a implantação do new deal
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A implantação do New Deal
A crise do liberalismo econômico abriu portas para a reformulação das práticas
capitalistas e a relação das mesmas com o poder de intervenção que o Estado tem
sobre a economia. O crash da Bolsa de Nova Iorque, em 1929, colocou em xeque os
princípios do liberalismo clássico ao deflagrar uma das maiores crises presenciadas
na história do capitalismo.
No liberalismo clássico pregava-se o ideal de que a economia seria um organismo
auto-regulamentado. Segundo sua lógica, quanto maior a liberdade dada às
atividades econômicas, maior seriam as condições para que determinado país
conseguisse ampliar suas fontes de riqueza. Dessa maneira, o liberalismo clássico
desaprovava qualquer esforço governamental com o objetivo de regular os costumes
e práticas econômicas de sua sociedade.
De forma geral, vemos que a incrementação do setor financeiro-especulativo
capitalista aproveitou das brechas estabelecidas pelo liberalismo tradicional para
estabelecer uma perspectiva artificial de crescimento econômico. Agindo sob a
possibilidade de crescimento da economia, a especulação financeira acabou
impondo um ritmo de crescimento nem sempre correspondente à situação real da
economia.
Ao sentir os impactos desse processo de artificialização da economia, exigiu-se dos
Estados Unidos a criação de um modelo alternativo de desenvolvimento econômico.
Eleito presidente em 1932, Franklin Delano Roosevelt tinha como maior desafio
reerguer a maior economia da época. Inspirados pelos princípios do economista
John Maynard Keynes, um grupo de economistas do governo propôs o chamado
New Deal.
Esse plano econômico abriu portas para que o Estado tivesse participação direta na
economia nacional. Entre outras ações o New Deal estabelecia o controle na
emissão de valores monetários, o investimento em setores básicos da indústria e a
criação de políticas de emprego. Dessa maneira, o governo de Roosevelt buscou
uma recuperação econômica segura e gradual.
Além de controlar o progresso econômico, o New Deal também implantou uma série
de ações que conciliavam as questões econômicas e sociais. Ao disseminar esse
tipo de ação, criaram-se as bases do chamado welfare state (estado do bem estar
social). Mesmo alcançando bons resultados, o New Deal perde espaço, no final da
década de 1970, quando perspectivas renovadas do liberalismo começaram a
ganhar espaço.