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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DO PARANÁ

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE

VALDIR POLOMANI

WEBQUEST: Internet na Escola no Ensino de História

CURITIBA 2012

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DO PARANÁ

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE

VALDIR POLOMANI

WEBQUEST: Internet na Escola no Ensino de História

Artigo apresentado à coordenação do PDE/SEED como requisito final do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE 2010 – Área PDE: História – IES: UFPR

Orientadora: Profª PhD. Sônia Haracemiv

CURITIBA

2012

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WEBQUEST: INTERNET NA ESCOLA NO ENSINO DE HISTÓRIA

Autor: Valdir Polomani1

Orientadora: Sonia Maria Chaves Haracemiv2

Resumo

A questão central deste estudo teve por meta a utilização de uma ferramenta pedagógica denominada WebQuest no ensino de História para estudantes das segundas séries do Ensino Médio do Colégio Estadual Presidente Caetano Munhoz da Rocha, na cidade de Rio Negro-Paraná. Com objetivo de diagnosticar o domínio dos alunos e professores da referida área em relação ao uso pedagógico da internet com o intuito de levantar dados referentes à acessibilidade a tecnologia, e a qualidade na utilização dela por parte dos pesquisados, foi elaborado e aplicado um questionário. Com conhecimento prévio foi possível obter informações preliminares de que laboratórios de informática e a internet não eram bem utilizados por nossos educandos, tanto no ambiente escolar quanto fora dele. Para nortear os trabalhos foi elaborado uma Unidade Didática intitulada WebQuest: Internet na Escola no Ensino de História, com a participação dos professores de história do colégio, tanto na aplicação didática quanto na discussão no Grupo de Trabalho em Rede - GTR. O que se buscou neste trabalho foi conduzir nossos educandos à autonomia na pesquisa de forma a torná-los investigadores e criadores do conhecimento não um meros reprodutores do mesmo. Muitos foram os desafios e problemas apresentados pelos envolvidos em todo o processo, e que, apesar dos mesmos, os objetivos de apresentar uma nova possibilidade de utilização da Internet e de constituir um banco de WebQuests tornaram-se possíveis, um expoente de dedicação e superação de todos. A constatação final é de que a determinação e a vontade de aprender podem sim ser fundamentais no processo de ensino e de aprendizagem. Palavras-chave: WebQuest; Ensino de História; Ambiente Colaborativo de Aprendizagem.

1Professor Especialista em Metodologia de Ensino Fundamental e Médio. Atua no Colégio Estadual

Presidente Caetano Munhoz da Rocha-Rio Negro Paraná. 2 Professora Doutora em Educação da Universidade Federal do Paraná. Setor de Educação.

Departamento de Teoria e Prática de Ensino. Pós-Doutora em Currículo e Avaliação.

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INTRODUÇÃO

Este artigo relata a pesquisa desenvolvida pelo professor de História da Rede

Estadual de Ensino, participante do PDE - Programa de Desenvolvimento

Educacional, cujo tema foi WebQuest: Internet na Escola no Ensino de História,

aplicada nas segundas séries do Ensino Médio Matutino do Colégio Estadual

Presidente Caetano Munhoz da Rocha na cidade de Rio Negro, Paraná.

A escolha do tema deveu-se em primeira instância a constatação da

necessidade de buscarem-se novos métodos de ensino de História, principalmente

em uma sociedade da informação, em que os estudantes têm acesso a ela, mas não

necessariamente ao conhecimento.

Outra necessidade constatada, mesmo antes da intervenção do professor

pesquisador, estava relacionada ao acesso a internet por parte dos educandos e a

limitações apresentadas nas aulas em que se procurou utilizar os laboratórios de

informática do Paraná Digital. Para tanto, se fez necessário um levantamento de

dados visando conhecer as experiências dos educandos e dos educadores a

respeito da utilização das TICs -Tecnologias da Informação e Comunicação, como

recurso pedagógico.

Para Kenski (2008), a evolução tecnológica não se restringe aos novos usos

de determinados equipamentos e produtos. Ela altera comportamentos. E com esta

meta buscamos pensar no projeto pedagógico, e no projeto de intervenção

pedagógica no Colégio Estadual Presidente Caetano Munhoz da Rocha, em Rio

Negro. Alterar na medida do possível o comportamento dos estudantes frente aos

computadores e a Internet. Respaldando tal objetivo pode-se afirmar que as

(...) Novas Tecnologias da Informação e Comunicação (NTICs) articulam várias formas eletrônicas de armazenamento, tratamento e difusão da informação. Tornam-se “midiáticas” após a união da informática com as telecomunicações e o audiovisual. Geram produtos que têm como algumas de suas características a possibilidade de interação comunicativa e a linguagem digital (KENSKI, 2008).

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Com o levantamento de dados constatou-se que muito pouco se utilizavam

do laboratório de informática e que quando essa utilização ocorria deixava a desejar.

Outro dado valioso é que no universo pesquisado uma boa parcela dos estudantes

tem acesso a Internet em suas casas, mas lamentavelmente a forma de utilização

pouco agregava aos seus conhecimentos, consideramos estes dados relevantes

para a intervenção pedagógica e aplicação do material didático na escola.

Com estes dados constatou-se o grande desafio, racionalizar o tempo de

utilização da Internet de modo a torná-lo mais produtivo, que este lhes fosse uma

ferramenta de busca do conhecimento e não apenas de distração, objetivando desta

forma buscar a autonomia assim como propõe Moran, (1998)

É importante educar para a autonomia, para que cada um encontre o seu próprio ritmo de aprendizagem e, ao mesmo tempo, é importante educar para a cooperação, para aprender em grupo, para intercambiar idéias, participar de projetos, realizar pesquisas em conjunto (p. 125).

Sabe-se dos desafios de buscar uma educação de qualidade, educar para a

autonomia e ainda utilizando as Tics, tarefa árdua, mas também muito interessante,

que demanda muito cuidado por parte do educador, como respalda-nos Moran,

(1998)

Ensinar utilizando a Internet exige uma forte dose de atenção do professor. Diante de tantas possibilidades de busca, a própria navegação se torna mais sedutora do que o necessário trabalho de interpretação. Os alunos tendem a dispersar-se diante de tantas conexões possíveis, de endereços dentro de outros endereços, de imagens e textos que se sucedem ininterruptamente (p. 127).

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Em sua afirmação se destaca a coerência em direcionar e auxiliar os

educandos a usufruírem com qualidade deste meio de aprendizado aproveitando o

interesse que eles apresentam, mostrando as possibilidades de uma pesquisa

realizada com critérios, evitando a dispersão que é tão previsível.

O desenvolvimento do projeto de intervenção procurou apresentar aos

estudantes uma ferramenta pedagógica que alia-se informação, pesquisa,

colaboração e conhecimento, principalmente visando conduzir os educandos a uma

busca pelo conhecimento de forma mais autônoma, em que eles próprios pudessem

ser o elemento fundamental no processo de estudo, buscando superar as

dificuldades apresentadas por eles anteriormente ao utilizar a internet nas

pesquisas.

Para tanto, foi utilizada uma ferramenta pedagógica disponível na Internet

denominada WebQuest que muito contribuiu para a busca de melhores resultados

nas pesquisas e busca do conhecimento por parte dos estudantes.

Em um primeiro momento foram utilizados estudantes voluntários para terem

os primeiros contatos com esta ferramenta pedagógica aos quais foram sugeridos

alguns temas para pesquisa. Nas ocasiões que foram constatadas dificuldades para

os mesmos encontrarem alguns dos temas propostos, foram indicados os caminhos

ou métodos a serem utilizados para encontrá-los. Os achados eram levados para os

demais membros do grupo para discussão, pesquisa, aprofundamento e elaboração

das tarefas sugeridas pelas WebQuests.

Convém destacar que parte dos estudantes preferiu dar continuidade aos

trabalhos em suas casas, devido aos persistentes problemas na qualidade e

continuidade da conexão da internet dos Laboratórios do Paraná Digital. Mas

quando necessário as orientações eram dadas via on-line ou presencial no início das

aulas de História, já que o projeto de intervenção pedagógica foi em boa parte

aplicada em período contrário ao das aulas ministradas pelo professor PDE.

Após os encontros de orientação com os estudantes e das dúvidas sanadas,

algumas adequações das tarefas propostas nas WebQuests foram realizadas por

sugestão do professor orientador e dos próprios estudantes envolvidos.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEORICA

2.1 AS TICS E SEUS DESAFIOS NO AMBIENTE ESCOLAR

As tecnologias da informação e comunicação (TICs) estão cada vez mais

presentes em nosso cotidiano, não apenas no trabalho, em nossos lares, elas abrem

uma gama imensa de fontes de informação e de comunicação nos mais diversos

locais. Principalmente nas escolas, elas ainda podem aumentar o potencial criativo e

garantir mais autonomia a educadores e educandos.

Convém fazer algumas reflexões sobre as TICs, como: os educadores

estariam maduros para aceitá-las ou temerosos de que elas tomem seus lugares; ou

ainda com uma sensação de impotência por não terem o domínio sobre as mesmas

ou ainda de serem superados em conhecimento destas TICs pelos educandos?

Para Valente (1993, p 16) “na educação de forma geral, a informática tem sido

utilizada tanto para ensinar sobre computação, o chamado computer literacy, como

para ensinar praticamente qualquer assunto por intermédio do computador”.

Posto assim, muitas escolas acabam por incentivar o uso de laboratórios de

informática, principalmente aquelas que já contam com acesso a internet, mas nem

sempre com a qualidade que o recurso deveria oportunizar, apenas como marketing

da instituição de ensino. A esse respeito, afirma Valente (2003, p. 6) “isto tem

contribuído para tornar esta modalidade de utilização do computador extremamente

nebulosa, facilitando sua utilização como chamariz mercadológico”.

A tecnologia aplicada no desenvolvimento de conteúdos possivelmente levará

às melhores oportunidades de ensino, buscando-se aprimorar o desenvolvimento

dos educandos como pesquisadores da História, bem como de outras disciplinas.

Desta forma, possibilita a comunicação entre educadores e educandos, mas não

deixando de lado o importante papel dos indivíduos envolvidos no processo, pois a

tecnologia sem dúvida pode ajudar, mas quem realmente faz o ensino são as

pessoas, que com empenho, ferramentas, capacitação e tecnologias adequadas

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certamente alcancem o êxito. Destacando-se a necessidade de facilitar esta

comunicação, o importante papel dos envolvidos e ainda o que se espera deste

processo, pois, é

(...) importante educar para a autonomia, para que cada um encontre o seu próprio ritmo de aprendizagem e, ao mesmo tempo, é importante educar para a cooperação, para aprender em grupo, para intercambiar idéias, participar de projetos, realizarem pesquisas em conjunto (MORAN, 1998, p. 125).

Sabe-se que a tarefa é árdua e exige muitas mudanças de comportamentos,

valores, estruturas enraizadas em interesses mercadológicos, individualistas e

concorrenciais nas próprias relações pessoais e institucionais, fazendo-se

necessárias rupturas, inclusive a aceitação das TICS no meio escolar por boa

parcela dos educadores, que não vem a ser unânime. Muito se fala de sua

importância em relação à educação, e as transformações que elas podem provocar

como na

(...) educação presencial pode modificar-se significativamente com as redes eletrônicas. As paredes das escolas e das universidades se abrem, as pessoas se intercomunicam, trocam informações, dados, pesquisas. A educação continuada é otimizada pela possibilidade de integração de várias mídias, acessando-as tanto em tempo real como as assincronicamente, isto é, no horário favorável a cada indivíduo, e também pela facilidade de pôr em contato educadores e educandos. (MORAN 1997, p. 2).

Desta forma percebe-se que a educação deveria estar mais aberta, presente

não apenas em um espaço fechado e com horários rígidos, mas sim disponível a

quem desejar, e esta condição ajudaria a atrair mais os educandos, a motivá-los na

busca do conhecimento. O que se faz necessário é desvincular a prática docente do

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ciclo vicioso que acaba por limitar o papel da escola e do próprio educador, onde por

vezes as aulas não tem atrativos, o educando fica relegado a mero espectador dela.

A aula que apenas repassa conhecimento, ou a escola que somente se define como socializadora de conhecimento, não sai do ponto de partida, e, na prática, atrapalha o aluno, porque o deixa como objeto de ensino e instrução. Vira treinamento. É equívoco fantástico imaginar que o “contato pedagógico” se estabeleça em ambiente de repasse e cópia, ou na relação aviltada de um sujeito copiado (professor, no fundo também objeto, se apenas ensina a copiar) diante de um objeto apenas receptivo (aluno) condenado a escutar aulas, tomar notas, decorar, e fazer prova. A aula copiada não constrói nada de distintivo, e por isso não educa mais do que a fofoca, a conversa fiada dos vizinhos, o bate-papo numa festa animada (DEMO, 2003, p. 7).

É imperativo que as TICS também contribuam para a mudança de postura

dos educadores, que estes realmente eduquem com qualidade, comprometimento, e

não façam seus educandos perderem suas potencialidades apenas reproduzindo o

que lhes é repassado.

Como nos esclarece Demo (2007, p. 86), “é difícil encontrar um aluno

entusiasmado com a escola. Na contramão, é difícil encontrar um aluno que não

tenha paixão pela mídia”. Esta afirmação alerta que a escola precisa ser mais

atraente e moderna, modernidade que permeia os jovens, que buscam tudo que seja

tecnológico, as novidades das novidades. Mas existem alguns entraves que Demo

também aponta: “É preciso, porém não fantasiar as coisas. Na internet nada se cria,

tudo se copia, a ponto de muitos docentes não aceitarem mais elaborações feitas

fora do controle da sala de aula, tamanha é a tentação do plágio” (Demo, 2007, p.

90). Esta é uma verdade, mas que não deve desiludir aqueles que buscam

caminhos para os problemas da educação, os envolvidos no processo devem

questionar seu importante papel de autores e grandes responsáveis pela formação

intelectual das futuras gerações, e que se reflita profundamente com a afirmação de

Demo:

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Inovação seria o forte da escola/universidade. Desde que não se exigisse isso delas mesmas. É imenso o prejuízo para os alunos porque, despreparadas para dar conta das inovações tempestuosas e caudalosas, vãs para a vida como se esta fosse uma sala de aula. Os diplomas, cada vez mais, apenas atestam esse atraso (Demo, 2007, p. 106).

Faz-se imperativa a análise das afirmações de Pedro Demo, onde realmente

muitos estudantes não conseguem acompanhar a velocidade das inovações e as

novas necessidades do mercado de trabalho, e que obrigatoriamente não serão

solucionadas apenas com um diploma, o que reforça a constatação deste problema

é que segundo o Indicador de Analfabetismo Funcional, 2009 (INAF) nem todos

estão alfabetizados plenamente, analisando-se os números percebe-se que 15% da

população brasileira com idade entre 15 e 24 anos é classificada como analfabeta

funcional, e pior ainda, é que só um terço dos jovens brasileiros atingiu a

alfabetização plena, desta forma percebe-se melhorias nos índices, mas há muito a

mudar e evoluir. Um dos caminhos que vem se delineando é a utilização das TICS, e

alguns mitos inerentes às mesmas, uma das primeiras medidas seria superar os

entraves do bom uso das tecnologias em sala de aula, utilizando-se da entrevista

concedida por Lea Fagundes à Revista Nova Escola especial de dezembro de 2009,

indicam-se alguns passos para evitar o que atrapalha o bom uso das tecnologias em

sala de aula, segundo ela,

Muitas escolas reclamam de exclusão digital, mas ainda não compreenderam que conseguir equipamentos não bastam para incluí-las na cultura digital da atual sociedade do conhecimento. O mais comum é a escola receber equipamentos, montar um laboratório e criar mais uma “disciplina” de informática, o que é muito ruim. Em vez de incorporar as tecnologias como ferramentas de ensino, muitos professores continuam dando suas aulas de um jeito muito tradicional, sem perceber que isso não melhora em nada a aprendizagem dos alunos (FAGUNDES, 2009, p. 1).

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Desta forma, a existência dos computadores nas escolas, bem como aulas de

informática não correspondem ao que muitos acreditam ser a inclusão digital, deve

haver sim a melhoria do ensino, e para tal Fagundes propõe:

Com novas políticas de gestão, em todos os níveis: na concepção da cultura digital, com projetos governamentais inovadores que ajudem a constituir redes sociais, com mais tempo para a formação inicial e continuada dos professores, de forma que todos saibam como incorporar as tecnologias às atividades de sala de aula, com avaliações capazes de medir as habilidades e competências que as novas gerações precisam desenvolver (FAGUNDES, 2009, p. 1).

Em linhas gerais, nota-se que um dos pontos relevantes é a capacitação dos

professores, para que estes possam estar aptos a realmente fazer uso da tecnologia

em sala de aula, não ministrando suas aulas de modo tradicional, mas que também

os gestores públicos têm um papel significativo, e que devem assumir suas

responsabilidades no processo.

Procurando-se incorporar as novas tecnologias, racionalizar o tempo

empregado, superar os problemas apresentados, propõe-se a utilização da internet

de forma criativa, e buscando-se subsídios no trabalho do Professor Bernie Dodge

que em 1995, propunha a criação de um conceito – WebQuest.

2.2 WEBQUEST

Segundo Dodge (1995), WebQuest é uma metodologia de aula com

investigação orientada nas quais todas ou a maioria das informações que os

educandos utilizam provém da web. O modelo foi desenvolvido por Bernie Dodge e

Tom March da San Diego State University, em fevereiro de 1995. Desde os primeiros

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passos até hoje milhares de educadores passaram a considerá-la como a

metodologia adequada para fazer bom uso da internet. O modelo se espalhou pelo

mundo, com entusiasmo especial no Brasil, Espanha, China, Austrália e Holanda.

Uma WebQuest inicia com a definição de um tema ou conteúdo e os objetivos

pretendidos pelo educador, em uma pesquisa inicial selecionam-se e disponibilizam-

se links relacionados ao tema, para consulta orientada dos educandos. Estes devem

ter uma tarefa interessante, que norteie a pesquisa. Para o trabalho em grupos, os

alunos devem assumir papéis diferentes, como o de especialistas, visando gerar

trocas entre eles. Tanto o material inicial como os resultados devem ser publicados

na web, on-line.

A WebQuest não exige softwares específicos além dos utilizados

rotineiramente para navegar na rede, produzir páginas, textos e imagens. Isso faz

com que seja muito fácil usar a capacidade instalada em cada escola, sem restrição

de plataforma ou soluções, centrando a produção de WebQuest na metodologia

pedagógica.

2.3 TIPOS DE WEBQUEST

Conforme texto publicado no portal do SENAC (2011), Bernie Dodge divide a

WebQuest em dois tipos, ligados à duração do projeto e à dimensão de

aprendizagem envolvida.

WebQuest de curta duração - leva de uma a três aulas para ser executada

pelos estudantes e tem como objetivo a aquisição e integração de conhecimentos.

WebQuest de longa duração - leva de uma semana a um mês para ser

explorada pelos estudantes, em sala de aula, e tem como objetivo a extensão e o

aprimoramento de conhecimentos.

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2.4 SEÇÕES DA WEBQUEST

Segundo Dodge (1995) uma WebQuest é estruturada em seções, cada uma

delas com seu grau de importância na plenitude do processo, sendo as mesmas:

Introdução: A introdução numa WebQuest deve ser motivadora e desafiante

para os estudantes; essa motivação deve ser temática e significativa, despertando-

os para o assunto abordado e para os seus conhecimentos prévios, se a introdução

assim não o for, possivelmente estará fadada ao fracasso. Pois quem procura uma

atividade orientada na web é justamente a introdução que funcionará como

chamariz.

Tarefa: A tarefa (ou tarefas) a cumprir pelos estudantes deve ser planejada

de modo a ser executável e interessante, envolvendo-os na aprendizagem. Nela (as)

descreve-se o produto que se espera deles no final, como por exemplo: Os

educandos deverão elaborar uma página Web, uma apresentação em PowerPoint,

uma dramatização, ou uma exposição oral do tema trabalhado.

Processo: É no processo que se indicam as diferentes etapas para se

realizar cada tarefa, estas devem ser bem delineadas e claras, para que o estudante

trabalhe de forma segura em seus grupos. Na resolução de uma WebQuest, o

trabalho cooperativo e colaborativo é essencial. O processo tem como característica

dar suporte de informações à tarefa a ser executada; por este motivo, as tarefas

devem ser indicadas de forma clara, mostrando todas as fases que deve se

percorrer até concluir o trabalho.

Recursos: Os recursos ou fontes disponibilizadas numa WebQuest devem

estar preferencialmente disponíveis na web. Podendo ser incluídos outros recursos

que não sejam da Internet. Sugere-se que o professor antecipadamente verifique a

confiabilidade dos sites, e se estão atualizados de acordo com o tema proposto.

Avaliação: A avaliação deve advir sobre o produto a ser apresentado pelos

educandos, devendo ser declaradamente especificados os critérios adotados, em

nível qualitativo e quantitativo.

Conclusão: A conclusão disponibiliza um apanhado da experiência

proporcionada pela WebQuest, devendo pôr em evidência as vantagens de realizar

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o trabalho e despertar a curiosidade dos alunos para pesquisas futuras. Apresenta

uma sinopse que leva à reflexão da atividade para reconhecer o que foi aprendido

(DODGE, 1995).

Créditos: Esta seção deve apresentar as fontes de todos os materiais

utilizados na WebQuest: músicas, textos, imagens, livros, revistas, sites, páginas da

Web, nestes últimos deve-se colocar os links, já em livros e revista o referencial

bibliográfico.

As seções supracitadas são obrigatória em qualquer WebQuest, mas além

destas, também podem ser utilizadas:

Ajudas: que são auxílios aos educandos e educadores, elas abarcam

informações sobre o que é uma WebQuest, como é estruturada, quem são seus

criadores, e essencialmente, como deve ser usada. Esta seção facilita a reutilização

de uma WebQuest por outros educadores interessados.

Usabilidade: são técnicas que ajudam a realizar tarefas em ambientes

gráficos de computador, com facilidade e eficiência.

2.5 WEBQUEST E WEBEXERCISE

Recomenda-se que ao utilizar-se a ferramenta WebQuest de fato se objetive a

exploração de competências e desenvolva aprendizagens de níveis mais elevados

do domínio cognitivo, que não acabem por ser apenas WebExercise, limitadas a

simples tarefas como copiar e colar, fazer um cartaz, responder a perguntas , fazer

desenhos, pesquisar sobre um assunto e imprimir, entre outras tarefas menos

significativas no processo de desenvolvimento das capacidades do educando.

Reforçando-se tal preocupação Dodge (2001) propõe os princípios que

deverão ser seguidos na concepção de uma WebQuest. Sendo eles:

a- Selecionar bons sites;

b- Organizar os recursos encontrados e as etapas a serem desenvolvidas pelo

grupo;

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c- Desafiar os educandos a pensar;

d- Utilizar a web de forma que uma WebQuest bem estruturada não possa ser

facilmente executada em papel;

e- Sugerir tarefas que não estejam nas expectativas dos educandos.

Estes princípios devem nortear não apenas na concepção de uma WebQuest,

mas também podem ser utilizados para selecionar verdadeiras WebQuests, com boa

qualidade, e que realmente somem no processo ensino-aprendizagem, contribuindo

para adoção de uma ferramenta muito importante, mas que demanda critérios para

sua utilização conforme afirma GOMEZ:

A falta de uma estratégia para o uso educativo de novos meios e tecnologias provoca a perda de seu potencial para os fins que se procuram, pois o processo através do qual os educandos e professores devem apropriar-se dos novos meios e tecnologias, não e um processo automático nem autodidata (GOMÉZ, 2002, p. 66).

A utilização da WebQuest pode conduzir o professor a ser um pesquisador,

inovador que valoriza as potencialidades de seus educandos, transformando-os em

agentes ativos da produção do conhecimento, e em um nível maior de

desenvolvimento também levar os educandos a desenvolverem-se como

pesquisadores, e com isso, eles passem a elaborar suas próprias hipóteses e

teorias, reelaborando seus próprios conceitos com base nos questionamentos do

problema que se apresenta, atingindo sua plenitude nos níveis de domínio cognitivo,

postura valorizada e sendo de

(...) importância fundamental da pessoa do professor, e não somente a simples presença dos computadores: O uso do computador na educação tem um potencial enorme, que não esta diretamente relacionado a presença da maquina, mas sim do profissional professor que firmou um compromisso com a pesquisa, com a elaboração própria, com o desenvolvimento da

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critica e da criatividade, superando a copia, o mero ensino e a mera aprendizagem (BRITO e PURIFICACAO, 2006, p. 98).

Posto desta forma acredita-se que se esboçam algumas ideias interessantes

relacionadas à utilização das TICS e quais caminhos seguir, bem como alguns

cuidados necessários na utilização das mesmas.

3 ESTRATÉGIAS DE AÇÃO

Em mais de duas décadas de trabalho docente por inúmeras vezes

questionou-se as metodologias e recursos utilizados com os educandos, e se as

mesmas estavam em consonância com suas aspirações, se por vezes não se reluta

em aceitar o novo, e acaba por ocorrer uma acomodação, algo que se percebe de

forma bem diferente entre os jovens conforme a afirmação: “assim parece que as

novas gerações são mais “naturais”, porque, como a natureza, não titubeiam em

aceitar inovações sem exigir qualquer controle. Viver é empreitada de risco,

essencialmente” (DEMO, 2007, p. 104).

Para investigar as questões relacionadas à pesquisa, decidiu-se utilizar os

moldes de uma pesquisa-ação. Segundo Moreira (2006), a pesquisa-ação é uma

intervenção em pequena escala no mundo real e o exame muito de perto dessa

intervenção. No ambiente escolar, é um meio de resolver os problemas levantados

em situações específicas, proporcionando ao educador novas habilidades, métodos

para aprimorar sua capacidade de análise e introduzir abordagens adicionais e

inovadoras no processo ensino aprendizagem. Esta pesquisa foi realizada com

alguns estudantes das segundas séries do período matutino do Ensino Médio do

Colégio Estadual Presidente Caetano Munhoz da Rocha na cidade de Rio Negro,

inicialmente para verificação de qual tipo de navegador do ciberespaço, que

segundo a classificação de Santaella (2004), eles se enquadravam: leitor

contemplativo, leitor movente ou leitor imersivo, para direcionamento do projeto de

utilização das atividades da WebQuest.

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A abordagem metodológica utilizada foi de uma pesquisa quantitativa, por

justamente melhor definir o problema, tendo como base a realidade dos educandos.

A pesquisa quantitativa tem como foco apurar conceitos e atitudes explícitas e

conscientes dos entrevistados, pois utiliza instrumentos padronizados. As

informações foram colhidas por meio de um questionário estruturado com perguntas

claras e objetivas para garantir a uniformidade de entendimento dos entrevistados

(GIL, 1999).

Após a pesquisa quantitativa, os dados foram tabulados para identificar o

nível ou qual o tipo de leitor do ciberespaço predomina nas séries e turmas da

amostragem. Tais informações fazem-se necessárias para um direcionamento das

atividades inerentes a implantação do uso da WebQuest nas aulas de História ou

mesmo em período contrário como atividade complementar aos conteúdos aplicados

em aula.

Realizado o levantamento e a tabulação dos dados ocorreu uma explanação

do que vem a ser a WebQuest , como ela é estruturada e quais seriam os objetivos

do desenvolvimento do trabalho. Inicialmente planejou-se implantar o projeto com

estudantes voluntários, para na sequência compartilhar os resultados com os

demais educandos, divulgando uma nova maneira de estudar, adquirir conhecimento

e sociabilizá-lo.

No primeiro momento realizou-se um diagnóstico do conhecimento prévio dos

educandos de determinado conteúdo, bem como as fontes ou meios de aquisição

deste conhecimento.

Na sequência os educandos tiveram a oportunidade de observar e realizar as

tarefas propostas por alguns modelos de WebQuest da disciplina de História já

existentes, e após a familiarização com esta ferramenta os mesmos analisaram a

qualidade de algumas WebQuest, e ainda a realização de algumas delas para

avaliar o seu crescimento cognitivo.

Além do objetivo de racionalizar a utilização do Laboratório do Informática do

Colégio Estadual Presidente Caetano Munhoz da Rocha da cidade de Rio Negro,

implantar uma metodologia relativamente inovadora, também se pretendeu

apresentar esta importante ferramenta para os demais docentes interessados em

diversificar suas metodologias. Desta maneira envolvendo os educandos esperava-

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se que estes incentivassem seus professores a buscar novas ferramentas

pedagógicas em suas aulas, sendo justamente uma delas a WebQuest.

Ao pensar no material didático-pedagógico planejou-se criar um banco de

WebQuest da disciplina de História para ser utilizado pelos educandos e por outros

professores, e não apenas no laboratório de nosso colégio, mas também para

aqueles que possuírem computadores em suas residências com acesso a Internet

como uma forma de complementação de estudos em período extra ao das aulas.

4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS DIAGNÓSTICOS

Para desenvolver o trabalho o professor PDE necessitava de um

levantamento de dados, haja vista estar pautado em uma pesquisa-ação, não teria

como prosseguir sem uma análise e discussão dos dados levantados,

principalmente para subsidiar a sequência dos trabalhos, a intervenção pedagógica.

Os estudantes responderam dez questões, as quais se procurou elucidar as

mais significativas para atingir os objetivos esperados, convém destacar que o

universo pesquisado foi de 84 (oitenta e quatro) estudantes, que cursavam as

segundas séries no período matutino, durante o segundo semestre do ano de 2011..

O Quadro 1 revela as atividades que os alunos realizam no Laboratório de

Informática do Colégio Estadual Presidente Caetano Munhoz da Rocha em Rio

Negro-Pr.

QUADRO 1 ATIVIDADES REALIZADAS PELOS ALUNOS NO LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA DO COLÉGIO

ATIVIDADES NUNCA ÀS VEZES SEMPRE Total FREQ % FREQ % FREQ % 100%

Pesquisa livre sobre um tema 52 61,9 31 36,9 1 1,1 100

Pesquisa em sites indicados pelo professor

23 27,3 46 54,7 15 17,8 100

Apresentações feitas pelo professor 67 79,7 16 19,0 1 1,1 100

Apresentações feitas pelos alunos 61 72,6 22 26,1 1 1,1 100

Uso de programas da sala de informática

27 32,1 42 50,0 15 17,8 100

Visita a sites de jornais 62 73,8 22 26,1 0 0 100

Visita a sites de revistas 66 78,5 18 21,4 0 0 100

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Uso de jogos educativos 71 84,5 13 15,4 0 0 100

Participação em ‘listas de discussão’

79 94,0 5 5,9 0 0 100

Sessões de Leitura 60 71,4 24 28,5 0 0 100

Sessão de vídeos 47 55,9 31 36,9 6 7,1 100

Busca de imagens 9 10,7 60 71,4 15 17,8 100

Criação de sites 77 91,6 7 8,0 0 0 100

WEBQUEST 75 89,2 9 10,7 0 0 100

Outras atividades foram apontadas pelos alunos, como ouvir músicas e ver

vídeos do You Tube escondido, ambas por 3 alunos.

Alguns dados levantados nesta pesquisa são bem relevantes para uma

análise, como relativa as atividades realizadas pelos estudantes no Laboratório de

Informática do Paraná Digital na escola, percebemos que 52 alunos nunca

realizaram pesquisas livres, 31 às vezes e apenas um faz com frequência, o que é

preocupante, pois o mesmo aponta para uma falta de planejamento na utilização do

Laboratório, mesmo que este tenha sido utilizada em faltas de professores, o que se

torna comum em alguns casos, esta utilização poderia ser melhor direcionada,

indicando-se conteúdos relevantes aos estudantes inerentes a disciplina em que

estes utilizaram o Laboratório.

Outro dado interessante é o relacionado à pesquisa em sites indicados pelo

professor, onde 23 estudantes afirmaram que nunca o fizeram, 46 afirmaram que as

vezes, e apenas os demais 15 estudantes sempre, são números preocupantes, pois

como sabemos as possibilidades de dispersão são enormes, principalmente se a

aula nos laboratórios não forem bem planejadas e executas. Respaldados em

Mercado (2002, p.123) “Muitos alunos se perdem no emaranhado de possibilidades

de navegação”. Não procuram o que está combinado deixando-se arrastar para

áreas de interesse pessoal.

Com relação a apresentações realizadas no Laboratório de Informática os

números aproximaram-se, pois 67 alunos nunca as viram, e 61 alunos não viram

apresentações feitas por colegas, tais números são facilmente explicáveis, pois tanto

professores quanto alunos utilizam as TVs Multimeios, também conhecida por TV

pen-drive que começaram a ser instaladas nas salas de aula desde 2007 como parte

do Projeto BRA 03/036 - “Educação Básica e Inclusão Digital no Estado do PR”, .

Ao analisarmos os dados referentes ao uso dos programas percebemos que

os próprios estudantes cometem um equívoco, pois não há possibilidade de uso do

Laboratório de Informática do Paraná Digital sem utilizar os programas nele

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instalados, onde somadas as respostas nunca e as vezes chegaram a 69

indicações.

Analisando conjuntamente os dados inerentes a visita em sites de jornais (62

alunos) e revistas (66 alunos) terem afirmado que nunca acessam estes sites,

fizemos uma constatação preocupante, pois pela necessidade que as disciplinas

apresentam em contextualizar, aproximar o conteúdo à realidade vivida pelo

educando, levar a discussões sobre a temática cidadania e torná-la presente no

cotidiano escolar, respaldados por Pontual, o ser cidadão

(...) implica no exercício da cidadania, no desenvolvimento de um espírito

crítico e atuante. A escola representa a base para a formação de um

indivíduo inteirado aos problemas sócio-culturais do seu tempo, estado ou

país. (PONTUAL, 1999,p.45).

A utilização de jogos no Laboratório de Informática apresentou números

interessantes, onde 71 estudantes afirmaram nunca terem utilizado, e apenas 13

afirmaram que as vezes os utilizam, convém destacar que os Laboratórios do

Paraná Digital possuem um jogo que poderia ser utilizado didaticamente intitulado J

Clic, mas que ainda é pouco conhecido pela maioria dos professores.

A participação dos estudantes em “listas de discussão” não é uma prática na

utilização do Laboratório de Informática, haja visto 79 afirmarem nunca ter

participado desta atividade, fato compreensível pois as trocas de mensagens em

“lista de discussão” ainda é um recurso recente, não fazendo parte do cotidiano da

maioria das pessoas.

Quanto as sessões de leitura 60 alunos afirmaram nunca fazer e outros 24

afirmarem que as vezes fazem no Laboratório, fato compreensível pois os

estudantes ainda têm preferência pela leitura impressa em papel, fato reforçado pela

quantidade de livros disponíveis na Biblioteca que atinge um número de 13 mil e 400

livros segundo o censo do acervo realizado em 2011. Destacando a importância de

uma biblioteca nas escolas

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(...) essencial que cada escola tenha sua biblioteca sempre renovada, com livros, enciclopédias, livros didáticos de toda sorte, vídeos e filmes, dados importantes sobre a realidade nacional, regional e local. Alem de material ligado as necessidades curriculares (alfabetização, disciplinas usuais previstas, e mister ter uma serie de apoios importantes como obras sobre propedêutica, enciclopédias e dicionários, literatura em geral, revistas informativas etc.) (DEMO, 2003, p. 27).

As sessões de vídeo não figuram entre as atividades mais realizadas, com 47

alunos afirmando que nunca assistiram vídeos e outros 31 que as vezes, pode-se

utilizar a mesma constatação quanto a apresentações já discutidas anteriormente, e

reforçando ainda que ao visualizar imagens os computadores tornam-se

demasiadamente lentos levando ao travamento dos mesmos.

A busca de imagens no Laboratório de Informática apresentou a menor

quantidade de alunos respondendo nunca, apenas 9 deles, 60 apontaram as vezes

e os demais 15 afirmaram sempre buscar imagens, fato constatado principalmente

durante as aulas de artes no colégio.

Encerrando a análise do primeiro quadro a criação de Web Sites e resolução

de WebQuest tem uma participação ínfima na rotina de utilização do Laboratório

chegando no primeiro caso a 77 alunos afirmarem nunca ter criado uma Web Site e

75 alunos responderem que nunca solucionaram uma WebQuest. Com relação a

resolução de WebQuests ocorreu uma significativa alteração com a intervenção

pedagógica do professor PDE, onde do universo pesquisado todos tomaram

conhecimento desta ferramenta pedagógica e envolveram-se na resolução e criação

do Banco de WebQuests, mas da maneira proposta não objetivando a informação

pela informação, mas sim a formação dos estudantes, não apenas como novidade

tecnológica pois segundo DEMO, “se a tecnologia não for adequadamente

educada, pode incidir em envelhecimento precoce em vez de renovação, porque

nada mais velho do que sucata, mesmo recente.” (2003, p. 28).

O Quadro 2 apresenta a preferência de sites para pesquisa apontadas pelos

alunos.

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QUADRO 2 – SITES UTILIZADOS PELOS ALUNOS PARA PESQUISA

PESQUISAS EM SITES SIM NÃO ÀS VEZES Total

FREQ % FREQ % FREQ % 100%

GOOGLE 84 100 0 0 0 0 100

YAHOO 39 46,4 22 26,1 23 27,3 100

ASK 5 5,9 69 82,1 10 11,9 100

ALTAVISTA 0 0 80 95,2 4 4,7 100

DOMÍNIO PÚBLICO 3 3,5 70 83,3 11 13,0 100

DE ESCOLAS 24 28,5 44 52,3 16 19,0 100

DE UNIVERSIDADES 22 26,1 44 52,3 18 21,4 100

SUAPESQUISA.COM 17 20,2 58 69,0 9 10,7 100

E.EDUCACIONAL 10 11,9 62 73,8 12 14,2 100

WIKIPÉDIA 66 78,5 12 14,2 6 7,1 100

Quanto ao quadro 2 percebemos no universo analisado a supremacia do site

de busca Google, sendo unanimidade entre os estudantes, em segundo lugar

verificou-se o Yahoo que ficou com 39 indicações de utilização, afinal são sites de

busca que podem indicar centenas de milhares de sugestões ou links para acesso.

Já os sites mais indicados para pesquisa propriamente dita como Domínio Público

teve 70 alunos dizendo não utilizá-lo ou mesmo de universidades e de escolas

tiveram indicações de 44.

Finalizando a análise do quadro 2 constatamos o predomínio das respostas

indicando o site da Wikipédia com 66 estudantes afirmando utiliza-lo em suas

pesquisas.

Os alunos foram questionados quanto ao número médio de vezes por

mês que trabalhavam com professores na sala de informática, sendo que os

períodos apresentados no questionário variavam de nunca ter usado até 5 vezes ou

mais. A periodicidade mais apontada foi de 1 vez ao mês por 58 alunos, dos 84

quatro que responderam a questão. A alternativa de 5 vezes ou mais de trabalho ao

mês, foi apontada apenas por dois alunos.

Nesta questão no universo pesquisado percebeu-se a subutilização do

Laboratório de Informática do Colégio Estadual Presidente Caetano Munhoz da

Rocha, mas convém destacar que nem todos os professores têm o domínio

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necessário das Tics, e que ainda nem todos os conteúdos trabalhados possibilitem a

utilização do Laboratório.

No universo pesquisado 59 estudantes afirmaram ter computador com acesso

a Internet, quantidade considerável e justificável, pois o Colégio Estadual

Presidente Caetano Munhoz da Rocha situa-se em área central, e recebe

estudantes com melhor condição econômica.

Quanto ao acesso a Internet fora da residência os educandos afirmaram fazê-

lo em diversos locais com Lan House, casa de parentes, ou amigos e ainda no

colégio, todos estes locais com uma média de 45 alunos indicando alguma das

opções de acesso fora de casa. Nesta amostragem convém destacar que são

disponibilizados dois computadores com acesso a Internet na Biblioteca do Colégio

Estadual Presidente Caetano Munhoz da Rocha para realização de pesquisas.

Quando os estudantes foram perguntados por quantas horas semanais

navegavam, as opções apresentadas foram: desde nunca acessar, até vinte horas

ou mais, ficando assim distribuídas as respostas: apenas 3 alunos afirmaram nunca

acessar a internet; 24 que navegavam até cinco horas semanais; 10 que acessam

de cinco a dez horas; 9 que ficam conectados de dez a quinze horas; 6 de quinze a

vinte horas; e 32 afirmaram que acessam mais de 20 horas semanais. Fazendo uma

média obtivemos um período de conexão de 2 horas e 48 minutos diários, o que a

princípio pode ser considerado um tempo razoável.

Já procurando verificar onde era empregado o tempo de navegação na

Internet, obtiveram-se as seguintes respostas: 11 buscaram informações diversas

em sites de jornais e revistas; 21 pesquisaram assuntos relacionados aos seus

estudos; 25 jogaram; 5 assistiram vídeos no You Tube, e 79 mantiveram-se

conectados em sites de relacionamentos ou serviços de mensagens instantâneas.

Concluí-se que os alunos têm o acesso a Internet, navegam por um período

de tempo considerável, mas que a utilização do tempo de acesso não atende os

objetivos educacionais esperados pelos educadores ou mesmo pelos pais. Os

jovens gostam de se expor, comentar sobre si próprios e sobre os outros.

Continuando com a pesquisa lhes foi perguntado se consideravam a

utilização do Laboratório de Informática produtivo para o aprendizado, 52

responderam que sim, 27 que não fazia diferença e apenas 5 afirmaram que não.

Números que comparados com a quantidade de vezes mensais que os alunos

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utilizam o Laboratório de Informática mensalmente talvez se expliquem por si

mesmos, pois certamente se esta utilização fosse mais frequente demais alunos

afirmariam ser importante a utilização do Laboratório de Informática nas aulas.

Em outra pergunta procurou-se levantar a produtividade segundo a visão dos

alunos das aulas que ocorreram no Laboratório de Informática, onde 49 afirmaram

ter sido em partes, 19 que foram produtivas e 16 que não foram, números sugestivos

e que podem ser melhor compreendidos ao analisar os motivos apontados na

questão em que os mesmos apontaram os motivos para a pouca ou nenhuma

produtividade das aulas que ocorreram no Laboratório de Informática.

Nas 65 respostas apontadas como responsáveis pela pouca ou nenhuma

produtividade tivemos as seguintes indicações: 29 alunos afirmaram que a Internet é

muito lenta; 13 apontaram a interrupção do sinal ou queda da conexão como

responsáveis; as conversas paralelas figuraram em 7 respostas; a falta de

computadores em relação a quantidade de alunos foi indicada por 6 alunos; a

repetição de conteúdos já vistos em sala de aula bem como o apontamento que era

só cópia foram indicados cada uma por 3 alunos; a falta de conteúdo e ainda que o

professor não explicou o que e como fazer, por 2 alunos cada.

Esta é uma constatação interessante, pois existe o equipamento a disposição

dos estudantes, mas a maioria dos problemas apontados está relacionado a

velocidade do sinal da Internet e a continuidade do sinal, convém destacar que o

sinal da Internet no Colégio Estadual Presidente Caetano Munhoz da Rocha não era

de responsabilidade da Copel- Companhia Paranaense de Energia, mas sim da

empresa de Telefonia Brasil Telecom, situação alterada apenas no decorrer de 2012

com a instalação da fibra ótica.

E por último procurou-se tomar conhecimento de outros recursos didáticos

utilizados pelos professores para desenvolver os conteúdos; sendo que nesta

pergunta os estudantes poderiam indicar mais de um recurso, assim das 277

respostas chegou-se a seguinte distribuição: 73 alunos indicaram o uso dos Livros

Didáticos; 72 da Tv Multimídia; 71 do DVD; 58 de textos e 3 de Data Show. Merece

destaque a utilização dos livros didáticos, a Tv Multimídia e ainda o DVD, que

tiveram quantidades de apontamentos próximas.

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5 DA INTERVENÇÃO AOS TRABALHOS PRODUZIDOS COM O USO DA FERRAMENTA WEBQUEST APRESENTADOS NOS EVENTOS ESCOLARES

Conforme o cronograma do Programa de Desenvolvimento da Educação -

PDE da Secretaria de Estado da Educação - SEED, no terceiro período do programa

os professores retornaram as suas escolas de lotação para implementação do

Material Didático produzido durante o segundo período do referido programa, tendo

sido elaborado um cronograma, onde a primeira ação do Projeto de intervenção foi a

aplicação e análise de um instrumento de coleta de dados, com objetivo de

diagnosticar a utilização do Laboratório de informática do Colégio, pelos alunos da

segunda série do Ensino Médio, do matutino. O que já foi relatado anteriormente.

A segunda ação foi a efetivação das aulas expositivas e práticas para os

estudantes referentes ao uso das WebQuests nos meses de setembro e outubro

2011. Com atendimento individualizado no período da tarde, nos dias 09, 19, 26 e 31

de outubro de 2011, alunos voluntários que quiseram participar do projeto PDE,

selecionaram algumas WebQuests e apresentaram na mostra/feira de ciências no

dia 23 de novembro de 2011.

As WebQuests selecionadas pelos estudantes dentro dos trabalhos

desenvolvidos segundo o material didático de intervenção pedagógica do professor

PDE, faziam parte de uma banco de sugestões de WebQuests que puderam ser

utilizadas pelos professores de História do Colégio, bem como por aqueles que

consideraram importante adotar esta ferramenta em suas práticas pedagógicas.

Estas sugestões tiveram a predominância de conteúdos de História desenvolvidos

nas segundas séries, por justamente estarem mais próximos da compreensão dos

estudantes desta série, apesar de encontrarem-se algumas de conteúdos de

primeiras séries e até de terceiras, que despertaram o espírito pesquisador em

nossos estudantes.

Convém destacar que algumas das WebQuests selecionadas apresentaram-

se como interdisciplinares, e coube aos professores verificarem a possibilidade de

fazerem uso destas em parceria com professores de outras disciplinas de forma

colaborativa.

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Estas sugestões são o fruto do empenho dos alunos das segundas séries do

período matutino do ano letivo de 2011 do Colégio Estadual Presidente Caetano

Munhoz da Rocha, da cidade de Rio Negro-Pr.

BANCO WEBQUEST

Achamento do Brasil: Intencional ou Não? Disponível em:

http://www.anossaescola.com/cr/webquest_id.asp?questID=1576 Acesso em 09 de

out. 2011.

A Descoberta da Idade Média. Disponível em:

http://www.anossaescola.com/cr/webquest_id.asp?questID=1995 Acesso em 26 de

out de 2011.

As Pandemias – Passado e Presente. Disponível em:

http://www.anossaescola.com/cr/webquest_id.asp?questID=2023 Acesso em 31 de

out de 2011.

A vida a Bordo de Uma Nau Portuguesa. Disponível em:

http://www.anossaescola.com/cr/webquest_id.asp?questID=1774 Acesso em 19 de

out de 2011.

Presença Portuguesa Pelo Mundo. Disponível em:

http://www.anossaescola.com/cr/webquest_id.asp?questID=370 . Acesso em 09 de

out de 2011.

Segunda Guerra Mundial- Holocausto. Disponível em:

http://www.anossaescola.com/cr/webquest_id.asp?questID=568 Acesso em 19 de

out de 2011.

Energia Nuclear: Solução ou Problema. Disponível em:

http://nautilus.fis.uc.pt/cec/teses/lucia/qnes/dados/webquest/01/index.html Acesso

em 31 de out de 2011.

Descobrindo a Pré-história. Disponível em:

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http://descobrindoaprehistoria.vilabol.uol.com.br/index.htm Acesso em 19 de out de

2011.

Islamismo. Disponível em:

http://sobrehistoriavf.blogspot.com.br/2010/02/webquest-islamismo.html

África Mãe de Todas as Mães. Disponível em:

http://www.webquestbrasil.org/criador/webquest/soporte_tablon_w.php?id_actividad=

1457&id_pagina=1 Acesso em 09 de out de 2011.

Afrodescendentes. Disponível em:

http://www.webquestbrasil.org/criador/webquest/soporte_tablon_w.php?id_actividad=

6395&id_pagina=1 Acesso em 26 de out de 2011.

A Influência Africana na Cultura Brasileira. Disponível em:

http://www.webquestbrasil.org/criador/webquest/soporte_tablon_w.php?id_actividad=

7296&id_pagina=1 Acesso em 19 de out de 2011.

Capitanias Hereditárias. Disponível em:

http://www.webquestbrasil.org/criador/webquest/soporte_mondrian_w.php?id_activid

ad=18693&id_pagina=1 Acesso em 26 de out de 2011.

Capoeira: Uma História de Interação Cultural. Disponível em:

http://www.webquestbrasil.org/criador/webquest/soporte_tabbed_w.php?id_actividad

=15764&id_pagina=1 Acesso em 26 de out de 2011.

Caminhos e Descaminhos do Ouro. Disponível em:

http://www.webquestbrasil.org/criador/webquest/soporte_tablon_w.php?id_actividad=

20041&id_pagina=1 Acesso em 19 de out de 2011.

Civilizações: Maia, Asteca e Inca. Disponível em:

http://www.webquestbrasil.org/criador/webquest/soporte_tablon_w.php?id_actividad=

19229&id_pagina=1 Acesso em 31 de out de 2011.

Conhecendo a África. Disponível em:

http://www.webquestbrasil.org/criador/webquest/soporte_tablon_w.php?id_actividad=

20244&id_pagina=1 Acesso em 31 de out de 2011.

Dia da Consciência Negra. Disponível em:

http://www.webquestbrasil.org/criador/miniquest/soporte_derecha_m.php?id_activida

d=24392&id_pagina=1 Acesso em 26 de out de 2011.

Iluminismo. Disponível em:

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http://www.webquestbrasil.org/criador/webquest/soporte_tabbed_w.php?id_actividad

=21185&id_pagina=1 Acesso em 19 de out de 2011.

Imperialismo. Disponível em:

http://www.webquestbrasil.org/criador/webquest/soporte_tabbed_w.php?id_actividad

=23253&id_pagina=1 Acesso em 09 de out de 2011.

Indígenas do Brasil. Disponível em:

http://www.webquestbrasil.org/criador/webquest/soporte_horizontal_w.php?id_activid

ad=9115&id_pagina=1 Acesso em 26 de out de 2011.

Hiroshima e Nagasaki. Disponível em:

http://www.webquestbrasil.org/criador/webquest/soporte_tablon_w.php?id_actividad=

23683&id_pagina=1 Acesso em 09 de out de 2011.

História do Islã. Disponível em:

http://www.webquestbrasil.org/criador/webquest/soporte_derecha_w.php?id_activida

d=16292&id_pagina=1 Acesso em 31 de out de 2011.

Lei Seca. Disponível em:

http://www.webquestbrasil.org/criador/webquest/soporte_horizontal_w.php?id_activid

ad=8590&id_pagina=1 Acesso em 09 de out de 2011.

Líderes Negros do Brasil e do Mundo. Disponível em:

http://www.webquestbrasil.org/criador/webquest/soporte_izquierda_w.php?id_activid

ad=18032&id_pagina=1 Acesso em 09 de out de 2011.

Línguas Indígenas Brasileiras. Disponível em:

http://www.webquestbrasil.org/criador/webquest/soporte_horizontal_w.php?id_activid

ad=5634&id_pagina=1 Acesso em 19 de out de 2011.

Movimento Operário no Brasil. Disponível em:

http://www.webquestbrasil.org/criador/webquest/soporte_mondrian_w.php?id_activid

ad=12350&id_pagina=1 Acesso em 19 de out de 2011.

O Poder do Açúcar. Disponível em:

http://www.webquestbrasil.org/criador/webquest/soporte_tablon_w.php?id_actividad=

6886&id_pagina=1 Acesso em 09 de out de 2011.

Os Caminhos da Exclusão Negra. Disponível em:

http://www.webquestbrasil.org/criador/webquest/soporte_tablon_w.php?id_actividad=

2103&id_pagina=1 Acesso em 31 de out de 2011.

Personalidades Negras. Disponível em:

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29

http://www.webquestbrasil.org/criador/webquest/soporte_horizontal_w.php?id_activid

ad=13600&id_pagina=1 Acesso em 19 de out de 2011.

Você Tem Medo de Bruxas. Disponível em:

http://www.webquestbrasil.org/criador/webquest/soporte_horizontal_w.php?id_activid

ad=22904&id_pagina=1 Acesso em 31 de out de 2011.

Gostaríamos de acrescentar a sugestão do professor participantes do GTR

(Grupo de Trabalho em Rede), WebQuest: Internet na Escola no Ensino de História,

que em muito contribuiu no processo de capacitação do grupo, e ainda sugeriu uma

WebQuest cujo tema é muito interessante e que deve ser discutido intensamente em

nossa sociedade.

Escravidão. Disponível em: http://www.historiaunirio.com.br/numem/detetivesdopassado/ Acesso em: 03 de nov. 2011. Da pesquisa realizada pelos estudantes envolvidos no trabalho foram

selecionadas e solucionadas trinta WebQuests, destas, seis foram apresentadas na

feira e mostra pedagógica do Colégio realizada no dia 23 de novembro de 2011.Nos

critérios de avaliação no regulamento da feira/mostra que correspondiam a:

fidelidade ao tema proposto; desenvoltura na apresentação; criatividade e utilização

de recursos audiovisuais os trabalhos apresentados receberam as melhores notas

dos jurados, classificando-se nos primeiros lugares do evento.

As demais WebQuests, neste caso vinte e quatro, foram apresentadas nas

respectivas turmas dos estudantes contribuindo para compartilhar o aprendizado,

trocar experiências e ainda como uma forma de avaliação dos estudantes onde se

buscou valorizar sua iniciativa, comprometimento, capacidade de pesquisar com

autonomia e cooperação. Algumas evidências dos bons resultados obtidos estão na

utilização de alguns dos trabalhos apresentados na feira/mostra em 2011, estarem

sendo reapresentados neste ano de 2012 nas disciplinas de Filosofia e Sociologia. E

os alunos apresentarem uma melhor fundamentação dos conteúdos que são

retomados durante este ano letivo.

Ao iniciarmos os trabalhos procuramos utilizar da ação voluntária dos

estudantes na pesquisa de WebQuests e de suas resoluções, também não ocorreu

pressão por parte do professor para a participação na feira/mostra pedagógica,

justificando desta maneira a participação de 20% dos trabalhos selecionados,

convém destacar os outros resultados obtidos pelos educandos que participaram no

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processo que condiz com os objetivos iniciais que eram conduzir o processo de

aprendizado de forma autônoma, cooperativa e colaborativa.

Procurou-se envolver os demais professores de História do Colégio, os quais

participaram do GTR WEBQUEST: INTERNET NA ESCOLA NO ENSINO DE

HISTÓRIA, estes contribuíram significativamente com sugestões, questionamentos e

ainda apresentando aos educandos outra maneira de utilizar a Internet em suas

pesquisas.

CONCLUSÃO

Foi constatada a autonomia e a iniciativa dos estudantes na realização das

atividades propostas desde o início da intervenção pedagógica e aplicação do

material didático na escola. Esta iniciativa pode ser vivenciada na mostra

pedagógica e feira de ciências realizada anualmente na escola, aberta a toda

comunidade escolar, onde os estudantes apresentam os frutos de seus trabalhos e

aprendizado anual. Todos os grupos que trabalharam com a ferramenta WebQuest

lograram um ótimo resultado na avaliação, compartilhando o conhecimento obtido

com os demais educandos do colégio.

Aos que apresentaram seus trabalhos nos momentos acima mencionados foi

possibilitada a apresentação aos colegas em sala de aula. Convém ressaltar que

estes trabalhos foram realizados com estudantes das segundas séries do Ensino

Médio em 2011, mas que alguns deles continuam a apresentar seus trabalhos para

outras turmas de forma interdisciplinar nas disciplinas de filosofia e sociologia neste

ano de 2012.

Concluindo, acreditamos que encontramos outra forma de possibilitar a busca

do conhecimento aliada a Internet de forma criteriosa, e que conseguimos conduzir

nosso educando para uma postura colaborativa, em que ele também é agente do

conhecimento, não apenas um mero ouvinte.

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Sabemos dos desafios, dificuldades, críticas e tantos outros entraves que

enfrentamos, não tivemos a pretensão de resolver os grandes desafios da

educação, nem mesmo os pequenos, mas sim mostrar a possibilidade de

transformação em nossas práticas pedagógicas buscando uma postura diferente

frente aos nossos educandos.

Não foi com o desenvolvimento dos trabalhos deste professor PDE que todos

os estudantes passaram a utilizar melhor suas duas horas e quarenta e oito minutos

diários de conexão à Internet, nem que a qualidade das aulas no Laboratório de

Informática do Colégio tenha sofrido significativa melhora, mas lhes foi mostrada

uma nova possibilidade de estudo conforme tantas vezes frisado neste artigo.

Cabe a todos os interessados neste processo tão nobre de ensinar, analisar

individualmente os dados levantados e tirar suas próprias conclusões, não me refiro

apenas aos professores, mas as direções, equipes pedagógicas e gestores públicos

do ensino pensar melhor nos desafios que todos enfrentam em seu cotidiano

escolar, com ou sem as TICs.

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