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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO
SUBPROJETO AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL PARA APERFEIÇOAMENTO
DAS AÇÕES ACADÊMICAS DA UFRN
RELATÓRIO PARCIAL DE AVALIAÇÃO - 2007 - 2011
2012
7
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO
RELATÓRIO DO SUB-PROJETO AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL PARA
APERFEIÇOAMENTO DAS AÇÕES ACADÊMICAS DA UFRN – 2007-2011
O sub-projeto “Avaliação Institucional para Aperfeiçoamento das Ações Acadêmicas
da UFRN – 2007-2011 realizou no período 2007 A 2011 as avaliações internas que
subsidiaram a tomada de decisão por parte dos gestores e de modo especial da administração
superior na pessoa do reitor.
O Projeto de Auto-Avaliação Institucional foi elaborado pela Comissão Própria de
Avaliação da UFRN - CPA e aprovado pela Resolução nº 079/2004, do CONSEPE. Em 2006
foi apresentado relatório contendo as 10 dimensões determinadas pela Lei nº 10.861 e no
período de 2007 a 2011 vendo sendo realizadas avaliações das dimensões demandas;
Item 1 - Ações desenvolvidas no período
A Avaliação da Docência, realizada anualmente, é um dos pontos que assume
prioridade na dimensão ensino. Nesse processo, a ênfase é dada à auto-avaliação
do professor e do aluno e a avaliação do professor pelo aluno, a avaliação da
turma pelo professor, e avaliadas também as condições de infra-estrutura dos
ambientes de ensino. O desenvolvimento da avaliação da docência, foi
conduzida pela Comissão da Avaliação da Docência que faz parte da Comissão
Própria de Avaliação – CPA. A Avaliação da Docência é realizada com os
seguintes objetivos: promover o levantamento contínuo de informações acerca
da atuação didática e postura profissional do professor, da disciplina no contexto
do curso e da infra-estrutura disponibilizada para o ensino de graduação na
UFRN; propiciar informações críticas sobre os processos e resultados do ensino
aos gestores, professores e alunos, tendo em vista as decisões e implementação
de ações que resultem em melhoria da qualidade acadêmica; subsidiar a
Comissão Própria de Avaliação - CPA da UFRN com informações indicadoras
da qualidade do ensino de graduação, como um dos elementos necessários para
a prestação de contas à comunidade universitária e à sociedade; contribuir com
informações para o processo de decisão, gerando políticas e medidas
administrativas para correção dos problemas identificados (2005/2010).
8
Oficina de Avaliação e Planejamento da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis
PROAE, antiga SAE. Contou com a participação do Secretário de Assuntos
Estudantis, o Secretário Adjunto e 15 funcionários e teve como resultado a
reestruturação e planejamento da referida Secretaria ( julho 2007);
Observatório da Vida do Estudante Universitário - OVE- No âmbito da atual
gestão universitária (2003 a 2011), a COMPERVE, responsável pelos processos
seletivos da UFRN, amplia sua área de competência em razão do seu potencial
para contribuir na formulação de estudos avaliativos com impacto na qualidade
da educação do Estado (Ensino Médio e o Ensino Superior), além de contribuir
no campo da política universitária. . Nesse sentido, ganham prioridade estudos
que estão na interface do Ensino Médio com Ensino Superior, tema que articula
as questões da democratização e do acesso aos cursos universitários, a inclusão
de alunos à cultura acadêmica e a pedagogia universitária. Nas articulações
entre essas temáticas procura-se contemplar estudos que revelem as implicações
do processo ensino-aprendizagem na estrutura do ensino universitário. O OVE
agrega informações sobre a realidade dos candidatos aos vestibulares da URFN
e dos estudantes universitários com a finalidade de mediar a relação entre o
estudante e a universidade, subsidiando o sistema acadêmico da UFRN (pró-
reitorias, coordenações de cursos entre outros) e ampliar a cooperação entre a
universidade e o sistema educacional (Ensino Médio) das redes pública e
privada e abrir um espaço interativo (demandas, expectativas, informações
acadêmicas) entre o estudante e a UFRN. O OVE é utilizado para divulgação de
informações sobre os candidatos aprovados no vestibular, nas reuniões do
Fórum de Coordenadores de Cursos de Graduação, dando visibilidade ao perfil
sócio-econômico e ao histórico educacional (desempenho) dos estudantes
aprovados para um dos cursos da UFRN, subsidiando as Coordenações de
Cursos com valiosas informações sobre os estudantes calouros;
Auto-Avaliações por demanda, dos cursos de Graduação de Química e de
Medicina, este último abrangendo os hospitais de ensino da UFRN (2008),
Arquitetura
Oficina de Auto-Avaliação da Pós-Graduação em Ciências da Saúde (2009)
Avaliação do Plano de Desenvolvimento Institucional 1999-2008 (2009)
Auto-avaliação do Centro de Biociências e dos seus 4 cursos de graduação
(2007,2008 e 2009)
9
Avaliação das propostas dos departamentos, tendo como foco a melhoria da
qualidade dos cursos da graduação (Planos Trienais)
Integração dos resultados da avaliação externa - ENADE., com a avaliação
interna do ensino de graduação.
Avaliação da Gestão.
Em andamento as auto-avaliações das dimensões do Ensino – atividades de
Pesquisa, do ensino da Pós-Graduação e do ensino a distância.
Os relatórios destas ações realizadas no período de 2007 a 2011 encontram-se
arquivadas na Comissão Própria de Avaliação.
______________________________________________________________________
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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E COORDENAÇÃO GERAL
COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL (PDI)
1999 – 2008:
AVALIAÇÃO
11
NATAL (RN) — 2009
REITOR
José Ivonildo do Rêgo
VICE-REITOR
Ângela Maria Paiva Cruz
CHEFE DE GABINETE
Célia Maria Rocha Ribeiro
PROCURADOR GERAL
Giuseppi da Costa
AUDITOR INTERNO
Halcima Melo Batista
PRÓ-REITOR DE GRADUAÇÃO
Virginia Maria Dantas Araújo
PRÓ-REITORA ADJUNTA DE GRADUAÇÃO
Mirza Medeiros dos Santos
PRÓ-REITOR DE PESQUISA
Maria Bernardete Cordeiro de Souza
PRÓ-REITORA ADJUNTA DE PESQUISA
Maria Helena Braga e Vaz da Costa
PRÓ-REITORA DE PÓS-GRADUAÇÃO
Edna Maria da Silva
PRÓ-REITORA ADJUNTA DE PÓS-GRADUAÇÃO
Fernanda Nervo Raffin
PRÓ-REITOR DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA
Cipriano Maia de Vasconcelos
PRÓ-REITOR ADJUNTO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA
Rita de Cássia da Conceição Gomes
PRÓ-REITOR DE RECURSOS HUMANOS
João Carlos Tenório Argolo
PRÓ-REITOR ADJUNTO DE RECURSOS HUMANOS
Miriam Dantas dos Santos
PRÓ-REITOR DE ADMINISTRAÇÃO
João Batista Bezerra
PRÓ-REITOR ADJUNTO DE ADMINISTRAÇÃO
Dílson Anchieta Rodrigues
PRÓ-REITOR DE PLANEJAMENTO E COORDENAÇÃO GERAL
João Emanuel Evangelista de Oliveira
PRÓ-REITOR ADJUNTO DE PLANEJAMENTO E COORDENAÇÃO GERAL
Luiz Seixas Neves
SUPERINTENDENTE DE COMUNICAÇÃO
Josemey Costa da Silva
SUPERINTENDENTE DE INFORMÁTICA
Aluízio Ferreira da Rocha Neto
SUPERINTENDENTE DE INFRA-ESTRUTURA
Gustavo Fernandes Rosado Coelho
SECRETÁRIO DE ASSUNTOS ESTUDANTIS
Ranke dos Santos Silva
SECRETÁRIA DE ENSINO À DISTÂNCIA
Vera Lúcia Amaral
COORDENADOR DO COMPLEXO HOSPITALAR E DE SAÚDE
Petrônio Souza Spinelli
DIRETOR DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES
José Ricardo Lagreca Sales Cabral
DIRETOR DA MATERNIDADE ESCOLA JANUÁRIO CICCO
Kleber de Melo Morais
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DIRETORA DO HOSPITAL DE PEDIATRIA
Jozana do Rosário de Moura Caetano
DIRETORA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ANA BEZERRA
Maria Cláudia Medeiros Dantas de Rubim Costa
DIRETORA DA BIBLIOTECA CENTRAL ZILA MAMEDE
Ana Cristina Cavalcanti Tinoco DIRETOR DO CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA
Jasiel Martins Sá
DIRETOR DO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
Juarez da Costa Ferreira
DIRETOR DO CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS LETRAS E ARTES
Marcio Morais Valença
DIRETORA DO CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
Ana Lúcia Assunção Aragão
DIRETOR DO CENTRO DE TECNOLOGIA
Manoel Lucas Filho
DIRETOR DO CENTRO DE BIOCIÊNCIAS
Maria de Fátima F. de Melo Ximenes
DIRETOR DO CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO SERIDÓ
Clóvis Almeida de Oliveira
COMISSÃO
João Emanuel Evangelista – Presidente
Maria Pepita de Vasconcelos de Andrade –CPA
Heloiza Henê Marinho da Silva – Consultora
José Eduardo de Almeida Moura – Consultor
Maria Doninha de Almeida - Consultora
13
LISTA DE QUADROS MAPAS E TABELAS
QUADRO 1 Demonstrativo das relações do PDI 1999-2008 com os Planos de Gestão
1999-2003, 2003-2007 e 2007-2011.................................................................
13 QUADRO 2
Demonstrativo das relações do PDI 1999-2008 com as Dimensões a serem
avaliadas.....................................................................................................
32
QUADRO 3 Síntese dos pontos fortes e fragilidades da graduação e da Pós-Graduação - ênfase
da Pós-Graduação à qualidade e à articulação com a Graduação, a Pesquisa............
75 QUADRO 4 Programas de extensão desenvolvidos pela UFRN até 2006..............................
83
MAPA 1 Fundamentos do PDI 1999 – 2008, oferta de vagas e processo seletivo............
67
MAPA 2 Funcionamento Pedagógico do Ensino de Graduação........................................
68
MAPA 3 O Ensino de Pós-Graduação...............................................................................
69
MAPA 4 A Pesquisa...........................................................................................................
70
MAPA 5 A Extensão..........................................................................................................
71
Tabela 1 Síntese do crescimento da UFRN no período 1995 – 2008................................
9
Tabela 2
Comportamento da oferta de vagas pelo vestibular para os cursos de
graduação presencial – 1995/2009......................................................................
40
Tabela 3 Alunos da graduação matriculados na UFRN - 2008.2..............................
41
Tabela 4
PROBÁSICA - Licenciatura em Pedagogia: Habilitação nas séries iniciais do
Ensino Fundamental 1999/2008..........................................................................
41
Tabela 4a PROBÁSICA - Licenciaturas Específicas e cursos concluídos 2006.................
42
Tabela 4b PROBÁSICA – Licenciaturas e cursos em Andamento, Iniciados em 2006......
42
Tabela 5
Inscritos no vestibular universal e número de Isentos da Taxa de Inscrição -
1999 – 2008.........................................................................................................
43
Tabela 6 Número de alunos da escola pública preparados para o processo seletivo 2005 – 2008
44
Tabela 7 Crescimento do número de cursos de pós-graduação stricto senso - 1995 – 2008.........
47
Tabela 7a Número de Bolsas de Pós-Graduação concedidas em 1995 -2008.....................
47
Tabela 8 Crescimento do nível de qualificação dos docentes – 1995-2008......................
48
Tabela 9 Conceitos atribuídos pela CAPES – 2004-2007.................................................
49
Tabela 9a Conceitos atribuídos pela CAPES – 2008-2010.................................................
49
Tabela 10 Grupos e Projetos de Pesquisa – 1999 – 2008....................................................
51
Tabela 11
Evolução do número de bolsas aos alunos de graduação e pós-graduação –
1999/2008............................................................................................................
52
Tabela 12 Atividades de Extensão realizadas em 2003 – 2008...........................................
53
Tabela 13 Acervo das bibliotecas da UFRN no período 1999-2008...................................
59
14
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO....................................................................................................... 5
INTRODUÇÃO ................................................................................................................... .. 6
1 - SÍNTESE DO PDI 1999 – 2008 ...................................................................................... 9
2 – AVALIAÇÃO DO PDI 1999 - 2008................................................................................. 37
DIMENSÃO 1: A Missão e o Plano de Desenvolvimento Institucional ................................ 37
DIMENSÃO 2: Política para o ensino de graduação, o ensino de pós-graduação,
a pesquisa e a extensão. ................................................................................ 39
DIMENSÃO 3: A responsabilidade social da instituição.. .................................................... 53
DIMENSÃO 4: A comunicação com a sociedade .................................................................. 55
DIMENSÃO 5: AS políticas de pessoal ................................................................................. 56
DIMENSÃO 6: Organização e Gestão da Instituição ............................................................ 57
DIMENSÃO 7: Infra-estrutura física, biblioteca e recursos de informação ......................... 58
DIMENSÃO 8: Planejamento e Avaliação ............................................................................. 63
DIMENSÃO 9: Política de assistência ao estudante .............................................................. 64
DIMENSÃO 10: Sustentabilidade financeira ........................................................................ 65
CONCLUSÕES PARCIAIS: Destaques da área acadêmica...................................... 67
REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 73
ANEXO: RESUMO COMPLEMENTAR.................................................................... 74
15
INTRODUÇÃO
A Avaliação do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) 1999-2008 da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) é resultado da análise exaustiva dos
muitos documentos que versam sobre os Planos de Ação e os respectivos Relatórios de
Gestão do período compreendido entre 1999 e 2008. Estruturado em duas partes principais, o
relatório contém: a síntese do PDI e sua avaliação.
A Síntese do PDI 1999-2008 é feita com o objetivo de lembrar aquelas decisões e
orientações que, agora se sabe, deram rumo à ação das diversas gestões da Universidade
durante o período. Essa Síntese mostra que esse PDI supôs uma Universidade voltada para a
transmissão da cultura, a investigação científica e a preparação de cientistas e homens de
cultura, e o ensino das profissões, além de prestação de serviços à sociedade. As
contingências históricas, aliadas à ideia de uma ciência instrumental, e a obrigação de
desenvolver políticas sociais e atender às demandas de pessoal e de tecnologia do setor
produtivo foram fatores considerados relevantes para a compreensão do contexto no qual se
definiu o PDI 1999-2008.
Destacam-se, também, os três Cenários desenhados dos quais a UFRN escolheu o que
previa que “é superada a visão instrumental a partir da vinculação do ‘know-how’ técnico
com o ‘know-how’ ético”, por ser o que reafirma o caráter público da instituição universitária,
e explicita os princípios dos quais não se deve abrir mão: Ética; Pluralismo; e Participação.
Relatam-se os termos da Missão e as Diretrizes – que podem ser remetidas às expressões:
compromisso com a democracia e inserção social; qualidade acadêmica; integração das
atividades acadêmicas; avaliação das ações; e modernização dos processos de trabalho. Os
princípios e ações que regem a política da UFRN no período 1999-2008 tomam a forma de
Proposições, que são apresentadas.
A avaliação do PDI ofereceu uma dificuldade muito particular: todos os relatórios de
gestão do período que vai de 1999 até 2008 seguem um esquema mais ou menos comum,
incluindo, no entanto, a cada ano, aquelas informações que são solicitadas por decisões da
Controladoria Geral da União ou do Tribunal de Contas da União, exceto o Relatório da
Autoavaliação, de 2006. Este Relatório, elaborado a partir dos relatórios parciais das 10
dimensões definidas pelo artigo 3º da Lei nº 10.861, de 14.04.2004, que institui o Sistema
Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES), caracteriza-se como o documento
fundamental de Avaliação do PDI 1999-2008. Como ele se afasta, demasiadamente, dos
outros relatórios, mais próximos da estrutura do PDI, uma tarefa preliminar foi executada: a
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demonstração que essa autoavaliação cobre todos os aspectos do PDI que avalia, apesar da
divergência de estrutura.
O Quadro 2 mostra que nenhum aspecto do PDI deixa de ser avaliado pelo processo de
autoavaliação, através das Dimensões, e, a partir daí, extraí-se que todos os Planos de Gestão,
os Projetos Pedagógicos dos Cursos e os Planos Trienais dos Departamentos Acadêmicos são
definidos a partir do PDI em vigor no período. Esse plano de desenvolvimento é atualizado
em função das contingências particulares que cada gestão enfrenta, concluindo-se que o PDI
tem sido seguido e suas metas alcançadas, teoricamente. Cada Dimensão avaliada apresenta
os resultados que mostram o crescimento da Universidade e o aprofundamento dos
compromissos que assumiu por ocasião da elaboração de seu primeiro PDI.
Para refletir sobre a realização do trabalho desenvolvido, teoricamente foram
privilegiados dois aspectos auxiliares: a comprovação prática da melhoria da aprendizagem do
aluno, da extensão e da pesquisa; e a ênfase à avaliação diagnóstica (contínua) como
estratégia fundamental para a tomada de decisão.
A demonstração prática sobre o desempenho do aluno parece ser o aspecto mais
importante para constatar o sucesso do processo de ensino e de aprendizagem, ou processo
ensino-aprendizagem, – sucesso do professor e do aluno. Juntamente com a qualificação
acadêmica do aluno, a qualidade do trabalho desenvolvido pela extensão e o alcance das
pesquisas devem fazer parte do objetivo principal da instituição pública universitária. Daí, a
busca pela qualidade acadêmica. Seria o resultado da ação da UFRN. A estrutura acadêmica, a
infraestrutura – física, de pessoal, bibliográfica, tecnológica etc. – e a sustentação financeira são
observadas em função do processo e do resultado final do trabalho na Universidade: a
qualificação da oferta.
A avaliação diagnóstica, desenvolvida no próprio processo de trabalho da
Universidade, é vista como uma tática essencial e complementar às demais estratégias que
buscam o êxito dos resultados alcançados e, em consequência, a melhoria da qualidade do
trabalho disponibilizado.
Contudo, neste trabalho, não foram considerados a configuração do desempenho do
aluno, a abrangência das atividades de extensão, a qualidade das pesquisas e o uso da
infraestrutura, inclusive financeira, por falta de indicadores teóricos e práticos que
possibilitassem uma apreciação objetiva sobre tais pontos.
Mas, foram trabalhados os resultados sobre os diversos procedimentos/estratégias de
ação, expressos nos relatórios de avaliação institucional, e numerosos avanços historicamente
17
comprovados, utilizando-se dois níveis de indicadores: aqueles essencialmente teóricos,
retirados dos documentos consultados, e aspectos mais objetivos (os dados) constantes nos
mesmos documentos e outros levantados dos bancos de dados disponíveis na PROPLAN.
Como documento final, este Relatório compõe-se de duas partes interligadas: a Síntese do
PDI 1999-2008 e sua Avaliação.
Vários subsídios teórico-práticos foram apresentados e discutidos com a administração
central, destacando-se: a avaliação do PDI 1999-2008 e itens para a elaboração dos Princípios
Gerais do próximo PDI; os primeiros elementos para atualização da Missão, como: as
contingências atuais e a educação superior; Avaliação; Significado de PDI, currículo e
flexibilização. O registro destes subsídios, e de outros também adotados, pode ser consultado
no Relatório que documenta o trabalho desenvolvido pela consultoria.
Esta versão do Relatório de Avaliação do PDI 1999-2008 leva em conta as
observações das leituras acuradas do Magnífico Reitor e do Pró-Reitor de Planejamento e
Coordenação Geral, as críticas e recomendações da Profa. Maria Pepita de Vasconcelos de
Andrade e, ainda, a participação da Profa. Heloiza Henê Marinho da Silva, além da
disponibilidade da equipe técnica da CPA e da PROPLAN desta Universidade.
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1 - SÍNTESE DO PDI 1999 - 2008
Após exaustiva leitura e análise do PDI 1999-2008, dos Planos de Gestão 1999-2003, 2004-
2007, 2007-2011, dos Relatórios das Gestões de 1999-2003 e 2003-2007, do Relatório Anual de
Gestão de 2008, do Relatório de Auto-Avaliação (2006), documentos do SINAES e a legislação em
vigor, foi organizada uma síntese do PDI 1999 – 2008 para subsidiar a sua avaliação.
O primeiro Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da Universidade Federal do
Rio Grande do Norte (UFRN) define as principais orientações para as ações da Universidade
durante o decênio 1999-2008. Neste documento apresenta-se, inicialmente, uma síntese das
orientações contidas nesse PDI para, em seguida, avaliar seus resultados a partir das
informações sistematizadas nos Relatórios de Gestão e de Auto-Avaliação da Universidade no
referido período.
A primeira grande constatação, ao se examinar o material que contém as informações
utilizadas para esta avaliação, é que a UFRN, nos últimos dez anos, demonstrou grande
crescimento, como se pode ver na Tabela 1.
TABELA 1- Síntese do Crescimento da UFRN no período 1995-2008.
Discriminação* Quantidade
1995 1998 2008
Conselhos Superiores
Centros Acadêmicos
4
8
4
7
4
7
Núcleos Acadêmicos 2 - -
Unidades Acadêmicas Especializadas
- - 4
Departamentos Acadêmicos 50 58 62
Unidades Suplementares 18 15 16
Núcleos de Estudos Interdisciplinares - - 7
Comissões Permanentes 4 - 5
Cursos de Graduação Presencial 56 48 60
Cursos de Graduação-Convênio 0 12 7
Cursos de Graduação a Distância
Cursos de Graduação Tecnológica
-
-
-
-
5
2
Cursos de Pós-Graduação Stricto Sensu 15 36 68
Cursos de Pós-Graduação Lacto Sensu 26 52 40
Cursos de Residências Médicas 9 9 21
Laboratórios para ensino pesquisa e extensão - 320 400
Alunos de Graduação Presencial 9.942 11.818 21.055
Alunos de Graduação-convênio
- 431 254
Alunos de Graduação à distância
- - 2.251
Alunos de Graduação tecnológica
- - 100
Alunos de Pós-graduação Stricto Sensu 368 750 2.668
Alunos de Pós-graduação Lato Sensu 623 1.021 2.252
Alunos de Residências Médicas 79 80 143
Fonte: PROPLAN - UFRN
* Obs. Em 1995 existia na universidade o CRESM – Macau e os Núcleos Acadêmicos: NESA – Nova Cruz e NEST – Santa
Cruz. A primeira unidade acadêmica especializada foi criada em 1999. O primeiro curso convênio iniciou em 1997. O Ensino
a Distância teve início em 2005. A Graduação Tecnológica teve início em 2008.
19
O PDI 1999-2008 foi elaborado a partir de uma ideia de Universidade que tem a
função de transmitir a cultura, fazer investigação científica e preparar os novos cientistas e
homens de cultura, ensinar as profissões e, finalmente, prestar serviços à sociedade.
As contingências históricas, destacando-se um fazer científico que se efetivou
mediante a fragmentação dos saberes e a idéia de uma ciência instrumental, a obrigação de
desenvolver políticas sociais, atender às demandas de pessoal e de tecnologia do setor
produtivo foram fatores considerados que, juntos com a análise das crises de hegemonia, de
legitimidade, da própria instituição universitária, do paradigma do conhecimento, que envolve
a universidade, constituem o contexto no qual se define o PDI 1999 - 2008.
Há, em 1999, um movimento de renovação do fazer universitário e de reação às
políticas universitárias ancoradas nas lógicas do mercado. Reafirma-se a função crítico-
cultural da universidade, manifesta-se insatisfação com o modelo vigente e sugere-se que a
universidade cumpra o seu papel de produzir e disseminar conhecimentos voltados para o bem
da humanidade.
Esses são marcos da construção da Análise Situacional da UFRN em 1999. Sua
história é reinterpretada, para destacar que ela foi criada, a partir de várias faculdades, como
conseqüência da ação de governantes e elites. Sucederam-se as visões decorrentes dos pontos
de vista desenvolvimentista, das reformas de base, da doutrina de segurança nacional, da
redemocratização, do fim da guerra fria, da globalização e do neoliberalismo. A UFRN
dedicou-se ao ensino das profissões e à prática extensionista, marcada pelo Centro Rural
Universitário de Treinamento e Ação Comunitária (CRUTAC) e pelos hospitais. A
universidade foi despojada de um dos seus valores mais nobres: a ideia de autonomia. Mesmo
assim, a UFRN experimentou grande crescimento da sua estrutura física, com a construção do
Campus Universitário, a ampliação da matrícula e criação de novos cursos de graduação fora
do modelo das faculdades tradicionais. A pesquisa e a pós-graduação ganharam um grande
impulso a partir da segunda metade da década de 1970, ancoradas no preceito legal da
indissociabilidade de ensino, pesquisa e extensão.
O fim do "milagre brasileiro" repercute nas universidades, que se integram nas lutas pela
democratização do país através dos movimentos docente, estudantil e dos servidores técnico-
administrativos. O processo de democratização da instituição de ensino superior, de uma forma
geral, resulta na articulação dos docentes, do corpo técnico-administrativo e dos estudantes.
Na década de 1990 a titulação do corpo docente da universidade melhorou, a pós-
graduação expandiu-se, surgiram as bases de pesquisa e o programa de iniciação científica, por
meio do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC). A UFRN favoreceu a
20
participação de seus professores em acontecimentos científicos no país e no mundo, e passou a
sediar congressos nacionais e internacionais de várias áreas do conhecimento. Nesse período, o
corte nos gastos sociais por parte dos governos repercutiu no campo educacional. As políticas
governamentais para a educação superior tomam como modelo a privatização do ensino e o
atendimento das demandas do mercado.
Embora tenha avançado no sentido de se firmar como centro acadêmico qualificado, a
UFRN apresentava problemas que precisavam ser resolvidos com urgência, principalmente aqueles
relativos à titulação de seu corpo docente e ao pequeno número de cursos de mestrado e doutorado.
No período 1995-1999, mesmo com redução do seu corpo docente e funcional e com o
orçamento insuficiente, houve crescimento do número de cursos de graduação, ampliação do
acesso à universidade, elevação do número de bolsas para estudantes de graduação e pós-
graduação, aumento da produção científica, do acervo bibliográfico, dos cursos e projetos de
extensão, do número de atendimentos hospitalares e de outros serviços.
Para planejar as ações da UFRN para os anos 1999-2008, estabelece-se que é
necessário compreender que o Estado reduziu sua responsabilidade com a manutenção
financeira do sistema de educação superior, e que o modelo de ação imposto às universidades
agrava a fragmentação, a separação entre os vários campos do saber e subordina o
conhecimento à técnica e aos interesses que se ancoram na lógica do mercado.
As propostas de redução da carga horária geral dos cursos, a valorização dos cursos de
curta duração, a exemplo dos sequenciais, com enfoque predominantemente técnico, em
detrimento da formação acadêmica complexa e de longa duração, as constantes carências do
orçamento destinado às universidades públicas e as dificuldades para o estabelecimento de
melhores políticas gerenciais, em decorrência das limitações a sua autonomia são fatores
considerados no processo de planejamento para os anos 1999-2008.
A partir dessa análise, três Cenários são visualizados: 1) a permanência da situação
vigente, com o aprofundamento das crises; 2) as propostas economicistas-utilitaristas são
implantadas e o ideal clássico de universidade desaparece, dando lugar a uma universidade
técnica, operacional e empresarial; e 3) é superada a visão instrumental a partir da vinculação
do “know-how” técnico com o “know-how” ético. No último caso, a universidade seria
renovada e seriamente comprometida com o destino dos homens, aliando o máximo de
qualificação acadêmica com o máximo de compromisso social, caminhando para superar a
fragmentação do conhecimento.
21
A UFRN opta pelo Cenário 3, por ser o que reafirma o caráter público da instituição
universitária, e explicita os princípios dos quais não se deve abrir mão: Ética; Pluralismo; e
Participação.
A Missão da Universidade é estabelecida: “A missão da UFRN, como instituição pública,
é educar, produzir e disseminar o saber universal, contribuir para o desenvolvimento humano,
comprometendo-se com a justiça social, a democracia e a cidadania” (PDI 1999 – 2008).
São definidas Diretrizes, cujas ideias fundamentais podem ser remetidas às expressões:
compromisso com a democracia e inserção social; qualidade acadêmica; integração das
atividades acadêmicas; avaliação das ações; e modernização dos processos de trabalho.
Os princípios e ações que devem reger a política da UFRN no período 1999 – 2008
tomam a forma de Proposições, desenvolvidas em torno das ideias de: um modelo de gestão
que contemple a autonomia, a ação articulada com a missão, uma atuação ativa e não reativa,
clareza do papel social da instituição, e manutenção de hierarquias descentralizadas; função e
identidade que articulem: saber técnico versus valores éticos, e a função crítico-cultural da
universidade; o diálogo entre diferentes saberes levando a: superação da fratura ciência-arte-
humanidades-conhecimento da tradição, a racionalidade ética sobre a racionalidade cognitiva
instrumental e o reconhecimento de outras formas de saber; a democratização do acesso,
contempla: melhoria das relações com a sociedade, cooperação com a rede pública do ensino
básico, diversificação das formas de acesso, currículos flexíveis, e articulação com o sistema
produtivo, para o desenvolvimento regional e local; prestação de contas à sociedade: pela
transferência do saber, pela prestação de serviços, e pelo enfrentamento de problemas
emergentes na sociedade; alargamento das fronteiras do conhecimento; qualidade da
formação profissional, atendendo a: qualidade formal e qualidade social; e capacitação
acadêmica e ética, através: da expansão da pós-graduação, do intercâmbio nacional e
internacional, e da avaliação institucional.
13
QUADRO 1 – DEMONSTRATIVO DAS RELAÇÕES DO CONTEÚDO DO PDI 1999 – 2008 COM OS PLANOS DE GESTÃO 1999–2003,
003–2007, 2007–2011
ELEMENTO
PDI 1999-2008
PLANO DE GESTÃO
1999-2003
PLANO DE GESTÃO
2003-2007
PLANO DE GESTÃO
2007-2011
OBJETIVOS
DIRETRIZES
1. Defender o compromisso com a
democracia, a educação e a justiça
social, incrementando a sua
inserção social e articulando-se no
espaço local e global.
2. Promover a melhoria da
qualidade acadêmica e privilegiar a
qualificação formal e social dos
indivíduos, proporcionando o
desenvolvimento de ações político-
acadêmicas e administrativas
pertinentes à sua missão.
3. Ampliar as fronteiras e a
diversidade do conhecimento,
atualizar a sociedade e modificar a
própria universidade, integrando,
de forma pertinente, as ações de
ensino, pesquisa e extensão.
4. Adotar uma sistemática de
avaliação e acompanhamento
contínuos das ações que
configuram o trabalho
institucional, realçando parâmetros
e critérios compatíveis com o
cumprimento de sua missão.
5. Garantir a qualidade do
cumprimento de suas ações,
modernizando os processos de
trabalho e adequando a estrutura
1. Reafirmar o compromisso com a
educação pública, como o direito à
cidadania, à democracia e à justiça
social.
2. Empreender um processo
educativo que favoreça o
desenvolvimento de seres humanos,
dotados de capacidade crítica, de
autonomia intelectual e
comprometidos com a resolução dos
problemas sociais deste limiar de
século.
3. Ampliar a inserção social da
UFRN mediante uma articulação,
cada vez mais intensa, com o
contexto local e global.
4. Diversificar as formas de acesso
à universidade, na busca constante
da democratização do saber
universal.
5. Incrementar a qualificação do seu
corpo docente e técnico, com vistas
a viabilizar a associação entre o
máximo de qualificação acadêmica
com o máximo de compromisso
social da instituição.
6. Ampliar as parcerias com
empresas, instituições públicas e
privadas, movimentos sociais,
comunidades, igrejas, visando
Reafirmar o compromisso com a
educação pública, gratuita e de
qualidade, com a disseminação dos
valores democráticos e a promoção
da cidadania.
Implementar uma política de
qualidade acadêmica, propiciando
meios para que as atividades
desenvolvidas na UFRN, tanto no
ensino quanto na pesquisa e na
extensão, alcancem padrões de
qualidade nacionais e internacionais.
Redimensionar a inserção social da
UFRN, ampliando os laços de
parceria e cooperação com a
sociedade civil e as diversas esferas
de governo, em ações que visem o
desenvolvimento socioeconômico, a
diminuição das desigualdades
regionais e a melhoria da qualidade
de vida do povo norte-rio-grandense.
Desenvolver uma gestão
universitária baseada na integração
das atividades acadêmicas, sob a
ótica da pluralidade, da ética e da
transparência administrativa.
(4.1). Desenvolver um amplo programa
de expansão e melhoria das atividades de
Ensino, Pesquisa e Extensão,
reformulando ou atualizando os
currículos dos cursos de graduação e de
pós-graduação, de modo a integrar as
atividades de ensino, pesquisa e extensão
na formação acadêmica e na prática da
docência.
(4.2). Fortalecer a inserção da UFRN na
sociedade norte-rio-grandense,
ampliando os laços de cooperação e
parceria com as organizações da
sociedade civil, as diversas instâncias
governamentais, as empresas públicas e
privadas em ações que visem a
diminuição das desigualdades regionais,
o desenvolvimento sócio-econômico e a
melhoria da qualidade de vida do povo
norte-rio-grandense.
(4.3). Aperfeiçoar a modernização da
gestão universitária, através da
consolidação do processo de auto-
avaliação institucional que subsidie o
planejamento e da implantação de
medidas que qualifiquem e
institucionalizem práticas de gestão
acadêmica, baseadas na co-
responsabilidade, e busquem a
otimização das atividades e dos serviços
desenvolvidos pela comunidade
acadêmica.
14
OBJETIVOS
organizacional de recursos
humanos, físicos, gerenciais e
tecnológicos às exigências de sua
missão acadêmica, técnica e
administrativa.
assegurar o cumprimento da sua
missão institucional enquanto
universidade pública.
7. Intensificar a cooperação com a
rede pública de ensino, visando
qualificar e requalificar professores
para atuar nos três níveis da
Educação Básica (educação infantil,
ensino fundamental e ensino
médio).
8. Induzir e apoiar projetos
inovadores que possibilitem a
ampliação das fronteiras e a
diversidade do conhecimento,
combatendo a fragmentação e a
instrumentalidade, estendendo o
diálogo entre os diferentes saberes.
9. Desenvolver ações que conduzam
à renovação da universidade
mediante constante interlocução e
intercâmbio com a comunidade
acadêmica internacional e o diálogo
incessante com os diferentes atores
sociais.
10. Empreender ações que
conduzam à superação da cultura
organizacional, com vistas à
superação da burocracia excessiva e
da gestão reativa, desenvolvendo a
capacidade de pensar a médio e
longo prazo.
——
——
15
POLÍTICAS
——
——
As políticas institucionais devem ser
traçadas e concretizadas em
programas e ações que combinem
pluralidade, autonomia, ética e
transparência, programas que
pensem sujeitos conscientes do seu
papel social, e que procurem,
portanto, contribuir para a
socialização do conhecimento.
Tal compreensão enseja a proposição
de políticas que respeitem as
diferenças, a diversidade de idéias,
rompendo com uma concepção
abstrata de igualdade que,
mascarando o processo social de
construção das desigualdades,
mantém privilégios e cristaliza
situações já existentes.
As várias políticas devem comportar,
em seus programas, ações e metas
que vinculem a UFRN à sociedade.
Nesse sentido, a atual gestão
privilegia políticas de qualidade
acadêmica, de inserção social e de
gestão participativa, as quais devem
ser pensadas de forma integrada,
para que a universidade consiga
realizar, a contento, sua missão
institucional.
Política de qualidade acadêmica
A Política de Qualidade Acadêmica
deve ser pensada em consonância
com a especificidade de sua área de
atuação e abrangência, refletindo-se
em ações que contemplem as
(5.1) - Política de Expansão e Qualidade
Acadêmica
Aprofundar e difundir a qualificação das
atividades acadêmicas da UFRN é
condição essencial para a construção de
uma universidade de reconhecida
excelência. A responsabilidade da
instituição é estabelecer um padrão cujo
ponto de partida será a qualidade:
na formação de profissionais com
competências técnica e ética, e com
compromisso social;
na pós-graduação, referenciada em
padrões nacionais e internacionais;
na pesquisa, pelo seu potencial
inovador e pela sua aplicabilidade no
desenvolvimento social e técnico-
científico do Estado, da região e do
Brasil;
nas ações de extensão, pelo seu
potencial de interação com a
comunidade, as organizações sociais e as
agências governamentais contribuindo
para enfrentar os problemas da nossa
realidade e fortalecer o compromisso
social da Universidade.
Essa Política de Expansão e Qualidade
Acadêmica deve ser pensada também em
consonância com a especificidade de sua
área de atuação e abrangência, refletindo-
se em ações que contemplem as
exigências da sociedade contemporânea.
16
POLÍTICAS
——
——
exigências da sociedade
contemporânea. Os programas e
ações a serem implementados por tal
política devem ter como eixo o
desenvolvimento, a expansão e a
qualificação das atividades-fim da
universidade, contando, para tanto,
com o suporte das ações das
atividades-meio; devem exercer suas
ações em todos os níveis do ensino,
na pesquisa e na extensão, ou seja,
permeando toda a produção
filosófica, científica, artística e
tecnológica; devem contemplar ações
que levem em consideração as
diversas formas e processos de
produção, transmissão e circulação
de saberes/conhecimentos no âmbito
da esfera acadêmica.
Política de inserção social
A Política de Inserção Social deve
refletir um movimento que considere
a relação constitutiva entre
universidade e sociedade,
considerando a universidade como
instituição cujo papel não se destina
a reproduzir os valores da sociedade,
uma vez que visa a inserção social,
estando à frente do seu tempo. Deve:
privilegiar o relacionamento / setores
organizados da sociedade; estender
os serviços; e ampliar a
democratização do acesso à
universidade.
(5.2) – Política de Inserção Social
Uma universidade pública de qualidade
somente pode ser concebida como uma
instituição social sintonizada com a
sociedade e as questões do seu tempo.
Promover a inserção social é, pois,
condição indispensável para o
desenvolvimento da UFRN.
17
PROGRAMAS
PROPOSIÇÕES
A renovação da universidade
pressupõe a definição de uma
política a ser incorporada ao seu
projeto institucional, a qual requer
a implementação de princípios e
ações, como os delineados a
seguir.
(8.2) - Repensar a sua função e
identidade no liminar de um novo
tempo. Nesse caso, torna-se
fundamental:
a) a valorização e o incentivo ao
desenvolvimento do saber técnico
vinculado aos valores éticos;
b) a recuperação da sua função
crítico-cultural;
(8.3) - Adotar práticas de ensino,
pesquisa e extensão identificadas
com uma nova paradigmatodologia
não-disjuntiva, que estabeleça o
diálogo entre diferentes saberes,
que não faça a separação sujeito-
mundo, natureza-cultura. Isso
pressupõe:
a) a superação da fratura que
envolve ciência-arte-humanidades-
conhecimento da tradição;
b) a prioridade de uma
racionalidade ética sobre a
racionalidade cognitiva
instrumental;
METAS GLOBAIS
1. Implementação do projeto
politico-pedagógico-institucional
da UFRN que expresse os
princípios éticos, políticos e
epistemológicos educacionais,
orientando a construção do
conhecimento e o desenvolvimento
da ação político-pedagógica
específica dos seus cursos de
graduação e programas de pós-
graduação. Com base nesses
princípios situados nas
características da
contemporaneidade, a UFRN criará
condições para garantir:
a) a qualificação formal e social do
aluno de graduação e pós-
graduação, integrando o ensino às
atividades de pesquisa e de
extensão, realçando um novo
fundamento e uma nova forma de
estágios e de práticas profissionais,
diversificando e mesclando as
alternativas de ensino - presencial
e não presencial.
b) a atualização / reformulação
curricular de todos os cursos
desenvolvidos pela universidade,
através da efetiva realização de um
projeto político-pedagógico
pertinente às necessidades e
possibilidades atuais.
c) a democratização do acesso à
(6.1). Programa de Expansão e
Qualificação do Ensino e da Pesquisa
Esse programa prevê o
desenvolvimento de ações voltadas
para a ampliação e qualificação das
atividades acadêmicas, tendo como
princípio a indissociabilidade entre o
ensino, a pesquisa e a extensão.
(6.1.1). Linhas prioritárias de ação
• Expansão e consolidação dos
programas de Pós-Graduação.
• Implementação de um sistema de
educação à distância como mais uma
possibilidade de aprendizagem e uma
nova modalidade de atualização e
capacitação profissional.
• Incentivo à integração das ações de
ensino, pesquisa e extensão,
sobretudo através dos projetos
político-pedagógicos dos cursos.
• Desenvolvimento de um amplo
programa de reformulação e
atualização curricular nos cursos de
graduação.
• Viabilização de novas formas de
acesso à universidade e investimento
em ações pedagógicas e
administrativas que venham a
garantir a permanência e o sucesso
dos alunos, revitalizando a orientação
acadêmica, formalizando uma
política de estágio e aprimorando o
(6.1) – Programa de Expansão e
Qualificação do Ensino, da Pesquisa e da
Extensão
Este Programa prevê o desenvolvimento
de ações voltadas para a ampliação e
qualificação das atividades acadêmicas,
tendo como princípio a indissociabilidade
entre o Ensino, a Pesquisa e a Extensão.
Linhas prioritárias de ação
Elaboração do Projeto Pedagógico
Institucional – PPI, definindo os
princípios epistemológicos, éticos e
políticos da instituição em sua dimensão
pedagógica que nortearão as reformas ou
as atualizações dos projetos pedagógicos
dos cursos;
Reestruturação curricular dos cursos de
graduação e programas de pós-graduação
para incorporação de uma cultura
acadêmica que assegure a inclusão social
e a necessária ruptura e avanços nas
práticas estabelecidas e na apropriação,
pelos alunos, não só de um corpo de
conhecimentos interdisciplinares e
flexíveis, como também, de valores e de
condutas críticas, éticas e democráticas;
Promoção de cursos de capacitação e
atualização didático-pedagógica do corpo
docente, institucionalizando novas
práticas docentes com vistas à melhoria
da qualidade dos cursos de graduação e
pós-graduação;
Ampliação da política de formação
18
PROGRAMAS
c) o reconhecimento de outras
formas de saber, o que implica a
abertura ao outro; a rejeição do
caráter único e exclusivo do
conhecimento científico; a
valorização do saber científico e
técnico, bem como a revalorização
dos saberes não-científicos; a
configuração ou multiplicação de
saberes, enquanto prática do
conhecimento no âmbito da
universidade; a aceitação dos
múltiplos currículos informais que
circulam na universidade.
(8.6) - Ampliar o desenvolvimento
de projetos inovadores nos vários
domínios do saber aglutinado no
espaço acadêmico da UFRN, de
modo a contribuir para o
alargamento das fronteiras do
conhecimento.
(8.7) - Garantir a qualidade da
formação profissional numa
dúplice dimensão:
a) Qualidade formal, que diz
respeito ao conteúdo específico de
cada curso;
b) Qualidade social, que
corresponde ao envolvimento
crítico com os problemas da
sociedade.
8.8 - Implementar um amplo
programa de capacitação
acadêmica e ética, de forma a
assegurar a melhoria do trabalho
desenvolvido pela UFRN. Isso
universidade, diversificando e
ampliando as formas de ingresso,
ofertando novas modalidades de
cursos a partir das demandas
contextuais, ampliando a oferta de
cursos noturnos, criando novos
cursos de graduação e expandindo
a oferta de vagas em média de 10%
ao ano.
d) adoção das possibilidades
oferecidas pelas novas tecnologias
na oferta de cursos de formação de
professores, contribuindo para a
melhoria da educação no Rio
Grande do Norte e do perfil do
aluno que ingressa na
universidade.
2. Aumento da produção científica
institucional na ordem de 45% até
ano de 2003, através do
fortalecimento da iniciação
científica, do crescimento e da
consolidação da pós-graduação, do
redimensionamento do fundo da
pesquisa e da capacitação dos
grupos e bases de pesquisa, para
fortalecer a sua competência na
captação de recursos de fundos
estruturantes.
3. Integração de esforços da área
acadêmica, visando fortalecer os
grupos temáticos que desenvolvem
estudos relacionados com a região
Nordeste do Estado do Rio Grande
do Norte, através da criação de
programas interdisciplinares ou de
fóruns de discussão voltados para o
sistema de avaliação do Ensino.
• Apoio a grupos de pesquisa
consolidados e emergentes, além do
incentivo à criação de novos grupos e
núcleos multidisciplinares,
objetivando maior horizontalidade e
integração nas atividades de
pesquisa.
• Apoio a ações de atração de grupos
qualificados, de outras instituições,
para atuarem em conjunto com
pesquisadores da UFRN.
• Intensificação da cooperação
institucional com outros organismos
de pesquisa e com as agências de
fomento.
• Garantia das condições necessárias
para o contínuo aprimoramento da
qualidade das ações acadêmicas
desenvolvidas pelos hospitais
universitários.
• Definição de uma política interna
para os Fundos Setoriais, que
normatize as ações já realizadas e
induza à inserção de outros grupos
nos Fundos já existentes e naqueles a
serem criados, objetivando ampliar a
participação da UFRN nesse
instrumento de fomento à pesquisa.
• Apoio a projetos inovadores no
ensino da graduação.
profissional nos cursos de licenciaturas
com o objetivo de atender à necessidade
de melhoria da qualidade da educação
básica no Rio Grande do Norte.
Expansão das atividades de Ensino, de
Pesquisa e de Extensão, visando ao
fortalecimento das bases científica,
tecnológica, sócio-cultural e artística da
instituição, com a formação de docentes
para todos os níveis, de pesquisadores e
de quadros técnicos para os setores sócio-
produtivos e para as organizações sociais;
Consolidação e criação de núcleos
interdisciplinares de estudos e pesquisas;
Ampliação da oferta de estágios por
meio da celebração de convênios com
empresas públicas e privadas e nos
diferentes órgãos da UFRN, que dará aos
alunos a oportunidade de exercitarem a
prática, incentivando-os à permanência no
curso;
Consolidação das ações de formação
universitária em desenvolvimento, com
investimentos na melhoria da
infraestrutura e da qualificação dos
profissionais envolvidos nas instâncias
acadêmicas, visando enfrentar os
problemas e atender às demandas sociais
e científico-tecnológicas da comunidade
norte-rio-grandense;
Fortalecimento dos processos de
avaliação institucional para a melhoria da
qualidade das atividades e para a
excelência dos seus resultados, com
impactos nas relações entre a comunidade
acadêmico-científica e a sociedade;
19
PROGRAMAS
implica:
a) expandir a pós-graduação;
b) incrementar o intercâmbio com
instituições nacionais e
internacionais, com vistas a
intensificar a troca de experiências,
a formação e a realização conjunta
de pesquisas e de projetos na área
acadêmica;
(8.8) - c) assegurar uma sistemática
de avaliação institucional, interna e
externa, que contemple dimensões
qualitativa e quantitativa, vital para
o acompanhamento e o
aperfeiçoamento do novo modelo
de gestão.
(8.4) - Democratizar o acesso sem
que isso signifique perda de
qualidade. Para isso, torna-se
significativo:
a) melhorar as relações
universidade-sociedade, sociedade-
universidade;
b) intensificar os laços
cooperativos entre a universidade e
a rede pública do ensino básico;
c) diversificar e aperfeiçoar as
formas de acesso;
d) enfrentar o elitismo ao adotar
currículos flexíveis e que reflitam
as necessidades da maioria da
população. Atenuar a elitização
não significa reduzir as exigências
acadêmicas, mas introduzir
mudanças curriculares e promover
desenvolvimento do semi-árido,
gerenciamento costeiro, formação
de professores, proteção do meio
ambiente, geração de emprego e
renda, fontes alternativas de
energia, saúde, petróleo, entre
outros.
4. Fortalecimento das ações
extensionistas no Rio Grande do
Norte, consolidando a
interiorização da UFRN, através de
programas e projetos institucionais
de extensão e do incremento das
parcerias com iniciativas
municipais, estaduais, nacionais e
internacionais.
5. Implementação da Educação a
Distância, através do projeto
Universidade Virtual Publica
Brasileira, com vistas à realização
de cursos de licenciatura para
qualificação de professores da
educação básica, inteiramente a
distância, ou de complementação
curricular dos cursos presenciais já
existentes e de curses de extensão e
pós-graduação em áreas do
conhecimento prioritárias para o
desenvolvimento do RN e do NE.
6. Implementação do Processo de
Avaliação Institucional, interna e
externa, realizando estudos e
diagnósticos das atividades-fim e
das atividades-meio, identificando
em que medidas elas se articulam e
correspondem à missão a ser
definida pela instituição na
(6.2). Programa Universidade Aberta
e Cidadã
Esse programa é constituído a partir
de um conjunto de ações que
refletem o compromisso da
universidade com a construção da
cidadania de todos os indivíduos.
Tais ações devem possibilitar a
participação de diferentes grupos e
instituições sociais, através de
projetos voltados para a promoção de
justiça, democracia e solidariedade.
(6.2.1). Linhas prioritárias de ação
• Educação de jovens e adultos
excluídos do ensino regular e apoio a
grupos e organizações sociais.
• Estabelecimento de parcerias com
os diversos municípios do Estado, no
que tange a políticas públicas de
integração e de apoio ao
desenvolvimento econômico e social.
• Desenvolvimento de ações de
produção, difusão e divulgação
científica e tecnológica.
• Consolidação e expansão de
parcerias com os sistemas estadual e
municipais de educação,
possibilitando a melhoria do ensino e
a ampliação do acesso à universidade
para os alunos que freqüentam a
Rede Pública.
• Estabelecimento de parcerias da
Secretaria de Ensino à Distância com
os sistemas estadual e municipais de
educação, visando a identificação de
Ampliação de articulações e
intercâmbios institucionais locais,
nacionais e internacionais, com a
formação de redes e parcerias, tendo em
vista a cooperação e a mobilidade
acadêmica, como formas de
aprimoramento dos processos formativos
e investigativos em todos os níveis;
Reestruturação da Assessoria
Internacional para incrementar a
mobilidade estudantil e o intercâmbio de
pesquisadores com instituições de ensino
e pesquisa de outros países;
Ampliação das ações de difusão do
conhecimento produzido na Instituição,
promovendo a socialização dos processos,
produtos e resultados das atividades
acadêmicas;
Criação do Núcleo de Inovação
Tecnológica e implementação dos
mecanismos necessários à
regulamentação dos direitos e das
obrigações relativos à propriedade
intelectual (industrial, tecnológica,
cultural e literária) e às inovações
decorrentes das atividades acadêmicas,
contribuindo para o desenvolvimento
nacional, regional e do Rio Grande do
Norte.
Inserção qualificada das atividades de
extensão e pesquisa em todos os cursos de
graduação da universidade,
proporcionando aos estudantes uma
interação com os problemas sociais da
realidade em que irá atuar
profissionalmente;
20
PROGRAMAS
a organização dos cursos, de forma
que aproxime a UFRN da
população, privilegiando a
qualidade dos profissionais por ela
formados.
e) melhorar a articulação da
universidade com o sistema
produtivo, instâncias de governo,
instituições da sociedade civil, sem
perda, em nenhuma hipótese, da
especificação institucional. Por
essa via, a universidade pode
exercer um papel importante no
desenvolvimento regional e local.
(8.5) - Prestar contas à sociedade
das ações que a UFRN desenvolve,
mediante:
a) a transferência do saber;
b) a prestação de serviços;
c) a elaboração de proposições
para o enfrentamento de problemas
emergentes na sociedade.
(8.1) - Desenvolver um modelo de
gestão que tenha como base:
a) a autonomia institucional e a
especificação organizacional;
b) a superação da cultura
burocrática institucional;
c) a ação cotidiana articulada com
a missão institucional;
d) a atuação ativa, orientada para
médio e longo prazo, em
substituição à atuação reativa, que
se orienta apenas pelo curto prazo
formação do profissional, na
produção, divulgação e aplicação
do conhecimento, através:
a) da realização de estudos que
subsidiem cientificamente a
decisão e implementação de
medidas que conduzam à execução
do projeto acadêmico da UFRN;
b) da avaliação dos quatro
hospitais universitários, definindo
estratégias que garantam um
melhor nível do ensino e da
assistência;
c) do aperfeiçoamento do processo
de avaliação acadêmica, criando
condições para catalogação e
registro de informações,
possibilitando a sua socialização e
instrumentalizando a proposição de
políticas institucionais;
d) da realização de uma pesquisa
sobre os índices de retenção e
evasão nos cursos de graduação,
possibilitando a busca de soluções
para diminuir a evasão e a
repetência.
7. Reestruturação da FUNPEC
com a Finalidade de estabelecer a
estreita ligação dessa instituição
aos objetivos do sistema
acadêmico da UFRN.
8. Integração das ações na área da
Comunicação, através da Televisão
Universitária, da Rádio FM
Universitária e da Agenda de
Comunicação, visando otimizar e
necessidades de formação que
possam ser supridas por essa
modalidade de ensino.
• Criação de uma política de apoio
aos estudantes da UFRN, centrada no
reconhecimento de seus direitos e
deveres de cidadania.
• Incentivo à preservação da
memória, através de ações que
possibilitem o resgate e a valorização
do nosso patrimônio cultural.
• Desenvolvimento de um Plano de
Assistência ao Estudante,
comprometido com a redução das
desigualdades sociais, possibilitando
a todos os estudantes uma formação
competente e qualificada.
(6.3). Programa de Capacitação dos
Recursos Humanos da UFRN
Com o intuito de desenvolver ações
de valorização e capacitação
dirigidas a todos os recursos
humanos da UFRN, esse programa
visa a otimização de serviços e um
melhor atendimento das necessidades
da instituição.
(6.3.1). Linhas prioritárias de ação
• Desenvolvimento de programas de
incentivo à titulação dos docentes.
• Desenvolvimento de programas de
atualização pedagógica dos docentes.
• Capacitação permanente dos
Implantação de regimes curriculares
flexíveis e sistemas de títulos que
possibilitem a construção de itinerários
formativos, propiciando a mobilidade
estudantil;
Ampliação da oferta de vagas de
ingresso no ensino de graduação,
sobretudo no período noturno, com a
adoção de novas modalidades de
formação acadêmica, como o bacharelado
interdisciplinar e o ensino a distância,
possibilitando a democratização do
acesso à universidade pública de
qualidade;
Consolidação e ampliação da
modalidade de ensino a distância nos
níveis do ensino de graduação e da pós-
graduação;
Implementação de uma Política de
Formação Inicial e Continuada de
Professores da Educação Básica, apoiada
no conceito de redes de ação e
cooperação entre os sistemas de ensino e
a UFRN;
Implantação da Central de Produção de
Material Didático para apoiar os cursos
de graduação;
Fortalecimento da orientação
acadêmica e pedagógica, criando
mecanismos de acompanhamento no
processo de ensino-aprendizagem que
garantam a sua permanência e a
conclusão do seu curso de graduação.
Ampliação dos cursos de
complementação de estudos, sobretudo
para os alunos egressos da rede pública,
21
PROGRAMAS
e pelas pressões do cotidiano;
e) a clareza do seu papel social;
f) a manutenção de hierarquias
descentralizadas que levem em
conta os interesses dos vários
atores inseridos em seu espaço
institucional.
implementar a política de
comunicação interna e externa da
UFRN;
9. Implantação de uma política de
comunicação e marketing
institucional, visando dar
visibilidade às ações da UFRN.
10. Criação de centros e unidades
acadêmicas especializadas na
forma de institutos, faculdades,
escolas ou outras estruturas
destinadas a cumprir, isolada ou
conjuntamente, objetivos especiais
de ensino, pesquisa e extensão.
11. Consolidação da Ouvidoria,
como órgão consultivo, para que a
UFRN assimile, como parte de seu
processo acadêmico e
administrativo, a queixa, a crítica,
a reivindicação de indivíduos ou
grupos da comunidade
universitária ou da sociedade.
12. Redefinição da forma de
atuação do complexo hospitalar da
UFRN como espaço acadêmico,
visando a sua participação nos
recursos alocados para a saúde em
orçamentos oficiais e, de modo
planejado, a sua inserção no
Sistema Único de Saúde (SUS),
sem perda das características de
hospitais-escola;
13. Reestruturação da
COMPERVE em um espaço de
estudos e pesquisas, em articulação
com os cursos de graduação e com
servidores técnico-administrativos.
• Capacitação de gestores, nos
diversos níveis da estrutura
organizacional.
(6.4). Programa de Melhoria da
Qualidade da Infraestrutura
Esse programa prevê ações de
melhoria da infraestrutura da UFRN,
visando a qualidade acadêmica e a
recuperação da qualidade de vida
universitária.
(6.4.1). Linhas prioritárias de ação
• Elaboração e implementação de um
plano diretor para o campus
universitário.
• Ampliação do acervo e melhoria
dos serviços prestados pelas
bibliotecas.
• Implementação de uma política
ambiental compatível com o primado
da sustentabilidade e a promoção da
qualidade de vida universitária.
• Construção, ampliação e
recuperação de salas de aula,
laboratórios, hospitais e setores
administrativos.
• Implementação de programa de
recuperação e manutenção de
equipamentos indispensáveis ao
desenvolvimento das atividades
acadêmicas.
(6.5). Programa de Modernização da
com o objetivo de reduzir a evasão e a
repetência, melhorando a taxa de sucesso
nos cursos de graduação.
(6.2) – Programa Universidade Aberta e
Cidadã
Este Programa constitui-se de um
conjunto de ações que refletem o
compromisso da Universidade com a
construção da cidadania de todos os
indivíduos, possibilitando a participação
de diferentes grupos e instituições sociais,
por meio de projetos voltados para a
promoção de justiça, democracia e
solidariedade.
Linhas prioritárias de ação:
Articulação com a educação básica,
profissional e tecnológica, que assegure
uma efetiva melhoria na qualidade da
formação dos profissionais da educação,
como desdobramento da renovação
pedagógica do ensino de graduação;
Interlocução da UFRN com a
sociedade civil, as agências
governamentais e as organizações
produtivas, visando contribuir com o
desenvolvimento socioeconômico e
cultural do RN;
Expansão do Projeto Cursinho Pré-
Vestibular para ampliar o atendimento
aos alunos de escolas públicas;
Ampliação das atividades do
NUPLAM para atender ao Programa
Nacional de Medicamentos do Ministério
da Saúde;
Ampliação do Programa de
22
PROGRAMAS
——
o ensino médio, diversificando as
formas de entrada na universidade,
promovendo o aperfeiçoamento do
exame vestibular e estendendo a
sua ação à execução de concursos
e/ou seleção de pessoal.
14. Implementação de uma política
de Capacitação de Recursos
Humanos na UFRN, norteada .por
três eixos principais:
14.1 . Dotar a instituição de um
Programa de Capacitação Docente
que amplie os atuais indicadores de
titulação de 61 % para 82% de
mestres e doutores até 2003,
através de:
a) ampliação da rede de
intercâmbio, com vistas ao
desenvolvimento de programas
interinstitucionais, nacionais e
internacionais, principalmente em
nível de doutorado e de cursos de
pós-graduação a distância;
b) cursos de pós-graduação
interdisciplinares;
c) ampliação progressiva da oferta
de vagas nos cursos de pós-
graduação já existentes na UFRN,
com o estabelecimento de
prioridades de acesso para
docentes da instituição;
d) criação de novos programa /
cursos de pós-graduação;
e) estímulo ao intercâmbio de
pesquisadores da instituição, em
Gestão Universitária
Esse programa prevê o
estabelecimento de um modelo de
gestão universitária que fortaleça
práticas democráticas, amplie
parcerias, desenvolva a cooperação e
o diálogo com a comunidade
acadêmica e com a sociedade,
visando respostas mais qualificadas
às novas demandas e aos desafios do
nosso tempo.
(6.5.1). Linhas prioritárias de ação
• Implementação das avaliações
como processo sistemático,
formativo e democrático, que
favoreça o exercício da cidadania e o
aperfeiçoamento do desempenho
institucional.
• Produção ágil e contínua de
informações gerenciais, de modo a
possibilitar a identificação de
problemas e subsidiar as alternativas
de solução dos dirigentes.
• Avaliação da administração
universitária e do planejamento
global da instituição, corrigindo
rumos e melhorando a qualidade da
gestão.
• Agilização e flexibilização
administrativa e acadêmica.
• Integração e articulação dos
processos e das atividades de
planejamento.
Humanização dos Hospitais
Universitários em articulação com o
Ministério da Saúde;
Aprofundamento das mudanças no
vestibular na direção de uma maior
inserção dos estudantes oriundos da rede
pública de ensino e demais alunos
carentes de outras redes de ensino;
Desenvolvimento de um plano de
comunicação com informações a serem
veiculadas em programas de rádio e
televisão, que contribuam para a difusão
dos conteúdos disciplinares e culturais do
ensino médio e do vestibular e para a
divulgação científica do conhecimento
gerado no ensino superior;
Desenvolvimento de programação
científica e artístico-cultural
comemorativas do cinqüentenário da
criação e da federalização da UFRN e do
projeto do Memorial da UFRN;
Redefinição da política cultural da
universidade, a partir da articulação das
várias iniciativas dos grupos artístico-
culturais, com a construção de parcerias e
estratégias que dêem visibilidade e
circulação à produção artístico-cultural;
Implementação de amplo projeto de
recuperação dos museus da UFRN, que
contemple alternativas de fortalecimento
do museu como espaço de ação cultural,
através de um programa permanente de
visitação, visando a formar público e
aumentar o usufruto desses espaços pela
comunidade universitária e pela
sociedade;
23
PROGRAMAS
——
nível local, nacional e
internacional;
f) incremento e diversificação da
oferta de cursos de especialização /
mestrado profissionalizantes em
áreas estratégicas e prioritárias
para a instituição, o estado e a
região.
14.2. Qualificar os servidores
técnico-administrativos, através de
oferta de cursos ou de programas
de intercâmbio com outras
instituições. Atualizá-los
periodicamente, conforme os
avanços da tecnologia disponíveis
em suas áreas, integrando-os aos
interesses da organização.
14.3. Otimizar a distribuição de
recursos humanos e promover
ações de melhoria das condições
de trabalho, visando o
cumprimento dos objetivos
institucionais.
15. Redirecionamento das políticas
de gerência, de desenvolvimento e
de produção dos sistemas
computacionais institucionais, bem
como de sua infraestrutura de
informática, com o intuito de
assegurar:
15.1 . Que os recursos humanos
disponíveis na UFRN,
prioritariamente, sejam os agentes,
gerentes e executores do processo
de evolução tecnológica dos
sistemas corporativos, tornando-se
• Articulação, em rede, de todas as
formas de planejamento e avaliação
realizadas na instituição.
• Implantação de uma base de dados
institucional, descentralizando
informações que subsidiem o
gerenciamento e a avaliação das
políticas acadêmicas.
• Reestruturação de setores de
suporte às atividades acadêmicas
(NUPLAM, COMPERVE,
EDUFRN, NAC).
Elaboração de uma política editorial
para a UFRN que defina critérios e
estratégias de publicação, lançamento e
circulação nacional dos títulos da
EDUFRN; instituição de um fundo
editorial comum, aglutinando recursos do
PED-FAEX e de outros fundos
acadêmicos; e a definição de linhas
editoriais que aglutinem a diversidade da
produção acadêmica local;
Redefinição da política de
comunicação da UFRN com vistas a
maior visibilidade e articulação das
atividades de Ensino, Pesquisa e
Extensão;
Sistematização de acervos digitalizados
para ampla disponibilização dos produtos
do conhecimento gerado na UFRN, na
forma de banco de dados de livre acesso;
Criação do Núcleo de Estudos
Avançados que receba grandes cientistas,
artistas e intelectuais para promover
programas de trabalho e cooperação com
os grupos de pesquisadores, artistas e
intelectuais locais, assegurando a inserção
mais qualificada da UFRN nos circuitos
de produção científica e cultural nacionais
e internacionais;
Criação do Centro de Memória Social
que será responsável pela organização e
preservação de obras, de depoimentos e
de acervos de personalidades, lideranças,
movimentos sociais e instituições da
sociedade norte-rio-grandense;
Apoio às iniciativas de associativismo
e cooperativismo desenvolvidas pelos
24
PROGRAMAS
——
responsáveis pelo desenvolvimento
de seus projetos e suas operações,
fundamentados em tecnologia
baseada em WEB e de natureza
aberta;
15.2. A integração dos sistemas de
informação seguintes: recursos
humanos - acadêmico - hospitalar
– vestibular - PRODOCENTE -
material e patrimônio - e outros;
15.3. A utilização da Rede de
Informática da UFRN da forma
mais eficiente possível, através da
capilarização de sua rede de
acesso;
15.4. A estruturação de serviços de
suporte técnico e de treinamento
que atendam às necessidades da
comunidade acadêmica.
16. Manutenção da política de
assistência ao estudante, com a
melhoria dos serviços dos
restaurantes e das residencias
universitários, ampliando ou
criando outros serviços que
ofereçam melhores condições de
vida ao estudante;
17. Implementação de um processo
de modernização da infraestrutura
organizacional, com vistas à
melhoria da qualidade de vida e do
trabalho no âmbito da UFRN;
18. Continuação do processo de
revisão dos regulamentos e normas
da UFRN, visando modernizá-los e
adequá-los aos procedimentos e
——
diversos segmentos da comunidade
universitária.
(6.4) – Programa de Valorização de
Recursos Humanos e Modernização da
Gestão
Este Programa tem por foco o
desenvolvimento de ações de valorização
e capacitação dos recursos humanos da
UFRN, visando a melhoria da qualidade
do trabalho e da comunicação entre as
pessoas, a modernização da gestão e a
otimização dos serviços com atendimento
qualificado das necessidades da
instituição.
Linhas prioritárias de ação:
Instituição de mecanismos que
aprimorem a integração e a coordenação
das ações acadêmicas e administrativas,
com utilização dos sistemas integrados de
gestão;
Aprimoramento do planejamento e dos
mecanismos de gestão, compartilhados
nos diferentes setores e Unidades
Acadêmicas, com vistas ao alcance dos
objetivos institucionais;
Redefinição de processos de trabalho e
de fluxos de informação com o uso das
tecnologias e sistemas informacionais
disponíveis visando agilizar a tomada de
decisão e a realização de tarefas;
Implementação das ações de formação
contínua para os gestores acadêmicos, no
sentido de melhorar a qualidade da
gestão;
Ampliação de programas de
25
PROGRAMAS
——
rotinas administrativos com vistas
ao gerenciamento mais eficiente
dos recursos humanos e materiais.
19. Produção de medicamentos
genéricos e de programas especiais
para o Ministério da Saúde e
Secretarias Municipais e Estaduais
de Saúde do País.
20. Ampliação das atividades do
Departamento de Assistência ao
Servidor, com incremento das suas
funções de assistência social.
21. Estabelecimento de diretrizes
orçamentárias vinculadas aos
objetivos fins da instituição, para
orientar a elaboração do
orçamento-programa da UFRN e
prestar contas, semestralmente, à
comunidade universitária, da
execução orçamentária / financeira
definida no seu orçamento-
programa.
22. Execução do plano de
construção / ampliação e
conservação da estrutura física e
das áreas urbanas necessárias ao
desenvolvimento das atividades
fim e meio da universidade.
23. Supervisão do cumprimento
das normas técnicas de segurança e
de preservação ambiental no
âmbito da UFRN.
——
qualificação do pessoal docente e técnico-
administrativo da UFRN;
Acompanhamento e avaliação do Plano
Geral de Ação 2007-2011 para adotar
medidas de correção e aperfeiçoamento
dos seus rumos durante a sua execução;
Acompanhamento e avaliação dos
planos quadrienais e trienais das unidades
acadêmicas, como instrumentos
permanentes de planejamento e gestão
acadêmica;
Consolidação da coleta de dados
semestrais que compõem o cadastro de
docentes e o Censo da Educação Superior
como uma das bases de informação para
tomada de decisão tendo em vista o
aperfeiçoamento do projeto institucional;
Consolidação e expansão dos sistemas
informacionais de registro, tramitação e
avaliação das atividades acadêmicas e
administrativas;
Melhoria da difusão das informações
no âmbito interno e externo com
aperfeiçoamento e utilização mais eficaz
das mídias disponíveis e criação de novos
veículos e procedimentos de
comunicação, aproveitando as inovações
tecnológicas em curso;
Criação de um Programa Permanente
de Formação Continuada para
desenvolver ações didático-pedagógicas e
curriculares que contribuam para a
formação dos docentes e para a melhoria
da qualidade do ensino superior na
graduação e na pós-graduação na UFRN.
26
PROGRAMAS
——
——
——
Ampliação e integração dos Programas
de Socialização Organizacional, de
Avaliação de Desempenho e de
Capacitação dos servidores técnico-
administrativos com vistas à melhoria do
seu desempenho profissional e integração
dos processos de trabalho aos objetivos
institucionais;
Redimensionamento dos quadros de
servidores técnico-administrativos e
docentes em função das necessidades das
unidades administrativas e acadêmicas,
ponderando-as com as tecnologias de
processo de trabalho;
Ação em Saúde Ocupacional, que integre
assistência e prevenção à saúde e
segurança no trabalho;
ede de telefonia da
UFRN, com a integração à rede de dados
e a migração para a tecnologia VoIP (Voz
sobre IP);
Ampliação da estrutura e criação de
tecnologia para comunicação por sistema
digital de rádio e TV, com convergência
de mídias e uso em diversas áreas do
conhecimento;
Consolidação do projeto de segurança
patrimonial da UFRN, integrando os
elementos físicos do cercamento do
campus, adequação do anel viário,
sistema de segurança eletrônico, sistema
de comunicação de rádio e humano;
Consolidação do processo de avaliação
da docência e do ensino de graduação
para subsidiar as políticas de melhoria da
27
PROGRAMAS
——
——
——
qualidade dos cursos de graduação.
(6.5) – Programa de Infraestrutura
Este Programa prevê o incremento de
ações de melhoria da infraestrutura,
visando a qualidade acadêmica da vida
universitária com a construção de novas
edificações e a revitalização daquelas que
compõem o patrimônio da UFRN.
Linhas prioritárias de ação
Construção de novas áreas da
Biblioteca Central Zila Mamede e
ampliação do acervo e melhoria dos
serviços prestados pelas Bibliotecas;
Recuperação, ampliação e qualificação
dos espaços culturais atualmente
existentes, de modo a atender
adequadamente as demandas da produção
artístico-cultural;
Construção de novas instalações e
equipagem da Superintendência de
Infraestrutura para dar suporte às novas
edificações, à gestão ambiental e à
manutenção de toda a infraestrutura da
UFRN;
Construção, ampliação e recuperação
de salas de aula, hospitais, laboratórios,
setores administrativos e ambientes de
convivência;
Implementação de programa de
aquisição, recuperação e manutenção de
equipamentos indispensáveis ao
desenvolvimento das atividades
acadêmicas e administrativas;
Ampliação dos serviços de
28
PROGRAMAS
——
——
——
infraestrutura básica, destacando a
readequação e ampliação da rede elétrica
de todos os campi para atender o Plano de
Expansão das instalações físicas;
Construção de um teatro com
capacidade para 1200 pessoas, auditório e
salão para exposição num complexo
destinado a sediar grandes eventos
acadêmicos, apresentações e mostras
artístico-culturais na UFRN;
Criação de condições adequadas de
acesso às pessoas com deficiências nas
diversas dependências da universidade;
Construção de novas residências
universitárias;
Reestruturação do Restaurante
Universitário;
Revitalização do espaço físico do
Anfiteatro da Praça Cívica da UFRN;
Implementação do Plano Diretor do
Campus Central, para regular a gestão do
espaço físico com vistas à construção de
novas edificações e às ações de
preservação do meio-ambiente;
Elaboração do Plano Diretor do
Campus da Saúde.
(6.3 – Programa de Assistência Estudantil
O Programa de Assistência Estudantil
integra a Política de Inserção Social da
instituição com a função de desenvolver
um conjunto de ações que possibilitem o
acesso e a permanência do aluno na
universidade. A Isenção da Taxa do
Vestibular, o Argumento de Inclusão, o
29
PROGRAMAS
——
——
——
Programa de Complementação de
Estudos do Ensino Médio - PROCEEM, e
o Cursinho de Preparação para o
Vestibular do DCE são ações que têm por
objetivo democratizar o acesso dos alunos
à universidade pública.
Para apoiar a permanência do aluno na
universidade, a Secretaria de Assuntos
Estudantis - SAE – implementa, em
parceria com Pró-reitorias e Unidades
Acadêmicas, ações ou programas que
visam atender aos discentes em suas
necessidades de natureza social,
econômica, psicológica e pedagógica.
Nesse sentido, a UFRN disponibiliza para
o alunado os seguintes serviços: Bolsa
Residência, Bolsa Alimentação, Ajuda
Financeira, Atendimento Especializado
em Psicologia, Bolsa de Trabalho, Projeto
Conexões dos Saberes, Projeto Escola
Aberta, Projeto de Estudos da
Matemática, além do apoio às atividades
esportivas.
Linhas prioritárias de ação
Ampliação da política de inclusão,
possibilitando a permanência dos alunos
com deficiência, articulando os diversos
segmentos acadêmicos e adaptando a
infraestrutura da instituição;
Criação de mecanismos de
acompanhamento da trajetória dos
estudantes da rede pública aprovados no
vestibular, potencializando o observatório
da vida do estudante universitário para
atender às demandas da política
acadêmica e às ações inclusivas em curso;
30
PROGRAMAS
——
——
——
Criação de um programa de
acolhimento aos estudantes ingressantes
visando minimizar os impactos da
transição entre a cultura da escola e a
cultura da universidade;
Ampliação do apoio institucional para
os alunos objeto das políticas inclusivas
no que se refere ao Restaurante
Universitário, ao sistema de transportes,
às bibliotecas, às residências
universitárias entre outros;
Ampliação da oferta de bolsas
remuneradas como forma de apoio à
permanência do estudante na
universidade;
Desenvolvimento de projetos que
auxiliem a sociabilidade, convivência,
colaboração e solidariedade, por meio de
atividades de esporte, cultura e lazer.
31
AVALIAÇÃO
——
GESTÃO DO PLANO
A coordenação sistemática do processo
de planejamento permite à Instituição
pensar antecipadamente sobre o futuro
que deseja. Este papel não compete
apenas à Pró-Reitoria de Planejamento
e Coordenação Geral, mas envolve
diferentes atores da Instituição com
níveis e responsabilidades
diferenciados, no processo de
acompanhamento, controle e avaliação
da execução das ações do Plano. Isto
exige que a função gerencial seja
desenvolvida em todos os níveis
hierárquicos da instituição e tenha a
capacidade de:
1. responder às demandas e
expectativas da comunidade interna e
externa;
2. reconstruir, quando se fizer
necessário, as idéias e conteúdos do
Plano;
3. ampliar a base de dados da
Instituição;
4. acompanhar, sistematicamente, as
mudanças políticas, econômicas,
sociais, demográficas e culturais que
afetem a instituição;
5. aperfeiçoar o processo de avaliação
de modo a reunir estudos e orientações
que subsidiem cientificamente a
decisão e implementação de medidas
que conduzam à execução do Projeto
Acadêmico.
O processo de acompanhamento e
avaliação do Plano de Ação 2003-2007
será coordenado pela Pró-Reitoria de
Planejamento e Coordenação Geral, e
tem por finalidade assegurar uma
permanente atualização das informações,
incorporando ao Plano novos elementos
que se fizerem necessários para reorientar
as ações a serem mantidas, ampliadas,
reformuladas ou encerradas. O foco do
processo de acompanhamento e
avaliação do Plano são as Políticas
articuladas com os Programas
Estruturantes e as Metas anualmente
negociadas e definidas pela
administração central. Os parâmetros,
critérios e indicadores serão definidos
com a participação das instâncias de
decisão e execução do Plano na UFRN.
A organização e a sistematização desse
processo compreendem as seguintes
etapas:
1. Definição das informações
necessárias ao acompanhamento e
avaliação do Plano.
2. Definição da freqüência e das
fontes das informações.
3. Análise dos dados coletados.
4. Elaboração de relatórios anuais
sobre o desempenho do Plano e sua
publicação na Internet.
5. Retroalimentação do processo de
planejamento.
Planejamento e avaliação são partes
constitutivas e inseparáveis da gestão
universitária. O Plano Geral de Ação
2007-2011, guiado por princípios e
desdobrado em Políticas Institucionais e
Programas Estruturantes com linhas
prioritárias de ação, será traduzido em
Ações e Metas anuais definidas pelos
diversos setores da Universidade, com
parâmetros, critérios e indicadores
específicos, que permitirão o seu
acompanhamento e avaliação.
O processo de avaliação é global e integra
as atividades acadêmicas e atividades
administrativas. Adicionalmente, deverão
ser promovidas avaliações periódicas
sistemáticas do desempenho da
instituição sob o Plano, integrando e
relacionando todas as suas dimensões e
estabelecendo parâmetros de julgamento
derivados de sua missão institucional e
dos seus objetivos gerais.
A Avaliação Institucional, parte
integrante do SINAES, tem como
finalidade o desenvolvimento de uma
sistemática de avaliação institucional que
busca elementos para a melhoria e o
aperfeiçoamento da instituição. O
acompanhamento e a avaliação do Plano
Geral devem permitir a comparação das
ações contidas em seus programas
estruturantes e as metas alcançadas
anualmente.
Fonte: PDI 1999-2008, Planos de Gestão UFRN 1999-2003, 2003-2007, 2007-2011.
32
QUADRO 2 – DEMONSTRATIVO DAS RELAÇÕES DO PDI 1999-2008 COM AS DIMENSÕES A SEREM AVALIADAS
Este Demonstrativo decorre da necessidade de adequar a avaliação do PDI 1999-2008 às novas normas e determinações do SINAES. Em
2006, a UFRN fez uma Auto-Avaliação e publicou o Relatório correspondente, atendendo aos aspectos definidos como Dimensões nos documentos do
MEC. Como o PDI 1999-2008 havia sido elaborado sob outro padrão, tornou-se óbvia a necessidade de relacionar o que foi feito com o novo padrão
de Avaliação adotado pela Comissão Própria de Avaliação da Pró-Reitoria de Planejamento e Coordenação Geral da UFRN (CPA-PROPLAN-UFRN).
DIMENSÕES
PROPOSIÇÕES DO PDI 1999-2008
DIMENSÃO 1:
A Missão e o Plano de
Desenvolvimento Institucional
(8.1) Desenvolver um modelo de gestão que tenha como base:
a) a autonomia institucional e a especificação organizacional;
b) a superação da cultura burocrática institucional;
c) a ação cotidiana articulada com a missão institucional;
d) a atuação ativa, orientada para médio e longo prazo, em substituição à atuação reativa, que se orienta apenas pelo
curto prazo e pelas pressões do cotidiano;
e) a clareza do seu papel social;
f) a manutenção de hierarquias descentralizadas que levem em conta os interesses dos vários atores inseridos em
seu espaço institucional.
(8.8) - Implementar um amplo programa de capacitação acadêmica e ética, de forma a assegurar a melhoria do
trabalho desenvolvido pela UFRN. Isso implica:
a) expandir a pós-graduação;
b) incrementar o intercâmbio com instituições nacionais e internacionais, com vistas a intensificar a troca de
experiências, a formação e a realização conjunta de pesquisas e de projetos na área acadêmica;
c) assegurar uma sistemática de avaliação institucional, interna e externa, que contemple dimensões qualitativas e
quantitativas, vitais para o acompanhamento e o aperfeiçoamento do novo modelo de gestão.
33
DIMENSÃO 2:
A política para o ensino, a pesquisa, a
pós-graduação e a extensão
(8.2) - Repensar a sua função e identidade no liminar de um novo tempo. Nesse caso, torna-se fundamental:
a) a valorização e o incentivo ao desenvolvimento do saber técnico vinculado aos valores éticos;
b) a recuperação da sua função crítico-cultural; (8.3) - Adotar práticas de ensino, pesquisa e extensão identificadas com uma nova paradigmatodologia não-disjuntiva, que
estabeleça o diálogo entre diferentes saberes, que não faça a separação sujeito-mundo, natureza-cultura. Isso pressupõe:
a) a superação da fratura que envolve ciência-arte-humanidades-conhecimento da tradição;
b) a prioridade de uma racionalidade ética sobre a racionalidade cognitiva instrumental;
c) o reconhecimento de outras formas de saber, o que implica a abertura ao outro; a rejeição do caráter único e exclusivo
do conhecimento científico; a valorização do saber científico e técnico, bem como a revalorização dos saberes não-
científicos; a configuração ou multiplicação de saberes, enquanto prática do conhecimento no âmbito da universidade; a
aceitação dos múltiplos currículos informais que circulam na universidade. (8.4) - Democratizar o acesso sem que isso signifique perda de qualidade. Para isso, torna-se significativo:
a) melhorar as relações universidade-sociedade, sociedade-universidade;
b) intensificar os laços cooperativos entre a universidade e a rede pública do ensino básico;
c) diversificar e aperfeiçoar as formas de acesso;
d) enfrentar o elitismo ao adotar currículos flexíveis e que reflitam as necessidades da maioria da população. Atenuar a
elitização não significa reduzir as exigências acadêmicas, mas introduzir mudanças curriculares e promover a organização
dos cursos, de forma que aproxime a UFRN da população, privilegiando a qualidade dos profissionais por ela formados.
e) melhorar a articulação da universidade com o sistema produtivo, instâncias de governo, instituições da sociedade civil,
sem perda, em nenhuma hipótese, da especificação institucional. Por essa via, a universidade pode exercer um papel
importante no desenvolvimento regional e local. (8.6) - Ampliar o desenvolvimento de projetos inovadores nos vários domínios do saber aglutinado no espaço acadêmico
da UFRN, de modo a contribuir para o alargamento das fronteiras do conhecimento. (8.7) - Garantir a qualidade da formação profissional numa dúplice dimensão: a) Qualidade formal, que diz respeito ao conteúdo específico de cada curso;
b) Qualidade social, que corresponde ao envolvimento crítico com os problemas da sociedade. 8.8 - Implementar um amplo programa de capacitação acadêmica e ética, de forma a assegurar a melhoria do trabalho
desenvolvido pela UFRN. Isso implica:
a) expandir a pós-graduação;
b) incrementar o intercâmbio com instituições nacionais e internacionais, com vistas a intensificar a troca de experiências,
a formação e a realização conjunta de pesquisas e de projetos na área acadêmica;
c) assegurar uma sistemática de avaliação institucional, interna e externa, que contemple dimensões qualitativa e
quantitativa, vital para o acompanhamento e o aperfeiçoamento do novo modelo de gestão.
34
DIMENSÃO 3:
A responsabilidade social da
instituição
(8.1) - Desenvolver um modelo de gestão que tenha como base:
a) a autonomia institucional e a especificação organizacional;
b) a superação da cultura burocrática institucional;
c) a ação cotidiana articulada com a missão institucional;
d) a atuação ativa, orientada para médio e longo prazo, em substituição à atuação reativa, que se orienta apenas
pelo curto prazo e pelas pressões do cotidiano;
e) a clareza do seu papel social;
f) a manutenção de hierarquias descentralizadas que levem em conta os interesses dos vários atores inseridos em
seu espaço institucional.
(8.2) - Repensar a sua função e identidade no liminar de um novo tempo. Nesse caso, torna-se fundamental:
a) a valorização e o incentivo ao desenvolvimento do saber técnico vinculado aos valores éticos;
b) a recuperação da sua função crítico-cultural;
(8.4) - Democratizar o acesso sem que isso signifique perda de qualidade. Para isso, torna-se significativo:
a) melhorar as relações universidade-sociedade, sociedade-universidade;
b) intensificar os laços cooperativos entre a universidade e a rede pública do ensino básico;
c) diversificar e aperfeiçoar as formas de acesso;
d) enfrentar o elitismo ao adotar currículos flexíveis e que reflitam as necessidades da maioria da população.
Atenuar a elitização não significa reduzir as exigências acadêmicas, mas introduzir mudanças curriculares e
promover a organização dos cursos, de forma que aproxime a UFRN da população, privilegiando a qualidade dos
profissionais por ela formados.
e) melhorar a articulação da universidade com o sistema produtivo, instâncias de governo, instituições da
sociedade civil, sem perda, em nenhuma hipótese, da especificação institucional. Por essa via, a universidade pode
exercer um papel importante no desenvolvimento regional e local.
(8.7) - Garantir a qualidade da formação profissional numa dúplice dimensão:
a) Qualidade formal, que diz respeito ao conteúdo específico de cada curso;
b) Qualidade social, que corresponde ao envolvimento crítico com os problemas da sociedade.
35
DIMENSÃO 4:
A comunicação com a sociedade
(8.5) - Prestar contas à sociedade das ações que a UFRN desenvolve, mediante:
a) a transferência do saber;
b) a prestação de serviços;
c) a elaboração de proposições para o enfrentamento de problemas emergentes na sociedade.
(8.8) - Implementar um amplo programa de capacitação acadêmica e ética, de forma a assegurar a melhoria do
trabalho desenvolvido pela UFRN. Isso implica:
a) expandir a pós-graduação;
b) incrementar o intercâmbio com instituições nacionais e internacionais, com vistas a intensificar a troca de
experiências, a formação e a realização conjunta de pesquisas e de projetos na área acadêmica;
c) assegurar uma sistemática de avaliação institucional, interna e externa, que contemple dimensões qualitativas e
quantitativas, vitais para o acompanhamento e o aperfeiçoamento do novo modelo de gestão.
DIMENSÃO 5:
As políticas de pessoal
——
DIMENSÃO 6:
Organização e gestão da instituição
(8.1) - Desenvolver um modelo de gestão que tenha como base:
a) a autonomia institucional e a especificação organizacional;
b) a superação da cultura burocrática institucional;
c) a ação cotidiana articulada com a missão institucional;
d) a atuação ativa, orientada para médio e longo prazo, em substituição à atuação reativa, que se orienta apenas pelo
curto prazo e pelas pressões do cotidiano;
e) a clareza do seu papel social;
f) a manutenção de hierarquias descentralizadas que levem em conta os interesses dos vários atores inseridos em
seu espaço institucional.
(8.8) - Implementar um amplo programa de capacitação acadêmica e ética, de forma a assegurar a melhoria do
trabalho desenvolvido pela UFRN. Isso implica:
a) expandir a pós-graduação;
b) incrementar o intercâmbio com instituições nacionais e internacionais, com vistas a intensificar a troca de
experiências, a formação e a realização conjunta de pesquisas e de projetos na área acadêmica;
c) assegurar uma sistemática de avaliação institucional, interna e externa, que contemple dimensões qualitativa e
quantitativa, vital para o acompanhamento e o aperfeiçoamento do novo modelo de gestão.
36
DIMENSÃO 7:
Infraestrutura física, biblioteca e
recursos de informação
——
DIMENSÃO 8:
Planejamento e avaliação
(8.1) - Desenvolver um modelo de gestão que tenha como base:
a) a autonomia institucional e a especificação organizacional;
b) a superação da cultura burocrática institucional;
c) a ação cotidiana articulada com a missão institucional;
d) a atuação ativa, orientada para médio e longo prazo, em substituição à atuação reativa, que se orienta apenas pelo
curto prazo e pelas pressões do cotidiano;
e) a clareza do seu papel social;
f) a manutenção de hierarquias descentralizadas que levem em conta os interesses dos vários atores inseridos em
seu espaço institucional. (8.8) - Implementar um amplo programa de capacitação acadêmica e ética, de forma a assegurar a melhoria do
trabalho desenvolvido pela UFRN. Isso implica:
a) expandir a pós-graduação;
b) incrementar o intercâmbio com instituições nacionais e internacionais, com vistas a intensificar a troca de
experiências, a formação e a realização conjunta de pesquisas e de projetos na área acadêmica;
c) assegurar uma sistemática de avaliação institucional, interna e externa, que contemple dimensões qualitativas e
quantitativas, vitais para o acompanhamento e o aperfeiçoamento do novo modelo de gestão.
DIMENSÃO 9:
Políticas de atendimento aos estudantes
——
DIMENSÃO 10:
Sustentabilidade financeira
——
Fonte: PDI 1999-2008 e Art. 16 que institui o SINAIS.
RESUMO DAS RELAÇÕES
Dimensões sem proposição: 5, 7, 9 e 10.
Proposições nas Dimensões
Proposições Dimensões
Proposições Dimensões Proposições Dimensões Proposições Dimensões
8.1 1 - 2 – 6 - 8
8.3 2 8.5 4 8.7 2 - 3
8.2 2 - 3
8.4 2 - 3 8.6 2 8.8 I – 2 – 4 – 6 - 8
37
2 - AVALIAÇÃO DO PDI 1999 – 2008: DIMENSÕES CONSIDERADAS
O documento fundamental para a avaliação do PDI 1999 – 2008 é o Relatório
Final de Auto-Avaliação, elaborado a partir dos relatórios parciais das 10 dimensões
definidas pelo artigo 3º da Lei nº 10.861, de 14.04.2004, que institui o Sistema Nacional
de Avaliação da Educação Superior (SINAES), pois que, ao concluir a avaliação da
“Dimensão 1: a missão e o plano de desenvolvimento institucional”, após descrever a
metodologia de elaboração do PDI 1999-2008, o avalia afirmando que esses documento
norteou a elaboração de todos os Planos de Gestão, os Projetos Pedagógicos dos Cursos,
e os Planos Trienais dos Departamentos Acadêmicos e se define como o documento
base da elaboração do novo PDI.
Esse Relatório de Auto-Avaliação adota estrutura que o afasta, demasiadamente,
dos Relatórios de Gestão. Assim, afasta-se dos Planos de Gestão e, por isso, do PDI. A
idéia de Dimensão não está presente no PDI e, para não limitar a sua avaliação às
observações gerais contidas no relatório da Dimensão 1: A missão e o plano de
desenvolvimento institucional, que descreve os resultados da avaliação de cada
dimensão, deve-se observar que nenhum aspecto do PDI deixa de ser avaliado através
das Dimensões e, por isso, o Relatório da Auto-Avaliação da UFRN deve ser visto
como um documento que faz a avaliação do PDI durante o período 1999-2005.
DIMENSÃO 1: A missão e o plano de desenvolvimento institucional
A Missão, as Diretrizes, os Objetivos e as Políticas
“A Missão da UFRN como Instituição Pública é Educar, Produzir e disseminar o
saber universal, contribuir para o desenvolvimento humano, comprometendo-se com a
justiça social, a democracia e cidadania”.
É facilmente notado que as Diretrizes do PDI se transformam nos Objetivos,
Políticas e Programas dos três Planos de Gestão que cobrem o período 1999-2008.
Aquelas expressões que caracterizam as Diretrizes ocorrem, nos Planos de Gestão, ao
lado de outras que as atualizam, ampliam, especificam ou enfatizam. Assim, nesses 10
anos, aparecem nos Objetivos, Políticas e Programas dos Planos de Gestão expressões
como: capacidade crítica, diversificação de formas de acesso, parcerias com
organizações da sociedade civil, cooperação com o ensino básico, diálogo entre saberes,
diminuição de desigualdades regionais e Auto-Avaliação.
38
Pode-se dizer, por isso, que as Diretrizes são atendidas, na medida das opções de
cada gestão e das oportunidades vislumbradas pelos dirigentes de cada época. A
metodologia de elaboração desses documentos e sua submissão ao Conselho
Universitário são, com certeza, a garantia dessa relação com o definido no PDI. É assim
que, oito anos depois da elaboração do PDI, os objetivos de um Plano de Gestão
atualizam as Diretrizes, inserindo novos elementos que representam as questões a que a
Universidade tem que responder hoje e, somente, genericamente vislumbradas em época
passada.
As políticas são o primeiro passo para aproximar as Diretrizes da ação e
permitem, a partir de 2003, agrupar os Programas propostos em: Política de Expansão e
Qualidade Acadêmica; Política de Inserção Social; e Política de Gestão Universitária.
As Proposições e os Programas
As Proposições do PDI são definidas como princípios e ações que caracterizam a
política de renovação da universidade. É, portanto, nas Políticas e, sobretudo, nos
Programas que essas Proposições vão ser encontradas. Um mapeamento das
Proposições e das Políticas e Programas permite vinculá-los, levando em conta que os
Programas estão voltados para a orientação concreta de ações. Por isso, a relação entre
os Programas propostos supõe uma vinculação anterior com as Proposições, o que não
se estabelecerá explicitamente, mas pode ser observado por qualquer leitura atenta.
Nas 23 Metas Globais do Plano de Gestão 1999-2003 é evidente a utilização da
mesma linguagem do PDI, o que evidencia a estreita vinculação PDI – Plano de Gestão,
que manifesta preocupação explícita com a avaliação institucional.
De maneira semelhante, os Planos de Gestão de 2003-2007 e 2007-2011, mostram uma
preocupação explícita com avaliação. Os avanços do Sistema de Avaliação são
indiscutíveis e se manifestam na riqueza das informações que compõem os Relatórios
de Gestão. Os indicadores de desempenho são calculados e a avaliação qualitativa das
ações está presente. Através desses Relatórios, por exemplo, destaca-se uma idéia de
continuidade que demonstra a vinculação ao PDI ao mesmo tempo em que se observa o
surgimento de novos programas, para atender a demandas novas.
A metodologia de elaboração desses Planos, que envolveu, sempre, discussões com
a comunidade universitária, e a realização das Avaliações por meio de Fóruns e Comissões
especializados, certamente garantem essas articulações entre o elaborado no passado e as
39
ações que projetam a Universidade para o futuro, com o olhar fixo na Missão então
estabelecida.
Os Relatórios e a Avaliação
O que primeiro se destaca nos Relatórios de Gestão é que analisam, continuamente,
os programas e as diretrizes do PDI, mostrando que, nos períodos que avaliam, houve
crescimento e, muitas vezes, crescimento muito significativo, dos principais indicadores de
desempenho.
Sobre esses Relatórios, pode-se ainda dizer que representam a avaliação estrita
dos Planos de Gestão sem considerar o que eles mesmos estabelecem: que assim como
o PDI, esses Planos são operacionalizados nos Planos Trienais dos Departamentos e nos
Planos de Ação dos diversos órgãos de atividade-fim da Universidade. À Administração
Central (Reitoria), como uma unidade executora, cabem as decisões estratégicas, sendo
o Plano de Gestão o correspondente ao plano operacional dessa unidade. A generalidade
das especificações, assim como o caráter global da ação da Reitoria, ou o padrão de
relatório de gestão imposto pelos órgãos de fiscalização do governo federal, tornam os
relatórios significativos como instrumentos de avaliação, nesse nível de administração.
Aquelas informações dos órgãos executores que avaliam e definem as quantidades
alcançadas são utilizadas para mostrar como foi seguido o PDI.
DIMENSÃO 2: Política para o ensino de graduação, o ensino de pós-graduação, a
pesquisa e a extensão.
A Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em harmonia com o PDI 1999
– 2008 programou em seu Plano de Gestão “... a formação profissional que ultrapasse o
tecnicismo e a superação do conhecimento fragmentado”, como referência para suas
ações (UFRN, RELATÓRIO DE GESTÃO: 2003 – 2007, p. 13).
Nesse Plano, a Universidade demarcou três amplas políticas institucionais:
Política de Qualidade Acadêmica; Política de Inserção Social; e Política de Gestão
Universitária. Nesta segunda Dimensão considera-se a Política de Qualidade
Acadêmica.
1- Ensino de graduação
O Ensino de Graduação na UFRN compõe-se de duas modalidades: ensino
presencial, incluindo o Programa de Qualificação Profissional para a Educação Básica
40
(PROBÁSICA), desenvolvido em conjunto com a Secretaria de Educação, Cultura e
Desporto do Rio Grande do Norte e municípios do Estado e vários convênios para
formação de profissionais; e ensino não-presencial por meio da educação à distância.
1.1 – Acesso e ampliação da oferta de vagas
Acesso ao Ensino
O primeiro suporte quantitativo para o avanço das três políticas institucionais,
planejadas pela Universidade, situa-se no ensino de graduação com o aumento da oferta de
vagas, a criação de novos cursos e o desenvolvimento de amplos programas de qualificação
profissional.
Oferta de vagas para o processo seletivo - vestibular
Em 1995 a UFRN ofereceu 1.915 vagas, passando para 2.912 em 1998,
crescendo 52,43%. Contudo, nos anos seguintes, até 2008, o acréscimo do número de
vagas foi de 37,53%. Observe-se que de 2008 para 2009 houve um aumento de oferta de
vagas de 41%. A tabela seguinte visualiza o comportamento da oferta em 15 anos.
TABELA 2 - Comportamento da oferta de vagas pelo vestibular para os cursos de
graduação presencial – 1995/2009.
Ano Vagas Oferecidas Vagas Preenchidas
1995 1.915 1.304
1996 2.075 1.841
1997 2.752 2.699
1998 2.912 2.901
1999 3.110 3.116
2000 3.464 3.489
2001 3.514 3.543
2002 3.645 3.645
2003 3.705 3.705
2004 3.713 3.674
2005 3.744 3.744
2006 3.817 3.817
2007 3.926 3.934
2008 4.005 4.020
2009 5.648 - Fonte: COMPERVE, PROGRAD/UFRN - 2008.
O aumento do número de vagas 2008/2009 deve ser creditado à expansão
facilitada pela criação e desenvolvimento do Programa de Apoio a Planos de
41
Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI). Nesse contexto,
firma-se uma projeção de um crescimento de 68,51% até 2012. Com o REUNI, deverão
ser criadas mais 2.7000 vagas, implicando em um montante de 6.600 alunos/ano por
vestibular para o ensino de graduação
Seguindo-se a tendência do crescimento do número de vagas oferecidas pelo
vestibular, é possível vislumbrar-se uma tendência de aumento nos números de alunos
matriculados e de concluintes. Atualmente a Universidade conta com 21.055 alunos
matriculados nos cursos de graduação presencial, e, somente em 2007, antes da
implantação do REUNI, a Universidade contou com 2.875 concluintes. A Tabela 3
demonstra a matrícula na graduação em 2008.2.
TABELA 3 - Alunos da graduação matriculados na UFRN - 2008.2.
Categoria do aluno Quantidade
Matriculado na Educação a Distância 2.251
Matriculados na graduação presencial 21.055
Matriculado no PROBÁSICA (presencial) 454
Total 23.760
Fonte: PROPLAN/UFRN.
Oferta e desenvolvimento do Programa de Qualificação Profissional para a
Educação Básica (PROBÁSICA)
O Programa de Qualificação Profissional para a Educação Básica
(PROBÁSICA), em parceria com o Estado e municípios, funciona como parte da
articulação da UFRN com os sistemas de ensino da educação básica estadual e
municipal.
Para o PROBÁSICA somente podem concorrer professores da rede estadual ou
municipal, regularmente contratos e em exercício na educação fundamental do Estado
ou dos municípios participantes do convênio que formaliza a realização do Programa.
Até 2008 a UFRN ofereceu 40 cursos de educação infantil, com 3.965
formandos. Em 2006, ofereceu 4 cursos na área de Ciências Biológicas, 5 em
Matemática e 4 em Letras, com 434 concluintes. Foram inscritos, em 2006, em cursos
42
de Pedagogia, de Ciências Biológicas e de Educação Física 470 alunos, em cursos em
andamento. As Tabelas 4, 4a e 4b sintetizam essas informações.
TABELA 4 – PROBÁSICA - Licenciatura em Pedagogia: Habilitação nas séries
Iniciais do Ensino fundamental - 1999/2008.
Ano de conclusão Número de
cursos
Número de
municípios
atingidos
Número de
concluintes
1999 2 22 221
2000 3 21 241
2001 2 4 250
2002 9 32 1.170
2003 - - -
2004 15 67 1.392
2005 2 3 71
2006 6 9 562
2007 1 1 58
2008 - - -
Total 40 - 3.965 Fonte: PROBASICA – UFRN.
TABELA 4a – PROBÁSICA - Licenciaturas Específicas, Cursos concluídos – 2006.
Curso Número de
cursos
Número de
municípios
atingidos
Número de
concluintes
Letras 4 50 136
Ciência Biológicas 4 55 150
Matemática 5 50 148
Total 13 - 434 Fonte: PROBASICA – UFRN.
TABELA 4b – PROBÁSICA – Licenciaturas e cursos em andamento iniciados em 2006
Curso Número de municípios
atingidos Número de alunos
Pedagogia 7 290
Ciências Biológicas 2 80
Educação Física 6 100
Total - 470 Fonte: PROBASICA – UFRN.
Ao ser iniciado em 1999 o PROBÁSICA incorporou uma turma proveniente da
experiência desenvolvida, a partir de 1997, pelo Departamento de Educação da UFRN
no que diz respeito à oferta de um curso de pedagogia para professores da educação
fundamental da rede pública de ensino do Estado.
43
A maioria dos cursos ministrados pelo PROBÁSICA formou Professores para as
séries iniciais do Ensino Fundamental (Licenciatura em Pedagogia). Outros cursos
Licenciaram professores em Educação Infantil, Ciências Biológicas, Matemática,
Educação Física e Letras.
Oferta para a Educação a Distância
No início do período 2003 – 2008 a Universidade implantou a Secretaria de
Educação a Distância (SEDIS) e criou quatro cursos de graduação nesta modalidade: 3
de licenciatura – Química, Física, e Matemática, e 1 bacharelado em Administração
como Projeto Piloto da Universidade Aberta do Brasil (UAB), em parceria com o Banco
do Brasil. Nesse período, a graduação a distância disponibilizou 3.360 vagas.
A adoção da modalidade de educação a distância, além de ampliar e modernizar
as estratégias de ação da UFRN, estimula o uso de inovações que facilitam o processo
de ensino-aprendizagem e inclui a Universidade no rol das instituições que procuram o
desenvolvimento de trabalhos integrados.
Democratização, ampliação e aperfeiçoamento do acesso
A UFRN cresceu, no período em análise (1999 – 2008), 99,54% em número de
vagas, computando um aumento de 3.926 vagas nos cursos presenciais, mais 470 no
PROBÁSICA e 3.360 nos cursos de Educação a Distância. Anualmente, a Educação a
Distância, sob a responsabilidade da Universidade, atende a mais de 2.100 alunos.
No ensino presencial foram criados, no período, 6 novos cursos, em Natal, em
Santa Cruz e em Currais Novos.
O ingresso do aluno originário da rede pública de educação básica é um dos
destaques na estratégia de expansão, acesso e permanência do aluno na Universidade.
A continuidade da busca pela democratização do acesso incorpora várias e
significativas providências: a) sistematização de propostas para a delimitação de uma
política de acesso dos alunos da rede pública aos cursos de graduação; b) permanente
aperfeiçoamento do processo seletivo; c) continuidade da isenção da taxa do vestibular
para alunos da rede pública (ver a Tabela 5); d) admissão do Argumento de Inclusão –
acréscimo de pontos ao argumento parcial – no vestibular para alunos da rede pública
44
do Estado do Rio Grande do Norte; e) pesquisa sócio-econômica sobre a realidade dos
alunos ingressantes; e f) disponibilidade de um Banco de Dados com informações sobre
o perfil socioeconômico e o desempenho dos candidatos aprovados no processo
seletivo.
TABELA 5 - Inscritos no vestibular universal e número de Isentos da Taxa
de Inscrição – 1999 - 2008.
Anos Inscritos Isentos % de isentos
1999 23.636 7.866 33,28
2000 22.251 5.151 23,15
2001 21.158 4.090 19,33
2002 24.290 3.665 15,09
2003 23.964 3.413 14,24
2004 26.348 5.281 20,04
2005 25.332 6.045 23,86
2006 26.671 7.880 29,55
2007 24.805 6.578 26,52
2008 23.243 7.052 30,34 Fonte: PROGRAD/COMPERVE – UFRN.
Esta tabela mostra que o número de inscritos para o vestibular universal tem
variado nos últimos dez anos. A concessão de isenção da taxa de inscrição, aspecto da
política de democratização do acesso à universidade, por outro lado, tem uma variação
relativa negativa, até 2003 e começa a se tornar cada vez maior, até 2008. É
significativo que perto de um terço dos inscritos para o vestibular universal não pague
taxa de inscrição.
Preparação do aluno da escola pública para o Processo Seletivo
A partir de 2005 a UFRN disponibilizou cursos preparatórios para alunos das
escolas públicas do Estado do Rio Grande do Norte com o objetivo de ajudá-los a
enfrentar a concorrência de conhecimento no Processo Seletivo. Naquele ano (2005)
foram atendidos 240 alunos e em 2006 os cursos beneficiaram 940 concorrentes. Em
2007 e 2008, o número de candidatos voltou ao patamar inicial, como mostra a Tabela
6.
TABELA 6 - Número de alunos da escola pública preparados para o processo seletivo
– 2005 – 2008.
Anos Inscritos
2005 240
2006 940
45
2007 270
2008 260
Fonte: PROPLAN – UFRN.
1.2 - Direção Pedagógica
Currículo
A política de ensino de graduação na UFRN pretende, teoricamente, seguir uma
determinação básica: a “[...] melhoria da qualidade acadêmica dos cursos de graduação,
pautada no princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa, pós-graduação e
extensão” (RELATÓRIO DE AUTO-AVALIAÇÃO DA UFRN, 2006, p. 31).
Para o ensino de graduação, a UFRN programou: a criação de condições
necessárias para a promoção de um ensino de graduação de qualidade, que possibilite o
desenvolvimento de competências e habilidades necessárias ao atendimento das
demandas do processo de desenvolvimento científico e tecnológico; a atualização
pedagógica para os professores; o incentivo a projetos de ensino com características
inovadoras; a ampliação das formas de acesso e de permanência, com qualidade; a
articulação com os sistemas do ensino da rede pública; e a melhoria da gestão acadêmica,
dentre outros compromissos igualmente importantes.
É clara a preocupação com a indissociabilidade ensino, pesquisa, extensão,
aliada a um novo entendimento sobre o currículo escolar, como uma construção social,
cujo projeto possibilite suplantar a independência, a separação entre as várias disciplinas
e a austeridade da tão conhecida grade curricular. No encaminhamento desse
pressuposto, a UFRN não se desviou das regras formais das Diretrizes Curriculares
Nacionais para a Educação Superior.
Ao lado do desenvolvimento dos Projetos Político-Pedagógicos de vários
cursos, são operacionalizadas ações pertinentes a programas e projetos considerados
complementares aos PPP. Três programas e um projeto acadêmicos se destacam: o
Programa de Monitoria; o Programa de Educação Tutorial (PET); o Programa de Apoio
à Melhoria da Qualidade do Ensino de Graduação; e o Projeto de Ensino da Matemática
(PEM). Acrescenta-se a esses programas e projetos a preocupação da UFRN com o
aperfeiçoamento do estágio como um importante componente curricular.
A inclusão de Projetos Complementares nos currículos de vários cursos soma-
se aos aspectos significativamente positivos. Cita-se, nesse caso, a Monitoria que
teoricamente contribui para ampliação e enriquecimento da aprendizagem do aluno,
46
notadamente na área da docência; o PET, contribuindo com a ampliação e
aperfeiçoamento do conhecimento do aluno; o PEM, que além da recuperação do
conhecimento não-adquirido durante o ensino médio público, contribui para a redução
do número de trancamento de matrícula e o aumento do número de alunos aprovados
nas disciplinas que compõem o Programa.
O Programa de Monitoria, o Programa de Educação Tutorial (PET) e o Projeto
de Ensino de Matemática (PEM), mesmo separadamente, contribuem para o
desenvolvimento de uma nova aprendizagem por parte do aluno bolsista.
Acompanhamento Técnico-Pedagógico
Elaboração dos Projetos Político-Pedagógicos (PPPs) dos cursos
Segundo os resultados da Auto-Avaliação institucional, os novos PPPs guardam
coerência com: a concepção de currículo e a organização didático-pedagógica
delineadas; a indissociabilidade ensino, pós-graduação, pesquisa e extensão; as
Diretrizes Curriculares Nacionais; as demandas sociais e do mercado de trabalho; e,
ainda, com as inovações surgidas nas diversas áreas do conhecimento.
Para a elaboração e execução dos projetos pedagógicos são realizadas oficinas
pedagógicas e utilizados textos acadêmicos disponibilizados na home page da Pró-
Reitoria de Graduação (PROGRAD), além do aproveitamento dos diversos volumes da
Coleção Pedagógica.
A UFRN reeditou 5 volumes da Coleção Pedagógica: Vol. 1 - Projeto Político-
Pedagógico; Vol. 2 - Currículo como artefato social; Vol. 3 - O sentido das competências
no projeto político-pedagógico; Vol. 4 - Licenciatura; Vol. 5 - Educação Inclusiva: uma
visão diferente, e novos volumes ampliam os recursos para a orientação sobre temas
específicos e atuais para os PPPs: Vol. 6 - Flexibilização curricular: cenários e desafios;
Vol. 7 - Estágio Curricular; e Vol. 8 – Tecendo saberes e compartilhando experiências
sobre avaliação.
O Projeto de Atualização Pedagógica (PAP)
O PAP é o programa de atualização didático-pedagógica para os professores
ingressantes e aqueles em exercício da Universidade. Nele, os estudos realçam
principalmente os aspectos relativos ao currículo como resultado de um trabalho
coletivo, o processo de planejamento de ensino, com ênfase na avaliação escolar, e a
possibilidade da introdução de novas técnicas apropriadas para cada conteúdo a ser
desenvolvido. O Projeto contribui para a reflexão sobre o processo de ensino e
47
aprendizagem e a integração entre docentes de vários cursos, criando, inclusive, um
espaço on-line para troca de experiências.
Núcleo de Formação Continuada para Professores de Artes e Educação Física
Em convênio com o Ministério da Educação, por meio da Secretaria de
Educação Básica (SEB/MEC), a UFRN coordena o desenvolvimento do Núcleo de
Formação Continuada para Professores de Artes e Educação Física (PAIDEIA).
O Núcleo integra a Rede Nacional de Formação Continuada de Professores da
Educação Básica e oferece três modalidades de formação: atualização, aperfeiçoamento
e especialização. O seu objetivo é qualificar egressos de cursos de Pedagogia e
Licenciaturas em Educação Física e em Educação Artística, originários de várias regiões
do país. (AUTO-AVALIAÇÃO DA UFRN: 2003 – 2006). A produção do projeto já
incluiu a elaboração de vários Módulos de Formação de Professores.
2 - Ensino de Pós-Graduação
Eixos trabalhados
O ensino de pós-graduação na Universidade Federal do Rio Grande do Norte
contempla, “[...] três grandes eixos: expansão dos cursos de pós-graduação;
funcionamento dos programas existentes, com ênfase na qualidade; e articulação da pós-
graduação com a graduação e a pesquisa” (RELATÓRIO DE AUTO-AVALIAÇÃO
DA UFRN, 2006, p. 52).
Na direção dos eixos delineados, a UFRN priorizou o “[...] o desenvolvimento
de projetos que visem à manutenção dos altos níveis de qualidade já alcançados pela
maior parte de seus programas, bem como o aprimoramento do desempenho daqueles
ainda em fase de consolidação” (RELATÓRIO DE AUTO-AVALIAÇÃO DA UFRN,
2006, p. 52).
Expansão
No período 1999–2008 a pós-graduação apresentou um crescimento
significativo: a criação de 34 novos cursos Stricto Senso, sendo 17 novos mestrados e
17 novos doutorados; a ampliação da oferta de vagas em 28% entre 1999 2008; e o
conseqüente aumento do número de dissertações (213), e de teses concluídas (103).
48
TABELA 7 - Crescimento do número de cursos de pós-graduação stricto
senso – 1995 - 2008.
Ano Mestrado Doutorado
1995 16 02
1996 20 03
1997 21 03
1998 25 06
1999 27 07
2000 28 09
2001 32 11
2002 33 12
2003 36 12
2004 37 14
2005 38 16
2006 40 19
2007 41 21
2008 44 24 Fonte: Pró-Reitoria de Pós-Graduação/UFRN.
Cresce, também, nesse período, o número de Bolsas de Pós-Graduação
concedidas, conforme demonstra a Tabela seguinte.
TABELA 7a – Número de Bolsas de Pós-Graduação concedidas, 1995 – 2008.
Anos Número de bolsas de Pós-Graduação
1995 -
1996 -
1997 -
1998 -
1999 167
2000 215
2001 254
2002 288
2003 498
2004 647
2005 735
2006 847
2007 907
2008 983
Fonte: Pró-Reitoria de Pós-Graduação/UFRN.
Paralelamente a essa expansão, dá-se a melhoria do nível de qualificação dos
docentes. A redução, mostrada na Tabela 8, da quantidade de especialistas e de mestres
para 10% e 27%, respectivamente, corresponde ao aumento de doutores para 63%, o
que significa mais do que dobrar o número de doutores de 1999 a 2008.
49
TABELA 8 - Crescimento do nível de qualificação dos docentes – 1995 – 2008.
Ano Especialista Mestre Doutor
Abs. % Abs. % Abs. %
1995 425 34,67 565 46,08 236 19,25
1996 392 33,28 544 46,18 242 20,54
1997 385 32,35 525 44,12 280 23,53
1998 375 30,49 531 45,17 324 26,34
1999 353 27,93 543 42,96 368 29,11
2000 338 26,41 559 43,67 383 29,92
2001 291 22,99 550 43,44 425 33,57
2002 285 21,86 539 41,33 480 36,81
2003 210 17,34 461 38,07 540 44,59
2004 206 15,93 474 36,66 613 47,41
2005 192 14,59 436 33,13 688 52,28
2006 189 13,46 437 31,19 775 55,32
2007 170 12,58 393 29,09 788 58,33
2008 139 10,33 358 26,62 848 63,05 Fonte: PROPLAN/UFRN.
A oferta de cursos de pós-graduação Lato Senso representa, em 2008, 27
Programas de Residência Médica e 40 cursos de especialização.
Incluem-se nas várias estratégias de expansão do ensino de pós-graduação na
UFRN, principalmente na oferta Stricto Senso, o incentivo à cooperação entre várias
instituições de ensino superior em função da criação de doutorados integrados; o apoio à
associação entre os programas de pós-graduação desenvolvidos pela UFRN; e a
definição de uma política editorial para divulgação do conhecimento sistematizado pela
Universidade.
Ênfase à qualidade dos cursos e programas
Os resultados da busca pela qualidade do trabalho da pós-graduação, podem ser
julgados a partir dos conceitos atribuídos pela CAPES, a partir dos indicadores de
gestão, orientados, em conjunto, pelo Tribunal de Contas da União (TCU); Secretaria de
Educação Superior (SESu/MEC); Secretaria Federal de Controle Interno (SFC); e
conceito CAPES/MEC.
O Relatório de Gestão 2003 – 2007 registra um crescimento quantitativo e
qualitativo da pós-graduação indicando uma significativa competência nesta área. No
aspecto qualitativo assinala-se, ainda, “[...] o acesso às fontes informacionais, com
aumento do acervo bibliográfico e das bases/periódicos eletrônicos, [...] facilitados pelo
50
Portal de Periódicos da CAPES” (UFRN: RELATÓRIO DE GESTÃO – 2003 – 2007,
p. 21).
Outro aspecto importante na confirmação do avanço da qualidade da pós-
graduação na UFRN corresponde aos conceitos atribuídos pela CAPES, resumidos no
Tabela 9.
TABELA 9 - Conceitos atribuídos pela CAPES – 2004 – 2007.
Nível
Conceito/Número de Cursos
2 3 4 5 6 Total
Mestrado 1 15 18 6 1 41
Doutorado - - 13 7 1 21
Total 1 15 31 13 2 62
Fonte: Pró-Reitoria de Pós-Graduação/UFRN.
TABELA 9a - Conceitos atribuídos pela CAPES – 2008 – 2010.
Nível Conceitos/Números de Cursos
2 3 4 5 6 Total
Mestrado - 18 19 6 1 44
Doutorado - - 16 7 1 24
Total - 18 35 13 2 68
Fonte: Pró-Reitoria de Pós-Graduação/UFRN.
Várias iniciativas contribuíram para qualificar o sistema de pós-graduação da
UFRN. Dentre elas destacam-se: destinação de recursos financeiros para o Fundo de
Pós-Graduação com o objetivo de auxiliar a formação das bancas de defesa de
dissertação e doutorado; ajuda financeira para os cursos recém-aprovados pela CAPES;
“Proposta de Qualificação Institucional (PQI/UFRN), que cria um fundo financeiro de
ajuda ao Programa de Pós-Graduação que estabelecer critérios de prioridades para
docentes/técnicos da UFRN [...]” (UFRN: RELATÓRIO DE GESTÃO – 2003 – 2007,
p. 25); além do estabelecimento de ações conjuntas com o ensino de graduação.
Articulação com a graduação e a pesquisa
A UFRN ampliou os contatos entre o ensino de graduação, de pós-graduação, a
pesquisa e a extensão. Em função da integração, a pós-graduação desenvolveu
programações conjuntas com o Fórum de Coordenadores de Graduação, dentre várias
51
outras atividades que objetivam integrar ações que contribuem para a melhoria da
qualidade do trabalho acadêmico da Universidade.
O aproveitamento dos resultados da Auto-Avaliação possibilitou a
sistematização de um conjunto de políticas para a pós-graduação que inclui, nos eixos
trabalhados, uma política de formação de pesquisadores para o magistério superior.
3 – Pesquisa
A pesquisa na UFRN situa-se em três grandes linhas de atuação: a) o
desenvolvimento institucional da pesquisa, apoiando os grupos consolidados e
oportunizando o desenvolvimento de grupos iniciantes; b) o incentivo a pesquisa em áreas
estratégicas e aplicadas, juntamente com o apoio à pesquisa básica; e c) a identificação de
áreas interdisciplinares e o apoio à nucleação entre seus pesquisadores, de modo “[...] a
qualificar estes grupos e gerar uma interlocução institucional, articulada às temáticas de
interesse local, regional, nacional e internacional” (RELATÓRIO DE AUTO-
AVALIAÇÃO DA UFRN, 2006. p. 61).
O desenvolvimento institucional da pesquisa
Na operacionalização das ações próprias das três linhas de pesquisa, a UFRN, na
Gestão 2003 – 2007, criou 5 núcleos de pesquisa. Menciona-se a geração dos seguintes
núcleos: o Núcleo de Estudos do Petróleo e Gás Natural, contando com parceria com a
PETROBRAS e financiamento do Ministério da Ciência e da Tecnologia
(FINEP/PETROBRAS, FINEP/Rede Gás e Energia); o Núcleo de Agricultura e Pesca,
referência institucional nessa atividade e parceria com órgãos estaduais e federais, além
de financiamento de projetos pelo MCT/FINEP/Governo Estadual, culminado com a
criação do Centro Tecnológico de Aquicultura, administrado pela UFRN e a EMPARN;
o Núcleo Câmara Cascudo de Estudos Norte-Rio-Grandenses, responsável pela
“Coleção Estudos Norte-Rio-Grandenses, colocando em circulação lisvros de interesse
da comunidade acadêmica e do público em geral; o Núcleo Avançado de Políticas
Públicas; e o Núcleo de Educação para a Ciência.
Outras iniciativas são relevantes, como a participação no desenvolvimento do
Programa de Apoio à Pesquisa em Empresas (PAPPE), iniciando “[...] a segunda fase
do programa, após estudo da viabilidade técnico-econômica,” e o apoio à “realização de
Seminários sobre ‘Ciência e Tecnologia no RN’, em diversas cidades do Estado,
visando a viabilidade do setor de C&T no RN” (RELATÓRIO DE GESTÃO: 2003 –
2007, p. 27).
52
Incentivo a pesquisa em áreas estratégicas e aplicadas
No período 2003 – 2007 a Universidade iniciou o processo de criação e
implantação do Centro Tecnológico do Agro-Negócio, realizado em associação com a
FAPERN, a UFERSA, a EMPARN e o CEFET/RN, contando com o financiamento da
FINEP; promoveu a participação de muitos pesquisadores em mais de 20 redes de
temáticas de pesquisa da ANP, PETROBRAS e Centro de Pesquisas e Desenvolvimento
Leopoldo A. Miguez de Mello/RJ (CENPES).
O Núcleo de Inovação Tecnológica, parceria com a UFRPE, o CEFET/RN e a
UFPE, foi criado por meio da Resolução 04/2007 do CONSUNI em 28 de setembro de
2007, e está integrado à Pró-Reitoria de Pesquisa tendo um caráter amplo e atuando de
forma integrada com o sistema de Pós-graduação e já apresenta resultados como:
submissão de Pedidos de patentes; proposição e discussão da Resolução de Inovação
Tecnológica e propriedade Intelectual na UFRN – Resolução 149/2008-CONSEPE de
08/11/2008; submissão e aprovação do Programa PIBIT do CNPq na UFRN;
implementação das bolsas do Programa PIBIT e bolsas de Inovação da Propesq;
implantação do Sistema de notificação de invenção por meio do SIGAA; dentre outros.
Identificação de áreas interdisciplinares e apoio à nucleação entre seus pesquisadores
Com a possibilidade de trabalhar ações que propiciam a identificação de áreas
interdisciplinares e a nucleação entre pesquisadores, a UFRN integrou novos
pesquisadores, inclusive no uso da rede de dados, e proporcionou, a grande parte dos
cursos de áreas correlatas do conhecimento, o acesso a novos laboratórios e
infraestrutura compartilhados.
A Instituição fortaleceu mais da metade dos seus atuais 181 grupos de pesquisa e
programas de Pós-Graduação com equipamentos, construção e reforma de laboratórios de
pesquisa e infraestrutura compartilhados, e salas de multimeios em todos os centros
acadêmicos.
Consolidação da pesquisa na UFRN
Em 2008, o trabalho pertinente às atividades de pesquisa na Universidade
ressalta uma estável consolidação e um contínuo crescimento. Existem hoje 1.654
projetos de pesquisa em execução, cadastrados na base de dados da UFRN, sendo 1.155
aprovados internamente – sem apoio financeiro externo – e 499 com apoio de agências e
órgãos de fomento.
53
TABELA 10 – Grupos e Projeto de Pesquisa – 1999 - 2008.
Ano Bases e Projetos
Grupos de Pesquisa Projetos de Pesquisa
1999 96 559
2000 102 550
2001 124 702
2002 140 750
2003 149 827
2004 156 871
2005 159 949
2006 175 951
2007 164 1.075
2008 186 1.654 Fonte: PROPESQ/UFRN.
Com o Programa de Iniciação Científica (IC), a UFRN gerencia: o PIBIC-CNPq,
com 377 cotas; 180 bolsistas da PROPESQ-UFRN; 200 bolsistas da ANP/
PETROBRAS e outras; 60 bolsistas CNPq/Balcão; e 319 voluntários, totalizando 1.011
alunos de IC, e mais 50 bolsistas de Iniciação Científica Junior. Na compatibilidade do
crescimento, a UFRN está criando, ainda, o Programa de Bolsas em Desenvolvimento
Tecnológico e Inovação (PIBITI, com 20 novas cotas da PROPESQ e solicitando a
integração deste Programa no CNPq. Os alunos referidos já estão integrados aos 181
grupos de pesquisa que atuam em todas as grandes áreas do conhecimento.
TABELA 11 – Evolução do número de bolsas aos alunos de graduação e pós-graduação
- 1999 – 2008.
Tipos de bolsas
concedidas
Ano
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
Iniciação Científica
PROPESQ/UFRN
81
94
99
107
129
129
130
138
160
180
Iniciação Científica
PIBIC/CNPq
407
413
413
352
352
352
367
367
367
377
CNPq/Balcão - - - - - - 49 49 49 60
Iniciação Científica -
ANP/PETROBRAS
-
-
-
-
-
142
122
132
60
200
PIBIT/ CNPq - - - - - - - - - 5
PROPESQ/ Inovação
Tecnológica
-
-
-
-
-
-
-
-
-
20
Total 488 507 512 459 481 623 668 686 636 817
Fonte: PROPESQ/UFRN
O grande empenho institucional inseriu gradativamente as pesquisas como foco
voltado para a realidade socioeconômica e cultural do Estado do Rio Grande do Norte,
destacando áreas vitais para o desenvolvimento regional: Petróleo e Gás Natural;
Carcinicultura e Pesca; Recursos Hídricos; Materiais, com ênfase em cerâmica;
54
Recursos Minerais; Políticas Públicas; Historiografia e Cultura Popular;
Geoprocessamento; Fruticultura e Saúde Pública; esta última com expressiva
contribuição voltada para diagnóstico molecular e estudo de determinantes genéticos de
doenças tropicais endêmicas da região – leishmaniose, hanseníase – e forte atuação na
área de saúde da mulher; e a colaboração com o Instituto Internacional de Neurociências
Desmond e Lily Safra.
Os pesquisadores das áreas de Biociências e Saúde, por exemplo, captaram 84%
dos recursos do Edital PP/SUS – Ministério da Saúde, CNPq e Fundação de Apoio a
Pesquisa do RN-FAPERN – e do Programa de Primeiros Projetos (PPP-
CNPq/FAPERN), no qual foram beneficiados 57 pesquisadores da UFRN em todas as
áreas do conhecimento.
Outras pesquisas têm recebido o suporte financeiro do Ministério da Ciência e
Tecnologia, sendo parte significativa por meio dos Fundos Setoriais a partir da FINEP,
apoiando iniciativas vitais para sua consolidação, como o arranjo produtivo dos
pegmatitos, a implantação de Redes de Pesquisa em Carcinicultura (RECARCINE) e o
Centro Tecnológico da Aqüicultura. Adicionalmente, o apoio da FINEP inclui o Centro
Tecnológico do Agronegócio e laboratórios de certificação do processo produtivo do
setor cerâmico.
A execução destas ações ocorre em parceria com o Governo do Estado –
Secretarias de Estado e Universidade Estadual do RN –, Universidade Federal Rural do
Semi-árido (UFERSA), Empresa de Pesquisas Agropecuárias do Rio Grande do Norte
(EMPARN) e o setor privado – SEBRAE e FIERN/IEL.
A Universidade também mantém parcerias com outras instituições de C&T que
atuam no Estado, como a Petrobras, o Centro de Tecnologia do Gás, o Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (INPE), por meio de convênios de colaboração e da realização conjunta
de pesquisas.
A síntese das ações de pesquisa científica no final do período do PDI: 1999 –
2008 confirma o grande e significativo crescimento nessa área específica.
4 - Extensão
A UFRN definiu para o período 2003 – 2007 quatro grandes linhas de ação para
o trabalho específico da extensão: a) educação e inclusão social; b) políticas públicas e
cidadania; c) desenvolvimento econômico e social; e d) produção, preservação e difusão
cultural. A partir destas grandes ações, a Universidade selecionou as áreas
55
programáticas e, com base nas demandas da sociedade à Instituição, demarcou
prioridades e fomentou a formulação de projetos integrados às demandas constatadas.
As áreas programáticas correspondem a: educação e cidadania; apoio às ações
governamentais; desenvolvimento econômico e social; apoio a grupos e organizações
sociais; produção, difusão artístico-cultural; e divulgação científica. Todas as áreas
escolhidas guardam a marca fundamental do trabalho interdisciplinar.
Os principais resultados das ações de extensão podem ser visualizados através da
Tabela seguinte:
TABELA 12 - Atividades de Extensão realizadas em 2003 - 2008.
MODALIDADES QUANTIDADE
2003 2004 2005 2006 2007 2008
PROGRAMAS 06 12 13 16 14 21
PROJETOS 217 215 154 186 240 321
CURSOS 136 117 114 111 100 95
EVENTOS 109 135 91 104 135 115
PRODUTOS 23 41 56 45 40 41
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS 16 9 9 7 4 *
TOTAL 507 529 437 469 533 593
Fonte: PROEX/UFRN. * Prestação de Serviços registrada junto com Projetos.
DIMENSÃO 3: A responsabilidade social da instituição
A participação da UFRN no processo de desenvolvimento econômico, social e
cultural, na produção artística, na defesa do meio ambiente e do patrimônio cultural é
indiscutível. Os resultados dos programas voltados para a Extensão, para a Pesquisa e
para o Ensino, em todos os níveis, mostram o quanto a universidade tem assumido sua
responsabilidade social. Aspecto particular são as políticas de democratização do acesso
à universidade, que se tem voltado explicitamente para a inclusão social.
A título de exemplo, cabe ressaltar os convênios e acordos que consubstanciam
parcerias entre a UFRN e diferentes setores da sociedade civil. Outro aspecto da inserção
da universidade na sociedade pode ser observado pela criação dos Núcleos Temáticos
como os de Aquicultura e Pesca e o de Petróleo e Gás Natural – áreas prioritárias para a
economia do RN.
Quanto a questões referentes ao meio ambiente, a atuação da UFRN pode ser
vista pelo desenvolvimento de projetos de pesquisa voltados para: a) preservação de
recursos naturais e dos impactos ambientais; b) avaliação ambiental; c) uso do solo; d)
construção e análise de desempenho de fogão solar; e) direito ambiental aplicado à
56
indústria do petróleo e gás natural; f) meio ambiente e desenvolvimento da qualidade de
vida; g) alterações paisagísticas; h) estudos geoambientais; i) criação de rede de
informação e comunicação ambiental, para divulgação das informações relativas à
gestão do meio ambiente da cidade de Natal; j) a criação do curso de graduação de
Ecologia; e k) a criação, recente, do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento
do Meio Ambiente (PRODEMA).
Outro projeto de significado social desenvolvido pela UFRN é a Escola de
Governo, cujas parcerias têm possibilitado a oferta do curso de especialização em
Gestão de Políticas Públicas, cursos de Capacitação e Treinamento em áreas como
Alimentação Escolar, Gestão de Política e Inovação Tecnológica, Integração dos
Municípios do RN ao Sistema Nacional de Trânsito, Monitoramento e Avaliação da
Atenção Básica para a Saúde.
O Programa de Ação Voluntária, a ampliação do Programa Nacional de
Educação na Reforma Agrária (PRONERA), a ampliação do Programa Trabalho e
Cultura no Campo, com ações nas áreas de Piscicultura, Bovinocultura, Caprinocultura,
Apicultura, Processamento de Produtos Lácteos e Frutas, Valorização de manifestações
artísticas da cultura local e saúde corporal são outras mostras do cumprimento do
compromisso social da UFRN.
No campo da produção literária e artística, ao lado da revitalização da Editora
Universitária, que publica sob rigoroso critério de editoração, o Núcleo de Arte e
Cultura (NAC), também adota rigoroso sistema de seleção para escolha dos expositores
e de suas obras, com base em critérios de qualidade dos trabalhos, de interesse para a
sociedade, para a comunidade universitária e a contemporaneidade.
Para atendimento a pessoas com necessidades educacionais especiais, a UFRN
vem ampliando o acesso ao ensino de graduação, a pós-graduação e ao Núcleo de
Educação Infantil (NEI). Dentre as medidas adotadas destacam-se a quebra de barreiras
arquitetônicas e a legalização dos espaços institucionais para as pessoas com qualquer
deficiência poderem participar do processo seletivo – vestibular.
Na mesma direção da explicitação de sua responsabilidade social, a UFRN
desenvolve ações como: a) isenção da taxa cobrada para inscrição no processo seletivo
– vestibular, ampliando o número de parcerias para isenção de maior contingente de
alunos oriundos da rede pública; b) desenvolvimento de projetos e atividades
pedagógicas junto às escolas da rede pública do ensino médio; c) constituição de fóruns
de discussão envolvendo a comunidade interna e externa; d) ampliação de bolsas de
57
estudos para alunos oriundos de famílias de baixa renda; e) reativação da orientação
acadêmica; f) ampliação do número de alunos usuários do restaurante universitário; g)
melhoria do sistema de transporte para o acesso e a circulação interna no campus
central; h) ampliação e melhoria da Biblioteca Central e das residências universitárias;
h) melhoria do atual processo seletivo – vestibular, por meio de revisão e ajustes dos
programas das disciplinas, adequando-os aos conteúdos e às novas orientações
curriculares para o Ensino Fundamental e o Ensino Médio; i) indução de estudos e
pesquisas para subsidiar a política de acesso e permanência dos alunos na UFRN; j)
adoção de mecanismos de aproximação entre a UFRN, o Centro Federal de Educação
Tecnológica (CEFET) e a Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN) com
vistas ao estudo de viabilização de processo seletivo unificado para essas instituições,
ampliação de vagas e análise do sistema de cotas para os alunos da rede pública.
O Núcleo de Arte e Cultura da UFRN (NAC) tem realizado cursos, oficinas,
exposições artísticas e projetos abertos à população em geral, inclusive, em vários
municípios no interior do estado.
A criação do Núcleo Câmara Cascudo de Estudos Norte-Rio-Grandenses,
envolvendo os departamentos de Letras, História, Antropologia, Biblioteconomia e o
Museu Câmara Cascudo para a realização de projetos, estudos e pesquisas nas áreas da
produção artística e do patrimônio cultural, como a instalação de 2 bibliotecas, sendo
uma virtual, a criação de um site em rede e de um banco de dados para divulgação das
pesquisas e do acervo do núcleo.
DIMENSÃO 4: A comunicação com a sociedade
A política de comunicação com a sociedade é implementada pela
Superintendência de Comunicação, formada pela Agência de Comunicação
(AGECOM), pela Televisão Universitária (TVU) e pela Rádio FM Universitária
(FMU).
A Agência de Comunicação dispõe das páginas de web da Universidade e da
própria Agência, ambas alimentadas diariamente através do boletim UFRN é Notícia On-
Line, enviado à comunidade universitária, clippings eletrônicos, Agenda UFRN e o Jornal
da UFRN. Este Jornal participou do Prêmio Associação dos Dirigentes das Instituições
Federais de Ensino Superior (ANDIFES) de Jornalismo, sendo classificado e recebendo
prêmio pelo segundo lugar.
58
A Televisão Universitária conta com dois programas semanais, dedicados
exclusivamente a temas produzidos pela UFRN: o Café Filosófico e o Clip Ciência, e
todos os demais programas da Televisão Universitária, de alguma forma, divulgam a
UFRN: o TVU Notícias, telejornal (de segunda a sexta-feira); o TVU Esporte, que
inclui em sua agenda o esporte universitário; Grandes Temas; Canto da Terra; Xeque-
Mate. Além disso, a TVU veicula campanhas educativas da Instituição, bem como
chamadas de eventos e documentários, e realiza coberturas especiais sobre: Vestibular,
CIENTEC, Aula Magna, títulos honoríficos, e outros.
Na Rádio FM Universitária, o Plantão da Redação, de hora em hora, e o
noticiário FMU Informa veiculam notícias de interesse da sociedade e da UFRN e tem
dois programas exclusivos para noticiar a Universidade: UFRN é Notícia, com duas
edições diárias, de segunda a sexta-feira, e Agenda Universitária, com quatro edições
diárias, também de segunda a sexta-feira. Além dos programas regulares, a FMU faz
chamadas de campanhas institucionais e cobertura especial de eventos como a
CIENTEC e o Vestibular.
A página eletrônica da UFRN disponibiliza um noticiário atualizado, os Portais
do Servidor, do Aluno, da Administração e de serviços com informações atualizadas
para esses segmentos, além de documentos oficiais como: o Plano de Desenvolvimento
Institucional (PDI), Planos de Gestão, Regimento Interno, relatórios, resoluções, editais
e concursos. Essa página faz ligações com todas as pró-reitorias, superintendências e
órgãos suplementares que dispõem de páginas próprias.
O setor de arquivo de notícias da AGECOM dá conta de que durante o ano de
2005, por exemplo, foi contabilizado um total de 1.430 inserções, das quais 1.382
tiveram um enfoque positivo (com teor informativo ou elogioso), e 48 com (denúncias e
críticas). Entre matérias (pequenas ou grandes) e notas, o jornal Diário de Natal foi
responsável, nesse período, por 569 inserções, seguido do jornal Tribuna do Norte, com
461, e o Jornal de Hoje, com 400 inserções.
DIMENSÃO 5: As políticas de pessoal
A avaliação das políticas de pessoal abrange a discussão e a reflexão acerca da
carreira, aperfeiçoamento, desenvolvimento profissional e condições de trabalho.
Quanto aos planos de carreira, as carreiras docente e técnico-administrativa são
regidas por legislação e regulamentação específicas, inclusive no âmbito interno. Os
programas de qualificação profissional e de melhoria da qualidade de vida abrangem:
59
Políticas de Desenvolvimento de servidores técnico-administrativos e docentes, que
compreendem os Programa de Capacitação; Programas de Qualidade de Vida, (Saúde
Ocupacional, Vida com Maturidade, Programa de Ampliação da Renda Familiar do
Servidor); e o Programa de Assistência à Saúde do Servidor.
O clima institucional, relações interpessoais, estrutura de poder, graus de
satisfação pessoal e profissional, a percepção coletiva de docentes e servidores técnico-
administrativos podem ser inferidos das referências em eventos, discursos,
manifestações através dos veículos internos de comunicação, onde o reconhecimento
quanto a sua relevância social torna-se patente. Em relação ao ambiente interno, o
relacionamento existente entre os servidores desenvolve-se em um clima organizacional
saudável, onde, de uma maneira geral, existe respeito pessoal e profissional, o que pode
ser atribuído à clara definição de papéis, através da normatização de atribuições e
competências das diversas instâncias características do serviço público, o que favorece a
compreensão dos limites de atuação das áreas. Grandes eventos, como a Feira de
Ciência e Tecnologia (CIENTEC) e o Seminário de Recursos Humanos, realizados de
maneira integrada com a colaboração de docentes e servidores técnico-administrativos,
denotam o clima positivo. Nos órgãos de deliberação coletiva, nos diversos níveis de
atuação, as decisões são participativas e compartilhadas por servidores das várias
categorias e níveis.
A Avaliação da Satisfação no Trabalho dos servidores da UFRN, feita através de
uma Escala de Satisfação no Trabalho, mostra, em geral, resultado satisfatório,
considerando que há um bom clima de relacionamento com colegas e chefias. Apontam-
se sobrecarga de trabalho em alguns setores e, às vezes, condições físicas inadequadas
para o desenvolvimento das tarefas rotineiras.
DIMENSÃO 6: Organização e gestão da instituição
O Relatório de Auto-Avaliação desta Dimensão lista informações e resultados
relativos a organização e gestão da Universidade.
A estrutura hierárquica do processo de planejamento na UFRN destaca: no nível
superior, estratégico, o PDI e o Plano de Ação da UFRN; no nível intermediário, os
Planos de Ação dos Centros Acadêmicos e os Planos dos Hospitais Universitários; e no
nível operativo, os Planos Trienais dos Departamentos Acadêmicos, os Projetos
Pedagógicos dos cursos de graduação, os Projetos de Extensão e Projetos de Pesquisa.
60
A UFRN conta com Bancos de Dados disponíveis para dar suporte a todo
processo de planejamento, como: SIGAA, SIGPRH, SIPAC, além do PINGIFES, que
mantêm as informações básicas dos diversos setores da universidade e geram os
relatórios que permitem o acompanhamento e a avaliação do que se realiza.
Outras maneiras de obter informações correspondem a: Avaliação Externa dos
cursos; e Auto-Avaliação dos Departamentos Acadêmicos, dos Centros Acadêmicos,
dos Hospitais Universitários e das Unidades Administrativas.
Todas as informações sistematizadas são utilizadas para gerar os principais
Indicadores de Desempenho: Custo corrente/Aluno equivalente; Aluno Tempo Integral/
Professor; Aluno Tempo Integral/Funcionário; Funcionário/Professor; Grau de
Participação Estudantil (GPE); Grau de Envolvimento com Pós-Graduação (GEPG);
Conceito CAPES/MEC para pós-graduação; Índice de Qualificação do Corpo Docente
(IQCD); e Taxa de Sucesso na Graduação (TSG).
As informações resultantes das avaliações geram o Relatório Anual do
Desempenho da Instituição, de acordo com o Plano de Gestão; o Relatório do
Desempenho dos Departamentos para distribuição de vagas; o Relatório da Auto-
Avaliação da UFRN, de acordo com a Lei Federal nº 10.861 de 2004 (SINAES); o
Relatório Anual do Desempenho da Docência; o Relatório de Auto-Avaliação dos
Cursos de Graduação, para elaboração ou acompanhamento dos Projetos Pedagógicos; e
o Relatório de Auto-Avaliação dos Departamentos Acadêmicos, para elaboração dos
Planos Trienais.
Dentre os avanços no processo de planejamento destacam-se: o detalhamento de
todas as ações ou metas, com os seus custos, o tempo previsto e os responsáveis pela
sua gestão; a definição de Políticas Institucionais e de Programas Estruturantes; e a
aprovação, pelo CONSUNI, dos Planos de Ação 2003-2007 e 2008-2011.
DIMENSÃO 7: Infraestrutura física, biblioteca e recursos de informação
1 - Infraestutura física
Não há informações sistematizadas que permitam traçar o histórico do crescimento
da infraesturutra física da Universidade. As construções: salas, laboratórios, bibliotecas,
prédios novos emesmo o texto dos Plano de Obras e do Plano Diretor do Campus não
estão acessíveis.
2 - Biblioteca Central: Política Institucional de Aquisição, Expansão, Atualização e
61
Operacionalização do Acervo
A política de desenvolvimento do Sistema de Bibliotecas da UFRN (SISBI) é
parte do Plano de Desenvolvimento Institucional, no qual a aquisição, expansão e
atualização do seu acervo situam-se entre as suas prioritárias.
Atualmente, o acervo do SISBI totaliza 200.111 títulos e 368.620 volumes de
publicações avulsas. Em 2008, em relação a 2007, o percentual de crescimento do
acervo de livros de circulação foi de 11,37 % títulos. Os periódicos impressos somam,
em 6.575 títulos, além dos 12.661 periódicos eletrônicos em textos completos,
disponíveis no Portal Brasileiro de Informação Científica da CAPES. A Biblioteca
Digital de Teses e Dissertações (BDTD), implantada em outubro de 2005 e, em fase de
projeto piloto, disponibiliza atualmente 1.634 dissertações em texto completo.
TABELA 13 - Acervo das Bibliotecas da UFRN no período 1999 - 2008.
Ano Títulos Volumes Periódicos
1999 90.520 233.742 3.002
2000 106.295 249.191 3.629
2001 116.814 256.646 3.796
2002 133.017 261.155 4.189
2003 131.461 249.423 4.431
2004 135.410 290.916 4.576
2005 157.622 303.702 5.673
2006 172.614 322.243 5.870
2007 179.684 335.080 6.279
2008 200.111 368.620 6.575
Fonte: Censo do Ensino Superior e Boletins Estatísticos.
Dentre os diversos compromissos institucionais destacam-se os trabalhos
cooperativos com a(o): Rede de Catalogação Cooperativa Brasileira
(BIBLIODATA/Fundação Getúlio Vargas – Rio de Janeiro), Prossiga/CNPq, Rede
Biblioteca Virtual em Saúde (BIREME), Catálogo Coletivo Nacional de Publicações
Seriadas (CCN), Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia(IBICT),
Catálogo Coletivo em Linha das Bibliotecas Portuguesas, Rede de Bibliotecas da Área de
Engenharia (REBAE), Rede de Bibliotecas da Área de Psicologia (REBAP), Fundação
Biblioteca Nacional do Brasil, e Biblioteca Nacional da Espanha.
62
A Biblioteca Central Zila Mamede (BCZM) dispõe de uma sala de estudo
individual climatizada, com uma área aproximada de 135,85m² e, ainda, sete salas de
estudo em grupo, também climatizadas, com um total de 124,21m². Além disso, é
dotada de outras áreas de leitura com mesas e cabines individuais.
A BCZM possui uma área total de 4.390,91 m². Nesse contexto existem algumas
condições básicas que atendem a portadores de necessidades especiais, tais como:
rampas para acesso ao deficiente físico e instalações sanitárias. Além disso, dispõe na
Divisão de Apoio ao Usuário, em especial, na Seção de Informação e Referência de um
espaço denominado: Espaço Inclusivo. Este, por sua vez, permite o acesso on line à
informação científica e técnica, via Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC’s),
bem como a uma pequena coleção em Braille.
Para esses usuários especiais são disponibilizados um computador e um scanner,
bem como o sistema operacional DOSVOX. Este, por conseguinte, permite que pessoas
portadoras de deficiência visual utilizem um microcomputador comum.
A BCZM utiliza o sistema ALEPH na informatização dos serviços de
catalogação, empréstimo e consulta ao catálogo on line. Este, por sua vez, permite a
localização de livros, periódicos, dissertações, teses, folhetos de cordel, fitas de vídeo e
CD-ROOM. Este sistema permite que o registro bibliográfico adote uma linguagem de
padrão internacional (USMARC) e coopere com a Rede Bibliodata da Fundação Getúlio
Vargas.
3 - Recursos de informação
3.1 - Área de Redes
A Rede de Comunicação de Dados da UFRN foi reestruturada realizando a meta
de estabelecer uma infraestrutura de comunicação que alcance o máximo possível de
usuários de modo confiável, estável e o mais eficiente possível. A meta de referência foi
alcançada por completo no âmbito do Campus Central e parcialmente no Campus
Biomédico. Nos Campi do interior a UFRN trabalha para eliminar as dificuldades
relativas ao uso de Linhas Privadas da concessionária de serviços telefônicos e de
transmissão de dados. A exceção corresponde ao trabalho em Jundiaí que passa a dispor
de uma rede baseada em fibra óptica interconectada ao backbone óptico da Rede UFRN,
por um link de rádio operando a 100 Mbps.
63
A primeira geração do Backbone (de fibra ótica) do Campus Central media, em
1998, 17.600m
A segunda geração do Backbone do Campus Central (BCC), em 2006, media
24.600m, ao que foi acrescentado: o que ficou da 1a geração do BCC para uso no
CFTV, com 11.000m; o Backbone metropolitano, com 14.500m; o Backbone da Saúde
(CCS, HUOL, etc.), com 3.000m; o Backbone do Campus de Caicó, com 1.750m; o
Backbone de Currais Novos, com 1.000m e o Backbobe de Jundiaí, com 3.000m,
perfazendo um total atual de 58.850m de fibras-óticas.
Este aspecto do Programa de Melhoria da Qualidade da Infraestrutura dos
recursos de informação tem reflexos diretos no Programa de Modernização da Gestão
Universitária e nas políticas de Qualidade Acadêmica. A expectativa para um futuro
próximo é a integração à Rede UFRN dos serviços de telefonia sobre a rede de dados,
os chamados serviços VoIP que deverão impactar significativamente na gestão
acadêmica e administrativa da Universidade.
A meta de Aquisição de Hardware vem sendo atingida de acordo com o nível de
investimento disponível, e à medida que se consolida a integração das bases de dados
institucionais. A UFRN dispõe de um pool de servidores de rack interconectados em
interfaces de rede Gigabit Ethernet. Além disso conta com um outro conjunto de
servidores em racks abertos para os sistemas em processo de migração e da área de
segurança de redes.
Apesar dessa meta ter como característica apresentar uma demanda de fluxo
contínuo pode-se concluir que ela foi alcançada quase que integralmente. Só não foi
possível ainda assegurar o requisito da confiabilidade para prevenção contra sinistros.
Isto é, assegurar a existência de servidores redundantes instalados em outros espaços
físicos diferentes da Superintendência de Informática. A confiabilidade deve ser
perseguida continuamente.
3.2 - Área de Sistemas
A meta de adoção gradativa de soluções de software livre no ambiente técnico
administrativo foi alcançada no âmbito da Superintendência de Informática. Os novos
sistemas desenvolvidos ou em desenvolvimento, (SIPAC, SIGAA, SIGPRH,
PROTOCOLO) independem de soluções proprietárias. O Laboratório Central de
Microcomputadores também oferece os recursos computacionais baseados em software
64
livre e vem atendendo tanto à área acadêmica quanto à área administrativa. 90% das
atividades administrativas hoje se baseiam em acesso a serviços WEB e edição de
textos, a um custo 40% menor em relação as soluções baseadas em software livre, salvo
as devidas exceções.
3.3 - Estruturação da base de dados acadêmicos
A meta de construção de uma base de dados integrada de todas as atividades
acadêmicas institucionais foi concretizada por meio da criação e utilização do Sistema
Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas (SIGAA), em funcionamento com
significativo sucesso.
O SIGAA informatiza os procedimentos da área acadêmica através dos módulos
de: graduação, pós-graduação (stricto sensu e lato sensu), ensino técnico, ensino médio
e infantil, submissão e controle de projetos e bolsistas de pesquisa, submissão e controle
de ações de extensão, submissão e controle dos projetos de ensino (monitoria e
inovações), registro e relatórios da produção acadêmica dos docentes, atividades de
ensino a distância e um ambiente virtual de aprendizado denominado Turma Virtual.
Disponibiliza portais específicos para: reitoria, professores, alunos, tutores de ensino a
distância, coordenações de pós-graduação lato sensu e stricto sensu e comissões de
avaliação (institucional e docente).
3.4 - Estruturação das bases de dados administrativos
A Universidade Federal do Rio Grande do Norte desenvolveu e utiliza o SIPAC
– Sistema Integrado de Patrimônio, Administração e Contratos –, que controla as
diversas rotinas e procedimentos da área administrativa; e o SIGPRH – Sistema
Integrado de Gestão de Planejamento e de Recursos Humanos –, que responde pela
gestão do planejamento e dos recursos humanos da instituição, para o acompanhamento
de sua gestão, além do que consta nos bancos de informações do INEP – Censo e do
PingIFES. .
O SIPAC permite o gerenciamento dos fluxos da área administrativa através da
informatização de todo o orçamento distribuído no âmbito interno e das requisições que
demandam este orçamento (material, passagens, diárias, suprimento de fundos, auxílio
financeiro, prestações de serviço pessoa física e jurídica, dentre outras). Controla-se
também, por meio do SIPAC, os almoxarifados (centrais e setoriais), o controle
65
patrimonial, as compras e licitações, a gestão das atas e pedidos em registros de preços,
o acompanhamento de entrega de empenhos (liquidação), o controle de obras e
manutenções de bens imóveis, a aquisição de livros pela biblioteca, as faturas de água e
energia, o controle dos contratos e convênios celebrados, o fluxo de processos e
documentos eletrônicos, o registro e pagamento de bolsistas, o acompanhamento das
despesas com automóveis e combustíveis. O SIPAC também disponibiliza portais de
informações para os pró-reitores e para a auditoria interna.
O SIGPRH informatiza os procedimentos de planejamento e de recursos
humanos. No que se refere às atividades de planejar, existe um módulo de metas para o
planejamento, o acompanhamento e a avaliação das atividades desenvolvidas pelas
unidades administrativas e acadêmicas durante o ano. Já em relação aos recursos
humanos, o sistema disponibiliza ferramentas de marcação/alteração de férias, cálculos
de aposentadoria, avaliação funcional, dimensionamento de força de trabalho, controle
de freqüência, concursos, capacitações, atendimentos on-line, serviços e requerimentos,
registros funcionais, além de relatórios de RH. A maioria das operações do SIGPRH
possui algum nível de interação com o sistema SIAPE, sendo outras somente de âmbito
interno.
Como instrumento de auxílio às decisões, a UFRN utiliza, ainda o Ping-IFES,
que é um sistema que permite a consulta, análise, coleta de dados por todos envolvidos
no sistema de ensino superior federal. Seus principais usuários são: SESu (Secretário,
diretores e outros de acordo com a necessidade), MEC (Ministro, Secretário Executivo,
SAA, SPO), Dirigentes das IFES, Professores, Servidores e Alunos, Sociedade de uma
maneira geral.
É totalmente baseado na WEB e acompanhando a política de governo de
software livre e adota as definições contidas no documento e-Ping como padrão de
dados.
Pode-se concluir que foi consolidada integralmente a meta de integração das
bases de dados institucionais nas áreas acadêmica e administrativa.
3.5 - Área de Suporte Técnico
Entre as atividades desenvolvidas pela Superintendência de Informática, a área
de suporte é considerada a de menor complexidade e responde às exigências da
Instituição. Esta área diz respeito às atividades de atendimento básico aos usuários em
66
questões de hardware e software, no âmbito da administração central e das unidades
acadêmicas, além de atendimento ao usuário de serviços de rede, através do provedor
UFRNet. Acrescentam-se também atividades de natureza administrativa, como suporte
ao Departamento de Material e Patrimônio e Comissão Permanente de Licitação nos
processos de compra de equipamentos de informática.
DIMENSÃO 8: Planejamento e Avaliação
O fortalecimento do processo de planejamento exigiu a construção de espaços de
interlocução como os Fóruns de Chefes de Departamentos Acadêmicos, de
Coordenadores de Cursos de Graduação e de Pós-Graduação, bem como o Fórum
Estudantil, além das Comissões de Energia, de Orçamento, do Meio Ambiente, da
Autonomia Universitária, do Estatuto e do Regimento da UFRN.
O Processo de Planejamento na instituição se estrutura em três grandes níveis
hierárquicos: 1º o planejamento em longo prazo, formalizado no Plano de
Desenvolvimento Institucional (PDI) e nos Planos de Gestão; 2º o nível intermediário,
que corresponde aos Planos de Ação dos Centros Acadêmicos e dos Hospitais
Universitários; 3º o nível operativo, abrigando os Planos Trienais dos Departamentos
Acadêmicos, os Projetos Político Pedagógicos dos Cursos de Graduação e os Projetos
de Pesquisa e Extensão.
Para acompanhar o desempenho da Instituição há um conjunto de indicadores, e
um Projeto de Auto-Avaliação, parte integrante do Sistema Nacional de Avaliação da
Educação Superior (SINAES).
O suporte ao processo de planejamento é dado pelos bancos de dados disponíveis
na Rede UFRN que integra as informações acadêmicas e administrativas e oferece
interfaces gerenciais para todos os níveis da administração. Além destes recursos, a
Universidade dispõe das informações do Censo do Ensino Superior – Portaria MEC de
2002, parte do Sistema Integrado de Informações Superiores (SIEDSUP) consolidado
pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP).
A partir de 1995, em decorrência do processo de avaliação, foram incorporadas
ao planejamento as seguintes ações: a) elaboração dos Planos de ação da UFRN
1995/1999, 1999/2003, 2003/2007 e 2007/2011; b) aquisição de um laboratório de
habilidade básica para a área da saúde; c) instalação do laboratório de comunicação para
o curso de comunicação social; d) organização administrativa dos hospitais
67
universitários; e) elaboração de um Plano de Obras para a UFRN, em função da
melhoria dos ambientes de ensino; f) adoção de uma política de atualização pedagógica
para os docentes em exercício e os ingressantes na UFRN; g) criação de um programa
de incentivo a inovação no ensino de graduação.
DIMENSÃO 9: Política de Assistência ao Estudante
A Política de Assistência Estudantil tem como objetivo minorar a exclusão
social, garantindo os direitos mínimos de cidadania aos alunos matriculados na UFRN.
Essa assistência se dá por meio dos programas: Bolsa Residência; Bolsa Alimentação;
Isenção da Taxa de Vestibular; e Atendimento Social.
A Bolsa Residência destina-se aos estudantes, oriundos do interior do Estado,
sem recursos financeiros para arcar com despesas de moradia. A UFRN conta
atualmente com 458 residentes, alojados em 09 residências; sendo 07 em Natal,
incluindo 01 de pós-graduação e 02 em Caicó.
Além da moradia, a universidade oferece a Bolsa Alimentação, com café, almoço
e jantar, aos estudantes sem recursos financeiros para as despesas de alimentação. Trata-
se do benefício da alimentação subsidiada a estudantes que tenham turnos consecutivos
de aulas ou que comprovem a necessidade de permanecer no Campus.
Os estudantes ainda têm acesso aos serviços de saúde e atendimento social
oferecidos pela Instituição.
A Resolução 169/2008 - CONSEPE institui o cadastro único de bolsas para
alunos de graduação. Esse sistema define um mecanismo de registro semestral dos
estudantes pleiteantes a bolsas, com informações sobre a condição sócio-econômica e o
desempenho acadêmico dos candidatos, disponíveis no sistema de gestão acadêmica.
O registro obrigatório através, do SIGAA e do SIPAC dos alunos interessados
em participar dos processos seletivos para bolsas de apoio técnico, monitoria, pesquisa e
extensão gera um Cadastro Único de candidatos e de vagas a bolsas.
Assim, a disponibilidade de vagas para bolsista pode ser consultada no menu
“Bolsas”, do Portal Discente, através do item “Oportunidade de Bolsas”. Nas indicações
de bolsistas de pesquisa, monitoria e extensão, o sistema exibe os alunos com prioridade
de seleção de acordo com os critérios estabelecidos na Resolução. Cabe ao docente
responsável pela bolsa levar em consideração o alerta de prioridade emitida pelo
68
sistema, e conceder a bolsa atentando para o caráter socioeconômico e o mérito
acadêmico dos solicitantes.
Para disponibilização de bolsas de apoio técnico, os administradores cadastram o
processo seletivo através do SIPAC, no menu “Bolsas”, item “Anunciar Vaga de
Bolsa”. Após o processo, o bolsista é indicado através da opção “Listar Vagas
Anunciadas”, no ícone “visualizar/indicar inscritos”.
DIMENSÃO 10: Sustentabilidade Financeira
A Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como todas as instituições
públicas de ensino superior do Pais, é uma unidade orçamentária vinculada ao
Ministério da Educação e seus recursos orçamentários são alocados segundo um
processo de rateio orientado por critérios estabelecidos conforme indicadores
apresentados por cada universidade. Esse processo define os tetos dos recursos do
Tesouro Nacional destinados a “outras despesas correntes”.
A UFRN adota um critério democrático de distribuição interna dos valores
alocados para gastos de custeio e investimentos, resultante do processo de
democratização da Instituição de uma forma geral, uma consequência das reuniões
realizadas na Granja Emaús, entre 198 e 198 . O padrão de distribuição orçamentária
que hoje vigora é o resultado de uma atualização dos parâmetros definidos nessas
reuniões.
Compete ao Conselho de Administração (CONSAD) aprovar a distribuição dos
recursos orçamentários do Tesouro Nacional fixados no orçamento, alocados no grupo
de despesas “outras despesas correntes”. A maior parte dos recursos orçamentários,
mais de 90%, tem como destino pré-definido o pagamento de despesas com pessoal,
encargos sociais e auxílios para transportes, alimentação e pré-escola. O restante, que
representa menos de 10% do valor total dos recursos do Tesouro Nacional, é alocado
para manter a instituição, ou seja, pagar a energia elétrica, telecomunicações, material
de consumo etc.
O orçamento da Universidade é composto de recursos do Tesouro Nacional, de
fontes diretamente arrecadadas e de convênios. Na sua execução são incorporadas as
descentralizações de créditos proporcionadas por intermédio de órgãos da estrutura do
Governo Federal que, em razão de acordos e ajustes, transferem recursos de projetos
aprovados no âmbito de seus orçamentos para execução pela UFRN.
69
O orçamento da UFRN, historicamente, tem tido um comportamento oscilante
com relação à evolução de suas despesas e os recursos que lhes são aportados.
Entre 2000 e 2002, por exemplo, os orçamentos não aumentaram, enquanto os
custos correntes continuavam crescentes, com o aumento do número de matrículas e
expansão planejada da atividade acadêmica, gerando dificuldades que perduraram até o
ano de 2004, quando a Universidade voltou a receber recursos para aplicação em
investimentos e as transferências do Tesouro Nacional para a manutenção das atividades
da Instituição começaram a melhorar em termos de volumes.
O Orçamento da Universidade distribuído em 2006 é superior em 140,27%
(cento e quarenta vírgula vinte e sete por cento) ao distribuído em 2003, sem considerar
os convênios, as emendas parlamentares e outras formas de transferências voluntárias
pelos ministérios.
Esta análise das 10 (dez) Dimensões, conforme indica a legislação sobre o
SINAES, respalda-se essencialmente nos aspectos fundamentais da Auto-Avaliação da
UFRN.
70
CONCLUSÕES PARCIAIS
DESTAQUES DA ÁREA ACADÊMICA E ALTERNATIVAS
PROPOSTAS
Aspectos ressaltados, observações e alternativas
MAPA 1 – Fundamentos do PDI 1999 – 2003, oferta de vagas e processo seletivo.
ASPECTOS
DESTACADOS
OBSERVAÇÕES
ALTERNATIVAS
Fundamentos do
PDI 1999 - 2003
a) Consistência dos aspectos
teóricos que fundamentam a
análise das características da
Universidade naquele momento
e a proposta de suas ações para o
período abordado. A crise que
afetava as universidades naquele
momento e os cenários que se
apresentavam à UFRN
conduziram à definição dos
princípios, das diretrizes e da
missão delineados; b) Ausência do Projeto Pedagógico
Institucional o que favoreceu
uma busca essencialmente
teórica da realização das ações
acadêmicas; c) Necessidade de considerar o
atual momento para atualizar e
objetivar a proposta acadêmica
atual.
Atualizar a missão
considerando sua tríplice
dimensão: Primeira
a) preservar e disseminar o
conhecimento universal;
b) resguardar o conhecimento que
subsidia a reflexão, a ética e o
compromisso com a cidadania;
c) produzir e acumular novos
conhecimentos;
d) educar e valorizar a cultura, a
produção artística, o meio ambiente.
Segunda
a) produzir conhecimentos
científicos e tecnológicos aplicáveis;
c) gerar e aperfeiçoar tecnologias
indutoras do crescimento e do
desenvolvimento local (RN),
regional e global;
d) desenvolver novas técnicas de
qualificação e gerenciamento.
Terceira
a) redimensionar as estratégias
teórico-práticas específicas de
transmissão e apropriação do
conhecimento;
b) atualizar as técnicas de
gerenciamento. Oferta de vagas
a) Crescimento significativo da
oferta de vagas para todos os
cursos, inclusive para cursos
temporários – convênios,
parcerias e outras modalidades;
b) Aumento do número de cursos
de graduação e de pós-
graduação.
a) Ampliar a oferta de novos
cursos de graduação e pós-
graduação;
b) Ocupar 100% os espaços e
horários noturnos, ampliando
a oferta;
c) providenciar a criação ou o
funcionamento de cursos
temporários em função de
demandas da sociedade.
Processo seletivo
Significativo aperfeiçoamento do
processo seletivo para ingresso do
aluno na Universidade.
_____
71
MAPA 2 – Funcionamento Pedagógico do Ensino de Graduação.
ASPECTOS
DESTACADOS
OBSERVAÇÕES
ENSINO DE
GRADUAÇÃO
Currículo
Positivo:
Entendimento teórico sobre o currículo como o resultado de
uma ação coletiva.
Fragilidade:
Na maioria da prática acadêmica, o currículo continua
percebido como grade de disciplinas isoladas.
Estratégias metodológicas
Positivo:
Recorrência teórica ao uso de procedimentos relativos à
indissociabilidade ensino, pesquisa e extensão;
Apelo ao desenvolvimento da interdisciplinaridade.
Fragilidade:
Dificuldades para objetivar a prática da indissociabilidade e
da indisciplinaridade.
ALTERNATIVAS PARA DISCUSSÃO
CURRÍCULO
Iniciar o desenvolvimento de experiências que flexibilizem o currículo por meio da
indissociabilidade e da interdisciplinaridade. Abolir a existência de atividade extracurricular.
ESTRATÉGIAS METODOLÓGICAS
Trabalhar em duas etapas:
1. Estudos:
Realizar continuamente estudos sobre a indissociabilidade e a indisciplinaridade como
parte da objetivação da flexibilização curricular.
2. Trabalhos práticos:
Desenvolver pesquisas acadêmicas a respeito de experiências que trabalham a
indissociabilidade ensino extensão, ensino pesquisa, e ensino, pesquisa e extensão;
Realizar experiências opcionais sobre o desenvolvimento de projetos de extensão
associado ao conteúdo de uma ou várias disciplinas e, se possível, integrado a pesquisas
acadêmicas, cujos resultados culminem com relatos de pesquisa;
Prever atividades de extensão e de pesquisa que envolvam o aluno na composição
curricular dos cursos;
Prevenir, no currículo dos cursos, espaço para outras atividades que ampliem o
conhecimento do aluno, sem a rigidez das convencionais obrigações de disciplinas
curriculares registradas antecipadamente. Como exemplo de aproveitamento, pode ser
72
lembrada a variedade de projetos complementares e de atividades de pesquisas
científicas que contam com a participação do aluno de ensino de graduação.
MAPA 3 – O Ensino de Pós-Graduação
ASPECTOS
DESTACADOS
OBSERVAÇÕES
Criação de novos cursos de
mestrado e de doutorado; Desenvolvimento de cursos de
pós-graduação Lato Senso Aumento do número de vagas;
Qualificação de professores e
pesquisadores.
Destaques positivos: Formação de professores para o magistério superior; Aumento de fontes informacionais, do acesso
bibliográfico e a periódicos eletrônicos; Qualidade do trabalho desenvolvido na pós-graduação
Lato Senso; Aumento da participação de docentes nos Editais de
Fundos Setoriais. Fragilidades: Falta de uma sistemática de avaliação interna do ensino de
pós-graduação; Precariedade da oferta de cursos em relação às
necessidades atuais da sociedade; Dependência às avaliações da CAPES.
ALTERNATIVAS PARA DISCUSSÃO
Facilitar a aplicação de procedimentos técnicos, pedagógicos e científicos que garantam a
melhoria, quantitativa e qualitativa, na formação de competências para as diversas áreas do
conhecimento, notadamente aquelas formadoras de novos conhecimentos científicos e de
novas tecnologias aplicáveis ao desenvolvimento local, regional e global.
Adotar uma sistemática de trabalho que estimule a melhoria dos conceitos atribuídos pela
CAPES.
Instituir cursos destinados à inclusão de portadores de necessidades educacionais,
especificamente aqueles portadores de perda auditiva.
Empregar estratégias de avaliação interna para acompanhar o desenvolvimento dos cursos de
pós-graduação.
Flexibilizar o currículo e as atividades de pesquisas para conclusão dos cursos de mestrado,
criando um percentual obrigatório para trabalhos realizados no âmbito da melhoria do sistema
público de educação básica.
73
MAPA 4 – A Pesquisa
ASPECTOS
DESTACADOS
OBSERVAÇÕES
Aumento do número de
pesquisas científicas; Realização de pesquisas em
áreas estratégicas e
aplicadas; Pesquisas básicas.
Destaques positivos:
- Criação de novos núcleos de pesquisa; - Participação no desenvolvimento do Programa de Apoio
à Pesquisa em Empresas; - Incentivo a pesquisa em áreas estratégicas; - Identificação de áreas interdisciplinares; - Consolidação da pesquisa na Universidade; - Parceria com instituições de C&T que atuam no Estado.
Vários outros aspectos também são incluídos nos destaques
positivos da política de pesquisa da Instituição o que
dispensa, no momento, o registro do nível das fragilidades.
ALTERNATIVAS PARA VALORIZAÇÃO DO TRABALHO
Manter uma ampla política da pesquisa que privilegie áreas estratégicas para o
desenvolvimento do Estado e para a inserção da UFRN em pesquisas avançadas, sediadas nos
grandes centros científicos nacional e internacional.
Transferir para a sociedade os resultados obtidos, as inovações e a tecnologia geradas e
aplicáveis, respeitando as especificidades e as possibilidades de cada pesquisa.
Divulgar, sistemática e formalmente, para a sociedade a importância e as vantagens das
pesquisas realizadas.
Integrar o aluno, notadamente de graduação, nas atividades de pesquisas por meio da
indissociabilidade.
Criar programas de pesquisa científica apropriadas para tornar conhecidos os caminhos da
ciência principalmente junto à clientela do sistema de educação básica.
Possibilitar a realização sistemática de pesquisas voltadas para a melhoria de vida das pessoas
e para consolidar o respeito à formação da cidadania.
74
MAPA 5 – A Extensão
ASPECTOS
DESTACADOS
OBSERVAÇÕES
Educação e inclusão social;
Contribuição para a formação da
cidadania;
Produção, preservação e difusão
cultural;
Principais destaques positivos:
a) Educação em busca da cidadania;
b) Apoio a ações governamentais e a grupos e
organizações sociais;
c) Consideração dos aspectos econômicos e sociais;
d) Estímulo às atividades artístico-culturais;
e) Divulgação científica.
Fragilidades:
a) Influências de idéias (externas à Universidade)
que reduzem a prática da extensão a um trabalho
de assistência social;
b) Variedade de atividades, de ações, desintegradas
do trabalho propriamente acadêmico-
pedagógico.
c) Dificuldades resultantes da falta de precisão e
unidade quanto à verdadeira função acadêmica
da extensão no âmbito das universidades
brasileiras.
ALTERNATIVAS PARA DISCUSSÃO
Redimensionar, inclusive no âmbito das universidades públicas brasileiras, o papel da Extensão
como um dos componentes básicos da missão da universidade contemporânea: a dimensão
acadêmica. Redefinir na esfera da UFRN a posição da Extensão na centralidade acadêmica de suas ações,
com ênfase nas atividades acadêmico-curriculares. Reduzir a “obrigação” da Extensão na UFRN quanto à oferta de múltiplas ações, pequenos
projetos isolados e outras atividades de limitado alcance duradouro, transformando-a em ponto
de interseção das atividades principalmente curriculares, funcionando como:
a) suporte de uma nova a inserção da Universidade no contexto local, regional, nacional; b)executora de reduzido número de projetos, mas de amplo alcance acadêmico e social,
redimensionando a organização teórico-prática de suas atividades, agrupando seus
projetos em grandes núcleos de atuação acadêmica, de forma que o seu trabalho na
Universidade se transforme em eixo básico para a indissociabilidade entre o ensino,
notadamente da graduação, a pesquisa a inserção social; c) veículo transmissor de resultados de experiências e inovações tecnológicas geradas pela
Universidade; d) eixo em torno do qual se desenvolve e se consolida a indissociabilidade ensino,
pesquisa e extensão e se experimenta a interdisciplinaridade acadêmico-pedagógica; e) elemento obrigatório da consolidação do currículo como resultado de uma construção
75
coletiva, conforme decisões para o ensino de graduação.
Totalizar apreciações sobre as respostas da UFRN às proposições do seu PDI
1999 – 2008 inclui, ainda, as demais instâncias – físicas, tecnológicas, de pessoal,
gerenciais – que sustentam e garantem a realização de sua missão acadêmica. No
entanto, as observações aqui destacadas privilegiam a área acadêmica por ser esta a
essência do trabalho da universidade, em cuja dimensão recaem as demandas atuais.
Registra-se, como complementação, que à Administração Central (Reitoria), na
condição de unidade indutora e executora de políticas, cabem as decisões estratégicas,
sendo o Plano de Gestão o correspondente ao instrumento operacional nesse nível
administrativo. Mesmo assim, o modelo de gestão da Universidade trabalha com vários
níveis de funções acadêmicas que, às vezes, se misturam com os a sistemática de Auto-
Avaliação Institucional.
Observações sobre o estágio atual da sistemática de Auto-Avaliação Institucional
conduzem à apreciação de que o trabalho privilegia as estratégias de trabalho do
professor relacionando-o com as opiniões do aluno. Os resultados retornam para os
professores, os departamentos e os centros acadêmicos com o objetivo de realimentar de
futuras decisões. Trata-se, então, de uma avaliação processual limitada ao trabalho já
desenvolvido.
Mas, no domínio da avaliação, dois aspectos devem ser aqui registrados. O
primeiro situa-se no comprometimento da Universidade com a avaliação da Taxa de
Sucesso de Aluno, trabalho não incluído nas propostas do PDI 1999 – 2008.
O segundo diz respeito a constatação de que a avaliação institucional na UFRN
caminha em direção ao aperfeiçoamento, podendo, até, dirigir-se ao diálogo entre o
processo de ensino e a aprendizagem na Universidade. Falta apenas o privilégio da
avaliação processual durante a execução das ações avaliadas. Isso não significa, no
entanto, revogar a avaliação classificatória determinada pelas necessidades apontadas
durante pedagógico e pelas normas legais estabelecidas.
Por fim, quaisquer que sejam as lagunas relativas a avaliação do PDI 1999 –
2008, um fato se impõe neste momento: a velocidade do movimento da história na
contemporaneidade, bem como as injunções contextuais que se estendem às várias
dimensões do trabalho da Universidade, notadamente na esfera da política acadêmica e
76
suas estratégias operacionais, se apresentam como um ultimato à UFRN em relação à
atualização de suas propostas. No entanto, é necessário que a Universidade insira-se na
contemporaneidade, mas tenha sempre presente o compromisso de garantir também a
sua função conservadora.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, M. Doninha. Para discutir avaliação escolar a serviço da aprendizagem. In:
GOMES, M. Carmozi de Souza (Org,). Tecendo saberes e compartilhando
experiências sobre avaliação. – Natal, RN: EDUFRN, 2006. (Coleção Pedagógica, n.
8).
ALMEIDA, M. Doninha; SILVA, Markus Figueira da. A Universidade Federal do Rio
Grande do Norte e o portador de necessidade educacional especial. In: SILVA, Markus
Figueira da (Org.). Educação Inclusiva: uma visão diferente. - Natal, RN: EDUFRN,
2004, p. 13 - 21. (Coleção Pedagógica, n. 5).
BALLESTER, Margarida et al. Avaliação como apoio à aprendizagem. Tradução
Valério Campos. Porto Alegre: Armed, 2003.
EVANGELISTA, João Emanuel. Teoria social pós-moderna: Introdução crítica. Porte
Alegre: Sulina, 2007.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA (MEC). Sistema Nacional de
Avaliação da Educação Superior. Bases para uma nova proposta de avaliação da
educação superior. 2003.
RISTOFF, Dilvo; GIOLO, Jaime. Introdução: Educação Superior no Brasil – Panorama
Geral. In: Educação Superior Brasileira – 1991 – 2004: Rio Grande do Norte.
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Brasília:
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, 2006. p. 14.
SOUZA, M. Bernardete Cordeiro de. Antecedentes da UFRN – CT-Infra 2007.
(Trabalho em elaboração).
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE. Conversa com o
Reitor José Ivonildo do Rego. Dia 07 Outubro de 2008.
__________. Relatório de Gestão 2007. Natal. 2007.
__________. Relatório de Gestão 2003 - 2007. Natal: EDUFRN, 2007.
__________. Comissão Permanente de Avaliação (CPA). Políticas Acadêmicas. Natal.
2007.
77
__________. A UFRN e os novos desafios: Plano Geral de Gestão; 2007 — 2011.
Anexo da Resolução nº 007/2007 – CONSUNI, de 19 de dezembro de 2007. Natal:
EDUFRN, Dezembro de 2007.
__________. Relatório da Auto-Avaliação da UFRN. Natal, Agosto de 2006.
__________. Plano de Desenvolvimento Institucional: 1999 – 2008 / Plano de Metas
da Gestão 1999 – 2003. Natal: EDUFRN, Dezembro de 2003.
A N E X O
RESUMO COMPLEMENTAR
SÍNTESE DOS PONTOS FORTES E FRAGILIDADES DA GRADUAÇÃO E DA
PÓS-GRADUAÇÃO - ÊNFASE DA PÓS À QUALIDADE E À ARTICULAÇÃO
COM A GRADUAÇÃO, A PESQUISA E A EXTENSÃO
PESQUISA E SUA OPERACIONALIZAÇÃO
EXTENSÃO: RESUMO DE ATIVIDADES
78
QUADRO 3 - Síntese dos pontos fortes e fragilidades da graduação e da pós-graduação
- ênfase da pós à qualidade e à articulação com a graduação, a pesquisa e a extensão.
ENSINO DE GRADUAÇÃO: PONTOS FORTES E FRAGILIDADES
ACESSO AO ENSINO DE GRADUAÇÃO
PONTOS FORTES
FRAGILIDADES
PROCESSO SELETIVO
- Democratização do processo
seletivo para ingresso na
Universidade;
- Aumento do número de vagas,
contribuindo para significativa
expansão da UFRN;
- Adoção de medidas que facilitam
o ingresso e a permanência do
aluno procedente do sistema
público de ensino;
- Cursos preparatórios para o
vestibular caracterizando-se como
uma medida facilitadora;
- Emprego do Argumento da
Inclusão registrando que 30 alunos
da rede publica ingressaram na
UFRN em cursos de alta demanda,
como medicina, direito e
psicologia. “O monitoramento do
desempenho desses alunos nos
cursos, [...] revelou que todos
apresentaram Índice de Rendimento
Acadêmico (IRA) acima da média
regular” (RELATÓRIO DE AUTO
AVALIAÇÃO DA UFRN, 2006);
- Aperfeiçoamento do sistema
seletivo para ingresso na
Universidade;
-Caracterização socioeconômica
dos alunos da rede pública de
ensino inscritos no vestibular,
procedentes da rede pública e
sistematização de dados sobre o
desempenho dos aprovados e não
O PEM poderia fazer parte de medidas que favorecem a
permanência do aluno que ingressa na Universidade,
contudo, também se constitui em fragilidade, como:
a) o fato de atuar apenas em uma única área acadêmica,
a matemática;
b) O aspecto da não-obrigatoriedade de participação do
aluno;
c) A não integração ao currículo dos cursos incluídos no
projeto.
Outras fragilidades que podem ser realçadas
aparentemente situam-se fora da responsabilidade
imediata da UFRN. No entanto, como a Universidade
também é parte da configuração geral do sistema
educacional brasileiro, duas fragilidades devem ser
nomeadas:
a) A precariedade quanto ao domínio do conhecimento
por parte da maioria dos alunos da rede pública de
ensino que procuram o processo seletivo;
b) O possível déficit da universidade pública em relação
a qualidade do ensino ofertado pelo sistema público
de educação básica.
79
aprovados, por área de estudo.
AMPLIAÇÃO DA OFERTA
PONTOS FORTES
FRAGILIDADES
PROBÁSICA Entre os seus principais pontos fortes do
PROBÁSICA destacam-se:
a) Interação da UFRN com sociedade
(Estado e municípios);
b) Qualificação de professores e gestores
para a educação básica das redes estadual
e municipais;
c) Integração da maioria das atividades
curriculares com as ações do professor-
aluno em sua própria sala de aula durante
a realização do curso.
a) Falta de sintonia entre o calendário
das aulas da universidade e o
cronograma das escolas municipais,
dificultando o deslocamento dos
professores;
b) Burocracia, gerando morosidade e demora dos
repasses financeiros, retardando o
funcionamento de alguns cursos de
licenciaturas, como: Ciências Biológicas,
Matemática e Letras.
AMPLIAÇÃO DA OFERTA
PONTOS FORTES
FRAGILIDADES
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
a) Disponibilização de 3.360 vagas;
b) Inovação do processo de ensino-
aprendizagem;
c) Elaboração e a divulgação do material
didático para os cursos de licenciatura
a distância;
d) Sistematização de Material Didático para
o curso de “Mídias na Educação”, oferecido
nacionalmente pela SED/MEC.
Exigências próprias do processo de
adaptação à nova modalidade e às
especificidades do material didático
próprio de cursos a distância.
80
DIREÇÃO PEDAGÓGICA
PONTOS FORTES
FRAGILIDADES
SOBRE CURRÍCULO
Entre os pontos fortes destacam-se:
a) Entendimento de currículo como uma
construção social;
b) Busca por um projeto curricular que
possibilite suplantar a independência, a
separação entre as várias disciplinas e a
austeridade da grade curricular;
c) Intenção de por em prática o pressuposto
da indissociabilidade entre o ensino, a
pós-graduação, a pesquisa e a extensão;
d) Persistência na elaboração e atualização
permanentes dos Projetos Político-
Pedagógicos dos diversos cursos.
As fragilidades podem ser classificadas
como:
a) Há escassez, ou ausência, de
informações sobre a realização objetiva
das intenções teóricas apresentadas;
b) É possível conjeturar a possibilidade
de um distanciamento entre a realidade e
a operacionalização do pressuposto da
indissociabilidade entre ensino, pós-
graduação, pesquisa e extensão.
c) O fato de os PPPs dos cursos
avaliados “mostrarem coerência” com a
indissociabilidade desejada, não
configura uma informação sobre a
prática;
d) Ausência de informações objetivas
sobre realizações práticas relativas ao
processo curricular desenvolvido como
um componente básico do PPP,
e) Limitada ênfase as exigências atuais
para o ensino superior;
f) Lacuna em relação às referências
relativas à objetivação da relação entre o
processos de ensino, de aprendizagem e
de avaliação escolar.
81
g) A não disponibilidade de subsídios
suficientes para constatar a
indissociabilidade, a flexibilização, a
interdisciplinaridade.
DIREÇÃO PEDAGÓGICA
PONTOS FORTES
FRAGILIDADES
CURRÍCULO: programas e projetos
complementares
Monitoria: teoricamente contribui para
ampliação e o enriquecimento da
aprendizagem do aluno, notadamente na
área da docência.
a) Pouca participação de alunos dos
cursos noturnos e dos cursos de
licenciatura;
b) Reduzida disponibilidade de tempo do
aluno monitor;
c) Contados insuficientes entre professor
e monitores.
O PET é responsável pela ampliação e
aperfeiçoamento do conhecimento do aluno.
a) Limitada integração entre os bolsistas
e os demais alunos e professores do
curso;
b) Reduzidas atividades de extensão,
como acontece com a maioria das
atividades curriculares;
c) Diminuta abrangência do Programa –
são apenas 100 alunos beneficiados
na UFRN. Em 2008 corresponde a
X% do total de alunos matriculados.
O PEM, além da recuperação do
conhecimento não-adquirido durante o
ensino médio público, as indicações da auto-
avaliação apontam vários resultados
favoráveis, destacando-se:
a) Redução do número de trancamento de
matrícula;
b) Aumento do número de alunos
aprovados, principalmente em Matemática e
a) O fato de atuar apenas em uma única
área acadêmica, a matemática; b) O seu funcionamento como uma
colaboração isolada para a
aprendizagem opcional do aluno; c) Atividade não integrada ao currículo; d) Falta de obrigatoriedade em relação à
freqüência do aluno; e) Atividade, de fato, extracurricular.
82
Engenharia e Engenharia Civil.
O Programa de Monitoria, o Programa de
Educação Tutorial (PET) e o Projeto de
Ensino de Matemática (PEM), mesmo
separadamente, contribuem para o
desenvolvimento de uma nova
aprendizagem por parte do aluno bolsista.
A operacionalização desses Programas e
Projetos continua corroborando a
separação, formal e prática, entre o
desenvolvimento, a oferta e a
aprendizagem nas diversas áreas do
conhecimento.
DIREÇÃO PEDAGÓGICA
PONTOS FORTES
FRAGILIDADES
CURRÍCULO: Estágio
O Estágio Curricular continua um
componente necessário na consolidação da
maioria dos cursos de graduação.
a) Desconhecimento, por parte de muitos
professores e alunos, da legislação
pertinente ao Estágio;
b) A não observância das exigências do
Estágio;
c) Precariedade da infraestrutura como
suporte de apóio ao
acompanhamento e à supervisão dos
Estágios;
d) Desarticulação do Estágio diante das
demais disciplinas do curso;
e) Falta de planejamento conjunto entre
professores da instituição formadora
e profissionais do campo de Estágio.
ACOMPANHAMENTO TÉCNICO-PEDAGÓGICO
PONTOS FORTES
FRAGILIDADES
ASSESSORIA AOS PPPs
A realização das ações da assessoria técnico-
pedagógica nomeia três pontos que podem
ser considerados fortes contribuições:
Dentre as principais fragilidades
detectadas no processo de assessoria
para na elaboração dos Projetos Político-
Pedagógicos são registradas:
83
2 Desenvolvimento das atividades do
Projeto de Atualização Pedagógica;
3 Disponibilidade de textos pertinentes às
questões curriculares – Coleção
Pedagógica, home page da PROGRAD;
4 Realização de cursos de atualização
pedagógica para os professores (PAP);
a) Resistência de alguns cursos para
reformular as suas propostas
currículares;
b) Prática individual do professor
centrada em sua disciplina,
dificultando a ação coletiva e a
criação de possibilidades para a
interdisciplinaridade;
c) Vários cursos que continuam “presos”
às grades curriculares; d) Alguns cursos com preocupações
ligadas exclusivamente à ênfase ao
atendimento às demandas do mercado
de trabalho.
ACOMPANHAMENTO TÉCNICO-PEDAGÓGICO
PONTOS FORTES
FRAGILIDADES
ASSESSORIA AOS PPPs: Projeto de
Atualização Pedagógica
a) Análise e intercâmbio de experiências
acadêmicas entre os professores.
a) Funcionamento em período escolar
dificultando a participação de muitos
professores.
ACOMPANHAMENTO TÉCNICO-PEDAGÓGICO
PONTOS FORTES
FRAGILIDADES
NÚCLEO DE FORMAÇÃO
CONTINUADA PARA PROFESSORES DE
ARTES E DE EDUCAÇÃO FÍSICA
a) Participação de Intercâmbio Nacional;
b) Qualidade do material elaborado pela
UFRN. Quais e quantos?
––––
ENSINO DE PÓS-GRADUAÇÃO: PONTOS FORTES E FRAGILIDADES
EXPANSÃO DA PÓS-GRADUAÇÃO
PONTOS FORTES
FRAGILIDADES
1 Criação de XX novos cursos: XX de
mestrado e XX doutorado;
2 Defesa de 99 teses e 418 dissertações,
1. Inadequação e insuficiência da infraestrutura
necessária à criação e manutenção de cursos e
programas;
2. Ausência de planejamento e
84
resultado que contribuiu para a melhoria
da qualificação de professores e
pesquisadores;
3 Aumento da participação de docentes
nos Editais de Fundos Setoriais;
4 Estímulo ao estágio da docência.
acompanhamento das medidas relativas à
criação/expansão e manutenção da pós-
graduação;
3. Falta de articulação entre os vários
Programas;
4. Programas que se mantêm com conceito 3;
5. Limitação quanto ao número de doutores,
considerado abaixo da média;
6. Reduzido número de bolsas.
O aproveitamento dos resultados da auto-avaliação possibilitou a sistematização de um
conjunto de políticas para a pós-graduação que inclui, nos eixos trabalhados, os seguintes
aspectos: política de formação de pesquisadores para o magistério superior; análise da
atuação da CAPES em elação à avaliação dos cursos e programas; e a permanente melhoria
da infraestrutura desse nível de ensino (UFRN (RELATÓRIO DE AUTO-AVALIAÇÃO
DA UFRN, 2006).
ÊNFASE À QUALIDADE
PONTOS FORTES
FRAGILIDADES
3 Formação de profissionais para a
UFRN e outras instituições de
ensino;
4 Melhoria da infraestrutura de
informática;
5 Discussões sobre as principais
fragilidades da pós-graduação,
apontadas pelas avaliações, tendo
em vista o aperfeiçoamento de suas
propostas;
d) Melhoria em relação ao avanço dos
conceitos atribuídos pela CAPES;
5 Funcionamento do Fórum de
Coordenadores para discussão do
Programa de Pós-Graduação.
a) Inexistência de um Programa específico
para agilizar e estimular a vinda de
professores visitantes;
1. Sobrecarga de trabalho dos docentes,
especialmente com atividades de
graduação;
2. Falta de articulação entre os programas
de áreas afins;
3. Falta de maior integração ensino
pesquisa;
4. Número de bases de pesquisa insuficiente
para as oportunidades oferecidas pela
pós-graduação;
5. Tempo insuficiente para a titulação de
“um bom profissional”.
ARTICULAÇÃO COM A GRADUAÇÃO, A PESQUISA E A EXTENSÃO
PONTOS FORTES FRAGILIDADES
Funcionamento do Fórum de
coordenadores de cursos para discutir
o programa de pós-graduação;
Reduzido número de bolsas para Iniciação
Científica;
Falta de uma política de distribuição das
85
Desenvolvimento do programa de
Iniciação Científica juntamente com a
graduação;
Bases de pesquisa integradas e
intercentros;
Encontros pós-graduação, graduação e
pesquisa com o objetivo de discutir a
integração entre os dois níveis de
ensino.
bolsas de Iniciação Científica;
Inexistência de bases de pesquisa associada
à pós-graduação;
Excesso de trabalho docente prejudicando a
dedicação à pesquisa e desarticulando a
integração ensino/pesquisa.
PESQUISA E SUA OPERACIONALIZAÇÃO
A pesquisa na UFRN é direcionada por três grandes linhas de atuação: a) o
desenvolvimento institucional da pesquisa, apoiando os grupos consolidados e
oportunizando o desenvolvimento de grupos iniciantes; b) incentivando a pesquisa em
áreas estratégicas e aplicadas, juntamente com o apoio à pesquisa básica; e c)
identificando áreas interdisciplinares e apoiando a nucleação entre seus pesquisadores, de
modo “[...] a qualificar estes grupos e gerar uma interlocução institucional, articulada às
temáticas de interesse local, regional, nacional e internacional” (RELATÓRIO DE
AUTO-AVALIAÇÃO DA UFRN, 2006. p. 61).
Na operacionalização das ações próprias das três linhas de pesquisa, a UFRN, na
Gestão 2003 – 2007, criou 5 núcleos de pesquisa. Menciona-se a geração dos seguintes
núcleos: o Núcleo de Estudos do Petróleo e Gás Natural, contando com parceria com a
PETROBRAS e financiamento do Ministério da Ciência e da Tecnologia
(FINEP/PETROBRAS, FINEP/Rede Gás e Energia); Núcleo de Agricultura e Pesca,
referência institucional nessa atividade e parceria com órgãos estaduais e federais e
financiamento de projetos pelo MCT/FINEP/Governo Estadual, culminado com a
criação do Centro Tecnológico de Aqüicultura, administrado pela UFRN e a EMPARN;
Núcleo Câmara Cascudo de Estudos Norte-Rio-Grandenses; Núcleo Avançado de
Políticas Públicas; Núcleo de Educação para a Ciência.
Outras iniciativas são também mencionadas, como a participação no
desenvolvimento do Programa de Apoio à Pesquisa em Empresas (PAPPE), iniciando
“[...] a segunda fase do programa, após estudo da viabilidade técnico-econômica,” e o
apoio à “realização de Seminários sobre ‘Ciência e Tecnologia no RN’, em diversas
86
cidades do Estado, visando a viabilidade do setor de C&T no RN” (RELATÓRIO DE
GESTÃO: 2003 – 2007, p. 27).
Ainda no período 2003 – 2007: a Universidade iniciou o processo de criação e
implantação do Centro Tecnológico do Agro-Negócio, realizado em associação com a
FAPERN, a UFRSA, A EMPARN e o CEFET/RN, contando com o financiamento da
FINEP; promoveu a participação de muitos pesquisadores em mais de 20 redes de
temáticas de pesquisa das seguintes instituições: ANP, PETROBRAS e Centro de
Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo A. Miguez de Mello/RJ (CENPES).
No período avaliado registra-se, entre as prioridades, gestões em direção à criação
e funcionamento do Núcleo de Inovação Tecnológica, em parceria com a UFRPE, o
CEFET/RN e UFPE, que deve ser a unidade cede (RELATÓRIO DE GESTÃO: 2003 –
2007).
Neste momento, 2008, o trabalho pertinente às atividades de pesquisa na
Universidade ressalta uma estável consolidação e um persistente crescimento.
EXTENSÃO: RESUMO DE ATIVIDADES
A UFRN definiu para o período 2003 - 2007 quatro grandes linhas de ação para
o trabalho específico da extensão: a) educação e inclusão social; b) políticas públicas e
cidadania; c) desenvolvimento econômico e social; e d) produção, preservação e difusão
cultural.
Com base nas linhas definidas e considerando as demandas apresentadas pela
sociedade, a UFRN delimitou as áreas programáticas pertinentes à operacionalização do
trabalho planejado: educação e cidadania; apoio às ações governamentais e de grupos e
organizações sociais; desenvolvimento econômico e social; produção, difusão artístico-
cultural; e divulgação científica. O quadro seguinte visualiza os principais Programas.
A Extensão desenvolvida pela UFRN (até 2006)
QUADRO 4 - Programas de extensão desenvolvidos pela UFRN até 2006
PROGRAMA OBJETIVO
Trilhas Potiguares
Criado em 1996, objetiva propor novas formas de
aplicação do conhecimento gerado na universidade, a
partir do contato com as demandas da comunidade
externa e atuar junto a comunidades do interior do
Estado do Rio Grande do Norte.
Escola de Governo Contribuir para a formação/qualificação de pessoal,
inserido ou interessado na formulação/implementação
87
PROGRAMA OBJETIVO
de políticas públicas e ações governamentais.
Núcleo de Arte e Cultura Realizar cursos, exposições e eventos culturais.
Ação Voluntária Divulgar a filosofia do voluntariado.
Educação, Saúde e Cidadania (SACI)
Formar um novo profissional de saúde, capaz de
participar da transformação do modelo de atenção a
saúde.
Trabalho, Educação e Cultura no
Campo (PROTEC)
Desenvolver ações junto aos assentamentos de Reforma
Agrária contribuindo para a geração de renda das
famílias assentadas.
Yoga para a comunidade Divulgar a Yoga para diferentes tipos de publico.
Formação – permanente – dos
Servidores Públicos do Governo do
Estado do Rio Grande do Norte
Capacitar servidores.
Internet RN Cuidar da instalação do Ponto de Presença da Rede de
Pesquisa no RN.
Extensão continuada na Escola de
Música da UFRN
Desenvolver a sensibilidade artística, incentivar o
interesse pela música e performance instrumental e
vocal.
Desenvolvimento da Educação Infantil e
Séries Iniciais do Ensino Fundamental
(PIDEPE)
Formar Professores da Educação Infantil.
Fonte: Relatório de Autoavaliação da UFRN. 2006.
Outros programas com recursos específicos do governo federal também foram
desenvolvidos, incluindo-se: Alfabetização Solidária (ALFASOL), atuando em 27
municípios do Estado; Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária
(PRONERA); e o Programa de Geração Cidadã.
Os Programas nomeados possibilitaram a execução de vários projetos, cursos e
outros eventos, destacando-se, dentre eles, os projetos: Nova Descoberta; Educação pelo
Esporte, atendendo diariamente 200 crianças; PREVINIR, uma nova estratégia de ação no
combate ao abuso sexual de crianças e adolescentes; Em Torno da Mesa, parceria com a
PETROBRAS e Fome Zero, atendendo a comunidades pesqueiras de Diogo Lopes e
Barreiras, no município de Macau/RN; Construindo Cidadania; Arte na Escola, por meio da
capacitação; Melhoria do Funcionamento do Programa da Alimentação Escolar junto à
Secretaria Municipal de Educação.
Somam-se aos projetos e demais ações da extensão na UFRN uma significativa
quantidade de cursos voltados tanto para o público interno quanto para a comunidade
externa. No atendimento ao público externo, 3 programas merecem destaque: a Escola
88
de Governo, que atendeu, em 2005, um total de 300 pessoas; o Programa Permanente de
Formação dos Servidores Públicos, com uma clientela de 920 pessoas; e o Programa
Yoga para a comunidade, que atendeu, em média, 500 pessoas.
O desenvolvimento detalhado das quatro linhas prioritárias, com suas
atividades correlatas, comporta uma variedade de ações voltadas para o atendimento
às demandas da sociedade e para a realização dos objetivos sociais da Universidade.
No resumo das realizações extensionistas devem ser enfatizados os seus
principais impactos positivos. No âmbito da Educação e Inclusão Social destacam-se,
principalmente: o Projeto de Alfabetização Solidária que capacitou 562 alfabetizadores,
atendendo a 8.989 alunos e encaminhando 3.710 alfabetizados para turmas de
Alfabetização de Jovens e Adultos; o PRONERA, que atuou em 24 municípios do
Estado, oferecendo ensino médio a 100 alunos de assentamentos rurais em 5 municípios
assistidos; e o Programa de Formação de Professores da Educação Infantil,
desenvolvido em 16 municípios.
Na linha de Políticas Públicas e Cidadania vários exemplos também devem ser
considerados: o Programa Trilhas Potiguares que já atendeu a 87 municípios; a
Alfabetização de Jovens e Adultos; a Formação de Professores; e treinamentos em
variadas áreas, como: política de segurança; política de saúde; política de segurança
alimentar; política ambiental; e política de assistência.
Outros exemplos fortalecem os impactos positivos desta linha de trabalho: o
fortalecimento da piscicultura para o Fome Zero; o trabalho com produtores de
camarão; a gestão integrada na Área de Preservação Ambiental dos Corais; a
reutilização de águas; diagnósticos sobre viveiros de camarão e poluição de águas de
rios; incorporação de gestores públicos de 8 municípios ao primeiro curso oferecido
pela Escola de Governo.
Na linha Desenvolvimento Econômico e Social a preocupação básica
corresponde à produção de conhecimento e tecnologia para repassá-los à comunidade. A
UFRN vem desenvolvendo, em 12 municípios, projetos específicos para os assentados
da Reforma Agrária, atingindo 22 assentamentos e cerca de 159 famílias, trabalhando as
seguintes áreas: produção de peixes e de camarão; criação de caprinos, ovinos, bovinos,
abelhas; geração de emprego e renda para a população mais pobre.
89
No âmbito da Produção, Preservação e Difusão Cultural, a UFRN desenvolveu o
Projeto Pau e Lata, realizando oficinas de construção rítmica a partir do uso de sucatas,
em 7 municípios e em parceria com a rede pública de ensino ou ONGs; Exposições
Itinerantes de Artes Plásticas, em 5 municípios; e o Projeto na Área do Patrimônio
Público, em 4 municípios.
Os Programas desenvolvidos funcionam como eixos estruturadores da extensão,
buscam a união da teoria com a prática e a possibilidade da indissociabilidade entre
ensino, pós-graduação, pesquisa e extensão.
90
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE - UFRN
COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO - CPA
OFICINA DA AUTO-AVALIAÇÃO DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO DO CB
Data: 25/08/2009
Horário: 08:00 ás 12:00 14:00 às 17:30
Local: Centro de Biociências
Equipe responsável: Direção do Centro e Comissão Própria de Avaliação
Participantes: Professores do CB
PROGRAMAÇÃO
MOMENTO HORA DESENVOLVIMENTO
Abertura 8:00 às 8:15 Diretora do Centro de Biociências
Profa. Fátima Ximenes
Perfil do CB 8:15m às 8:30 Diretora do Centro de Biociências
Profa. Fátima Ximenes
Resultados das Ações
Propostas pelos Cursos
na Oficina realizada em
outubro de 2008
8:30 à 10:00
Coordenadores de Curso
Café 10:00 às 10:00
O Papel do
Planejamento na
Reestruturação e
Expansão da UFRN.
10:10 à 10:40
Prof. Maria Lúcia Santos Ferreira da
Silva – CPA
Discussão do tema 10:40 às 11:10 Todos os participantes
Orientação para o
trabalho dos grupos
11:10 às 11:30
Prof. Maria Lúcia Santos Ferreira da
Silva – CPA
Trabalho em grupos 14:00 às 16:00 Plenária
Café 16:00 às 16:10
Apresentação do
trabalho dos grupos
16:10 às 17:30 Grupos por cursos
Encerramento 17:30 Diretora do Centro de Biociências
Profa. Fátima Ximenes
91
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE BIOCIÊNCIAS
COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO
OFICINA DE AUTO-AVALIAÇÃO DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO DO CB
Equipe responsável pela elaboração do Relatório Autoavaliação
Maria Pepita Vasconcelos de Andrade _ Presidente CPA
Assessores de Avaliação:
Denise Câmara de Carvalho
Joani Brito de Sá
Maria Carmozi de Souza Gomes
-
NATAL-RN 25/08/2009
92
Breve introdução:
O Centro de Biociências-CB é composto por quatro Cursos de Graduação:
Aqüicultura, Biomedicina, Ciências Biológicas e Ecologia; e sete Cursos de Pós-
Graduação: sendo seis de Mestrado: Genética e Biologia Molecular, Bioecologia
Aquática, Bioquímica, Comportamento Animal, Ciências Biológicas e Prodema –
Programa de Desenvolvimento do Meio Ambiente e dois cursos de Doutorado:
Psicobiologia e Bioquímica.
O Centro está organizado na forma de Departamento, são eles: Bioquímica,
Microbiologia e Parasitologia, Morfologia, Biologia Celular e genética, Biofísica e
Farmacologia, Botânica, Ecologia e Zoologia, Oceanografia e Limnologia e Fisiologia.
Possui, em média, 125 docentes, 800 discentes nos quatro Cursos de Graduação e 96
técnicos administrativos. O Centro atende ainda uma demanda de cerca de 1.280
discentes oriundos dos cursos de Medicina, Odontologia, Fisioterapia, Enfermagem,
Educação Física, Nutrição, Zootecnia e Farmácia que cursam todo o currículo básico
neste Centro.
O Centro de Biociências possui ainda 69 laboratórios destinados as pesquisa
acadêmicas e a aulas práticas e um laboratório de Informática. Alguns desses
laboratórios destinados às pesquisas acadêmicas possuem equipamentos para pesquisas
avançadas. O Centro possui ainda 03 museus: Museu do Mar, Museu de Anatomia
Comparada e o Museu de Anatomia Humana abertos à comunidade.
À frente da administração do Centro estão a Diretora Profa. Maria de Fátima F.
de Melo Ximenes e o Vice-Diretor Prof. Graco Aurélio de Melo Viana. Estes contam
com o auxílio das secretárias Leila Maria de Jesus Silva e Selma Lima Silva. A direção
do Centro é assessorada ainda por Aníbal Barbosa da Silva (parte administrativa) e com
o Prof. Alexandre Augusto de Lara Menezes (parte acadêmica).
Metodologia de trabalho:
Exposição dos resultados recentes obtidos pelos coordenadores de Curso:
Os professores do Centro de Biociências assistiram a um breve relato realizado
pelos coordenadores dos cursos de graduação a fim de expor os resultados recentes
obtidos após a tomada de algumas decisões com a intenção de sanar alguns problemas
relacionados a estes cursos. Reuniões anteriores a esta foram realizadas onde foram
apontados (diagnosticados) problemas relacionados aos Cursos de Graduação do
93
Centro. Os relatos resumiram as propostas de soluções encontradas por cada
coordenação e seu grupo para possibilitar melhor desenvolvimento de seus projetos
pedagógicos.
94
Grupos de trabalho:
Os professores foram organizados em cinco grupos conforme “afinidades” com
os Cursos de Graduação (Grupo da Aquicultura, Biomedicina, Biologia, Ecologia e
Saúde) a fim de realizar discussões e apontar propostas para melhoria da qualidade
acadêmica, articulando o Ensino/pesquisa/extensão.
Inicialmente O GRUPO DO CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS avaliou os
pontos fortes e fracos na relação entre Centro/Curso/Departamento. Foram apontados
como pontos fortes:
1. Maior abertura da direção do Centro de Biociências, que encontra no diálogo a
solução de diversos problemas relacionados ao Curso de Ciências biológicas.
2. Estreitamento da relação entre os chefes de Departamento e a coordenação do
Curso, viabilizada pelo sigaa, o que diminuiu a burocracia e problemas
relacionados a oferta de disciplinas pelos departamentos, como ainda ocorreram
discussões dentro dos Departamentos a fim de melhorar a exposição das
disciplinas ministradas nas formas de módulos.
3. A melhoria da infra-estrutura, o que fortaleceu ainda mais o ensino de
graduação, acrescido da captação de recursos humanos, seja de professores, ou
mesmo de técnicos que auxiliam na administração e na coordenação do curso, o
que possibilitou a junção de todas as coordenações do Centro em um só espaço,
otimizando e tornando mais eficiente o papel dos coordenadores e o atendimento
aos alunos dos Cursos diurno e noturno.
Com relação aos pontos fracos foram apontados pelo grupo:
1. A falta de entendimento, por parte dos docentes do Centro, sobre o projeto político-
pedagógico do Curso de Biologia, levando a falta de compreensão dos módulos e da
incapacidade de execução dos mesmos, causando frustrações e desinteresses do alunado
com o novo projeto.
2. Não há acompanhamento dos novos professores, ou seja, eles não estão recebendo
orientações sobre os PPP dos Cursos onde estão lecionando disciplinas, levando ao
descumprimento de conteúdos exigidos no currículo.
3. Desvalorização indevida da Instituição (e alguns docentes) no que se refere às
atividades de ensino desenvolvidas pelos docentes. Isso causa extrema frustração dos
docentes envolvidos em projetos de ensino, em comissões de construção de PPPs,
95
dentre outras atividades, pois não pontua na atividade docente da mesma maneira que
pontua trabalhos publicados em revistas indexadas e a pesquisa em geral.
4. Ainda foi discutido sobre o papel dos Departamentos relacionado as disciplinas
ministradas aos Curso de gradução, pois não há nenhum acompanhamento de como foi
o andamento de cada disciplina no referido semestre, as metodologias que melhor
contribuíram para o aprendizado do aluno e aquelas que não funcionaram, número de
reprovações, trancamentos, etc, este diagnóstico serviria como ferramenta para o
Departamento sanar problemas e, assim melhorar o ensino da graduação.
O grupo da Ciências Biológicas então listou algumas dificuldades apresentadas
pelo CB para o cumprimento das Metas do REUNI, são elas:
A desvalorização da atividade de ensino em toda a Instituição;
• Defende-se o fim do reingresso.
• Os professores não conhecem, não compreendem e não aderem ao PP dos cursos
de graduação;
• As atividades de ensino e extensão não dão visibilidade para o professor ao
contrário de atividades de pesquisa;
• Os gestores não assumem seu papel na cobrança das responsabilidades;
• Falta de correspondência entre planejamento e ação causando inchaço na
Instituição e sérios problemas na rede elétrica e de infra-estrutura;
Diante disto o grupo faz as seguintes propostas:
• Alteração na resolução de progressão, no sentido de equiparar ensino, pesquisa e
extensão;
• Capacitação didático-pedagógica permanente do docente;
• Maior valorização institucional para o ensino de graduação;
• Apresentação dos PPs aos professores novos;
• Ação coletiva da extensão;
• Organização de seminários de formação e troca de experiências (PROGRAD).
96
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE - UFRN
COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO - CPA
RELATÓRIO FINAL DO PROCESSO DE
AUTO-AVALIAÇÃO DO CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO
Equipe responsável pela elaboração do Relatório Autoavaliação
Maria Pepita Vasconcelos de Andrade _ Presidente CPA
Assessores de Avaliação:
Denise Câmara de Carvalho
Joani Brito de Sá
Maria Carmozi de Souza Gomes
UFRN
Novembro / 2009
97
SUMÁRIO
1. Introdução
2. Dados cadastrais do Curso de Arquitetura e Urbanismo
3. Metodologia do Processo de Auto-avaliação
4. Resultado da Oficina Final de Auto-avaliação
5. Considerações Gerais
APÊNDICES
1. Roteiro de Auto-Avaliação
2. Roteiro dos trabalhos em grupos – Oficina Final
3. Resultados das Oficinas de Auto-avaliação com:
alunos do 1º ao 5º período
alunos do 6º ao 10º período
Professores
98
1. Introdução
Este Relatório é resultado do processo de auto-avaliação junto aos alunos e
professores do curso de Arquitetura e Urbanismo. Esta avaliação foi solicitada pela
Coordenação do curso e chefia de Departamento. Teve como foco a execução do
Projeto Pedagógico do curso.
Assim sendo, apresenta-se neste Relatório Final, os Dados Cadastrais do Curso, a
Metodologia utilizada no processo de Auto-Avaliação, os resultados das Oficinas
realizadas com a participação de alunos de todos os períodos, manhã e tarde. e com
todos os professores que lecionam no curso, e o resultado da Oficina Final, que foi
realizada com a participação de professores, alunos e técnicos, momento em que foram
construídas as propostas para melhoria do ensino com base nos relatórios
das diversas oficinas realizadas.
99
2. Dados cadastrais do Curso de Arquitetura e Urbanismo
Nome do Curso: Arquitetura e Urbanismo
Código do Curso: 12343
Data de início do funcionamento do Curso: 13/08/1973
Currículo Atual: Aprovado no CONSEPE em:
Modalidade: Presencial
Prazo para integralização: 10 semestres
Carga Horária Mínima: 4580 horas
Turnos de Oferta: integral
Processo Seletivo: vestibular
Sistema Curricular: crédito
Regime Letivo: semestral
Dados de criação/autorização: Documento: Resolução CONSUNI
Nº do documento: 058 de 13/08/1973
Data de publicação: 13/08/1973
Dados de Reconhecimento: Documento: Decreto Federal
Nº do documento: 83.208 de 28/02/1979
Data de publicação: 01/03/1979
Taxa de sucesso na graduação: TSG = Nº de diplomados (Ndi)
Nº total de alunos ingressantes há cinco
anos atrás, de acordo com o tempo
médio de duração do curso.
Taxa de sucesso %
2004 2005 2006 2007 2008
62,1 83,7 86,3 81,0 72,0
100
3. Metodologia do Processo de Auto-Avaliação
A metodologia da Avaliação Institucional pauta-se numa perspectiva qualitativa
e quantitativa que numa dimensão de totalidade atende às orientações do Sistema
Nacional de Avaliação da Educação Superior - SINAES, exigindo a participação dos
sujeitos envolvidos no processo avaliativo, que se posicionam a partir das informações
coletadas nas Oficinas de Auto-Avaliação.
Para conduzir o processo de auto-avaliação definimos parâmetros extraídos do
Projeto Pedagógico do Curso, que se constituíram nos seguintes:
Formação generalista: abrangendo incursões da edificação, do urbanismo,
do paisagismo, do patrimônio histórico, cultural e ambiental;
Ser criativo e dotado de visão critica;
Compreensão do contexto da realidade onde vai atuar;
Dar respostas às necessidades de indivíduos, grupos sociais e comunidades
quanto à concepção:
- de planejamento, intervenção e/ou construção de edifícios e do espaço
urbano e regional;
- conservação e valorização do patrimônio construído;
- proteção do equilíbrio natural e
- utilização racional dos recursos disponíveis.
1ª QUESTÃO
O curso está oferecendo condições para que o profissional de Arquitetura e
Urbanismo desenvolva estas competências?
Organização didático-pedagógica
o Integração de conteúdos de disciplinas
o Qualidade das aulas
o Relação professor e aluno
o Estágio
o Avaliação do processo ensino-aprendizagem
o Postura investigativa
101
2ª QUESTÃO
O currículo do seu curso é bem integrado e há clara vinculação entre as
disciplinas?
Gestão do Curso
o Coordenação
o Colegiado de curso
o Orientação Acadêmica
Infra-estrutura
o Instalações: Condições de salas de aula, ambientes de estudos, outros.
o Laboratórios
o Biblioteca
Listar os pontos fortes e os pontos fracos
Esta avaliação foi constituída das seguintes etapas:
3.1. Preparação do processo de Auto-avaliação
Reunião da Comissão Própria de Avaliação – CPA com a Coordenação
do Curso e com a equipe nomeada para .discutir os objetivos, a proposta
metodológica, o local e o cronograma de execução.
Visita do coordenador do curso às salas de aula, para definir a
representação dos alunos dos 1º ao 10º períodos (três estudantes por
período) dos turnos da manhã e tarde., para participarem das oficinas de
auto-avaliação.
Convocação dos professores pela chefia do Departamento e Coordenação
do Curso para participarem da oficina de auto-avaliação.
3.2. Realização das Oficinas de auto-avaliação
Foram realizadas duas oficinas, uma com os alunos do 1º ao 5º período,
que estudam no turno matutino e outra com os alunos do 6º ao 10º
período, que estudam no turno vespertino, tendo como referência o
roteiro que se encontra em apêndice, com duração prevista de 2 horas
102
onde os participantes deram depoimentos sobre o desenvolvimento do
Projeto Pedagógico do Curso.
Elaboração pela CPA, dos relatórios das oficinas com as percepções dos
professores e alunos, com referência para discussão, reflexão e
planejamento na oficina final.
3.3. Oficina Final do processo de Auto-avaliação
Reflexão em pequenos grupos das percepções dos professores e
alunos apresentados nos relatórios e relacionar os pontos fortes e
pontos fracos do curso. Retomar o objetivo da Auto-Avaliação e
propor ajuste para a melhoria da qualidade do curso de graduação
para os próximos 3 anos.
Apresentação dos resultados dos grupos (3), em plenário para
consenso das propostas de ação e encaminhamentos.
4. Resultados do Processo Auto-Avaliação
A seguir apresentamos os depoimentos feitos por professores e alunos nas
Oficinas, sob a Auto-avalição do curso de Arquitetura e Urbanismo.
Parâmetros curriculares: perfil e objetivos do PPC
Depoimentos de Professores Depoimentos de Alunos
Com relação ao Patrimônio
Histórico há uma dificuldade porque os
alunos não entendem. É necessário
esclarecer aos alunos todos os anos. O
equilíbrio ambiental e a utilização racional
são muito enfatizados. A área de
patrimônio é muito trabalhada.
O curso atende aos parâmetros
curriculares, menos no que se refere ao “ser
criativo”. O curso “amarrou” e dificultou a
criatividade.
Concordo com os colegas com relação à
criatividade. Acho que o problema também
está nos professores do curso que não
cobram. O referencial teórico do curso está
muito bom, mas a capacidade de
criatividade e prática ainda está a desejar.
A parte teórica é muito pouco trabalhada.
O curso está oferecendo condições para que o
profissional de Arquitetura e Urbanismo
desenvolva as competências do Projeto
Pedagógico com algumas ressalvas.
Em algumas disciplinas há professores que
inibem a criatividade dos alunos: outros
deixam os alunos muito livres; e há outros,
que acreditam que somente é certo o que
eles querem.
Na formação são muito precárias: a área de
edificação, a parte de construção (canteiros
de obras), a parte de elétrica e a de
hidráulica.
Existe um elenco grande de disciplinas
optativas, mas não são oferecidas.
Sente-se falta da cadeira de ambientação e
interiores, como obrigatória.
Há reconhecimento do curso no mercado de
103
trabalho, em nível local e nacional.
Há uma relação do curso com o mercado de
trabalho. Há uma demanda para que o
curso se dirija para o mercado. O curso da
UFRN dá uma visão crítica, até mesmo do
próprio mercado.
Nem todos os alunos têm criatividade.
Preocupam-se com a utilização do
AutoCAD para terem produtividade.
O nosso aluno entra mal orientado. O curso
tem que mudar a mentalidade do aluno. A
arquitetura urbana no nosso estado tem
evoluído bastante na perspectiva da
estética.
O curso recebe jovens dos colégios
privados “deformados”, esperando uma
formação diferente do que o curso oferece.
Eles vêm pensando em uma formação
voltada para decoração de interiores, ou
seja, o que o mercado espera.
Quando se iniciou o curso ele tinha uma
visão muito técnica, com ênfase no
urbanismo.
A área de representação da linguagem tem
se mostrado deficiente. O grande problema
foi o abandono das ferramentas antigas. O
papel dos ateliers e laboratórios das
maquetes que deixaram de funcionar e isso
pesou muito na formação.
.Falha nas disciplinas de Projeto – há pouca
prática. Os professores não deviam ficar só
na parte acadêmica.
Organização Didático-pedagógica
Depoimentos de Professores Depoimentos de Alunos
Integração de conteúdos no PP do Curso
Algumas disciplinas têm uma carga horária
muito pesada, e exigem muito do aluno.
Este fica muito sobrecarregado e não tem
tempo para se aprofundar, para estudar em
casa.
Os professores precisam tomar consciência
do que estão exigindo.
O sistema de monitoria enfrenta uma
dificuldade. O horário dos monitores é
incompatível com a disciplina. Os
primeiros períodos são pela manhã e depois
do 6º período à tarde. Os últimos períodos
Integração de conteúdos no PP do Curso
O Currículo do curso é integrado,
principalmente a partir do 3º período.
Não há muita integração nos dois
primeiros períodos e também na área de
Projetos.
Há proposta de trabalhar integração de
conteúdos
Duração curta do curso. Muitas disciplinas e
currículo muito “amarrado”
104
não podem ter monitoria. O curso já está
reduzindo as monitorias
Por ser o currículo muito amarrado os
alunos de um período não trocam
informações com alunos de outro período.
O aluno vem com muita deficiência do
ensino médio. Traz uma miscelânea de
aprendizado em dois níveis: o fundamental
e o médio, pois estes não se articulam.
O curso precisa ver o que fazer diante de
uma realidade nova. O computador é uma
ferramenta nova. Os alunos não lidam mais
com o papel.
Há integração na organização dos
conhecimentos no PP do Curso. Na prática
há algumas dificuldades. Os professores
são sensíveis à integração horizontal.
Há uma articulação entre a graduação e a
pós-graduação e entre o ensino e a
pesquisa. O aluno da graduação interage
com o mestrando e com o doutorando.
O currículo A3 representou um grande
avanço. Houve um crescimento das
atividades além das salas de aula.
A integração que foi o principal vetor em
1999, é preciso rever, discutir. Os co-
requisitos, atualmente, não tem mais
sentido. Não se pode obrigar o aluno a se
matricular até em nove componentes.
A integração é um dos pontos mais fortes
na proposta. Mas, na prática não tanto. No
passado a integração tinha procedimentos
onde toda sexta feira todos os professores
estavam reunidos.
Na prática ainda precisa melhorar, mas, de
um modo geral, o curso está funcionando
bem com relação à integração teoria e
prática. No nono período não se vê
integração horizontal e sim vertical.
Essa integração do currículo A3 foi um
salto como referência nacional. Hoje o que
dificulta a integração é o excesso de
atividades. Os alunos têm um currículo
muito pesado. Tem períodos com 7
disciplinas
Ainda existem melindres de alguns
professores de não entrarem na seara do
outro.
105
É preciso refletir sobre a integração
amarrada em co-requisitos, tendo em vista
o aperfeiçoamento do curso. Isso deverá ser
pensado sem intervir nos conteúdos.
O corpo docente está assoberbado de
atividades e sempre está faltando
integração. Mesmo deixando uma hora no
horário do professor para ser preenchido
com a graduação, não há espaço para as
reuniões.
Tem semestre que não tem integração e
nem por isso o resultado é pior. Funciona
bem.
Quanto ao incentivo à postura investigativa
do aluno observa-se que como o aluno é
competitivo, ele poderá ser auto-estimulado
para a mesma.
De um modo geral, não existe uma
compreensão da pesquisa por parte do
aluno. Em alguns períodos observa-se que
há essa compreensão.
Relação Professor e aluno
A administração central tem dificuldade de
entender a relação professor/ aluno.
Pressiona o curso para receber mais alunos
através da transferência voluntária. Em
salas com 25 alunos, há dificuldades para o
professor e para o aluno. Se há um plano de
aumentar as vagas no vestibular, deve
também se pensar em aumentar o número
de professores.
O professor de Arquitetura que se empenha
na integração com os alunos não é
valorizado.
Na relação pessoal entre professor e aluno
há também uma dificuldade: há alunos que
não podem ser criticados. Os alunos não
têm maturidade para aceitar críticas, notas
baixas, etc...
É importante a relação professor/aluno de
quinze para um, porque favorece a
criatividade. O contato com o aluno
permanece bom e importante para
incentivar a criatividade.
Os alunos estão acostumados com
respostas “prontas” e têm que ser
Relação Professor e aluno
A relação professor-aluno é muita boa. Com
relação à disponibilidade para o professor
tirar dúvidas, depende de cada professor.
Porém existem alguns que criam clima
desagradável com aluno, não tem
disponibilidade para atendimento ao aluno.
106
incentivados para buscar o conhecimento.
Avaliação ensino aprendizagem
Não existe consenso de metodologias. Há
pouca clareza a esse respeito. Em Projeto 5
se considera uma coisa e em Projeto 6
outra, havendo uma inversão. Nas reuniões
de áreas não se discute a avaliação de
aprendizagem.
As categorias de avaliação não são claras.
Cada professor tem um critério na mesma
área de Projeto.
Avaliação ensino aprendizagem
Existe avaliação de ensino-aprendizagem
com critérios e sem critério. A avaliação
frustra a criatividade.
Os professores não entregam as provas a
cada avaliação. Tem professor que entrega 3
resultados juntos.
Estágio
-
Estágio
O estágio não obrigatório é de grande
importância para a prática dos alunos, porém
muitos reclamam que falta tempo para a
realização do mesmo. Quando ao estágio
obrigatório para o PPC em vigor, faltam
professores para acompanhar o aluno e a
operacionalização dificulta a realização do
estágio.
Sugere-se que o estágio seja iniciado no 3º
período, como atividade complementar.
Relação do ensino com a pesquisa
No departamento de Arquitetura e
Urbanismo há 38 professores, todos
integrados com ensino pesquisa e
extensão.
Relação do ensino com a pesquisa
Há muitos trabalhos acadêmicos em
detrimento da pesquisa.
Há professores que incentivam a pesquisa.
São os que têm base de pesquisa.
Só a partir do 4º período há trabalhos com
postura mais investigativa. Alguns
professores fazem trabalhos, mas sem
aprofundamento.
Há projetos de pesquisa, extensão e
monitoria.
Boa articulação entre a graduação e a pós-
graduação.
Gestão do curso
Depoimentos de Professores Depoimentos de Alunos
A administração central não considera as
decisões do colegiado. Quando o curso se
prepara para atingir 15 alunos por
professor, é pressionado a receber mais 5
alunos.
Nos últimos 2 anos havia uma certa
omissão. Há professor que tem um bom
desempenho na docência, mas na
Coordenação limita-se a assinar
documentos, quando solicitados pelos
107
Quando o curso recebe alunos sem um
planejamento torna-se complicado. O que
fazer? A gestão central está decidindo
pelo curso.
Há uma invasão da família nos problemas
dos cursos.É como se o Curso de
Arquitetura fosse um prolongamento do
CEI.
alunos.
O Colegiado do Curso se reúne, mas sem
objetividade.
Há necessidade de preparo para
coordenadores de curso e chefes de
departamento.
Deve-se investir na formação didática dos
professores.
Há o aumento na entrada de alunos
(transferência voluntária, mobilidade e
intercâmbios internacionais), mas com
professores insuficientes.
Grande número de professores substitutos.
A orientação acadêmica não existe de fato.
Alguns alunos procuram os professores,
tendo como critério a simpatia.
Muitos professores não sabem usar o
SIGAA e alguns dominam, mas não usam.
Infraestrutura
Depoimentos de Professores Depoimentos de Alunos
Falta autonomia da chefia do
departamento para determinar os espaços
acadêmicos para o funcionamento do
curso
Não adianta melhorar a infra-estrutura se
esta não é disponibilizada para o aluno.
Na disciplina Atelier o aluno também não
tem condições de ficar na sala após a
saída do professor.
Os problemas com a infra-estrutura física
prejudicam a relação professor e aluno.
Houve melhorias nas salas de aula do
bloco H no setor IV, mas as salas são
fechadas após as aulas. O aluno não tem
acesso fora da aula para estudar ou
realizar alguma atividade.
Tem laboratórios que são bem equipados,
destinados à pesquisa, porém são fechados
para os alunos.
A manutenção dos computadores no
Laboratório de informática é precária.
As salas de aula são boas e bem equipadas,
mas o aluno não tem acesso fora do horário
de aula.
Não há ambientes de estudos. Não há
espaço de convivência.
Na biblioteca Setorial não há espaço para
estudo. O aluno somente adquire o
material.
A Biblioteca Zila Mamede satisfaz. O seu
acervo também.
Não há pranchetas para todos os alunos. Os
bancos são desconfortáveis.
Há limitação de vagas no Laboratório de
Informática
Orientação Acadêmica
Depoimentos de Professores Depoimentos de Alunos
Não existe a orientação acadêmica no
curso, mas os docentes disseram que
estão sobrecarregados, sendo impossível
assumirem mais esta função. No entanto,
a Coordenação do Curso disse que uma
Os alunos não conhecem orientação
acadêmica., nem têm orientados, quando
precisam de orientação, procuram o
professor, por simpatia.
108
das metas da nova gestão é implementá-
la.
5. Conclusões e encaminhamentos
Cada grupo de trabalho apresentou os resultados da discussão, baseado no
roteiro e fizeram propostas de ajuste ao Projeto Pedagógico do Curso. No Apêndice nº
4 encontram-se os relatórios de cada grupo.
Em síntese, apresentou as proposições consolidadas na Plenária para que o
Colegiado do Curso e Chefia de Departamento implementarem:
Realização de um Seminário para discutir o que significa a
criatividade na formação do arquiteto urbanista.
Oficina para planejar o processo de integração dos conteúdos
curriculares, cuja marca é um valor no curso de Arquitetura e
Urbanismo.
Realização de oficinas para atualização pedagógica dos docentes
do curso.
Monitoramento e Avaliação pelo colegiado do curso, do
desenvolvimento do Projeto Pedagógico do Curso.
Criação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo – FAU
Solicitar à Administração do Centro e Administração Central,
criação de espaço de estudo e convivência para alunos e
professores.
109
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE - UFRN
PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E COORDENAÇÃO GERAL – PROPLAN
COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO - CPA
‘
AVALIAÇÃO DA DOCÊNCIA 2008
RESULTADOS
ANEXO AOS PLANOS TRIENAIS – Art. 17 da Resolução 131/08-CONSEPE
ANÁLISE DOS ANEXOS AOS PLANOS TRIENAIS
RELATÓRIO GERENCIAL, POR CENTRO
Equipe responsável pela elaboração do Relatório Autoavaliação
Maria Pepita Vasconcelos de Andrade _ Presidente CPA
Assessores de Avaliação:
Denise Câmara de Carvalho
Joani Brito de Sá
Maria Carmozi de Souza Gomes
Junho de 2009
110
Centro de Biociências – CB
Todos os departamentos do Centro de Biociência enviaram seus Anexos.
Não se constatou, na maioria, a elaboração de diagnóstico com base nos
indicadores encaminhados pela PROPLAN para cursos e Departamentos. Não
apresentou cronograma de execução.
Nenhum Departamento/Curso elaborou metas de aumento de TSG/TCG, nem
encaminhou os cálculos do número de possíveis concluintes (indicador de nº 08 da
Orientação para elaboração das propostas).
Centro de Ciências Exatas e da Terra – CCET
Todos os departamentos enviaram propostas para melhoria da qualidade do
ensino, A maioria apresentou previsão de número de concluinte e fez previsão da TSG.
Centro de Ciências Humanas Letras e Artes – CCHLA
Todos os departamentos enviaram propostas para melhoria da qualidade do ensino, A
maioria apresentou previsão de número de concluinte e fez previsão da TSG.
Centro de Ciências da Saúde – CCS
Todos os departamentos enviaram propostas para melhoria da qualidade do ensino, A
maioria apresentou previsão de número de concluinte e fez previsão da TSG.
Centro de Ciências Sociais Aplicadas – CCSA
Todos os departamentos enviaram propostas para melhoria da qualidade do ensino, A
maioria apresentou previsão de número de concluinte e fez previsão da TSG.
111
Centro de Ensino Superior do Seridó – CERES
Do total de 5 (cinco) Departamentos do Centro de Ensino Superior do
Seridó, 3 (três) enviaram processos com as suas propostas de melhorias.
No geral, dos Departamentos analisados, nenhum apresentou todos os
indicadores institucionais solicitados. Os Departamentos não elaboraram diagnóstico
descritivo com os problemas e as suas causas, não apresentaram metas quantificadas,
não projetaram o índice da Taxa de Conclusão de Curso na Graduação – TCG, nem
elaboraram cronograma com o detalhamento das ações no período de tempo solicitado.
O Departamento de Educação e o Departamento de História e Geografia
fizeram a projeção com o número dos possíveis concluintes para os anos de 2009.1,
2009.2 e 2010.1.
Centro de Tecnologia – CT
Do total de 10 (dez) Departamentos do Centro de Tecnologia, 7 (sete)
enviaram processos com as suas propostas de melhorias.
No geral, dos Departamentos analisados, nenhum apresentou todos os
indicadores institucionais solicitados. Apenas o Departamento de Arquitetura e o
Departamento de Engenharia Elétrica contextualizaram algumas situações.
Os Departamentos não elaboraram diagnóstico descritivo com todos os
problemas e as suas causas, não apresentaram todas as suas metas quantificadas e não
fizeram projeção do número dos possíveis concluintes para os anos de 2009.1, 2009.2 e
2010.1.
Apenas o Departamento de Engenharia Civil projetou o índice da Taxa
de Conclusão de Curso na Graduação – TCG, mas somente para os anos de 2009 e
2010.
Quanto ao cronograma, somente o Departamento de Arquitetura o fez
detalhado com ações, mas sem metas.
112
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E COORDENAÇÃO GERAL
COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO – CPA
ENADE 2008
INTEGRAÇÃO DAS AVALIAÇÕES EXTERNAS – ENADE , COM AS
AVALIAÇÕES DA UFRN APÓS RESULTADOS DIVULGADOS PELO INEP
Análise elaborada pela Comissão Própria de Avaliação com os Assessores de Avaliação
Institucional do Projeto de Ações acadêmicas da UFRN
2009
113
O Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes – ENADE, constitui-se um
componente do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior – SINAES e visa
contribuir para a permanente melhoria da qualidade do ensino oferecido pelas
Instituições de Ensino Superior – IES.
O Instituto de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP,
disponibilizou para as Instituições de Ensino Superior – IES, os resultados do ENADE,
para que as informações possibilitem aos dirigentes uma visão ampla da situação dos
seus cursos e façam a integração com as auto-avaliações internas dos cursos de
graduação da instituição.
A Comissão Própria de Avaliação – CPA, com base nos resultados divulgados,
apresentou ao Reitor, que realizou uma reunião com os diretores de Centros cujos
cursos foram avaliados pelo ENADE em 2008. A partir dessa reunião os diretores
solicitaram aos Coordenadores dos Cursos em questão, analisassem os referidos
resultados, identificando as fragilidades e/ ou pontos fracos, propondo ações articuladas
com os Departamentos, considerando os Anexos aos Planos Trienais – que são
elaborados após a avaliação da docência, em especial para aqueles cursos com
Para trabalhar os resultados do ENADE de cada curso, foi elaborada uma
proposta pela CPA (em apêndice), para ser discutida nos Colegiados de Cursos.
As reuniões sempre aconteciam com a presença de membros da CPA. Os
subsídios para desenvolvimento destas reuniões de integração da avaliação externa com
a interna, consistiam em trabalhar os documentos da avaliação externa e os documentos
da avaliação institucional.
Documentos da Avaliação externa
Relatório do Curso – SINAES;INEP
Questionário Sócio Econômico do ENADE,
Prova e Gabarito do curso
Documentos da Avaliação interna
Taxa de sucesso na graduação do curso
Anexos dos Planos Trienais dos Departamentos – Propostas decorrentes
da Avaliação da Docência.
114
PROPOSTA PARA REUNIÕES COM OS CENTROS ACADÊMICOS SOBRE
RESULTADOS DO ENADE
1º MOMENTO: 15/10/2009
Reunião com Diretores de Centros Acadêmicos, Reitor e PROGRAD para a
CPA apresentar como são realizados os cálculos dos indicadores do ENADE e um
estudo de caso da prova de Engenharia Elétrica.
2º MOMENTO: (Ver proposta de Cronograma)
Procedimentos
Reunião por centro para a CPA apresentar os resultados:
Conceito Preliminar de curso – CPC – quais os indicadores que compõem o
conceito
Conceito do desempenho dos estudantes no curso ENADE – 2005/2008
Conceito do Indicador de Diferença – IDD – como é calculado
OBJETIVO:
Orientar as ações pedagógicas e administrativas da instituição, uma vez que
contribui significativamente para uma reflexão interna com vistas a melhoria da
qualidade do ensino de graduação.
DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA PARA O PLANEJAMENTO DA
MELHORIA DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO
Avaliação Externa – Relatório de Curso disponibilizado pelo SINAES/INEP
Avaliação Interna da UFRN – Taxa de Sucesso dos Cursos de Graduação
Resultados da Avaliação da Docência 2008
Anexo aos Planos Trienais dos departamentos de acordo com a Resolução nº
131/2008-CONSEPE, artigo 17, para fazer os ajustes necessários após a
discussão dos resultados do ENADE e novamente enviar à PROPLAN como
revisão do anexo aos Planos Trienais anteriormente enviados.
Apresentação em PowerPoint– “Aspectos gerais e encaminhamentos pós
resultados do ENADE 2008”
115
Roteiro de Oficina de auto-avaliação dos cursos de graduação que obtiveram
conceitos ENADE < 3
116
COORDENAÇÃO: COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO DA UFRN
DATA:
ROTEIRO
Considerando os dados apresentados no relatório de desempenho do seu curso no
ENADE 2008, o anexo do Plano Trienal do seu Departamento e o resultado da
Avaliação da Docência 2008, discuta no Colegiado de Curso e Plenária do
Departamento para apresentar propostas de ação (Ver anexo I).
Documentos:
1. Relatório de Curso:
2. Prova
3. Gabarito das provas
4. Padrão de respostas
5. Questionário Socioeconômico