia da pesquisa concluiacuteda seraacute enviada agraves Cliacutenicas
envolvidas na pesquisa
O projeto de pesquisa foi aprovado pela Comissatildeo de Eacutetica em Pesquisa
sobre o nuacutemero 44610
33
4 RESULTADOS
De acordo com a tabela a seguir podemos expressar de forma resumida os
resultados obtidos atraveacutes da pesquisa comparando os mesmos com a escala de
Misch
Paciente (P1) MS sexo feminino com idade de 49 anos apresentando bom
estado de sauacutede geral No dia 28 de outubro de 2009 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes (Figura 1)
34
Figura 1 Vista panoracircmica preacute-enxertia
A densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield
obteve os seguintes resultados Axial (Z) = 7650 Coronal (Y) = 5196 Sagital (X)
= 7818
No dia 29 de janeiro de 2010 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
homoacutegeno O material proveniente do Banco de Tecidos Muacutesculo Esqueleacuteticos HC-
UFPR consistia de um bloco cortical de Fecircmur medindo 30x20mm lote C0917 FD
BC 26 processado no dia 15 de julho de 2009 com validade de 5 anos conservado
a temperatura abaixo de -40ordmC O osso foi particulado e acrescido de lincomicina
No dia 19102010 foram realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da
densitometria oacutessea do material enxertado e obtiveram os seguintes resultados
Axial (Z) = 6590 Coronal (Y) = 4986 Sagital (X) = 2948 (Figura 2)
35
Figura 2 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
Paciente (P2) AWU sexo feminino com idade de 67 anos apresentando
bom estado de sauacutede geral no dia 29 de agosto de 2009 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes A
densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield obteve os
seguintes resultados Axial (Z) = 7104 Coronal (Y) = 7002 Sagital (X) = 10412
(Figura 3)
Figura 3 Vista panoracircmica preacute-enxertia
No dia 06 de novembro de 2009 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
36
homoacutegeno O material proveniente do Banco de Tecidos Muacutesculo Esqueleacuteticos HC-
UFPR consistia de um bloco cortical de Fecircmur medindo 30x20mm lote C0917 FD
BC 39 processado no dia 15 de julho de 2009 com validade de 5 anos conservado
a temperatura abaixo de -40ordmC O osso foi particulado e acrescido de lincomicina
Passado o periacuteodo de 10 meses apoacutes o procedimento ciruacutergico foram
realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da densitometria oacutessea do material
enxertado e obtiveram os seguintes resultados Axial (Z) = 6972 Coronal (Y) =
8138 Sagital (X) = 4984 (Figura 4)
Figura 4 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
Paciente (P3) IS sexo feminino com idade de 42 anos apresentando bom
estado de sauacutede geral no dia 13 de Novembro de 2007 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes A
densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield obteve os
seguintes resultados Axial (Z) = 4917 Coronal (Y) = 3481 Sagital (X) = 4207
(Figura 5)
37
Figura 5 Vista panoracircmica preacute-enxertia
No dia 26 de Novembro de 2007 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
autoacutegeno tendo como aacuterea doadora a regiatildeo de ramo mandibular
Passado o periacuteodo de 09 (nove) meses apoacutes o procedimento ciruacutergico foram
realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da densitometria oacutessea do material
enxertado e obtiveram os seguintes resultados Axial (Z) = 7176 Coronal (Y) =
5443 Sagital (X) = 5638 (Figura 6)
Figura 6 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
38
Paciente (P4) ATL sexo feminino com idade de 45 anos apresentando
bom estado de sauacutede geral no dia 18 de Agosto de 2009 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes A
densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield obteve os
seguintes resultados Axial (Z) = 6028 Coronal (Y) = 6681 Sagital (X) = 6397
(Figura 7)
Figura 7 Vista panoracircmica preacute-enxertia
No dia 09 de Outubro de 2009 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
autoacutegeno tendo como aacuterea doadora a regiatildeo de ramo mandibular
Passado o periacuteodo de 4 (quatro) meses apoacutes o procedimento ciruacutergico foram
realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da densitometria oacutessea do material
enxertado e obtiveram os seguintes resultados Axial (Z) = 8549 Coronal (Y) =
9340 Sagital (X) = 8624 (Figura 8)
39
Figura 8 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
40
5 DISCUSSAtildeO
Em Odontologia a tomografia computadorizada tem demonstrado ser o
meacutetodo de eleiccedilatildeo para a determinaccedilatildeo da densidade oacutessea na regiatildeo dos
maxilares pois fornece dados objetivos precisos da variaccedilatildeo da densidade oacutessea
entre diferentes regiotildees em um mesmo indiviacuteduo A tomografia computadorizada eacute o
uacutenico meacutetodo que permite avaliar osso cortical e medular separadamente com a
vantagem de que as informaccedilotildees tridimensionais satildeo apresentadas em uma seacuterie de
cortes finos da estrutura interna da parte estudada onde as informaccedilotildees resultantes
natildeo sofrem superposiccedilatildeo por estruturas anatocircmicas (SANTIAGO e VITRAL 2006)
Logo a tomografia computadorizada eacute um meacutetodo de escolha na avaliaccedilatildeo
qualitativa e quantitativa de enxertos em seio maxilar (ZEacuteTOLA et al 2002)
Bassi et al (2009) citaram que para o sucesso da reabilitaccedilatildeo com implantes
dentaacuterios eacute imprescindiacutevel que seja levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
rebordo residual e tambeacutem a qualidade de osso para a estabilidade do implante
Aleacutem disso o osso disponiacutevel (volume) deve ser avaliado em sua densidade
o que determinaraacute sua resistecircncia Densidade eacute a relaccedilatildeo entre a massa e o volume
de um corpo e o meacutetodo de avaliaccedilatildeo da densidade mineral oacutessea eacute denominado
densitometria As unidades de medidas mais empregadas satildeo gcmsup2 (densidade por
aacuterea) gcmsup3 (densidade por volume) ou HU (unidade Hounsfield) (CAUacuteLA
MACHADO BARBOSA 2000)
A densidade oacutessea eacute diretamente relacionada agrave resistecircncia do tecido oacutesseo
antes da fratura Uma diferenccedila de dez vezes na resistecircncia do tecido oacutesseo pode
ser observada entre o osso D1 e D4 O osso D2 exibe uma resistecircncia agrave
compressatildeo 47 a 68 maior se comparado com o D3 (MISCH 2000)
O osso com densidade 2 (D2) eacute uma combinaccedilatildeo de osso compacto denso
para poroso na porccedilatildeo externa e osso trabecular grosso na porccedilatildeo interna Na
superfiacutecie e nas proporccedilotildees laterais do implante oferece uma interface inicial riacutegida
A densidade oacutessea D2 eacute mais comumente encontrada na mandiacutebula A regiatildeo
anterior da mandiacutebula apresenta este tipo oacutesseo em 23 dos casos O osso com
densidade 3 (D3) eacute composto de uma cortical oacutessea fina na crista e osso trabecular
fino no interior Uma das desvantagens desse tipo oacutesseo eacute a delicadeza com a qual
esse osso deve ser manipulado Quanto menor for a densidade mais facilmente o
41
osso eacute expandido para que implantes sejam inseridos A regiatildeo anterior da maxila
apresenta em 65 dos casos o osso D3 e em quase metade dos casos o osso
D3 eacute encontrado tambeacutem na regiatildeo posterior da maxila O osso menos denso D4
tem sido relatado em aproximadamente 40 dos casos eacute encontrado na parte
posterior da maxila especialmente na regiatildeo dos molares ou apoacutes levantamento do
seio maxilar (CAUacuteLA MACHADO BARBOSA 2000 BUSCATTI 2003)
Em 1988 Misch realizou uma pesquisa tendo como base de estudos a escala
apresentada por Hounsfield que tem como objetivo a diferenciaccedilatildeo de densidades
de oacutergatildeos do corpo pela diferenccedila de tons de cinza atraveacutes da tomografia A partir
desta Misch propocircs uma nova escala o qual associou nuacutemeros aos tipos oacutesseos
relacionando numericamente os valores aos tipos oacutesseos
No periacuteodo preacute-enxertia foi verificado que em todos os casos estudados a
densidade presente na regiatildeo de leito receptor caracteriza osso tipo D3 Sendo esta
densidade compatiacutevel com a regiatildeo anterior e posterior da maxila
Apoacutes 10 meses dos enxertos homoacutegenos serem realizados (P1 e P2)
observou-se que a densidade em unidades HU diminuiu na maioria dos eixos
avaliados somente no eixo coronal da P2 que apresentou um leve aumento Apesar
desta variaccedilatildeo de valores natildeo houve mudanccedila da qualidade oacutessea Tanto o osso
neoformado quanto o do leito receptor mantiveram-se qualidade de osso D3
Nos casos onde o material de escolha foi osso autoacutegeno observou-se atraveacutes
da densidade em unidades HU aumento dos valores em todos os eixos avaliados
Entre os dois casos (P3 e P4) houve uma pequena diferenccedila entre os valores que
atraveacutes da escala proposta por Misch resultou na diferenccedila que no caso P3 o
material enxertado natildeo apresentou alteraccedilatildeo na qualidade em relaccedilatildeo agrave aacuterea
receptora Jaacute no caso P4 o material enxertado caracteriza-se como qualidade oacutessea
D2 Suponha-se que esta diferenccedila entre a densidade do material enxertado nestes
dois casos seja devido ao grau de condensaccedilatildeo do material na regiatildeo tamanho das
partiacuteculas e quantidade de material enxertado Os dados obtidos natildeo correspondem
a uma populaccedilatildeo em geral devido a pequena quantidade de amostras e se tratando
de um relato de caso cliacutenico
Pinto et al (2007) comenta que os enxertos autoacutegenos satildeo os uacutenicos entre os
tipos de enxerto oacutesseo a fornecer ceacutelulas oacutesseas vivas imunocompatiacuteveis
essenciais agrave fase I da osteogecircnese que eacute responsaacutevel pela proliferaccedilatildeo das ceacutelulas
oacutesseas em especial do osteoacuteide assim quanto mais ceacutelulas vivas forem
42
transplantadas mais tecido oacutesseo seraacute formado Kuabara et al (2000) concluiacuteram
que a pequena morbidade poacutes-operatoria da regiatildeo doadora do enxerto elege a
regiatildeo retromolar inferior como uma excelente opccedilatildeo ciruacutergica para reabilitaccedilatildeo de
pequenos defeitos oacutesseos Jaacute Cyriaco e Azevedo (2006) relatam que quando se
trata de enxertos menores as melhores aacutereas doadoras para regiatildeo oral seriam o
mento e a regiatildeo retromolar e para maiores quantidades a crista iliacuteaca a calota
craniana a costela e a tiacutebia
Pereira et al (2009) enxerto com osso autoacutegeno eacute considerado padratildeo ouro
para reconstruccedilatildeo de defeitos oacutesseos residuais Algumas teacutecnicas ciruacutergicas podem
ser realizadas abrangendo aacutereas doadoras extra e intrabucais dependendo do grau
de perda oacutessea planejamento ciruacutergico-proteacutetico e das condiccedilotildees gerais do
paciente O osso autoacutegeno cortical oferece excelente suporte estrutural para o siacutetio
receptor sendo uma excelente alternativa para segmentos de defeitos maiores que
5 ou 6 cm que requerem suporte estrutural imediato restabelecendo devidamente a
funccedilatildeo
Gonccedilalves (2008) concluiu que implantes instalados em enxertos de seio maxilar
com a ajuda de substitutos oacutesseos apresentam uma taxa de sucesso cliacutenico de
9009
O osso mais indicado para enxertia eacute o autoacutegeno pela sua eficiecircncia
bioseguranccedila e facilidade de obtenccedilatildeo e uma alternativa para sua substituiccedilatildeo eacute o
homoacutegeno por ter caracteriacutesticas a longo prazo semelhantes embora o iacutendice de
reabsorccedilatildeo ser maior (DEL VALE et al 2006 SOUZA et al 2010 GONCcedilALVEZ et
al 2009) O enxerto de osso homoacutelogo eacute uma alternativa viaacutevel para reconstruccedilatildeo
de rebordos alveolares severamente atroacuteficos ao mesmo tempo em que reduz a
morbidade e os riscos inerentes aos procedimentos de enxertos autoacutegenos como
dor parestesia e hematomas (MOLON et al 2009 PIFFER et al2010) Ele mostra-
se efetivo conforme Contar et al (2009) que realizou 51 implantes sobre enxerto
homoacutegeno alcanccedilando o torque miacutenimo de 40N(newton) em todos eles natildeo
havendo problema em nenhum implante em um periacuteodo de acompanhamento de 24
a 35 meses
Ajzen et al (2005) comenta do uso de fatores indutores como plasma rico em
plaquetas sugerindo uma melhor qualidade e quantidade oacutessea necessaacuteria para
reconstruccedilatildeo proteacutetica atraveacutes de implantes oacutesseo integrados A associaccedilatildeo do
bloco de osso homoacutegeno agrave medula oacutessea autoacuteloga parece representar uma
43
alternativa terapecircutica para se minimizar os niacuteveis de reabsorccedilatildeo dos materiais de
enxertia (COSTA et al 2009)
Faz-se necessaacuterio a coleta de mais casos para se obter um tratamento
estatiacutestico que possibilite uma comprovaccedilatildeo da previsibilidade da densidade oacutessea
com os materiais enxertados e variaccedilotildees de teacutecnicas ciruacutergicas
44
6 CONCLUSAtildeO
Conclui-se que o enxerto oacutesseo autoacutegeno e procedente de banco de ossos
demonstra-se eficaz na reabilitaccedilatildeo de pacientes que apresentam maxilas atroacuteficas
e que necessitam de implantes dentaacuterios para a reabilitaccedilatildeo proteacutetica
A densidade obtida do material enxertado eacute semelhante a densidade do
tecido oacutesseo adjacente necessitando de mais casos para esta comprovaccedilatildeo
45
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AJZEN S A et al Anaacutelise por tomografia computadorizada do enxerto autoacutegeno na cirurgia de sinus lift Radiol bras Rio de Janeiro v 38 n 1 p 25-31 janfev 2005 ALOY-PROacuteSPER A et al Bone regeneration using particulate grafts an update Med oral patol oral cir bucal Valencia v16 n2 p210-214 Mar 2011 ARAUacuteJO JMS de et al Enxerto oacutesseo bovino como alternativa para cirurgias de levantamento de assoalho de seio maxilar Rev cir traumatol buco-maxilo-fac Recife v9 n 3 p 89-96 julset 2009
BASSI A P F CARNEIRO G P Avaliaccedilatildeo do iacutendice de sucesso dos enxertos autoacutegenos e dos implantes instalados em regiatildeo do seio maxilar Implant News Satildeo Paulo v7 n2 p257-260 dez 2009
BLAY A TUNCHEL S SENDYK W R Viabilidade dos enxertos autoacutegenos obtidos com a utilizaccedilatildeo de coletores para osso estudo histoloacutegico e microbioloacutegico Pesqui Odontol Bras Satildeo Paulo v 17 n 3 p 234-40 julset 2003 BUSCATTI M Y Contribuiccedilatildeo para o estudo das densidades oacutesseas maxilomandibulares por meio da escala tomodensitomeacutetrica de Hounsfield quando da aplicaccedilatildeo de programa computadorizado para planejamento de implantes osseointegrados 2003 122f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Radiologia) - Faculdade de Odontologia da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2003 CAUacuteLA A L MACHADO F O de BARBOZA E P Densidade Oacutessea no planejamento em Implantodontia BCI Curitiba v 7 n 25 2000
CHEM RC et al Uso de retalho livre de fiacutebula no complexo bucomaxila-facial ndash Relato de dois casos Rev Cir Traumatol Buco-maxilo-fac Camaragibe v5 n4 p 23-30 outdez 2005 CONTAR C M M et al Maxillary ridge augmentation with fresh-frozen bone allografts J Oral Maxillofac Surg Copenhagen v67 n6 p1280-1285 June 2009 COSMO L A M et al Enxerto oacutesseo em levantamento de seio maxilar com osso humano fresco congelado ImplantNews Satildeo Paulo v 4 n 3 p 249-253 2007 COSTA C E S da et al Utilizaccedilatildeo de medula oacutessea autoacuteloga na integraccedilatildeo de enxertos oacutesseos homoacutelogos ImplantNews Satildeo Paulo v 6 n 4 p 395-402 2009
CYRIACO E AZEVEDO D Enxertos oacutesseos aplicados na cirurgia buccedilo-maxilo facial Cispre [on line] Petroacutepolis 27 jul 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcisprecombracervo_detalhesaspId=60gt Acesso em 20 abr 2011
DEL VALLE R A CARVALHO M L de GONZALEZ M R Estudo do comportamento de enxerto oacutesseo com material doador obtido dos bancos de tecidos muacutesculos-esqueleacuteticos Rev odontol Univ Cid Satildeo Paulo Satildeo Paulo v 18 n 2 p 189-194 maioago 2006
46
GARCIA JUacuteNIOR I R et al Avaliaccedilatildeo cliacutenica de enxertos oacutesseos autoacutegenos de crista iliacuteaca em maxilas atroacuteficas para instalaccedilatildeo de implantes oacutesseointegraacuteveis Innov implant j biomater esthet (Impr) Satildeo Paulo v 1 n 1 p 34-40 maio 2006 GONCcedilALVES A R de Q Avaliaccedilatildeo do sucesso de implantes osseointegraacuteveis em enxerto de seio maxilar RGO (Porto Alegre) Porto Alegre v 56 n 4 p 423-427 outdez 2008 GONCcedilALVES A O et al Avaliaccedilatildeo histomorfoloacutegica de maxilares humanos submetidos a enxerto oacutesseo autoacutegeno e homoacutegeno Implant News Satildeo Paulo v7 n2 p213-222 nov 2009
JAHN R S et al Retalho em dupla paacutegina Innov implant j biomater esthet Satildeo Paulo v 4 n 3 p 20-24 setdez 2009
KUABARA M R et al Levantamento de seio maxilar utilizando enxerto autoacutegeno da regiatildeo retromolar e simultacircnea colocaccedilatildeo de implantes ossointegrados Relato de caso cliacutenico ROBRAC Goiacircnia v 9 n 28 p 14-17 2000
MAZZONETTO R et al Avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de enxertos de siacutenfise mandibular na reconstruccedilatildeo de defeitos oacutesseos em regiatildeo anterior de maxila estudo por meio de tomografia convencional linear Rev bras implant Satildeo Paulo v 6 n 1 p 19-22 janmar 2000
MISCH C E et al Doaccedilatildeo de enxertos oacutesseos autoacutegenos extra orais para implantes endo oacutesseo In Implantes Dentaacuterios Contemporacircneos 2ordm ed Satildeo Paulo Santos 2000 cap 33 p 521-535 MOLON R S de et al Reconstruccedilatildeo de maxila atroacutefica utilizando enxerto oacutesseo homoacutegeno Rev Cir Traumatol Buco-Maxilo-fac Camaragibe v 9 n 4 p 25-30 outdez 2009 OLIVEIRA FILHO M A de et alReconstruccedilatildeo de defeito de continuidade em mandiacutebula com posterior reconstruccedilatildeo alveolar RGO (Porto Alegre) Porto Alegre v 55 n 3 p 305-310 julset 2007 OLIVEIRA H W de DIEBOLD E SILVA A M M da Avaliaccedilatildeo da regiatildeo maxilar em imagens de tc por raios x para o uso em implantodontia e cirurgia bucomaxilofaciaL Disponiacutevel em lthttpwwwpucrsbrunipoafisicapesquisasnimedartigosArtigo20Canal20CientEDficopdfgt Acesso em 20 de Junho de 2011 PEREIRA C C S et al Enxertos oacutesseos autoacutegenos mandibulares para reconstruccedilatildeo de processos alveolares atroacutefi cos revisatildeo e teacutecnica ciruacutergica Innov Implant J Biomater Esthet Satildeo Paulo v 4 n 3 p 96-102 setdez 2009 PICCINELLI L B et al Estudo retrospectivo de 59 pacientes tratados com enxertos oacutesseos autoacutegenos intrabucais e implantes dentais Innov Implant J Biomater Esthet Satildeo Paulo v 4 n 3 p 30-34 setdez 2009 PIFFER C S et al Levantamento de seio maxilar utilizando Bio-Oss concomitante com a instalaccedilatildeo de implantes ImplantNews Satildeo Paulo v 7 n 4 p 489-495 2010
47
PINTO J G S et al Enxerto autoacutegeno x biomateriais no tratamento de fraturas e deformidades faciais ndash uma revisatildeo de conceitos atuais RFO UPF Passo Fundo v 12 n 3 p 79-84 setdez 2007 RIBEIRO JUacuteNIOR O et al Princiacutepios da reconstruccedilatildeo mandibular com enxerto oacutesseo vascularizado Rev cir traumatol buco-maxilo-fac Recife v 8 n 1 p 15 ndash 22 janmar 2008 RODRIGUES A F VITRAL R W F Aplicaccedilotildees da Tomografia Computadorizada na Odontologia Pesq Bras Odontoped Clin Integr Joatildeo Pessoa v 7 n 3 p 317-324 setdez 2007 SANTIAGO R C VITRAL R W F Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da densidade mineral oacutessea e seu emprego na odontologia Pesq Bras Odontoped Clin Integr Joatildeo Pessoa v6 n3 p 289-294 setdez 2006 SILVEIRA A C G WASSALL T Anaacutelise da aacuterea doadora de enxerto mandibular por meio de tomografia computadorizada do feixe cocircnico para avaliaccedilatildeo da remodelaccedilatildeo oacutessea RGO (Porto Alegre) Porto Alegre v 57 n 1 p 61-65 janmar 2009 SOUSA J N L de et al Avaliaccedilatildeo dos enxertos homoacutegenos como substitutos aos enxertos autoacutegenos na fixaccedilatildeo de implantes osteointegrados uma revisatildeo sistemaacutetica da literatura Innov Implant J Satildeo Paulo v 4 n 3 p 54-57 setdez 2009 SOUZA D O et al Aplicaccedilotildees de enxertos de bancos de ossos em odontologia R Ci meacuted biol Salvador v 9 n 1 p 45-48 2010 SPIN-NETO R et al Tecido oacutesseo homoacutelogo para utilizaccedilatildeo em Odontologia Implant News Satildeo Paulo v7 n4 p555-560 dez 2009 TANAKA R et al Incorporaccedilatildeo dos enxertos oacutesseos em bloco processos bioloacutegicos e consideraccedilotildees relevantes Conscientia e sauacutede Satildeo Paulo v 7 n 3 p 323-327 2008 ZEacuteTOLA A L et al Reconstruccedilatildeo do seio maxilar atroacutefico com enxerto autoacutelogo de crista iliacuteaca avaliaccedilatildeo por tomografia computadorizada e radiografia panoracircmica Rev col bras cir Rio de Janeiro v 29 n 1 p 13-18 janfev 2002
16
dos enxertos oacutesseos Os resultados mostraram que em todos os casos houve ganho
oacutesseo no rebordo alveolar e tambeacutem uma melhora no perfil facial e o contorno labial
dos pacientes Os autores concluiacuteram que o enxerto oacutesseo retirado do osso iliacuteaco eacute
uma alternativa viaacutevel para reconstruccedilotildees de maxilas atroacuteficas tambeacutem que houve
melhora cliacutenica significativa quanto ao volume oacutesseo em altura e largura do rebordo
alveolar e que em todos os casos foram possiacuteveis a instalaccedilatildeo de implantes
oacutesseointegraacuteveis
Santiago e Vitral (2006) analisaram os meacutetodos de avaliaccedilatildeo da densidade
mineral oacutessea (DMO) e seu emprego na odontologia com o objetivo de descrever os
diferentes meacutetodos empregados bem como avaliar a relevacircncia em se determinar a
densidade oacutessea no planejamento e sucesso de tratamentos odontoloacutegicos
especiacuteficos Foi feita uma revisatildeo de literatura onde abordaram as teacutecnicas de
densitometria oacutessea e como eacute feita a avaliaccedilatildeo da densidade oacutessea em odontologia
Diversos satildeo os meacutetodos para se avaliar a densidade mineral oacutessea tanto na aacuterea
meacutedica quanto em Odontologia A questatildeo sobre qual a melhor teacutecnica e a melhor
regiatildeo para se avaliar a DMO de cada individuo parece ainda natildeo ter resposta
Entretanto o que se sabe eacute que dentre as diferentes teacutecnicas disponiacuteveis diferentes
vantagens e desvantagens satildeo apresentadas Em Odontologia a tomografia
computadorizada tem demonstrado ser o meacutetodo de eleiccedilatildeo para a determinaccedilatildeo da
densidade oacutessea na regiatildeo dos maxilares pois fornece dados objetivos precisos da
variaccedilatildeo da densidade oacutessea entre diferentes regiotildees em um mesmo indiviacuteduo
permitindo dessa forma correlacionar positivamente os valores encontrados com a
qualidade oacutessea descrita subjetivamente Aleacutem disso a tomografia computadorizada
eacute o uacutenico meacutetodo que permite avaliar osso cortical e medular separadamente
Cosmo et al (2007) relataram um caso cliacutenico com avaliaccedilatildeo radiograacutefica e
histoloacutegica da utilizaccedilatildeo de osso humano fresco congelado em procedimento de
elevaccedilatildeo do assoalho do seio maxilar A paciente CAR 47 anos compareceu agrave
Cliacutenica Odontoloacutegica da Faculdade de Odontologia da Universidade de Santo Amaro
- Unisa para avaliaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo da arcada superior posterior esquerda com a
utilizaccedilatildeo de implantes endoacutesseos Os exames de imagem demonstraram haver
rebordo residual com menos de 6 mm de altura remanescente tendo sido indicada agrave
paciente a reabilitaccedilatildeo oacutessea bilateral atraveacutes da teacutecnica de levantamento do
assoalho do seio maxilar com enxerto de osso aloacutegeno fresco congelado
proveniente de banco de tecidos musculoesqueleacuteticos Apoacutes seis meses da cirurgia
17
foi realizada abertura para instalaccedilatildeo dos implantes tendo sido colhido fragmento
oacutesseo que foi enviado para anaacutelise histoloacutegica Frente ao apresentado conclui-se
que o material de enxertia proveniente de banco de ossos humanos (enxerto
aloacutegeno fresco congelado) proporciona em cirurgias de levantamento de seio
maxilar um adequado volume oacutesseo para futura instalaccedilatildeo de implantes A anaacutelise
histoloacutegica do enxerto incorporado evidencia a vitalidade do mesmo Material deve
ser adquirido em banco de tecidos regularizados pelo Ministeacuterio da Sauacutede A
possibilidade de transmissatildeo de doenccedilas pela utilizaccedilatildeo do material eacute de baixa
magnitude
Oliveira Filho et al (2007) apresentaram um caso cliacutenico de trauma facial com
perda oacutessea na regiatildeo anterior da mandiacutebula que foi tratado com teacutecnicas de
reconstruccedilatildeo em duas fases primeiramente a parte basilar da mandiacutebula
posteriormente a parte alveolar permitindo a reabilitaccedilatildeo atraveacutes de implantes
osseointegrados O paciente deu entrada no pronto socorro do Hospital Universitaacuterio
Evangeacutelico de Curitiba viacutetima de trauma localizado nas regiotildees submandibular e
cervical alta Em um primeiro momento foi realizado o tratamento ciruacutergico para
fixaccedilatildeo intermaxilar riacutegida trans-operatoacuteria e estabilizaccedilatildeo da mandiacutebula com uma
placa de reconstruccedilatildeo em titacircnio Apoacutes trecircs meses do procedimento foi realizada a
reconstruccedilatildeo mandibular utilizando enxerto em bloco tomado da crista do osso
iliacuteaco Este tempo ciruacutergico teve a preocupaccedilatildeo de reconstruir apenas a parte basilar
da mandiacutebula devido a falta de tecidos moles na regiatildeo traumatizada Em um
segundo momento foi realizada enxertia com bloco tomado da crista do osso iliacuteaco
para reconstruccedilatildeo alveolar da mandibular Seis meses apoacutes o procedimento de
reconstruccedilatildeo alveolar cliacutenica e radiograficamente houve uma boa integraccedilatildeo do
enxerto sem a ocorrecircncia de reabsorccedilatildeo oacutessea significativa Foi criado um rebordo
alveolar adequado permitindo a instalaccedilatildeo de trecircs implantes na regiatildeo enxertada
Os autores concluiacuteram que o enxerto de oacutesseo autoacutegeno pode ser uma alternativa
vaacutelida na aplicaccedilatildeo como meio de reconstruccedilatildeo de defeitos oacutesseos que comprometa
a porccedilatildeo alveolar e basal da mandiacutebula mas uma anaacutelise mais detalhada eacute
necessaacuteria para que possa definir de forma mais abrangente os possiacuteveis riscos e
complicaccedilotildees da teacutecnica utilizada
Pinto et al (2007) confrontaram a utilizaccedilatildeo do enxerto autoacutegeno para
reconstruccedilatildeo das sequumlelas de fraturas faciais comparando-o com outros
18
biomateriais atualmente disponiacuteveis discutindo as melhores indicaccedilotildees e os toacutepicos
mais atuais relativos a esses materiais As propriedades de um material ideal para
enxerto oacutesseo satildeo ser quimicamente inerte biocompatiacutevel natildeo aleacutergico natildeo
canceriacutegeno ser totalmente reabsorviacutevel e substituiacutevel por novo tecido oacutesseo entre
outros O osso autoacutegeno eacute considerado ideal para realizaccedilatildeo de enxertos oacutesseos
Estudos tecircm comprovado a eficaacutecia deste tipo de material especialmente do enxerto
oacutesseo autoacutegeno cortical obtido da crista do osso iliacuteaco que tem sido considerado o
melhor de
ntre os materiais de reconstruccedilatildeo Satildeo os uacutenicos entre os tipos de enxerto
oacutesseo a fornecer ceacutelulas oacutesseas vivas imunocompatiacuteveis Os enxertos alogecircnicos
satildeo aqueles obtidos de outro indiviacuteduo da mesma espeacutecie O enxerto alogecircnico mais
comumente utilizado eacute o liofilizado cuja vantagem eacute natildeo haver a necessidade de se
realizar uma segunda cirurgia num outro siacutetio Os oacutesseos xenoacutegenos satildeo aqueles
retirados de uma espeacutecie e transplantados para outra Exigem um tratamento mais
vigoroso do enxerto e natildeo fornecem ceacutelulas viaacuteveis para a formaccedilatildeo da fase I da
osteogecircnese Aleacutem dos enxertos oacutesseos existem ainda os materiais chamados
aloplaacutesticos como alternativa tendo como benefiacutecios a diminuiccedilatildeo do tempo
ciruacutergico aleacutem de muacuteltiplos tamanhos e formatos disponiacuteveis Entre os biomateriais
os mais utilizados satildeo o vidro bioativo o titacircnio que apresenta excelente
biocompatibilidade e boa osseointegraccedilatildeo ao organismo quando justaposto ao osso
A hidroxiapatita que por ser considerada um componente quiacutemico natural do corpo
humano natildeo satildeo observadas respostas inflamatoacuteria ou toacutexica nos tecidos
circunvizinhos Atraveacutes da pesquisa foi possiacutevel concluir que o osso autoacutegeno ainda
eacute considerado um material ideal para enxerto entretanto novos biomateriais tecircm
surgido apresentando vantagens promissoras para utilizaccedilatildeo na praacutetica diaacuteria
Rodrigues e Vitral (2007) descreveram as principais teacutecnicas tomograacuteficas existentes
e suas aplicaccedilotildees na Odontologia atraveacutes de uma revisatildeo da literatura sobre os
avanccedilos das principais teacutecnicas tomograacuteficas que resultaram em maior acuraacutecia no
diagnoacutestico menor tempo de exame e menor quantidade de radiaccedilatildeo A tomografia
computadorizada eacute considerada o meacutetodo de escolha para a imagem das estruturas
oacutesseas Ela eacute um meacutetodo radioloacutegico que permite obter a reproduccedilatildeo de uma secccedilatildeo
do corpo humano com finalidade diagnoacutestica Apresenta trecircs vantagens gerais
importantes sobre a radiografia convencional a primeira eacute que as informaccedilotildees
19
tridimensionais satildeo apresentadas na forma de uma seacuterie de cortes finos da estrutura
interna da parte estudada A segunda eacute que o sistema eacute mais sensiacutevel na
diferenciaccedilatildeo de tipos de tecido quando comparado com a radiografia convencional
de modo que diferenccedilas entre tipos de tecidos podem ser mais claramente
delineadas e estudadas A terceira eacute a habilidade para manipular e ajustar a imagem
apoacutes ter sido completada a varredura como ocorre de fato com toda a tecnologia
digital Com o advento da tomografia computadorizada helicoidal foi alcanccedilada
grande melhora nas reconstruccedilotildees tridimensionais e diminuiccedilatildeo na dose de
exposiccedilatildeo do paciente agrave radiaccedilatildeo A mesma proveacutem vantagens sobre a natildeo
helicoidal como menor tempo de avaliaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de reconstruccedilatildeo multiplanar
Ela propicia imagens com alta resoluccedilatildeo espacial e a mesma dose de radiaccedilatildeo da
tomografia computadorizada convencional A tomografia computadorizada pode ser
usada para identificar e delinear processos patoloacutegicos visualizar dentes retidos
avaliar os seios paranasais diagnosticar trauma mostrar os componentes oacutesseos
da articulaccedilatildeo temporomandibular e os leitos para implantes dentaacuterios Permite a
reformataccedilatildeo axial obliacutequa da imagem no sentido perpendicular da curvatura do
arco mostrando nitidamente o niacutevel oacutesseo no lado vestibular e lingual E tambeacutem
permite uma avaliaccedilatildeo intra-oacutessea dos locais para colocaccedilatildeo dos implantes Os
autores concluiacuteram que a Tomografia Computadorizada eacute o exame de eleiccedilatildeo no
diagnoacutestico de muitas condiccedilotildees que envolvem o complexo maxilo-mandibular O
valor cliacutenico das teacutecnicas de tomografia computadorizada depende da condiccedilatildeo que
se estaacute sendo diagnosticada atraveacutes das imagens do modelo e da idade do
equipamento usado do protocolo do exame da experiecircncia e capacidade dos
operadores do equipamento e do radiologista
Gonccedilalves (2008) analisaram implantes instalados em enxertos de seio
maxilar com biomaterial de origem bovina e plasma rico em plaquetas observando
histologicamente a neoformaccedilatildeo oacutessea e o iacutendice de sucesso cliacutenico e histoloacutegico
apresentado Este estudo envolveu 30 pacientes que necessitavam de enxerto em
regiatildeo de soalho de seio maxilar para inserccedilatildeo de implantes Um total de 101
implantes foi instalado em 36 enxertos de seio maxilar com intervalo meacutedio de
tempo do enxerto de 75 meses dos quais nove amostras oacutesseas foram colhidas de
forma aleatoacuteria e consentidas para a anaacutelise histoloacutegica Na colocaccedilatildeo dos
implantes foi utilizado um guia ciruacutergico para um correto posicionamento dos
implantes Foi feita a remoccedilatildeo do fragmento oacutesseo e enviado para a anaacutelise com
20
isto foi capturado ao todo 26 imagens histopatoloacutegicas Histologicamente os
fragmentos colhidos estavam constituiacutedos predominantemente por tecido oacutesseo
com iacutendice de sucesso de 8888 Quando comparados o remanescente oacutesseo do
seio maxilar antes e depois do enxerto houve crescimento em altura e a maioria
apresentou densidade oacutessea D3 Dez dos 101 implantes foram perdidos e 91
estavam osseointegrados no seio maxilar enxertado Os autores concluiacuteram que
implantes instalados em enxertos de seio maxilar com a ajuda de substitutos oacutesseos
apresentam uma taxa de sucesso cliacutenico de 9009
Ribeiro Juacutenior et al (2008) revisaram a literatura referente aos enxertos
oacutesseos vascularizados com o objetivo de avaliar os princiacutepios bioloacutegicos e ciruacutergicos
que fundamentam sua aplicaccedilatildeo na reconstruccedilatildeo mandibular Os retalhos
microciruacutergicos que contecircm enxertos oacutesseos satildeo classificados como
osteomusculares ou osteomiocutacircneos dependendo da natureza dos tecidos moles
que o compotildeem permitindo restauraccedilotildees de grandes defeitos oacutesseos A
revascularizaccedilatildeo microciruacutergica manteacutem a irrigaccedilatildeo e a drenagem do tecido oacutesseo
enxertado em todo o periacuteodo de integraccedilatildeo permitindo a manutenccedilatildeo de suas
funccedilotildees celulares metaboacutelicas e fiacutesicas Dessa forma a reparaccedilatildeo entre o enxerto e
o remanescente mandibular ocorre de forma semelhante agrave cicatrizaccedilatildeo de uma
fratura eliminando a longa fase de substituiccedilatildeo observada nos enxertos
convencionais Como o sucesso da reconstruccedilatildeo microciruacutergica eacute diretamente
dependente da qualidade vascular estudos angiograacuteficos preacute-operatoacuterios das aacutereas
receptora e doadora satildeo essenciais Alguns cuidados preacute-cirurgicos satildeo de extrema
importacircncia como a hidrataccedilatildeo endovenosa para manutenccedilatildeo do diacircmetro vascular
uso de cobertores para manter a temperatura corporal em torno de 37degC O estudo
concluiu que os enxertos oacutesseos vascularizados satildeo excelentes na restauraccedilatildeo
esteacutetico-funcional dos defeitos mandibulares suprindo as deficiecircncias dos enxertos
convencionais em casos de pior prognoacutestico Os enxertos oacutesseos vascularizados
satildeo indispensaacuteveis em defeitos compostos extensos irradiados e secundaacuterios agrave
osteorradionecrose
Tanaka et al (2008) elaboraram uma revisatildeo de literatura com o objetivo de
descrever os mecanismos de incorporaccedilatildeo dos enxertos oacutesseos em bloco e discutir
algumas caracteriacutesticas dos diferentes tipos existentes para distinguir as vantagens
de cada um Concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo dos enxertos em bloco para reconstruccedilatildeo
21
dos rebordos alveolares eacute uma realidade e estaacute intimamente ligada agrave terapia
implantar Os diversos fatores que influenciam a escolha do melhor meacutetodo de
enxertia a ser utilizado passam pelo conhecimento dos paracircmetros citados neste
artigo e muitos outros natildeo abordados e podem parecer inicialmente um desafio
mas sem duvida o domiacutenio das teacutecnicas existentes e das outras que surgiratildeo eacute o
ponto de partida para o profissional que procura o refinamento de seus
procedimentos e a exelencia de seus resultados
Arauacutejo et al (2009) realizaram uma revisatildeo de literatura sobre os resultados
cliacutenicos obtidos com a utilizaccedilatildeo dos enxertos de origem autoacutegena e xenoacutegena
(bovino) nas cirurgias de levantamento de assoalho de seio maxilar O
envelhecimento e a perda dentaacuteria fazem com que o seio se expanda podendo
haver uniatildeo entre o assoalho sinusal e a crista do rebordo alveolar residual
expansatildeo esta relacionada com a altura e largura do seio e natildeo com a
profundidade Os materiais para enxerto oacutesseo podem ser classificados como
osteogecircnicos osteoindutores e osteocondutores Os osteogecircnicos referem-se aos
materiais orgacircnicos capazes de estimular a neoformaccedilatildeo oacutessea a partir de
osteoblastos Os osteoindutores satildeo capazes de induzir a diferenciaccedilatildeo de ceacutelulas
mesenquimais em osteoblastos e condroblastos estimulando a formaccedilatildeo oacutessea no
local ou mesmo em um siacutetio heterotiacutepico Os materiais osteocondutores (geralmente
inorgacircnicos) permitem a aposiccedilatildeo de um novo tecido na sua superfiacutecie requerendo
a presenccedila de tecido oacutesseo preacute-existente como fonte de ceacutelulas osteoprogenitoras
Alguns criteacuterios foram propostos para o enxerto ideal quanto para que o material
enxertado se incorpore com sucesso ao siacutetio Dentre os possiacuteveis enxertos
xenoacutegenos encontram-se disponiacuteveis comercialmente os enxertos bovinos em
vaacuterias formas de apresentaccedilatildeo como aqueles que contecircm a fraccedilatildeo mineral do osso
os inorgacircnicos ou desproteinizados entre outros Todos eles apresentam excelente
biocompatibilidade agem favorecendo o processo de osteoconduccedilatildeo e natildeo
desencadeando respostas imunoloacutegicas desfavoraacuteveis A melhor accedilatildeo do enxerto
oacutesseo autoacutegeno de crista iliacuteaca quando comparado com a associaccedilatildeo do osso
autoacutegeno com osso desmineralizado bovino em cirurgias de levantamento de
assoalho de seio maxilar Apesar da diferenccedila estatiacutestica significante clinicamente
natildeo houve diferenccedila jaacute que os aacutepices dos implantes estavam todos cobertos por
osso sugerindo o sucesso do uso da associaccedilatildeo e ainda poupando o paciente de
uma intervenccedilatildeo ciruacutergica extraoral concluindo que o osso autoacutegeno eacute o que
22
apresenta os melhores resultados no processo de regeneraccedilatildeo oacutessea poreacutem os
enxertos de origem bovina apesar de demonstrarem um processo de neoformaccedilatildeo
oacutessea inferior promovem uma neoformaccedilatildeo satisfatoacuteria para que haja a reabilitaccedilatildeo
do paciente com implantes osseointegraacuteveis podendo ser utilizados com sucesso na
cliacutenica odontoloacutegica
Bassi e Carneiro (2009) citaram que os pacientes vem se queixando de
desconforto pelo uso de proacuteteses deficiecircncia na mastigaccedilatildeo onde entatildeo se
destacam os implantes dentaacuterios que minimizam estes aspectos negativos No
entanto seu sucesso depende de uma quantidade miacutenima de suporte oacutesseo por
este motivo foi oportuna pelos autores avaliar o iacutendice de sucesso dos enxertos e
implantes instalados na regiatildeo do seio maxilar reconstruiacuteda com osso autoacutegeno de
linha obliacutequa tanto imediata quanto mediato ao levantamento do seio maxilar
Foram avaliadas 51 cirurgias durante os anos de 2005 a 2007 com total de 107
implantes instalados sendo 28 de maneira imediata e 79 instalados posteriormente
Com relaccedilatildeo aos de maneira imediata o sucesso foi de 9286 sendo que dos 14
submetidos agrave implantaccedilatildeo imediata apenas 1 perdeu o implante De um total de 37
pacientes com instalaccedilatildeo posterior houve um sucesso de 9459 Podendo ser
analisado que natildeo haacute diferenccedila significante entre instalaccedilatildeo mediata e imediata
Acredita-se que para haver sucesso no tratamento eacute imprescindiacutevel que seja levado
em consideraccedilatildeo a quantidade de rebordo residual e tambeacutem a qualidade de osso
para a estabilidade do implante A conclusatildeo deste artigo eacute que o levantamento do
seio maxilar com o enxerto autoacutegeno por meio de acesso lateral eacute uma opccedilatildeo
segura no tratamento para regiatildeo posterior da maxila E natildeo houve diferenccedila em
relaccedilatildeo ao sucesso dos implantes instalados de maneira medita e imediata
Contar et al (2009) avaliaram o uso de enxertos provenientes de osso fresco-
congelado para na reconstruccedilatildeo de rebordos alveolares maxilares posteriormente a
aplicaccedilatildeo de implantes dentaacuterios Foram analisados quinze pacientes que tinham
atrofia crista maxilar onde necessitava de blocos de enxerto oacutesseo para
posteriormente se fazer a colocaccedilatildeo dos implantes Nove meses depois foi retirado
o nuacutecleo de osso do enxerto para analisar histologicamente Trinta e quatro blocos
foram colocados e do nuacutemero de blocos cada paciente recebeu uma numeraccedilatildeo de
1 a 4 Em todos os enxertos foram verificados para serem de consistecircncia firme
bem constituiacutedo e vascularizado Cinquumlenta e um implantes foram aplicados sobre
os enxertos com torque no miacutenimo de 40 N (Newton) Natildeo havendo problema em
23
nenhum implante O periacuteodo de acompanhamento variou de 24 a 35 meses Alo
enxertos pode ser bem satisfatoacuterios aplicados como material de enxerto para o
tratamento de defeitos oacutesseos maxilares se for aplicada a teacutecnica de forma
cautelosa e coerente
Costa et al (2009) descreveram cirurgias de enxertia oacutessea para reconstruccedilatildeo
do rebordo alveolar atroacutefico causado por traumas Em dois pacientes foram
utilizados blocos de osso homoacutegeno fresco congelado puro e em outros dois
pacientes esses blocos foram embebidos em medula oacutessea autoacuteloga aspirada do
proacuteprio paciente Os quatro pacientes que perderam seus dentes anteriores-
superiores 11122122 As cirurgias foram realizadas dentro do protocolo do
Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Cirurgia e Experimentaccedilatildeo da Universidade
Federal de Satildeo Paulo ndash Unifesp Cada paciente recebeu um bloco de enxerto oacutesseo
homoacutegeno fresco congelado proveniente de banco de tecidos oacutesseos em cada um
dos lados da regiatildeo anterior de maxila sendo que em dois dos pacientes os blocos
tiveram a sua porccedilatildeo medular embebida em medula oacutessea autoacuteloga aspirada do
proacuteprio paciente e nos outros dois pacientes os blocos foram fixados da mesma
maneira e na mesma regiatildeo poreacutem sem a utilizaccedilatildeo de medula oacutessea autoacuteloga
como preenchimento Foi observado clinicamente no segundo procedimento
ciruacutergico que os siacutetios enxertados com osso homoacutegeno associado agrave medula oacutessea
autoacuteloga obtiveram um menor niacutevel de reabsorccedilatildeo o que facilitou a instalaccedilatildeo dos
implantes osseointegraacuteveis Com as bioacutepsias oacutesseas obtidas por meio da utilizaccedilatildeo
da broca trefi na foram confeccionadas no Laboratoacuterio de Patologia da Unifesp uma
lacircmina em HE para cada regiatildeo enxertada com associaccedilatildeo agrave medula e tambeacutem
para as regiotildees de enxertia sem essa associaccedilatildeo Essas lacircminas foram
encaminhadas para o Departamento de Morfologia da Unifesp para avaliaccedilatildeo Tanto
as lacircminas histoloacutegicas do grupo onde se associou o aspirado de medula oacutessea ao
enxerto oacutesseo homoacutegeno quanto onde natildeo foi feita esta associaccedilatildeo mostraram uma
grande quantidade de tecido mineralizado vital Foi observado em ambos os grupos
uma pequena quantidade de tecido mineralizado desvitalizado Em todas as lacircminas
foi observada intensa vascularizaccedilatildeo assim como a presenccedila de tecido oacutesseo
lamelar A utilizaccedilatildeo de osso humano fresco congelado conservado em banco de
tecidos eacute uma alternativa viaacutevel para a reconstruccedilatildeo dos rebordos atroacuteficos
diminuindo a morbidade e riscos inerentes agrave abordagem da regiatildeo doadora dos
enxertos autoacutegenos A associaccedilatildeo do bloco de osso homoacutegeno agrave medula oacutessea
24
autoacuteloga parece representar uma alternativa terapecircutica para se minimizar os niacuteveis
de reabsorccedilatildeo dos materiais de enxertia
Gonccedilalves et al (2009) citaram que o melhor material para enxertia oacutessea eacute o
autoacutegeno o problema eacute o poacutes-operatoacuterio que eacute desconfortaacutevel para o paciente Na
existecircncia de desvantagens para a utilizaccedilatildeo de osso autoacutegeno o osso proveniente
de banco de tecidos surge como uma alternativa viaacutevel nas reconstruccedilotildees oacutesseas
maxilomandibulares O osso homoacutegeno pode ser utilizado em algumas situaccedilotildees
que impossibilite obter uma quantidade necessaacuteria de osso autoacutegeno requisitado
pelo receptor ou quando induz ao procedimento com grande morbidade onde exista
negativa do paciente em se submeter a um segundo siacutetio ciruacutergico Mesmo com toda
a previsibilidade de utilizaccedilatildeo de tecido oacutesseo homoacutelogo ele ainda gera
controveacutersias pela possibilidade de infecccedilotildees cruzadas com sua utilizaccedilatildeo Com o
estudo citado foi concluiacutedo que o enxerto homoacutelogo induz mais rapidamente a
remodelaccedilatildeo quando comparado com o autoacutegeno E o estaacutegio da remodelaccedilatildeo
esteve mais dependente da resposta orgacircnica individual de cada paciente
Jahn et al (2009) avaliaram o procedimento de retalho em dupla paacutegina para acesso
ao osso da regiatildeo do mento em comparaccedilatildeo a teacutecnica de retalho mucoperiosteal
Foram realizados procedimentos de obtenccedilatildeo de enxerto oacutesseo da regiatildeo do mento
para utilizaccedilatildeo na reabilitaccedilatildeo de pacientes que receberiam implantes
osseointegrados na regiatildeo anterior da maxila e que necessitavam de aumento de
espessura oacutessea localizada Foram operados 20 pacientes da cliacutenica de Periodontia
da Universidade de Santo Amaro entre 28 e 60 anos de idade Dez pacientes foram
submetidos agrave teacutecnica de retalho mucoperiosteal de espessura parcial e total
convencional e dez pacientes foram submetidos ao retalho em dupla Os pacientes
foram avaliados apoacutes 7 e 14 dias do procedimento ciruacutergico quanto aos seguintes
aspectos parestesia dor edema infecccedilatildeo hemorragia hematoma contato com as
raiacutezes dentaacuterias deiscecircncia de sutura presenccedila ou ausecircncia de trismo Todos os
procedimentos realizados permitiram acesso agrave regiatildeo do mento para obtenccedilatildeo de
enxertos oacutesseos autoacutegenos A avaliaccedilatildeo poacutes-operatoacuteria dos pacientes mostrou que
em ambos os grupos natildeo houve casos de hemorragia trismo contato acidental com
as raiacutezes dentaacuterias e infecccedilatildeo Edema foi constatado em seis casos no grupo de
retalho em dupla paacutegina e sete casos nos retalhos muco periosteais dor foi relatada
por dois e seis pacientes respectivamente Dois casos apresentaram parestesia na
regiatildeo de mento e nos dentes anteriores inferiores por ateacute duas semanas nos
25
pacientes operados pela teacutecnica do retalho mucoperiosteal enquanto nenhum caso
aconteceu em pacientes operados por retalho em dupla paacutegina Os autores
concluiacuteram que a teacutecnica de retalho em dupla paacutegina eacute um importante auxiacutelio no
acesso agrave aacuterea doadora o que pela facilidade de uso pode encorajar os cirurgiotildees a
usarem o mento como aacuterea doadora para pequenos enxertos oacutesseos intrabucais
Molon et al (2009) tiveram como objetivo relatar um caso cliacutenico de maxila
atroacutefica com necessidade de reconstruccedilatildeo alveolar atraveacutes de enxerto homoacutegeno
Apoacutes a realizaccedilatildeo da anamnese foi constatado clinicamente que o paciente
apresentava forma em lacircmina do osso e radiograficamente a panoracircmica mostrou
uma perda oacutessea em altura e uma proximidade do rebordo com a parede inferior do
seio maxilar Foi utilizado enxerto provenientes do UniOss processados e
congelados a -80degCos tecidos foram submetidos a testes soroloacutegicos Na regiatildeo
anterior foi realizado enxerto com osso humano congelado em bloco para restaurar
espessura oacutessea possibilitando a colocaccedilatildeo de implantes dentaacuterios Os blocos
foram fixados com o sistema 15mm e o osso particulado foi acomodado nos
espaccedilos mortos para evitar a formaccedilatildeo de GAPs Apoacutes seis meses da cirurgia foi
removido os parafusos e o guia ciruacutergico posicionado para a instalaccedilatildeo dos seis
implantes A osseointegraccedilatildeo dos implantes foi verificada apoacutes seis meses da
segunda cirurgia pela radiografia panoracircmica Atualmente vem sendo muito utilizado
osso autoacutegeno para reconstruccedilatildeo de maxilares contudo haacute desvantagens
relacionadas com a morbidade do sitio doador quantidade inadequada de osso
intraoral para grandes defeitos e necessidade de osso de regiatildeo extra-oral para
maiores reconstruccedilotildees limitam as expectativas do paciente Por isso os osso
estudos utilizando osso homoacutelogo para reabilitaccedilatildeo com implantes vecircm se
intensificando e apresentando bons resultados Os autores consideram o enxerto de
osso homoacutelogo uma alternativa viaacutevel para reconstruccedilatildeo de rebordos alveolares
severamente atroacuteficos ao mesmo tempo em que reduz a morbidade e os riscos
inerentes aos procedimentos de enxertos autoacutegenos
Pereira et al (2009) discutiram revisaram e compararam as teacutecnicas
envolvidas em remoccedilatildeo de blocos oacutesseos da linha obliacutequa e mento demonstrando
sua efetividade por meio de exemplos cliacutenicos O osso mandibular tem sido utilizado
na reconstruccedilatildeo alveolar para permitir a instalaccedilatildeo de implantes com resultados
extremamente favoraacuteveis Para a regiatildeo de mento a teacutecnica consiste em osteotomia
26
efetuada pelo menos 5 mm abaixo dos aacutepices dentaacuterios e o osso basal da
mandiacutebula preservado A profundidade das osteotomias limita-se agrave cortical externa
Para a regiatildeo da linha obliacutequa haacute trecircs diferentes meacutetodos para acessar a aacuterea
doadora 1 Intrasulcular Realizada no sulco gengival dos dentes naturais 2
Submarginal Indicada quando da presenccedila de coroas proteacuteticas nos molares e preacute-
molares 3 Crestal Indicada para rebordos edecircntulos ou quando os implantes
estiverem planejados para a mesma regiatildeo Uma vez feita agrave incisatildeo o retalho
mucoperiosteal eacute descolado do corpo mandibular expondo a face lateral do
ramocorpo Um bloco cortical retangular ateacute 4 mm de espessura pode ser coletado
da regiatildeo do ramo O comprimento do bloco pode se aproximar de 35 mm mas
altura natildeo deve exceder 10 mm Para o preparo do siacutetio receptor e enxertia o osso
removido eacute posicionado com a face medular do bloco em contato com a face cortical
do siacutetio receptor previamente perfurada com brocas proporcionando sangramento
O bloco deve ser adaptado intimamente ao leito e fixado com parafusos de titacircnio
Os autores concluiacuteram que ambas as teacutecnicas podem ser utilizadas com sucesso
de acordo com a quantidade oacutessea desejada localizaccedilatildeo do siacutetio doador e
experiecircncia do profissional
Piccinelli et al (2009) analisaram retrospectivamente 59 pacientes submetidos
agrave enxertia oacutessea obtida de aacutereas intrabucais com a instalaccedilatildeo de implantes
osseointegrados As aacutereas doadoras foram a regiatildeo da siacutenfise mandibular ramo
mandibular e tuberosidade da maxila Os enxertos foram imobilizados atraveacutes de
parafusos de titacircnio especiacuteficos para fixaccedilatildeo interna riacutegida com diacircmetro de 16 mm
e comprimentos de 8 10 e 12 mm com encaixe em forma de cruz De todas as
cirurgias realizadas foi constatado insucesso em 5 (742 ) pacientes todos do
sexo feminino Destes em 2 (338 ) casos ocorreram perfuraccedilatildeo de membrana do
seio maxilar sendo os dois pacientes tabagistas com idades de 40 e 41 anos Em
um paciente de 30 anos ocorreu a perda do enxerto na regiatildeo anterior de maxila
tendo por aacuterea doadora o osso retirado do ramo mandibular Em outro com 50 anos
ocorreu a perda do enxerto em regiatildeo posterior de mandiacutebula recebendo da aacuterea
retromolar E noutro com 40 anos a perda ocorreu em regiatildeo posterior da
mandiacutebula tendo aacuterea doadora a siacutenfise mandibular A maior causa de falhas de
enxerto eacute deiscecircncia de sutura e posterior necrose asseacuteptica do osso enxertado
sendo demonstrado altas taxas de complicaccedilotildees quando utilizamos a mandiacutebula
27
como aacuterea receptora Existe um iacutendice de sucesso de 904 quando os implantes
satildeo instalados apoacutes um periacuteodo de cicatrizaccedilatildeo dos enxertos O estudo concluiu que
os siacutetios intrabucais doadores de enxertos oacutesseos podem prover volumes oacutesseos
suficientes para a reconstruccedilatildeo dos rebordos alveolares da maioria dos pacientes
desdentados parciais A mandiacutebula eacute vista como siacutetio de eleiccedilatildeo para retirada de
enxertos oacutesseos pois eacute capaz de prover blocos oacutesseos de composiccedilatildeo
predominantemente corticais
Silveira e Wassall (2009) analisaram a aacuterea doadora de enxertos por meio de
tomografias volumeacutetricas tipo feixe cocircnico para avaliaccedilatildeo da remodelaccedilatildeo oacutessea
verificando o grau de morbidade quanto a este paracircmetro Foram selecionados vinte
voluntaacuterios de ambos os gecircneros sem risco de sauacutede e com risco de sauacutede
controlados da cliacutenica de Poacutes-Graduaccedilatildeo do Centro de Pesquisas Odontoloacutegica
Satildeo Leopoldo Mandic e cliacutenica particular As tomografias foram obtidas com
aparelho de aquisiccedilatildeo volumeacutetrica tipo feixe cocircnico este aparelho usa a nova
tecnologia do feixe de tomografia computadorizada cocircnico no qual obtemos todas
as estruturas maxilofaciais do indiviacuteduo em volume ou seja em terceira dimensatildeo
Foi utilizado o tempo de exposiccedilatildeo de 36 segundos e apenas 3 de radiaccedilatildeo uma
tomografia meacutedica As primeiras mediccedilotildees foram obtidas no momento da tomografia
computadorizada inicial anteriormente a cirurgia Logo apoacutes a cirurgia foi realizada
a segunda tomada e medida na qual foi mensurado o quanto foi retirado de tecido
oacutesseo para enxerto Na terceira tomada de medidas foi calculado o ganho real
oacutesseo obtido na remodelaccedilatildeo apoacutes 180 dias de remoccedilatildeo do enxerto Embora a
quantidade retirada de aacuterea varie a recomposiccedilatildeo acompanha com a mesma
variabilidade Os autores concluiacuteram que a remodelaccedilatildeo oacutessea meacutedia da regiatildeo
posterior da mandiacutebula avaliada 180 dias apoacutes a remoccedilatildeo do bloco oacutesseo (enxerto
oacutesseo) foi de 813
Sousa et al (2009) verificaram atraveacutes de uma revisatildeo sistemaacutetica se os
enxertos homoacutegenos satildeo tatildeo eficientes quanto os enxertos autoacutegenos Apoacutes a busca
nas bases foram selecionados 1215 tiacutetulos de artigos Um uacutenico artigo atendeu os
criteacuterios da pesquisa o mesmo foi lido na iacutentegra por ambos examinadores e suas
caracteriacutesticas foram distribuiacutedas em uma tabela Este artigo analisado resultou em
16 pacientes entre 38 e 65 anos (9 do sexo masculino e 7 do sexo feminino) foi
comparado dois grupos enxerto autoacutegeno do iliacuteaco (grupo 1) e enxerto autoacutegeno da
calvaacuteria (grupo 2) Foi avaliado o volume oacutesseo total (VOT) o volume oacutesseo
28
necroacutetico (VON) e o osso vital (OV) e os resultados do grupo 1 foi de VOT (466)
VON (126) e OV (34) jaacute do grupo 2 foi VOT (734) VON (55) e OV (67)
Estatisticamente o enxerto da calvaacuteria foi melhor que o enxerto do iliacuteaco Os autores
concluiacuteram que o uacutenico artigo considerado natildeo consistia numa comparaccedilatildeo entre
enxerto autoacutegeno e homoacutegeno e sim numa comparaccedilatildeo entre enxertos autoacutegenos
de siacutetios diferentes
Spin-Neto et al (2009) realizaram uma revisatildeo de literatura sobre a utilizaccedilatildeo
de osso homoacutelogo em Odontologia sobre a legislaccedilatildeo envolvida na aplicaccedilatildeo deste
material Foram analisados artigos publicados nos uacuteltimos 25 anos no Medline e
pela ANVISA leis decretos que regulamentam o funcionamento dos bancos de
ossos de tecidos musculoesqueleacuteticos brasileiros Sobre o enxerto homoacutelogo haacute
um nuacutemero enorme de processos que ocorrem eacute iniciado por uma reaccedilatildeo
inflamatoacuteria criando espaccedilos que permitam sua invasatildeo por vasos sanguiacuteneos e
chegada das ceacutelulas responsaacuteveis pelo metabolismo oacutesseo atuando na
remodelaccedilatildeo gradativa do local Remover tecidos oacutergatildeos ou partes da pessoa ou do
cadaacutever eacute crime podendo resultar em reclusatildeo (2 a 6 anos) ou em 100 a 360 dias
de multa Jaacute no caso de sepultamento cabe aos meacutedicos realizar a reconstruccedilatildeo do
corpo para evitar constrangimento e manter a dignidade diante de seus familiares
no qual natildeo realizado eacute considerado crime por tal ato Foi concluiacutedo que eacute
necessaacuterio mais estudos e resultados sobre a aplicaccedilatildeo deste biomaterial para
aliados com o conhecimento juriacutedico aumentarmos o conhecimento e informaccedilotildees
sobre o caso
Piffer et al (2010) descreveram um caso cliacutenico de reabilitaccedilatildeo oral de uma
aacuterea de maxila posterior extremamente reabsorvida atraveacutes de levantamento de
seio maxilar utilizando osso xenoacutegeno e posterior uso de implante O caso constava
de uma paciente do sexo feminino que foi submetida a levantamento de seio
maxilar utilizando osso xenoacutegeno liofilizado e concomitante colocaccedilatildeo de dois
implantes nos elementos 15 e 16 Foi relatado que devido agraves limitadas quantidades
oacutesseas para colocaccedilatildeo de implantes dentaacuterios surgiram as teacutecnicas de enxertos
oacutesseos Inicialmente era utilizado osso autoacutegeno da regiatildeo intra-bucal gerando
algumas desvantagens devido a morbidade do siacutetio doador podendo gerar dor
parestesias hematoma Como alternativa surgiu possibilidade de utilizaccedilatildeo de
biomateriais para reconstruccedilotildees maxilares no qual foi utilizado neste caso o Bio-
Oss e obteve um resultado excelente em relaccedilatildeo aacute formaccedilatildeo oacutessea formando
29
extensa regiatildeo de osso denso ao redor dos implantes Assim atraveacutes de uma
revisatildeo sistemaacutetica criacutetica de trabalhos cliacutenicos controlados randomizados
evidenciou que substitutos de ossos autoacutegenos podem ser utilizados obtendo
sucesso Concluindo assim que a colocaccedilatildeo de implantes concomitantes com
enxertias oacutesseas natildeo interferem no processo de reparo oacutesseo e nem na
estabilizaccedilatildeo dos implantes e mostrou-se um tratamento viaacutevel para o presente
caso cliacutenico
Souza et al (2010) realizaram uma revisatildeo da literatura das principais
aplicaccedilotildees e indicaccedilotildees dos enxertos de bancos de ossos na Odontologia Os
enxertos oacutesseos autoacutegenos satildeo eleitos como os de primeira escolha pela sua
eficiecircncia biosseguranccedila e facilidade de obtenccedilatildeo poreacutem apresentam algumas
desvantagens e limitaccedilotildees A utilizaccedilatildeo de homoenxertos provenientes de bancos
de ossos representa uma alternativa aos enxertos oacutesseos autoacutegenos e demonstra
ser uma ferramenta bastante uacutetil para a odontologia com a finalidade de regenerar o
tecido oacutesseo perdido dos maxilares Os autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de
homoenxertos provenientes de bancos de ossos demonstra ser uma ferramenta
bastante uacutetil para a odontologia com a finalidade de regenerar o tecido oacutesseo
perdido dos maxilares Faz-se necessaacuterio que mais bancos de coleta e preparo do
tecido oacutesseo sejam instalados nos hospitais para que esta opccedilatildeo torne-se viaacutevel e
acessiacutevel a um nuacutemero maior de serviccedilos que atuam com reconstruccedilotildees oacutesseas
Aloy-Proacutesper et al (2011) realizaram uma revisatildeo bibliograacutefica sobre
regeneraccedilatildeo oacutessea usando partiacuteculas de enxertos Foram avaliados os resultados
obtidos bem como as complicaccedilotildees de teacutecnicas cirurgircas e as taxas de
sobrevivecircncia e sucesso de implantes colocados nestas aacutereas regeneradas Foram
identificados 64 artigos dos quais 53 foram excluiacutedos em 14 casos de partiacuteculas de
enxerto foi combinado com o bloco de enxerto em quatro casos natildeo ocorreu
defeitos periimplantares durante a colocaccedilatildeo do implante Quanto agrave taxa de sucesso
dos implantes nem todos os estudos bem definidos utilizaram os criteacuterios de
sucesso tornando difiacutecil a comparaccedilatildeo Com base nos criteacuterios de sucesso de
Albrektsson houve uma taxa de sucesso de 932 dois anos apoacutes o carregamento
(857 na maxila superior e 100 na mandiacutebula) Quando os criteacuterios eram do
cortador e Ederer houve uma taxa de sucesso de 857 trecircs anos apoacutes o
carregamento A conclusatildeo dos autores foi de que enxertos de partiacuteculas satildeo
30
eficazes na correccedilatildeo localizada de defeitos do processo alveolar com poucas
complicaccedilotildees e a taxa de sucesso satildeo sempre elevadas variando de 875 a 100
Oliveira Diebold e Silva (2011) analisaram as estruturas da regiatildeo maxilar de
interesse na implantodontia por meio de imagens de tomografia computadorizada
buscando uma avaliaccedilatildeo qualitativa e quantitativa da densidade oacutessea Foram
utilizadas imagens de tomograacutefia computadorizada por raios X obtidas da regiatildeo
maxilar de 31 pacientes avaliados para a colocaccedilatildeo de implantes As regiotildees de
interesse analisadas (seio maxilar fossa nasal tuberosidade maxilar e foramem
naso-alveolar) foram delimitadas de modo semi-automaacutetico com o auxiacutelio da
ferramenta ldquoCell Outlinerrdquo pelo software ImageJ Essas regiotildees foram analisadas nos
cortes axiais cortes sagitais e coronais obtidos pelo TC e com o software A partir
da delimitaccedilatildeo das regiotildees de interesse (ROI) foram determinados os valores
meacutedios e desvio padratildeo do nuacutemero CT em HU (Hounsfield) O nuacutemero CT de uma
imagem tomograacutefica representa o valor de cada pixel que compotildee a imagem esta
relacionada com o coeficiente de atenuaccedilatildeo linear dos tecidos contidos em um voxel
correspondente Estes valores constituem-se em uma informaccedilatildeo importante tanto
para a avaliaccedilatildeo quantitativa das densidades oacutesseas como para a produccedilatildeo de uma
metodologia de realce das estruturas de interesse em implantodontia Com anaacutelise
dos dados obtidos para cada paciente nas estruturas analisadas foi observado que
as regiotildees do seio maxilar e a fossa nasal satildeo semelhantes mas estatisticamente
diferentes Estas satildeo regiotildees pneumaacuteticas que em consequumlecircncia da presenccedila do
ar possuem medidas de nuacutemero CT semelhantes a fossa nasal apresenta uma
estrutura mais irregular e obteve-se uma diferenccedila estatisticamente significativa
entre estas duas regiotildees estudadas O foramem naso-alveolar e a tuberosidade satildeo
regiotildees distintas porque a tuberosidade eacute um osso trabecular de densidades
heterogecircneas que possui a meacutedia do nuacutemero CT maior que a meacutedia do foramen
naso-alveolar que se trata de uma estrutura tubular de densidade homogecircnea para
passagem do feixe vasculo-nervoso Com a comparaccedilatildeo das estruturas analisadas
pelo meacutetodo ANOVA entre pacientes masculinos e femininos evidenciou-se que natildeo
existe diferenccedila estatisticamente significativa entre sexos As conclusotildees obtidas
neste trabalho mostraram que o nuacutemero CT eacute uma medida eficiente para
caracterizar estruturas do corpo humano Os dados obtidos com a anaacutelise das
meacutedias do nuacutemero CT de cada regiatildeo estudada nos permite caracterizar
separadamente cada regiatildeo
31
3 MATERIAS E MEacuteTODOS
O presente trabalho aborda a descriccedilatildeo de quatro casos cliacutenicos que foram
selecionados dos prontuaacuterios de pacientes enxertados submetidos agrave tomografia
computadorizada Cone Beam no periacuteodo preacute-enxerto e apoacutes o procedimento
ciruacutergico das cliacutenicas radiograacuteficas ldquoCliacutenica Odonto Imagem Radiologiardquo situada em
Balneaacuterio Camboriuacute (SC) e ldquoCliacutenica Radioimagemrdquo situada em Itajaiacute (SC)
Foram incluiacutedos no estudo os laudos radiograacuteficos de pacientes que atendem
as seguintes caracteriacutesticas pacientes de ambos os sexos com bom estado de
sauacutede geral idade de quarenta a setenta anos que foram submetidos a enxerto
oacutesseo em regiatildeo de maxila
Primeiramente foi realizada uma coleta de dados junto aos laudos
radiograacuteficos emitidos pelas cliacutenicas citadas Foram selecionados os casos e
posteriormente foi acessado agraves imagens tomograacuteficas dos pacientes
Os exames tomograacuteficos computadorizado de aquisiccedilatildeo volumeacutetrica (cone
beam) foram realizados atraveacutes de cortes parasagitais de espessura de 2mm e
distacircncia de 1 mm entre os cortes
Na segunda etapa foi efetuada a anaacutelise das tomografias observando as
imagens preacute e poacutes-ciruacutergicas simultaneamente nesse momento delimitou-se a aacuterea
do leito receptor e do material enxertado Utilizando o programa Planmeca Romexis
Viewer acessou-se as imagens fornecidas digitalmente analisando primeiramente
as imagens do leito receptor por meio de trecircs traccedilados (em planos perpendiculares)
realizados com o auxiacutelio da ferramenta denominada Linha Hounsfield que nos
fornece a densidade oacutessea do local traccedilado e uma meacutedia do mesmo Foi realizada
uma meacutedia aritmeacutetica simples dos trecircs traccedilados resultando uma meacutedia de
densidade oacutessea que foi enquadrada na escala O mesmo procedimento foi
realizado na aacuterea do material enxertado
Com a posse destes valores meacutedios comparou-se a densidade oacutesseo do leito
receptor com a densidade oacutessea do material enxertado
32
Os dados seratildeo divulgados atraveacutes de painel exposto no bloco de Odontologia
e apresentaccedilatildeo oral Uma coacutepia da pesquisa concluiacuteda seraacute enviada agraves Cliacutenicas
envolvidas na pesquisa
O projeto de pesquisa foi aprovado pela Comissatildeo de Eacutetica em Pesquisa
sobre o nuacutemero 44610
33
4 RESULTADOS
De acordo com a tabela a seguir podemos expressar de forma resumida os
resultados obtidos atraveacutes da pesquisa comparando os mesmos com a escala de
Misch
Paciente (P1) MS sexo feminino com idade de 49 anos apresentando bom
estado de sauacutede geral No dia 28 de outubro de 2009 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes (Figura 1)
34
Figura 1 Vista panoracircmica preacute-enxertia
A densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield
obteve os seguintes resultados Axial (Z) = 7650 Coronal (Y) = 5196 Sagital (X)
= 7818
No dia 29 de janeiro de 2010 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
homoacutegeno O material proveniente do Banco de Tecidos Muacutesculo Esqueleacuteticos HC-
UFPR consistia de um bloco cortical de Fecircmur medindo 30x20mm lote C0917 FD
BC 26 processado no dia 15 de julho de 2009 com validade de 5 anos conservado
a temperatura abaixo de -40ordmC O osso foi particulado e acrescido de lincomicina
No dia 19102010 foram realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da
densitometria oacutessea do material enxertado e obtiveram os seguintes resultados
Axial (Z) = 6590 Coronal (Y) = 4986 Sagital (X) = 2948 (Figura 2)
35
Figura 2 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
Paciente (P2) AWU sexo feminino com idade de 67 anos apresentando
bom estado de sauacutede geral no dia 29 de agosto de 2009 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes A
densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield obteve os
seguintes resultados Axial (Z) = 7104 Coronal (Y) = 7002 Sagital (X) = 10412
(Figura 3)
Figura 3 Vista panoracircmica preacute-enxertia
No dia 06 de novembro de 2009 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
36
homoacutegeno O material proveniente do Banco de Tecidos Muacutesculo Esqueleacuteticos HC-
UFPR consistia de um bloco cortical de Fecircmur medindo 30x20mm lote C0917 FD
BC 39 processado no dia 15 de julho de 2009 com validade de 5 anos conservado
a temperatura abaixo de -40ordmC O osso foi particulado e acrescido de lincomicina
Passado o periacuteodo de 10 meses apoacutes o procedimento ciruacutergico foram
realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da densitometria oacutessea do material
enxertado e obtiveram os seguintes resultados Axial (Z) = 6972 Coronal (Y) =
8138 Sagital (X) = 4984 (Figura 4)
Figura 4 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
Paciente (P3) IS sexo feminino com idade de 42 anos apresentando bom
estado de sauacutede geral no dia 13 de Novembro de 2007 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes A
densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield obteve os
seguintes resultados Axial (Z) = 4917 Coronal (Y) = 3481 Sagital (X) = 4207
(Figura 5)
37
Figura 5 Vista panoracircmica preacute-enxertia
No dia 26 de Novembro de 2007 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
autoacutegeno tendo como aacuterea doadora a regiatildeo de ramo mandibular
Passado o periacuteodo de 09 (nove) meses apoacutes o procedimento ciruacutergico foram
realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da densitometria oacutessea do material
enxertado e obtiveram os seguintes resultados Axial (Z) = 7176 Coronal (Y) =
5443 Sagital (X) = 5638 (Figura 6)
Figura 6 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
38
Paciente (P4) ATL sexo feminino com idade de 45 anos apresentando
bom estado de sauacutede geral no dia 18 de Agosto de 2009 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes A
densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield obteve os
seguintes resultados Axial (Z) = 6028 Coronal (Y) = 6681 Sagital (X) = 6397
(Figura 7)
Figura 7 Vista panoracircmica preacute-enxertia
No dia 09 de Outubro de 2009 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
autoacutegeno tendo como aacuterea doadora a regiatildeo de ramo mandibular
Passado o periacuteodo de 4 (quatro) meses apoacutes o procedimento ciruacutergico foram
realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da densitometria oacutessea do material
enxertado e obtiveram os seguintes resultados Axial (Z) = 8549 Coronal (Y) =
9340 Sagital (X) = 8624 (Figura 8)
39
Figura 8 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
40
5 DISCUSSAtildeO
Em Odontologia a tomografia computadorizada tem demonstrado ser o
meacutetodo de eleiccedilatildeo para a determinaccedilatildeo da densidade oacutessea na regiatildeo dos
maxilares pois fornece dados objetivos precisos da variaccedilatildeo da densidade oacutessea
entre diferentes regiotildees em um mesmo indiviacuteduo A tomografia computadorizada eacute o
uacutenico meacutetodo que permite avaliar osso cortical e medular separadamente com a
vantagem de que as informaccedilotildees tridimensionais satildeo apresentadas em uma seacuterie de
cortes finos da estrutura interna da parte estudada onde as informaccedilotildees resultantes
natildeo sofrem superposiccedilatildeo por estruturas anatocircmicas (SANTIAGO e VITRAL 2006)
Logo a tomografia computadorizada eacute um meacutetodo de escolha na avaliaccedilatildeo
qualitativa e quantitativa de enxertos em seio maxilar (ZEacuteTOLA et al 2002)
Bassi et al (2009) citaram que para o sucesso da reabilitaccedilatildeo com implantes
dentaacuterios eacute imprescindiacutevel que seja levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
rebordo residual e tambeacutem a qualidade de osso para a estabilidade do implante
Aleacutem disso o osso disponiacutevel (volume) deve ser avaliado em sua densidade
o que determinaraacute sua resistecircncia Densidade eacute a relaccedilatildeo entre a massa e o volume
de um corpo e o meacutetodo de avaliaccedilatildeo da densidade mineral oacutessea eacute denominado
densitometria As unidades de medidas mais empregadas satildeo gcmsup2 (densidade por
aacuterea) gcmsup3 (densidade por volume) ou HU (unidade Hounsfield) (CAUacuteLA
MACHADO BARBOSA 2000)
A densidade oacutessea eacute diretamente relacionada agrave resistecircncia do tecido oacutesseo
antes da fratura Uma diferenccedila de dez vezes na resistecircncia do tecido oacutesseo pode
ser observada entre o osso D1 e D4 O osso D2 exibe uma resistecircncia agrave
compressatildeo 47 a 68 maior se comparado com o D3 (MISCH 2000)
O osso com densidade 2 (D2) eacute uma combinaccedilatildeo de osso compacto denso
para poroso na porccedilatildeo externa e osso trabecular grosso na porccedilatildeo interna Na
superfiacutecie e nas proporccedilotildees laterais do implante oferece uma interface inicial riacutegida
A densidade oacutessea D2 eacute mais comumente encontrada na mandiacutebula A regiatildeo
anterior da mandiacutebula apresenta este tipo oacutesseo em 23 dos casos O osso com
densidade 3 (D3) eacute composto de uma cortical oacutessea fina na crista e osso trabecular
fino no interior Uma das desvantagens desse tipo oacutesseo eacute a delicadeza com a qual
esse osso deve ser manipulado Quanto menor for a densidade mais facilmente o
41
osso eacute expandido para que implantes sejam inseridos A regiatildeo anterior da maxila
apresenta em 65 dos casos o osso D3 e em quase metade dos casos o osso
D3 eacute encontrado tambeacutem na regiatildeo posterior da maxila O osso menos denso D4
tem sido relatado em aproximadamente 40 dos casos eacute encontrado na parte
posterior da maxila especialmente na regiatildeo dos molares ou apoacutes levantamento do
seio maxilar (CAUacuteLA MACHADO BARBOSA 2000 BUSCATTI 2003)
Em 1988 Misch realizou uma pesquisa tendo como base de estudos a escala
apresentada por Hounsfield que tem como objetivo a diferenciaccedilatildeo de densidades
de oacutergatildeos do corpo pela diferenccedila de tons de cinza atraveacutes da tomografia A partir
desta Misch propocircs uma nova escala o qual associou nuacutemeros aos tipos oacutesseos
relacionando numericamente os valores aos tipos oacutesseos
No periacuteodo preacute-enxertia foi verificado que em todos os casos estudados a
densidade presente na regiatildeo de leito receptor caracteriza osso tipo D3 Sendo esta
densidade compatiacutevel com a regiatildeo anterior e posterior da maxila
Apoacutes 10 meses dos enxertos homoacutegenos serem realizados (P1 e P2)
observou-se que a densidade em unidades HU diminuiu na maioria dos eixos
avaliados somente no eixo coronal da P2 que apresentou um leve aumento Apesar
desta variaccedilatildeo de valores natildeo houve mudanccedila da qualidade oacutessea Tanto o osso
neoformado quanto o do leito receptor mantiveram-se qualidade de osso D3
Nos casos onde o material de escolha foi osso autoacutegeno observou-se atraveacutes
da densidade em unidades HU aumento dos valores em todos os eixos avaliados
Entre os dois casos (P3 e P4) houve uma pequena diferenccedila entre os valores que
atraveacutes da escala proposta por Misch resultou na diferenccedila que no caso P3 o
material enxertado natildeo apresentou alteraccedilatildeo na qualidade em relaccedilatildeo agrave aacuterea
receptora Jaacute no caso P4 o material enxertado caracteriza-se como qualidade oacutessea
D2 Suponha-se que esta diferenccedila entre a densidade do material enxertado nestes
dois casos seja devido ao grau de condensaccedilatildeo do material na regiatildeo tamanho das
partiacuteculas e quantidade de material enxertado Os dados obtidos natildeo correspondem
a uma populaccedilatildeo em geral devido a pequena quantidade de amostras e se tratando
de um relato de caso cliacutenico
Pinto et al (2007) comenta que os enxertos autoacutegenos satildeo os uacutenicos entre os
tipos de enxerto oacutesseo a fornecer ceacutelulas oacutesseas vivas imunocompatiacuteveis
essenciais agrave fase I da osteogecircnese que eacute responsaacutevel pela proliferaccedilatildeo das ceacutelulas
oacutesseas em especial do osteoacuteide assim quanto mais ceacutelulas vivas forem
42
transplantadas mais tecido oacutesseo seraacute formado Kuabara et al (2000) concluiacuteram
que a pequena morbidade poacutes-operatoria da regiatildeo doadora do enxerto elege a
regiatildeo retromolar inferior como uma excelente opccedilatildeo ciruacutergica para reabilitaccedilatildeo de
pequenos defeitos oacutesseos Jaacute Cyriaco e Azevedo (2006) relatam que quando se
trata de enxertos menores as melhores aacutereas doadoras para regiatildeo oral seriam o
mento e a regiatildeo retromolar e para maiores quantidades a crista iliacuteaca a calota
craniana a costela e a tiacutebia
Pereira et al (2009) enxerto com osso autoacutegeno eacute considerado padratildeo ouro
para reconstruccedilatildeo de defeitos oacutesseos residuais Algumas teacutecnicas ciruacutergicas podem
ser realizadas abrangendo aacutereas doadoras extra e intrabucais dependendo do grau
de perda oacutessea planejamento ciruacutergico-proteacutetico e das condiccedilotildees gerais do
paciente O osso autoacutegeno cortical oferece excelente suporte estrutural para o siacutetio
receptor sendo uma excelente alternativa para segmentos de defeitos maiores que
5 ou 6 cm que requerem suporte estrutural imediato restabelecendo devidamente a
funccedilatildeo
Gonccedilalves (2008) concluiu que implantes instalados em enxertos de seio maxilar
com a ajuda de substitutos oacutesseos apresentam uma taxa de sucesso cliacutenico de
9009
O osso mais indicado para enxertia eacute o autoacutegeno pela sua eficiecircncia
bioseguranccedila e facilidade de obtenccedilatildeo e uma alternativa para sua substituiccedilatildeo eacute o
homoacutegeno por ter caracteriacutesticas a longo prazo semelhantes embora o iacutendice de
reabsorccedilatildeo ser maior (DEL VALE et al 2006 SOUZA et al 2010 GONCcedilALVEZ et
al 2009) O enxerto de osso homoacutelogo eacute uma alternativa viaacutevel para reconstruccedilatildeo
de rebordos alveolares severamente atroacuteficos ao mesmo tempo em que reduz a
morbidade e os riscos inerentes aos procedimentos de enxertos autoacutegenos como
dor parestesia e hematomas (MOLON et al 2009 PIFFER et al2010) Ele mostra-
se efetivo conforme Contar et al (2009) que realizou 51 implantes sobre enxerto
homoacutegeno alcanccedilando o torque miacutenimo de 40N(newton) em todos eles natildeo
havendo problema em nenhum implante em um periacuteodo de acompanhamento de 24
a 35 meses
Ajzen et al (2005) comenta do uso de fatores indutores como plasma rico em
plaquetas sugerindo uma melhor qualidade e quantidade oacutessea necessaacuteria para
reconstruccedilatildeo proteacutetica atraveacutes de implantes oacutesseo integrados A associaccedilatildeo do
bloco de osso homoacutegeno agrave medula oacutessea autoacuteloga parece representar uma
43
alternativa terapecircutica para se minimizar os niacuteveis de reabsorccedilatildeo dos materiais de
enxertia (COSTA et al 2009)
Faz-se necessaacuterio a coleta de mais casos para se obter um tratamento
estatiacutestico que possibilite uma comprovaccedilatildeo da previsibilidade da densidade oacutessea
com os materiais enxertados e variaccedilotildees de teacutecnicas ciruacutergicas
44
6 CONCLUSAtildeO
Conclui-se que o enxerto oacutesseo autoacutegeno e procedente de banco de ossos
demonstra-se eficaz na reabilitaccedilatildeo de pacientes que apresentam maxilas atroacuteficas
e que necessitam de implantes dentaacuterios para a reabilitaccedilatildeo proteacutetica
A densidade obtida do material enxertado eacute semelhante a densidade do
tecido oacutesseo adjacente necessitando de mais casos para esta comprovaccedilatildeo
45
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AJZEN S A et al Anaacutelise por tomografia computadorizada do enxerto autoacutegeno na cirurgia de sinus lift Radiol bras Rio de Janeiro v 38 n 1 p 25-31 janfev 2005 ALOY-PROacuteSPER A et al Bone regeneration using particulate grafts an update Med oral patol oral cir bucal Valencia v16 n2 p210-214 Mar 2011 ARAUacuteJO JMS de et al Enxerto oacutesseo bovino como alternativa para cirurgias de levantamento de assoalho de seio maxilar Rev cir traumatol buco-maxilo-fac Recife v9 n 3 p 89-96 julset 2009
BASSI A P F CARNEIRO G P Avaliaccedilatildeo do iacutendice de sucesso dos enxertos autoacutegenos e dos implantes instalados em regiatildeo do seio maxilar Implant News Satildeo Paulo v7 n2 p257-260 dez 2009
BLAY A TUNCHEL S SENDYK W R Viabilidade dos enxertos autoacutegenos obtidos com a utilizaccedilatildeo de coletores para osso estudo histoloacutegico e microbioloacutegico Pesqui Odontol Bras Satildeo Paulo v 17 n 3 p 234-40 julset 2003 BUSCATTI M Y Contribuiccedilatildeo para o estudo das densidades oacutesseas maxilomandibulares por meio da escala tomodensitomeacutetrica de Hounsfield quando da aplicaccedilatildeo de programa computadorizado para planejamento de implantes osseointegrados 2003 122f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Radiologia) - Faculdade de Odontologia da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2003 CAUacuteLA A L MACHADO F O de BARBOZA E P Densidade Oacutessea no planejamento em Implantodontia BCI Curitiba v 7 n 25 2000
CHEM RC et al Uso de retalho livre de fiacutebula no complexo bucomaxila-facial ndash Relato de dois casos Rev Cir Traumatol Buco-maxilo-fac Camaragibe v5 n4 p 23-30 outdez 2005 CONTAR C M M et al Maxillary ridge augmentation with fresh-frozen bone allografts J Oral Maxillofac Surg Copenhagen v67 n6 p1280-1285 June 2009 COSMO L A M et al Enxerto oacutesseo em levantamento de seio maxilar com osso humano fresco congelado ImplantNews Satildeo Paulo v 4 n 3 p 249-253 2007 COSTA C E S da et al Utilizaccedilatildeo de medula oacutessea autoacuteloga na integraccedilatildeo de enxertos oacutesseos homoacutelogos ImplantNews Satildeo Paulo v 6 n 4 p 395-402 2009
CYRIACO E AZEVEDO D Enxertos oacutesseos aplicados na cirurgia buccedilo-maxilo facial Cispre [on line] Petroacutepolis 27 jul 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcisprecombracervo_detalhesaspId=60gt Acesso em 20 abr 2011
DEL VALLE R A CARVALHO M L de GONZALEZ M R Estudo do comportamento de enxerto oacutesseo com material doador obtido dos bancos de tecidos muacutesculos-esqueleacuteticos Rev odontol Univ Cid Satildeo Paulo Satildeo Paulo v 18 n 2 p 189-194 maioago 2006
46
GARCIA JUacuteNIOR I R et al Avaliaccedilatildeo cliacutenica de enxertos oacutesseos autoacutegenos de crista iliacuteaca em maxilas atroacuteficas para instalaccedilatildeo de implantes oacutesseointegraacuteveis Innov implant j biomater esthet (Impr) Satildeo Paulo v 1 n 1 p 34-40 maio 2006 GONCcedilALVES A R de Q Avaliaccedilatildeo do sucesso de implantes osseointegraacuteveis em enxerto de seio maxilar RGO (Porto Alegre) Porto Alegre v 56 n 4 p 423-427 outdez 2008 GONCcedilALVES A O et al Avaliaccedilatildeo histomorfoloacutegica de maxilares humanos submetidos a enxerto oacutesseo autoacutegeno e homoacutegeno Implant News Satildeo Paulo v7 n2 p213-222 nov 2009
JAHN R S et al Retalho em dupla paacutegina Innov implant j biomater esthet Satildeo Paulo v 4 n 3 p 20-24 setdez 2009
KUABARA M R et al Levantamento de seio maxilar utilizando enxerto autoacutegeno da regiatildeo retromolar e simultacircnea colocaccedilatildeo de implantes ossointegrados Relato de caso cliacutenico ROBRAC Goiacircnia v 9 n 28 p 14-17 2000
MAZZONETTO R et al Avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de enxertos de siacutenfise mandibular na reconstruccedilatildeo de defeitos oacutesseos em regiatildeo anterior de maxila estudo por meio de tomografia convencional linear Rev bras implant Satildeo Paulo v 6 n 1 p 19-22 janmar 2000
MISCH C E et al Doaccedilatildeo de enxertos oacutesseos autoacutegenos extra orais para implantes endo oacutesseo In Implantes Dentaacuterios Contemporacircneos 2ordm ed Satildeo Paulo Santos 2000 cap 33 p 521-535 MOLON R S de et al Reconstruccedilatildeo de maxila atroacutefica utilizando enxerto oacutesseo homoacutegeno Rev Cir Traumatol Buco-Maxilo-fac Camaragibe v 9 n 4 p 25-30 outdez 2009 OLIVEIRA FILHO M A de et alReconstruccedilatildeo de defeito de continuidade em mandiacutebula com posterior reconstruccedilatildeo alveolar RGO (Porto Alegre) Porto Alegre v 55 n 3 p 305-310 julset 2007 OLIVEIRA H W de DIEBOLD E SILVA A M M da Avaliaccedilatildeo da regiatildeo maxilar em imagens de tc por raios x para o uso em implantodontia e cirurgia bucomaxilofaciaL Disponiacutevel em lthttpwwwpucrsbrunipoafisicapesquisasnimedartigosArtigo20Canal20CientEDficopdfgt Acesso em 20 de Junho de 2011 PEREIRA C C S et al Enxertos oacutesseos autoacutegenos mandibulares para reconstruccedilatildeo de processos alveolares atroacutefi cos revisatildeo e teacutecnica ciruacutergica Innov Implant J Biomater Esthet Satildeo Paulo v 4 n 3 p 96-102 setdez 2009 PICCINELLI L B et al Estudo retrospectivo de 59 pacientes tratados com enxertos oacutesseos autoacutegenos intrabucais e implantes dentais Innov Implant J Biomater Esthet Satildeo Paulo v 4 n 3 p 30-34 setdez 2009 PIFFER C S et al Levantamento de seio maxilar utilizando Bio-Oss concomitante com a instalaccedilatildeo de implantes ImplantNews Satildeo Paulo v 7 n 4 p 489-495 2010
47
PINTO J G S et al Enxerto autoacutegeno x biomateriais no tratamento de fraturas e deformidades faciais ndash uma revisatildeo de conceitos atuais RFO UPF Passo Fundo v 12 n 3 p 79-84 setdez 2007 RIBEIRO JUacuteNIOR O et al Princiacutepios da reconstruccedilatildeo mandibular com enxerto oacutesseo vascularizado Rev cir traumatol buco-maxilo-fac Recife v 8 n 1 p 15 ndash 22 janmar 2008 RODRIGUES A F VITRAL R W F Aplicaccedilotildees da Tomografia Computadorizada na Odontologia Pesq Bras Odontoped Clin Integr Joatildeo Pessoa v 7 n 3 p 317-324 setdez 2007 SANTIAGO R C VITRAL R W F Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da densidade mineral oacutessea e seu emprego na odontologia Pesq Bras Odontoped Clin Integr Joatildeo Pessoa v6 n3 p 289-294 setdez 2006 SILVEIRA A C G WASSALL T Anaacutelise da aacuterea doadora de enxerto mandibular por meio de tomografia computadorizada do feixe cocircnico para avaliaccedilatildeo da remodelaccedilatildeo oacutessea RGO (Porto Alegre) Porto Alegre v 57 n 1 p 61-65 janmar 2009 SOUSA J N L de et al Avaliaccedilatildeo dos enxertos homoacutegenos como substitutos aos enxertos autoacutegenos na fixaccedilatildeo de implantes osteointegrados uma revisatildeo sistemaacutetica da literatura Innov Implant J Satildeo Paulo v 4 n 3 p 54-57 setdez 2009 SOUZA D O et al Aplicaccedilotildees de enxertos de bancos de ossos em odontologia R Ci meacuted biol Salvador v 9 n 1 p 45-48 2010 SPIN-NETO R et al Tecido oacutesseo homoacutelogo para utilizaccedilatildeo em Odontologia Implant News Satildeo Paulo v7 n4 p555-560 dez 2009 TANAKA R et al Incorporaccedilatildeo dos enxertos oacutesseos em bloco processos bioloacutegicos e consideraccedilotildees relevantes Conscientia e sauacutede Satildeo Paulo v 7 n 3 p 323-327 2008 ZEacuteTOLA A L et al Reconstruccedilatildeo do seio maxilar atroacutefico com enxerto autoacutelogo de crista iliacuteaca avaliaccedilatildeo por tomografia computadorizada e radiografia panoracircmica Rev col bras cir Rio de Janeiro v 29 n 1 p 13-18 janfev 2002
17
foi realizada abertura para instalaccedilatildeo dos implantes tendo sido colhido fragmento
oacutesseo que foi enviado para anaacutelise histoloacutegica Frente ao apresentado conclui-se
que o material de enxertia proveniente de banco de ossos humanos (enxerto
aloacutegeno fresco congelado) proporciona em cirurgias de levantamento de seio
maxilar um adequado volume oacutesseo para futura instalaccedilatildeo de implantes A anaacutelise
histoloacutegica do enxerto incorporado evidencia a vitalidade do mesmo Material deve
ser adquirido em banco de tecidos regularizados pelo Ministeacuterio da Sauacutede A
possibilidade de transmissatildeo de doenccedilas pela utilizaccedilatildeo do material eacute de baixa
magnitude
Oliveira Filho et al (2007) apresentaram um caso cliacutenico de trauma facial com
perda oacutessea na regiatildeo anterior da mandiacutebula que foi tratado com teacutecnicas de
reconstruccedilatildeo em duas fases primeiramente a parte basilar da mandiacutebula
posteriormente a parte alveolar permitindo a reabilitaccedilatildeo atraveacutes de implantes
osseointegrados O paciente deu entrada no pronto socorro do Hospital Universitaacuterio
Evangeacutelico de Curitiba viacutetima de trauma localizado nas regiotildees submandibular e
cervical alta Em um primeiro momento foi realizado o tratamento ciruacutergico para
fixaccedilatildeo intermaxilar riacutegida trans-operatoacuteria e estabilizaccedilatildeo da mandiacutebula com uma
placa de reconstruccedilatildeo em titacircnio Apoacutes trecircs meses do procedimento foi realizada a
reconstruccedilatildeo mandibular utilizando enxerto em bloco tomado da crista do osso
iliacuteaco Este tempo ciruacutergico teve a preocupaccedilatildeo de reconstruir apenas a parte basilar
da mandiacutebula devido a falta de tecidos moles na regiatildeo traumatizada Em um
segundo momento foi realizada enxertia com bloco tomado da crista do osso iliacuteaco
para reconstruccedilatildeo alveolar da mandibular Seis meses apoacutes o procedimento de
reconstruccedilatildeo alveolar cliacutenica e radiograficamente houve uma boa integraccedilatildeo do
enxerto sem a ocorrecircncia de reabsorccedilatildeo oacutessea significativa Foi criado um rebordo
alveolar adequado permitindo a instalaccedilatildeo de trecircs implantes na regiatildeo enxertada
Os autores concluiacuteram que o enxerto de oacutesseo autoacutegeno pode ser uma alternativa
vaacutelida na aplicaccedilatildeo como meio de reconstruccedilatildeo de defeitos oacutesseos que comprometa
a porccedilatildeo alveolar e basal da mandiacutebula mas uma anaacutelise mais detalhada eacute
necessaacuteria para que possa definir de forma mais abrangente os possiacuteveis riscos e
complicaccedilotildees da teacutecnica utilizada
Pinto et al (2007) confrontaram a utilizaccedilatildeo do enxerto autoacutegeno para
reconstruccedilatildeo das sequumlelas de fraturas faciais comparando-o com outros
18
biomateriais atualmente disponiacuteveis discutindo as melhores indicaccedilotildees e os toacutepicos
mais atuais relativos a esses materiais As propriedades de um material ideal para
enxerto oacutesseo satildeo ser quimicamente inerte biocompatiacutevel natildeo aleacutergico natildeo
canceriacutegeno ser totalmente reabsorviacutevel e substituiacutevel por novo tecido oacutesseo entre
outros O osso autoacutegeno eacute considerado ideal para realizaccedilatildeo de enxertos oacutesseos
Estudos tecircm comprovado a eficaacutecia deste tipo de material especialmente do enxerto
oacutesseo autoacutegeno cortical obtido da crista do osso iliacuteaco que tem sido considerado o
melhor de
ntre os materiais de reconstruccedilatildeo Satildeo os uacutenicos entre os tipos de enxerto
oacutesseo a fornecer ceacutelulas oacutesseas vivas imunocompatiacuteveis Os enxertos alogecircnicos
satildeo aqueles obtidos de outro indiviacuteduo da mesma espeacutecie O enxerto alogecircnico mais
comumente utilizado eacute o liofilizado cuja vantagem eacute natildeo haver a necessidade de se
realizar uma segunda cirurgia num outro siacutetio Os oacutesseos xenoacutegenos satildeo aqueles
retirados de uma espeacutecie e transplantados para outra Exigem um tratamento mais
vigoroso do enxerto e natildeo fornecem ceacutelulas viaacuteveis para a formaccedilatildeo da fase I da
osteogecircnese Aleacutem dos enxertos oacutesseos existem ainda os materiais chamados
aloplaacutesticos como alternativa tendo como benefiacutecios a diminuiccedilatildeo do tempo
ciruacutergico aleacutem de muacuteltiplos tamanhos e formatos disponiacuteveis Entre os biomateriais
os mais utilizados satildeo o vidro bioativo o titacircnio que apresenta excelente
biocompatibilidade e boa osseointegraccedilatildeo ao organismo quando justaposto ao osso
A hidroxiapatita que por ser considerada um componente quiacutemico natural do corpo
humano natildeo satildeo observadas respostas inflamatoacuteria ou toacutexica nos tecidos
circunvizinhos Atraveacutes da pesquisa foi possiacutevel concluir que o osso autoacutegeno ainda
eacute considerado um material ideal para enxerto entretanto novos biomateriais tecircm
surgido apresentando vantagens promissoras para utilizaccedilatildeo na praacutetica diaacuteria
Rodrigues e Vitral (2007) descreveram as principais teacutecnicas tomograacuteficas existentes
e suas aplicaccedilotildees na Odontologia atraveacutes de uma revisatildeo da literatura sobre os
avanccedilos das principais teacutecnicas tomograacuteficas que resultaram em maior acuraacutecia no
diagnoacutestico menor tempo de exame e menor quantidade de radiaccedilatildeo A tomografia
computadorizada eacute considerada o meacutetodo de escolha para a imagem das estruturas
oacutesseas Ela eacute um meacutetodo radioloacutegico que permite obter a reproduccedilatildeo de uma secccedilatildeo
do corpo humano com finalidade diagnoacutestica Apresenta trecircs vantagens gerais
importantes sobre a radiografia convencional a primeira eacute que as informaccedilotildees
19
tridimensionais satildeo apresentadas na forma de uma seacuterie de cortes finos da estrutura
interna da parte estudada A segunda eacute que o sistema eacute mais sensiacutevel na
diferenciaccedilatildeo de tipos de tecido quando comparado com a radiografia convencional
de modo que diferenccedilas entre tipos de tecidos podem ser mais claramente
delineadas e estudadas A terceira eacute a habilidade para manipular e ajustar a imagem
apoacutes ter sido completada a varredura como ocorre de fato com toda a tecnologia
digital Com o advento da tomografia computadorizada helicoidal foi alcanccedilada
grande melhora nas reconstruccedilotildees tridimensionais e diminuiccedilatildeo na dose de
exposiccedilatildeo do paciente agrave radiaccedilatildeo A mesma proveacutem vantagens sobre a natildeo
helicoidal como menor tempo de avaliaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de reconstruccedilatildeo multiplanar
Ela propicia imagens com alta resoluccedilatildeo espacial e a mesma dose de radiaccedilatildeo da
tomografia computadorizada convencional A tomografia computadorizada pode ser
usada para identificar e delinear processos patoloacutegicos visualizar dentes retidos
avaliar os seios paranasais diagnosticar trauma mostrar os componentes oacutesseos
da articulaccedilatildeo temporomandibular e os leitos para implantes dentaacuterios Permite a
reformataccedilatildeo axial obliacutequa da imagem no sentido perpendicular da curvatura do
arco mostrando nitidamente o niacutevel oacutesseo no lado vestibular e lingual E tambeacutem
permite uma avaliaccedilatildeo intra-oacutessea dos locais para colocaccedilatildeo dos implantes Os
autores concluiacuteram que a Tomografia Computadorizada eacute o exame de eleiccedilatildeo no
diagnoacutestico de muitas condiccedilotildees que envolvem o complexo maxilo-mandibular O
valor cliacutenico das teacutecnicas de tomografia computadorizada depende da condiccedilatildeo que
se estaacute sendo diagnosticada atraveacutes das imagens do modelo e da idade do
equipamento usado do protocolo do exame da experiecircncia e capacidade dos
operadores do equipamento e do radiologista
Gonccedilalves (2008) analisaram implantes instalados em enxertos de seio
maxilar com biomaterial de origem bovina e plasma rico em plaquetas observando
histologicamente a neoformaccedilatildeo oacutessea e o iacutendice de sucesso cliacutenico e histoloacutegico
apresentado Este estudo envolveu 30 pacientes que necessitavam de enxerto em
regiatildeo de soalho de seio maxilar para inserccedilatildeo de implantes Um total de 101
implantes foi instalado em 36 enxertos de seio maxilar com intervalo meacutedio de
tempo do enxerto de 75 meses dos quais nove amostras oacutesseas foram colhidas de
forma aleatoacuteria e consentidas para a anaacutelise histoloacutegica Na colocaccedilatildeo dos
implantes foi utilizado um guia ciruacutergico para um correto posicionamento dos
implantes Foi feita a remoccedilatildeo do fragmento oacutesseo e enviado para a anaacutelise com
20
isto foi capturado ao todo 26 imagens histopatoloacutegicas Histologicamente os
fragmentos colhidos estavam constituiacutedos predominantemente por tecido oacutesseo
com iacutendice de sucesso de 8888 Quando comparados o remanescente oacutesseo do
seio maxilar antes e depois do enxerto houve crescimento em altura e a maioria
apresentou densidade oacutessea D3 Dez dos 101 implantes foram perdidos e 91
estavam osseointegrados no seio maxilar enxertado Os autores concluiacuteram que
implantes instalados em enxertos de seio maxilar com a ajuda de substitutos oacutesseos
apresentam uma taxa de sucesso cliacutenico de 9009
Ribeiro Juacutenior et al (2008) revisaram a literatura referente aos enxertos
oacutesseos vascularizados com o objetivo de avaliar os princiacutepios bioloacutegicos e ciruacutergicos
que fundamentam sua aplicaccedilatildeo na reconstruccedilatildeo mandibular Os retalhos
microciruacutergicos que contecircm enxertos oacutesseos satildeo classificados como
osteomusculares ou osteomiocutacircneos dependendo da natureza dos tecidos moles
que o compotildeem permitindo restauraccedilotildees de grandes defeitos oacutesseos A
revascularizaccedilatildeo microciruacutergica manteacutem a irrigaccedilatildeo e a drenagem do tecido oacutesseo
enxertado em todo o periacuteodo de integraccedilatildeo permitindo a manutenccedilatildeo de suas
funccedilotildees celulares metaboacutelicas e fiacutesicas Dessa forma a reparaccedilatildeo entre o enxerto e
o remanescente mandibular ocorre de forma semelhante agrave cicatrizaccedilatildeo de uma
fratura eliminando a longa fase de substituiccedilatildeo observada nos enxertos
convencionais Como o sucesso da reconstruccedilatildeo microciruacutergica eacute diretamente
dependente da qualidade vascular estudos angiograacuteficos preacute-operatoacuterios das aacutereas
receptora e doadora satildeo essenciais Alguns cuidados preacute-cirurgicos satildeo de extrema
importacircncia como a hidrataccedilatildeo endovenosa para manutenccedilatildeo do diacircmetro vascular
uso de cobertores para manter a temperatura corporal em torno de 37degC O estudo
concluiu que os enxertos oacutesseos vascularizados satildeo excelentes na restauraccedilatildeo
esteacutetico-funcional dos defeitos mandibulares suprindo as deficiecircncias dos enxertos
convencionais em casos de pior prognoacutestico Os enxertos oacutesseos vascularizados
satildeo indispensaacuteveis em defeitos compostos extensos irradiados e secundaacuterios agrave
osteorradionecrose
Tanaka et al (2008) elaboraram uma revisatildeo de literatura com o objetivo de
descrever os mecanismos de incorporaccedilatildeo dos enxertos oacutesseos em bloco e discutir
algumas caracteriacutesticas dos diferentes tipos existentes para distinguir as vantagens
de cada um Concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo dos enxertos em bloco para reconstruccedilatildeo
21
dos rebordos alveolares eacute uma realidade e estaacute intimamente ligada agrave terapia
implantar Os diversos fatores que influenciam a escolha do melhor meacutetodo de
enxertia a ser utilizado passam pelo conhecimento dos paracircmetros citados neste
artigo e muitos outros natildeo abordados e podem parecer inicialmente um desafio
mas sem duvida o domiacutenio das teacutecnicas existentes e das outras que surgiratildeo eacute o
ponto de partida para o profissional que procura o refinamento de seus
procedimentos e a exelencia de seus resultados
Arauacutejo et al (2009) realizaram uma revisatildeo de literatura sobre os resultados
cliacutenicos obtidos com a utilizaccedilatildeo dos enxertos de origem autoacutegena e xenoacutegena
(bovino) nas cirurgias de levantamento de assoalho de seio maxilar O
envelhecimento e a perda dentaacuteria fazem com que o seio se expanda podendo
haver uniatildeo entre o assoalho sinusal e a crista do rebordo alveolar residual
expansatildeo esta relacionada com a altura e largura do seio e natildeo com a
profundidade Os materiais para enxerto oacutesseo podem ser classificados como
osteogecircnicos osteoindutores e osteocondutores Os osteogecircnicos referem-se aos
materiais orgacircnicos capazes de estimular a neoformaccedilatildeo oacutessea a partir de
osteoblastos Os osteoindutores satildeo capazes de induzir a diferenciaccedilatildeo de ceacutelulas
mesenquimais em osteoblastos e condroblastos estimulando a formaccedilatildeo oacutessea no
local ou mesmo em um siacutetio heterotiacutepico Os materiais osteocondutores (geralmente
inorgacircnicos) permitem a aposiccedilatildeo de um novo tecido na sua superfiacutecie requerendo
a presenccedila de tecido oacutesseo preacute-existente como fonte de ceacutelulas osteoprogenitoras
Alguns criteacuterios foram propostos para o enxerto ideal quanto para que o material
enxertado se incorpore com sucesso ao siacutetio Dentre os possiacuteveis enxertos
xenoacutegenos encontram-se disponiacuteveis comercialmente os enxertos bovinos em
vaacuterias formas de apresentaccedilatildeo como aqueles que contecircm a fraccedilatildeo mineral do osso
os inorgacircnicos ou desproteinizados entre outros Todos eles apresentam excelente
biocompatibilidade agem favorecendo o processo de osteoconduccedilatildeo e natildeo
desencadeando respostas imunoloacutegicas desfavoraacuteveis A melhor accedilatildeo do enxerto
oacutesseo autoacutegeno de crista iliacuteaca quando comparado com a associaccedilatildeo do osso
autoacutegeno com osso desmineralizado bovino em cirurgias de levantamento de
assoalho de seio maxilar Apesar da diferenccedila estatiacutestica significante clinicamente
natildeo houve diferenccedila jaacute que os aacutepices dos implantes estavam todos cobertos por
osso sugerindo o sucesso do uso da associaccedilatildeo e ainda poupando o paciente de
uma intervenccedilatildeo ciruacutergica extraoral concluindo que o osso autoacutegeno eacute o que
22
apresenta os melhores resultados no processo de regeneraccedilatildeo oacutessea poreacutem os
enxertos de origem bovina apesar de demonstrarem um processo de neoformaccedilatildeo
oacutessea inferior promovem uma neoformaccedilatildeo satisfatoacuteria para que haja a reabilitaccedilatildeo
do paciente com implantes osseointegraacuteveis podendo ser utilizados com sucesso na
cliacutenica odontoloacutegica
Bassi e Carneiro (2009) citaram que os pacientes vem se queixando de
desconforto pelo uso de proacuteteses deficiecircncia na mastigaccedilatildeo onde entatildeo se
destacam os implantes dentaacuterios que minimizam estes aspectos negativos No
entanto seu sucesso depende de uma quantidade miacutenima de suporte oacutesseo por
este motivo foi oportuna pelos autores avaliar o iacutendice de sucesso dos enxertos e
implantes instalados na regiatildeo do seio maxilar reconstruiacuteda com osso autoacutegeno de
linha obliacutequa tanto imediata quanto mediato ao levantamento do seio maxilar
Foram avaliadas 51 cirurgias durante os anos de 2005 a 2007 com total de 107
implantes instalados sendo 28 de maneira imediata e 79 instalados posteriormente
Com relaccedilatildeo aos de maneira imediata o sucesso foi de 9286 sendo que dos 14
submetidos agrave implantaccedilatildeo imediata apenas 1 perdeu o implante De um total de 37
pacientes com instalaccedilatildeo posterior houve um sucesso de 9459 Podendo ser
analisado que natildeo haacute diferenccedila significante entre instalaccedilatildeo mediata e imediata
Acredita-se que para haver sucesso no tratamento eacute imprescindiacutevel que seja levado
em consideraccedilatildeo a quantidade de rebordo residual e tambeacutem a qualidade de osso
para a estabilidade do implante A conclusatildeo deste artigo eacute que o levantamento do
seio maxilar com o enxerto autoacutegeno por meio de acesso lateral eacute uma opccedilatildeo
segura no tratamento para regiatildeo posterior da maxila E natildeo houve diferenccedila em
relaccedilatildeo ao sucesso dos implantes instalados de maneira medita e imediata
Contar et al (2009) avaliaram o uso de enxertos provenientes de osso fresco-
congelado para na reconstruccedilatildeo de rebordos alveolares maxilares posteriormente a
aplicaccedilatildeo de implantes dentaacuterios Foram analisados quinze pacientes que tinham
atrofia crista maxilar onde necessitava de blocos de enxerto oacutesseo para
posteriormente se fazer a colocaccedilatildeo dos implantes Nove meses depois foi retirado
o nuacutecleo de osso do enxerto para analisar histologicamente Trinta e quatro blocos
foram colocados e do nuacutemero de blocos cada paciente recebeu uma numeraccedilatildeo de
1 a 4 Em todos os enxertos foram verificados para serem de consistecircncia firme
bem constituiacutedo e vascularizado Cinquumlenta e um implantes foram aplicados sobre
os enxertos com torque no miacutenimo de 40 N (Newton) Natildeo havendo problema em
23
nenhum implante O periacuteodo de acompanhamento variou de 24 a 35 meses Alo
enxertos pode ser bem satisfatoacuterios aplicados como material de enxerto para o
tratamento de defeitos oacutesseos maxilares se for aplicada a teacutecnica de forma
cautelosa e coerente
Costa et al (2009) descreveram cirurgias de enxertia oacutessea para reconstruccedilatildeo
do rebordo alveolar atroacutefico causado por traumas Em dois pacientes foram
utilizados blocos de osso homoacutegeno fresco congelado puro e em outros dois
pacientes esses blocos foram embebidos em medula oacutessea autoacuteloga aspirada do
proacuteprio paciente Os quatro pacientes que perderam seus dentes anteriores-
superiores 11122122 As cirurgias foram realizadas dentro do protocolo do
Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Cirurgia e Experimentaccedilatildeo da Universidade
Federal de Satildeo Paulo ndash Unifesp Cada paciente recebeu um bloco de enxerto oacutesseo
homoacutegeno fresco congelado proveniente de banco de tecidos oacutesseos em cada um
dos lados da regiatildeo anterior de maxila sendo que em dois dos pacientes os blocos
tiveram a sua porccedilatildeo medular embebida em medula oacutessea autoacuteloga aspirada do
proacuteprio paciente e nos outros dois pacientes os blocos foram fixados da mesma
maneira e na mesma regiatildeo poreacutem sem a utilizaccedilatildeo de medula oacutessea autoacuteloga
como preenchimento Foi observado clinicamente no segundo procedimento
ciruacutergico que os siacutetios enxertados com osso homoacutegeno associado agrave medula oacutessea
autoacuteloga obtiveram um menor niacutevel de reabsorccedilatildeo o que facilitou a instalaccedilatildeo dos
implantes osseointegraacuteveis Com as bioacutepsias oacutesseas obtidas por meio da utilizaccedilatildeo
da broca trefi na foram confeccionadas no Laboratoacuterio de Patologia da Unifesp uma
lacircmina em HE para cada regiatildeo enxertada com associaccedilatildeo agrave medula e tambeacutem
para as regiotildees de enxertia sem essa associaccedilatildeo Essas lacircminas foram
encaminhadas para o Departamento de Morfologia da Unifesp para avaliaccedilatildeo Tanto
as lacircminas histoloacutegicas do grupo onde se associou o aspirado de medula oacutessea ao
enxerto oacutesseo homoacutegeno quanto onde natildeo foi feita esta associaccedilatildeo mostraram uma
grande quantidade de tecido mineralizado vital Foi observado em ambos os grupos
uma pequena quantidade de tecido mineralizado desvitalizado Em todas as lacircminas
foi observada intensa vascularizaccedilatildeo assim como a presenccedila de tecido oacutesseo
lamelar A utilizaccedilatildeo de osso humano fresco congelado conservado em banco de
tecidos eacute uma alternativa viaacutevel para a reconstruccedilatildeo dos rebordos atroacuteficos
diminuindo a morbidade e riscos inerentes agrave abordagem da regiatildeo doadora dos
enxertos autoacutegenos A associaccedilatildeo do bloco de osso homoacutegeno agrave medula oacutessea
24
autoacuteloga parece representar uma alternativa terapecircutica para se minimizar os niacuteveis
de reabsorccedilatildeo dos materiais de enxertia
Gonccedilalves et al (2009) citaram que o melhor material para enxertia oacutessea eacute o
autoacutegeno o problema eacute o poacutes-operatoacuterio que eacute desconfortaacutevel para o paciente Na
existecircncia de desvantagens para a utilizaccedilatildeo de osso autoacutegeno o osso proveniente
de banco de tecidos surge como uma alternativa viaacutevel nas reconstruccedilotildees oacutesseas
maxilomandibulares O osso homoacutegeno pode ser utilizado em algumas situaccedilotildees
que impossibilite obter uma quantidade necessaacuteria de osso autoacutegeno requisitado
pelo receptor ou quando induz ao procedimento com grande morbidade onde exista
negativa do paciente em se submeter a um segundo siacutetio ciruacutergico Mesmo com toda
a previsibilidade de utilizaccedilatildeo de tecido oacutesseo homoacutelogo ele ainda gera
controveacutersias pela possibilidade de infecccedilotildees cruzadas com sua utilizaccedilatildeo Com o
estudo citado foi concluiacutedo que o enxerto homoacutelogo induz mais rapidamente a
remodelaccedilatildeo quando comparado com o autoacutegeno E o estaacutegio da remodelaccedilatildeo
esteve mais dependente da resposta orgacircnica individual de cada paciente
Jahn et al (2009) avaliaram o procedimento de retalho em dupla paacutegina para acesso
ao osso da regiatildeo do mento em comparaccedilatildeo a teacutecnica de retalho mucoperiosteal
Foram realizados procedimentos de obtenccedilatildeo de enxerto oacutesseo da regiatildeo do mento
para utilizaccedilatildeo na reabilitaccedilatildeo de pacientes que receberiam implantes
osseointegrados na regiatildeo anterior da maxila e que necessitavam de aumento de
espessura oacutessea localizada Foram operados 20 pacientes da cliacutenica de Periodontia
da Universidade de Santo Amaro entre 28 e 60 anos de idade Dez pacientes foram
submetidos agrave teacutecnica de retalho mucoperiosteal de espessura parcial e total
convencional e dez pacientes foram submetidos ao retalho em dupla Os pacientes
foram avaliados apoacutes 7 e 14 dias do procedimento ciruacutergico quanto aos seguintes
aspectos parestesia dor edema infecccedilatildeo hemorragia hematoma contato com as
raiacutezes dentaacuterias deiscecircncia de sutura presenccedila ou ausecircncia de trismo Todos os
procedimentos realizados permitiram acesso agrave regiatildeo do mento para obtenccedilatildeo de
enxertos oacutesseos autoacutegenos A avaliaccedilatildeo poacutes-operatoacuteria dos pacientes mostrou que
em ambos os grupos natildeo houve casos de hemorragia trismo contato acidental com
as raiacutezes dentaacuterias e infecccedilatildeo Edema foi constatado em seis casos no grupo de
retalho em dupla paacutegina e sete casos nos retalhos muco periosteais dor foi relatada
por dois e seis pacientes respectivamente Dois casos apresentaram parestesia na
regiatildeo de mento e nos dentes anteriores inferiores por ateacute duas semanas nos
25
pacientes operados pela teacutecnica do retalho mucoperiosteal enquanto nenhum caso
aconteceu em pacientes operados por retalho em dupla paacutegina Os autores
concluiacuteram que a teacutecnica de retalho em dupla paacutegina eacute um importante auxiacutelio no
acesso agrave aacuterea doadora o que pela facilidade de uso pode encorajar os cirurgiotildees a
usarem o mento como aacuterea doadora para pequenos enxertos oacutesseos intrabucais
Molon et al (2009) tiveram como objetivo relatar um caso cliacutenico de maxila
atroacutefica com necessidade de reconstruccedilatildeo alveolar atraveacutes de enxerto homoacutegeno
Apoacutes a realizaccedilatildeo da anamnese foi constatado clinicamente que o paciente
apresentava forma em lacircmina do osso e radiograficamente a panoracircmica mostrou
uma perda oacutessea em altura e uma proximidade do rebordo com a parede inferior do
seio maxilar Foi utilizado enxerto provenientes do UniOss processados e
congelados a -80degCos tecidos foram submetidos a testes soroloacutegicos Na regiatildeo
anterior foi realizado enxerto com osso humano congelado em bloco para restaurar
espessura oacutessea possibilitando a colocaccedilatildeo de implantes dentaacuterios Os blocos
foram fixados com o sistema 15mm e o osso particulado foi acomodado nos
espaccedilos mortos para evitar a formaccedilatildeo de GAPs Apoacutes seis meses da cirurgia foi
removido os parafusos e o guia ciruacutergico posicionado para a instalaccedilatildeo dos seis
implantes A osseointegraccedilatildeo dos implantes foi verificada apoacutes seis meses da
segunda cirurgia pela radiografia panoracircmica Atualmente vem sendo muito utilizado
osso autoacutegeno para reconstruccedilatildeo de maxilares contudo haacute desvantagens
relacionadas com a morbidade do sitio doador quantidade inadequada de osso
intraoral para grandes defeitos e necessidade de osso de regiatildeo extra-oral para
maiores reconstruccedilotildees limitam as expectativas do paciente Por isso os osso
estudos utilizando osso homoacutelogo para reabilitaccedilatildeo com implantes vecircm se
intensificando e apresentando bons resultados Os autores consideram o enxerto de
osso homoacutelogo uma alternativa viaacutevel para reconstruccedilatildeo de rebordos alveolares
severamente atroacuteficos ao mesmo tempo em que reduz a morbidade e os riscos
inerentes aos procedimentos de enxertos autoacutegenos
Pereira et al (2009) discutiram revisaram e compararam as teacutecnicas
envolvidas em remoccedilatildeo de blocos oacutesseos da linha obliacutequa e mento demonstrando
sua efetividade por meio de exemplos cliacutenicos O osso mandibular tem sido utilizado
na reconstruccedilatildeo alveolar para permitir a instalaccedilatildeo de implantes com resultados
extremamente favoraacuteveis Para a regiatildeo de mento a teacutecnica consiste em osteotomia
26
efetuada pelo menos 5 mm abaixo dos aacutepices dentaacuterios e o osso basal da
mandiacutebula preservado A profundidade das osteotomias limita-se agrave cortical externa
Para a regiatildeo da linha obliacutequa haacute trecircs diferentes meacutetodos para acessar a aacuterea
doadora 1 Intrasulcular Realizada no sulco gengival dos dentes naturais 2
Submarginal Indicada quando da presenccedila de coroas proteacuteticas nos molares e preacute-
molares 3 Crestal Indicada para rebordos edecircntulos ou quando os implantes
estiverem planejados para a mesma regiatildeo Uma vez feita agrave incisatildeo o retalho
mucoperiosteal eacute descolado do corpo mandibular expondo a face lateral do
ramocorpo Um bloco cortical retangular ateacute 4 mm de espessura pode ser coletado
da regiatildeo do ramo O comprimento do bloco pode se aproximar de 35 mm mas
altura natildeo deve exceder 10 mm Para o preparo do siacutetio receptor e enxertia o osso
removido eacute posicionado com a face medular do bloco em contato com a face cortical
do siacutetio receptor previamente perfurada com brocas proporcionando sangramento
O bloco deve ser adaptado intimamente ao leito e fixado com parafusos de titacircnio
Os autores concluiacuteram que ambas as teacutecnicas podem ser utilizadas com sucesso
de acordo com a quantidade oacutessea desejada localizaccedilatildeo do siacutetio doador e
experiecircncia do profissional
Piccinelli et al (2009) analisaram retrospectivamente 59 pacientes submetidos
agrave enxertia oacutessea obtida de aacutereas intrabucais com a instalaccedilatildeo de implantes
osseointegrados As aacutereas doadoras foram a regiatildeo da siacutenfise mandibular ramo
mandibular e tuberosidade da maxila Os enxertos foram imobilizados atraveacutes de
parafusos de titacircnio especiacuteficos para fixaccedilatildeo interna riacutegida com diacircmetro de 16 mm
e comprimentos de 8 10 e 12 mm com encaixe em forma de cruz De todas as
cirurgias realizadas foi constatado insucesso em 5 (742 ) pacientes todos do
sexo feminino Destes em 2 (338 ) casos ocorreram perfuraccedilatildeo de membrana do
seio maxilar sendo os dois pacientes tabagistas com idades de 40 e 41 anos Em
um paciente de 30 anos ocorreu a perda do enxerto na regiatildeo anterior de maxila
tendo por aacuterea doadora o osso retirado do ramo mandibular Em outro com 50 anos
ocorreu a perda do enxerto em regiatildeo posterior de mandiacutebula recebendo da aacuterea
retromolar E noutro com 40 anos a perda ocorreu em regiatildeo posterior da
mandiacutebula tendo aacuterea doadora a siacutenfise mandibular A maior causa de falhas de
enxerto eacute deiscecircncia de sutura e posterior necrose asseacuteptica do osso enxertado
sendo demonstrado altas taxas de complicaccedilotildees quando utilizamos a mandiacutebula
27
como aacuterea receptora Existe um iacutendice de sucesso de 904 quando os implantes
satildeo instalados apoacutes um periacuteodo de cicatrizaccedilatildeo dos enxertos O estudo concluiu que
os siacutetios intrabucais doadores de enxertos oacutesseos podem prover volumes oacutesseos
suficientes para a reconstruccedilatildeo dos rebordos alveolares da maioria dos pacientes
desdentados parciais A mandiacutebula eacute vista como siacutetio de eleiccedilatildeo para retirada de
enxertos oacutesseos pois eacute capaz de prover blocos oacutesseos de composiccedilatildeo
predominantemente corticais
Silveira e Wassall (2009) analisaram a aacuterea doadora de enxertos por meio de
tomografias volumeacutetricas tipo feixe cocircnico para avaliaccedilatildeo da remodelaccedilatildeo oacutessea
verificando o grau de morbidade quanto a este paracircmetro Foram selecionados vinte
voluntaacuterios de ambos os gecircneros sem risco de sauacutede e com risco de sauacutede
controlados da cliacutenica de Poacutes-Graduaccedilatildeo do Centro de Pesquisas Odontoloacutegica
Satildeo Leopoldo Mandic e cliacutenica particular As tomografias foram obtidas com
aparelho de aquisiccedilatildeo volumeacutetrica tipo feixe cocircnico este aparelho usa a nova
tecnologia do feixe de tomografia computadorizada cocircnico no qual obtemos todas
as estruturas maxilofaciais do indiviacuteduo em volume ou seja em terceira dimensatildeo
Foi utilizado o tempo de exposiccedilatildeo de 36 segundos e apenas 3 de radiaccedilatildeo uma
tomografia meacutedica As primeiras mediccedilotildees foram obtidas no momento da tomografia
computadorizada inicial anteriormente a cirurgia Logo apoacutes a cirurgia foi realizada
a segunda tomada e medida na qual foi mensurado o quanto foi retirado de tecido
oacutesseo para enxerto Na terceira tomada de medidas foi calculado o ganho real
oacutesseo obtido na remodelaccedilatildeo apoacutes 180 dias de remoccedilatildeo do enxerto Embora a
quantidade retirada de aacuterea varie a recomposiccedilatildeo acompanha com a mesma
variabilidade Os autores concluiacuteram que a remodelaccedilatildeo oacutessea meacutedia da regiatildeo
posterior da mandiacutebula avaliada 180 dias apoacutes a remoccedilatildeo do bloco oacutesseo (enxerto
oacutesseo) foi de 813
Sousa et al (2009) verificaram atraveacutes de uma revisatildeo sistemaacutetica se os
enxertos homoacutegenos satildeo tatildeo eficientes quanto os enxertos autoacutegenos Apoacutes a busca
nas bases foram selecionados 1215 tiacutetulos de artigos Um uacutenico artigo atendeu os
criteacuterios da pesquisa o mesmo foi lido na iacutentegra por ambos examinadores e suas
caracteriacutesticas foram distribuiacutedas em uma tabela Este artigo analisado resultou em
16 pacientes entre 38 e 65 anos (9 do sexo masculino e 7 do sexo feminino) foi
comparado dois grupos enxerto autoacutegeno do iliacuteaco (grupo 1) e enxerto autoacutegeno da
calvaacuteria (grupo 2) Foi avaliado o volume oacutesseo total (VOT) o volume oacutesseo
28
necroacutetico (VON) e o osso vital (OV) e os resultados do grupo 1 foi de VOT (466)
VON (126) e OV (34) jaacute do grupo 2 foi VOT (734) VON (55) e OV (67)
Estatisticamente o enxerto da calvaacuteria foi melhor que o enxerto do iliacuteaco Os autores
concluiacuteram que o uacutenico artigo considerado natildeo consistia numa comparaccedilatildeo entre
enxerto autoacutegeno e homoacutegeno e sim numa comparaccedilatildeo entre enxertos autoacutegenos
de siacutetios diferentes
Spin-Neto et al (2009) realizaram uma revisatildeo de literatura sobre a utilizaccedilatildeo
de osso homoacutelogo em Odontologia sobre a legislaccedilatildeo envolvida na aplicaccedilatildeo deste
material Foram analisados artigos publicados nos uacuteltimos 25 anos no Medline e
pela ANVISA leis decretos que regulamentam o funcionamento dos bancos de
ossos de tecidos musculoesqueleacuteticos brasileiros Sobre o enxerto homoacutelogo haacute
um nuacutemero enorme de processos que ocorrem eacute iniciado por uma reaccedilatildeo
inflamatoacuteria criando espaccedilos que permitam sua invasatildeo por vasos sanguiacuteneos e
chegada das ceacutelulas responsaacuteveis pelo metabolismo oacutesseo atuando na
remodelaccedilatildeo gradativa do local Remover tecidos oacutergatildeos ou partes da pessoa ou do
cadaacutever eacute crime podendo resultar em reclusatildeo (2 a 6 anos) ou em 100 a 360 dias
de multa Jaacute no caso de sepultamento cabe aos meacutedicos realizar a reconstruccedilatildeo do
corpo para evitar constrangimento e manter a dignidade diante de seus familiares
no qual natildeo realizado eacute considerado crime por tal ato Foi concluiacutedo que eacute
necessaacuterio mais estudos e resultados sobre a aplicaccedilatildeo deste biomaterial para
aliados com o conhecimento juriacutedico aumentarmos o conhecimento e informaccedilotildees
sobre o caso
Piffer et al (2010) descreveram um caso cliacutenico de reabilitaccedilatildeo oral de uma
aacuterea de maxila posterior extremamente reabsorvida atraveacutes de levantamento de
seio maxilar utilizando osso xenoacutegeno e posterior uso de implante O caso constava
de uma paciente do sexo feminino que foi submetida a levantamento de seio
maxilar utilizando osso xenoacutegeno liofilizado e concomitante colocaccedilatildeo de dois
implantes nos elementos 15 e 16 Foi relatado que devido agraves limitadas quantidades
oacutesseas para colocaccedilatildeo de implantes dentaacuterios surgiram as teacutecnicas de enxertos
oacutesseos Inicialmente era utilizado osso autoacutegeno da regiatildeo intra-bucal gerando
algumas desvantagens devido a morbidade do siacutetio doador podendo gerar dor
parestesias hematoma Como alternativa surgiu possibilidade de utilizaccedilatildeo de
biomateriais para reconstruccedilotildees maxilares no qual foi utilizado neste caso o Bio-
Oss e obteve um resultado excelente em relaccedilatildeo aacute formaccedilatildeo oacutessea formando
29
extensa regiatildeo de osso denso ao redor dos implantes Assim atraveacutes de uma
revisatildeo sistemaacutetica criacutetica de trabalhos cliacutenicos controlados randomizados
evidenciou que substitutos de ossos autoacutegenos podem ser utilizados obtendo
sucesso Concluindo assim que a colocaccedilatildeo de implantes concomitantes com
enxertias oacutesseas natildeo interferem no processo de reparo oacutesseo e nem na
estabilizaccedilatildeo dos implantes e mostrou-se um tratamento viaacutevel para o presente
caso cliacutenico
Souza et al (2010) realizaram uma revisatildeo da literatura das principais
aplicaccedilotildees e indicaccedilotildees dos enxertos de bancos de ossos na Odontologia Os
enxertos oacutesseos autoacutegenos satildeo eleitos como os de primeira escolha pela sua
eficiecircncia biosseguranccedila e facilidade de obtenccedilatildeo poreacutem apresentam algumas
desvantagens e limitaccedilotildees A utilizaccedilatildeo de homoenxertos provenientes de bancos
de ossos representa uma alternativa aos enxertos oacutesseos autoacutegenos e demonstra
ser uma ferramenta bastante uacutetil para a odontologia com a finalidade de regenerar o
tecido oacutesseo perdido dos maxilares Os autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de
homoenxertos provenientes de bancos de ossos demonstra ser uma ferramenta
bastante uacutetil para a odontologia com a finalidade de regenerar o tecido oacutesseo
perdido dos maxilares Faz-se necessaacuterio que mais bancos de coleta e preparo do
tecido oacutesseo sejam instalados nos hospitais para que esta opccedilatildeo torne-se viaacutevel e
acessiacutevel a um nuacutemero maior de serviccedilos que atuam com reconstruccedilotildees oacutesseas
Aloy-Proacutesper et al (2011) realizaram uma revisatildeo bibliograacutefica sobre
regeneraccedilatildeo oacutessea usando partiacuteculas de enxertos Foram avaliados os resultados
obtidos bem como as complicaccedilotildees de teacutecnicas cirurgircas e as taxas de
sobrevivecircncia e sucesso de implantes colocados nestas aacutereas regeneradas Foram
identificados 64 artigos dos quais 53 foram excluiacutedos em 14 casos de partiacuteculas de
enxerto foi combinado com o bloco de enxerto em quatro casos natildeo ocorreu
defeitos periimplantares durante a colocaccedilatildeo do implante Quanto agrave taxa de sucesso
dos implantes nem todos os estudos bem definidos utilizaram os criteacuterios de
sucesso tornando difiacutecil a comparaccedilatildeo Com base nos criteacuterios de sucesso de
Albrektsson houve uma taxa de sucesso de 932 dois anos apoacutes o carregamento
(857 na maxila superior e 100 na mandiacutebula) Quando os criteacuterios eram do
cortador e Ederer houve uma taxa de sucesso de 857 trecircs anos apoacutes o
carregamento A conclusatildeo dos autores foi de que enxertos de partiacuteculas satildeo
30
eficazes na correccedilatildeo localizada de defeitos do processo alveolar com poucas
complicaccedilotildees e a taxa de sucesso satildeo sempre elevadas variando de 875 a 100
Oliveira Diebold e Silva (2011) analisaram as estruturas da regiatildeo maxilar de
interesse na implantodontia por meio de imagens de tomografia computadorizada
buscando uma avaliaccedilatildeo qualitativa e quantitativa da densidade oacutessea Foram
utilizadas imagens de tomograacutefia computadorizada por raios X obtidas da regiatildeo
maxilar de 31 pacientes avaliados para a colocaccedilatildeo de implantes As regiotildees de
interesse analisadas (seio maxilar fossa nasal tuberosidade maxilar e foramem
naso-alveolar) foram delimitadas de modo semi-automaacutetico com o auxiacutelio da
ferramenta ldquoCell Outlinerrdquo pelo software ImageJ Essas regiotildees foram analisadas nos
cortes axiais cortes sagitais e coronais obtidos pelo TC e com o software A partir
da delimitaccedilatildeo das regiotildees de interesse (ROI) foram determinados os valores
meacutedios e desvio padratildeo do nuacutemero CT em HU (Hounsfield) O nuacutemero CT de uma
imagem tomograacutefica representa o valor de cada pixel que compotildee a imagem esta
relacionada com o coeficiente de atenuaccedilatildeo linear dos tecidos contidos em um voxel
correspondente Estes valores constituem-se em uma informaccedilatildeo importante tanto
para a avaliaccedilatildeo quantitativa das densidades oacutesseas como para a produccedilatildeo de uma
metodologia de realce das estruturas de interesse em implantodontia Com anaacutelise
dos dados obtidos para cada paciente nas estruturas analisadas foi observado que
as regiotildees do seio maxilar e a fossa nasal satildeo semelhantes mas estatisticamente
diferentes Estas satildeo regiotildees pneumaacuteticas que em consequumlecircncia da presenccedila do
ar possuem medidas de nuacutemero CT semelhantes a fossa nasal apresenta uma
estrutura mais irregular e obteve-se uma diferenccedila estatisticamente significativa
entre estas duas regiotildees estudadas O foramem naso-alveolar e a tuberosidade satildeo
regiotildees distintas porque a tuberosidade eacute um osso trabecular de densidades
heterogecircneas que possui a meacutedia do nuacutemero CT maior que a meacutedia do foramen
naso-alveolar que se trata de uma estrutura tubular de densidade homogecircnea para
passagem do feixe vasculo-nervoso Com a comparaccedilatildeo das estruturas analisadas
pelo meacutetodo ANOVA entre pacientes masculinos e femininos evidenciou-se que natildeo
existe diferenccedila estatisticamente significativa entre sexos As conclusotildees obtidas
neste trabalho mostraram que o nuacutemero CT eacute uma medida eficiente para
caracterizar estruturas do corpo humano Os dados obtidos com a anaacutelise das
meacutedias do nuacutemero CT de cada regiatildeo estudada nos permite caracterizar
separadamente cada regiatildeo
31
3 MATERIAS E MEacuteTODOS
O presente trabalho aborda a descriccedilatildeo de quatro casos cliacutenicos que foram
selecionados dos prontuaacuterios de pacientes enxertados submetidos agrave tomografia
computadorizada Cone Beam no periacuteodo preacute-enxerto e apoacutes o procedimento
ciruacutergico das cliacutenicas radiograacuteficas ldquoCliacutenica Odonto Imagem Radiologiardquo situada em
Balneaacuterio Camboriuacute (SC) e ldquoCliacutenica Radioimagemrdquo situada em Itajaiacute (SC)
Foram incluiacutedos no estudo os laudos radiograacuteficos de pacientes que atendem
as seguintes caracteriacutesticas pacientes de ambos os sexos com bom estado de
sauacutede geral idade de quarenta a setenta anos que foram submetidos a enxerto
oacutesseo em regiatildeo de maxila
Primeiramente foi realizada uma coleta de dados junto aos laudos
radiograacuteficos emitidos pelas cliacutenicas citadas Foram selecionados os casos e
posteriormente foi acessado agraves imagens tomograacuteficas dos pacientes
Os exames tomograacuteficos computadorizado de aquisiccedilatildeo volumeacutetrica (cone
beam) foram realizados atraveacutes de cortes parasagitais de espessura de 2mm e
distacircncia de 1 mm entre os cortes
Na segunda etapa foi efetuada a anaacutelise das tomografias observando as
imagens preacute e poacutes-ciruacutergicas simultaneamente nesse momento delimitou-se a aacuterea
do leito receptor e do material enxertado Utilizando o programa Planmeca Romexis
Viewer acessou-se as imagens fornecidas digitalmente analisando primeiramente
as imagens do leito receptor por meio de trecircs traccedilados (em planos perpendiculares)
realizados com o auxiacutelio da ferramenta denominada Linha Hounsfield que nos
fornece a densidade oacutessea do local traccedilado e uma meacutedia do mesmo Foi realizada
uma meacutedia aritmeacutetica simples dos trecircs traccedilados resultando uma meacutedia de
densidade oacutessea que foi enquadrada na escala O mesmo procedimento foi
realizado na aacuterea do material enxertado
Com a posse destes valores meacutedios comparou-se a densidade oacutesseo do leito
receptor com a densidade oacutessea do material enxertado
32
Os dados seratildeo divulgados atraveacutes de painel exposto no bloco de Odontologia
e apresentaccedilatildeo oral Uma coacutepia da pesquisa concluiacuteda seraacute enviada agraves Cliacutenicas
envolvidas na pesquisa
O projeto de pesquisa foi aprovado pela Comissatildeo de Eacutetica em Pesquisa
sobre o nuacutemero 44610
33
4 RESULTADOS
De acordo com a tabela a seguir podemos expressar de forma resumida os
resultados obtidos atraveacutes da pesquisa comparando os mesmos com a escala de
Misch
Paciente (P1) MS sexo feminino com idade de 49 anos apresentando bom
estado de sauacutede geral No dia 28 de outubro de 2009 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes (Figura 1)
34
Figura 1 Vista panoracircmica preacute-enxertia
A densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield
obteve os seguintes resultados Axial (Z) = 7650 Coronal (Y) = 5196 Sagital (X)
= 7818
No dia 29 de janeiro de 2010 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
homoacutegeno O material proveniente do Banco de Tecidos Muacutesculo Esqueleacuteticos HC-
UFPR consistia de um bloco cortical de Fecircmur medindo 30x20mm lote C0917 FD
BC 26 processado no dia 15 de julho de 2009 com validade de 5 anos conservado
a temperatura abaixo de -40ordmC O osso foi particulado e acrescido de lincomicina
No dia 19102010 foram realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da
densitometria oacutessea do material enxertado e obtiveram os seguintes resultados
Axial (Z) = 6590 Coronal (Y) = 4986 Sagital (X) = 2948 (Figura 2)
35
Figura 2 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
Paciente (P2) AWU sexo feminino com idade de 67 anos apresentando
bom estado de sauacutede geral no dia 29 de agosto de 2009 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes A
densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield obteve os
seguintes resultados Axial (Z) = 7104 Coronal (Y) = 7002 Sagital (X) = 10412
(Figura 3)
Figura 3 Vista panoracircmica preacute-enxertia
No dia 06 de novembro de 2009 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
36
homoacutegeno O material proveniente do Banco de Tecidos Muacutesculo Esqueleacuteticos HC-
UFPR consistia de um bloco cortical de Fecircmur medindo 30x20mm lote C0917 FD
BC 39 processado no dia 15 de julho de 2009 com validade de 5 anos conservado
a temperatura abaixo de -40ordmC O osso foi particulado e acrescido de lincomicina
Passado o periacuteodo de 10 meses apoacutes o procedimento ciruacutergico foram
realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da densitometria oacutessea do material
enxertado e obtiveram os seguintes resultados Axial (Z) = 6972 Coronal (Y) =
8138 Sagital (X) = 4984 (Figura 4)
Figura 4 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
Paciente (P3) IS sexo feminino com idade de 42 anos apresentando bom
estado de sauacutede geral no dia 13 de Novembro de 2007 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes A
densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield obteve os
seguintes resultados Axial (Z) = 4917 Coronal (Y) = 3481 Sagital (X) = 4207
(Figura 5)
37
Figura 5 Vista panoracircmica preacute-enxertia
No dia 26 de Novembro de 2007 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
autoacutegeno tendo como aacuterea doadora a regiatildeo de ramo mandibular
Passado o periacuteodo de 09 (nove) meses apoacutes o procedimento ciruacutergico foram
realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da densitometria oacutessea do material
enxertado e obtiveram os seguintes resultados Axial (Z) = 7176 Coronal (Y) =
5443 Sagital (X) = 5638 (Figura 6)
Figura 6 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
38
Paciente (P4) ATL sexo feminino com idade de 45 anos apresentando
bom estado de sauacutede geral no dia 18 de Agosto de 2009 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes A
densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield obteve os
seguintes resultados Axial (Z) = 6028 Coronal (Y) = 6681 Sagital (X) = 6397
(Figura 7)
Figura 7 Vista panoracircmica preacute-enxertia
No dia 09 de Outubro de 2009 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
autoacutegeno tendo como aacuterea doadora a regiatildeo de ramo mandibular
Passado o periacuteodo de 4 (quatro) meses apoacutes o procedimento ciruacutergico foram
realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da densitometria oacutessea do material
enxertado e obtiveram os seguintes resultados Axial (Z) = 8549 Coronal (Y) =
9340 Sagital (X) = 8624 (Figura 8)
39
Figura 8 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
40
5 DISCUSSAtildeO
Em Odontologia a tomografia computadorizada tem demonstrado ser o
meacutetodo de eleiccedilatildeo para a determinaccedilatildeo da densidade oacutessea na regiatildeo dos
maxilares pois fornece dados objetivos precisos da variaccedilatildeo da densidade oacutessea
entre diferentes regiotildees em um mesmo indiviacuteduo A tomografia computadorizada eacute o
uacutenico meacutetodo que permite avaliar osso cortical e medular separadamente com a
vantagem de que as informaccedilotildees tridimensionais satildeo apresentadas em uma seacuterie de
cortes finos da estrutura interna da parte estudada onde as informaccedilotildees resultantes
natildeo sofrem superposiccedilatildeo por estruturas anatocircmicas (SANTIAGO e VITRAL 2006)
Logo a tomografia computadorizada eacute um meacutetodo de escolha na avaliaccedilatildeo
qualitativa e quantitativa de enxertos em seio maxilar (ZEacuteTOLA et al 2002)
Bassi et al (2009) citaram que para o sucesso da reabilitaccedilatildeo com implantes
dentaacuterios eacute imprescindiacutevel que seja levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
rebordo residual e tambeacutem a qualidade de osso para a estabilidade do implante
Aleacutem disso o osso disponiacutevel (volume) deve ser avaliado em sua densidade
o que determinaraacute sua resistecircncia Densidade eacute a relaccedilatildeo entre a massa e o volume
de um corpo e o meacutetodo de avaliaccedilatildeo da densidade mineral oacutessea eacute denominado
densitometria As unidades de medidas mais empregadas satildeo gcmsup2 (densidade por
aacuterea) gcmsup3 (densidade por volume) ou HU (unidade Hounsfield) (CAUacuteLA
MACHADO BARBOSA 2000)
A densidade oacutessea eacute diretamente relacionada agrave resistecircncia do tecido oacutesseo
antes da fratura Uma diferenccedila de dez vezes na resistecircncia do tecido oacutesseo pode
ser observada entre o osso D1 e D4 O osso D2 exibe uma resistecircncia agrave
compressatildeo 47 a 68 maior se comparado com o D3 (MISCH 2000)
O osso com densidade 2 (D2) eacute uma combinaccedilatildeo de osso compacto denso
para poroso na porccedilatildeo externa e osso trabecular grosso na porccedilatildeo interna Na
superfiacutecie e nas proporccedilotildees laterais do implante oferece uma interface inicial riacutegida
A densidade oacutessea D2 eacute mais comumente encontrada na mandiacutebula A regiatildeo
anterior da mandiacutebula apresenta este tipo oacutesseo em 23 dos casos O osso com
densidade 3 (D3) eacute composto de uma cortical oacutessea fina na crista e osso trabecular
fino no interior Uma das desvantagens desse tipo oacutesseo eacute a delicadeza com a qual
esse osso deve ser manipulado Quanto menor for a densidade mais facilmente o
41
osso eacute expandido para que implantes sejam inseridos A regiatildeo anterior da maxila
apresenta em 65 dos casos o osso D3 e em quase metade dos casos o osso
D3 eacute encontrado tambeacutem na regiatildeo posterior da maxila O osso menos denso D4
tem sido relatado em aproximadamente 40 dos casos eacute encontrado na parte
posterior da maxila especialmente na regiatildeo dos molares ou apoacutes levantamento do
seio maxilar (CAUacuteLA MACHADO BARBOSA 2000 BUSCATTI 2003)
Em 1988 Misch realizou uma pesquisa tendo como base de estudos a escala
apresentada por Hounsfield que tem como objetivo a diferenciaccedilatildeo de densidades
de oacutergatildeos do corpo pela diferenccedila de tons de cinza atraveacutes da tomografia A partir
desta Misch propocircs uma nova escala o qual associou nuacutemeros aos tipos oacutesseos
relacionando numericamente os valores aos tipos oacutesseos
No periacuteodo preacute-enxertia foi verificado que em todos os casos estudados a
densidade presente na regiatildeo de leito receptor caracteriza osso tipo D3 Sendo esta
densidade compatiacutevel com a regiatildeo anterior e posterior da maxila
Apoacutes 10 meses dos enxertos homoacutegenos serem realizados (P1 e P2)
observou-se que a densidade em unidades HU diminuiu na maioria dos eixos
avaliados somente no eixo coronal da P2 que apresentou um leve aumento Apesar
desta variaccedilatildeo de valores natildeo houve mudanccedila da qualidade oacutessea Tanto o osso
neoformado quanto o do leito receptor mantiveram-se qualidade de osso D3
Nos casos onde o material de escolha foi osso autoacutegeno observou-se atraveacutes
da densidade em unidades HU aumento dos valores em todos os eixos avaliados
Entre os dois casos (P3 e P4) houve uma pequena diferenccedila entre os valores que
atraveacutes da escala proposta por Misch resultou na diferenccedila que no caso P3 o
material enxertado natildeo apresentou alteraccedilatildeo na qualidade em relaccedilatildeo agrave aacuterea
receptora Jaacute no caso P4 o material enxertado caracteriza-se como qualidade oacutessea
D2 Suponha-se que esta diferenccedila entre a densidade do material enxertado nestes
dois casos seja devido ao grau de condensaccedilatildeo do material na regiatildeo tamanho das
partiacuteculas e quantidade de material enxertado Os dados obtidos natildeo correspondem
a uma populaccedilatildeo em geral devido a pequena quantidade de amostras e se tratando
de um relato de caso cliacutenico
Pinto et al (2007) comenta que os enxertos autoacutegenos satildeo os uacutenicos entre os
tipos de enxerto oacutesseo a fornecer ceacutelulas oacutesseas vivas imunocompatiacuteveis
essenciais agrave fase I da osteogecircnese que eacute responsaacutevel pela proliferaccedilatildeo das ceacutelulas
oacutesseas em especial do osteoacuteide assim quanto mais ceacutelulas vivas forem
42
transplantadas mais tecido oacutesseo seraacute formado Kuabara et al (2000) concluiacuteram
que a pequena morbidade poacutes-operatoria da regiatildeo doadora do enxerto elege a
regiatildeo retromolar inferior como uma excelente opccedilatildeo ciruacutergica para reabilitaccedilatildeo de
pequenos defeitos oacutesseos Jaacute Cyriaco e Azevedo (2006) relatam que quando se
trata de enxertos menores as melhores aacutereas doadoras para regiatildeo oral seriam o
mento e a regiatildeo retromolar e para maiores quantidades a crista iliacuteaca a calota
craniana a costela e a tiacutebia
Pereira et al (2009) enxerto com osso autoacutegeno eacute considerado padratildeo ouro
para reconstruccedilatildeo de defeitos oacutesseos residuais Algumas teacutecnicas ciruacutergicas podem
ser realizadas abrangendo aacutereas doadoras extra e intrabucais dependendo do grau
de perda oacutessea planejamento ciruacutergico-proteacutetico e das condiccedilotildees gerais do
paciente O osso autoacutegeno cortical oferece excelente suporte estrutural para o siacutetio
receptor sendo uma excelente alternativa para segmentos de defeitos maiores que
5 ou 6 cm que requerem suporte estrutural imediato restabelecendo devidamente a
funccedilatildeo
Gonccedilalves (2008) concluiu que implantes instalados em enxertos de seio maxilar
com a ajuda de substitutos oacutesseos apresentam uma taxa de sucesso cliacutenico de
9009
O osso mais indicado para enxertia eacute o autoacutegeno pela sua eficiecircncia
bioseguranccedila e facilidade de obtenccedilatildeo e uma alternativa para sua substituiccedilatildeo eacute o
homoacutegeno por ter caracteriacutesticas a longo prazo semelhantes embora o iacutendice de
reabsorccedilatildeo ser maior (DEL VALE et al 2006 SOUZA et al 2010 GONCcedilALVEZ et
al 2009) O enxerto de osso homoacutelogo eacute uma alternativa viaacutevel para reconstruccedilatildeo
de rebordos alveolares severamente atroacuteficos ao mesmo tempo em que reduz a
morbidade e os riscos inerentes aos procedimentos de enxertos autoacutegenos como
dor parestesia e hematomas (MOLON et al 2009 PIFFER et al2010) Ele mostra-
se efetivo conforme Contar et al (2009) que realizou 51 implantes sobre enxerto
homoacutegeno alcanccedilando o torque miacutenimo de 40N(newton) em todos eles natildeo
havendo problema em nenhum implante em um periacuteodo de acompanhamento de 24
a 35 meses
Ajzen et al (2005) comenta do uso de fatores indutores como plasma rico em
plaquetas sugerindo uma melhor qualidade e quantidade oacutessea necessaacuteria para
reconstruccedilatildeo proteacutetica atraveacutes de implantes oacutesseo integrados A associaccedilatildeo do
bloco de osso homoacutegeno agrave medula oacutessea autoacuteloga parece representar uma
43
alternativa terapecircutica para se minimizar os niacuteveis de reabsorccedilatildeo dos materiais de
enxertia (COSTA et al 2009)
Faz-se necessaacuterio a coleta de mais casos para se obter um tratamento
estatiacutestico que possibilite uma comprovaccedilatildeo da previsibilidade da densidade oacutessea
com os materiais enxertados e variaccedilotildees de teacutecnicas ciruacutergicas
44
6 CONCLUSAtildeO
Conclui-se que o enxerto oacutesseo autoacutegeno e procedente de banco de ossos
demonstra-se eficaz na reabilitaccedilatildeo de pacientes que apresentam maxilas atroacuteficas
e que necessitam de implantes dentaacuterios para a reabilitaccedilatildeo proteacutetica
A densidade obtida do material enxertado eacute semelhante a densidade do
tecido oacutesseo adjacente necessitando de mais casos para esta comprovaccedilatildeo
45
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AJZEN S A et al Anaacutelise por tomografia computadorizada do enxerto autoacutegeno na cirurgia de sinus lift Radiol bras Rio de Janeiro v 38 n 1 p 25-31 janfev 2005 ALOY-PROacuteSPER A et al Bone regeneration using particulate grafts an update Med oral patol oral cir bucal Valencia v16 n2 p210-214 Mar 2011 ARAUacuteJO JMS de et al Enxerto oacutesseo bovino como alternativa para cirurgias de levantamento de assoalho de seio maxilar Rev cir traumatol buco-maxilo-fac Recife v9 n 3 p 89-96 julset 2009
BASSI A P F CARNEIRO G P Avaliaccedilatildeo do iacutendice de sucesso dos enxertos autoacutegenos e dos implantes instalados em regiatildeo do seio maxilar Implant News Satildeo Paulo v7 n2 p257-260 dez 2009
BLAY A TUNCHEL S SENDYK W R Viabilidade dos enxertos autoacutegenos obtidos com a utilizaccedilatildeo de coletores para osso estudo histoloacutegico e microbioloacutegico Pesqui Odontol Bras Satildeo Paulo v 17 n 3 p 234-40 julset 2003 BUSCATTI M Y Contribuiccedilatildeo para o estudo das densidades oacutesseas maxilomandibulares por meio da escala tomodensitomeacutetrica de Hounsfield quando da aplicaccedilatildeo de programa computadorizado para planejamento de implantes osseointegrados 2003 122f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Radiologia) - Faculdade de Odontologia da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2003 CAUacuteLA A L MACHADO F O de BARBOZA E P Densidade Oacutessea no planejamento em Implantodontia BCI Curitiba v 7 n 25 2000
CHEM RC et al Uso de retalho livre de fiacutebula no complexo bucomaxila-facial ndash Relato de dois casos Rev Cir Traumatol Buco-maxilo-fac Camaragibe v5 n4 p 23-30 outdez 2005 CONTAR C M M et al Maxillary ridge augmentation with fresh-frozen bone allografts J Oral Maxillofac Surg Copenhagen v67 n6 p1280-1285 June 2009 COSMO L A M et al Enxerto oacutesseo em levantamento de seio maxilar com osso humano fresco congelado ImplantNews Satildeo Paulo v 4 n 3 p 249-253 2007 COSTA C E S da et al Utilizaccedilatildeo de medula oacutessea autoacuteloga na integraccedilatildeo de enxertos oacutesseos homoacutelogos ImplantNews Satildeo Paulo v 6 n 4 p 395-402 2009
CYRIACO E AZEVEDO D Enxertos oacutesseos aplicados na cirurgia buccedilo-maxilo facial Cispre [on line] Petroacutepolis 27 jul 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcisprecombracervo_detalhesaspId=60gt Acesso em 20 abr 2011
DEL VALLE R A CARVALHO M L de GONZALEZ M R Estudo do comportamento de enxerto oacutesseo com material doador obtido dos bancos de tecidos muacutesculos-esqueleacuteticos Rev odontol Univ Cid Satildeo Paulo Satildeo Paulo v 18 n 2 p 189-194 maioago 2006
46
GARCIA JUacuteNIOR I R et al Avaliaccedilatildeo cliacutenica de enxertos oacutesseos autoacutegenos de crista iliacuteaca em maxilas atroacuteficas para instalaccedilatildeo de implantes oacutesseointegraacuteveis Innov implant j biomater esthet (Impr) Satildeo Paulo v 1 n 1 p 34-40 maio 2006 GONCcedilALVES A R de Q Avaliaccedilatildeo do sucesso de implantes osseointegraacuteveis em enxerto de seio maxilar RGO (Porto Alegre) Porto Alegre v 56 n 4 p 423-427 outdez 2008 GONCcedilALVES A O et al Avaliaccedilatildeo histomorfoloacutegica de maxilares humanos submetidos a enxerto oacutesseo autoacutegeno e homoacutegeno Implant News Satildeo Paulo v7 n2 p213-222 nov 2009
JAHN R S et al Retalho em dupla paacutegina Innov implant j biomater esthet Satildeo Paulo v 4 n 3 p 20-24 setdez 2009
KUABARA M R et al Levantamento de seio maxilar utilizando enxerto autoacutegeno da regiatildeo retromolar e simultacircnea colocaccedilatildeo de implantes ossointegrados Relato de caso cliacutenico ROBRAC Goiacircnia v 9 n 28 p 14-17 2000
MAZZONETTO R et al Avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de enxertos de siacutenfise mandibular na reconstruccedilatildeo de defeitos oacutesseos em regiatildeo anterior de maxila estudo por meio de tomografia convencional linear Rev bras implant Satildeo Paulo v 6 n 1 p 19-22 janmar 2000
MISCH C E et al Doaccedilatildeo de enxertos oacutesseos autoacutegenos extra orais para implantes endo oacutesseo In Implantes Dentaacuterios Contemporacircneos 2ordm ed Satildeo Paulo Santos 2000 cap 33 p 521-535 MOLON R S de et al Reconstruccedilatildeo de maxila atroacutefica utilizando enxerto oacutesseo homoacutegeno Rev Cir Traumatol Buco-Maxilo-fac Camaragibe v 9 n 4 p 25-30 outdez 2009 OLIVEIRA FILHO M A de et alReconstruccedilatildeo de defeito de continuidade em mandiacutebula com posterior reconstruccedilatildeo alveolar RGO (Porto Alegre) Porto Alegre v 55 n 3 p 305-310 julset 2007 OLIVEIRA H W de DIEBOLD E SILVA A M M da Avaliaccedilatildeo da regiatildeo maxilar em imagens de tc por raios x para o uso em implantodontia e cirurgia bucomaxilofaciaL Disponiacutevel em lthttpwwwpucrsbrunipoafisicapesquisasnimedartigosArtigo20Canal20CientEDficopdfgt Acesso em 20 de Junho de 2011 PEREIRA C C S et al Enxertos oacutesseos autoacutegenos mandibulares para reconstruccedilatildeo de processos alveolares atroacutefi cos revisatildeo e teacutecnica ciruacutergica Innov Implant J Biomater Esthet Satildeo Paulo v 4 n 3 p 96-102 setdez 2009 PICCINELLI L B et al Estudo retrospectivo de 59 pacientes tratados com enxertos oacutesseos autoacutegenos intrabucais e implantes dentais Innov Implant J Biomater Esthet Satildeo Paulo v 4 n 3 p 30-34 setdez 2009 PIFFER C S et al Levantamento de seio maxilar utilizando Bio-Oss concomitante com a instalaccedilatildeo de implantes ImplantNews Satildeo Paulo v 7 n 4 p 489-495 2010
47
PINTO J G S et al Enxerto autoacutegeno x biomateriais no tratamento de fraturas e deformidades faciais ndash uma revisatildeo de conceitos atuais RFO UPF Passo Fundo v 12 n 3 p 79-84 setdez 2007 RIBEIRO JUacuteNIOR O et al Princiacutepios da reconstruccedilatildeo mandibular com enxerto oacutesseo vascularizado Rev cir traumatol buco-maxilo-fac Recife v 8 n 1 p 15 ndash 22 janmar 2008 RODRIGUES A F VITRAL R W F Aplicaccedilotildees da Tomografia Computadorizada na Odontologia Pesq Bras Odontoped Clin Integr Joatildeo Pessoa v 7 n 3 p 317-324 setdez 2007 SANTIAGO R C VITRAL R W F Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da densidade mineral oacutessea e seu emprego na odontologia Pesq Bras Odontoped Clin Integr Joatildeo Pessoa v6 n3 p 289-294 setdez 2006 SILVEIRA A C G WASSALL T Anaacutelise da aacuterea doadora de enxerto mandibular por meio de tomografia computadorizada do feixe cocircnico para avaliaccedilatildeo da remodelaccedilatildeo oacutessea RGO (Porto Alegre) Porto Alegre v 57 n 1 p 61-65 janmar 2009 SOUSA J N L de et al Avaliaccedilatildeo dos enxertos homoacutegenos como substitutos aos enxertos autoacutegenos na fixaccedilatildeo de implantes osteointegrados uma revisatildeo sistemaacutetica da literatura Innov Implant J Satildeo Paulo v 4 n 3 p 54-57 setdez 2009 SOUZA D O et al Aplicaccedilotildees de enxertos de bancos de ossos em odontologia R Ci meacuted biol Salvador v 9 n 1 p 45-48 2010 SPIN-NETO R et al Tecido oacutesseo homoacutelogo para utilizaccedilatildeo em Odontologia Implant News Satildeo Paulo v7 n4 p555-560 dez 2009 TANAKA R et al Incorporaccedilatildeo dos enxertos oacutesseos em bloco processos bioloacutegicos e consideraccedilotildees relevantes Conscientia e sauacutede Satildeo Paulo v 7 n 3 p 323-327 2008 ZEacuteTOLA A L et al Reconstruccedilatildeo do seio maxilar atroacutefico com enxerto autoacutelogo de crista iliacuteaca avaliaccedilatildeo por tomografia computadorizada e radiografia panoracircmica Rev col bras cir Rio de Janeiro v 29 n 1 p 13-18 janfev 2002
18
biomateriais atualmente disponiacuteveis discutindo as melhores indicaccedilotildees e os toacutepicos
mais atuais relativos a esses materiais As propriedades de um material ideal para
enxerto oacutesseo satildeo ser quimicamente inerte biocompatiacutevel natildeo aleacutergico natildeo
canceriacutegeno ser totalmente reabsorviacutevel e substituiacutevel por novo tecido oacutesseo entre
outros O osso autoacutegeno eacute considerado ideal para realizaccedilatildeo de enxertos oacutesseos
Estudos tecircm comprovado a eficaacutecia deste tipo de material especialmente do enxerto
oacutesseo autoacutegeno cortical obtido da crista do osso iliacuteaco que tem sido considerado o
melhor de
ntre os materiais de reconstruccedilatildeo Satildeo os uacutenicos entre os tipos de enxerto
oacutesseo a fornecer ceacutelulas oacutesseas vivas imunocompatiacuteveis Os enxertos alogecircnicos
satildeo aqueles obtidos de outro indiviacuteduo da mesma espeacutecie O enxerto alogecircnico mais
comumente utilizado eacute o liofilizado cuja vantagem eacute natildeo haver a necessidade de se
realizar uma segunda cirurgia num outro siacutetio Os oacutesseos xenoacutegenos satildeo aqueles
retirados de uma espeacutecie e transplantados para outra Exigem um tratamento mais
vigoroso do enxerto e natildeo fornecem ceacutelulas viaacuteveis para a formaccedilatildeo da fase I da
osteogecircnese Aleacutem dos enxertos oacutesseos existem ainda os materiais chamados
aloplaacutesticos como alternativa tendo como benefiacutecios a diminuiccedilatildeo do tempo
ciruacutergico aleacutem de muacuteltiplos tamanhos e formatos disponiacuteveis Entre os biomateriais
os mais utilizados satildeo o vidro bioativo o titacircnio que apresenta excelente
biocompatibilidade e boa osseointegraccedilatildeo ao organismo quando justaposto ao osso
A hidroxiapatita que por ser considerada um componente quiacutemico natural do corpo
humano natildeo satildeo observadas respostas inflamatoacuteria ou toacutexica nos tecidos
circunvizinhos Atraveacutes da pesquisa foi possiacutevel concluir que o osso autoacutegeno ainda
eacute considerado um material ideal para enxerto entretanto novos biomateriais tecircm
surgido apresentando vantagens promissoras para utilizaccedilatildeo na praacutetica diaacuteria
Rodrigues e Vitral (2007) descreveram as principais teacutecnicas tomograacuteficas existentes
e suas aplicaccedilotildees na Odontologia atraveacutes de uma revisatildeo da literatura sobre os
avanccedilos das principais teacutecnicas tomograacuteficas que resultaram em maior acuraacutecia no
diagnoacutestico menor tempo de exame e menor quantidade de radiaccedilatildeo A tomografia
computadorizada eacute considerada o meacutetodo de escolha para a imagem das estruturas
oacutesseas Ela eacute um meacutetodo radioloacutegico que permite obter a reproduccedilatildeo de uma secccedilatildeo
do corpo humano com finalidade diagnoacutestica Apresenta trecircs vantagens gerais
importantes sobre a radiografia convencional a primeira eacute que as informaccedilotildees
19
tridimensionais satildeo apresentadas na forma de uma seacuterie de cortes finos da estrutura
interna da parte estudada A segunda eacute que o sistema eacute mais sensiacutevel na
diferenciaccedilatildeo de tipos de tecido quando comparado com a radiografia convencional
de modo que diferenccedilas entre tipos de tecidos podem ser mais claramente
delineadas e estudadas A terceira eacute a habilidade para manipular e ajustar a imagem
apoacutes ter sido completada a varredura como ocorre de fato com toda a tecnologia
digital Com o advento da tomografia computadorizada helicoidal foi alcanccedilada
grande melhora nas reconstruccedilotildees tridimensionais e diminuiccedilatildeo na dose de
exposiccedilatildeo do paciente agrave radiaccedilatildeo A mesma proveacutem vantagens sobre a natildeo
helicoidal como menor tempo de avaliaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de reconstruccedilatildeo multiplanar
Ela propicia imagens com alta resoluccedilatildeo espacial e a mesma dose de radiaccedilatildeo da
tomografia computadorizada convencional A tomografia computadorizada pode ser
usada para identificar e delinear processos patoloacutegicos visualizar dentes retidos
avaliar os seios paranasais diagnosticar trauma mostrar os componentes oacutesseos
da articulaccedilatildeo temporomandibular e os leitos para implantes dentaacuterios Permite a
reformataccedilatildeo axial obliacutequa da imagem no sentido perpendicular da curvatura do
arco mostrando nitidamente o niacutevel oacutesseo no lado vestibular e lingual E tambeacutem
permite uma avaliaccedilatildeo intra-oacutessea dos locais para colocaccedilatildeo dos implantes Os
autores concluiacuteram que a Tomografia Computadorizada eacute o exame de eleiccedilatildeo no
diagnoacutestico de muitas condiccedilotildees que envolvem o complexo maxilo-mandibular O
valor cliacutenico das teacutecnicas de tomografia computadorizada depende da condiccedilatildeo que
se estaacute sendo diagnosticada atraveacutes das imagens do modelo e da idade do
equipamento usado do protocolo do exame da experiecircncia e capacidade dos
operadores do equipamento e do radiologista
Gonccedilalves (2008) analisaram implantes instalados em enxertos de seio
maxilar com biomaterial de origem bovina e plasma rico em plaquetas observando
histologicamente a neoformaccedilatildeo oacutessea e o iacutendice de sucesso cliacutenico e histoloacutegico
apresentado Este estudo envolveu 30 pacientes que necessitavam de enxerto em
regiatildeo de soalho de seio maxilar para inserccedilatildeo de implantes Um total de 101
implantes foi instalado em 36 enxertos de seio maxilar com intervalo meacutedio de
tempo do enxerto de 75 meses dos quais nove amostras oacutesseas foram colhidas de
forma aleatoacuteria e consentidas para a anaacutelise histoloacutegica Na colocaccedilatildeo dos
implantes foi utilizado um guia ciruacutergico para um correto posicionamento dos
implantes Foi feita a remoccedilatildeo do fragmento oacutesseo e enviado para a anaacutelise com
20
isto foi capturado ao todo 26 imagens histopatoloacutegicas Histologicamente os
fragmentos colhidos estavam constituiacutedos predominantemente por tecido oacutesseo
com iacutendice de sucesso de 8888 Quando comparados o remanescente oacutesseo do
seio maxilar antes e depois do enxerto houve crescimento em altura e a maioria
apresentou densidade oacutessea D3 Dez dos 101 implantes foram perdidos e 91
estavam osseointegrados no seio maxilar enxertado Os autores concluiacuteram que
implantes instalados em enxertos de seio maxilar com a ajuda de substitutos oacutesseos
apresentam uma taxa de sucesso cliacutenico de 9009
Ribeiro Juacutenior et al (2008) revisaram a literatura referente aos enxertos
oacutesseos vascularizados com o objetivo de avaliar os princiacutepios bioloacutegicos e ciruacutergicos
que fundamentam sua aplicaccedilatildeo na reconstruccedilatildeo mandibular Os retalhos
microciruacutergicos que contecircm enxertos oacutesseos satildeo classificados como
osteomusculares ou osteomiocutacircneos dependendo da natureza dos tecidos moles
que o compotildeem permitindo restauraccedilotildees de grandes defeitos oacutesseos A
revascularizaccedilatildeo microciruacutergica manteacutem a irrigaccedilatildeo e a drenagem do tecido oacutesseo
enxertado em todo o periacuteodo de integraccedilatildeo permitindo a manutenccedilatildeo de suas
funccedilotildees celulares metaboacutelicas e fiacutesicas Dessa forma a reparaccedilatildeo entre o enxerto e
o remanescente mandibular ocorre de forma semelhante agrave cicatrizaccedilatildeo de uma
fratura eliminando a longa fase de substituiccedilatildeo observada nos enxertos
convencionais Como o sucesso da reconstruccedilatildeo microciruacutergica eacute diretamente
dependente da qualidade vascular estudos angiograacuteficos preacute-operatoacuterios das aacutereas
receptora e doadora satildeo essenciais Alguns cuidados preacute-cirurgicos satildeo de extrema
importacircncia como a hidrataccedilatildeo endovenosa para manutenccedilatildeo do diacircmetro vascular
uso de cobertores para manter a temperatura corporal em torno de 37degC O estudo
concluiu que os enxertos oacutesseos vascularizados satildeo excelentes na restauraccedilatildeo
esteacutetico-funcional dos defeitos mandibulares suprindo as deficiecircncias dos enxertos
convencionais em casos de pior prognoacutestico Os enxertos oacutesseos vascularizados
satildeo indispensaacuteveis em defeitos compostos extensos irradiados e secundaacuterios agrave
osteorradionecrose
Tanaka et al (2008) elaboraram uma revisatildeo de literatura com o objetivo de
descrever os mecanismos de incorporaccedilatildeo dos enxertos oacutesseos em bloco e discutir
algumas caracteriacutesticas dos diferentes tipos existentes para distinguir as vantagens
de cada um Concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo dos enxertos em bloco para reconstruccedilatildeo
21
dos rebordos alveolares eacute uma realidade e estaacute intimamente ligada agrave terapia
implantar Os diversos fatores que influenciam a escolha do melhor meacutetodo de
enxertia a ser utilizado passam pelo conhecimento dos paracircmetros citados neste
artigo e muitos outros natildeo abordados e podem parecer inicialmente um desafio
mas sem duvida o domiacutenio das teacutecnicas existentes e das outras que surgiratildeo eacute o
ponto de partida para o profissional que procura o refinamento de seus
procedimentos e a exelencia de seus resultados
Arauacutejo et al (2009) realizaram uma revisatildeo de literatura sobre os resultados
cliacutenicos obtidos com a utilizaccedilatildeo dos enxertos de origem autoacutegena e xenoacutegena
(bovino) nas cirurgias de levantamento de assoalho de seio maxilar O
envelhecimento e a perda dentaacuteria fazem com que o seio se expanda podendo
haver uniatildeo entre o assoalho sinusal e a crista do rebordo alveolar residual
expansatildeo esta relacionada com a altura e largura do seio e natildeo com a
profundidade Os materiais para enxerto oacutesseo podem ser classificados como
osteogecircnicos osteoindutores e osteocondutores Os osteogecircnicos referem-se aos
materiais orgacircnicos capazes de estimular a neoformaccedilatildeo oacutessea a partir de
osteoblastos Os osteoindutores satildeo capazes de induzir a diferenciaccedilatildeo de ceacutelulas
mesenquimais em osteoblastos e condroblastos estimulando a formaccedilatildeo oacutessea no
local ou mesmo em um siacutetio heterotiacutepico Os materiais osteocondutores (geralmente
inorgacircnicos) permitem a aposiccedilatildeo de um novo tecido na sua superfiacutecie requerendo
a presenccedila de tecido oacutesseo preacute-existente como fonte de ceacutelulas osteoprogenitoras
Alguns criteacuterios foram propostos para o enxerto ideal quanto para que o material
enxertado se incorpore com sucesso ao siacutetio Dentre os possiacuteveis enxertos
xenoacutegenos encontram-se disponiacuteveis comercialmente os enxertos bovinos em
vaacuterias formas de apresentaccedilatildeo como aqueles que contecircm a fraccedilatildeo mineral do osso
os inorgacircnicos ou desproteinizados entre outros Todos eles apresentam excelente
biocompatibilidade agem favorecendo o processo de osteoconduccedilatildeo e natildeo
desencadeando respostas imunoloacutegicas desfavoraacuteveis A melhor accedilatildeo do enxerto
oacutesseo autoacutegeno de crista iliacuteaca quando comparado com a associaccedilatildeo do osso
autoacutegeno com osso desmineralizado bovino em cirurgias de levantamento de
assoalho de seio maxilar Apesar da diferenccedila estatiacutestica significante clinicamente
natildeo houve diferenccedila jaacute que os aacutepices dos implantes estavam todos cobertos por
osso sugerindo o sucesso do uso da associaccedilatildeo e ainda poupando o paciente de
uma intervenccedilatildeo ciruacutergica extraoral concluindo que o osso autoacutegeno eacute o que
22
apresenta os melhores resultados no processo de regeneraccedilatildeo oacutessea poreacutem os
enxertos de origem bovina apesar de demonstrarem um processo de neoformaccedilatildeo
oacutessea inferior promovem uma neoformaccedilatildeo satisfatoacuteria para que haja a reabilitaccedilatildeo
do paciente com implantes osseointegraacuteveis podendo ser utilizados com sucesso na
cliacutenica odontoloacutegica
Bassi e Carneiro (2009) citaram que os pacientes vem se queixando de
desconforto pelo uso de proacuteteses deficiecircncia na mastigaccedilatildeo onde entatildeo se
destacam os implantes dentaacuterios que minimizam estes aspectos negativos No
entanto seu sucesso depende de uma quantidade miacutenima de suporte oacutesseo por
este motivo foi oportuna pelos autores avaliar o iacutendice de sucesso dos enxertos e
implantes instalados na regiatildeo do seio maxilar reconstruiacuteda com osso autoacutegeno de
linha obliacutequa tanto imediata quanto mediato ao levantamento do seio maxilar
Foram avaliadas 51 cirurgias durante os anos de 2005 a 2007 com total de 107
implantes instalados sendo 28 de maneira imediata e 79 instalados posteriormente
Com relaccedilatildeo aos de maneira imediata o sucesso foi de 9286 sendo que dos 14
submetidos agrave implantaccedilatildeo imediata apenas 1 perdeu o implante De um total de 37
pacientes com instalaccedilatildeo posterior houve um sucesso de 9459 Podendo ser
analisado que natildeo haacute diferenccedila significante entre instalaccedilatildeo mediata e imediata
Acredita-se que para haver sucesso no tratamento eacute imprescindiacutevel que seja levado
em consideraccedilatildeo a quantidade de rebordo residual e tambeacutem a qualidade de osso
para a estabilidade do implante A conclusatildeo deste artigo eacute que o levantamento do
seio maxilar com o enxerto autoacutegeno por meio de acesso lateral eacute uma opccedilatildeo
segura no tratamento para regiatildeo posterior da maxila E natildeo houve diferenccedila em
relaccedilatildeo ao sucesso dos implantes instalados de maneira medita e imediata
Contar et al (2009) avaliaram o uso de enxertos provenientes de osso fresco-
congelado para na reconstruccedilatildeo de rebordos alveolares maxilares posteriormente a
aplicaccedilatildeo de implantes dentaacuterios Foram analisados quinze pacientes que tinham
atrofia crista maxilar onde necessitava de blocos de enxerto oacutesseo para
posteriormente se fazer a colocaccedilatildeo dos implantes Nove meses depois foi retirado
o nuacutecleo de osso do enxerto para analisar histologicamente Trinta e quatro blocos
foram colocados e do nuacutemero de blocos cada paciente recebeu uma numeraccedilatildeo de
1 a 4 Em todos os enxertos foram verificados para serem de consistecircncia firme
bem constituiacutedo e vascularizado Cinquumlenta e um implantes foram aplicados sobre
os enxertos com torque no miacutenimo de 40 N (Newton) Natildeo havendo problema em
23
nenhum implante O periacuteodo de acompanhamento variou de 24 a 35 meses Alo
enxertos pode ser bem satisfatoacuterios aplicados como material de enxerto para o
tratamento de defeitos oacutesseos maxilares se for aplicada a teacutecnica de forma
cautelosa e coerente
Costa et al (2009) descreveram cirurgias de enxertia oacutessea para reconstruccedilatildeo
do rebordo alveolar atroacutefico causado por traumas Em dois pacientes foram
utilizados blocos de osso homoacutegeno fresco congelado puro e em outros dois
pacientes esses blocos foram embebidos em medula oacutessea autoacuteloga aspirada do
proacuteprio paciente Os quatro pacientes que perderam seus dentes anteriores-
superiores 11122122 As cirurgias foram realizadas dentro do protocolo do
Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Cirurgia e Experimentaccedilatildeo da Universidade
Federal de Satildeo Paulo ndash Unifesp Cada paciente recebeu um bloco de enxerto oacutesseo
homoacutegeno fresco congelado proveniente de banco de tecidos oacutesseos em cada um
dos lados da regiatildeo anterior de maxila sendo que em dois dos pacientes os blocos
tiveram a sua porccedilatildeo medular embebida em medula oacutessea autoacuteloga aspirada do
proacuteprio paciente e nos outros dois pacientes os blocos foram fixados da mesma
maneira e na mesma regiatildeo poreacutem sem a utilizaccedilatildeo de medula oacutessea autoacuteloga
como preenchimento Foi observado clinicamente no segundo procedimento
ciruacutergico que os siacutetios enxertados com osso homoacutegeno associado agrave medula oacutessea
autoacuteloga obtiveram um menor niacutevel de reabsorccedilatildeo o que facilitou a instalaccedilatildeo dos
implantes osseointegraacuteveis Com as bioacutepsias oacutesseas obtidas por meio da utilizaccedilatildeo
da broca trefi na foram confeccionadas no Laboratoacuterio de Patologia da Unifesp uma
lacircmina em HE para cada regiatildeo enxertada com associaccedilatildeo agrave medula e tambeacutem
para as regiotildees de enxertia sem essa associaccedilatildeo Essas lacircminas foram
encaminhadas para o Departamento de Morfologia da Unifesp para avaliaccedilatildeo Tanto
as lacircminas histoloacutegicas do grupo onde se associou o aspirado de medula oacutessea ao
enxerto oacutesseo homoacutegeno quanto onde natildeo foi feita esta associaccedilatildeo mostraram uma
grande quantidade de tecido mineralizado vital Foi observado em ambos os grupos
uma pequena quantidade de tecido mineralizado desvitalizado Em todas as lacircminas
foi observada intensa vascularizaccedilatildeo assim como a presenccedila de tecido oacutesseo
lamelar A utilizaccedilatildeo de osso humano fresco congelado conservado em banco de
tecidos eacute uma alternativa viaacutevel para a reconstruccedilatildeo dos rebordos atroacuteficos
diminuindo a morbidade e riscos inerentes agrave abordagem da regiatildeo doadora dos
enxertos autoacutegenos A associaccedilatildeo do bloco de osso homoacutegeno agrave medula oacutessea
24
autoacuteloga parece representar uma alternativa terapecircutica para se minimizar os niacuteveis
de reabsorccedilatildeo dos materiais de enxertia
Gonccedilalves et al (2009) citaram que o melhor material para enxertia oacutessea eacute o
autoacutegeno o problema eacute o poacutes-operatoacuterio que eacute desconfortaacutevel para o paciente Na
existecircncia de desvantagens para a utilizaccedilatildeo de osso autoacutegeno o osso proveniente
de banco de tecidos surge como uma alternativa viaacutevel nas reconstruccedilotildees oacutesseas
maxilomandibulares O osso homoacutegeno pode ser utilizado em algumas situaccedilotildees
que impossibilite obter uma quantidade necessaacuteria de osso autoacutegeno requisitado
pelo receptor ou quando induz ao procedimento com grande morbidade onde exista
negativa do paciente em se submeter a um segundo siacutetio ciruacutergico Mesmo com toda
a previsibilidade de utilizaccedilatildeo de tecido oacutesseo homoacutelogo ele ainda gera
controveacutersias pela possibilidade de infecccedilotildees cruzadas com sua utilizaccedilatildeo Com o
estudo citado foi concluiacutedo que o enxerto homoacutelogo induz mais rapidamente a
remodelaccedilatildeo quando comparado com o autoacutegeno E o estaacutegio da remodelaccedilatildeo
esteve mais dependente da resposta orgacircnica individual de cada paciente
Jahn et al (2009) avaliaram o procedimento de retalho em dupla paacutegina para acesso
ao osso da regiatildeo do mento em comparaccedilatildeo a teacutecnica de retalho mucoperiosteal
Foram realizados procedimentos de obtenccedilatildeo de enxerto oacutesseo da regiatildeo do mento
para utilizaccedilatildeo na reabilitaccedilatildeo de pacientes que receberiam implantes
osseointegrados na regiatildeo anterior da maxila e que necessitavam de aumento de
espessura oacutessea localizada Foram operados 20 pacientes da cliacutenica de Periodontia
da Universidade de Santo Amaro entre 28 e 60 anos de idade Dez pacientes foram
submetidos agrave teacutecnica de retalho mucoperiosteal de espessura parcial e total
convencional e dez pacientes foram submetidos ao retalho em dupla Os pacientes
foram avaliados apoacutes 7 e 14 dias do procedimento ciruacutergico quanto aos seguintes
aspectos parestesia dor edema infecccedilatildeo hemorragia hematoma contato com as
raiacutezes dentaacuterias deiscecircncia de sutura presenccedila ou ausecircncia de trismo Todos os
procedimentos realizados permitiram acesso agrave regiatildeo do mento para obtenccedilatildeo de
enxertos oacutesseos autoacutegenos A avaliaccedilatildeo poacutes-operatoacuteria dos pacientes mostrou que
em ambos os grupos natildeo houve casos de hemorragia trismo contato acidental com
as raiacutezes dentaacuterias e infecccedilatildeo Edema foi constatado em seis casos no grupo de
retalho em dupla paacutegina e sete casos nos retalhos muco periosteais dor foi relatada
por dois e seis pacientes respectivamente Dois casos apresentaram parestesia na
regiatildeo de mento e nos dentes anteriores inferiores por ateacute duas semanas nos
25
pacientes operados pela teacutecnica do retalho mucoperiosteal enquanto nenhum caso
aconteceu em pacientes operados por retalho em dupla paacutegina Os autores
concluiacuteram que a teacutecnica de retalho em dupla paacutegina eacute um importante auxiacutelio no
acesso agrave aacuterea doadora o que pela facilidade de uso pode encorajar os cirurgiotildees a
usarem o mento como aacuterea doadora para pequenos enxertos oacutesseos intrabucais
Molon et al (2009) tiveram como objetivo relatar um caso cliacutenico de maxila
atroacutefica com necessidade de reconstruccedilatildeo alveolar atraveacutes de enxerto homoacutegeno
Apoacutes a realizaccedilatildeo da anamnese foi constatado clinicamente que o paciente
apresentava forma em lacircmina do osso e radiograficamente a panoracircmica mostrou
uma perda oacutessea em altura e uma proximidade do rebordo com a parede inferior do
seio maxilar Foi utilizado enxerto provenientes do UniOss processados e
congelados a -80degCos tecidos foram submetidos a testes soroloacutegicos Na regiatildeo
anterior foi realizado enxerto com osso humano congelado em bloco para restaurar
espessura oacutessea possibilitando a colocaccedilatildeo de implantes dentaacuterios Os blocos
foram fixados com o sistema 15mm e o osso particulado foi acomodado nos
espaccedilos mortos para evitar a formaccedilatildeo de GAPs Apoacutes seis meses da cirurgia foi
removido os parafusos e o guia ciruacutergico posicionado para a instalaccedilatildeo dos seis
implantes A osseointegraccedilatildeo dos implantes foi verificada apoacutes seis meses da
segunda cirurgia pela radiografia panoracircmica Atualmente vem sendo muito utilizado
osso autoacutegeno para reconstruccedilatildeo de maxilares contudo haacute desvantagens
relacionadas com a morbidade do sitio doador quantidade inadequada de osso
intraoral para grandes defeitos e necessidade de osso de regiatildeo extra-oral para
maiores reconstruccedilotildees limitam as expectativas do paciente Por isso os osso
estudos utilizando osso homoacutelogo para reabilitaccedilatildeo com implantes vecircm se
intensificando e apresentando bons resultados Os autores consideram o enxerto de
osso homoacutelogo uma alternativa viaacutevel para reconstruccedilatildeo de rebordos alveolares
severamente atroacuteficos ao mesmo tempo em que reduz a morbidade e os riscos
inerentes aos procedimentos de enxertos autoacutegenos
Pereira et al (2009) discutiram revisaram e compararam as teacutecnicas
envolvidas em remoccedilatildeo de blocos oacutesseos da linha obliacutequa e mento demonstrando
sua efetividade por meio de exemplos cliacutenicos O osso mandibular tem sido utilizado
na reconstruccedilatildeo alveolar para permitir a instalaccedilatildeo de implantes com resultados
extremamente favoraacuteveis Para a regiatildeo de mento a teacutecnica consiste em osteotomia
26
efetuada pelo menos 5 mm abaixo dos aacutepices dentaacuterios e o osso basal da
mandiacutebula preservado A profundidade das osteotomias limita-se agrave cortical externa
Para a regiatildeo da linha obliacutequa haacute trecircs diferentes meacutetodos para acessar a aacuterea
doadora 1 Intrasulcular Realizada no sulco gengival dos dentes naturais 2
Submarginal Indicada quando da presenccedila de coroas proteacuteticas nos molares e preacute-
molares 3 Crestal Indicada para rebordos edecircntulos ou quando os implantes
estiverem planejados para a mesma regiatildeo Uma vez feita agrave incisatildeo o retalho
mucoperiosteal eacute descolado do corpo mandibular expondo a face lateral do
ramocorpo Um bloco cortical retangular ateacute 4 mm de espessura pode ser coletado
da regiatildeo do ramo O comprimento do bloco pode se aproximar de 35 mm mas
altura natildeo deve exceder 10 mm Para o preparo do siacutetio receptor e enxertia o osso
removido eacute posicionado com a face medular do bloco em contato com a face cortical
do siacutetio receptor previamente perfurada com brocas proporcionando sangramento
O bloco deve ser adaptado intimamente ao leito e fixado com parafusos de titacircnio
Os autores concluiacuteram que ambas as teacutecnicas podem ser utilizadas com sucesso
de acordo com a quantidade oacutessea desejada localizaccedilatildeo do siacutetio doador e
experiecircncia do profissional
Piccinelli et al (2009) analisaram retrospectivamente 59 pacientes submetidos
agrave enxertia oacutessea obtida de aacutereas intrabucais com a instalaccedilatildeo de implantes
osseointegrados As aacutereas doadoras foram a regiatildeo da siacutenfise mandibular ramo
mandibular e tuberosidade da maxila Os enxertos foram imobilizados atraveacutes de
parafusos de titacircnio especiacuteficos para fixaccedilatildeo interna riacutegida com diacircmetro de 16 mm
e comprimentos de 8 10 e 12 mm com encaixe em forma de cruz De todas as
cirurgias realizadas foi constatado insucesso em 5 (742 ) pacientes todos do
sexo feminino Destes em 2 (338 ) casos ocorreram perfuraccedilatildeo de membrana do
seio maxilar sendo os dois pacientes tabagistas com idades de 40 e 41 anos Em
um paciente de 30 anos ocorreu a perda do enxerto na regiatildeo anterior de maxila
tendo por aacuterea doadora o osso retirado do ramo mandibular Em outro com 50 anos
ocorreu a perda do enxerto em regiatildeo posterior de mandiacutebula recebendo da aacuterea
retromolar E noutro com 40 anos a perda ocorreu em regiatildeo posterior da
mandiacutebula tendo aacuterea doadora a siacutenfise mandibular A maior causa de falhas de
enxerto eacute deiscecircncia de sutura e posterior necrose asseacuteptica do osso enxertado
sendo demonstrado altas taxas de complicaccedilotildees quando utilizamos a mandiacutebula
27
como aacuterea receptora Existe um iacutendice de sucesso de 904 quando os implantes
satildeo instalados apoacutes um periacuteodo de cicatrizaccedilatildeo dos enxertos O estudo concluiu que
os siacutetios intrabucais doadores de enxertos oacutesseos podem prover volumes oacutesseos
suficientes para a reconstruccedilatildeo dos rebordos alveolares da maioria dos pacientes
desdentados parciais A mandiacutebula eacute vista como siacutetio de eleiccedilatildeo para retirada de
enxertos oacutesseos pois eacute capaz de prover blocos oacutesseos de composiccedilatildeo
predominantemente corticais
Silveira e Wassall (2009) analisaram a aacuterea doadora de enxertos por meio de
tomografias volumeacutetricas tipo feixe cocircnico para avaliaccedilatildeo da remodelaccedilatildeo oacutessea
verificando o grau de morbidade quanto a este paracircmetro Foram selecionados vinte
voluntaacuterios de ambos os gecircneros sem risco de sauacutede e com risco de sauacutede
controlados da cliacutenica de Poacutes-Graduaccedilatildeo do Centro de Pesquisas Odontoloacutegica
Satildeo Leopoldo Mandic e cliacutenica particular As tomografias foram obtidas com
aparelho de aquisiccedilatildeo volumeacutetrica tipo feixe cocircnico este aparelho usa a nova
tecnologia do feixe de tomografia computadorizada cocircnico no qual obtemos todas
as estruturas maxilofaciais do indiviacuteduo em volume ou seja em terceira dimensatildeo
Foi utilizado o tempo de exposiccedilatildeo de 36 segundos e apenas 3 de radiaccedilatildeo uma
tomografia meacutedica As primeiras mediccedilotildees foram obtidas no momento da tomografia
computadorizada inicial anteriormente a cirurgia Logo apoacutes a cirurgia foi realizada
a segunda tomada e medida na qual foi mensurado o quanto foi retirado de tecido
oacutesseo para enxerto Na terceira tomada de medidas foi calculado o ganho real
oacutesseo obtido na remodelaccedilatildeo apoacutes 180 dias de remoccedilatildeo do enxerto Embora a
quantidade retirada de aacuterea varie a recomposiccedilatildeo acompanha com a mesma
variabilidade Os autores concluiacuteram que a remodelaccedilatildeo oacutessea meacutedia da regiatildeo
posterior da mandiacutebula avaliada 180 dias apoacutes a remoccedilatildeo do bloco oacutesseo (enxerto
oacutesseo) foi de 813
Sousa et al (2009) verificaram atraveacutes de uma revisatildeo sistemaacutetica se os
enxertos homoacutegenos satildeo tatildeo eficientes quanto os enxertos autoacutegenos Apoacutes a busca
nas bases foram selecionados 1215 tiacutetulos de artigos Um uacutenico artigo atendeu os
criteacuterios da pesquisa o mesmo foi lido na iacutentegra por ambos examinadores e suas
caracteriacutesticas foram distribuiacutedas em uma tabela Este artigo analisado resultou em
16 pacientes entre 38 e 65 anos (9 do sexo masculino e 7 do sexo feminino) foi
comparado dois grupos enxerto autoacutegeno do iliacuteaco (grupo 1) e enxerto autoacutegeno da
calvaacuteria (grupo 2) Foi avaliado o volume oacutesseo total (VOT) o volume oacutesseo
28
necroacutetico (VON) e o osso vital (OV) e os resultados do grupo 1 foi de VOT (466)
VON (126) e OV (34) jaacute do grupo 2 foi VOT (734) VON (55) e OV (67)
Estatisticamente o enxerto da calvaacuteria foi melhor que o enxerto do iliacuteaco Os autores
concluiacuteram que o uacutenico artigo considerado natildeo consistia numa comparaccedilatildeo entre
enxerto autoacutegeno e homoacutegeno e sim numa comparaccedilatildeo entre enxertos autoacutegenos
de siacutetios diferentes
Spin-Neto et al (2009) realizaram uma revisatildeo de literatura sobre a utilizaccedilatildeo
de osso homoacutelogo em Odontologia sobre a legislaccedilatildeo envolvida na aplicaccedilatildeo deste
material Foram analisados artigos publicados nos uacuteltimos 25 anos no Medline e
pela ANVISA leis decretos que regulamentam o funcionamento dos bancos de
ossos de tecidos musculoesqueleacuteticos brasileiros Sobre o enxerto homoacutelogo haacute
um nuacutemero enorme de processos que ocorrem eacute iniciado por uma reaccedilatildeo
inflamatoacuteria criando espaccedilos que permitam sua invasatildeo por vasos sanguiacuteneos e
chegada das ceacutelulas responsaacuteveis pelo metabolismo oacutesseo atuando na
remodelaccedilatildeo gradativa do local Remover tecidos oacutergatildeos ou partes da pessoa ou do
cadaacutever eacute crime podendo resultar em reclusatildeo (2 a 6 anos) ou em 100 a 360 dias
de multa Jaacute no caso de sepultamento cabe aos meacutedicos realizar a reconstruccedilatildeo do
corpo para evitar constrangimento e manter a dignidade diante de seus familiares
no qual natildeo realizado eacute considerado crime por tal ato Foi concluiacutedo que eacute
necessaacuterio mais estudos e resultados sobre a aplicaccedilatildeo deste biomaterial para
aliados com o conhecimento juriacutedico aumentarmos o conhecimento e informaccedilotildees
sobre o caso
Piffer et al (2010) descreveram um caso cliacutenico de reabilitaccedilatildeo oral de uma
aacuterea de maxila posterior extremamente reabsorvida atraveacutes de levantamento de
seio maxilar utilizando osso xenoacutegeno e posterior uso de implante O caso constava
de uma paciente do sexo feminino que foi submetida a levantamento de seio
maxilar utilizando osso xenoacutegeno liofilizado e concomitante colocaccedilatildeo de dois
implantes nos elementos 15 e 16 Foi relatado que devido agraves limitadas quantidades
oacutesseas para colocaccedilatildeo de implantes dentaacuterios surgiram as teacutecnicas de enxertos
oacutesseos Inicialmente era utilizado osso autoacutegeno da regiatildeo intra-bucal gerando
algumas desvantagens devido a morbidade do siacutetio doador podendo gerar dor
parestesias hematoma Como alternativa surgiu possibilidade de utilizaccedilatildeo de
biomateriais para reconstruccedilotildees maxilares no qual foi utilizado neste caso o Bio-
Oss e obteve um resultado excelente em relaccedilatildeo aacute formaccedilatildeo oacutessea formando
29
extensa regiatildeo de osso denso ao redor dos implantes Assim atraveacutes de uma
revisatildeo sistemaacutetica criacutetica de trabalhos cliacutenicos controlados randomizados
evidenciou que substitutos de ossos autoacutegenos podem ser utilizados obtendo
sucesso Concluindo assim que a colocaccedilatildeo de implantes concomitantes com
enxertias oacutesseas natildeo interferem no processo de reparo oacutesseo e nem na
estabilizaccedilatildeo dos implantes e mostrou-se um tratamento viaacutevel para o presente
caso cliacutenico
Souza et al (2010) realizaram uma revisatildeo da literatura das principais
aplicaccedilotildees e indicaccedilotildees dos enxertos de bancos de ossos na Odontologia Os
enxertos oacutesseos autoacutegenos satildeo eleitos como os de primeira escolha pela sua
eficiecircncia biosseguranccedila e facilidade de obtenccedilatildeo poreacutem apresentam algumas
desvantagens e limitaccedilotildees A utilizaccedilatildeo de homoenxertos provenientes de bancos
de ossos representa uma alternativa aos enxertos oacutesseos autoacutegenos e demonstra
ser uma ferramenta bastante uacutetil para a odontologia com a finalidade de regenerar o
tecido oacutesseo perdido dos maxilares Os autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de
homoenxertos provenientes de bancos de ossos demonstra ser uma ferramenta
bastante uacutetil para a odontologia com a finalidade de regenerar o tecido oacutesseo
perdido dos maxilares Faz-se necessaacuterio que mais bancos de coleta e preparo do
tecido oacutesseo sejam instalados nos hospitais para que esta opccedilatildeo torne-se viaacutevel e
acessiacutevel a um nuacutemero maior de serviccedilos que atuam com reconstruccedilotildees oacutesseas
Aloy-Proacutesper et al (2011) realizaram uma revisatildeo bibliograacutefica sobre
regeneraccedilatildeo oacutessea usando partiacuteculas de enxertos Foram avaliados os resultados
obtidos bem como as complicaccedilotildees de teacutecnicas cirurgircas e as taxas de
sobrevivecircncia e sucesso de implantes colocados nestas aacutereas regeneradas Foram
identificados 64 artigos dos quais 53 foram excluiacutedos em 14 casos de partiacuteculas de
enxerto foi combinado com o bloco de enxerto em quatro casos natildeo ocorreu
defeitos periimplantares durante a colocaccedilatildeo do implante Quanto agrave taxa de sucesso
dos implantes nem todos os estudos bem definidos utilizaram os criteacuterios de
sucesso tornando difiacutecil a comparaccedilatildeo Com base nos criteacuterios de sucesso de
Albrektsson houve uma taxa de sucesso de 932 dois anos apoacutes o carregamento
(857 na maxila superior e 100 na mandiacutebula) Quando os criteacuterios eram do
cortador e Ederer houve uma taxa de sucesso de 857 trecircs anos apoacutes o
carregamento A conclusatildeo dos autores foi de que enxertos de partiacuteculas satildeo
30
eficazes na correccedilatildeo localizada de defeitos do processo alveolar com poucas
complicaccedilotildees e a taxa de sucesso satildeo sempre elevadas variando de 875 a 100
Oliveira Diebold e Silva (2011) analisaram as estruturas da regiatildeo maxilar de
interesse na implantodontia por meio de imagens de tomografia computadorizada
buscando uma avaliaccedilatildeo qualitativa e quantitativa da densidade oacutessea Foram
utilizadas imagens de tomograacutefia computadorizada por raios X obtidas da regiatildeo
maxilar de 31 pacientes avaliados para a colocaccedilatildeo de implantes As regiotildees de
interesse analisadas (seio maxilar fossa nasal tuberosidade maxilar e foramem
naso-alveolar) foram delimitadas de modo semi-automaacutetico com o auxiacutelio da
ferramenta ldquoCell Outlinerrdquo pelo software ImageJ Essas regiotildees foram analisadas nos
cortes axiais cortes sagitais e coronais obtidos pelo TC e com o software A partir
da delimitaccedilatildeo das regiotildees de interesse (ROI) foram determinados os valores
meacutedios e desvio padratildeo do nuacutemero CT em HU (Hounsfield) O nuacutemero CT de uma
imagem tomograacutefica representa o valor de cada pixel que compotildee a imagem esta
relacionada com o coeficiente de atenuaccedilatildeo linear dos tecidos contidos em um voxel
correspondente Estes valores constituem-se em uma informaccedilatildeo importante tanto
para a avaliaccedilatildeo quantitativa das densidades oacutesseas como para a produccedilatildeo de uma
metodologia de realce das estruturas de interesse em implantodontia Com anaacutelise
dos dados obtidos para cada paciente nas estruturas analisadas foi observado que
as regiotildees do seio maxilar e a fossa nasal satildeo semelhantes mas estatisticamente
diferentes Estas satildeo regiotildees pneumaacuteticas que em consequumlecircncia da presenccedila do
ar possuem medidas de nuacutemero CT semelhantes a fossa nasal apresenta uma
estrutura mais irregular e obteve-se uma diferenccedila estatisticamente significativa
entre estas duas regiotildees estudadas O foramem naso-alveolar e a tuberosidade satildeo
regiotildees distintas porque a tuberosidade eacute um osso trabecular de densidades
heterogecircneas que possui a meacutedia do nuacutemero CT maior que a meacutedia do foramen
naso-alveolar que se trata de uma estrutura tubular de densidade homogecircnea para
passagem do feixe vasculo-nervoso Com a comparaccedilatildeo das estruturas analisadas
pelo meacutetodo ANOVA entre pacientes masculinos e femininos evidenciou-se que natildeo
existe diferenccedila estatisticamente significativa entre sexos As conclusotildees obtidas
neste trabalho mostraram que o nuacutemero CT eacute uma medida eficiente para
caracterizar estruturas do corpo humano Os dados obtidos com a anaacutelise das
meacutedias do nuacutemero CT de cada regiatildeo estudada nos permite caracterizar
separadamente cada regiatildeo
31
3 MATERIAS E MEacuteTODOS
O presente trabalho aborda a descriccedilatildeo de quatro casos cliacutenicos que foram
selecionados dos prontuaacuterios de pacientes enxertados submetidos agrave tomografia
computadorizada Cone Beam no periacuteodo preacute-enxerto e apoacutes o procedimento
ciruacutergico das cliacutenicas radiograacuteficas ldquoCliacutenica Odonto Imagem Radiologiardquo situada em
Balneaacuterio Camboriuacute (SC) e ldquoCliacutenica Radioimagemrdquo situada em Itajaiacute (SC)
Foram incluiacutedos no estudo os laudos radiograacuteficos de pacientes que atendem
as seguintes caracteriacutesticas pacientes de ambos os sexos com bom estado de
sauacutede geral idade de quarenta a setenta anos que foram submetidos a enxerto
oacutesseo em regiatildeo de maxila
Primeiramente foi realizada uma coleta de dados junto aos laudos
radiograacuteficos emitidos pelas cliacutenicas citadas Foram selecionados os casos e
posteriormente foi acessado agraves imagens tomograacuteficas dos pacientes
Os exames tomograacuteficos computadorizado de aquisiccedilatildeo volumeacutetrica (cone
beam) foram realizados atraveacutes de cortes parasagitais de espessura de 2mm e
distacircncia de 1 mm entre os cortes
Na segunda etapa foi efetuada a anaacutelise das tomografias observando as
imagens preacute e poacutes-ciruacutergicas simultaneamente nesse momento delimitou-se a aacuterea
do leito receptor e do material enxertado Utilizando o programa Planmeca Romexis
Viewer acessou-se as imagens fornecidas digitalmente analisando primeiramente
as imagens do leito receptor por meio de trecircs traccedilados (em planos perpendiculares)
realizados com o auxiacutelio da ferramenta denominada Linha Hounsfield que nos
fornece a densidade oacutessea do local traccedilado e uma meacutedia do mesmo Foi realizada
uma meacutedia aritmeacutetica simples dos trecircs traccedilados resultando uma meacutedia de
densidade oacutessea que foi enquadrada na escala O mesmo procedimento foi
realizado na aacuterea do material enxertado
Com a posse destes valores meacutedios comparou-se a densidade oacutesseo do leito
receptor com a densidade oacutessea do material enxertado
32
Os dados seratildeo divulgados atraveacutes de painel exposto no bloco de Odontologia
e apresentaccedilatildeo oral Uma coacutepia da pesquisa concluiacuteda seraacute enviada agraves Cliacutenicas
envolvidas na pesquisa
O projeto de pesquisa foi aprovado pela Comissatildeo de Eacutetica em Pesquisa
sobre o nuacutemero 44610
33
4 RESULTADOS
De acordo com a tabela a seguir podemos expressar de forma resumida os
resultados obtidos atraveacutes da pesquisa comparando os mesmos com a escala de
Misch
Paciente (P1) MS sexo feminino com idade de 49 anos apresentando bom
estado de sauacutede geral No dia 28 de outubro de 2009 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes (Figura 1)
34
Figura 1 Vista panoracircmica preacute-enxertia
A densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield
obteve os seguintes resultados Axial (Z) = 7650 Coronal (Y) = 5196 Sagital (X)
= 7818
No dia 29 de janeiro de 2010 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
homoacutegeno O material proveniente do Banco de Tecidos Muacutesculo Esqueleacuteticos HC-
UFPR consistia de um bloco cortical de Fecircmur medindo 30x20mm lote C0917 FD
BC 26 processado no dia 15 de julho de 2009 com validade de 5 anos conservado
a temperatura abaixo de -40ordmC O osso foi particulado e acrescido de lincomicina
No dia 19102010 foram realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da
densitometria oacutessea do material enxertado e obtiveram os seguintes resultados
Axial (Z) = 6590 Coronal (Y) = 4986 Sagital (X) = 2948 (Figura 2)
35
Figura 2 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
Paciente (P2) AWU sexo feminino com idade de 67 anos apresentando
bom estado de sauacutede geral no dia 29 de agosto de 2009 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes A
densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield obteve os
seguintes resultados Axial (Z) = 7104 Coronal (Y) = 7002 Sagital (X) = 10412
(Figura 3)
Figura 3 Vista panoracircmica preacute-enxertia
No dia 06 de novembro de 2009 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
36
homoacutegeno O material proveniente do Banco de Tecidos Muacutesculo Esqueleacuteticos HC-
UFPR consistia de um bloco cortical de Fecircmur medindo 30x20mm lote C0917 FD
BC 39 processado no dia 15 de julho de 2009 com validade de 5 anos conservado
a temperatura abaixo de -40ordmC O osso foi particulado e acrescido de lincomicina
Passado o periacuteodo de 10 meses apoacutes o procedimento ciruacutergico foram
realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da densitometria oacutessea do material
enxertado e obtiveram os seguintes resultados Axial (Z) = 6972 Coronal (Y) =
8138 Sagital (X) = 4984 (Figura 4)
Figura 4 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
Paciente (P3) IS sexo feminino com idade de 42 anos apresentando bom
estado de sauacutede geral no dia 13 de Novembro de 2007 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes A
densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield obteve os
seguintes resultados Axial (Z) = 4917 Coronal (Y) = 3481 Sagital (X) = 4207
(Figura 5)
37
Figura 5 Vista panoracircmica preacute-enxertia
No dia 26 de Novembro de 2007 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
autoacutegeno tendo como aacuterea doadora a regiatildeo de ramo mandibular
Passado o periacuteodo de 09 (nove) meses apoacutes o procedimento ciruacutergico foram
realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da densitometria oacutessea do material
enxertado e obtiveram os seguintes resultados Axial (Z) = 7176 Coronal (Y) =
5443 Sagital (X) = 5638 (Figura 6)
Figura 6 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
38
Paciente (P4) ATL sexo feminino com idade de 45 anos apresentando
bom estado de sauacutede geral no dia 18 de Agosto de 2009 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes A
densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield obteve os
seguintes resultados Axial (Z) = 6028 Coronal (Y) = 6681 Sagital (X) = 6397
(Figura 7)
Figura 7 Vista panoracircmica preacute-enxertia
No dia 09 de Outubro de 2009 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
autoacutegeno tendo como aacuterea doadora a regiatildeo de ramo mandibular
Passado o periacuteodo de 4 (quatro) meses apoacutes o procedimento ciruacutergico foram
realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da densitometria oacutessea do material
enxertado e obtiveram os seguintes resultados Axial (Z) = 8549 Coronal (Y) =
9340 Sagital (X) = 8624 (Figura 8)
39
Figura 8 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
40
5 DISCUSSAtildeO
Em Odontologia a tomografia computadorizada tem demonstrado ser o
meacutetodo de eleiccedilatildeo para a determinaccedilatildeo da densidade oacutessea na regiatildeo dos
maxilares pois fornece dados objetivos precisos da variaccedilatildeo da densidade oacutessea
entre diferentes regiotildees em um mesmo indiviacuteduo A tomografia computadorizada eacute o
uacutenico meacutetodo que permite avaliar osso cortical e medular separadamente com a
vantagem de que as informaccedilotildees tridimensionais satildeo apresentadas em uma seacuterie de
cortes finos da estrutura interna da parte estudada onde as informaccedilotildees resultantes
natildeo sofrem superposiccedilatildeo por estruturas anatocircmicas (SANTIAGO e VITRAL 2006)
Logo a tomografia computadorizada eacute um meacutetodo de escolha na avaliaccedilatildeo
qualitativa e quantitativa de enxertos em seio maxilar (ZEacuteTOLA et al 2002)
Bassi et al (2009) citaram que para o sucesso da reabilitaccedilatildeo com implantes
dentaacuterios eacute imprescindiacutevel que seja levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
rebordo residual e tambeacutem a qualidade de osso para a estabilidade do implante
Aleacutem disso o osso disponiacutevel (volume) deve ser avaliado em sua densidade
o que determinaraacute sua resistecircncia Densidade eacute a relaccedilatildeo entre a massa e o volume
de um corpo e o meacutetodo de avaliaccedilatildeo da densidade mineral oacutessea eacute denominado
densitometria As unidades de medidas mais empregadas satildeo gcmsup2 (densidade por
aacuterea) gcmsup3 (densidade por volume) ou HU (unidade Hounsfield) (CAUacuteLA
MACHADO BARBOSA 2000)
A densidade oacutessea eacute diretamente relacionada agrave resistecircncia do tecido oacutesseo
antes da fratura Uma diferenccedila de dez vezes na resistecircncia do tecido oacutesseo pode
ser observada entre o osso D1 e D4 O osso D2 exibe uma resistecircncia agrave
compressatildeo 47 a 68 maior se comparado com o D3 (MISCH 2000)
O osso com densidade 2 (D2) eacute uma combinaccedilatildeo de osso compacto denso
para poroso na porccedilatildeo externa e osso trabecular grosso na porccedilatildeo interna Na
superfiacutecie e nas proporccedilotildees laterais do implante oferece uma interface inicial riacutegida
A densidade oacutessea D2 eacute mais comumente encontrada na mandiacutebula A regiatildeo
anterior da mandiacutebula apresenta este tipo oacutesseo em 23 dos casos O osso com
densidade 3 (D3) eacute composto de uma cortical oacutessea fina na crista e osso trabecular
fino no interior Uma das desvantagens desse tipo oacutesseo eacute a delicadeza com a qual
esse osso deve ser manipulado Quanto menor for a densidade mais facilmente o
41
osso eacute expandido para que implantes sejam inseridos A regiatildeo anterior da maxila
apresenta em 65 dos casos o osso D3 e em quase metade dos casos o osso
D3 eacute encontrado tambeacutem na regiatildeo posterior da maxila O osso menos denso D4
tem sido relatado em aproximadamente 40 dos casos eacute encontrado na parte
posterior da maxila especialmente na regiatildeo dos molares ou apoacutes levantamento do
seio maxilar (CAUacuteLA MACHADO BARBOSA 2000 BUSCATTI 2003)
Em 1988 Misch realizou uma pesquisa tendo como base de estudos a escala
apresentada por Hounsfield que tem como objetivo a diferenciaccedilatildeo de densidades
de oacutergatildeos do corpo pela diferenccedila de tons de cinza atraveacutes da tomografia A partir
desta Misch propocircs uma nova escala o qual associou nuacutemeros aos tipos oacutesseos
relacionando numericamente os valores aos tipos oacutesseos
No periacuteodo preacute-enxertia foi verificado que em todos os casos estudados a
densidade presente na regiatildeo de leito receptor caracteriza osso tipo D3 Sendo esta
densidade compatiacutevel com a regiatildeo anterior e posterior da maxila
Apoacutes 10 meses dos enxertos homoacutegenos serem realizados (P1 e P2)
observou-se que a densidade em unidades HU diminuiu na maioria dos eixos
avaliados somente no eixo coronal da P2 que apresentou um leve aumento Apesar
desta variaccedilatildeo de valores natildeo houve mudanccedila da qualidade oacutessea Tanto o osso
neoformado quanto o do leito receptor mantiveram-se qualidade de osso D3
Nos casos onde o material de escolha foi osso autoacutegeno observou-se atraveacutes
da densidade em unidades HU aumento dos valores em todos os eixos avaliados
Entre os dois casos (P3 e P4) houve uma pequena diferenccedila entre os valores que
atraveacutes da escala proposta por Misch resultou na diferenccedila que no caso P3 o
material enxertado natildeo apresentou alteraccedilatildeo na qualidade em relaccedilatildeo agrave aacuterea
receptora Jaacute no caso P4 o material enxertado caracteriza-se como qualidade oacutessea
D2 Suponha-se que esta diferenccedila entre a densidade do material enxertado nestes
dois casos seja devido ao grau de condensaccedilatildeo do material na regiatildeo tamanho das
partiacuteculas e quantidade de material enxertado Os dados obtidos natildeo correspondem
a uma populaccedilatildeo em geral devido a pequena quantidade de amostras e se tratando
de um relato de caso cliacutenico
Pinto et al (2007) comenta que os enxertos autoacutegenos satildeo os uacutenicos entre os
tipos de enxerto oacutesseo a fornecer ceacutelulas oacutesseas vivas imunocompatiacuteveis
essenciais agrave fase I da osteogecircnese que eacute responsaacutevel pela proliferaccedilatildeo das ceacutelulas
oacutesseas em especial do osteoacuteide assim quanto mais ceacutelulas vivas forem
42
transplantadas mais tecido oacutesseo seraacute formado Kuabara et al (2000) concluiacuteram
que a pequena morbidade poacutes-operatoria da regiatildeo doadora do enxerto elege a
regiatildeo retromolar inferior como uma excelente opccedilatildeo ciruacutergica para reabilitaccedilatildeo de
pequenos defeitos oacutesseos Jaacute Cyriaco e Azevedo (2006) relatam que quando se
trata de enxertos menores as melhores aacutereas doadoras para regiatildeo oral seriam o
mento e a regiatildeo retromolar e para maiores quantidades a crista iliacuteaca a calota
craniana a costela e a tiacutebia
Pereira et al (2009) enxerto com osso autoacutegeno eacute considerado padratildeo ouro
para reconstruccedilatildeo de defeitos oacutesseos residuais Algumas teacutecnicas ciruacutergicas podem
ser realizadas abrangendo aacutereas doadoras extra e intrabucais dependendo do grau
de perda oacutessea planejamento ciruacutergico-proteacutetico e das condiccedilotildees gerais do
paciente O osso autoacutegeno cortical oferece excelente suporte estrutural para o siacutetio
receptor sendo uma excelente alternativa para segmentos de defeitos maiores que
5 ou 6 cm que requerem suporte estrutural imediato restabelecendo devidamente a
funccedilatildeo
Gonccedilalves (2008) concluiu que implantes instalados em enxertos de seio maxilar
com a ajuda de substitutos oacutesseos apresentam uma taxa de sucesso cliacutenico de
9009
O osso mais indicado para enxertia eacute o autoacutegeno pela sua eficiecircncia
bioseguranccedila e facilidade de obtenccedilatildeo e uma alternativa para sua substituiccedilatildeo eacute o
homoacutegeno por ter caracteriacutesticas a longo prazo semelhantes embora o iacutendice de
reabsorccedilatildeo ser maior (DEL VALE et al 2006 SOUZA et al 2010 GONCcedilALVEZ et
al 2009) O enxerto de osso homoacutelogo eacute uma alternativa viaacutevel para reconstruccedilatildeo
de rebordos alveolares severamente atroacuteficos ao mesmo tempo em que reduz a
morbidade e os riscos inerentes aos procedimentos de enxertos autoacutegenos como
dor parestesia e hematomas (MOLON et al 2009 PIFFER et al2010) Ele mostra-
se efetivo conforme Contar et al (2009) que realizou 51 implantes sobre enxerto
homoacutegeno alcanccedilando o torque miacutenimo de 40N(newton) em todos eles natildeo
havendo problema em nenhum implante em um periacuteodo de acompanhamento de 24
a 35 meses
Ajzen et al (2005) comenta do uso de fatores indutores como plasma rico em
plaquetas sugerindo uma melhor qualidade e quantidade oacutessea necessaacuteria para
reconstruccedilatildeo proteacutetica atraveacutes de implantes oacutesseo integrados A associaccedilatildeo do
bloco de osso homoacutegeno agrave medula oacutessea autoacuteloga parece representar uma
43
alternativa terapecircutica para se minimizar os niacuteveis de reabsorccedilatildeo dos materiais de
enxertia (COSTA et al 2009)
Faz-se necessaacuterio a coleta de mais casos para se obter um tratamento
estatiacutestico que possibilite uma comprovaccedilatildeo da previsibilidade da densidade oacutessea
com os materiais enxertados e variaccedilotildees de teacutecnicas ciruacutergicas
44
6 CONCLUSAtildeO
Conclui-se que o enxerto oacutesseo autoacutegeno e procedente de banco de ossos
demonstra-se eficaz na reabilitaccedilatildeo de pacientes que apresentam maxilas atroacuteficas
e que necessitam de implantes dentaacuterios para a reabilitaccedilatildeo proteacutetica
A densidade obtida do material enxertado eacute semelhante a densidade do
tecido oacutesseo adjacente necessitando de mais casos para esta comprovaccedilatildeo
45
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AJZEN S A et al Anaacutelise por tomografia computadorizada do enxerto autoacutegeno na cirurgia de sinus lift Radiol bras Rio de Janeiro v 38 n 1 p 25-31 janfev 2005 ALOY-PROacuteSPER A et al Bone regeneration using particulate grafts an update Med oral patol oral cir bucal Valencia v16 n2 p210-214 Mar 2011 ARAUacuteJO JMS de et al Enxerto oacutesseo bovino como alternativa para cirurgias de levantamento de assoalho de seio maxilar Rev cir traumatol buco-maxilo-fac Recife v9 n 3 p 89-96 julset 2009
BASSI A P F CARNEIRO G P Avaliaccedilatildeo do iacutendice de sucesso dos enxertos autoacutegenos e dos implantes instalados em regiatildeo do seio maxilar Implant News Satildeo Paulo v7 n2 p257-260 dez 2009
BLAY A TUNCHEL S SENDYK W R Viabilidade dos enxertos autoacutegenos obtidos com a utilizaccedilatildeo de coletores para osso estudo histoloacutegico e microbioloacutegico Pesqui Odontol Bras Satildeo Paulo v 17 n 3 p 234-40 julset 2003 BUSCATTI M Y Contribuiccedilatildeo para o estudo das densidades oacutesseas maxilomandibulares por meio da escala tomodensitomeacutetrica de Hounsfield quando da aplicaccedilatildeo de programa computadorizado para planejamento de implantes osseointegrados 2003 122f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Radiologia) - Faculdade de Odontologia da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2003 CAUacuteLA A L MACHADO F O de BARBOZA E P Densidade Oacutessea no planejamento em Implantodontia BCI Curitiba v 7 n 25 2000
CHEM RC et al Uso de retalho livre de fiacutebula no complexo bucomaxila-facial ndash Relato de dois casos Rev Cir Traumatol Buco-maxilo-fac Camaragibe v5 n4 p 23-30 outdez 2005 CONTAR C M M et al Maxillary ridge augmentation with fresh-frozen bone allografts J Oral Maxillofac Surg Copenhagen v67 n6 p1280-1285 June 2009 COSMO L A M et al Enxerto oacutesseo em levantamento de seio maxilar com osso humano fresco congelado ImplantNews Satildeo Paulo v 4 n 3 p 249-253 2007 COSTA C E S da et al Utilizaccedilatildeo de medula oacutessea autoacuteloga na integraccedilatildeo de enxertos oacutesseos homoacutelogos ImplantNews Satildeo Paulo v 6 n 4 p 395-402 2009
CYRIACO E AZEVEDO D Enxertos oacutesseos aplicados na cirurgia buccedilo-maxilo facial Cispre [on line] Petroacutepolis 27 jul 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcisprecombracervo_detalhesaspId=60gt Acesso em 20 abr 2011
DEL VALLE R A CARVALHO M L de GONZALEZ M R Estudo do comportamento de enxerto oacutesseo com material doador obtido dos bancos de tecidos muacutesculos-esqueleacuteticos Rev odontol Univ Cid Satildeo Paulo Satildeo Paulo v 18 n 2 p 189-194 maioago 2006
46
GARCIA JUacuteNIOR I R et al Avaliaccedilatildeo cliacutenica de enxertos oacutesseos autoacutegenos de crista iliacuteaca em maxilas atroacuteficas para instalaccedilatildeo de implantes oacutesseointegraacuteveis Innov implant j biomater esthet (Impr) Satildeo Paulo v 1 n 1 p 34-40 maio 2006 GONCcedilALVES A R de Q Avaliaccedilatildeo do sucesso de implantes osseointegraacuteveis em enxerto de seio maxilar RGO (Porto Alegre) Porto Alegre v 56 n 4 p 423-427 outdez 2008 GONCcedilALVES A O et al Avaliaccedilatildeo histomorfoloacutegica de maxilares humanos submetidos a enxerto oacutesseo autoacutegeno e homoacutegeno Implant News Satildeo Paulo v7 n2 p213-222 nov 2009
JAHN R S et al Retalho em dupla paacutegina Innov implant j biomater esthet Satildeo Paulo v 4 n 3 p 20-24 setdez 2009
KUABARA M R et al Levantamento de seio maxilar utilizando enxerto autoacutegeno da regiatildeo retromolar e simultacircnea colocaccedilatildeo de implantes ossointegrados Relato de caso cliacutenico ROBRAC Goiacircnia v 9 n 28 p 14-17 2000
MAZZONETTO R et al Avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de enxertos de siacutenfise mandibular na reconstruccedilatildeo de defeitos oacutesseos em regiatildeo anterior de maxila estudo por meio de tomografia convencional linear Rev bras implant Satildeo Paulo v 6 n 1 p 19-22 janmar 2000
MISCH C E et al Doaccedilatildeo de enxertos oacutesseos autoacutegenos extra orais para implantes endo oacutesseo In Implantes Dentaacuterios Contemporacircneos 2ordm ed Satildeo Paulo Santos 2000 cap 33 p 521-535 MOLON R S de et al Reconstruccedilatildeo de maxila atroacutefica utilizando enxerto oacutesseo homoacutegeno Rev Cir Traumatol Buco-Maxilo-fac Camaragibe v 9 n 4 p 25-30 outdez 2009 OLIVEIRA FILHO M A de et alReconstruccedilatildeo de defeito de continuidade em mandiacutebula com posterior reconstruccedilatildeo alveolar RGO (Porto Alegre) Porto Alegre v 55 n 3 p 305-310 julset 2007 OLIVEIRA H W de DIEBOLD E SILVA A M M da Avaliaccedilatildeo da regiatildeo maxilar em imagens de tc por raios x para o uso em implantodontia e cirurgia bucomaxilofaciaL Disponiacutevel em lthttpwwwpucrsbrunipoafisicapesquisasnimedartigosArtigo20Canal20CientEDficopdfgt Acesso em 20 de Junho de 2011 PEREIRA C C S et al Enxertos oacutesseos autoacutegenos mandibulares para reconstruccedilatildeo de processos alveolares atroacutefi cos revisatildeo e teacutecnica ciruacutergica Innov Implant J Biomater Esthet Satildeo Paulo v 4 n 3 p 96-102 setdez 2009 PICCINELLI L B et al Estudo retrospectivo de 59 pacientes tratados com enxertos oacutesseos autoacutegenos intrabucais e implantes dentais Innov Implant J Biomater Esthet Satildeo Paulo v 4 n 3 p 30-34 setdez 2009 PIFFER C S et al Levantamento de seio maxilar utilizando Bio-Oss concomitante com a instalaccedilatildeo de implantes ImplantNews Satildeo Paulo v 7 n 4 p 489-495 2010
47
PINTO J G S et al Enxerto autoacutegeno x biomateriais no tratamento de fraturas e deformidades faciais ndash uma revisatildeo de conceitos atuais RFO UPF Passo Fundo v 12 n 3 p 79-84 setdez 2007 RIBEIRO JUacuteNIOR O et al Princiacutepios da reconstruccedilatildeo mandibular com enxerto oacutesseo vascularizado Rev cir traumatol buco-maxilo-fac Recife v 8 n 1 p 15 ndash 22 janmar 2008 RODRIGUES A F VITRAL R W F Aplicaccedilotildees da Tomografia Computadorizada na Odontologia Pesq Bras Odontoped Clin Integr Joatildeo Pessoa v 7 n 3 p 317-324 setdez 2007 SANTIAGO R C VITRAL R W F Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da densidade mineral oacutessea e seu emprego na odontologia Pesq Bras Odontoped Clin Integr Joatildeo Pessoa v6 n3 p 289-294 setdez 2006 SILVEIRA A C G WASSALL T Anaacutelise da aacuterea doadora de enxerto mandibular por meio de tomografia computadorizada do feixe cocircnico para avaliaccedilatildeo da remodelaccedilatildeo oacutessea RGO (Porto Alegre) Porto Alegre v 57 n 1 p 61-65 janmar 2009 SOUSA J N L de et al Avaliaccedilatildeo dos enxertos homoacutegenos como substitutos aos enxertos autoacutegenos na fixaccedilatildeo de implantes osteointegrados uma revisatildeo sistemaacutetica da literatura Innov Implant J Satildeo Paulo v 4 n 3 p 54-57 setdez 2009 SOUZA D O et al Aplicaccedilotildees de enxertos de bancos de ossos em odontologia R Ci meacuted biol Salvador v 9 n 1 p 45-48 2010 SPIN-NETO R et al Tecido oacutesseo homoacutelogo para utilizaccedilatildeo em Odontologia Implant News Satildeo Paulo v7 n4 p555-560 dez 2009 TANAKA R et al Incorporaccedilatildeo dos enxertos oacutesseos em bloco processos bioloacutegicos e consideraccedilotildees relevantes Conscientia e sauacutede Satildeo Paulo v 7 n 3 p 323-327 2008 ZEacuteTOLA A L et al Reconstruccedilatildeo do seio maxilar atroacutefico com enxerto autoacutelogo de crista iliacuteaca avaliaccedilatildeo por tomografia computadorizada e radiografia panoracircmica Rev col bras cir Rio de Janeiro v 29 n 1 p 13-18 janfev 2002
19
tridimensionais satildeo apresentadas na forma de uma seacuterie de cortes finos da estrutura
interna da parte estudada A segunda eacute que o sistema eacute mais sensiacutevel na
diferenciaccedilatildeo de tipos de tecido quando comparado com a radiografia convencional
de modo que diferenccedilas entre tipos de tecidos podem ser mais claramente
delineadas e estudadas A terceira eacute a habilidade para manipular e ajustar a imagem
apoacutes ter sido completada a varredura como ocorre de fato com toda a tecnologia
digital Com o advento da tomografia computadorizada helicoidal foi alcanccedilada
grande melhora nas reconstruccedilotildees tridimensionais e diminuiccedilatildeo na dose de
exposiccedilatildeo do paciente agrave radiaccedilatildeo A mesma proveacutem vantagens sobre a natildeo
helicoidal como menor tempo de avaliaccedilatildeo e realizaccedilatildeo de reconstruccedilatildeo multiplanar
Ela propicia imagens com alta resoluccedilatildeo espacial e a mesma dose de radiaccedilatildeo da
tomografia computadorizada convencional A tomografia computadorizada pode ser
usada para identificar e delinear processos patoloacutegicos visualizar dentes retidos
avaliar os seios paranasais diagnosticar trauma mostrar os componentes oacutesseos
da articulaccedilatildeo temporomandibular e os leitos para implantes dentaacuterios Permite a
reformataccedilatildeo axial obliacutequa da imagem no sentido perpendicular da curvatura do
arco mostrando nitidamente o niacutevel oacutesseo no lado vestibular e lingual E tambeacutem
permite uma avaliaccedilatildeo intra-oacutessea dos locais para colocaccedilatildeo dos implantes Os
autores concluiacuteram que a Tomografia Computadorizada eacute o exame de eleiccedilatildeo no
diagnoacutestico de muitas condiccedilotildees que envolvem o complexo maxilo-mandibular O
valor cliacutenico das teacutecnicas de tomografia computadorizada depende da condiccedilatildeo que
se estaacute sendo diagnosticada atraveacutes das imagens do modelo e da idade do
equipamento usado do protocolo do exame da experiecircncia e capacidade dos
operadores do equipamento e do radiologista
Gonccedilalves (2008) analisaram implantes instalados em enxertos de seio
maxilar com biomaterial de origem bovina e plasma rico em plaquetas observando
histologicamente a neoformaccedilatildeo oacutessea e o iacutendice de sucesso cliacutenico e histoloacutegico
apresentado Este estudo envolveu 30 pacientes que necessitavam de enxerto em
regiatildeo de soalho de seio maxilar para inserccedilatildeo de implantes Um total de 101
implantes foi instalado em 36 enxertos de seio maxilar com intervalo meacutedio de
tempo do enxerto de 75 meses dos quais nove amostras oacutesseas foram colhidas de
forma aleatoacuteria e consentidas para a anaacutelise histoloacutegica Na colocaccedilatildeo dos
implantes foi utilizado um guia ciruacutergico para um correto posicionamento dos
implantes Foi feita a remoccedilatildeo do fragmento oacutesseo e enviado para a anaacutelise com
20
isto foi capturado ao todo 26 imagens histopatoloacutegicas Histologicamente os
fragmentos colhidos estavam constituiacutedos predominantemente por tecido oacutesseo
com iacutendice de sucesso de 8888 Quando comparados o remanescente oacutesseo do
seio maxilar antes e depois do enxerto houve crescimento em altura e a maioria
apresentou densidade oacutessea D3 Dez dos 101 implantes foram perdidos e 91
estavam osseointegrados no seio maxilar enxertado Os autores concluiacuteram que
implantes instalados em enxertos de seio maxilar com a ajuda de substitutos oacutesseos
apresentam uma taxa de sucesso cliacutenico de 9009
Ribeiro Juacutenior et al (2008) revisaram a literatura referente aos enxertos
oacutesseos vascularizados com o objetivo de avaliar os princiacutepios bioloacutegicos e ciruacutergicos
que fundamentam sua aplicaccedilatildeo na reconstruccedilatildeo mandibular Os retalhos
microciruacutergicos que contecircm enxertos oacutesseos satildeo classificados como
osteomusculares ou osteomiocutacircneos dependendo da natureza dos tecidos moles
que o compotildeem permitindo restauraccedilotildees de grandes defeitos oacutesseos A
revascularizaccedilatildeo microciruacutergica manteacutem a irrigaccedilatildeo e a drenagem do tecido oacutesseo
enxertado em todo o periacuteodo de integraccedilatildeo permitindo a manutenccedilatildeo de suas
funccedilotildees celulares metaboacutelicas e fiacutesicas Dessa forma a reparaccedilatildeo entre o enxerto e
o remanescente mandibular ocorre de forma semelhante agrave cicatrizaccedilatildeo de uma
fratura eliminando a longa fase de substituiccedilatildeo observada nos enxertos
convencionais Como o sucesso da reconstruccedilatildeo microciruacutergica eacute diretamente
dependente da qualidade vascular estudos angiograacuteficos preacute-operatoacuterios das aacutereas
receptora e doadora satildeo essenciais Alguns cuidados preacute-cirurgicos satildeo de extrema
importacircncia como a hidrataccedilatildeo endovenosa para manutenccedilatildeo do diacircmetro vascular
uso de cobertores para manter a temperatura corporal em torno de 37degC O estudo
concluiu que os enxertos oacutesseos vascularizados satildeo excelentes na restauraccedilatildeo
esteacutetico-funcional dos defeitos mandibulares suprindo as deficiecircncias dos enxertos
convencionais em casos de pior prognoacutestico Os enxertos oacutesseos vascularizados
satildeo indispensaacuteveis em defeitos compostos extensos irradiados e secundaacuterios agrave
osteorradionecrose
Tanaka et al (2008) elaboraram uma revisatildeo de literatura com o objetivo de
descrever os mecanismos de incorporaccedilatildeo dos enxertos oacutesseos em bloco e discutir
algumas caracteriacutesticas dos diferentes tipos existentes para distinguir as vantagens
de cada um Concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo dos enxertos em bloco para reconstruccedilatildeo
21
dos rebordos alveolares eacute uma realidade e estaacute intimamente ligada agrave terapia
implantar Os diversos fatores que influenciam a escolha do melhor meacutetodo de
enxertia a ser utilizado passam pelo conhecimento dos paracircmetros citados neste
artigo e muitos outros natildeo abordados e podem parecer inicialmente um desafio
mas sem duvida o domiacutenio das teacutecnicas existentes e das outras que surgiratildeo eacute o
ponto de partida para o profissional que procura o refinamento de seus
procedimentos e a exelencia de seus resultados
Arauacutejo et al (2009) realizaram uma revisatildeo de literatura sobre os resultados
cliacutenicos obtidos com a utilizaccedilatildeo dos enxertos de origem autoacutegena e xenoacutegena
(bovino) nas cirurgias de levantamento de assoalho de seio maxilar O
envelhecimento e a perda dentaacuteria fazem com que o seio se expanda podendo
haver uniatildeo entre o assoalho sinusal e a crista do rebordo alveolar residual
expansatildeo esta relacionada com a altura e largura do seio e natildeo com a
profundidade Os materiais para enxerto oacutesseo podem ser classificados como
osteogecircnicos osteoindutores e osteocondutores Os osteogecircnicos referem-se aos
materiais orgacircnicos capazes de estimular a neoformaccedilatildeo oacutessea a partir de
osteoblastos Os osteoindutores satildeo capazes de induzir a diferenciaccedilatildeo de ceacutelulas
mesenquimais em osteoblastos e condroblastos estimulando a formaccedilatildeo oacutessea no
local ou mesmo em um siacutetio heterotiacutepico Os materiais osteocondutores (geralmente
inorgacircnicos) permitem a aposiccedilatildeo de um novo tecido na sua superfiacutecie requerendo
a presenccedila de tecido oacutesseo preacute-existente como fonte de ceacutelulas osteoprogenitoras
Alguns criteacuterios foram propostos para o enxerto ideal quanto para que o material
enxertado se incorpore com sucesso ao siacutetio Dentre os possiacuteveis enxertos
xenoacutegenos encontram-se disponiacuteveis comercialmente os enxertos bovinos em
vaacuterias formas de apresentaccedilatildeo como aqueles que contecircm a fraccedilatildeo mineral do osso
os inorgacircnicos ou desproteinizados entre outros Todos eles apresentam excelente
biocompatibilidade agem favorecendo o processo de osteoconduccedilatildeo e natildeo
desencadeando respostas imunoloacutegicas desfavoraacuteveis A melhor accedilatildeo do enxerto
oacutesseo autoacutegeno de crista iliacuteaca quando comparado com a associaccedilatildeo do osso
autoacutegeno com osso desmineralizado bovino em cirurgias de levantamento de
assoalho de seio maxilar Apesar da diferenccedila estatiacutestica significante clinicamente
natildeo houve diferenccedila jaacute que os aacutepices dos implantes estavam todos cobertos por
osso sugerindo o sucesso do uso da associaccedilatildeo e ainda poupando o paciente de
uma intervenccedilatildeo ciruacutergica extraoral concluindo que o osso autoacutegeno eacute o que
22
apresenta os melhores resultados no processo de regeneraccedilatildeo oacutessea poreacutem os
enxertos de origem bovina apesar de demonstrarem um processo de neoformaccedilatildeo
oacutessea inferior promovem uma neoformaccedilatildeo satisfatoacuteria para que haja a reabilitaccedilatildeo
do paciente com implantes osseointegraacuteveis podendo ser utilizados com sucesso na
cliacutenica odontoloacutegica
Bassi e Carneiro (2009) citaram que os pacientes vem se queixando de
desconforto pelo uso de proacuteteses deficiecircncia na mastigaccedilatildeo onde entatildeo se
destacam os implantes dentaacuterios que minimizam estes aspectos negativos No
entanto seu sucesso depende de uma quantidade miacutenima de suporte oacutesseo por
este motivo foi oportuna pelos autores avaliar o iacutendice de sucesso dos enxertos e
implantes instalados na regiatildeo do seio maxilar reconstruiacuteda com osso autoacutegeno de
linha obliacutequa tanto imediata quanto mediato ao levantamento do seio maxilar
Foram avaliadas 51 cirurgias durante os anos de 2005 a 2007 com total de 107
implantes instalados sendo 28 de maneira imediata e 79 instalados posteriormente
Com relaccedilatildeo aos de maneira imediata o sucesso foi de 9286 sendo que dos 14
submetidos agrave implantaccedilatildeo imediata apenas 1 perdeu o implante De um total de 37
pacientes com instalaccedilatildeo posterior houve um sucesso de 9459 Podendo ser
analisado que natildeo haacute diferenccedila significante entre instalaccedilatildeo mediata e imediata
Acredita-se que para haver sucesso no tratamento eacute imprescindiacutevel que seja levado
em consideraccedilatildeo a quantidade de rebordo residual e tambeacutem a qualidade de osso
para a estabilidade do implante A conclusatildeo deste artigo eacute que o levantamento do
seio maxilar com o enxerto autoacutegeno por meio de acesso lateral eacute uma opccedilatildeo
segura no tratamento para regiatildeo posterior da maxila E natildeo houve diferenccedila em
relaccedilatildeo ao sucesso dos implantes instalados de maneira medita e imediata
Contar et al (2009) avaliaram o uso de enxertos provenientes de osso fresco-
congelado para na reconstruccedilatildeo de rebordos alveolares maxilares posteriormente a
aplicaccedilatildeo de implantes dentaacuterios Foram analisados quinze pacientes que tinham
atrofia crista maxilar onde necessitava de blocos de enxerto oacutesseo para
posteriormente se fazer a colocaccedilatildeo dos implantes Nove meses depois foi retirado
o nuacutecleo de osso do enxerto para analisar histologicamente Trinta e quatro blocos
foram colocados e do nuacutemero de blocos cada paciente recebeu uma numeraccedilatildeo de
1 a 4 Em todos os enxertos foram verificados para serem de consistecircncia firme
bem constituiacutedo e vascularizado Cinquumlenta e um implantes foram aplicados sobre
os enxertos com torque no miacutenimo de 40 N (Newton) Natildeo havendo problema em
23
nenhum implante O periacuteodo de acompanhamento variou de 24 a 35 meses Alo
enxertos pode ser bem satisfatoacuterios aplicados como material de enxerto para o
tratamento de defeitos oacutesseos maxilares se for aplicada a teacutecnica de forma
cautelosa e coerente
Costa et al (2009) descreveram cirurgias de enxertia oacutessea para reconstruccedilatildeo
do rebordo alveolar atroacutefico causado por traumas Em dois pacientes foram
utilizados blocos de osso homoacutegeno fresco congelado puro e em outros dois
pacientes esses blocos foram embebidos em medula oacutessea autoacuteloga aspirada do
proacuteprio paciente Os quatro pacientes que perderam seus dentes anteriores-
superiores 11122122 As cirurgias foram realizadas dentro do protocolo do
Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Cirurgia e Experimentaccedilatildeo da Universidade
Federal de Satildeo Paulo ndash Unifesp Cada paciente recebeu um bloco de enxerto oacutesseo
homoacutegeno fresco congelado proveniente de banco de tecidos oacutesseos em cada um
dos lados da regiatildeo anterior de maxila sendo que em dois dos pacientes os blocos
tiveram a sua porccedilatildeo medular embebida em medula oacutessea autoacuteloga aspirada do
proacuteprio paciente e nos outros dois pacientes os blocos foram fixados da mesma
maneira e na mesma regiatildeo poreacutem sem a utilizaccedilatildeo de medula oacutessea autoacuteloga
como preenchimento Foi observado clinicamente no segundo procedimento
ciruacutergico que os siacutetios enxertados com osso homoacutegeno associado agrave medula oacutessea
autoacuteloga obtiveram um menor niacutevel de reabsorccedilatildeo o que facilitou a instalaccedilatildeo dos
implantes osseointegraacuteveis Com as bioacutepsias oacutesseas obtidas por meio da utilizaccedilatildeo
da broca trefi na foram confeccionadas no Laboratoacuterio de Patologia da Unifesp uma
lacircmina em HE para cada regiatildeo enxertada com associaccedilatildeo agrave medula e tambeacutem
para as regiotildees de enxertia sem essa associaccedilatildeo Essas lacircminas foram
encaminhadas para o Departamento de Morfologia da Unifesp para avaliaccedilatildeo Tanto
as lacircminas histoloacutegicas do grupo onde se associou o aspirado de medula oacutessea ao
enxerto oacutesseo homoacutegeno quanto onde natildeo foi feita esta associaccedilatildeo mostraram uma
grande quantidade de tecido mineralizado vital Foi observado em ambos os grupos
uma pequena quantidade de tecido mineralizado desvitalizado Em todas as lacircminas
foi observada intensa vascularizaccedilatildeo assim como a presenccedila de tecido oacutesseo
lamelar A utilizaccedilatildeo de osso humano fresco congelado conservado em banco de
tecidos eacute uma alternativa viaacutevel para a reconstruccedilatildeo dos rebordos atroacuteficos
diminuindo a morbidade e riscos inerentes agrave abordagem da regiatildeo doadora dos
enxertos autoacutegenos A associaccedilatildeo do bloco de osso homoacutegeno agrave medula oacutessea
24
autoacuteloga parece representar uma alternativa terapecircutica para se minimizar os niacuteveis
de reabsorccedilatildeo dos materiais de enxertia
Gonccedilalves et al (2009) citaram que o melhor material para enxertia oacutessea eacute o
autoacutegeno o problema eacute o poacutes-operatoacuterio que eacute desconfortaacutevel para o paciente Na
existecircncia de desvantagens para a utilizaccedilatildeo de osso autoacutegeno o osso proveniente
de banco de tecidos surge como uma alternativa viaacutevel nas reconstruccedilotildees oacutesseas
maxilomandibulares O osso homoacutegeno pode ser utilizado em algumas situaccedilotildees
que impossibilite obter uma quantidade necessaacuteria de osso autoacutegeno requisitado
pelo receptor ou quando induz ao procedimento com grande morbidade onde exista
negativa do paciente em se submeter a um segundo siacutetio ciruacutergico Mesmo com toda
a previsibilidade de utilizaccedilatildeo de tecido oacutesseo homoacutelogo ele ainda gera
controveacutersias pela possibilidade de infecccedilotildees cruzadas com sua utilizaccedilatildeo Com o
estudo citado foi concluiacutedo que o enxerto homoacutelogo induz mais rapidamente a
remodelaccedilatildeo quando comparado com o autoacutegeno E o estaacutegio da remodelaccedilatildeo
esteve mais dependente da resposta orgacircnica individual de cada paciente
Jahn et al (2009) avaliaram o procedimento de retalho em dupla paacutegina para acesso
ao osso da regiatildeo do mento em comparaccedilatildeo a teacutecnica de retalho mucoperiosteal
Foram realizados procedimentos de obtenccedilatildeo de enxerto oacutesseo da regiatildeo do mento
para utilizaccedilatildeo na reabilitaccedilatildeo de pacientes que receberiam implantes
osseointegrados na regiatildeo anterior da maxila e que necessitavam de aumento de
espessura oacutessea localizada Foram operados 20 pacientes da cliacutenica de Periodontia
da Universidade de Santo Amaro entre 28 e 60 anos de idade Dez pacientes foram
submetidos agrave teacutecnica de retalho mucoperiosteal de espessura parcial e total
convencional e dez pacientes foram submetidos ao retalho em dupla Os pacientes
foram avaliados apoacutes 7 e 14 dias do procedimento ciruacutergico quanto aos seguintes
aspectos parestesia dor edema infecccedilatildeo hemorragia hematoma contato com as
raiacutezes dentaacuterias deiscecircncia de sutura presenccedila ou ausecircncia de trismo Todos os
procedimentos realizados permitiram acesso agrave regiatildeo do mento para obtenccedilatildeo de
enxertos oacutesseos autoacutegenos A avaliaccedilatildeo poacutes-operatoacuteria dos pacientes mostrou que
em ambos os grupos natildeo houve casos de hemorragia trismo contato acidental com
as raiacutezes dentaacuterias e infecccedilatildeo Edema foi constatado em seis casos no grupo de
retalho em dupla paacutegina e sete casos nos retalhos muco periosteais dor foi relatada
por dois e seis pacientes respectivamente Dois casos apresentaram parestesia na
regiatildeo de mento e nos dentes anteriores inferiores por ateacute duas semanas nos
25
pacientes operados pela teacutecnica do retalho mucoperiosteal enquanto nenhum caso
aconteceu em pacientes operados por retalho em dupla paacutegina Os autores
concluiacuteram que a teacutecnica de retalho em dupla paacutegina eacute um importante auxiacutelio no
acesso agrave aacuterea doadora o que pela facilidade de uso pode encorajar os cirurgiotildees a
usarem o mento como aacuterea doadora para pequenos enxertos oacutesseos intrabucais
Molon et al (2009) tiveram como objetivo relatar um caso cliacutenico de maxila
atroacutefica com necessidade de reconstruccedilatildeo alveolar atraveacutes de enxerto homoacutegeno
Apoacutes a realizaccedilatildeo da anamnese foi constatado clinicamente que o paciente
apresentava forma em lacircmina do osso e radiograficamente a panoracircmica mostrou
uma perda oacutessea em altura e uma proximidade do rebordo com a parede inferior do
seio maxilar Foi utilizado enxerto provenientes do UniOss processados e
congelados a -80degCos tecidos foram submetidos a testes soroloacutegicos Na regiatildeo
anterior foi realizado enxerto com osso humano congelado em bloco para restaurar
espessura oacutessea possibilitando a colocaccedilatildeo de implantes dentaacuterios Os blocos
foram fixados com o sistema 15mm e o osso particulado foi acomodado nos
espaccedilos mortos para evitar a formaccedilatildeo de GAPs Apoacutes seis meses da cirurgia foi
removido os parafusos e o guia ciruacutergico posicionado para a instalaccedilatildeo dos seis
implantes A osseointegraccedilatildeo dos implantes foi verificada apoacutes seis meses da
segunda cirurgia pela radiografia panoracircmica Atualmente vem sendo muito utilizado
osso autoacutegeno para reconstruccedilatildeo de maxilares contudo haacute desvantagens
relacionadas com a morbidade do sitio doador quantidade inadequada de osso
intraoral para grandes defeitos e necessidade de osso de regiatildeo extra-oral para
maiores reconstruccedilotildees limitam as expectativas do paciente Por isso os osso
estudos utilizando osso homoacutelogo para reabilitaccedilatildeo com implantes vecircm se
intensificando e apresentando bons resultados Os autores consideram o enxerto de
osso homoacutelogo uma alternativa viaacutevel para reconstruccedilatildeo de rebordos alveolares
severamente atroacuteficos ao mesmo tempo em que reduz a morbidade e os riscos
inerentes aos procedimentos de enxertos autoacutegenos
Pereira et al (2009) discutiram revisaram e compararam as teacutecnicas
envolvidas em remoccedilatildeo de blocos oacutesseos da linha obliacutequa e mento demonstrando
sua efetividade por meio de exemplos cliacutenicos O osso mandibular tem sido utilizado
na reconstruccedilatildeo alveolar para permitir a instalaccedilatildeo de implantes com resultados
extremamente favoraacuteveis Para a regiatildeo de mento a teacutecnica consiste em osteotomia
26
efetuada pelo menos 5 mm abaixo dos aacutepices dentaacuterios e o osso basal da
mandiacutebula preservado A profundidade das osteotomias limita-se agrave cortical externa
Para a regiatildeo da linha obliacutequa haacute trecircs diferentes meacutetodos para acessar a aacuterea
doadora 1 Intrasulcular Realizada no sulco gengival dos dentes naturais 2
Submarginal Indicada quando da presenccedila de coroas proteacuteticas nos molares e preacute-
molares 3 Crestal Indicada para rebordos edecircntulos ou quando os implantes
estiverem planejados para a mesma regiatildeo Uma vez feita agrave incisatildeo o retalho
mucoperiosteal eacute descolado do corpo mandibular expondo a face lateral do
ramocorpo Um bloco cortical retangular ateacute 4 mm de espessura pode ser coletado
da regiatildeo do ramo O comprimento do bloco pode se aproximar de 35 mm mas
altura natildeo deve exceder 10 mm Para o preparo do siacutetio receptor e enxertia o osso
removido eacute posicionado com a face medular do bloco em contato com a face cortical
do siacutetio receptor previamente perfurada com brocas proporcionando sangramento
O bloco deve ser adaptado intimamente ao leito e fixado com parafusos de titacircnio
Os autores concluiacuteram que ambas as teacutecnicas podem ser utilizadas com sucesso
de acordo com a quantidade oacutessea desejada localizaccedilatildeo do siacutetio doador e
experiecircncia do profissional
Piccinelli et al (2009) analisaram retrospectivamente 59 pacientes submetidos
agrave enxertia oacutessea obtida de aacutereas intrabucais com a instalaccedilatildeo de implantes
osseointegrados As aacutereas doadoras foram a regiatildeo da siacutenfise mandibular ramo
mandibular e tuberosidade da maxila Os enxertos foram imobilizados atraveacutes de
parafusos de titacircnio especiacuteficos para fixaccedilatildeo interna riacutegida com diacircmetro de 16 mm
e comprimentos de 8 10 e 12 mm com encaixe em forma de cruz De todas as
cirurgias realizadas foi constatado insucesso em 5 (742 ) pacientes todos do
sexo feminino Destes em 2 (338 ) casos ocorreram perfuraccedilatildeo de membrana do
seio maxilar sendo os dois pacientes tabagistas com idades de 40 e 41 anos Em
um paciente de 30 anos ocorreu a perda do enxerto na regiatildeo anterior de maxila
tendo por aacuterea doadora o osso retirado do ramo mandibular Em outro com 50 anos
ocorreu a perda do enxerto em regiatildeo posterior de mandiacutebula recebendo da aacuterea
retromolar E noutro com 40 anos a perda ocorreu em regiatildeo posterior da
mandiacutebula tendo aacuterea doadora a siacutenfise mandibular A maior causa de falhas de
enxerto eacute deiscecircncia de sutura e posterior necrose asseacuteptica do osso enxertado
sendo demonstrado altas taxas de complicaccedilotildees quando utilizamos a mandiacutebula
27
como aacuterea receptora Existe um iacutendice de sucesso de 904 quando os implantes
satildeo instalados apoacutes um periacuteodo de cicatrizaccedilatildeo dos enxertos O estudo concluiu que
os siacutetios intrabucais doadores de enxertos oacutesseos podem prover volumes oacutesseos
suficientes para a reconstruccedilatildeo dos rebordos alveolares da maioria dos pacientes
desdentados parciais A mandiacutebula eacute vista como siacutetio de eleiccedilatildeo para retirada de
enxertos oacutesseos pois eacute capaz de prover blocos oacutesseos de composiccedilatildeo
predominantemente corticais
Silveira e Wassall (2009) analisaram a aacuterea doadora de enxertos por meio de
tomografias volumeacutetricas tipo feixe cocircnico para avaliaccedilatildeo da remodelaccedilatildeo oacutessea
verificando o grau de morbidade quanto a este paracircmetro Foram selecionados vinte
voluntaacuterios de ambos os gecircneros sem risco de sauacutede e com risco de sauacutede
controlados da cliacutenica de Poacutes-Graduaccedilatildeo do Centro de Pesquisas Odontoloacutegica
Satildeo Leopoldo Mandic e cliacutenica particular As tomografias foram obtidas com
aparelho de aquisiccedilatildeo volumeacutetrica tipo feixe cocircnico este aparelho usa a nova
tecnologia do feixe de tomografia computadorizada cocircnico no qual obtemos todas
as estruturas maxilofaciais do indiviacuteduo em volume ou seja em terceira dimensatildeo
Foi utilizado o tempo de exposiccedilatildeo de 36 segundos e apenas 3 de radiaccedilatildeo uma
tomografia meacutedica As primeiras mediccedilotildees foram obtidas no momento da tomografia
computadorizada inicial anteriormente a cirurgia Logo apoacutes a cirurgia foi realizada
a segunda tomada e medida na qual foi mensurado o quanto foi retirado de tecido
oacutesseo para enxerto Na terceira tomada de medidas foi calculado o ganho real
oacutesseo obtido na remodelaccedilatildeo apoacutes 180 dias de remoccedilatildeo do enxerto Embora a
quantidade retirada de aacuterea varie a recomposiccedilatildeo acompanha com a mesma
variabilidade Os autores concluiacuteram que a remodelaccedilatildeo oacutessea meacutedia da regiatildeo
posterior da mandiacutebula avaliada 180 dias apoacutes a remoccedilatildeo do bloco oacutesseo (enxerto
oacutesseo) foi de 813
Sousa et al (2009) verificaram atraveacutes de uma revisatildeo sistemaacutetica se os
enxertos homoacutegenos satildeo tatildeo eficientes quanto os enxertos autoacutegenos Apoacutes a busca
nas bases foram selecionados 1215 tiacutetulos de artigos Um uacutenico artigo atendeu os
criteacuterios da pesquisa o mesmo foi lido na iacutentegra por ambos examinadores e suas
caracteriacutesticas foram distribuiacutedas em uma tabela Este artigo analisado resultou em
16 pacientes entre 38 e 65 anos (9 do sexo masculino e 7 do sexo feminino) foi
comparado dois grupos enxerto autoacutegeno do iliacuteaco (grupo 1) e enxerto autoacutegeno da
calvaacuteria (grupo 2) Foi avaliado o volume oacutesseo total (VOT) o volume oacutesseo
28
necroacutetico (VON) e o osso vital (OV) e os resultados do grupo 1 foi de VOT (466)
VON (126) e OV (34) jaacute do grupo 2 foi VOT (734) VON (55) e OV (67)
Estatisticamente o enxerto da calvaacuteria foi melhor que o enxerto do iliacuteaco Os autores
concluiacuteram que o uacutenico artigo considerado natildeo consistia numa comparaccedilatildeo entre
enxerto autoacutegeno e homoacutegeno e sim numa comparaccedilatildeo entre enxertos autoacutegenos
de siacutetios diferentes
Spin-Neto et al (2009) realizaram uma revisatildeo de literatura sobre a utilizaccedilatildeo
de osso homoacutelogo em Odontologia sobre a legislaccedilatildeo envolvida na aplicaccedilatildeo deste
material Foram analisados artigos publicados nos uacuteltimos 25 anos no Medline e
pela ANVISA leis decretos que regulamentam o funcionamento dos bancos de
ossos de tecidos musculoesqueleacuteticos brasileiros Sobre o enxerto homoacutelogo haacute
um nuacutemero enorme de processos que ocorrem eacute iniciado por uma reaccedilatildeo
inflamatoacuteria criando espaccedilos que permitam sua invasatildeo por vasos sanguiacuteneos e
chegada das ceacutelulas responsaacuteveis pelo metabolismo oacutesseo atuando na
remodelaccedilatildeo gradativa do local Remover tecidos oacutergatildeos ou partes da pessoa ou do
cadaacutever eacute crime podendo resultar em reclusatildeo (2 a 6 anos) ou em 100 a 360 dias
de multa Jaacute no caso de sepultamento cabe aos meacutedicos realizar a reconstruccedilatildeo do
corpo para evitar constrangimento e manter a dignidade diante de seus familiares
no qual natildeo realizado eacute considerado crime por tal ato Foi concluiacutedo que eacute
necessaacuterio mais estudos e resultados sobre a aplicaccedilatildeo deste biomaterial para
aliados com o conhecimento juriacutedico aumentarmos o conhecimento e informaccedilotildees
sobre o caso
Piffer et al (2010) descreveram um caso cliacutenico de reabilitaccedilatildeo oral de uma
aacuterea de maxila posterior extremamente reabsorvida atraveacutes de levantamento de
seio maxilar utilizando osso xenoacutegeno e posterior uso de implante O caso constava
de uma paciente do sexo feminino que foi submetida a levantamento de seio
maxilar utilizando osso xenoacutegeno liofilizado e concomitante colocaccedilatildeo de dois
implantes nos elementos 15 e 16 Foi relatado que devido agraves limitadas quantidades
oacutesseas para colocaccedilatildeo de implantes dentaacuterios surgiram as teacutecnicas de enxertos
oacutesseos Inicialmente era utilizado osso autoacutegeno da regiatildeo intra-bucal gerando
algumas desvantagens devido a morbidade do siacutetio doador podendo gerar dor
parestesias hematoma Como alternativa surgiu possibilidade de utilizaccedilatildeo de
biomateriais para reconstruccedilotildees maxilares no qual foi utilizado neste caso o Bio-
Oss e obteve um resultado excelente em relaccedilatildeo aacute formaccedilatildeo oacutessea formando
29
extensa regiatildeo de osso denso ao redor dos implantes Assim atraveacutes de uma
revisatildeo sistemaacutetica criacutetica de trabalhos cliacutenicos controlados randomizados
evidenciou que substitutos de ossos autoacutegenos podem ser utilizados obtendo
sucesso Concluindo assim que a colocaccedilatildeo de implantes concomitantes com
enxertias oacutesseas natildeo interferem no processo de reparo oacutesseo e nem na
estabilizaccedilatildeo dos implantes e mostrou-se um tratamento viaacutevel para o presente
caso cliacutenico
Souza et al (2010) realizaram uma revisatildeo da literatura das principais
aplicaccedilotildees e indicaccedilotildees dos enxertos de bancos de ossos na Odontologia Os
enxertos oacutesseos autoacutegenos satildeo eleitos como os de primeira escolha pela sua
eficiecircncia biosseguranccedila e facilidade de obtenccedilatildeo poreacutem apresentam algumas
desvantagens e limitaccedilotildees A utilizaccedilatildeo de homoenxertos provenientes de bancos
de ossos representa uma alternativa aos enxertos oacutesseos autoacutegenos e demonstra
ser uma ferramenta bastante uacutetil para a odontologia com a finalidade de regenerar o
tecido oacutesseo perdido dos maxilares Os autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de
homoenxertos provenientes de bancos de ossos demonstra ser uma ferramenta
bastante uacutetil para a odontologia com a finalidade de regenerar o tecido oacutesseo
perdido dos maxilares Faz-se necessaacuterio que mais bancos de coleta e preparo do
tecido oacutesseo sejam instalados nos hospitais para que esta opccedilatildeo torne-se viaacutevel e
acessiacutevel a um nuacutemero maior de serviccedilos que atuam com reconstruccedilotildees oacutesseas
Aloy-Proacutesper et al (2011) realizaram uma revisatildeo bibliograacutefica sobre
regeneraccedilatildeo oacutessea usando partiacuteculas de enxertos Foram avaliados os resultados
obtidos bem como as complicaccedilotildees de teacutecnicas cirurgircas e as taxas de
sobrevivecircncia e sucesso de implantes colocados nestas aacutereas regeneradas Foram
identificados 64 artigos dos quais 53 foram excluiacutedos em 14 casos de partiacuteculas de
enxerto foi combinado com o bloco de enxerto em quatro casos natildeo ocorreu
defeitos periimplantares durante a colocaccedilatildeo do implante Quanto agrave taxa de sucesso
dos implantes nem todos os estudos bem definidos utilizaram os criteacuterios de
sucesso tornando difiacutecil a comparaccedilatildeo Com base nos criteacuterios de sucesso de
Albrektsson houve uma taxa de sucesso de 932 dois anos apoacutes o carregamento
(857 na maxila superior e 100 na mandiacutebula) Quando os criteacuterios eram do
cortador e Ederer houve uma taxa de sucesso de 857 trecircs anos apoacutes o
carregamento A conclusatildeo dos autores foi de que enxertos de partiacuteculas satildeo
30
eficazes na correccedilatildeo localizada de defeitos do processo alveolar com poucas
complicaccedilotildees e a taxa de sucesso satildeo sempre elevadas variando de 875 a 100
Oliveira Diebold e Silva (2011) analisaram as estruturas da regiatildeo maxilar de
interesse na implantodontia por meio de imagens de tomografia computadorizada
buscando uma avaliaccedilatildeo qualitativa e quantitativa da densidade oacutessea Foram
utilizadas imagens de tomograacutefia computadorizada por raios X obtidas da regiatildeo
maxilar de 31 pacientes avaliados para a colocaccedilatildeo de implantes As regiotildees de
interesse analisadas (seio maxilar fossa nasal tuberosidade maxilar e foramem
naso-alveolar) foram delimitadas de modo semi-automaacutetico com o auxiacutelio da
ferramenta ldquoCell Outlinerrdquo pelo software ImageJ Essas regiotildees foram analisadas nos
cortes axiais cortes sagitais e coronais obtidos pelo TC e com o software A partir
da delimitaccedilatildeo das regiotildees de interesse (ROI) foram determinados os valores
meacutedios e desvio padratildeo do nuacutemero CT em HU (Hounsfield) O nuacutemero CT de uma
imagem tomograacutefica representa o valor de cada pixel que compotildee a imagem esta
relacionada com o coeficiente de atenuaccedilatildeo linear dos tecidos contidos em um voxel
correspondente Estes valores constituem-se em uma informaccedilatildeo importante tanto
para a avaliaccedilatildeo quantitativa das densidades oacutesseas como para a produccedilatildeo de uma
metodologia de realce das estruturas de interesse em implantodontia Com anaacutelise
dos dados obtidos para cada paciente nas estruturas analisadas foi observado que
as regiotildees do seio maxilar e a fossa nasal satildeo semelhantes mas estatisticamente
diferentes Estas satildeo regiotildees pneumaacuteticas que em consequumlecircncia da presenccedila do
ar possuem medidas de nuacutemero CT semelhantes a fossa nasal apresenta uma
estrutura mais irregular e obteve-se uma diferenccedila estatisticamente significativa
entre estas duas regiotildees estudadas O foramem naso-alveolar e a tuberosidade satildeo
regiotildees distintas porque a tuberosidade eacute um osso trabecular de densidades
heterogecircneas que possui a meacutedia do nuacutemero CT maior que a meacutedia do foramen
naso-alveolar que se trata de uma estrutura tubular de densidade homogecircnea para
passagem do feixe vasculo-nervoso Com a comparaccedilatildeo das estruturas analisadas
pelo meacutetodo ANOVA entre pacientes masculinos e femininos evidenciou-se que natildeo
existe diferenccedila estatisticamente significativa entre sexos As conclusotildees obtidas
neste trabalho mostraram que o nuacutemero CT eacute uma medida eficiente para
caracterizar estruturas do corpo humano Os dados obtidos com a anaacutelise das
meacutedias do nuacutemero CT de cada regiatildeo estudada nos permite caracterizar
separadamente cada regiatildeo
31
3 MATERIAS E MEacuteTODOS
O presente trabalho aborda a descriccedilatildeo de quatro casos cliacutenicos que foram
selecionados dos prontuaacuterios de pacientes enxertados submetidos agrave tomografia
computadorizada Cone Beam no periacuteodo preacute-enxerto e apoacutes o procedimento
ciruacutergico das cliacutenicas radiograacuteficas ldquoCliacutenica Odonto Imagem Radiologiardquo situada em
Balneaacuterio Camboriuacute (SC) e ldquoCliacutenica Radioimagemrdquo situada em Itajaiacute (SC)
Foram incluiacutedos no estudo os laudos radiograacuteficos de pacientes que atendem
as seguintes caracteriacutesticas pacientes de ambos os sexos com bom estado de
sauacutede geral idade de quarenta a setenta anos que foram submetidos a enxerto
oacutesseo em regiatildeo de maxila
Primeiramente foi realizada uma coleta de dados junto aos laudos
radiograacuteficos emitidos pelas cliacutenicas citadas Foram selecionados os casos e
posteriormente foi acessado agraves imagens tomograacuteficas dos pacientes
Os exames tomograacuteficos computadorizado de aquisiccedilatildeo volumeacutetrica (cone
beam) foram realizados atraveacutes de cortes parasagitais de espessura de 2mm e
distacircncia de 1 mm entre os cortes
Na segunda etapa foi efetuada a anaacutelise das tomografias observando as
imagens preacute e poacutes-ciruacutergicas simultaneamente nesse momento delimitou-se a aacuterea
do leito receptor e do material enxertado Utilizando o programa Planmeca Romexis
Viewer acessou-se as imagens fornecidas digitalmente analisando primeiramente
as imagens do leito receptor por meio de trecircs traccedilados (em planos perpendiculares)
realizados com o auxiacutelio da ferramenta denominada Linha Hounsfield que nos
fornece a densidade oacutessea do local traccedilado e uma meacutedia do mesmo Foi realizada
uma meacutedia aritmeacutetica simples dos trecircs traccedilados resultando uma meacutedia de
densidade oacutessea que foi enquadrada na escala O mesmo procedimento foi
realizado na aacuterea do material enxertado
Com a posse destes valores meacutedios comparou-se a densidade oacutesseo do leito
receptor com a densidade oacutessea do material enxertado
32
Os dados seratildeo divulgados atraveacutes de painel exposto no bloco de Odontologia
e apresentaccedilatildeo oral Uma coacutepia da pesquisa concluiacuteda seraacute enviada agraves Cliacutenicas
envolvidas na pesquisa
O projeto de pesquisa foi aprovado pela Comissatildeo de Eacutetica em Pesquisa
sobre o nuacutemero 44610
33
4 RESULTADOS
De acordo com a tabela a seguir podemos expressar de forma resumida os
resultados obtidos atraveacutes da pesquisa comparando os mesmos com a escala de
Misch
Paciente (P1) MS sexo feminino com idade de 49 anos apresentando bom
estado de sauacutede geral No dia 28 de outubro de 2009 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes (Figura 1)
34
Figura 1 Vista panoracircmica preacute-enxertia
A densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield
obteve os seguintes resultados Axial (Z) = 7650 Coronal (Y) = 5196 Sagital (X)
= 7818
No dia 29 de janeiro de 2010 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
homoacutegeno O material proveniente do Banco de Tecidos Muacutesculo Esqueleacuteticos HC-
UFPR consistia de um bloco cortical de Fecircmur medindo 30x20mm lote C0917 FD
BC 26 processado no dia 15 de julho de 2009 com validade de 5 anos conservado
a temperatura abaixo de -40ordmC O osso foi particulado e acrescido de lincomicina
No dia 19102010 foram realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da
densitometria oacutessea do material enxertado e obtiveram os seguintes resultados
Axial (Z) = 6590 Coronal (Y) = 4986 Sagital (X) = 2948 (Figura 2)
35
Figura 2 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
Paciente (P2) AWU sexo feminino com idade de 67 anos apresentando
bom estado de sauacutede geral no dia 29 de agosto de 2009 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes A
densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield obteve os
seguintes resultados Axial (Z) = 7104 Coronal (Y) = 7002 Sagital (X) = 10412
(Figura 3)
Figura 3 Vista panoracircmica preacute-enxertia
No dia 06 de novembro de 2009 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
36
homoacutegeno O material proveniente do Banco de Tecidos Muacutesculo Esqueleacuteticos HC-
UFPR consistia de um bloco cortical de Fecircmur medindo 30x20mm lote C0917 FD
BC 39 processado no dia 15 de julho de 2009 com validade de 5 anos conservado
a temperatura abaixo de -40ordmC O osso foi particulado e acrescido de lincomicina
Passado o periacuteodo de 10 meses apoacutes o procedimento ciruacutergico foram
realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da densitometria oacutessea do material
enxertado e obtiveram os seguintes resultados Axial (Z) = 6972 Coronal (Y) =
8138 Sagital (X) = 4984 (Figura 4)
Figura 4 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
Paciente (P3) IS sexo feminino com idade de 42 anos apresentando bom
estado de sauacutede geral no dia 13 de Novembro de 2007 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes A
densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield obteve os
seguintes resultados Axial (Z) = 4917 Coronal (Y) = 3481 Sagital (X) = 4207
(Figura 5)
37
Figura 5 Vista panoracircmica preacute-enxertia
No dia 26 de Novembro de 2007 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
autoacutegeno tendo como aacuterea doadora a regiatildeo de ramo mandibular
Passado o periacuteodo de 09 (nove) meses apoacutes o procedimento ciruacutergico foram
realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da densitometria oacutessea do material
enxertado e obtiveram os seguintes resultados Axial (Z) = 7176 Coronal (Y) =
5443 Sagital (X) = 5638 (Figura 6)
Figura 6 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
38
Paciente (P4) ATL sexo feminino com idade de 45 anos apresentando
bom estado de sauacutede geral no dia 18 de Agosto de 2009 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes A
densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield obteve os
seguintes resultados Axial (Z) = 6028 Coronal (Y) = 6681 Sagital (X) = 6397
(Figura 7)
Figura 7 Vista panoracircmica preacute-enxertia
No dia 09 de Outubro de 2009 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
autoacutegeno tendo como aacuterea doadora a regiatildeo de ramo mandibular
Passado o periacuteodo de 4 (quatro) meses apoacutes o procedimento ciruacutergico foram
realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da densitometria oacutessea do material
enxertado e obtiveram os seguintes resultados Axial (Z) = 8549 Coronal (Y) =
9340 Sagital (X) = 8624 (Figura 8)
39
Figura 8 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
40
5 DISCUSSAtildeO
Em Odontologia a tomografia computadorizada tem demonstrado ser o
meacutetodo de eleiccedilatildeo para a determinaccedilatildeo da densidade oacutessea na regiatildeo dos
maxilares pois fornece dados objetivos precisos da variaccedilatildeo da densidade oacutessea
entre diferentes regiotildees em um mesmo indiviacuteduo A tomografia computadorizada eacute o
uacutenico meacutetodo que permite avaliar osso cortical e medular separadamente com a
vantagem de que as informaccedilotildees tridimensionais satildeo apresentadas em uma seacuterie de
cortes finos da estrutura interna da parte estudada onde as informaccedilotildees resultantes
natildeo sofrem superposiccedilatildeo por estruturas anatocircmicas (SANTIAGO e VITRAL 2006)
Logo a tomografia computadorizada eacute um meacutetodo de escolha na avaliaccedilatildeo
qualitativa e quantitativa de enxertos em seio maxilar (ZEacuteTOLA et al 2002)
Bassi et al (2009) citaram que para o sucesso da reabilitaccedilatildeo com implantes
dentaacuterios eacute imprescindiacutevel que seja levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
rebordo residual e tambeacutem a qualidade de osso para a estabilidade do implante
Aleacutem disso o osso disponiacutevel (volume) deve ser avaliado em sua densidade
o que determinaraacute sua resistecircncia Densidade eacute a relaccedilatildeo entre a massa e o volume
de um corpo e o meacutetodo de avaliaccedilatildeo da densidade mineral oacutessea eacute denominado
densitometria As unidades de medidas mais empregadas satildeo gcmsup2 (densidade por
aacuterea) gcmsup3 (densidade por volume) ou HU (unidade Hounsfield) (CAUacuteLA
MACHADO BARBOSA 2000)
A densidade oacutessea eacute diretamente relacionada agrave resistecircncia do tecido oacutesseo
antes da fratura Uma diferenccedila de dez vezes na resistecircncia do tecido oacutesseo pode
ser observada entre o osso D1 e D4 O osso D2 exibe uma resistecircncia agrave
compressatildeo 47 a 68 maior se comparado com o D3 (MISCH 2000)
O osso com densidade 2 (D2) eacute uma combinaccedilatildeo de osso compacto denso
para poroso na porccedilatildeo externa e osso trabecular grosso na porccedilatildeo interna Na
superfiacutecie e nas proporccedilotildees laterais do implante oferece uma interface inicial riacutegida
A densidade oacutessea D2 eacute mais comumente encontrada na mandiacutebula A regiatildeo
anterior da mandiacutebula apresenta este tipo oacutesseo em 23 dos casos O osso com
densidade 3 (D3) eacute composto de uma cortical oacutessea fina na crista e osso trabecular
fino no interior Uma das desvantagens desse tipo oacutesseo eacute a delicadeza com a qual
esse osso deve ser manipulado Quanto menor for a densidade mais facilmente o
41
osso eacute expandido para que implantes sejam inseridos A regiatildeo anterior da maxila
apresenta em 65 dos casos o osso D3 e em quase metade dos casos o osso
D3 eacute encontrado tambeacutem na regiatildeo posterior da maxila O osso menos denso D4
tem sido relatado em aproximadamente 40 dos casos eacute encontrado na parte
posterior da maxila especialmente na regiatildeo dos molares ou apoacutes levantamento do
seio maxilar (CAUacuteLA MACHADO BARBOSA 2000 BUSCATTI 2003)
Em 1988 Misch realizou uma pesquisa tendo como base de estudos a escala
apresentada por Hounsfield que tem como objetivo a diferenciaccedilatildeo de densidades
de oacutergatildeos do corpo pela diferenccedila de tons de cinza atraveacutes da tomografia A partir
desta Misch propocircs uma nova escala o qual associou nuacutemeros aos tipos oacutesseos
relacionando numericamente os valores aos tipos oacutesseos
No periacuteodo preacute-enxertia foi verificado que em todos os casos estudados a
densidade presente na regiatildeo de leito receptor caracteriza osso tipo D3 Sendo esta
densidade compatiacutevel com a regiatildeo anterior e posterior da maxila
Apoacutes 10 meses dos enxertos homoacutegenos serem realizados (P1 e P2)
observou-se que a densidade em unidades HU diminuiu na maioria dos eixos
avaliados somente no eixo coronal da P2 que apresentou um leve aumento Apesar
desta variaccedilatildeo de valores natildeo houve mudanccedila da qualidade oacutessea Tanto o osso
neoformado quanto o do leito receptor mantiveram-se qualidade de osso D3
Nos casos onde o material de escolha foi osso autoacutegeno observou-se atraveacutes
da densidade em unidades HU aumento dos valores em todos os eixos avaliados
Entre os dois casos (P3 e P4) houve uma pequena diferenccedila entre os valores que
atraveacutes da escala proposta por Misch resultou na diferenccedila que no caso P3 o
material enxertado natildeo apresentou alteraccedilatildeo na qualidade em relaccedilatildeo agrave aacuterea
receptora Jaacute no caso P4 o material enxertado caracteriza-se como qualidade oacutessea
D2 Suponha-se que esta diferenccedila entre a densidade do material enxertado nestes
dois casos seja devido ao grau de condensaccedilatildeo do material na regiatildeo tamanho das
partiacuteculas e quantidade de material enxertado Os dados obtidos natildeo correspondem
a uma populaccedilatildeo em geral devido a pequena quantidade de amostras e se tratando
de um relato de caso cliacutenico
Pinto et al (2007) comenta que os enxertos autoacutegenos satildeo os uacutenicos entre os
tipos de enxerto oacutesseo a fornecer ceacutelulas oacutesseas vivas imunocompatiacuteveis
essenciais agrave fase I da osteogecircnese que eacute responsaacutevel pela proliferaccedilatildeo das ceacutelulas
oacutesseas em especial do osteoacuteide assim quanto mais ceacutelulas vivas forem
42
transplantadas mais tecido oacutesseo seraacute formado Kuabara et al (2000) concluiacuteram
que a pequena morbidade poacutes-operatoria da regiatildeo doadora do enxerto elege a
regiatildeo retromolar inferior como uma excelente opccedilatildeo ciruacutergica para reabilitaccedilatildeo de
pequenos defeitos oacutesseos Jaacute Cyriaco e Azevedo (2006) relatam que quando se
trata de enxertos menores as melhores aacutereas doadoras para regiatildeo oral seriam o
mento e a regiatildeo retromolar e para maiores quantidades a crista iliacuteaca a calota
craniana a costela e a tiacutebia
Pereira et al (2009) enxerto com osso autoacutegeno eacute considerado padratildeo ouro
para reconstruccedilatildeo de defeitos oacutesseos residuais Algumas teacutecnicas ciruacutergicas podem
ser realizadas abrangendo aacutereas doadoras extra e intrabucais dependendo do grau
de perda oacutessea planejamento ciruacutergico-proteacutetico e das condiccedilotildees gerais do
paciente O osso autoacutegeno cortical oferece excelente suporte estrutural para o siacutetio
receptor sendo uma excelente alternativa para segmentos de defeitos maiores que
5 ou 6 cm que requerem suporte estrutural imediato restabelecendo devidamente a
funccedilatildeo
Gonccedilalves (2008) concluiu que implantes instalados em enxertos de seio maxilar
com a ajuda de substitutos oacutesseos apresentam uma taxa de sucesso cliacutenico de
9009
O osso mais indicado para enxertia eacute o autoacutegeno pela sua eficiecircncia
bioseguranccedila e facilidade de obtenccedilatildeo e uma alternativa para sua substituiccedilatildeo eacute o
homoacutegeno por ter caracteriacutesticas a longo prazo semelhantes embora o iacutendice de
reabsorccedilatildeo ser maior (DEL VALE et al 2006 SOUZA et al 2010 GONCcedilALVEZ et
al 2009) O enxerto de osso homoacutelogo eacute uma alternativa viaacutevel para reconstruccedilatildeo
de rebordos alveolares severamente atroacuteficos ao mesmo tempo em que reduz a
morbidade e os riscos inerentes aos procedimentos de enxertos autoacutegenos como
dor parestesia e hematomas (MOLON et al 2009 PIFFER et al2010) Ele mostra-
se efetivo conforme Contar et al (2009) que realizou 51 implantes sobre enxerto
homoacutegeno alcanccedilando o torque miacutenimo de 40N(newton) em todos eles natildeo
havendo problema em nenhum implante em um periacuteodo de acompanhamento de 24
a 35 meses
Ajzen et al (2005) comenta do uso de fatores indutores como plasma rico em
plaquetas sugerindo uma melhor qualidade e quantidade oacutessea necessaacuteria para
reconstruccedilatildeo proteacutetica atraveacutes de implantes oacutesseo integrados A associaccedilatildeo do
bloco de osso homoacutegeno agrave medula oacutessea autoacuteloga parece representar uma
43
alternativa terapecircutica para se minimizar os niacuteveis de reabsorccedilatildeo dos materiais de
enxertia (COSTA et al 2009)
Faz-se necessaacuterio a coleta de mais casos para se obter um tratamento
estatiacutestico que possibilite uma comprovaccedilatildeo da previsibilidade da densidade oacutessea
com os materiais enxertados e variaccedilotildees de teacutecnicas ciruacutergicas
44
6 CONCLUSAtildeO
Conclui-se que o enxerto oacutesseo autoacutegeno e procedente de banco de ossos
demonstra-se eficaz na reabilitaccedilatildeo de pacientes que apresentam maxilas atroacuteficas
e que necessitam de implantes dentaacuterios para a reabilitaccedilatildeo proteacutetica
A densidade obtida do material enxertado eacute semelhante a densidade do
tecido oacutesseo adjacente necessitando de mais casos para esta comprovaccedilatildeo
45
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AJZEN S A et al Anaacutelise por tomografia computadorizada do enxerto autoacutegeno na cirurgia de sinus lift Radiol bras Rio de Janeiro v 38 n 1 p 25-31 janfev 2005 ALOY-PROacuteSPER A et al Bone regeneration using particulate grafts an update Med oral patol oral cir bucal Valencia v16 n2 p210-214 Mar 2011 ARAUacuteJO JMS de et al Enxerto oacutesseo bovino como alternativa para cirurgias de levantamento de assoalho de seio maxilar Rev cir traumatol buco-maxilo-fac Recife v9 n 3 p 89-96 julset 2009
BASSI A P F CARNEIRO G P Avaliaccedilatildeo do iacutendice de sucesso dos enxertos autoacutegenos e dos implantes instalados em regiatildeo do seio maxilar Implant News Satildeo Paulo v7 n2 p257-260 dez 2009
BLAY A TUNCHEL S SENDYK W R Viabilidade dos enxertos autoacutegenos obtidos com a utilizaccedilatildeo de coletores para osso estudo histoloacutegico e microbioloacutegico Pesqui Odontol Bras Satildeo Paulo v 17 n 3 p 234-40 julset 2003 BUSCATTI M Y Contribuiccedilatildeo para o estudo das densidades oacutesseas maxilomandibulares por meio da escala tomodensitomeacutetrica de Hounsfield quando da aplicaccedilatildeo de programa computadorizado para planejamento de implantes osseointegrados 2003 122f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Radiologia) - Faculdade de Odontologia da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2003 CAUacuteLA A L MACHADO F O de BARBOZA E P Densidade Oacutessea no planejamento em Implantodontia BCI Curitiba v 7 n 25 2000
CHEM RC et al Uso de retalho livre de fiacutebula no complexo bucomaxila-facial ndash Relato de dois casos Rev Cir Traumatol Buco-maxilo-fac Camaragibe v5 n4 p 23-30 outdez 2005 CONTAR C M M et al Maxillary ridge augmentation with fresh-frozen bone allografts J Oral Maxillofac Surg Copenhagen v67 n6 p1280-1285 June 2009 COSMO L A M et al Enxerto oacutesseo em levantamento de seio maxilar com osso humano fresco congelado ImplantNews Satildeo Paulo v 4 n 3 p 249-253 2007 COSTA C E S da et al Utilizaccedilatildeo de medula oacutessea autoacuteloga na integraccedilatildeo de enxertos oacutesseos homoacutelogos ImplantNews Satildeo Paulo v 6 n 4 p 395-402 2009
CYRIACO E AZEVEDO D Enxertos oacutesseos aplicados na cirurgia buccedilo-maxilo facial Cispre [on line] Petroacutepolis 27 jul 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcisprecombracervo_detalhesaspId=60gt Acesso em 20 abr 2011
DEL VALLE R A CARVALHO M L de GONZALEZ M R Estudo do comportamento de enxerto oacutesseo com material doador obtido dos bancos de tecidos muacutesculos-esqueleacuteticos Rev odontol Univ Cid Satildeo Paulo Satildeo Paulo v 18 n 2 p 189-194 maioago 2006
46
GARCIA JUacuteNIOR I R et al Avaliaccedilatildeo cliacutenica de enxertos oacutesseos autoacutegenos de crista iliacuteaca em maxilas atroacuteficas para instalaccedilatildeo de implantes oacutesseointegraacuteveis Innov implant j biomater esthet (Impr) Satildeo Paulo v 1 n 1 p 34-40 maio 2006 GONCcedilALVES A R de Q Avaliaccedilatildeo do sucesso de implantes osseointegraacuteveis em enxerto de seio maxilar RGO (Porto Alegre) Porto Alegre v 56 n 4 p 423-427 outdez 2008 GONCcedilALVES A O et al Avaliaccedilatildeo histomorfoloacutegica de maxilares humanos submetidos a enxerto oacutesseo autoacutegeno e homoacutegeno Implant News Satildeo Paulo v7 n2 p213-222 nov 2009
JAHN R S et al Retalho em dupla paacutegina Innov implant j biomater esthet Satildeo Paulo v 4 n 3 p 20-24 setdez 2009
KUABARA M R et al Levantamento de seio maxilar utilizando enxerto autoacutegeno da regiatildeo retromolar e simultacircnea colocaccedilatildeo de implantes ossointegrados Relato de caso cliacutenico ROBRAC Goiacircnia v 9 n 28 p 14-17 2000
MAZZONETTO R et al Avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de enxertos de siacutenfise mandibular na reconstruccedilatildeo de defeitos oacutesseos em regiatildeo anterior de maxila estudo por meio de tomografia convencional linear Rev bras implant Satildeo Paulo v 6 n 1 p 19-22 janmar 2000
MISCH C E et al Doaccedilatildeo de enxertos oacutesseos autoacutegenos extra orais para implantes endo oacutesseo In Implantes Dentaacuterios Contemporacircneos 2ordm ed Satildeo Paulo Santos 2000 cap 33 p 521-535 MOLON R S de et al Reconstruccedilatildeo de maxila atroacutefica utilizando enxerto oacutesseo homoacutegeno Rev Cir Traumatol Buco-Maxilo-fac Camaragibe v 9 n 4 p 25-30 outdez 2009 OLIVEIRA FILHO M A de et alReconstruccedilatildeo de defeito de continuidade em mandiacutebula com posterior reconstruccedilatildeo alveolar RGO (Porto Alegre) Porto Alegre v 55 n 3 p 305-310 julset 2007 OLIVEIRA H W de DIEBOLD E SILVA A M M da Avaliaccedilatildeo da regiatildeo maxilar em imagens de tc por raios x para o uso em implantodontia e cirurgia bucomaxilofaciaL Disponiacutevel em lthttpwwwpucrsbrunipoafisicapesquisasnimedartigosArtigo20Canal20CientEDficopdfgt Acesso em 20 de Junho de 2011 PEREIRA C C S et al Enxertos oacutesseos autoacutegenos mandibulares para reconstruccedilatildeo de processos alveolares atroacutefi cos revisatildeo e teacutecnica ciruacutergica Innov Implant J Biomater Esthet Satildeo Paulo v 4 n 3 p 96-102 setdez 2009 PICCINELLI L B et al Estudo retrospectivo de 59 pacientes tratados com enxertos oacutesseos autoacutegenos intrabucais e implantes dentais Innov Implant J Biomater Esthet Satildeo Paulo v 4 n 3 p 30-34 setdez 2009 PIFFER C S et al Levantamento de seio maxilar utilizando Bio-Oss concomitante com a instalaccedilatildeo de implantes ImplantNews Satildeo Paulo v 7 n 4 p 489-495 2010
47
PINTO J G S et al Enxerto autoacutegeno x biomateriais no tratamento de fraturas e deformidades faciais ndash uma revisatildeo de conceitos atuais RFO UPF Passo Fundo v 12 n 3 p 79-84 setdez 2007 RIBEIRO JUacuteNIOR O et al Princiacutepios da reconstruccedilatildeo mandibular com enxerto oacutesseo vascularizado Rev cir traumatol buco-maxilo-fac Recife v 8 n 1 p 15 ndash 22 janmar 2008 RODRIGUES A F VITRAL R W F Aplicaccedilotildees da Tomografia Computadorizada na Odontologia Pesq Bras Odontoped Clin Integr Joatildeo Pessoa v 7 n 3 p 317-324 setdez 2007 SANTIAGO R C VITRAL R W F Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da densidade mineral oacutessea e seu emprego na odontologia Pesq Bras Odontoped Clin Integr Joatildeo Pessoa v6 n3 p 289-294 setdez 2006 SILVEIRA A C G WASSALL T Anaacutelise da aacuterea doadora de enxerto mandibular por meio de tomografia computadorizada do feixe cocircnico para avaliaccedilatildeo da remodelaccedilatildeo oacutessea RGO (Porto Alegre) Porto Alegre v 57 n 1 p 61-65 janmar 2009 SOUSA J N L de et al Avaliaccedilatildeo dos enxertos homoacutegenos como substitutos aos enxertos autoacutegenos na fixaccedilatildeo de implantes osteointegrados uma revisatildeo sistemaacutetica da literatura Innov Implant J Satildeo Paulo v 4 n 3 p 54-57 setdez 2009 SOUZA D O et al Aplicaccedilotildees de enxertos de bancos de ossos em odontologia R Ci meacuted biol Salvador v 9 n 1 p 45-48 2010 SPIN-NETO R et al Tecido oacutesseo homoacutelogo para utilizaccedilatildeo em Odontologia Implant News Satildeo Paulo v7 n4 p555-560 dez 2009 TANAKA R et al Incorporaccedilatildeo dos enxertos oacutesseos em bloco processos bioloacutegicos e consideraccedilotildees relevantes Conscientia e sauacutede Satildeo Paulo v 7 n 3 p 323-327 2008 ZEacuteTOLA A L et al Reconstruccedilatildeo do seio maxilar atroacutefico com enxerto autoacutelogo de crista iliacuteaca avaliaccedilatildeo por tomografia computadorizada e radiografia panoracircmica Rev col bras cir Rio de Janeiro v 29 n 1 p 13-18 janfev 2002
20
isto foi capturado ao todo 26 imagens histopatoloacutegicas Histologicamente os
fragmentos colhidos estavam constituiacutedos predominantemente por tecido oacutesseo
com iacutendice de sucesso de 8888 Quando comparados o remanescente oacutesseo do
seio maxilar antes e depois do enxerto houve crescimento em altura e a maioria
apresentou densidade oacutessea D3 Dez dos 101 implantes foram perdidos e 91
estavam osseointegrados no seio maxilar enxertado Os autores concluiacuteram que
implantes instalados em enxertos de seio maxilar com a ajuda de substitutos oacutesseos
apresentam uma taxa de sucesso cliacutenico de 9009
Ribeiro Juacutenior et al (2008) revisaram a literatura referente aos enxertos
oacutesseos vascularizados com o objetivo de avaliar os princiacutepios bioloacutegicos e ciruacutergicos
que fundamentam sua aplicaccedilatildeo na reconstruccedilatildeo mandibular Os retalhos
microciruacutergicos que contecircm enxertos oacutesseos satildeo classificados como
osteomusculares ou osteomiocutacircneos dependendo da natureza dos tecidos moles
que o compotildeem permitindo restauraccedilotildees de grandes defeitos oacutesseos A
revascularizaccedilatildeo microciruacutergica manteacutem a irrigaccedilatildeo e a drenagem do tecido oacutesseo
enxertado em todo o periacuteodo de integraccedilatildeo permitindo a manutenccedilatildeo de suas
funccedilotildees celulares metaboacutelicas e fiacutesicas Dessa forma a reparaccedilatildeo entre o enxerto e
o remanescente mandibular ocorre de forma semelhante agrave cicatrizaccedilatildeo de uma
fratura eliminando a longa fase de substituiccedilatildeo observada nos enxertos
convencionais Como o sucesso da reconstruccedilatildeo microciruacutergica eacute diretamente
dependente da qualidade vascular estudos angiograacuteficos preacute-operatoacuterios das aacutereas
receptora e doadora satildeo essenciais Alguns cuidados preacute-cirurgicos satildeo de extrema
importacircncia como a hidrataccedilatildeo endovenosa para manutenccedilatildeo do diacircmetro vascular
uso de cobertores para manter a temperatura corporal em torno de 37degC O estudo
concluiu que os enxertos oacutesseos vascularizados satildeo excelentes na restauraccedilatildeo
esteacutetico-funcional dos defeitos mandibulares suprindo as deficiecircncias dos enxertos
convencionais em casos de pior prognoacutestico Os enxertos oacutesseos vascularizados
satildeo indispensaacuteveis em defeitos compostos extensos irradiados e secundaacuterios agrave
osteorradionecrose
Tanaka et al (2008) elaboraram uma revisatildeo de literatura com o objetivo de
descrever os mecanismos de incorporaccedilatildeo dos enxertos oacutesseos em bloco e discutir
algumas caracteriacutesticas dos diferentes tipos existentes para distinguir as vantagens
de cada um Concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo dos enxertos em bloco para reconstruccedilatildeo
21
dos rebordos alveolares eacute uma realidade e estaacute intimamente ligada agrave terapia
implantar Os diversos fatores que influenciam a escolha do melhor meacutetodo de
enxertia a ser utilizado passam pelo conhecimento dos paracircmetros citados neste
artigo e muitos outros natildeo abordados e podem parecer inicialmente um desafio
mas sem duvida o domiacutenio das teacutecnicas existentes e das outras que surgiratildeo eacute o
ponto de partida para o profissional que procura o refinamento de seus
procedimentos e a exelencia de seus resultados
Arauacutejo et al (2009) realizaram uma revisatildeo de literatura sobre os resultados
cliacutenicos obtidos com a utilizaccedilatildeo dos enxertos de origem autoacutegena e xenoacutegena
(bovino) nas cirurgias de levantamento de assoalho de seio maxilar O
envelhecimento e a perda dentaacuteria fazem com que o seio se expanda podendo
haver uniatildeo entre o assoalho sinusal e a crista do rebordo alveolar residual
expansatildeo esta relacionada com a altura e largura do seio e natildeo com a
profundidade Os materiais para enxerto oacutesseo podem ser classificados como
osteogecircnicos osteoindutores e osteocondutores Os osteogecircnicos referem-se aos
materiais orgacircnicos capazes de estimular a neoformaccedilatildeo oacutessea a partir de
osteoblastos Os osteoindutores satildeo capazes de induzir a diferenciaccedilatildeo de ceacutelulas
mesenquimais em osteoblastos e condroblastos estimulando a formaccedilatildeo oacutessea no
local ou mesmo em um siacutetio heterotiacutepico Os materiais osteocondutores (geralmente
inorgacircnicos) permitem a aposiccedilatildeo de um novo tecido na sua superfiacutecie requerendo
a presenccedila de tecido oacutesseo preacute-existente como fonte de ceacutelulas osteoprogenitoras
Alguns criteacuterios foram propostos para o enxerto ideal quanto para que o material
enxertado se incorpore com sucesso ao siacutetio Dentre os possiacuteveis enxertos
xenoacutegenos encontram-se disponiacuteveis comercialmente os enxertos bovinos em
vaacuterias formas de apresentaccedilatildeo como aqueles que contecircm a fraccedilatildeo mineral do osso
os inorgacircnicos ou desproteinizados entre outros Todos eles apresentam excelente
biocompatibilidade agem favorecendo o processo de osteoconduccedilatildeo e natildeo
desencadeando respostas imunoloacutegicas desfavoraacuteveis A melhor accedilatildeo do enxerto
oacutesseo autoacutegeno de crista iliacuteaca quando comparado com a associaccedilatildeo do osso
autoacutegeno com osso desmineralizado bovino em cirurgias de levantamento de
assoalho de seio maxilar Apesar da diferenccedila estatiacutestica significante clinicamente
natildeo houve diferenccedila jaacute que os aacutepices dos implantes estavam todos cobertos por
osso sugerindo o sucesso do uso da associaccedilatildeo e ainda poupando o paciente de
uma intervenccedilatildeo ciruacutergica extraoral concluindo que o osso autoacutegeno eacute o que
22
apresenta os melhores resultados no processo de regeneraccedilatildeo oacutessea poreacutem os
enxertos de origem bovina apesar de demonstrarem um processo de neoformaccedilatildeo
oacutessea inferior promovem uma neoformaccedilatildeo satisfatoacuteria para que haja a reabilitaccedilatildeo
do paciente com implantes osseointegraacuteveis podendo ser utilizados com sucesso na
cliacutenica odontoloacutegica
Bassi e Carneiro (2009) citaram que os pacientes vem se queixando de
desconforto pelo uso de proacuteteses deficiecircncia na mastigaccedilatildeo onde entatildeo se
destacam os implantes dentaacuterios que minimizam estes aspectos negativos No
entanto seu sucesso depende de uma quantidade miacutenima de suporte oacutesseo por
este motivo foi oportuna pelos autores avaliar o iacutendice de sucesso dos enxertos e
implantes instalados na regiatildeo do seio maxilar reconstruiacuteda com osso autoacutegeno de
linha obliacutequa tanto imediata quanto mediato ao levantamento do seio maxilar
Foram avaliadas 51 cirurgias durante os anos de 2005 a 2007 com total de 107
implantes instalados sendo 28 de maneira imediata e 79 instalados posteriormente
Com relaccedilatildeo aos de maneira imediata o sucesso foi de 9286 sendo que dos 14
submetidos agrave implantaccedilatildeo imediata apenas 1 perdeu o implante De um total de 37
pacientes com instalaccedilatildeo posterior houve um sucesso de 9459 Podendo ser
analisado que natildeo haacute diferenccedila significante entre instalaccedilatildeo mediata e imediata
Acredita-se que para haver sucesso no tratamento eacute imprescindiacutevel que seja levado
em consideraccedilatildeo a quantidade de rebordo residual e tambeacutem a qualidade de osso
para a estabilidade do implante A conclusatildeo deste artigo eacute que o levantamento do
seio maxilar com o enxerto autoacutegeno por meio de acesso lateral eacute uma opccedilatildeo
segura no tratamento para regiatildeo posterior da maxila E natildeo houve diferenccedila em
relaccedilatildeo ao sucesso dos implantes instalados de maneira medita e imediata
Contar et al (2009) avaliaram o uso de enxertos provenientes de osso fresco-
congelado para na reconstruccedilatildeo de rebordos alveolares maxilares posteriormente a
aplicaccedilatildeo de implantes dentaacuterios Foram analisados quinze pacientes que tinham
atrofia crista maxilar onde necessitava de blocos de enxerto oacutesseo para
posteriormente se fazer a colocaccedilatildeo dos implantes Nove meses depois foi retirado
o nuacutecleo de osso do enxerto para analisar histologicamente Trinta e quatro blocos
foram colocados e do nuacutemero de blocos cada paciente recebeu uma numeraccedilatildeo de
1 a 4 Em todos os enxertos foram verificados para serem de consistecircncia firme
bem constituiacutedo e vascularizado Cinquumlenta e um implantes foram aplicados sobre
os enxertos com torque no miacutenimo de 40 N (Newton) Natildeo havendo problema em
23
nenhum implante O periacuteodo de acompanhamento variou de 24 a 35 meses Alo
enxertos pode ser bem satisfatoacuterios aplicados como material de enxerto para o
tratamento de defeitos oacutesseos maxilares se for aplicada a teacutecnica de forma
cautelosa e coerente
Costa et al (2009) descreveram cirurgias de enxertia oacutessea para reconstruccedilatildeo
do rebordo alveolar atroacutefico causado por traumas Em dois pacientes foram
utilizados blocos de osso homoacutegeno fresco congelado puro e em outros dois
pacientes esses blocos foram embebidos em medula oacutessea autoacuteloga aspirada do
proacuteprio paciente Os quatro pacientes que perderam seus dentes anteriores-
superiores 11122122 As cirurgias foram realizadas dentro do protocolo do
Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Cirurgia e Experimentaccedilatildeo da Universidade
Federal de Satildeo Paulo ndash Unifesp Cada paciente recebeu um bloco de enxerto oacutesseo
homoacutegeno fresco congelado proveniente de banco de tecidos oacutesseos em cada um
dos lados da regiatildeo anterior de maxila sendo que em dois dos pacientes os blocos
tiveram a sua porccedilatildeo medular embebida em medula oacutessea autoacuteloga aspirada do
proacuteprio paciente e nos outros dois pacientes os blocos foram fixados da mesma
maneira e na mesma regiatildeo poreacutem sem a utilizaccedilatildeo de medula oacutessea autoacuteloga
como preenchimento Foi observado clinicamente no segundo procedimento
ciruacutergico que os siacutetios enxertados com osso homoacutegeno associado agrave medula oacutessea
autoacuteloga obtiveram um menor niacutevel de reabsorccedilatildeo o que facilitou a instalaccedilatildeo dos
implantes osseointegraacuteveis Com as bioacutepsias oacutesseas obtidas por meio da utilizaccedilatildeo
da broca trefi na foram confeccionadas no Laboratoacuterio de Patologia da Unifesp uma
lacircmina em HE para cada regiatildeo enxertada com associaccedilatildeo agrave medula e tambeacutem
para as regiotildees de enxertia sem essa associaccedilatildeo Essas lacircminas foram
encaminhadas para o Departamento de Morfologia da Unifesp para avaliaccedilatildeo Tanto
as lacircminas histoloacutegicas do grupo onde se associou o aspirado de medula oacutessea ao
enxerto oacutesseo homoacutegeno quanto onde natildeo foi feita esta associaccedilatildeo mostraram uma
grande quantidade de tecido mineralizado vital Foi observado em ambos os grupos
uma pequena quantidade de tecido mineralizado desvitalizado Em todas as lacircminas
foi observada intensa vascularizaccedilatildeo assim como a presenccedila de tecido oacutesseo
lamelar A utilizaccedilatildeo de osso humano fresco congelado conservado em banco de
tecidos eacute uma alternativa viaacutevel para a reconstruccedilatildeo dos rebordos atroacuteficos
diminuindo a morbidade e riscos inerentes agrave abordagem da regiatildeo doadora dos
enxertos autoacutegenos A associaccedilatildeo do bloco de osso homoacutegeno agrave medula oacutessea
24
autoacuteloga parece representar uma alternativa terapecircutica para se minimizar os niacuteveis
de reabsorccedilatildeo dos materiais de enxertia
Gonccedilalves et al (2009) citaram que o melhor material para enxertia oacutessea eacute o
autoacutegeno o problema eacute o poacutes-operatoacuterio que eacute desconfortaacutevel para o paciente Na
existecircncia de desvantagens para a utilizaccedilatildeo de osso autoacutegeno o osso proveniente
de banco de tecidos surge como uma alternativa viaacutevel nas reconstruccedilotildees oacutesseas
maxilomandibulares O osso homoacutegeno pode ser utilizado em algumas situaccedilotildees
que impossibilite obter uma quantidade necessaacuteria de osso autoacutegeno requisitado
pelo receptor ou quando induz ao procedimento com grande morbidade onde exista
negativa do paciente em se submeter a um segundo siacutetio ciruacutergico Mesmo com toda
a previsibilidade de utilizaccedilatildeo de tecido oacutesseo homoacutelogo ele ainda gera
controveacutersias pela possibilidade de infecccedilotildees cruzadas com sua utilizaccedilatildeo Com o
estudo citado foi concluiacutedo que o enxerto homoacutelogo induz mais rapidamente a
remodelaccedilatildeo quando comparado com o autoacutegeno E o estaacutegio da remodelaccedilatildeo
esteve mais dependente da resposta orgacircnica individual de cada paciente
Jahn et al (2009) avaliaram o procedimento de retalho em dupla paacutegina para acesso
ao osso da regiatildeo do mento em comparaccedilatildeo a teacutecnica de retalho mucoperiosteal
Foram realizados procedimentos de obtenccedilatildeo de enxerto oacutesseo da regiatildeo do mento
para utilizaccedilatildeo na reabilitaccedilatildeo de pacientes que receberiam implantes
osseointegrados na regiatildeo anterior da maxila e que necessitavam de aumento de
espessura oacutessea localizada Foram operados 20 pacientes da cliacutenica de Periodontia
da Universidade de Santo Amaro entre 28 e 60 anos de idade Dez pacientes foram
submetidos agrave teacutecnica de retalho mucoperiosteal de espessura parcial e total
convencional e dez pacientes foram submetidos ao retalho em dupla Os pacientes
foram avaliados apoacutes 7 e 14 dias do procedimento ciruacutergico quanto aos seguintes
aspectos parestesia dor edema infecccedilatildeo hemorragia hematoma contato com as
raiacutezes dentaacuterias deiscecircncia de sutura presenccedila ou ausecircncia de trismo Todos os
procedimentos realizados permitiram acesso agrave regiatildeo do mento para obtenccedilatildeo de
enxertos oacutesseos autoacutegenos A avaliaccedilatildeo poacutes-operatoacuteria dos pacientes mostrou que
em ambos os grupos natildeo houve casos de hemorragia trismo contato acidental com
as raiacutezes dentaacuterias e infecccedilatildeo Edema foi constatado em seis casos no grupo de
retalho em dupla paacutegina e sete casos nos retalhos muco periosteais dor foi relatada
por dois e seis pacientes respectivamente Dois casos apresentaram parestesia na
regiatildeo de mento e nos dentes anteriores inferiores por ateacute duas semanas nos
25
pacientes operados pela teacutecnica do retalho mucoperiosteal enquanto nenhum caso
aconteceu em pacientes operados por retalho em dupla paacutegina Os autores
concluiacuteram que a teacutecnica de retalho em dupla paacutegina eacute um importante auxiacutelio no
acesso agrave aacuterea doadora o que pela facilidade de uso pode encorajar os cirurgiotildees a
usarem o mento como aacuterea doadora para pequenos enxertos oacutesseos intrabucais
Molon et al (2009) tiveram como objetivo relatar um caso cliacutenico de maxila
atroacutefica com necessidade de reconstruccedilatildeo alveolar atraveacutes de enxerto homoacutegeno
Apoacutes a realizaccedilatildeo da anamnese foi constatado clinicamente que o paciente
apresentava forma em lacircmina do osso e radiograficamente a panoracircmica mostrou
uma perda oacutessea em altura e uma proximidade do rebordo com a parede inferior do
seio maxilar Foi utilizado enxerto provenientes do UniOss processados e
congelados a -80degCos tecidos foram submetidos a testes soroloacutegicos Na regiatildeo
anterior foi realizado enxerto com osso humano congelado em bloco para restaurar
espessura oacutessea possibilitando a colocaccedilatildeo de implantes dentaacuterios Os blocos
foram fixados com o sistema 15mm e o osso particulado foi acomodado nos
espaccedilos mortos para evitar a formaccedilatildeo de GAPs Apoacutes seis meses da cirurgia foi
removido os parafusos e o guia ciruacutergico posicionado para a instalaccedilatildeo dos seis
implantes A osseointegraccedilatildeo dos implantes foi verificada apoacutes seis meses da
segunda cirurgia pela radiografia panoracircmica Atualmente vem sendo muito utilizado
osso autoacutegeno para reconstruccedilatildeo de maxilares contudo haacute desvantagens
relacionadas com a morbidade do sitio doador quantidade inadequada de osso
intraoral para grandes defeitos e necessidade de osso de regiatildeo extra-oral para
maiores reconstruccedilotildees limitam as expectativas do paciente Por isso os osso
estudos utilizando osso homoacutelogo para reabilitaccedilatildeo com implantes vecircm se
intensificando e apresentando bons resultados Os autores consideram o enxerto de
osso homoacutelogo uma alternativa viaacutevel para reconstruccedilatildeo de rebordos alveolares
severamente atroacuteficos ao mesmo tempo em que reduz a morbidade e os riscos
inerentes aos procedimentos de enxertos autoacutegenos
Pereira et al (2009) discutiram revisaram e compararam as teacutecnicas
envolvidas em remoccedilatildeo de blocos oacutesseos da linha obliacutequa e mento demonstrando
sua efetividade por meio de exemplos cliacutenicos O osso mandibular tem sido utilizado
na reconstruccedilatildeo alveolar para permitir a instalaccedilatildeo de implantes com resultados
extremamente favoraacuteveis Para a regiatildeo de mento a teacutecnica consiste em osteotomia
26
efetuada pelo menos 5 mm abaixo dos aacutepices dentaacuterios e o osso basal da
mandiacutebula preservado A profundidade das osteotomias limita-se agrave cortical externa
Para a regiatildeo da linha obliacutequa haacute trecircs diferentes meacutetodos para acessar a aacuterea
doadora 1 Intrasulcular Realizada no sulco gengival dos dentes naturais 2
Submarginal Indicada quando da presenccedila de coroas proteacuteticas nos molares e preacute-
molares 3 Crestal Indicada para rebordos edecircntulos ou quando os implantes
estiverem planejados para a mesma regiatildeo Uma vez feita agrave incisatildeo o retalho
mucoperiosteal eacute descolado do corpo mandibular expondo a face lateral do
ramocorpo Um bloco cortical retangular ateacute 4 mm de espessura pode ser coletado
da regiatildeo do ramo O comprimento do bloco pode se aproximar de 35 mm mas
altura natildeo deve exceder 10 mm Para o preparo do siacutetio receptor e enxertia o osso
removido eacute posicionado com a face medular do bloco em contato com a face cortical
do siacutetio receptor previamente perfurada com brocas proporcionando sangramento
O bloco deve ser adaptado intimamente ao leito e fixado com parafusos de titacircnio
Os autores concluiacuteram que ambas as teacutecnicas podem ser utilizadas com sucesso
de acordo com a quantidade oacutessea desejada localizaccedilatildeo do siacutetio doador e
experiecircncia do profissional
Piccinelli et al (2009) analisaram retrospectivamente 59 pacientes submetidos
agrave enxertia oacutessea obtida de aacutereas intrabucais com a instalaccedilatildeo de implantes
osseointegrados As aacutereas doadoras foram a regiatildeo da siacutenfise mandibular ramo
mandibular e tuberosidade da maxila Os enxertos foram imobilizados atraveacutes de
parafusos de titacircnio especiacuteficos para fixaccedilatildeo interna riacutegida com diacircmetro de 16 mm
e comprimentos de 8 10 e 12 mm com encaixe em forma de cruz De todas as
cirurgias realizadas foi constatado insucesso em 5 (742 ) pacientes todos do
sexo feminino Destes em 2 (338 ) casos ocorreram perfuraccedilatildeo de membrana do
seio maxilar sendo os dois pacientes tabagistas com idades de 40 e 41 anos Em
um paciente de 30 anos ocorreu a perda do enxerto na regiatildeo anterior de maxila
tendo por aacuterea doadora o osso retirado do ramo mandibular Em outro com 50 anos
ocorreu a perda do enxerto em regiatildeo posterior de mandiacutebula recebendo da aacuterea
retromolar E noutro com 40 anos a perda ocorreu em regiatildeo posterior da
mandiacutebula tendo aacuterea doadora a siacutenfise mandibular A maior causa de falhas de
enxerto eacute deiscecircncia de sutura e posterior necrose asseacuteptica do osso enxertado
sendo demonstrado altas taxas de complicaccedilotildees quando utilizamos a mandiacutebula
27
como aacuterea receptora Existe um iacutendice de sucesso de 904 quando os implantes
satildeo instalados apoacutes um periacuteodo de cicatrizaccedilatildeo dos enxertos O estudo concluiu que
os siacutetios intrabucais doadores de enxertos oacutesseos podem prover volumes oacutesseos
suficientes para a reconstruccedilatildeo dos rebordos alveolares da maioria dos pacientes
desdentados parciais A mandiacutebula eacute vista como siacutetio de eleiccedilatildeo para retirada de
enxertos oacutesseos pois eacute capaz de prover blocos oacutesseos de composiccedilatildeo
predominantemente corticais
Silveira e Wassall (2009) analisaram a aacuterea doadora de enxertos por meio de
tomografias volumeacutetricas tipo feixe cocircnico para avaliaccedilatildeo da remodelaccedilatildeo oacutessea
verificando o grau de morbidade quanto a este paracircmetro Foram selecionados vinte
voluntaacuterios de ambos os gecircneros sem risco de sauacutede e com risco de sauacutede
controlados da cliacutenica de Poacutes-Graduaccedilatildeo do Centro de Pesquisas Odontoloacutegica
Satildeo Leopoldo Mandic e cliacutenica particular As tomografias foram obtidas com
aparelho de aquisiccedilatildeo volumeacutetrica tipo feixe cocircnico este aparelho usa a nova
tecnologia do feixe de tomografia computadorizada cocircnico no qual obtemos todas
as estruturas maxilofaciais do indiviacuteduo em volume ou seja em terceira dimensatildeo
Foi utilizado o tempo de exposiccedilatildeo de 36 segundos e apenas 3 de radiaccedilatildeo uma
tomografia meacutedica As primeiras mediccedilotildees foram obtidas no momento da tomografia
computadorizada inicial anteriormente a cirurgia Logo apoacutes a cirurgia foi realizada
a segunda tomada e medida na qual foi mensurado o quanto foi retirado de tecido
oacutesseo para enxerto Na terceira tomada de medidas foi calculado o ganho real
oacutesseo obtido na remodelaccedilatildeo apoacutes 180 dias de remoccedilatildeo do enxerto Embora a
quantidade retirada de aacuterea varie a recomposiccedilatildeo acompanha com a mesma
variabilidade Os autores concluiacuteram que a remodelaccedilatildeo oacutessea meacutedia da regiatildeo
posterior da mandiacutebula avaliada 180 dias apoacutes a remoccedilatildeo do bloco oacutesseo (enxerto
oacutesseo) foi de 813
Sousa et al (2009) verificaram atraveacutes de uma revisatildeo sistemaacutetica se os
enxertos homoacutegenos satildeo tatildeo eficientes quanto os enxertos autoacutegenos Apoacutes a busca
nas bases foram selecionados 1215 tiacutetulos de artigos Um uacutenico artigo atendeu os
criteacuterios da pesquisa o mesmo foi lido na iacutentegra por ambos examinadores e suas
caracteriacutesticas foram distribuiacutedas em uma tabela Este artigo analisado resultou em
16 pacientes entre 38 e 65 anos (9 do sexo masculino e 7 do sexo feminino) foi
comparado dois grupos enxerto autoacutegeno do iliacuteaco (grupo 1) e enxerto autoacutegeno da
calvaacuteria (grupo 2) Foi avaliado o volume oacutesseo total (VOT) o volume oacutesseo
28
necroacutetico (VON) e o osso vital (OV) e os resultados do grupo 1 foi de VOT (466)
VON (126) e OV (34) jaacute do grupo 2 foi VOT (734) VON (55) e OV (67)
Estatisticamente o enxerto da calvaacuteria foi melhor que o enxerto do iliacuteaco Os autores
concluiacuteram que o uacutenico artigo considerado natildeo consistia numa comparaccedilatildeo entre
enxerto autoacutegeno e homoacutegeno e sim numa comparaccedilatildeo entre enxertos autoacutegenos
de siacutetios diferentes
Spin-Neto et al (2009) realizaram uma revisatildeo de literatura sobre a utilizaccedilatildeo
de osso homoacutelogo em Odontologia sobre a legislaccedilatildeo envolvida na aplicaccedilatildeo deste
material Foram analisados artigos publicados nos uacuteltimos 25 anos no Medline e
pela ANVISA leis decretos que regulamentam o funcionamento dos bancos de
ossos de tecidos musculoesqueleacuteticos brasileiros Sobre o enxerto homoacutelogo haacute
um nuacutemero enorme de processos que ocorrem eacute iniciado por uma reaccedilatildeo
inflamatoacuteria criando espaccedilos que permitam sua invasatildeo por vasos sanguiacuteneos e
chegada das ceacutelulas responsaacuteveis pelo metabolismo oacutesseo atuando na
remodelaccedilatildeo gradativa do local Remover tecidos oacutergatildeos ou partes da pessoa ou do
cadaacutever eacute crime podendo resultar em reclusatildeo (2 a 6 anos) ou em 100 a 360 dias
de multa Jaacute no caso de sepultamento cabe aos meacutedicos realizar a reconstruccedilatildeo do
corpo para evitar constrangimento e manter a dignidade diante de seus familiares
no qual natildeo realizado eacute considerado crime por tal ato Foi concluiacutedo que eacute
necessaacuterio mais estudos e resultados sobre a aplicaccedilatildeo deste biomaterial para
aliados com o conhecimento juriacutedico aumentarmos o conhecimento e informaccedilotildees
sobre o caso
Piffer et al (2010) descreveram um caso cliacutenico de reabilitaccedilatildeo oral de uma
aacuterea de maxila posterior extremamente reabsorvida atraveacutes de levantamento de
seio maxilar utilizando osso xenoacutegeno e posterior uso de implante O caso constava
de uma paciente do sexo feminino que foi submetida a levantamento de seio
maxilar utilizando osso xenoacutegeno liofilizado e concomitante colocaccedilatildeo de dois
implantes nos elementos 15 e 16 Foi relatado que devido agraves limitadas quantidades
oacutesseas para colocaccedilatildeo de implantes dentaacuterios surgiram as teacutecnicas de enxertos
oacutesseos Inicialmente era utilizado osso autoacutegeno da regiatildeo intra-bucal gerando
algumas desvantagens devido a morbidade do siacutetio doador podendo gerar dor
parestesias hematoma Como alternativa surgiu possibilidade de utilizaccedilatildeo de
biomateriais para reconstruccedilotildees maxilares no qual foi utilizado neste caso o Bio-
Oss e obteve um resultado excelente em relaccedilatildeo aacute formaccedilatildeo oacutessea formando
29
extensa regiatildeo de osso denso ao redor dos implantes Assim atraveacutes de uma
revisatildeo sistemaacutetica criacutetica de trabalhos cliacutenicos controlados randomizados
evidenciou que substitutos de ossos autoacutegenos podem ser utilizados obtendo
sucesso Concluindo assim que a colocaccedilatildeo de implantes concomitantes com
enxertias oacutesseas natildeo interferem no processo de reparo oacutesseo e nem na
estabilizaccedilatildeo dos implantes e mostrou-se um tratamento viaacutevel para o presente
caso cliacutenico
Souza et al (2010) realizaram uma revisatildeo da literatura das principais
aplicaccedilotildees e indicaccedilotildees dos enxertos de bancos de ossos na Odontologia Os
enxertos oacutesseos autoacutegenos satildeo eleitos como os de primeira escolha pela sua
eficiecircncia biosseguranccedila e facilidade de obtenccedilatildeo poreacutem apresentam algumas
desvantagens e limitaccedilotildees A utilizaccedilatildeo de homoenxertos provenientes de bancos
de ossos representa uma alternativa aos enxertos oacutesseos autoacutegenos e demonstra
ser uma ferramenta bastante uacutetil para a odontologia com a finalidade de regenerar o
tecido oacutesseo perdido dos maxilares Os autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de
homoenxertos provenientes de bancos de ossos demonstra ser uma ferramenta
bastante uacutetil para a odontologia com a finalidade de regenerar o tecido oacutesseo
perdido dos maxilares Faz-se necessaacuterio que mais bancos de coleta e preparo do
tecido oacutesseo sejam instalados nos hospitais para que esta opccedilatildeo torne-se viaacutevel e
acessiacutevel a um nuacutemero maior de serviccedilos que atuam com reconstruccedilotildees oacutesseas
Aloy-Proacutesper et al (2011) realizaram uma revisatildeo bibliograacutefica sobre
regeneraccedilatildeo oacutessea usando partiacuteculas de enxertos Foram avaliados os resultados
obtidos bem como as complicaccedilotildees de teacutecnicas cirurgircas e as taxas de
sobrevivecircncia e sucesso de implantes colocados nestas aacutereas regeneradas Foram
identificados 64 artigos dos quais 53 foram excluiacutedos em 14 casos de partiacuteculas de
enxerto foi combinado com o bloco de enxerto em quatro casos natildeo ocorreu
defeitos periimplantares durante a colocaccedilatildeo do implante Quanto agrave taxa de sucesso
dos implantes nem todos os estudos bem definidos utilizaram os criteacuterios de
sucesso tornando difiacutecil a comparaccedilatildeo Com base nos criteacuterios de sucesso de
Albrektsson houve uma taxa de sucesso de 932 dois anos apoacutes o carregamento
(857 na maxila superior e 100 na mandiacutebula) Quando os criteacuterios eram do
cortador e Ederer houve uma taxa de sucesso de 857 trecircs anos apoacutes o
carregamento A conclusatildeo dos autores foi de que enxertos de partiacuteculas satildeo
30
eficazes na correccedilatildeo localizada de defeitos do processo alveolar com poucas
complicaccedilotildees e a taxa de sucesso satildeo sempre elevadas variando de 875 a 100
Oliveira Diebold e Silva (2011) analisaram as estruturas da regiatildeo maxilar de
interesse na implantodontia por meio de imagens de tomografia computadorizada
buscando uma avaliaccedilatildeo qualitativa e quantitativa da densidade oacutessea Foram
utilizadas imagens de tomograacutefia computadorizada por raios X obtidas da regiatildeo
maxilar de 31 pacientes avaliados para a colocaccedilatildeo de implantes As regiotildees de
interesse analisadas (seio maxilar fossa nasal tuberosidade maxilar e foramem
naso-alveolar) foram delimitadas de modo semi-automaacutetico com o auxiacutelio da
ferramenta ldquoCell Outlinerrdquo pelo software ImageJ Essas regiotildees foram analisadas nos
cortes axiais cortes sagitais e coronais obtidos pelo TC e com o software A partir
da delimitaccedilatildeo das regiotildees de interesse (ROI) foram determinados os valores
meacutedios e desvio padratildeo do nuacutemero CT em HU (Hounsfield) O nuacutemero CT de uma
imagem tomograacutefica representa o valor de cada pixel que compotildee a imagem esta
relacionada com o coeficiente de atenuaccedilatildeo linear dos tecidos contidos em um voxel
correspondente Estes valores constituem-se em uma informaccedilatildeo importante tanto
para a avaliaccedilatildeo quantitativa das densidades oacutesseas como para a produccedilatildeo de uma
metodologia de realce das estruturas de interesse em implantodontia Com anaacutelise
dos dados obtidos para cada paciente nas estruturas analisadas foi observado que
as regiotildees do seio maxilar e a fossa nasal satildeo semelhantes mas estatisticamente
diferentes Estas satildeo regiotildees pneumaacuteticas que em consequumlecircncia da presenccedila do
ar possuem medidas de nuacutemero CT semelhantes a fossa nasal apresenta uma
estrutura mais irregular e obteve-se uma diferenccedila estatisticamente significativa
entre estas duas regiotildees estudadas O foramem naso-alveolar e a tuberosidade satildeo
regiotildees distintas porque a tuberosidade eacute um osso trabecular de densidades
heterogecircneas que possui a meacutedia do nuacutemero CT maior que a meacutedia do foramen
naso-alveolar que se trata de uma estrutura tubular de densidade homogecircnea para
passagem do feixe vasculo-nervoso Com a comparaccedilatildeo das estruturas analisadas
pelo meacutetodo ANOVA entre pacientes masculinos e femininos evidenciou-se que natildeo
existe diferenccedila estatisticamente significativa entre sexos As conclusotildees obtidas
neste trabalho mostraram que o nuacutemero CT eacute uma medida eficiente para
caracterizar estruturas do corpo humano Os dados obtidos com a anaacutelise das
meacutedias do nuacutemero CT de cada regiatildeo estudada nos permite caracterizar
separadamente cada regiatildeo
31
3 MATERIAS E MEacuteTODOS
O presente trabalho aborda a descriccedilatildeo de quatro casos cliacutenicos que foram
selecionados dos prontuaacuterios de pacientes enxertados submetidos agrave tomografia
computadorizada Cone Beam no periacuteodo preacute-enxerto e apoacutes o procedimento
ciruacutergico das cliacutenicas radiograacuteficas ldquoCliacutenica Odonto Imagem Radiologiardquo situada em
Balneaacuterio Camboriuacute (SC) e ldquoCliacutenica Radioimagemrdquo situada em Itajaiacute (SC)
Foram incluiacutedos no estudo os laudos radiograacuteficos de pacientes que atendem
as seguintes caracteriacutesticas pacientes de ambos os sexos com bom estado de
sauacutede geral idade de quarenta a setenta anos que foram submetidos a enxerto
oacutesseo em regiatildeo de maxila
Primeiramente foi realizada uma coleta de dados junto aos laudos
radiograacuteficos emitidos pelas cliacutenicas citadas Foram selecionados os casos e
posteriormente foi acessado agraves imagens tomograacuteficas dos pacientes
Os exames tomograacuteficos computadorizado de aquisiccedilatildeo volumeacutetrica (cone
beam) foram realizados atraveacutes de cortes parasagitais de espessura de 2mm e
distacircncia de 1 mm entre os cortes
Na segunda etapa foi efetuada a anaacutelise das tomografias observando as
imagens preacute e poacutes-ciruacutergicas simultaneamente nesse momento delimitou-se a aacuterea
do leito receptor e do material enxertado Utilizando o programa Planmeca Romexis
Viewer acessou-se as imagens fornecidas digitalmente analisando primeiramente
as imagens do leito receptor por meio de trecircs traccedilados (em planos perpendiculares)
realizados com o auxiacutelio da ferramenta denominada Linha Hounsfield que nos
fornece a densidade oacutessea do local traccedilado e uma meacutedia do mesmo Foi realizada
uma meacutedia aritmeacutetica simples dos trecircs traccedilados resultando uma meacutedia de
densidade oacutessea que foi enquadrada na escala O mesmo procedimento foi
realizado na aacuterea do material enxertado
Com a posse destes valores meacutedios comparou-se a densidade oacutesseo do leito
receptor com a densidade oacutessea do material enxertado
32
Os dados seratildeo divulgados atraveacutes de painel exposto no bloco de Odontologia
e apresentaccedilatildeo oral Uma coacutepia da pesquisa concluiacuteda seraacute enviada agraves Cliacutenicas
envolvidas na pesquisa
O projeto de pesquisa foi aprovado pela Comissatildeo de Eacutetica em Pesquisa
sobre o nuacutemero 44610
33
4 RESULTADOS
De acordo com a tabela a seguir podemos expressar de forma resumida os
resultados obtidos atraveacutes da pesquisa comparando os mesmos com a escala de
Misch
Paciente (P1) MS sexo feminino com idade de 49 anos apresentando bom
estado de sauacutede geral No dia 28 de outubro de 2009 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes (Figura 1)
34
Figura 1 Vista panoracircmica preacute-enxertia
A densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield
obteve os seguintes resultados Axial (Z) = 7650 Coronal (Y) = 5196 Sagital (X)
= 7818
No dia 29 de janeiro de 2010 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
homoacutegeno O material proveniente do Banco de Tecidos Muacutesculo Esqueleacuteticos HC-
UFPR consistia de um bloco cortical de Fecircmur medindo 30x20mm lote C0917 FD
BC 26 processado no dia 15 de julho de 2009 com validade de 5 anos conservado
a temperatura abaixo de -40ordmC O osso foi particulado e acrescido de lincomicina
No dia 19102010 foram realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da
densitometria oacutessea do material enxertado e obtiveram os seguintes resultados
Axial (Z) = 6590 Coronal (Y) = 4986 Sagital (X) = 2948 (Figura 2)
35
Figura 2 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
Paciente (P2) AWU sexo feminino com idade de 67 anos apresentando
bom estado de sauacutede geral no dia 29 de agosto de 2009 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes A
densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield obteve os
seguintes resultados Axial (Z) = 7104 Coronal (Y) = 7002 Sagital (X) = 10412
(Figura 3)
Figura 3 Vista panoracircmica preacute-enxertia
No dia 06 de novembro de 2009 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
36
homoacutegeno O material proveniente do Banco de Tecidos Muacutesculo Esqueleacuteticos HC-
UFPR consistia de um bloco cortical de Fecircmur medindo 30x20mm lote C0917 FD
BC 39 processado no dia 15 de julho de 2009 com validade de 5 anos conservado
a temperatura abaixo de -40ordmC O osso foi particulado e acrescido de lincomicina
Passado o periacuteodo de 10 meses apoacutes o procedimento ciruacutergico foram
realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da densitometria oacutessea do material
enxertado e obtiveram os seguintes resultados Axial (Z) = 6972 Coronal (Y) =
8138 Sagital (X) = 4984 (Figura 4)
Figura 4 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
Paciente (P3) IS sexo feminino com idade de 42 anos apresentando bom
estado de sauacutede geral no dia 13 de Novembro de 2007 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes A
densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield obteve os
seguintes resultados Axial (Z) = 4917 Coronal (Y) = 3481 Sagital (X) = 4207
(Figura 5)
37
Figura 5 Vista panoracircmica preacute-enxertia
No dia 26 de Novembro de 2007 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
autoacutegeno tendo como aacuterea doadora a regiatildeo de ramo mandibular
Passado o periacuteodo de 09 (nove) meses apoacutes o procedimento ciruacutergico foram
realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da densitometria oacutessea do material
enxertado e obtiveram os seguintes resultados Axial (Z) = 7176 Coronal (Y) =
5443 Sagital (X) = 5638 (Figura 6)
Figura 6 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
38
Paciente (P4) ATL sexo feminino com idade de 45 anos apresentando
bom estado de sauacutede geral no dia 18 de Agosto de 2009 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes A
densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield obteve os
seguintes resultados Axial (Z) = 6028 Coronal (Y) = 6681 Sagital (X) = 6397
(Figura 7)
Figura 7 Vista panoracircmica preacute-enxertia
No dia 09 de Outubro de 2009 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
autoacutegeno tendo como aacuterea doadora a regiatildeo de ramo mandibular
Passado o periacuteodo de 4 (quatro) meses apoacutes o procedimento ciruacutergico foram
realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da densitometria oacutessea do material
enxertado e obtiveram os seguintes resultados Axial (Z) = 8549 Coronal (Y) =
9340 Sagital (X) = 8624 (Figura 8)
39
Figura 8 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
40
5 DISCUSSAtildeO
Em Odontologia a tomografia computadorizada tem demonstrado ser o
meacutetodo de eleiccedilatildeo para a determinaccedilatildeo da densidade oacutessea na regiatildeo dos
maxilares pois fornece dados objetivos precisos da variaccedilatildeo da densidade oacutessea
entre diferentes regiotildees em um mesmo indiviacuteduo A tomografia computadorizada eacute o
uacutenico meacutetodo que permite avaliar osso cortical e medular separadamente com a
vantagem de que as informaccedilotildees tridimensionais satildeo apresentadas em uma seacuterie de
cortes finos da estrutura interna da parte estudada onde as informaccedilotildees resultantes
natildeo sofrem superposiccedilatildeo por estruturas anatocircmicas (SANTIAGO e VITRAL 2006)
Logo a tomografia computadorizada eacute um meacutetodo de escolha na avaliaccedilatildeo
qualitativa e quantitativa de enxertos em seio maxilar (ZEacuteTOLA et al 2002)
Bassi et al (2009) citaram que para o sucesso da reabilitaccedilatildeo com implantes
dentaacuterios eacute imprescindiacutevel que seja levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
rebordo residual e tambeacutem a qualidade de osso para a estabilidade do implante
Aleacutem disso o osso disponiacutevel (volume) deve ser avaliado em sua densidade
o que determinaraacute sua resistecircncia Densidade eacute a relaccedilatildeo entre a massa e o volume
de um corpo e o meacutetodo de avaliaccedilatildeo da densidade mineral oacutessea eacute denominado
densitometria As unidades de medidas mais empregadas satildeo gcmsup2 (densidade por
aacuterea) gcmsup3 (densidade por volume) ou HU (unidade Hounsfield) (CAUacuteLA
MACHADO BARBOSA 2000)
A densidade oacutessea eacute diretamente relacionada agrave resistecircncia do tecido oacutesseo
antes da fratura Uma diferenccedila de dez vezes na resistecircncia do tecido oacutesseo pode
ser observada entre o osso D1 e D4 O osso D2 exibe uma resistecircncia agrave
compressatildeo 47 a 68 maior se comparado com o D3 (MISCH 2000)
O osso com densidade 2 (D2) eacute uma combinaccedilatildeo de osso compacto denso
para poroso na porccedilatildeo externa e osso trabecular grosso na porccedilatildeo interna Na
superfiacutecie e nas proporccedilotildees laterais do implante oferece uma interface inicial riacutegida
A densidade oacutessea D2 eacute mais comumente encontrada na mandiacutebula A regiatildeo
anterior da mandiacutebula apresenta este tipo oacutesseo em 23 dos casos O osso com
densidade 3 (D3) eacute composto de uma cortical oacutessea fina na crista e osso trabecular
fino no interior Uma das desvantagens desse tipo oacutesseo eacute a delicadeza com a qual
esse osso deve ser manipulado Quanto menor for a densidade mais facilmente o
41
osso eacute expandido para que implantes sejam inseridos A regiatildeo anterior da maxila
apresenta em 65 dos casos o osso D3 e em quase metade dos casos o osso
D3 eacute encontrado tambeacutem na regiatildeo posterior da maxila O osso menos denso D4
tem sido relatado em aproximadamente 40 dos casos eacute encontrado na parte
posterior da maxila especialmente na regiatildeo dos molares ou apoacutes levantamento do
seio maxilar (CAUacuteLA MACHADO BARBOSA 2000 BUSCATTI 2003)
Em 1988 Misch realizou uma pesquisa tendo como base de estudos a escala
apresentada por Hounsfield que tem como objetivo a diferenciaccedilatildeo de densidades
de oacutergatildeos do corpo pela diferenccedila de tons de cinza atraveacutes da tomografia A partir
desta Misch propocircs uma nova escala o qual associou nuacutemeros aos tipos oacutesseos
relacionando numericamente os valores aos tipos oacutesseos
No periacuteodo preacute-enxertia foi verificado que em todos os casos estudados a
densidade presente na regiatildeo de leito receptor caracteriza osso tipo D3 Sendo esta
densidade compatiacutevel com a regiatildeo anterior e posterior da maxila
Apoacutes 10 meses dos enxertos homoacutegenos serem realizados (P1 e P2)
observou-se que a densidade em unidades HU diminuiu na maioria dos eixos
avaliados somente no eixo coronal da P2 que apresentou um leve aumento Apesar
desta variaccedilatildeo de valores natildeo houve mudanccedila da qualidade oacutessea Tanto o osso
neoformado quanto o do leito receptor mantiveram-se qualidade de osso D3
Nos casos onde o material de escolha foi osso autoacutegeno observou-se atraveacutes
da densidade em unidades HU aumento dos valores em todos os eixos avaliados
Entre os dois casos (P3 e P4) houve uma pequena diferenccedila entre os valores que
atraveacutes da escala proposta por Misch resultou na diferenccedila que no caso P3 o
material enxertado natildeo apresentou alteraccedilatildeo na qualidade em relaccedilatildeo agrave aacuterea
receptora Jaacute no caso P4 o material enxertado caracteriza-se como qualidade oacutessea
D2 Suponha-se que esta diferenccedila entre a densidade do material enxertado nestes
dois casos seja devido ao grau de condensaccedilatildeo do material na regiatildeo tamanho das
partiacuteculas e quantidade de material enxertado Os dados obtidos natildeo correspondem
a uma populaccedilatildeo em geral devido a pequena quantidade de amostras e se tratando
de um relato de caso cliacutenico
Pinto et al (2007) comenta que os enxertos autoacutegenos satildeo os uacutenicos entre os
tipos de enxerto oacutesseo a fornecer ceacutelulas oacutesseas vivas imunocompatiacuteveis
essenciais agrave fase I da osteogecircnese que eacute responsaacutevel pela proliferaccedilatildeo das ceacutelulas
oacutesseas em especial do osteoacuteide assim quanto mais ceacutelulas vivas forem
42
transplantadas mais tecido oacutesseo seraacute formado Kuabara et al (2000) concluiacuteram
que a pequena morbidade poacutes-operatoria da regiatildeo doadora do enxerto elege a
regiatildeo retromolar inferior como uma excelente opccedilatildeo ciruacutergica para reabilitaccedilatildeo de
pequenos defeitos oacutesseos Jaacute Cyriaco e Azevedo (2006) relatam que quando se
trata de enxertos menores as melhores aacutereas doadoras para regiatildeo oral seriam o
mento e a regiatildeo retromolar e para maiores quantidades a crista iliacuteaca a calota
craniana a costela e a tiacutebia
Pereira et al (2009) enxerto com osso autoacutegeno eacute considerado padratildeo ouro
para reconstruccedilatildeo de defeitos oacutesseos residuais Algumas teacutecnicas ciruacutergicas podem
ser realizadas abrangendo aacutereas doadoras extra e intrabucais dependendo do grau
de perda oacutessea planejamento ciruacutergico-proteacutetico e das condiccedilotildees gerais do
paciente O osso autoacutegeno cortical oferece excelente suporte estrutural para o siacutetio
receptor sendo uma excelente alternativa para segmentos de defeitos maiores que
5 ou 6 cm que requerem suporte estrutural imediato restabelecendo devidamente a
funccedilatildeo
Gonccedilalves (2008) concluiu que implantes instalados em enxertos de seio maxilar
com a ajuda de substitutos oacutesseos apresentam uma taxa de sucesso cliacutenico de
9009
O osso mais indicado para enxertia eacute o autoacutegeno pela sua eficiecircncia
bioseguranccedila e facilidade de obtenccedilatildeo e uma alternativa para sua substituiccedilatildeo eacute o
homoacutegeno por ter caracteriacutesticas a longo prazo semelhantes embora o iacutendice de
reabsorccedilatildeo ser maior (DEL VALE et al 2006 SOUZA et al 2010 GONCcedilALVEZ et
al 2009) O enxerto de osso homoacutelogo eacute uma alternativa viaacutevel para reconstruccedilatildeo
de rebordos alveolares severamente atroacuteficos ao mesmo tempo em que reduz a
morbidade e os riscos inerentes aos procedimentos de enxertos autoacutegenos como
dor parestesia e hematomas (MOLON et al 2009 PIFFER et al2010) Ele mostra-
se efetivo conforme Contar et al (2009) que realizou 51 implantes sobre enxerto
homoacutegeno alcanccedilando o torque miacutenimo de 40N(newton) em todos eles natildeo
havendo problema em nenhum implante em um periacuteodo de acompanhamento de 24
a 35 meses
Ajzen et al (2005) comenta do uso de fatores indutores como plasma rico em
plaquetas sugerindo uma melhor qualidade e quantidade oacutessea necessaacuteria para
reconstruccedilatildeo proteacutetica atraveacutes de implantes oacutesseo integrados A associaccedilatildeo do
bloco de osso homoacutegeno agrave medula oacutessea autoacuteloga parece representar uma
43
alternativa terapecircutica para se minimizar os niacuteveis de reabsorccedilatildeo dos materiais de
enxertia (COSTA et al 2009)
Faz-se necessaacuterio a coleta de mais casos para se obter um tratamento
estatiacutestico que possibilite uma comprovaccedilatildeo da previsibilidade da densidade oacutessea
com os materiais enxertados e variaccedilotildees de teacutecnicas ciruacutergicas
44
6 CONCLUSAtildeO
Conclui-se que o enxerto oacutesseo autoacutegeno e procedente de banco de ossos
demonstra-se eficaz na reabilitaccedilatildeo de pacientes que apresentam maxilas atroacuteficas
e que necessitam de implantes dentaacuterios para a reabilitaccedilatildeo proteacutetica
A densidade obtida do material enxertado eacute semelhante a densidade do
tecido oacutesseo adjacente necessitando de mais casos para esta comprovaccedilatildeo
45
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AJZEN S A et al Anaacutelise por tomografia computadorizada do enxerto autoacutegeno na cirurgia de sinus lift Radiol bras Rio de Janeiro v 38 n 1 p 25-31 janfev 2005 ALOY-PROacuteSPER A et al Bone regeneration using particulate grafts an update Med oral patol oral cir bucal Valencia v16 n2 p210-214 Mar 2011 ARAUacuteJO JMS de et al Enxerto oacutesseo bovino como alternativa para cirurgias de levantamento de assoalho de seio maxilar Rev cir traumatol buco-maxilo-fac Recife v9 n 3 p 89-96 julset 2009
BASSI A P F CARNEIRO G P Avaliaccedilatildeo do iacutendice de sucesso dos enxertos autoacutegenos e dos implantes instalados em regiatildeo do seio maxilar Implant News Satildeo Paulo v7 n2 p257-260 dez 2009
BLAY A TUNCHEL S SENDYK W R Viabilidade dos enxertos autoacutegenos obtidos com a utilizaccedilatildeo de coletores para osso estudo histoloacutegico e microbioloacutegico Pesqui Odontol Bras Satildeo Paulo v 17 n 3 p 234-40 julset 2003 BUSCATTI M Y Contribuiccedilatildeo para o estudo das densidades oacutesseas maxilomandibulares por meio da escala tomodensitomeacutetrica de Hounsfield quando da aplicaccedilatildeo de programa computadorizado para planejamento de implantes osseointegrados 2003 122f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Radiologia) - Faculdade de Odontologia da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2003 CAUacuteLA A L MACHADO F O de BARBOZA E P Densidade Oacutessea no planejamento em Implantodontia BCI Curitiba v 7 n 25 2000
CHEM RC et al Uso de retalho livre de fiacutebula no complexo bucomaxila-facial ndash Relato de dois casos Rev Cir Traumatol Buco-maxilo-fac Camaragibe v5 n4 p 23-30 outdez 2005 CONTAR C M M et al Maxillary ridge augmentation with fresh-frozen bone allografts J Oral Maxillofac Surg Copenhagen v67 n6 p1280-1285 June 2009 COSMO L A M et al Enxerto oacutesseo em levantamento de seio maxilar com osso humano fresco congelado ImplantNews Satildeo Paulo v 4 n 3 p 249-253 2007 COSTA C E S da et al Utilizaccedilatildeo de medula oacutessea autoacuteloga na integraccedilatildeo de enxertos oacutesseos homoacutelogos ImplantNews Satildeo Paulo v 6 n 4 p 395-402 2009
CYRIACO E AZEVEDO D Enxertos oacutesseos aplicados na cirurgia buccedilo-maxilo facial Cispre [on line] Petroacutepolis 27 jul 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcisprecombracervo_detalhesaspId=60gt Acesso em 20 abr 2011
DEL VALLE R A CARVALHO M L de GONZALEZ M R Estudo do comportamento de enxerto oacutesseo com material doador obtido dos bancos de tecidos muacutesculos-esqueleacuteticos Rev odontol Univ Cid Satildeo Paulo Satildeo Paulo v 18 n 2 p 189-194 maioago 2006
46
GARCIA JUacuteNIOR I R et al Avaliaccedilatildeo cliacutenica de enxertos oacutesseos autoacutegenos de crista iliacuteaca em maxilas atroacuteficas para instalaccedilatildeo de implantes oacutesseointegraacuteveis Innov implant j biomater esthet (Impr) Satildeo Paulo v 1 n 1 p 34-40 maio 2006 GONCcedilALVES A R de Q Avaliaccedilatildeo do sucesso de implantes osseointegraacuteveis em enxerto de seio maxilar RGO (Porto Alegre) Porto Alegre v 56 n 4 p 423-427 outdez 2008 GONCcedilALVES A O et al Avaliaccedilatildeo histomorfoloacutegica de maxilares humanos submetidos a enxerto oacutesseo autoacutegeno e homoacutegeno Implant News Satildeo Paulo v7 n2 p213-222 nov 2009
JAHN R S et al Retalho em dupla paacutegina Innov implant j biomater esthet Satildeo Paulo v 4 n 3 p 20-24 setdez 2009
KUABARA M R et al Levantamento de seio maxilar utilizando enxerto autoacutegeno da regiatildeo retromolar e simultacircnea colocaccedilatildeo de implantes ossointegrados Relato de caso cliacutenico ROBRAC Goiacircnia v 9 n 28 p 14-17 2000
MAZZONETTO R et al Avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de enxertos de siacutenfise mandibular na reconstruccedilatildeo de defeitos oacutesseos em regiatildeo anterior de maxila estudo por meio de tomografia convencional linear Rev bras implant Satildeo Paulo v 6 n 1 p 19-22 janmar 2000
MISCH C E et al Doaccedilatildeo de enxertos oacutesseos autoacutegenos extra orais para implantes endo oacutesseo In Implantes Dentaacuterios Contemporacircneos 2ordm ed Satildeo Paulo Santos 2000 cap 33 p 521-535 MOLON R S de et al Reconstruccedilatildeo de maxila atroacutefica utilizando enxerto oacutesseo homoacutegeno Rev Cir Traumatol Buco-Maxilo-fac Camaragibe v 9 n 4 p 25-30 outdez 2009 OLIVEIRA FILHO M A de et alReconstruccedilatildeo de defeito de continuidade em mandiacutebula com posterior reconstruccedilatildeo alveolar RGO (Porto Alegre) Porto Alegre v 55 n 3 p 305-310 julset 2007 OLIVEIRA H W de DIEBOLD E SILVA A M M da Avaliaccedilatildeo da regiatildeo maxilar em imagens de tc por raios x para o uso em implantodontia e cirurgia bucomaxilofaciaL Disponiacutevel em lthttpwwwpucrsbrunipoafisicapesquisasnimedartigosArtigo20Canal20CientEDficopdfgt Acesso em 20 de Junho de 2011 PEREIRA C C S et al Enxertos oacutesseos autoacutegenos mandibulares para reconstruccedilatildeo de processos alveolares atroacutefi cos revisatildeo e teacutecnica ciruacutergica Innov Implant J Biomater Esthet Satildeo Paulo v 4 n 3 p 96-102 setdez 2009 PICCINELLI L B et al Estudo retrospectivo de 59 pacientes tratados com enxertos oacutesseos autoacutegenos intrabucais e implantes dentais Innov Implant J Biomater Esthet Satildeo Paulo v 4 n 3 p 30-34 setdez 2009 PIFFER C S et al Levantamento de seio maxilar utilizando Bio-Oss concomitante com a instalaccedilatildeo de implantes ImplantNews Satildeo Paulo v 7 n 4 p 489-495 2010
47
PINTO J G S et al Enxerto autoacutegeno x biomateriais no tratamento de fraturas e deformidades faciais ndash uma revisatildeo de conceitos atuais RFO UPF Passo Fundo v 12 n 3 p 79-84 setdez 2007 RIBEIRO JUacuteNIOR O et al Princiacutepios da reconstruccedilatildeo mandibular com enxerto oacutesseo vascularizado Rev cir traumatol buco-maxilo-fac Recife v 8 n 1 p 15 ndash 22 janmar 2008 RODRIGUES A F VITRAL R W F Aplicaccedilotildees da Tomografia Computadorizada na Odontologia Pesq Bras Odontoped Clin Integr Joatildeo Pessoa v 7 n 3 p 317-324 setdez 2007 SANTIAGO R C VITRAL R W F Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da densidade mineral oacutessea e seu emprego na odontologia Pesq Bras Odontoped Clin Integr Joatildeo Pessoa v6 n3 p 289-294 setdez 2006 SILVEIRA A C G WASSALL T Anaacutelise da aacuterea doadora de enxerto mandibular por meio de tomografia computadorizada do feixe cocircnico para avaliaccedilatildeo da remodelaccedilatildeo oacutessea RGO (Porto Alegre) Porto Alegre v 57 n 1 p 61-65 janmar 2009 SOUSA J N L de et al Avaliaccedilatildeo dos enxertos homoacutegenos como substitutos aos enxertos autoacutegenos na fixaccedilatildeo de implantes osteointegrados uma revisatildeo sistemaacutetica da literatura Innov Implant J Satildeo Paulo v 4 n 3 p 54-57 setdez 2009 SOUZA D O et al Aplicaccedilotildees de enxertos de bancos de ossos em odontologia R Ci meacuted biol Salvador v 9 n 1 p 45-48 2010 SPIN-NETO R et al Tecido oacutesseo homoacutelogo para utilizaccedilatildeo em Odontologia Implant News Satildeo Paulo v7 n4 p555-560 dez 2009 TANAKA R et al Incorporaccedilatildeo dos enxertos oacutesseos em bloco processos bioloacutegicos e consideraccedilotildees relevantes Conscientia e sauacutede Satildeo Paulo v 7 n 3 p 323-327 2008 ZEacuteTOLA A L et al Reconstruccedilatildeo do seio maxilar atroacutefico com enxerto autoacutelogo de crista iliacuteaca avaliaccedilatildeo por tomografia computadorizada e radiografia panoracircmica Rev col bras cir Rio de Janeiro v 29 n 1 p 13-18 janfev 2002
21
dos rebordos alveolares eacute uma realidade e estaacute intimamente ligada agrave terapia
implantar Os diversos fatores que influenciam a escolha do melhor meacutetodo de
enxertia a ser utilizado passam pelo conhecimento dos paracircmetros citados neste
artigo e muitos outros natildeo abordados e podem parecer inicialmente um desafio
mas sem duvida o domiacutenio das teacutecnicas existentes e das outras que surgiratildeo eacute o
ponto de partida para o profissional que procura o refinamento de seus
procedimentos e a exelencia de seus resultados
Arauacutejo et al (2009) realizaram uma revisatildeo de literatura sobre os resultados
cliacutenicos obtidos com a utilizaccedilatildeo dos enxertos de origem autoacutegena e xenoacutegena
(bovino) nas cirurgias de levantamento de assoalho de seio maxilar O
envelhecimento e a perda dentaacuteria fazem com que o seio se expanda podendo
haver uniatildeo entre o assoalho sinusal e a crista do rebordo alveolar residual
expansatildeo esta relacionada com a altura e largura do seio e natildeo com a
profundidade Os materiais para enxerto oacutesseo podem ser classificados como
osteogecircnicos osteoindutores e osteocondutores Os osteogecircnicos referem-se aos
materiais orgacircnicos capazes de estimular a neoformaccedilatildeo oacutessea a partir de
osteoblastos Os osteoindutores satildeo capazes de induzir a diferenciaccedilatildeo de ceacutelulas
mesenquimais em osteoblastos e condroblastos estimulando a formaccedilatildeo oacutessea no
local ou mesmo em um siacutetio heterotiacutepico Os materiais osteocondutores (geralmente
inorgacircnicos) permitem a aposiccedilatildeo de um novo tecido na sua superfiacutecie requerendo
a presenccedila de tecido oacutesseo preacute-existente como fonte de ceacutelulas osteoprogenitoras
Alguns criteacuterios foram propostos para o enxerto ideal quanto para que o material
enxertado se incorpore com sucesso ao siacutetio Dentre os possiacuteveis enxertos
xenoacutegenos encontram-se disponiacuteveis comercialmente os enxertos bovinos em
vaacuterias formas de apresentaccedilatildeo como aqueles que contecircm a fraccedilatildeo mineral do osso
os inorgacircnicos ou desproteinizados entre outros Todos eles apresentam excelente
biocompatibilidade agem favorecendo o processo de osteoconduccedilatildeo e natildeo
desencadeando respostas imunoloacutegicas desfavoraacuteveis A melhor accedilatildeo do enxerto
oacutesseo autoacutegeno de crista iliacuteaca quando comparado com a associaccedilatildeo do osso
autoacutegeno com osso desmineralizado bovino em cirurgias de levantamento de
assoalho de seio maxilar Apesar da diferenccedila estatiacutestica significante clinicamente
natildeo houve diferenccedila jaacute que os aacutepices dos implantes estavam todos cobertos por
osso sugerindo o sucesso do uso da associaccedilatildeo e ainda poupando o paciente de
uma intervenccedilatildeo ciruacutergica extraoral concluindo que o osso autoacutegeno eacute o que
22
apresenta os melhores resultados no processo de regeneraccedilatildeo oacutessea poreacutem os
enxertos de origem bovina apesar de demonstrarem um processo de neoformaccedilatildeo
oacutessea inferior promovem uma neoformaccedilatildeo satisfatoacuteria para que haja a reabilitaccedilatildeo
do paciente com implantes osseointegraacuteveis podendo ser utilizados com sucesso na
cliacutenica odontoloacutegica
Bassi e Carneiro (2009) citaram que os pacientes vem se queixando de
desconforto pelo uso de proacuteteses deficiecircncia na mastigaccedilatildeo onde entatildeo se
destacam os implantes dentaacuterios que minimizam estes aspectos negativos No
entanto seu sucesso depende de uma quantidade miacutenima de suporte oacutesseo por
este motivo foi oportuna pelos autores avaliar o iacutendice de sucesso dos enxertos e
implantes instalados na regiatildeo do seio maxilar reconstruiacuteda com osso autoacutegeno de
linha obliacutequa tanto imediata quanto mediato ao levantamento do seio maxilar
Foram avaliadas 51 cirurgias durante os anos de 2005 a 2007 com total de 107
implantes instalados sendo 28 de maneira imediata e 79 instalados posteriormente
Com relaccedilatildeo aos de maneira imediata o sucesso foi de 9286 sendo que dos 14
submetidos agrave implantaccedilatildeo imediata apenas 1 perdeu o implante De um total de 37
pacientes com instalaccedilatildeo posterior houve um sucesso de 9459 Podendo ser
analisado que natildeo haacute diferenccedila significante entre instalaccedilatildeo mediata e imediata
Acredita-se que para haver sucesso no tratamento eacute imprescindiacutevel que seja levado
em consideraccedilatildeo a quantidade de rebordo residual e tambeacutem a qualidade de osso
para a estabilidade do implante A conclusatildeo deste artigo eacute que o levantamento do
seio maxilar com o enxerto autoacutegeno por meio de acesso lateral eacute uma opccedilatildeo
segura no tratamento para regiatildeo posterior da maxila E natildeo houve diferenccedila em
relaccedilatildeo ao sucesso dos implantes instalados de maneira medita e imediata
Contar et al (2009) avaliaram o uso de enxertos provenientes de osso fresco-
congelado para na reconstruccedilatildeo de rebordos alveolares maxilares posteriormente a
aplicaccedilatildeo de implantes dentaacuterios Foram analisados quinze pacientes que tinham
atrofia crista maxilar onde necessitava de blocos de enxerto oacutesseo para
posteriormente se fazer a colocaccedilatildeo dos implantes Nove meses depois foi retirado
o nuacutecleo de osso do enxerto para analisar histologicamente Trinta e quatro blocos
foram colocados e do nuacutemero de blocos cada paciente recebeu uma numeraccedilatildeo de
1 a 4 Em todos os enxertos foram verificados para serem de consistecircncia firme
bem constituiacutedo e vascularizado Cinquumlenta e um implantes foram aplicados sobre
os enxertos com torque no miacutenimo de 40 N (Newton) Natildeo havendo problema em
23
nenhum implante O periacuteodo de acompanhamento variou de 24 a 35 meses Alo
enxertos pode ser bem satisfatoacuterios aplicados como material de enxerto para o
tratamento de defeitos oacutesseos maxilares se for aplicada a teacutecnica de forma
cautelosa e coerente
Costa et al (2009) descreveram cirurgias de enxertia oacutessea para reconstruccedilatildeo
do rebordo alveolar atroacutefico causado por traumas Em dois pacientes foram
utilizados blocos de osso homoacutegeno fresco congelado puro e em outros dois
pacientes esses blocos foram embebidos em medula oacutessea autoacuteloga aspirada do
proacuteprio paciente Os quatro pacientes que perderam seus dentes anteriores-
superiores 11122122 As cirurgias foram realizadas dentro do protocolo do
Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Cirurgia e Experimentaccedilatildeo da Universidade
Federal de Satildeo Paulo ndash Unifesp Cada paciente recebeu um bloco de enxerto oacutesseo
homoacutegeno fresco congelado proveniente de banco de tecidos oacutesseos em cada um
dos lados da regiatildeo anterior de maxila sendo que em dois dos pacientes os blocos
tiveram a sua porccedilatildeo medular embebida em medula oacutessea autoacuteloga aspirada do
proacuteprio paciente e nos outros dois pacientes os blocos foram fixados da mesma
maneira e na mesma regiatildeo poreacutem sem a utilizaccedilatildeo de medula oacutessea autoacuteloga
como preenchimento Foi observado clinicamente no segundo procedimento
ciruacutergico que os siacutetios enxertados com osso homoacutegeno associado agrave medula oacutessea
autoacuteloga obtiveram um menor niacutevel de reabsorccedilatildeo o que facilitou a instalaccedilatildeo dos
implantes osseointegraacuteveis Com as bioacutepsias oacutesseas obtidas por meio da utilizaccedilatildeo
da broca trefi na foram confeccionadas no Laboratoacuterio de Patologia da Unifesp uma
lacircmina em HE para cada regiatildeo enxertada com associaccedilatildeo agrave medula e tambeacutem
para as regiotildees de enxertia sem essa associaccedilatildeo Essas lacircminas foram
encaminhadas para o Departamento de Morfologia da Unifesp para avaliaccedilatildeo Tanto
as lacircminas histoloacutegicas do grupo onde se associou o aspirado de medula oacutessea ao
enxerto oacutesseo homoacutegeno quanto onde natildeo foi feita esta associaccedilatildeo mostraram uma
grande quantidade de tecido mineralizado vital Foi observado em ambos os grupos
uma pequena quantidade de tecido mineralizado desvitalizado Em todas as lacircminas
foi observada intensa vascularizaccedilatildeo assim como a presenccedila de tecido oacutesseo
lamelar A utilizaccedilatildeo de osso humano fresco congelado conservado em banco de
tecidos eacute uma alternativa viaacutevel para a reconstruccedilatildeo dos rebordos atroacuteficos
diminuindo a morbidade e riscos inerentes agrave abordagem da regiatildeo doadora dos
enxertos autoacutegenos A associaccedilatildeo do bloco de osso homoacutegeno agrave medula oacutessea
24
autoacuteloga parece representar uma alternativa terapecircutica para se minimizar os niacuteveis
de reabsorccedilatildeo dos materiais de enxertia
Gonccedilalves et al (2009) citaram que o melhor material para enxertia oacutessea eacute o
autoacutegeno o problema eacute o poacutes-operatoacuterio que eacute desconfortaacutevel para o paciente Na
existecircncia de desvantagens para a utilizaccedilatildeo de osso autoacutegeno o osso proveniente
de banco de tecidos surge como uma alternativa viaacutevel nas reconstruccedilotildees oacutesseas
maxilomandibulares O osso homoacutegeno pode ser utilizado em algumas situaccedilotildees
que impossibilite obter uma quantidade necessaacuteria de osso autoacutegeno requisitado
pelo receptor ou quando induz ao procedimento com grande morbidade onde exista
negativa do paciente em se submeter a um segundo siacutetio ciruacutergico Mesmo com toda
a previsibilidade de utilizaccedilatildeo de tecido oacutesseo homoacutelogo ele ainda gera
controveacutersias pela possibilidade de infecccedilotildees cruzadas com sua utilizaccedilatildeo Com o
estudo citado foi concluiacutedo que o enxerto homoacutelogo induz mais rapidamente a
remodelaccedilatildeo quando comparado com o autoacutegeno E o estaacutegio da remodelaccedilatildeo
esteve mais dependente da resposta orgacircnica individual de cada paciente
Jahn et al (2009) avaliaram o procedimento de retalho em dupla paacutegina para acesso
ao osso da regiatildeo do mento em comparaccedilatildeo a teacutecnica de retalho mucoperiosteal
Foram realizados procedimentos de obtenccedilatildeo de enxerto oacutesseo da regiatildeo do mento
para utilizaccedilatildeo na reabilitaccedilatildeo de pacientes que receberiam implantes
osseointegrados na regiatildeo anterior da maxila e que necessitavam de aumento de
espessura oacutessea localizada Foram operados 20 pacientes da cliacutenica de Periodontia
da Universidade de Santo Amaro entre 28 e 60 anos de idade Dez pacientes foram
submetidos agrave teacutecnica de retalho mucoperiosteal de espessura parcial e total
convencional e dez pacientes foram submetidos ao retalho em dupla Os pacientes
foram avaliados apoacutes 7 e 14 dias do procedimento ciruacutergico quanto aos seguintes
aspectos parestesia dor edema infecccedilatildeo hemorragia hematoma contato com as
raiacutezes dentaacuterias deiscecircncia de sutura presenccedila ou ausecircncia de trismo Todos os
procedimentos realizados permitiram acesso agrave regiatildeo do mento para obtenccedilatildeo de
enxertos oacutesseos autoacutegenos A avaliaccedilatildeo poacutes-operatoacuteria dos pacientes mostrou que
em ambos os grupos natildeo houve casos de hemorragia trismo contato acidental com
as raiacutezes dentaacuterias e infecccedilatildeo Edema foi constatado em seis casos no grupo de
retalho em dupla paacutegina e sete casos nos retalhos muco periosteais dor foi relatada
por dois e seis pacientes respectivamente Dois casos apresentaram parestesia na
regiatildeo de mento e nos dentes anteriores inferiores por ateacute duas semanas nos
25
pacientes operados pela teacutecnica do retalho mucoperiosteal enquanto nenhum caso
aconteceu em pacientes operados por retalho em dupla paacutegina Os autores
concluiacuteram que a teacutecnica de retalho em dupla paacutegina eacute um importante auxiacutelio no
acesso agrave aacuterea doadora o que pela facilidade de uso pode encorajar os cirurgiotildees a
usarem o mento como aacuterea doadora para pequenos enxertos oacutesseos intrabucais
Molon et al (2009) tiveram como objetivo relatar um caso cliacutenico de maxila
atroacutefica com necessidade de reconstruccedilatildeo alveolar atraveacutes de enxerto homoacutegeno
Apoacutes a realizaccedilatildeo da anamnese foi constatado clinicamente que o paciente
apresentava forma em lacircmina do osso e radiograficamente a panoracircmica mostrou
uma perda oacutessea em altura e uma proximidade do rebordo com a parede inferior do
seio maxilar Foi utilizado enxerto provenientes do UniOss processados e
congelados a -80degCos tecidos foram submetidos a testes soroloacutegicos Na regiatildeo
anterior foi realizado enxerto com osso humano congelado em bloco para restaurar
espessura oacutessea possibilitando a colocaccedilatildeo de implantes dentaacuterios Os blocos
foram fixados com o sistema 15mm e o osso particulado foi acomodado nos
espaccedilos mortos para evitar a formaccedilatildeo de GAPs Apoacutes seis meses da cirurgia foi
removido os parafusos e o guia ciruacutergico posicionado para a instalaccedilatildeo dos seis
implantes A osseointegraccedilatildeo dos implantes foi verificada apoacutes seis meses da
segunda cirurgia pela radiografia panoracircmica Atualmente vem sendo muito utilizado
osso autoacutegeno para reconstruccedilatildeo de maxilares contudo haacute desvantagens
relacionadas com a morbidade do sitio doador quantidade inadequada de osso
intraoral para grandes defeitos e necessidade de osso de regiatildeo extra-oral para
maiores reconstruccedilotildees limitam as expectativas do paciente Por isso os osso
estudos utilizando osso homoacutelogo para reabilitaccedilatildeo com implantes vecircm se
intensificando e apresentando bons resultados Os autores consideram o enxerto de
osso homoacutelogo uma alternativa viaacutevel para reconstruccedilatildeo de rebordos alveolares
severamente atroacuteficos ao mesmo tempo em que reduz a morbidade e os riscos
inerentes aos procedimentos de enxertos autoacutegenos
Pereira et al (2009) discutiram revisaram e compararam as teacutecnicas
envolvidas em remoccedilatildeo de blocos oacutesseos da linha obliacutequa e mento demonstrando
sua efetividade por meio de exemplos cliacutenicos O osso mandibular tem sido utilizado
na reconstruccedilatildeo alveolar para permitir a instalaccedilatildeo de implantes com resultados
extremamente favoraacuteveis Para a regiatildeo de mento a teacutecnica consiste em osteotomia
26
efetuada pelo menos 5 mm abaixo dos aacutepices dentaacuterios e o osso basal da
mandiacutebula preservado A profundidade das osteotomias limita-se agrave cortical externa
Para a regiatildeo da linha obliacutequa haacute trecircs diferentes meacutetodos para acessar a aacuterea
doadora 1 Intrasulcular Realizada no sulco gengival dos dentes naturais 2
Submarginal Indicada quando da presenccedila de coroas proteacuteticas nos molares e preacute-
molares 3 Crestal Indicada para rebordos edecircntulos ou quando os implantes
estiverem planejados para a mesma regiatildeo Uma vez feita agrave incisatildeo o retalho
mucoperiosteal eacute descolado do corpo mandibular expondo a face lateral do
ramocorpo Um bloco cortical retangular ateacute 4 mm de espessura pode ser coletado
da regiatildeo do ramo O comprimento do bloco pode se aproximar de 35 mm mas
altura natildeo deve exceder 10 mm Para o preparo do siacutetio receptor e enxertia o osso
removido eacute posicionado com a face medular do bloco em contato com a face cortical
do siacutetio receptor previamente perfurada com brocas proporcionando sangramento
O bloco deve ser adaptado intimamente ao leito e fixado com parafusos de titacircnio
Os autores concluiacuteram que ambas as teacutecnicas podem ser utilizadas com sucesso
de acordo com a quantidade oacutessea desejada localizaccedilatildeo do siacutetio doador e
experiecircncia do profissional
Piccinelli et al (2009) analisaram retrospectivamente 59 pacientes submetidos
agrave enxertia oacutessea obtida de aacutereas intrabucais com a instalaccedilatildeo de implantes
osseointegrados As aacutereas doadoras foram a regiatildeo da siacutenfise mandibular ramo
mandibular e tuberosidade da maxila Os enxertos foram imobilizados atraveacutes de
parafusos de titacircnio especiacuteficos para fixaccedilatildeo interna riacutegida com diacircmetro de 16 mm
e comprimentos de 8 10 e 12 mm com encaixe em forma de cruz De todas as
cirurgias realizadas foi constatado insucesso em 5 (742 ) pacientes todos do
sexo feminino Destes em 2 (338 ) casos ocorreram perfuraccedilatildeo de membrana do
seio maxilar sendo os dois pacientes tabagistas com idades de 40 e 41 anos Em
um paciente de 30 anos ocorreu a perda do enxerto na regiatildeo anterior de maxila
tendo por aacuterea doadora o osso retirado do ramo mandibular Em outro com 50 anos
ocorreu a perda do enxerto em regiatildeo posterior de mandiacutebula recebendo da aacuterea
retromolar E noutro com 40 anos a perda ocorreu em regiatildeo posterior da
mandiacutebula tendo aacuterea doadora a siacutenfise mandibular A maior causa de falhas de
enxerto eacute deiscecircncia de sutura e posterior necrose asseacuteptica do osso enxertado
sendo demonstrado altas taxas de complicaccedilotildees quando utilizamos a mandiacutebula
27
como aacuterea receptora Existe um iacutendice de sucesso de 904 quando os implantes
satildeo instalados apoacutes um periacuteodo de cicatrizaccedilatildeo dos enxertos O estudo concluiu que
os siacutetios intrabucais doadores de enxertos oacutesseos podem prover volumes oacutesseos
suficientes para a reconstruccedilatildeo dos rebordos alveolares da maioria dos pacientes
desdentados parciais A mandiacutebula eacute vista como siacutetio de eleiccedilatildeo para retirada de
enxertos oacutesseos pois eacute capaz de prover blocos oacutesseos de composiccedilatildeo
predominantemente corticais
Silveira e Wassall (2009) analisaram a aacuterea doadora de enxertos por meio de
tomografias volumeacutetricas tipo feixe cocircnico para avaliaccedilatildeo da remodelaccedilatildeo oacutessea
verificando o grau de morbidade quanto a este paracircmetro Foram selecionados vinte
voluntaacuterios de ambos os gecircneros sem risco de sauacutede e com risco de sauacutede
controlados da cliacutenica de Poacutes-Graduaccedilatildeo do Centro de Pesquisas Odontoloacutegica
Satildeo Leopoldo Mandic e cliacutenica particular As tomografias foram obtidas com
aparelho de aquisiccedilatildeo volumeacutetrica tipo feixe cocircnico este aparelho usa a nova
tecnologia do feixe de tomografia computadorizada cocircnico no qual obtemos todas
as estruturas maxilofaciais do indiviacuteduo em volume ou seja em terceira dimensatildeo
Foi utilizado o tempo de exposiccedilatildeo de 36 segundos e apenas 3 de radiaccedilatildeo uma
tomografia meacutedica As primeiras mediccedilotildees foram obtidas no momento da tomografia
computadorizada inicial anteriormente a cirurgia Logo apoacutes a cirurgia foi realizada
a segunda tomada e medida na qual foi mensurado o quanto foi retirado de tecido
oacutesseo para enxerto Na terceira tomada de medidas foi calculado o ganho real
oacutesseo obtido na remodelaccedilatildeo apoacutes 180 dias de remoccedilatildeo do enxerto Embora a
quantidade retirada de aacuterea varie a recomposiccedilatildeo acompanha com a mesma
variabilidade Os autores concluiacuteram que a remodelaccedilatildeo oacutessea meacutedia da regiatildeo
posterior da mandiacutebula avaliada 180 dias apoacutes a remoccedilatildeo do bloco oacutesseo (enxerto
oacutesseo) foi de 813
Sousa et al (2009) verificaram atraveacutes de uma revisatildeo sistemaacutetica se os
enxertos homoacutegenos satildeo tatildeo eficientes quanto os enxertos autoacutegenos Apoacutes a busca
nas bases foram selecionados 1215 tiacutetulos de artigos Um uacutenico artigo atendeu os
criteacuterios da pesquisa o mesmo foi lido na iacutentegra por ambos examinadores e suas
caracteriacutesticas foram distribuiacutedas em uma tabela Este artigo analisado resultou em
16 pacientes entre 38 e 65 anos (9 do sexo masculino e 7 do sexo feminino) foi
comparado dois grupos enxerto autoacutegeno do iliacuteaco (grupo 1) e enxerto autoacutegeno da
calvaacuteria (grupo 2) Foi avaliado o volume oacutesseo total (VOT) o volume oacutesseo
28
necroacutetico (VON) e o osso vital (OV) e os resultados do grupo 1 foi de VOT (466)
VON (126) e OV (34) jaacute do grupo 2 foi VOT (734) VON (55) e OV (67)
Estatisticamente o enxerto da calvaacuteria foi melhor que o enxerto do iliacuteaco Os autores
concluiacuteram que o uacutenico artigo considerado natildeo consistia numa comparaccedilatildeo entre
enxerto autoacutegeno e homoacutegeno e sim numa comparaccedilatildeo entre enxertos autoacutegenos
de siacutetios diferentes
Spin-Neto et al (2009) realizaram uma revisatildeo de literatura sobre a utilizaccedilatildeo
de osso homoacutelogo em Odontologia sobre a legislaccedilatildeo envolvida na aplicaccedilatildeo deste
material Foram analisados artigos publicados nos uacuteltimos 25 anos no Medline e
pela ANVISA leis decretos que regulamentam o funcionamento dos bancos de
ossos de tecidos musculoesqueleacuteticos brasileiros Sobre o enxerto homoacutelogo haacute
um nuacutemero enorme de processos que ocorrem eacute iniciado por uma reaccedilatildeo
inflamatoacuteria criando espaccedilos que permitam sua invasatildeo por vasos sanguiacuteneos e
chegada das ceacutelulas responsaacuteveis pelo metabolismo oacutesseo atuando na
remodelaccedilatildeo gradativa do local Remover tecidos oacutergatildeos ou partes da pessoa ou do
cadaacutever eacute crime podendo resultar em reclusatildeo (2 a 6 anos) ou em 100 a 360 dias
de multa Jaacute no caso de sepultamento cabe aos meacutedicos realizar a reconstruccedilatildeo do
corpo para evitar constrangimento e manter a dignidade diante de seus familiares
no qual natildeo realizado eacute considerado crime por tal ato Foi concluiacutedo que eacute
necessaacuterio mais estudos e resultados sobre a aplicaccedilatildeo deste biomaterial para
aliados com o conhecimento juriacutedico aumentarmos o conhecimento e informaccedilotildees
sobre o caso
Piffer et al (2010) descreveram um caso cliacutenico de reabilitaccedilatildeo oral de uma
aacuterea de maxila posterior extremamente reabsorvida atraveacutes de levantamento de
seio maxilar utilizando osso xenoacutegeno e posterior uso de implante O caso constava
de uma paciente do sexo feminino que foi submetida a levantamento de seio
maxilar utilizando osso xenoacutegeno liofilizado e concomitante colocaccedilatildeo de dois
implantes nos elementos 15 e 16 Foi relatado que devido agraves limitadas quantidades
oacutesseas para colocaccedilatildeo de implantes dentaacuterios surgiram as teacutecnicas de enxertos
oacutesseos Inicialmente era utilizado osso autoacutegeno da regiatildeo intra-bucal gerando
algumas desvantagens devido a morbidade do siacutetio doador podendo gerar dor
parestesias hematoma Como alternativa surgiu possibilidade de utilizaccedilatildeo de
biomateriais para reconstruccedilotildees maxilares no qual foi utilizado neste caso o Bio-
Oss e obteve um resultado excelente em relaccedilatildeo aacute formaccedilatildeo oacutessea formando
29
extensa regiatildeo de osso denso ao redor dos implantes Assim atraveacutes de uma
revisatildeo sistemaacutetica criacutetica de trabalhos cliacutenicos controlados randomizados
evidenciou que substitutos de ossos autoacutegenos podem ser utilizados obtendo
sucesso Concluindo assim que a colocaccedilatildeo de implantes concomitantes com
enxertias oacutesseas natildeo interferem no processo de reparo oacutesseo e nem na
estabilizaccedilatildeo dos implantes e mostrou-se um tratamento viaacutevel para o presente
caso cliacutenico
Souza et al (2010) realizaram uma revisatildeo da literatura das principais
aplicaccedilotildees e indicaccedilotildees dos enxertos de bancos de ossos na Odontologia Os
enxertos oacutesseos autoacutegenos satildeo eleitos como os de primeira escolha pela sua
eficiecircncia biosseguranccedila e facilidade de obtenccedilatildeo poreacutem apresentam algumas
desvantagens e limitaccedilotildees A utilizaccedilatildeo de homoenxertos provenientes de bancos
de ossos representa uma alternativa aos enxertos oacutesseos autoacutegenos e demonstra
ser uma ferramenta bastante uacutetil para a odontologia com a finalidade de regenerar o
tecido oacutesseo perdido dos maxilares Os autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de
homoenxertos provenientes de bancos de ossos demonstra ser uma ferramenta
bastante uacutetil para a odontologia com a finalidade de regenerar o tecido oacutesseo
perdido dos maxilares Faz-se necessaacuterio que mais bancos de coleta e preparo do
tecido oacutesseo sejam instalados nos hospitais para que esta opccedilatildeo torne-se viaacutevel e
acessiacutevel a um nuacutemero maior de serviccedilos que atuam com reconstruccedilotildees oacutesseas
Aloy-Proacutesper et al (2011) realizaram uma revisatildeo bibliograacutefica sobre
regeneraccedilatildeo oacutessea usando partiacuteculas de enxertos Foram avaliados os resultados
obtidos bem como as complicaccedilotildees de teacutecnicas cirurgircas e as taxas de
sobrevivecircncia e sucesso de implantes colocados nestas aacutereas regeneradas Foram
identificados 64 artigos dos quais 53 foram excluiacutedos em 14 casos de partiacuteculas de
enxerto foi combinado com o bloco de enxerto em quatro casos natildeo ocorreu
defeitos periimplantares durante a colocaccedilatildeo do implante Quanto agrave taxa de sucesso
dos implantes nem todos os estudos bem definidos utilizaram os criteacuterios de
sucesso tornando difiacutecil a comparaccedilatildeo Com base nos criteacuterios de sucesso de
Albrektsson houve uma taxa de sucesso de 932 dois anos apoacutes o carregamento
(857 na maxila superior e 100 na mandiacutebula) Quando os criteacuterios eram do
cortador e Ederer houve uma taxa de sucesso de 857 trecircs anos apoacutes o
carregamento A conclusatildeo dos autores foi de que enxertos de partiacuteculas satildeo
30
eficazes na correccedilatildeo localizada de defeitos do processo alveolar com poucas
complicaccedilotildees e a taxa de sucesso satildeo sempre elevadas variando de 875 a 100
Oliveira Diebold e Silva (2011) analisaram as estruturas da regiatildeo maxilar de
interesse na implantodontia por meio de imagens de tomografia computadorizada
buscando uma avaliaccedilatildeo qualitativa e quantitativa da densidade oacutessea Foram
utilizadas imagens de tomograacutefia computadorizada por raios X obtidas da regiatildeo
maxilar de 31 pacientes avaliados para a colocaccedilatildeo de implantes As regiotildees de
interesse analisadas (seio maxilar fossa nasal tuberosidade maxilar e foramem
naso-alveolar) foram delimitadas de modo semi-automaacutetico com o auxiacutelio da
ferramenta ldquoCell Outlinerrdquo pelo software ImageJ Essas regiotildees foram analisadas nos
cortes axiais cortes sagitais e coronais obtidos pelo TC e com o software A partir
da delimitaccedilatildeo das regiotildees de interesse (ROI) foram determinados os valores
meacutedios e desvio padratildeo do nuacutemero CT em HU (Hounsfield) O nuacutemero CT de uma
imagem tomograacutefica representa o valor de cada pixel que compotildee a imagem esta
relacionada com o coeficiente de atenuaccedilatildeo linear dos tecidos contidos em um voxel
correspondente Estes valores constituem-se em uma informaccedilatildeo importante tanto
para a avaliaccedilatildeo quantitativa das densidades oacutesseas como para a produccedilatildeo de uma
metodologia de realce das estruturas de interesse em implantodontia Com anaacutelise
dos dados obtidos para cada paciente nas estruturas analisadas foi observado que
as regiotildees do seio maxilar e a fossa nasal satildeo semelhantes mas estatisticamente
diferentes Estas satildeo regiotildees pneumaacuteticas que em consequumlecircncia da presenccedila do
ar possuem medidas de nuacutemero CT semelhantes a fossa nasal apresenta uma
estrutura mais irregular e obteve-se uma diferenccedila estatisticamente significativa
entre estas duas regiotildees estudadas O foramem naso-alveolar e a tuberosidade satildeo
regiotildees distintas porque a tuberosidade eacute um osso trabecular de densidades
heterogecircneas que possui a meacutedia do nuacutemero CT maior que a meacutedia do foramen
naso-alveolar que se trata de uma estrutura tubular de densidade homogecircnea para
passagem do feixe vasculo-nervoso Com a comparaccedilatildeo das estruturas analisadas
pelo meacutetodo ANOVA entre pacientes masculinos e femininos evidenciou-se que natildeo
existe diferenccedila estatisticamente significativa entre sexos As conclusotildees obtidas
neste trabalho mostraram que o nuacutemero CT eacute uma medida eficiente para
caracterizar estruturas do corpo humano Os dados obtidos com a anaacutelise das
meacutedias do nuacutemero CT de cada regiatildeo estudada nos permite caracterizar
separadamente cada regiatildeo
31
3 MATERIAS E MEacuteTODOS
O presente trabalho aborda a descriccedilatildeo de quatro casos cliacutenicos que foram
selecionados dos prontuaacuterios de pacientes enxertados submetidos agrave tomografia
computadorizada Cone Beam no periacuteodo preacute-enxerto e apoacutes o procedimento
ciruacutergico das cliacutenicas radiograacuteficas ldquoCliacutenica Odonto Imagem Radiologiardquo situada em
Balneaacuterio Camboriuacute (SC) e ldquoCliacutenica Radioimagemrdquo situada em Itajaiacute (SC)
Foram incluiacutedos no estudo os laudos radiograacuteficos de pacientes que atendem
as seguintes caracteriacutesticas pacientes de ambos os sexos com bom estado de
sauacutede geral idade de quarenta a setenta anos que foram submetidos a enxerto
oacutesseo em regiatildeo de maxila
Primeiramente foi realizada uma coleta de dados junto aos laudos
radiograacuteficos emitidos pelas cliacutenicas citadas Foram selecionados os casos e
posteriormente foi acessado agraves imagens tomograacuteficas dos pacientes
Os exames tomograacuteficos computadorizado de aquisiccedilatildeo volumeacutetrica (cone
beam) foram realizados atraveacutes de cortes parasagitais de espessura de 2mm e
distacircncia de 1 mm entre os cortes
Na segunda etapa foi efetuada a anaacutelise das tomografias observando as
imagens preacute e poacutes-ciruacutergicas simultaneamente nesse momento delimitou-se a aacuterea
do leito receptor e do material enxertado Utilizando o programa Planmeca Romexis
Viewer acessou-se as imagens fornecidas digitalmente analisando primeiramente
as imagens do leito receptor por meio de trecircs traccedilados (em planos perpendiculares)
realizados com o auxiacutelio da ferramenta denominada Linha Hounsfield que nos
fornece a densidade oacutessea do local traccedilado e uma meacutedia do mesmo Foi realizada
uma meacutedia aritmeacutetica simples dos trecircs traccedilados resultando uma meacutedia de
densidade oacutessea que foi enquadrada na escala O mesmo procedimento foi
realizado na aacuterea do material enxertado
Com a posse destes valores meacutedios comparou-se a densidade oacutesseo do leito
receptor com a densidade oacutessea do material enxertado
32
Os dados seratildeo divulgados atraveacutes de painel exposto no bloco de Odontologia
e apresentaccedilatildeo oral Uma coacutepia da pesquisa concluiacuteda seraacute enviada agraves Cliacutenicas
envolvidas na pesquisa
O projeto de pesquisa foi aprovado pela Comissatildeo de Eacutetica em Pesquisa
sobre o nuacutemero 44610
33
4 RESULTADOS
De acordo com a tabela a seguir podemos expressar de forma resumida os
resultados obtidos atraveacutes da pesquisa comparando os mesmos com a escala de
Misch
Paciente (P1) MS sexo feminino com idade de 49 anos apresentando bom
estado de sauacutede geral No dia 28 de outubro de 2009 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes (Figura 1)
34
Figura 1 Vista panoracircmica preacute-enxertia
A densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield
obteve os seguintes resultados Axial (Z) = 7650 Coronal (Y) = 5196 Sagital (X)
= 7818
No dia 29 de janeiro de 2010 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
homoacutegeno O material proveniente do Banco de Tecidos Muacutesculo Esqueleacuteticos HC-
UFPR consistia de um bloco cortical de Fecircmur medindo 30x20mm lote C0917 FD
BC 26 processado no dia 15 de julho de 2009 com validade de 5 anos conservado
a temperatura abaixo de -40ordmC O osso foi particulado e acrescido de lincomicina
No dia 19102010 foram realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da
densitometria oacutessea do material enxertado e obtiveram os seguintes resultados
Axial (Z) = 6590 Coronal (Y) = 4986 Sagital (X) = 2948 (Figura 2)
35
Figura 2 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
Paciente (P2) AWU sexo feminino com idade de 67 anos apresentando
bom estado de sauacutede geral no dia 29 de agosto de 2009 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes A
densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield obteve os
seguintes resultados Axial (Z) = 7104 Coronal (Y) = 7002 Sagital (X) = 10412
(Figura 3)
Figura 3 Vista panoracircmica preacute-enxertia
No dia 06 de novembro de 2009 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
36
homoacutegeno O material proveniente do Banco de Tecidos Muacutesculo Esqueleacuteticos HC-
UFPR consistia de um bloco cortical de Fecircmur medindo 30x20mm lote C0917 FD
BC 39 processado no dia 15 de julho de 2009 com validade de 5 anos conservado
a temperatura abaixo de -40ordmC O osso foi particulado e acrescido de lincomicina
Passado o periacuteodo de 10 meses apoacutes o procedimento ciruacutergico foram
realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da densitometria oacutessea do material
enxertado e obtiveram os seguintes resultados Axial (Z) = 6972 Coronal (Y) =
8138 Sagital (X) = 4984 (Figura 4)
Figura 4 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
Paciente (P3) IS sexo feminino com idade de 42 anos apresentando bom
estado de sauacutede geral no dia 13 de Novembro de 2007 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes A
densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield obteve os
seguintes resultados Axial (Z) = 4917 Coronal (Y) = 3481 Sagital (X) = 4207
(Figura 5)
37
Figura 5 Vista panoracircmica preacute-enxertia
No dia 26 de Novembro de 2007 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
autoacutegeno tendo como aacuterea doadora a regiatildeo de ramo mandibular
Passado o periacuteodo de 09 (nove) meses apoacutes o procedimento ciruacutergico foram
realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da densitometria oacutessea do material
enxertado e obtiveram os seguintes resultados Axial (Z) = 7176 Coronal (Y) =
5443 Sagital (X) = 5638 (Figura 6)
Figura 6 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
38
Paciente (P4) ATL sexo feminino com idade de 45 anos apresentando
bom estado de sauacutede geral no dia 18 de Agosto de 2009 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes A
densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield obteve os
seguintes resultados Axial (Z) = 6028 Coronal (Y) = 6681 Sagital (X) = 6397
(Figura 7)
Figura 7 Vista panoracircmica preacute-enxertia
No dia 09 de Outubro de 2009 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
autoacutegeno tendo como aacuterea doadora a regiatildeo de ramo mandibular
Passado o periacuteodo de 4 (quatro) meses apoacutes o procedimento ciruacutergico foram
realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da densitometria oacutessea do material
enxertado e obtiveram os seguintes resultados Axial (Z) = 8549 Coronal (Y) =
9340 Sagital (X) = 8624 (Figura 8)
39
Figura 8 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
40
5 DISCUSSAtildeO
Em Odontologia a tomografia computadorizada tem demonstrado ser o
meacutetodo de eleiccedilatildeo para a determinaccedilatildeo da densidade oacutessea na regiatildeo dos
maxilares pois fornece dados objetivos precisos da variaccedilatildeo da densidade oacutessea
entre diferentes regiotildees em um mesmo indiviacuteduo A tomografia computadorizada eacute o
uacutenico meacutetodo que permite avaliar osso cortical e medular separadamente com a
vantagem de que as informaccedilotildees tridimensionais satildeo apresentadas em uma seacuterie de
cortes finos da estrutura interna da parte estudada onde as informaccedilotildees resultantes
natildeo sofrem superposiccedilatildeo por estruturas anatocircmicas (SANTIAGO e VITRAL 2006)
Logo a tomografia computadorizada eacute um meacutetodo de escolha na avaliaccedilatildeo
qualitativa e quantitativa de enxertos em seio maxilar (ZEacuteTOLA et al 2002)
Bassi et al (2009) citaram que para o sucesso da reabilitaccedilatildeo com implantes
dentaacuterios eacute imprescindiacutevel que seja levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
rebordo residual e tambeacutem a qualidade de osso para a estabilidade do implante
Aleacutem disso o osso disponiacutevel (volume) deve ser avaliado em sua densidade
o que determinaraacute sua resistecircncia Densidade eacute a relaccedilatildeo entre a massa e o volume
de um corpo e o meacutetodo de avaliaccedilatildeo da densidade mineral oacutessea eacute denominado
densitometria As unidades de medidas mais empregadas satildeo gcmsup2 (densidade por
aacuterea) gcmsup3 (densidade por volume) ou HU (unidade Hounsfield) (CAUacuteLA
MACHADO BARBOSA 2000)
A densidade oacutessea eacute diretamente relacionada agrave resistecircncia do tecido oacutesseo
antes da fratura Uma diferenccedila de dez vezes na resistecircncia do tecido oacutesseo pode
ser observada entre o osso D1 e D4 O osso D2 exibe uma resistecircncia agrave
compressatildeo 47 a 68 maior se comparado com o D3 (MISCH 2000)
O osso com densidade 2 (D2) eacute uma combinaccedilatildeo de osso compacto denso
para poroso na porccedilatildeo externa e osso trabecular grosso na porccedilatildeo interna Na
superfiacutecie e nas proporccedilotildees laterais do implante oferece uma interface inicial riacutegida
A densidade oacutessea D2 eacute mais comumente encontrada na mandiacutebula A regiatildeo
anterior da mandiacutebula apresenta este tipo oacutesseo em 23 dos casos O osso com
densidade 3 (D3) eacute composto de uma cortical oacutessea fina na crista e osso trabecular
fino no interior Uma das desvantagens desse tipo oacutesseo eacute a delicadeza com a qual
esse osso deve ser manipulado Quanto menor for a densidade mais facilmente o
41
osso eacute expandido para que implantes sejam inseridos A regiatildeo anterior da maxila
apresenta em 65 dos casos o osso D3 e em quase metade dos casos o osso
D3 eacute encontrado tambeacutem na regiatildeo posterior da maxila O osso menos denso D4
tem sido relatado em aproximadamente 40 dos casos eacute encontrado na parte
posterior da maxila especialmente na regiatildeo dos molares ou apoacutes levantamento do
seio maxilar (CAUacuteLA MACHADO BARBOSA 2000 BUSCATTI 2003)
Em 1988 Misch realizou uma pesquisa tendo como base de estudos a escala
apresentada por Hounsfield que tem como objetivo a diferenciaccedilatildeo de densidades
de oacutergatildeos do corpo pela diferenccedila de tons de cinza atraveacutes da tomografia A partir
desta Misch propocircs uma nova escala o qual associou nuacutemeros aos tipos oacutesseos
relacionando numericamente os valores aos tipos oacutesseos
No periacuteodo preacute-enxertia foi verificado que em todos os casos estudados a
densidade presente na regiatildeo de leito receptor caracteriza osso tipo D3 Sendo esta
densidade compatiacutevel com a regiatildeo anterior e posterior da maxila
Apoacutes 10 meses dos enxertos homoacutegenos serem realizados (P1 e P2)
observou-se que a densidade em unidades HU diminuiu na maioria dos eixos
avaliados somente no eixo coronal da P2 que apresentou um leve aumento Apesar
desta variaccedilatildeo de valores natildeo houve mudanccedila da qualidade oacutessea Tanto o osso
neoformado quanto o do leito receptor mantiveram-se qualidade de osso D3
Nos casos onde o material de escolha foi osso autoacutegeno observou-se atraveacutes
da densidade em unidades HU aumento dos valores em todos os eixos avaliados
Entre os dois casos (P3 e P4) houve uma pequena diferenccedila entre os valores que
atraveacutes da escala proposta por Misch resultou na diferenccedila que no caso P3 o
material enxertado natildeo apresentou alteraccedilatildeo na qualidade em relaccedilatildeo agrave aacuterea
receptora Jaacute no caso P4 o material enxertado caracteriza-se como qualidade oacutessea
D2 Suponha-se que esta diferenccedila entre a densidade do material enxertado nestes
dois casos seja devido ao grau de condensaccedilatildeo do material na regiatildeo tamanho das
partiacuteculas e quantidade de material enxertado Os dados obtidos natildeo correspondem
a uma populaccedilatildeo em geral devido a pequena quantidade de amostras e se tratando
de um relato de caso cliacutenico
Pinto et al (2007) comenta que os enxertos autoacutegenos satildeo os uacutenicos entre os
tipos de enxerto oacutesseo a fornecer ceacutelulas oacutesseas vivas imunocompatiacuteveis
essenciais agrave fase I da osteogecircnese que eacute responsaacutevel pela proliferaccedilatildeo das ceacutelulas
oacutesseas em especial do osteoacuteide assim quanto mais ceacutelulas vivas forem
42
transplantadas mais tecido oacutesseo seraacute formado Kuabara et al (2000) concluiacuteram
que a pequena morbidade poacutes-operatoria da regiatildeo doadora do enxerto elege a
regiatildeo retromolar inferior como uma excelente opccedilatildeo ciruacutergica para reabilitaccedilatildeo de
pequenos defeitos oacutesseos Jaacute Cyriaco e Azevedo (2006) relatam que quando se
trata de enxertos menores as melhores aacutereas doadoras para regiatildeo oral seriam o
mento e a regiatildeo retromolar e para maiores quantidades a crista iliacuteaca a calota
craniana a costela e a tiacutebia
Pereira et al (2009) enxerto com osso autoacutegeno eacute considerado padratildeo ouro
para reconstruccedilatildeo de defeitos oacutesseos residuais Algumas teacutecnicas ciruacutergicas podem
ser realizadas abrangendo aacutereas doadoras extra e intrabucais dependendo do grau
de perda oacutessea planejamento ciruacutergico-proteacutetico e das condiccedilotildees gerais do
paciente O osso autoacutegeno cortical oferece excelente suporte estrutural para o siacutetio
receptor sendo uma excelente alternativa para segmentos de defeitos maiores que
5 ou 6 cm que requerem suporte estrutural imediato restabelecendo devidamente a
funccedilatildeo
Gonccedilalves (2008) concluiu que implantes instalados em enxertos de seio maxilar
com a ajuda de substitutos oacutesseos apresentam uma taxa de sucesso cliacutenico de
9009
O osso mais indicado para enxertia eacute o autoacutegeno pela sua eficiecircncia
bioseguranccedila e facilidade de obtenccedilatildeo e uma alternativa para sua substituiccedilatildeo eacute o
homoacutegeno por ter caracteriacutesticas a longo prazo semelhantes embora o iacutendice de
reabsorccedilatildeo ser maior (DEL VALE et al 2006 SOUZA et al 2010 GONCcedilALVEZ et
al 2009) O enxerto de osso homoacutelogo eacute uma alternativa viaacutevel para reconstruccedilatildeo
de rebordos alveolares severamente atroacuteficos ao mesmo tempo em que reduz a
morbidade e os riscos inerentes aos procedimentos de enxertos autoacutegenos como
dor parestesia e hematomas (MOLON et al 2009 PIFFER et al2010) Ele mostra-
se efetivo conforme Contar et al (2009) que realizou 51 implantes sobre enxerto
homoacutegeno alcanccedilando o torque miacutenimo de 40N(newton) em todos eles natildeo
havendo problema em nenhum implante em um periacuteodo de acompanhamento de 24
a 35 meses
Ajzen et al (2005) comenta do uso de fatores indutores como plasma rico em
plaquetas sugerindo uma melhor qualidade e quantidade oacutessea necessaacuteria para
reconstruccedilatildeo proteacutetica atraveacutes de implantes oacutesseo integrados A associaccedilatildeo do
bloco de osso homoacutegeno agrave medula oacutessea autoacuteloga parece representar uma
43
alternativa terapecircutica para se minimizar os niacuteveis de reabsorccedilatildeo dos materiais de
enxertia (COSTA et al 2009)
Faz-se necessaacuterio a coleta de mais casos para se obter um tratamento
estatiacutestico que possibilite uma comprovaccedilatildeo da previsibilidade da densidade oacutessea
com os materiais enxertados e variaccedilotildees de teacutecnicas ciruacutergicas
44
6 CONCLUSAtildeO
Conclui-se que o enxerto oacutesseo autoacutegeno e procedente de banco de ossos
demonstra-se eficaz na reabilitaccedilatildeo de pacientes que apresentam maxilas atroacuteficas
e que necessitam de implantes dentaacuterios para a reabilitaccedilatildeo proteacutetica
A densidade obtida do material enxertado eacute semelhante a densidade do
tecido oacutesseo adjacente necessitando de mais casos para esta comprovaccedilatildeo
45
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AJZEN S A et al Anaacutelise por tomografia computadorizada do enxerto autoacutegeno na cirurgia de sinus lift Radiol bras Rio de Janeiro v 38 n 1 p 25-31 janfev 2005 ALOY-PROacuteSPER A et al Bone regeneration using particulate grafts an update Med oral patol oral cir bucal Valencia v16 n2 p210-214 Mar 2011 ARAUacuteJO JMS de et al Enxerto oacutesseo bovino como alternativa para cirurgias de levantamento de assoalho de seio maxilar Rev cir traumatol buco-maxilo-fac Recife v9 n 3 p 89-96 julset 2009
BASSI A P F CARNEIRO G P Avaliaccedilatildeo do iacutendice de sucesso dos enxertos autoacutegenos e dos implantes instalados em regiatildeo do seio maxilar Implant News Satildeo Paulo v7 n2 p257-260 dez 2009
BLAY A TUNCHEL S SENDYK W R Viabilidade dos enxertos autoacutegenos obtidos com a utilizaccedilatildeo de coletores para osso estudo histoloacutegico e microbioloacutegico Pesqui Odontol Bras Satildeo Paulo v 17 n 3 p 234-40 julset 2003 BUSCATTI M Y Contribuiccedilatildeo para o estudo das densidades oacutesseas maxilomandibulares por meio da escala tomodensitomeacutetrica de Hounsfield quando da aplicaccedilatildeo de programa computadorizado para planejamento de implantes osseointegrados 2003 122f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Radiologia) - Faculdade de Odontologia da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2003 CAUacuteLA A L MACHADO F O de BARBOZA E P Densidade Oacutessea no planejamento em Implantodontia BCI Curitiba v 7 n 25 2000
CHEM RC et al Uso de retalho livre de fiacutebula no complexo bucomaxila-facial ndash Relato de dois casos Rev Cir Traumatol Buco-maxilo-fac Camaragibe v5 n4 p 23-30 outdez 2005 CONTAR C M M et al Maxillary ridge augmentation with fresh-frozen bone allografts J Oral Maxillofac Surg Copenhagen v67 n6 p1280-1285 June 2009 COSMO L A M et al Enxerto oacutesseo em levantamento de seio maxilar com osso humano fresco congelado ImplantNews Satildeo Paulo v 4 n 3 p 249-253 2007 COSTA C E S da et al Utilizaccedilatildeo de medula oacutessea autoacuteloga na integraccedilatildeo de enxertos oacutesseos homoacutelogos ImplantNews Satildeo Paulo v 6 n 4 p 395-402 2009
CYRIACO E AZEVEDO D Enxertos oacutesseos aplicados na cirurgia buccedilo-maxilo facial Cispre [on line] Petroacutepolis 27 jul 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcisprecombracervo_detalhesaspId=60gt Acesso em 20 abr 2011
DEL VALLE R A CARVALHO M L de GONZALEZ M R Estudo do comportamento de enxerto oacutesseo com material doador obtido dos bancos de tecidos muacutesculos-esqueleacuteticos Rev odontol Univ Cid Satildeo Paulo Satildeo Paulo v 18 n 2 p 189-194 maioago 2006
46
GARCIA JUacuteNIOR I R et al Avaliaccedilatildeo cliacutenica de enxertos oacutesseos autoacutegenos de crista iliacuteaca em maxilas atroacuteficas para instalaccedilatildeo de implantes oacutesseointegraacuteveis Innov implant j biomater esthet (Impr) Satildeo Paulo v 1 n 1 p 34-40 maio 2006 GONCcedilALVES A R de Q Avaliaccedilatildeo do sucesso de implantes osseointegraacuteveis em enxerto de seio maxilar RGO (Porto Alegre) Porto Alegre v 56 n 4 p 423-427 outdez 2008 GONCcedilALVES A O et al Avaliaccedilatildeo histomorfoloacutegica de maxilares humanos submetidos a enxerto oacutesseo autoacutegeno e homoacutegeno Implant News Satildeo Paulo v7 n2 p213-222 nov 2009
JAHN R S et al Retalho em dupla paacutegina Innov implant j biomater esthet Satildeo Paulo v 4 n 3 p 20-24 setdez 2009
KUABARA M R et al Levantamento de seio maxilar utilizando enxerto autoacutegeno da regiatildeo retromolar e simultacircnea colocaccedilatildeo de implantes ossointegrados Relato de caso cliacutenico ROBRAC Goiacircnia v 9 n 28 p 14-17 2000
MAZZONETTO R et al Avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de enxertos de siacutenfise mandibular na reconstruccedilatildeo de defeitos oacutesseos em regiatildeo anterior de maxila estudo por meio de tomografia convencional linear Rev bras implant Satildeo Paulo v 6 n 1 p 19-22 janmar 2000
MISCH C E et al Doaccedilatildeo de enxertos oacutesseos autoacutegenos extra orais para implantes endo oacutesseo In Implantes Dentaacuterios Contemporacircneos 2ordm ed Satildeo Paulo Santos 2000 cap 33 p 521-535 MOLON R S de et al Reconstruccedilatildeo de maxila atroacutefica utilizando enxerto oacutesseo homoacutegeno Rev Cir Traumatol Buco-Maxilo-fac Camaragibe v 9 n 4 p 25-30 outdez 2009 OLIVEIRA FILHO M A de et alReconstruccedilatildeo de defeito de continuidade em mandiacutebula com posterior reconstruccedilatildeo alveolar RGO (Porto Alegre) Porto Alegre v 55 n 3 p 305-310 julset 2007 OLIVEIRA H W de DIEBOLD E SILVA A M M da Avaliaccedilatildeo da regiatildeo maxilar em imagens de tc por raios x para o uso em implantodontia e cirurgia bucomaxilofaciaL Disponiacutevel em lthttpwwwpucrsbrunipoafisicapesquisasnimedartigosArtigo20Canal20CientEDficopdfgt Acesso em 20 de Junho de 2011 PEREIRA C C S et al Enxertos oacutesseos autoacutegenos mandibulares para reconstruccedilatildeo de processos alveolares atroacutefi cos revisatildeo e teacutecnica ciruacutergica Innov Implant J Biomater Esthet Satildeo Paulo v 4 n 3 p 96-102 setdez 2009 PICCINELLI L B et al Estudo retrospectivo de 59 pacientes tratados com enxertos oacutesseos autoacutegenos intrabucais e implantes dentais Innov Implant J Biomater Esthet Satildeo Paulo v 4 n 3 p 30-34 setdez 2009 PIFFER C S et al Levantamento de seio maxilar utilizando Bio-Oss concomitante com a instalaccedilatildeo de implantes ImplantNews Satildeo Paulo v 7 n 4 p 489-495 2010
47
PINTO J G S et al Enxerto autoacutegeno x biomateriais no tratamento de fraturas e deformidades faciais ndash uma revisatildeo de conceitos atuais RFO UPF Passo Fundo v 12 n 3 p 79-84 setdez 2007 RIBEIRO JUacuteNIOR O et al Princiacutepios da reconstruccedilatildeo mandibular com enxerto oacutesseo vascularizado Rev cir traumatol buco-maxilo-fac Recife v 8 n 1 p 15 ndash 22 janmar 2008 RODRIGUES A F VITRAL R W F Aplicaccedilotildees da Tomografia Computadorizada na Odontologia Pesq Bras Odontoped Clin Integr Joatildeo Pessoa v 7 n 3 p 317-324 setdez 2007 SANTIAGO R C VITRAL R W F Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da densidade mineral oacutessea e seu emprego na odontologia Pesq Bras Odontoped Clin Integr Joatildeo Pessoa v6 n3 p 289-294 setdez 2006 SILVEIRA A C G WASSALL T Anaacutelise da aacuterea doadora de enxerto mandibular por meio de tomografia computadorizada do feixe cocircnico para avaliaccedilatildeo da remodelaccedilatildeo oacutessea RGO (Porto Alegre) Porto Alegre v 57 n 1 p 61-65 janmar 2009 SOUSA J N L de et al Avaliaccedilatildeo dos enxertos homoacutegenos como substitutos aos enxertos autoacutegenos na fixaccedilatildeo de implantes osteointegrados uma revisatildeo sistemaacutetica da literatura Innov Implant J Satildeo Paulo v 4 n 3 p 54-57 setdez 2009 SOUZA D O et al Aplicaccedilotildees de enxertos de bancos de ossos em odontologia R Ci meacuted biol Salvador v 9 n 1 p 45-48 2010 SPIN-NETO R et al Tecido oacutesseo homoacutelogo para utilizaccedilatildeo em Odontologia Implant News Satildeo Paulo v7 n4 p555-560 dez 2009 TANAKA R et al Incorporaccedilatildeo dos enxertos oacutesseos em bloco processos bioloacutegicos e consideraccedilotildees relevantes Conscientia e sauacutede Satildeo Paulo v 7 n 3 p 323-327 2008 ZEacuteTOLA A L et al Reconstruccedilatildeo do seio maxilar atroacutefico com enxerto autoacutelogo de crista iliacuteaca avaliaccedilatildeo por tomografia computadorizada e radiografia panoracircmica Rev col bras cir Rio de Janeiro v 29 n 1 p 13-18 janfev 2002
22
apresenta os melhores resultados no processo de regeneraccedilatildeo oacutessea poreacutem os
enxertos de origem bovina apesar de demonstrarem um processo de neoformaccedilatildeo
oacutessea inferior promovem uma neoformaccedilatildeo satisfatoacuteria para que haja a reabilitaccedilatildeo
do paciente com implantes osseointegraacuteveis podendo ser utilizados com sucesso na
cliacutenica odontoloacutegica
Bassi e Carneiro (2009) citaram que os pacientes vem se queixando de
desconforto pelo uso de proacuteteses deficiecircncia na mastigaccedilatildeo onde entatildeo se
destacam os implantes dentaacuterios que minimizam estes aspectos negativos No
entanto seu sucesso depende de uma quantidade miacutenima de suporte oacutesseo por
este motivo foi oportuna pelos autores avaliar o iacutendice de sucesso dos enxertos e
implantes instalados na regiatildeo do seio maxilar reconstruiacuteda com osso autoacutegeno de
linha obliacutequa tanto imediata quanto mediato ao levantamento do seio maxilar
Foram avaliadas 51 cirurgias durante os anos de 2005 a 2007 com total de 107
implantes instalados sendo 28 de maneira imediata e 79 instalados posteriormente
Com relaccedilatildeo aos de maneira imediata o sucesso foi de 9286 sendo que dos 14
submetidos agrave implantaccedilatildeo imediata apenas 1 perdeu o implante De um total de 37
pacientes com instalaccedilatildeo posterior houve um sucesso de 9459 Podendo ser
analisado que natildeo haacute diferenccedila significante entre instalaccedilatildeo mediata e imediata
Acredita-se que para haver sucesso no tratamento eacute imprescindiacutevel que seja levado
em consideraccedilatildeo a quantidade de rebordo residual e tambeacutem a qualidade de osso
para a estabilidade do implante A conclusatildeo deste artigo eacute que o levantamento do
seio maxilar com o enxerto autoacutegeno por meio de acesso lateral eacute uma opccedilatildeo
segura no tratamento para regiatildeo posterior da maxila E natildeo houve diferenccedila em
relaccedilatildeo ao sucesso dos implantes instalados de maneira medita e imediata
Contar et al (2009) avaliaram o uso de enxertos provenientes de osso fresco-
congelado para na reconstruccedilatildeo de rebordos alveolares maxilares posteriormente a
aplicaccedilatildeo de implantes dentaacuterios Foram analisados quinze pacientes que tinham
atrofia crista maxilar onde necessitava de blocos de enxerto oacutesseo para
posteriormente se fazer a colocaccedilatildeo dos implantes Nove meses depois foi retirado
o nuacutecleo de osso do enxerto para analisar histologicamente Trinta e quatro blocos
foram colocados e do nuacutemero de blocos cada paciente recebeu uma numeraccedilatildeo de
1 a 4 Em todos os enxertos foram verificados para serem de consistecircncia firme
bem constituiacutedo e vascularizado Cinquumlenta e um implantes foram aplicados sobre
os enxertos com torque no miacutenimo de 40 N (Newton) Natildeo havendo problema em
23
nenhum implante O periacuteodo de acompanhamento variou de 24 a 35 meses Alo
enxertos pode ser bem satisfatoacuterios aplicados como material de enxerto para o
tratamento de defeitos oacutesseos maxilares se for aplicada a teacutecnica de forma
cautelosa e coerente
Costa et al (2009) descreveram cirurgias de enxertia oacutessea para reconstruccedilatildeo
do rebordo alveolar atroacutefico causado por traumas Em dois pacientes foram
utilizados blocos de osso homoacutegeno fresco congelado puro e em outros dois
pacientes esses blocos foram embebidos em medula oacutessea autoacuteloga aspirada do
proacuteprio paciente Os quatro pacientes que perderam seus dentes anteriores-
superiores 11122122 As cirurgias foram realizadas dentro do protocolo do
Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Cirurgia e Experimentaccedilatildeo da Universidade
Federal de Satildeo Paulo ndash Unifesp Cada paciente recebeu um bloco de enxerto oacutesseo
homoacutegeno fresco congelado proveniente de banco de tecidos oacutesseos em cada um
dos lados da regiatildeo anterior de maxila sendo que em dois dos pacientes os blocos
tiveram a sua porccedilatildeo medular embebida em medula oacutessea autoacuteloga aspirada do
proacuteprio paciente e nos outros dois pacientes os blocos foram fixados da mesma
maneira e na mesma regiatildeo poreacutem sem a utilizaccedilatildeo de medula oacutessea autoacuteloga
como preenchimento Foi observado clinicamente no segundo procedimento
ciruacutergico que os siacutetios enxertados com osso homoacutegeno associado agrave medula oacutessea
autoacuteloga obtiveram um menor niacutevel de reabsorccedilatildeo o que facilitou a instalaccedilatildeo dos
implantes osseointegraacuteveis Com as bioacutepsias oacutesseas obtidas por meio da utilizaccedilatildeo
da broca trefi na foram confeccionadas no Laboratoacuterio de Patologia da Unifesp uma
lacircmina em HE para cada regiatildeo enxertada com associaccedilatildeo agrave medula e tambeacutem
para as regiotildees de enxertia sem essa associaccedilatildeo Essas lacircminas foram
encaminhadas para o Departamento de Morfologia da Unifesp para avaliaccedilatildeo Tanto
as lacircminas histoloacutegicas do grupo onde se associou o aspirado de medula oacutessea ao
enxerto oacutesseo homoacutegeno quanto onde natildeo foi feita esta associaccedilatildeo mostraram uma
grande quantidade de tecido mineralizado vital Foi observado em ambos os grupos
uma pequena quantidade de tecido mineralizado desvitalizado Em todas as lacircminas
foi observada intensa vascularizaccedilatildeo assim como a presenccedila de tecido oacutesseo
lamelar A utilizaccedilatildeo de osso humano fresco congelado conservado em banco de
tecidos eacute uma alternativa viaacutevel para a reconstruccedilatildeo dos rebordos atroacuteficos
diminuindo a morbidade e riscos inerentes agrave abordagem da regiatildeo doadora dos
enxertos autoacutegenos A associaccedilatildeo do bloco de osso homoacutegeno agrave medula oacutessea
24
autoacuteloga parece representar uma alternativa terapecircutica para se minimizar os niacuteveis
de reabsorccedilatildeo dos materiais de enxertia
Gonccedilalves et al (2009) citaram que o melhor material para enxertia oacutessea eacute o
autoacutegeno o problema eacute o poacutes-operatoacuterio que eacute desconfortaacutevel para o paciente Na
existecircncia de desvantagens para a utilizaccedilatildeo de osso autoacutegeno o osso proveniente
de banco de tecidos surge como uma alternativa viaacutevel nas reconstruccedilotildees oacutesseas
maxilomandibulares O osso homoacutegeno pode ser utilizado em algumas situaccedilotildees
que impossibilite obter uma quantidade necessaacuteria de osso autoacutegeno requisitado
pelo receptor ou quando induz ao procedimento com grande morbidade onde exista
negativa do paciente em se submeter a um segundo siacutetio ciruacutergico Mesmo com toda
a previsibilidade de utilizaccedilatildeo de tecido oacutesseo homoacutelogo ele ainda gera
controveacutersias pela possibilidade de infecccedilotildees cruzadas com sua utilizaccedilatildeo Com o
estudo citado foi concluiacutedo que o enxerto homoacutelogo induz mais rapidamente a
remodelaccedilatildeo quando comparado com o autoacutegeno E o estaacutegio da remodelaccedilatildeo
esteve mais dependente da resposta orgacircnica individual de cada paciente
Jahn et al (2009) avaliaram o procedimento de retalho em dupla paacutegina para acesso
ao osso da regiatildeo do mento em comparaccedilatildeo a teacutecnica de retalho mucoperiosteal
Foram realizados procedimentos de obtenccedilatildeo de enxerto oacutesseo da regiatildeo do mento
para utilizaccedilatildeo na reabilitaccedilatildeo de pacientes que receberiam implantes
osseointegrados na regiatildeo anterior da maxila e que necessitavam de aumento de
espessura oacutessea localizada Foram operados 20 pacientes da cliacutenica de Periodontia
da Universidade de Santo Amaro entre 28 e 60 anos de idade Dez pacientes foram
submetidos agrave teacutecnica de retalho mucoperiosteal de espessura parcial e total
convencional e dez pacientes foram submetidos ao retalho em dupla Os pacientes
foram avaliados apoacutes 7 e 14 dias do procedimento ciruacutergico quanto aos seguintes
aspectos parestesia dor edema infecccedilatildeo hemorragia hematoma contato com as
raiacutezes dentaacuterias deiscecircncia de sutura presenccedila ou ausecircncia de trismo Todos os
procedimentos realizados permitiram acesso agrave regiatildeo do mento para obtenccedilatildeo de
enxertos oacutesseos autoacutegenos A avaliaccedilatildeo poacutes-operatoacuteria dos pacientes mostrou que
em ambos os grupos natildeo houve casos de hemorragia trismo contato acidental com
as raiacutezes dentaacuterias e infecccedilatildeo Edema foi constatado em seis casos no grupo de
retalho em dupla paacutegina e sete casos nos retalhos muco periosteais dor foi relatada
por dois e seis pacientes respectivamente Dois casos apresentaram parestesia na
regiatildeo de mento e nos dentes anteriores inferiores por ateacute duas semanas nos
25
pacientes operados pela teacutecnica do retalho mucoperiosteal enquanto nenhum caso
aconteceu em pacientes operados por retalho em dupla paacutegina Os autores
concluiacuteram que a teacutecnica de retalho em dupla paacutegina eacute um importante auxiacutelio no
acesso agrave aacuterea doadora o que pela facilidade de uso pode encorajar os cirurgiotildees a
usarem o mento como aacuterea doadora para pequenos enxertos oacutesseos intrabucais
Molon et al (2009) tiveram como objetivo relatar um caso cliacutenico de maxila
atroacutefica com necessidade de reconstruccedilatildeo alveolar atraveacutes de enxerto homoacutegeno
Apoacutes a realizaccedilatildeo da anamnese foi constatado clinicamente que o paciente
apresentava forma em lacircmina do osso e radiograficamente a panoracircmica mostrou
uma perda oacutessea em altura e uma proximidade do rebordo com a parede inferior do
seio maxilar Foi utilizado enxerto provenientes do UniOss processados e
congelados a -80degCos tecidos foram submetidos a testes soroloacutegicos Na regiatildeo
anterior foi realizado enxerto com osso humano congelado em bloco para restaurar
espessura oacutessea possibilitando a colocaccedilatildeo de implantes dentaacuterios Os blocos
foram fixados com o sistema 15mm e o osso particulado foi acomodado nos
espaccedilos mortos para evitar a formaccedilatildeo de GAPs Apoacutes seis meses da cirurgia foi
removido os parafusos e o guia ciruacutergico posicionado para a instalaccedilatildeo dos seis
implantes A osseointegraccedilatildeo dos implantes foi verificada apoacutes seis meses da
segunda cirurgia pela radiografia panoracircmica Atualmente vem sendo muito utilizado
osso autoacutegeno para reconstruccedilatildeo de maxilares contudo haacute desvantagens
relacionadas com a morbidade do sitio doador quantidade inadequada de osso
intraoral para grandes defeitos e necessidade de osso de regiatildeo extra-oral para
maiores reconstruccedilotildees limitam as expectativas do paciente Por isso os osso
estudos utilizando osso homoacutelogo para reabilitaccedilatildeo com implantes vecircm se
intensificando e apresentando bons resultados Os autores consideram o enxerto de
osso homoacutelogo uma alternativa viaacutevel para reconstruccedilatildeo de rebordos alveolares
severamente atroacuteficos ao mesmo tempo em que reduz a morbidade e os riscos
inerentes aos procedimentos de enxertos autoacutegenos
Pereira et al (2009) discutiram revisaram e compararam as teacutecnicas
envolvidas em remoccedilatildeo de blocos oacutesseos da linha obliacutequa e mento demonstrando
sua efetividade por meio de exemplos cliacutenicos O osso mandibular tem sido utilizado
na reconstruccedilatildeo alveolar para permitir a instalaccedilatildeo de implantes com resultados
extremamente favoraacuteveis Para a regiatildeo de mento a teacutecnica consiste em osteotomia
26
efetuada pelo menos 5 mm abaixo dos aacutepices dentaacuterios e o osso basal da
mandiacutebula preservado A profundidade das osteotomias limita-se agrave cortical externa
Para a regiatildeo da linha obliacutequa haacute trecircs diferentes meacutetodos para acessar a aacuterea
doadora 1 Intrasulcular Realizada no sulco gengival dos dentes naturais 2
Submarginal Indicada quando da presenccedila de coroas proteacuteticas nos molares e preacute-
molares 3 Crestal Indicada para rebordos edecircntulos ou quando os implantes
estiverem planejados para a mesma regiatildeo Uma vez feita agrave incisatildeo o retalho
mucoperiosteal eacute descolado do corpo mandibular expondo a face lateral do
ramocorpo Um bloco cortical retangular ateacute 4 mm de espessura pode ser coletado
da regiatildeo do ramo O comprimento do bloco pode se aproximar de 35 mm mas
altura natildeo deve exceder 10 mm Para o preparo do siacutetio receptor e enxertia o osso
removido eacute posicionado com a face medular do bloco em contato com a face cortical
do siacutetio receptor previamente perfurada com brocas proporcionando sangramento
O bloco deve ser adaptado intimamente ao leito e fixado com parafusos de titacircnio
Os autores concluiacuteram que ambas as teacutecnicas podem ser utilizadas com sucesso
de acordo com a quantidade oacutessea desejada localizaccedilatildeo do siacutetio doador e
experiecircncia do profissional
Piccinelli et al (2009) analisaram retrospectivamente 59 pacientes submetidos
agrave enxertia oacutessea obtida de aacutereas intrabucais com a instalaccedilatildeo de implantes
osseointegrados As aacutereas doadoras foram a regiatildeo da siacutenfise mandibular ramo
mandibular e tuberosidade da maxila Os enxertos foram imobilizados atraveacutes de
parafusos de titacircnio especiacuteficos para fixaccedilatildeo interna riacutegida com diacircmetro de 16 mm
e comprimentos de 8 10 e 12 mm com encaixe em forma de cruz De todas as
cirurgias realizadas foi constatado insucesso em 5 (742 ) pacientes todos do
sexo feminino Destes em 2 (338 ) casos ocorreram perfuraccedilatildeo de membrana do
seio maxilar sendo os dois pacientes tabagistas com idades de 40 e 41 anos Em
um paciente de 30 anos ocorreu a perda do enxerto na regiatildeo anterior de maxila
tendo por aacuterea doadora o osso retirado do ramo mandibular Em outro com 50 anos
ocorreu a perda do enxerto em regiatildeo posterior de mandiacutebula recebendo da aacuterea
retromolar E noutro com 40 anos a perda ocorreu em regiatildeo posterior da
mandiacutebula tendo aacuterea doadora a siacutenfise mandibular A maior causa de falhas de
enxerto eacute deiscecircncia de sutura e posterior necrose asseacuteptica do osso enxertado
sendo demonstrado altas taxas de complicaccedilotildees quando utilizamos a mandiacutebula
27
como aacuterea receptora Existe um iacutendice de sucesso de 904 quando os implantes
satildeo instalados apoacutes um periacuteodo de cicatrizaccedilatildeo dos enxertos O estudo concluiu que
os siacutetios intrabucais doadores de enxertos oacutesseos podem prover volumes oacutesseos
suficientes para a reconstruccedilatildeo dos rebordos alveolares da maioria dos pacientes
desdentados parciais A mandiacutebula eacute vista como siacutetio de eleiccedilatildeo para retirada de
enxertos oacutesseos pois eacute capaz de prover blocos oacutesseos de composiccedilatildeo
predominantemente corticais
Silveira e Wassall (2009) analisaram a aacuterea doadora de enxertos por meio de
tomografias volumeacutetricas tipo feixe cocircnico para avaliaccedilatildeo da remodelaccedilatildeo oacutessea
verificando o grau de morbidade quanto a este paracircmetro Foram selecionados vinte
voluntaacuterios de ambos os gecircneros sem risco de sauacutede e com risco de sauacutede
controlados da cliacutenica de Poacutes-Graduaccedilatildeo do Centro de Pesquisas Odontoloacutegica
Satildeo Leopoldo Mandic e cliacutenica particular As tomografias foram obtidas com
aparelho de aquisiccedilatildeo volumeacutetrica tipo feixe cocircnico este aparelho usa a nova
tecnologia do feixe de tomografia computadorizada cocircnico no qual obtemos todas
as estruturas maxilofaciais do indiviacuteduo em volume ou seja em terceira dimensatildeo
Foi utilizado o tempo de exposiccedilatildeo de 36 segundos e apenas 3 de radiaccedilatildeo uma
tomografia meacutedica As primeiras mediccedilotildees foram obtidas no momento da tomografia
computadorizada inicial anteriormente a cirurgia Logo apoacutes a cirurgia foi realizada
a segunda tomada e medida na qual foi mensurado o quanto foi retirado de tecido
oacutesseo para enxerto Na terceira tomada de medidas foi calculado o ganho real
oacutesseo obtido na remodelaccedilatildeo apoacutes 180 dias de remoccedilatildeo do enxerto Embora a
quantidade retirada de aacuterea varie a recomposiccedilatildeo acompanha com a mesma
variabilidade Os autores concluiacuteram que a remodelaccedilatildeo oacutessea meacutedia da regiatildeo
posterior da mandiacutebula avaliada 180 dias apoacutes a remoccedilatildeo do bloco oacutesseo (enxerto
oacutesseo) foi de 813
Sousa et al (2009) verificaram atraveacutes de uma revisatildeo sistemaacutetica se os
enxertos homoacutegenos satildeo tatildeo eficientes quanto os enxertos autoacutegenos Apoacutes a busca
nas bases foram selecionados 1215 tiacutetulos de artigos Um uacutenico artigo atendeu os
criteacuterios da pesquisa o mesmo foi lido na iacutentegra por ambos examinadores e suas
caracteriacutesticas foram distribuiacutedas em uma tabela Este artigo analisado resultou em
16 pacientes entre 38 e 65 anos (9 do sexo masculino e 7 do sexo feminino) foi
comparado dois grupos enxerto autoacutegeno do iliacuteaco (grupo 1) e enxerto autoacutegeno da
calvaacuteria (grupo 2) Foi avaliado o volume oacutesseo total (VOT) o volume oacutesseo
28
necroacutetico (VON) e o osso vital (OV) e os resultados do grupo 1 foi de VOT (466)
VON (126) e OV (34) jaacute do grupo 2 foi VOT (734) VON (55) e OV (67)
Estatisticamente o enxerto da calvaacuteria foi melhor que o enxerto do iliacuteaco Os autores
concluiacuteram que o uacutenico artigo considerado natildeo consistia numa comparaccedilatildeo entre
enxerto autoacutegeno e homoacutegeno e sim numa comparaccedilatildeo entre enxertos autoacutegenos
de siacutetios diferentes
Spin-Neto et al (2009) realizaram uma revisatildeo de literatura sobre a utilizaccedilatildeo
de osso homoacutelogo em Odontologia sobre a legislaccedilatildeo envolvida na aplicaccedilatildeo deste
material Foram analisados artigos publicados nos uacuteltimos 25 anos no Medline e
pela ANVISA leis decretos que regulamentam o funcionamento dos bancos de
ossos de tecidos musculoesqueleacuteticos brasileiros Sobre o enxerto homoacutelogo haacute
um nuacutemero enorme de processos que ocorrem eacute iniciado por uma reaccedilatildeo
inflamatoacuteria criando espaccedilos que permitam sua invasatildeo por vasos sanguiacuteneos e
chegada das ceacutelulas responsaacuteveis pelo metabolismo oacutesseo atuando na
remodelaccedilatildeo gradativa do local Remover tecidos oacutergatildeos ou partes da pessoa ou do
cadaacutever eacute crime podendo resultar em reclusatildeo (2 a 6 anos) ou em 100 a 360 dias
de multa Jaacute no caso de sepultamento cabe aos meacutedicos realizar a reconstruccedilatildeo do
corpo para evitar constrangimento e manter a dignidade diante de seus familiares
no qual natildeo realizado eacute considerado crime por tal ato Foi concluiacutedo que eacute
necessaacuterio mais estudos e resultados sobre a aplicaccedilatildeo deste biomaterial para
aliados com o conhecimento juriacutedico aumentarmos o conhecimento e informaccedilotildees
sobre o caso
Piffer et al (2010) descreveram um caso cliacutenico de reabilitaccedilatildeo oral de uma
aacuterea de maxila posterior extremamente reabsorvida atraveacutes de levantamento de
seio maxilar utilizando osso xenoacutegeno e posterior uso de implante O caso constava
de uma paciente do sexo feminino que foi submetida a levantamento de seio
maxilar utilizando osso xenoacutegeno liofilizado e concomitante colocaccedilatildeo de dois
implantes nos elementos 15 e 16 Foi relatado que devido agraves limitadas quantidades
oacutesseas para colocaccedilatildeo de implantes dentaacuterios surgiram as teacutecnicas de enxertos
oacutesseos Inicialmente era utilizado osso autoacutegeno da regiatildeo intra-bucal gerando
algumas desvantagens devido a morbidade do siacutetio doador podendo gerar dor
parestesias hematoma Como alternativa surgiu possibilidade de utilizaccedilatildeo de
biomateriais para reconstruccedilotildees maxilares no qual foi utilizado neste caso o Bio-
Oss e obteve um resultado excelente em relaccedilatildeo aacute formaccedilatildeo oacutessea formando
29
extensa regiatildeo de osso denso ao redor dos implantes Assim atraveacutes de uma
revisatildeo sistemaacutetica criacutetica de trabalhos cliacutenicos controlados randomizados
evidenciou que substitutos de ossos autoacutegenos podem ser utilizados obtendo
sucesso Concluindo assim que a colocaccedilatildeo de implantes concomitantes com
enxertias oacutesseas natildeo interferem no processo de reparo oacutesseo e nem na
estabilizaccedilatildeo dos implantes e mostrou-se um tratamento viaacutevel para o presente
caso cliacutenico
Souza et al (2010) realizaram uma revisatildeo da literatura das principais
aplicaccedilotildees e indicaccedilotildees dos enxertos de bancos de ossos na Odontologia Os
enxertos oacutesseos autoacutegenos satildeo eleitos como os de primeira escolha pela sua
eficiecircncia biosseguranccedila e facilidade de obtenccedilatildeo poreacutem apresentam algumas
desvantagens e limitaccedilotildees A utilizaccedilatildeo de homoenxertos provenientes de bancos
de ossos representa uma alternativa aos enxertos oacutesseos autoacutegenos e demonstra
ser uma ferramenta bastante uacutetil para a odontologia com a finalidade de regenerar o
tecido oacutesseo perdido dos maxilares Os autores concluiacuteram que a utilizaccedilatildeo de
homoenxertos provenientes de bancos de ossos demonstra ser uma ferramenta
bastante uacutetil para a odontologia com a finalidade de regenerar o tecido oacutesseo
perdido dos maxilares Faz-se necessaacuterio que mais bancos de coleta e preparo do
tecido oacutesseo sejam instalados nos hospitais para que esta opccedilatildeo torne-se viaacutevel e
acessiacutevel a um nuacutemero maior de serviccedilos que atuam com reconstruccedilotildees oacutesseas
Aloy-Proacutesper et al (2011) realizaram uma revisatildeo bibliograacutefica sobre
regeneraccedilatildeo oacutessea usando partiacuteculas de enxertos Foram avaliados os resultados
obtidos bem como as complicaccedilotildees de teacutecnicas cirurgircas e as taxas de
sobrevivecircncia e sucesso de implantes colocados nestas aacutereas regeneradas Foram
identificados 64 artigos dos quais 53 foram excluiacutedos em 14 casos de partiacuteculas de
enxerto foi combinado com o bloco de enxerto em quatro casos natildeo ocorreu
defeitos periimplantares durante a colocaccedilatildeo do implante Quanto agrave taxa de sucesso
dos implantes nem todos os estudos bem definidos utilizaram os criteacuterios de
sucesso tornando difiacutecil a comparaccedilatildeo Com base nos criteacuterios de sucesso de
Albrektsson houve uma taxa de sucesso de 932 dois anos apoacutes o carregamento
(857 na maxila superior e 100 na mandiacutebula) Quando os criteacuterios eram do
cortador e Ederer houve uma taxa de sucesso de 857 trecircs anos apoacutes o
carregamento A conclusatildeo dos autores foi de que enxertos de partiacuteculas satildeo
30
eficazes na correccedilatildeo localizada de defeitos do processo alveolar com poucas
complicaccedilotildees e a taxa de sucesso satildeo sempre elevadas variando de 875 a 100
Oliveira Diebold e Silva (2011) analisaram as estruturas da regiatildeo maxilar de
interesse na implantodontia por meio de imagens de tomografia computadorizada
buscando uma avaliaccedilatildeo qualitativa e quantitativa da densidade oacutessea Foram
utilizadas imagens de tomograacutefia computadorizada por raios X obtidas da regiatildeo
maxilar de 31 pacientes avaliados para a colocaccedilatildeo de implantes As regiotildees de
interesse analisadas (seio maxilar fossa nasal tuberosidade maxilar e foramem
naso-alveolar) foram delimitadas de modo semi-automaacutetico com o auxiacutelio da
ferramenta ldquoCell Outlinerrdquo pelo software ImageJ Essas regiotildees foram analisadas nos
cortes axiais cortes sagitais e coronais obtidos pelo TC e com o software A partir
da delimitaccedilatildeo das regiotildees de interesse (ROI) foram determinados os valores
meacutedios e desvio padratildeo do nuacutemero CT em HU (Hounsfield) O nuacutemero CT de uma
imagem tomograacutefica representa o valor de cada pixel que compotildee a imagem esta
relacionada com o coeficiente de atenuaccedilatildeo linear dos tecidos contidos em um voxel
correspondente Estes valores constituem-se em uma informaccedilatildeo importante tanto
para a avaliaccedilatildeo quantitativa das densidades oacutesseas como para a produccedilatildeo de uma
metodologia de realce das estruturas de interesse em implantodontia Com anaacutelise
dos dados obtidos para cada paciente nas estruturas analisadas foi observado que
as regiotildees do seio maxilar e a fossa nasal satildeo semelhantes mas estatisticamente
diferentes Estas satildeo regiotildees pneumaacuteticas que em consequumlecircncia da presenccedila do
ar possuem medidas de nuacutemero CT semelhantes a fossa nasal apresenta uma
estrutura mais irregular e obteve-se uma diferenccedila estatisticamente significativa
entre estas duas regiotildees estudadas O foramem naso-alveolar e a tuberosidade satildeo
regiotildees distintas porque a tuberosidade eacute um osso trabecular de densidades
heterogecircneas que possui a meacutedia do nuacutemero CT maior que a meacutedia do foramen
naso-alveolar que se trata de uma estrutura tubular de densidade homogecircnea para
passagem do feixe vasculo-nervoso Com a comparaccedilatildeo das estruturas analisadas
pelo meacutetodo ANOVA entre pacientes masculinos e femininos evidenciou-se que natildeo
existe diferenccedila estatisticamente significativa entre sexos As conclusotildees obtidas
neste trabalho mostraram que o nuacutemero CT eacute uma medida eficiente para
caracterizar estruturas do corpo humano Os dados obtidos com a anaacutelise das
meacutedias do nuacutemero CT de cada regiatildeo estudada nos permite caracterizar
separadamente cada regiatildeo
31
3 MATERIAS E MEacuteTODOS
O presente trabalho aborda a descriccedilatildeo de quatro casos cliacutenicos que foram
selecionados dos prontuaacuterios de pacientes enxertados submetidos agrave tomografia
computadorizada Cone Beam no periacuteodo preacute-enxerto e apoacutes o procedimento
ciruacutergico das cliacutenicas radiograacuteficas ldquoCliacutenica Odonto Imagem Radiologiardquo situada em
Balneaacuterio Camboriuacute (SC) e ldquoCliacutenica Radioimagemrdquo situada em Itajaiacute (SC)
Foram incluiacutedos no estudo os laudos radiograacuteficos de pacientes que atendem
as seguintes caracteriacutesticas pacientes de ambos os sexos com bom estado de
sauacutede geral idade de quarenta a setenta anos que foram submetidos a enxerto
oacutesseo em regiatildeo de maxila
Primeiramente foi realizada uma coleta de dados junto aos laudos
radiograacuteficos emitidos pelas cliacutenicas citadas Foram selecionados os casos e
posteriormente foi acessado agraves imagens tomograacuteficas dos pacientes
Os exames tomograacuteficos computadorizado de aquisiccedilatildeo volumeacutetrica (cone
beam) foram realizados atraveacutes de cortes parasagitais de espessura de 2mm e
distacircncia de 1 mm entre os cortes
Na segunda etapa foi efetuada a anaacutelise das tomografias observando as
imagens preacute e poacutes-ciruacutergicas simultaneamente nesse momento delimitou-se a aacuterea
do leito receptor e do material enxertado Utilizando o programa Planmeca Romexis
Viewer acessou-se as imagens fornecidas digitalmente analisando primeiramente
as imagens do leito receptor por meio de trecircs traccedilados (em planos perpendiculares)
realizados com o auxiacutelio da ferramenta denominada Linha Hounsfield que nos
fornece a densidade oacutessea do local traccedilado e uma meacutedia do mesmo Foi realizada
uma meacutedia aritmeacutetica simples dos trecircs traccedilados resultando uma meacutedia de
densidade oacutessea que foi enquadrada na escala O mesmo procedimento foi
realizado na aacuterea do material enxertado
Com a posse destes valores meacutedios comparou-se a densidade oacutesseo do leito
receptor com a densidade oacutessea do material enxertado
32
Os dados seratildeo divulgados atraveacutes de painel exposto no bloco de Odontologia
e apresentaccedilatildeo oral Uma coacutepia da pesquisa concluiacuteda seraacute enviada agraves Cliacutenicas
envolvidas na pesquisa
O projeto de pesquisa foi aprovado pela Comissatildeo de Eacutetica em Pesquisa
sobre o nuacutemero 44610
33
4 RESULTADOS
De acordo com a tabela a seguir podemos expressar de forma resumida os
resultados obtidos atraveacutes da pesquisa comparando os mesmos com a escala de
Misch
Paciente (P1) MS sexo feminino com idade de 49 anos apresentando bom
estado de sauacutede geral No dia 28 de outubro de 2009 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes (Figura 1)
34
Figura 1 Vista panoracircmica preacute-enxertia
A densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield
obteve os seguintes resultados Axial (Z) = 7650 Coronal (Y) = 5196 Sagital (X)
= 7818
No dia 29 de janeiro de 2010 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
homoacutegeno O material proveniente do Banco de Tecidos Muacutesculo Esqueleacuteticos HC-
UFPR consistia de um bloco cortical de Fecircmur medindo 30x20mm lote C0917 FD
BC 26 processado no dia 15 de julho de 2009 com validade de 5 anos conservado
a temperatura abaixo de -40ordmC O osso foi particulado e acrescido de lincomicina
No dia 19102010 foram realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da
densitometria oacutessea do material enxertado e obtiveram os seguintes resultados
Axial (Z) = 6590 Coronal (Y) = 4986 Sagital (X) = 2948 (Figura 2)
35
Figura 2 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
Paciente (P2) AWU sexo feminino com idade de 67 anos apresentando
bom estado de sauacutede geral no dia 29 de agosto de 2009 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes A
densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield obteve os
seguintes resultados Axial (Z) = 7104 Coronal (Y) = 7002 Sagital (X) = 10412
(Figura 3)
Figura 3 Vista panoracircmica preacute-enxertia
No dia 06 de novembro de 2009 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
36
homoacutegeno O material proveniente do Banco de Tecidos Muacutesculo Esqueleacuteticos HC-
UFPR consistia de um bloco cortical de Fecircmur medindo 30x20mm lote C0917 FD
BC 39 processado no dia 15 de julho de 2009 com validade de 5 anos conservado
a temperatura abaixo de -40ordmC O osso foi particulado e acrescido de lincomicina
Passado o periacuteodo de 10 meses apoacutes o procedimento ciruacutergico foram
realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da densitometria oacutessea do material
enxertado e obtiveram os seguintes resultados Axial (Z) = 6972 Coronal (Y) =
8138 Sagital (X) = 4984 (Figura 4)
Figura 4 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
Paciente (P3) IS sexo feminino com idade de 42 anos apresentando bom
estado de sauacutede geral no dia 13 de Novembro de 2007 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes A
densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield obteve os
seguintes resultados Axial (Z) = 4917 Coronal (Y) = 3481 Sagital (X) = 4207
(Figura 5)
37
Figura 5 Vista panoracircmica preacute-enxertia
No dia 26 de Novembro de 2007 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
autoacutegeno tendo como aacuterea doadora a regiatildeo de ramo mandibular
Passado o periacuteodo de 09 (nove) meses apoacutes o procedimento ciruacutergico foram
realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da densitometria oacutessea do material
enxertado e obtiveram os seguintes resultados Axial (Z) = 7176 Coronal (Y) =
5443 Sagital (X) = 5638 (Figura 6)
Figura 6 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
38
Paciente (P4) ATL sexo feminino com idade de 45 anos apresentando
bom estado de sauacutede geral no dia 18 de Agosto de 2009 realizou imagens
tomograacuteficas com o intuito de avaliar a qualidade e quantidade de osso existente
que possibilite a colocaccedilatildeo de implantes Atraveacutes das mesmas verificou-se a
necessidade de enxerto oacutesseo para posterior reabilitaccedilatildeo com implantes A
densidade oacutessea existente no local avaliado segundo escala Hounsfield obteve os
seguintes resultados Axial (Z) = 6028 Coronal (Y) = 6681 Sagital (X) = 6397
(Figura 7)
Figura 7 Vista panoracircmica preacute-enxertia
No dia 09 de Outubro de 2009 a paciente foi submetida a procedimento
ciruacutergico de levantamento de seio maxilar utilizando como material de escolha osso
autoacutegeno tendo como aacuterea doadora a regiatildeo de ramo mandibular
Passado o periacuteodo de 4 (quatro) meses apoacutes o procedimento ciruacutergico foram
realizadas imagens tomograacuteficas para realizaccedilatildeo da densitometria oacutessea do material
enxertado e obtiveram os seguintes resultados Axial (Z) = 8549 Coronal (Y) =
9340 Sagital (X) = 8624 (Figura 8)
39
Figura 8 Vista panoracircmica poacutes-enxertia
40
5 DISCUSSAtildeO
Em Odontologia a tomografia computadorizada tem demonstrado ser o
meacutetodo de eleiccedilatildeo para a determinaccedilatildeo da densidade oacutessea na regiatildeo dos
maxilares pois fornece dados objetivos precisos da variaccedilatildeo da densidade oacutessea
entre diferentes regiotildees em um mesmo indiviacuteduo A tomografia computadorizada eacute o
uacutenico meacutetodo que permite avaliar osso cortical e medular separadamente com a
vantagem de que as informaccedilotildees tridimensionais satildeo apresentadas em uma seacuterie de
cortes finos da estrutura interna da parte estudada onde as informaccedilotildees resultantes
natildeo sofrem superposiccedilatildeo por estruturas anatocircmicas (SANTIAGO e VITRAL 2006)
Logo a tomografia computadorizada eacute um meacutetodo de escolha na avaliaccedilatildeo
qualitativa e quantitativa de enxertos em seio maxilar (ZEacuteTOLA et al 2002)
Bassi et al (2009) citaram que para o sucesso da reabilitaccedilatildeo com implantes
dentaacuterios eacute imprescindiacutevel que seja levado em consideraccedilatildeo a quantidade de
rebordo residual e tambeacutem a qualidade de osso para a estabilidade do implante
Aleacutem disso o osso disponiacutevel (volume) deve ser avaliado em sua densidade
o que determinaraacute sua resistecircncia Densidade eacute a relaccedilatildeo entre a massa e o volume
de um corpo e o meacutetodo de avaliaccedilatildeo da densidade mineral oacutessea eacute denominado
densitometria As unidades de medidas mais empregadas satildeo gcmsup2 (densidade por
aacuterea) gcmsup3 (densidade por volume) ou HU (unidade Hounsfield) (CAUacuteLA
MACHADO BARBOSA 2000)
A densidade oacutessea eacute diretamente relacionada agrave resistecircncia do tecido oacutesseo
antes da fratura Uma diferenccedila de dez vezes na resistecircncia do tecido oacutesseo pode
ser observada entre o osso D1 e D4 O osso D2 exibe uma resistecircncia agrave
compressatildeo 47 a 68 maior se comparado com o D3 (MISCH 2000)
O osso com densidade 2 (D2) eacute uma combinaccedilatildeo de osso compacto denso
para poroso na porccedilatildeo externa e osso trabecular grosso na porccedilatildeo interna Na
superfiacutecie e nas proporccedilotildees laterais do implante oferece uma interface inicial riacutegida
A densidade oacutessea D2 eacute mais comumente encontrada na mandiacutebula A regiatildeo
anterior da mandiacutebula apresenta este tipo oacutesseo em 23 dos casos O osso com
densidade 3 (D3) eacute composto de uma cortical oacutessea fina na crista e osso trabecular
fino no interior Uma das desvantagens desse tipo oacutesseo eacute a delicadeza com a qual
esse osso deve ser manipulado Quanto menor for a densidade mais facilmente o
41
osso eacute expandido para que implantes sejam inseridos A regiatildeo anterior da maxila
apresenta em 65 dos casos o osso D3 e em quase metade dos casos o osso
D3 eacute encontrado tambeacutem na regiatildeo posterior da maxila O osso menos denso D4
tem sido relatado em aproximadamente 40 dos casos eacute encontrado na parte
posterior da maxila especialmente na regiatildeo dos molares ou apoacutes levantamento do
seio maxilar (CAUacuteLA MACHADO BARBOSA 2000 BUSCATTI 2003)
Em 1988 Misch realizou uma pesquisa tendo como base de estudos a escala
apresentada por Hounsfield que tem como objetivo a diferenciaccedilatildeo de densidades
de oacutergatildeos do corpo pela diferenccedila de tons de cinza atraveacutes da tomografia A partir
desta Misch propocircs uma nova escala o qual associou nuacutemeros aos tipos oacutesseos
relacionando numericamente os valores aos tipos oacutesseos
No periacuteodo preacute-enxertia foi verificado que em todos os casos estudados a
densidade presente na regiatildeo de leito receptor caracteriza osso tipo D3 Sendo esta
densidade compatiacutevel com a regiatildeo anterior e posterior da maxila
Apoacutes 10 meses dos enxertos homoacutegenos serem realizados (P1 e P2)
observou-se que a densidade em unidades HU diminuiu na maioria dos eixos
avaliados somente no eixo coronal da P2 que apresentou um leve aumento Apesar
desta variaccedilatildeo de valores natildeo houve mudanccedila da qualidade oacutessea Tanto o osso
neoformado quanto o do leito receptor mantiveram-se qualidade de osso D3
Nos casos onde o material de escolha foi osso autoacutegeno observou-se atraveacutes
da densidade em unidades HU aumento dos valores em todos os eixos avaliados
Entre os dois casos (P3 e P4) houve uma pequena diferenccedila entre os valores que
atraveacutes da escala proposta por Misch resultou na diferenccedila que no caso P3 o
material enxertado natildeo apresentou alteraccedilatildeo na qualidade em relaccedilatildeo agrave aacuterea
receptora Jaacute no caso P4 o material enxertado caracteriza-se como qualidade oacutessea
D2 Suponha-se que esta diferenccedila entre a densidade do material enxertado nestes
dois casos seja devido ao grau de condensaccedilatildeo do material na regiatildeo tamanho das
partiacuteculas e quantidade de material enxertado Os dados obtidos natildeo correspondem
a uma populaccedilatildeo em geral devido a pequena quantidade de amostras e se tratando
de um relato de caso cliacutenico
Pinto et al (2007) comenta que os enxertos autoacutegenos satildeo os uacutenicos entre os
tipos de enxerto oacutesseo a fornecer ceacutelulas oacutesseas vivas imunocompatiacuteveis
essenciais agrave fase I da osteogecircnese que eacute responsaacutevel pela proliferaccedilatildeo das ceacutelulas
oacutesseas em especial do osteoacuteide assim quanto mais ceacutelulas vivas forem
42
transplantadas mais tecido oacutesseo seraacute formado Kuabara et al (2000) concluiacuteram
que a pequena morbidade poacutes-operatoria da regiatildeo doadora do enxerto elege a
regiatildeo retromolar inferior como uma excelente opccedilatildeo ciruacutergica para reabilitaccedilatildeo de
pequenos defeitos oacutesseos Jaacute Cyriaco e Azevedo (2006) relatam que quando se
trata de enxertos menores as melhores aacutereas doadoras para regiatildeo oral seriam o
mento e a regiatildeo retromolar e para maiores quantidades a crista iliacuteaca a calota
craniana a costela e a tiacutebia
Pereira et al (2009) enxerto com osso autoacutegeno eacute considerado padratildeo ouro
para reconstruccedilatildeo de defeitos oacutesseos residuais Algumas teacutecnicas ciruacutergicas podem
ser realizadas abrangendo aacutereas doadoras extra e intrabucais dependendo do grau
de perda oacutessea planejamento ciruacutergico-proteacutetico e das condiccedilotildees gerais do
paciente O osso autoacutegeno cortical oferece excelente suporte estrutural para o siacutetio
receptor sendo uma excelente alternativa para segmentos de defeitos maiores que
5 ou 6 cm que requerem suporte estrutural imediato restabelecendo devidamente a
funccedilatildeo
Gonccedilalves (2008) concluiu que implantes instalados em enxertos de seio maxilar
com a ajuda de substitutos oacutesseos apresentam uma taxa de sucesso cliacutenico de
9009
O osso mais indicado para enxertia eacute o autoacutegeno pela sua eficiecircncia
bioseguranccedila e facilidade de obtenccedilatildeo e uma alternativa para sua substituiccedilatildeo eacute o
homoacutegeno por ter caracteriacutesticas a longo prazo semelhantes embora o iacutendice de
reabsorccedilatildeo ser maior (DEL VALE et al 2006 SOUZA et al 2010 GONCcedilALVEZ et
al 2009) O enxerto de osso homoacutelogo eacute uma alternativa viaacutevel para reconstruccedilatildeo
de rebordos alveolares severamente atroacuteficos ao mesmo tempo em que reduz a
morbidade e os riscos inerentes aos procedimentos de enxertos autoacutegenos como
dor parestesia e hematomas (MOLON et al 2009 PIFFER et al2010) Ele mostra-
se efetivo conforme Contar et al (2009) que realizou 51 implantes sobre enxerto
homoacutegeno alcanccedilando o torque miacutenimo de 40N(newton) em todos eles natildeo
havendo problema em nenhum implante em um periacuteodo de acompanhamento de 24
a 35 meses
Ajzen et al (2005) comenta do uso de fatores indutores como plasma rico em
plaquetas sugerindo uma melhor qualidade e quantidade oacutessea necessaacuteria para
reconstruccedilatildeo proteacutetica atraveacutes de implantes oacutesseo integrados A associaccedilatildeo do
bloco de osso homoacutegeno agrave medula oacutessea autoacuteloga parece representar uma
43
alternativa terapecircutica para se minimizar os niacuteveis de reabsorccedilatildeo dos materiais de
enxertia (COSTA et al 2009)
Faz-se necessaacuterio a coleta de mais casos para se obter um tratamento
estatiacutestico que possibilite uma comprovaccedilatildeo da previsibilidade da densidade oacutessea
com os materiais enxertados e variaccedilotildees de teacutecnicas ciruacutergicas
44
6 CONCLUSAtildeO
Conclui-se que o enxerto oacutesseo autoacutegeno e procedente de banco de ossos
demonstra-se eficaz na reabilitaccedilatildeo de pacientes que apresentam maxilas atroacuteficas
e que necessitam de implantes dentaacuterios para a reabilitaccedilatildeo proteacutetica
A densidade obtida do material enxertado eacute semelhante a densidade do
tecido oacutesseo adjacente necessitando de mais casos para esta comprovaccedilatildeo
45
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
AJZEN S A et al Anaacutelise por tomografia computadorizada do enxerto autoacutegeno na cirurgia de sinus lift Radiol bras Rio de Janeiro v 38 n 1 p 25-31 janfev 2005 ALOY-PROacuteSPER A et al Bone regeneration using particulate grafts an update Med oral patol oral cir bucal Valencia v16 n2 p210-214 Mar 2011 ARAUacuteJO JMS de et al Enxerto oacutesseo bovino como alternativa para cirurgias de levantamento de assoalho de seio maxilar Rev cir traumatol buco-maxilo-fac Recife v9 n 3 p 89-96 julset 2009
BASSI A P F CARNEIRO G P Avaliaccedilatildeo do iacutendice de sucesso dos enxertos autoacutegenos e dos implantes instalados em regiatildeo do seio maxilar Implant News Satildeo Paulo v7 n2 p257-260 dez 2009
BLAY A TUNCHEL S SENDYK W R Viabilidade dos enxertos autoacutegenos obtidos com a utilizaccedilatildeo de coletores para osso estudo histoloacutegico e microbioloacutegico Pesqui Odontol Bras Satildeo Paulo v 17 n 3 p 234-40 julset 2003 BUSCATTI M Y Contribuiccedilatildeo para o estudo das densidades oacutesseas maxilomandibulares por meio da escala tomodensitomeacutetrica de Hounsfield quando da aplicaccedilatildeo de programa computadorizado para planejamento de implantes osseointegrados 2003 122f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Radiologia) - Faculdade de Odontologia da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2003 CAUacuteLA A L MACHADO F O de BARBOZA E P Densidade Oacutessea no planejamento em Implantodontia BCI Curitiba v 7 n 25 2000
CHEM RC et al Uso de retalho livre de fiacutebula no complexo bucomaxila-facial ndash Relato de dois casos Rev Cir Traumatol Buco-maxilo-fac Camaragibe v5 n4 p 23-30 outdez 2005 CONTAR C M M et al Maxillary ridge augmentation with fresh-frozen bone allografts J Oral Maxillofac Surg Copenhagen v67 n6 p1280-1285 June 2009 COSMO L A M et al Enxerto oacutesseo em levantamento de seio maxilar com osso humano fresco congelado ImplantNews Satildeo Paulo v 4 n 3 p 249-253 2007 COSTA C E S da et al Utilizaccedilatildeo de medula oacutessea autoacuteloga na integraccedilatildeo de enxertos oacutesseos homoacutelogos ImplantNews Satildeo Paulo v 6 n 4 p 395-402 2009
CYRIACO E AZEVEDO D Enxertos oacutesseos aplicados na cirurgia buccedilo-maxilo facial Cispre [on line] Petroacutepolis 27 jul 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwcisprecombracervo_detalhesaspId=60gt Acesso em 20 abr 2011
DEL VALLE R A CARVALHO M L de GONZALEZ M R Estudo do comportamento de enxerto oacutesseo com material doador obtido dos bancos de tecidos muacutesculos-esqueleacuteticos Rev odontol Univ Cid Satildeo Paulo Satildeo Paulo v 18 n 2 p 189-194 maioago 2006
46
GARCIA JUacuteNIOR I R et al Avaliaccedilatildeo cliacutenica de enxertos oacutesseos autoacutegenos de crista iliacuteaca em maxilas atroacuteficas para instalaccedilatildeo de implantes oacutesseointegraacuteveis Innov implant j biomater esthet (Impr) Satildeo Paulo v 1 n 1 p 34-40 maio 2006 GONCcedilALVES A R de Q Avaliaccedilatildeo do sucesso de implantes osseointegraacuteveis em enxerto de seio maxilar RGO (Porto Alegre) Porto Alegre v 56 n 4 p 423-427 outdez 2008 GONCcedilALVES A O et al Avaliaccedilatildeo histomorfoloacutegica de maxilares humanos submetidos a enxerto oacutesseo autoacutegeno e homoacutegeno Implant News Satildeo Paulo v7 n2 p213-222 nov 2009
JAHN R S et al Retalho em dupla paacutegina Innov implant j biomater esthet Satildeo Paulo v 4 n 3 p 20-24 setdez 2009
KUABARA M R et al Levantamento de seio maxilar utilizando enxerto autoacutegeno da regiatildeo retromolar e simultacircnea colocaccedilatildeo de implantes ossointegrados Relato de caso cliacutenico ROBRAC Goiacircnia v 9 n 28 p 14-17 2000
MAZZONETTO R et al Avaliaccedilatildeo da eficaacutecia de enxertos de siacutenfise mandibular na reconstruccedilatildeo de defeitos oacutesseos em regiatildeo anterior de maxila estudo por meio de tomografia convencional linear Rev bras implant Satildeo Paulo v 6 n 1 p 19-22 janmar 2000
MISCH C E et al Doaccedilatildeo de enxertos oacutesseos autoacutegenos extra orais para implantes endo oacutesseo In Implantes Dentaacuterios Contemporacircneos 2ordm ed Satildeo Paulo Santos 2000 cap 33 p 521-535 MOLON R S de et al Reconstruccedilatildeo de maxila atroacutefica utilizando enxerto oacutesseo homoacutegeno Rev Cir Traumatol Buco-Maxilo-fac Camaragibe v 9 n 4 p 25-30 outdez 2009 OLIVEIRA FILHO M A de et alReconstruccedilatildeo de defeito de continuidade em mandiacutebula com posterior reconstruccedilatildeo alveolar RGO (Porto Alegre) Porto Alegre v 55 n 3 p 305-310 julset 2007 OLIVEIRA H W de DIEBOLD E SILVA A M M da Avaliaccedilatildeo da regiatildeo maxilar em imagens de tc por raios x para o uso em implantodontia e cirurgia bucomaxilofaciaL Disponiacutevel em lthttpwwwpucrsbrunipoafisicapesquisasnimedartigosArtigo20Canal20CientEDficopdfgt Acesso em 20 de Junho de 2011 PEREIRA C C S et al Enxertos oacutesseos autoacutegenos mandibulares para reconstruccedilatildeo de processos alveolares atroacutefi cos revisatildeo e teacutecnica ciruacutergica Innov Implant J Biomater Esthet Satildeo Paulo v 4 n 3 p 96-102 setdez 2009 PICCINELLI L B et al Estudo retrospectivo de 59 pacientes tratados com enxertos oacutesseos autoacutegenos intrabucais e implantes dentais Innov Implant J Biomater Esthet Satildeo Paulo v 4 n 3 p 30-34 setdez 2009 PIFFER C S et al Levantamento de seio maxilar utilizando Bio-Oss concomitante com a instalaccedilatildeo de implantes ImplantNews Satildeo Paulo v 7 n 4 p 489-495 2010
47
PINTO J G S et al Enxerto autoacutegeno x biomateriais no tratamento de fraturas e deformidades faciais ndash uma revisatildeo de conceitos atuais RFO UPF Passo Fundo v 12 n 3 p 79-84 setdez 2007 RIBEIRO JUacuteNIOR O et al Princiacutepios da reconstruccedilatildeo mandibular com enxerto oacutesseo vascularizado Rev cir traumatol buco-maxilo-fac Recife v 8 n 1 p 15 ndash 22 janmar 2008 RODRIGUES A F VITRAL R W F Aplicaccedilotildees da Tomografia Computadorizada na Odontologia Pesq Bras Odontoped Clin Integr Joatildeo Pessoa v 7 n 3 p 317-324 setdez 2007 SANTIAGO R C VITRAL R W F Meacutetodos de avaliaccedilatildeo da densidade mineral oacutessea e seu emprego na odontologia Pesq Bras Odontoped Clin Integr Joatildeo Pessoa v6 n3 p 289-294 setdez 2006 SILVEIRA A C G WASSALL T Anaacutelise da aacuterea doadora de enxerto mandibular por meio de tomografia computadorizada do feixe cocircnico para avaliaccedilatildeo da remodelaccedilatildeo oacutessea RGO (Porto Alegre) Porto Alegre v 57 n 1 p 61-65 janmar 2009 SOUSA J N L de et al Avaliaccedilatildeo dos enxertos homoacutegenos como substitutos aos enxertos autoacutegenos na fixaccedilatildeo de implantes osteointegrados uma revisatildeo sistemaacutetica da literatura Innov Implant J Satildeo Paulo v 4 n 3 p 54-57 setdez 2009 SOUZA D O et al Aplicaccedilotildees de enxertos de bancos de ossos em odontologia R Ci meacuted biol Salvador v 9 n 1 p 45-48 2010 SPIN-NETO R et al Tecido oacutesseo homoacutelogo para utilizaccedilatildeo em Odontologia Implant News Satildeo Paulo v7 n4 p555-560 dez 2009 TANAKA R et al Incorporaccedilatildeo dos enxertos oacutesseos em bloco processos bioloacutegicos e consideraccedilotildees relevantes Conscientia e sauacutede Satildeo Paulo v 7 n 3 p 323-327 2008 ZEacuteTOLA A L et al Reconstruccedilatildeo do seio maxilar atroacutefico com enxerto autoacutelogo de crista iliacuteaca avaliaccedilatildeo por tomografia computadorizada e radiografia panoracircmica Rev col bras cir Rio de Janeiro v 29 n 1 p 13-18 janfev 2002