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  • 8/10/2019 FT SistemasSegurancaAtiva

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    MANUAL DO ENSINO DA CONDUO FT 3 56 45

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    FORMAO TERICA

    Nvel 3Nvel Ttico - Regras de trnsito e Sinais e Comportamento Dinmico do Veculo

    Objetivos Mtodos e Recursos

    Conhecer os sistemas de segurana ativa e a

    sua forma de atuao

    Mtodo expositivo

    Mtodo interrogativo

    Mtodo ativo

    Vdeos e apresentaes

    FORMAO PRTICA

    Nvel 3Nvel Ttico - Domnio das Situaes deTrnsito

    Objetivos Mtodos e Recursos

    Treinar a utilizao dos sistemas de

    segurana ativa

    Mtodo demonstrativo

    Veculo de instruo

    Nvel 4Nvel Operacional - Controlo do Veculo

    Objetivos Mtodos e Recursos

    Aprender a controlar os sistemas de

    segurana ativa

    Mtodo demonstrativo

    Veculo de instruo

    SUGESTES DE OPERACIONALIZAO

    Sntese informativa:

    Temas Transversais: Tema 6Domnio das Situaes de TrnsitoTema 7Controlo do Veculo

    Nvel 3Nvel Ttico; Nvel 4Nvel Operacional

    Segurana ativa e seus objetivos

    Sistema anti-bloqueio de travagemABS Sistemas de assistncia travagem

    Controlo de trao Controlo de estabilidadeESC

    Outros

    SISTEMAS DE SEGURANA ATIVA

    Portaria n. 536/2005, de 22 de Junho Cap. I, Sec. I, III2.4.2

    Portaria n. 536/2005, de 22 de Junho Cap. II, Sec. II2.5

    FICHA TCNICA

    Nveis GDE:

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    PARA QUE SERVEM OS SISTEMAS E COMO FUNCIONAM

    Os sistemas de segurana ativa so sistemas que permitem prevenir ou evitar os

    acidentes, pois atuam em situao de emergncia, antes do acidente.

    Todos os sistemas que o veculo possui e que atuam durante a conduo ou numa

    situao de perigo eminente, tais como:

    Destes, iremos destacar alguns equipamentos electrnicos que apoiam o condutor em

    situaes limite de travagem, aderncia ou estabilidade.

    SISTEMA ANTI-BLOQUEIO DE TRAVAGEM (ABS)

    Quando as rodas bloqueiam, numa travagem, o condutor deixa de conseguir alterar a

    trajetria do veculo, mesmo que rode o volante, e a distncia de travagem aumenta

    consideravelmente.

    Numa situao destas, as rodas imobilizam-se mas o veculo continua em movimento,

    por inrcia, no sentido da deslocao no momento imediatamente anterior ao bloqueio.

    Todos os equipamentos de apoio visibilidade(vidros, para-brisas, retrovisores, faris, pala de sol, etc.);

    Os sistemas de travagem, de ajuda e aumento de eficcia

    (tipo de travo, arrefecimento da travagem, ABS, servo-freio, );

    O sistema de direo, pneus, amortecedores e demais rgos de aderncia esuspenso e controlo de estabilidade

    (como apndices aerodinmicos, ESC, );

    A motorizao e sua capacidade de resposta e motricidade

    (sistemas de distribuio e alimentao, turbocompressores, diferenciais, controlo de

    trao, );

    Equipamentos de apoio ao conforto e navegao

    (GPS, bancos envolventes, climatizao, );

    Outros

    SISTEMAS DE SEGURANA ATIVA

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    Se o bloqueio se der a meio duma curva, o veculo subvira e mantm a direo do seu

    movimento inicial imediatamente antes do bloqueioneste caso para o exterior da curva

    despistando-se ou embatendo noutro(s) veculo(s).

    Para aumentar a eficcia da travagem e evitar o bloqueio das rodas, foi introduzido nos

    anos 50 e inicialmente na aviao, o sistema anti-bloqueio dos traves. O sistema atual

    para automveis foi introduzido pela primeira vez em finais dos anos 70.

    O princpio fsico de base a partir do qual o ABS foi desenvolvido o de que o atrito

    esttico (aquele que existe quando h aderncia da roda ao piso) sempre maior do que

    o atrito cintico (aquele que existe quando h derrapagem).

    O sistema ABS baseia-se num conjunto de sensores de movimento junto s rodas, que

    transmitem a uma central eletrnica a informao da velocidade de cada roda.

    Se, quando o ABS entra em funcionamento com o veculo em movimento, uma roda se

    imobiliza, o sistema alivia a fora de travagem que est a ser exercida sobre o travo

    dessa roda, abrindo uma vlvula que permite o refluxo do fluido que acciona as bombas

    de travo mais as pastilhas (no caso dos traves de disco) ou os calos de travo (no

    caso dos traves de tambor).

    O ABS pode libertar a fora de travagem em cada roda at vrias vezes por segundo.

    Nos sistemas de ltima gerao, isso acontece at mais de 10 vezes por segundo,

    mantendo as rodas a girar durante toda a travagem enquanto vai reduzindo a velocidade

    do veculo, permitindo:

    Um controlo direcional do veculo mais eficaz, em situaes de desvio brusco de

    trajetria com travagem a fundo;

    Reduzir a distncia de travagem, especialmente em situao de baixo coeficiente de

    atrito como surge em piso contaminado ou escorregadio;

    Diminuir o desgaste dos pneus durante a travagem;

    Reduzir a energia do embate, por reduo da velocidade, em caso de coliso.

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    Apesar da eficcia comprovada do ABS, o condutor no dever cometer o erro de confiar

    no sistema para resolver situaes crticas causadas ou potenciadas por excesso de

    confiana ou por falha grave na prtica de conduo defensiva. O princpio da conduo

    defensiva, nomeadamente no que toca velocidade de circulao, deve ser sempre

    respeitado independentemente do sistema de travagem do veculo.

    SISTEMAS DE ASSISTNCIA TRAVAGEM

    J muitos veculos esto atualmente equipados com sistemas eletrnicos de apoio e

    assistncia travagem:

    a sua capacidade de imobilizao (a taxa de desacelerao mxima) do veculo

    est limitada, fisicamente, ao coeficiente de atrito disponvel e resistncia dos

    traves ao sobreaquecimento (o fator eficincia da travagem);

    uma vez que a distncia de travagem tende a ser menor, se o veculo que segue

    atrs no possuir o sistema e/ou no mantiver uma distncia de segurana que,

    por definio, lhe permita parar em segurana, uma coliso resultar;

    por vezes, (e de acordo com estudos j efetuados), os condutores que conduzem

    veculos com ABS, confiando na eficcia que o sistema promove, tendem aconduzir de forma menos defensiva, isto , a circular a velocidades superiores

    mesmo em condies de piso pouco aderente e a manter distancias de segurana

    mais pequenas, propiciando os acidentes.

    Assistncia travagem (BAS) aumenta a presso da travagem quando deteta que o

    condutor efetua uma travagem de emergncia, medindo a velocidade com que aplicado

    o pedal de travo. Normalmente os veculos equipados com este sistema, ligam os

    sinalizadores de emergncia (4 piscas) de forma automtica, sem interveno do

    condutor;

    Distribuio da fora de travagem (EBD)distribui a fora de travagem a cada roda, de

    forma independente, de acordo com a aderncia disponvel em cada roda;

    Sistema de travagem eltrico (EBS), efetua a ativao do travo de forma eltrica,

    permitindo uma atuao mais rpida dos traves.

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    O sistema de controlo de trao, ou Traction Control (TC ou ARS), tem como base a

    gesto da quantidade de torque (binrio) transmitido s rodas. O princpio de

    funcionamento idntico ao do sistema de travagem anti-bloqueio ABS, mas operando

    de forma inversa, ou seja, aplicado acelerao/trao.

    O sistema deteta a (s) roda (s) que derrapam em virtude do binrio/torque, transmitido

    pelo motor, limitando estrategicamente a sua aplicao consoante a intensidade da

    derrapagem.

    Este sistema especialmente eficiente em piso de baixo coeficiente de atrito, em piso

    contaminado (gua, leo ou gelo), tanto em reta como em curva, permitindo

    inclusivamente subir rampas praticamente impossveis de transpor sem sistema de

    controlo de trao.

    Em curva, o TC elimina a subviragem por excesso de acelerao, em veculos de trao

    dianteira, e elimina a sobreviragem por excesso de acelerao em veculos de trao

    traseira.

    SISTEMA ESC (ESP)

    Na dcada de 90 foi introduzido um sistema, desenvolvido pela Bosh em parceria com a

    Continental. O sistema ESP (Electronic Stability Program) continha um programa de

    software que utilizava os sensores e atributos do ABS da Travagem Assistida e do

    Controlo de Trao, para corrigir a trajetria e a derrapagem de um veculo.

    O princpio de funcionamento baseado em sensores que medem as aceleraes

    angulares e a posio do volante.

    Uma vez detetadas discrepncias na dinmica do veculo com base nestas medies, o

    sistema atua prontamente em cada roda, travando-a estrategicamente, de forma a induzir

    ou anular a guinada, provocando a desejada rotao (em caso de subviragem) ou

    recuperando a desejada estabilidade rotacional (em caso de sobreviragem).

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    Em 2000, um estudo alemo demonstrava que entre 20 a 25% dos acidentes rodovirios

    graves eram devidos a falhas no controlo da estabilidade. No ano seguinte, um

    engenheiro alemo da Ford efetuou um estudo que indicava que este sistema poderia

    reduzir at 35% das fatalidades rodovirias. Assim, o EuroNCAP introduziu, em Janeiro

    de 2009, a obrigatoriedade deste sistema nos veculos ligeiros para obteno das 5

    estrelas nos testes de coliso, mas sob a denominao do ESC (Controlo Eletrnico de

    Estabilidade).