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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE – UFRN
CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO SERIDÓ - CERES
CURSO DE TURISMO BACHARELADO
ALINE MAYARA MARINHO XAVIER DA SILVA
TURISMO E TRABALHO: UMA ANÁLISE DO DESTINO RELIGIOSO SANTA
CRUZ - RN
CURRAIS NOVOS-RN 2015
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ALINE MAYARA MARINHO XAVIER DA SILVA
TURISMO E TRABALHO: UMA ANÁLISE DO DESTINO RELIGIOSO SANTA
CRUZ - RN
Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado à Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN, campus Currais Novos, como pré-requisito para obtenção do grau de bacharel em turismo. Orientador: Prof. Me. Rodrigo Cardoso
CURRAIS NOVOS-RN 2015
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Divisão de Serviços Técnicos Catalogação da Publicação na Fonte. UFRN / Biblioteca Setorial de Currais Novos
Silva, Aline Mayara Marinho Xavier da.
Turismo e trabalho: uma análise do destino religioso Santa Cruz/RN / Aline Mayara Marinho Xavier da Silva. – Currais Novos, RN, 2015. 61 f.: il. color.
Orientador(a): Prof. Me. Rodrigo Cardoso.
Monografia (Graduação) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Centro de Ensino Superior do Seridó. Departamento de Ciências Sociais e Humanas. Curso de Turismo-Bacharelado.
1. Turismo religioso – Monografia. 2. Trabalho – Formal e informal - Monografia. 3. Santa Cruz/RN - Monografia. I. Cardoso, Rodrigo. II. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. III. Título.
RN/UF/BSCN CDU 338.48 (813.2)
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TURISMO E TRABALHO: UMA ANÁLISE DO DESTINO RELIGIOSO SANTA
CRUZ - RN
O trabalho apresentado foi julgado e aprovado para a obtenção do grau de bacharel em turismo, no curso de graduação em turismo bacharelado da Universidade Federal do Rio Grande do Norte-UFRN.
Currais Novos-RN, ___/___/____.
______________________________ Profa. Dra. Carolina Todesco
Coordenador (a) do Curso de Turismo
BANCA EXAMINADORA
___________________________________________________ Prof. Me. Rodrigo Cardoso
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN Orientador
___________________________________________________
Profa. Dra. Carolina Todesco Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
Examinador
___________________________________________________ Prof. Hiago Trindade
Universidade Potiguar-UNP Examinador
5
TERMO DE ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE
Declaro, para todos os fins de Direito e que se fizerem necessários, que assumo total
responsabilidade pelo material aqui apresentado, isentando a Universidade Federal
do Rio Grande do Norte - UFRN, à Coordenação do Curso, a Banca Examinadora e o
Orientador de toda e qualquer responsabilidade acerca do aporte ideológico
empregado ao mesmo.
Conforme estabelece o Código Penal Brasileiro, concernente aos crimes contra a
propriedade intelectual o artigo n.º 184 – afirma que: Violar direito autoral: Pena –
detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa. E os seus parágrafos 1º e 2º,
consignam, respectivamente:
§1º Se a violação consistir em reprodução, por qualquer meio, no todo ou em parte,
sem autorização expressa do autor ou de quem o represente, (...): Pena – reclusão,
de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa, (...).
§ 2º Na mesma pena do parágrafo anterior incorre quem vende, expõe à venda, aluga,
introduz no País, adquire, oculta, empresta, troca ou tem em depósito, com intuito de
lucro, original ou cópia de obra intelectual, (...), produzidos ou reproduzidos com
violação de direito autoral.
Diante do que apresenta o artigo n.º 184 do Código Penal Brasileiro, estou ciente que
poderei responder civil, criminalmente e/ou administrativamente, caso seja
comprovado plágio integral ou parcial do trabalho,
Currais Novos-RN, ___ de ____________ de ____
________________________________
Nome e assinatura do graduando (a)
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Dedico este trabalho primeiramente à Deus
que sempre esteve do meu lado nos
momentos mais difíceis da minha vida e
também a todos os familiares e amigos que
me apoiaram na minha trajetória acadêmica.
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AGRADECIMENTOS
Quero agradecer primeiramente à Deus, pois nos momentos mais difíceis
o Senhor não me deixou desistir. Aos meus queridos familiares que sempre estiveram
ao meu lado diante das dificuldades que surgiram na minha trajetória, ao meu querido
namorado Lucas Diego que sempre esteve comigo em todos os momentos sendo eles
tristes ou felizes.
Aos meus queridos professores, pois sem eles eu não seria capaz de
chegar até o fim dessa caminhada, em especial ao meu orientador Rodrigo Cardoso
que sempre esteve comigo na construção desse trabalho me auxiliando para que eu
conseguisse alcançar o meu objetivo final. Quero agradecer também aos meus
colegas de turma que me acompanharam durante esses quatros anos de batalha, em
especial as minhas amigas Aline Louise, Cidinha, Cecilia e Lucimara, pois sem elas
eu não teria conseguido superar todos os obstáculos que sugiram durante esse
trajeto.
Aos meus queridos amigos de todas as horas, pois estavam comigo em
todas as viagens rotineiras realizadas durante esses quatro anos. Carlinhos, Elvys,
Matheus e Nivaldo, muito obrigado pelo companheirismo, nossa amizade jamais
acabará porque cada um tem um lugar especial em meu coração, o término da
graduação finalizará apenas um ciclo em nossas vidas.
Aos meus amigos que passaram pelo curso, mas desistiram para seguir
outra profissão, porém tiveram grande significado na minha vida; Ricardo Arthur,
Cledineide, Dandara, Fernanda, Ryth e Joismene. Sou grata a Deus por ter a amizade
de vocês e ter aprendido muito com cada um.
Muito obrigada, a todos!
8
“Os que confiam no Senhor serão como o monte Sião, que não se abala, mas permanece para sempre.” (SALMO, 125, v. 1).
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RESUMO
SILVA, Aline Mayara Marinho da. Turismo e Trabalho: uma análise do destino religioso Santa Cruz – RN. 2015. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Turismo), UFRN, Currais Novos.
A presente pesquisa tem como o objetivo analisar os trabalhos formais e
informais no município de Santa Cruz depois do início do turismo religioso. O
procedimento metodológico é composto de levantamento bibliográfico e é
caracterizada como quantitativa e qualitativa, exploratória, documental, tendo sido
aplicado também técnicas de observação e diário de campo. Os instrumentos de
pesquisa utilizados foram entrevistas com as empresas que trabalham com prestação
de serviços no turismo e a aplicação de 50 questionários com os trabalhadores
informais do Complexo Turístico Alto de Santa Rita. Desta forma, foi possível
identificar que o turismo tem contribuído para o desenvolvimento do município em
infraestrutura básica e turística, mas em relação a geração de empregos nas
empresas prestadoras de serviços não foi muito favorável para a população, porque
com a chegada do complexo apenas 3 empresas ofertaram mais vagas para trabalho.
No levantamento feito no Alto de Santa Rita percebemos que o mercado informal se
apropriou do espaço e gerou um grande fluxo de trabalhadores ambulantes que
dependem da atividade turística para sobreviver, ou seja, o trabalho informal se
apropriou do complexo gerando oportunidade de trabalho para os residentes do
município que se encontravam desempregados.
PALAVRAS CHAVES: Trabalho. Turismo Religioso. Santa Cruz-RN.
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LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 - Mapa dos Polos Turísticos .................................................................... 30
Figura 2 - Estátua de Santa Rita de Cassia mede 56 metros de Altura. ............. 32
Figura 3 - Praça dos Romeiros ............................................................................... 33
Figura 4 - Capela do Alto de Santa Rita ................................................................ 34
Figura 5 - Complexo Turístico Alto de Santa Rita ................................................ 34
Figura 6 - Banca de survenis .................................................................................. 53
Figura 7 - Mercado informal do Alto de Santa Rita ............................................. 54
Figura 8 - Mercado informal do Alto de Santa Rita .............................................. 54
Gráfico 1 - Grau de escolaridade dos ambulantes ..................................................... 48
Gráfico 2 - Trabalhadores do Complexo Turístico ..................................................... 49
Gráfico 3 - Motivo da entrada no ramo da atividade turística ................................. 51
Gráfico 4- Rendimento mensal ........................................................................................... 52
11
LISTA DE QUADROS E TABELAS
Quadro 1 - Equipamentos que foram entrevistados e que foram levantados
pelo inventário turístico do município de Santa Cruz. ......................................... 17
Quadro 2 - Profissões que estão de acordo com a Cartilha do MEI ................... 26
Quadro 3 - Composição do conselho gestor da região turística Agreste/Trairi
(AT) (2012 – 2014.) ................................................................................................... 31
Tabela 1: Datas que foram realizadas as entrevistas ........................................... 35
Tabela 2- Quantidade de funcionários nos meios de hospedagens ................... 39
Tabela 3 - Quantidade de funcionários antes e depois da construção do
complexo.................................................................................................................. 39
Tabela 4 - Quantidade de Trabalhadores .............................................................. 45
Tabela 5 - Quantidade de trabalhadores ............................................................... 45
Tabela 6- Perfil dos ambulantes, (gênero) e residentes....................................... 48
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 13
1.1 JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 15
1.2 METODOLOGIA DA PESQUISA ........................................................................ 16
2. CONCEITOS TEÓRICOS SOBRE TRABALHO ................................................... 19
2.1 TRABALHO FORMAL E INFORMAL .................................................................. 23
3. O TURISMO RELIGIOSO NA TERRA DA SANTA RITA DE CÁSSIA ................ 29
4. MERCADO DE TRABALHO FORMAL E INFORMAL NA AREA DO TURISMO
EM SANTA CRUZ. .................................................................................................... 35
4.1. TRABALHADORES FORMAIS NOS EQUIPAMENTOS DE ALIMENTOS E
BEBIDAS ................................................................................................................... 40
4.2 O MERCADO DOS TRABALHADORES INFORMAIS DO ALTO DE SANTA
RITA. ......................................................................................................................... 47
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 55
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 57
APÊNDICE A - PESQUISA COM OS TRABALHADORES DO ALTO DE SANTA
RITA .......................................................................................................................... 59
APÊNDICE B - ROTEIRO DE ENTREVISTA ........................................................... 62
13
1 INTRODUÇÃO
O turismo é uma atividade econômica que se apresenta como um fator
relevante para a economia mundial, pois envolve diversos aspectos sociais,
econômicos, culturais e ambientais. Sendo assim, o aumento da criação de
segmentos turísticos está crescendo muito na atualidade, sendo o principal motivo
para melhorias na economia e valorização de espaços públicos e privados através da
sua prática. Barbosa (2005, p 108) comenta que o Turismo é:
[...] uma força econômica das mais importantes do mundo. Nele ocorrem fenômenos de consumo, originam-se rendas, criam-se mercados nos quais a oferta e a procura encontram-se. Os resultados do movimento financeiro decorrentes do turismo são por demais expressivos e justificam que esta atividade será incluída na programação da política econômica de todos os países, regiões e municípios.
Neste panorama, nota-se que o turismo movimenta a economia de
determinadas regiões de forma acelerada, gerando oportunidades de emprego para
as comunidades locais, devido, em grande medida, o setor turístico trabalhar com
empresas prestadoras de serviços que buscam por mão-de-obra barata e pouco
qualificada. O desenvolvimento do turismo é adotado por diversos países e regiões
que procuram aumentar seus recursos financeiros.
O turismo incentiva o deslocamento de pessoas que buscam realizar seus
desejos, conhecer lugares diferentes, descansar, aproveitar seu tempo livre, e os
destinos receptores se reestruturam para receber essa demanda que procura viver
experiências diferentes do seu habitual.
Coriolano (2005) afirma que a inclusão da atividade turística na dinâmica
econômica é uma construção histórica desenvolvimentista, porque sempre visou
proporcionar emprego e renda, e nos últimos anos cooptou valores de inclusão social
na tentativa de legitimar as ações estatais. De acordo com a autora, o turismo
assegurou ainda mais a desigualdade, sendo visto como um mito ou utopia na
tentativa de legitimar as ações do Estado.
Em relação ao nosso estudo de caso também identificamos uma série de
ações do poder público municipal e federal, na tentativa de aumentar o turismo no
município de Santa Cruz, sendo a materialização dessa ação a construção Alto de
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Santa Rita1. Tal ação possibilitou o reconhecimento da cidade como destino religioso,
atualmente recebendo um fluxo considerável de visitantes. No ano de 2014 o atrativo
turístico recebeu cerca de 70.202 turistas, Segundo a Secretaria de Turismo do
município de Santa Cruz.
Oliveira (2004, p. 121) se remete ao turismo religioso como uma forma que as
pessoas, famílias e povos peregrinam por motivos transcendentes da sua própria
vontade, onde o peregrino faz a escolha individual de se deslocar para o lugar que se
encontra o sujeito divino que o agraciou. É por meio da peregrinação que os devotos
expressam o sentimento de fé e gratidão pelas graças alcançadas.
O turismo religioso foi incentivado pelo poder público em Santa Cruz como
um fator para impulsionar a economia do município. E para ampliar ainda mais o
desenvolvimento do turismo no município de Santa Cruz, o poder público vem
realizando melhorias na infraestrutura local e criando outros atrativos para manter o
turista mais tempo na cidade. A última ação pública visível para o incremento da
atividade é a implementação do teleférico, sendo este uma forma de ampliar a
estrutura turística do município e alavancar ainda mais a demanda para o destino.
Neste interim o turismo é visto como um gerador de empregos, sendo
capaz de atribuir renda e melhor qualidade de vida para as comunidades receptoras.
Sendo assim, as questões centrais dessa pesquisa são: Como o turismo está
contribuindo de fato para a geração de trabalhos formais e informais no município de
Santa Cruz/RN? Quais as ofertas de ocupação? Qual a categoria que prepondera, a
informal ou formal?
O objetivo central dessa pesquisa é compreender como a atividade turística
influência no mercado de trabalho formal e informal em Santa Cruz-RN. A pesquisa
busca também realizar o levantamento do número de ocupação no principal atrativo
do município, o Complexo Turístico Religioso Alto de Santa Rita; entender a dinâmica
do mercado de trabalho no município de Santa Cruz, especialmente da atividade
turística e fazer o levantamento de empregos formais e informais nos
empreendimentos turísticos do município.
1 Obra realizada com recursos federais, oriundo de emendas parlamentares, no total o repasse foi de 2.242.500,00. Período do convenio foi 31/12/2007 a 30/01/2011. Dados do Projeto de Pesquisa Política e turismo no interior potiguar: avaliação dos investimentos públicos. Coordenado por Rodrigo Cardoso da Silva e Clebia Bezerra da Silva.
15
1.1 JUSTIFICATIVA
O turismo é considerado um fator importante para economia local de um
destino, porque a atividade é considerada uma fonte econômica, bem como um
elemento transformador para os espaços. Com o surgimento de novos empregos em
equipamentos turísticos, restauração, meios de hospedagens e outros, entende-se
que desta forma o turismo mobiliza a economia da região onde desenvolve a atividade
turística.
Percebeu-se como o turismo pode favorecer diversos setores financeiros
oferecendo novas oportunidades de trabalho para as pessoas que se encontram na
região turística, então justifica-se a pertinência de um estudo realizado no município
de Santa Cruz sobre como a atividade turística pode influenciar no desenvolvimento
de empregos, sendo eles formais ou informais.
Nesta perspectiva pode-se afirmar que o predomínio do segmento religioso
se estabeleceu no município de Santa Cruz e alavancou uma demanda específica
para o município. A tendência é que a cada dia está aumentando e proporcionando
novas oportunidades de trabalho, por tais motivos se pensou em fazer essa pesquisa
para se entender como o mercado está sendo desenvolvido e se essa atividade está
trazendo resultados positivos para os envolvidos.
Levando em consideração que pesquisa, também, será a primeira a ser
realizada sobre essa temática no município de Santa Cruz, pois a mesma irá explorar
a atuação do turismo como um fator de desenvolvimento, que transforma e valoriza
os espaços.
Há uma potencialidade nessa temática de estudo, considerando o turismo
e o trabalho. Em grande medida por oportunizar e aquecer o debate sobre a eficiência
do turismo no seu papel de criador e dinamizador da economia local. Há uma lacuna
de estudos nesse sentido, ampliando a participação de profissionais da área, desta
forma será possível o desenvolvimento de mais estudos relacionados a temática.
O estudo é de grande valia para a comunidade local, pois abrirá o debate
para mediar os reais benefícios da atividade, colocando no foco o discurso político
sobre o turismo e as oportunidades de trabalho para a população, bem como o as
reais melhorias na qualidade de vida dos moradores.
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A pesquisa proporcionou a estudante o conhecimento sobre os processos
sociais e econômicos relacionados ao Complexo Turístico Alto de Santa Rita, e
perceber o quanto o turismo pode contribuir ou não como um fator para o
desenvolvimento local.
1.2 METODOLOGIA DA PESQUISA
Para o desenvolvimento do aporte teórico desse estudo foi realizado um
levantamento bibliográfico sobre os seguintes conceitos: sobre trabalho, trabalho
formal e informal, o município de Santa Cruz e as políticas públicas de turismo;
utilizando as contribuições dos seguintes autores: Anjos, (2011) Barbosa, (2005)
Cafiero, (2014) Castro, (2015) Coriolano, (2005) Krein, Weishaupt, (2010)
Montenegro, (2006) Oliveira, (2004) Panosso e Trigo, (2009) Silva, (2014) Silvino,
(2012) Soares, (2005) Woleck, (2015).
Segundo Gil (2009, p. 50), a pesquisa bibliográfica “é a pesquisa
desenvolvida a partir de material já elaborado, construído principalmente de livros e
artigos científicos.”
Essa pesquisa se caracteriza como um estudo de caso, pois irá explorar a
temática supracitada sobre o município de Santa de Cruz, analisando o turismo como
fator de geração de trabalho formal e informal. Os resultados da pesquisa serão
alcançados por meio do levantamento dos trabalhadores ambulantes e dos
equipamentos que trabalham com o turismo.
A pesquisa apresenta uma abordagem quantitativa, caracterizada pela
quantificação dos dados coletados e a utilização de técnicas de estatísticas, o objetivo
principal da pesquisa quantitativa é a precisão dos resultados (SOUSA; OTANI, 2007,
p. 39). Desta forma pesquisa quantitativa é o meio utilizado para traduzir em números
opiniões e informações sobre determinado estudo.
A pesquisa também utilizará uma abordagem qualitativa, não requer uso
de métodos de estatística, o ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados e
o pesquisar é o instrumento chave (SOUSA; OTANI, 2007, p. 40).
Para a coleta de dados foram aplicados de questionários com os informais
do Alto de Santa Rita, o pesquisador teve como base para o desenvolvimento do
questionário o instrumento de Costa (2007), veja no (apêndice A). Para fazer o
levantamento dos dados nos empreendimentos foram realizados entrevistas com as
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empresas prestadoras de serviços turísticos. O roteiro da entrevista semiestruturada
foi elaborado pelo pesquisador veja o (apêndice B). Segundo Dencker (1998, p. 165)
a entrevista é uma “comunicação verbal entre duas ou mais pessoas, com grau de
estruturação previamente definido, cuja finalidade é a obtenção de informações da
pesquisa”.
O quadro 1 apresenta os empreendimentos que foram entrevistados. O
filtro utilizado foi o Inventário Turístico de Santa Cruz de 2013, que cita os
empreendimentos que atuam diretamente na atividade turística:
Quadro 1 - Equipamentos que foram entrevistados e que foram levantados pelo inventário turístico do município de Santa Cruz.
MEIOS DE HOSPEDAGENS ALIMENTOS E BEBIDAS
Pousada e Restaurante Panela Quente Panificadora Bela Manhã
Pousada Brasa Padaria Seridó
Pousada Santa Rita I Day Night Bar
Pousada Santa Rita II Churrascaria Boi Gordo
Hotel Pousada Nova Aliança Restaurante Sabor Sertanejo
Pousada Riviera Panificadora Elite
Pousada Dallas Hotel e Restaurante Refúgio e Requinte
Restaurante e Pizzaria Bom Demais
Fonte: Inventário turístico de Santa Cruz (2013).
A pesquisa tem carácter exploratório que, segundo Severino, (2007, p. 123)
“a pesquisa exploratória busca levantar informações sobre um determinado objeto,
delimitando assim um campo de trabalho, mapeando as condições de manifestações
desse objeto”. Ou seja, busca-se um objeto de estudo para fundamentar-se em teorias
que mostram a pertinência da pesquisa para a academia e comunidade local.
Para o alcance dos resultados foi necessário, também, a pesquisa
documental que segundo Dencker (1998 p. 125) “as fontes documentais podem ser
documentos de primeira mão conversados em arquivos de instituições públicas ou
privadas”. Essas fontes documentais possibilitaram dados a respeito da quantidade
de trabalhadores que desenvolvem a atividade na localidade e busca informações
com os órgãos públicos sobre como a atividade favorece a economia.
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A técnica observação de diário de campo foi utilizada para perceber a
realidade e obter dados. Registrando as impressões e reflexões nas visitas de campo.
A pesquisa contempla 3 capítulos o primeiro foi o supracitado com
informações introdutórias e objetivas sobre os pontos iniciais do trabalho.
O segundo faz um respaldo sobre conceitos sobre trabalho, apresentando
também uma breve discussão sobre a nova economia que se instalou no mercado de
trabalho denominada economia informal, dando ênfase também ao trabalho formal.
O terceiro traz uma breve discussão sobre a área de estudo, expondo o
contexto do município em meio a realidade regional, mostrando a participação do
município, assevera-se que será apresentado aspectos do segmento turismo
religioso. E por fim o quarto capítulo onde menciona os resultados da pesquisa.
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2. CONCEITOS TEÓRICOS SOBRE TRABALHO
O trabalho é um conjunto de atividades que tem como objetivo transformar
a matéria prima em algum objeto. Foi por meio dessa atividade que o homem passou
a desenvolver produtos e gerar conhecimento sobre as inúmeras oportunidades que
o trabalho poderia proporcionar com sua execução, ou seja, o trabalho passou a
contribuir com o desenvolvimento econômico, a satisfação pessoal, geração de
riquezas e a oportunidade de inclusão social.
O trabalho é o meio pelo qual se pode criar capital, o capital é um fator de
produção que pode ser utilizado para produção de outros bens, ele deriva da força de
trabalho. Cafiero (2014, p. 21) ressalta a ideia de Marx, “A mercadoria é um objeto
que tem dois valores: de uso e de troca, que é valor propriamente dito. Se eu tenho,
por exemplo, 20 quilos de café, posso tanto trocá-lo por 20 metros de tecido, quanto
por uma roupa, ou por 25 gramas de prata, se, em vez de café eu precisar de uma
dessas mercadorias”. A ideia de Marx que Cafiero discute é que a mercadoria possui
valor de uso e troca, sendo assim a mesma pode ser trocada por outro objeto, ou
utilizada para o próprio consumo humano.
Cafiero (2014, p. 67) relata também outro conceito que Marx faz a respeito
da divisão do trabalho:
A divisão do trabalho, em sua forma capitalista não é mais do que um método particular de produzir a mais-valia relativa, ou de fazer aumentar, às custas do operário, dos lucros do capital – é o que chamam de riqueza nacional. Às custas do trabalhador desenvolve-se a força coletiva do trabalho em prol do capitalismo. Criam-se novas condições para assegurar a dominação do capital sobre o trabalho. Essa forma de divisão do trabalho é uma fase necessária na formação econômica da sociedade, e um meio civilizado e refinado de exploração.
A ideia de Marx discutida acima expõe a divisão do trabalho em sua forma
capitalista, o autor discute que a mais valia relativa é uma forma de aumentar o capital
as custas do trabalhador, mediante intensificação do trabalho, sendo assim será
preciso aumentar a força de trabalho, ou seja, Marx ressalta que essa divisão
econômica utilizada para a sociedade é o meio usado para explorar o trabalhador,
fazendo com que o mesmo trabalhe além de suas horas pagas na rotina de trabalho.
Segundo Woleck (2002, p.3) é por meio do trabalho que o homem passou
a criar objetos para sua sobrevivência, foi extraindo elementos da natureza e
convertendo-os que o mundo passou a ser considerado o espaço dos objetos
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partilhados, foi a parti desse processo que o homem passou a transformar a natureza
para atender as suas necessidades básicas. Woleck relata que o trabalho é uma
forma que o homem encontrou de utilizar os recursos naturais para sobreviver e que
esses recursos podem ser transformados em produtos que têm valor de troca.
Woleck (2002, p.3) cita também como o trabalho é visto pelas antigas
civilizações:
Na sociedade grega, berço da civilização ocidental, o trabalho era visto em função do produto, e este, por sua vez, em função de sua utilidade ou capacidade de satisfazer à necessidade humana. O que contava era o valor de uso e não o valor de troca, isto é, o valor de uma mercadoria em relação às outras. O valor do produto como mercadoria não passava do valor de uso para outra pessoa. É possível perceber que a concepção de valor e de riqueza tinha alicerces diferentes dos que norteiam, atualmente, a produção e a distribuição no Ocidente.
O autor coloca que o trabalho no berço da civilização ocidental era visto
apenas pela função do produto, ou seja, como o produto seria utilizado para satisfazer
as necessidades de sobrevivência. A sociedade da época visava apenas o valor de
uso do produto e não de troca, o valor do produto era diferente das sociedades atuais,
pois a concepção de riqueza era diferente. O trabalho era visto apenas como forma
de sobrevivência.
Para Castro (2013, p. 126), diz que o trabalho é usado pelo ser humano
como um instrumento que ajuda no desenvolvimento da consciência e capacidade
humana. Sendo assim o homem quando se envolve com a natureza vai adquirindo os
processos de humanização e formação da sua consciência, desta forma a relação do
homem com o mundo possibilita a criação dos processos psicológicos.
A reforma protestante fez com que o trabalho fosse visto como um
instrumento de salvação, uma forma de realizar a vontade divina. As religiões viam o
trabalho como uma atividade que fazia o homem se relacionar com a natureza e
desenvolver seu carácter a partir dessa tradição cristã que era imposta pela época.
(WOLECK, 2002, p.4). O trabalho no período do protestantismo era visto como um
fator para a salvação, porque as religiões pregavam que o homem teria que sobreviver
com o suor do seu rosto, desta forma o trabalho era visto como uma tradição cristão
para as pessoas da época.
Castro (2013, p.128) explica que:
21
O trabalho é o que promove a passagem do animal ao homem, o responsável pela relação entre homem e natureza e entre o homem e os outros homens, o responsável pela formação da consciência e das capacidades humanas.
O autor mostra que o trabalho é considerado uma fase de transformação
na vida humana, onde o homem passa e se desvincular de viver como animal e
começa a ser responsável por suas ações. O ser humano passa a desenvolver suas
razões psicológicas e aprende a viver em conjunto com outros homens.
Segundo Marx (apud CASTRO 2013, p. 124) apresenta que: “O conceito
de trabalho como o processo entre homem e natureza, no qual o homem por sua
própria ação, media, regula e controla seu metabolismo com a natureza”. De acordo
com Marx o homem junto com a natureza passa a ser modificado e também modificar
o espaço.
Segundo Trindade, (2015) na obra Dicionário Crítico do Serviço Social
afirma que:
Nestes termos, esclarecemos que o trabalho acontece quando o homem explora as potencialidades que possui, através de sua força, bem como dos instrumentos que tem ao seu alcance (sejam eles primitivos ou mais elaborados) numa relação mediatizada com a natureza para suprir, de algum modo, suas requisições.
Sendo assim o autor coloca o trabalho como uma ação humana que explora
as potencialidades do ser humano, por meio de sua força, ou seja, o homem usa da
capacidade tecnológica para desenvolver o trabalho, o mesmo utiliza dos
instrumentos que estiverem disponíveis para desta forma suprir suas necessidades
através do trabalho. De acordo com Kurz (apud WOLECK, 2013, p. 2):
Na Antiguidade, o trabalho era entendido como a atividade dos que haviam perdido a liberdade. O seu significado confundia-se com o de sofrimento ou infortúnio. O homem, no exercício do trabalho, sofre ao vacilar sob um fardo. O fardo pode ser invisível, pois, na verdade, é o fardo social da falta de independência e de liberdade.
Para os autores o trabalho na antiguidade era definido como uma atividade
que era imposta pela sociedade, o trabalhador era obrigado a fazê-lo. O trabalho tinha
o significado de sofrimento, pois o homem desenvolvia a atividade por obrigação, ou
seja, era considerado um fardo social que jamais deixaria de existir, pois o homem
havia perdido o sentido da liberdade.
Desta forma pode-se refletir que o homem durante toda sua evolução
conheceu sobre a importância de trabalhar e aprender a sobreviver suprindo suas
22
necessidades. O homem, na fase da sua vida nômade, vivia apenas da caça e pesca,
quando passou a ser sedentário, o ser humano percebeu que a utilização dos recursos
naturais favorecia sua sobrevivência, desta forma passou a cultivar a terra e produzir
sua própria alimentação, e ainda criar os instrumentos que auxiliavam na pesca e
caça.
O homem passou a desenvolver suas ideias psicológicas, e Ultrapassou a
natureza, tornando-se um ser social. Todas as mudanças que o homem teve durante
sua evolução fez com que o ser humano percebesse que o trabalho era necessário
no seu dia a dia, pois foi a parti do trabalho que o homem passou a ter melhores
condições de vida.
Nestes termos Trindade (2015) reflete que o trabalho está presente na vida,
desde as músicas, filmes e poemas. Estabelece relações básicas no nosso cotidiano
até os campos mais científicos. Desta forma, nos diversos espaços da sociedade,
levanta-se discursos sobre essa temática que traz uma constante inquietação, pois é
discutido diferentes ideias entre sujeitos e indivíduos coletivos. O trabalho se remete
a diversos questionamentos porque é uma atividade que possibilitou ao homem a
transformação do espaço, porque foi por meio do trabalho que o mesmo passou a
fazer mudanças em seu habitat.
O trabalho evoluiu com o surgimento de novas tecnologias e a
globalização, a sociedade passou a criar os setores de trabalho, e dentre eles se
encontram as profissões, médicos, engenheiros, professores, jornalista, psicólogo e
outros, sendo assim o homem passou a buscar por mais conhecimento para desta
forma desenvolver sua posição social.
Entre esses diversos setores de trabalho, se encontram as organizações
que comercializam a prestação de serviço, onde o trabalho é oferecer a venda de um
produto intangível, o consumidor compra um serviço que atenda a sua necessidade,
ou seja, produto intangível é algo imaterial, que satisfaz o cliente durante sua
utilização.
As empresas que realizam atualmente a prestação de serviços estão
inseridas no mercado turístico, pois é um dos setores que mais trabalha com produtos
intangíveis. Por isso que Panosso e Trigo (2009 p. 192) conceituam que:
Turismo relaciona-se com um campo mais amplo que envolve hotelaria, gastronomia, hospitalidade, lazer, entretenimento, meio ambiente, mídia, cultura em geral. São atividades do setor de serviços, exatamente o setor que, juntamente com as chamadas “novas tecnologias”, caracterizam as
23
chamadas sociedades pós-industriais, ou da informação, da experiência, do conhecimento, do acesso ou o nome que se queira dar a elas, de acordo com o teórico escolhido entre as dezenas que analisam as formações sociais contemporâneas.
Panosso e Trigo argumentam que o turismo é um campo amplo que
envolve diversas empresas prestadoras de serviços, um setor que trabalha
diretamente ligado com as novas tecnologias e os setores de informação. O setor
turístico, por ser muito amplo, proporciona o envolvimento de diversos profissionais.
A relação da atividade turística com as diversas empresas prestadoras de serviços
como hotelaria, gastronomia, hospitalidade e lazer, faz com que o mercado do turismo
proporcione maior geração de empregos.
De acordo com Riley, (2004, p. 163):
[...] o turismo tem em si muitas ocupações que, em qualquer apreciação razoável, seriam descritas como ocupações especializadas, embora a maior parte dos trabalhados, mesmo aqueles que requerem um grau de especialização, contenham capacidades e conhecimentos que podem facilmente ser adquiridos, quer por curtos períodos de treino quer por experiência.
Os autores acima mencionam que o turismo se coloca em boa posição
devido a característica de ser situado no setor de serviços, pois embora o mercado
turístico precise de um maior número de pessoas especializadas, existe uma
facilidade dos profissionais se inserirem nesse mercado, porque os períodos de
treinamentos para capacitar os trabalhadores é curto, e na maioria das vezes a
formação na área do turismo possibilita a entrada do profissional em outros setores
de trabalho, ou seja, uma recepcionista de hotel pode atuar como atendente em um
consultório médico. Em contrapartida, pela fácil capacitação também causa uma
rotatividade nas ocupações e cargos.
Desta forma, é notório as inúmeras variações existentes no mercado de
trabalho turístico, pois existem diversidades de profissionais e oportunidades de
trabalho. Ressalta-se que, ao mesmo tempo em que o turismo criar empregos formais,
o mesmo feito é observado em atividades não regulamentadas ou informais.
2.1 TRABALHO FORMAL E INFORMAL
Muitas mudanças econômicas acontecem e influenciam o mercado de
trabalho, tais como crises internacionais, ondulações no mercado global. Sendo
24
assim, os trabalhadores que se encontram em classes sócias mais precárias buscam
desenvolver seus próprios meios de sobrevivência, surgindo a partir dessa alternativa
ocupações e empresas não legalizadas, autônomos, ou seja, trabalhadores sem
registro em carteira assinada. Esses fatores influenciam a heterogeneidade do
mercado possibilitando uma nova economia denomina informal.
Para Soares (2005, p. 91), o setor informal é um conjunto de empresas
domésticas e de trabalhadores autônomos, que mesmo sem intenção deliberada, não
pagam impostos e contribuições previdenciárias, ou seja, desta forma ferem a
legislação trabalhista e os sistemas de proteção social. Entretanto, essa situação
acontece à revelia do sujeito que desenvolve, em grande medida pela ignorância dos
seus direitos, ou mesmo por normalizar condições subhumanas de trabalho.
Percebe-se que a atividade informal é identificada como um problema para
a economia e a sociedade, pois a classe trabalhadora está em situação de
informalidade e não está inserida no mercado de forma legal. Segundo Krein e
Weishaupt (2010 p. 9) “Os termos “formal e “informal” aparecem em substituição à
dicotomia entre setor tradicional e setor moderno, uma vez que o setor informal é
entendido como fenômeno moderno e resultado do processo de urbanização”.
De acordo com os autores, os setores formal e informal se encontram em
divergência, porque o setor primeiro é caracterizado por ser tradicional e estar dentro
dos parâmetros legais que a sociedade impõe, e o segundo setor surge junto com a
urbanização, e considerado um fenômeno moderno, pois não segue os conceitos
legais impostos pela sociedade.
A teoria dos circuitos da economia urbana criada por Milton Santos divide
a economia em circuito inferior circuito superior. Montenegro (2006 p. 15) faz uma
ressalva sobre o conceito da informalidade enfatizado no circuito inferior, mostrando
que tal circuito é composto por um grande número de pessoas que trabalham com
condições precárias e caracterizado por trabalho mal remunerado e com uma jornada
de trabalho muito longa, sendo uma atividade temporária sem regulamentação.
Diante do que foi apresentado nota-se a precariedade do setor informal,
que desvaloriza o trabalho e consequentemente traz pouco benefício para classe
trabalhadora.
Montenegro (2006 p. 10) menciona que o circuito superior é composto por
bancos, atacadistas, transportadoras, indústria moderna, indústria de serviços. O
circuito superior é a parte no mercado de trabalho mais favorecida onde se encontra
25
empresas regulamentadas de acordo com a legislação trabalhista, e o trabalhador tem
direito a todos os benefícios sociais que o governo oferece.
Entretanto, na economia urbana pode-se perceber várias formas de
trabalho que derivam da modernização do mercado, onde as classes trabalhadoras
se encontram divididas devido a condição social da população.
Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequena Empresa (SEBRAE) é um
órgão que contribui com a formalização dos trabalhadores no mercado, ou seja, faz
com que os trabalhadores informais se tornem legalizados de acordo com a legislação
trabalhista. O SEBRAE também desenvolve trabalhos com pequenas empresas no
mercado, e lançou um a cartilha do micro empreendedor individual, essa cartilha
auxilia os trabalhadores a formalizarem seus trabalhos de acordo com a legislação
trabalhista.
Na aplicação da Lei Geral das micro e pequenas empresas criada em 14
de dezembro de 2006, o (SEBRAE, 2012) menciona que:
[...] a aplicação de políticas públicas desenvolvida no âmbito dos municípios e que visam estimular o desenvolvimento econômico local através da realização de ações concretas de incentivo e estimulo as micro e pequenas empresas, em especial depois da aprovação da lei complementar n°123, conhecida como Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, e da sua regulamentação através de leis municipais.
O Sebrae possibilitou, com o a criação dessa lei, uma maneira de
incentivar o desenvolvimento econômico das comunidades, pois permite aos
autônomos a legalização dos seus trabalhos, por meio da formalização enquadrando
os trabalhadores informais como microempreendedores individuais.
A Cartilha do Microempreendedor Individual (MEI) traz os benefícios
necessários para os trabalhadores que ainda não se encontram de acordo com a
legislação trabalhista, ou seja, o trabalhador tem direto a todos os benefícios, da
mesma forma que o trabalhar formal.
O MEI possibilitou aos trabalhadores informais abrirem sua empresa de
forma legalizada, desde que seja um empresário individual que esteja incluso no art.
966 da Lei n°10.406 de 10 de janeiro de 2002, e que atenda as seguintes condições:
1. Tenha auferido receita bruta acumulada no ano-calendário anterior de até R$
60.000,00 (sessenta mil reais);
2. Seja optante pelo Simples Nacional;
26
3. Exerça tão-somente atividades constantes no XIII da Resolução CGSN n° 94/
2011;
4. Possua um único estabelecimento;
5. Não participe de outra empresa como titular, sócio ou administrador;
6. Não contrate mais de um empregado. A remuneração do empregado limita-se
a um salário mínimo nacional ou piso de categoria.
O MEI é uma possibilidade criada pelo Sebrae para que os trabalhadores
que se encontram excluídos pelos direitos trabalhistas sejam beneficiados também no
exercício de suas profissões. Os critérios citados acima são favoráveis às categorias
trabalhistas que estão inclusas na Cartilha, ou seja, é uma forma do trabalhador iniciar
o trabalho legalizado e possivelmente se inserir no mercado como trabalhador formal.
Pode-se perceber que o microempreendedor individual é uma oportunidade
de desenvolvimento econômico das classes trabalhadoras, pois a formalização de
atividades autônomas pode possibilitar melhor qualidade de vida para as pessoas
envolvidas, além de ter direito a todos os benefícios sociais que o governo oferece a
todos os trabalhadores legalizados.
Diante das discussões entre formalidade e informalidade entende-se que
atualmente existem inúmeras possibilidades que auxiliam na regulamentação do
mercado de trabalho. Veja a seguir o quadro 2, com algumas profissões que se
encaixam na cartilha do micro empreendedor individual:
Quadro 2 - Profissões que estão de acordo com a Cartilha do MEI
PROFISSÕES
Agente de viagens Proprietário de hospedaria
Guia de turismo Proprietário de restaurante
Organizador de excursões em veículo próprio, municipal.
Transportador aquaviário para passeios turísticos
Proprietário de albergue não assistencial
Humorista e contador de histórias
Instrutor de idiomas Comerciante de suvenires, bijuterias e
artesanatos
Animador de festas Fotógrafo aéreo / submarino
Fonte: Adaptado da Cartilha do Micro Empreendedor Individual (2014)
27
Pode-se se perceber no quadro acima algumas profissões que estão
inclusas na cartilha do MEI, e entre essas diversas profissões estão algumas
relacionadas ao turismo, ou seja, a atividade turística é um forte influenciador para o
desenvolvimento de trabalhos informais no mercado. Também, nota-se na mesma
tabela outras profissões que são beneficiadas com o MEI. Neste Prisma entende-se
que o turismo gera benefícios como emprego e renda, mas também pode ocasionar o
desenvolvimento de trabalhos informais nos destinos turísticos.
O mercado de trabalho possui inúmeras possibilidades para a criação de
empregos, o turismo é uma atividade que se apropria dos espaços e causa
transformações, por isso que é caracterizado por proporcionar novas oportunidades
de trabalho para as regiões que desenvolvem a atividade. A atividade turística motiva
a geração de empregos, sendo que junto com a geração desses empregos surgem os
trabalhos informais devido à prática do turismo. Para Anjos (2011, p. 21):
O turismo e a oferta que dependem essencialmente da mão-de-obra e do consumo turístico motivam a geração de empregos o que efetiva sua validade social e econômica. Por outro lado, o turismo por meio do emprego informal, exclui os benefícios sociais do conjunto da população e impossibilita o desenvolvimento socioeconômico dos autóctones que na economia informal e intermitente, poucos colhem dos benefícios da atividade.
O autor faz uma ressalva dizendo que o turismo é uma atividade que motiva
a geração de emprego, desta forma impulsiona a economia, sendo que além dos
pontos positivos, as atividades turísticas também proporcionam um grande fluxo de
trabalhos informais que excluem os benefícios sociais da população e os
trabalhadores realizam seus trabalhos em condições precárias.
Entretanto, a atividade turística se estabelece no mercado como uma
possibilidade de desenvolvimento econômico, sendo que pode causar impactos
negativos e que não favorecem a economia. Para o desenvolvimento do turismo é
preciso ter um planejamento adequado que se preocupe com as ações que pode
impactar o espaço. Por isso que Soares (2005, p. 95) relata alguns objetivos que
diminuiria a informalidade no turismo:
[...] apoiar a criação de empresas turísticas locais com a capacitação e a profissionalização da comunidade; 2 redistribuir os fluxos de turistas; 3 criar condições para trocas equitativas, conciliando os interesses de seus agentes; 4 evitar a “monocultura turística”, e 5 orientar o investimento de capitais externos.
28
Nesse sentido, Soares relata que é preciso incluir mais políticas públicas
no planejamento da atividade turística, inserir a população no planejamento da
atividade, pois o desenvolvimento local do destino depende das ações positivas que
o turismo pode causar ao espaço. A implantação de empresas turísticas pode gerar
um fluxo de trabalhos formais e capacitar profissionalmente a população para
trabalhar com a atividade, ocasionando um número menor de trabalhadores informais,
ou seja, minimizando a informalidade no turismo.
.
29
3. O TURISMO RELIGIOSO NA TERRA DA SANTA RITA DE CÁSSIA
O estado do Rio Grande do Norte é uma região que contempla riquezas
culturais e naturais que são aproveitadas como oportunidade para o desenvolvimento
do turismo, e possibilita aos municípios que se unam e cooperem com o
desenvolvimento da atividade turística. Sendo assim a criação dos polos turísticos se
constitui na política de regionalização do turismo no RN, com intuito de fomentar o
turismo no estado.
A criação dos polos Costa das Dunas, Costa Branca, Polo Seridó, Polo
Serrano e o Polo Agreste/Trairi favorece a região com a oportunidade de mostrar os
elementos que podem ser explorados pelo turismo nessas regiões.
O Polo Agreste/Trairi possui muitas riquezas naturais e culturais que podem
ser utilizadas para o desenvolvimento da atividade turística, dois segmentos que mais
se destacam nessa região é o turismo de aventura e o religioso. Os festejos juninos,
religiosos e a gastronomia atraem turistas que desejam conhecer as riquezas
existentes no Agreste/Trairi.
De acordo com o Decreto nº, 21.390, de 11 de novembro de 2009, foi criada
a região Agreste/Trairi composta por 16 municípios, dentre eles, Sítio Novo e Santa
Cruz, que já desenvolvem atividades turísticas. Sítio Novo é conhecido pela a prática
de turismo de aventura, o município contempla o Castelo Zé dos Montes e a Pedra de
São Pedro, dois atrativos que possibilitaram o fomento do turismo na região. Veja a
figura abaixo que mostra o mapa os Polos turísticos.
30
Figura 1 - Mapa dos Polos Turísticos
Fonte: Projeto de pesquisa, Política e turismo no interior do potiguar: avaliação dos investimentos públicos (2015).
Segundo Silva, (2015, p. 96), a criação do Polo Agreste/Trairi foi da se deu
com a junção de todas as Secretarias de Turismo da região. Dessa união surgiu a
criação de uma associação, que foi denominada de Associação de Desenvolvimento
Turístico do Agreste/Trairi (ADETURSAT), no início de 2009. Os municípios que mais
compareciam às reuniões eram Serra Caiada, Santa Cruz, Sítio Novo e Jaçanã, após
a mobilização desses municípios juntamente com o governador da época que era
natural da região Agreste e também a conclusão da construção do atrativo Alto de
Santa Rita em Santa Cruz, tais elementos possibilitaram a constituição do Polo
Agreste/Trairi e o seu Conselho Gestor (quadro 2).
31
Quadro 3 - Composição do conselho gestor da região turística Agreste/Trairi (AT) (2012 – 2014.)
MUNICÍPIOS TERCEIRO SETOR PODER PÚBLICO INSTITUIÇÕES SETOR
PRIVADO
Coronel e Ezequiel
Associação comunitária Serra Viva (Serra de São
bento)
Banco do Brasil IFRN -
Montanhas Associação dos
Artesões de Santa Cruz
Banco do Nordeste SEBRAE -
Passa e Fica Instituto Filho da
Esperança EMATER SENAC -
Santa Cruz Instituto Macambiras EMPROTUR Paroquia de Santa Cruz
-
Santo Antônio - IDEMA Universidade Estadual do RN. (UERN)
-
São Jose dos campestres
- SETUR
Universidade Federal do Rio
Grande do Norte (UFRN)
-
Sitio Novo - - - -
Fonte: Silva, 2015
O quadro acima apresenta a segunda composição do Conselho da região
turística Agreste/Trairi. Nessa segunda representação aconteceram algumas
mudanças em relação à primeira composição: a saída de Serra Caiada e a entrada
do município de Montanhas. Nessa composição percebe-se que Santa Cruz está bem
posicionada no Conselho, com a Associação de Artesões de Santa Cruz
representante do terceiro setor, com a entrada do Banco do Brasil, e já o setor privado
continua sem representantes.
Entretanto, o Polo Agreste/Trairi tem a finalidade de interiorizar a atividade
turística na região, pois o turismo é um fator importante para o desenvolvimento da
economia local e possibilita também o surgimento de novas oportunidades de trabalho
para a população.
Santa Cruz está localizada, a 115 Km da capital do estado, sua população
total, de acordo com dados do IBGE senso de 2010, é de 35.797 habitantes, a
economia é baseada no comércio, cerâmicas, panificação, indústria têxtil e avicultura,
o município é considerado o maior exportador de frango do RN. Outro fator que
complementa a economia local é a atividade turística, com a construção do complexo
32
religioso Alto de Santa Rita de Cássia que possibilitou novos parâmetros de
desenvolvimento local.
Silvino (2012, p. 78) ressalta que o município de Santa Cruz é marcado
por sua religiosidade.
A religiosidade é marcante neste município. Sua maior festividade se encontra justamente na festa da padroeira Santa Rita que acontece desde a criação da paróquia. Essa festa se divide entre os eventos religiosos, com a novena que se realiza durante treze noites e se encerra no dia 21. O dia 22 acontece o encerramento da festa com a procissão.
Nesta perspectiva, o caráter religioso de Santa Cruz impulsionou o
desenvolvimento da atividade turística, foi a partir desse contexto que projetaram o
Complexo Turístico, idealizado pelo antigo prefeito da cidade, o senhor Luiz Antônio
Lourenço de Farias. A construção teve início no ano de 2007 e foi finalizada em 2010.
A estátua de Santa Rita mede 42 metros, de resplendor, possui 14 metros e sua coroa
8 metros, isso totalizando 56 metros de altura, sendo a maior estátua católica da
América Latina.
Figura 2 - Estátua de Santa Rita de Cassia mede 56 metros de Altura.
Fonte: Secretaria de Turismo (2015).
Foi a partir deste atrativo que o município de Santa Cruz passou a
desenvolver a atividade turística e se promoveu como um destino turístico religioso no
estado do RN.
33
O Alto de Santa Rita contempla a Praça dos Romeiros, onde acontecem
missas, shows e louvores, a Capela onde se encontra um fragmento ósseo da mão
esquerda da Santa Rita, a Praça de Alimentação, a Sala das Promessas e Sala do
Santíssimo. O fluxo de visitantes é constante no município, principalmente em finais
de semana, onde muitos devotos se deslocam de sua cidade de origem para conhecer
a estátua de Santa Rita de Cássia.
Figura 3 - Praça dos Romeiros
Fonte: José Carlos de Almeida (2015).
34
Figura 4 - Capela do Alto de Santa Rita
Fonte: José Carlos de Almeida (2015).
Percebe-se que o turismo é uma atividade que se apropria dos espaços,
transformando-os e possibilitando o desenvolvimento local e melhoria para a
economia.
Figura 5 - Complexo Turístico Alto de Santa Rita
Fonte: Secretaria de Turismo (2015).
35
4. MERCADO DE TRABALHO FORMAL E INFORMAL NA AREA DO TURISMO EM SANTA CRUZ.
A primeira parte dos resultados da presente pesquisa fundamenta-se em
fazer o levantamento dos trabalhos formais nos equipamentos de hotelaria e de
alimentos e bebidas em Santa Cruz-RN. Para o alcance dos resultados foram
selecionados 15 (quinze) empreendimentos com base no Inventário Turístico do
município de Santa Cruz de 2013, dentre essas empresas 7 (sete) trabalham com
hospedagem. Veja abaixo as datas que foram realizadas todas as entrevistas:
Tabela 1: Datas que foram realizadas as entrevistas
EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS
DATA DE REALIZAÇÃO DAS
ENTREVISTAS
Pousada e Restaurante Panela Quente 15/10/2015
Pousada Brasa 13/10/2015
Pousada Santa Rita I 13/10/2015
Pousada Santa Rita II 14/10/2015
Hotel Pousada Nova Aliança 15/10/2015
Pousada Riviera 16/10/2015
Pousada Dallas 17/10/2015
Pousada e Restaurante Panela Quente 17/10/2015
Panificadora Bela Manhã 19/10/2015
Padaria Seridó 20/10/2015
Day Night Bar 20/10/2015
Churrascaria Boi Gordo 21/10/2015
Restaurante Sabor Sertanejo 21/10/2015
Panificadora Elite 22/10/2015
Hotel e Restaurante Refúgio e Requinte 24/10/2015
Restaurante e Pizzaria Bom Demais 19/10/2015
Fonte: Elaborado pela autora (2015)
A Pousada Santa Rita I o proprietário do empreendimento relata que a
empresa já existia no município antes do Complexo Turístico, os serviços oferecidos
pela pousada é apenas a hospedagem. A empresa não oferece café da manhã. O
proprietário fala também que não houve mudança no quadro de trabalhadores depois
da construção do Alto. Atualmente a empresa conta com três funcionários sendo
1(uma) recepcionista, segurança e camareira, o regime de trabalho são de oito horas
por dia, durante o período de alta temporada, ou seja, no mês de maio que é realizada
a festa da padroeira da cidade o empreendimento contrata funcionários temporários.
Todos os funcionários contratados pela empresa possuem carteira
assinada. O perfil dos seus clientes é caracterizado por representantes de vendas e
comerciantes, o fluxo maior de hospedagens é durante a semana.
36
Nos finais de semana, quando é realizado algum evento na cidade, a
pousada recebe turistas. O proprietário termina sua entrevista relatando a seguinte
dificuldade como empresário do turismo: “O fato de não ter hospedagem todos os
finais de semana agregando isso ao Alto, Porque Santa Cruz ainda não tem
roteirização turística, não tem outro atrativo, além do Alto. Isso faz com que o turista
faça a visita em apenas um dia.”
A Pousada Santa Rita II não foi possível entrevistar a proprietária, pois a
mesma não tinha disponibilidade para atender, mas a entrevista foi feita com a
recepcionista, que passou todas as informações necessárias para a pesquisa. Ela
relatou que o empreendimento foi criado antes do Alto de Santa Rita, os serviços
oferecidos é a hospedagem e o café da manhã, não houve mudança no quadro de
funcionários depois da construção do Alto, a recepcionista afirma que não foi preciso
mais funcionários, até porque a pousada possui apenas 11 (onze) apartamentos.
Atualmente o empreendimento conta com apenas 3 (três) trabalhadores,
sendo 2 (dois) recepcionistas e 1 (uma) camareira, o regime de trabalho desses
funcionários é de 8 (oito) horas por dia, a recepcionista relata que tem uma quarta
funcionaria que trabalha na empresa de duas a três vezes por semana em outras
atividades (lavar e passar as roupas de cama).
Durante o período de alta estação, como por exemplo na festa da
padroeira, são contratados funcionários temporários, pois a procura pelo serviço é
maior. O rendimento dos três funcionários é um salário comercial com carteira
assinada. A funcionária que trabalha apenas de duas a três vezes por semana recebe
a diária.
O perfil dos clientes é caracterizado por representantes de vendas,
advogados e juízes, pessoas que trabalham na cidade. O fluxo maior de hospedes é
durante a semana e “em relação aos turistas é mais difícil receber, a demanda do final
de semana é imprevisível” assim relata a recepcionista. (Informação verbal).
Para finalizar a entrevistada diz que a maior dificuldade de trabalhar com
o turismo no município é “porque não existe uma sinalização que ajude aos turistas a
chegar ao complexo turístico, e muitos perguntam, além do Alto e do museu existe
algo mais.” A recepcionista ressalta que a falta de outros atrativos impede uma maior
permanência do turista no município de Santa Cruz.
O Hotel Pousada Nova Aliança a entrevista foi realizada com a
recepcionista, pois o proprietário não tinha disponibilidade para responder. O
37
empreendimento passou a existir depois do complexo turístico Alto de Santa Rita, os
serviços oferecidos são a hospedagem e o café da manhã.
Quando a empresa entrou no mercado contava apenas 4 (quatro)
funcionários hoje se encontra 11 (onze) trabalhadores no empreendimento sendo
divididos em recepcionistas e camareiras. O regime de trabalho é de 8 (oito) horas
diárias, a recepcionista afirma que durante o período de alta temporada, o hotel
contrata pessoas temporárias, pois a procura pelo serviço é maior.
Todos os funcionários possuem carteira assinada e recebem um salário
mínimo. O perfil do cliente é caracterizado como representante de vendas e
estudantes, durante a semana e nos finais de semana o fluxo é de turistas. Ao final a
entrevistada diz que a maior dificuldade de trabalhar com o turismo é “o pessoal
reclama muito por falta de opção, por não ter nada além do santuário.”
A Pousada Brasa o proprietário diz que o empreendimento já existia antes
do Alto de Santa Rita, os serviços oferecidos pela empresa é apenas a hospedagem
e o café da manhã. Atualmente conta com 3 (três) funcionários sendo 2 (dois)
recepcionistas e o outro realiza serviços gerais. O proprietário relata que o regime de
trabalho dos 2 (dois) funcionários é de 8 (oito) horas por dia, e o terceiro trabalhador
fica apenas 5 (cinco) horas. O rendimento dos funcionários varia de acordo com as
horas trabalhadas, os que passam 8 (oito) horas diárias ganham um salário mínimo,
o outro que trabalha apenas 5 (cinco) horas recebe 500 reais mensais.
O proprietário relata que apenas um funcionário tem carteira assinada
(esposa do proprietário), os demais não. O perfil do seu cliente é caracterizado como,
representante de vendas e os turistas apenas no final de semana no período da festa
de Santa Rita de Cássia. O entrevistado finaliza dizendo não ter nenhuma dificuldade
como empresário do turismo.
A Pousada e Restaurante Panela Quente, o proprietário diz a pousada já
existe há 15 anos, bem antes do complexo turístico, o serviço oferecido é a
hospedagem sem café de manhã, ele narra que antes realizava o serviço de
restauração, mas agora não desenvolve mais. Atualmente possui apenas 2 (dois)
funcionários, um trabalha com a limpeza e outro é diarista.
O proprietário menciona que não existem funcionários de carteira assinada,
o regime de trabalho é de duas horas por dia, pois os funcionários estão de serviço
apenas de dois a três dias na semana. José diz que o rendimento dos funcionários é
menos que um salário mínimo, pois os mesmos não trabalham o dia todo.
38
O perfil do cliente do empreendimento é caracterizado só por professores,
e em relação aos turistas não recebe porque não possui estrutura para suportar a
demanda, porque a pousada possui apenas oito quartos. O entrevistado não identifica
nem uma dificuldade como empresário do turismo.
A Pousada Dallas o proprietário diz que a empresa já existia antes do Alto
de Santa Rita. O serviço oferecido é apenas a hospedagem. Ele relata que não
aconteceu mudança do quadro de funcionários depois do complexo, atualmente a
empresa conta com dois funcionários, o regime de trabalho é de oito horas diárias.
Durante o período de alta estação, a empresa não contrata funcionários
temporais, o cargo atual dos funcionários e de recepcionista. Os dois recepcionistas
da empresa possuem carteira assinada e recebem um salário mínimo. O perfil do seu
cliente são os representantes de vendas, vendedores e turistas.
O entrevistado encerra dizendo: “eu não conheço turismo aqui em Santa
Cruz, não tem opções para os turistas ficarem na cidade”.
A Pousada Riviera o proprietário não foi entrevistado, pois o mesmo não
tinha disponibilidade, desta forma a entrevista foi com sua esposa que passou todas
as informações necessárias.
Ela relata que o empreendimento já existia antes do complexo turístico, os
serviços oferecidos é café da manhã, almoço e jantar. Não houve mudança no quadro
de funcionários depois da construção do Alto, atualmente a empresa tem 6 (seis)
funcionários, sendo que apenas 2 (dois) são carteira assinada e recebem um salário
pois exercem o cargo de auxiliar de limpeza, e 4 (quatro) são familiares que trabalham
na empresa.
E relatado também que a empresa contrata pessoas no período da alta
estação, pois a demanda é maior, o perfil dos clientes é de professores,
representantes de vendas, comerciantes e turistas. A entrevistada finaliza dizendo que
não identifica dificuldade como empreendedora do turismo.
Por fim, com as entrevistas foi possível identificar a quantidade de
trabalhadores formais nos empreendimentos de hospedagem, a tabela 1 a seguir
mostra a quantidade de funcionários que exercem o trabalho formal e informal em
cada empreendimento.
39
Tabela 2- Quantidade de funcionários nos meios de hospedagens
EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM
NÚMERO TRABALHADORES COM CARTEIRA ASSINADA
NÚMERO TRABALHADORES SEM CARTEIRA ASSINADA
Pousada e Restaurante Panela Quente
_____ 2
Pousada Brasa 1 2
Pousada Santa Rita I 3 1
Pousada Santa Rita II
3
_____
Hotel Pousada Nova Aliança 11 _____
Pousada Riviera 2 4
Pousada Dallas 2 ____
Total
22 9
Fonte: Elaborado pela autora (2015).
Percebe-se que quatro empresas possuem trabalhadores informais, a
Pousada e Restaurante Panela Quente, Pousada Brasa, Pousada Santa Rita I e
Pousada Riviera, essas empresas possui trabalhadores que não se encontram de
acordo com a legislação trabalhista, e os demais empreendimentos possui
funcionários com carteira assinada.
Com a realização dessa pesquisa foi possível perceber que o turismo não
influenciou muito na abertura de novas oportunidades de trabalho nos
empreendimentos de hospedagens.
Tabela 3 - Quantidade de funcionários antes e depois da construção do complexo
EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM
QUANTIDADE DE FUNCIONÁRIOS ANTES DO
ALTO DE SANTA RITA
QUANTIDADE DE FUNCIONÁRIOS DEPOIS DO ALTO DE SANTA RITA
Pousada e Restaurante Panela Quente
2 2
Pousada Brasa 3 3
Pousada Santa Rita I 3 3
Pousada Santa Rita II 3 3
Hotel Pousada Nova Aliança
4 11
Pousada Riviera 6 6
Pousada Dallas 2 2
Total 23 30
Fonte: Elaborado pela autora (2015).
De acordo com tabela 2 acima nota-se que apenas o Hotel Nova Aliança
aumentou a quantidade de trabalhadores, antes do Alto contava apenas com quatro
funcionários, atualmente se encontra com onze, ou seja, o turismo não favoreceu os
40
empreendimentos de hotelaria, pois apenas uma empresa aumentou o número de
trabalhadores.
A pesquisa mostra que não aconteceram muitas mudanças nos
empreendimentos de hospedagem, a maioria das empresas continua com a mesma
quantidade de funcionários, os empresários relatam que o turismo não ajudou muito
em termos econômicos, devido a permanência do turista não ser prolongada no
município e o fluxo de visitantes ser apenas no final de semana, por isso que não
ocorreu aumento no quadro de funcionários nas empresas.
Outro aspecto relevante que reforça que o turismo no município não
favoreceu a criação de emprego no setor hoteleiro, e que está longe de fazer, é a
descrição dos empreendedores sobre sua clientela, onde foi apontada como principal
demanda os representantes comerciais, seguidos de pessoas que desenvolve alguma
ocupação no município. Nesse escopo conclui-se que o segmento de turismo religioso
não é impacta os empreendimentos hotelaria, na medida em que a natureza do
deslocamento é religiosa sendo superada imediatamente após a visita ao local de
devoção. Em contrapartida, há uma possibilidade de aumentar essa experiência
turística religiosa, com investimentos em atrativos complementares a demanda de
visitantes.
Sendo assim, o poder público precisa de fato mudar o foco de sua gestão
para criar tais oportunidades de incremento ao turismo, sendo planejamento municipal
uma das vertentes para se alcançar esse patamar.
4.1. TRABALHADORES FORMAIS NOS EQUIPAMENTOS DE ALIMENTOS E
BEBIDAS
Os equipamentos que trabalham com alimentos e bebidas em Santa Cruz,
e que foram levantados pelo o inventário totalizam oito empresas.
A churrascaria Boi Gordo o proprietário diz que o empreendimento já existia
antes do complexo turístico, os serviços oferecidos é almoço, jantar e café da manhã.
Ele relata que não houve mudança no quadro de funcionários depois da chegada do
alto, mas atualmente o empreendimento conta apenas com 6 (seis) funcionários. O
proprietário menciona que o regime de trabalho dos funcionários é de 8 (oito) horas
diárias, e que durante o período de alta estação a empresa não contrata funcionários
temporários, porque os familiares ajudam durante esse tempo.
41
Os cargos dos funcionários é balconista, garçom e cozinheiras, todos
possuem carteira assinada e recebem um salário mínimo. O perfil dos clientes é em
grande maioria turistas, o proprietário finaliza dizendo que não enfrenta nenhuma
dificuldade como empresário do turismo, ele relata que, “após a chegada do turismo
ficou melhor.” (Informação verbal).
O Restaurante Sabor Sertanejo o proprietário diz que a empresa já existia
antes do Alto de Santa Rita, mas era administrado por outra pessoa. O
empreendimento oferece os serviços de alimentação, café da manhã, almoço e jantar.
O proprietário afirma que possui três funcionários fixos e que não aconteceu nenhuma
mudança no quadro de funcionários depois do complexo turístico.
O entrevistado relata que, o regime de trabalho dos funcionários é de 8
(oito) horas diárias, o mesmo menciona que durante o período de alta estação a
empresa contrata pessoas temporariamente, pois o fluxo de clientes é maior. Os
cargos dos trabalhadores são de balconista e limpeza geral.
O rendimento dos seus funcionários não é pago por mês, mas
semanalmente, os funcionários não possuem carteira assinada, o proprietário afirma
que os trabalhadores ainda estão em experiência durante três meses, após esse
tempo será assinada a carteira tendo direito a um salário mínimo.
O perfil dos clientes do equipamento é mais turistas e algumas pessoas da
cidade, além dos representantes de venda. Para finalizar o entrevistado diz que a
dificuldade que ele encontra como empresário do turismo é “não saber se comunicar
com meus clientes estrangeiros”.
A Panificadora Seridó não foi possível entrevista o proprietário, porque o
mesmo não tinha disponibilidade para atender, desta forma a entrevista foi realizada
com o gerente do estabelecimento.
A empresa já existia antes da construção do Alto de Santa Rita, os serviços
oferecidos pelo estabelecimento são café de manhã, almoço e jantar. O gerente relata
que o quadro de funcionários aumentou muito com a chegada do turismo na cidade,
atualmente a empresa conta com 87 funcionários depois da construção do Alto, antes
do turismo tinha uma média de 40 funcionários, os cargos são de atendentes, garçons,
balconistas. Todos os funcionários possuem carteira assinada e o salário varia de
acordo com o cargo exercido.
O regime de trabalho dos funcionários é de sete horas diárias, o gerente da
panificadora menciona também que quando está no período de alta estação o
42
estabelecimento contrata pessoas temporárias, pois o fluxo de clientes é maior. O
perfil dos clientes é mais os turistas, nos finais de semana o estabelecimento recebe
uma demanda muito grande.
O gerente encerra sua entrevista ressaltando uma dificuldade para
trabalhar com o turismo no município “A cidade de Santa cruz está precisando de mais
investimento, a abertura do comércio durante o final de semana é muito importante,
pois a cidade teria mais rendimento econômico”.
O Hotel e Restaurante Refúgio e Requinte a proprietário diz que o seu
empreendimento já existia antes da atividade turística, os serviços oferecidos são de
hotelaria e restauração. A proprietária relata que não aconteceu mudança no quadro
de funcionários depois da chegada do turismo. Atualmente a empresa conta com 8
(oito) funcionários sendo que 3 (três) trabalham na parte da hotelaria e 5 (cinco) no
restaurante.
O regime de trabalho é de 8 (oito) horas diárias, a empresária afirma que
durante o período de alta temporada não é contratado funcionários temporários
porque os que existentes já suprem as necessidades da empresa. Os cargos são de
garçons, camareira e vigilante, ASG e cozinheiros. Todos os funcionários possuem
carteira assinada e recebem um salário mínimo.
O perfil do seu cliente é de representantes de vendas, comerciantes e
turistas, tanto no restaurante quanto no hotel. E em relação aos turistas, a demanda
é só no final de semana. A proprietária termina sua entrevista relatando uma
dificuldade no turismo: “Eu acho que assim, pra ser lançado um ponto turístico como
foi em Santa Cruz, é preciso investir mais em cursos, para que tenha mão de obra
qualificada”.
O Restaurante e Pizzaria “Bom de Mais” A proprietária diz que seu
empreendimento já existia antes do complexo turístico, sendo que só está sob sua
administração há um ano e 9 (nove) meses.
Os serviços oferecidos no restaurante é almoço e jantar, atualmente a
empresa conta com oito funcionários e não houve mudança na quantidade de
funcionários depois do Alto. O regime de trabalho de oito horas diárias, com os
respectivos cargos, garçons, cozinheiro e auxiliar de cozinha. Todos os trabalhadores
da empresa possuem carteira assinada e recebem um salário mínimo.
A empreendedora diz que em período de alta estação contrata funcionários
temporariamente, pois a busca pelo serviço é maior. O perfil do cliente é os turistas
43
são representantes de vendas e população local, sendo que turistas mais no final de
semana. A proprietária finaliza sua entrevista dizendo que, “Santa Cruz já teve um
grande desenvolvimento, que ajuda muito por causa do turismo”. (Informação verbal).
Na Panificadora Elite não foi possível entrevista o proprietário desta forma
a entrevista foi realizada com sua filha. A panificadora está no mercado há dezoito
anos, bem antes da construção do Alto de Santa Rita. O serviço oferecido é de
alimentação, café da manhã e jantar e a padaria. Ela relata que o quadro de
funcionários mudou depois da construção do complexo, antes tinha apenas 30 (trinta),
hoje conta com 40 (quarenta) funcionários com regime de trabalho de oito horas
diárias.
A mesma menciona também que todos os funcionários possuem carteira
assinada e recebem um salário de categoria estabelecido pelo sindicato, e cada
funcionário recebe por cargos. O cargo dos trabalhadores é de auxiliar de cozinha,
balconistas e garçons.
Nos períodos de alta estação contrata funcionários temporários e também
em períodos sazonais, pois requer um fluxo maior de clientes. O perfil dos clientes é
de viajantes, pessoas que passam pela cidade, 80% dos seus clientes são turistas. A
filha do proprietário encerra sua entrevista dizendo que, “Eu acredito que se fosse
mais bem divulgado o turismo religioso na cidade atrairia mais turistas”. (Informação
verbal).
Na panificadora Bela Manhã não foi possível entrevistar a proprietária, pois
a mesma não tinha disponibilidade, a entrevista foi feita com a balconista que passou
todas as informações necessárias. O empreendimento já existia antes o complexo
turístico, o serviço oferecido é a de venda de pães e tortas, não houve mudança no
quadro de funcionários depois do Alto de Santa Rita.
Atualmente a empresa conta com três funcionários com regime de trabalho
de 8 (oito) horas diárias. A balconista diz que durante o período de alta estação a
empresa contrata pessoas temporárias, pois a demanda é maior. O cargo dos
funcionários é uma balconista e três padeiros, os funcionários possuem carteira
assinada e recebem um salário mínimo.
O perfil dos clientes é a população, mas às vezes alguns turistas
consomem também a balconista não identifica nenhuma dificuldade para trabalhar
com o turismo.
44
O Day Night Bar não foi possível entrevistar o proprietário, desta forma foi
feito a entrevista com o funcionário que passou todas as informações. O
empreendimento se encontra na atividade turística bem antes do Alto de Santa Rita,
o serviço oferecido é de alimentação, jantar a noite e na parte da tarde, lanches.
O funcionário relata que não houve mudança no quadro de funcionários
depois da construção do complexo, permaneceram sempre os mesmos, atualmente
conta com 9 (nove) funcionários. O regime de trabalho dos funcionários que trabalham
a tarde é de 8 (oito) horas e os da noite 6 (seis) horas diárias, durante o período de
alta estação não são contratados outros funcionários, permanecem sempre os
mesmos.
Ele diz que os cargos são de balconista, garçons e chapeiro, todos
possuem carteira assinada e recebem um salário mínimo. O perfil do cliente é mais a
população local e os turistas vem só aos finais de semana. O mesmo encerra a
entrevista dizendo que, “Do meu ponto de vista a cidade precisa de mais atrativo para
chamar a atenção do turista”.
Com o relato dos entrevistados, percebeu-se que os empreendimentos
foram favorecidos de forma tímida com a atividade turística no município, pois causou
poucas mudanças no mercado de trabalho. Atualmente, a maioria dos
empreendimentos está com a mesma quantidade de trabalhadores antes da inserção
do turismo no município de Santa Cruz. Deve-se ressaltar que apesar da atividade
não ter possibilitado muitos benefícios econômicos a maioria das empresas possuem
trabalhadores devidamente legalizados no mercado.
45
Tabela 4 - Quantidade de Trabalhadores
EQUIPAMENTOS DE A&B NÚMERO
TRABALHADORES COM CARTEIRA ASSINADA
NÚMERO TRABALHADORES SEM CARTEIRA ASSINADA
Panificadora Bela Manhã 3 ____
Padaria Seridó 87 ____
Day Night Bar 9 ____
Churrascaria Boi Gordo 6 ____
Restaurante Sabor Sertanejo _____ 3
Panificadora Elite 40 ____
Hotel e Restaurante Refúgio e Requinte
8 ____
Restaurante e Pizzaria Bom Demais
8 ____
Total 161 3
Fonte: Elaborado pela autora (2015).
Com a pesquisa foi possível identificar que a maioria dos equipamentos de
alimentos e bebidas em Santa Cruz trabalham com os funcionários devidamente
legalizados de acordo a legislação trabalhista, sendo que apenas o Restaurante Sabor
Sertanejo possui funcionários sem carteira assinada. Atualmente totaliza-se 161
funcionários juntando todas as empresas de alimentos e bebidas, todos com carteira
assinada.
Desta forma, nota-se também que depois da chegada do complexo
ocorreram algumas mudanças no quadro de trabalhadores das empresas, mas não
em todos os equipamentos, apenas dois empreendimentos contrataram mais
trabalhadores, que foi a Panificadora Seridó e a Panificadora Elite, ressalta-se que
são os maiores empreendimentos de alimentação e panificação do município, veja a
tabela 5, mostrará a quantidade de funcionários nesses equipamentos antes do alto e
depois do Alto de Santa Rita.
Tabela 5 - Quantidade de trabalhadores
EQUIPAMENTOS DE A&B
QUANTIDADE DE FUNCIONÁRIOS ANTES DO
ALTO DE SANTA RITA
QUANTIDADE DE FUNCIONÁRIOS DEPOIS DO ALTO DE SANTA RITA
Panificadora Bela Manhã 3 3
Padaria Seridó 40 87
Day Night Bar 9 9
Churrascaria Boi Gordo 6 6
Restaurante Sabor Sertanejo 3 3
Panificadora Elite 30 40
Hotel e Restaurante Refúgio e Requinte
8 8
Restaurante e Pizzaria Bom Demais
8 8
Total 107 164
Fonte: Elaborado pela autora (2015).
46
Antes do complexo os empreendimentos contavam apenas com 107
trabalhadores em geral, e depois do alto de Santa Rita passou a ter 164 funcionários,
desta forma percebe-se que ocorreu um crescimento na quantidade de trabalhos no
município, mas vale ressaltar que esse crescimento se resume apenas em dois
empreendimentos: Panificadora Seridó que antes do Alto contava com 40 funcionários
e atualmente possui 87, e Panificadora Elite que tinha 30 trabalhadores antes do
complexo e hoje possui 40. Ou seja, o turismo possibilitou oportunidade de trabalho a
apenas dois empreendimentos, não favoreceu a todas as empresas que se encontram
no mercado.
Esse crescimento nos estabelecimentos de A&B é considerado em grande
medida por ter absorvido o fluxo de visitantes gerado pelo o segmento de turismo
religioso, que se caracteriza em grande parte por pessoas que não pernoitam e fazem
uma alimentação rápida e ágil, por esses motivos acredita-se que foram as chaves
para a ampliação dos serviços nos dois empreendimentos.
O município de Santa Cruz ainda não está devidamente preparado para
atender a demanda que recebe, a permanência do turista é essencial para o
desenvolvimento econômico do mercado, desta forma percebe-se que o turismo no
município não é permanente, a maior parte dos turistas visitam o lugar por meio de
excursão, ou seja, só permanecem um dia no município. A seguir serão relatadas
algumas opiniões do trade turístico de Santa Cruz. Os empresários relatam suas
insatisfações em relação ao planejamento turístico no município.
“O fato de não ter hospedagem todos os finais de semana agregando isso ao Alto, porque Santa Cruz ainda não tem roteirização turística, não tem outro atrativo além do Alto isso faz com que o turista faça a visita em apenas um dia.” Proprietário da Pousada Santa Rita I.
“O pessoal reclama muito por falta de opção, por não ter nada além do santuário.” Recepcionista do Hotel Nova Aliança. “Eu não conheço turismo aqui em Santa cruz, não tem opções para os turistas ficarem na cidade”. Proprietário da Pousada Dallas.
“Do meu ponto de vista a cidade precisa de mais atrativo para chamar a atenção do turista”. Funcionário do equipamento de alimentação Day Night Bar
Desta forma, é perceptível a insatisfação de alguns empresários que se
encontram no município, pois os mesmos relatam a falta de atrativo no destino
religioso. Santa Cruz recebe demanda apenas no final de semana e principalmente
47
no domingo, a maioria dos turistas não pernoitam no município, ou seja, esse fator
não favorece as empresas prestadoras de serviços que precisam de maior
permanência do visitante no município para utilizar do serviço disponível. Sendo
assim, percebe-se que o turismo possibilitou um desenvolvimento para Santa Cruz,
mas o crescimento econômico do mercado não é satisfatório para os
empreendimentos porque os visitantes não permanecem mais de um dia na cidade.
Diante dos questionamentos dos proprietários, nota-se que a maior
dificuldade de ser empreendedor no município de Santa Cruz é que não existem
atividades que envolva o turista no local. Para contribuir com o crescimento econômico
e desenvolvimento local, é preciso estruturar o município com atrativos que chame a
atenção do visitante, fazendo com que o mesmo permaneça mais tempo no destino
turístico.
Por isso que não foi identificado um número elevado de oportunidades de
trabalho no município, das 15 empresas entrevistadas apenas três disponibilizaram
mais vagas para contratar empregados nesses últimos cinco anos, sendo a
Panificadora Seridó, Panificadora Elite e Hotel Nova Aliança as beneficiadas. Em
comparação com os demais, esses são os empreendimentos mais estruturados e
maiores do município. Os demais empreendimentos continuam com a mesma
quantidade de funcionários no mercado, ou seja, não foram afetados pela a atividade
turística de forma acentuada.
O poder público do município deve refletir sobre novas estratégias de
planejamento que envolva o turista, fazendo com que o mesmo permaneça mais no
destino e utilize dos serviços que são oferecidos. Neste sentido, o turismo poderá
possibilitar mais desenvolvimento econômico para o município de Santa Cruz.
4.2 O MERCADO DOS TRABALHADORES INFORMAIS DO ALTO DE SANTA
RITA.
Neste bloco será analisado o perfil dos trabalhadores informais do Alto de
Santa Rita, onde foi feita a aplicação de 50 questionários com os ambulantes, na
intenção de verificar como o trabalho informal está constituído no município. A seguir
a tabela 5 mostra o perfil dos trabalhadores do complexo turístico.
48
Tabela 6- Perfil dos ambulantes, (gênero) e residentes.
Sexo Masculino
Sexo Feminino
Residente do Município
12 38 50
Fonte: Elaborado pela autora (2015).
O mercado de ambulantes do complexo é caracterizado por homens e
mulheres, sendo que existe uma predominância maior do sexo feminino na atividade.
A existência do sexo feminino no mercado informal mostra que a mulher atualmente
se posiciona como chefe de família e contribui com a renda familiar. A mulher, por
falta de oportunidade de trabalho, se insere no mercado informal em maior quantidade
por não conseguir entrar no mercado de trabalho formal, buscando a informalidade
como uma forma de sobrevivência.
Percebeu-se através do levantamento que todos os trabalhadores
empregados ou ocupados no Alto de Santa Rita de Cássia são residentes do
município de Santa Cruz.
Gráfico 1 - Grau de escolaridade dos ambulantes
Fonte: Elaborado pela autora (2015).
O Gráfico 1 acima mostra o grau de escolaridade dos trabalhadores do
complexo: 42% desses trabalhadores possuem ensino fundamental incompleto, 10%
possui ensino fundamental completo, 24% têm o ensino médio completo, 18% têm
ensino médio incompleto e por fim foi identificado 6% dessa classe trabalhadora com
ensino superior.
42%
10%
18%
24%
6%
Esino fundamentalincompleto
Esino fundamentalcompleto
Esino Médio incompleto
Esino Médio completo
Superior
49
Desta forma, foi possível perceber que a maioria dos trabalhadores
informais do Alto não possui o grau de escolaridade completo, a maior parte tem
apenas o ensino fundamental incompleto, ou seja, as pessoas que trabalham no
mercado informal se caracterizam por não ter a oportunidade de se inserir no mercado
de trabalho formal por falta de escolaridade, neste sentido é uma classe social menos
favorecida na sociedade, pois realiza o trabalho informal como forma de
sobrevivência.
Veja no Gráfico 2, a quantidade de trabalhadores ambulantes que
trabalham apenas com o turismo e os que utilizam o turismo como um trabalho
complementar.
Gráfico 2 - Trabalhadores do Complexo Turístico
Fonte: Elaborado pela autora (2015).
Os dados acima apresentam que 57% desses trabalhadores informais
trabalham com o turismo, mas desenvolvem outras atividades também. Essa parcela
dos ambulantes relata que o turismo é um complemento para renda familiar, pois só
um trabalho não é suficiente para suprir as necessidades básicas, e 43% dos
trabalhadores atuam no mercado informal e dedicam exclusivamente a atividade, pois
é a única renda mensal que eles possuem para sobreviver.
Sendo assim, pode-se dizer o trabalho está relacionado aos conceitos de
Woleck 2002, pois o autor relata que o trabalho é uma forma que o homem encontrou
43%
57%
Trabalha só com oturismo
Trabalham com outraatividade além doturismo
50
uma de utilizar os recursos da natureza, transformar os objetos para consumo próprio
e utilizar como valor de troca para suprir suas necessidades básicas na sociedade.
Por outra vertente, o trabalhador mesmo empregado em outra função se
submete a uma segunda ocupação sem nenhuma forma de seguridade social, para
poder suprir as necessidades individuais ou do seu grupo familiar. Dessa forma, o
turismo religioso desenvolvido em Santa Cruz contribui com uma relação de
subordinação do trabalhador ao trabalho.
Outro aspecto levantado pela pesquisa foi o fato do turismo estabelecer
oportunidades de trabalho para as classes menos desfavorecidas do município de
Santa Cruz, proporcionando a inserção de pessoas desempregadas no mercado, pois
antes do complexo não havia trabalho informal no município, o mercado informal não
é favorável à economia do município nem aos envolvidos, mas grande parte da
sociedade atualmente depende dessa atividade para sobreviver.
Neste prisma foi perceptível observar que o turismo trouxe poucas
melhorias de vida para população, o complexo permitiu o desenvolvimento do
município (mesmo que pequeno), os trabalhadores que se beneficiam com a atividade
informal relatam que a economia melhorou com a chegada do turismo, surgiram novas
oportunidades de trabalho. Os envolvidos com o mercado informal mencionam que
não tinham trabalho para sobreviver, mas a atividade turística possibilitou a chance
de se inserir no mercado de trabalho.
Veja o Gráfico 3 a seguir que mostra o que motivou a entrada dos
trabalhadores do complexo no turismo.
51
Gráfico 3 - Motivo da entrada no ramo da atividade turística
Fonte: Elaborado pela autora (2015).
Observa-se no gráfico 3 o motivo pelo qual os trabalhadores informais se
inseriram na atividade turística, uma pequena quantidade relata que já atuava na
atividade de alguma forma, a outra parcela menciona que foi por interesse próprio, e
a maior parte dos trabalhadores dizem que foi por falta de oportunidade de trabalho.
O gráfico acima menciona apenas os motivos que mais foram identificados,
para os ambulantes entrarem na atividade, sendo que no questionário aplicado
contêm outros critérios, como conhecimento na área do turismo, indicação de terceiros
e outros, mas não foram mencionados no gráfico porque os trabalhadores não
estavam inseridos nas alternativas. É notória que a maioria desses trabalhadores se
sente beneficiado com atividade turística, pois o trabalho que eles desenvolvem
atualmente depende do turismo.
As 50 pessoas que responderam ao questionaram 30% afirmam trabalhar
na atividade desde a inauguração do Alto no ano de 2010 e os outros 20 % trabalham
de 1 a 3 anos no complexo turístico, o regime de trabalho é de 4 a 8 horas diárias. O
trabalho é realizado apenas nos finais de semana e feriados, principalmente no
domingo, pois é o dia de maior fluxo de turistas no Alto de Santa Rita.
O Gráfico 4 abaixo irá mostra o rendimento mensal dos trabalhadores
autônomos.
51%
9%
40%
Falta de Trabalho Já atuava na atividade Interesse próprio
52
Gráfico 4- Rendimento mensal
Fonte: Elaborado pela autora (2015).
De acordo com o exposto acima, é possível identificar que o rendimento
mensal da maioria dos trabalhadores é menor que um salário mínimo, e a outra parte
desses trabalhadores recebem de 1 a 2 salários, sendo que essa variação se dá pela
quantidade de mercadoria vendida, nem sempre chega a alcançar esse rendimento.
As pessoas que recebem até dois salários se destacam nas suas vendas e
adquirem um maior lucro porque vendem produtos diferenciados, como camisetas e
bonés, e a produção desse material é feita pelo próprio vendedor, os demais que
recebem menos que um salário vende apenas survenis. (figura 5)
20%
80%
1 á 2 salários Menos de 1 salário
53
Figura 6 - Banca de survenis
Fonte: Almeida, Jose Carlos (2015).
Nesta perspectiva, é notório que apesar do turismo beneficiar com a
oportunidade de trabalho, mesmo assim não proporciona melhores condições de vida,
pois a atividade informal dá ao trabalhador apenas um rendimento mensal para suprir
algumas necessidades, ou seja, o mercado informal é caracterizado por um trabalho
precário e não legalizado que não estabiliza o profissional no mercado como o
trabalhador de carteira assinada que se encontra protegido pela legislação trabalhista.
Nem dá ao sujeito nenhuma seguridade social mínima.
Desta forma é possível ressaltar o que Montenegro, (2006) diz sobre o
circuito inferior da economia urbana de Milton Santos, o circuito inferior é caracteriza
por ser uma atividade precária, conter um grande número de pessoas, sendo um
trabalho mal remunerado, é uma atividade sem regulamentação e temporária.
Vale ressaltar que todos os trabalhadores são do município de Santa Cruz,
sendo que nos períodos de alta estação outros trabalhadores que não residem na
cidade vão para o Alto e se inserem também no mercado informal.
A seguir algumas imagens dos trabalhadores do Complexo Turístico Alto
de Santa Rita.
54
Figura 7 - Mercado informal do Alto de Santa Rita
Fonte: Almeida, Jose Carlos (2015).
Figura 8 - Mercado informal do Alto de Santa Rita
Fonte: Almeida, Jose Carlos (2015).
55
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
No município de Santa Cruz a atividade turística vem se apropriando do
espaço e causando transformações, muitas mudanças decorrentes do turismo
possibilitaram ações de desenvolvimento para a cidade. Com o levantamento que foi
feito para identificar a quantidade de ocupações e trabalhos que surgiram devido a
prática do turismo foi possível perceber que o mercado informal se instalou no
complexo turístico religioso.
O mercado informal tem proporcionado melhores condições de vida para
alguns moradores do município, pois antes do turismo não havia nenhuma
oportunidade de emprego que trouxesse geração de renda, apesar do trabalho
informal não proporcionar um rendimento mensal elevado e ser caracterizado em
condições precárias, mas mesmo assim o lucro obtido nas vendas dos trabalhadores
informais ajuda a suprir necessidades básicas de sobrevivência para a população
marginalizada do município de Santa Cruz.
A pesquisa buscava também fazer o levantamento dos trabalhos formais
nos empreendimentos turísticos, sendo assim foi identificado que o turismo auxiliou
no crescimento de trabalhos formais no mercado, mas o número de ocupações não
foi muito elevado, pois só algumas empresas contrataram mais funcionários devido
ao fluxo de turistas. Percebeu-se também que apesar de serem empresas legalizadas
no mercado, algumas ainda possuem trabalhadores sem carteira assinada.
Correlacionando os dados levantados pelo estudo, percebeu-se que o
município de Santa Cruz está em desenvolvimento depois da chegado do turismo e
que o mercado de trabalho não é mais favorecido pela atividade devido o fluxo de
turista ser apenas nos finais de semana, desta forma se o turista permanece mais
tempo no local o crescimento de empregos, geração de rendas e aumento da
economia local seria mais satisfatório para o município.
Entretanto, a atividade turística é uma estratégia que pode auxiliar no
crescimento econômico dos espaços, pois proporciona transformações e
reestruturação do destino explorado. Neste prisma o planejamento da atividade é
muito importante para que as regiões que se apropriam do turismo e possam ter
resultados positivos das ações que a atividade causa as regiões.
56
Ressalta-se que deve haver uma maior preocupação com o tipo de
ocupação gerada pelo turismo ao município de Santa Cruz, o poder público deve
investir em cursos de capacitação no sentido de melhorar as condições de mão de
obra especializada, bem como em cursos de organização social desses
trabalhadores, pois não se pode perde de vista a condição precária do sujeito em meio
a um trabalho que não oferece nenhuma seguridade mínima.
Investir em instrumentos de planejamento da atividade com ênfase no tipo
de demanda e nas ocupações geradas pelas iniciativas do poder municipal é uma
vertente a ser explorada no município, coadunando princípios de seguridade social,
saúde e fixidez atrelado ao turismo e aos postos de trabalho criados por essa
atividade, dessa forma melhorar as condições de vida da população local.
Desta forma a pesquisa foi pertinente para entender como o município de
Santa Cruz está trabalhando com o turismo, e perceber se o poder público tem
impulsionado o desenvolvimento da atividade, se a comunidade local está sendo
beneficiada com as ações transformadoras do turismo. O Trabalho é grande valia para
outros profissionais acadêmicos que estudam o fenômeno turístico como um fator de
desenvolvimento regional para as regiões.
57
REFERÊNCIAS
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58
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59
APÊNDICE A - PESQUISA COM OS TRABALHADORES DO ALTO DE SANTA
RITA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS
CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO SERIDÓ
Questionário para pesquisa de campo
Pesquisa com os trabalhadores do Alto de Santa Rita
Perfil do Trabalhador
Nome:__________________________________________________________
Profissão________________________________________________________
Estado Civil: ( ) Casado ( ) Solteiro ( ) Viúvo
Sexo: ( ) Feminino ( ) Masculino
Idade:_____
Grau de escolaridade
( ) Ensino fundamental completo
( ) Ensino fundamental incompleto
( ) Ensino médio completo
( ) Ensino médio incompleto
( ) Ensino Superior
É residente do município?
( ) Sim ( ) Não
Histórico da Atividade
1- Trabalha em outro ramo além da atividade turística?
60
( ) Sim ( ) Não
Qual? __________________________________________________________
2- O turismo possibilitou melhores condições de trabalho?
( )Sim ( ) Não
Caso sim, Porque?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
_______________________________________________________
3- O que motivou a entra no ramo da atividade Turística?
( ) Falta de trabalho
( ) já atuava na atividade
( ) Interesse próprio
( ) Conhecimento na área de turismo
( ) Indicação de terceiros
( ) Outros
4- A quanto tempo atua nesse trabalho?
( ) menos que um ano
( ) 1 a 2 anos
( ) 3 a 4 anos
( ) 5 a 6 anos
5- Fez algum curso para capacitação profissional?
( ) Sim
( )Não
Caso sim qual?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________
6- Quais os dias que é desenvolvido o trabalho?
( ) segunda e terça-feira
( ) Quarta, quinta feira e sexta feira
( ) Apenas no final de semana
61
7- Quantas horas trabalhadas diariamente?
( ) de 2 a 3 horas diárias
( ) 4 horas diárias
( ) 6 horas diárias
( ) 8 horas diárias
8- Existe algum tipo de contrato no trabalho exercido?
( ) Carteira assinada
( ) Empresa terceirizada
( ) Contrato temporário
( ) Autônomo
( ) sem contrato
9- Remuneração mensal?
( ) menos de 1 salário
( ) 1 a 2 salários
( ) 3 a 4 salários
( ) Acima de 5 salários
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APÊNDICE B - ROTEIRO DE ENTREVISTA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS
CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO SERIDÓ
Entrevista para pesquisa de campo
Roteiro de entrevista
A pesquisa tem como objetivo fazer o levantamento dos trabalhos formais que
foram criados a parti da chegada da atividade turística, ou seja estudo
realizado é apenas para fins acadêmicos.
Empreendimentos – Entrevista
Nome do empresário:_____________________________________
1- Quanto tempo atua na atividade turística? Antes ou depois do alto de santa
Rita?
2- Quais os serviços oferecidos pelo seu empreendimento?
3- Houve mudança do quadro de funcionários após a construção do Alto de Santa
Rita de Cassia?
4- Quantidade de funcionários atualmente (sem os temporários)?
5- Qual regime de trabalho?
6- Quando há uma procura maior pelos os serviços do seu empreendimento, você
contrata pessoas temporárias?
7- Organograma das Empresas?
8- Quais os cargos, ou ocupação?
9- Rendimento do funcionário?
10- Quais benefícios o funcionário possui